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Ampliando Horizontes: Os Benefícios do Audiovisual na Aula de

História para o Novo Ensino Médio

Mary Jones Rocha da Silva1

RESUMO: O presente artigo propõe uma análise a partir dos usos do audiovisual
no ensino de História, cujo objetivo é mostrar ao professor a importância do uso
de novas maneiras de ensino, entre elas a cinematografia como um grande
aliado nas aulas de História, rompendo-se assim as formas tradicionalistas,
ajudando a aumentar a participação e interesse dos alunos, bem como auxiliá-los a
serem sujeitos cada vez mais críticos-reflexivos e autônomos. O procedimento
metodológico desse trabalho encontra-se disposto em formato de Revisão de
Literatura, sobe um diálogo exploratório-bibliográfico, de cunho qualitativo, tendo
por estrutura teórica obras de renomados autores como: Barreto (2009);
Domingues (2015); Napolitano (2006); Santos (2020); dentre outros pesquisadores
teórico-científicos, que abordam com grande conhecimento e coerência, a temática
supracitada nesse estudo. Ao término desse estudo pode-se concluir o quão far-se-
á de suma importância que o professor busque inserir novos e diversificados
recursos educacionais, podendo assim contar com o auxílio de recursos
audiovisuais, como os filmes nas aulas de História, apropriando-se também de
dimensões tecnológicas, culturais e socais que poderão assim somar a um trabalho
de suma excelência no cotidiano escolar.

Palavras-Chave: Recurso. Filmes. Pedagógico. Ensino Médio. História.

ABSTRACT: This article proposes a reflection on the relationship between


education and cinema whose objective is to point out the relevance of the teacher in
the use of new teaching methodologies, including cinematography as a great ally in
History classes in High School, thus breaking the traditional forms traditionalists,
helping to increase students' participation and interest, as well as helping them to
be increasingly critical-reflective and autonomous subjects.The methodological
1
Graduada em História pela Universidade Estadual de Goiás-UEG; Especialista Tutoria em
Educação a Distância e Docência do Ensino Superior pela Universidade Cândido Mendes/RJ e
Neuropsicopedagogia Institucional e Educação Inclusiva pela Faculdade Única de Ipatiga/MG.
Mestranda em História na Pontifícia Universidade Católica de Goiás E-mail:
maryjonesrv@gmail.com.
procedure of this work is arranged in a Literature Review format, involving an
exploratory-bibliographic dialogue, of a qualitative nature, having as theoretical
framework works by renowned authors such as: Barreto (2009); Domingues (2015);
Napolitano (2006); Santos (2020); among other theoretical-scientific researchers,
who approach with great knowledge and coherence, the theme mentioned in this
study. At the end of this study, it can be concluded that it will be extremely important
that the teacher seeks to insert new and diversified educational resources, thus
being able to count on the help of audiovisual resources, such as films in History
classes, appropriating also of technological, cultural and social dimensions that can
thus add to a work of supreme excellence in the school routine, in a special way, for
high school students.

Keywords: Resource. Movies. Pedagogical. High school. History.


