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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema

Direito Ambiental em Moçambique

Nome: Benquisto António Basílio


Código:708222451

Curso: Gestão Ambiental,


Disciplina: Direito Ambiental
Ano de Frequência: 2° Ano
Turma: G

Cuamba, Junho de 2023

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Universidade católica de Moçambique

Instituto de Ensino a distância

Direito Ambiental em Moçambique

Nome do estudante: Benquisto António Basílio - Código: 708222451

Trabalho apresentado para avaliação no módulo de Direito Ambiental


curso de Licenciatura em ensino Gestão Ambiental da Universidade
Católica de Moçambique, Instituto de Ensino a distância, orientado pelo:

O tutor: Azaria Magul

Cuamba, Junho, 2023


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Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
Introdução.........................................................................................................................................5

Objectivo Geral................................................................................................................................5

Objectivos específicos......................................................................................................................5

Direito Ambiental.............................................................................................................................6

Conceito............................................................................................................................................6

Características do Direito Ambiental...............................................................................................7

Princípios do Direito Ambiental.......................................................................................................7

Direito Ambiental em Moçambique.................................................................................................8

Lei do ambiente na Constituição de 2004........................................................................................8

Adesão de Tratados e Convicções do Âmbito Internacional, Nacional e Regional.........................9

Objectivos Fundamentais da Politica Ambiental do Governo de Moçambique.............................10

Políticas Específicas do Ambiente.................................................................................................11

Conclusão.......................................................................................................................................12

Referencia Bibliográfica.................................................................................................................13

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Introdução

Em prol da defesa do Ambiente Moçambique teve que formular e fazer constar na constituição da
República algumas leis, politicas, estratégias para proteger, preservar e fazer um uso sustentável
dos recursos naturais, criando assim a lei do Ambiente em Moçambique. Portanto, neste trabalho
iremos falar sobre ‘’o direito ambiental em Moçambique’’ que propusemos como os objectivos
os seguintes:

Objectivo Geral

 Conhecer o direito ambiental moçambicano.

Objectivos específicos

 Conceituar o direito ambiental;


 Reconhecer as características do direito ambiental;
 Identificar as leis que protege o ambiente moçambicano;
 Reconhecer os instrumentos normativos de política ambiental.

Embora tenham havido dificuldades na elaboração deste trabalho usou-se método bibliográfico,
tendo constituído na leitura de algumas obras que sustentam e entram em concordância com o
tema em estudo, como é o caso do ‘’ direito ambiental em Moçambique’’.

É de salientar que o tema aqui abortado é de extrema importância para um estudante


universitário, pois o direito ambiental regula os nossos comportamentos, a maneira de
respeitarmos o meio ambiente onde todos estamos inseridos.

Com tudo, o presente trabalho tem a seguinte estrutura: Introdução, Desenvolvimento, Conclusão
e a Referencia bibliográfica.

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Direito Ambiental

Conceito

Direito Ambiental é “O conjunto de técnicas, regras e instrumentos jurídicos organicamente


estruturados para assegurar um comportamento que não atente contra a sanidade mínima do meio
ambiente.” (SÉRGIO FERRAZ).

Direito Ambiental Conjunto de técnicas, regras e instrumentos jurídicos sistematizados e


informados por princípios apropriados que tenham por fim a disciplina do comportamento
relacionado ao meio ambiente” (Diogo Figueiredo Moreira Neto).

Direito Ambiental é Conjunto de normas e princípios editados objectivando a manutenção do


perfeito equilíbrio nas relações do homem com o meio ambiente” (TYCHO BRAHE
FERNANDO NETO)

O Direito do Ambiente é Conjunto de princípios e regras destinados à protecção do meio


ambiente, compreendendo medidas administrativas e judiciais, com a reparação económica e
financeira dos danos causados ao meio ambiente e aos ecossistemas de uma maneira geral.”
(CARLOS GOMES DE CARVALHO).

