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Universidade católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância


Centro de Recurso de Nampula

O papel das Redes Sociais no Processo de Ensino e Aprendizagem a Distancia

Ernesto Cassimo: 708210992

Curso: Português
Disciplina: Metodologia de investigação científica II
Ano de Frequência: 2º ano
Turma: P
Tutor

Nampula, Agosto de 2022

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Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota do
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máxima tutor

 Capa 0.5

 Índice 0.5

Aspectos  Introdução 0.5


Estrutura
organizacionais 0.5
 Discussão

 Conclusão 0.5

 Bibliografia 0.5

 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)

Introdução  Descrição dos


1.0
objectivos

 Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho

 Articulação e domínio
do discurso académico
(expressão escrita 2.0
Conteúdo
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo

 Exploração dos dados 2.0

 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos

 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos gerais Formatação paragrafo, 1.0
espaçamento entre
linhas

Normas APA 6ª  Rigor e coerência das


Referências
edição em citações citações/referências 4.0
Bibliográficas
e bibliografia bibliográficas

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Folha para recomendações de melhoria:

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Índice
Introdução...................................................................................................................................5
RESUMO....................................................................................................................................6
Tema...........................................................................................................................................7
O papel das Redes Sociais no Processo de Ensino e Aprendizagem a Distancia.......................7
Objecto de Estudo.......................................................................................................................7
Objectivo Geral...........................................................................................................................7
Objectivos específicos................................................................................................................7
Problematização..........................................................................................................................7
Justificativa.................................................................................................................................7
Metodologia................................................................................................................................8
Fundamentação teórica...............................................................................................................8
Processo de ensino à distância....................................................................................................8
Educação e tecnologia.................................................................................................................9
Redes Sociais - conceito...........................................................................................................10
Redes Sociais na Educação.......................................................................................................10
O papel das redes sociais no processo de ensino e aprendizagem a distancia ( EaD)..............10
Relação concebida socialmente................................................................................................12
Relação projectada instrucionalmente......................................................................................12
Possibilidade de relação da tecnologia.....................................................................................12
Comprometimento dos estudantes............................................................................................12
Empenho do instrutor................................................................................................................12
Vantagens das redes sociais no processo de ensino e aprendizagem a distancia......................13
Desvantagens das redes sociais no processo de ensino e aprendizagem a distancia................14
Conclusão..................................................................................................................................16
Referências................................................................................................................................17

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Introdução
Nos dias atuais trabalhamos a comunicação de muitos para muitos, temos que estar sempre
actualizados, e neste contexto de ciberespaço/ cibercultura surgem as Redes Sociais Virtuais,
aonde as pessoas podem buscar informações e conectar com o mundo inteiro, esta
interconexão tem estreitado a relação entre a tecnologia e o processo de ensino e
aprendizagem.
O grande crescimento tecnológico, a criação das redes sociais virtuais, geraram a necessidade
de novas formas de aprendizado que abrangessem estes novos meios e tecnologias. Buscando
não somente a inserção destes dentro do Ambiente Virtual de Aprendizagem, mas também a
mudança do carácter puramente comunicacional destes meios, mas as aplicações necessárias
para o desenvolvimento dos estudantes.
Compreendendo estes parâmetros, será abordado neste trabalho o porquê é importante o uso
das redes sociais no processo de aprendizagem no ensino a distancia, suas fragilidades e
potencialidades, do ponto de vista educacional.
As redes sociais surgiram por volta do início do Século XXI, com a preocupação de fazer
conexões entre os seres humanos, para que acontecessem o conhecimento compartilhado e a
aprendizagem colectiva entre os indivíduos.

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RESUMO
Este trabalho tem como objectivo principal compreender o contributo das redes sociais no
processo de ensino e aprendizagem no ensino a distancia. Para tanto, parte-se de uma reflexão
sobre a relação educação e tecnologia focalizando as redes sociais e suas implicações nessa
era. Os teóricos consideram principalmente as contribuições de Levy (1999), Phillips; Baird e
Fogg (2012), Mattar (2012) e Moser e Alencastro (2013).
Estudar e trabalhar são actividades que, cada vez mais, estão relacionadas à necessidade de
estarmos conectados à internet. Para consultar informações que nos auxiliem em operações,
das mais simples a mais complexas, o recurso aos dados disponíveis no ciberespaço é sem
dúvida um meio eficaz.
Para Lévy (1999, p. 11) “o crescimento do ciberespaço resulta de um movimento
internacional de jovens ávidos para experimentar, colectivamente, formas de comunicação
diferentes daquelas que as mídias clássicas nos propõem”. Ainda segundo o pensador francês,
é preciso explorar as potencialidades mais positivas deste espaço nos planos económico,
político, cultural e humano.
Palavras-chave: o papel das redes sociais, no processo de ensino e aprendizagem no ensino a
distancia.