2

1 INTRODUÇÃO

O uso Cinema como recurso didático é compreendido como intermediador


cognitivo que compartilha além da comunicação, expressão, arte, cultura,
sentimentos, dentre outros conhecimentos que poderão somar e deixar as aulas de
História cada vez mais atrativas e interessantes, dinamizando o ensino tradicional,
e propiciando novas experiências educativas, agregando a disciplina de História
significativas experiências de aprendizagem.
Nesta perspectiva, o problema deste estudo buscar responder a seguinte
questão: “Porque o cinema ainda é um recurso pouco utilizado, nas aulas de
História no universo escolar?”
Uma das hipóteses para a resposta desse questionamento está ligada nas
questões que afirmam que diversos são os obstáculos que dificultam o uso dos
filmes nas aulas, que vai variar de escola para escola, ao qual pode-se citar
problemas técnicos, falta de recursos, dificuldades de diversos docentes em sair do
tradicionalismo do famoso “quadro-giz”, dentre outros.
Assim, o uso de filmes também pode ser visto como manifestação linguística
e, por conseguinte um significativo estimulador de debates articulados, que sob a
orientação do professor, serão selecionados filmes pertinentes ao currículo escolar,
que contribuirá de forma muito contributiva, a fixação de conteúdos, em especial,
da Disciplina de História, podendo também ser trabalhada a interdisciplinaridade.
Frente a essas considerações, o tema abordado nesse estudo se justifica
em acreditar ser ele de suma importância para somar a literatura acerca do uso do
cinema, como recurso pedagógico, no Ensino de História, para o Ensino Médio.
Portanto, esse estudo procurou ter como objetivo geral, realizar um maior
entendimento frente ao diálogo bibliográfico com importantes autores teórico-
científicos acerca de fomentar que o uso de recursos audiovisuais (filmes) pode ser
considerado como importante ferramenta didático-pedagógica, durante a inserção
aos alunos do Ensino Médio, acerca dos conteúdos de História.
Já os objetivos específicos são: Apontar a influência que há na utilização de
filmes, durante as aulas de História; Ressalvar que o cinema pode se tornar uma
experiência cognitiva significativa para os alunos do Ensino Médio, bem como
auxilia o aluno a desenvolver uma leitura crítica do audiovisual, somando em seu
ensino-aprendizagem.
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Para a estrutura, sustentação e embasamento desta pesquisa, utilizou-se um estudo exploratório/bibliográfico, de natureza

qualitativa onde, através da análise de outros trabalhos, realiza-se novas leituras e interpretação desses estudos sendo extraídos dos estudos

de fontes secundárias, tratando-se assim de um levantamento de bibliografias publicadas em livros, jornais, revistas, documentos eletrônicos,

dentre outras fontes que contribuíram para a estrutura e fundamentação teórico-científica deste trabalho.

Desta forma a metodologia executada nesta pesquisa, encontra-se


caracterizada por análises de fontes disponíveis, apresentadas em formato de
artigos científicos, teses ou dissertações defendidas por autores com considerável
experiência no assunto aqui abordado, onde estas metodologias propõem ao
pesquisador aproximar-se o mais possível do fenômeno a ser pesquisado, que
neste trabalho está condicionado a refletir sobre a importância da prática fílmica,
para enriquecer as aulas no Ensino Médio, aumentando o interesse dos alunos,
sendo esse recurso, uma ferramenta que vai servir assim como complemento aos
conteúdos da Disciplina de História.

2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 O uso das “TIC’s” em sala de aula: Cinema em Foco

Nossa sociedade contemporânea transita por um ápice de grandes


transformações tecnológicas, onde tais mudanças decorrem devido ás modernas
tecnologias de comunicação e informação, que gradualmente vão se associando a
tarefa educativa.
Assim, para Barreto (2009) as TIC’s (Tecnologias de Informação e
Comunicação) são recursos audiovisuais de grande importância, na medida em
que podem viabilizar novas estratégias para o desenvolvimento das competências
visadas, inclusive e talvez, principalmente através de propostas de formação de
professores á distância.
Porém no atual momento em que vivemos, onde a informação está cada vez
mais acessível, a tecnologia é uma realidade presente na vida de todos nós, é de
conhecimento universal que desde as escolas até as universidades utilizam-se de
tecnologias disponíveis de forma ainda muito limitada (MACHADO, 2002).
As tecnologias surgiram para facilitar e melhorar a vida das pessoas,
automatizando processos, atividades que antes eram feitas pelos homens, hoje as
máquinas fazem sem nenhum problema e a sociedade atual desfruta dos
privilégios do mundo moderno.
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Ferreira e Pereira (2013) afirmam que “atualmente, nossa sociedade


