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PORTUGUÊS PARA CONCURSOS

| Apostila 2021 – Prof. Sérgio Rosa


OS: 0201/10/21-Gil

CONCURSO:

1 – Interpretação de Textos.....................................................................................................................01
2 – Gêneros Textuais................................................................................................................................04
3 – Semântica...........................................................................................................................................12
4 – Estilística: Figuras de Linguagem........................................................................................................18
5 – Variação Linguística: Norma-padrão..................................................................................................19
6 – Mecanismos de Coesão Textual: Domínio dos Elementos de Coesão................................................27
7 – Morfologia: Processo de Formação das Palavras...............................................................................32
8 – Período Composto por Subordinação: Oração Subordinadas Adjetivas............................................69
9 – Colocação Pronominal........................................................................................................................71
ÍNDICE: 10 – Verbos: Mecanismo de Flexão dos Verbos.......................................................................................85
11 – Locuções Verbais (Perífrases Verbais) .............................................................................................91
12 – Concordância Verbal e Nominal.....................................................................................................111
13 – Processos de Coordenação e de Subordinação..............................................................................120
14 – Regência Verbal e Nominal – Crase................................................................................................130
15 – Sintaxe: Frase, Oração e Período; Termos da Oração; Estudo do Período Simples........................149
16 – Emprego dos Sinais de Pontuação..................................................................................................175
17 – Acentuação Gráfica........................................................................................................................182
18 – Ortografia.......................................................................................................................................189

INTERPRETAÇÃO E ORGANIZAÇÃO INTERNA


COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS EM CONCURSOS PÚBLICOS

1.1. Por que estudar interpretação de textos?


Muitos quesitos relacionam-se, em grande parte, à compreensão e à interpretação de textos.
Dedicar todo o tempo aos estudos das regras gramaticais, deixando de lado os textos: estratégia equivocada.
Em média 40% das questões elaboradas pelas bancas examinadoras versam sobre leitura, compreensão e interpretação.
Em alguns concursos, o candidato é desafiado a enfrentar 2 ou mais textos de características bastante diferentes e o número
de perguntas que exigem uma perfeita compreensão ou interpretação do que foi lido cresce ainda mais (e ainda há várias
outras disciplinas para responder!).
INTERPRETAR COMPREENDER
------------------------------------------------------------------------- -------------------------------------------------------------------------
explicar, comentar, julgar, intelecção, entendimento,
tirar conclusões, deduzir. atenção ao que realmente está escrito.

-TIPOS DE ENUNCIADOS - TIPOS DE ENUNCIADOS

• Através do texto, INFERE-SE que... • O texto DIZ que...


• É possível DEDUZIR que... • É SUGERIDO pelo autor que...
• De acordo com o texto, qual é a INTENÇÃO do autor ao • De acordo com o texto, é CORRETA ou ERRADA a afirmação...
afirmar que... • O narrador AFIRMA...
 O autor permite CONCLUIR que...

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INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
 O primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é a identificação de sua ideia principal.
 Faça leitura atenciosa de cada período, busque identificação da palavra-chave.

A partir daí, localizam-se as

 Ideias secundárias,

 Fundamentações,

 Argumentações,

 Explicações, que levem ao esclarecimento das questões apresentadas na prova.

A organizadora de sua prova pode solicitar que se observe a possível construção de


PARÁFRASE – é reescrever o texto com outras palavras, porém deve ser mantido o sentido original.

ELEMENTOS DE CONSTRUÇÃO DO TEXTO E SEU SENTIDO:


TEXTO (LITERÁRIO E NÃO LITERÁRIO, NARRATIVO, DESCRITIVO E ARGUMENTATIVO)
TIPOLOGIA TEXTUAL
1. Narrativo
 Caracteriza-se pela enunciação de fatos que envolvem ações de personagens, encadeadas no tempo e no espaço.
Exemplo
(...)
Chegou à porta, olhou as folhas amarelas das catingueiras. Suspirou. Deus nos havia de permitir outra desgraça. Agitou a
cabeça e procurou ocupações para entreter-se. Tomou a cuia grande, encaminhou-se ao barreiro, encheu de água o caco das
galinhas, endireitou o poleiro. Em seguida foi ao quintalzinho regar os craveiros e as panelas de losna. E botou os filhos para
dentro da casa, que tinham barro até nas meninas dos olhos. Repreendeu-os:
— Safadinhos! Porcos! Sujos como...
— Deteve-se. Ia dizer que eles estavam sujas como papagaios.
Os pequenos fugiram, foram enrolar-se na esteira da sala, por baixo do caritó, e sinhá Vitória voltou para junto da trempe,
reacendeu o cachimbo. A panela chiava; um vento morno e empoeirado sacudiu as teias de aranha e as cortinas de pucumã
do teto; Baleia, sob o jirau, coçava-se com os dentes e pegava moscas. (...)
(Adaptado de Graciliano Ramos. Vidas Secas.)

Descritivo
• Revela-se pela enumeração de características de um ser, de um objeto, de um ambiente, de uma cena.
(...)
Era alto, magro, vestido todo de preto, com o pescoço entalado num colarinho direito. O rosto aguçado no queixo ia
alargando-se até a calva, vasta e polida, um pouco alongada no alto; tingia os cabelos que duma orelha a outra faziam colar
por trás da nuca — e aquele preto lustroso dava, pelo contraste, mais brilho à calva; mas não tingia o bigode. Tinha-o
grisalho, farto e caído aos cantos da boca. Era muito pálido; nunca tirava as lunetas escuras. Tinha uma covinha no queixo, e
as orelhas grandes muito despegadas do crânio.

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Fora outrora diretor geral do ministério do reino, e sempre que dizia — El Rei! Erguia-se um pouco na cadeira. Os
seus gestos eram medidos, mesmo a tomar rapé. Nunca usava palavras triviais; não dizia vomitar, fazia um gesto indicativo e
empregava restituir.
(...)
(Adaptado de Eça de Queirós. O Primo Basílio).
Dissertativo expositivo
• Estrutura-se na enunciação de fatos e dados sem defender uma opinião específica. Apenas expõe ideias sobre um
determinado assunto. Privilegia a informação.
O TELEFONE CELULAR
A história do celular é recente, mas remonta ao passado – e às telas de cinema. A mãe do telefone móvel é a austríaca
Hedwig Kiesler (mais conhecida pelo nome artístico Hedy Lamaar), uma atriz de Hollywood que estrelou o clássico Sansão e
Dalila (1949).
Hedy tinha tudo para virar celebridade, mas pela inteligência. Ela foi casada com um austríaco nazista fabricante de
armas. O que sobrou de uma relação desgastante foi o interesse pela tecnologia.
Já nos Estados Unidos, durante a Segunda Guerra Mundial, ela soube que alguns torpedos teleguiados da Marinha
haviam sido interceptados por inimigos. Ela ficou intrigada com isso, e teve a ideia: um sistema no qual duas pessoas podiam
se comunicar mudando o canal, para que a conversa não fosse interrompida. Era a base dos celulares, patenteada em 1940.

Dissertativo argumentativo
• Estrutura-se no encadeamento das ideias com a finalidade de defender um determinado ponto de vista.
É possível afirmar que o celular é o dispositivo mais usado no mundo, ele deixa de ser uma agenda telefônica e passa
a ter várias utilidades (notícias, pesquisas, filmes e séries, redes sociais), podemos perceber que atualmente a utilização do
aparelho tornou-se um vício para os indivíduos. O uso de celular durante a aula é um utensílio de desatenção ou de auxílio?
Por meio do uso do celular é possível esclarecer dúvidas realizando pesquisas, que anteriormente eram feitas em
bibliotecas, assistir a "vídeo-aulas" e debater sobre determinado assunto por meio de grupos em redes sociais, a exemplo de
Facebook, Whatsapp, Twitter.
Podem-se destacar também pontos negativos. Segundo a pesquisa do "Hypescience" (hiperciência), o uso excessivo
do celular pode prejudicar a memória, assim afetando também a saúde. Além disso, faz que o aluno tenha desconcentração,
pois, com o uso do "smarthphone", fica ainda mais difícil de obter a atenção do aluno, assim não tendo absorção completa
do assunto.
Portanto, faz-se necessário os filhos terem educação por parte dos pais ou responsáveis para que haja a utilização
do dispositivo apenas quando necessário e de forma adequada, deve-se impor regras para o uso moderado, assim
beneficiando o professor e o aluno, o que permite a aula fluir melhor.
Injuntivo
• Revela-se pela finalidade de instruir e de ordenar(caráter prescritivo) atividades para o leitor realizar uma determinada
ação.
Os verbos são, na sua maioria, empregados no modo imperativo, porém nota-se também o uso do infinitivo.
Ex: ordens; pedidos; súplica; desejo; manuais e instruções para montagem ou uso de aparelhos e instrumentos; textos com
regras de comportamento; textos de orientação (ex: recomendações de trânsito); receitas, cartões com votos e desejos (de
natal, aniversário).
-Instrucional: O texto apresenta apenas um conselho, uma indicação e não uma ordem.
-Prescrição: O texto apresenta uma ordem, a orientação dada no texto é uma imposição.
Exemplo:
BOLO DE CENOURA
Ingredientes
Massa
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3 unidades de cenoura picadas


3 unidades de ovo
1 xícaras (chá) de óleo de soja
3 xícaras (chá) de farinha de trigo
2 xícaras (chá) de açúcar
1 colheres (sopa) de fermento químico em pó
Cobertura
1/2 xícara (chá) de leite
5 colheres (sopa) de achocolatado em pó
4 colheres (sopa) de açúcar
1 colher (sopa) de Margarina

Como fazer
Massa
Coloque os ingredientes no liquidificador, e acrescente aos poucos a farinha.
Leve para assar em uma forma untada.
Depois de assado cubra com a cobertura.

Cobertura
Misture todos os ingredientes e leve ao fogo e deixe ferver até engrossar.
5. PREDIÇÃO
Caracterizado por predizer algo ou levar o interlocutor a crer em alguma coisa, a qual ainda está por ocorrer.
É o tipo predominante nos gêneros: previsões astrológicas, previsões meteorológicas, previsões escatológicas/apocalípticas.

6. DIALOGAL / CONVERSACIONAL
Caracteriza-se pelo diálogo entre os interlocutores. É o tipo predominante nos gêneros: entrevista, conversa telefônica, chat.
BREVE RESUMO PARA FIXAÇÃO
Narração: Personagens, Enredo, Espaço...
Descrição: Caracterização, Enumeração, Comparação, Retrato Verbal...
Dissertação: Expositiva, Argumentativa, Debater...
Injunção: Instrucional (Manuais, Receitas, Bulas...)

ELEMENTOS DE CONSTRUÇÃO DO TEXTO E SEU SENTIDO:


GÊNERO DO TEXTO (LITERÁRIO E NÃO LITERÁRIO)
GÊNEROS TEXTUAIS

ALGUNS EXEMPLOS DE GÊNEROS LITERÁRIOS


GÊNERO CRÔNICA: a crônica é um gênero narrativo. Publicada em jornal ou revista, destina-se à leitura diária ou semanal e
trata de acontecimentos cotidianos. A crônica artística se diferencia do jornal por não buscar exatidão da informação.
Diferente da notícia, a crônica os analisa, dá-lhes um colorido emocional, mostrando aos olhos do leitor uma situação
comum, vista por outro ângulo, singular.
O leitor pressuposto da crônica é urbano e, em princípio, um leitor de jornal ou de revista. A preocupação com esse leitor faz
que, dentre os assuntos tratados, o cronista dê maior atenção aos problemas do modo de vida urbano, do mundo
contemporâneo, dos pequenos acontecimentos do dia a dia comuns nas grandes cidades. Jornalismo e literatura: É assim
que podemos dizer que a crônica é uma mistura de jornalismo e literatura. De um recebe a observação atenta da realidade
cotidiana e do outro, a construção da linguagem, o jogo verbal. Algumas crônicas são editadas em livro, para garantir sua
durabilidade no tempo.

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TIPOLOGIA: Narrativo
Para começar, uma crônica sobre a crônica, de Machado de Assis:
O nascimento da crônica
“Há um meio certo de começar a crônica por uma trivialidade. É dizer: Que calor! Que desenfreado calor! Diz-se isto,
agitando as pontas do lenço, bufando como um touro, ou simplesmente sacudindo a sobrecasaca. Resvala-se do calor aos
fenômenos atmosféricos, fazem-se algumas conjeturas acerca do sol e da lua, outras sobre a febre amarela, manda-se um
suspiro a Petrópolis, e la glace est rompue está começada a crônica. (...)
(Machado de Assis. “Crônicas Escolhidas”. São Paulo: Editora Ática, 1994)
GÊNERO FÁBULA: é uma narrativa curta, onde os personagens mais importantes geralmente são animais que pensam e
agem como pessoas. A história termina com uma moral, que tem objetivo de ensinar uma lição. TIPOLOGIA: Narrativo

O Leão e o Rato
– Um Leão dormia sossegado, quando foi acordado por um Rato, que passava correndo em cima de seu rosto. Com um
ataque ágil ele o agarrou, e estava pronto para matá-lo, ao que o Rato implorou: Por favor, se o senhor me soltar, tenho
certeza que um dia poderia retribuir sua bondade. Rindo por achar ridícula a ideia, assim mesmo, ele resolveu solta-lo. Pouco
tempo depois, o Leão caiu numa armadilha colocada por caçadores. Preso ao chão, amarrado por fortes cordas, sequer podia
mexer-se. O Rato, ouvindo seu rugido, se aproximou e roeu as cordas até deixá-lo livre. Então disse: O senhor riu da ideia de
que eu jamais seria capaz de ajudá-lo. Nunca esperava receber de mim qualquer favor em troca do seu! Mas agora sabe que
mesmo um pequeno Rato é capaz de retribuir um favor a um poderoso Leão.
(Baseada na obra de ESOPO).
Moral da História
Os pequenos amigos podem se revelar os melhores e mais leais.

GÊNERO APÓLOGO: texto protagonizado por coisas inanimadas (plantas, pedras, rios, relógios, montanhas, estátuas) que
adquirem certos dotes humanos.
● Gênero alegórico que ilustra um ensinamento de vida por meio de situações semelhantes às reais, envolvendo pessoas,
objetos ou animais, seres animados ou inanimados;
● Os apólogos têm o objetivo de atingir os conceitos humanos de forma que os modifique e reforme, levando-os a agir de
maneira diferente. Os exemplos são utilizados para ajudar a modificar conceitos e comportamentos humanos, de ordem
moral e social
● Diferencia-se da parábola, pois esta trata de questões religiosas e lições éticas, enquanto o apólogo fala de qualquer tipo
de lição de vida, mesmo que esta não seja a que é adotada pela maioria como a maneira correta de agir.

TIPOLOGIA: Narrativo
EXEMPLO DE APÓLOGO
Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
- Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma coisa neste mundo?
- Deixe-me, senhora.
- Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei
sempre que me der na cabeça.
- Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça.
Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.
- Mas você é orgulhosa.
- Decerto que sou.
- Mas por quê?
- É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?

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- Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu, e muito eu?
­ Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados…
- Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu
faço e mando…
- Também os batedores vão adiante do imperador.
- Você é imperador?
­ Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai
fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto…
Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma
baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha,
pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era
a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana – para dar a isto uma cor poética. E dizia a
agulha:
- Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa
comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima.
A linha não respondia nada; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa como
quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também,
e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o
sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte; continuou ainda nesse e no outro, até que no quarto acabou a obra, e
ficou esperando o baile.
Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no
corpinho, para dar algum ponto necessário. E quando compunha o vestido da bela dama, e puxava a um lado ou outro,
arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha, para mofar da agulha, perguntou-lhe:
- Ora agora, diga-me quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é
que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das
mucamas? Vamos, diga lá.
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre
agulha:
- Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha
de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.

HISTÓRIA EM QUADRINHOS: é um gênero narrativo que consiste em enredos contados em pequenos quadros por meio de
diálogos diretos entre seus personagens, gerando uma espécie de conversação. Sua estrutura é composta por ilustrações,
balões: espaço onde aparece a fala, pensamento, onomatopeias: São palavras que imitam a voz de animais ou ruídos de
objetos.
Ex: BUUM!!! (explosão), TOC-TOC! (batendo à porta); Metáforas visuais: Produzem uma sensação de movimento).
TIPOLOGIA: Narrativo
GÊNERO CHARGE: linguagem verbal e não verbal, permeadas pelo humor e uma fina ironia, são tipos de textos que podem
ser usados para denunciar e criticar as mais diversas situações do cotidiano relacionadas com a política e a sociedade.
TIPOLOGIA: Argumentativa

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GÊNERO CARTUM se caracteriza com uma anedota gráfica em que nele podemos visualizar a presença da linguagem verbal
associada à não verbal.
Suas abordagens dizem respeito a situações relacionadas ao comportamento humano, mas não estão situadas no tempo, por
isso são denominadas de atemporais e universais, ou seja, não fazem referência a uma personalidade em específico.

POEMA: trabalho elaborado e estruturado em versos. Além dos versos, pode ser estruturado em estrofes.
Rimas e métrica também podem fazer parte de sua composição.
Pode ou não ser poético.
Dependendo de sua estrutura, pode receber classificações específicas, como haicai, soneto, epopeia, poema figurado,
dramático. Em geral, a presença de aspectos narrativos e descritivos são mais frequentes neste gênero.

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ALGUNS EXEMPLOS DE GÊNEROS NÃO LITERÁRIOS


GÊNERO EDITORIAL: é um gênero textual dissertativo-argumentativo que expressa o posicionamento da empresa sobre
determinado assunto, sem a obrigação da presença da objetividade.
Tipologia: argumentativo

Editorial
Indústria e exportações
Por
Gazeta do Povo
28/03/2021 20:07

Vista aérea do Porto de Paranaguá.| Foto: José Fernando Ogura/ANP


Estudos com base na experiência do desenvolvimento brasileiro nos últimos 40 anos revelam que, se o país quiser
crescer a taxas superiores ao crescimento da população, o primeiro passo é a busca de exploração de todos os mercados. O
sistema produtivo nacional destina-se a produzir bens e serviços para atender o consumo das pessoas, o consumo do
governo, o investimento do governo, o investimento das empresas e a demanda internacional. A soma dessas cinco
demandas é chamada “demanda agregada”. A primeira causa do estímulo à produção – logo, do emprego, da renda e dos
impostos – é a existência de compradores para o conjunto do Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, os bens e serviços finais
que compõem o PIB.
O mercado é um sistema de sinais que segue mais ou menos uma lógica: a demanda se manifesta, o setor produtivo a
identifica, os investimentos são realizados, a empresa entra em operação, o produto é fabricado (com todos os benefícios em
termos de geração de emprego e salários), as vendas são feitas... e a economia cresce. No caso do governo, sua demanda se
dá por outro caminho. Parte do PIB – vale dizer, parte da renda nacional, que tem o mesmo valor do PIB – é capturada pelo

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setor estatal por meio da carga tributária bruta, que fornece os recursos financeiros com os quais o governo faz sua demanda
a fim de prover os serviços públicos e investimentos decididos no orçamento governamental (municípios, estados e União).
A miopia política e os gritos de nacionalismo irracional boicotaram o que poderia ter sido a semente de um sistema que
levaria o Brasil a virar o milênio como um país rico, desenvolvido e membro do clube das nações adiantadas
Entendido esse quadro simplificado, é fácil concluir que um dos principais elementos na dinâmica funcional da
economia é a existência e a materialização real da demanda, aí incluída a demanda internacional. Em julho de 1951, foi
instalada, sob a liderança do Ministério da Fazenda, a Comissão Mista Brasil-EstadosUnidos para o Desenvolvimento
Econômico, que trabalhou e produziu seus resultados até dezembro de 1953, a partir da origem em abril de 1950, quando o
governo brasileiro reivindicou financiamento norte-americano para um extenso programa de reequipamento dos setores de
infraestrutura. Aquela comissão teve um papel importante na história econômica brasileira, a começar pela base de sua
justificativa, que foi a constatação de que o Brasil era altamente dependente de suprimentos internacionais, fazendo que o
abastecimento interno fosse vulnerável a eventuais crises de importações.
A comissão mista foi criada composta por técnicos dos dois países, cuja missão era elaborar projetos específicos
destinados a expandir o desenvolvimento do potencial econômico brasileiro, cujas prioridades incluíam os setores de
transportes, energia, componentes industriais e a agricultura, entre outros. Na época, o Brasil era visto pelos organismos
internacionais recém-criados, sobretudo o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional, como um país fragilizado em
termos de segurança alimentar, segurança militar e segurança energética, a ponto de a diplomacia dos Estados Unidos do
governo Truman ter afirmado que a principal tarefa da comissão mista seria encorajar a introdução do capital estrangeiro no
Brasil e, junto com ele, a transferência de tecnologia para o crescimento da produção interna.
Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/industria-e-exportacoes/
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ARTIGO DE OPINIÃO: faz a defesa de ideias ou ponto de vista do autor. O texto, além de explicar, também persuade o
interlocutor, objetivando convencê-lo de algo.
TIPOLOGIA: Argumentativo
EXEMPLO DE ARTIGO DE OPINIÃO

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QUE DIFERENÇAS HÁ ENTRE O ARTIGO DE OPINIÃO E O EDITORIAL?


O editorial escrito para jornais ou revistas não é assinado, uma vez que nele o jornalista deve expor não o seu ponto de vista
pessoal, mas da instituição para a qual trabalha, que, desse modo, assume a responsabilidade por qualquer declaração
polêmica presente no editorial.
Já o artigo de opinião é assinado. Logo, as ideias defendidas no artigo de opinião são de total responsabilidade do autor, e,
por este motivo, o mesmo deve ter cuidado com a veracidade dos elementos apresentados.
O editorial é uma “notícia comentada”. Assim sendo, seu objetivo é apresentar um posicionamento (da revista ou do jornal)
sobre um determinado evento.
O artigo, no entanto, dá um passo além, uma vez que apresenta clara intenção persuasiva, ou seja, procura influenciar o
leitor, no sentido de fazê-lo mudar de ideia e/ou tomar uma atitude.
O EDITORIAL é SEMELHANTE ao ARTIGO DE OPINIÃO quanto à estrutura e aos objetivos, a única diferença é que no editorial
não se apresenta assinatura do autor (individual), pois representa a posição da imprensa.

GÊNERO NOTÍCIA: os elementos da apresentação da notícia são:


MANCHETE: ou título principal (costuma ser composto de frases pequenas e atrativas, e revela o assunto principal que será
retratado em seguida).
IMAGEM: (é um recurso que pode ou não estar presente) é uma estratégia para chamar a atenção dos leitores.
LIDE: (Este termo deriva de uma palavra inglesa – lead). Nesta parte precisamos encontrar todas as informações necessárias
para responder às seguintes perguntas: Onde aconteceu o fato? Com quem? O que aconteceu? Quando? Como? Qual foi o
assunto?
CORPO DA NOTÍCIA: Nela, há um detalhamento maior dos fatos, de modo a destacar os detalhes mais importantes,
fundamentais à compreensão do interlocutor.
TIPOLOGIA: Narrativo/relato

Brasil
NOTÍCIA
Veja notas de corte dos cursos mais concorridos em universidades do Brasil
Medicina, Engenharia Civil e Odontologia são algumas das graduações com as notas mais elevadas na UFPI no Sisu; maioria
dos cursos mais disputados é na capital. Resultado do Enem foi divulgado nessa segunda, 29
Por
BEMFICA DE OLIVA
19:02 | 02/04/2021
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Entre os cursos mais concorridos da UFRJ no Sisu do último ano estão Medicina, Ciências Econômicas e Odontologia; nota de
corte do Enem para estas graduações chega a mais de 800 pontos (Foto: Divulgação/UFRJ)
As notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 foram divulgadas na última segunda-feira, 29, e o Sistema de
Seleção Unificado (Sisu) de 2021 abrirá inscrições para universidades públicas na terça-feira, 6 de abril (06/04). As vagas no
Sisu são distribuídas em 110 instituições públicas de ensino superior de 24 estados e do Distrito Federal.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 10
CURSO PRIME PARANGABA – Av. Augusto dos Anjos, 1915 (Instalações do Colégio Jim Wilson)
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OS: 0201/10/21-Gil

São 209.190 oportunidades no Sisu 2021.1. Veja abaixo algumas das universidades que ofertarão vagas nesta edição, com as
notas de corte dos cursos mais e menos concorridos em cada uma no último ano, em 2020. A nota de corte usada é a final,
divulgada pela universidade após a chamada regular do Sisu, a lista de espera e o banco de suplentes. As notas exibidas são
na modalidade Ampla Concorrência.
Notas de corte da UFC no Sisu 2020

Cursos com maiores notas de corte da UFC do último ano


1 - Medicina (Fortaleza): 786.8
2 - Medicina (Sobral): 781.18
3 - Direito (Fortaleza): 755.74 (Integral) e 746.48 (Noturno)
4 - Odontologia (Fortaleza): 745.24
5 - Engenharia de Computação (Fortaleza): 740.58
6 - Odontologia (Sobral): 736.74
7 - Arquitetura e Urbanismo (Fortaleza): 733.3
8 - Psicologia (Fortaleza): 733.16
9 - Ciência da Computação (Fortaleza): 730.44
10 - Engenharia Mecânica (Fortaleza): 724.34

REPORTAGEM: é um gênero textual jornalístico que tem por objetivo informar e levar os fatos ao leitor de uma maneira
clara, com linguagem direta.
Manchete: título principal da reportagem
Imagem: (é um recurso que pode ou não estar presente) é uma estratégia para chamar a atenção dos leitores.
Lide: pequeno resumo que aparece depois do título afim de chamar a atenção do leitor. - Corpo: desenvolvimento do
assunto abordado, é um texto maior do que a notícia, com linguagem direcionada ao público alvo.
TIPOLOGIA: Narrativo/Relatar

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SEMÂNTICA: SENTIDO E EMPREGO DOS VOCÁBULOS; CAMPOS SEMÂNTICOS


SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS

Como se pode enriquecer o Vocabulário?


Para a realização desse objetivo é preciso dialogar com pessoas que se expressam bem; ler textos variados e bem escritos;
memorizar os diferentes significados das palavras por meio de dicionários. Por último, produzir textos variados em que as
palavras surgidas nas leituras e já memorizadas nos dicionários, possam ser contextualizadas, isto é, usadas adequadamente
em frases. É claro que a prática de exercícios também ajuda. Vamos indicar agora um roteiro de estudo, o qual trata da
significação das palavras:
 Polissemia;
 Denotação/Conotação;
 Sinonímia/Antonímia;
 Hiperonímia/Hiponímia;
 Homonímia/Paronímia;

 POLISSEMIA
A palavra Polissemia compreende dois radicais: [poli = muito] e [semia = significado]. Portanto, uma palavra pode
apresentar diferentes significados, dependendo dos usos linguísticos em que possa aparecer.

A palavra "vela" é um dos exemplos de polissemia. Ela pode significar


a vela de um barco;
a vela feita de cera que serve para iluminar
pode ser a conjugação do verbo velar, que significa estar vigilante.
"Letra" é uma palavra polissêmica. Letra pode significar
o elemento básico do alfabeto,
o texto de uma canção ou a caligrafia de um determinado indivíduo.
Neste caso, os diferentes significados estão interligados porque remetem para o mesmo conceito, o da escrita.

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AMBIGUIDADE

A qualidade ou estado do que é ambíguo, ou seja, aquilo que pode ter mais do que um sentido ou significado.
A ambiguidade pode apresentar a sensação de indecisão, hesitação, imprecisão, incerteza e indeterminação.
Exemplo: “Não sei se gosto do frio ou do calor”. “Não sei se vou ou fico”.
A ambiguidade pode estar em palavras, frases, expressões ou sentenças completas. É bastante aplicável em textos de teor
literário, poético ou humorístico, mas deve ser evitado em textos científicos ou jornalísticos, por exemplo.
Ambiguidade é também um substantivo que nomeia a falta de clareza em uma expressão. Exemplo: “Pedro disse ao amigo
que havia chegado”. (Quem havia chegado? Pedro ou o amigo?).
Exemplo: “O celular se tornou um grande aliado do homem, mas esse nem sempre realize todas as suas tarefas”.
As palavras “esse” e “suas” podem se referir tanto ao celular, quanto ao homem, dificultando a direta interpretação da frase
e causando ambiguidade.
Exemplo: “O rapaz pediu um prato ao garçom”.
No exemplo acima, a palavra “prato” pode se referir ao objeto onde se coloca a comida ou à um tipo de refeição.
DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO
Denotação e Conotação referem-se, de forma geral, aos significados atribuídos às palavras e orações empregadas na língua
portuguesa, sendo recursos essenciais para a adequada interpretação de textos. Para saber exatamente o significado delas,
ver exemplos e demais informações relevantes, confira nosso artigo.

O QUE É DENOTAÇÃO?
Denotação refere-se a sentido denotativo que, por sua vez, significa um sentido próprio, literal e real independentemente
do contexto em que a palavra, oração ou período aparecem. Resumidamente, podemos dizer que denotação é o sentido
exato da palavra, não cabendo maiores interpretações.
Exemplos:
O gato é um mamífero.
Já li esta notícia do jornal.
O empregado limpou o jardim.
A mulher estava cansada.
Como é possível observar, o uso da denotação tem por objetivo transmitir uma mensagem ao receptor de forma objetiva e
clara, evitando equívocos na interpretação e desempenhando uma função estritamente prática e utilitária. Por essas razões,
esse tipo de linguagem é muito utilizado em textos informativos, tais como: regulamentos, jornais, manuais de instrução,
artigos científicos, bulas de medicamentos etc.

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O QUE É CONOTAÇÃO?
O termo conotação está associado a sentido conotativo que, por sua vez, refere-se a palavras utilizadas no sentido figurado,
ou seja, que pode ter diferentes significados de acordo com o contexto no qual ela é empregada. Por esse motivo, textos
construídos utilizando conotações requerem maior habilidade de interpretação, já que a linguagem não é tão objetiva como
nos casos da denotação.
Exemplos:
Hélio tem um coração de pedra.
Mariana é um sol na vida de todos.
Minha vida é um mar de esperanças.
Conforme é possível perceber, a conotação assume um sentido simbólico e figurado, o qual o grande objetivo é provocar
sentimentos em quem está recebendo a mensagem. Esse recurso é muito perceptível na literatura, na linguagem poética, em
letras musicais, nos anúncios publicitários e em conversas informais no dia a dia.

RELAÇÕES DE SINONÍMIA E ANTONÍMIA


SINONÍMIA
Em razão da polissemia, pode-se afirmar que não há sinônimos perfeitos, mas, sim, palavras, que em determinados
contextos linguísticos, podem ser substituídas por outras significações correspondentes.
Por exemplo: branco é sinônimo de alvo em alguns contextos, mas não em todos.
Exemplos:
 Tecido branco = tecido alvo
 Alcançar o meu alvo = atingir meu objetivo
Observe-se ainda que a escolha sinonímica vai depender dos registros técnicos ou cultos. Por exemplo:
peito – seio – busto

dor de cabeça – cefaleia

são usados em diferentes contextos.

ANTONÍMIA
São palavras que, dependendo do contexto, têm sentido contrário a outras. Muitas vezes o antônimo é feito por prefixo:
Leal x desleal;
feliz x infeliz;
típico x atípico

Outras vezes o antônimo é obtido por outra palavra:


Claro x escuro
Rico x pobre

HIPERONÍMIA E HIPONÍMIA

A hiperonímia indica uma relação hierárquica de significado que uma palavra superior estabelece com uma palavra inferior.
O hiperônimo é uma palavra hierarquicamente superior porque apresenta um sentido mais abrangente que engloba o
sentido do hipônimo, uma palavra hierarquicamente inferior, com sentido mais restrito.
A hiponímia indica, assim, essa mesma relação hierárquica de significado. Foca-se, no entanto, na perspectiva da palavra
hierarquicamente inferior - hipônimo, que, a nível semântico, pode ser incluída numa classe superior que abrange o seu
significado - hiperônimo.
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País é hiperônimo de Brasil.


