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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema do Trabalho: Técnicas de Estudo e Analise de Aspectos Gramaticais da


Língua Portuguesa.

Amândio António José 708231278

Curso: Biologia
Disciplina: Técnicas de expressão
em Língua
Ano de Frequência: 1º

1
Nampula, Abril 2023 III

Folha de Feedback III


Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota do
Subtotal
máxima tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Aspectos Formatação  Paginação, tipo e 1.0

1
tamanho de letra,
paragrafo,
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

2
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
Introdução.........................................................................................................................................4
CAPITULO 1: Técnicas de estudo...................................................................................................6
CAPITULO 2: Técnicas de Tomada de Notas.................................................................................6
Conceitos de tomada de nota............................................................................................................7
Finalidades da tomada de notas........................................................................................................7
CAPITULO 3: Técnicas de elaboração de resumo........................................................................11
CAPITULO 4: TECNICAS DE ELABORACAO DA SINTESE.................................................14
Percurso de elaboração...................................................................................................................14
CAPITULO 5: A PONTUACAO...................................................................................................15
Sinal para pausas conclusas............................................................................................................16
Sinal para pausas inconclusas.........................................................................................................16
Os símbolos e seus usos em cada situação.....................................................................................17
CAPITULO 6: CLASSES DAS PALAVRAS...............................................................................20
O Discurso Directo.........................................................................................................................22
O Discurso Indirecto.......................................................................................................................22
CAPITULO 8: FICHAS DE LEITURA E BIBLIOGRAFIA........................................................24
Ficha analítica.................................................................................................................................25
Ficha de citação..............................................................................................................................25
CAPITULO 9: A ACTA E TEXTOS DIDACTICOS – CIENTIFICOS.......................................27
Técnicas de elaboração...................................................................................................................28
Textos didácticos e Científicos.......................................................................................................29
CAPIOTULO 10: CONCLUSAO E REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS................................29
Conclusão.......................................................................................................................................30
Referências bibliográficas..............................................................................................................31

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Introdução

O presente trabalho, iremos falar sobre as técnicas de estudo e análise de aspectos gramaticais da
língua portuguesa.

Contudo, a gramaticalização é uma mudança categorial (de lexical para funcional), acompanhada
de esvaziamento semântico. Essa mudança categorial está associada a simplificações estruturais
na arquitectura interna das sentenças que sofrem alterações morfológicas, fonológicas e
semânticas, deixando de ser uma forma livre, estágio em que até mesmo pode desaparecer, como
consequência de uma cristalização extrema.

Num sentido mais amplo, a gramaticalização é a codificação de categorias cognitivas em formas


linguísticas, aí incluídas a percepção do mundo pelas diferentes culturas, o processamento da
informação etc. (Castilho 1997: 31)

Portanto, com base no tema proposto, temos como os seguintes objectivos:

Objectivo geral:

 Conhecer as técnicas de estudo e análise dos aspectos gramaticais da língua portuguesa.

Objectivos específicos:

 Reconhecer as técnicas de estudo;


 Identificar os aspectos gramaticais da língua portuguesa;
 Interpretar as técnicas de estudo e análise dos aspectos gramaticais da língua portuguesa.

Com os objectivos traçados para que fossem concretizados, uso – se a metodologia da revisão
bibliografia que consiste em obtenção das informações a partir das fontes já publicadas por vários
autores.
Quanto a estrutura, o trabalho contem: capa, folha de feedback, índice, introdução,
desenvolvimento, conclusão e referências bibliográficas.

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CAPITULO 1: Técnicas de estudo

Técnicas de estudo

A aplicação e a familiarização com tal método de estudo trarão contribuições importantes para o
desenvolvimento da sua capacidade de análise e síntese, fundamentais para a comunicação e a
prática da discussão.
Esse método e suas técnicas, brevemente apresentadas, têm relação directa com a prática da
leitura.
É importante lembrar que estudar exige planejamento e organização, definição do tempo de
dedicação, espaço de estudos, o que estudar (divisão do tempo) e como estudar (sozinho ou em
grupo).
Teixeira (2005, p.26) destaca que “trinta minutos diários são três horas e meia por semana,
quinze horas mensais e cento e oitenta horas por ano, o que é o tempo superior a qualquer
disciplina”.
Outra colocação importante é apresentada por Estanqueiro (2008, grifo do autor) com relação à
“atitude” de cada um. Segundo o autor, “duas pessoas, de capacidades semelhantes, alcançam
resultados muito diferentes pela forma, positiva ou negativa, como encaram o estudo. A
motivação, a autoconfiança e a persistência fazem subir o rendimento”.

O ato de estudar deve ser visto, então, como uma actividade inerente ao ofício de aluno
(TEIXEIRA, 2005). Por isso, a necessidade de planejar e organizar tal actividade.

A literatura apresenta abordagens variadas sobre o tema estudar. Por exemplo, Teixeira (2005)
destaca a importância de exercitar três aspectos: a atenção, a memória e a associação de ideias,
directamente relacionadas ao tempo dedicado ao estudo, ao local e à selecção do material. Já para
Northedge (1998, p. 17), estudar implica desenvolver quatro diferentes habilidades: físicas,
técnicas, estratégicas e de compreensão.

CAPITULO 2: Técnicas de Tomada de Notas

Como fazer anotações

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A tomada de notas assenta em duas dimensões de comunicação linguística: a dimensão receptivo
(ouvir e/ou ler) e a produtiva (escrever). Há que tomar nota do que lemos e do que ouvimos em
exposições, entrevistas, aulas, debates, para delas nos servirmos posteriormente.

