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Universidade católica de Moçambique
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Capa 0.5
Índice 0.5
Aspectos Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
Articulação e
domínio do discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
Exploração dos
2.0
dados
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
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;
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
Introdução.........................................................................................................................................6
1.6.1 O amor......................................................................................................................15
1.6.3 A indiferença............................................................................................................16
1.6.4 O Ódio......................................................................................................................16
1.6.5 Os sentimentos..........................................................................................................16
1.6.6 A responsabilidade...................................................................................................18
1.7 O mérito...........................................................................................................................19
1.7.1 A virtude...................................................................................................................19
Conclusão.......................................................................................................................................21
Referência bibliográfica.................................................................................................................22
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Introdução
O artigo em causa tem como tema: A pessoa com Sujeito Moral (A Pessoa Humana) Dentro do
trabalho, abordamos os seguintes subtemas: conceito de Pessoa nas várias perspectivas (Jurídica,
Psicológica, Ética, Personalista, Social, Metafísica); A Pessoa em suas relações: A relação do
Homem com o mundo, outros seres humanos e na natureza; A relação do Homem consigo
mesmo; A relação do Homem com Deus; A relação do Homem com o Trabalho; A Consciência
Moral; Graus da consciência; Ética e Moral; Aspectos da Ética Individual;
Embora tenham havido dificuldades na elaboração deste trabalho usou-se método bibliográfico,
tendo constituído na leitura de algumas obras que sustentam e entram em concordância com o
tema em estudo, como é o caso do uso da internet. É de salientar que o tema aqui abortado é de
extrema importância para um estudante universitário, pois a moral regula os nossos
comportamentos, a maneira de agirmos na sociedade.
Com tudo, o presente trabalho tem a seguinte estrutura: Introdução, Desenvolvimento, Conclusão
e a Referencia bibliográfica.
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1. A pessoa com Sujeito Moral (A Pessoa Humana)
Segundo Do Vivido (1995), salienta que, A noção de pessoa aparece em oposição de individuo,
quer dizer, individuo biológico. Mas o que é um indivíduo biológico? Individuo significa, antes
de tudo, consistência, isto é, coesão, indivisibilidade interna, unidade.
Esta unidade não significa simplicidade, mas sim uma composição de partes. Enquanto tal, esta
unidade é totalidade: diferenciada, estruturada e centrada. É uma totalidade diferenciada, uma vez
que o próprio conceito de «todo» implica uma multiplicidade qualitativa de partes que compõem
o todo. Neste sentido, o ser vivo, enquanto individuo, é uma totalidade diferenciada.
É uma totalidade estruturada porquanto os diversos órgãos e as funções que eles exercem não são
independentes uns dos outros como se de estratos que se sobrepõem se tratasse. Os diferentes
órgãos e as suas funções constituem uma estrutura, isto é, são interdependentes; só são aquilo que
são devido à relação de mútua dependência.
É uma totalidade centrada porque um individuo biológico enquanto tal, tem um centro a partir do
qual se realiza essa totalidade. O ser vivo, no seu agir, refere-se a si mesmo, a algo interior. Na
Vida vegetativa, por exemplo, a planta já realiza um processo biológico interno de crescimento e
de conservação.
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1.1 Conceito de pessoa na perspectiva (Jurídica, Psicológica, Ética, Personalista, Social,
Metafísica)
Na perspectiva Jurídica é a entidade à qual, para a realização de certos fins colectivos, as normas
jurídicas lhes reconhecem capacidade para serem titulares de direitos e contraírem obrigações. A
pessoa jurídica apresenta características que fazem parte da rotina empresarial. Estão
classificadas como pessoas jurídicas: escolas, universidades e outros tipos de instituições de
ensino, ONGs, sociedades, partidos políticos, fundações, empresas de diversos segmentos,
prefeituras, entre outros.
As pessoas físicas ou naturais correspondem a um conceito jurídico que foi elaborado pelos
juristas romanos. Hoje em dia, as pessoas físicas contam, pelo único facto de existirem, com
diversos atributos atribuídos pelo direito
Na perspectiva psicológica
Uma pessoa é um ser social dotado de sensibilidade, com inteligência e vontade propriamente
humanas. Para a psicologia, trata-se de um indivíduo humano concreto (o conceito abarca os
aspectos físicos e psíquicos do sujeito que o definem pelo seu carácter singular e único).
Pessoa na perspectiva ética, a pessoa é um ser consciente, com arbítrio próprio e (tendo plena
capacidade mental) é responsável pelos seus actos.
