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Morfologia do Português
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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
Introdução...................................................................................................................................1
1. O conceito de Morfologia....................................................................................................2
2. A estrutura da palavra..........................................................................................................2
3. Formação de palavras..........................................................................................................3
3.1. Derivação.....................................................................................................................4
3.2. A composição...............................................................................................................4
3.3. Hibridismo....................................................................................................................5
3.4. Onomatopeia................................................................................................................5
Conclusão....................................................................................................................................9
Referência Bibliográfica...........................................................................................................10
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Introdução
O presente trabalho surge no âmbito da cadeira de Linguística Descritiva do português I,
como requisito parcial de avaliação na referida cadeira e tem como tema de estudo a
Morfologia do Português.
Entretanto, na língua portuguesa a Morfologia e a parte da gramática que descreve a forma
das palavras. Ou ainda a morfologia e o estudo da estrutura interna das palavras.
E nessa perspectiva morfológica que iremos debruçar no presente trabalho sobre a palavra
como mais enfoque, na sua estrutura, processo de formação e sua classificação
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1. O conceito de Morfologia
Segundo Jensen, (1990, p.1) a “Morfologia é uma área da gramática que identifica e classifica
as palavras por meio do modo como elas são formadas”.
“A morfologia, como disciplina da linguística, trata da forma interna das palavras, mais
precisamente de sua estrutura” (Ortega, 1990, p.3).
Morfologia é o estudo a respeito da estrutura, formação e classificação das palavras. Estudar
Morfologia significa estudar, isoladamente, as classes das palavras; diferentemente da Sintaxe,
que trata do estudo das funções das palavras na oração.A palavra “Morfologia” veio do grego
e é formado por “morphé” e “logia”, que significam respectivamente “forma” e “estudo”.
Portanto, sempre que ler esta palavra, saiba que se trata do estudo da forma (Ortega, 1990,
p.3).
Pelas definições acima, percebemos claramente que a parte da gramática que estuda as classes
de palavras é a Morfologia (morfo = forma, logia = estudo). A Morfologia é o estudo da
estrutura, da formação e da classificação das palavras. A peculiaridade da morfologia é
estudar as palavras olhando para elas isoladamente e não dentro da sua participação na frase
ou período. O principal objeto de estudo da morfologia é a variedade de classes
gramaticais. Cada classe possui uma nomenclatura e é analisada de acordo com a função que
exerce.
2. A estrutura da palavra
“Estudar a estrutura é conhecer os elementos formadores das palavras. Assim,
compreendemos melhor o significado de cada uma delas” (Monteiro, 2002).
Cunha e Cintra (2009, p.45) referem que a palavra é subdivida em partes menores, chamadas
de elementos mórficos.
Exemplos: gatinho = gat + inh + o V Infelizmente = in + feliz + mente.
Assim, segundo Cunha e Cintra (2009, p.45-50) os elementos mórficos são: Radical, Vogal
temática, Tema, Desinência, Afixo, Vogais e consoantes de ligação.
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2. Afixos – são mórficos que juntam-se ao radical, antes (prefixos) ou depois (sufixos)
Exemplo: em-pobr-ecer
3. Vogal temática é a vogal que vem logo após o radical e, no caso dos verbos, indica as
conjugações. Tem como função preparar o radical para ser acrescido pelas desinências
e também indicar a conjugação a que o verbo pertence (Cunha e Cintra, 2009, p.45)..
Exemplo: Andar – 1ª conjugação
Bater – 2ª conjugação
Partir – 3ª conjugação
4. Tema é o radical com a presença da vogal temática.
Exemplo: choro, canta.
5. Desinências São elementos que indicam as flexões que os nomes e os verbos podem
apresentar. São subdivididas em: desinências nominais e desinências verbais.
Desinências nominais – indicam o gênero e número. As desinências de gênero são a e
o; as desinências de número são o s para o plural e o singular não tem desinência
própria.
Exemplo: gat + o = Radical desinência nominal de gênero
Gat + o + s = Radical desinência nominal de gênero
Desinências verbais: Indicam o modo, número, pessoa e tempo dos verbos.
