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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE

FACULDADE DE EDUCAÇÃO DE CRATEÚS - FAEC


CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA
ORIENTADOR: LUCAS PEREIRA DE OLIVEIRA

ANA KELLE SOARES DE PAULO

OS DESAFIOS DO ENSINO DE HISTÓRIA PARA ALUNOS AUTISTAS NA ESCOLA


FRANCISCO RUFINO MUNICÍPIO DE NOVO ORIENTE/CE (2023)

CRATEÚS – CEARÁ

2023
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................................2
2 JUSTIFICATIVA........................................................................................................................3
3 PROBLEMATIZAÇÃO.............................................................................................................5
4 OBJETIVO..................................................................................................................................8
4.1 Objetivo Geral....................................................................................................................8
4.2 Objetivos Específicos.........................................................................................................8
5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..............................................................................................9
6 METODOLOGIA......................................................................................................................13
7 CRONOGRAMA.......................................................................................................................17
8 REFERÊNCIAS........................................................................................................................18
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1 INTRODUÇÃO

O referido trabalho, aborda questões pelas quais o espaço escolar está inserido. Procura
trazer e discutir assuntos relacionadas ao ensino de História, voltado para a inclusão do aluno
com Transtorno do Espectro Autista. Compreender como vem sendo, a inclusão desse aluno na
escola Francisco Rufino, município de Novo Oriente Ceará, ano de 2023. Estudar o espaço
escolar na vivência do aluno com (TEA)1, a partir do processo de inclusão e suas
particularidades. O ensino de História como construção de uma identidade histórica social.
Baseada na formação de sujeitos críticos, e conscientes de seus direitos.
Contudo, busca entender, o papel do professor como mediador do saber. As metodologias
trabalhadas em sala, na questão de auxiliar na compreensão do conteúdo. Buscando estabelecer e
fortalecer o vínculo aprendizagem e inclusão escolar. Segundo Karnal, (2007) “É necessário,
portanto, que o ensino de História seja revalorizado e que os professores dessa disciplina se
conscientizem de sua responsabilidade social perante os alunos, preocupando-se em ajudá-los a
compreender e — esperamos — a melhorar o mundo em que vivem”. O ensino de História, é
fundamental para formação de pessoas, com identidade própria, entendo as construções socias
ocorrida na sociedade. Destacou Jean Boutier e Dominique Julia (1998, apud LUCA, 2020)

A História, enquanto disciplina, não para de reformular seus próprios problemas, sem
dúvida porque a evolução do mundo não para de modificar a percepção das realidades
humanas que nos cercam [...]. A renovação dos assuntos e das problemáticas não nasce
jamais in abstracto.

O recorte espacial do referido trabalho, traz como referência a escola Francisco Rufino da
cidade de Novo Oriente/Ceará. Partindo das inquietações observadas no contexto escolar. Tendo
como construção social a inclusão do aluno autista. Os desafios enfrentando por eles, durante o
processo escolar, e procurando entender como se dá a inclusão do discente com (TEA). A
interação em sala de aula com os demais colegas, os serviços especializados, que oferecem
suporte tanto para o aluno quanto para família. O acolhimento e a afetividade do corpo docente
que compõe a escola. Essas são algumas das questões que venho através desse trabalho entender

1
O transtorno do espectro autista (TEA) se refere a uma série de condições caracterizadas por algum grau de
comprometimento no comportamento social, na comunicação e na linguagem, e por uma gama estreita de interesses
e atividades que são únicas para o indivíduo e realizadas de forma repetitiva.
3

para que assim possamos aperfeiçoar as práticas de ensino, e o acolhimento do aluno com
autismo.
Essa pesquisa baseia-se no ano vigente, 2023. Pois é observado um número maior de
estudantes, não só com Transtorno do Espectro Autista, mais com outras deficiências e limitações
particulares. Onde está sendo realizado um trabalho de inclusão escolar, por parte da instituição
escolar e Secretaria de Educação do município de Novo Oriente/ Ceará. Trabalho esse que visa
capacitar os cuidadores e oferecer suporte qualificado tanto para o aluno quanto para o professor
em sala de aula.
O ensino de história a alunos autistas é um tema relevante e desafiador na área da
educação inclusiva. Partindo de uma revisão bibliográfica sobre o tema e de experiências
práticas, vivenciadas em escolas sobre a questão de inclusão, busca-se identificar as principais
barreiras enfrentadas pelos professores e oferecer soluções criativas e adaptáveis ao contexto
escolar. Com base nesse cenário, a presente pesquisa busca contribuir para a ampliação do debate
sobre a inclusão escolar de alunos autistas e para a reflexão sobre a importância de se adequar o
ensino às necessidades individuais de cada estudante.