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Tema

O papel das Redes Sociais no Processo de Ensino e Aprendizagem a Distancia .

Objecto de Estudo
Conta como objecto de estudo o uso das redes sociais no ensino a distancia.

Objectivo Geral

Constitui como objectivo geral da pesquisa:

 Compreender o contributo das redes sociais no processo de ensino e aprendizagem


no ensino a distancia

Objectivos específicos

 Descrever as vantagens do uso das redes sociais no contexto do ensino a distancia;


 Reconhecer as inovações no uso das redes sociais no ensino a distancia;
 Reconhecer as redes sociais na educação.

Problematização
Qual é o contributo das redes sociais no processo de ensino e aprendizagem no ensino a
distancia?

Justificativa
Compreender o quanto a existência ou não das redes sociais influenciam no processo de
ensino e aprendizagem a distância é necessário para melhorar o desempenho dos alunos que
estudam via EAD.
O ser humanos necessita viver em sociedade tanto para a vida pessoal quanto a profissional e
académica, por este motivo foram estabelecidas redes sociais on-line ou off-line. Contudo, as
redes sociais on-line ainda não foram efectivamente vinculadas aos sistemas de educação a
distância, e para que exista este vínculo é necessário compreender a sua aderência nestes
sistemas.

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Metodologia
Este estudo tem como base o método de teoria fundamentada em pesquisas bibliográficas:
bibliografias, artigos, e demais dados disponíveis na internet; e análise de pesquisas
desenvolvidas por institutos de pesquisa e entidades de classe.
Com a apresentação de informações dispostas por teóricos e pesquisas, na área da
comunicação voltadas ás redes sociais virtuais e a educação. Tornou-se possível traçar um
paralelo entre as informações aqui discriminadas, e identificar necessidades e similaridades
que corroboraram para a estruturação e desenvolvimento deste trabalho.

Fundamentação teórica
Este trabalho se fundamenta principalmente em estudiosos da área da comunicação e
educação, que abordaram temas em seus livros, artigos e teses, que correlacionam com o tema
aqui abordado.

A sociedade mostrou alterações comportamentais drásticas nestes últimos anos. Os tópicos


aqui apresentados mostram um paralelo entre a comunicação, a cultura e a educação, no que
diz respeito à virtualização destes.

Processo de ensino à distância


O primeiro curso a distância sediado no Brasil foi de dactilografia, em 1900. O curso era
anunciado no jornal e disponibilizado via correspondência. Após este início singelo houve
uma explosão de cursos a distância oferecidos via correspondência, rádio e televisão.
Contudo, nada se compara com a introdução dos cursos á distância no mundo virtual. Existem
hoje, cursos de diversas áreas do conhecimento para “N” qualificações.
O formato dos cursos de educação á distância é simples. Um especialista cria o conteúdo, este
conteúdo é postado na rede, e a rede é acessada pelos alunos, que por sua vez postam
perguntas e até mesmo respondem as perguntas uns dos outros, e este processo nunca para. A
imagem a seguir retrata este processo.

A história da educação a distância, é marcada por uma trajectória de sucessos, mas também
momentos de fracasso, estagnação e descontinuidades dos projectos devido à ausência
principalmente de políticas públicas para o sector. Num passado recente, a educação a
distância foi considerada como modalidade educacional de segunda categoria, desprestigiada,
encarada com desconfiança, especialmente no ensino superior. Estas suspeitas são creditadas
ao seu frágil início, quando a educação a distância procurava atender ao ensino de cursos de

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baixo valor académico, como por exemplo, corte e costura, modelagem e electrotécnico
(Pereira, 2005).
Moran (2002) refere-se a educação a distância como o processo de ensino aprendizagem,
mediado por tecnologias, sendo que professores e estudantes estão separados espacial e/ou
temporalmente.
Nas ultimas três décadas o aumento da comunicação humana mediada pelo computador para
fins educativos levou a uma proliferação de tecnologias com o propósito de oferecer
ambientes educacionais on-line. Desde o e-mail até os chats e as plataformas de
aprendizagens educacionais, a comunicação humana mediada pelo computador tem sido uma
ferramenta de uso crescente no ensino superior (TELES, 2009, p. 72).