Para S. Tomás de Aquino (apud Rosa, 2016,) “Pessoa significa o que de mais nobre há no
universo, isto é, o subsistente de uma natureza racional (p.36).
“A noção de pessoa é a expressão do mais elevado conceito que o Homem tem de si próprio e
nela se conjugam algumas notas constitutivas (Do vivido, 1995, p. 13).
Para Kant, (apud Rosa, 2016) “os seres humanos são chamados pessoas porque a sua natureza os
distingue já como fins em si…o homem e em geral cada ser racional, existe como fim em si e não
como um meio de que esta ou aquela vontade pode servir-se ao seu bel-prazer.
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Paul Ricoeur, (apud Rosa, 2016) concebe a pessoa como um projecto da humanidade, a qual por
sua vez é assim definida: “a humanidade é o modo de ser sobre a qual deve regular-se cada
aparição empírica do que nós chamamos de ser humano.
“A pessoa é antes a unidade, imediatamente vivida pelo vivente espiritual e não uma coisa
pensada atrás e fora do imediatamente vivido‖. A pessoa é a unidade essencial concreta do
ser de actos de essências diferentes, que em si mesma precede todas as diferenças de actos
(p.37).
O fundamento último da personalidade é dado à seu juízo, pela autonomia no ser por parte de
uma realidade racional, ou seja, pela posse de um próprio acto de ser: graças à tal posse, a
realidade humana torna-se completa em si mesma, e não pode mais ser comunicada e associada a
outros. Quando um acto de ser, próprio e proporcionado a uma certa essência particular ou
substância individual intelectiva, a faz existir por si e em si, por isso mesmo é incomunicada e
incomunicável, é pessoa.
Soren Kierkegaard (apud, Rosa, p.38), defende que, ―é um dos filósofos que procurou analisar
os problemas da relação existencial do homem com o mundo, consigo mesmo e com Deus‖(p.38).
A relação do homem consigo mesmo é marcada pela inquietação e pelo desespero. Isso acontece
por duas razões: ou porque o homem nunca está plenamente satisfeito com as possibilidades que
realizou, ou porque não conseguiu realizar o que pretendia, esgotando os limites do possível e
fracassando diante de suas expectativas( Rosa, p.38).
Rosa (2016), defende que, a relação do homem com Deus seria talvez a única via para a
superação da angústia e do desespero. Contudo, é marcado pelo paradoxo de ter de compreender
pela fé o que é incompreensível pela razão (p.39).
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1.2.3 A relação do Homem com outros seres e a natureza
A relação do homem com o mundo - outros seres humanos e na natureza são dominadas
pela angústia. A angústia é entendida como o sentimento profundo que temos ao perceber
a instabilidade de viver num mundo de acontecimentos possíveis, sem garantia de que
nossas expectativas sejam realizadas. ―No possível, tudo é, possível‖, escreve
Kierkegaard. Assim, vivemos num mundo onde tanto é possível a dor como o prazer, o
bem como o mal, o amor como o ódio, o favorável como o desfavorável (Rosa,
2016,p.38).
Nédoncelle (2020, pp. 65-67), salienta que, valor da pessoa, sob o ponto de vista ético emerge,
sobretudo, nas relações interpessoais. É na sua relação com os outros que a pessoa encontra os
vínculos éticos mais profundos e empenhativos. Estes vínculos podem expressar-se de diversas
maneiras e a diversos níveis:
i) Como respeito pela pessoa do outro, tal como se apresenta no encontro interpessoal. A
pessoa é única, original e insubstituível. É um fim em si mesma e nunca pode ser
instrumentalizada e reduzida a um simples meio seja do que for.
ii) Como promoção da pessoa, como vimos atrás, não basta afirmar a pessoa, é necessário
promovê-la. A relação interpessoal não deve ser contemplação, mas energia realizadora. Não
interessa só que o outro viva; interessa também como vive. A relação interpessoal é, até certo
ponto, uma relação criadora. Não basta «não odiar, não matar»; é necessário amar.
É necessário agir face a estas situações, sob o risco de o significado ético da relação pessoal ficar
reduzido a um moralismo formal. A relação interpessoal é activa, criadora e libertadora.
O valor ético da pessoa é o fundamento de uma ética social e é também o critério para decidirmos
sobre os «deveres» que a consciência moral nos impõe.
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A relação com o meio ambiente é uma outra necessidade que garante o equilíbrio
no esquema de todas as relações sociais. Isto é assim porque não se pode falar do
Homem sem mundo, como não se pode falar do mundo sem Homem; não só o
mundo cultural mas nem sequer o mundo natural pode ser olhado e separado do
Homem. O que de facto existe é um Homem no mundo e um mundo para o
Homem (Nédoncelle,2020, p.68).