O Direito do Ambiente é um direito à conservação do meio ambiente” (ALEXANDRE KISS)

O Direito Ambiental é um conjunto de normas e institutos jurídicos pertencentes a vários ramos


dos direito reunidos por sua função instrumental para a disciplina do comportamento humano em
relação ao meio ambiente.” (TOSHIO MUKAI)

O complexo de princípios e normas reguladores das actividades humanas que, directa ou


indirectamente, possam afectar a sanidade do ambiente em sua dimensão global, visando a sua
sustentabilidade para as presentes e futuras gerações” (EDIS MILARÉ).

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Características do Direito Ambiental

(Globalidade, Autonomia, Interdisciplinaridade, Horizontalidade ou Transversalidade) Aspecto


Vertical e Horizontal Neste aspecto, vertical denomina-se tal matéria em virtude deste direito
abranger aspecto do direito público, do interesse da colectividade e também do particular,
funcionaria como uma ligação ou um intermédio entre o direito público e particular. Horizontal, é
a recorrência com que o direito do ambiente faz dentro dos diversos ramos do direito, lançando
mão e espargindo seus institutos nos mesmos. Assim é que se pode extrair e associar aspectos do
direito ambiental no direito penal, civil, processual civil, direito administrativo, etc.

Visão holística e sistematizada do meio ambiente. Neste âmbito, ainda que não seja dispensado o
tratamento por bem ambiental específico, deve-se sempre trabalhar com a visão totalizante, ou
seja, o meio ambiente, na realidade, é constituído por um complexo de relações que não podem
ser vistas de forma seccionada, isolada, inconsequente. Por ser um sistema complexo, intervir
pontualmente não significa necessariamente consequências apenas pontuais.

Quase sempre, tal proceder afecta toda uma cadeia de relações e, em casos extremos,
interrompe-se um ciclo vital por abordar de forma inadequada a protecção do ambiente.

Interdisciplinaridade - O direito do ambiente, sabe-se, lida com o meio ambiente. Assim, seus
conceitos, normas e doutrina, necessariamente recorrem às ciências que estudam o meio ambiente
para serem construídos. Neste aspecto, o direito ambiental necessita grandemente de recorrer à
Biologia, à Geografia, à Agronomia, Engenharia Florestal, Biotecnologia, Ecologia, etc.

Princípios do Direito Ambiental

Para CRISTIANE DERANI, “Os princípios são construções teóricas que procuram desenvolvem
uma base comum nos instrumentos normativos de política ambiental.’’

1)- Princípio do ambiente ecologicamente equilibrado como direito fundamental da pessoa


humana;

2)- Princípio da natureza pública da protecção ambiental;


3)- Princípio do Controle do poluidor pelo poder público;

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4)- Princípio da consideração da variável ambiental no processo decisório da política de
desenvolvimento;
5)- Princípio da participação comunitária;
6)- Princípio do poluidor-pagador ( polluter pays principle)
7)- Princípio da prevenção;
8)- Princípio da função sócio-ambiental da propriedade;
9)- Princípio do direito ao desenvolvimento sustentável;
10)- Princípio da Cooperação entre os povos.

Direito Ambiental em Moçambique

Lei do ambiente na Constituição de 2004

Segundo Carlos Pires (2012), em Moçambique uma série de normas jurídicas, legislação diversa
e acordos internacionais relacionados com os aspectos de uso, aproveitamento e à gestão
sustentável da terra foram aprovados pelo Governo de Moçambique.

Documentos considerados nos domínios da Constituição, Politicas, Estratégias, Leis,


Regulamentos, Planos, Programas e Convenções. Domínio Documentos a considerar
Constituição da República aprovada em 2004.

Politicas e Estratégias - Politica Nacional de Terras, Política e Estratégia de Florestas e Fauna


Bravia, Politica Nacional de Águas, Politica Nacional de Ambiente Estratégia dos 10 anos da
UNCCD, Estratégia Ambiental para o Desenvolvimento Sustentável, Estratégia de
Desenvolvimento Rural (EDR), Sistemas de Aviso Prévio.