Conforme o argumento de Teles, existe um crescente aumento na criação de cursos voltados a


Educação à Distância. Possibilitado pelo investimento tecnológico em novas formas de
comunicação, este crescimento tem mudado pouco a pouco a cultura da sociedade, dentre uma
das principais alterações culturais constam a maciça actuação do EaD em cursos voltados a
graduação, pós-graduação e tecnólogos.

Educação e tecnologia
Estudar e trabalhar são actividades que, cada vez mais, estão relacionadas à necessidade de
estarmos conectados à internet. Para consultar informações que nos auxiliem em operações,
das mais simples a mais complexas, o recurso aos dados disponíveis no ciberespaço é sem
dúvida um meio eficaz.

Para Lévy (1999, p. 11) “o crescimento do ciberespaço resulta de um movimento


internacional de jovens ávidos para experimentar, colectivamente, formas de comunicação
diferentes daquelas que as mídias clássicas nos propõem”. Ainda segundo o pensador francês,
é preciso explorar as potencialidades mais positivas deste espaço nos planos económico,
político, cultural e humano.

É de valia ressaltar, também, a existência das redes sociais para educadores e líderes
comunitários, cujos criadores afirmam que:
A proliferação de tecnologias digitais, sociais e móveis criou uma cultura em que a
juventude participa mais da criação e do compartilhamento de conteúdo, mudando
profundamente a maneira como os alunos se comunicam, interagem e aprendem. Em
muitos casos, os alunos passam a mesma quantidade de tempo (ou mais) on-line em
um ambiente de aprendizagem informal interagindo com colegas e recebendo
9
comentários do que passam com seus professores na sala de aula tradicional
(PHILLIPS, 1999, p.172).

Redes Sociais - conceito


As redes sociais surgiram por volta do início do Século XXI, com a preocupação de fazer
conexões entre os seres humanos, para que acontecessem o conhecimento compartilhado e a
aprendizagem colectiva entre os indivíduos. Como têm alcance mundial, as redes vêm
transformando a maneira como as pessoas se comunicam, influenciando opiniões,
mobilizando e criando grupos e trazendo informações em questão de segundos. Essas redes,
que são mediadas pelo computador, são definidas como um conjunto de dois elementos:
os atores, que são as pessoas que se encontram envolvidas nesse meio, e as conexões, que
envolvem a interacção social entre esses atores (RECUERO, 2009).

Redes Sociais na Educação


O ciberespaço e as novas tecnologias têm multiplicado as formas de sociabilidade entre os
indivíduos. A cada ano surgem novas práticas com a criação de comunidades online,
como: Facebook e Twitter.

Segundo Roblyer, (2010), as redes sociais têm potencial para se tornar um valioso recurso de
apoio às comunicações e colaborações na esfera educacional, especialmente por serem
amplamente adoptadas. Como forte característica, elas funcionam essencialmente como
ferramentas de comunicação, sendo que no âmbito educacional, principalmente em cursos de
nível superior, esta é muitas vezes mediada pelo uso de email.

Para Marteleto (2001), nas redes sociais ocorre uma maior valorização dos
elos informacionais e das relações entre os membros. Sua crescente popularidade indica que
podem fornecer elementos adicionais para a comunicação entre estudantes e professores e
tutores. Isto leva a crer que a comunicação por meio das redes sociais pode se tornar um
factor agregador para o sucesso da aprendizagem (Roblyer, 2010).

