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CURSO DE HISTÓRIA
Anajatuba
2019
JONAS SOUSA LIMA
Anajatuba
2019
JONAS SOUSA LIMA
Banca Examinadora:
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Prof.ª Patrícia Santos
Orientadora
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1º Examinador
_______________________________________________
2º Examinador
Conceito: _________________________________
Este trabalho é dedicado à minha mãe Maria Raimunda Sousa Lima e meu pai
João Lima que nunca desacreditaram de mim e se esforçaram de maneira
indiscutível para me oferecer as melhores condições para que chegasse ao final
desse curso.
AGRADECIMENTOS
A Deus por ter me dado forças e iluminando meu caminho para que pudesse
concluir mais uma etapa da minha vida.
Agradecer aos meus amigos e familiares, pelo carinho e atenção durante toda
esta jornada.
“A responsabilidade dos estudos recai sobre os
pais, os professores e sobre o filho-aluno. É
uma responsabilidade partilhada”.
(Cervera, 2005).
RESUMO
This monograph shows the history taught in elementary school. It draws from a vast
bibliographical research that the school context has a multiplicity of pedagogical
actions that value the student. Progressive educational practices are pertinent, as
they consider the subject and its history. The production of knowledge comes from
historical subjects. Valuing the narratives of the life histories of the students and
teachers as a methodology is a possibility to extend this new perspective in relation
to the understanding of reality in the dimension of the popular conception. These
elements are extremely important in the production of knowledge and in the
constitution of practices. The act of listening is the basis of the possibility of dialogue.
Respecting life stories is a democratic act in the teaching authority. The pedagogical
practice constituted from the methodology of the narratives has the listening as
important to start from the quotidian, from the reality of the common people, who are
subject of history and produce history. Respect for the learner is one of the
pedagogical premises that guarantee the democratic process in the production of
knowledge. The act of teaching involves not only the teacher as a teacher, but also
the student as an important element in the reciprocity of the act of learning from both.
It is considered, then, that the teaching of History involves relations and
commitments with the historical knowledge, of scientific character, with reflections
that are processed at the pedagogical level and with the construction of a social
identity by the student, related to the inherent complexities with the reality that
coexists.
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................10
2. COMO ENSINAR HISTÓRIA........................................................................11
2.1Produzindo Conhecimentos.........................................................................12
2.2 Os Objetivos e os Conteúdos Ensinados.....................................................13
3. O Ensino de História nas séries iniciais do Ensino
Fundamental.................................17
4. O ENSINO DE HISTÓRIA NOS PCN’s...........................................................21
4.1 Transformações no Ensino de História........................................................23
4.2 Elementos Metodológicos e Pedagógicos nos PCNs...................................25
5. ENSINANDO HISTÓRIA E CONHECENDO O ALUNO.................................28
5.1 Democracia na Educação.............................................................................31
CONCLUSÃO.............................................................................................................32
REFERÊNCIAS..........................................................................................................35
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1 INTRODUÇÃO
Dessa forma, a escola não apenas reproduz, mas produz, e assume o papel de
“socializadora / produtora de conhecimentos. ” (LOPES, 1999, p. 218).
europeia, tendo sido, aliás, tomada como baliza mais tarde para a composição da
História Nacional:
Assim, a história inicialmente estudada no país foi a História da Europa
Ocidental, apresentada como a verdadeira História da Civilização. A História pátria
surgia como seu apêndice, sem um corpo autônomo e ocupando papel
extremamente secundário. Relegada aos anos iniciais dos ginásios, com número
ínfimo de aulas, sem uma estrutura própria, consistia em um repositório de
biografias de homens ilustres, de datas e de batalhas.
Martins (2000, p. 34), em sua análise comenta que: Não causa estranheza
essa opção feita pelo imperador, ‘colando’ a história ensinada no Brasil ao modelo
francês de ensino. A língua francesa penetrava por todas as manifestações artísticas
e culturais da corte. As elites brasileiras não desprezavam o padrão cortês francês.
Para a elite que estava preocupada com o ensino secundário, sua perspectiva
era a de que, por meio dele se formariam os novos quadros do poder político. Assim,
o ensino secundário seria fundamental para a formação dos quadros burocráticos do
Estado. E foi justamente nestes cursos que efetivamente se estruturou e se colocou
em prática as disciplinas históricas.
E foi com a criação do Colégio Pedro II, em 1837, que estas questões
puderam ser observadas claramente, pois a História como disciplina do ensino
secundário se efetivou e foi tornada obrigatória depois da criação desta instituição.
Criado sob a influência do pensamento liberal francês, o Colégio foi durante várias
décadas o estabelecimento padrão do ensino secundário.
