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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Pesquisa
(Analise do Histórico das Politicas Ambientais de Moçambique)

Nome: Benquisto António Basílio


Código:708222451

Curso: Gestão Ambiental,


Disciplina: I. a Politicas Ambiental,
Ano de Frequência: 2° Ano
Turma: G

Cuamba, Junho de 2023


1
Universidade católica de Moçambique

Instituto de Ensino a distância

(Analise do Histórico das Politicas Ambientais de Moçambique)

Nome do estudante: Benquisto António Basílio - Código: 708222451

Trabalho apresentado para avaliação no módulo de: Introdução a


Politicas Ambientais curso de Licenciatura em ensino Gestão Ambiental
da Universidade Católica de Moçambique, Instituto de Ensino a distância,
orientado pelo:

O tutor: António S. Tuzine Jr.

Cuamba, Junho, 2023


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Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
1.Tema ................................................................................................................................................... 7
1.2 Problema .......................................................................................................................................... 7
1.3 Hipótese ........................................................................................................................................... 7
1.3.1 Hipótese primário ........................................................................................................................ 8
1.3.2 Hipótese secundário ..................................................................................................................... 8
1.4 Objectivos da pesquisa ................................................................................................................... 8
1.5 Justificativa ...................................................................................................................................... 8
1.6 Referencial teórico ........................................................................................................................ 10
1.6.1.A Noção de Política Ambiental ................................................................................................ 10
1.7.Importância de política ambiental ................................................................................................ 10
1.8. A política ambiental em Moçambique........................................................................................ 11
1.8.1.Objectivo Principal política Ambiental .................................................................................... 11
1.9. A Constituição da República de Moçambique ........................................................................... 12
2. Quadro jurídico-ambiental em Moçambique ................................................................................ 13
2.1. Estrutura e organização do quadro legal fundamental do ambiente ......................................... 13
2.2. Regulamentos da Lei do Ambiente ............................................................................................. 13
2.3. A Constituição da República e a Integração do Ambiente no Desenvolvimento .................... 14
2.4. Políticas Macroeconómicas para a Saúde Ambiental ................................................................ 14
2.5. Princípio da cooperação internacional ........................................................................................ 15
2.6. Metodologia da pesquisa ............................................................................................................. 16
2.6.1.Métodos de pesquisa .................................................................................................................. 16
2.6.2. Tipo de pesquisa ....................................................................................................................... 16
2.6.3 Quanto a abordagem .................................................................................................................. 16
1.6.4 Quanto ao procedimento de estudo........................................................................................... 17
2.7.5.Questionário ............................................................................................................................... 17
2.7.6 Universo e amostra .................................................................................................................... 17
Considerações Finais........................................................................................................................... 18
Referências bibliográficas .................................................................................................................. 19

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INTRODUÇÃO

Actualmente, os riscos ecológicos não estão mais ligados ao seu local de origem, eles se alastram
em todo o planeta e colocam em risco todas as formas de vida (Beck, 1992:22).

Esta teorização fica mais explícita se dermos atenção às próprias questões ecológicas, que não se
limitam apenas ao meio ambiente e através delas não é mais possível separar o mundo social do
natural. Por essa razão, ao contrário do século XIX em que a modernidade se limitava a alguns
países altamente industrializados, ela passou a ser planetária, tornando os problemas
socioambientais interligados (Ferreira, 1998:29).

A política nacional do ambiente representa o instrumento através do qual o governo reconhece de


forma clara e inequívoca a interdependência entre o desenvolvimento e o ambiente. É um meio
para a execução, no pais, de políticas sócio e macroeconómicas ambientalmente aceitáveis,
visando promover e impulsionar um crescimento económico que se fundamente, tanto quanto
possível, nos preceitos universais do desenvolvimento sustentável.