Conceitos de tomada de nota

São inúmeras as concepções sobre a tomada de notas:

 Modo particularmente fiável de arquivo das informações;


 Prolongamento da memória ao mundo visual;
 Exercício mental extremamente formador: é indispensável um esforço intelectual;
 Redução do texto, seleccionando, de forma sintética, determinadas informações de um
texto (oral ou escrito), mantendo o seu sentido inicial;
 Treino para reconhecer as ideias – força do pensamento de outrem.

Destes conceitos, destaca-se a necessidade de raciocínio/reflexão (para compreender as ideais


veiculadas pelo enunciador) e de arquivo de informações num suporte material (o escrito).

Finalidades da tomada de notas

De acordo com o objectivo do que se anota e de quem faz as anotações, a tomada de notas pode
ter uma das seguintes finalidades:

 Reunir uma documentação sólida sobre um determinado assunto a partir dos registos dos
assuntos mais relevantes em determinados documentos;
 Remediar os lapsos da memória, fixando as informações essenciais dos textos que lemos
ou ouvimos;
 Seleccionar e arquivar as informações de um texto básico;
 Retransmitir o conteúdo de um texto de maneira tão completa e fiel quanto possível;
 Transmitir um conjunto de informações, preservando integralmente o sentido da
mensagem original, numa formulação mais económica;
 Base para a redacção de resumo (entendido como a reescrita de um texto, usando
construção sintáctica e vocábulos novos e uma estrutura menos complexa que a do texto
original, de tal modo que se possa captar a essência do texto original), relatórios…

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Procedimentos

A tomada de notas é precedida de uma percepção da coerência semântica e sintáctica do conjunto


de palavras. Os conectivos ajudam o leitor/ouvinte a seguir o fio do discurso.
Esses conectivos podem ser lógicos, pronomes (com função anafórica), repetição de palavras,
nominalizações e expressões de transição (exemplificação, contraste, conclusão, etc.).

Tomada de notas a partir do material escrito

 (Re) ler o texto, sublinhar e escrever à margem as siglas correspondentes: usar siglas para
sublinhar a importância das informações (p. ex.: IMP (importante); CIT (citar); R
(rever/reler); CF (confrontar.) e sublinhar de forma criteriosa (diferenciar os sublinhados,
as cores. Esta prática serve para assinalar as pistas do que é interessante e permite a
detecção dos aspectos importantes, volvido muito tempo. No entanto, nem sempre é
possível ou aconselhável sublinhar o escrito: o livro não é da nossa propriedade; a obra é
uma preciosidade; o livro poderá ser emprestado a colegas…
 Produzir fichas (de leitura, de citação);
 Fazer pequenos resumos: frases, com sujeito, verbo e complementos;
 Recorrer a palavras-chave: as ideias aparecem de modo esquemático, usando-se setas ou
outros sinais;
 Produzir mapas de ideias: demonstração gráfica das correspondências e hierarquias entre
as palavras. Usam-se esquemas e/ou palavras-chave.

Tomada de notas a partir de discursos orais

A mensagem do discurso oral passa rapidamente é não se deve interromper o orador. Esta
situação exige do receptor a assunção de determinadas habilidades e procedimentos diversos. Eis
algumas propostas:

· Apontar o maior número de coisas possíveis no mínimo espaço de tempo, o que requer não
anotar frases inteiras ou frases textuais;

· Assentar o que é útil ou necessário reter: palavras-chave, conclusões parciais e gerais;

· Anotar as informações com exactidão, respeitando o que se diz, com recurso ao estilo
telegráfico (frases curtas e sem verbos, abreviaturas, símbolos e esquematizações).
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Constrangimentos na tomada de notas a partir de textos orais Como se pode depreender, a tomada
de notas não é tarefa fácil.

· Para uns, custa escutar e/ou ler (em caso de data show) e escrever ao mesmo tempo.
· Há os que nem chegam a tomar notas (se o fazem, são poucas notas), porque não conseguem
acompanhar a exposição.
· Outros ainda querem anotar tudo e falham, perdem-se.
· Há quem apenas anota as informações com que está de acordo.
O que anotar depende, muitas vezes, de factores como:
· Assunto: o desconhecimento/conhecimento do assunto concorre para a quantidade de anotações;
· Orador: o estilo do orador, a velocidade do discurso pode ou não facilitar o acompanhamento da
exposição;
· Receptor: a disposição mental, a atenção e a capacidade de análise e síntese influenciam na
tomada de notas;
· Objectivo: a quantidade de notas depende do que se pretende com essas notas
(compare as notas tomadas na sala de aula com as que obteve num debate…).

Técnicas de escrita acelerada


Perante a dificuldade/impossibilidade de anotar tudo o que é dito, há que ter atenção nos
seguintes aspectos:
 Tom de voz;
 Palavras/frases que chamem atenção;
 Repetição de ideias;
 Tempo dedicado a cada assunto;
 Registos feitos no quadro;
 Indicações expressas pelo orador.
No acto de registo, é conveniente observar as seguintes práticas:
- Supressão de palavras (p.e. artigos, preposições, verbos: ser, dever, ter, estar…)
(Ex.: As línguas bantu são aglutinantes: LB = aglutinantes);
- Supressão por nominalização de expressões (ex.: falha de memória = esquecimento), de verbos
(ex.: O Carlos adquiriu um propriedade: aquisição propriedade);
- Codificação de palavras, com recurso a símbolos, Sinais…
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(Ex.: homem: ♂ ; trabalho: w ; muito: x;)
- Generalização: com recurso a hiperónimos.
(Ex.: comprei livros, cadernos, sebentas, esferográficas = compra de material escolar);
- Ordenação de diferentes partes do discurso, atribuindo um número (Ex.: para começar
(1), Segue-se (2), finalmente (3));
- Abreviaturas: reduções, consagradas pelo uso, de palavras ou grupo de palavras, embora
possamos criar as nossas abreviaturas. (Ex.: páginas: pp., problemas = prbls, Desenvolvimento =
dsv).
Uma vez que as notas são de carácter pessoal, cabe ao receptor seleccionar estratégia (s) de
tomada de nota, tais como:
 Estilo telegráfico: desaparecem as relações de significação entre as palavras, recorrendo-
se a travessões, letras, palavras, números…)
(Ex.: crítica histórica: literatura e correntes literárias ↔ obra; Registou-se acidente de viação
hoje: acidente viação hoje).
Sem uma leitura imediata das notas, perde-se o sentido do que se disse.