Exemplo: cantávamos
cant + á + va + mos
cant =Radical
á = vogal temática
va = desinência modo-temporal
mos = desinência número-pessoal
6. Vogais e consoantes de ligação: de acordo com Cunha e Cintra (2009, p.45) são
elementos que são inseridos entre os morfemas (elementos mórficos), em geral, por
motivos de eufonia, para facilitar a pronúncia de certas palavras. Ou seja, As vogais de
ligação são elementos incluídos nas palavras para facilitar a pronúncia. Por exemplo:
maresia e bananeira. Da mesma maneira, as consoantes de ligação são elementos
incluídos aos vocábulos que auxiliam na pronúncia.
Exemplo: cafeteira e chaleira.
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3. Formação de palavras
De acordo com Bechara, (2009), na morfologia existem vários tipos de formação, entre estes
processos temos a formação por derivação; por composição, onde palavras são formadas por
aglutinação ou justaposição; por redução ou abreviação; por empréstimos lexicais; na criação
de neologismos
3.1. Derivação
Derivação segundo Ortega (1990) é o procedimento gramatical que mais forma palavras na
língua portuguesa. A partir de palavras já existentes, acrescentam se formas presas: prefixos
ou sufixos que conferem um novo significado à palavra nova. Se a forma presa estiver em
uma posição anterior, ela é chamada de prefixo; se, em uma posição posterior, sufixo.
Exemplos:
Desfazer (-des é o prefixo que acrescenta à palavra a ideia de movimento
contrário).
Completamente (-mente é sufixo formador de advérbio).
Derivação prefixal: criam-se novas palavras pelo acréscimo de um prefixo.
Exemplo: re + fazer = refazer (fazer novamente); in + feliz = infeliz (não feliz) (Ortega,
1990, p.78)
Derivação sufixal: a partir de palavras já existentes, acrescentam-se sufixos, conferindo
um novo sentido ao sentido da palavra primitiva. Exemplo: Sapato (=calçado que cobre o
pé) + -eiro = sapateiro (= aquele que fabrica ou conserta calçados) Analisa (=ação de
analisar) + vel = analisável (=que pode ser analisado) (Ortega, 1990, p.78).
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Ao lado do processo de derivação, a língua portuguesa tem ainda outros processos formadores
de palavras, como a composição (Monteiro, 1990):
3.2. A composição
3.3. Hibridismo
Segundo Jensen (1990) uma palavra sofre hibridismo quando, em sua formação, entram
elementos de idiomas diferentes.
Exemplos: Auto (grego) + móvel (latim) = Automóvel:
Bi (latim) + ciclo (grego) + eta (francês) = Bicicleta:
É claro que, sem uma consulta a dicionários especializados, torna-se bastante difícil saber se
uma palavra é híbrida ou não.
3.4. Onomatopeia Uma palavra é, portanto, formada por onomatopeia quando reproduz,
imitativamente, um determinado som (Jensen, 1990).
Exemplos: Blábláblá, tiquetaque.
3.5. Sigla Siglas são palavras que se formam pela reunião das letras iniciais das palavras
que compõem um nome (Jensen, 1990).
Exemplos: ONU – Organização das Nações Unidas IPVA – Imposto sobre a Propriedade
de Veículos Automotores.
Portanto, percebemos que a composição é um processo pelo qual se formam palavras a partir
de, pelo menos, duas já existentes. Pode ocorrer por: justaposição: as palavras que se unem
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não se alteram (pontapé); aglutinação: pelo menos uma das palavras que se unem sofre
alteração (pernalta = perna+ alta). Outros processos de formação de palavras: hibridismo:
palavra que se origina da junção de elementos de idiomas diferentes (tele – grego; visão –
latim = televisão); onomatopeia: palavra que procura imitar um som (atchim); sigla é uma
palavra formada pelas letras iniciais de outras (UCM).
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fundamental é identificar que uma palavra de determinada classe pode mudar para outra
classe gramatical com base nesses significados e em suas implicações linguísticas.
Função: Esses são aspectos servem para entender a razão pela qual, em uma análise
morfológica, a mesma palavra pode ser classificada de maneira diferente. Nesse
sentido, ao tomar como exemplo uma palavra como “azul” para classificar, encontrará
certa dificuldade se ela não estiver localizada em um contexto relacional com outras
palavras Bechara, 2009, p. 112).
Com este estudo, conclui-se que:
1. Substantivo, adjetivo, verbo e advérbio são palavras lexemáticas. Classificadas de
acordo com o significado lexical.