2 JUSTIFICATIVA
Quando optei pelo curso de História não imaginava que fosse tão desafiador, é
desafiador pelo fato de contribuir com as transformações da sociedade e ampliar os
conhecimentos existentes sobre a compreensão da condição humana, tinha uma visão
completamente equivocada do estudo da disciplina, acreditava que o estudo em si era
simplesmente decorar datas e trabalhar com fatos considerados históricos, entretanto hoje
compreendo que a História, é uma ciência pelo qual vem causando mudanças significativas na
forma de analisar a sociedade contemporânea. O estudo de História, enquanto ciência vai muito
além das questões que estudamos em nossa jornada escolar.
Durante muito tempo acreditava-se na representação do sujeito histórico como um
sujeito que possuía uma grande representatividade perante determinado contexto social, figuras
ilustres representadas nos livros escolares, uma história positivista e totalmente aparte da
realidade social presente no cotidiano das minorias. O estudo de História era o “estudo do
passado” e simplesmente isso, sem fundamentação nenhuma, sem questionamentos, indagações
ou projeções de entendimento do presente, não que estudar o passado não seja importante e hoje
4

assimilo de outra maneira, a partir dele podemos notar reflexões e ações de situações presentes, e
através desse despertar enquanto ser social e ativo, como sujeito transformador e conhecedor do
meu papel na sociedade.
Assim, fazendo esse movimento do presente para o passado, busco responder questões
que me despertaram interesse em relação ao meu convívio de trabalho, responder questões
pertinentes que me causam indagações e preocupações enquanto professora do ensino
fundamental II, afinal, pelos crescentes casos de diagnóstico de alunos com o desenvolvimento
do espectro autista, meu trabalho requer que eu enquanto docente compreenda e aperfeiçoe meus
estudos e possa ter práticas pedagógicas que favoreça o aluno com Transtorno do Espectro
Autista(TEA). É nesse sentido que o professor seja um sujeito do qual busque fazer parte da
comunidade escolar de maneira ativa e através disso possa ser um agente transformador, como
destacou Eric Hobsbawm (1997, p. 17).

Ser membro de uma comunidade é situar-se em relação ao seu passado (ou da


comunidade), ainda que apenas para rejeitá-lo. O passado é, portanto, uma dimensão
permanente da consciência humana, um componente inevitável das instituições, valores
e outros padrões da sociedade humana. O problema para os historiadores é analisar a
natureza desse “sentido” do passado na sociedade e localizar suas mudanças e
transformações.

Como resultado desse trabalho pretendo ressaltar os direitos conquistados ao longo dos
anos em relação ao ensino de História para alunos com laudos de autismo que fazem parte da
comunidade escolar da Escola Francisco Rufino situada no município de Novo Oriente/ Ceará.
Dentre esses direitos é assegurado ao docente um acompanhante especializado em sala de aula
para o aluno com TEA para que possa auxiliá-lo nas atividades escolares e no seu
desenvolvimento pedagógico. A Lei Federal 12.764/12 complementada pelo Decreto 8.368/
determinaram que a atuação do acompanhante especializado é obrigatória quando o autista
apresenta dificuldades nas atividades escolares desenvolvidas, cabendo ao profissional ministrar e
intervir sempre que surgirem necessidades próprias no âmbito escolar. Lei essa sancionada em 27
de dezembro de 2012 pela então Senhora Presidente Dilma Rousseff que instituiu a Política
Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.
Quero aqui ressaltar que busco analisar esse contexto escolar em que o aluno com
Transtorno do Espectro Autista está presente e procurar entender que aspectos educacionais em
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relação ao ensino de História estão sendo repassados, de que maneira vem acontecendo as
práticas pedagógicas para a inclusão desse estudante, estudar o papel do professor enquanto ser
social do seu tempo, os desafios diário enfrentado por professores para que aconteça realmente
uma evolução nesse ensino aprendizagem para com o aluno autista.
3 PROBLEMATIZAÇÃO
A História, em quanto disciplina escolar, possui uma longa história, permeadas de
conflitos e controvérsias na elaboração de conteúdos e seus métodos, (BITTENCOURT, 2009).
As questões discorridas por Circe Bittencourt, acerca da disciplina de História e a elaboração de
seus métodos e conteúdo, nos permite refletir acerca de como esse ensino, vem sendo trabalhado
no contexto de sala de aula e se os métodos escolhidos abrangem como um todo os alunos em
sala de aula. A problemática em discussão é de como acontece o envolvimento dos alunos para
com o conteúdo, visando a inclusão de todos que estão presente em sala.
Partindo desse pressuposto, o ensino de História em sala de aula, durante cerca de 20 anos
atrás, era meramente ilustrativo, dado como sem tanta importância, ou na maioria dos casos,
voltado para questões relacionadas a datas comemorativas. Nesse sentido entendemos que
durante décadas esse ensino nunca foi pensado, ou direcionado para a inclusão de alunos
portadores de algum transtorno neuropsicológico. Os alunos de maneira geral, possuem suas
limitações, sejam elas físicas ou psicológicas, nesse sentido se faz necessário que cada um, seja
tratado como ser social, sujeito histórico e pertencente ao núcleo escolar, com suas diferenças e
limitações. É importante salientarmos que o ensino de História tem como objetivo principal, a
aprendizagem dos alunos, seja eles autistas ou não. Portanto, pretendo ressaltar nesse trabalho o
aluno com TEA (transtorno do espectro autista), este assim como os demais alunos, possui suas
limitações e particularidades. Entretanto esse aluno necessita de uma atenção mais diferenciada,
acolhimento e sensibilidade por parte do professor. O professor como mediador de
conhecimentos, responsável por acolher esse aluno, necessita de suporte (teóricos e
metodológicos) e políticas educacionais que sejam pensadas e desenvolvidas na melhoria do
repasse do ensino aprendizagem. Deste modo, é preciso estabelecer uma relação mútua entre
Estado, professores, núcleo gestor, família para que o auxilie no contexto desafiador da sala de
aula, e possa o ajudar a exercer seu papel de forma a beneficiar o aluno autista e todos de modo
geral.
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Segundo Agência Senado, a Lei 13.146/15 de 06/07/2015, que tem como objetivo garantir
os direitos das pessoas com deficiência. Foi apresentado pelo senador Paulo Paim (PT-RS) foi o
principal responsável por iniciar o debate da LBI no Congresso Nacional, há 15 anos, quando
ainda era deputado federal. Ao chegar ao Senado, ele reapresentou a proposta, que acabou
resultando na Lei 13.146/2015. Segundo seu artigo:

Art. 8º É dever do Estado, da sociedade e da família assegurar à pessoa com deficiência,


com prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à sexualidade, à
paternidade e à maternidade, à alimentação, à habitação, à educação, à
profissionalização, ao trabalho, à previdência social, à habilitação e à reabilitação, ao
transporte, à acessibilidade, à cultura, ao desporto, ao turismo, ao lazer, à informação, à
comunicação, aos avanços científicos e tecnológicos, à dignidade, ao respeito, à
liberdade, à convivência familiar e comunitária, entre outros decorrentes da Constituição
Federal, da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo
Facultativo e das leis e de outras normas que garantam seu bem-estar pessoal, social e
econômico.

Portanto, o dever tanto do estado quanto da escola é promover políticas educacionais,


voltadas para a capacitação de professores, para que esse possa de forma segura receber o aluno
com TEA em sala de aula. Diante do contexto escolar pelo qual faço parte, quero aqui evidenciar
esse aluno, e mostrar como estão as práticas da disciplina de História, a inclusão desse aluno na
comunidade escolar da escola Francisco Rufino, no município de Novo Oriente – CE.
Diante de observações e situações vivenciadas no ambiente escolar, procuro de maneira
cautelosa apresentar como a inclusão do aluno com autismo está sendo realizada na escola
Francisco Rufino e qual o papel do professor de história diante desse aluno com autismo? Quais
os métodos e práticas pedagógicas utilizado pelo professor nas aulas de história? Como é feita a
inclusão desse aluno? Esse professor estar sendo capacitado para essa nova realidade?
Tendo em vista e acompanhado o dia a dia do ambiente escolar, do qual componho o
corpo docente, pude vivenciar muitas das questões que envolvem o aluno com Transtorno do
Espectro Autista. Essa inclusão, da qual tanto ouvimos falar, está sendo aplicada? O professor
vem sendo capacitado para receber e lidar com esse aluno? Que políticas públicas o município
vem desenvolvendo na capacitação de professores? Mediante tantas perguntas a serem
respondidas, posso aqui salientar o que já pude vivenciar com relação a essas questões, na escola
Francisco Rufino, boa parte do corpo docente da escola vem realizando seus trabalhos, de
maneira a promoverem a inclusão do aluno com autismo. Seja através da ajuda do apoio de sala,
que tem como finalidade dá um suporte ao aluno, tanto nas questões que envolva as atividades
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escolares. Procurar responder a tantas questões e a partir de estudos e pesquisas compreender


como se dar esse processo de inclusão no âmbito escolar, a relação professor a aluno, o ensino de
História para com o aluno autista, é dos principais objetivos desse trabalho.
O ambiente de sala de aula é uma das problemáticas pela qual, necessitamos entender
como se dar esse ensino, levando em consideração o papel do professor de História, como sujeito
mediador do conhecimento, responsável na formação de pessoas críticas, e conscientes da
sociedade em que vivem. Buscar entender que esse professor, em sua grande maioria não tem
uma formação adequada para estar recebendo e lidando com o aluno autista, que não há
mecanismos e preparo qualificado, na formação do docente capaz de lhes oferecer um suporte
verdadeiramente eficiente e capaz de facilitar a relação professor aluno.
Portanto, é de grande necessidade que se pense e elabore políticas públicas, que visem
estratégias e suporte adequado para formação continuada desse professor. É interessante
entendermos, quais os recursos didáticos estão sendo utilizados na escola. A adequação do
conteúdo vem sendo realizada no nível de conhecimento do aluno, e sendo repassada
gradualmente, para que ele possa absorver o máximo possível do conteúdo. Respeitando suas
limitações. Envolve o aluno nas discussões de sala de aula, proporcionar momentos que o
possibilite participar da aula.
A escola Francisco Rufino no seu ambiente escolar, possui cerca de sete alunos com
diagnósticos de TEA. Os laudos apresentados foram diagnosticados em crianças do 1° ano até 6°
ano do fundamental I E II, com uma prevalência do sexo masculino. Os níveis de autismos
apresentados nos laudos são: CID F-842.0 autismo infantil, onde caracteriza-se da seguinte forma:
grupo de transtornos caracterizados por alterações socias recíprocas e modalidades de
comunicação e por um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Em
outros casos relatados e apresentado laudos pela psicóloga que acompanha a escola, a CID F-84.0
vem acompanhada e apresenta características da CID F90- Transtorno hipercinético que é
conhecido como Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH), e da CID F72-
Retardo mental grave. Um grande desafio, que vem sendo aos poucos superado e trabalhado,
junto à coordenação pedagógica e o corpo docente, quando me refiro em superação essa escola