Segundo Rosa (2016), defende que, “o trabalho é toda actividade no qual o ser humano utiliza
sua energia física e psíquica para satisfazer suas necessidades ou para atingir um determinado
fim” (p.38).
Por intermédio do trabalho, o homem acrescenta um “mundo novo” (a cultura) ao mundo natural
já existente. O trabalho é, portanto, elemento essencial da relação dialéctica entre o homem e a
natureza, entre o saber e o fazer, entre a teoria e a prática.
Em seu aspecto social, isto é, como esforço conjunto dos membros de uma comunidade, o
trabalho teria como objectivos últimos a manutenção da vida e o desenvolvimento da sociedade.
Assim dentro da visão positiva, o trabalho poderia promover a realização do indivíduo, a
edificação da cultura e a solidariedade entre os homens.
Na sua relação com o trabalho, o Homem é chamado a tornar o mundo cada vez mais habitavel,
hospitaleiro e confortável. Aqui encontramos o valor cósmico do trabalho. Pelo tabalho, o
Homem dignifica-se, pois este possui, para si, um valor personalista, ou seja, antropológico: a
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natureza não nasce perfeita, ela aperfeiçoa-se, tempera-se, afina-se, enriquece-se através do
trabalho.
“A consciência pode ser definida na perspectiva psicológica, ético e moral, política e na da teoria
de conhecimento‖ (Rosa, 2016,P.40),
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mundo, manifestando-se como sujeito percebedor, imaginante, memorioso, falante e
pensante.
A consciência moral (pessoa) e a consciência política (o cidadão) formam-se pelas relações entre
as vivências do eu e os valores e as instituições de sua sociedade ou de sociedade ou de sua
cultura. São as maneiras pelas quais nos relacionamos com os outros por meio de
comportamentos e práticas determinadas pelos códigos morais (que definem deveres, obrigações,
virtudes), e políticos (que definem direitos, deveres e instituições colectivas públicas), a partir de
modo como uma cultura e uma sociedade determinadas definem o bem e o mal, o justo e o
injusto, o legítimo e o ilegítimo, o legal e o ilegal, o privado e o público.
O eu é uma vivência e uma experiência que se realiza por comportamentos; a pessoa e o cidadão
são consciência como agente (moral e político), como práxis ( Rosa, 2016, p.41).
Em sua essência, a consciência é um vazio, um nada, um silêncio que nos possibilita sentir e
escutar, reflectir e querer. Nela ouvimos a voz do nosso ser. Na vida familiar, a consciência é
considerada apenas uma vivência.
Rosa, (2016) salienta que, Platão definiu a consciência como o ―diálogo da alma consigo
mesma‖. A alma interroga a si mesma sobre que relação e compromisso tem ela com essa outra
realidade, que se dá a conhecer no íntimo diálogo consigo mesma.
1. Consciência passiva: aquela na qual temos uma vaga e uma confusa percepção de nós mesmos
e do que se passa à nossa volta, como no devaneio, no momento que precede o sono ou o
despertar, na anestesia, e sobretudo, quando somos muito criança ou muito idosos.
2. Consciência vivida, mas não reflexiva: é nossa consciência afectiva, que tem a peculiaridade
de ser egocêntrica, isto é, de perceber os outros e as coisas apenas a partir de nossos sentimentos
com relação à elas, como por exemplo, a criança que bate numa mesa ao tropeçar nela, julgando
que a ―mesa faz de propósito para machucá-lo‖. Nesse grau de consciência não conseguimos
superar o eu e o outro, o eu e as coisas. É típico por exemplo, das pessoas apaixonadas, para as
quais o mundo existe a partir de seus sentimentos de amor, ódio, cólera, alegria, tristeza, etc.
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3.Consciência activa e reflexiva: aquela que reconhece a diferença entre interior e o exterior,
entre si e os outros, entre si e as coisas. Esse grau de consciência é o que permite a existência da
consciência em suas quatro modalidades, que são: o eu, a pessoa, o cidadão e o sujeito (p.41).
Segundo Rosa (2016), afirma que, a palavra ética vem do grego, ethos, que significa costume. É a
ciência que tem por objecto o fim da vida humana e os meios para alcançá-los. Historicamente, a
palavra ética foi aplicada à moral sob todas as suas formas, quer como ciência do comportamento
efectivo dos homens, quer como arte de guiar o comportamento. Propriamente a ética deveria
ocupar-se do bem como valor primário e ser assumido pela liberdade como guia das próprias
escolhas (p.43).
