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ELAYNE PIRES SOUZA DO CARMO

RA: 8175584

PORTFÓLIO:
4º Ciclo de Aprendizagem

Disciplina:

Fundamentos e Métodos do Ensino de Ciências da Natureza e Humana

Professor Responsável: Karina Elizabeth Serrazes

Tutor(a): Maria Auxiliadora Bernabe de Freitas

2022
1. INTRODUÇÃO
Por muito tempo o ensino das disciplinas envolvidas nas áreas de Ciências da
Natureza e Ciências Humanas não eram foco nos currículos das escolas tradicionais,
sendo o seu ensino disponibilizado mais comumente aos filhos de famílias abastadas
economicamente, por professores particulares, e de acordo com os interesses
particulares de cada um.
A realidade do ensino das ciências de um modo geral ganha mais ênfase nas
escolas brasileiras, a partir da década de 1960, época na qual a Lei de Diretrizes e
Bases tornou o ensino de ciências obrigatório para todas as séries do curso ginasial.
Entretanto, predominava na época a metodologia de ensino tradicional pautada na
transmissão-recepção de conhecimentos, processo no qual o aluno era passivo e as
aulas predominantemente expositivas.
Diante desse cenários, os alunos não se viam como atores ativos no processo
de aprendizagem, nem se viam como agentes importantes no processo do fazer
ciência. Não refletiam sobre as tecnologias e conhecimentos naturais e sociais
existentes com o objetivo de intervir nessa realidade como agentes de transformação
social.
Tal visão foi se transformando ao longo dos anos até ganhar espaço a partir
dos anos 2000 com as teorias críticas da educação como áreas do conhecimento que
tinham caráter emancipatório e libertador, como tratada por autores como Paulo
Freire. Nesse sentido o papel das Ciências da Natureza e Humanas passam a ter um
formato mais reflexivo e contextualizado, partindo do conhecimento de mundo que os
alunos já trazem de suas vivências de fora da escola e refletem sobre elas,
problematizando, resinificando saberes e produzindo conhecimentos científicos.
Diante da importância social e científica que essas áreas tomaram ao longo dos
anos é que a Base Nacional Comum Curricular deu ênfase a elas, como relevantes
saberes para o desenvolvimento integral dos alunos, como elementos através do qual
estes podem conhecer o mundo físico e social e nele intervir, além de serem
ferramentas importantes para o desenvolvimento de habilidades de argumentação,
reflexão, noção de tempo, não só o cronológico, mas também o histórico, noções de
espaço, localização, além do desenvolvimento da cidadania, que é elemento central
no desenvolvimento humano, considerando a sociedade democrática de direito na
qual estamos inseridos hoje.
2. OBJETIVOS
Diante da relevância das áreas de Ciências da Natureza e Humanas, como já
demonstradas acima, o presente trabalho tem como objetivos compreender como se
dá o ensino dos componentes curriculares a elas relacionadas, tais como história,
geografia e ciências, nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
Ressalta-se que para o alcance do objetivo acima mencionado foram
observadas aulas na turma de 3º ano do Ensino Fundamental, turno vespertino, na
Escola Municipal de Ensino Fundamental Professor Raimundinho, localizada no
município de Marabá/PA.
Outro objetivo do presente trabalho seria contribuir, através da construção de
planos de aulas, para o ensino aprendizagem nessas áreas, a fim de favorecer
experiências didático-pedagógicas que estimulem a curiosidade sobre as realidades
social e física acerca da comunidade local.