O papel das redes sociais no processo de ensino e aprendizagem a distancia ( EaD)


O papel das redes sociais no processo de ensino à distância, no entanto, não se limita aos
processos educacionais. As ferramentas podem contribuir também para a captação e retenção
dos alunos, assim como para o diagnóstico dos processos e na tomada de decisões
pedagógicas e de gestão. É mais um caminho para manter diálogo mais próximo dos alunos,

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esclarecendo dúvidas, recebendo sugestões e críticas. (O papel das redes sociais no processo
de ensino e aprendizagem a distancia)
Sintetizando a análise anteriormente realizada, pode-se então definir que as redes sociais
virtuais não se limitam apenas aos processos educacionais, mas também para a retenção dos
alunos.
Analisa-se então, que existe uma grande necessidade de interação entre redes sociais e
educação á distância, já que ambos podem trabalhar simultaneamente com o propósito de
melhorar o ensino e a comunicação destes.
O crescimento das redes sociais virtuais tem chamado à atenção de diversas áreas do
pensamento humano, entre estas encontra-se a área académica.
Independente do nível do aprendizado, mostra-se necessária a utilização das redes sociais. O
aluno quando esta sozinho tem maior dificuldade no aprendizado, esta característica é natural
ao ser humano, como comentado anteriormente, somos seres sociais, e necessitamos do outro.
Por este motivo, as escolas iniciadas a na Grécia antiga, eram anfiteatros, com vários lugares,
aonde eram discutidas dúvidas naturais ao ser humano. E todos (os cidadãos) poderiam
expressar as suas ideias e concepções para o crescimento educacional da população.

Com o passar do tempo, apesar de grandes mudanças na forma de ensino, a formação de uma
rede social, para o crescimento académico dos alunos se manteve. Dificilmente encontramos
uma sala de aula, seja qual for o curso, que contenha apenas um ou dois alunos.

Compreendendo então que quanto mais alunos, melhor para o desenvolvimento do


estudante, torna-se claro o déficit nos sistemas de educação à distância a actualmente
empregados. Torna-se necessária uma forma de interacção entre os alunos EaD.
Bergmann e Granné citam que “No mundo contemporâneo, um espaço público que
merece destaque são as redes sociais, que devem ser estudadas no seu de possibilidade
para a formação do sujeito”. (BERGMANN; GRANÉ, 2013, p.30)

Segundo estes, as redes sociais merecem destaque devido a sua capacidade na


formação do sujeito. Ou seja, com as redes sociais virtuais, podemos nos comunicar,
colocar as nossas opiniões e ouvir a dos demais, de forma que haja uma evolução
informacional e pessoal no sujeito.

Esta ferramenta empregada na educação à distância, mostra grandes possibilidades no


desenvolvimento do estudante EaD. Este, ao se relacionar com demais estudantes, seja
para abordar temas de cunho estudantil, ou para abordar temas triviais, trazem ao

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virtual o ambiente escolar tradicional, o aluno com os seus demais colegas discutindo
assuntos de classe ou assuntos paralelos.

Neste contexto Roblyer e Wiencke argumentam que a qualidade da inter-relação dos


cursos EaD podem ser avaliadas em cinco componentes: relação concebida
socialmente, relação projectada instrucionalmente, viabilidade de relação da
tecnologia, comprometimento dos estudantes e empenho do instrutor. Estes
componentes descrevem com simplicidade os pilares da inter-relação EaD.

Relação concebida socialmente


esta forma de inter-relação remete a comunicação entre alunos e professores não somente no
âmbito educacional, mas também pessoal;

Relação projectada instrucionalmente


esta inter-relação caracteriza especificamente a relação professor aluno essencial em qualquer
tipo de educação, seja à distância ou não;

Possibilidade de relação da tecnologia


a possibilidade descrita neste tópico remete efectividade dos meios e ferramentas tecnológicas
necessários para que esta interactividade ocorra. Exemplo, o próprio ambiente virtual de
aprendizagem, ou o computador (smartphone, tablet etc), para cessar o AVA;

Comprometimento dos estudantes


o envolvimento dos estudantes é característica indispensável para o processo educacional;

Empenho do instrutor
similar ao tópico acima, é pressuposto que o professor esteja engajado para que exista um
bom ambiente de estudos.

Todos estes cinco tópicos são integral ou parcialmente influenciados pelas redes sociais
virtuais. Ou seja, ao criar uma ferramenta de rede social virtual no AVA, devemos
compreender que estas características devem ser trabalhadas para que diminuam os ruídos
comunicacionais, mesmo aumentando a inter-relação dos usuários.

Seguindo a sequência da lista supramencionada, o primeiro tema, interacção concebida


socialmente, é o mais afectado pela presença ou falta das redes sociais virtuais na EaD. Pois

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ao criar uma ferramenta desta, temos que trabalhar a sua principal característica, a interacção
social, independente do foco instrucional, compreendemos que deve haver a relação
interpessoal tradicional.