Leis Lei de Terras, Lei de Florestas e Fauna Bravia, Lei do Ambiente. Regulamento da Lei de
Terra. Planos PAN-CSD: Plano de Acção Nacional de Combate à Seca e Desertificação, PARPA,
Plano Estratégico do Sector da Saúde, Plano Convenções Convenção Quadro das Nações Unidas
sobre as Mudanças Climáticas A Constituição da República de Moçambique, aprovada pela
Assembleia da República em 16 de Novembro de 2004 estabelece as bases que apoiam:

• A Agricultura (números 1 e 2 do Artigo 103);

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• O Sector familiar (números 1 e 2 do Artigo 105);
• A Produção de pequena escala ( Artigo 106);
• A Terra (números 1, 2 e 3 do Artigo 109);

• O Uso e aproveitamento da terra (números 1 e 2 do Artigo 110);

• Os Direitos adquiridos por herança ou Ocupação da terra (Artigo 111);

• O Ambiente e a qualidade de vida (números 1 e 2 do Artigo 117).Carlos Pires (2012).

Adesão de Tratados e Convicções do Âmbito Internacional, Nacional e Regional

De acordo com Carlos Pires (2012), O primeiro instrumento internacional que vinculou
Moçambique a seguir à Independência no domínio da tutela de interesses supra-individuais foi
Convenção Africana sobre a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais, ratificada pela
Comissão Permanente da Assembleia Popular, através da Resolução n.º 18/81, de 30 de
Dezembro.

Esta Convenção foi celebrada na cidade de Argel Moçambique também é signatário de vários
tratados e protocolos regionais e internacionais relativos ao ambiente, como: a Convenção
Africana sobre a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais, a Convenção-Quadro das
Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas, a Convenção das Nações Unidas para o Combate
à Desertificação, a Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Flora e da Fauna
Selvagem em Risco, a Convenção sobre Diversidade Biológica, a Declaração das Nações Unidas
sobre Estabelecimentos Humanos, a Declaração do Milénio, o Plano de Acção para o
Desenvolvimento Sustentável e o Tratado das Áreas de Conservação Transfronteiriças.

A Assembleia da República ratificou, durante o período em causa, as seguintes Convenções ou


Protocolos internacionais: a Convenção de Viena sobre a Protecção da Camada de Ozono, o
Protocolo de Montreal sobre Substâncias que destroem a Camada de Ozono e as respectivas
emendas efectuadas em Londres – 1990 e Copenhaga – 1992 (Resolução n.º 8/93, de 8 de
Dezembro); a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (Resolução
n.º 1/94, de 24 de Agosto);

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A Convenção das Nações Unidas sobre a Diversidade Biológica (Resolução n.º 2/94, de 24 de
Agosto); a Convenção para a Protecção, Gestão e Desenvolvimento Marinho e Costeiro da
Região Oriental de África e respectivos Protocolos (Resolução n.º 17/96, de 26 de Novembro); a
Convenção de Basileia sobre o Controlo de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos
e sua Eliminação (Resolução n.º 18/96, de 26 de Novembro);

A Convenção de Bamako relativa à Interdição da Importação de Lixos Perigosos e ao Controlo


da Movimentação Transfronteiriços desses lixos em África (Resolução n.º 19/96, de 26 de
Novembro); a Convenção das Nações Unidas sobre o Combate à Desertificação nos Países
Afectados pela Seca e/ou Desertificação, particularmente em África (Resolução n.º 20/96, de 26
de Novembro); a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar e o Acordo relativo à
Implementação da Parte XI da mesma Convenção (Resolução n.º 21/96, de 26 de Novembro); o
Protocolo de Cartagena sobre a Bio-Segurança à Convenção sobre a Diversidade Biológica
(Resolução n.º 11/2001, de 20 de Dezembro); e o Protocolo de Kyoto à Convenção Quadro das
Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (Resolução n.º 10/2004, de 28 de Julho). Carlos
Pires (2012).

Objectivos Fundamentais da Politica Ambiental do Governo de Moçambique

Os objectivos e as prioridades da política ambiental, em Moçambique, são definidos por uma


série de instrumentos de política, cada um com motivações, âmbito, calendário e público-alvo
específicos.

A política pública para o ambiente é definida, em primeira instância, pelos três grandes
instrumentos de planeamento do Governo de Moçambique: o Programa do Governo (PG) a cinco
anos, o Plano de Acção para a Redução da Pobreza Absoluta (PARPA) e o Plano Económico e
Social (PES) anual. Carlos Pires (2012).

