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Aninha Maria Jamal

Benigna Faria

Joao Antonio Paiva

João Cripton Félix

Meios de Ensino: fontes de Historia

Licenciatura em ensino de História com Habilitação em Documentação

Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
Montepuez
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2021

João Cripton Félix

Palmira Mateus Augusto

Nafiz Luis de Sousa Nhantumbo

Meios de Ensino: fontes de Historia

Trabalho de carácter avaliativo


realizado no âmbito da cadeira
Didáctica de Historia II leccionada no
1º semestre do 3º ano, curso de
História, pelo docente,

MA. Tito Paulo da Costa Leveque

Universidade Rovuma

Extensão de Cabo Delgado


Montepuez

2021
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Índice

Introdução.....................................................................................................................................3
Os meios de ensino no processo de ensino e aprendizagem..........................................................4
Conceito........................................................................................................................................4
1.Fontes da historia.......................................................................................................................5
Fontes orais...................................................................................................................................5
Características...............................................................................................................................6
Aplicação na sala de aulas.............................................................................................................6
Caracteristicas...............................................................................................................................7
Sua aplicação.................................................................................................................................7
Sua aplicação.................................................................................................................................8
Conclusão....................................................................................................................................10
Referências bibliográficas...........................................................................................................11
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Introdução
Os meios de ensino é o tema explanado no presente trabalho em vamos nos centrar
nas fontes e documentos históricos. Para se considerar que existem um ensino é
necessariamente que haja os recursos favoráveis para a aprendizagem, os tais meios são
chamados de recursos didácticos ou pedagógicos. Estes são todos os meios usados pelo
professor para a facilitação e a compreensão da disciplina e conteúdos no PEA.

A incorporação e a utilização de fontes históricas nas aulas de história constituem pauta


dos debates académicos e escolares atuais, nos quais se discute acerca das suas
possibilidades como elemento de superação do conteudismo/verbalismo e das suas
potencialidades como instrumento de produção de conhecimento histórico na educação

O trabalho tem como como objectivos:

Objectivo geral

 Descrever as fontes da historia e documentos históricos como meios de ensino na


aprendizagem.

Objectivos específicos

 Explicar em que ponto o uso destes recursos é benéfico para o professor e para o
aluno na aprendizagem nas aulas de história.
 Mostrar estratégia do uso dos documentos históricos para aulas de histórias.

O tema encontra-se estruturado da seguinte maneira: conceito dos recursos de


ensino, a classificação dos meios de ensino, os objectivos de uso dos meios de ensino,
princípios de uso dos recursos didácticos e por fim a importância do uso dos recursos de
ensino.

A metodologia usada para a elaboração do trabalho foi a pesquisa dos manuais


disponíveis na biblioteca da Universidade Rovuma e Internet.  
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 Os meios de ensino no processo de ensino e aprendizagem

Conceito
Segundo Piletti (2006, p.68), “os recursos de ensino são os componentes do ambiente
da aprendizagem que dão origem à estimulação do aluno”. Acrescenta Libâneo (2013,
p.191), podemos designar também como “meios de ensino todos os meios ou recursos
materiais utilizados pelo professor e pelos alunos para a organização e condução metódica
do processo de ensino e aprendizagem”.

No entanto, os meios de ensino são todos aqueles meios usados pelos educadores e ao
educando com vista a fazer acontecer o PEA, de uma forma simples e compreensiva dos
conteúdos. Se sabe que para existir uma boa aprendizagem é necessário um ambiente
agradável, uma sala equipada de materiais básicos, o professor munido de recursos
necessários para a matéria que pretende leccionar e por fim o aluno também acompanhado
de cadernos, livros, caneta e o mais importante confiante e motivado para a realização das
suas actividades.

A estes pensamentos não foge a lógica de Souza (2007,p. 111), “recurso didáctico é
todo material utilizado como auxílio no ensino e aprendizagem do conteúdo proposto para
ser aplicado pelo professor a seus alunos”. De salientar que, os materiais didácticos variam
consoante as matérias e as disciplinas. Nesta vertente, os recursos não têm sido os mesmos
para todas as disciplinas, e por vezes nem mesmo para a própria disciplina.