Conforme as gramáticas descritivas, são exemplos dessas classes:
Substantivo: escola, casa, armário, mesa, cadeira, São Paulo, José;
Adjetivo: alegre, feliz, triste, forte, firme, corajoso;
Verbo: andar, comer, falar, ficar, partir, viajar, sonhar, estudar, construir, realizar,
morrer, nascer, nadas, fazer;
Advérbios: alegremente, dentro, fora, sim, não, nunca, talvez, muito; etc.
Conjunção - é uma palavra utilizada para conectar dois termos em uma mesma frase.
Ex: A menina guardou os bonecos e mostrou quando viu as amigas.
Advérbio - palavra que modifica o verbo, adjetivo ou outro advérbio conforme o
contexto da frase. Ex: O caminhão chegou ontem.
Preposição – palavra que conecta dois termos em uma oração. Ex: O gato esta
debaixo da mesa
Interjeição – palavras usadas para indicar sentimentos e emoções. Geralmente elas
são acompanhadas do ponto de exclamação. Ex: Ah, como eu queria ser rica!.
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Conclusão
Feito o trabalho concluímos que a morfologia que a parte da gramática que estuda as classes
de palavras é a Morfologia (morfo = forma, logia = estudo). A Morfologia é o estudo da
estrutura, da formação e da classificação das palavras. A peculiaridade da morfologia é
estudar as palavras olhando para elas isoladamente e não dentro da sua participação na frase
ou período. O principal objeto de estudo da morfologia é a variedade de classes
gramaticais. Cada classe possui uma nomenclatura e é analisada de acordo com a função que
exerce
Estruturalmente as palavras apresentam elementos mórficos que são: radical, vogal temática,
tema, desinência, afixo, vogais e consoantes de ligação.
Percebemos ao logo do trabalho que quanto ao processo de formação a palavra pode ser:
Primitiva, Derivada e Composta. A derivação pode ser:
Prefixal: prefixo + palavra primitiva (relembrar);
Sufixal: palavra primitiva + sufixo (lembrança);
Parassintética: prefixo + palavra primitiva + sufixo (enobrecer);
Derivação imprópria ou conversão: o vocábulo mórfico é deslocado para outra classe
de palavras
Percebemos também que a composição é um processo pelo qual se formam palavras a partir
de, pelo menos, duas já existentes. Pode ocorrer por: justaposição: as palavras que se unem
não se alteram (pontapé); aglutinação: pelo menos uma das palavras que se unem sofre
alteração (pernalta = perna+ alta). Outros processos de formação de palavras: hibridismo:
palavra que se origina da junção de elementos de idiomas diferentes (tele – grego; visão –
latim = televisão); onomatopeia: palavra que procura imitar um som (atchim); sigla é uma
palavra formada pelas letras iniciais de outras (TPC).
Morfologicamente as palavras são classificadas em dez classes, denominadas classes de
palavras ou classes gramaticais. São elas: Substantivo, Artigo, Adjetivo, Numeral, Pronome,
Verbo, Advérbio, Preposição, Conjunção e Interjeição. Estas classes são divididas em
variáveis, as palavras pertencentes a estas classes podem mudar de acordo com gênero,
número e algumas em grau São elas: Substantivo, Verbo, Adjetivo, Pronome, Artigo e
Numeral.
Nas classes invariáveis as palavras invariáveis não apresentam modificações, elas se mantêm
sob o mesmo formato independente do contexto em que estão. Estas classes são Conjunção,
Advérbio, Preposição e Interjeição.
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Referência Bibliográfica
Azeredo, J. C.(2000) Fundamentos de gramática do português. Rio de Janeiro.
Bechara, E. (2009) Moderna gramática portuguesa. (37ªed). rev., ampl. e atual. – Rio de
Janeiro: Nova Fronteira
Camara, J. M. Jr (1990) Estrutura da Língua Portuguesa Petrópolis: Vozes
Castilho, AT. de.(2016) Nova gramática do português brasileiro. (1ª Ed). 4ª reimpressão –
São
Paulo: Contexto.
Cunha, C e Cintra, LF. (1998). Nova gramática do português contemporâneo. (2ª ed). Rio de
Janeiro: Nova Fronteira.
Jensen, J. T.(1990) Morphology. Word Structure inGenerative Grammar.
Amsterdam/Philadelphia: John Benjamins.
Monteiro, J. L.(2002) Morfologia Portuguesa. (4ª edição) revista e ampliada. Campinas:
Pontes,
Ortega, S. V. (1990) Fundamentos de morfología. Madrid: Editorial Sintesis.
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