A palavra moral vem do latim, mores, que significa hábitos. Ética e moral, possuem com
efeito, acepções muito próximas uma da outra; se o termo ético é de origem grega, e a moral,
de origem latina, ambos remetem a conteúdos vizinhos, à ideia de costumes, de hábitos, de
modos de agir determinados pelo uso. Portanto, a grande distinção entre ética e moral está no
facto de que a primeira é mais teórica, pretende-se mais voltada à uma reflexão sobre os
fundamentos que esta última. A ética se esforça por desconstruir as regras de conduta que
forma a moral, os juízos do bem e do mal que se reúnem no seio desta última (Rosa, 2016,
p.43).
A ética designa uma ―meta moral‖, uma doutrina que se situa além da moral, uma teoria
raciocinada sobre o bem e o mal, os valores e os juízos morais.
Em suma, a ética desconstrói as regras de conduta, desfaz suas estruturas e desmonta sua
edificação, para se esforçar em descer até os fundamentos ocultos da obrigação. Diversamente da
moral, ela se pretende pois desconstrutora e fundadora, enunciadora dos princípios ou de
fundamentos últimos (Rosa, 2016, p.43).
1.6.1 O amor
O amor implica, em primeiro lugar, a afirmação do outro como sujeito, isto é, como pessoa. Não
só afirmar, mas afirmar para promover: afirmação e promoção do outro enquanto outro na sua
originalidade e unicidade. Este amor de afirmação é necessariamente incondicionado (ama-se o
que o outro é e não o que ele tem); é desinteressado (o amor não procura vantagens pessoais,
egoístas, o que seria instrumentalizar a pessoa); finalmente, o amor é fidelidade criadora que
procura realizar e promover o outro de acordo com o seu projecto existencial próprio e original. É
evidente que esta fidelidade se deve realizar dentro do quadro de valores.
De todas as intenções que se escondem por detrás duma mesma palavra, é preciso escolher a
que for autêntica e possa dar ideia das anomalias, das modificações e das próprias perversões
dessa mesma palavra. Ora, o elemento que responde a esta exigência e que deve entrar, em
primeiro lugar, na definição que procuramos é o seguinte: o amor é uma vontade de
promoção. O «mim» que ama quer, antes de mais, a existência do «ti»; e quer, além disso,
desenvolvimento autónomo desse «ti»; e quer, por outro lado, que o desenvolvimento
autónomo seja, se possível, harmonioso, em relação ao valor previsto por «mim» para «ti».
Qualquer outra atitude é uma paragem tímida no limiar do tempo, ou então, uma complacência
egoísta no reflexo dum espelho. Não há amor i propriamente dito se não formos dois; e se o
«mim» não tentar sair em direcção ao outro, a fim de postular, título; tão real quanto possível,
não como objecto de espetáculo, mas sim como uma existência interior e como uma
subjectividade perfeita (Nédoncelle,2020,p.71).
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1.6.3 A indiferença
Este «ele» implica uma certa objetivação da pessoa e a redução da subjectividade soma da
qualidade e função. Por outro lado, este «ele» significa uma «ausência» em relação a mim. Não
uma ausência espacial como é óbvio, mas uma ausência «afectiva». Se, enquanto funcionário, o
outro pode muito bem ser substituído por uma máquina, então «ele» é como se não existisse.
Estamos no reino da fria burocracia e tecnocracia.
1.6.4 O Ódio
1.6.5 Os sentimentos
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Dai poder-se definir os sentimentos como reacções que não se excedem nem pela violência nem
pela desorganização ou desadaptação da pessoa.
Tendo em conta o número das nossas tendências, a multiplicidade de objectos com que cada um
se pode relacionar e a diversidade de situações em que nos podemos encontrar, facilmente
poderemos imaginar a qualidade de sentimentos a que podemos estar sujeitos e a grande
instabilidade dos mesmos.
Para o controlo e orientação dos nossos sentimentos, devemos ter em conta os seguintes
princípios:
Por exemplo: se desejamos amar alguém com quem não simpatizamos, comecemos por ver nele o
lado bom, relacionamo-nos com ele, como se, de facto, fosse nosso amigo... e, pouco a pouco,
amá-lo-emos.
Outros factores psíquicos ligados aos sentimentos são as emoções, paixões e humores.
Apesar da grande importância que têm no desenvolvimento dos sentimentos não lhes
dedicaremos muita atenção, senão uma simples informação:
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Existem diferentes espécies de emoções, sendo de destacar as seguintes dimensões: rapidez ou
intensidade e nível de excitação, agradabilidade ou desagradibilidade, atracção ou rejeição.