1.Fontes da historia
As fontes da história são os documentos, objectos e outros materiais que os
pesquisadores usam para adquirir informações sobre eventos passados. Esses arquivos são
usados para explicar o passado e o presente da humanidade.

Afirma Proença(1990) as fontes históricas ao serem remetidas no auxílio da produção


do conhecimento em história, na prática de sala de aula, tornam-se ferramentas culturais.

O trabalho com fontes históricas na sala de aulas no Ensino de História possibilita ao


professor estabelecer uma conexão de orientação com os alunos. Contudo, o uso de fontes
históricas em sala de aula não tornará o aluno da educação básica um historiador, mas,
nesta relação de ensino e aprendizagem o professor pode utilizá-las como start 1 em sua
prática.
1
Palavra inglesa traduzido como inicio
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Fontes orais
Segundo Proença(1990), importa olhar a sociedade como uma comunidade de
indivíduos no contexto da qual se torna desejável e possível preservar a identidade dos
indivíduos e a sua capacidade de autodeterminação individual sem que se perca o sentido
do outro encarado e assumido, interiormente, como nosso semelhante e dotado da mesma
dignidade de pessoa livre, solidária, responsável, consciente e, por isso mesmo, capaz de
contribuir, de pleno direito, para a construção do conhecimento.

1.2.Fontes escritas

Alberti(2018, p35) as fontes escritas ocuparam um carácter basilar na historiografia


até o meados do século XX. No entanto, as fontes escritas, tais como: documentos oficiais
editados por representantes dos poderes executivo, judiciário ou legislativo; cartas;
registros paroquiais; processos criminais.

O sentido desta ferramenta deve mobilizar os conhecimentos que os alunos possuem


em conciliação com outros textos, outros objectos que se dá através da própria
subjectividade que professor evoca ao ministrar as aulas de história. As fontes enquanto
ferramentas psicopedagógica assumem uma posição favorável no imaginário histórico do
aluno.

Características
 Apela-se à participação informal nas aulas,
 Apresentação nas aulas de temas, à análise nas aulas de “produtos culturais
relevantes” (cinema, literatura, etc.),
 Realização de trabalhos de investigação bibliográfico-documental, à organização de
conferências-debate e de visitas de estudo, etc.
 Visitas de estudo e clubes de actividade; biblioteca, centro de recursos e núcleo
museológico; acompanhamento tutorial e orientação vocacional;
 A parceria e ligação à comunidade; candidaturas a programas e modalidades de
intercâmbio;
 Demonstra as evidências do passado e como os grupos que a forjaram idealizavam
a sociedade em que viviam. Essa possibilidade de aproximação com o fazer do
historiador permitiu o desenvolvimento de uma nova postura frente ao
conhecimento histórico

Aplicação na sala de aulas


Ao propor o trabalho com fontes orais no Ensino de História como instrumento
didáctico, deve compreender-se a acção metodológica da pesquisa com entrevista oral.
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As histórias de vida dos alunos e seus familiares combinadas com a história


colectiva do local a qual pertencem elevam estes sujeitos como parte integrante da história.
Pois, ao compreender a História do local que da qual são produtores e produtos (em nosso
caso a cidade de Montepuez, por exemplo), alunos e professores podem interpretar as
formas de poder e controle social existentes neste espaço. Nesse movimento a cidade
configura-se como um “palco” no processo de ensino e aprendizagem.

Esse tipo de fonte, ressalta que as narrativas de memória são “pistas” do passado, ou
seja, o passado existiu antes delas. Os alunos da educação básica não possuem ferramentais
teóricos e metodológicos para promover essas análises, entretanto, essa possibilidade de
ensino não pode ser desconsiderada e cabe ao professor nesse movimento assumir um
papel de orientador.

2.Documento histórico

Os documentos históricos são documentos registrados no passado que ajudam a


contar e a identificar a história de uma pessoa, de um facto histórico, de um país.