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Para a construção do presente trabalho nos apoiamos nas normas legais
vigentes no Brasil acerca da educação, em especial na Base Nacional Comum
Curricular, que é um dos mais importantes instrumentos para que as escolas elaborem
seus projetos pedagógicos e construam seus currículos. No entanto, cabe ressaltar
que a norma em questão não se faz de observância obrigatória e impositiva, mas tenta
auxiliar na organização dos caminhos que se vão trilhar no ensino das áreas do
conhecimento e seus componentes curriculares. Sendo assim, a BNCC apresenta um
modelo para a organização das habilidades, mas que não é obrigatório.
A BNCC ao tratar dos anos iniciais do Ensino Fundamental se preocupa com
esse momento de transição da etapa da Educação Infantil para o início do Ensino
Fundamental, pois tem como objetivo a integração dos conhecimentos e a
continuidade dos processos de aprendizagem. Para isso, parte das experiências da
etapa anterior para o aprofundamento de conhecimentos. Nesse ponto, o professor é
importante articulador de estratégias para garantia da continuidade desse percurso,
sem contudo estabelecer uma ruptura que despreze as experiências prévias.
Portanto, nos anos iniciais do Ensino Fundamental o professor irá sistematizar
os conhecimentos trazidos da Educação Infantil, com vistas a proporcionar novas
experiências que desenvolvam novas formas de relação com o mundo, outras
possibilidades de olhar e interpretar esse lugar e essas relações, observando
fenômenos, sejam sociais ou naturais, formulando hipóteses e reflexões,
experimentando, testando, refutando ideias e chegando a conclusões, se
reconhecendo como sujeitos ativos na construção de conhecimentos.
Tratando especificamente da área de Ciências da Natureza, componente
curricular ciências, o trabalho do professor deve ser contextualizado, como já
mencionamos, com o uso de atividades lúdicas e recursos tecnológicos, que garantam
a aproximação das linguagens da ciência com o ambiente da sala de aula. Assim entra
em cena o letramento científico ou alfabetização científica.
Nesse aspecto, o Pacto Nacional Pela Alfabetização na Idade Certa – Ciências
da Natureza no Ciclo de Alfabetização, descreve a alfabetização científica como:
[...] um processo que deve articular: domínio de vocabulário,
simbolismos, fatos, conceitos, princípios e procedimentos da ciência; as
características próprias do “fazer ciência”; as relações entre ciência, tecnologia,
sociedade e ambiente e suas repercussões para entender a complexidade do
mundo possibilitando, assim, às pessoas, atuar, avaliar e até transformar a
realidade. (PNAIC 2015, CADERNO 8, p. 9)
Para que os alunos se tornem esses sujeitos ativos, produtores de
conhecimento o professor deve pautar-se em atividades que estimulem a curiosidade,
despertando o interesse investigativo. Sendo assim, a problematização assume
centralidade no processo de aprendizagem.
Assim, conforme Zabala (1998), é preciso que o professor crie situações de
conflitos que desestabilizem os conhecimentos prévios dos alunos, para criar
situações de aprendizagem que os façam refletir que os conhecimentos que tinham
por já totalmente explicados e encerrados possam ter novas formas de serem
concebidos e apresentados.
Nesse processo a problematização pode e deve se aliar as mais variadas
estratégias pedagógicas para alcançar o objetivo de desenvolvimento do aluno que
incide sobre sua realidade, tais como uso do livro didático, aulas experimentais em
laboratório e ambientes abertos, aulas expositivas, com o posterior favorecimento de
diálogo, debates, pesquisas, dentre tantos outros recursos.
Quanto a área de Ciências Humanas, a BNCC a divides nos componentes
curriculares de história e geografia, essa área tem como objetivo principal estimular a
contextualização do mundo através dos conceitos principais de tempo e espaço.
Nesse sentido, preocupa-se com os conhecimentos historicamente construídos e com
a valorização e respeito das diferenças socioculturais que são percebidas ao longo da
existência humana.
No ensino da geografia os alunos devem ser estimulados a relacionar o espaço
geográfico com o as construções históricas e as relações entre as sociedades e a
natureza, levando a reflexões sobre o sujeito ativo que é responsável por essas
transformações, sendo capaz de se identificar então como sujeito social ativo.
Nas anos iniciais do ensino fundamental essas noções serão introduzidas a
partir da reflexão sobre o cotidiano dos alunos, a fim desenvolver noções de
localização, características socioespaciais, distribuição e ocupação dos territórios, etc.
Assim, a geografia vai se ater ao estudo de relações sociais, culturais e também
físicas, podendo então o professor lançar mão de recursos como mapas, gráficos,
legendas, que sãos formas de representação do conhecimento geográfico
amplamente utilizadas para descrever o mundo, sendo assim parte importante do
ensino nessa etapa da escolarização.
A geografia contribui ainda, segundo o BNCC, para:
[...]a formação do conceito de identidade, expresso de diferentes formas: na
compreensão perceptiva da paisagem, que ganha significado à medida que,
ao observá-la, nota-se a vivência dos indivíduos e da coletividade; nas relações
com os lugares vividos; nos costumes que resgatam a nossa memória social;
na identidade cultural; e na consciência de que somos sujeitos da história,
distintos uns dos outros e, por isso, convictos das nossas diferenças. (BNCC,
2018, p.359)
Quanto ao componente curricular de história também serão trabalhadas as
relações sociais entre os seres humanos e destes com o espaço e a cultura, por um
olhar distinto do da geografia. Na história o elemento tempo é central para
compreensão dos fatos históricos e para desenvolver a noção de passado, presente
e futuro, fazendo reflexões conexas sobre esses tempos, a fim de refletir sociedade,
política, conflitos, pluralidade cultural, enfim, para desenvolvimento de capacidade
crítica.
Para os anos iniciais do Ensino Fundamental, essas noções serão introduzidas
partindo da própria cronologia biológica, para depois conectar essa ideia de passar do
tempo com eventos sociais, culturais e políticos relevantes para a construção das
relações sociais.
Como nessa fase as crianças ainda apresentam dificuldades para o manejo de
conhecimentos abstratos, o professor deverá partir da realidade mais próxima dos
alunos e depois ampliá-las para o mundo. Assim, pode por exemplo trabalhar sobre a
história das famílias, da escola, do bairro, da cidade, do estado, do país, e assim,
sucessivamente. Importantes recursos pedagógicos então, serão as pesquisas,
entrevistas com familiares e membros da comunidade, visitas a museus, bibliotecas,
acesso a livros históricos, etc. além de promoção de debates e diálogos sobre as
descobertas históricas dos alunos.

