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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Apresentação de um plano de aula

Nome do Estudante: Isaflora Caetano M. Guedes


Código: 708200116

Licenciatura em Ensino de Português


Disciplina: Didáctica de Português
Ano de Frequência: 4º Ano, Turma: D
Nome do Docente:Alberto Ireneu Antonio

Nampula, Abril de 2023

Universidade Católica de Moçambique

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Instituto de Educação à Distância

Apresentação de um plano de aula

Nome do Estudante: Isaflora Caetano M. Guedes


Código: 708200116

Licenciatura em Ensino de Português


Disciplina: Didáctica de Português
Ano de Frequência: 4º Ano, Turma: D
Nome do Docente:Alberto Ireneu Antonio

Nampula, Abril de 2023

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Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso académico
(expressão escrita 2.0
Conteúdo cuidada,
coerência / coesão
textual)
Análise e
 Revisão
discussão
bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA  Rigor e coerência
Referências 6ª edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice
Introdução...................................................................................................................................................3
2.0.Enquadramento teórico..........................................................................................................................4
2.1.2.Conceito da Argumentação.................................................................................................................4
2.1.3.Estrutura do Texto Argumentativo.....................................................................................................5
2.1.4.Vias de Argumentação........................................................................................................................6
2.1.5.Via Explicativa...................................................................................................................................7
2.2.Apresentacao de plano de aula..............................................................................................................8
3.Conclusao.................................................................................................................................................9
Referencias Bibliográficas.........................................................................................................................10
Introdução
Pretendemos com o presente trabalho apresentar um plano de aula relacionado com o texto
expositivo argumentativo. Este trabalho, realizado no âmbito do Interacionismo Socio
discursivo, combina uma reflexão sobre a noção de género textual com a observação do agir do
aluno, em particular, em momentos de escrita do texto expositivo-argumentativo, de correcção
do trabalho do colega e através de um questionário. É de admitir que uma metodologia
descendente, assente num princípio retórico-hermenêutico, defendido por autores como Rastier e
Bronkcart, deva estar subjacente ao ensino do género, articulando, o texto, como ponto de
partida da aprendizagem, com o ensino da língua.

Esta reflexão precede a descrição de uma experiência composta por duas actividades de escrita,
segundo o modelo texto expositivo-argumentativo (COELHO, 2002), onde o agir dos alunos será
observado nos textos produzidos e nos comentários realizados enquanto corretores da produção
textual do colega, que tem como propósito averiguar de que modo se processa o desempenho dos
alunos no género. Esta experiência é ainda constituída pela aplicação de um questionário aos
alunos sobre o seu comportamento nestas tarefas.

O presente trabalho situa-se no âmbito do quadro teórico e epistemológico do ISD e tem como
propósito reflectir sobre o desenvolvimento do ser humano em sociedade, participando no
desenvolvimento de uma ciência do humano.

No quadro metodológico o mesmo esta embasado numa abordagem qualitativa com uma técnica
de pesquisa bibliográfica.

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2.0.Enquadramento teórico

Boissinot (1992) assevera que, o texto argumentativo caracteriza-se pela passagem de um estado
inicial de pensamento (tese refutada) para um estado final de pensamento (tese proposta)
mediante um processo de argumentação através do qual se apresenta um certo número de
evidências (argumentos) que são suficientes para o convencimento do leitor.
O esquema hierárquico acima citado, deixa patente o carácter dinâmico e polémico do texto
argumentativo, isto é, o texto argumentativo ocupa o lugar do discurso contraditório sobre aquilo
que é real, onde dois pontos de vista se cruzam exprimindo-se de modo mais ou menos claro,
surgindo de um lado o argumentador e de outro, os detentores da tese que ele trata de refutar.

2.1.2.Conceito da Argumentação

Meyer, (1984) diz que a argumentação visa persuadir o leitor acerca de uma posição. Quanto
mais polémico for o assunto em questão, mais dará margem à abordagem argumentativa. Pode
ocorrer desde o início quando se defende uma tese ou também apresentar os aspectos favoráveis
e desfavoráveis posicionando-se apenas na conclusão.

Argumentar é um processo que apresenta dois aspectos: o primeiro ligado à razão, supõe ordenar
ideias, justificá-las e relacioná-las; o segundo, referente à paixão, busca capturar o ouvinte,
seduzi-lo e persuadi-lo.