 Estilo de frases completas: conserva o sentido do texto, mas requer muito tempo. Um
dos riscos é a escrita ilegível ou perda de partes significativas do discurso, na angústia de
anotar tudo;
 Estilo de sinais simbólicos: recorre-se aos nexos entre as partes que constituem o sentido
do discurso (relações de implicação, de oposição, de causa-efeito, de conclusão …)
Ex.: A mortalidade infantil deve-se à miséria de muitas famílias e à falta de cuidados de saúde.

Mortalidade infantil → miséria + – cuidados de saúde).

Conclusão

Na tomada de notas é possível combinarem-se vários estilos.


Uma tomada de notas eficiente adquire-se com a prática: deve-se exercitar estas práticas não só
na aula mas ainda nos debates e nas exposições…
- Depois de anotações, devemos passar os apontamentos a limpo num curto espaço de tempo.
A produção de um resumo depende da qualidade e quantidade das notas tomadas.

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A simples posse das fotocópias não substitui a leitura, por isso deve-se fazer anotações sobre ou
nesse material.

CAPITULO 3: Técnicas de elaboração de resumo

Elaboração de resumo
Segundo Rebeca Peixoto da Silva e outros (s.d. p.110), a elaboração de resumo exige mais
habilidade de leitura do que de escrita.

O resumo permite melhor compreensão das ideias expostas, uma vez que para realizá-lo é
necessário apreender a estrutura do parágrafo. Para os autores citados, resumir é um processo que
compreende vários passos, como: encontrar a ideia-tópico do parágrafo.

Se a ideia principal estiver subentendida, será necessário isolar as frases-chaves para encontrar a
ideia central. Em seguida, o leitor eliminará as ideias secundárias ou que não sejam essenciais
para a compreensão da ideia central. Há passagens dentro de um texto que servem apenas para
esclarecer e constituem, pois, paráfrases de passagens anteriores. Passa-se, então, à fase de
primeira redacção do resumo, escolhendo-se sempre a palavra mais simples mais breve.

Coloca-se o original à parte, e põe-se a escrever segundo o que se compreendeu. Acompanhando


o texto enquanto se escreve o resumo, corre-se o risco de copiar frases do texto original ou de cair
na simples paráfrase. Finalmente, compara-se o resumo como original. Para evitar cópias,
transcrições, utiliza-se a selecção de ideias, distribuídas num quadro sinóptico, ou num plano
(esquema).O resumo é um instrumento adequado tanto para a aprendizagem redaccional, quanto
para o aprimoramento da leitura.

Um leitor que é capaz de resumir um texto com suas próprias palavras demonstra ter
compreendido as ideias nelas expostas. Para Siqueira (1990, p.63), os passos para resumir um
texto são:(a) selecção das ideias principais;(b) cancelamento das ideias irrelevantes;(c)
agrupamento das ideias que se relacionam entre si;(d) adaptação da linguagem devido aos
agrupamentos realizados.

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Maria Teresa Serafini (1987, p.188-189) ensina quatro regras para a redacção de resumos:
Cancelamento;
Generalização,
Selecção; e
Construção.
Cancelamos palavras que se referem a pormenores que não são necessários à compreensão de
outras partes do texto. Pelo processo de generalização, substituímos “alguns elementos por ou
tros mais gerais que os incluam”
. Pela selecção, eliminamos os “elementos que exprimem detalhes óbvios”
. Durante a fase de construção, substituímos orações por outras novas. Tomemos o seguinte texto
como exemplo:
No painel reúnem-se várias pessoas para exporem suas ideias sobre determinado assunto ante um
auditório. No painel, a conversação é basicamente informal, os membros não atuam como
oradores, não expõem. Os membros do painel (painelistas) devem preparar o material necessário
a cerca do assunto a ser discutido, procurando orientar a discussão através de um raciocínio
metódico e ao alcance do público.

Devem saber ouvir com atenção o que têm a dizer os outros participantes e interrompê-los
quando oportuno, esperando o momento apropriado para isso. Não se devem aferrar a um ponto
de vista, só porque é o que defendem, e sim mudar de opinião sempre que os fatos ou a lógica
provarem que estão errados. Não devem os painelistas monopolizar a discussão, pois todos têm
iguais oportunidades de falar. Convém, por isso, estabelecer que a duração máxima de cada
intervenção será de dois ou três minutos.

O coordenador deverá interferir sempre que um painelista ultrapassar os limites permitidos ou


estender-se muito em digressões que não contribuam para o esclarecimento da discussão. Falar
apenas sobre o assunto proposto deve ser um dos lemas dos participantes do painel. Outro
objectivo que deve ser norma para os participantes é de que a atmosfera de discussão é informal e
o diálogo deve processar-se em tom de conversa. Nada de discursos, de atitudes teatrais para a
plateia ou de uso e abuso de expressões de efeito. (MINICUCCI, 1992, p.134-135).