4. DESCRIÇÃO E ANÁLISE DAS ATIVIDADES REALIZADAS


Quanto a prática pedagógica, fomos a campo observar a ministração de aulas
das áreas de Ciência da Natureza e Humanas. A observação se deu na Escola
Municipal de Ensino Fundamental Professor Raimundinho, no período vespertino,
anos iniciais do ensino fundamental, com a turma de 3ºano, a qual tinha como
professora a senhora Lorena Silva.
As observações de deram em dois momentos, com a observação de quatro
aulas, com duração de 45min. cada, duas do componente curricular de geografia, na
data de 15/09/2022 e duas de ciências, na data de 19/09/2022. Ressaltamos, que não
houve compatibilidade de agenda para acompanhar a aula de história, uma vez que
após as datas mencionadas iniciaram-se as provas bimestrais e em seguida iniciou-
se o projeto intitulado “Acampamento”, no qual a Secretaria de Educação reúne os
alunos de acordo com os níveis de aprendizagem, com o objetivo de melhorar o foco
do ensino de alfabetização, e por um período são trabalhadas somente as disciplinas
de português e matemática.
Apesar da situação mencionada, conceitos do componente curricular de
história foram contemplados através da interdisciplinaridade com os componentes de
ciências e geografia.
No dia anterior a aula de geografia, em 14/09/2022, a professora propôs alguns
questionamentos a serem pesquisados em casa pelos alunos e trazidos no dia
seguinte. Ela pediu que pesquisassem: qual o nome do seu bairro? Quantos anos tem
o bairro que você mora? Por que foi escolhido esse nome para o seu bairro? E sugeriu
que a pesquisa fosse feita através da internet e de consulta com pessoas mais velhas
que morassem no bairro a mais tempo.
No dia seguinte, 15/09/2022, na aula de geografia a professora trouxe uma
figura do google maps, projetada em data show no quadro que mostrava o bairro em
que a escola estava localizada. Com isso a professora fez indagações do tipo: qual o
nome do bairro em que está localizada nossa escola? Alguém consegue localizar sua
casa no mapa? Quais caminhos os alunos percorrem para chegar até a escola?
Com essa proposta pedagógica a professora trabalhou noções de espaço, de
tempo ao trabalhar os caminhos e quantidade de tempo que levam para chegar a
escola, além do que aproveitou a oportunidade para trabalhar a observação, pedindo
que os alunos descrevessem o caminho para a escola e noções de acessibilidade e
inclusão ao fazer questionamentos acerca das características físicas espacial do
caminho até a escola.
Os alunos chegaram a conclusões do tipo: falta acessibilidade para pessoas
com mobilidade reduzida ou deficiência nas calçadas, faltam semáforos, mas
identificaram faixas de pedestres e placas de sinalização.
Com isso a aula buscou para além dos conhecimentos próprios da geografia a
ampliação do conhecimento de mundo e noções de cidadania e reflexão crítica dos
alunos.
Quanto a aula de ciências, foram trabalhados temas a respeito do sistema
solar, os materiais didáticos utilizados foram o próprio livro didático e cartazes com
figuras ampliadas do sistema solar. A professora iniciou a aula questionando aos
alunos o que é o sistema solar, e a partir daí os alunos foram formulando hipóteses
problematizadas e guiadas pela professora para chegar a uma conclusão. Pelas
imagens alguns alunos chegaram ao consenso de que sistema solar seria algo que
conecta mundos diferentes.
Após esse momento a professora deu ênfase ao planeta terra explicando que
é o lugar onde moramos e apresentando o globo terrestre. A pós este momento partiu-
se para a resolução de questões no livro didático. Uma das questões procurava fazer
com que os alunos diferenciassem um globo terrestre de um planisfério, que são duas
formas diferentes de representação utilizadas não só pela ciência, mas também pela
geografia. Nesse ponto novamente percebemos a ênfase na interdisciplinaridade.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A prática pedagógica foi um momento crucial na execução da disciplina, uma
vez que permitiu o contato com os alunos e professores para compreender os desafios
da docência mais de perto, bem como poder observar a real articulação da BNCC e
suas propostas refletidas nas aulas dos componentes curriculares em questão.
Além disso, a prática reforçou a importância que tem o professor no
desenvolvimento da aprendizagem para estimular que os alunos sejam sujeitos ativos
do processo educacional e que se percebam como agentes de transformação de suas
realidades e da sociedade na qual estão inseridos.
O processor, portanto, apesar das dificuldades do dia a dia, é o principal
propulsor do pensamento crítico, do estímulo a curiosidade pelas ciências e pelas
noções de cidadania, ética, respeito a diversidades, entre tantos outros princípios
preconizados na BNCC e nas demais normas legais brasileiras a respeito da
educação.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Brasil. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.

LIPPE, Eliza Márcia Oliveira. Metodologia do Ensino da Ciência. São Paulo,


Pearson Education Brasil, 2016.

Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. Ciências da Natureza no Ciclo de


Alfabetização. Caderno 08 / Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica,
Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. – Brasília: MEC, SEB, 2015.

SPERANDIO, Maria Regina da Costa; ROSSIERI, Renata Aparecida; ROCHA,


Zenaide de Fátima Dante Correia; GOYA, Alcides. O ensino de ciências por
investigação no processo de alfabetização e letramento de alunos dos anos
iniciais do ensino fundamental. Porto Alegre: EM ENSINO DE CIÊNCIAS
(UFRGS), v.12, p.1-17, 2017. Disponível em:
https://fisica.ufmt.br/eenciojs/index.php/eenci/article/view/623. Acesso em: novembro
2022.
RELATÓRIO DE OBSERVAÇÃO DAS AULAS