Mamífero é hiperônimo de cavalo.
Jogo é hiperônimo de xadrez.
Brasil é hipônimo de país.
Cavalo é hipônimo de mamífero.
Xadrez é hipônimo de jogo.
Os hiperônimos:
 Apresentam um sentido abrangente;
 Transmitem a ideia de um todo;
 Representam as características genéricas de uma classe;
 Permitem a formação de subclasses associadas a elas.
Os hipônimos:
 Apresentam um sentido restrito;
 Transmitem a ideia de um item ou uma parte de um todo;
 Representam as características específicas de uma subclasse;
 Permitem a associação a uma classe superior mais abrangente.
Exemplos de hiperônimos e hipônimos
Hiperônimo Hipônimos

cor verde, azul, amarelo, vermelho, branco,...

fruta maçã, banana, manga, abacaxi, jaca,...

veículo carro, automóvel, moto, bicicleta, ônibus,...

esporte natação, futebol, patinação, atletismo, esgrima,...

animal cobra, onça, cachorro, urubu, urso,...

flor rosa, margarida, malmequer, hortênsia, orquídea,...

eletrodoméstico geladeira, batedeira, liquidificador, aspirador, ferro,...

móvel estante, armário, mesa, cadeira, sofá,...

ferramenta martelo, serrote, alicate, enxada, chave de fenda,...

ave papagaio, gaivota, bem-te-vi, arara, coruja,...

doença gripe, sarampo, caxumba, catapora, bronquite,...

Uso de hiperônimos e hipônimos


O uso de hiperônimos e hipônimos é essencial para a construção de uma boa coesão lexical num texto. Os hiperônimos e
hipônimos atuam como um recurso coesivo lexical que permite a abordagem de um tema evitando repetições vocabulares.
Além disso, desempenham uma função anafórica no texto, fazendo referência a uma informação previamente mencionada
sem a repetir, através do uso de substantivos genéricos e específicos.

LISTA DE PALAVRAS PARÔNIMAS COM SEUS SIGNIFICADOS


São palavras parecidas na escrita e na pronúncia, mas diferentes no significado.
Acurado – feito com muito carinho Apurado – refinado, desvendado
Adotar – aceitar: alguém, doutrina, ideia Dotar - conceder dote, beneficiar, favorecer
Amoral – pessoa destituída de senso moral Imoral – contrário à moral, devasso

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Apóstrofe – figura de linguagem Apóstrofo – sinal gráfico


Aprender – adquirir conhecimento Apreender – assimilar mentalmente
Arrear – pôr arreios, encilhar, selar Arriar – fazer descer o que estava no alto
Assoar – limpar secreção nasal Assuar – dar vaia em, apupar
Atuar - desempenhar um papel como ator Autuar - auto de infração, processar
Auto - ato público, peça teatral de um ato Alto - de grande extensão vertical, elevado
Absolver: perdoar, inocentar Absorver: aspirar, sorver
Câmara – onde se reúnem os deputados Câmera – aparelho que capta imagens
Cavaleiro – aquele que sabe andar a cavalo Cavalheiro – homem educado
Celerado - aquele que cometeu crimes Acelerado – apressado
Comprimento – extensão Cumprimento – saudação, ato de cumprir
Conjetura – suposição, hipótese Conjuntura – situação, circunstância
Deferir – atender, conceder Diferir – distinguir-se, ser diferente, adiar
Degredado – desterrado, exilado Degradado – estragado, rebaixado
Delatar – denunciar Dilatar – alargar, ampliar
Descrição - ato de descrever, expor Discrição – reserva; qualidade de discreto
Descriminar – inocentar Discriminar - distinguir
Desmistificar - desfazer uma ilusão Desmitificar - desfazer um mito
Despensa - lugar de guardar mantimentos Dispensa - isenção, licença
Desapercebido - desprevenido, desprovido Despercebido - não percebido, não notado
Destratar – insultar Distratar - desfazer trato, anular, rescindir
Discente - que aprende Docente - que ensina
Emergir - vir à tona Imergir - mergulhar
Emigrar - sair da pátria Imigrar - entrar num país estranho para nele morar
Eminente – notável, célebre Iminente – prestes a acontecer
Emitir - lançar fora de si Imitir - fazer entrar
Esbaforido – ofegante, cansado Espavorido - apavorado, assustado
Estada - permanência de pessoa Estadia - permanência de veículo
Estância – morada Instância - jurisdição, urgência
Estofar - cobrir de estofo Estufar - meter em estufa
Flagrante – registrado momentâneo Fragrante - que exala bom odor, aromático
Fluir - correr com certa abundância Fruir - gozar, desfrutar
Fuzil - arma de fogo Fusível - peça de instalação elétrica
Incerto – duvidoso Inserto - inserido, incluído
Incidente – acontecimento imprevisível Acidente - acontecimento casual, porém grave
Inflação - desvalorização do dinheiro Infração - violação, transgressão
Informar - transmitir conhecimento Enformar - colocar na forma Enfornar - colocar no forno
Infligir - aplicar pena ou castigo Infringir - transgredir, violar, não respeitar
Mandado - ordem judicial Mandato - poder dado ou autorizado
Precedente – antecedente Procedente – proveniente, oriundo
Prescrição - ordem expressa Proscrição - eliminação, expulsão
Previdência - faculdade de ver antecipadamente o futuro Providência - a suprema sabedoria atribuída a Deus
Ratificar – confirmar Retificar – tornar reto, endireitar
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Recrear – divertir Recriar - criar novamente


Soar - produzir som Suar – transpirar
Tráfego – trânsito Tráfico – comércio ilegal
Treplicar - responder a uma réplica Triplicar - multiplicar por três
Vultoso - volumoso, de grande vulto, enorme Vultuoso - atacado de vultuosidade, inchado

LISTA DE PALAVRAS HOMÔNIMAS COM SEUS SIGNIFICADOS


• Homônimas: são palavras escritas e pronunciadas de modo idêntico, mas diferentes nos significados. Podem ser:
• Homônimas Homófonas: são aquelas iguais na pronúncia, mas diferentes na escrita e na significação.
• Homônimas Homógrafas: são aquelas diferentes na pronúncia (timbre fechado e aberto), mas iguais na escrita.
Acender: pôr fogo Ascender: subir
Acento - sinal gráfico, tom de voz Assento - lugar, superfície onde se senta
Aço – liga de ferro e carbono Asso – 1ª. pessoa do presente do verbo assar
Acerca de - sobre, a respeito de Há cerca de – perto de, ou faz (= tempo decorrido)
Afim – que tem afinidade, ligação A fim – com intenção ou com finalidade de
Apreçar – perguntar o preço de Apressar – impor maior pressa
Caçar – ir ao encalço de, perseguir animais ou aves Cassar – anular, revogar
Calda – líquido espesso e viscoso, xarope Cauda – rabo, parte posterior de avião
Cela – pequeno quarto, cômodo de reduzidas dimensões Sela – peça de couro
Coser: costurar Cozer: cozinhar
Cheque: ordem de pagamento Xeque: lance de jogo de xadrez
Censo – recenseamento, dados estatísticos Senso – juízo claro, raciocínio
Censual – relativo ao censo Sensual – relativo ao sexo, aos sentidos
Céptico - que duvida ou quem duvida Séptico - que causa infecção
Cerração – nevoeiro denso Serração – ato de serrar, de cortar
Cerrar – fechar Serrar – cortar
Cessão – ato de ceder Seção ou secção – corte, divisão, repartição
Sessão – espaço de tempo que dura uma atividade
Cesto – balaio Sexto – ordinal de seis
Chá – bebida Xá – título do ex-imperador do Irã
Cheque – ordem de pagamento Xeque – lance de jogo de xadrez, dirigente árabe
Cinta - tira de pano Sinta - subjuntivo presente e imperativo do verbo sentir
Cocho - recipiente de madeira Coxo – capenga, manco
Concerto – sessão musical Conserto – reparo
Coser – costurar Cozer – cozinhar
Espiar - observar, espionar Expiar - sofrer castigo
Empoçar - fazer poças Empossar - dar posse
Espectador - o que observa um ato Expectador - que tem expectativa
Esperto - ativo, inteligente, vivo Experto - perito, entendido
Era - data, época Hera – planta
Estático - firme, imóvel Extático - admirado, pasmado
Estirpe - raiz, linhagem Extirpe - flexão do verbo extirpar
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Estrato - tipo de nuvem Extrato - resumo, essência


Esterno - osso dianteiro do peito Externo - que está por fora
Incerto – duvidoso Inserto - inserido, incluído
Incipiente - que inicia, principiante Insipiente - ignorante, sem juízo, imprudente
Intercessão - ato de interceder Interseção - ponto onde duas linhas se cruzam
Paço - palácio real ou episcopal Passo – marcha
Profetiza - do verbo profetizar Profetisa - feminino de profeta
Ruço – grisalho, desbotado, situação grave Russo - da Rússia
Tacha - pequeno prego Taxa - imposto, preço de um serviço público
Tachar – atribuir defeito Taxar – fixar taxa
Viagem - substantivo: a viagem Viajem - forma verbal: que eles viajem

HOMÔNIMAS PERFEITAS
Homônimas perfeitas: são palavras que possuem mesma pronúncia e mesma grafia, porém apresentam sentidos
diferentes.
Eu CEDO livros para a biblioteca.
Levantou CEDO para estudar.

ESTILÍSTICA: FIGURAS DE LINGUAGEM

Figuras de linguagem são recursos usados na fala ou na escrita para tornar mais expressiva a mensagem transmitida.
Compreender e saber usar as figuras de estilo capacita o uso mais eficaz da linguagem como fenômeno social, ajudando a
vislumbrar o simbolismo de algumas conversas e obras literárias, por exemplo.
Figuras de Palavras
Metáfora: estabelece uma relação de semelhança ao usar um termo com significado diferente do habitual. Ex.: “A menina é
uma flor”.
Comparação: parecida com a metáfora, a comparação é uma figura de linguagem usada para qualificar uma característica
parecida entre dois ou mais elementos. No entanto, no caso da comparação, existe uma palavra de conexão (como, tal qual,
assim). Ex: "O olhar dela é como a lua, brilha maravilhosamente".
Metonímia: substituição lógica de uma palavra por outra semelhante. Ex.: “Beber um copo de vinho”.
Catacrese: emprego de uma palavra no sentido figurado por não haver um termo próprio. Ex.: “A perna dos óculos”.
Sinestesia: mistura de diferentes impressões sensoriais. Ex.: “O doce som da flauta”.
Onomatopeia: imitação de um som. Ex.: “trrrimmmmm” (telefone).
Perífrase: uso de uma palavra ou expressão para designar algo ou alguém. Ex.: “Cidade Luz” (Paris).
Figuras de Pensamento
Antítese: palavras de sentidos opostos. Ex.: bom/mau
Paradoxo: referente a duas ideias contraditórias em uma só frase ou pensamento. Ex: "Ainda me lembro daquele silêncio
ensurdecedor”.
Eufemismo: intenção de suavizar um fato ou atitude. Ex.: “Foi para o céu” (morreu).
Hipérbole: exagero intencional. Ex.: “Morto de sono”.
Ironia: afirmação contrária daquilo que se pensa. Ex.: “É um santo!” (para alguém com mau comportamento).

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Prosopopeia ou Personificação: atribuição de predicativos próprios de seres animados a seres inanimados. Ex.: “O sol está
tímido”.
Ironia: afirmação contrária daquilo que se pensa.
Ex.: É um santo! (para alguém com mau comportamento)

Figuras de Construção
Pleonasmo: repetição de um termo, redundância. Ex.: “Subir para cima”.
Aliteração: repetição de determinados sons consonantais nos versos ou frases. Ex: “O rato roeu a roupa...”.
Assonância: repetição de determinados sons vocálicos. Ex: “Na messe, que enlourece, estremece a quermesse...” (Eugênio
de Castro)
Anacoluto: alteração da construção normal da frase. Ex.: “O homem, não sei o que pretendia”.
Anáfora: repetição intencional de uma palavra ou expressão para reforçar o sentido. Ex.: “Noite-montanha. Noite vazia.
Noite indecisa. Confusa noite. Noite à procura, mesmo sem alvo”. (Carlos Drummond de Andrade).
Elipse: omissão de um termo que pode ser identificado facilmente. Ex.: “No trânsito, carros e mais carros”. (há).
Zeugma: omissão de um termo já expresso anteriormente. Ex: “Ele gosta de Inglês; eu, (gosto) de Alemão”.
Polissíndeto: repetição da conjunção entre os termos da oração. Ex.: “Nem o céu, nem o mar, nem o brilho das estrelas”.
Assíndeto: classifica a junção de diferentes orações sem o uso de conectivos, por norma, são separadas por vírgulas ou
outros sinais de pontuação. Ex: “Vim, vi, venci.” (Júlio César)
Silepse: concordância com a ideia que se quer passar, um termo oculto, e não com o termo da frase. Ex: "a linda (ilha de)
Fernando de Noronha".
LISTINHA DE MEMORIZAÇÃO
Metáfora: comparação implícita Símile ou Comparação: comparação explícita
Antítese: oposição lógica Paradoxo: oposição não lógica
Hipérbole: exagero. Eufemismo: suavização.
Elipse: omissão de um termo subentendido. Zeugma: omissão de um termo já dito.
Polissíndeto: Mesmo conectivo repetido Assíndeto: Nenhum conectivo.
Aliteração: Repetição de consoantes. Assonância: Repetição de vogais.
Ironia: sarcasmo. Gradação: ideias sequenciais
Onomatopeia: palavras que surge de ruído. Hipérbato: inversão; ordem indireta da frase.
Metonímia: substituição de termo por outro com relação de sentido
Catacrese: ausência de termos específicos. "pé da mesa". Sinestesia: mistura dos sentidos.
Prosopopeia: personificação das coisas. Paranomásia: trocadilho de sons
Apóstrofe: vocativo. Silepse: concordância com ideia.
Anáfora: repetição - retorno. Pleonasmo: repetição com redundância.

VARIAÇÃO LINGUÍSTICA: NORMA-PADRÃO.


A linguagem é a característica que nos difere dos demais seres, permitindo-nos a oportunidade de expressar sentimentos,
revelar conhecimentos, expor nossa opinião frente aos assuntos relacionados ao nosso cotidiano, e, sobretudo, promovendo
nossa inserção ao convívio social.
E dentre os fatores que a ela se relacionam destacam-se os níveis da fala, que são basicamente dois: o nível de formalidade
e o de informalidade.

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O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um modo geral.
Razão pela qual nunca escrevemos da mesma maneira que falamos.
Quanto ao nível informal, por sua vez, representa-se a linguagem do dia a dia, das conversas informais que temos com
amigos, familiares etc.

NORMA-PADRÃO E VARIAÇÃO LINGUÍSTICA: POR QUE ESTUDAR A LÍNGUA PADRÃO?


A linguagem culta ou padrão é aquela ensinada nas escolas e serve de veículo às ciências que se apresentam com
terminologia especial. É usada pelas pessoas instruídas das diferentes classes sociais e caracteriza-se pela obediência às
normas gramaticais. Mais comumente usada na linguagem escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. É mais
artificial, mais estável, menos sujeita a variações. Está presente nas aulas, conferências, sermões, discursos políticos,
comunicações científicas, noticiários de TV, programas culturais etc.
Para você entender melhor aonde queremos chegar, imagine que você foi selecionado para uma entrevista de emprego.
Qual roupa você usaria? Qual postura você teria? Como seria a sua linguagem para responder às perguntas? Provavelmente
você usaria uma roupa mais adequada à situação, como calça comprida e camisa, teria uma postura mais firme e decidida
para transmitir seriedade e compromisso e sua linguagem seguiria a norma padrão e seria mais monitorada, isto é, você
cuidaria da sua linguagem para evitar gírias e vícios. Este é o primeiro exemplo de por que precisamos saber a norma padrão.

Assim, da mesma forma que você adapta sua linguagem para uma entrevista de emprego, você a adapta para falar com seus
amigos, pessoas que você não conhece, com sua família, com uma criança e assim por diante. Com isso, é importante notar
que nenhuma dessas linguagens está errada, na verdade elas estão corretas em cada contexto em que ocorrem.
Agora você já deve ter compreendido melhor por que é preciso ensinar a norma-padrão nas escolas. Justamente para o
cidadão saber se comportar linguisticamente em cada situação, com cada pessoa, seja on-line ou pessoalmente, por escrito
ou mensagem de voz.
Ainda não está convencido? Quer outro exemplo?
Imagine que você more no sul do Brasil e viaja para o Nordeste. Você acha que todos irão entender todas as suas gírias e
regionalismos? Claro que não! Por isso você precisa saber a norma-padrão, uma vez que a falta de entendimento entre os
falantes gera uma falha na comunicação.
Outro exemplo da importância de se saber a norma padrão é para entender a linguagem usada nos meios de comunicação de
massa: internet, revistas e jornais impressos. Devido ao alcance desses meios, quem os faz precisa utilizar uma linguagem
abrangente que seja entendida de norte a sul e de leste a oeste do país.
Por fim, não se esqueça de que não costumamos ir à praia de terno e trabalhar de roupa de banho. Assim acontece com a
língua, cada situação comunicativa diferente exige uma linguagem diferente e cada lugar diferente, uma roupa diferente.
Compondo o quadro do padrão informal da linguagem, estão as chamadas variedades linguísticas, as quais representam as
variações de acordo com as condições sociais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada. Dentre elas destacam-se:

CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 20
CURSO PRIME PARANGABA – Av. Augusto dos Anjos, 1915 (Instalações do Colégio Jim Wilson)
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Variações históricas:
Dado o dinamismo que a língua apresenta, observam-se transformações ao longo do tempo. Um exemplo bastante
representativo é a questão da ortografia, se levarmos em consideração a palavra farmácia, uma vez que era grafada com
“ph”, contrapondo-se à linguagem dos internautas, a qual fundamenta-se pela supressão dos vocábulos.
Analisemos, pois, o fragmento exposto:
Antigamente
“Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos:
completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa,
mas ficavam longos meses debaixo do balaio."
Carlos Drummond de Andrade
Comparando-o à modernidade, percebemos um vocabulário antiquado.

Variações regionais:
São os chamados dialetos, que são as marcas determinantes referentes a diferentes regiões. Como exemplo, citamos a
palavra mandioca que, em certos lugares, recebe outras nomenclaturas, tais como: macaxeira e aipim. Figurando também
nesta modalidade estão os sotaques, ligados às características orais da linguagem.

Variações sociais ou culturais:


Estão diretamente ligadas aos grupos sociais de uma maneira geral e também ao grau de instrução de uma determinada
pessoa. Como exemplo, citamos as gírias, os jargões e o linguajar caipira.
As gírias pertencem ao vocabulário específico de certos grupos, como os surfistas, cantores de rap, tatuadores, entre outros.
Os jargões estão relacionados ao profissionalismo, caracterizando um linguajar técnico. Representando a classe, podemos
citar os médicos, advogados, profissionais da área de informática, entre outros.
Vejamos um poema e o trecho de uma música para entendermos melhor sobre o assunto:

VÍCIO NA FALA
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados.
Oswald de Andrade
CHOPIS CENTIS
Eu “di” um beijo nela
E chamei pra passear.
A gente fomos no shopping
Pra “mode” a gente lanchar.
Comi uns bicho estranho, com um tal de gergelim.
Até que “tava” gostoso, mas eu prefiro aipim.
Quanta gente,
Quanta alegria,
A minha felicidade é um crediário nas
Casas Bahia.
Esse tal Chopis Centis é muito legalzinho.
Pra levar a namorada e dar uns “rolezinho”,
Quando eu estou no trabalho,
Não vejo a hora de descer dos andaime.
Pra pegar um cinema, ver Schwarzneger
E também o Van Damme.
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CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 21
CURSO PRIME PARANGABA – Av. Augusto dos Anjos, 1915 (Instalações do Colégio Jim Wilson)
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(Dinho e Júlio Rasec, encarte CD Mamonas Assassinas, 1995.)

REESCRITURA DE FRASES: SUBSTITUIÇÃO, DESLOCAMENTO, PARALELISMO;


Substituição de Substantivos por Pronomes
Todos os pronomes (pessoais, possessivos, indefinidos, interrogativos, demonstrativos e relativos) podem substituir
substantivos.
Exemplos:
– Murilo é estudioso, por isso ele consegue boas notas.
– O trabalho é ação essencial, por isso eu o levo muito a sério.
– A aluna quer muito a vaga. Sua determinação é invejável.
– João e Pedro passaram, mas nenhum ficou satisfeito.
– Ela e ele se classificaram, mas quem ficou realmente feliz?
– Só isto me interessa: a aprovação.
– O professor de que mais gosto é o Sérgio Rosa.

Nominalização

Nominalizar é, normalmente, transformar uma estrutura verbal em uma estrutura nominal, ou seja, substituir um verbo
por um substantivo de mesmo radical (às vezes, por um adjetivo), a fim de evitar o exagero no uso de verbos. Isso se dá
por meio de derivação sufixal ou de derivação regressiva, normalmente.

Por derivação sufixal


1. -ção/-são: adaptar > adaptação; fabricar > fabricação; ceder > cessão...
– Adaptar meus desejos ao contexto social foi difícil.
– A adaptação de meus desejos ao contexto social foi difícil.
– Fabricar produtos sustentáveis está na moda.
– A fabricação de produtos sustentáveis está na moda.

2. -da: sair > saída; chamar > chamada; chegar > chegada...
– Quando meu filho chegou, fiquei emocionada.
– A chegada do meu filho me emocionou.

3. -mento: conhecer > conhecimento; lançar > lançamento; surgir > surgimento...
– Lançaram novas obas na Bienal que me deixaram interessado.
– O lançamento de novas obras na Bienal me deixou interessado.

Os demais sufixos seguem o mesmo modelo:


-nça/-ncia: mudar > mudança; tolerar > tolerância; concordar > concordância...
-aria: pescar > pescaria; piratear > pirataria...
-agem: abordar > abordagem; filmar > filmagem; reciclar > reciclagem...
-dor: pescar > pescador; acusar > acusador; dever > devedor...
-nte: participar > participante; fabricar > fabricante...
-(t)ura: ler > leitura; candidatar > candidatura...
-eza: Estar certo de > A certeza de...
-dade: Ser difícil de > A dificuldade de...
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CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 22
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Por derivação regressiva


Observe três exemplos em que ocorre nominalização:
– Quem canta os males espanta.
– O canto espanta os males.
– Ele causou o estardalhaço porque se revoltou com a postura dos políticos.
– A causa do estardalhaço foi sua revolta com a postura dos políticos.
– Depois de abraçar a namorada, ficou mais satisfeito.
– O abraço na namorada tornou-o mais satisfeito.

No caso dos adjetivos, a nominalização se dá pela transformação de orações subordinadas adjetivas em meros adjetivos.
Veja alguns exemplos:
– O aluno que é inteligente passou na prova.
– O aluno inteligente passou na prova.
– Comprei para a minha frota dois carros que estavam novíssimos.
– Comprei para a minha frota dois carros muito novos.

Transformação de Oração Reduzida em Desenvolvida e Vice-versa


Reduzidas de gerúndio para desenvolvidas
– Pagou a conta, ficando livre dos juros. (coordenada aditiva)
– Pagou a conta E ficou livre dos juros. (coordenada aditiva)

– Vimos um pai dando boas lições aos filhos. (adjetiva)


– Vimos um mendigo que pai dando boas lições aos filhos (adjetiva)

– Não tendo tempo, fez quase todas as tarefas. (concessiva)


– Embora não tivesse tempo, fez quase todas as tarefas. (concessiva)

– Agindo desse modo, as pessoas confiarão em você. (condicional)


– Se você agir desse modo, as pessoas confiarão em você. (condicional)

– Temendo a indisposição dos colegas, não levou adiante a história. (causal)


– Uma vez que temia a indisposição dos colegas, não levou adiante a história. (causal)

– Saindo do local da festa, encontrei meus amigos. (temporal)


– Quando saí do local da festa, encontrei meus amigos. (temporal)

Reduzidas de infinitivo para desenvolvidas


– É preciso estudar bastante. (subjetiva)
– É preciso que se estude bastante. (subjetiva)

– Deixe o povo falar. (objetiva direta)


– Deixe que o povo fale. (objetiva direta)
– Os vizinhos o acusaram de fazer denúncias caluniosas. (objetiva indireta)
– Os vizinhos o acusavam de que fazia coisas erradas denúncias caluniosas. (objetiva indireta)

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CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 23
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– A melhor política é conservarmos a empatia. (predicativa)


– A melhor política é que conservemos a empatia. (predicativa)

– Tenho medo de sentirmos solidão. (completiva nominal)


– Tenho medo de que sintamos solidão. (completiva nominal)

– De Deus só quero isto: conquistar o cargo público. (apositiva)


– De Deus só quero isto: que eu conquiste o cargo público. (apositiva)

– João não é homem de mentir para os filhos. (adjetiva)


– João não é homem que mente para os filhos. (adjetiva)

– Apesar de estar indeciso, conserva as mesmas funções de trabalho. (concessiva)


– Ainda que esteja indeciso, conserva as mesmas funções de trabalho. (concessiva)

– Sem firmar propósitos, não atingirá sucesso. (condicional)


– Sem que se firmem propósitos, não atingirá sucesso. (condicional)

– Ela passou mal de tanto correr. (causal)


– Ela passou mal porque correu muito. (causal)

– Aquela situação o traumatizou tanto a ponto de ele sofrer muito. (consecutiva)


– Aquela situação o traumatizou tanto que ele sofreu muito. (consecutiva)

– Ela estuda tanto para conquistar seus ideais. (final)


– Ela estuda tanto para que conquiste seus ideais. (final)

– Pense muito antes de ser agressivo com os outros. (temporal)


– Pense muito antes que você seja agressivo com os outros. (temporal)

Obs.: É situação costumeira que as adverbiais reduzidas iniciadas pelas preposições ao, para, por, sem sejam,
respectivamente, de tempo, finalidade, causa e concessão/condição:

– Ao fazer as tarefas, seja sempre muito decidido. (= Quando fizer as tarefas, seja sempre muito decidido.)
– Para compor bons poemas, é necessário muito talento. (= Para que se componham bons poemas, é necessário muito
talento.)
– Foi elogiado por conquistar boas notas. (= Foi elogiado porque conquistou boas notas.)
– Sem estudar tanto, passou. (= Sem que tenha estudado tanto, passou.)
– Sem estudar tanto, não passará. (= Sem que estude tanto, não passará.)

Reduzidas de particípio para desenvolvidas


– Estavam aqui uns livros, deixados por mim. (adjetiva explicativa)
– Estavam aqui uns livros, que foram deixados por mim.
– A história contada pela vizinha era embaraçosa. (adjetiva restritiva)
– A história que foi contada pela vizinha era embaraçosa.

CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 24
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– Humilhado pelos amigos, conservou a serenidade. (adverbial concessiva)


– Embora ele tenha sido humilhado pelos amigos, conservou a serenidade.

– Confirmadas as solicitações, não ocorrerão impedimentos. (adverbial condicional)


– Desde que se confirmem as solicitações, não ocorrerão impedimentos

– Preocupado com o filho, esqueceu o compromisso com o chefe. (adverbial causal)


– Como se preocupara com o filho, esqueceu o compromisso com o chefe.

– Terminada a reunião, todos foram à festinha de confraternização. (adverbial temporal)


– Logo que terminou a reunião, todos foram à festinha de confraternização

SITUAÇÕES DE DESLOCAMENTO
Segundo pesquisa feita pelo professor Fernando Pestana, observe que
Mudança de Posição dos Vocábulos
A mudança de posição de certos vocábulos ou termos da oração pode mudar o sentido da frase, ora não.
A vantagem de ter péssima memória é divertir-se muitas vezes com as mesmas coisas boas como se fosse a primeira vez.
(Friedrich Nietzsche)

... pode ser invertida de diversas formas, sem alteração de sentido.


Veja algumas:
Divertir-se muitas vezes com as mesmas coisas boas, como se fosse a primeira vez, é a vantagem de ter péssima memória.
A vantagem de ter péssima memória é divertir-se com as mesmas coisas boas, como se fosse a primeira vez, muitas vezes.
Divertir-se com as mesmas coisas boas, muitas vezes, como se fosse a primeira vez, é a vantagem de ter péssima memória.
É a vantagem de ter péssima memória divertir-se muitas vezes com as mesmas coisas boas como se fosse a primeira vez.
A vantagem de ter memória péssima é divertir-se, como se fosse a primeira vez, com asmesmas boas coisas muitas vezes.

Em outras palavras, a inversão de termos dentro de uma frase pode não alterar seu sentido.
No entanto, não é sempre assim que ocorre, pois, às vezes, alguns vocábulos (adjetivos, pronomes, advérbios, palavras
denotativas etc.), quando deslocados, a alteração de sentido fica visível. Veja que o deslocamento, ou seja, a inversão dos
termos pode gerar alteração de sentido:
– João é um alto funcionário.
– João é um funcionário alto.
– Qualquer mulher merece respeito.
– Maria é uma mulher qualquer.
– Pedro já fez a prova.
– Pedro fez a prova já.
– Até aquela aluna o elogiou.
– Aquela aluna o elogiou até.

Percebeu que houve flagrante mudança de sentido nestas duplas? Portanto, a inversão dos termos na frase pode ou não
alterar o sentido dela.

EQUIVALÊNCIA ENTRE LOCUÇÕES E PALAVRAS E ENTRE CONECTIVOS

CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 25
CURSO PRIME PARANGABA – Av. Augusto dos Anjos, 1915 (Instalações do Colégio Jim Wilson)
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O que são locuções? São grupos de vocábulos com valor de uma palavra, normalmente.
Existem locuções substantivas, adjetivas, pronominais, verbais, adverbiais, prepositivas, conjuntivas e interjetivas.

Nas questões de reescrituras de frases em provas de concurso público, é comum haver substituição de locuções adjetivas,
verbais, adverbiais, prepositivas e conjuntivas por, respectivamente, adjetivos, verbos, advérbios, preposições e
conjunções, semanticamente correspondentes.

Veja algumas substituições:


Locuções Adjetivas

Grupos de vocábulos iniciados por preposição caracterizando um substantivo, normalmente. Têm valor de um adjetivo.
– A jogada de mestre serviu para exemplificar sua habilidade.
– A jogada magistral serviu para exemplificar sua habilidade.
– A população das cidades vem aumentando exponencialmente.
– A população urbana vem aumentando exponencialmente.

Locuções Adverbiais
Grupos de vocábulos normalmente iniciados por uma preposição. Têm valor de advérbio.
– De repente o tempo ficou nublado.
– Repentinamente o tempo ficou nublado.
– Ela faz provas de seis em seis meses.
– Ela faz provas semestralmente.

POSSIBILIDADES DE PARALELISMO
Quando dois ou mais elementos estão coordenados e o primeiro está introduzido por preposição, há apenas quatro
possibilidades corretas de construção:
– Todo brasileiro tem direito a saúde, educação e segurança. (preposição)
– Todo brasileiro tem direito a saúde, a educação e a segurança. (preposição)
– Todo brasileiro tem direito à saúde, educação e segurança. (preposição + artigo)
– Todo brasileiro tem direito à saúde, à educação e à segurança. (preposição + artigo)

Tal lição serve para qualquer outra preposição.