2
O DATASUS define o CID F84 da seguinte forma: “Grupo de transtornos caracterizados por alterações qualitativas
das interações sociais recíprocas e modalidades de comunicação e por um repertório de interesses e atividades
restrito, estereotipado e repetitivo”.20 de abr. de 2022
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está sempre em busca de se adequar de forma positiva com a realidade do aluno. Construindo um
ambiente escolar acolhedor, prazeroso e inclusivo: Através de acolhimento das famílias,
promovendo momentos de conscientização dos alunos, promovendo a socialização do aluno em
sala de aula, sempre buscando trazer esse aluno a participar da aula. Promovendo a inclusão seja
ela realizada com conteúdo de sala, ou de maneira lúdica. Através de momentos descontraído,
com brincadeiras, que envolva o discente e dessa forma todos possam, estar presentes e
participando.
O acompanhamento psicológico é outro fator importante, vendo sendo realizado
mensalmente, através de uma psicóloga, essa profissional visita a escola, onde por meio de
atendimentos individuas, procura acompanhar tanto o aluno, quando a família. É elaborado todos
os meses um planejamento, onde os apoios de sala participam. Esse encontro tem como principal
finalidade, a elaboração de ações e recursos pedagógicos para uma melhor adaptação na maneira
de atender esse público, buscando melhorar o nível de aprendizado do aluno. Dessa maneira, as
ações pensadas, definidas e concretizadas foram: planejamento de acordo com nível de
aprendizado do aluno, materiais pedagógicos que auxiliam o seu desenvolvimento, como jogos,
conteúdo adaptado para especificidade de cada um. A coordenadora pedagógica acompanha o
trabalho, e as ações que são direcionadas para serem realizadas em sala de aula, onde o professor
e o apoio pedagógico são encarregados de executarem no ambiente de sala de aula, ficando a
critério de o professor estabelecer e utilizar, recursos pedagógicos que possam vi de encontro à
necessidade do aluno.
Em virtude do que foi mencionado, a inclusão do aluno autista na escola é um tema
bastante importante e que exige um cuidado especial por parte dos educadores. É importante
compreender que o autismo é um transtorno do desenvolvimento que afeta a comunicação, a
interação social e o comportamento. A inclusão do aluno autista na escola é um processo
contínuo e que exige diálogo constante entre educadores, a família e os especialistas na área. Ao
adotar práticas inclusivas e respeitar as necessidades do aluno autista, é possível proporcionar a
ele uma experiência educacional positiva e enriquecedora.
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4 OBJETIVO
4.1 Objetivo Geral
Analisar as estruturas, metodologias e o papel pedagógico da escola Francisco Rufino
em relação ao aluno com autismo nas aulas de História, compreendendo o papel do professor
enquanto agente transformador do seu tempo em relação à inclusão e permanência desse aluno no
ensino fundamental II na cidade de Novo Oriente/CE, 2023.

4.2 Objetivos Específicos


1. Compreender as questões educacionais voltadas para inclusão de alunos autistas no ensino
brasileiro de educação, fazendo relação com o contexto educacional da escola Francisco Rufino
de Novo Oriente/CE.
2. Analisar a formação e capacitação dos professores de História para o aprimoramento da
inclusão e trabalho metodológico com alunos diagnosticados com o transtorno do espectro
autista.
3. Problematizar as metodologias de ensino e recursos didáticos utilizados nas aulas da disciplina
de história para crianças com autismo.

5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Os debates metodológicos da atualidade apontam para a necessidade de analisar os
elementos constitutivos da aprendizagem: o poder da palavra - a força da narrativa
escrita e das informações dos meios de comunicação com seus “efeitos de realidade”; o
poder das coisas - objetos, paisagens, museus; o poder das representações culturais -
filmes, peças de teatro, músicas; o poder das atividades escolares socializadas - jogos,
pesquisas, trabalhos coletivos, experiências. Trata-se de métodos de ensino que visam
uma formação escolar histórica sob a concepção de uma aprendizagem para a autonomia
intelectual. (BITTENCOURT, 2019, p.166).