Componente curricular: Geografia


Data da aula: 15/09/2022
Duração: 1h30min. (16h às 17h30min.)
Professor: Lorena Silva
Ano/Série: 3º ano do Ensino Fundamental
Unidade Temática: Formas de representação e pensamento espacial
Objeto do conhecimento: Representações cartográficas
Habilidades: (EF03GE06) Identificar e interpretar imagens bidimensionais e
tridimensionais em diferentes tipos de representação cartográfica.
Principais conceitos utilizados: mapa, localização, distância, tempo,
acessibilidade.
Proposta de atividades: Identificação de lugares no mapa (figura do google
maps), entrevista com moradores antigos do bairro para obtenção de
informações sobre a localidade, proposição de melhorias nas ruas do trajeto que
levam até a escola.
Referências utilizadas: livro didático da escola.
Trabalho interdisciplinar: houve momentos em que os alunos tinham que
pensar acerca do tempo em que percorriam para ir de casa para a escola e vice
versa, ajudando a organizar o pensamento cronológico que é essencial para o
ensino de história.
Breve relato da aula: a professora trouxe uma figura do google maps, projetada
em data show no quadro que mostrava o bairro em que a escola estava
localizada. Com isso a professora fez indagações do tipo: qual o nome do bairro
em que está localizada nossa escola? Alguém consegue localizar sua casa no
mapa? Quais caminhos os alunos percorrem para chegar até a escola?
Análise crítica da aula: Com essa proposta pedagógica a professora trabalhou
noções de espaço, de tempo ao trabalhar os caminhos e quantidade de tempo
que levam para chegar a escola, além do que aproveitou a oportunidade para
trabalhar a observação, pedindo que os alunos descrevessem o caminho para a
escola e noções de acessibilidade e inclusão ao fazer questionamentos acerca
das características físicas espaciais do caminho até a escola.
Percebemos que houve a preocupação de colocar o aluno no centro do
processo de produção do conhecimento, estimulando a investigação, a
curiosidade e a formulação de hipóteses e de experimentação, através de
identificação de locais no mapa.
RELATÓRIO DE OBSERVAÇÃO DAS AULAS