MECANISMOS DE COESÃO TEXTUAL


CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 26
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DOMÍNIO DOS ELEMENTOS DE COESÃO

DEFINIÇÃO DE COESÃO TEXTUAL

CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 27
CURSO PRIME PARANGABA – Av. Augusto dos Anjos, 1915 (Instalações do Colégio Jim Wilson)
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Coesão é a conexão, ligação, harmonia entre os elementos de um texto. Percebemos tal definição quando lemos um texto e
verificamos que as palavras, as frases e os parágrafos estão entrelaçados, um dando continuidade ao outro.
Os elementos de coesão determinam a transição de ideias entre as frases e os parágrafos.
Observe a coesão presente no texto a seguir:
“Os sem-terra fizeram um protesto em Brasília contra a política agrária do país, porque consideram injusta a atual
distribuição de terras. No entanto, o ministro da Agricultura considerou a manifestação um ato de rebeldia, uma vez que o
projeto de Reforma Agrária pretende assentar milhares de sem-terra”
As palavras destacadas têm o papel de ligar as partes do texto, podemos dizer que elas são responsáveis pela coesão do
texto.

 COESÃO POR REFERENCIAÇÃO: existem palavras que têm a função de fazer referência, são elas:
- pronomes pessoais: eu, tu, ele, me, te, os...

- pronomes possessivos: meu, teu, seu, nosso...

- pronomes demonstrativos: este, esse, aquele...

- pronomes indefinidos: algum, nenhum, todo...

- pronomes relativos: que, o qual, onde...

- advérbios de lugar: aqui, aí, lá...

Ex.: Marcela obteve uma ótima colocação no concurso. Talresultado demonstra que ela se esforçou bastante para alcançar o
objetivo que tanto almejava.

 COESÃO POR SUBSTITUIÇÃO: substituição de um nome (pessoa, objeto, lugar), verbos, períodos ou trechos do texto por
uma palavra ou expressão que tenha sentido próximo, evitando a repetição no corpo do texto.
Ex.:
Porto Alegre pode ser substituída por “a capital gaúcha”;
Castro Alves pode ser substituído por “O Poeta dos Escravos”;

Papa Francisco: Sua Santidade;


Vênus: A deusa da Beleza.
Ex.: Castro Alves é autor de uma vastíssima obra literária. Não é por acaso que o Poeta dos Escravos é considerado o mais
importante da geração a qual representou.

 COESÃO POR REPETIÇÃO


Temos a seguir, dois exemplos de adequação:

1. A poesia de Fernando Pessoa que extrai elementos da repetição intencional:


Eros e Psique

Conta a lenda que dormia


Uma Princesa encantada
A quem só despertaria
Um Infante, que viria
De além do muro da estrada.
Ele tinha que, tentado,

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Vencer o mal e o bem,


Antes que, já libertado,
Deixasse o caminho errado
Por o que à Princesa vem.

A Princesa Adormecida,
Se espera, dormindo espera,
Sonha em morte a sua vida,
E orna-lhe a fronte esquecida,
Verde, uma grinalda de hera.

Longe o Infante, esforçado,


Sem saber que intuito tem,
Rompe o caminho fadado,
Ele dela é ignorado,
Ela para ele é ninguém.

Mas cada um cumpre o Destino


Ela dormindo encantada,
Ele buscando-a sem tino
Pelo processo divino
Que faz existir a estrada.

E, se bem que seja obscuro


Tudo pela estrada fora,
E falso, ele vem seguro,
E vencendo estrada e muro,
Chega onde em sono ela mora,

E, inda tonto do que houvera,


À cabeça, em maresia,
Ergue a mão, e encontra hera,
E vê que ele mesmo era

Há vários recursos que respondem pela coesão do texto, os principais são:


Palavras de transição: são palavras responsáveis pela coesão do texto, estabelecem a inter-relação entre os enunciados
(orações, frases, parágrafos), são preposições, conjunções, pronomes, alguns advérbios e locuções adverbiais.
Veja algumas palavras e expressões de transição e seus respectivos sentidos:

COMEÇO, INTRODUÇÃO
Inicialmente,
Primeiramente,
antes de tudo,
desde já,

CONTINUAÇÃO
além disso
do mesmo modo
ainda por cima
bem como
outrossim

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CONCLUSÃO
Enfim,
Dessa forma,
Em suma,
Nesse sentido,
Portanto,
Afinal,

CIRCUNSTÂNCIA TEMPORAL
logo após
ocasionalmente
posteriormente
atualmente
enquanto isso
imediatamente
não raro
concomitantemente

SEMELHANÇA, CONFORMIDADE
igualmente
segundo
conforme
assim também
de acordo com

EXEMPLIFICAÇÃO, ESCLARECIMENTO
então
por exemplo
isto é
a saber
em outras palavras
ou seja
quer dizer
rigorosamente falando

Ex.: A prática de atividade física é essencial ao nosso cotidiano. Assim sendo, quem a pratica possui uma melhor qualidade de
vida.
Assim, a coesão confere textualidade aos enunciados agrupados em conjuntos.
Sendo assim, ainda vejamos:
Embora, ainda que, mesmo que
Tais conectivos estabelecem relação de concessão e contradição, admitindo argumentos contrários, contudo, com
autonomia para vencê-los. Observe o exemplo:
Ex: Embora não simpatizasse com algumas pessoas ali presentes, compareceu à festa.

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Isto é, ou seja, quer dizer, em outras palavras

Revelam retificações, esclarecimentos ao que já foi exposto anteriormente. Como podemos constatar em:
Ex: Faça as devidas retificações, isto é, corrija as eventuais inadequações, de modo a tornar o texto mais claro.

Ainda, afinal, por fim


Incluem mais um elemento no conjunto de ideias retratadas, como também revelam mais um argumento a título de
conclusão do assunto abordado. Note:
Ex: Não poderia permanecer calado, afinal, tratava-se de sua permanência na diretoria, e ainda assim pensou muito.

Aliás, ou melhor, além de tudo, além do mais, além disso


Conferem mais credibilidade, um argumento decisivo para derrubar argumentos contrários, reforçando-os juntamente à
ideia final. Constate:
Ex: O garoto é um excelente aluno, aliás, destaca-se entre os demais. Além do mais é muito educado e gentil.
Os salários estão cada vez mais baixos, porque não há interesse dos nossos representantes estabelecerem um padrão de
acordo com a qualidade de vida do brasileiro.

Além de tudo são considerados como renda e estabelecidos como impostos.


Assim, logo, portanto, pois, desse modo, dessa forma
Exemplifica o que já foi expresso, com vistas a complementar ainda mais a argumentação. Como expresso por meio do
exemplo a seguir:
Ex: Não obteve êxito na sua apresentação. Dessa forma, o trabalho precisou ser refeito.

Até mesmo, ao menos, pelo menos, no mínimo


Estabelecem uma noção gradativa entre os elementos dodiscurso. É o que podemos constatar em:
Ex: Esperávamos, no mínimo, que ela pedisse desculpas.

Até mesmo porque a amizade dela é muito importante para nós.


Mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto, não obstante
Estabelecem oposição entre dois enunciados, ligando apenas elementos que se opõem entre si. Perfeitamente constatável
em:
Ex: Esforçou-se bastante, contudo não obteve sucesso no exame avaliativo.

E, nem, como também, mas também


Estabelecem uma relação de soma aos termos do discurso, progressão semântica que adiciona, desenvolvendo ainda mais a
argumentação ora proferida. A título de constatação, analisemos:
Ex: Não proferiu uma só palavra durante a reunião, mas também não questionou acerca das decisões firmadas.
A prova de Redação serve para medir a capacidade cognitiva do candidato e a maturidade dele em relação ao mundo onde
vive.
O e introduz um segmento que acrescenta uma informação nova, por isso seu uso é apropriado.

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CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 31
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MORFOLOGIA
PROCESSOS DE FORMAÇÃO DAS PALAVRAS
Existem dois processos básicos pelos quais se formam as palavras: a derivação e a composição. A diferença entre ambos
consiste basicamente em que, no processo de derivação, parte-se sempre de um único radical, enquanto no processo de
composição sempre haverá mais de um radical.

Derivação
Derivação é o processo pelo qual se obtém uma palavra nova, chamada derivada, a partir de outra já existente,
chamada primitiva. Observe o quadro abaixo:
Primitiva Derivada

mar marítimo, marinheiro, marujo

terra enterrar, terreiro, aterrar


Observamos que "mar" e "terra" não se formam de nenhuma outra palavra, mas, ao contrário, possibilitam a formação de
outras, por meio do acréscimo de um sufixo ou prefixo. Logo, mar e terra são palavras primitivas, e as demais, derivadas.

Tipos de Derivação
Derivação Prefixal ou Prefixação
Resulta do acréscimo de prefixo à palavra primitiva, que tem o seu significado alterado. Veja os exemplos:
crer- descrer
ler- reler
capaz- incapaz

Derivação Sufixal ou Sufixação


Resulta de acréscimo de sufixo à palavra primitiva, que pode sofrer alteração de significado ou mudança de classe
gramatical.
Por Exemplo:
alfabetização

No exemplo acima, o sufixo -ção transforma em substantivo o verbo alfabetizar. Este, por sua vez, já é derivado do
substantivo alfabeto pelo acréscimo do sufixo -izar.
A derivação sufixal pode ser:
a) Nominal, formando substantivos e adjetivos.
Por Exemplo:
papel - papelaria
riso - risonho

b) Verbal, formando verbos.


Por Exemplo:
atual - atualizar

c) Adverbial, formando advérbios de modo.


Por Exemplo:
feliz - felizmente

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Derivação Parassintética ou Parassíntese


Ocorre quando a palavra derivada resulta do acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo à palavra primitiva. Por meio da
parassíntese formam-se nomes (substantivos e adjetivos) e verbos.
Considere o adjetivo " triste". Do radical "trist-" formamos o verbo entristecer através da junção simultânea do prefixo "en-"
e do sufixo "-ecer". A presença de apenas um desses afixos não é suficiente para formar uma nova palavra, pois em nossa
língua não existem as palavras "entriste", nem "tristecer".
Exemplos:

Palavra Inicial Prefixo Radical Sufixo Palavra Formada

mudo e mud ec-e-r emudecer

alma des alm ad-o desalmado

Atenção!
Não devemos confundir derivação parassintética, em que o acréscimo de sufixo e de prefixo é obrigatoriamente simultâneo,
com casos como os das palavras desvalorização e desigualdade. Nessas palavras, os afixos são acoplados em sequência:
desvalorização provém de desvalorizar, que provém de valorizar, que por sua vez provém de valor. Nesse casos a derivação
recebe o nome de prefixal e sufixal.
É impossível fazer o mesmo com palavras formadas por parassíntese: não se pode dizer que expropriar provém de
"propriar" ou de "expróprio", pois tais palavras não existem. Logo, expropriar provém diretamente de próprio, pelo
acréscimo concomitante de prefixo e sufixo.

EXEMPLOS DE DERIVAÇÃO PREFIXAL E SUFIXAL:


DESLEALDADE = lealdade, desleal ou leal INQUIETUDE = inquieto, quietude ou quieto
INFELICIDADE = infeliz, felicidade ou feliz ULTRAPASSAGEM= ultrapassar, passagem, passar
DESIGUALDADE = desigual, igual DESVALORIZAÇÃO = desvalorizar, valorizar, valor.

DERIVAÇÃO PARASSINTÉTICA OU PARASSÍNTESE


ANOITECER (derivado de NOITE ) AMOTINAR (derivado de MOTIM)
ENRAIVECER (derivado de RAIVA) ENGORDAR (derivado de GORDO)
DESALMADO ( derivado de ALMA) APODRECER (derivado de PODRE)
ENDURECER (derivado de DURO) EMUDECER ( derivada de MUDO)
EMPOBRECER (derivada de POBRE) ENCAIXOTAR (derivada de CAIXOTE)
ENCRUZILHADA (derivada de CRUZ) DESCASCAR (derivada de CASCA)
ENALTECER (derivada de ALTO) AMANHECER (derivada de MANHÃ)
ABENÇOAR – (derivado de BÊNÇÃO) AMANHECER – (derivado de MANHÃ)
AMALDIÇOAR – (derivado de MALDIÇÃO) ENRIJECER – (derivado de RIJO)
ENLOUQUECER – (derivado de LOUCO) ENTRISTECER – (derivado de TRISTE)

Derivação Regressiva
Ocorre derivação regressiva quando uma palavra é formada não por acréscimo, mas por redução.
Exemplos:
comprar (verbo) beijar (verbo)

compra (substantivo) beijo (substantivo)

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Saiba que:
Para descobrirmos se um substantivo deriva de um verbo ou se ocorre o contrário, podemos seguir a seguinte orientação:
- Se o substantivo denota ação, será palavraderivada, e o verbo palavra primitiva.
- Se o nome denota algum objeto ou substância, verifica-se o contrário.
Vamos observar os exemplos acima: compra e beijo indicam ações, logo, são palavras derivadas. O mesmo não ocorre,
porém, com a palavra âncora, que é um objeto. Neste caso, um substantivo primitivo que dá origem ao verbo ancorar.
Por derivação regressiva, formam-se basicamente substantivos a partir de verbos. Por isso, recebem o nome de substantivos
deverbais.

EXEMPLOS DE DERIVAÇÃO REGRESSIVA


agito (de agitar) amasso (de amassar)
ataque (de atacar) abalo (de abalar)
ajuda (de ajudar) alcance (de alcançar)
apelo (de apelar) choro (de chorar)
corte (de cortar) debate ( de debater)
erro (de errar) grito ( de gritar)
pesca (de pescar) perda (de perder)
preparo (de preparar) recuo ( de recuar)

Derivação Imprópria
A derivação imprópria ocorre quando determinada palavra, sem sofrer qualquer acréscimo ou supressão em sua
forma, muda de classe gramatical. Neste processo:
1) Os adjetivos passam a substantivos
Por Exemplo:
Os bons serão contemplados.

2) Os particípios passam a substantivos ou adjetivos


Por Exemplo:
Aquele garoto alcançou um feito passando no concurso.

3) Os infinitivos passam a substantivos


Por Exemplo:
O andar de Roberta era fascinante.
O badalar dos sinos soou na cidadezinha.

4) Os substantivos passam a adjetivos


Por Exemplo:
O funcionário fantasma foi despedido.
O menino prodígio resolveu o problema.

5) Os adjetivos passam a advérbios


Por Exemplo:
Falei baixo para que ninguém escutasse.

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Composição
Composição é o processo que forma palavras compostas, a partir da junção de dois ou mais radicais. Existem dois tipos:
Composição por Justaposição
Ao juntarmos duas ou mais palavras ou radicais, não ocorre alteração fonética.
Exemplos:
passatempo, quinta-feira, girassol, couve-flor

Obs.: em "girassol" houve uma alteração na grafia (acréscimo de um "s") justamente para manter inalterada a sonoridade
da palavra.

Composição por Aglutinação


Ao unirmos dois ou mais vocábulos ou radicais, ocorre supressão de um ou mais de seus elementos fonéticos.
Exemplos:
embora (em boa hora)
fidalgo (filho de algo - referindo-se à família nobre)
hidrelétrico (hidro + elétrico)
planalto (plano alto)

Hibridismo
Ocorre hibridismo na palavra em cuja formação entram elementos de línguas diferentes.
Por Exemplo:
auto (grego) + móvel (latim)

MORFOLOGIA:
RECONHECIMENTO, EMPREGO E SENTIDO DAS CLASSES GRAMATICAIS;
MECANISMOS DE FLEXÃO DOS NOMES.

CLASSES DE PALAVRAS

DICAS IMPORTANTÍSSIMAS – CLASSES DE PALAVRAS

Atualmente, são reconhecidas dez classes gramaticais pela maioria dos gramáticos: substantivo, adjetivo, advérbio, verbo,
conjunção, interjeição, preposição, artigo, numeral e pronome.

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Classificar uma palavra não é tarefa tão fácil, mas atualmente todas as palavras da língua portuguesa estão incluídas dentro
de uma das dez classes gramaticais dependendo das suas características.
A parte da gramática que estuda as classes de palavras é a MORFOLOGIA (morfo = forma, logia = estudo), ou seja, o estudo
da forma. Na morfologia, portanto, não estudamos as relações entre as palavras, o contexto em que são empregadas, ou
outros fatores que podem influenciá-la, mas somente a forma da palavra.
Abaixo seguem algumas definições ou características das classes gramaticais, mas podemos destacar os principais aspectos
de cada classe de palavras:

SUBSTANTIVO – classe que dá nome aos seres, mas não nomeia somente seres, como também sentimentos, estados de
espírito, sensações, conceitos filosóficos ou políticos.
Exemplo: Democracia, Andréia, Deus, cadeira, amor, sabor, carinho.

ARTIGO – classe que abriga palavras que servem para determinar ou indeterminar os substantivos, antecedendo-os.
Exemplo: o, a, os, as, um, uma, uns, umas.

ADJETIVO – classe das características, qualidades. Os adjetivos servem para dar características aos substantivos.
Exemplo: querido, limpo, horroroso, quente, sábio, triste, amarelo.

PRONOME – Palavra que pode acompanhar ou substituir um nome (substantivo) e que determina a pessoa do discurso.
Exemplo: eu, nossa, aquilo, esta, nós, mim, te, eles.

VERBO – palavras que expressam ações ou estados se encontram nesta classe gramatical.
Exemplo: fazer, ser, andar, partir, impor, etc.

ADVÉRBIO – palavras que se associam a verbos, a adjetivos ou a outros advérbios, modificando-os.


Exemplo: não, muito, constantemente, sempre, etc.

NUMERAL – como o nome diz, expressam quantidades, frações, múltiplos, ordem.


Exemplo: primeiro, vinte, metade, triplo.

PREPOSIÇÃO – Servem para ligar uma palavra à outra, estabelecendo relações entre elas.
Exemplo: em, de, para, por, etc.

CONJUNÇÃO – São palavras que ligam orações, estabelecendo entre elas relações de coordenação ou subordinação.
Exemplo: porém, e, contudo, portanto, mas, que, etc.

INTERJEIÇÃO – Contesta-se que esta seja uma classe gramatical como as demais, pois algumas de suas palavras podem ter
valor de uma frase. Mesmo assim, podemos definir as interjeições como palavras ou expressões que evocam emoções,
estados de espírito.
Exemplo: Nossa! Ave Maria! Uau! Que pena! Oh!

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PALAVRA “A”

ARTIGO DEFINIDO
PRONOME OBLÍQUO
PRONOME DEMONSTRATIVO
PREPOSIÇÃO

CLASSIFICAÇÃO IDENTIFICAÇÃO EXEMPLOS


MORFOLÓGICA

As crianças chegaram

A Encontrei-a na praia

Sou a que passou no concurso

Vou a festas sempre

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PALAVRA “UM”
ARTIGO INDEFINIDO
NUMERAL
PRONOME INDEFINIDO

CLASSIFICAÇÃO IDENTIFICAÇÃO EXEMPLO


MORFOLÓGICA

Comprei um sorvete

UM Comprei somente um somente

Um gosta de vôlei, outro de futebol

VERBO:

ADJETIVO:
ADVÉRBIO MODIFICA

ADVÉRBIO:

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Combinação e Contração dos Artigos


É muito presente a combinação dos artigos definidos e indefinidos com preposições. Este quadro apresenta a forma
assumida por essas combinações:
Preposições Artigos
o, os a, as um, uns uma, umas
a ao, aos à, às - -
de do, dos da, das dum, duns duma, dumas
em no, nos na, nas num, nuns numa, numas
por (per) pelo, pelos pela, pelas - -

- As formas à e às indicam a fusão da preposição a com o artigo definido a. Essa fusão de vogais idênticas é conhecida
por crase.
- As formas pelo(s)/pela(s) resultam da contração dos artigos definidos com a forma per, equivalente a por.
Artigos, leitura e produção de textos
O uso apropriado dos artigos definidos e indefinidos permite não apenas evitar problemas com o gênero e o número de
determinados substantivos, mas principalmente explorar detalhes de significação bastante expressivos.
Em geral, informações novas, nos textos, são introduzidas por pronomes indefinidos e, posteriormente, retomadas pelos
definidos. Assim, o referente determinado pelo artigo definido passa a fazer parte de um conjunto argumentativo que
mantém a coesão dos textos. Além disso, a sutileza de muitas modificações de significados transmitidas pelos artigos faz com
que sejam frequentemente usados pelos escritores em seus textos literários.

DICAS IMPORTANTÍSSIMAS – CLASSES DE PALAVRAS


2ª Adjetivo X Pronome Indefinido
Amigos bastantes X Bastantes amigos
Pessoas certas X Certas pessoas
Assuntos diversos X Diversos assuntos
Fato semelhante X Semelhante fato

3ª A troca de posição entre o substantivo e o adjetivo pode gerar mudança de sentido


Exemplo:
pobre gente = gente infeliz
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gente pobre = gente sem recurso


velho amigo = amigo de há muito tempo
amigo velho = amigo idoso.
Implica mudança de significado a ANTEPOSIÇÃO ou a POSPOSIÇÃO de alguns adjetivos aos substantivos;

Exemplo:
 Alto funcionário = funcionário de posição elevada
Funcionário Alto = funcionário de alta estatura
 Bela moça = moça de bons princípios
Moça bela = moça bonita
 Bom homem = homem de grandes virtudes
Homem bom = homem bondoso, de bom coração
 grande homem = homem eminente
homem grande = homem alto
 pobre gente = gente infeliz
gente pobre = gente sem recurso
 santo homem = homem puro
homem santo = homem miraculoso
 velho amigo = amigo de há muito
amigo velho = amigo idoso.

O adjetivo pode ser “móvel”, isto é, pode ser deslocado de sua posição com relação ao nome determinado, ficando ora antes
ora depois dele. Tal deslocamento pode ou não alterar o sentido do adjetivo:
a) “Isaque é um cavalheiro perfeito.”
b) “Isaque é um perfeito cavalheiro.”
Não podemos afirmar que as duas frases acima são idênticas. O simples fato de invertermos a ordem das palavras indica que
são semelhantes (não idênticas) e se há uma nuance de diferença, essa fica imperceptível.
A alteração de sentido a que nos referimos é muito mais profunda:
a) “Ela é uma mulher pobre.” (= sem recursos financeiros)
“Ela é uma pobre mulher.” (= infeliz)

b) “O Diretor é um grande homem.” (= notável)


“O Diretor é um homem grande.” (= alto)

c) “Misael é um professor simples.” (= modesto)


“Misael é um simples professor.” (= insignificante)

d) “Chame qualquer pessoa.” (= qualquer uma)


“Não sou uma pessoa qualquer.” (= vulgar, insignificante)

e) “Li algum livro de Mitologia.” (em frase afirmativa)


“Não li livro algum de Mitologia.” (em frase negativa)
Há adjetivos que devem ocupar uma posição fixa na oração, imobilizando-se, sempre antes, ou sempre depois do
determinado. Quando dizemos que há imobilização do adjetivo, estamos tratando da impossibilidade de tal determinante se
deslocar para outra posição: ou ele não faz sentido em outra posição, ou muda o sentido da frase:
a) “Encontrei Vítor por mero acaso.”

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b) “Levante a mão direita.”


c) “Compre uma caneta comum.”
d) “Eles estavam de comum acordo.”

4ª NÃO confunda o adjetivo adverbializado com o adjetivo ou com o advérbio


O globo é redondo
A cerveja que desce redondo
... namoro um rapaz bonito

Meu filho falou bonito durante o discurso

5ª Cuidado com essas palavras


Muito arroz/Muita salada pouco, bastante
Estudou muito/Muito satisfeito(s)/ Muito bem pouco, bastante
Mais arroz, mais doces
Estudou mais/ mais satisfeito(s)/mais bem
Não estudou mais

MORFOSSINTAXE DO SUBSTANTIVO
Nas orações de língua portuguesa, o substantivo em geral exerce funções diretamente relacionadas com o verbo: atua como
núcleo do sujeito, dos complementos verbais (objeto direto ou indireto) e do agente da passiva.
Pode ainda funcionar como núcleo do complemento nominal ou do aposto, como núcleo do predicativo do sujeito ou do
objeto ou como núcleo do vocativo.
Também encontramos substantivos como núcleos de adjuntos adverbiais - quando essas funções são desempenhadas por
grupos de palavras.
FUNÇÕES SINTÁTICAS

(funções na frase)

Sujeito
Objeto direto Predicativo

Objeto indireto Complemento nominal

Agente da passiva Aposto


Vocativo Adjunto adverbial

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NÃO ESQUECER:
DERIVAÇÃO IMPRÓPRIA
A derivação imprópria se dá pela mudança de classificação morfológica de um apalavra, que depende do contexto. A palavra
não muda nada na forma, o que muda é sua classificação morfológica e seu sentido.

Exemplos:

 Esta questão só tem um pró. (substantivo)

 Branca, você me ama? (substantivo)

 O três é um numeral cardinal. (substantivo)

 Ele tem um jeito moleque. ( adjetivo)

 Você é um judas safado! ( substantivo comum)


DERIVAÇÃO REGRESSIVA
Ocorre derivação regressiva quando uma palavra é formada não por acréscimo, mas por redução.
Exemplos:
comprar (verbo) beijar (verbo)
compra (substantivo) beijo (substantivo)

Saiba que:
Para descobrirmos se um substantivo deriva de um verbo ou se ocorre o contrário, podemos seguir a seguinte orientação:
- Se o substantivo denota ação, será palavra derivada, e o verbo palavra primitiva.
- Se o nome denota algum objeto ou substância, verifica-se o contrário.
Vamos observar os exemplos acima: compra e beijo indicam ações, logo, são palavras derivadas.
O mesmo fato não ocorre, porém, com a palavra âncora, que é um objeto. Neste caso, um substantivo primitivo que dá
origem ao verbo ancorar.
Por derivação regressiva, formam-se basicamente substantivos a partir de verbos. Por isso, recebem o nome de substantivos
deverbais.
OUTROS EXEMPLOS DE DERIVAÇÃO REGRESSIVA
abalo (de abalar) agito (de agitar) ajuda (de ajudar)
alcance (de alcançar) amasso (de amassar) apelo (de apelar)
ataque (de atacar) choro (de chorar) corte (de cortar)
debate ( de debater) erro (de errar) grito ( de gritar)
pesca (de pescar) perda (de perder) preparo (de preparar)
recuo ( de recuar)

FORMAÇÃO DO PLURAL
Plural dos Diminutivos
Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o s final e acrescenta-se o sufixo diminutivo.
 pãe(s) + zinhos = pãezinhos  animai(s) + zinhos = animaizinhos
 botõe(s) + zinhos =botõezinhos  chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos
 farói(s) + zinhos = faroizinhos  tren(s) + zinhos = trenzinhos
 colhere(s) + zinhas = colherezinhas  flore(s) + zinhas = florezinhas
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 mão(s) + zinhas = mãozinhas  papéi(s) + zinhos = papeizinhos


 nuven(s) + zinhas = nuvenzinhas  funi(s) + zinhos = funizinhos
 túnei(s) + zinhos = tuneizinhos  pai(s) + zinhos = paizinhos
 pé(s) + zinhos = pezinhos  pé(s) + zitos = pezitos

VALOR SEMÂNTICO DO SUFIXO


Desprezo / arrogância
Tira essa gentinha daí!
Ah, deixa de ser chorão...
Carinho
Filhote, venha cá...

Aninha, já falou com sua mãezinha aqui, que está cheia de saudades?
Orgulho / admiração
O cara fez um golaço!
Uau, que carrão...

OBS.: Além de sua função clássica, pode indicar valores e intenções, ou seja, a escolha dos sufixos indicadores de grau pode
relacionar-se tanto à afetividade quanto ao desprestígio.

Nossa, para escrever um textinho desses precisava demorar tanto.


Ai você está tão lindinha! Parece um filhote de baleia.
Você é um cabeção mesmo, entendeu tudo errado
Que mulherzinha complicada!
Querida, trouxe uma florzinha para você.
Que bebê fofucho!
Amorzão, estou morrendo de saudade.
Queridinha, já te falei duas vezes que não quero esse plano.

ADJETIVO
Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou característica do ser e se encaixa diretamente ao lado de um
substantivo. Observe o exemplo seguinte:
 Aquele homem bondoso sempre me ajuda.
Ao analisarmos a palavra bondoso, por exemplo, percebemos que além de expressar uma qualidade, ela pode ser encaixada
diretamente ao lado de um substantivo: homem bondoso, moça bondosa, pessoa bondosa.
Já com a palavra bondade, embora expresse uma qualidade, não acontece o mesmo; não faz sentido dizer: homem bondade,
moça bondade.
 Bondade, portanto, não é adjetivo, mas substantivo.

MORFOSSINTAXE DO ADJETIVO
O adjetivo exerce sempre funções sintáticas relativas aos substantivos, atuando como adjunto adnominal ou como
predicativo (do sujeito ou do objeto).

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PREDICATIVO DO OBJETO DIRETO OU ADJUNTO ADNOMINAL: QUAL A DIFERENÇA?


A diferença entre o predicativo do objeto e o adjunto adnominal é que este é parte do objeto e aquele é um termo que se
relaciona ao objeto.
A presença de características semelhantes revela, sem dúvida, fator preponderante na recorrência de alguns
questionamentos, principalmente quando o assunto diz respeito à análise sintática.
Dessa forma, de modo a constatar a diferença que demarca ambos os elementos linguísticos, veja a análise de alguns
enunciados, evidenciados a seguir:
 Os alunos consideraram a prova fácil.
No intuito de descobrir se o termo em questão (fácil) se classifica como um adjunto adnominal ou como um predicativo do
objeto, basta substituí-lo por um pronome substantivo, o qual resultaria no seguinte enunciado:
 Os professores consideraram-na difícil.
Constatamos que o pronome oblíquo em evidência atua como objeto direto (substituindo o termo “a prova”). Assim, mesmo
havendo tal substituição, o termo “difícil” continuou intacto, haja vista que ele não é parte do objeto, mas sim um termo que
a ele está relacionado.
Considera-se, dessa forma, tratar-se de um predicativo do objeto direto.
Veja, pois, outro exemplo:
 Os alunos resolveram uma questão fácil.
Realizando o mesmo processo, o de substituir o objeto direto (uma questão) por um pronome oblíquo, obtém-se somente:
 Os alunos resolveram-na.
Gramaticalmente falando, “os alunos resolveram-na fácil” configuraria uma inadequação.
É exatamente por essa razão que afirmamos que o termo “fácil”, em se tratando desse caso, classifica-se como um adjunto
adnominal, haja vista que ele é parte do objeto direto, e não um termo que a ele se relaciona, assim como ocorre com o
predicativo.

LOCUÇÃO ADJETIVA
Locução = reunião de palavras. Sempre que são necessárias duas ou mais palavras para contar a mesma coisa, tem-se
locução.
Às vezes, uma preposição + (substantivo, advérbio, pronome, verbo, numeral) tem o mesmo valor de um adjetivo: é a
locução adjetiva (expressão que equivale a um adjetivo).
Por exemplo: Aves da noite (aves noturnas),
paixão sem freio (paixão desenfreada),
jornal de ontem, almoço de hoje,
carro dela,
máquina de enxugar,
dinheiro das duas

GRAU DO ADJETIVO:
Os adjetivos sofrem flexão em grau, indicando assim gradação nas qualidades representadas pelos adjetivos.

Grau comparativo dos adjetivos


No grau comparativo, ocorre principalmente a comparação de uma característica em dois ou mais seres. Pode ocorrer
também a comparação de duas ou mais características do mesmo ser.
O grau comparativo estabelece inferioridade, igualdade e superioridade, subdividindo-se em grau comparativo de
inferioridade, grau comparativo de igualdade e grau comparativo de superioridade.

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Grau comparativo de inferioridade


menos… que ou menos… do que
Letícia é menos agitada que Mateus.
Letícia é menos agitada do que Mateus.

Grau comparativo de igualdade


tão… quanto, tão… como ou tão… quão
Letícia é tão agitada quanto Mateus.
Letícia é tão agitada como Mateus.
Letícia é tão agitada quão faladora.

