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PLANO DE INTERVENÇÃO

USO DE MODELOS DIDÁTICOS PARA O ENSINO DA CITOLOGIA NA DISCIPLINA DE


CIÊNCIAS NO ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS

Os recursos didáticos quando utilizados em sala de aula como método inovador


surpreendem o aluno, da mesma forma que auxiliam no processo de aprendizagem, pois, são várias
as formas que tais modelos podem ser utilizados pelo professor no ensino de Ciências. Os modelos
didáticos são ferramentas que podem expor uma estrutura ou processo biológico, favorecendo o
entendimento de fenômenos complexos e abstratos, tornando, assim o aprendizado mais concreto.
Umas das grandes dificuldades encontradas pelos professores de Biologia está no modo de
administrar as aulas. A visualização de uma estrutura em três dimensões pode facilitar o processo de
ensino e aprendizagem nos diferentes níveis de ensino.
Os modelos didáticos são representações, confeccionadas, a partir de material concreto, de
estruturas ou partes de processos biológicos (JUSTINA & PERLA, 2006). Dentre as necessidades
formativas, apontadas por professores de Ciências, em formação inicial e contínua, está a
proposição de recursos didáticos visando facilitar o processo ensino e aprendizagem (JUSTINA,
2006). Assim, os modelos didáticos apresentam-se como uma alternativa viável para ministrar e
ilustrar aulas de Biologia e Ciências. O uso dos modelos didáticos como ferramenta de ensino,
permite que o professor exiba seus conhecimentos de uma forma prática, simples e menos complexa
aos alunos.
Em virtude da dificuldade enfrentada pelos professores no ensino de ciências,
principalmente no conteúdo de biologia celular, devido trazer consigo conceitos, hipóteses,
fenômenos e teorias que são de difícil compreensão pelos alunos por exigir uma capacidade de
entendimento complexa, o que necessita de maior aprofundamento, e ainda, requerer um grande
poder de abstração dos mesmos, ao professor cabe a responsabilidade de viabilizar estratégias que
tornem o estudo de Ciências mais palpável e de melhor compreensão. Também outra dificuldade a
ser considerada é que as escolas da rede pública de ensino, em sua grande maioria, não dispõem de
microscópios e outros equipamentos que possam auxiliar o professor no processo de ensino
aprendizagem. Este projeto de intervenção é fruto da atuação da discente que vos escreve, no
Estágio Supervisionado 3, estágio de regência no ensino médio anos finais. E visa fomentar a
utilização desses modelos no ensino de Ciências por professores nas escolas da rede pública.
JUSTIFICATIVA
Neste sentido, a presente proposta justifica-se pela necessidade de melhorar a qualidade do
ensino de ciências com aplicação de novas metodologias, fazendo uso de maquetes celulares como
materiais didáticos tornando mais fácil a compreensão do conteúdo de citologia pelos alunos dos
anos finais do Ensino Fundamental de uma Escola Municipal da zona rural da cidade de Marechal
Deodoro.

OBJETIVOS GERAIS:
Compreender como o uso de modelos didático-pedagógicos de célula animal auxiliam no processo
de aprendizagem.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
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METODOLOGIA
A implementação da proposta de intervenção pedagógica foi realizada no Colégio Estadual
Alberto Santos Dumont - Ensino Fundamental e Médio, na sétima e oitava séries do período
vespertino. Este trabalho realizou-se a partir de alguns questionamentos e reflexões, necessários
para aprofundar os conhecimentos e as necessidades dos alunos: estudos e discussões, pesquisas e
produções.
De acordo com Giordan, Vicchi (1996), um modelo é uma construção, uma estrutura que
pode ser utilizada como referência, uma imagem analógica que permite materializar uma idéia ou
conceito, tornando assim, diretamente assimiláveis. Com o intuito de avaliação, ao término das
atividades foi aplicado um questionário com questões abertas e fechadas em todas as turmas
simultaneamente, e as médias de notas obtidas pelos alunos em cada turma foram comparadas para
testar a eficiência do uso dos modelos didáticos na contribuição do processo de aprendizagem. O
questionário era composto por 10 questões, cada questão valendo um ponto. A avaliação do
questionário foi feita da seguinte forma: foi tirado o percentual das notas atribuiu valores de 1 a 10.
Ao final do projeto foram confecionados modelos semelhantes aos utilizados nas aulas, em
conjunto com o professor de Ciências da escola, para que este pudesse dar continuidade ao trabalho
nos anos seguintes com as próximas turmas, colaborando assim com a utilização de modelos
pedagógicos no ensino de ciências. Os materiais utilizados na confecção dos modelos que ficaram
na escola foram praticamente os mesmos utilizados na confecção dos modelos selecionadas para as
aulas. Foram utilizados os seguintes matérias: isopor, tinta para tecido (cores diversas), cola branca,
cola quente, massa de biscuit, E.V.A e cartolina cartão (Figura 1 e 2).
DISCUSSÃO E RESULTADOS