Aplicando as regras para elaboração de resumo, tem-se:

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Quanto ao apagamento
Cancelam-se palavras que podem ser dispensáveis:

Painel: reunião de pessoas para exporem suas ideias sobre um assunto, diante de um auditório. A
conversação é informal. Os membros de um painel preparam o material, orientando a discussão
pelo raciocínio metódico. Devem ouvir os outros participantes e interrompê-los quando oportuno.
Devem mudar de opinião se os fatos ou a lógica provarem que estão errados. Não devem
monopolizar a discussão. Cada intervenção será de dois ou três minutos. O coordenador deve
interferir no caso de um painelista ultrapassar o tempo. Os painelistas devem falar sobre o
assunto proposto. O diálogo deve processar-se em tom de conversa. Evitar discursos ou atitudes
teatrais.

Quanto à generalização
Pela generalização, devem-se substituir enunciados específicos por gerais. Assim, se uma pessoa
diz que reformou o banheiro, a cozinha, a sala, o telhado de sua casa, pode-se dizer que ela
“reformou sua casa”. A expressão agora é generalizadora.

No texto apresentado, as possibilidades de generalizações não são assim tão palpáveis, mas pode-
se dizer, generalizando, que ele apresenta regras para a realização de um painel.

Quanto à selecção de tópicos frasais e combinação deles


No painel, várias pessoas expõem suas ideias para um auditório. A linguagem é informal e os
membros que dele participam podem interromper seus colegas quando oportuno. Cada
intervenção, regulada pelo coordenador, pode demorar de dois a três minutos. Os painelistas
devem ater-se ao tema proposto.

Assim, o leitor pode verificar que o primeiro parágrafo apresenta duas ideias importantes: o
painel é uma técnica de apresentação de comunicação da qual participam várias pessoas; o tom da
apresentação é informal.

O segundo parágrafo cuida da adaptação da exposição à audiência. O terceiro e o quarto


parágrafo podem ser fundidos: o painelista apresenta suas ideias e ouve observações dos colegas.

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O quinto parágrafo é uma explicitação dos dois anteriores e pode ser eliminado. O sexto
parágrafo ocupa-se do impedimento de digressões e o último afirma, repetindo ideias do primeiro
parágrafo, que o tom da apresentação é o informal.

Quanto à invenção ou construção Aqui, recria-se o texto de Minicucci

O painel, técnica de trabalho em grupo, consiste em variados participantes. Diante de um


auditório, apresentarem para discussão assuntos previamente estabelecida. Entre as regras do
painel, destacam-se: adaptar a exposição à audiência, ouvir os colegas e interrompê-los apenas
quando oportuno, ser flexível na defesa dos próprios pontos de vista, permitir que os colegas
exponham suas ideias, evitar digressões e atitudes teatrais, já que o tom do diálogo é informal.

CAPITULO 4: TECNICAS DE ELABORACAO DA SINTESE

Elaboração da Síntese

Segundo Esteves (2002:82) 12, a síntese é “um género de texto elaborado, de dimensão reduzida,
mas redigida de forma simples, clara e consistente”. A elaboração de uma síntese implica um
bom domínio das técnicas de leitura e de escrita. Deste modo, é possível trabalhar-se vários tipos
de texto em simultâneo.

O apelo à escrita sintética do mundo actual é devido a dois aspectos. Por um lado, aos vários
suportes de informação existentes e por outro às exigências do próprio leitor que se interessa por
escritos recheados de “paginação, cor, abundância de títulos, subtítulos e cabeçalhos, quadros,
gráficos, resumos e sínteses, estrutura e plano em destaque, frases curtas (20 a 30), estilo concreto
e vivo, próximo da oralidade, usando a forma activa e o infinitivo.

Percurso de elaboração

Os passos a seguir para a elaboração de uma síntese assentam na compreensão do texto, na


elaboração de um plano ou no reagrupamento das ideias e na redacção.
Deve-se fazer uma leitura activa, tal como no resumo mas em menor profundidade. Implica
destacar as palavras-chave, ideias-chave e fazer anotações numa folha, usando frases soltas.
II. Plano ou reagrupamento de Ideias

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Engloba os seguintes pontos:

1. Apresentação – “Identifica o texto, o tema tratado, o nome do autor e eventualmente a


tese”;
2. Ilustração – “expõe os factos respeitantes ao tema; noutros casos, história o problema”;
3. Causas – “diagnostica o estado da questão, indo até às suas origens”;
4. Efeitos – “reúne as consequências”;
5. Remédios – “indica as soluções apresentadas pelos autores para alterar os efeitos ou
resolver os problemas”;
Conclusão – “apresenta as considerações finais dos textos.”

Plano ou Reagrupamento das Ideias

1. Apresentar no estilo indirecto as posições de cada autor;


2. Respeitar o pensamento de cada autor;
3. Ser conciso, claro e preciso;
4. Ter atenção à construção frásica.
Aspectos a evitar
1. Não se deve utilizar frases e expressões inteiras do texto;
2. Não se deve fazer comentários ao texto.

CAPITULO 5: A PONTUACAO

Pontuação

A pontuação é um sistema de sinais gráficos que indica, na escrita, uma pausa na linguagem oral.
Esse sistema se desenvolveu, ao longo dos anos, no uso literário das línguas ocidentais, como,
por exemplo, o português, o francês, o italiano etc.

Divide-se os sinais de pontuação em dois grandes grupos:


1. Sinal para pausas conclusas;
2. Sinal para pausas inclusas.

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Sinal para pausas conclusas

Esse grupo é essencialmente representado pelo ponto (.), uma vez que a utilização desse sinal só
acontece quando a oração já foi concluída, ou seja, quando não há mais nenhum elemento a ser
adicionado àquela frase. O mesmo acontece com os outros sinais pertencentes a esse grupo, mas
com características diferentes.