O tópico em posterior apresenta a relação dos temas abordados, da interação entre


informação, professor e aluno. Não diz respeito simplesmente a qualidade do conteúdo, mas
sim a qualidade do ensino. Compreendendo a importância deste tema, que se caracteriza no
próprio ensino, a rede social virtual torna-se necessária para que os alunos tenham não
somente o aprendizado necessários, mas também o ambiente escolar que os envolvam, tanto
professor quanto aluno.

A viabilidade de interação da tecnologia expõe a necessidade de ferramentas que tragam uma


real interatividade entre alunos e alunos e alunos e professores, diferentes das tecnologias
tradicionalmente utilizadas como fóruns ou e-mails.

O envolvimento dos estudantes pode ser estimulado com as diversas formas de interatividade
possibilitadas pela inclusão das redes sociais virtuais nos sistemas EaD. Os alunos ao
interagirem criam um vínculo não somente com os colegas, mas com a tecnologia e com o
curso. E este vínculo melhora o envolvimento, e por sua vez o desenvolvimento dos alunos.

A proposta de trabalhar o engajamento dos instrutores/ tutores, funciona de forma similar à do


envolvimento dos alunos, contudo, esta deve-se trabalhar não somente com o cunho
comunicacional da ferramenta, mas também a sua praticidade para que o professor possa
receber o feedback dos alunos que estão participando ou não da aula, a conversa simultânea
nas redes sociais tradicionais e mensagens gravadas.

Vantagens das redes sociais no processo de ensino e aprendizagem a distancia


A grande vantagem de utilizá-lo é seu atributo na centralização de informações. O bate-papo é
umas das principais ferramentas de interacção dos alunos com outras pessoas. O facebook
permite ao usuário navegar em busca de vários assuntos sem sair de sua página na rede.

Com o auxilio das redes sociais, o professor poderá acompanhar debates entre os alunos e as
opiniões que os educandos se sentem à vontade para expor nesses espaços. Essas redes
facilitam também o relacionamento entre docentes, pais e educandos; podem ser usadas de
várias maneiras, para favorecer a comunicação. Através dela, o professor também pode fazer
vários tipos de avaliação. Segundo Lorenzo, pode “[...] criar comunidades de aprendizagem
para a escola, classe ou disciplina; compartilhar metodologia, programas, informações e ideias
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com outros professores; gerar um relacionamento didáctico e dinâmico entre profissionais da
área etc.” (LORENZO, 2013, p. 1).

Através das redes, o usuário também pode criar eventos e transmiti-los ao vivo, fazer
propagandas e vender produtos. Lorenzo (2013) comenta que a rede social oferece vários
benefícios quando usada na educação, uma vez que permite expor todas as actividades em um
só lugar, aumenta a produtividade dos educandos, aproxima alunos e professores e os motiva,
porque sua opinião é lida por todos, e isso facilita o trabalho em grupo.

Na escola, os alunos ficam limitados àquele ambiente físico. Já nas redes sociais, acontece o
inverso, pois são ambientes públicos, onde podemos encontrar todo tipo de elemento maldoso
ou afável. É imprescindível que todos os professores se conscientizem de que a utilização das
redes sociais como plataformas de ensino é uma alternativa para a construção do
relacionamento entre os alunos e os professores, que podem usar algumas redes para trocar
experiências, avaliações e conteúdos com informações de aprendizagem em todos os níveis de
estudo. As redes sociais têm que ser utilizadas por professores como um meio de informação
e comunicação.

Desvantagens das redes sociais no processo de ensino e aprendizagem a distancia


São muitos os estudantes que não sabem lidar com as informações que a internet oferece e
disponibiliza diariamente. Alguns acham que tudo o que lêem, ouvem e visualizam na Web é
verdade absoluta, e isso pode prejudicar o processo de aprendizagens e o desenvolvimento do
olhar crítico sobre as informações que lhes são apresentadas, porque se espalham muito
rápido e podem ser falsas.

O jovem de hoje é multifuncional, faz tudo ao mesmo tempo, porém isso pode ter
consequências negativas se não for bem acompanhado por responsáveis que lhes dêem
instruções positivas. O acesso às redes sociais, durante os momentos de estudo, por exemplo,
pode causar distracção e interferir no desempenho académico, por isso requer um
acompanhamento de pessoas que sejam intercessoras das informações.