Grau comparativo de superioridade


mais… que ou mais… do que
Letícia é mais agitada que Mateus.
Letícia é mais agitada do que Mateus.

Alguns adjetivos apresentam formas sintéticas no grau comparativo de superioridade:


(mais) bom = melhor;
(mais) mau = pior;
(mais) grande = maior;
(mais) pequeno = menor.
(mais) alto – superior
(mais) baixo - inferior

Nessas situações, não deverá ser usado o advérbio mais:


Letícia é melhor que Mateus.
Letícia é melhor do que Mateus.
Letícia é pior que Mateus.
Letícia é pior do que Mateus.
Letícia é maior que Mateus.
Letícia é maior do que Mateus.
Letícia é menor que Mateus.
Letícia é menor do que Mateus.
Na estatura, Letícia é superior a Mateus
Na estatura, Letícia é inferior a Mateus

Observe que:
a) As formas menor e pior são comparativos de superioridade, pois equivalem a mais pequeno e mais mau,
respectivamente.
b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas (melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações feitas entre
duas qualidades de um mesmo elemento, deve-se usar as formas analíticas mais bom, mais mau, mais grande e mais
pequeno.
Por exemplo: Pedro é maior do que Paulo – comparação de dois elementos.
Pedro é mais grande que pequeno – comparação de duas qualidades de um mesmo elemento.
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4) Sou menos alto (do) que você. (Comparativo de inferioridade) Sou menos passivo (do) que tolerante.

SUPERLATIVO
Um adjetivo no grau superlativo absoluto sintético caracteriza um ou mais seres atribuindo-lhes qualidades em grau muito
elevado.
 O teste foi facílimo.
 O professor é sapientíssimo.
 A sobremesa é dulcíssima.
Formação do grau superlativo absoluto sintético
A principal regra de formação do grau superlativo absoluto sintético dos adjetivos é pela junção do sufixo -íssimo:
 agilíssimo;
 malíssimo;
 originalíssimo;
 …
Adjetivos que terminam em vogal:
Quando o adjetivo termina em vogal, ocorre a supressão dessa vogal:
 belíssimo;
 fortíssimo;
 tristíssimo;
 …
Adjetivos que terminam em -io:
Quando os adjetivos terminam em -io, ocorre uma duplicação da consoante i, formando o hiato i-í:
 seriíssimo;
 necessariíssimo;
 precariíssimo;
 …
Adjetivos que terminam em - vel:
Quando os adjetivos terminam em -vel, ocorre a adaptação da forma latina primitiva para -bilíssimo:
 amabilíssimo;
 notabilíssimo;
 sensibilíssimo;
 …
Adjetivos que terminam em -z:
Quando os adjetivos terminam em -z, ocorre a adaptação da forma latina primitiva para -císsimo:
 felicíssimo;
 ferocíssimo;
 velocíssimo;
 …
Adjetivos que terminam em -m:
Quando os adjetivos terminam em -m, ocorre a adaptação da forma latina primitiva para -níssimo:
 comuníssimo;
 joveníssimo;
 boníssimo;

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 …
Adjetivos que terminam em -ão:
Quando os adjetivos terminam em -ão, ocorre a adaptação da forma latina primitiva para -aníssimo:
 saníssimo;
 cristianíssimo;
 vaníssimo;
 …
Adjetivos com forma erudita:
Existem diversos adjetivos que apresentam uma forma alatinada erudita de formação do grau superlativo:
 macérrimo;
 paupérrimo;
 celebérrimo;
 nigérrimo;
 …
Observe alguns superlativos sintéticos:
Benéfico – beneficentíssimo Bom – boníssimo ou ótimo
Célebre – celebérrimo Comum – comuníssimo
Cruel – crudelíssimo Difícil – dificílimo
Doce – dulcíssimo Fácil – facílimo
Fiel – fidelíssimo Frágil – fragílimo
Frio – friíssimo Humilde – humílimo
Jovem – juveníssimo Livre – libérrimo
Magnífico – magnificentíssimo Magro – macérrimo ou magríssimo
Manso – mansuetíssimo Mau – péssimo
Necessário - necessariíssimo Nobre – nobilíssimo
Pequeno – mínimo Pobre – paupérrimo ou pobríssimo
Precário - precariíssimo Próspero – prospérrimo
Sábio – sapientíssimo Sagrado – sacratíssimo
Sério - seriíssimo

Comparativo Superlativo absoluto


Superlativo
Adjetivos de
relativo regular irregular
Superioridade

bom melhor o melhor boníssimo ótimo

mau pior o pior malíssimo péssimo

pequeno menor o menor pequeníssimo mínimo

grande maior o maior grandíssimo máximo

Grau superlativo relativo


No grau superlativo relativo, a caracterização de uma coisa ou ser é feita em relação a um conjunto de outras coisas ou seres,
sendo atribuída uma qualidade em maior ou menor grau. O grau superlativo relativo divide-se em grau superlativo relativo
de superioridade e grau superlativo relativo de inferioridade.

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Grau superlativo relativo de superioridade


 Na corrida da escola, meu filho foi o mais rápido.
 Aquela diretora é a mais simpática de todas.
Grau superlativo relativo de inferioridade
 Na corrida da escola, meu filho foi o menos rápido.
 Aquela diretora é a menos simpática de todas.
Podemos usar o ADJETIVO com valor de SUBSTANTIVO. Para tanto, basta colocar antecedendo de um artigo, ou seja, basta
colocar um artigo antes do adjetivo.
Exemplo:
 "O pouco com Deus é muito".
 "Devemos contemplar o azul do céu".
 "Precisamos conservar o verde" .
Nesses casos: pouco, azul, verde, são adjetivos substantivados.

d) Implica mudança de significado a ANTEPOSIÇÃO ou a POSPOSIÇÃO de alguns adjetivos aos substantivos;


Exemplo:
 Alto funcionário = funcionário de posição elevada
Funcionário Alto = funcionário de alta estatura

 Bela moça = moça de bons princípios


Moça bela = moça bonita

 Bom homem = homem de grandes virtudes


Homem bom = homem bondoso, de bom coração

 grande homem = homem eminente


homem grande = homem alto

 pobre gente = gente infeliz


gente pobre = gente sem recurso

 santo homem = homem puro


homem santo = homem miraculoso

 velho amigo = amigo de há muito


amigo velho = amigo idoso.

O adjetivo pode ser “móvel”, isto é, pode ser deslocado de sua posição com relação ao nome determinado, ficando ora antes
ora depois dele. Tal deslocamento pode ou não alterar o sentido do adjetivo:
a) “Isaque é um cavalheiro perfeito.”
b) “Isaque é um perfeito cavalheiro.”
Não podemos afirmar que as duas frases acima são idênticas. O simples fato de invertermos a ordem das palavras indica que
são semelhantes (não idênticas) e se há uma nuance de diferença, essa fica imperceptível.

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A alteração de sentido a que nos referimos é muito mais profunda:


a) “Ela é uma mulher pobre.” (= sem recursos financeiros)
“Ela é uma pobre mulher.” (= infeliz)

b) “O Diretor é um grande homem.” (= notável)


“O Diretor é um homem grande.” (= alto)

c) “Misael é um professor simples.” (= modesto)


“Misael é um simples professor.” (= insignificante)

d) “Chame qualquer pessoa.” (= qualquer uma)


“Não sou uma pessoa qualquer.” (= vulgar, insignificante)

e) “Li algum livro de Mitologia.” (em frase afirmativa)


“Não li livro algum de Mitologia.” (em frase negativa)

Há adjetivos que devem ocupar uma posição fixa na oração, imobilizando-se, sempre antes, ou sempre depois do
determinado. Quando dizemos que há imobilização do adjetivo, estamos tratando da impossibilidade de tal determinante se
deslocar para outra posição: ou ele não faz sentido em outra posição, ou muda o sentido da frase:
a) “Encontrei Vítor por mero acaso.”
b) “Levante a mão direita.”
c) “Compre uma caneta comum.”
d) “Eles estavam de comum acordo.”

ATENÇÃO!
ADJETIVOS DE RELAÇÃO
Adjetivos de relação são nomes qualificadores oriundos de substantivos. O adjetivo de relação é aquele que
a) tem valor semântico objetivo, ou seja, não expressa subjetividade ou ponto de vista;
b) é derivado por sufixação de um substantivo;
c) vem colocado após o substantivo;
d) não varia em grau superlativo, ou seja, não pode ser intensificado.
Exemplos:
– espumante da Argentina: espumante argentino
– energia do núcleo: energia nuclear
De modo geral, estringem a extensão do significado de unidades desta classe de palavras e normalmente não admitem flexão
de grau. Por exemplo, ígneo = de fogo e férreo = de ferro. Seguem abaixo mais alguns exemplos:
1. Em ordem alfabética de adjetivo
Adjetivo Substantivo
Aquático, água
Arenoso areia
Áureo ouro
Auricular ouvido
Cardíaco coração
Celeste céu
Chuvoso chuva
Cristalino cristal
Elétrico eletricidade
Enérgico energia
Eólico vento
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Fluvial rio
Filial filho
Floral flor
Glacial gelo
Hepático fígado
Lácteo, leite
Materno mãe
Ocular olho
Onírico sonho
Ósseo osso
Paterno pai
Pétreo pedra
Pluvial chuva
Renal rim
Sintático sintaxe
Telúrico, sal
Térmico calor
Térreo terra (solo)
Terráqueo terra (planeta
Ventoso vento
Vítreo vidro

2. Em ordem alfabética de substantivo


Substantivo Adjetivo correspondente
Água Aquático
Areia Arenoso
Calor Térmico
Céu Celeste
Chuva Chuvoso, pluvial
Coração (órgão) Cardíaco
Cristal Cristalino
Eletricidade Elétrico
Energia Energético, enérgico
Fígado Hepático
Filho Filial
Flor Floral
Gelo Glacial
Leite Lácteo
Mãe Maternal
Olho Ocular
Osso Ósseo
Ouro Áureo
Ouvido Auricular
Pai Paternal
Pedra Pétreo
Rim Renal
Rio Fluvial

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Sintaxe Sintático
Terra (planeta) Terrestre, terráqueo, telúrico 7
Terra (solo) Terrestre, térreo, telúrico
Vento Eólico, eólio, ventoso
Vidro Vítreo

PREPOSIÇÃO
Palavra que não se flexiona, cuja função é ligar dois termos ou orações entre si, estabelecendo relação de subordinação
(regente - regido).
Divide-se em:
• Essenciais (maioria das vezes são preposições): a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por,
sem, sob, sobre, trás.
• Acidentais (palavras de outras classes que podem exercer função de preposição): afora, conforme (= de acordo com),
consoante, durante, exceto, salvo, segundo, senão, mediante, visto (= devido a, por causa de).

 (Vestimo-nos conforme a moda e o tempo / Os heróis tiveram como prêmio aquela taça / Mediante meios escusos, ele
conseguiu a vaga / Vovó dormiu durante a viagem)
As preposições essenciais regem pronomes oblíquos tônicos; enquanto preposições acidentais regem as formas retas dos
pronomes pessoais. (Falei sobre ti/ Todos, exceto eu, vieram).
As locuções prepositivas, em geral, são formadas de advérbio (ou locução adverbial) + preposição – abaixo de, acerca de, a
fim de, além de, defronte a, ao lado de, apesar de, através de, de acordo com, em vez de, junto de, perto de, até a, apesar
de, devido a.

Emprego das Preposições


1. Combinação: a preposição une-se a outra palavra sem perda fonética (ao/aos).
2. Contração: a preposição junta-se a outra palavra com perda fonética (em junta-se com aquela e forma-se naquela)
3. Não se deve contrair de se o termo seguinte for sujeito (“Está na hora de ele falar” e não “Está na hora (dele) falar”)
4. A preposição após, acidentalmente, pode funcionar como advérbio (=atrás) (Terminada a festa, saíram logo após.)
5. Trás, modernamente, só se usa em locuções adverbiais e prepositivas (por trás, para trás por trás de).

Noções estabelecidas pelas preposições


Isoladamente, as preposições são palavras vazias de sentido, se bem que algumas contenham uma vaga noção de tempo e
lugar.
Nas frases, exprimem diversas relações:
• Autoria: música de Caetano
• Lugar: cair sobre o telhado / estar sob a mesa
• Tempo: nascer a 15 de outubro / viajar em uma hora / viajei durante as férias
• Modo ou conformidade: chegar aos gritos / votar em branco
• Causa: tremer de frio / preso por vadiagem
• Assunto: falar sobre política
• Fim ou finalidade: vir em socorro / vir para ficar
• Instrumento: escrever a lápis / ferir- se com a faca
• Companhia: sair com amigos
• Meio: voltar a cavalo / viajar de ônibus
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• Matéria: anel de prata / pão com farinha


• Posse: carro de João
• Oposição: Flamengo contra Fluminense
• Conteúdo: copo de (com) vinho
• Preço: vender a (por) R$ 300,00
• Origem: descender de família humilde
• Especialidade: formou-se em Medicina
• Destino ou direção: ir a Roma / olhe para frente

VALOR SEMÂNTICO DAS PREPOSIÇÕES


Valor Relacional: Liga palavras e orações.
 Gosto de você. /Ela tem certeza de que a vida é bela.

Valor Nocional: Tem sentido de circunstância:


 Venho do cinema. (lugar)

 Morreu de tédio. (causa)

 Porta de madeira. (matéria)

 Cadeira de balanço. (finalidade)

 João foi a São Paulo. (destino, direção)

 João veio de São Paulo (procedência)

 Maria saiu a sua mãe. (semelhança)

 Fui ao cinema com Paula. (companhia)

 Fiz o trabalho a caneta. (instrumento)

 Voltaremos a qualquer momento. (tempo)

 Compras só em dinheiro. (condição)


obs.: Não é em todo contexto que a preposição pode apresentar sentido. Às vezes, a preposição não tem sentido algum,
servindo como mero elemento conector.
Do ponto de vista sintático, a preposição nunca exerce função sintática, mas participa no sistema de transitividade,
introduzindo complementos (verbais ou nominais), ou na construção de adjuntos (adnominais ou adverbiais). Muitos verbos,
substantivos, adjetivos e advérbios exigem complemento preposicionado, por isso ela é um conectivo subordinativo:
– Não concordo com atitudes precipitadas.
– Tenho admiração por quem é solidário.
– Bebida alcoólica é imprópria para menores.
– Paralelamente às apresentações, o cantor se destacou.

Obs.: O papel da preposição é subordinar um termo a outro. Logo, o primeiro termo (anterior à preposição) é o
subordinante, e o segundo termo (posterior à preposição) é o subordinado.
Vejamos as locuções prepositivas e seus valores semânticos
Lugar: perto de, acima de, longe de, fora de, além de, dentro de, abaixo de, atrás de, por trás de, por detrás de, através de,
debaixo de, embaixo de, em cima de, defronte de, em frente de/a, à frente de, ao/em redor de, em torno de, até a, ao lado
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de, a par de, diante de, adiante de, em face de (e não face a; no entanto o gramático Celso P. Luft e a banca Esaf
abonam tal construção, assim como frente a), ao lado de, junto de/a/com, por baixo de, por cima de, ao nível de (é
equivocada a forma a nível de).

Tempo: perto de, dentro de, antes de, depois de, ao longo de, a partir de (indica ponto de partida, podendo indicar
quantidade), por volta de, a cerca de (valor aproximado), a ponto de (pode indicar consequência; ao ponto de é construção
incorreta), prestes a, na iminência de, em via de (e não em vias de; Bechara e Houaiss abonam o plural).
Companhia: junto de/a/com, ao encontro de.
Direção: em busca de, em direção a, ao encontro de.
Escusa: a/sob pretexto de.
Adição: além de, ademais de.
Modo: à guisa de, à maneira de, à custa de (Cegalla e Bechara liberam às custas de).
Ciência/Conhecimento: a par de.
Favor/Benefício: em prol de, em benefício de, em/a favor de.
Concessão: apesar de, a despeito de, sem embargo de, não obstante (única locução não terminada em preposição).
Finalidade: a fim de, de forma a, de maneira a, com o fim de, com o intuito de, com o fito de, com o intento de, com o escopo
de, com a intenção de, com a finalidade de, com o propósito de.

Sujeição: sob pena de, à mercê de.


Oposição: em oposição a, de encontro a, ao invés de. Causa: devido a, em virtude de, em vista de, graças a, em razão de, por
causa de, em consequência de, em face de, em atenção a, por consideração a, em função de, por motivo de, por razões de,
por conta de, mercê de, diante de.
Envolvimento: às voltas com.
Atribuição: na qualidade de, na função de, a título de.
Assunto/Referência: acerca de, a respeito de, com/em relação a, para com, quanto a, no campo de, na esfera de.
Exclusão: à exceção de, com exceção de.
Substituição: em lugar de, em vez de.
Compensação: a troco de, em troca de.
Meio: através de (muito usado atualmente, mas tem sentido conotativo), por meio de, por intermédio de.
Dependência: em função de.
Conformidade: de acordo com, em conformidade com, em obediência a.

Cuidado!!!
Valor Relacional e Nocional
As preposições com valor relacional são aquelas exigidas por verbos ou nomes (substantivo, adjetivo ou advérbio).
Já as preposições com valor nocional não são exigidas por verbos ou nomes, marcam apenas relações semânticas diversas.

Obs.: Na diferença entre complemento nominal e adjunto adnominal, precisamos perceber se a preposição é relacional ou
nocional. Se for relacional, CN; se for nocional, ADN: “Sou fiel a Deus.” (quem é fiel, é fiel a alguém) – relacional / “O carro
do João quebrou.” (valor de posse) – nocional.

NUMERAL
Numeral é a palavra que indica os seres em termos numéricos, isto é, que atribui quantidade aos seres ou os situa em
determinada sequência.
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Exemplos:
1. Os quatro últimos ingressos foram vendidos há pouco.
[quatro: numeral = atributo numérico de "ingresso"]
2. Eu quero café duplo, e você?
...[duplo: numeral = atributo numérico de "café"]
3. A primeira pessoa da fila pode entrar, por favor!
...[primeira: numeral = situa o ser "pessoa" na sequência de "fila"]
Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que os números indicam em relação aos seres. Assim, quando a expressão
é colocada em números (1, 1°, 1/3, etc.) não se trata de numerais, mas sim de algarismos.
Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a ideia expressa pelos números, existem mais algumas palavras
consideradas numerais porque denotam quantidade, proporção ou ordenação. São alguns
exemplos: década, dúzia, par, ambos(as), novena.
PRONOME
Palavra variável em gênero, número e pessoa que substitui ou acompanha um substantivo, indicando-o como pessoa do
discurso.
PRONOMES PESSOAIS
Retos Oblíquos Oblíquos Oblíquos Tônicos
Átonos(OD) Átonos (OI) Antecedido de preposição
1ª p.s. Eu me me mim, comigo
2ª p.s. Tu te te ti, contigo
3ª p.s. Ele, ela se, o, a se, lhe si, consigo
1ª p.p. Nós nos nos nós, conosco
2ª p.p. Vós vos vos vós, convosco
3ª p.p. Eles, Elas Se, os, as se, lhes si, consigo

Os pronomes oblíquos tônicos sempre são acompanhados de uma preposição, em geral as preposições A, PARA, DE e
COM.

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PRONOMES DEMONSTRATIVOS

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mesmo e próprio: usados para reforçar os pronomes pessoais ou


para fazer referência a algo expresso anteriormente.

tal e semelhante: usados como equivalentes dos pronomes esse, essa, aquela.

PRONOMES RELATIVOS
Pronomes relativos são aqueles que representam nomes que já foram citados e com os quais estão relacionados. O nome
citado denomina-se ANTECEDENTE do pronome relativo

Quando o antecedente for:


Coisa: que, o qual, a qual, os quais, as quais
Pessoa: que, quem, o qual, a qual, os quais, as quais
Lugar: onde, em que, no qual, na qual, nos quais, nas quais
Posse: cujo, cuja, cujos, cujas
Quantidade: Tudo/ Nada quanto, quanta, quantos, quantas

PRONOMES INTERROGATIVOS

Variáveis Invariáveis
Qual, quais Que
Quanto, quanta Quem
Quantos, quantas

PRONOMES DE TRATAMENTO
Quando estamos em um ambiente de maior prestígio social, no qual estão demarcados os graus hierárquicos mais elevados,
necessitamos de uma linguagem mais elaborada, formal.

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Para melhor trabalharmos com as formas de tratamento, nós temos os pronomes de tratamento. Vejamos quais são:

Classificação dos Pronomes:


1. Pessoal
2. Possessivo
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3. Demonstrativo
4. Relativo
5. Indefinido
6. Interrogativo

1. Palavra que se flexiona em gênero, número e pessoa, cujas funções são: substituir ou acompanhar um substantivo.
Pronome Substantivo e Pronome Adjetivo
a) O Pronome Pessoal é sempre Substantivo: substitui um substantivo, representando-o. (Ele prestou socorro)
b) Pode-se dizer que os outros pronomes podem ser Adjetivos e Substantivos:
Pronomes Adjetivos são aqueles que acompanham o substantivo com o qual se relacionam, juntando-lhe uma característica.
Este moço é meu irmão.
Alguma coisa me deixou alegre.

PRONOMES ADJETIVOS PODEM SER: (acompanham o substantivo)


Possessivos
Demonstrativos
Indefinidos
Relativos
Interrogativos
OBS: MORFOSSINTAXE: PRONOMES ADJETIVOS SÃO SEMPRE ADJUNTOS ADNOMINAIS.
Pronomes Substantivos são aqueles que substituem um substantivo ao qual se referem
Meus filhos são inteligentes, e os seus?
Nem tudo está perdido.
Aquilo me deixou alegre.

QUADRO DE PRONOMES PESSOAIS


PRONOMES PESSOAIS
Retos Oblíquos Oblíquos Oblíquos Tônicos
Átonos(OD) Átonos (OI) Antecedido de preposição
1ª p.s. Eu me me mim, comigo
2ª p.s. Tu te te ti, contigo
3ª p.s. Ele, ela se, o, a se, lhe si, consigo
1ª p.p. Nós nos nos nós, conosco
2ª p.p. Vós vos vos vós, convosco
3ª p.p. Eles, Elas se, os, as se, lhes si, consigo

É importante saber quem são e para que servem as pessoas do discurso. Pessoas do discurso:
1ª pessoa - aquele que fala, emissor.
2ª pessoa - aquele com quem se fala, receptor.
3ª pessoa - aquele de que ou de quem se fala, referente.

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Pessoais:
Apresentam variações de forma dependendo da função sintática que exercem na frase. Os pronomes pessoais retos
desempenham, normalmente, função de sujeito; enquanto os oblíquos, geralmente, de complemento.

PRONOMES PESSOAIS
São aqueles que substituem os substantivos, indicando diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve assume os
pronomes eu ou nós, usa os pronomes tu, vós, você ou vocês para designar a quem se dirige e ele, ela, eles ou elas para
fazer referência à pessoa ou às pessoas de quem fala.
Os pronomes pessoais variam de acordo com as funções que exercem nas orações, podendo ser do caso reto ou do caso
oblíquo.

PRONOMES RETOS

Pessoas do Pronomes pessoais


discurso retos

1ª pessoa eu

Singular 2ª pessoa tu

3ª pessoa ele/ela

1ª pessoa nós

Plural 2ª pessoa vós

3ª pessoa eles/elas

Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sentença, exerce a função de sujeito ou predicativo do sujeito.
Por exemplo:
 Nós compramos flores.
 As vítimas do caso somos nós.
Os pronomes retos apresentam flexão de número, gênero (apenas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a principal
flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso. Dessa forma, o quadro dos pronomes retos é assim configurado:
- 1ª pessoa do singular: eu
- 2ª pessoa do singular: tu
- 3ª pessoa do singular: ele, ela
- 1ª pessoa do plural: nós
- 2ª pessoa do plural: vós
- 3ª pessoa do plural: eles, elas
Atenção: esses pronomes não costumam ser usados como complementos verbais na língua-padrão. Frases como "Vi ele na
rua", "Encontrei ela na praça", "Trouxeram eu até aqui", comuns na língua oral cotidiana, devem ser evitadas na língua
formal escrita ou falada. Na língua formal, devem ser usados os pronomes oblíquos correspondentes: "Vi-o na rua",
"Encontrei-a na praça", "Trouxeram-me até aqui".

Obs.: frequentemente observamos a omissão do pronome reto em Língua Portuguesa. Isso se dá porque as próprias formas
verbais marcam, por meio de suas desinências, as pessoas do verbo indicadas pelo pronome reto.
Por exemplo:

 Fizemos boa viagem. (Nós)

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PRONOMES OBLÍQUOS
Os pronomes oblíquos apresentam flexão de número, gênero (apenas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a principal
flexão porque marca a pessoa do discurso.
Os pronomes oblíquos que não são precedidos de preposição.
Possuem acentuação tônica fraca.

PRONOMES PESSOAIS
Oblíquos Oblíquos
Átonos(OD) Átonos (OI)
me me
te te
se, o, a se, lhe
nos nos
vos vos
se, os, as se, lhes

Por exemplo:
 Ele me deu um presente.

Observações:
• Por acompanhar diretamente uma preposição (A ou PARA), o pronome lhe exerce, normalmente, a função de objeto
indireto na oração.
• Os pronomes me, te, se, nos e vos podem tanto ser objetos diretos como objetos indiretos.
• Os pronomes o, a, os e as atuam normalmente como objetos diretos.

ATENÇÃO:
O, A, OS, AS serão PRONOMES OBLÍQUOS
O, A, OS, AS SERÃO PRONOMES DEMONSTRATIVOS
O, A, OS, AS serão ARTIGOS
A é PREPOSIÇÃO

PRONOMES OBLÍQUOS COMO OBJETOS DIRETOS


Usam-se os pronomes o, os, a, as depois de terminações verbais em vogais
Comprei o carro= Comprei-o
Vejo a movimentação das ruas= Vejo-a
Cante os hinos= Cante-os
Ele sempre visita aquelas empresas = ... visita-as
Os pronomes o, os, a, as sofrem variações depois de certas terminações verbais. Quando o verbo termina em -r, -s ou -z, o
pronome assume a forma lo, los, la ou las, ao mesmo tempo que a terminação verbal é suprimida.
Por exemplo:
 dizer + a verdade = dizer + a= dizê-la
 fazeis + o pedido = fazeis + o=fazei-lo
 fiz + o trabalho = fiz + o=fi-lo

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Quando o verbo termina em som nasal, o pronome assume as formas no, nos, na, nas.
Por exemplo:
 viram + o menino = viram + o = viram-no
 repõe + os dados = repõe + os = repõe-nos
 retém + a substância = retém + a = retém-na
 tem + as respostas = tem + as = tem-nas
Veja alguns exemplos de verbos, normalmente, apontados como transitivos diretos:
abandonar; abençoar; aborrecer; abraçar;
acompanhar; acusar; admirar; adorar;
alegrar; ameaçar; amolar; amparar;
auxiliar; castigar; condenar; conhecer;
conservar; convidar; defender; eleger;
estudar; estimar; humilhar; namorar;
ouvir; praticar; prejudicar; proteger;
respeitar; socorrer; suportar; ver;
visitar;

Objeto indireto
LHE
Complemento Nominal

LHES Adjunto Adnominal

Alguns verbos podem ser classificados, normalmente, como transitivos indiretos. Eis alguns:
aspirar(a) caber(a); candidatar-se(a); referir-se(a);
impor(a); levar(a); pertencer(a); dar(a);
relacionar-se(a) aludir(a) desdenhar (de); necessitar (de);
acreditar (em); consentir (em); ansiar (por); pertencer(a);
obedecer(a); querer(a); oferecer(a); destinar-se(a);
somar-se(a); passar(a) dedicar(a) visar(a)
responder(a) gozar (de); gozar (de); desfrutar(de)
deparar (com); contribuir(para)

Observe que as únicas formas próprias do pronome tônico são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). As demais
repetem a forma do pronome pessoal do caso reto.
A forma contraída dos pronomes tônicos (comigo, contigo, conosco e convosco) é obrigatória na construção dos pronomes
de 1ª e 2ª pessoas do singular e do plural. As terceiras pessoas do singular e plural, por possuírem uma forma iniciada por
vogal (ele, por exemplo), se apresentam separadas da preposição "com" (com ele, com elas).

Saiba que:
Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem combinar-se com os pronomes o, os, a, as, dando origem a formas
como mo, mos, ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, lhos, lha, lhas; no-lo, no-los, no-la, no-las, vo-lo, vo-los, vo-la, vo-las.
Observe o uso dessas formas nos exemplos que seguem:

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- Trouxeste o pacote?
- Sim, entreguei-to ainda há pouco.
- Não contaram a novidade a vocês?
- Não, não no-la contaram.
No português do Brasil, essas combinações não são usadas; até mesmo na língua literária atual, seu emprego é muito
raro.

PRONOMES POSSESSIVOS
Observe o quadro:
NÚMERO PESSOA PRONOME

singular primeira meu(s), minha(s)

singular segunda teu(s), tua(s)

singular terceira seu(s), sua(s)

plural primeira nosso(s), nossa(s)

plural segunda vosso(s), vossa(s)

plural terceira seu(s), sua(s)

Os pronomes possessivos nem sempre indicam posse. Podem ter outros empregos, como:

a) indicar afetividade.
Por exemplo:
- Não faça isso, minha filha.

b) indicar cálculo aproximado.


Por exemplo:
Ele já deve ter seus 40 anos.

c) atribuir valor indefinido ao substantivo.


Por exemplo:
Marisa tem lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela.

PRONOMES DEMONSTRATIVOS
Os pronomes demonstrativos são utilizados para explicitar a posição de uma certa palavra em relação a outras ou ao
contexto. Essa relação pode ocorrer em termos de espaço, tempo ou discurso.

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No espaço:

• Compro este carro (aqui).


O pronome este indica que o carro está perto da pessoa que fala, localiza os seres em relação ao emissor.

• Compro esse carro (aí).


O pronome esse indica que o carro está perto da pessoa com quem falo, ou afastado da pessoa que fala, em relação ao
destinatário.

• Compro aquele carro (lá).


O pronome aquele diz que o carro está afastado da pessoa que fala e daquela com quem falo.
Exemplos:
• Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de solicitar informações sobre o concurso vestibular.
(trata-se da universidade destinatária).
• Reafirmamos a disposição desta universidade em participar no próximo Encontro de Jovens.
(trata-se da universidade que envia a mensagem).

No tempo:
Este (presente, futuro)
Este ano está sendo bom para nós.

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Esta manhã de aulas foi maravilhosa.


Logo mais, esta festa será perfeita.

esse (passado recente ou futuro)


• Esse ano que passou foi razoável.
• Depois de todas as dificuldades, sei que esses dias serão melhores.

aquele (passado remoto ou tempo vago);


• Aquele ano foi terrível para todos.
• Aquele será um dia trágico para o país.

IMPORTANTÍSSIMO
Como referência a termos já citados, os pronomes aquele (a/s) e este (a/s) são usados para primeira e segunda ocorrências,
respectivamente, em apostos distributivos
Este refere-se à pessoa mencionada em segundo lugar, aquele à mencionada em primeiro lugar.
• O médico e a enfermeira estavam calados: aquele amedrontado e esta, calma / ou: esta, calma e aquele, amedrontado);
• Marina e Dilma fizeram uma ativa campanha: aquela era de partido opositor, esta pertencia ao grupo situacionista.

Quando se der a ocorrência de mais de dois elementos, não se usam os demonstrativos (este e aquele).
Deve-se, neste caso, usar os ordinais.
• Aécio, Marina e Dilma fizeram uma ativa campanha: a segunda era de partido contrário aos ideais governistas, a terceira
pertencia ao grupo situacionista, enquanto o primeiro tentava resgatar o prestígio do partido social-democrata.