Componente curricular: Ciências


Data da aula: 19/09/2022
Duração: 1h30min. (16h às 17h30min.)
Professor: Lorena Silva
Ano/Série: 3º ano do Ensino Fundamental
Unidade Temática: Terra e Universo
Objeto do conhecimento: Características da Terra
Habilidades: (EF03CI07) Identificar características da Terra (como seu formato
esférico, a presença de água, solo etc.), com base na observação, manipulação
e comparação de diferentes formas de representação do planeta (mapas,
globos, fotografias etc.).
Principais conceitos utilizados: Sistema solar, globo terrestre, planisfério,
mapa, legenda, espaço.
Proposta de atividades: Identificar diferentes formas de representação do
planeta.
Referências utilizadas: Livro didático da escola.
Trabalho interdisciplinar: Houve forte ligação com o ensino de geografia,
noções de espaço e formas de representações próprias dessa componente
curricular, como mapas, escalas, legendas, etc.
Breve relato da aula: A professora iniciou a aula questionando aos alunos o que
é o sistema solar, e a partir daí os alunos foram formulando hipóteses
problematizadas e guiadas pela professora para chegar a uma conclusão. Pelas
imagens alguns alunos chegaram ao consenso de que sistema solar seria algo
que conecta mundos diferentes. Após esse momento a professora deu ênfase
ao planeta terra explicando que é o lugar onde moramos e apresentando o globo
terrestre.
Análise crítica da aula: Através da metodologia utilizada a professora estimulou
a observação a atenção as diferenças, a noções de espaço e de permanência,
ajudando os alunos a fazerem interpretações de vários símbolos e
representações da realidade diferentes, o que contribui para o processo reflexivo
e crítico dos alunos.
Plano de Aula 1:
1. Tema: Criando representações cartográficas.
2. Tempo necessário: 1h30min. (duas aulas de 45 minutos)
3. Etapa de ensino: Ensino Fundamental.
4. Ano ou série da etapa de ensino: 3º ano.
5. Objetivos da aula: Competência específica 4 de geografia para o ensino
fundamental: Desenvolver o pensamento espacial, fazendo uso das linguagens
cartográficas e iconográficas, de diferentes gêneros textuais e das geotecnologias
para a resolução de problemas que envolvam informações geográficas. Habilidade
EF03GE07: Reconhecer e elaborar legendas com símbolos de diversos tipos de
representações em diferentes escalas cartográficas.
6. Áreas: Ciências Humanas, componentes curriculares de história e geografia.
7. O que ensinar e aprender? Os objetivos da aula são a possibilidade de
representação do espaço através de sistemas cartográficos, fazendo com que
os alunos protagonizem esse processo de produção, levando em consideração
a utilização de símbolos e a distinção entre tempo e espaço.
8. Estratégia de Ensino: a aula vai procurar abordar as noções de traçados,
pontilhados e símbolos utilizado nos mapas para representação de trajetos.
Apresentando figuras do google maps e fazendo com que os alunos a
reproduzam em cartolinas de forma mais simples, estimulando o pensamento
sobre o tempo e os trajetos.
9. Detalhamento da Aula: A aula consistirá em ver uma imagem do bairro onde
está localizada a escola, identificar a escola e identificar um outro local
específico no mapa, que pode ser a casa dos alunos ou outro local conhecido
por eles, em seguida dividi-los em duplas e entregar pincéis e cartolinas, a fim
de que reproduzam o trajeto escolhido, utilizando traços contínuos para
ruas/trajetos, círculos ou pontos para indicar a casa ou outro local escolhido e