Os argumentos devem promover credibilidade. Com a busca de argumentos por autoridade e


provas concretas, o texto começa a caminhar para uma direcção coerente, precisa e persuasiva.
Somente o facto pode fortalecer o texto argumentativo. Não podemos confundir facto e opinião.
O facto é único e a opinião é variável. Por isso, quando ocorre generalização dizemos que houve
um “erro de percurso”.

Segundo Rei (1990) “Um argumento é um raciocínio destinado a provar ou refutar uma
afirmação destinada a fazer admitir outra.” (p.88)

Ainda de acordo com o mesmo autor, a teoria da argumentação estuda as técnicas discursivas
que permitem provocar ou aumentar a adesão dos espíritos às teses que apresentamos ao seu
consentimento. Sem se afastar da dialéctica, da lógica e da retórica. A argumentação investiu no

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campo da psicologia, da sociologia e da teoria geral da informação, indo nestes campos procurar
alguma luz sobre como reage o homem, quando exposto às mensagens persuasivas, como altera
as suas convicções e o seu comportamento.

2.1.3.Estrutura do Texto Argumentativo

Meyer (1984) também desenvolveu um sistema de análise da estrutura textual que enfatiza as
relações entre as proposições de textos expositivos. Segundo a autora, algumas ideias no texto
estão sempre numa posição superior a outras. Cada texto deixa patente, portanto, a sua ordenação
hierárquica de ideias. Objectivando comprovar sua assertiva, Meyer distingue, na estrutura do
conteúdo, três aspectos destinados a analisar o texto expositivo: 1) as estruturas de nível
superior; 2) as mocroproposições; 3) as microproposições.

As estruturas de nível superior, denominadas superestruturas por Van Dijk, referem-se ao


relacionamento retórico que une todas as proposições de um texto e proporcionam sua
organização global. As macroproposições (estrutura de conteúdo), abrangem o conteúdo
semântico e o relacionamento entre as diversas proposições. Explícitas em textos bem escritos e
inferidas a partir das microproposições naqueles de má qualidade, as macroproposições facilitam
a identificação da ideia principal da sequência de sentenças. Finalmente, as microproposições, as
proposições nos níveis intermediário e inferior da estrutura de conteúdo, correspondem aos
detalhes específicos que dão apoio à idéia principal.

BRASSART, (1987) acredita que o texto argumentativo, oral ou escrito, estrutura-se


basicamente num plano tripartido:

1. Exórdio – é a primeira parte de um discurso, preâmbulo, a introdução do discurso que


consiste em:

 a) Exposição do tema;
 b) Exposição das ideias defendidas (pode recorrer-se à explicitação de determinados termos, à
apresentação de esquemas da exposição, à referência de outras opiniões, etc.

2. Narração /confirmação  – é a parte do discurso em que o orador desenvolve as provas,


consiste na utilização de argumentos (citação de factos, de dados estatísticos, de outros
exemplos, de narração de acontecimentos, etc.).

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3. Peroração/epílogo  – é a parte final de um discurso, a sua conclusão, o remate, síntese,
recapitulação.

2.1.4.Vias de Argumentação

1. Via Lógica

Trata-se, neste primeiro percurso, de modelos de raciocínios herdados das disciplinas ligadas ao
pensamento: a indução, a dedução, o raciocínio causal.

I. A Indução  – é a forma habitual de pensar do singular ao plural, do particular ao geral. Pode


tomar duas formas: totalizante, quando se estabelece a partir do recenseamento de um todo,
adquirindo o estatuto de prova - como quando, depois da chamada, afirmamos "os alunos estão
todos"; generalizante, quando o recenseamento completo não é possível e o raciocínio indutivo
nos leva de uma parte ao todo, por generalização - por exemplo quando se afirma: "Os
portugueses são hospitaleiros". Este é o procedimento mais usual, mas o menos rigoroso, pois a
generalização implica simplificação, e com ele vem o engano, o idealismo e a teorização.

II. A Dedução - dois princípios estão na sua base: o da não contradição - quando duas
afirmações se contradizem uma delas é falsa - e o da progressão do geral para a particular -
através de articulação lógica expressa por "assim", "portanto" ou "logo".

Por exemplo, o silogismo - constituído por três proposições ou afirmações - chamadas premissas
as duas primeiras (apelidada uma de "major" e outra de "menor", conforme o termo que contém,
e conclusão, a terceira - deve possuir três termos e combiná-los dois a dois. Veja:
Os Homens são mortais
Sócrates é um homem

Sócrates é mortal.