IMPORTANTE
Uso anafórico, em referência ao que já foi dito ou catafórico ao que será dito:
este (novo enunciado = catafórico)
esse (retoma informação = anafórico);
Os demonstrativos este(s), esta(s) e isto são utilizados no discurso para citar coisas que ainda não foram ditas.

Por exemplo:

• Este é o comunicado: na próxima segunda-feira não haverá expediente.


Deve-se notar que os pronomes este, esta e isto só retomam algo já citado no texto em uma situação muito especial: há
dois ou mais elementos e quer-se referir apenas ao último.
Compare:
Houve uma bonita tabela entre Zico, Falcão e Sócrates, mas no fim foi este que fez o gol (deve-se entender que foi Sócrates
quem fez o gol).
Quando o rei D. João V faleceu e D. José ocupou o trono, este recorreu a Sebastião José para ser Ministro da Guerra e dos
Negócios Estrangeiros.
Dois antecedentes masculinos. Com ‘ele’ no lugar de ‘este’, à primeira vista poderíamos pensar ter D. João V, e não D. José,
nomeado Sebastião José (o Marquês de Pombal) ministro.

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Macpherson dirige sua crítica a Rawls quando este admite serem os princípios éticos da justiça econômica capazes de regular
o mercado.
Pelo demonstrativo, fica claro que Rawls é o sujeito de ‘admite’, não Macpherson.
Se não há essa situação especial, as retomadas no português são normalmente feitas com esse, essa e isso:

Na compra, havia verduras, carnes, peixes e frutas.

Esses alimentos foram os mais apreciados pelos turistas.


O, A, OS, AS SERÃO PRONOMES DEMONSTRATIVOS
Você só deverá considerar o "O" (o, a, os, as) como pronome demonstrativo se vier antes de pronome relativo ou de
preposição.
Ex: Tudo O QUE ele faz é bom.

O: pronome demonstrativo = Aquilo


que = pronome relativo

O(A) QUE

AQUELE(S) AQUILO
AQUELA(S) PRONOME RELATIVO

PRONOME DEMONSTRATIVO
Ele trabalhava muito, mas não o fazia com decisão.
O: pronome demonstrativo = isso
Também pode ocorrer similar fenômeno, antes da preposição DE
A de vermelho será a primeira.
A: pronome demonstrativo = Aquela.
de = preposição

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PRONOMES INDEFINIDOS

DICA:
Algum, após o substantivo, a que se refere, assume valor negativo (= nenhum)
 Computador algum resolverá o problema.
Algum, antes do substantivo, assume valor positivo.
 Algum computador resolverá o problema.

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QUADRO DOS PRONOMES RELATIVOS


Quando o antecedente for:
Coisa: que, o qual, a qual, os quais, as quais
Pessoa: que, quem, o qual, a qual, os quais, as quais
Lugar: onde, em que, no qual, na qual, nos quais, nas quais
Posse: cujo, cuja, cujos, cujas (faz concordância com o termo posterior)
Quantidade: Tudo/ Nada quanto, quanta, quantos, quantas
Variáveis
Invariáveis
Masculino Feminino
o qual / os quais a qual / as quais que
cujo / cujos Cuja / cujas quem
quanto / quanto quanta / quantas onde

EMPREGO DOS PRONOMES RELATIVOS

 O grupo que vai jogar hoje chegou cedo. (que = o qual = o grupo)

OCORRÊNCIA IMPORTANTÍSSIMA
IDENTIFICAÇÃO DA FUNÇÃO SINTÁTICA DO PRONOME RELATIVO
1. Identifica-se o relativo. Caso exista preposição antes do relativo, isole-a também.
2. Isola a oração introduzida pelo relativo
QUE VAI JOGAR HOJE
3. Agora, coloque o termo antecedente no lugar do pronome relativo. Identifique a função sintática desse termo
substituído
O GRUPO vai jogar hoje
4. A função sintática do termo substituído será a função sintática do pronome relativo
O GRUPO funciona como SUJEITO, portanto QUE terá função de SUJEITO
 A cantora que acabou de se apresentar é desagradável. (= a qual = a cantora)
 Os grupos que vão jogar hoje chegaram cedo. (= os quais = os grupos)
 As cantoras que se apresentaram eram desagradáveis. (= as quais = as cantoras)

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PREPOSIÇÃO ANTES DO PRONOME RELATIVO


1) Aspecto interessante, quanto a esse tópico, diz respeito à regência verbal ou nominal.
2) Se vai ou não haver preposição antes do pronome, ou qual vai ser essa preposição, tudo depende do verbo ou do nome
que está sendo completado pelo pronome.
a) “Editou-se uma lei em que acreditamos, com que simpatizamos e por que lutamos”
(acreditar em, simpatizar com e lutar por);
b) “Fazer da aplicação da lei a arte de distribuir justiça é o ideal a que aspiramos”
(aspirar a).
3) Nas orações adjetivas cujo pronome relativo não funcione como sujeito, se o verbo ou nome exigir alguma preposição,
coloca-se esta antes do relativo”.
Exs.:
a) "Atualmente, os meios de que dispomos...";
b) "Fui traído pelos amigos em quem mais confiava";
c) "...em relação àquele a quem devia respeito e admiração";
d) "É um monumento de que todos os brasileiros se orgulham"

Observe (dispor de, confiar em, dever respeito e admiração a, orgulhar-se de).
"Onde", como pronome relativo, sempre possui antecedente e só pode ser utilizado na indicação de lugar.
Por exemplo:
 A casa onde (em que) morava foi assaltada.

h) Na indicação de tempo, deve-se empregar quando ou em que.


Por exemplo:
 Sinto saudades da época em que (quando) morávamos no exterior.

USO DO CUJO
“Cujo" é um pronome relativo, usado para unir orações.
Expressa relação de posse, em que o antecedente do pronome é o "possuidor" e o consequente," a coisa possuída".
Observe:
Oração (1): "A mulher é advogada".
Oração (2): "O carro da mulher foi roubado".
"A mulher cujo carro foi roubado é advogada".

TRÊS INFORMAÇÕES IMPORTANTES:


1. "Cujo" é variável, concorda em gênero e número com a coisa possuída:
 "A menina cujos olhos são azuis me fez lembrar um amor do passado”
 "A Rede Globo, cujas novelas lideram com folga a audiência no horário noturno, transmitirá a Copa das Confederações".

2. NÃO se usa artigo depois de "cujo".


 “A loja cuja a dona é gaúcha”
 “A loja cuja dona é gaúcha”.

3. Pode haver PREPOSIÇÃO ANTES de "cujo".


Para tanto, basta que a regência do verbo da segunda oração exija essa preposição:

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 "Ele almoça no restaurante de cuja comida ninguém gosta".


O verbo da segunda oração, "gostar", rege a preposição "de": uma pessoa gosta "de" algo ou "de" alguém.
Por isso houve o emprego da preposição "de" antes de "cujo".
PRONOME CUJO ANTEPOSTO POR PREPOSIÇÃO
Junte as duas sentenças, subordinando a segunda à(s) palavra(s) em destaque na primeira. (Atente para a presença de
preposições antes do CUJO e flexões)
Exemplo:
 Machado de Assis é um dos escritores brasileiros mais conhecidos.
 Sempre fazemos referência a seus romances em nossas aulas.
 Machado de Assis, __________ romances sempre fazemos referência em nossas aulas, é um dos escritores brasileiros
mais conhecidos.

PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO:


ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS
Uma oração subordinada adjetiva é aquela que possui valor e função de adjetivo.
As orações adjetivas vêm introduzidas por PRONOME RELATIVO e exercem a função de adjunto adnominal do antecedente.
Observe o exemplo:
Esta foi uma situação bem-sucedida.
Substantivo Adjetivo (Adjunto Adnominal)
Note que o substantivo situação foi caracterizado pelo adjetivo bem-sucedida. Nesse caso, é possível formarmos outra
construção, a qual exerce exatamente o mesmo papel. Veja:
Esta foi uma situação que fez sucesso.
Oração Principal Or. Subord. Adjetiva
Perceba que a conexão entre a oração subordinada adjetiva e o termo da oração principal que ela modifica é feita
pelo PRONOME RELATIVO QUE.
Obs.: para que dois períodos se unam num período composto, altera-se o modo verbal da segunda oração.
Atenção:
Vale lembrar um recurso didático para reconhecer o pronome relativo que: ele sempre pode ser substituído por:
o qual - a qual - os quais -as quais
Por Exemplo:
Refiro-me ao aluno que é estudioso.
Essa oração é equivalente a:
Refiro-me ao aluno o qual estuda.
Forma das Orações Subordinadas Adjetivas
Quando são introduzidas por um pronome relativo e apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo, as orações
subordinadas adjetivas são chamadas desenvolvidas. Além delas, existem as orações subordinadas
adjetivas reduzidas, que não são introduzidas por pronome relativo (podem ser introduzidas por preposição) e apresentam o
verbo numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio).
Por Exemplo:
Ele foi o primeiro aluno que se apresentou.
Ele foi o primeiro aluno a se apresentar.
No primeiro período, há uma oração subordinada adjetiva desenvolvida, já que é introduzida pelo pronome relativo "que" e
apresenta verbo conjugado no pretérito perfeito do indicativo. No segundo, há uma oração subordinada adjetiva
reduzida de infinitivo: não há pronome relativo e seu verbo está no infinitivo.

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Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas


Na relação que estabelecem com o termo que caracterizam, as orações subordinadas adjetivas podem atuar de duas
maneiras diferentes. Há aquelas que restringem ou especificam o sentido do termo a que se referem, individualizando-o.
Nessas orações, não há marcação de pausa(vírgula), sendo chamadas SUBORDINADAS ADJETIVAS RESTRITIVAS.
Existem também orações que realçam um detalhe ou amplificam dados sobre o antecedente, que já se encontra
suficientemente definido, as quais denominam-se SUBORDINADAS ADJETIVAS EXPLICATIVAS. Nessas orações, há marcação
de pausa(vírgula).
Exemplo 1:
Jamais teria chegado aqui, não fosse a gentileza de um homem que passava naquele momento.

Oração Subordinada Adjetiva Restritiva


Nesse período, observe que a oração em destaque restringe e particulariza o sentido da palavra "homem": trata-se de um
homem específico, único.
A oração limita o universo de homens, isto é, não se refere a todos os homens, mas sim àquele que estava passando naquele
momento.
Exemplo 2:
O homem, que se considera racional, muitas vezes age animalescamente.
Oração Sub. Adjetiva Explicativa
Nesse período, a oração em destaque não tem sentido restritivo em relação à palavra "homem": na verdade, essa oração
apenas explicita uma ideia que já sabemos estar contida no conceito de "homem".
Saiba que:
A oração subordinada adjetiva explicativa é separada da oração principal por uma pausa, que, na escrita, é representada
pela vírgula.
É comum, por isso, que a pontuação seja indicada como forma de diferenciar as orações explicativas das restritivas: de
fato, as explicativas vêm sempre isoladas por vírgulas; as restritivas, não.
Obs.: ao redigir um período escrito por outrem, é necessário levar em conta as diferenças de significado que as orações
restritivas e as explicativas implicam. Em muitos casos, a oração subordinada adjetiva será explicativa ou restritiva de
acordo com o que se pretende dizer.
Exemplo 1:
Mandei um telegrama para meu irmão que mora em Roma.
No período acima, podemos afirmar com segurança que a pessoa que fala ou escreve tem, no mínimo, dois irmãos, um que
mora em Roma e um que mora em outro lugar. A palavra "irmão", no caso, precisa ter seu sentido limitado, ou seja, é
preciso restringir seu universo. Para isso, usa-se uma oração subordinada adjetiva restritiva.

Exemplo 2:
Mandei um telegrama para meu irmão, que mora em Roma.
Nesse período, é possível afirmar com segurança que a pessoa que fala ou escreve tem apenas um irmão, o qual mora em
Roma. A informação de que o irmão more em Roma não é uma particularidade, ou seja, não é um elemento identificador,
diferenciador, e sim um detalhe que se quer realçar.
Observações:
As orações subordinadas adjetivas podem:
Ter um pronome como antecedente.
Por Exemplo:
Não sei O que vou almoçar.
o = antecedente
que vou almoçar = Oração Subordinada Adjetiva Restritiva

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USO DA PALAVRA BASTANTE


• adjetivo
que satisfaz; suficiente
Exs.: há bastante arroz.
a carne não é bastante.

• pronome indefinido
em quantidade indefinida, mas elevada; muito(s)
Exs.: há bastantes exemplos de sua sabedoria
o novo equipamento tem bastantes recursos

• advérbio
em quantidade, grau ou intensidade elevada; muito
Exs.: não estou com fome, almocei bastante.
não é milionário, mas é bastante rico

PADRÕES GERAIS DE COLOCAÇÃO PRONOMINAL NA LÍNGUA PORTUGUESA


COLOCAÇÃO PRONOMINAL
A colocação pronominal faz parte da sintaxe e se encarrega do correto posicionamento dos pronomes oblíquos, que podem
ser postos antes, no meio ou depois do verbo. A esses posicionamentos denominamos, respectivamente, próclise, mesóclise
e ênclise.

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COLOCAÇÃO PRONOMINAL

PRÓCLISE ÊNCLISE

MESÓCLISE

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Vejamos as regras de cada um dos casos.

CASOS DE PRÓCLISE
• Depois de palavras ou expressões negativas, caso estas não antecedam sinais de pontuação: não, nunca, nem, nenhum,
jamais, sequer, tampouco, ninguém.
Exemplos:
 Nunca se queixa nem se aborrece.
 Não me contaram a verdade.
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 CUIDADO!
 Não. Ajude-me, por favor.

• Depois de pronomes relativos: quem, qual, que, cujo, onde, quanto.


Exemplo:
 São esperanças que morrem, sonhos que se vão.

• Depois de pronomes indefinidos: alguém, quem, algum, qualquer, ninguém etc.


Exemplo:
 Pouco se fez em favor da família.
 Alguém me disse duras verdades.

• Depois de conjunções subordinativas: quando, se, como, porque, que, logo, ainda que etc.
Exemplo:
 Não iria, ainda que me convidassem.
 Quando lhe disseram a verdade, ele desmaiou.

• Depois de advérbios, caso estes não antecedam sinais de pontuação: talvez, ontem, aqui, ali, agora, de vez em quando,
sempre.
Exemplos:
 Aqui se trabalha pela grandeza do Brasil.

Mas:
 Aqui em casa, trabalha-se.
 Agora. Conte-me a verdade.

2. A próclise também
• Em orações optativas (exprimem desejo), interrogativas e exclamativas, com sujeito anteposto ao verbo.
Exemplos:
 A terra lhe seja breve!
 Quem se atreveria a isso?
 Quanto te arriscas com esses procedimentos!

• Com o gerúndio antecedido da preposição “EM” ou de uma palavra atrativa.


Exemplos:
 Em se tratando de concursos, conhecia tudo.
 Não se querendo usar este quarto, usa-se o outro.
Em frases com preposição + infinitivo flexionado (isto é, conjugado)
Ex.:
 A situação levou-os a se posicionarem contra a greve.

Com a palavra AMBOS é situação facultativa


 Ambos me telefonaram hoje.

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Com formas verbais proparoxítonas


 Nós lhes obedecíamos sempre.

Observações:
Depois de pronomes demonstrativos (esta, aquele, aquilo etc.)
Ex.:
 Aquilo lhe fez muito bem ou Aquilo fez-lhe muito bem.
 Isto me pertence ou Isto pertence-me.

• Depois de pronomes retos e de substantivos, pode ser feita a próclise ou a ênclise, indiferentemente.

Exemplos:
 Ele a convidou para a festa.
 Ela convidou-a para a festa.
 Mamãe falou-me de você.
 Mamãe me falou de você.

Com infinitivo não flexionado precedido de preposição ou palavra negativa.


Ex.:
 Vim para te apoiar. (próclise)
 Vim para apoiar-te. (ênclise)

ADMITE-SE SITUAÇÃO FACULTATIVA


• Com infinitivo não flexionado precedido de preposição (para, em , por, sem , de, até, a) ou palavra negativa.
Exs.:
Vim para te apoiar. (próclise)
Vim para apoiar-te. (ênclise)

Meu desejo era não o encontrar.


Meu desejo era não encontrá-lo.

Até se firmar, vai demorar.


Até firmar-se, vai demorar.

CASOS DE MESÓCLISE
• Com o futuro do presente (sem palavra atrativa).
Exemplo:

 Dir-me-á que a redação não é importante.

• Com o futuro do pretérito (sem palavra atrativa).


Exemplo:

 Se fosse possível, contar-vos-ia o que se passou.

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CASOS DE ÊNCLISE
• No início do período: (menos quando o verbo estiver no futuro).
Exemplo:
 Vai-se a primeira pomba despertada.

• Com o gerúndio não antecedido de “EM”.


Exemplo:
 Fugiu da confusão, esgueirando-se entre os presentes.

• Com o imperativo afirmativo.


Exemplo:
 Procure os seus amigos e convide-os.

• Com o infinitivo não flexionado, precedido da preposição a.


Exemplo:
 Todos corriam ao ouvi-lo.

Com verbo no infinitivo não flexionado sem palavra atrativa


 Assustar-te não era minha intenção.

EM LOCUÇÕES VERBAIS
Pronome depois do Desejo-lhe apresentar meus amigos
verbo auxiliar Desejo apresentar-lhe meus amigos
ou depois Ia-lhe dizendo umas boas verdades
do verbo principal Ia dizendo-lhe umas boas verdades
Com palavras Não lhe desejo apresentar meus amigos
que exijam próclise: Não desejo apresentar-lhe meus amigos
VERBO PRINCIPAL pronome depois Alguém lhe ia dizendo umas verdades
NO INFINITIVO do verbo auxiliar Alguém ia dizendo-lhe umas verdades
OU ou antes do verbo principal
NO GERÚNDIO Preposição entre o Seu artigo há de se encontrar no jornal de ontem
verbo auxiliar e o infinitivo Seu artigo há de encontrar-se no jornal de ontem
Preposição A e pronome oblíquo O =
pronome Tornei a cumprimentá-lo pela classificação
depois do infinitivo
O pronome oblíquo átono Os poemas tinham-se perdido no vazio do tempo
nunca poderá vir depois
VERBO PRINCIPAL Haven do fator que justifique a
NO PARTICÍPIO próclise, Não me haviam consultado sobre a data da prova
o pronome ficará
antes da locução

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OBS: Quando o verbo principal for constituído por um infinitivo ou um gerúndio, se não houver palavra atrativa, o
pronome oblíquo pode estar também antes do principal (sem hífen)
– Devo lhe esclarecer o ocorrido.
– Estavam me chamando pelo rádio.

Por motivo de eufonia, a tradição gramatical diz que se elimina o S final dos verbos na 1a pessoa do plural seguidos do
pronome NOS:
– Inscrevemos + nos no curso = Inscrevemo-nos no curso.
– Conservamos + nos jovens = Conservamo-nos jovens..

Em relação aos tempos compostos e às locuções verbais, o pronome oblíquo pode vir:
Enclítico em relação ao verbo principal, se este vier no infinitivo ou no gerúndio, NUNCA se estiver no particípio.
Ex.:

 Eu quero contar-lhe a verdade.

Proclítico ou enclítico em relação ao verbo auxiliar.


Ex.:

 Eu lhe quero contar a verdade.

 Eu quero-lhe contar a verdade.

Mesoclítico, se o auxiliar estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito.


Ex.:

 Ter-lhe-ia contado a verdade, se a soubesse.


Locuções formadas com INFINITIVO:
 Vou trazer-lhe o livro.
 Vou lhe trazer o livro. (forma coloquial)
 Não lhe vou trazer o livro.
 Não vou trazer-lhe o livro.

− Locuções formadas com GERÚNDIO:


 Ele estava orientando-me.
 Ele estava me orientando. (forma coloquial)
 Ele não me estava orientando.
 Ele não estava orientando-me.

− Locuções formadas entre com PARTICÍPIO:


 Ele tinha-me agradado.
 Ele tinha me agradado.
 Ele não me tinha agradado.

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Lembrete: Não use:


– Pronome oblíquo no início de frase.
– Pronome enclítico ao particípio.
– Pronome enclítico a um dos futuros do indicativo.
– Pronome enclítico quando houver fator de próclise.

Logo, evite frases como as seguintes:


– Me mantive sentado.
– Tinha sentado-se.
– Manterei-me sentada.
– Jamais tinha-se revoltado com os problemas.

EMPREGO DOS PRONOMES


o/a (s), me, te, se, nos, vos desempenham função se sujeitos de infinitivo ou de verbo no gerúndio, junto aos verbos
mandar, deixar, fazer, ver, ouvir e sentir (Mandei-o entrar / Eu o vi sair / Deixei-as chorando);

PRONOME OBLÍQUO COMO SUJEITO DO INFINITIVO

Mandar
pronome oblíquo
Deixar
+ ou + verbo no infinitivo
Fazer
Ver substantivo

Ouvir
sentir

2. você hoje é usado no lugar das 2ª pessoas (tu/vós), levando o verbo e pronomes para a 3ª pessoa.
3. quando precedidos de preposição, os pronomes retos (exceto eu e tu) passam a funcionar como oblíquos;
4. eu e tu não podem vir precedidos de preposição, exceto se funcionarem como sujeito de um verbo no infinitivo (Isto é
para eu fazer ≠ para mim fazer);
Vejamos as particularidades dos oblíquos tônicos:

Mim
– Nunca houve nada entre mim e ti.
- Trouxe lembrancinhas para mim e ti
Se estivesse assim: “Nunca houve nada entre eu e você.”, estaria ERRADO.
O eu só poderia vir após a preposição se fosse sujeito de um verbo: “Entre eu viajar e
tu viajares, viajo eu!”.
Com estrutura de reciprocidade, com a preposição entre, podemos usar mim, ti, nós, vós, ele(a/s) e quaisquer pronomes de
tratamento.
Entre mim e ti nunca houve problemas mais graves.

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Observe ainda:
– Sempre foi muito difícil para mim entender Matemática. (correta)

Adjetivo

Releia e responda: Entender Matemática sempre foi muito difícil para mim/para eu?
– Comprei vários livros para mim aprender Matemática. (errado)

 Dica:
se for possível apagar ou deslocar a expressão para mim, isso é sinal de que o mim não funciona como sujeito do verbo no
infinitivo.
Logo, nestas condições, a expressão pode vir sem problemas diante do verbo. Veja como ficaria:

1) Sempre foi muito difícil ( ) entender Matemática.


ou
2) Para mim sempre foi muito difícil entender Matemática.
Agora tente aplicar essas dicas à frase “Comprei vários livros para mim aprender Matemática.”. Nessa frase o mim conjuga
verbo e tem função de sujeito, portanto seu uso está inadequado, consertemos:
Comprei vários livros para EU aprender Matemática.
5. pronomes acompanhados de só ou todos, ou seguido de numeral, assumem forma reta e podem funcionar como objeto
direto (Estava só ele no banco/Encontramos todos eles);
6. me, te, se, nos, vos - podem ter valor reflexivo, enquanto se, nos, vos - podem ter valor reflexivo e recíproco;
7. si e consigo - têm valor exclusivamente reflexivo e usados para a 3ª pessoa;
Fábia só fala de si mesma, levando consigo todo o crédito.
8. conosco e convosco devem aparecer na sua forma analítica (com nós e com vós) quando vierem com modificadores
(todos, outros, mesmos, próprios, numeral ou oração adjetiva);
9. os pronomes pessoais retos podem desempenhar função de sujeito, predicativo do sujeito ou vocativo, este último com
tu e vós (Nós temos uma proposta / Eu sou eu e pronto / Ó, tu, Senhor Jesus);
10. não se podem contrair as preposições de e em com pronomes que sejam sujeitos (Em vez de ele continuar, desistiu ≠ Vi
as bolsas dele bem aqui);
11. os pronomes átonos podem assumir valor possessivo (Levaram-me o dinheiro = Levaram meu dinheiro/ Pesavam-lhe os
olhos = Pesavam os seus olhos). Sintaticamente, tais oblíquos serão adjuntos adnominais
12. alguns pronomes átonos são partes integrantes de verbos pronominais como suicidar-se, apiedar-se, condoer-se, queixar-
se, vangloriar-se
 podem-se usar alguns pronomes oblíquos como expressão expletiva, portanto pode-se retirar ou ser conservado
sem mudança para o sentido da frase (Não me venha com essa = correta) ou (Não me venha com essa = correta).

 POSSESSIVO
Note que:
A forma do possessivo depende da pessoa gramatical a que se refere; o gênero e o número concordam com o objeto
possuído.
Por exemplo:
 Ele trouxe seu apoio e sua contribuição naquele momento difícil.

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1. Normalmente, vem antes do nome a que se refere; podendo, também, vir depois do substantivo que determina. Neste
último caso, pode até alterar o sentido da frase, seu (a/s) pode causar ambiguidade, para desfazê-la, deve-se preferir o uso
do dele (a/s) (Ele disse que Maria estava trancada em sua casa - casa de quem?);
2. Pode indicar aproximação numérica (ele tem lá seus 40 anos), posse figurada (Minha terra tem palmeiras), valor de
indefinição = algum (Tenho cá as minhas dúvidas!);
3. Nas expressões do tipo ― Seu João, seu não tem valor de posse por ser uma alteração fonética de Senhor.

PREPOSIÇÃO
Palavra que não se flexiona, cuja função é ligar dois termos ou orações entre si, estabelecendo relação de subordinação
(regente - regido).
Divide-se em:
• Essenciais (maioria das vezes são preposições): a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por,
sem, sob, sobre, trás.

• Acidentais (palavras de outras classes que podem exercer função de preposição): afora, conforme (= de acordo com),
consoante, durante, exceto, salvo, segundo, senão, mediante, visto (= devido a, por causa de).
 (Vestimo-nos conforme a moda e o tempo / Os heróis tiveram como prêmio aquela taça / Mediante meios escusos, ele
conseguiu a vaga / Vovó dormiu durante a viagem)
As preposições essenciais regem pronomes oblíquos tônicos; enquanto preposições acidentais regem as formas retas dos
pronomes pessoais. (Falei sobre ti/ Todos, exceto eu, vieram).
As locuções prepositivas, em geral, são formadas de advérbio (ou locução adverbial) + preposição – abaixo de, acerca de, a
fim de, além de, defronte a, ao lado de, apesar de, através de, de acordo com, em vez de, junto de, perto de, até a, apesar
de, devido a.

Emprego das Preposições


1. Combinação: a preposição une-se a outra palavra sem perda fonética (ao/aos).
2. Contração: a preposição junta-se a outra palavra com perda fonética (em junta-se com aquela e forma-se naquela)
3. Não se deve contrair de se o termo seguinte for sujeito (“Está na hora de ele falar” e não “Está na hora (dele) falar”)
4. A preposição após, acidentalmente, pode funcionar como advérbio (=atrás) (Terminada a festa, saíram logo após.)
5. Trás, modernamente, só se usa em locuções adverbiais e prepositivas (por trás, para trás por trás de).

Noções estabelecidas pelas preposições


Isoladamente, as preposições são palavras vazias de sentido, se bem que algumas contenham uma vaga noção de tempo e
lugar.
Nas frases, exprimem diversas relações:
• Autoria: música de Caetano
• Lugar: cair sobre o telhado / estar sob a mesa
• Tempo: nascer a 15 de outubro / viajar em uma hora / viajei durante as férias
• Modo ou conformidade: chegar aos gritos / votar em branco
• Causa: tremer de frio / preso por vadiagem
• Assunto: falar sobre política
• Fim ou finalidade: vir em socorro / vir para ficar
• Instrumento: escrever a lápis / ferir- se com a faca
• Companhia: sair com amigos

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• Meio: voltar a cavalo / viajar de ônibus


• Matéria: anel de prata / pão com farinha
• Posse: carro de João
• Oposição: Flamengo contra Fluminense
• Conteúdo: copo de (com) vinho
• Preço: vender a (por) R$ 300,00
• Origem: descender de família humilde
• Especialidade: formou-se em Medicina
• Destino ou direção: ir a Roma / olhe para frente

VALOR SEMÂNTICO DAS PREPOSIÇÕES


Valor Relacional: Liga palavras e orações.
 Gosto de você. /Ela tem certeza de que a vida é bela.

Valor Nocional: Tem sentido de circunstância:


 Venho do cinema. (lugar)

 Morreu de tédio. (causa)

 Porta de madeira. (matéria)

 Cadeira de balanço. (finalidade)

 João foi a São Paulo. (destino, direção)

 João veio de São Paulo (procedência)

 Maria saiu a sua mãe. (semelhança)

 Fui ao cinema com Paula. (companhia)

 Fiz o trabalho a caneta. (instrumento)

 Voltaremos a qualquer momento. (tempo)

 Compras só em dinheiro. (condição)

ADVÉRBIO
Palavra que modifica o sentido do verbo, do adjetivo e do próprio advérbio.
Denota em si mesma uma circunstância que determina sua classificação:

TIPOS DE ADVÉRBIOS
• lugar – longe, junto, acima, ali, lá, atrás, alhures, abaixo, adiante, embaixo, detrás, ...
• tempo – breve, cedo, já, agora, outrora, imediatamente, ainda, mais (em frases negativas),afinal, antes, ontem, logo,
anteontem, ...
• modo – bem, mal, melhor, pior, devagar, assim, depressa, alerta, debalde, à vontade, a maioria dos advérbios com sufixo –
mente
• negação – não, qual nada, tampouco, absolutamente, de forma alguma, de modo nenhum, ...
• dúvida – quiçá, talvez, provavelmente, porventura, possivelmente...
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• intensidade – muito, pouco, bastante, mais, meio, quão, demais, tão, nada, tanto, quase, sobremaneira....
• afirmação – sim, certamente, deveras, com efeito, mesmo, decerto, sem dúvida, na realidade, ...
Obs: Os advérbios já e mais em mesmo contexto frasal tem caráter redundante.
Ex: Já não se fala mais nesse assunto. (deve ser feita opção por um deles)

ADVÉRBIO DE INTENSIDADE: demasiadamente, extremamente, suficientemente, excessivamente, completamente,


totalmente, relativamente, profundamente, razoavelmente, estupidamente

ADVÉRBIO DE DÚVIDA: possivelmente, aparentemente, supostamente, provavelmente, casualmente.

ADVÉRBIOS DE AFIRMAÇÃO: certamente, efetivamente, seguramente, realmente, positivamente, indubitavelmente,


verdadeiramente, fatalmente, incontestavelmente, indiscutivelmente, seguramente.

ADVÉRBIOS DE TEMPO: Primeiramente, antigamente, finalmente, brevemente, constantemente, imediatamente,


primeiramente, tardiamente, provisoriamente, sucessivamente, momentaneamente, recentemente, bimestralmente,
atualmente, provisoriamente, concomitantemente, esporadicamente, oportunamente, normalmente, temporariamente,
transitoriamente, semanalmente,

ADVÉRBIO DE MODO: deliberadamente, bondosamente, generosamente, cuidadosamente, paulatinamente, gradualmente,


igualmente, especialmente.

ADVÉRBIOS DE LUGAR: externamente, internamente, interiormente, proximamente, lateralmente,


Palavras que propõem afirmação, negação, exclusão, inclusão, avaliação, designação, explicação, retificação não exprimem
circunstâncias e, por isso, não são advérbios e sim palavras denotativas.
As palavras onde (de lugar), como (de modo), porque (de causa), quanto (classificação variável) e quando (de tempo), usadas
em frases interrogativas diretas ou indiretas, são classificadas como advérbios interrogativos (queria saber onde todos
dormirão / quando se realizou o concurso).
As locuções adverbiais são geralmente constituídas de preposição + substantivo – à direita, à frente, à vontade, de cor, em
vão, por acaso, frente a frente, de maneira alguma, de manhã, de repente, de vez em quando, em breve, em mão (em vez
de “em mãos”), em domicílio, de perto, um dia, de vez em quando.
São classificadas, também, em função da circunstância que expressam.
Atenção: Acrescentam-se aos sete tipos de advérbios propostos no quadro anterior e na NGB outras circunstâncias: assunto,
causa, companhia, instrumento e condição.

