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PRÉ-PROJETO DE PESQUISA
FORTALEZA-CEARÁ
2020
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1. RESUMO
A tecnologia pode e deve ser usada como uma ferramenta interativa que estreita a distância do
conhecimento entre professor e aluno, sobre tudo no ensino de Química. Foi perceptível a
empolgação dos alunos nessa nova era da educação, por isso, o intuito desse trabalho foi mostrar
a importância das mídias digitais no processo de ensino aprendizagem de alunos de Química, com
aulas interativas por meio de diversos recursos midiáticos. Trata-se de uma pesquisa de campo
com embasamento teórico, que busca identificar os desafios do uso de tecnologias da
comunicação (TIC's) no ambiente escolar para o ensino de Ciências da Natureza, especificamente
para o Ensino de Química. Para coleta e análise de dados foi aplicada uma aula interativa
utilizando a metodologia ativa da aprendizagem invertida nas turmas de 1º, 2º e 3º ano do Ensino
Médio na disciplina de Química, junto a EEM Alice Moreira de Oliveira localizada no município
de Caucaia/CE. Concluímos que, mesmo em curto período de tempo, o uso de novas
metodologias se mostrou mais eficaz no processo de ensino-aprendizagem. A aula invertida tirou
os alunos de sua zona de conforto e colocou-os como protagonistas do seu próprio aprendizado,
dividindo essa responsabilidade com o professor que passou, de acordo com os resultados
obtidos, de mero transmissor de conteúdos a um facilitador da aprendizagem.
2. JUSTIFICATIVA
Em suma, esse projeto tem por fundamento as Metodologias Ativas: Uma Análise das
Contribuições para Ensino de Química. Tão somente, a sociedade digital deu novos traços para o
processo de ensino-aprendizagem. Por meio de uma revisão de literatura, de discussões e análise
de vivências no cotidiano da escola, selecionei alguns pontos recorrentes para a discussão do
objeto de estudo, o que me permitiu constatar que na prática pedagógica se constrói pela
contribuição de todos os atores sociais, cujo sujeito facilitador, pode ser consolidado, na figura do
professor enquanto mediador.
O âmbito educacional tem passado por diversas modificações, o que impõe uma nova forma de
pensar na perspectiva pedagógica de modo a integrá-la à realidade cultural dos alunos. Um dos
fatores que têm impulsionado essa readaptação é a crescente influência que as novas tecnologias
estão exercendo a nível social, o que implica também no contexto educacional. As Tecnologias da
Informação e Comunicação (TIC) tem se difundido cada vez mais entre os alunos, se tornando
assim, recursos acessíveis no compartilhamento e propagação de informações, minimizando o
“distanciamento” entre os alunos.
Neste contexto, o ensino híbrido é uma das maiores tendências da educação no século XXI.
Devido ao isolamento social causado pela pandemia mundial do Covid 19, a educação teve que
implementar o uso das tecnologias que há tanto tempo vinha sendo discutida como uma
necessidade. Essa nova metodologia tem como objetivo aliar métodos de aprendizado online e
presencial que conforme Bacich e Moran (2018) dão ênfase ao papel do educando, ao seu
desenvolvimento direto, participativo e reflexivo em todas as etapas do processo de
aprendizagem. Ou seja, a aprendizagem ativa juntamente com as tecnologias proporciona formas
significativas para ensino e aprendizagem.
A sala de aula invertida é um método de ensino-aprendizagem no qual o aluno estuda
previamente um conteúdo e, durante as aulas, ocorrem atividades práticas, atividades em grupo e
argumentações sobre aquele determinado tema. Neste caso, o professor trabalha as dificuldades
de aprendizagem dos alunos através de discussões, apresentações e formulação/resolução de
exercícios (Educause Learning Initiative, 2012).
O Kahoot é um site multiplataforma que permite a criação de perguntas em formato variado
(quiz, jumble e survey) para verificação da aprendizagem em tempo real, tornou-se mais popular
e conhecido pela modalidade Quiz, onde os docentes além de estabelecerem perguntas, podem
temporizá-las, tornando a avaliação mais dinâmica e incentivando um raciocínio mais rápido. O
docente poderá criar perguntas acessando ao site do Kahoot e dinamizar as questões através do
uso dos dispositivos móveis dos alunos aproveitando desta forma a estratégia de utilização dos
dispositivos dos alunos nas práticas pedagógicas (BYOD - Bring your on device).
Já existem vários artigos publicados (BOTTENTUIT JUNIOR, 2017; PLUMP e LAROSA, 2017)
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que atestam sua eficácia em diferentes níveis de ensino tornando um recurso a ser utilizado tanto
para uma avaliação diagnóstica (de conhecimentos prévios), tal como, um mecanismo de
avaliação pós-aula (verificação da aquisição de conhecimento).
A partir das demandas indicadas, estabelecemos as seguintes problemáticas: as metodologias
ativas ajudam a alcanças os objetivos propostos nas orientações curriculares? Como o ensino e a
aprendizagem de química poderão se desenvolver através da metodologia ativa usando o modelo
de sala de aula invertida e as tecnologias de informação e comunicação?
Como bases para o estudo foram analisadas e selecionadas citações e considerações dos
respectivos autores como: Bacich e Moran (2018), Bergmann e Sams (2016), Houssais (2001),
Cunha (1995), Bastos (2006) dentre outras fontes necessárias para a fundamentação e fechamento
deste trabalho, abordando a importância das mídias digitais no processo de ensino-aprendizagem
de alunos de química, com aulas interativas por meio de diversos recursos de mídias digitais.