De acordo com FONSECA,(2005, p.56), diz que os documentos históricos assumem um


papel fundamental na prática do ensino de história, uma vez que são capazes de ajudar o
aluno a fazer diferenciações, abstracções que entre outros aspectos é uma dificuldade
quando tratamos de crianças e jovens em desenvolvimento cognitivo. No entanto,
diversificar as fontes utilizadas em sala de aula tem sido o maior desafio dos professores na
actualidade.

Caracteristicas
a) A ordenação temporal e espacial dos conteúdos, fundamentada na noção de
múltiplas temporalidades,
b) A compreensão da relatividade do conhecimento histórico
c) A compreensão da memória histórica como instrumento de luta, de emancipação e
de transformação social, na medida em contribui para o desenvolvimento de
habilidades de pensamento que permitem a desnaturalização do passado e o
questionamento das tradições herdadas,
d) A incorporação de diversas linguagens de ensino, com especial atenção com e
documentos históricos por exemplo ( imagem)
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Sua aplicação
O  trabalho com fontes históricas em sala de aula requer cuidados, pois todo
documento histórico expressou uma versão de um determinado fato ou momento. Para
utilizar boas metodologias, o professor precisa construir um roteiro de análise para os
alunos.

Antes de utilizar o documento seria necessário que os alunos conhecessem o


contexto histórico no qual o documento foi produzido. Após a realização dessa etapa
(conhecer o contexto histórico da fonte histórica e do seu autor), o professor pode entregar
o documento (cópia) para os alunos (sempre entregar o recorte do documento, ou seja,
trechos do documento).

Posteriormente, o professor pode entregar também o roteiro de análise, que norteará a


compreensão do documento. Para tanto, esse roteiro pode ser dividido, segundo Bittencourt
(2008), em três fases:

1ª) Sobre a existência do documento: o que vem a ser o documento? O que é capaz de
dizer? Como podemos recuperar o sentido do seu dizer? Por que tal documento existe?
Quem o fez, em que circunstâncias e para que finalidade foi feito?

2ª) Sobre o significado do documento como objeto: como e por quem foi produzido? Para
que e para quem se fez essa produção? Qual é a relação do documento com o seu contexto
histórico? Qual a finalidade e o que comanda a sua existência?

3ª) Sobre o significado do documento como sujeito: por quem fala tal documento? De que
história particular participou? Que ação e pensamento estão contidos em seu significado?
O que fez perdurar?

Com o propósito didáctico, o professor pode solicitar suas primeiras impressões, instigá-
los no questionamento, confrontar com informações divergentes, destacar detalhes,
socializar observações e criar um momento para que possam comparar suas ideias iniciais
com as novas interpretações conquistadas ao longo do trabalho de análise. Com atenção e
perspicácia, podem ser observadas e colhidas informações.

Realizada a produção do roteiro de perguntas sobre o documento, o aluno expressará sua


interpretação sobre o fato ou contexto histórico estudado. Depois de utilizada essa
metodologia em sala de aula, o aluno irá não somente adquirir conteúdo, mas também
elaborar conhecimento.
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Sua aplicação
O professor age como um mediador e através do diálogo, ou seja, do entrelaçamento entre
sua fala e a fala do aluno de forma dinâmica propicia a atribuição de novos significados
sobre a história, sobre conceitos históricos. Este pode utilizar mediadores culturais (fontes
históricas) tentando circular assim uma interacção entre um objecto da história e as
representações que os alunos irão formar sobre a história.

Quando tratamos do ensino de história, dialogamos directamente com duas áreas do


conhecimento, uma que trata da história em si e sua referência académica, e outra que
considera sua relação com a aprendizagem e com a estrutura cognitiva do aluno. Conciliar
as prerrogativas teórico-metodológicas que envolvem estas áreas é imprescindível.

Quanto ao uso de tais documentos/fontes em sala de aula, há importantes indicações


metodológicas que preconizam o papel activo do estudante nos procedimentos de
compreensão e interpretação.