vivencia uma época cercada de tecnologias as quais os recursos tecnológicos
invadem todas as esferas da sociedade moderna”.
. Para Machado (2002), a capacidade de projetar é um bem supremo que
está acima do bem e do mal e sem dúvida tem o seu potencial desenvolvimento
propiciado pela utilização pertinente e sistemática do uso habitual das TIC’s em
atividades didáticas.
As inovações tecnológicas vêm sendo inseridas na sociedade ao longo dos
tempos, começam a mudar a forma de pensar e agir dos sujeitos. Influenciando
assim, diversos setores da sociedade determinando uma importante reflexão e
análise das possibilidades de utilização das novas linguagens que abrangem as
modalidades de ensino (RAMALHO; SIMÃO; PAULO, 2014).
Dessa forma, como a tecnologia mesmo na atualidade tornou-se algo ainda
recente, principalmente no cenário escolar, existe certa rejeição por parte de alguns
professores sobre a inclusão de equipamentos tecnológicos de informação
metodológicos, aplicados ao ensino, pelo aspecto de não estarem preparados para
ensinar usando essas novas ferramentas que o mundo moderno oferece, por isso é
fundamental que os professores estejam preparados e possam acompanhar a
tecnologia, pois em um ambiente de aprendizado constante é cada vez mais
desafiador ensinar os alunos a arte do aprendizado com ferramentas e tecnologias
ultrapassadas, onde o aluno é um mero expectador (RAMALHO; SIMÃO; PAULO,
2014).
Para Barreto (2009, p.106):

O professor deve saber, no sentido de conhecer e controlar (o termo é


fundamental), o meio técnico-científico-informacional”, e acompanhando o
movimento da “diversificação dos espaços educacionais [que passam a
incluir] a televisão e os meios de comunicação de massa em geral, as
tecnologias, o espaço da produção, o campo científico e o da violência
social, “em tempo e espaços nunca antes imaginados (BARRETO, 2009,
p.106).

Contudo ficar sentado apenas ouvindo o que o professor falar e escrever no


quadro, foi um método que já foi muito usado no século passado, porém nos dias
atuais existem outras formas mais envolventes para atrair a atenção dos alunos em
relação ao conhecimento, mostrando através de exemplos práticos a utilização da
tecnologia.
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Machado (2002 p. 80) cita algumas questões relacionadas à realidade


educacional Brasileira: “O número insuficiente de escolas; A desigualdade nas
oportunidades de ingresso; A falta de preparo dos professores; A limitação dos
recursos para a educação, dentre outras.
Assim, ainda para Machado (2002, p.81) “É através da tecnologia que os
países subdesenvolvidos conseguirão acelerar o seu processo de desenvolvimento
econômico” (MACHADO, 2002 p. 81).
Quando a tecnologia é transformada em incentivo ao aprendizado dos
alunos, com aulas mais dinâmicas, com alunos motivados a descobrir novas
formas de aprendizado e consequentemente o aprendizado fica mais leve, com
mais essa ferramenta a disposição do professor.
Segundo Fialho (2008), a elaboração de aulas mais dinâmicas conjectura
mais trabalho aos professores, porém o retorno pode ser bastante significativo, de
qualidade e gratificante quando o docente se dispõe a criar novas maneiras de
ensinar, deixando de lado a “mesmice” das aulas rotineiras.
“É essencial que o professor aproprie-se de gama de saberes advindos com
a presença das tecnologias digitais da informação e da comunicação, para que
estes possam ser sistematizados em sua prática pedagógica” (SOUSA; MOITA;
CARVALHO, 2011, p. 20).
“As novas gerações estão crescendo em uma sociedade da informação e os
sistemas educacionais precisam se adaptar a essa nova realidades não podem
ficar alheias a tal fato” (GIROTO; POKER; OMOTE, 2012, p. 17).
Todavia, a existência dos recursos tecnológicos na escola, bem como a
ampliação do seu acesso, não garante o seu uso adequado por parte do docente
que muitas vezes, não tem competência para utilizar tais ferramentas de ensino
(GIROTO; POKER; OMOTE, 2012, p. 22).
Para Borba e Penteado (2003, p.97):