Concluímos que, mesmo em curto período de tempo, é possível desenvolver o Ensino da Química
com o emprego de metodologias ativas de forma significativa, consolidada no ensino híbrido
(remoto e presencial) que pode potencializar o aprendizado, uma vez que proporcionam o
desenvolvimento de habilidades como autonomia intelectual, o exercício da criticidade e o
protagonismo estudantil.
3. OBJETIVO GERAL
Desse modo, temos como objetivo geral: Discutir, de que forma essas ferramentas podem
ser úteis na explanação mais dinâmica e didática dessa ciência tão contextualizada e tão
fascinante que é a Química.
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
5. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Esse trabalho foi elaborado com o intuito de analisar a utilização de metodologias ativas no
processo de ensino-aprendizagem nas turmas de 1º, 2º e 3º ano do Ensino Médio na disciplina de
Química, junto a EEM Alice Moreira de Oliveira localizada no município de Caucaia/CE,
pertencente a 1ª Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação – CREDE 1. Todavia,
como metodologia realizou-se uma pesquisa qualitativa considerando uma abordagem descritiva
subsidiada por uma revisão de literatura fundamentada em obras e autores como: Bacich e Moran
(2018), Bergmann e Sams (2016), Houssais (2001), Cunha (1995), Bastos (2006).
Para melhor compreensão dos procedimentos metodológicos aplicados no estudo, elaboramos o
protocolo de pesquisa com o questionário que foi aplicado, haja vista que “O protocolo constitui,
pois, uma das melhores formas de aumentar a confiabilidade do estudo [...].” (GIL, 2002, p. 140).
Portanto, para melhor compreensão dos procedimentos metodológicos aplicados no estudo do uso
de mídias digitais no ensino de química, constando todas as etapas devidamente especificadas.
Foi aplicada uma aula interativa utilizando a metodologia ativa da aprendizagem invertida. Os
alunos iniciaram a aula em casa, onde os mesmos assistiram a vídeos e realizaram exercícios
através de um aplicativo de formulário online e gratuito, Google Form's. O Google Form's
possibilita ao usuário produzir pesquisas, fazer questões discursivas, solicitar avaliações em escala
numérica, entre outras opções.
A ferramenta é ideal para quem precisa solicitar feedback sobre algo, organizar inscrições para eventos,
convites ou pedir avaliações. Nele, os alunos puderam acessar, digitando apenas o seu nome, uma
ferramenta com vídeos e exercícios. Ao terminar de responder os exercícios os alunos obtinham
acesso a sua pontuação de forma automática. A aula invertida foi aplicada em duas séries do
ensino médio, entre os dias 22 e 25 de junho de 2019. Como recursos, foram utilizados notebook,
projetor, caixa de som, computadores e celulares.
Os estudos tiveram continuidade em sala com a mediação do professor, onde o mesmo propôs
uma divisão da turma com um jogo colaborativo de perguntas e respostas utilizando o aplicativo
Kahoot, que permite a criação de jogos personalizados baseados em perguntas de múltipla
escolha sobre o respectivo assunto cujo estudo foi iniciado em casa através do acesso ao
formulário digital. Os alunos instalaram o aplicativo em seus celulares e tiveram acesso ao Quiz
de perguntas, previamente elaborado pelo professor, através de um código PIN. Ao final, os
alunos que mais pontuaram são apresentados na tela em formato de podium. O questionário
possibilitou-nos reunir informações precisas e claras e de grande importância, contemplando, assim,
aspectos relevantes e interessantes para a pesquisa.
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6. REFERÊNCIAS
BACICH, L.; MORAN, J. Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma
abordagem teórico-prática. Porto Alegre: Penso, 2018.
BASTOS, C. C. Metodologias Ativas. 2006. Disponível
em:http://educacaoemedicina.blogspot.com.br/2006/02/metodologias-ativas.html acesso em 20
abr.2017.
BERGMANN, J; SAMS, A. Sala de aula invertida: uma metodologia ativa de aprendizagem.
Rio de Janeiro: LTC, 2016. 104 p.
BOTTENTUIT JUNIOR, J. B. Verificando os Conhecimentos dos Alunos com Tecnologias
Digitais: o aplicativo Kahoot. In: Sidcley Cavalcante da Silva. (Org.). Tecnologias Digitais e
Aprendizagem Oline. 1ºed.João Pessoa: Libellus Editorial, 2017, v. , p. 117-137.
CUNHA, M. V. (1995). A educação dos educadores: da escola nova à escola de hoje.
Campinas: Mercado de letras
Educause Learning Initiative. (2012). 7 Things you should know about flipped classrooms.
Educause Creative Commons, 1–2. Acesso em 02 de março, em
http://net.educause.edu/ir/library/pdf/ELI7081.pdf
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
HOUAISS, Dicionário Eletrônico. São Paulo: Editora Objetiva, 2001.
PLUMP, C. M.; LAROSA, J. Using Kahoot! in the Classroom to Create Engagement and
Active Learning: A Game-Based Technology Solution for eLearning Novices. Management
Teaching Review, Fairfield , Iowa, v. 2, n. 2, p.151-158, 2017.