O protagonismo em sala de aula, diante da visão de Circe Bittencourt, tem como


protagonista o aluno, com toda sua inclusão e participação ativa, nas atividades que contribuirão
na formação de um sujeito crítico e consciente do papel que exerce na sociedade. Para a escritora,
é necessário que o ensino de História tem uma maior dimensão histórica, nessa perspectiva possa
se construir um pensamento histórico, focalizando no real sentido entre passado e futuro. Traga
reflexões que o possibilite, despertar seu senso crítico e social, dessa forma que o ensino e
inclusão possa de fato acontecer.
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Nesse sentido, o ensino de história deve ser interdisciplinar, relacionando-se com outras
disciplinas em sala de aula. Para que dessa forma possa despertar a curiosidade do aluno, é
necessário que se utilize outras fontes históricas, como documentos, fotos, músicas e obras de
arte. O uso de meios diferenciados, leva o aluno ao um outro contexto social, relacionado ao
passado, para que dessa forma ele possa compreender as mais variadas perspectivas da história.
Para isso, é importante incentivar a participação ativa dos alunos em atividades
interativas e colaborativas que possam ampliar sua percepção da história como um fenômeno
social e cultural em constante transformação. A inclusão do aluno autista nesse ensino deve
acontecer de maneira semelhante aos demais alunos, contudo, respeitando seu tempo e espaço.
Os objetivos do ensino de história, segundo as legislações educacionais como os PCN s3 e
BNCC, “pretendem contribuir para a constituição de identidades culturais e sociais diversas e tais
intenções proporcionam debates sobre métodos de aprendizagem de histórias dos
afrodescendentes, de populações indígenas, de imigrantes, de mulheres, de jovens e de crianças”
(BITTENCOURT. 2019, p. 166. Partindo desse entendimento, é importante salientar que o aluno
com (TEA) assim como os demais discentes, tem o direito a um ensino de história, onde possa de
forma substancial contribuir para sua formação como sujeito histórico e crítico de seu tempo.
Vejamos o que aponta Teixeira,

Cremos que agindo em prol de uma educação inclusiva que tem, fundamentalmente,
como objetivo desenvolver as habilidades cognitivas dos alunos que apresentam e
enfrentam desafios não somente de sociabilidade, mas também de compreensão da
realidade que os cercam no tempo e no lugar em que vivem permeados pela égide e dos
Direitos Humanos para que possam se construir como sujeitos críticos às invisíveis que
se apresentam a estes, entre elas a mentalidade colonizada. (TEIXEIRA. 2020, p. 37).

Dessa forma, na presente pesquisa, buscaremos compreender o conceito de educação


inclusiva, entendida como um processo que busca promover o acesso, a participação e a
aprendizagem de todos os alunos, independentemente de suas diferenças, limitações ou
necessidades, valorizando e respeitando sua diversidade. Ela se baseia no princípio de que todas
as crianças e jovens têm direito a uma educação de qualidade e a um ambiente escolar acolhedor,
que promova o desenvolvimento de suas potencialidades e lhes permita participar ativamente da
vida em sociedade, assegurados na Constituição Cidadã de 1988.

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Os Parâmetros Curriculares Nacionais, mais conhecidos como PCN, é uma coleção de documentos que compõem a
grade curricular de uma instituição educativa.
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A educação inclusiva implica em ajustar ou adaptar a metodologia, os recursos


pedagógicos, as estratégias de avaliação e o ambiente físico da escola, de forma a atender às
necessidades de todos os alunos, favorecendo assim sua inclusão e sua participação plena na
escola e na comunidade. Isso envolve a colaboração e o engajamento de toda a comunidade
escolar, incluindo professores, alunos, pais, gestores e profissionais de apoio. Portanto, em
concordância com o conceito acima, reafirmo que a inclusão do aluno autista se dá por meio de
processos e desafios, que visam proporcionar ajuda mútua a esse aluno. Com forte propósito de
oferecer uma educação pautada, na melhoria de vida e na sua sociabilidade, partindo do contexto
social em que estão inseridos, seja em sua comunidade escolar, bairro ou cidade. Devemos,
portanto, trabalhar a inclusão educacional sempre trazendo o lugar do afeto. Deste modo,
segundo Mantoan (1984), a promoção da aprendizagem de uma criança autista põe à prova os
recursos e as habilidades de um professor, cuja principal função deve ser sempre o de facilitar o
processo de ensino-aprendizagem, mediante a sua prática pedagógica com os alunos autistas.
Na educação inclusiva, o lugar do afeto é fundamental, pois o ambiente escolar deve ser
acolhedor, amigável e empático, tanto com relação a alunos com necessidades especiais quanto
aqueles que não têm deficiências. O afeto é o elemento chave principal para criar um ambiente de
confiança mútua, facilitando a aprendizagem e o desenvolvimento social e emocional do aluno.
É fundamental, portanto, que aprendamos a observar o contexto social que estão inseridos.