Em Moçambique a Legislação Ambiental foi implementada em 1997 pela lei n° 20/97 de


01/10/1997 o regulamento sobre o processo de AIA é pela primeira vez aprovado pelo decreto n°
76/98 de 29/12/1998 sendo posteriormente revogado em 2004 pelo Decreto 45/2004. Assim, o
presente trabalho, fundamenta-se em fazer uma breve análise do histórico das políticas
ambientais em Moçambique.
1.Tema

Lakatos & Marconi (2002:102), definem tema como sendo, ― assunto que se deseja provar ou
desenvolver. Pode surgir a partir de uma inquietação vivida pelo coordenador da sua curiosidade
científica, de desafios encontrados na leitura de outros trabalhos ou então da própria teoria‖
(p.102).

Desta forma, para o presente trabalho tem como tema: Análise do Histórico das Politicas
Ambientais de Moçambique.

1.2 Problema

Para Rudio (apud Lakatos & Marconi.1991:126), ―formular o problema consiste em dizer de
maneira explicita, clara, compreensível e operacional qual a dificuldade com a qual nos defronta
e que pretendemos resolver, limitando o seu campo e apresentando suas características‖.

Em Moçambique, é notório o manejo inadequado dos recursos naturais e ocupação desordenado


de terras sem observação das regras ou leis que asseguram o meio ambiente assim criando os
problemas ambientais que afectam o próprio homem.

Desta forma, o objectivo da formulação do problema da pesquisa é torná-lo o objecto de estudo


individualizado, específico e inconfundível.

Por tanto, o problema em que se baseia a presente pesquisa é: Quais são as políticas ambientais
que Moçambique adoptou para proteger o meio ambiente?

1.3 Hipótese

A hipótese " é uma suposição que pode ser colocada a prova para determinar sua validade‖. Isto
representa uma suposta resposta ao problema a ser investigado. É uma suposição que se forma e
que será aceite ou rejeitada somente depois de devidamente testada.

Na perspectiva de Good & Hatt, apud Gil (2002), asseveram que ‟ as hipóteses são preposições
que podem ser colocadas a prova para determinar uma validade ‖ (p.56).

Para esta pesquisa define como hipóteses:


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1.3.1 Hipótese primário

 Protecção do ambiente no território moçambicano.

1.3.2 Hipótese secundário

 Reconhecimento e valorização do meio ambiente e os recursos que nele dispõe.

1.4 Objectivos da pesquisa

Segundo Piletti (1991), objectivo é uma „‟descrição clara dos resultados que desejamos alcançar
com a nossa actividade‟‟ podendo ser classificados em objectivos gerais e específicos. Assim
para a presente pesquisa foram traçados os seguintes objectivos (p.80).

Para Mateus (1994), define objectivos como sendo

Um ponto de partidas as premissas gerais do processo pedagógico. Representam exigência a


sociedade em relação a escola, o ensino, os alunos e, ao mesmo tempo reflecte as opções politicas
e pedagógicas dos agentes educativos face as condições sociais existente na sociedade (p.122).

1.4.1 Objectivo geral

 Analisar o Histórico das Politicas Ambientais de Moçambique

1.4.2 Objectivos específicos

 Reconhecer a política ambiental em moçambicana;


 Reconhecer o objectivo Principal da política Ambiental;
 Identificar os regulamentos da Lei do Ambiente moçambicano.

1.5 Justificativa

Segundo Lakatos & Marconi (2002), afirmam que a „‟justificativa consiste numa exposição
sucinta, porém completa, das razões de ordem teórica e dos motivos de ordem prática que tornam
importante a realização da pesquisa‟‟ (p.102).
Para este trabalho tem a seguinte justificativa: A política do ambiente representa a base do
desenvolvimento sustentável de Moçambique, visando a erradicação progressiva da pobreza e a
melhoria da qualidade de vida dos moçambicanos bem como a redução dos danos sobre o
ambiente.