Grau do Advérbio
Apesar de pertencer à categoria das palavras invariáveis, o advérbio pode apresentar variações de grau comparativo ou
superlativo.

Comparativo:
a) igualdade – tão+ advérbio+ quanto
b) superioridade – mais+ advérbio+ (do) que
c) inferioridade – menos+ advérbio+ (do) que

Superlativo:
a) sintético – advérbio + sufixo (-íssimo)
b) analítico – muito + advérbio

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Atenção: bem e mal admitem grau comparativo de superioridade sintético: melhor e pior.
As formas mais bem e mais mal são usadas diante de particípios adjetivados. (Ele está mais bem informado do que eu).
Melhor e pior podem corresponder a mais bem / mal (advérbio) ou a mais bom / mau (adjetivo).

Emprego do Advérbio
1. Três advérbios-pronominais indefinidos de lugar vão caindo em desuso: algures, alhures e nenhures, substituídos por em
algum, em outro e em nenhum lugar.
2. Na linguagem coloquial, o advérbio recebe sufixo diminutivo. Nesses casos, o advérbio assume valor superlativo absoluto
sintético (cedinho/pertinho), nesse caso, há uma interferência semântica que não influi na classe gramatical. A repetição de
um mesmo advérbio também assume valor superlativo (saiu cedo, cedo).
3. Quando os advérbios terminados em -mente estiverem coordenados, é comum o uso do sufixo só no último (Falou rápida
e pausadamente).
4. muito e bastante podem aparecer como advérbio (invariável ou pronome indefinido [variável – determina substantivo]).
5. Otimamente e pessimamente são superlativos absolutos sintéticos de bem e mal, respectivamente.
6. Adjetivos adverbializados mantêm-se invariáveis (terminaram rápido o trabalho / ele falou claro).

PALAVRAS DENOTATIVAS
Série de palavras que se assemelham ao advérbio.
A NGB considera-as apenas como palavras denotativas, não pertencendo a nenhuma das 10 classes gramaticais.
Classificam-se em função da ideia que expressam:
• Adição: ainda, além disso. (Comeu tudo e ainda queria mais):
• Afastamento: embora (Foi embora daqui).
• Afetividade: ainda bem, felizmente, infelizmente (Ainda bem que passei de ano).
• Aproximação: quase, lá por, bem, uns, cerca de, por volta de. (É quase 1h a pé).
• Designação: eis (Eis nosso carro novo).
• Exclusão: apesar, somente, só, salvo, unicamente, exclusive, exceto, senão, sequer, apenas. (Todos saíram, menos ela /
Não me descontou sequer um real).
• Explicação: isto é, por exemplo, a saber. (Li vários livros, a saber, os clássicos).
• Inclusão: até, ainda, além disso, também, inclusive. (Eu também vou / Falta tudo, até água).
• Limitação: só, somente, unicamente, apenas. (Apenas um me respondeu / Só ele veio à festa).
• Realce: é que, cá, lá, não, mas, é porque. (E você lá sabe essa questão?).
• Retificação: aliás, isto é, ou melhor, ou antes. (Somos três, ou melhor, quatro).
• Situação: então, mas, se, agora, afinal. (Afinal, quem perguntaria a ele?).

DICAS PARA ENCONTRAR O ADVÉRBIO / A LOCUÇÃO ADVERBIAL E O ADJUNTO ADVERBIAL


• Verbo Intransitivo: pode vir advérbio com qualquer verbo, mas principalmente eles aparecem sozinhos com verbos
intransitivos.
• Circunstâncias: Sempre se referem ao verbo, ao adjetivo ou a outro advérbio, embora, às vezes, estejam distantes dessas
classes gramaticais.
• Lembre-se de que: O objeto indireto só aceita as perguntas: quê? e quem? com a preposição da frase.
• Classe gramatical: advérbio ocorre quando há uma só palavra.
• Locução adverbial: ocorre quando há mais de uma palavra.
• Função sintática: para cada advérbio ou locução adverbial a função sintática é o adjunto adverbial.

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Ex.:
 Vou cedo, à noite (Quando? A que horas? Cedo é advérbio de tempo, à noite é locução adverbial de tempo, cedo e à noite
são adjuntos adverbiais de tempo).
 Vou de táxi (De que modo? Com que meio? Como? de táxi é locução adverbial de modo ou meio, de táxi é adjunto
adverbial de modo ou de meio).
 Vou à festa (A que lugar? Aonde? à festa é locução adverbial de lugar, à festa é adjunto adverbial de lugar).

Circunstâncias:
• AFIRMAÇÃO - sim, deveras, certamente
• DÚVIDA - talvez, quis, porventura.
• EXCLUSÃO - só, somente, apenas.
• INTENSIDADE - muito, pouco, mais, menos, bem, mal, etc.
• LUGAR - aqui, ali, acolá, além, aquém, cá, lá, fora, etc.
• MODO - bem, mal, assim, etc.
• NEGAÇÃO - não.
• TEMPO - hoje, ontem, amanhã, cedo, tarde, logo, nunca, jamais, etc.
• INTERROGATIVO - como? quando? onde?

INTERJEIÇÃO
CLASSIFICAÇÃO

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VERBO
MECANISMOS DE FLEXÃO DOS VERBOS.
1. Tipos de verbos
2. Flexões verbais
3. Tempos
4. Vozes
5. Verbos notáveis
6. Infinitivo pessoal ou impessoal?
Sabe-se que uma palavra é verbo quando essa palavra, de modo geral, pode ser antecedida de pronome reto.
Nesse caso, o verbo é uma palavra que obrigatoriamente tem: número, pessoa, tempo, modo e voz.
Observe o exemplo:
 Eu canto.
Em função dos elementos, identificam-se os itens abaixo:
Em CANTO temos:
1. NÚMERO: singular.
2. PESSOA: 1ª.
3. TEMPO: presente.
4. MODO: indicativo.
5. VOZ: ativa.

Os verbos da língua portuguesa se agrupam em três conjugações, de conformidade com a terminação do infinitivo:
1) Os da primeira conjugação terminam em -Ar: cantar.
2) Os da segunda conjugação terminam em -Er: bater.
3) Os da terceira conjugação terminam em -Ir: partir.

Cada conjugação se caracteriza por uma vogal temática:


A (1ªconjugação),

E (2ªconjugação),

I (3ª conjugação).
Observações:
– O verbo pôr (antigo poer) perdeu a vogal temática do infinitivo. É um verbo da segunda conjugação.
Num verbo devemos distinguir o radical, que é a parte geralmente invariável e as desinências, que variam para denotar os
diversos acidentes gramaticais.

ELEMENTOS MÓRFICOS
Radical V.T. Desinências
cant- -a -r
Cant- ᶲ -o
bat- -e -r
Bat- -i -a -s
part- -i -r
Part- -i - mos
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Há a desinência modo-temporal, indicando a que modo e tempo a flexão verbal pertence e há a desinência número-pessoal
indicando a que pessoa e número a flexão verbal pertence.

Tipos de verbos
Conforme visto nos elementos mórficos, os verbos apresentam três conjugações. Em função da vogal temática, podem-se
criar três paradigmas verbais.
De acordo com a relação dos verbos com esses paradigmas, obtém-se a seguinte classificação:
1. Regulares - seguem o paradigma verbal de sua conjugação;
2. Irregulares - não seguem o paradigma verbal da conjugação a que pertencem. As irregularidades podem aparecer no
radical ou nas desinências (ouvir – ouço/ouve, estar – estou/estão);

Atenção:
Entre os irregulares, destacam-se os verbos anômalos que apresentam profundas irregularidades.
São os mais clássicos exemplos os verbos ser e ir como anômalos. Outros autores incluem também o verbo pôr, estar, haver,
ter e vir.

CLASSIFICAÇÃO VERBAL

ALGUNS FORMAS VERBAIS QUE MERECEM ATENÇÃO ESPECIAL:


OBSERVAR:
VERBO SER E VERBO IR COM A MESMA FORMA

SER = IR

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Pretérito Perfeito
Eu fui
Tu foste
Ele foi

Pretérito mais-que-perfeito
Eu foRA
Tu foRAS
Ele foRA

Pretérito Imperfeito
subjuntivo
Se eu foSSE
Se tu foSSES
Se ele foSSE

Futuro subjuntivo
Quando eu foR
Quando tu foRES
Quando ele foR

VERBO TER:
OBSERVAR SOBRETUDO OS DERIVADOS

Presente Indicativo
Tu tens
Ele tem
Eles têm

Presente Indicativo
Tu manténs
Ele mantem
Eles mantêm

Presente Indicativo
Eu mantivera
Tu mantiveras
Ele mantivera

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Pretérito Imperfeito
subjuntivo
Se eu mantiveSSE
Se tu mantiveSSES
Se ele mantiveSSE

Futuro subjuntivo
Quando eu mantiveR
Quando tu mantiveRES
Quando ele mantiveR

VERBO TER:
Atenção: Seguem esse modelo os verbos ater, conter, deter, entreter, manter, reter.

VERBO PÔR
OBSERVAR SOBRETUDO OS DERIVADOS

Pretérito Imperfeito
subjuntivo
Se eu puseSSE
Se tu puseSSES
Se ele puseSSE

Futuro subjuntivo
Quando eu puseR
Quando tu puseRES
Quando ele puseR

VERBO VER
OBSERVAR ESTAS CONJUGAÇÕES

Presente Indicativo
Ele VÊ
Nós VEMOS
Eles VEEM

Presente Indicativo
Eu vi
Nós vimos

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Pretérito Imperfeito
subjuntivo
Se eu viSSE
Se tu viSSES
Se ele viSSE

Futuro subjuntivo
Quando eu viR
Quando tu viRES
Quando ele viR
Quando eles viREM
VERBO VIR E DERIVADOS
OBSERVAR ESTAS CONJUGAÇÕES

Presente Indicativo
Eu venho
Tu vens
Ele VEM
Nós VIMOS
Vós vindes
Eles VÊM

Pretérito Perfeito VIR/INTERVIR


EU vim/Eu INTERvim
Tu vieste/Tu INTERvieste
Ele veio/Ele INTERVEIO
Nós viemos/Nós INTERVIEMOS

Pretérito PerfeitoVIR/PROVIR
EU vim/Eu provim
Tu vieste/Tu provieste
Ele veio/Ele proveio
Nós viemos/Nós proviemos

Pretérito Imperfeito
subjuntivo
Se eu viESSE
Se tu viESSES
Se ele viESSE

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Futuro subjuntivo
Quando eu viER
Quando tu viERES
Quando ele viER
Quando eles viEREM
VERBO PODER
OBSERVAR ESTAS CONJUGAÇÕES

Presente Indicativo
Eu posso
Tu podes
Ele PODE
Nós PODEMOS

VERBO PODER
OBSERVAR ESTAS CONJUGAÇÕES
Pretérito Perfeito
Eu PUDE
Tu pudeste
Ele PÔDE
Nós PUDEMOS

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Atenção: As segundas pessoas do imperativo afirmativo são: sê (tu) e sede (vós).

VERBO IR

LOCUÇÕES VERBAIS (PERÍFRASES VERBAIS)

Locução Verbal
Também chamada de perífrase verbal, a locução verbal é um grupo de verbos que tem uma só unidade de sentido, como se
fosse um só verbo. É por isso que é contada como uma só oração na análise sintática.
Formada por verbo auxiliar + verbo principal (sempre no gerúndio, no infinitivo ou no particípio), a locução verbal
representa uma só oração dentro da frase.
Outra coisa: para que você reconheça uma locução verbal, note que os verbos têm de se referir ao mesmo sujeito. Por
exemplo, em “Vou estudar”, quem vai? Eu. Quem estudará? Eu.
Logo, se ambos os verbos se referem ao mesmo sujeito, estamos diante de uma locução verbal.

Tempos Compostos
São formados por locuções verbais que têm como auxiliares os verbos ter e haver e como principal, qualquer verbo
no particípio. São eles:
1) Pretérito Perfeito Composto do Indicativo:
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Presente do Indicativo e o principal no particípio, indicando
fato que tem ocorrido com frequência ultimamente. Por exemplo:
Eu tenho estudado demais ultimamente.

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2) Pretérito Perfeito Composto do Subjuntivo:


É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Presente do Subjuntivo e o principal no particípio, indicando
desejo de que algo já tenha ocorrido. Por exemplo:
Espero que você tenha estudado o suficiente, para conseguir a aprovação.

3) Pretérito Mais-que-perfeito Composto do Indicativo:


É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Pretérito Imperfeito do Indicativo e o principal no particípio,
tendo o mesmo valor que o Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo simples. Por exemplo:
Eu já tinha estudado no Maxi, quando conheci Magali.

4) Pretérito Mais-que-perfeito Composto do Subjuntivo:


É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Pretérito Imperfeito do Subjuntivo e o principal no particípio,
tendo o mesmo valor que o Pretérito Imperfeito do Subjuntivo simples. Por exemplo:
Eu teria estudado no Maxi, se não me tivesse mudado de cidade.
Obs.: perceba que todas as frases remetem a ação obrigatoriamente para o passado. A frase Se eu estudasse, aprenderia é
completamente diferente de Se eu tivesse estudado, teria aprendido.

5) Futuro do Presente Composto do Indicativo:


É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do Presente simples do Indicativo e o principal no
particípio, tendo o mesmo valor que o Futuro do Presente simples do Indicativo. Por exemplo:
Amanhã, quando o dia amanhecer, eu já terei partido.

6) Futuro do Pretérito Composto do Indicativo:


É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do Pretérito simples do Indicativo e o principal no
particípio, tendo o mesmo valor que o Futuro do Pretérito simples do Indicativo. Por exemplo:
Eu teria estudado no Maxi, se não me tivesse mudado de cidade.

7) Futuro Composto do Subjuntivo:


É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do Subjuntivo simples e o principal no particípio, tendo
o mesmo valor que o Futuro do Subjuntivo simples. Por exemplo:
Quando você tiver terminado sua série de exercícios, eu caminharei 6 Km.
Veja os exemplos:
Quando você chegar à minha casa, telefonarei a Manuel.
Quando você chegar à minha casa, já terei telefonado a Manuel.
Perceba que o significado é totalmente diferente em ambas as frases apresentadas. No primeiro caso, esperarei "você"
praticar a sua ação para, depois, praticar a minha; no segundo, primeiro praticarei a minha. Por isso o uso do advérbio "já".
Assim, observe que o mesmo ocorre nas frases a seguir:
Quando você tiver terminado o trabalho, telefonarei a Manuel.
Quando você tiver terminado o trabalho, já terei telefonado a Manuel.

8) Infinitivo Pessoal Composto:


É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Infinitivo Pessoal simples e o principal no particípio, indicando
ação passada em relação ao momento da fala. Por exemplo:

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Tempo Formação Exemplo Valor


Pretérito Perfeito auxiliar ter ou haver no Presente do Eu tenho estudado Indicando fato que se inicia no
Composto do Indicativo e o principal no particípio demais ultimamente. passado e vem ocorrendo até o
Indicativo momento da declaração
Pretérito Perfeito auxiliar ter ou haver no Presente do Espero que você indicando normalmente desejo de
Composto do Subjuntivo e o principal no particípio tenha estudado o que algo já tenha ocorrido ou um
Subjuntivo suficiente, para fato futuro já terminado em
conseguir a relação a outro
aprovação.
Pretérito Mais-que- auxiliar ter ou haver no Pretérito Eu já tinha estudado exprimindo o mesmo que o
perfeito Composto Imperfeito do Indicativo e o principal no no Maxi, quando pretérito mais-que-perfeito do
do Indicativo: particípio conheci Magali. indicativo simples.

Pretérito Mais-que- auxiliar ter ou haver no Pretérito Eu teria estudado no exprimindo, normalmente, o
perfeito Composto Imperfeito do Subjuntivo e o principal Maxi, se não me mesmo valor que o pretérito
do Subjuntivo no particípio tivesse mudado de imperfeito do
cidade. subjuntivo simples

Futuro do Presente auxiliar ter ou haver no Futuro do Amanhã, quando o 1) um fato futuro anterior a outro
Composto do Presente simples do Indicativo e o dia amanhecer, eu já fato futuro,
Indicativo principal no particípio terei partido. 2) fato futuro já iniciado
no presente
Futuro do Pretérito auxiliar ter ou haver no Futuro do Eu teria estudado no
Composto do Pretérito simples do Indicativo e o Maxi, se não me exprimindo os mesmos valores que
Indicativo principal no particípio tivesse mudado de o futuro do pretérito simples
cidade.

Futuro Composto do auxiliar ter ou haver no Futuro do Quando você tiver


Subjuntivo Subjuntivo simples e o principal no terminado sua série exprimindo o
particípio de exercícios, eu mesmo valor que o futuro do
caminharei 6 Km. subjuntivo simples.

Infinitivo Pessoal auxiliar ter ou haver no Infinitivo Para você ter ação passada em relação ao
Composto Pessoal simples e o principal no comprado esse carro, momento da fala
particípio necessitou de muito
dinheiro.
Para você ter comprado esse carro, necessitou de muito dinheiro.

Locuções Verbais
Outro tipo de conjugação composta - também chamada conjugação perifrástica - são as locuções verbais, constituídas de
verbos auxiliares mais gerúndio, particípio ou infinitivo.
São conjuntos de verbos que, numa frase, desempenham papel equivalente ao de um verbo único. Nessas locuções, o último
verbo, chamado principal, surge sempre numa de suas formas nominais; as flexões de tempo, modo, número e pessoa
ocorrem nos verbos auxiliares. Observe os exemplos:

Estou lendo o jornal.


Marta veio correndo: o noivo acabara de chegar.
Ninguém poderá sair antes do término da sessão.

A língua portuguesa apresenta uma grande variedade dessas locuções, conseguindo exprimir por meio delas os mais variados
matizes de significado. Poder e dever são auxiliares que exprimem a potencialidade ou a necessidade de que determinado
processo se realize ou não. Veja:
Pode ocorrer algo inesperado durante a festa.
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Deve ocorrer algo inesperado durante a festa.


Outro auxiliar importante é querer, que exprime vontade, desejo. Por exemplo:
Quero ver você hoje.
Também são largamente usados como auxiliares: começar a, deixar de, voltar a, continuar a, pôr-se a, ir, vir e estar, todos
ligados à noção de aspecto verbal.

USO DO VERBO SER NA FORMAÇÃO DE VOZ PASSIVA


Um verbo está na voz passiva quando o sujeito é paciente, isto é, sofre, recebe ou desfruta da ação expressa pelo verbo.
Ex.: A ave foi abatida pelo caçador.
Obs.: Somente verbos transitivos diretos podem ser usados na voz passiva.

FORMAÇÃO DA VOZ PASSIVA ANALÍTICA


A voz passiva, mais frequentemente, é formada:

Voz Ativa:
Saiba que:
Para perceber como os verbos participam da relação entre o objeto direto e seu predicativo, basta
passar a oração para voz passiva. Veja:

As mulheres julgam os homens insensíveis


Sujeito V.T.D. O.D. Predicativo do Objeto

Voz Passiva Analítica:

Os homens são julgados insensíveis pelas mulheres


Sujeito V.T.D. Predicativo Agente
do sujeito da Passiva

O verbo julgar relaciona o complemento (os homens) com o predicativo (insensíveis). Essa relação
se evidencia quando passamos a oração para a voz passiva.

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Praticando:
VERBO SER:

MODO INDICATIVO
Presente do Indicativo
VOZ ATIVA: O professor elogia o aluno dedicado
VOZ PASSIVA: o aluno dedicado É elogiado pelo professor

Pretérito Perfeito
VOZ ATIVA: O professor elogiou o aluno dedicado
VOZ PASSIVA: o aluno dedicado FOI elogiado pelo professor

Pretérito Imperfeito
VOZ ATIVA: O professor elogiava o aluno dedicado
VOZ PASSIVA: o aluno dedicado ERA elogiado pelo professor

Pretérito mais-que-perfeito
VOZ ATIVA: O professor elogiara o aluno dedicado
VOZ PASSIVA: o aluno dedicado FORA elogiado pelo professor
Futuro do Presente
VOZ ATIVA: O professor elogiará o aluno dedicado
VOZ PASSIVA: o aluno dedicado SERÁ elogiado pelo professor

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Futuro do Pretérito
VOZ ATIVA: O professor elogiaria o aluno dedicado
VOZ PASSIVA: o aluno dedicado SERIA elogiado pelo professor

MODO SUBJUNTIVO
Presente do Subjuntivo
VOZ ATIVA: Eu espero que o professor elogie o aluno dedicado
VOZ PASSIVA: Eu espero que o aluno dedicado SEJA elogiado pelo professor

Pretérito Imperfeito do subjuntivo


VOZ ATIVA: Eu esperaria que o professor elogiasse o aluno dedicado
VOZ PASSIVA: Se o aluno dedicado FOSSE elogiado pelo professor...

Futuro do subjuntivo
VOZ ATIVA: Tudo dará certo quando o professor elogiar o aluno dedicado
VOZ PASSIVA: Quando o aluno dedicado FOR elogiado pelo professor...

OUTRAS FORMAS – Locuções Verbais


VOZ ATIVA: O professor vai elogiar o aluno dedicado
VOZ PASSIVA: o aluno dedicado VAI SER ELOGIADO elogiado pelo professor

VOZ ATIVA: O professor está elogiando o aluno dedicado


VOZ PASSIVA: o aluno dedicado ESTÁ SENDO ELOGIADO elogiado pelo professor

VOZ ATIVA: O professor tinha elogiado o aluno dedicado


VOZ PASSIVA: o aluno dedicado TINHA SIDO ELOGIADO elogiado pelo professor
Na passiva analítica, o verbo pode vir acompanhado pelo agente da passiva. Menos frequentemente, pode-se exprimir a
passiva analítica com outros verbos auxiliares.
Ex.:
 A aldeia estava isolada pelas águas.

VOZ PASSIVA COM TEMPOS COMPOSTOS


Voluntários de todo o mundo têm feito esforços para minimizar os danos da guerra.
Esforços TÊM SIDO FEITOS por voluntários de todo o mundo para minimizar os danos da guerra.
4. Enquanto nos tempos compostos o particípio passado é invariável, na voz passiva analítica ele concorda em gênero e
número com o sujeito:
Ex:
 O engenheiro havia planejado a ideia
 A ideia havia sido planejadA pelo engenheiros
 Jornalistas têm alcançadO diversos setores da sociedade
 Diversos setores da sociedade têm sido alcançadOS por jornalistas.
OBS: O verbo HAVER é sempre TRANSITIVO DIRETO, mas NÃO aceita VOZ PASSIVA.
O agente da passiva geralmente é acompanhado da preposição por, mas pode ocorrer a construção com a preposição de

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Por exemplo:
 A casa ficou cercada de soldados.
Particípio: guiado.
Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente, isto é, pratica e recebe a ação.
Por exemplo:
O menino feriu-se. (a si mesmo)
Obs.: não confundir o emprego reflexivo do verbo com a noção de reciprocidade.
Por exemplo:
Os lutadores feriram-se. (um ao outro)
O verbo reflexivo é conjugado com os pronomes reflexivos me, te, se, nos, vos, se. Estes pronomes são reflexivos quando se
lhes pode acrescentar: a mim mesmo, a ti mesmo, e si mesmo, a nós mesmos, etc., respectivamente.
Ex.:
Consideras-te aprovado? (a ti mesmo) (te = pronome reflexivo)
Uma variante da voz reflexiva é a que denota reciprocidade, ação mútua ou correspondida. Os verbos desta voz, por alguns
chamados recíprocos, usam-se geralmente, no plural e podem ser reforçados pelas expressões um ao outro, reciprocamente,
mutuamente.
Ex.:
Amam-se como irmãos.
Os pretendentes insultaram-se. (Pronome recíproco)

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1. VERBO PÔR
Atenção: Todos os derivados do verbo pôr seguem exatamente esse modelo: antepor, compor, contrapor, decompor, depor,
descompor, dispor, expor, impor, indispor, interpor, opor, pospor, predispor, pressupor, propor, recompor, repor, sobrepor,
supor, transpor são alguns deles.

VERBOS DERIVADOS DE PÔR


O verbo pôr não tem Z em nenhum de seus tempos. Não se escreve, portanto, “puz”, “puzesse”, etc. Todos os fonemas /z/ são
gramaticalmente representados por S.

• Infinitivo Pessoal: pôr, pores, pôr, pormos, pordes, porem.


• Infinitivo Impessoal: pôr.
• Gerúndio: pondo.
• Particípio: posto.

DEPOR
• Indicativo Presente: deponho, depões, depõe, depomos, depondes, depõem.
• Pretérito Perfeito: depus, depuseste, depôs, depusemos, depusestes, depuseram.
• Pretérito Imperfeito: depunha, depunhas, depunha, depúnhamos, depúnheis, depunham.
• Futuro do Presente: deporei, deporás, deporá, deporemos, deporeis, deporão.
• Futuro do Pretérito: deporia, deporias, deporia, deporíamos, deporíeis, deporiam.
• Subjuntivo Presente: deponha, deponhas, deponha, deponhamos, deponhais, deponham.
• Subjuntivo Imperfeito: depusesse, depusesses, depusesse, depuséssemos, depusésseis, depusessem.
• Subjuntivo: depuser, depuseres, depuser, depusermos, depuserdes, depuserem.

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• Gerúndio: depondo.
• Particípio: deposto.
• Infinitivo Pessoal: depor, depores, depor, depormos, depordes, deporem.
• Infinitivo Impessoal: depor.

VERBO VER
Por este, conjugam-se os compostos: antever, entrever, prever, rever, mas não prover.
Também não se conjuga pelo modelo de ver, o verbo precaver, que dele não é derivado.

VERBOS DERIVADOS DE VER


ANTEVER
• Indicativo Presente: antevejo, antevês, antevê, antevemos, antevedes, anteveem.
• Pretérito Perfeito: antevi, anteviste, anteviu, antevimos, antevistes, anteviram.
• Pretérito Imperfeito: antevia, antevias, antevia, antevíamos, antevíeis, anteviam.
• Pretérito Mais-Que-Perfeito: antevira, anteviras, antevira, antevíramos, antevíreis, anteviram.
• Futuro do Presente: anteverei, anteverás, anteverá, anteveremos, antevereis, anteverão.
• Futuro do Pretérito: anteveria, anteverias, anteveria, anteveríamos, anteveríeis, anteveriam.
• Subjuntivo Presente: anteveja, antevejas, anteveja, antevejamos, antevejais, antevejam.
• Imperfeito do Subjuntivo: antevisse, antevisses, antevisse, antevíssemos, antevísseis, antevissem.
• Futuro do Subjuntivo: antevir, antevires, antevir, antevirmos, antevirdes, antevirem.
• Gerúndio: antevendo.

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• Particípio: antevisto.
• Infinitivo Impessoal: antever.
• Infinitivo Pessoal: antever, anteveres, antever, antevermos, anteverdes, anteverem.

Obs.: Prover é composto de ver em alguns tempos e por ele se conjuga, salvo no pretérito perfeito, no mais-que-perfeito, no
imperfeito do subjuntivo e no particípio. O E da sílaba ver é sempre fechado. Por ele se conjuga desprover. Não confundir
com provir.
• Indicativo Presente: provejo, provês, provê, provemos, provedes, proveem.
• Pretérito Perfeito: provi, proveste, proveu, provemos, provestes, proveram.
• Pretérito Imperfeito: provia, provias, provia, províamos, províeis, proviam.
• Pretérito Mais-Que-Perfeito: provera, proveras, provera, provêramos, provêreis, proveram.
• Futuro do Presente: proverei, proverás, proverá, proveremos, provereis, proverão.
• Futuro do Pretérito: proveria, proverias, proveria, proveríamos, proveríeis, proveriam.
• Subjuntivo Presente: proveja, provejas, proveja, provejamos, provejais, provejam.
• Subjuntivo Imperfeito: provesse, provesses, provesse, provêssemos, provêsseis, provessem.
• subjuntivo Futuro: prover, proveres, prover, provermos, proverdes, proverem.
• Gerúndio: provendo.
• Particípio: provido.
• Infinitivo Impessoal: prover.
• Infinitivo Pessoal: prover, proveres, prover, provermos, proverdes, proverem.

VERBO VIR

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CUIDADO!
VERBOS TER E VIR
Acentua-se com circunflexo a 3ª pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos ter e vir, bem como nos seus
derivados (deter, conter, manter, reter, advir, convir, intervir). Veja:
Ele tem Eles têm
Ele retém Eles retêm
Ela vem Elas vêm
Ele intervém Eles intervêm

VERBOS DERIVADOS DE VIR


As pessoas menos cultas manifestam a tendência para dizer viemos em vez de vimos, na primeira pessoa do plural do
indicativo presente. Observe-se que o gerúndio e o particípio são iguais (vindo).
Por este, se conjugam: advir, convir, intervir, provir, sobrevir, avir-se, desavir-se.
Desavindo, além do particípio, é adjetivo: casais desavindos.

2. VERBO HAVER

OBS: Por este verbo, conjuga-se o reaver, que é um verbo defectivo, mas possui apenas as formas em que há a letra v.
Não há presente do subjuntivo e, portanto, nem imperativo negativo.

REAVER (Defectivo)
• Indicativo Presente: (não possui todas as pessoas) reavemos, reaveis.
• Pretérito Perfeito: reouve, reouveste, reouve, reouvemos, reouvestes, reouveram.

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• Pretérito Imperfeito: reavia, reavias, reavia, reavíamos, reavíeis, reaviam.


• Pretérito Mais-Que-Perfeito: reouvera, reouveras, reouvera, reouvéramos, reouvéreis, reouveram.
• Futuro do Presente: reaverei, reaverás, reaverá, reaveremos, reavereis, reaverão.
• Futuro do Pretérito: reaveria, reaverias, reaveria, reaveríamos, reaveríeis, reaveriam.
• Presente do subjuntivo: (não há formais para esse tempo)
• Imperfeito Subjuntivo: reouvesse, reouvesses, reouvesse, reouvéssemos, reouvésseis, reouvessem.
• Futuro do Subjuntivo: reouver, reouveres, reouver, reouvermos, reouverdes, reouverem.
• Gerúndio: reavendo.
• Particípio: reavido.
• Infinitivo Pessoal: reaver, reaveres, reaver, reavermos, reaverdes, reaverem.
• Infinitivo Impessoal: reaver.

3. VERBO PODER

Verbos dicendi – os verbos que antecedem uma declaração, uma pergunta, é um verbo declarativo, como:
Aconselhar afirmar, Anuir bradar,
Concordar contestar Declarar determinar,
Dizer exclamar, indagar, interrogar
gritar, mandar, negar, objetar,
ordenar pedir perguntar, solicitar

Verbo vicário é o que fica no lugar de outro, que substitui um verbo para ele não se repetir. Isto é possível porque, em
determinado contexto, o verbo vicário é sinônimo daquele do qual faz as vezes. Os que mais se empregam com essa
finalidade são fazer e ser:
 “Renato vinha muito aqui, mas há meses que não o faz” (o faz = vem aqui)
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 “Ela não canta mais como fazia antigamente” (fazia = cantava)


 “O concerto realizou-se, mas não foi como se esperava” (foi = realizou-se)

FLEXÕES VERBAIS
1. número – singular ou plural;
2. pessoa gramatical – 1ª, 2ª ou 3ª;
3. tempo - referência ao momento em que se fala (pretérito, presente ou futuro);

Atenção: o modo imperativo só tem um tempo, o presente.