A crescente evolução e utilização das tecnologias associadas à educação


vêm causando grandes transformações nas concepções de ensino e
fazendo com que as pessoas passem a conviver com a ideia de
aprendizagem sem barreiras e sem pré- requisitos. Isso implica novos
conceitos do conhecimento, do processo de ensino e de aprendizagem,
fazendo com que repensemos as práticas pedagógicas, a ação da escola,
o papel do professor e do aluno diante desse novo contexto (BORBA e
PENTEADO, 2003, p. 97).
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Assim, existe uma discussão entre os professores e especialistas no assunto


sobre as vantagens e desvantagens do uso da tecnologia em sala de aula, a
tecnologia não é um problema, mas a forma como utilizamos a tecnologia deve ser
discutida, segundo Borba e Penteado (2003), o computador pode desencadear o
surgimento de novas possibilidades para o desenvolvimento do profissional da
educação.
Para Bicudo (1999, p.164) “A aplicação das propostas de inovação
pedagógica compreende uma reviravolta do ensino e revisão de muitos mitos ou
preconceitos”.
Nessa perspectiva reflexiva acerca dos múltiplos diálogos que o cinema
propiciará nas aulas de História para o Ensino Médio, Franco (2010) corrobora em
afirmar que essa inclusão cultural cinematográfico/audiovisual é a base da
convivência, da colaboração, da capacidade de construir um ensino-aprendizagem
de forma coletiva. Assim, ainda para a autora, far-se-á de suma importância,
desenvolver a noção que esse ensino coletivo oferece é um desejo teórico de
todos, mas também uma prática revolucionária depois de, pelo menos, um século
de exercício estimulado por competitividade e individualismo, de que não estão
imunes os modelos escolares ainda em execução em nosso país.
Porém é sabido que o trabalho docente tem sido marcado pelas
transformações sociais que ocorrem no mundo contemporâneo. Os professores
defrontam-se cotidianamente com os imprevistos inerentes a sua intervenção, com
os limites dos métodos e conteúdos de ensino, com as críticas sobre a defasagem
entre o trabalho realizado e os objetivos a serem cumpridos, enfim, com uma série
de exigências, expectativas e contingências que atravessam e influenciam seu
trabalho.

2.2 O cinema nas aulas de História como recurso pedagógico: Novos olhares

O uso de metodologias interativas junto aos professores e alunos de forma a


completar o ciclo de aprendizagem, podem contribuir significadamente e
democraticamente o ensino-aprendizagem, perante a busca de conquistar
melhores resultados de saberes, beneficiando-se assim os educandos, no
processo de aprendizagem como interventora e viabilizadora da participação de
todos os alunos, de maneira coletiva, participativa e social.
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Para Silva (2012, p.8):

O espaço social se move, e esse movimento proporciona as chances de


mudança do sistema em vigor em cada momento. Essa dinâmica permite
uma renovação, sendo que, é nela que os agentes atuam no sentido de
implantar novas formas de agir individualmente e/ou em conjunto (SILVA,
2012, p.8).