A política nacional do ambiente representa o instrumento através do qual o governo reconhece de


forma clara e inequívoca a interdependência entre o desenvolvimento e o ambiente. É um meio
para a execução, no pais, de políticas sócio e macroeconómicas ambientalmente aceitáveis,
visando promover e impulsionar um crescimento económico que se fundamente, tanto quanto
possível, nos preceitos universais do desenvolvimento sustentável.

Em Moçambique a Legislação Ambiental foi implementada em 1997 pela lei n° 20/97 de


01/10/1997 o regulamento sobre o processo de AIA é pela primeira vez aprovado pelo decreto n°
76/98 de 29/12/1998 sendo posteriormente revogado em 2004 pelo Decreto 45/2004.

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1.6 Referencial teórico

1.6.1.A Noção de Política Ambiental

A política ambiental tem o potencial de recuperar a noção clássica mas esbarra no processo de
especialização técnica em ascensão por meio da gestão. Este conflito tem como pano de fundo
uma crise de paradigmas científicos e filosóficos que transcende os limites desses temáticos.
VIEIRA e BREDARIOL, (1998).

De acordo com a norma ISO 14001, O conceito de política ambiental se refere à declaração de
intenções e o compromisso assumido em relação a um conjunto de acções ordenadas e práticas
tomadas por empresas e governos com o propósito de preservar o meio ambiente e garantir o
desenvolvimento sustentável do planeta.

1.7.Importância de política ambiental

Actualmente, quase todos os governos e grandes empresas possuem políticas ambientais. Além
de mostrar para os cidadãos e consumidores quais são os princípios ambientais seguidos, as
políticas ambientais servem para minimizar os impactos ambientais gerados pelo crescimento
económico e urbano.

Estas políticas adoptadas são, portanto, importantes instrumentos para a garantia de um futuro
com desenvolvimento e preservação ambiental. São também fundamentais para o combate ao
aquecimento global do planeta (verificado nas últimas décadas), para a redução significativa da
poluição ambiental (ar, rios, solo e oceanos) e para a melhoria na qualidade de vida das pessoas
(principalmente dos grandes centros urbanos). Caroline Martins (2020).

A política ambiental, após a análise do contexto interno e externo da organização, deve ser o
primeiro passo na implantação de um SGA baseado na norma ISO 14001.

A política ambiental declarada será o direcionador de todo o processo seguinte, juntamente com a
definição de requisitos a serem atendidos e o mapeamento dos impactos ambientais gerados.
Após, serão definidas as metas, os controles ambientais, a definição de autoridade, as
competências dos colaboradores e a elaboração de documentos.
1.8. A política ambiental em Moçambique

A política do ambiente represente a base do desenvolvimento sustentável de Moçambique,


visando a erradicação progressiva da pobreza e a melhoria da qualidade de vida dos
moçambicanos bem como a redução dos danos sobre o ambiente.

A política nacional do ambiente representa o instrumento através do qual o governo reconhece de


forma clara e inequívoca a interdependência entre o desenvolvimento e o ambiente. É um meio
para a execução, no pais, de políticas sócio e macroeconómicas ambientalmente aceitáveis,
visando promover e impulsionar um crescimento económico que se fundamente, tanto quanto
possível, nos preceitos universais do desenvolvimento sustentável.

Em Moçambique a Legislação Ambiental foi implementada em 1997 pela lei n° 20/97 de


01/10/1997 o regulamento sobre o processo de AIA é pela primeira vez aprovado pelo decreto n°
76/98 de 29/12/1998 sendo posteriormente revogado em 2004 pelo Decreto 45/2004.