4. voz – ativa, passiva e reflexiva;
5. modo:
• indicativo (certeza de um fato ou estado),
• subjuntivo (possibilidade ou desejo de realização de um fato ou incerteza do estado)
• imperativo (expressa ordem, advertência, súplica ou pedido).
Além desses três modos, existem as formas nominais do verbo (infinitivo, gerúndio, particípio), que enunciam um fato de
maneira vaga, imprecisa, impessoal.
1º) Infinitivo: plantaR, vendeR, feriR.

2º) Gerúndio: plantaNDO, vendeNDO, feriNDO.

3º) Particípio: plantaDO, vendiDO, feriDO.

 Atenção:
As três formas nominais do verbo (infinitivo, gerúndio e particípio) não possuem função exclusivamente verbal.
• Infinitivo tem valor e forma do substantivo: o andar.
• o particípio tem valor e forma de adjetivo: tempo perdido
• enquanto o gerúndio equipara-se ao adjetivo ou advérbio pelas circunstâncias que exprime: água fervendo

TEMPOS VERBAIS
Valor semântico dos tempos verbais:
1. presente do indicativo – indica um fato real situado no momento ou época em que se fala;
2. pretérito perfeito do indicativo – indica um fato real cuja ação foi iniciada e concluída no passado;
3. pretérito imperfeito do indicativo – indica um fato real cuja ação foi iniciada no passado, mas não foi concluída ou era
uma ação costumeira no passado;
4. pretérito mais-que-perfeito do indicativo – indica um fato real cuja ação é anterior a outra ação já passada;
5. futuro do presente do indicativo – indica um fato real situado em momento ou época vindoura;
6. futuro do pretérito do indicativo – indica um fato possível, hipotético, situado num momento futuro, mas ligado a um
momento passado;
7. presente do subjuntivo – indica um fato provável, duvidoso ou hipotético situado no momento ou época em que se fala;
8. pretérito imperfeito do subjuntivo – indica um fato provável, duvidoso ou hipotético cuja ação foi iniciada mas não
concluída no passado;
4. futuro do subjuntivo – indica um fato provável, duvidoso, hipotético, situado num momento ou época futura;

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CORRELAÇÃO VERBAL
Ocorre pela articulação temporal entre duas formas verbais. Ao construir um período, os verbos que ele possa apresentar
estabelecem uma relação, uma correspondência, ajustando-se, convenientemente, um ao outro.
Exemplo:
 Se eu tivesse filhos, faria uma casa maior.
- “Tivesse” indica hipótese.
- “Faria” expressa uma possibilidade (fazer o curso) que depende da realização ou não, do fato contido em tivesse.
Se no lugar da forma verbal ― faria – empregássemos a forma ― fazia, teríamos uma correlação verbal inadequada.
Veja exemplo de correlação inadequada:

 Se eu tivesse filhos, fazia uma casa maior.


Tivesse: tempo que indica hipótese.
“Fazia” passa uma ideia de processo não concluído.
Indica o que no passado era frequente ou contínuo.

Mais exemplos:
• 1.º verbo: pres. ind. – 2.º verbo: pres. subj.
 Peço-lhe que não me diga não.

• 1.ºverbo: pret. perf. ind. – 2.º verbo: pret. imperf. subj.


 Pedi-lhe que não me dissesse não.

• 1.º verbo: pres. ind. – 2.º verbo: pret. perf. comp. subj.
 Espero que você tenha feito um ótimo curso.

• 1.º verbo: pret. imper. ind. – 2.º verbo: mais-que-perf. comp. subj.
 Queria que ele tivesse feito um ótimo curso.
• 1.º verbo: fut. subj. – 2.º verbo: fut. pres. ind.
 Se você me trouxer o vinho, eu o degustarei.
• 1.º verbo: pret. imperf. subj. – 2.º verbo: fut. pret. ind.
 Se você me trouxesse o vinho, eu o degustaria.

• 1.º verbo: pret. mais-que-perf. comp. subj. 2.º verbo: futuro do pret. simp. ou comp. ind.
 Se o jogador tivesse se empenhado, teríamos, hoje, um outro campeão.

• 1.º verbo: fut. Subj. - 2.º verbo: fut. pres. comp. ind.
 Quando chegarmos ao estádio, o jogador já terá saído.

A CORRELAÇÃO VERBAL ESTABELECE O PARALELISMO SINTÁTICO E SEMÂNTICO


Termos e orações com funções iguais ganham estruturas iguais: se o verbo pede dois objetos diretos, há dois caminhos, um
deles é dar-lhes a forma de nome e o outro, de oração:
 Ele negou interesse na reeleição e que o governo esteja sem rumo. (ORAÇÃO)
 Ele negou interesse na reeleição e a falta de rumo do governo. (NOME)

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As estruturas anteriores apresentam erros que podem ser corrigidos assim:


• Estrutura nominal: Ele negou interesse na reeleição e falta de rumo do governo.
• Estrutura oracional: Ele negou que tivesse interesse na reeleição e que o governo estivesse sem rumo.

Outros exemplos:
• Está paralelo o período:
 Os trabalhadores precisam garantir o poder de compra dos salários e manter a garantia do emprego.
 Os trabalhadores precisam garantir o poder de compra dos salários e a manutenção da garantia do emprego.

OBSERVAR:
Atenção:
Todos os verbos terminados em EAR são irregulares.
Os verbos terminados em IAR são regulares, exceto: mediar, ansiar, remediar, incendiar, intermediar e odiar.

VERBOS DO MARIO
M – medIAR
A – ansIAR
R – remedIAR
I – incendIAR, intermedIAR
O – odIAR

EAR: Verbo passear


(presente do indicativo)
Eu passeio
Tu passeias
Ele passeia
Nós passeamos
Vós passeais
Eles passeiam
Outros exemplos:

VERBOS TERMINADOS EM –EAR

Arrear, frear, pentear, grampear, passear, rodear, cear, nortear, folhear,...


(arreio, freio, penteio, grampeio, passeio, rodear, ceio, norteio, folheio)

Verbo intermediar
(presente do indicativo)
Eu intermedeio
Tu intermedeias
Ele intermedeia
Nós intermediamos
Vós intermediais
Eles intermedeiam

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Verbo criar
Eu crio
Tu crias
Ele cria
Nós criamos
Vós criais
Eles criam

Outros exemplos:
VERBOS REGULARES EM –IAR
Arriar, adiar, afiar, agenciar, criar, comerciar, desfiar, diligenciar, premiar, sentenciar,...
(arrio, adio, afio, agencio, crio, comercio, desfio, diligencio, premio, sentencio)

NOMEAR
• Indicativo Presente: nomeio, nomeias, nomeia, nomeamos, nomeais, nomeiam.
• Pretérito Imperfeito: nomeava, nomeavas, nomeava, nomeávamos, nomeáveis, nomeavam.
• Pretérito Perfeito: nomeei, nomeaste, nomeou, nomeamos, nomeastes, nomearam.
• Subjuntivo Presente: nomeie, nomeies, nomeie, nomeemos, nomeeis, nomeiem.
• Imperativo Afirmativo: nomeia, nomeie, nomeemos, nomeai, nomeiem, etc.
Assim se conjugam: apear, atear, cear, folhear, frear, passear, gear, bloquear, granjear, hastear, lisonjear, semear, arrear,
recrear, estrear, etc.

COPIAR
• Indicativo Presente: copio, copias, copia, copiamos, copiais, copiam.
• Pretérito Perfeito: copiei, copiaste, copiou, etc.
• Pretérito Mais-Que-Perfeito: copiara, copiaras, etc.
• Subjuntivo Presente: copie, copies, copie, copiemos, copieis, copiem.
• Imperativo Afirmativo: copia, copie, copiemos, copiai, copiem,.

ODIAR
• Indicativo Presente: odeio, odeias, odeia, odiamos, odiais, odeiam.
• Pretérito Imperfeito: odiava, odiavas, odiava, etc.
• Pretérito Perfeito: odiei, odiaste, odiou, etc.
• Pretérito Mais-Que-Perfeito: odiara, odiaras, odiara, odiáramos, odiáreis, odiaram.
• Subjuntivo Presente: odeie, odeies, odeie, odiemos, odieis, odeiem.
• Imperativo Afirmativo: odeia, odeie, odiemos, odiai, odeiem.

EMPREGO DO INFINITIVO
Infinitivo pessoal ou impessoal?
O emprego do infinitivo não obedece a regras bem definidas.
1. impessoal – sentido genérico ou indefinido, não relacionado a nenhuma pessoa;
2. pessoal – refere-se às pessoas do discurso, dependendo do contexto.

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Recomenda-se sempre o uso da forma pessoal se for necessário dar à frase maior clareza e ênfase.
Usa-se o INFINITIVO IMPESSOAL:
a) sem referência a nenhum sujeito – É proibido fumar na sala;
b) nas locuções verbais – Devemos avaliar a sua situação;
c) quando o infinitivo exerce função de complemento de adjetivos – É um problema fácil de solucionar;
d) quando o infinitivo possui valor de imperativo – Ele respondeu: ― Marchar!
e) Quando o sujeito do infinitivo é o mesmo do verbo da oração anterior;

Por exemplo:
 Eles foram condenados a pagar pesadas multas.
 Devemos sorrir ao invés de chorar.
 Tenho ainda alguns livros por (para) publicar.

Observação: quando o infinitivo preposicionado, ou não, preceder ou estiver distante do verbo da oração principal (verbo
regente), pode ser flexionado para melhor clareza do período e também para se enfatizar o sujeito (agente) da ação verbal.
Por exemplo:
Na esperança de sermos atendidos, muito lhe agradecemos.
Foram dois amigos à casa de outro, a fim de jogarem futebol.
Para estudarmos, estaremos sempre dispostos.
Antes de nascerem, já estão condenadas à fome muitas crianças.

Com os verbos causativos "deixar", "mandar“, "fazer" e com os verbos sensitivos "ver", "ouvir", "sentir" que não formam
locução verbal com o infinitivo que os segue; deve-se deixar o infinitivo sem flexão.
Por exemplo:
Deixei-os sair cedo hoje.
Vi-os entrar atrasados.
Ouvi-as dizer que não iriam à festa.

CUIDADO!
Deixei os meninos saírem cedo hoje.
Deixei os meninos sair cedo hoje.
Vi os meninos entrarem atrasados.
Vi os meninos entrar atesados.

Usa-se o INFINITIVO PESSOAL:


a) quando o sujeito do infinitivo é diferente do sujeito da oração principal

Por exemplo:
 O professor deu um prazo de cinco dias para os alunos estudarem bastante para a prova.
 Perdoo-te por me traíres.
 O hotel preparou tudo para os turistas ficarem à vontade.
 O guarda fez sinal para os motoristas pararem.
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b) quando, por meio de flexão, se quer realçar ou identificar a pessoa do sujeito – Foi um erro responderes dessa maneira;
a) quando queremos determinar o sujeito (usa-se a 3ª pessoa do plural) – Escutei baterem à porta.

d) Quando se diz que um verbo está no infinitivo pessoal, isso significa que ele atribui um agente ao processo verbal,
flexionando-se.
O infinitivo deve ser flexionado nos seguintes casos:
1. Quando o sujeito da oração estiver claramente expresso;
Por exemplo:
Se tu não perceberes isto...
Convém vocês irem primeiro.
O bom é sempre lembrarmos desta regra (sujeito desinencial, sujeito implícito = nós)

CONJUGAÇÃO DE ALGUNS VERBOS:


ESTÃO SEMPRE NAS PROVAS (OS QUE DERRUBAM)
CABER:
caibo, cabes... (presente do indicativo)
caiba ... (presente do subjuntivo)
coube, coubeste, (pretérito perfeito)

VALER:
valho, vales, vale (presente do indicativo)
vali, valeste, valeu (pretérito perfeito do indicativo)
valha, valhas ... ( presente do subjuntivo)

HAVER:
hei, hás, há, havemos(hemos), ...(presente do indicativo)
haja, hajas,... (presente do subjuntivo)

REAVER:
-, -, -, reavemos, reaveis, -, (presente do indicativo)
reouve, reouveste, ... (pretérito perfeito do indicativo)
reouvera, reouveras,... (pretérito mais-que-perfeito)
AGIR:
ajo, ages, age, (presente do indicativo)
aja, ajas,... (presente do subjuntivo)

REQUERER:
requeIro, requeres,... (presente do indicativo)
requeIra, requeIras, ... (presente do subjuntivo)
requereSSE... (imperfeito do subjuntivo)

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MOBILIAR:
mobílio, mobílias, mobília,... (presente do indicativo)
mobílie, ... (presente do subjuntivo)

PROVER:
provejo, provês,... (presente do indicativo)
provi, proveste, proveu... (pretérito perfeito do indicativo)
provesse... (imperfeito do subjuntivo)

PARIR
pairo, pares, pare,... (presente do indicativo)
paira,... (presente do subjuntivo)

PAIRAR
pairo, pairas, paira, ... (presente do indicativo)
paire, paires, paire,... (presente do subjuntivo)

PRETERIR:
pretiro, preteres, pretira... (presente do indicativo)
Encontram-se listados aqui alguns verbos que podem apresentar problemas de conjugação.
1. Abolir (defectivo) - não possui a 1ª pessoa do singular do presente do indicativo, por isso não possui presente do
subjuntivo e o imperativo negativo. (= banir, carpir, colorir, delinquir, demolir, descomedir-se, emergir, exaurir, fremir,
fulgir, haurir, retorquir, urgir);
2. Acudir (alternância vocálica o/u) - presente do indicativo - acudo, acodes... e / pretérito perfeito do indicativo – com
u(=bulir, consumir, cuspir, engolir, fugir);
3. Adequar (defectivo) - só possui a 1ª e a 2ª pessoa do plural no presente do indicativo;
4. Aderir (alternância vocálica e/i) - presente do indicativo - adiro, adere... (= advertir, cerzir, despir, diferir, digerir,
divergir, ferir, sugerir);
5. Agir (acomodação gráfica g/j) - presente do indicativo - ajo, ages... (= afligir, coagir, erigir, espargir, refulgir, restringir,
transigir, urgir);
6. Agredir (alternância vocálica e/i) - presente do indicativo - agrido, agrides, agride, agredimos, agredis, agridem
(=prevenir, progredir, regredir, transgredir);
7. Aguar (regular) - presente do indicativo - águo, águas..., / pretérito perfeito do indicativo - aguei, aguaste, aguou,
aguamos, aguastes, aguaram (= desaguar, enxaguar, minguar);
9. Arguir (irregular com alternância vocálica o/u) - presente do indicativo - arguo (ú), arguis, argui, arguimos, arguis,
arguem / pretérito perf - argui, arguiste...;
10. Atrair (irregular) – presente do indicativo - atraio, atrais... / pretérito perf. – atraí, atraíste... (= abstrair, cair, distrair,
sair, subtrair);
11. Atribuir (irregular) – presente do indicativo – atribuo, atribu-is, atribui, atribuímos, atribuís, atribuem / pretérito-
perfeito – atribuí, atribuíste, atribuiu… (= afluir, concluir, destituir, excluir, instruir, possuir, usufruir);
12. Averiguar (alternância vocálica o/u) - presente do indicativo – averiguo (ú), averiguas (ú), averigua (ú), averiguamos,
averiguais, averiguam (ú) / pretérito perfeito – averiguei, averiguaste… / presente do subjuntivo -averigue, averigues,
averigue… (= apaziguar);

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13. Cear (irregular) – presente do indicativo – ceio, ceias, ceia, ceamos, ceais, ceiam / pretérito perfeito indicativo – ceei,
ceaste, ceou, ceamos, ceastes, cearam (= verbos terminados em -ear: falsear, passear… – alguns apresentam pronúncia
aberta: estreio, estreia…);
14. Coar (irregular) – presente do indicativo – coo, coas, coa, coamos, coais, coam / pretérito perfeito - coei, coaste, coou...
(= abençoar, magoar, perdoar);
15. Comerciar (regular) - presente do indicativo - comercio, comercias... / pretérito perfeito - comerciei... (= verbos em -iar ,
exceto os seguintes verbos: mediar, ansiar, remediar, incendiar, intermediar, odiar);
16. Compelir (alternância vocálica e/i) – presente do indicativo – compilo, compeles… / pretérito perfeito indicativo –
compeli, compeliste…
17. Compilar (regular) – presente do indicativo – compilo, compilas, compila… / pretérito perfeito indicativo – compilei,
compilaste…
18. Construir (irregular e abundante) – presente do indicativo – construo, constróis (ou construis), constrói (ou construi),
construímos, construís, constroem (ou construem) / pretérito perfeito indicativo – construí, construíste…
19. Crer (irregular) – presente do indicativo – creio, crês, crê, cremos, credes, creem / pretérito perfeito indicativo – cri,
creste, creu, cremos, crestes, creram / imperfeito indicativo – cria, crias, cria, críamos, críeis, criam;
20. Falir (defectivo) – presente do indicativo – falimos, falis / pretérito perfeito indicativo – fali, faliste… (= aguerrir,
combalir, foragir-se, remir, renhir);
21. Frigir (acomodação gráfica g/j e alternância vocálica e/i) – presente do indicativo – frijo, freges, frege, frigimos, frigis,
fregem / pretérito perfeito indicativo – frigi, frigiste…
22. Ir (irregular) – presente do indicativo – vou, vais, vai, vamos, ides, vão / pretérito perfeito indicativo – fui, foste… / pres.
subj. – vá, vás, vá, vamos, vades, vão;
23. Jazer (irregular) – presente do indicativo – jazo, jazes… / pretérito perfeito indicativo – jazi, jazeste, jazeu…
24. Mobiliar (irregular) – presente do indicativo – mobílio, mobílias, mobília, mobiliamos, mobiliais, mobíliam / pretérito
perfeito indicativo – mobiliei, mobiliaste…
25. Obstar (regular) – presente do indicativo – obsto, obstas…/ pretérito perfeito indicativo – obstei, obstaste…
26. Pedir (irregular) – presente do indicativo – peço, pedes, pede, pedimos, pedis, pedem / pretérito perfeito indicativo –
pedi, pediste… (= despedir, expedir, medir);
27. Polir (alternância vocálica e/i) – presente do indicativo – pulo, pules, pule, polimos, polis, pulem / pretérito perfeito
indicativo – poli, poliste …
28. Precaver-se (defectivo e pronominal) – presente do indicativo – precavemo-nos, precaveis-vos / pretérito perfeito
indicativo – precavi-me, precaveste-te…
29. Prover (irregular) – presente do indicativo – provejo, provês, provê, provemos, provedes, proveem / pretérito-perfeito
indicativo – provi, proveste, proveu…
30. Reaver (defectivo) – presente do indicativo – reavemos, reaveis / pretérito perfeito indicativo – reouve, reouveste,
reouve… (verbo derivado do haver, mas só é conjugado nas formas verbais com a letra v);
31. Remir (defectivo) – presente do indicativo – remimos, remis / pretérito perfeito indicativo – remi, remiste…
32. Requerer (irregular) – presente do indicativo – requeiro, requeres… / pretérito perfeito indicativo – requeri, requereste,
requereu… (derivado do querer, diferindo dele na 1ª pessoa do singular do presente do indicativo e no pretérito
perfeito do indicativo e derivados, sendo regular);
33. Rir (irregular) – presente do indicativo – rio, rir, ri, rimos, rides, riem / pretérito perfeito indicativo – ri, riste… (= sorrir);
34. Saudar (alternância vocálica) – presente do indicativo – saúdo, saúdas… / pretérito perfeito indicativo – saudei,
saudaste…
35. Suar (regular) – presente do indicativo – suo, suas, sua… / pretérito perfeito indicativo – suei, suaste, sou… (= atuar,
continuar, habituar, individuar, recuar, situar);
36. Valer (irregular) – presente do indicativo – valho, vales, vale… / pretérito perfeito indicativo – vali, valeste, valeu…

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CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL

Ao falarmos sobre a concordância verbal, estamos nos referindo à relação de dependência estabelecida entre um termo e
outro mediante um contexto oracional. Desta feita, os agentes principais desse processo são representados pelo sujeito, que
no caso funciona como subordinante; e o verbo, o qual desempenha a função de subordinado.
Dessa forma, temos que a concordância verbal se caracteriza pela adaptação do verbo, tendo em vista os quesitos “número e
pessoa” em relação ao sujeito. Exemplificando, temos:

Veja:
Os procedimentos e as instruções retratam a forma como são desenvolvidos os produtos e a atividade da empresa.
Observe que os verbos retratar e ser estão no plural; concordando com os sujeitos.

Temos que o verbo se apresenta na terceira pessoa do plural, pois faz referência a um sujeito, assim também expresso (Os
procedimentos e instruções) bem como a forma verbal são desenvolvidos concorda com os produtos e a atividade da
empresa.
Temos aí o que podemos chamar de princípio básico.
Dessa forma, vejamos:

CASOS REFERENTES A SUJEITO SIMPLES


1) Em caso de sujeito simples, o verbo concorda com o núcleo em número e pessoa:
 O aluno chegou atrasado.
Quando a frase está na ORDEM INDIRETA, é comum cometer-se o erro de não concordar o sujeito com o verbo. Isso ocorre
porque, em tal circunstância, o sujeito é confundido com o complemento verbal.

Veja:
 ERRADO: Chegou os documentos que esperávamos. (verbo CHEGAR)
 CORRETO: Chegaram os documentos que esperávamos.
Com alguns verbos, como

Existir
Ocorrer,
Faltar,
Restar,
Surgir,
Acontecer,
Bastar,
Chegar,
Sobrar,

Havia produtos que estavam fora das especificações. (HAVER)

PORÉM:
Existiam produtos que estavam fora das especificações. (EXISTIR)
Verbo HAVER (IMPESSOAL) sinônimo de EXISTIR.
Com o VERBO HAVER SUJEITO INEXISTENTE
JÁ, o verbo EXISTIR concorda com o termo SUJEITO, normalmente após verbo EXISTIR.

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São verbos impessoais:


HAVER
Sendo, portanto, usado invariavelmente na 3ª pessoa do singular, quando significa:

• Existir:
 Sofria sem que houvesse motivos.
 Há plantas carnívoras.
 Havia rosas em todo o canto.

• Acontecer, Suceder:
 Houve casos difíceis.
 Não haja desavenças entre vós.

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• Decorrer, Fazer:
 Há meses que não o vejo.
 Haverá nove dias que ele nos visitou.
 Havia já duas semanas que não trabalhava.

• Realizar-se:
 Houve festas e jogos.
Obs.: O verbo haver transmite a sua impessoalidade aos verbos que com ele formam locução, os quais, por isso,
permanecem invariáveis na 3ª pessoa do singular:
 Vai haver eleições e não “Vão haver”

Locução verbal
Deve haver homens na sala e não “Devem haver...”.

OBS.: Não se pode, no entanto, dizer que o verbo “haver” nunca vai para o plural, pois isso não é verdade. Ele pode, por
exemplo, ser um verbo auxiliar (sinônimo de “ter” nos tempos compostos), situação em que pode ir para o plural. Assim:
 Eles haviam chegado cedo.
 Eles tinham chegado cedo
OBS.:
Atenção:
Devemos ter cuidado com os verbos fazer e haver usados impessoalmente: não é possível colocá-los no plural.
Por Exemplo:
 Faz muitos anos que nos conhecemos.
 Deve fazer dias quentes na Bahia.

VERBO FAZER
Conjugação do verbo FAZER (indicando tempo):
IMPESSOAL: sempre na 3ª pessoa do singular
(A leitura com as duas frases serve para todas as formas)
Faz
Fazia
Fez + um ano de sua partida
Fizera
Fará
Faria

Espero que faça + dois anos de sua partida


Se fizesse
Quando fizer
Deve fazer,
Vai fazer,
Pode fazer,
Acabou de fazer
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O verbo FAZER indicando tempo decorrido fica sempre no singular, portanto impessoal.
Faz ( Faz – Fazem) muito tempo que trabalho naquela empresa.
Fez ( Faz – Fazem) quatro anos que ele foi admitido.
Vai fazer ( Vai fazer – Vão fazer) quatro anos que ele foi admitido.

 NÃO ESQUECER
MESMO AS LOCUÇÕES VERBAIS com os verbos haver (sentido de existir, fazer) e fazer (indicando tempo decorrido) são
impessoais, mantêm-se no singular.

VERBO IMPESSOAL: formas sempre na 3ª pessoa do singular (A leitura com as duas frases serve para todas as formas)

Faz
Fazia
Fez + um ano de sua partida
Fizera
Fará
Faria

Espero que faça + dois anos de sua partida


Se fizesse
Quando fizer
Deve fazer
Vai fazer
Pode fazer
Acabou de fazer

O VERBO E A PALAVRA "SE"


Dentre as diversas funções exercidas pelo "se", há duas de particular interesse para a concordância verbal:
a) quando é partícula apassivadora
b) quando é partícula de indeterminação do sujeito

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Entendendo a Partícula Se

As construções em que ocorre a partícula SE podem apresentar algumas dificuldades quanto à classificação do sujeito

Veja:

Exemplos:
Em certas cidades, ainda vendem terrenos baratinhos.
VOZ ATIVA
 Em certas cidades, ainda se vendem terrenos baratinhos.
Se: partícula apassivadora/ terrenos baratinhos = sujeito
 A cada ano, renovam os ideais de vida.
VOZ ATIVA
 A cada ano, renovam-se os ideais de vida.
Se: partícula apassivadora/ os ideais de vida = sujeito
 Naquela lojinha, plastificam documentos.
VOZ ATIVA
 Naquela lojinha, plastificam-se documentos.
Se: partícula apassivadora/ documentos = sujeito
 Durante a aula, fazem-se muitas perguntas.
Se: partícula apassivadora/ muitas perguntas = sujeito

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a) Aprovou-se o novo candidato.


Sujeito
Aprovaram-se os novos candidatos.
Sujeito
No caso A, o SE é uma partícula apassivadora e o verbo está na voz passiva sintética, concordando com o sujeito.
Observe a transformação das frases para a voz passiva analítica:
 O novo candidato foi aprovado.
Sujeito
 Os novos candidatos foram aprovados.
Sujeito

b) Com verbo ativo na 3ª pessoa do singular, seguido do pronome SE:


O verbo vem acompanhado do pronome SE, que atua como partícula de indeterminação do sujeito. Essa construção ocorre
com verbos que não apresentam complemento direto (verbos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação). O verbo
obrigatoriamente fica na terceira pessoa do singular.

Exemplos:

 Vive-se melhor no campo. (Verbo Intransitivo)

 Precisa-se de técnicos em informática. (Verbo Transitivo Indireto)


 No casamento, sempre se fica nervoso. (Verbo de Ligação)

O verbo fica no singular se o sujeito for coletivo não especificado.

A multidão DEFENDE (defende, defendem) seus direitos.

A multidão de alunos defende / defendem seus direitos.

No caso de o sujeito aparecer representado pelo pronome “quem”, o verbo, via de regra, permanecerá na terceira pessoa
do singular ou, segundo alguns gramáticos, poderá concordar com o antecedente desse pronome:

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 Fomos nós quem contou toda a verdade para ela.


 Fomos nós quem contamos toda a verdade para ela.

Em casos nos quais o sujeito aparece realçado pela palavra “que”, o verbo deverá concordar com o termo que antecede
essa palavra:
 Nesta empresa somos nós que tomamos as decisões.
 Em casa sou eu que decido tudo.

CONCORDÂNCIA VERBAL – CASOS ESPECIAIS


Expressões partitivas – A formação se dá pelo sujeito constituído por uma expressão que denota “parte de algo” (a metade
de, a maior parte de, grande parte de, a maioria de), seguida de um substantivo ou pronome no plural:
O verbo poderá ser grafado tanto no singular quanto no plural.

Ex:
 A maior parte dos funcionários aprovou/aprovaram a decisão.

A expressão mais de um associada a verbos que retratem reciprocidade: O verbo necessariamente permanecerá no plural.

Ex:
 Mais de um vestibulando se abraçaram durante a comemoração pela vitória.
A expressão mais de um – quando esta vier REPETIDA:
O verbo necessariamente permanecerá no plural.
Ex:
 Mais de um professor, mais de um aluno se abraçaram durante a comemoração pela vitória.
A expressão mais de + número – impõe que o verbo concorde com o número:
O verbo permanecerá, portanto, no singular ou no plural.
Ex:
 Mais de um aluno passará no concurso.
 Mais de dois alunos viajarão para Massapê, terra de homem sério e endinheirado.
Quantidade aproximada – É o caso em que o sujeito é formado por expressões que indicam quantidade aproximada (cerca
de, menos de, perto de) seguidas de numeral e substantivo:
O verbo concordará com o substantivo.
Ex:
 Perto de um aluno compareceu à entrega dos resultados.
 Cerca de mil pessoas participaram da manifestação.

Sujeito formado de número percentual ou fracionário.


O verbo concorda com o numerador (o número antes da barra da fração) ou com o número inteiro (o número antes da
vírgula na porcentagem), mas pode concordar com o especificador dele. Se o numeral vier precedido de determinante, o
verbo concordará apenas com o numeral.

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– Apenas 1/3 das pessoas do mundo sabe o que é viver bem.


– Apenas 1/3 das pessoas do mundo sabem o que é viver bem.
– Apenas 30% do povo sabem o que é viver bem.
– Apenas 30% do povo sabe o que é viver bem.
– Os 30% da população não sabem o que é viver mal.
Obs.: Note que, no primeiro exemplo, o verbo concordou com o 1 de 1/3, o mesmo ocorre com 0 em “Só 0,9% das pessoas
sabe o que significa ‘lóxia’.”.

CONCORDÂNCIA NOMINAL
A concordância nominal se baseia na relação entre um substantivo (ou pronome, ou numeral substantivo) e as palavras que a
ele se ligam para caracterizá-lo (artigos, adjetivos, pronomes adjetivos, numerais adjetivos e particípios). Basicamente,
ocupa-se da relação entre nomes.
Lembre-se: normalmente, o substantivo funciona como núcleo de um termo da oração, e o adjetivo, como adjunto
adnominal.
A concordância do adjetivo ocorre de acordo com as seguintes regras gerais:
1) O adjetivo concorda em gênero e número quando se refere a um único substantivo.
Por Exemplo:
 As mãos trêmulas denunciavam o que sentia.

SUBSTANTIVOS SÓ USADOS NO PLURAL:


cãs (cabelos brancos), arredores
condolências, damas (jogo),
exéquias(cerimônias fúnebres), férias,
fezes, núpcias,
óculos, olheiras,
primícias pêsames,
vísceras, nomes de naipes

MESMO, BASTANTE
Como advérbios: invariáveis
Exemplos:

 Preciso mesmo da sua ajuda.


 Fiquei bastante contente com a proposta de emprego.
Como pronomes ou adjetivos: seguem a regra geral.
Exemplos:

 Os rapazes mesmos fizemos isso.


 Seus argumentos foram bastantes para me convencer.
 Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou.

MEIO
Como advérbio: invariável.
Exemplo:  Estou meio insegura.

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Como numeral: segue a regra geral.


 Comi meia laranja pela manhã.
 Tomei meias jarras de suco de laranja.

MENOS, ALERTA
Em todas as ocasiões são invariáveis.
Exemplos:
 Preciso de menos comida para perder peso.
 Estamos alerta para com suas chamadas.