Dessa forma, optar pelo cinema nas aulas de História para o Ensino Médio
pode ser compreendido como importante ferramenta didática e lúdica que ao ser
utilizada pelos professores, auxiliará assim na fixação dos conteúdos inerentes a
essa disciplina escolar (BORGES e LIMA, 2007).
De acordo com Silva e Macedo (2020, p.15):

O cinema, empregado como fonte de informação, permite ao aprendiz ter


o protagonismo, em outras palavras, estabelece que o jovem tenha uma
legítima participação social, contribuindo não somente com a escola, mas
também com a comunidade em que está inserido, conhecer e interagir
com culturas diferentes (interculturalidade), formar visões em torno de
acontecimentos passados, presentes e futuros (permite avaliar, colocar-se
nos papéis de personagens históricos e questionar sobre a razão dos atos
e o devir do mundo), entrar em contato com valores, ideias, pensamentos,
atitudes, normas entre outras muitas possibilidades. Estes e outros
aspectos convertem o cinema em um recurso mais à disposição não
somente do docente, mas também do currículo, em todos os níveis, ainda
que nos centremos aqui no que tange ao Ensino Médio (SILVA, MACEDO,
2020, p.15).

Caminhando por essas reflexões, Silva (2007) elenca que a disciplina de


História abarca um leque de temas sociais, políticos, reflexivos, dentre outros, o
uso do cinema pode ser visto como excelente ferramenta de cunho colaborativo,
para auxiliar a abordar tais conteúdos, por meio de diversas óticas, pois os filmes
em suma, carregam inúmeras possibilidades, com a intenção de promover e
contemplar valores, a partir dos pontos de vista éticos, estéticos, políticos e sociais.
Ainda para Silva (2007) o cinema é visto como um poderoso meio de
comunicação de massa do Século XXI e dessa forma, não se pode ignorar sua
dimensão pedagógica, mesmo sendo pouco utilizada no contexto escolar.
Morin (1983) ressalva que o cinema ofereceu abertura a todas as
participações, adaptando assim as necessidades subjetivas, sendo ele a
ferramenta técnica ideal de satisfação afetiva, acessível a todos os níveis de
civilização e em todas as sociedades.
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Para Borges e Lima (2007) o ensino escolar em muitos aspectos retroage,


por ainda privilegiar a inserção de conteúdos, linguagens e metodologias que não
se adaptam as novas tecnologias, tornando a ensinagem de História, por muitas
vezes, considerada pelos alunos, cansativa, monótona e desmotivadora.
Xavier (1991) ressalva que é dentro do espaço criado por tal ideologia é feita
uma determinada preposição referida à prática cinematográfica, basicamente no
que diz respeito ao modo de organizar a imagem/ som, tendo em vista a realização
de um certo objetivo sócio-cultural tomado como tarefa legítima do cinema. Em
geral, a conexão entre “teoria geral e “norma particular” ganha nitidez na medida
em que a norma, referida ao que o cinema “deve ser”, procura apoio numa teoria
que, em primeiro lugar, garanta que o cinema “pode ser” o que se lhe pede e, em
segundo lugar, afirme que “é mais próprio à sua natureza” ser o que se lhe pede.
Azzi (1996, p.6) concordando com a utilização do cinema como objetivo
pedagógico afirma que:

Quanto à utilização dos filmes com finalidade pedagógica, não só o


professor tem oportunidade de ver o filme mais de uma vez, podendo
extrair com mais clareza os conteúdos educativos que deseja enfatizar,
como também os alunos podem realizar um trabalho mais aprimorado de
pesquisa e descoberta sob a orientação do professor, aproveitando ao
máximo a grande riqueza cultural contida na produção cinematográfica
(AZZI, 1996, p.3).

O cinema possibilita aos docentes dispor-se de múltiplas linguagens para


trabalharem a formação humana, frente a imagens, músicas, palavras, ações,
narrativas, paisagens, sendo assim fontes de imprescindíveis saberes que irão
instigar nos discentes uma reflexão-crítica e autônoma, a partir da reconstrução da
realidade, que poderão também ser somadas, aos conhecimentos prévios de cada
um (AZZI, 1996).
Contudo, faz-se de suma importância que seja repensada a forma de como
serão ministrados os conteúdos de História para o Ensino Médio, onde torna-se
assim, fundamental se ter uma nova concepção na forma como ele será absorvido
pedagogicamente pelo aluno (SHMIDT e CAINELLI, 2005).
Ainda Schmidt e Cainelli (2005) afirmam que essa concepção propõe que a
relação entre professor, aluno e conhecimento seja interativa, uma relação em que
o trabalho com os conteúdos e o prazer de aprender poderão ajudar aluno e
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professor a pensarem historicamente e se apoderarem da história vivida numa