1.8.1.Objectivo Principal política Ambiental

Essa política tem com principal objectivo de assegurar um desenvolvimento sustentável do país,
considerando as suas condições específicas, através de um compromisso aceitável e realístico
entre o progresso sócio-económico e a protecção do ambiente com esta finalidade:

 Assegurar uma qualidade de vida adequada aos cidadãos;


 Assegurar a gestão dos recursos naturais e do ambiente em geral, de modo que
mantenham a sua capacidade funcional e produtiva para gerações presentes e futuras;
 Desenvolver uma consciência ambiental da população, para possibilitar a participação
pública na gestão ambiental;
 Assegura a integração de considerações ambientais na planificação sócio-económica;
 Promover a participação da comunidade local na planificação e tomada de decisões sobre
o uso dos recursos naturais;
 Proteger os ecossistemas e os processos ecológicos essenciais

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 Integrar os esforços regionais e mundiais na procura de soluções para os problemas
ambientais.

1.9. A Constituição da República de Moçambique

A Constituição, em primeiro lugar, eleva o ambiente à categoria de bem jurídico fundamental da


comunidade, ao lado de outros bens clássicos, como a vida, a integridade física, as diferentes
liberdades, entre outros. A protecção constitucional do bem jurídico ambiente foi
significativamente reforçada na Lei Fundamental de 2004, a qual não só sublinhou o direito
fundamental de todo o cidadão ao ambiente equilibrado e respectivo dever de o defender, como
ainda maximizou o interesse público de protecção do ambiente, criou uma norma geral prevendo
deveres do cidadão para com a comunidade, incluindo o de defender o ambiente, consagrou o
direito de acção popular como garantia para defender bens jurídicos de natureza difusa ou
colectiva, entre os quais o ambiente, e consubstanciou como um dos princípios estruturantes o
princípio do desenvolvimento sustentável (Serra et al., 2012).

Acresça-se que o ordenamento do território está hoje consagrado na Constituição de 2004,


através do n.º 2 do artigo 117, que o elevou à categoria de interesse público, nos seguintes
termos: com o fim de garantir o direito ao ambiente no quadro de um desenvolvimento
sustentável, o Estado deverá, entre outros aspectos, “promover o ordenamento do território com
vista a uma correcta localização das actividades e a um desenvolvimento socioeconómico
equilibrado”.

A Constituição integra assim um importante conjunto de princípios e normas dirigidas à tutela do


ambiente como bem jurídico de natureza fundamental, formando uma autêntica “Constituição
Ambiental”, atribuindo consequentemente ao legislador ordinário a importante responsabilidade
de operacionalizar, através da aprovação dos devidos instrumentos legais (sejam leis da
Assembleia da República, regulamentos do Governo ou Diplomas Ministeriais emanados ao nível
dos diferentes Ministérios), as bases constitucionalmente definidas, tornando realidade o direito
fundamental ao ambiente equilibrado de que é titular todo e qualquer cidadão da República de
Moçambique (Serra et al., 2012).
2. Quadro jurídico-ambiental em Moçambique

De acordo com Serra et al. (2012) o País tem registado um movimento significativo no domínio
jurídico- ambiental traduzido em quatro linhas fundamentais:

1. Aprovação de um conjunto significativo de legislação com importância directa ou


indirecta para a protecção e conservação do ambiente, incluindo leis da Assembleia da
República, decretos do Governo e inúmeros diplomas ministeriais
2. Criação de órgãos públicos específicos no domínio do ambiente ou reforço das
competências dos órgãos pré-existentes de modo a integrar um, leque cada vez mais
diversificado de atribuições e competências ambientais;
3. Aprovação de políticas sectoriais que reflectem uma preocupação crescente com a
protecção do ambiente;
4. Adesão a instrumentos internacionais de protecção e conservação do ambiente,
nomeadamente convenções internacionais e protocolos regionais.

2.1. Estrutura e organização do quadro legal fundamental do ambiente

Segundo Serra et al. (2012), Moçambique dispõe, presentemente, de um quadro jurídico-legal


que se pode considerar actual, significativo, abrangente, adequado em muitos aspectos e
diversificado, focando variados aspectos na problemática ambiental.