III. O raciocínio causal - "Asseguremo-nos bem do facto, antes de nos inquietarmos com a
causa" aconselhava Fontenelle (L. Bellenger, (1988), o papel preponderante do raciocínio causal,
na argumentação, assenta em duas transposições constantes: da causa para o efeito e do efeito
para a causa, conduzindo ao pressuposto de que "o conhecimento das causas permitirá remediar
o facto constatado" (ibid. 27), quer dizer, suprimamos as causas e o problema estará resolvido, o

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que leva as pessoas a preocuparem-se mais com as razões do presente do que com o modo de
melhorar o futuro.

2.1.5.Via Explicativa

A Via Explicativa à semelhança da anterior procura fazer compreender e tornar inteligível a


informação da argumentação. Para Bellenger (ibid.: 36-45), via explicativa usa as definições, as
comparações, a analogia, a descrição e a narração. O explicar pretende convencer com o máximo
de objectividade.

I. A definição – definir é dizer a verdade e responde à necessidade de compreender. A


necessidade de definir aumenta a credibilidade de quem quer convencer.

II. A comparação – usa-se a comparação para provar a utilidade, a bondade, o valor de uma
coisa, um resultado, uma opinião. A técnica comparativa é simples, fácil de compreender,
inscrita nos nossos hábitos, levando-nos a usá-la, activa e passivamente, de forma natural e sem
disso nos darmos conta. A comparação procura fazer passar identidades entre factos, pessoas ou
opiniões diferentes e transpor valores de sistemas independentes e autónomos: estas passagens e
transposições são manipuladoras e pretendem chocar, colocar problemas de consciência,
questionar os modelos culturais e as normas vigentes.

III. A analogia – “é a imaginação em auxílio da vontade de se explicar e de convencer.” (L.


Belllenger, (1988) Trata-se de uma semelhança estabelecida pela imaginação entre pensamentos,
factos, pessoas. Simboliza a vontade de bem se exprimir e bem se fazer entender. (p. 41)
Simplifica a caricatura, prestando-se, assim, a uma fácil fixação e a uma compreensão imediata,
daí o seu uso frequente na publicidade. Os antigos olhavam-na com alguma reserva,
aconselhando, por isso, a introduzi-la com expressões como: de certo modo, quase como, uma
espécie de…

IV. Descrição e narração – para convencer alguém, podemos descrever ou narrar uma situação
ou um acontecimento. São o ponto de partida da indução socrática: narra uma história, uma
experiência, uma anedota, desencadeia um processo de inferência que a partir de um facto nos
conduz ao princípio ou à regra. É o peso do concreto, do vivido e do testemunho que passa
através delas. Ambos os processos criam a ausência, a falta de um complemento, de um remate,

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de um "E depois?" - ouvido sempre que alguém, ao narrar algo, aparenta parar ou desviar-se do
enredo.

2.2.Apresentacao de plano de aula

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3.Conclusao

Os conceitos apresentados embora não exaustivos, buscaram visualizar os diferentes tipos de


argumentação, focalizando o discurso argumentativo, o texto argumentativo e sua estrutura e o
texto expositivo e sua estrutura. Na sequência discutimos com apoio dos autores que, o ensino da
argumentação deve seguir uma instrução didáctica por meio também de uma instrução prévia,
que pode levar os alunos (leitores) a melhorar a sua capacidade argumentativa, principalmente se
este ensino for sistemático e iniciar cedo na escola primária. Como vimos, esse recorte deixa
patente que, no que diz respeito ao texto expositivo, são vários os factores que contribuem para
que o leitor apresente dificuldades na sua compreensão. Isto ocorre porque a estrutura
hierárquica das ideias contidas neste tipo de texto, não são tão abundantes quanto os da narrativa.

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Referencias Bibliográficas

ARMBRUSTER, B.B.; ANDERSON, TH.; OSTER TAG, J. (1987). Does

text structure/summarization instution facilitate learning from expository

text? Reading Research Quarterly, Delaware, IRA, XXII (3).

BRASSART, D.G (1987) Le développe ment des capacités discursives chez l’enfant de 8 à 12

ans: Le discours argumentatifs (étude didactique) Thése de doctorat.Université

de Strasbourg.Ronéo 4 vol.

MEYER, Bonnie J.F. (1984) “ Organizational aspects of Text: Effects on

Reading comprehension and Applications for the classroon”. In FLOOD, James

(ed) Promoti Reading Comprehension. International Reading Association.

Newark, Delaware

VAN DIJK, Teun A. (1978a) La ciencia del texto. Barcelona, Piados.

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