 Mais do que objectos ilustrativos, os documentos são trabalhados no sentido de


desenvolver habilidades de observação, problematização, análise, comparação,
formulação de hipóteses, crítica, produção de sínteses, reconhecimento de
diferenças e semelhanças, enfim, capacidades que favorecem a construção do
conhecimento histórico numa perspectiva autónoma.
 É possível pesquisar informações sobre o documento em fontes externas (autoria,
contexto da obra, estilo etc.) e confrontar eventos históricos identificados na fonte
estudada a eventos de outras épocas, quanto a semelhanças e/ou diferenças e
relações de continuidade e/ou descontinuidade.
 Quando o professor considerar necessário, pode ser feita a pesquisa da trajectória
histórica de preservação, conservação e difusão do documento. É importante que o
trabalho envolva observações, descrições, análises, pesquisas, relações e
interpretações e, no final, aconteça um momento de retorno ao documento, para
que os alunos comparem as novas informações – o seu “novo olhar” – com suas
apreensões iniciais e reflictam sobre problemáticas históricas a ele relacionada.

O trabalho do professor e do aluno na problematização e significação dos documentos,


utilizando-os de modo a extrapolar meras funções de ilustração, motivação, informação ou
prova, ainda que estas possam ter relativa importância.
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O desafio é, tomando os documentos como fontes, entendê-los como marcas do passado,


portadores de indícios sobre situações vividas, que contêm saberes e significados que não
estão dados, mas que precisam ser construídos com base em olhares, indagações e
problemáticas colocadas pelo trabalho activo e construtivo dos alunos, mediados pelo
trabalho do professor.
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Conclusão
Das abordagens feitas, os recursos didácticos é importante no PEA porque facilita o
professor na abordagem da sua disciplina tanto nos conteúdos e para o aluno facilita na
aquisição e percepção do conhecimento, levando assim na fixação da matéria.

Nos dias actuais com o avanço tecnológico, as aprendizagens tem sido mais ficais
porque o aluno e o professor ficam com os recursos ao seu dispor. Em escolas em que há o
uso de internet, projectores, gravador e ilustrações de filmes por exemplo, tem sido mais
prático e proveitoso na aprendizagem. O uso dos recursos de ensino, em algum momento
pode vir à promover a qualidade de ensino assim como a progressão do nível cognitivo do
aluno.   

Para finalizar, o professor de história, com sua maneira própria de ser, pensar, agir e
ensinar, transforma seu conjunto de complexos saberes em conhecimentos efectivamente
ensináveis, faz com que o aluno não apenas compreenda, mas assimile, incorpore e reflicta
sobre esses ensinamentos de variadas formas. introduzir novas metodologias, democratizar
o ensino, diferenciar a pedagogia para melhor, lutar contra o insucesso escolar, renovar os
conteúdos e as didáticas, desenvolver as pedagógicas activas, participativas, cooperativas,
abrir a escola à vida, partir da vivência dos alunos, reconhecer a diversidade das culturas,
alargar o diálogo com os pais, favorecer a sua participação na vida da escola
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Referências bibliográficas
ALBERTI, Verena. Fontes Orais: História dentro da História, In: Fontes Históricas. São
Paulo: Contexto, 2018.

BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. Ensino de história: fundamentos e métodos. 3ª


ed. São Paulo: Cortez, 2009.

COTRIM, Gilberto e Rodrigues, Jaime. Historiar. São Paulo: Saraiva, 2015.

FONSECA, Thaís Nívia de Lima e. História e ensino de história. Belo Horizonte:


Autêntica, 2003.

Libâneo, J.C.. Didáctica. 2ª ed. Cortez editora. São Paulo Brasil. 2013.

Neríce, E. (1966). Introdução a didáctica geral: dinâmica da escola. (4ª ed.). SP-


Brasil:     Fundo de cultura.

Piletti, C. (2006). Didáctica geral. SP-Brasil: Ática.

PROENÇA, Maria Cândida. Ensinar/aprender história: questões de didáctica aplicada.


Lisboa, Livros Horizontes, 1990.

SOUZA, S. E.. O uso de recursos didácticos no ensino escolar: I Encontro de Pesquisa em


Educação, IV Jornada de Prática de Ensino, XIII Semana de Pedagogia da UEM: Infância
e Práticas Educativas. 2007.

Disponível em:      <http://www.pec.uem.br/pec_uem/revistas/arqmudi/volume_11/suplem
ento_02/artigo        s/019.df >. Acesso em: 18 de de 2021.

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