Este quadro assenta fundamentalmente na Constituição da República de Moçambique (de


2004), na Lei do Ambiente (Lei n.º 20/97, de 1 de Outubro), e nos respectivos regulamentos,
aprovados por Decreto do Conselho de Ministros.

2.2. Regulamentos da Lei do Ambiente

Em termos de regulamentação, há a destacar um assinalável esforço por parte do Governo


moçambicano, traduzido na aprovação de um conjunto importante de regulamentos sobre os
temas principais da Lei do Ambiente. Não aludiremos aos regulamentos que digam respeito
ao quadro institucional, e que resultam do Capítulo II (Órgãos de gestão ambiental), os quais
mereceriam melhor tratamento em sede própria Serra et al. (2012).

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„‟O capítulo III da Lei do Ambiente versa sobre a poluição do ambiente e foi já objecto de um
assinalável esforço de regulamentação. Destacam-se o Regulamento sobre a Gestão dos Lixos
Biomédicos (aprovado pelo Decreto n.º 8/2003, de 18 de Fevereiro), o Regulamento sobre
Padrões de Qualidade Ambiental e de Emissão de Efluentes (aprovado pelo Decreto n.º
18/2004, de 2 de Junho, alterado pelo Decreto n.º 67/2010, de 31 de Dezembro), o
Regulamento sobre a Gestão de Resíduos (aprovado pelo Decreto n.º 13/2006, de 15 de
Junho), o Regulamento sobre Prevenção da Poluição e Protecção do Ambiente Marinho e
Costeiro (aprovado pelo Decreto n. ° 45/2006, de 30 de Novembro), na parte que diz respeito
à poluição, o Regulamento sobre a Gestão das Substâncias que Destroem a Camada de Ozono
(aprovado pelo Decreto n. ° 24/2008, de 1 de Julho) e o Regulamento obre o Banimento do
Amianto e seus Derivados (aprovado pelo Decreto n. ° 55/2010, de 22 de Novembro) „„.

2.3. A Constituição da República e a Integração do Ambiente no Desenvolvimento

O ponto de partida neste domínio deve ser própria Constituição da República de


Moçambique, de 2004, que, entre outros, possui dois pilares que fazem parte do regime
jurídico-constitucional do país em matéria de gestão do ambiente: o reconhecimento do
direito fundamental ao ambiente, por um lado, através do n.º 1 do artigo 90, segundo o qual
“todo o cidadão tem o direito de viver num ambiente equilibrado e o dever de o defender”, e,
por outro lado, a consagração de um verdadeiro interesse público de protecção do ambiente,
através da conjugação do n.º 2 do artigo 90 e o artigo 117. Serra et al. (2012).

„‟A Saúde Ambiental aproxima dois importantes sectores que têm entre si várias áreas de
intersecção, nomeadamente o do Ambiente em si e o da Saúde. A OMS define a Saúde
Ambiental como sendo “os aspectos da saúde humana, incluindo a qualidade de vida, que são
determinados pelos factores químicos, físicos, biológicos, sociais e psicossociais no
ambiente”

2.4. Políticas Macroeconómicas para a Saúde Ambiental

Segundo Serra et al. (2012). Ao nível macroeconómico é o PARPA II que define as principais
linhas de política que contribuem para o enquadramento das questões do ambiente e da saúde
ambiental nos esforços de luta contra a pobreza. Dentro das prioridades do PARPA II em
matéria de ambiente o Saneamento do Meio aparece na primeira posição e destaca a “relação
directa entre as condições de acesso à água e saneamento, pobreza e estado de saúde da
população”.

2.5. Princípio da cooperação internacional

Este princípio leva-nos a buscar soluções harmoniosas e planetárias dos problemas


ambientais. Sendo os problemas ambientais algo global, a solução dos mesmos em caso de
necessidade deve ser tarefa de todos Estados, visto que o ambiente não se restringe em
fronteiras devidamente demarcadas.