dimensão totalmente humana.
Utilizar o cinema no ensino de História uma oportunidade de docente
compartilhar uma rica metodologia pedagógica, porém esse docente necessita
superar o tratamento tradicional dado aos conteúdos curriculares e levar para a
sala de aula novas fontes e formas de aprender, em prol de propiciar assim, uma
ensinagem que consiga atender ao assunto do filme e da matéria em si
(NAPOLITANO, 2006).
Frente a essas premissas Souza (2013) afirma que o cinema por ser algo
que já pertence ao cotidiano do aluno, esse recurso audiovisual poderá contribuir
para auxiliar na compreensão dos conteúdos inerentes a disciplina de história,
sendo ele um suporte na construção do pensamento crítico-reflexivo, bem como
ser um auxílio contributivo para desenvolver uma educação que se desprende da
memorização para possibilitar reflexões e autonomia.
Assim, faz-se importante destacar que os Parâmetros Curriculares Nacionais
(PCN) reforçam a necessidade da utilização de diferentes linguagens, como meios
de informações, que necessitam ter o uso dos recursos tecnológicos, para auxiliar
na aquisição e construção do conhecimento (BRASIL, 1998).
Assim, no ensino-aprendizagem de História, os PCN’s (Parâmetros
Curriculares Nacionais institucionalizaram o cinema em 1998 como sendo ele,
recurso pedagógico.
Contudo, o cinema nas aulas de Histórias poderá contemplar possibilidades
infinitas, na intenção de proporcionar aos alunos do Ensino Médio, maior
aproximação dos atuais recursos tecnológicos, vivenciando assim um cenário de
ação para situações sociais comunicativas, geradoras de significativas
aprendizagens pedagógicas (SOUZA, 2013).
Portanto, faz-se de grande relevância que as práticas de ensino escolar
estejam sempre embasadas frente ao processo de ensino-aprendizagem, ou seja,
ter um olhar mais reflexivo sobre a inserção de conteúdos que abarquem o
aprender como prática pedagógica que propicie assim novas e variadas
experiências, tão dinâmicas quanto imediatistas, tendo conformidade com
elementos facilitadores, que assim sendo são caracterizadas como atitudes de
investigação, intervenção e contribuição.
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Ferro (1976) afirma que “o filme é uma fonte para entendermos os


comportamentos, as visões de mundo, os valores, as ideologias de uma sociedade
ou de um momento histórico”.
Martinelli (1999) ressalva a importância que há em inserir o filmes no
cotidiano escolar pela possibilidade de promover o aumento da socialização e para
o incentivo à análise crítica, e uma relação mais profunda das pessoas com o
mundo e com a sociedade.
Souza (2017, p. 32) “A justaposição do filme ao conteúdo disciplinar
abordado em sala de aula é justificado e reforçado pela mensagem do filme, que o
ilustra.”
Em consonância com Souza (2017), Souza (2012, p.5) afirma que “[...] a
utilização de filmes como ferramenta didática, pode contribuir para que os
professores de História ampliem suas práticas educacionais, incorporando-as aos
processos de construção do conhecimento histórico.”
Contudo, o cinema, ainda é visto como um grande desafio para o professor,
onde é utilizada uma linguagem que atinge um grande público, e que, levada para
a sala de aula, torna-se um grande recurso pedagógico de ensino-aprendizagem
(SANTANA, 2010).
Outro ponto a ser levado em consideração é o de que um dos desafios para
os professores que pretendem trabalhar com cinema de um jeito mais amplo, não
como simples ilustração do conteúdo, mas extraindo do filme todas as
possibilidades, as mensagens implícitas ou explícitas, como os valores culturais,
sociais e ideológicos de uma sociedade, em uma determinada época e seus
efeitos e consequências (SANTANA, 2010).