Na sala de aula o que determina a conduta a ser adotada é a observação atenta do


estudante, estratégia que possibilita identificar quais são os seus interesses e como, a
partir disso, estabelecer objetivos e abordagens para o ensino dos conteúdos
estabelecidos pelo currículo. Estudantes com grau leve de autismo geralmente não
apresentam limitações cognitivas, ou seja, conseguem compreender conteúdos
complexos e articulam os conteúdos de ensino a experiência vivida. (BRAGA, 2022, p.
9).

É importante que o docente, fique atento para identificar os métodos e estratégias que
melhor se adeque aos estudantes como todo, mais em especial ao aluno com autismo. Através da
observação atenta e do direcionamento de profissionais interdisciplinares como psicopedagogos e
psicólogos, será possível adequar o conteúdo de forma a beneficiar a aprendizagem do aluno.
Trazer situações vivenciadas por esse aluno, e através disso contextualizar o conteúdo de sala
com as experiências do dia-a-dia, em que ele compartilha. O ensino de História é encarregado da
12

formação de um sujeito crítico, conhecedor de seu papel na sociedade e ciente de sua identidade
cultural, já dizia Guimaraes Rosas, “Assim, como disciplina escolar, seu papel central é a
formação da consciência histórica dos homens, possibilitando a construção de identidades, a
elucidação do vivido, potencializando a intervenção social, a práxis individual e coletiva”
(GUIMARÃES, 2012, p. 144).
Mediante os conceitos mencionados acima, pretendo ressaltar neste trabalho a
problemática que envolve o ensino de História e a inclusão do aluno autista. Os caminhos pelos
quais, professores e alunos precisam caminhar juntos. A afetividade, o respeito e a inclusão como
ponto de partida, nessa longa jornada. Em seu trabalho de dissertação, Moisés Pires (2020)
aborda que “a escola é o lugar do encontro, das relações mútuas, da construção do conhecimento
e da prática do ensino” (p. 1). Assim, as relações de ensino aprendizagem, os conhecimentos
adquiridos com qualidade e respeito às particularidades de cada um, as trocas de saberes que
ocorre com essas relações de afetividade e empatia, deve orientar este ensino inclusivo.
Ainda em Moisés Pires (2020), seu trabalho que apontam a inclusão como questão
fundamental nas escolas. Ele menciona que:
Sendo assim, pensamos em uma inclusão educacional que têm como objetivo,
fundamentalmente, desenvolver as habilidades cognitivas dos alunos que apresentam e
enfrentam desafios não somente de sociabilidade, mas também de compreensão da
realidade que os cercam no tempo e no lugar em que vivem, ou seja, como sujeitos
capazes de pensar e de situar historicamente. (TEIXEIRA, 2020, p. 1)

A escola torna-se um ambiente, do primeiro contato em grupo extra família, desse aluno.
Um local de experiências e troca de aprendizado, a partir desse primeiro contato social, ele
começa a criar relações de convívio em grupo. Ao se sociabilizar com outras pessoas,
possibilitará superar os desafios impostos no meio em que ele vive. Maria da Luz aponta que:

Essa é a realidade que vivemos hoje e a escola acaba se tornando a nossa primeira
experiência social. Lá se aprende a viver e a conviver em grupo, a desenvolver funções
em equipe, a criar amizades e vínculos, a socializar e mostrar as qualidades e aptidões,
caminhar sozinha, seguir regras e desenvolver tarefas. (OLIVEIRA, 2016).

Essa caminhada a qual ela fala, é fundamental na construção e na inclusão do aluno com
(TEA), pois o possibilitará adquirir autonomia e segurança ao longo não só no contexto escolar,
mais em sua trajetória de vida. Os trabalhos de Moisés Pires Pereira (2020) intitulado como
“Formação continuada de professores: o ensino de História numa perspectiva de inclusão”. A
13

obra escrita por Adriana de Carvalho Alves Braga (2022) tendo como tema abordado “Ensino de
História para estudantes com deficiência e Transtorno do Espectro Autista: derrubando barreiras
de acesso ao conhecimento. E ainda o trabalho de Flávio Aparecido de Almeida (2021), no livro:
Ensino de História: história, memórias, perspectivas e interfaces, que aborda, a partir de relatos
de experiências, a inclusão de alunos autistas nas aulas de história, nos dimensionam recursos
teóricos basilares para a construção do nosso objeto de pesquisa. Portanto, estes trabalhos
apontam para as problemáticas que envolvem o ensino de história para alunos autistas, cuja
inclusão no ambiente escolar passa também pela necessidade da formação continuadas dos
professores e pela elaboração de sua prática pedagógica. Segundo o trabalho da Therezinha
Guimarães e Teófilo Alves,

A formação dos profissionais de ensino, porém, de maneira geral, não se esgota na fase
inicial, por melhor que essa tenha se processado. Para aprimorar a qualidade do ensino
ministrado pelos profissionais de ensino em geral, nas escolas regulares, atenção
especial deve ser atribuída também à sua formação continuada, de acordo com os
princípios de atenção à diversidade. (MIRANDA, GALVÃO,2021).