Segundo Condesso (2001), o ambiente é, hoje, um património de toda humanidade. É


inadmissível que qualquer interesse nos ponha em perigo um património que se torna cada
vez mais escasso e mais precioso. Nesta óptica, a cooperação parece ser a alternativa para
solução de problemas em conjunto e para que os países, que agora começaram o seu
desenvolvimento, não repitam os mesmos erros que os chamados países desenvolvidos
cometeram no passado.

O princípio XIX, da Declaração do Rio, preconiza que os Estados deverão notificar, prévia e
atempadamente, os Estados potencialmente afectados e fornecer-lhes todas as informações
pertinentes sobre as actividades que possam ter efeitos transfronteiriço adverso significativo
sobre o ambiente, e deverão estabelecer consultas atempadas e de boa-fé com estes Estados.

Segundo este princípio, os países desenvolvidos devem prestar apoio financeiro e tecnológico
aos países relativamente menos desenvolvidos nas acções relacionadas a protecção e
conservação do ambiente interior dos respectivos espaços territoriais; deve prevalecer o
intercâmbio ou colaboração na prestação de informações ambientais e estimulou a criação de
projectos transfronteiriços de protecção e conservação da natureza.

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2.6. Metodologia da pesquisa

Segundo Barreto & Honorato (apud Ivala, et all.2007), defendem que:

A metodologia de pesquisa, é o conjunto detalhado e sequenciado de métodos e


técnicas científicas a serem executadas ao longo da pesquisa, de tal modo que se
consiga atingir os objectivos inicialmente propostos e, ao mesmo tempo, atender
aos critérios de menos custo, maior rapidez, maior eficácia e mais confiabilidade
de informações (26).

2.6.1.Métodos de pesquisa

Segundo Libânio (apud Lakatos & Marconi, 2003) „‟método é o caminho para atingir um
objectivo‟‟. Por outro, entende-se por método „‟o conjunto das actividades sistemáticas e
racionais que, com maior segurança e permite alcançar o objectivo - conhecimentos válidos e
verdadeiros - traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do
cientista (p.83)

Assim para a presente pesquisa, o autor servir-se-á do método indutivo, pois vai começar por
estudar aspectos particulares do local de estudo para depois chegar ao geral.

2.6.2. Tipo de pesquisa

2.6.3 Quanto a abordagem

Partindo do princípio de que o estudo apresenta como preocupação central a política


ambiental moçambicana, quanto a abordagem a pesquisa é qualitativa. Pois, segundo
Chizzotti, (2003, p.83), ―na pesquisa qualitativa, todas as pessoas que participam da
pesquisa são reconhecidas como sujeitos que elaboram conhecimentos e produzem práticas
adequadas para intervir nos problemas que identificam‖.

Achou-se conveniente a abordagem qualitativa pelo facto de não requer o uso de estatística e
o ambiente natural ser a fonte directa para colecta de dados e o pesquisador é o instrumento
chave. Portanto, nesta pesquisa, o autor entrará em contacto com seu grupo alvo para obter o
máximo possível os factos que pretende estudar.

1.6.4 Quanto ao procedimento de estudo

Quanto ao procedimento de estudo a pesquisa é exploratória pois, visa descrever um


problema através de técnicas padronizadas de colecta de dados, que no caso vertente serão
utilizadas a observação directa e indirecta, questionário obedecendo as perguntas fechadas,
procurando levantar e descrever informações sobre a história política ambiental em
Moçambique.

2.7.5.Questionário

Segundo GIL (1997:100) o ―questionário constitui uma forma rápida e relativamente


correcta de recolher um determinado tipo de informação‖.

Considerando a relevância desta técnica, neste trabalho possibilitará obtenção de informação


de forma rápida pois, o questionário vai obedecer perguntas fechadas e será igualmente usado
para recolher informações num campo mais amplo no seio do grupo alvo em particular os
ambientalistas da direcção do município.