2.3 Filmes no Ensino de História: Práticas pedagógicas direcionadas e


significativas

Sobre o cinema e a Educação, Bergala (2008) em concordância ao


pensamento de Godard, se unem para problematizar a relação entre cultura e arte,
na qual a primeira aparece como regra, e a segunda, como exceção. Assim, mais
do que ensinar arte, a escola possibilitaria o encontro com o cinema, compreendido
não como linguagem a ser lida, mas como o gesto de criação a ser apreendido.
Sua concepção prevê mais do que a inserção do cinema na escola, uma ruptura às
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suas práticas tradicionais, ao se instalar como um outro que provoca uma


experiência à parte dela.
Domingues (2015) afirma que o uso de filmes nas aulas de História deve ser
utilizado como um recurso pedagógico, que não irá substituir a aula formal, mas
que irá agregar mais significado a ela.
Destarte o professor inovador consegue apropriar-se de sua função
enquanto mediador, sendo um ser reflexivo, ou seja, aquele que por sua vez
consegue instigar a participação dos discentes, com suas ações dinâmicas,
intervindo significativamente na construção do conhecimento do aluno
(CARVALHO, 2010).
É nesse sentido que Carvalho (2010) afirma que quando o professor cumpre
esse papel, ele está propiciando pensamentos sobe a prática pedagógica. Dessa
forma modificará suas aulas no facilitar da aprendizagem, gerando uma cultura da
prática educativa, onde o cinema será um fator positivo na ensinagem dos
conteúdos de História para o Ensino Médio.
Ainda Domingues (2015) corrobora em afirmar que antes do professor levar
um filme para seus alunos assistirem, far-se-á de suma importância que essa
atividade seja preparada, com objetivo específico e direcionado a temática
proposta para essa determinada aula, ou seja, essa atividade audiovisual deve se
tornar uma experiência cognitivo-significativa, para que não se cometa o erro de
sair dos caminhos pedagógicos a uma mera atividade, sem cunho didático.
Dessa forma, faz-se necessário que o cinema vá além das experiências
cotidianas, pois na escola o professor atua como mediador, propondo filmes
significativos com os conteúdos de História, fazendo a ponte entre emoção e razão
de forma mais direcionada, incentivando o aluno a se tornar um espectador mais
exigente e crítico, propondo relações de conteúdo/linguagem do filme com o
conteúdo escolar (NAPOLITANO, 2006)
Frente a essas reflexões, a primeira ação a ser feita pelo professor é a
escolha do filme que ele irá propor a seus alunos, sendo de suma importância que
esteja em perfeita comunhão com o conteúdo ao qual ele esteja ministrando, em
seguida observar se tanto narrativa, quanto roteiros estão condizentes com a faixa
etária da turma, onde assim como pontua Santos (2020) outro fator que deve ser
levado em consideração antes da reprodução do filme, é que o professor faça uma
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iniciação do que será retratado, já pontuando a intenção pedagógica que terá essa
atividade audiovisual.
Para Deus (2016) essa ideia de trabalhar o cinema na escola pressupõe
provocar a pensar acerca dos sujeitos envolvidos em viver, criar produzir e
problematizar construindo um espaço livre e democrático, no qual o cinema,
através de diversas experiências transite como uma oportunidade atual,
responsável e criadora de outros modos de aprender e de conhecer, configurando
uma nova perspectiva dos alunos de ler o mundo e oportunizar potência do
imaginário.
Domingues (2015) corrobora em afirmar que para comprovar para os alunos
a importância da análise do conteúdo de História abordado no filme que eles irão
assistir, uma importante alternativa que o professor poderá propor é o de elaborar
uma atividade avaliativa que poderá ser um círculo de debate, um resumo do que
os discentes compreenderam acerca do que foi retratado, ou pedir que os alunos
façam perguntas uns aos outros, para motivá-los a socialização acerca da temática
contida no filme proposto pelo professor.
Deleuze (2009, 48) destaca que:

A imagem-movimento que o cinema comporta possui duas faces, uma em


relação a objetos cuja posição ela faz variar, a outra em relação a um todo
cuja mudança absoluta ela exprime. As posições estão no espaço, mas o
todo que muda está no tempo. Se assimilarmos a imagem movimento ao
plano, chamaremos de enquadramento à primeira face do plano, voltada
para os objetos, e de montagem à outra face, voltada para o todo
(DELEUZE, 2009, p. 48).

Dessa forma, por meio da exibição de filmes, o professor poderá trabalhar


elementos que superam questões conceituais e, por conseguinte, atingem a
vivência social, sendo esse recurso um suporte de interpretação da realidade, bem
como de ele consegue constituir a imagem de um povo, frente à reflexão sobre
cultura, arte, expressão, valores, conceitos, representação de sociedade, dentre
outros aspectos que buscam transmitir possibilidades de análise e debate a que ele
se propõe.
Oliveira (2015) afirma que a memória, a narrativa que os filmes propõem,
abarcam existências que não são de outro tempo, inserem-se neste mundo
contemporâneo, e, no filme, abrem, com seus gestos e palavras, outras
perspectivas existenciais, outras temporalidades, sendo excelentes ferramentas
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para que o aluno memorizar relatos históricos, contidos no enredo do filme


proposto pelo docente de História.
O Cinema estabelece várias relações com a memória, pensando-o como um
grande fornecedor de imagens para as nossas memórias, e considerando-o como
um mediador do mundo das memórias das personagens para o nosso mundo
(OLIVEIRA, 2015).
Para Silva (2012, p.27) “O cinema, é entendido como uma das formas de
expressão da cultura, oferece possibilidades de compreensão da realidade, tanto
circundante, quanto universal.”
Silva e Macedo (2020, p.6) corroboram em ressalvar que “A escola é o
espaço social e educacional no qual se deve favorecer o acesso para a construção
do conhecimento e o desenvolvimento de habilidades de leitura/escrita/narrativa e
demais competências exigidas e requeridas aos escolarizados.”
Contudo, o professor ao optar pelo uso do cinema, como recurso
pedagógico em suas aulas de História, no Ensino Médio, escolher qual será a
melhor forma de apresentar aos alunos, o filme proposto para essa aula, seja essa
atividade fílmica completa ou fragmentada, mas que devem atender às
expectativas de ensino-aprendizagem, que foram assim planejadas por esse
docente, para esse fim pedagógico. “Assim, é importante abordar tanto a
linguagem cinematográfica que é própria do filme/audiovisual quanto valer-se dos
temas tratados, pois ambos levam à reflexão” (ARAÚJO; ANGREWSKI; GALVAN,
2012, p. 253).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nessa perspectiva acredita-ser de suma relevância as contribuições dos


importantes métodos de ensino no âmbito escolar, se as mesmas estiverem
exclusivamente voltadas como elemento didático revertido para despertar no
educando uma maior participação e interesse nas matérias e atividades escolares
desenvolvidas pelos professores, podendo também ser uma iniciativa de sucesso,
frente a fomentar a possibilidade de tornar as aulas de História no Ensino Médio,
mais prazerosas, diversificadas e lúdicas, com a pretensão de instigar nos
educandos, um potencial que poderá diminuir o provável medo de
descobrir/conhecer/participar e se interessar, medo esse que possivelmente possa
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ter vindo de metodologias didáticas em suma, entediantes e tradicionais. Essa a


contribuição que pensamos que a educação pode dar à formação de jovens
espectadores,

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