A paixão é uma inclinação dominante que tende a tornar-se exclusiva, podendo chegar a dirigir
todo o nosso comportamento, comandar os nossos juízos de valor, impedir o exercício imparcial
do nosso raciocínio, absorver, por assim dizer, a inteligência, a imaginação, o corarão e a
vontade. A paixão tem um carácter absorvente ou centralizador, imperioso, estável, intenso e, por
vezes, violento. Reveste-se, frequentemente, de um certo carácter de fatalidade, fazendo perder o
controlo ou o domínio pessoal.
Não existe uma linha rigorosa que separa os sentimentos dos humores. Contudo, os humores são
mais persistentes, penetram com frequência mais fortemente na personalidade, invadem de forma
mais global a Vida psíquica.
1.6.6 A responsabilidade
i) Conhecimento – o agente deve ter conhecimento dos seus actos e das suas consequências. Se o
individuo actua por ignorância a sua responsabilidade será atenuada.
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ii)Liberdade – só somos responsáveis pelos actos que são verdadeiramente nossos, e é a
liberdade que dá ao Homem pleno domínio dos seus actos e o torna susceptível de valorização.
a) Responsabilidade fundamental ou transcendental, que é aquela que o Homem tem por ser
Homem, enquanto Homem. É a responsabilidade perante a consciência, os outros e a sociedade.
1.7 O mérito
O mérito é a aquisição de valor, em sequência do bem que se pratica. O seu oposto é o demérito,
que é a perda de valor, em virtude dos factos cometidos. O mérito depende (em absoluto) do
valor do próprio acto, e também (em relativo) das condições em que o acto é realizado,
especialmente de dificuldade e de intenção. Por exemplo: um rico que, ao encontrar um mendigo,
lhe dá a quantia de 200,00 meticais para ganhar a simpatia das pessoas em redor é menos
meritório que um pobre que despende o valor de 5,00 meticais mas o faz por verdadeira
solidariedade.
1.7.1 A virtude
A virtude é um valor moral adquirido por esforço voluntário, isto é, uma força para fazer o bem e
que se adquire através de exercícios bons. O estudo da virtude foi realizado já por Sócrates e
Platão. Platão tratou dela em vários diálogos, entre os quais Ménon, Protágoras e República,
apontando quatro tipos de virtudes:
A prudência
A fortaleza
A temperança
A justiça.
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A sanção
Sanções naturais – são as consequências que resultam para nos da Vida que levamos. Os
actos imorais traduzem-se, geralmente, em decadência pessoal (intelectual e física) ao passo que
a saúde pode ser o fruto de uma Vida moral pura.
As Sanções civis – são as que a sociedade aplica, por órgãos apropriados, aos que
transgridem leis e regulamentos.
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Conclusão
Feito o trabalho conclui-se que, uma pessoa sujeito moral é aquele que antes de ter com outra
pessoa ou antes de se interagir com outra se interagiu consigo mesmo É uma pessoa que cumpre
com as normas regras sociais Uma pessoa é um ser social dotado de sensibilidade, com
inteligência e vontade propriamente humanas. Para a psicologia, trata-se de um indivíduo
humano concreto (o conceito abarca os aspectos físicos e psíquicos do sujeito que o definem pelo
seu carácter singular e único).
No âmbito do direito, uma pessoa é todo ente ou organismo susceptível de adquirir direitos e
contrair obrigações. Por isso, fala-se de diferentes tipos de pessoas: pessoas físicas (os seres
humanos) e pessoas de existência ideal ou jurídicas (as sociedades, as corporações, o Estado, as
organizações sociais, etc.).
As pessoas físicas ou naturais correspondem a um conceito jurídico que foi elaborado pelos
juristas romanos. Hoje em dia, as pessoas físicas contam, pelo único facto de existirem, com
diversos atributos atribuídos pelo direito.
As pessoas jurídicas ou morais são as entidades às quais, para a realização de certos fins
colectivos, as normas jurídicas lhes reconhecem capacidade para serem titulares de direitos e
contraírem obrigações. A pessoa jurídica apresenta características que fazem parte da rotina
empresarial. Estão classificadas como pessoas jurídicas: escolas, universidades e outros tipos de
instituições de ensino, sociedades, partidos políticos, fundações, empresas de diversos segmentos,
prefeituras, entre outros.
No campo da filosofia, uma pessoa é um ser que possui capacidades de pensar, agir, racionalizar,
é alguém que tem autoconsciência, moralidade, entre outros. E essa pessoa também conta com
sua individualidade física e individualidade espiritual.
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Referência bibliográfica
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