símbolos para identificar outros elementos, como por exemplo, se no caminho
tem um hospital representar por uma cruz vermelha, nesse ponto os alunos
ficam livres para a escolha dos símbolos de acordo com sua criatividade.
10.Recursos/materiais: datashow, imagem do google maps, cartolinas, pincéis
coloridos.
11.Sugestão de trabalho interdisciplinar: além de trabalhar a interdisciplinaridade
específica quanto ao tempo que é base para o componente de história,
trabalhar questões ambientais, acerca da reflexão sobre lixo e saneamento
básico presente nos trajetos.
12.Avaliação: apresentação de seus desenhos para a turma.
13.Referências: LIPPE, Eliza Márcia Oliveira. Metodologia do Ensino da Ciência.
São Paulo, Pearson Education Brasil, 2016.
Brasil. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.
Plano de Aula 2:
1. Tema: Formas de representar nosso planeta
2. Tempo necessário: 1h30min. (duas aulas de 45 minutos)
3. Etapa de ensino: Ensino Fundamental.
4. Ano ou série da etapa de ensino: 3º ano.
5. Objetivos da aula: Objetivo de aprendizagem: Identificar as formas de
representação da terra, destacando elementos apresentados no globo, terrestre e
no planisfério; Habilidade EF03CI07: Identificar características da Terra (como seu
formato esférico, a presença de água, solo etc.), com base na observação,
manipulação e comparação de diferentes formas de representação do planeta
(mapas, globos, fotografias etc.).
6. Áreas: Ciências da Natureza, componente curricular Ciências e Ciências
Humanas, componentes curriculares História e Geografia.
7. O que ensinar e aprender? Aprender as diferentes formas de identificar o
planeta, aprender a ler legendas descritivas e saber distinguir elementos como
água, terra, solo, etc., além de perceber o processo evolutivo de mudanças na
organização territorial, antes um só continente (pangeia) agora porções de
terras dividindo vários continentes por água (oceanos).
8. Estratégia de Ensino: utilizar globo terrestre e mapa-mundi (pangeia e atual)
para que os alunos se familiarizem com as representações do nosso planeta,
fazendo com que percebam as diferenças entre essas formas de representação
e as formas que o planeta apresentava a milhões de anos e hoje.
9. Detalhamento da Aula: A aula consistirá na formação de pequenos grupos, nos
quais eles analisarão planisférios (pangeia e atuais divididos em continentes) e
analisarão também o globo terrestre, depois irão apresentar as características
dos elementos observados, as formas geométricas utilizadas, as divisões dos
continentes, da água e do solo. Depois refletir como acham que as porções de
terras que eram unidas foram divididas e quanto tempo acham que isso levou
para acontecer.
10.Recursos/materiais: globos terrestres e planisférios.
11.Sugestão de trabalho interdisciplinar: aproveitar a identificação da água para
relacionar com questões ecológicas da importância desse elemento, sobre o
porquê precisamos da água, quais as diferenças da água doce para a salgada,
qual água é própria para o consumo humano, qual a influência da água no
processo de divisão continental, entre outras questões que os próprios alunos
possam levantar acerca do tema.
12.Avaliação: avaliar a argumentação quando da apresentação das características
que distinguem o globo do planisfério.
14.Referências: LIPPE, Eliza Márcia Oliveira. Metodologia do Ensino da Ciência.
São Paulo, Pearson Education Brasil, 2016.
Brasil. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.

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