Abud (2002, p. 29-30) destaca que:
No mesmo ano em que foi criado o Colégio D. Pedro II foi criado o Instituto
Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB). Enquanto aquela escola fora criada
para formar os filhos da nobreza da Corte do Rio de Janeiro e prepará-los
para o exercício do poder, cabia ao IHGB construir a genealogia nacional,
no sentido de dar uma identidade à nação brasileira (...)
Nesse momento” em que o Brasil se estruturava como nação, após a
Independência de 1822, a História acadêmica e a História disciplina escolar se
confundiam em seus objetivos, pois a nacionalidade era a grande questão posta à
sociedade brasileira. (...) assim, a história que deveria ser transmitida no ensino
secundário, até 1930, deveria partir das elaborações dos programas feitos pelos
professores catedráticos do Colégio D. Pedro II, normalmente em concordância com
os acadêmicos do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
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A disciplina viria a “... reforçar e instituir uma memória na qual a história serve
de legitimadora e justificadora do projeto político de dominação burguesa, no interior
da qual a escola secundária foi um dos espaços iniciais de formação da elite cultural
e política que deveria conduzir os destinos nacionais, em nome do conjunto da
nação” (NADAI, 1990, p. 25), ou seja, o ensino foi objeto de uma seleção, a qual não
era ingênua, com finalidades e objetivos específicos estabelecidos por aqueles que
o elaboraram.
A interação alcançada por estas duas instituições vai ser lembrada por Abud
(2002, p. 30): A ligação entre as duas instituições era profunda. Os membros do
IHGB eram professores do D. Pedro II. E as resoluções do IHGB sobre a História
afetavam grandemente a instituição escolar, cujos lentes eram responsáveis pela
elaboração os programas. O Pedro II e o IHGB representavam, na segunda metade
do século XIX, as instâncias de produção de um determinado conhecimento
histórico, com o mesmo arcabouço conceitual e problematização.
Conforme Nadai (1993, p.146), o ensino no Colégio Pedro II, o sistema de
ensino de modo geral e a produção historiográfica que se fazia no Brasil foram
profundamente marcados pela influência francesa e, para a disciplina de História,
representou a adoção de traduções de compêndios franceses e, na falta desses,
apelava-se para os próprios manuais franceses.
O ensino secundário, destinado a uma elite, trazia no ensino de História, em
suas duas versões, História Universal ou História da Civilização, exposto com nitidez
o seu objetivo: introduzir e identificar os jovens da elite brasileira com o mundo
civilizado moderno e capitalista. (BITTENCOURT, 1993, p. 208)
A História, para esta elite, tinha então esta finalidade, que entendia a
necessidade de superação de um currículo humanístico, tido como fator de “atraso”
do país, para a implantação de um currículo “científico”, o que, porém, só irá
acontecer “no final do século XIX, quando efetivamente iniciava-se o processo de
industrialização em uma sociedade que se urbanizava, quando surgiram grupos de
intelectuais preocupados em transformações mais amplas nos setores econômico e
político. ” (BITTENCOURT, 1993, p. 198).
O ensino de História, elencado junto às “humanidades”, serviu, segundo
Soares (2002, p. 30) “de instrumento e estratégia para a formação de um imaginário
que tentava fundamentar a noção de pátria”, ancorado nas ideias positivistas que
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ou deixa de ensinar e o que o aluno aprende e deixa de aprender, vai além do que
está prescrito.
Para Zamboni (1993),
O objetivo fundamental da História, no ensino de primeiro grau (ensino
fundamental), é situar o aluno no momento histórico em que vive... O
processo de construção da história de vida do aluno, de suas relações
sociais, situado em contextos mais amplos, contribui para situá-lo
historicamente, em sua formação intelectual e social, a fim de que seu
crescimento social e afetivo desenvolva-lhe o sentido de pertencer
(ZAMBONI, 1993, p. 7).
A proposta dos PCNs está dividida em duas partes, de modo que: no primeiro
ciclo, a proposta privilegia, assim, a leitura de tempos diferentes no tempo presente,
em um determinado espaço, e a leitura desse mesmo espaço em tempos passados.
Enquanto, no segundo, sugere estudos sobre histórias de outros espaços em
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CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
OLIVEIRA, Sandra Regina Ferreira de. O ensino de história nas séries iniciais :
cruzando as fronteiras entre a história e a Pedagogia. História & Ensino.
Londrina.V.9. p.259-272, out.2003.
ZARTH, Paulo Afonso. Notas para Estudo do Tempo. In: CALLAI H. Copetti e
ZARTH, A Paulo. (orgs.) Os conceitos de espaço e tempo na pesquisa em
educação. Ijuí: Ed. UNIJUÍ, 1999.