É importante ressaltar o papel do professor que, por meio da pesquisa (Moreira, 1988), deve
promover situações para que se possa de fato construir o conhecimento escolar, sendo ele o
mediador entre o conhecimento cotidiano e o conhecimento científico. É preciso ainda motivar os
alunos a conhecer, e uma das maneiras de conseguir tal intento é ter a disposição material didático-
pedagógico com conteúdo adequado. O conhecimento do conteúdo, por sua vez, constitui uma
forma básica de criar interesse por uma aprendizagem significativa do aluno e uma prática docente
também significativa. 8 Desde o século passado, ainda que não se tivesse destinado um espaço
específico para abordar a questão, os conteúdos relativos à saúde e à doença foram sendo
incorporados ao currículo escolar brasileiro. Em 1971, a temática da saúde, sob a designação
genérica de Programas de Saúde, foi formalmente introduzida no currículo escolar (Ministério da
Educação, 2002). A elaboração do material didático-pedagógico, centrado na problemática
constatada pela ausência e/ou falhas dos livros didáticos na abordagem do sistema imunológico,
bem como pela necessidade de introduzir e discutir temas e conceitos de imunidade e imunologia, e
principalmente no que diz respeito às vacinas e à importância da vacinação, procurou levar em
consideração as determinações explicitadas nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica,
corroborando os elementos da prática pedagógica para o ensino de Ciências. Dessa forma, pensou-
se num material que permitisse uma abordagem problematizadora, uma relação contextual e
interdisciplinar, a pesquisa e a leitura científica e possibilitasse atividades em grupo, contribuindo
na construção de significados por parte do aluno através da mediação do professor (Diretrizes
Curriculares, 2008). O modelo de produção didático-pedagógica escolhida foi a unidade didática
(material composto por abordagem de uma única unidade de um mesmo tema, contendo texto de
fundamentação com as respectivas atividades a serem desenvolvidas) pelo fato de ser o mais
adequado ao que se propôs o projeto de intervenção pedagógica, ser de fácil reprodução e utilização
por parte do professor e alunos, podendo inclusive servir como subsídio para a elaboração de um
Folhas3 ou um OAC – Objeto de Aprendizagem Colaborativa.
O material didático-pedagógico, dividido em três tópicos: Introduzindo a Imunologia, abordando os
aspectos históricos e instrumentais; Sistema Imunológico, tratando dos mecanismos de defesa do
organismo, das células do sistema imune e dos anticorpos; e Vacinas apresentando a classificação,
as novidades e a importância delas. Como sugestões de atividades estão disponibilizadas: caça-
palavras, cruzadinha, complete o quadro, interpretação de texto, confecção de painéis ou pôsteres,
pesquisas em livros e na Internet e a apresentação da cinebiografia de Louis Pasteur. Outra prática
realizada foi a elaboração e aplicação de dois questionários: o primeiro contendo 34 questões, que
serviu, no primeiro momento, para subsidiar detalhes específicos acerca da proposta de
implementação e para conhecer com maiores detalhes o público alvo; o segundo questionário, com
12 questões, objetivou conhecer o grau de entendimento obtido pelos alunos após a realização de
todas as atividades constantes do projeto de intervenção pedagógica.

REFERENCIAS

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