Na língua portuguesa, temos os seguintes sinais:

a) O ponto-e-vírgula (;), usado quando duas frases estão articuladas entre si.
Ex.: Muitos se esforçam; poucos conseguem.
b) A interrogação (?), usado quando se trata de uma frase interrogativa.
Exs. Haverá aula amanhã?
Como ajudar os meninos que estão morando nas ruas das grandes cidades brasileiras?
c) A exclamação (!), usado quando se trata de uma frase exclamativa. Exs.: Eu quero ir pra
casa logo!
Faça o favor de terminar esse exercício antes de a aula acabar!

Sinal para pausas inconclusas

Esse grupo é essencialmente representado pela vírgula (,), que separa orações ou membros da
oração. Os sinais pertencentes a esse grupo são usados dentro das estruturas das frases que ainda
não concluíram uma ideia. A escolha do sinal adequado depende do que se quer expressar com a
utilização dele.
Nesse grupo, temos os seguintes sinais:
a) O dois-pontos (:), usado quando a frase, ou o membro oracional seguinte, explica ou
desenvolve o que foi dito antes.
Exs: E a felicidade resume-se a isto: criarem-se hábitos.
Estavam presentes: o pai, a mãe, o sobrinho e todos os outros membros das duas famílias.

b) Os parênteses ( ), usados quando no meio de uma dada frase se intercala outra frase com uma
estrutura diferente.

Ex.: Na semana passada (parece que foi há anos) eu encontrei com Sr. Vivaldo pela última vez.

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c) As aspas (“ ”), usadas para abrir e fechar a transcrição de palavras ou frases que foram ditas
por outra pessoa.
Ex.: “A esperança vencerá o medo”, disse, emocionado, o presidente.

d) O travessão (–), que pode ser usado nas seguintes situações:


• Simples, para substituir o dois-pontos diante de um elemento da oração.
Ex.: Ela queria de qualquer jeito o divórcio – ele acabou cedendo.
• Duplo, para substituir os parênteses.
Ex.: A noiva cumprimentou – com muita má vontade.
– Os convidados após o casamento.
• Simples, combinado com as aspas (ou não), para as mudanças de interlocutor na transcrição de
um diálogo.
Exs. – Eu gostaria que você me dissesse alguma coisa.
– Alguma coisa?
Há ainda o sinal de pausa de reticências (...), usado numa citação escrita para indicar parte
suprimida.
Ex.: “Comecei a recolher os materiais necessários (...) e a tomar notas de toda parte e de tudo”
(Machado de Assis).

Os símbolos e seus usos em cada situação

Ponto final (.)


O ponto é usado nas seguintes situações:
a) Indicar o final de uma frase declarativa, ou seja, frases que informam ou declaram
alguma coisa. Essas frases podem ser afirmativas ou negativas;
Ex.: Lembro-me muito bem dele.
b) Separar períodos entre si;
Ex.: Fica comigo. Não vá embora.
c) Nas abreviaturas.
Ex.: Av.; V. Ex.ª

Dois pontos (:)

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O dois-pontos é usado nas seguintes situações:
a) Iniciar a fala dos personagens
Ex.: Então o padre respondeu:
– Parta agora.
b) Antes de apostos ou orações apositivas, enumerações ou sequência de palavras que
explicam e/ou resumem ideias anteriores.
Ex.: Meus amigos são poucos: Fátima, Rodrigo e Gilberto.

Reticencias (...)

As reticências são usadas nas seguintes situações:


a) Indicar dúvidas ou hesitação do falante.
Ex.: Sabe...eu queria te dizer que...esquece.
b) Interrupção de uma frase deixada gramaticalmente incompleta.
Ex.: – Alô! João está?
– Agora não se encontra. Quem sabe se ligar mais
tarde...

Parênteses ()
Os parênteses são usados na seguinte situação:
Isolar palavras, frases intercaladas de carácter explicativo e datas.
Ex.: Na 2ª Guerra Mundial (1939-1945), ocorreram inúmeras perdas humanas.

Importante: Os parênteses também podem substituir a vírgula ou o travessão.


Ex.: Chovia (calmamente) enquanto os pássaros se escondiam nas copas das árvores naquela
tarde..
Ponto de Exclamação ( ! )
O ponto de exclamação é usado nas seguintes situações:
a) Após vocativo.
Ex.: “Parte, Heliel!” (As violetas de Nossa Sra., Humberto de Campos)
b) Após imperativo.
Ex.: Cale-se!
c) Após interjeição.
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Ex.: Ufa! Ai!
d) Após palavras ou frases que denotem carácter emocional.
Ex.: Que pena!

Ponto de Interrogação (?)


O ponto de interrogação é usado nas seguintes situações:
a) Em perguntas directas.
Ex.: Como você se chama?
b) Às vezes, juntamente com o ponto de exclamação.
Ex.: – Quem ganhou na loteria?
– Você.
– Eu?!
Vírgula (,)
É usada para marcar uma pausa do enunciado com a finalidade de nos indicar que os termos por
ela separados, apesar de participarem da mesma frase ou oração, não formam uma unidade
sintáctica.
Ex.: Lúcia, esposa de João, foi a ganhadora única da Sena.
Quando há uma relação sintáctica entre termos da oração, não se pode separá-los por meio de
vírgula. Vamos conhecer alguns desses casos?

Ponto- e - vírgula ( ; )
O ponto-e-vírgula é usado nas seguintes situações:
a) Separar os itens de uma lei, de um decreto, de uma petição, de uma sequência etc.
Ex.: “Art. 127 – São penalidades disciplinares:
I- advertência;
II- suspensão;
III- demissão;
b) Separar orações coordenadas muito extensas ou orações coordenadas nas quais já tenha
sido utilizada a vírgula.
Ex.: “O rosto de tez amarelenta e feições inexpressivas, numa quietude apática, era
pronunciadamente vultuoso, o que mais se acentuava no fim da vida, quando a bronquite crónica

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de que sofria desde moço se foi transformando em opressora asma cardíaca; os lábios grossos, o
inferior um tanto tenso (...)” (O visconde de Inhomerim, Visconde de Taunay).