Deste modo, a organização e o estudo realizado, através da elaboração desse projeto


visam contribuir na melhoria de ações que possam auxiliar e esclarecer acerca da temática do
ensino de história a alunos autistas na escola Francisco Rufino de Novo Oriente CE.

6 METODOLOGIA
Este trabalho baseia-se, em questões que surgiram a partir de inquietações do âmbito
escolar, inclusão e ensino. A metodologia abordada tem como premissa a valorização da
diversidade e a promoção do aprendizado com base nas diferenças individuais dos estudantes.
Isso implica em criar um ambiente educacional que acolha a todos, independentemente de suas
necessidades e características pessoais. Para atingir essa meta, é importante o uso de práticas
pedagógicas que respeitem a singularidade de cada aluno, estimulando seu desenvolvimento
cognitivo, emocional e social.
A metodologia utilizada visa estabelecer ponto importante para cumprimento do estudo
relacionado ao tema, inclusão e ensino. Já dizia Barros (2005) o projeto de pesquisa deve ser,
naturalmente, um instrumento flexível, pronto a ser ele mesmo reconstruído ao longo do próprio
caminho empreendido pelo pesquisador. Através dessa construção, de novos caminhos a serem
14

alcançados no contexto escolar, é interessante que o pesquisador estejam sempre dialogando com
o objeto de estudo. Com base em estudos qualitativos acerca do tema abordado, e com base no
que Eco (2007) aponta, o uso do traço qualitativo busca apreender não só a compleição dos
fenômenos como também suas essências, procurando explicar sua origem, relações e mudanças
ou continuidades. Portanto, dentro do escopo de nossas inquietações, trataremos com uma
abordagem qualitativa, tendo em vista as especificidades de nossa problemática e objetivos.
Este trabalho terá como tipologia de fontes: a observação empírica das aulas registradas
num caderno de campo, os laudos médicos e questionário aplicado na escola em análise. Estes
laudos são assinados por profissionais da psicologia. Onde descrevem a CID4 que caracteriza o
discente, e a partir disso descrever a melhor maneira de acompanhar a vida escolar e social do
aluno. Optou-se metodologicamente por censurar o nome dos estudantes por entendermos não
haver prejuízo quanto as análise e exploração do tema.
Esses laudos especificam o grau da CID, que cada aluno possui. Descrevendo suas
especificidades e características específicas. São exemplos desses laudos, as imagens abaixo:

Figura 01 e 02 – Laudo e Atestados Médicos

4
Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde. A Classificação Internacional de
Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID) é uma das mais importantes ferramentas epidemiológicas
utilizadas diariamente por médicos.
15

Fonte: Escola Francisco Rufino, Novo Oriente/CE

As imagens dos laudos acima descrevem exatamente as particularidades que cada aluno
possui. No primeiro caso ele destaca: “há risco de regressão dos marcos neurocognitivos e do
desenvolvimento neurológico global em caso de ausência de acompanhamento multidisciplinar”.
Já no segundo caso ele descreve: “matrícula em instituição de ensino e modalidade de adaptação
inclusão escolar, incluindo a presença de acompanhamento terapêutico ou acompanhamento
pedagógico”. O acompanhamento neurológico, a questão do prejuízo na interação social, atraso
na linguagem, baixa contato visual, episódios de agitação psicomotora, repetições fonêmicas,
alterações comportamentais, caracterizado por comportamentos hiperativos, e manifestações
neuropsiquiátricas (agitação psicomotora, irritabilidade). Os laudos ainda deixam claro, a
necessidade desse aluno ter uma equipe multidisciplinar, que é composta por os seguintes
profissionais: psicólogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, psicopedagogo e pediatras.
Contudo, ainda será utilizado como fonte o questionário online elaborado para atender as
expectativas da problemática. Esse questionário terá como foco principal de amostragem os
professores que estão lotados em sala de aula e que lesionam a disciplina de História. Uma série
de questões que visam procurar compreender a visão do professor acerca da inclusão do aluno
autista, os desafios encontrados por ele e sua metodologia em sala de aula. Compreendemos
portanto que a construção social, em torno de didáticas que proporcione ao aluno optar por suas
próprias escolhas é fundamental nesse processo de inclusão, já dizia Max Weber (2012), a
postura construcionista é heterogênea, mas sempre inclui: (1) a consciência de que o sujeito
cognoscente intervém ativamente no processo de conhecimento, o que, em certos casos, é
encarado como a presença necessária do elemento subjetivo na pesquisa científica. Essa postura
reconhece que o conhecimento está sempre em construção, e que é influenciado tanto pela
subjetividade do pesquisador quanto pelas condições históricas, culturais e políticas em que a
pesquisa é realizada.