Existe também a perda do contacto corporal e do visual. Ao gastar horas e horas nas redes
sociais, os jovens deixam de interagir cara a cara, e isso pode prejudicá-los seriamente. Com
menos interacções “reais”, eles podem ter a capacidade de comunicação comprometida, o que
prejudicando a linguagem corporal.

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Quando estamos em comunicação com outras pessoas, esquecemos os padrões da linguagem
formal. Contudo, palavras como “vc”, “eh”, “baum”, muitas vezes, acabam aparecendo em
trabalhos académicos, e os jovens escrevem conforme vêm em outras postagens, inclusive
gírias e palavras abreviadas sem significados nenhum. Nas escritas de trabalhos formais, não é
diferente, as pessoas acabam dependendo de corretores automáticos, mais uma das funções
encontradas nas mídias sociais.

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Conclusão

Depois das buscar para se compreender a cerca das redes sociais para o processo de ensino e
aprendizagem com base nos vários autores conclui-se que: O primeiro curso a distância
sediado no Brasil foi de dactilografia, em 1900. O curso era anunciado no jornal e
disponibilizado via correspondência. Após este início singelo houve uma explosão de cursos a
distância oferecidos via correspondência, rádio e televisão. Contudo, nada se compara com a
introdução dos cursos á distância no mundo virtual.

As redes sociais surgiram por volta do início do Século XXI, com a preocupação de fazer
conexões entre os seres humanos, para que acontecessem o conhecimento compartilhado e a
aprendizagem colectiva entre os indivíduos. Como têm alcance mundial, as redes vêm
transformando a maneira como as pessoas se comunicam, influenciando opiniões,
mobilizando e criando grupos e trazendo informações em questão de segundos. Essas redes,
que são mediadas pelo computador, são definidas como um conjunto de dois elementos.

O papel das redes sociais no processo de ensino à distância, no entanto, não se limita aos
processos educacionais. As ferramentas podem contribuir também para a captação e retenção
dos alunos, assim como para o diagnóstico dos processos e na tomada de decisões
pedagógicas e de gestão. É mais um caminho para manter diálogo mais próximo dos alunos,
esclarecendo dúvidas, recebendo sugestões e críticas. (O papel das redes sociais no processo
de ensino e aprendizagem a distancia

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Referências
LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999.
MARTÍN-BARBERO, Jesus. A comunicação na educação. São Paulo: Editora Contexto,
2014.
MELO, J. PAIVA, R. Ícones da Sociedade Midiática: Da aldeia de McLean ao planeta de Bill
Gates. Malhado Editora, São Paulo, 2007.
MILL, Daniel. Docência virtual: uma visão crítica. Campinas: Papirus, 2012.
MORAN, José Manuel. A educação que desejamos novos desafios e como chegar lá.
Campinas: Papirus, 2007.
LUBNNIA MORAIS DE SOUZA (Brasil). Unirede. Redes Sociais como Ferramentas de
Educação à Distância: Uma Pesquisa Quantitativa com Alunos e Professores. Ouro Preto:
Unired, 2011. 12 p.
MARINO, Aline Marques; MAGALHÃES, Ana Lúcia; PASSOS, Jonatas Fonseca. Redes
sociais como mecanismos de otimização no processo de educação á distância (EAD). 2013.
13 f. Monografia (Especialização) - Curso de Gestão e Tecnologia para a Competitividade,
Associação Educacional Dom Bosco, Resende,
TOMAÉL, Maria Inês; ALCARÁ, Adriana Rosecler; DI CHIARA, Ivone Guerreiro. Das
redes sociais à inovação. Ciência da Informação, Brasília, DF, v. 34, n. 2, maio/ ago. 2022.
WHARTON UNIVERSITY OF PENSILVANIA. O crescimento vertiginoso das redes sociais
na América Latina. 2008. Disponível em: <http://www.knowledgeatwharton.com.br/article/o-
crescimento-vertiginoso-das-redes-sociais-na-america-latina/>. Acesso em:23 de Ago. 2022.
ZANCANARO, Airton; SANTOS, Paloma Maria; SILVA, Andreza Regina Lopes da. Redes
Sociais na Educação a Distância: uma análise do projecto e-Nova. 2012.

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