Travessão ( – )
O travessão é usado nas seguintes situações:
a) Dar início à fala de um personagem.
Ex.: O filho perguntou:
– Pai, quando começarão as aulas?
b) Indicar mudança do interlocutor nos diálogos.
Ex.: – Doutor, o que tenho é grave?
– Não se preocupe, é uma simples infecção. É só tomar um antibiótico e estará bom.
c) Unir grupos de palavras que indicam itinerário.
Ex.: A rodovia Belém – Brasília está em péssimo estado.
Também pode ser usado em substituição à vírgula em expressões ou frases explicativas. Ex.:
Xuxa – a rainha dos baixinhos – será mãe.

Aspas (“ ”)
As aspas são utilizadas nas seguintes situações:
a) Isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias, estrangeirismos,
palavrões, neologismos, arcaísmos e expressões populares. Ex.: Maria ganhou um
apaixonado “ósculo” do seu admirador.
A festa na casa de Lúcio estava “chocante”.
Conversando com meu superior, dei a ele um “FEEDBACK” do serviço a mim requerido.

Relações morfossintácticas – são as relações que se estabelecem entre as palavras levando-se em


conta a significação (critérios semânticos), suas características flexionais, tipos de sufixos
(critérios morfológicos) e a função desempenhada na frase (critérios sintácticos).

CAPITULO 6: CLASSES DAS PALAVRAS

Classes de palavras

21
Na Língua Portuguesa, as palavras são classificadas de acordo com o papel que exercem dentro
da frase. Cada classe tem função específica na frase. Assim, qualquer vocábulo em língua
portuguesa vai ter de estar inserido em uma dessas classes de palavras.

 Substantivos – são as palavras que designam os seres em geral, reais ou imaginários.


Dividem-se, quanto à classificação, em comuns, colectivos, próprios, concretos e abstractos; e
quanto à formação, em simples, compostos, primitivos e derivados.
 Artigo – palavra variável em género e número que se antepõe aos substantivos,
determinando-os. A determinação operada pelo artigo pode ser definido ou indefinida.
 Adjectivo – é a palavra variável que atribui uma especificação ao substantivo,
caracterizando-o. Essa especificação pode referir-se a uma qualidade, a um estado, à
aparência ou ao modo de ser dos referentes dos substantivos.
 Numeral – é uma classe especial de palavras que indica número ou quantidade exacta de
seres ou lugar por eles ocupado em uma série.
 Pronome – é a palavra variável que identifica, na língua, os participantes da interlocução
(primeira e segunda pessoas discursivas) e os seres, eventos ou situações aos quais o
discurso faz referência (terceira pessoa discursiva).
 Verbo – é a palavra que pode variar em número, pessoa, modo, tempo e voz, indicando
acções, processos, estados, mudanças de estado e manifestações de fenómenos da
natureza.
 Advérbio – palavra invariável que se associa aos verbos, indicando as circunstâncias da
acção verbal; aos adjectivos, intensificando as qualidades por eles expressas; e aos outros
advérbios, intensificando o seu sentido.
 Preposição – palavra invariável que conecta termos de sintagmas, estabelecendo entre eles
uma relação de dependência.
 Conjunção – palavra invariável que conecta orações, estabelecendo entre elas uma relação
de subordinação (dependência) ou de simples coordenação.
 Interjeições – palavras ou locuções invariáveis que exprimem sensações e estados
emocionais.

CAPITULO 7: TIPOS DE DISCURSOS

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Tipos de discursos

O Discurso Directo

O Discurso Directo é um meio de expressão pelo qual se reproduzem as palavras de uma


personagem tal como elas as teria proferido.
Este tipo de discurso permite um contacto mais estreito entre a situação criada e o receptor
(leitor/ouvinte); actualiza e torna mais viva a narrativa, mais espontânea, como no teatro.
No Discurso Directo as falas das personagens ganham em naturalidade, não raras vezes tocadas
pela emoção, que o emprego de exclamações, interjeições, reticências, interrogações, vocativos e
imperativo reforça.
É de salientar que o Discurso Directo pode aparecer sob a forma de monólogo interior.

O Discurso Indirecto

O Discurso Indirecto é o processo pelo qual o narrador informa o leitor acerca do que uma
personagem teria dito ou pensado, sem reproduzir exactamente as suas palavras.
Na transposição do Discurso Directo para o Indirecto, notam-se alterações nas categorias verbais
(modo, tempo, pessoa), nos pronomes, nos determinantes e nos advérbios.
Veja alguns exemplos de passagem do discurso directo para indirecto:
Nada te acontecerá. / Ele disse que nada lhe aconteceria.
Paga-me esta conta, como é teu dever. / Ela ordenou que ela lhe pagasse aquela conta, como era
seu dever.
Conta-me tudo – pediu ele – aqui mesmo e agora.../ Ele pediu que ela lhe contasse tudo, ali
mesmo e naquele momento.
Queres vir comigo Pedro? / Ela perguntou ao Pedro se ele queria ir com ela.
Eu dou-te o dinheiro. / Ele disse que lhe dava o dinheiro.

23
Quadro resumo das regras básicas

24
CAPITULO 8: FICHAS DE LEITURA E BIBLIOGRAFIA

A Fichas Bibliográfica

Segundo RUIZ, J. Alvaro, (1991 p-19), As fichas bibliográficas são um instrumento de trabalho
indispensável, permitindo: identificar as obras, conhecer o seu conteúdo, fazer citações, conservar
críticas, nossas ou de outrem, analisar o material a utilizar num trabalho.