Cada um destes instrumentos tem um capítulo ou uma secção sobre o ambiente, que especifica
os objectivos das políticas, as áreas de intervenção prioritária e, no caso do PARPA e do PES,
indicadores de monitorização e metas correspondentes a:

(i) Coordenação intersectorial,


(ii) Investigação, planeamento e gestão ambiental,

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(iii) Ordenamento do território,
(iv) Estudos do impacto ambiental,
(v) Educação e divulgação sobre protecção ambiental e
(vi) Inspecção e controlo

Políticas Específicas do Ambiente

De acordo com Carlos Pires (2012). A Lei do Ambiente de 1997 (Lei nº 20/97) estabelece as
bases da política e do enquadramento institucional da gestão ambiental em Moçambique.

Define o âmbito, os agentes e os instrumentos de gestão ambiental. Desde então, foram


produzidas várias leis, regulamentos e documentos de estratégia específicos. Os principais
documentos de estratégia sobre questões de gestão ambiental são o Plano Estratégico para o
Sector do Ambiente 2005-2015 e a Estratégia Ambiental para o Desenvolvimento Sustentável
2007-2017 (EADS).

Os instrumentos políticos específicos sobre gestão ambiental incluem a Lei do Ordenamento do


Território (Lei nº 17/2007), a Política de Ordenamento do Território (Resolução nº 18/2007), a
Lei e Regulamento sobre Avaliação do Impacto Ambiental (Decreto nº 45/2004).

Entre outros documentos relevantes de legislação e política sub sectorial, figuram: a Lei da
Terra, a Lei das Florestas e da Vida Selvagem, a Política Energética, a Legislação sobre os
Recursos Hídricos, a Estratégia Nacional do Turismo, a Estratégia de Gestão dos Resíduos
Tóxicos, a Estratégia de Gestão Costeira, o Plano de Acção para o Combate à Seca e à
Desertificação, o Plano de Acção para a Conservação da Biodiversidade e o Plano de Acção para
Combater a Erosão dos Solos.

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Conclusão

Em Moçambique uma série de normas jurídicas, legislação diversa e acordos internacionais


relacionados com os aspectos de uso, aproveitamento e à gestão sustentável da terra foram
aprovados pelo Governo de Moçambique.

Documentos considerados nos domínios da Constituição, Politicas, Estratégias, Leis,


Regulamentos, Planos, Programas e Convenções. Domínio Documentos a considerar
Constituição da República aprovada em 2004.

Politicas e Estratégias - Politica Nacional de Terras, Política e Estratégia de Florestas e Fauna


Bravia, Politica Nacional de Águas, Politica Nacional de Ambiente Estratégia dos 10 anos da
UNCCD, Estratégia Ambiental para o Desenvolvimento Sustentável, Estratégia de
Desenvolvimento Rural (EDR), Sistemas de Aviso Prévio.

Leis Lei de Terras, Lei de Florestas e Fauna Bravia, Lei do Ambiente. Regulamento da Lei de
Terra. Planos PAN-CSD: Plano de Acção Nacional de Combate à Seca e Desertificação, PARPA,
Plano Estratégico do Sector da Saúde, Plano Convenções Convenção Quadro das Nações Unidas
sobre as Mudanças Climáticas A Constituição da República de Moçambique, aprovada pela
Assembleia da República em 16 de Novembro de 2004.

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Referencia Bibliográfica

PIRES CARLOS M. Santos - Manual do Curso de Licenciatura em Gestão Ambiental _2º Ano
UCM – Beira (2012).

Anuário Estatístico Statistical Yearbook Moçambique (2012). http://www.ine.gov.mz

TELLES, GONÇALO RIBEIRO: “Ordenamento do Território e Áreas de Paisagem Protegida”,


Comunicações e Conclusões do 1.º Congresso de Áreas Protegidas, Lisboa, 1987

MIRANDA, JORGE: “A Constituição e o Direito do Ambiente”, Direito do Ambiente, INA,


1994

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