2.7.6 Universo e amostra

Na perspectiva de Marconi & Lakatos, (2003) entendem que, „‟ a delimitação do universo


consiste em explicar que pessoas ou coisas, fenómenos estarão pesquisados enumerando suas
características comuns como por exemplo, sexo, faixa etária, organização a que pertencem,
comunidade onde vivem etc‟‟ (p.223).

Como modalidade de selecção de amostra, usar-se-á a de conveniência pois, segundo Gil


(1994), defende que este tipo de amostra consiste em „‟seleccionar elementos que satisfazem
aquilo que é as condições de estudo‟‟.

Assim sendo, a pesquisa abarcará um universo de 200 pessoas de entre os quais ambientalistas e
técnicos da urbanização. A amostra escolhida para esta pesquisa será de 60 pessoas.
17
Considerações Finais

A política do ambiente representa a base do desenvolvimento sustentável de Moçambique,


visando a erradicação progressiva da pobreza e a melhoria da qualidade de vida dos
moçambicanos bem como a redução dos danos sobre o ambiente.

A política nacional do ambiente representa o instrumento através do qual o governo reconhece de


forma clara e inequívoca a interdependência entre o desenvolvimento e o ambiente. É um meio
para a execução, no pais, de políticas sócio e macroeconómicas ambientalmente aceitáveis,
visando promover e impulsionar um crescimento económico que se fundamente, tanto quanto
possível, nos preceitos universais do desenvolvimento sustentável.

Em termos de regulamentação, há a destacar um assinalável esforço por parte do Governo


moçambicano, traduzido na aprovação de um conjunto importante de regulamentos sobre os
temas principais da Lei do Ambiente. Não aludiremos aos regulamentos que digam respeito
ao quadro institucional, e que resultam do Capítulo II (Órgãos de gestão ambiental), os quais
mereceriam melhor tratamento em sede própria Serra et al. (2012).

„‟O capítulo III da Lei do Ambiente versa sobre a poluição do ambiente e foi já objecto de um
assinalável esforço de regulamentação. Destacam-se o Regulamento sobre a Gestão dos Lixos
Biomédicos (aprovado pelo Decreto n.º 8/2003, de 18 de Fevereiro), o Regulamento sobre
Padrões de Qualidade Ambiental e de Emissão de Efluentes (aprovado pelo Decreto n.º 18/2004,
de 2 de Junho, alterado pelo Decreto n.º 67/2010, de 31 de Dezembro), o Regulamento sobre a
Gestão de Resíduos (aprovado pelo Decreto n.º 13/2006, de 15 de Junho), o Regulamento sobre
Prevenção da Poluição e Protecção do Ambiente Marinho e Costeiro (aprovado pelo Decreto n. °
45/2006, de 30 de Novembro), na parte que diz respeito à poluição, o Regulamento sobre a
Gestão das Substâncias que Destroem a Camada de Ozono (aprovado pelo Decreto n. ° 24/2008,
de 1 de Julho) e o Regulamento obre o Banimento do Amianto e seus Derivados (aprovado pelo
Decreto n. ° 55/2010, de 22 de Novembro) „„.
Referências bibliográficas

Beck, Ulrick, Holzer, Boris. (2007). Organizações na Sociedade Mundial de Risco. In:

Manual Internacional de gerenciamento de crise. Thousand Oaks, CA: Sage.

Cervo, A. L. & Bervian, P. A. (2002). Metodologia científica. (5ª ed). São Paulo: Prentice Hall.

Ferreira, Leila da Costa. (1998). A Questão Ambiental: sustentabilidade e políticas públicas no


Brasil. São Paulo: Boi tempo Editorial.

Gil, António Carlos. (2008). Como elaborar projectos de pesquisa. (4ª ed). São Paulo: Atlas.

Sedrez, Lise. (2012). Entrevista concedida ao “Café História”. Rio de Janeiro. Serra, Carlos
Manuel; Dondeyne, Stefaan & Durang, Tom. (2012).

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