A informação colectada nos livros, assim como noutras fontes de conhecimento, normalmente
deve ser devidamente catalogada, ou seja, a sua proveniência não deve constituir segredo.
Tratando-se de documentos que veiculam ideias de outros sujeitos pensantes, estas ideias são
propriedade e/ou pertenças desses mesmos sujeitos. Isto significa dizer que, ao se fazer uso dessa
mesma informação, dever-se-á referir a fonte que a produziu – o seu autor, sob pena de se
considerar plágio (roubo de propriedade intelectual), da ideia de outrem. Esta omissão é
considerada crime, dando direito a um processo criminal que pode ter consequências
imprevisíveis nos termos da lei dos direitos autorais.

Com efeito, é dever de quem pesquisa referir os livros que lhe serviram de suporte e/ou fonte de
inspiração para a produção das suas próprias ideias, colocando todos os dados que possam
facilitar a localização da obra referida para efeitos de confrontação posterior. Estas informações
são organizadas segundo modelos universalmente convencionados, a que se dá o nome de ficha
bibliográfica.

A construção da ficha bibliográfica obedece a regras fixas de representação, segundo o exemplo


que a seguir é apresentado:
1. A disposição das informações segue uma ordem
- Começa-se pelo apelido ou sobrenome em maiúsculas);
- A seguir coloca-se o nome do autor
- Em seguida, o título da obra (sublinhado ou em itálico)
- Depois o local (nome da cidade) em que a obra foi editada;
- Segue o nome da editora responsável pela edição do livro
- A colecção;
- O ano da sua edição

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- Número da edição
- Número do volume e
- Finalmente a indicação do ano e das (s) páginas.

Ficha de Leitura ou de conteúdo


Tipos de fichas
Ficha analítica – contém uma análise sumária da obra ou do artigo, podendo referir, entre outros,
os seguintes elementos:
- Campo o saber abordado;
- Problemas tratados;
- Conclusões alcançadas
- Contribuições especiais param o tema
- Métodos utilizados: indutivo, dedutivo, dialéctico, histórico, comparativo;
- Recursos empregados: tabelas, quadros, gráficos, mapas.

Entre as suas qualidades, destacam-se as seguintes:


- Brevidade;
- Uso de verbos activos;
- Ausência de repetições.

Ficha de citação – reproduz frases consideradas relevantes num trabalho:

- Coloca-se entre aspas;


- Contém a página;
- Transcreve textualmente (incluindo erros, que devem ser seguidos pelo termo sic colocado entre
parênteses rectos [sic]);
- Indica supressão de palavras, recorrendo também a parênteses rectos [...];
- Completa a frase com elementos indispensáveis à sua compreensão, se for necessário
(colocando o acrescento entre parênteses).
Ficha de resumo ou síntese – apresenta um resumo ou síntese das principais ideias ou dos
aspectos essenciais. Tendo em conta a natureza destes exercícios (ver noutro local), lembraremos
que esta ficha:
- Não é um sumário ou índice;
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- Não é uma transcrição de frases;
- Não é longa;
- Não precisa, no caso da síntese, de obedecer à estrutura da obra.
Ficha de comentário – é uma interpretação crítica das ideias do autor:
- Sobre a forma;
- Sobre o conteúdo;
- Sobre a clareza ou a obscuridade do texto;
- Sobre a sua comparação com outros textos
- Sobre a importância da obra.

As partes componentes desta ficha

Legenda:
a) Referência bibliográfica do livro/revista ou texto;
b) Tema abordado;
c) Página do livro em que se encontra a informação/texto;
d) Classificação da obra (conto, romance, ensaio etc.)
e) Conteúdo: síntese do conteúdo do texto consultado, podendo ser apresentado sob forma de
esquema (notas) ou sob forma de um resumo – seguindo as regras de redacção deste tipo de texto

f) Observações do Autor da ficha sobre alguns aspectos pertinentes relacionados com o assunto
do texto ou livro, ou qualquer outra informação particular encontrada em e), i.e. na síntese.

27
CAPITULO 9: A ACTA E TEXTOS DIDACTICOS – CIENTIFICOS

Definição

A acta a é reprodução de factos, decisões e opiniões reportados a assembleias, reuniões ou


conselhos...é o relato oficial de tudo o que se passou durante a reunião de uma instituição,
departamento, secção, conselho ou grupo de trabalho. Costuma fazer-se a distinção entre projecto
de acta e a acta propriamente dita, coincidindo a passagem do primeiro à segunda com o
momento da sua aprovação.

Este documento é elaborado pelo secretário da reunião que tem a ingrata, difícil e a penosa tarefa
de, ao longo dela, recolher os apontamentos indispensáveis à sua elaboração posterior do projecto
de acta. Mais tarde, com a ajuda do presidente, em caso de necessidade, ordená-los-á e redigirá
uma primeira versão. O projecto de acta é escrito no livro de actas, cujas folhas devem estar
rubricadas e numeradas – as folhas, não as páginas, pois cada folha tem duas páginas – pelo
presidente da Mesa da Assembleia Geral, o mesmo acontecendo com os termos de abertura e de
encerramento.

A redacção deve ser simples, concisa e clara; não deve haver abreviaturas e os números tal como
as datas escrevem-se por extenso; intervalos em branco, interlinhas e rasuras são eliminados.
Enquanto o projecto de acta, ou minuta, não for aprovado em Assembleia Geral, é pertença de
quem o elaborou, que pode fazer as alterações que achar para a sua compreensão e fidelidade.