O passado só pode ser entendido a partir do presente: o historiador pertence à sua


própria época, à qual está vinculado, e seu instrumento de trabalho mais evidente ao
construir suas sínteses, isto é, a linguagem natural, na forma em que a emprega, também
pertence inescapavelmente à sua época, ou seja, o uso da linguagem nega-lhe, então, a
“neutralidade”, razão pela qual não existiria uma verdade histórica de todo “objetiva”
(CARDOSO, 2011).
16

Partido desse ponto específico, compreendemos que o trabalho parte sempre de questões
que envolvem o contexto social em ele está sendo escrito, a linguagem utilizada pode ser
moldada pelo seu tempo e pode ser subjetiva. Nesse contexto, entendemos que tanto sociedade e
seres socias, no caso professores e alunos, vivem em constante transformação, sejam elas acerca
do aprendizado, crescimento enquanto sujeito histórico e crítico. O questionário desenvolvido e
aplicado aos professores trará questões objetivas e subjetivas como:

Quadro 01 – Modelo preliminar de questionário


QUESTÕES SUBJETIVAS QUESTÕES OBJETIVAS

1. Como você percebe a inclusão de crianças portadoras do 1. Metodologias diversificadas


autismo no contexto escolar? são importantes? Sim ou Não
2. Qual o papel dos professores de história no decorrer do 2. Você recebeu capacitação
processo de inclusão? para lidar com esse público? Sim
3. Quais desafios encontrados durante o processo de ou Não
inclusão dos autistas? 3. Você acha importante a
4. Quais as potencialidades encontradas durante o processo inclusão nas escolas? Sim ou
de inclusão do autista no ensino de história? Não
5. Que metodologias específicas vocês utilizam na sala de
aula pra lidar com os alunos autistas?
6. Existe alguma assessoria da escola sobre seu trabalho e
atender as demandas desses alunos?
7. Como é sua comunicação com o aluno autista?
8. Como ele desenvolve as atividades propostas dentro de
sala?
Fonte: Elaborada pela autora

Gil (1999, p.128) destaca que o uso do questionário “como a técnica de investigação
composta por um número mais ou menos elevado de questões apresentadas por escrito às
pessoas, tendo por objetivo o conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos, interesses,
expectativas, situações vivenciadas etc.” Portanto, utilizamos o questionário com evidência desse
processo de compreensão desses professores de história sobre a inclusão do aluno com
Transtorno do Espectro Autista.
Trataremos também, aliado aos laudos médicos e ao questionário, de assistir as aulas dos
professores durante o segundo semestre de 2024, a fim de visualizar sua prática e problematizar
17

com seu discurso respondido no questionário. Nessa observação, utilizaremos o diário de campo
por este se constituir como ferramenta de intervenção ao provocar reflexões sobre a experiência
de pesquisa e das determinações em relação ao planejamento, desenvolvimento e método de
análise (WEBER, 2009). Este, nesse sentido, possibilita um processo de imersão no campo-tema
da pesquisa, figurando não apenas como registro, mas produzindo observações a partir das
experiências vivenciadas em sala de aula, capaz de produzir reflexões que fundamentaram nossa
análise. Contudo, abordaremos também as leis, criadas e aprovadas, que garantem os direitos da
pessoa autista e sua inclusão tanto em ambiente escolar, quanto na sociedade como todo.
Em suma a inclusão, do aluno com Transtorno do Espectro Autista, em ambiente de sala
de aula, possibilita ao professor, adapta-se a uma nova realidade escolar. Para que dessa maneira
avalie suas metodologias e práticas de ensino. É necessário que se tenha um ambiente, que possa
oferecer condições favoráveis a esse aluno, contar com o apoio pedagógico e psicológico
especializado, para que dessa maneira a inclusão se torne efetiva e acolhedora. Assim sendo, é
necessário que cada vez mais, as politicas de ensino, sejam voltadas para a capacitação de
profissionais da área da educação. Escolas e profissionais, possam a cada, estarem preparados e
capacitados para lidarem com inclusão de alunos e outras necessidades especiais.

7 CRONOGRAMA
1° semestre/ Jan Fev. Mar Abr. Maio Jun.
2023
Leituras e x x
fichamentos
Leituras x x
fichamentos e
projeto
2° semestre/ Jul. Ago. Set Out Nov. Dez
2023
Sumário x
Análise das fontes x x
Capítulo 1 x x
18

Capítulo 2 x x
Capítulo 3 x
1° semestre/ 2024 Jan Fev. Mar
Capítulo 3 x
Introdução e x
conclusão
Apresentação do x
tcc
19

8 REFERÊNCIAS

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teórico / José D'Assunção Barros. 10. ed. - Petrópolis, RJ, editora: Vozes, 2015.

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MANTOAN, M. T. E. Caminhos pedagógicos da inclusão: como estamos implementando a


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(Mestrado em ensino de História) Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. 2020.

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campo? Horizontes Antropológicos, 15, 2009. p. 157-170.

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