Nela são relatadas todas as intervenções dos participantes da reunião. A sua redacção obedece a
uma fórmula fixa de introdução e fecho, começando-se do seguinte modo: (aos nove dias, do mês
de Junho de dois mil e sete, nas instalações da Faculdade de Educação e Comunicação, realizou-
se uma reunião, que obedeceu à seguinte ordem de trabalhos/ ou cuja agenda encontra-se em
anexo…

Estruturalmente, a acta pode ser dividida em três partes fundamentais, nomeadamente:

 O cabeçalho, contendo a identificação do documento e o respectivo número de ordem


 O corpo, comportando os relatos das várias etapas e intervenções dos participantes
 O Fecho, contendo a fórmula fixa do fecho e as assinaturas do presidente e do secretário
da reunião.

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Técnicas de elaboração

Ao longo da elaboração da acta, há formas próprias de introdução das intervenções/falas dos


participantes da reunião, como os actos de fala que a seguir alistamos:

- Referindo-se à questão do…ele teria dito que…

- Usando da palavra, o Sr, Mahulana, afirmou que…disse que…realçou o facto de que…

- Apelou aos presentes para que…

- Questionou o facto de…

- Perguntou,

- Disse ter ficado impressionado, chateado, escandalizado com o facto de…

- João Wanicela disse não concordar com a posição do seu colega…

- Benilde, chefe da turma, interveio para aclarar algumas questões que constituíam embaraço…

A acta obedece a uma fórmula fixa do fecho, que é:

(não havendo mais a tratar, a reunião foi encerrada (dada por terminada), da qual foi lavrada/ (se
lavrou) a presente acta, que, depois de lida, será assinada pelo Presidente (ou…) e por mim que
secretariei a reunião.

NB:
 Os espaços em branco, na acta, devem ser trancados de forma a evitarem-se acréscimos
posteriores…
 Em caso de falha ao longo da redacção da acta, esta não deve ser rasurada nem borrada,
devendo-se, nestes casos, acrescentar-se a palavra digo, logo depois da falha e colocando
a palavra correcta pretendida.

Elementos Discursivos

Uso da voz passiva e das formas do particípio passado (relativamente ao ponto número três, foi
dito que…ficou acordado que…decidiu-se que as reuniões serão feitas…),

Uso do discurso indirecto (ele disse que…)


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Uso do Pretérito perfeito, mas também das formas do imperfeito… (ele teria dito que…), coube a
vez a Fernando Sumabane que interveio para questionar sobre se não haveria espaço para mais
um ponto na agenda.

Textos didácticos e Científicos

Conceito de texto didáctico

O texto didáctico é entendido “como parte do discurso especializado, no nível científico-


pedagógico, concretização do género unidade de aula” (Pontes, 2004).
“O texto didáctico objectiva essencialmente ensinar. Tem características próprias e específicas.
Institui-se em uma formulação de discurso especializado, de carácter científico-pedagógico, que
leva o escritor necessariamente a repensar todo um conjunto de estratégias discursivas,
fundamentalmente de dois modos:
As de carácter metalinguístico, já que o texto didáctico é auto-explicativo; e
As de carácter meta discursivo, já que esse tipo de texto é auto-reflexivo (Pontes, 2004).

Estratégias empregadas em textos didácticos (Pontes,2004):

 Estratégias metalinguísticas

É a exemplificação (marcadores, expressões construídas a partir de marcadores, parentização e


hifenização) paráfrase (explicações, especificações, definição de termos)

 Estratégias metadiscursivas

São pistas sinalizadas pelo autor no texto para orientar o leitor (ligações entre as partes do texto;
atitudes do autor em relação ao texto; mecanismos de envolvimento do leitor; realização de
operações de organização da linguagem:
Resumo, descrição, definição, classificação, argumento).

CAPIOTULO 10: CONCLUSAO E REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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Conclusão

Depois das buscas de feitas, conclui-se que a gramaticalização é uma mudança categorial (de
lexical para funcional), acompanhada de esvaziamento semântico. Essa mudança categorial está
associada a simplificações estruturais na arquitectura interna das sentenças que sofrem alterações
morfológicas, fonológicas e semânticas, deixando de ser uma forma livre, estágio em que até
mesmo pode desaparecer, como consequência de uma cristalização extrema.
Num sentido mais amplo, a gramaticalização é a codificação de categorias cognitivas em formas
linguísticas, aí incluídas a percepção do mundo pelas diferentes culturas, o processamento da
informação etc. (Castilho 1997: 31).

O ato de estudar deve ser visto, então, como uma actividade inerente ao ofício de aluno
(TEIXEIRA, 2005). Por isso, a necessidade de planejar e organizar tal actividade.

Segundo Rebeca Peixoto da Silva e outros (s.d. p.110), a elaboração de resumo exige mais
habilidade de leitura do que de escrita.
O resumo permite melhor compreensão das ideias expostas, uma vez que para realizá-lo é
necessário apreender a estrutura do parágrafo.

Segundo Esteves (2002:82) 12, a síntese é “um género de texto elaborado, de dimensão reduzida,
mas redigida de forma simples, clara e consistente”.

A pontuação é um sistema de sinais gráficos que indica, na escrita, uma pausa na linguagem oral.
Esse sistema se desenvolveu, ao longo dos anos, no uso literário das línguas ocidentais, como,
por exemplo, o português, o francês, o italiano.

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Referências bibliográficas

VUNGUIRE, Geraldo Ferando - Técnicas de Expressão em Língua Portuguesa (UCM – IED,


2012).

CUNHA, Dalila. O Resumo (Texto de apoio). ISPU, 2000.

DE NÍCOLA, José. Português: ensino médio. São Paulo: Scipione, 2005. V.1.

MAIA, João Domingues. Português: volume único. São Paulo: Ática, 2005.

MAVALE, Cecília. Tomada de notas (Texto de apoio). UP, 1977

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