ANEXO, INCLUSO, PRÓPRIO, OBRIGADO


Concordam com o substantivo a que se referem.
 As cartas estão anexAS.
 A refeição está inclusA.
 Precisamos de nomes própriOS.
 ObrigadO, disse o rapaz.
 ObrigadAS, disseram as moças.
Nomes próprios – a concordância neste caso deverá ser feita levando em consideração a presença ou ausência do artigo.
Com o artigo, o verbo é grafado no plural ou no singular
Sem o artigo, o verbo é grafado no singular.
Ex:
 Os Estados Unidos formam a grande potência mundial.
 O Amazonas é um rio muito caudaloso.
 Goiás é um estado bastante acolhedor.
Dentre os casos particulares do gênero dos substantivos, destaca-se aquele em que o gênero do substantivo varia segundo
sua significação. A palavra grama é um substantivo que se encaixa nesse caso.
Quando grama tiver sentido de planta cultivada em áreas como jardim, tratar-se-á de um substantivo feminino.
Quando grama tiver sentido de unidade de medida de peso, tratar-se-á de um substantivo masculino.
Exemplos:
 Admirávamos o grama que implantaram naquele jardim.[Inadequado]
 Admirávamos a grama que implantaram naquele jardim. [Adequado]
 Por favor, dê-me trezentas gramas de azeitona! [Inadequado]
 Por favor, dê-me trezentos gramas de azeitona! [Adequado]
Como o substantivo grama com sentido de medida de peso é masculino, todos os substantivos compostos que também
expressem medida formados a partir dele também serão masculinos: miligrama, quilograma.
Exemplo:
 Quantas miligramas de bicarbonato existem nesse produto? [Inadequado]
 Quantos miligramas de bicarbonato existem nesse produto? [Adequado]

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PROCESSOS
DE COORDENAÇÃO E DE SUBORDINAÇÃO
CONJUNÇÕES E CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES COORDENADAS E SUBORDINADAS
ADVERBIAIS

 CONJUNÇÃO
Além da preposição, há outra palavra que, na frase, é usada como elemento de ligação: a conjunção.

Por exemplo:
A menina segurou a boneca e mostrou quando viu as amiguinhas.
Deste exemplo podem ser retiradas três informações:
segurou a boneca
a menina mostrou
viu as amiguinhas

Cada informação está estruturada em torno de um verbo: segurou, mostrou, viu. Assim, há nessa frase três orações:
1ª oração: A menina segurou a boneca
2ª oração: e mostrou
3ª oração: quando viu as amiguinhas.

A segunda oração liga-se à primeira por meio do "e", e a terceira oração liga-se à segunda por meio do "quando". As palavras
"e" e "quando" ligam, portanto, orações.
Observe:
Gosto de natação e de futebol.
Nessa frase as expressões de natação, de futebol são partes ou termos de uma mesma oração. Logo, a palavra "e" está
ligando termos de uma mesma oração.

Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes de uma mesma oração.
Morfossintaxe da Conjunção
As conjunções, a exemplo das preposições, não exercem propriamente uma função sintática: são conectivos.

Classificação da Conjunção
De acordo com o tipo de relação que estabelecem, as conjunções podem ser classificadas em coordenativas e
subordinativas. No primeiro caso, os elementos ligados pela conjunção podem ser isolados um do outro. Esse isolamento, no
entanto, não acarreta perda da unidade de sentido que cada um dos elementos possui. Já no segundo caso, cada um dos
elementos ligados pela conjunção depende da existência do outro.

CONJUNÇÕES COORDENATIVAS
São aquelas que ligam orações de sentido completo e independente ou termos da oração que têm a mesma função
gramatical.

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Subdividem-se em:
1) Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de acréscimo, soma, sequência ou adição.
São elas: e, nem (= e não), não só...mas também, não só... como também, bem como, não só... mas ainda.
Por exemplo:
A sua pesquisa é clara e objetiva.
Ela não só dirigiu a pesquisa como também escreveu o relatório.

1. COORDENADAS SINDÉTICAS ADITIVAS – Quando apresentam ideia de soma, acréscimo, adição, sequência de
pensamentos.
 Trabalho e estudo.
 Trabalho mas também estudo.
 Nem trabalho, nem estudo.
Observem os Pares Correlatos: NÃO SÓ... MAS TAMBÉM, NÃO SÓ ... COMO TAMBÉM, NÃO SOMENTE...MAS AINDA, NÃO
SOMENTE...MAS TAMBÉM: quando aparecem, dizemos que as orações são Coordenativas Aditivas e que são
Correlacionadas:
 Não só trabalho, mas também estudo.

 CUIDADO!
Exs:
 Estude com regularidade, e será recompensado. (= logo, por isso – conclusão /consequência)
 Não tendo ficado satisfeito com a brincadeira, vou chamar-lhe e dar-lhe uma bronca. (= para – finalidade)

2) Adversativas: ligam duas orações ou palavras, expressando ideia de contraste ou compensação.


São elas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante, senão, antes (= pelo contrário)
Por exemplo:
Tentei chegar mais cedo, porém não consegui.
2. COORDENADAS SINDÉTICAS ADVERSATIVAS – Quando expressam contraste, oposição, ressalva, compensação:
 Trabalho, mas estudo.

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 Trabalho, porém estudo.


 Trabalho, entretanto estudo.

Cuidado!!!
1) O mas pode apresentar matizes de sentido:
– Os fariseus oprimiam o povo, mas Jesus exercia seu amor a eles.
(contraste/contraposição)
– Amor, eu sei que eu te traí, mas saiba que eu te amo. (compensação)
– Casou-se, mas não com a primeira namorada. (restrição)
– Foi em direção ao beijo, mas desistiu por timidez. (quebra de expectativa)
– Outra pessoa, mas não eu, deverá cobrir a reportagem. (ressalva)
– Entre, mas sem fazer barulho. (realce/ressalva)
– Era bela, mas principalmente rara. (adição, segundo Celso Cunha)

3) Alternativas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de alternância ou escolha, indicando fatos que se realizam
separadamente.
São elas: ou, ou... ou, ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja.
Por exemplo:
Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário.

3. COORDENADAS SINDÁTICAS ALTERNATIVAS – Quando expressam alternância, exclusão e são introduzidas por
Conjunções Alternativas: OU, OU...OU, ORA...ORA, JÁ...JÁ, QUER...QUER, SEJA...SEJA:
 Trabalha ou estuda.

 Ou trabalha ou estuda.

 Ora trabalha ora estuda.


OU TRABALHA OU ESTUDA – Em frases assim, as duas orações devem ser consideradas COORDENADAS ALTERNATIVAS.

4) Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração que expressa ideia de conclusão ou consequência.
São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim.
Por exemplo:
Marta estava bem preparada para o teste, portanto não ficou nervosa.

4. COORDENADAS SINDÉTICAS CONCLUSIVAS – Quando expressam conclusão, dedução, consequência e são introduzidas
por Conjunções Conclusivas: LOGO, PORTANTO, POR CONSEGUINTE, POIS (posposto ao verbo), POR ISSO:
 Trabalho, logo ganho dinheiro.
 Trabalho, portanto ganho dinheiro.
 Trabalho, ganho dinheiro, pois.
5) Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração que a explica, que justifica a ideia nela contida.
São elas: que, porque, pois (antes do verbo).
Por exemplo:
Não demore, que o filme já vai começar.

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5. COORDENADAS SINDÉTICAS EXPLICATIVAS – Quando expressam uma explicação, motivo, razão e são introduzidas por
Conjunções Explicativas: QUE, PORQUE, POIS (anteposto ao verbo):
 Não passaste de ano, que não estudaste.
 Não passaste de ano porque não estudaste.
 Não passaste de ano, pois não estudaste.
NOTA:
É possível haver confusão entre Orações Coordenadas Explicativas e Orações Subordinadas Adverbiais Causais.
Oração Coordenada Explicativa – Explica o motivo da declaração anterior:
 O menino deveria estar doente, porque chorava muito.
Oração Subordinada Adverbial Causal – Exprime a causa de um fato:
 O menino chorava muito porque estava doente.

Saiba que:
a) Os conectores "e"," antes", "agora"," quando" são adversativas quando equivalem a "mas".
Por exemplo:
Carlos fala, e não faz.
O bom educador não proíbe, antes orienta.
Sou muito bom; agora, bobo não sou.
Foram mal na prova, quando poderiam ter ido muito bem.

b) "Senão" funciona como conjunção adversativa quando equivale a "mas sim".


Por exemplo:
Conseguimos vencer não por protecionismo, senão por capacidade.

c) Das conjunções adversativas, "mas" deve ser empregada sempre no início da oração: as outras (porém, todavia, contudo,
etc.) podem vir no início ou no meio.
Por exemplo:
Ninguém respondeu a pergunta, mas os alunos sabiam a resposta.
Ninguém respondeu a pergunta; os alunos, porém, sabiam a resposta.

d) A palavra "pois", quando é conjunção conclusiva, vem geralmente após um ou mais termos da oração a que pertence.
Por exemplo:
Você o provocou com essas palavras; não se queixe, pois, de seus ataques.
Quando é conjunção explicativa," pois" vem, geralmente, após um verbo no imperativo e sempre no início da oração a que
pertence.
Por exemplo:
Não tenha receio, pois eu a protegerei.

NOTA:
As Orações Coordenadas são autônomas quanto à estrutura sintática, porém são inter-relacionadas, interdependentes,
quanto ao sentido.

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CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS
São aquelas que ligam duas orações, sendo uma delas dependente da outra. A oração dependente, introduzida pelas
conjunções subordinativas, recebe o nome de oração subordinada.
Veja o exemplo:
O baile já tinha começado quando ela chegou.
O baile já tinha começado: oração principal
quando: conjunção subordinativa
ela chegou: oração subordinada
As conjunções subordinativas subdividem-se em integrantes e adverbiais:

1. Integrantes

Indicam que a oração subordinada por elas introduzida completa ou integra o sentido da principal. Introduzem orações que
equivalem a substantivos (orações subordinadas substantivas).
São elas: que, se.
Por exemplo:
Espero que você volte. (Espero sua volta.)
Não sei se ele voltará. (Não sei da sua volta.)
2. Adverbiais

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Indicam que a oração subordinada por elas introduzida exerce a função de adjunto adverbial da principal. De acordo com a
circunstância que expressam, classificam-se em:
a) Causais: introduzem uma oração que é causa da ocorrência da oração principal.
São elas: porque, como (= porque, no início da frase), pois que, visto que, uma vez que, porquanto, já que, desde que, (pelo
fato de, por) + verbo no infinitivo

1. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CAUSAL


Quando exprime causa, motivo, razão:
 O homem trabalha porque precisa.
É introduzida por Conjunção Causal - QUE, PORQUE, COMO, PORQUANTO, VISTO QUE, JÁ QUE, UMA VEZ QUE, PELO FATO
DE:
 Como não me ouviam, gritei (= gritei pela causa de não me ouvirem).
Para vocês saberem se uma oração é Subordinada Adverbial Causal, usem este artifício: Isto acontece pela seguinte causa,
sendo a referida causa a Subordinada Adverbial Causal:
 Não tens encontrado a felicidade porque não a tens em ti.
RELEITURA: Não tens encontrada a felicidade pela seguinte causa: não a tens em ti.
Por exemplo:
Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios.
Como não se interessa por arte, desistiu do curso.

b) Comparativas: introduzem uma oração que expressa ideia de comparação com referência à oração principal. São elas:
como, assim como, tal como, como se, (tão)... como, tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, que nem, que
(combinado com menos ou mais), etc.
Por exemplo:
O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem.
Ele é preguiçoso tal como o irmão.

2. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL COMPARATIVA – Quando representa o segundo termo de uma comparação. É
introduzida por uma Conjunção Comparativa: COMO, TAL...QUAL, TAL E QUAL, ASSIM COMO, TAL...COMO, TANTO...COMO,
MAIS...QUE, MENOS...QUE, QUE NEM, FEITO (=COMO), O MESMO QUE (=COMO).
As Orações Subordinadas Adverbiais Comparativas podem trazer o verbo expresso:
 O operário trabalha como o palhaço diverte.
 O menino gosta de sorvete tal qual o macaco gosta de banana.

As Orações Subordinadas Adverbiais Comparativas podem trazer o verbo subentendido:


 A luz é necessária quanto o oxigênio.
 Nada é pior que a mentira.
Em frases como estas acima, como o verbo é subentendido, vocês têm duas opções de análise, ambas corretas:
- Analisam – quanto o oxigênio e que a mentira como Oração Subordinada Adverbial Comparativa ou analisam
simplesmente como Adjunto Adverbial de Comparação. Das duas maneiras, vocês terão acertado a análise.
As Orações Subordinadas Adverbiais Comparativas podem ser hipotéticas:
 O menino estudou como se quisesse tirar o primeiro lugar.

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c) Concessivas: introduzem uma oração que expressa ideia contrária à da principal, sem, no entanto, impedir sua realização.
São elas: embora, ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo que, por mais que, posto que, conquanto.
Por exemplo:
Embora fosse tarde, fomos visitá-lo.
Eu não desistirei desse plano mesmo que todos me abandonem.

3. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONCESSIVA – Quando exprime um fato que se concede, que se admite, em oposição à
Oração Principal.
É introduzida por Conjunção Concessiva – EMBORA, POR MUITO QUE, CONQUANTO, AINDA QUE, MESMO QUE, POR MAIS
QUE, AINDA QUANDO, POSTO QUE, POR MENOS QUE, SE BEM QUE, EM QUE PESE:
 Admiro esse senhor, embora não o conheça de perto.
Vejam vocês que é de se esperar admiração por um senhor que se conheça de perto, mas no caso, Admiro esse senhor,
embora não o conheça de perto, a minha afirmação contraria a expectativa imposta pela Oração Principal – admiro – sendo,
portanto, embora não o conheça de perto uma Oração Subordinada Adverbial Concessiva.
Como fazer fácil a identificação de uma Adverbial Concessiva? Basta substituir a Conjunção por APESAR DE. Se der certo,
então tratar-se-á de Adverbial Concessiva:
 Por mais que eu pedisse, ela foi embora = Apesar de eu pedir muito, ela foi embora.
d) Condicionais: introduzem uma oração que expressa uma ideia de hipótese, de incerteza, em relação à oração principal
São elas: SE, CASO, CONTANTO QUE, DESDE QUE, SALVO SE, EXCETO SE, A NÃO SER QUE, A MENOS QUE, SEM QUE, UMA VEZ
QUE (SEGUIDA DE VERBO NO SUBJUNTIVO).
Por exemplo:
Se o regulamento do campeonato for bem elaborado, certamente o melhor time será campeão.
Caso você se case, convide-me para a festa.
4. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONDICIONAL: Quando exprime a condição que se impõe como necessário para a
realização ou não de um fato. As orações subordinadas adverbiais condicionais exprimem o que deve ou não ocorrer para
que se realize ou deixe de se realizar o fato expresso na oração principal. É introduzida por uma conjunção subordinativa
condicional: SE, CASO, CONTANTO QUE, DESDE QUE, A NÃO SER QUE, A MENOS QUE, SEM QUE
Exemplos:
Não saia sem que eu permita.
Conhecendo os alunos (= Se conhecesse os alunos), o professor não os teria punido. (Oração Reduzida de Gerúndio)

Uma Oração Condicional pode aparecer justaposta, sem conectivo:


 Tivesse eu comprado aquele carro, já estaria arrependido.
 Seria um menino muito interessante, não fosse a sua má educação.
NOTA:

Há casos em que a conjunção SE perde o seu caráter de Condicional para dar uma ideia de Causa, significando Visto que.
Este fenômeno ocorre em orações que funcionam como ponto de partida de um raciocínio:
Se o homem é um animal sociável, não pode viver em isolamento (= Pelo fato de ser...).

e)Conformativas: introduzem uma oração em que se exprime a conformidade de um fato com outro.
São elas: conforme, como (= conforme), segundo, consoante.

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Por exemplo:
O passeio ocorreu como havíamos planejado.
Arrume a exposição segundo o professor ordenou.

5. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONFORMATIVA – Quando exprime uma Conformidade, um acordo de um fato
com outro. É introduzida por uma Conjunção Conformativa – COMO, CONFORME, SEGUNDO, CONSOANTE:
 Como vocês sabem, sou médico.
 Segundo me disseram, era um louco.
Basta substituir a Conjunção por CONFORME. Dando certo, então se trata de Oração Subordinada Adverbial Conformativa.

f) Consecutivas: introduzem uma oração que expressa a consequência da principal.


São elas: de sorte que, de modo que, sem que (= que não), de forma que, de jeito que, tal... que, tão... que, tanto... que,
tamanho... que).
Por exemplo:
Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do exame.
A dor era tanta que a moça desmaiou.
6. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONSECUTIVA – Quando exprime uma consequência, um efeito, um resultado e é
introduzida por Conjunção Consecutiva – TAL...QUE, TANTO...QUE, TAMANHO...QUE, TÃO...QUE, DE SORTE QUE, DE MODO
QUE, DE FORMA QUE, DE MANEIRA QUE:
 Fazia tanto frio que gelávamos.
 Não fazia nada sem que se acidentasse.
Substituindo a Conjunção pela palavra CONSEQUEN-TEMENTE, se der certo, teremos a Oração Subordinada Adverbial
Consecutiva.
Se temos uma Oração Subordinada expressando uma Consequência, impossível de ser realizada, usamos: MUITO (= DEMAIS)
+ ADJETIVO + PARA QUE + A AÇÃO VERBAL:
 Esta cruz é muito pesada para que eu a carregue.
 Era um convite demais tentador para que o recusasse.

g) Finais: introduzem uma oração que expressa a finalidade ou o objetivo com que se realiza a principal.
São elas: para que, a fim de que, porque (= para que).
Por exemplo:
Toque o sinal para que todos entrem no salão.
Aproxime-se a fim de que possamos vê-lo melhor.

7. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL FINAL


Quando exprime finalidade, objetivo e é introduzida por Conjunção Final – PARA QUE, A FIM DE (QUE),
QUE (= PARA QUE):
 Trabalho muito para que um dia possa ter uma economia.
Substituir a Conjunção por COM A FINALIDADE DE, para identificar a Oração Subordinada Adverbial Final.
Pode ocorrer elipse da Conjunção Final:
 Colocou a mão na boca, não fosse dizer besteiras (= ... com a finalidade de não dizer besteiras).

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h) Proporcionais: introduzem uma oração que expressa um fato relacionado proporcionalmente à ocorrência da principal.
São elas: à medida que, à proporção que, ao passo que e as combinações quanto mais... (mais), quanto menos... (menos),
quanto menos... (mais), quanto menos... (menos).

Por exemplo:

O preço fica mais caro à medida que os produtos escasseiam.


Quanto mais reclamava menos atenção recebia.
Obs.: são incorretas as locuções proporcionais à medida em que, na medida que

8. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL PROPORCIONAL


Quando denota proporcionalidade e é introduzida por Conjunção Proporcional: À PROPORÇÃO QUE, À MEDIDA QUE, AO
PASSO QUE, QUANTO MAIS ...TANTO MAIS, QUANTO MAIS ...TANTO MENOS, QUANTO MENOS ...TANTO MAIS, QUANTO
MENOS ...TANTO MENOS:
 Quanto mais tem, tanto mais quer.
 À proporção que tem, mais quer.

i) Temporais: introduzem uma oração que acrescenta uma circunstância de tempo ao fato expresso na oração principal.
São elas: quando, enquanto, antes que, depois que, logo que, todas as vezes que, desde que, sempre que, assim que, agora
que, mal (= assim que).
Por exemplo:
A briga começou assim que saímos da festa.
A cidade ficou mais triste depois que ele partiu.

9. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL TEMPORAL – Quando indica o tempo em que o fato expresso pela Oração Principal
acontece e é introduzida por Conjunção temporal – QUANDO, ENQUANTO, LOGO QUE, MAL (= LOGO QUE), SEMPRE QUE,
ASSIM QUE, DESDE QUE, ANTES QUE, DEPOIS QUE, ATÉ QUE, AGORA QUE:

 Quando chove, o sertão vira fartura.


 Logo que saíste, eles chegaram.

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REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL / CRASE

 Aspiramos o perfume daquelas flores silvestres.


 Aspiramos a uma boa classificação no concurso.
 Muitos candidatos demonstram forte aspiração ao cargo ofertado.
Em duas orações temos o verbo (aspirar), mas esse verbo por si só não possui sentido completo, necessitando, portanto, de
um termo que o complemente. Nesse caso, temos o termo regente – demarcado pelo próprio verbo; e o termo regido –
representado pelo complemento.
No terceiro exemplo, temos o substantivo aspiração que admite complemento regido pela preposição a.
Dessa forma, estamos fazendo referência à transitividade, ou seja, em alguns casos o verbo pode ser transitivo direto, em
outras ele pode ser transitivo indireto ou pode ocupar as duas funções ao mesmo tempo, dependendo do contexto. Esse
contexto se traduz pelo significado que ele apresenta, assim como podemos verificar por meio dos exemplos anteriores:
No primeiro exemplo, em que o verbo exige uma preposição, o sentido do verbo em questão faz referência ao ato de
“almejar, desejar”. Assim sendo, ele ocupa a posição de transitivo indireto.
Já no segundo, o sentido diz respeito ao ato de “inalar, sorver” – razão pela qual ele se classifica como transitivo direto.
A regência verbal é a relação existente entre os verbos e os termos que o completam (objetos e adjuntos).
Quanto ao complemento, os verbos podem ser transitivos ou intransitivos.
Se a ação passa ou transita do sujeito a um objeto, dizemos que o verbo é transitivo, podendo ser direto (sem uso de
preposição) ou indireto (com preposição).
Se a ação ou estado não transita do sujeito a nenhum objeto, tendo sentido completo, o verbo é intransitivo.
Não devem ser esquecidas as situações em que aparecem verbos de ligação, que exigem como complemento um predicativo
do sujeito.
Na terceira situação, tem-se exemplo de regência nominal, marcada pela existência do substantivo aspiração.
Verbos que alteram o significado de acordo com a regência.

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Observação: Se for expresso por pronome de 3ª pessoa, exigirá a forma a ele(s) ou a ela(s), e não lhe(s).
3. Intransitivo (morar, ser da responsabilidade), rege a preposição em.
Exemplo: Assistimos em Salvador.
Não assiste a ele cuidar de todos estes casos.

USO DOS PRONOMES OBLÍQUOS ÁTONOS COMO OBJETOS DIRETOS


Usam-se os pronomes o, os, a, as depois de terminações verbais em vogais
Comprei o carro= Comprei-o
Vejo a movimentação das ruas= Vejo-a
Cante os hinos= Cante-os
Ele sempre visita aquelas empresas = ... visita-as

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Os pronomes o, os, a, as sofrem variações depois de certas terminações verbais. Quando o verbo termina em -r, -s ou -z, o
pronome assume a forma lo, los, la ou las, ao mesmo tempo que a terminação verbal é suprimida.
Por exemplo:
 dizer + a verdade = dizer + a= dizê-la
 fazeis + o pedido = fazeis + o=fazei-lo
 fiz + o trabalho = fiz + o=fi-lo

Quando o verbo termina em som nasal, o pronome assume as formas no, nos, na, nas.
Por exemplo:
 viram + o menino = viram + o = viram-no
 repõe + os dados = repõe + os = repõe-nos
 retém + a substância = retém + a = retém-na
 tem + as respostas = tem + as = tem-nas

Veja alguns exemplos de verbos, normalmente, apontados como transitivos diretos:


abandonar; abençoar; aborrecer; abraçar;
acompanhar; acusar; admirar; adorar;
alegrar; ameaçar; amolar; amparar;
auxiliar; castigar; condenar; conhecer;
conservar; convidar; defender; eleger;
estudar; estimar; humilhar; namorar;
ouvir; praticar; prejudicar; proteger;
respeitar; socorrer; suportar; ver;
visitar;

Os verbos TRANSITIVOS INDIRETOS são complemen-tados por objetos indiretos, ou seja, exigem uma preposição para o
estabelecimento da relação de regência.
Eles admitem como objeto indireto os pronomes LHE, LHES para substituir pessoas ou coisas, principalmente com os verbos
que exigem a preposição A, PARA, EM.

Alguns verbos podem ser classificados, normalmente, como transitivos indiretos. Eis alguns:
aspirar(a) caber(a); candidatar-se(a); referir-se(a);
impor(a); levar(a); pertencer(a); dar(a);
relacionar-se(a) aludir(a) desdenhar (de); necessitar (de);

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acreditar (em); consentir (em); ansiar (por); pertencer(a);


obedecer(a); querer(a); oferecer(a); destinar-se(a);
somar-se(a); passar(a) dedicar(a) visar(a)
responder(a) gozar (de); gozar (de); desfrutar(de)
deparar (com); contribuir(para)

Observação:
Verbo pronominal – Vem acompanhado de um pronome oblíquo da mesma pessoa que o sujeito; sem função de objeto.

Observação:
Admite voz passiva.
Exemplo: Dava ordens ciente de ser obedecido.
Obs.: É importante notar que, com esses verbos (agradecer, perdoar e pagar), a pessoa costuma aparecer como objeto
indireto, mesmo que na frase não haja objeto direto.
 O escritório não paga aos funcionários desde abril.
 Já perdoei aos que me difamaram.
 Agradeço aos alunos que acreditaram em mim.

Os verbos transitivos diretos e indiretos exigem dois complementos, um sem preposição (objeto direto) e outro com
preposição (objeto indireto).
Veja alguns exemplos:

AGRADECER, PERDOAR e PAGAR, que possuem objeto direto (coisa) e indireto (pessoa):
 Agradeço aos fiéis a paciência.
 Deus ensina que é preciso perdoar o pecado ao pecador.
 Paguei o dinheiro ao cobrador.

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O USO DOS PRONOMES OBLÍQUOS ÁTONOS EXIGE ALGUNS CUIDADOS:


 Agradeci o presente / Agradeci-o
 Agradeço a você / Agradeço-lhe
 Perdoe a ofensa / Perdoei-a
 Perdoei ao agressor / Perdoei-lhe
 Paguei minhas contas / Paguei-as
 Paguei aos meus credores / Paguei-lhes

Existem outros verbos que possuem seu sentido definido de acordo com a regência, como ASPIRAR, ASSISTIR, OLHAR e
PRECISAR, e vários outros. Veja alguns exemplos:
 Aspirar o ar de montanha. (= sorver, respirar)
Aspirar a um alto cargo. (= desejar, pretender)

 Pedro assistiu ao jogo. (= presenciar, ver)


O médico assistiu o (ao) doente. (= prestar assistência)

 Olhe para ele. (= fixar o olhar)


Olhe por ele. (= cuidar, interessar-se)

 Ela não precisou a quantia. (= informar com exatidão)


Ela não precisou da quantia. (= necessitar)

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Observação: A preposição em indica o lugar dentro do qual ocorre a ação.


Exemplos:
 Chegou no voo das 14h.
 Irei em teu carro?
 Voltou em uma carroça.

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RESPONDER
Transitivo Indireto, mesmo quando o complemento dele não se referir à pessoa. Pode ele aparecer sem o artigo, como pode
também aparecer com a presença dele.
Ex:
 Responda à mãe com simpatia.
 Responder às questões.
 Responder a questões. (lembrar que esse A é preposição)

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VISAR

CONSISTIR, que tem complemento introduzido pela preposição EM:


 A felicidade consiste em preparar o futuro pensando no presente.
DIGNAR-SE, pronominal, que no padrão culto rege a preposição DE:
 Maria não se dignou de olhar-me nos olhos.
 Ela ao menos se dignou de responder-me.

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ANSIAR
1. Transitivo direto (angustiar, causar mal-estar).
Exemplo: Aquele momento ansiava-o.
2. Transitivo indireto (desejar ardentemente), rege a preposição por.
Exemplo: “Ansiava pelo novo dia que vinha nascendo” (F. Sabino)

ATENDER
No sentido de dar atenção ou levar em consideração o que alguém nos diz, considerar, é transitivo indireto .
Use-o com a preposição [a]:
• Eles atenderam aos nossos conselhos.
• O diretor não atendeu aos pedidos dos pais.
• Não atendera aos amigos.
• Atenda bem ao que lhe digo.
• Vou atender ao que me pede.

No sentido de acolher, receber, recepcionar é transitivo direto. Use-o sem preposição:


• A professora atendeu os alunos.
• Ela sempre os atende.
• As meninas estão atendendo os visitantes.
• O político não atendeu o repórter.

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FALAR
1. Intransitivo (expressar-se).
Exemplo: Aquele senhor fala muito bem.
2. Transitivo direto (declarar, explicar, exprimir-se algum idioma)
Exemplos:
 Falou tudo o que queria.
 Falava francês desde criança.
3. Intransitivo (discursar, discorrer), acompanhado de adjunto adverbial de assunto (DE ______ , SOBRE___)
Exemplo: Falou sobre vários assuntos.

NAMORAR
Transitivo direto, portanto não admite preposição.
Ex: A menina namora aquele simpático rapaz.
Errado: A menina namora COM aquele simpático rapaz.

NECESSITAR
1. Transitivo indireto
Exemplo: Necessita de alguns remédios.

Exemplo: Necessita de alguns remédios.


PRECISAR
1. Transitivo indireto (ter necessidade)
Exemplo: Precisávamos de mais tempo.

2. Transitivo direto (marcar com precisão)


Exemplo: A polícia não precisou o local do assalto.

PROCEDER
No sentido de TER FUNDAMENTO, o verbo proceder é INTRANSITIVO:
O depoimento da testemunha procedia.
Nos sentidos de COMPORTAR-SE, AGIR, proceder é também INTRANSITIVO.
 O senhor procedeu bem agindo de acordo com a legislação.
No sentido de ORIGINAR-SE, PROVIR, DERIVAR, o verbo proceder constrói-se com a preposição DE:
A língua portuguesa procede do latim.

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Saiba também que o LHE não serve de complemento para alguns verbos, como: aludir, aspirar(= almejar), assistir (= ver),
proceder, presidir, recorrer, referir-se (= aludir), visar (= almejar)
Voz verbal e regência
Há verbos transitivos indiretos, como
assistir (= ver),
pagar/perdoar (com complemento de pessoa),
responder

em que há “concessões” para o uso da forma passiva, como diz Bechara. Napoleão Mendes de Almeida vai além, defendendo
o uso de assistir (= ver) na voz passiva. Veja:
– Muitas pessoas assistiram à missa. / A missa foi assistida por muitas pessoas.
– Pagamos às empregadas. / As empregadas foram pagas por nós.
– Todos lhe perdoaram. / Ele foi perdoado por todos.
– Reponder-se-ão às dúvidas. / As dúvidas serão respondidas.

Obs: Os verbos acreditar, crer, pensar e sinônimos (ao expressar uma opinião, um julgamento) são VTDs quando seu
complemento é uma oração subordinada substantiva objetiva direta: Penso (VTD) que devo estudar mais (OD).

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REGÊNCIA NOMINAL
• Lista de substantivos e adjetivos acompanhados das respectivas preposições:
A/B
SUBSTANTIVOS
agrado[a] alusão [a] ameaça[a] atenção [a]
amor [a, de, por] apoio [a, de] apologia [a, de] antipatia [a, contra, por]
aversão [a, para, por] acesso [a, para] admiração [a, por] afeição [a, por]
amigo [de] associação [de, com] benefício [a]

ADJETIVOS
acessível [a, para] acostumado [a, com] adequado [a] alheio [a, de]
aliado [a, com] análogo [a] apto [a, para] assíduo [a, em]
atento [a, em] avesso [a] aflito [com, por] amante [de]
afável [com] amoroso [com] ansioso[de, para, por] aparentado[com]
atencioso [com] ávido [de, por] benéfico [a] bom [para].

C/D
SUBSTANTIVOS
capacidade [de, para] causa[para] certeza [de]
compaixão [de, por] compreensão[de] concordância [a, com, de, entre]
consulta [a] conversão[em] crédito[a]
direito [a, de] dúvida [acerca de, em, sobre] desrespeito [a]
desprezo [a, de, por] devoção [a, para, com, por] dificuldade [com, de, em, para]
discordância [com, de, sobre] disposição [para]

ADJETIVOS
cobiçoso [de] capaz [de, para] cego [a, de] ciente [de]
coerente [com] comum [de] compatível[com] concedido [a]
conforme [a, com] contemporâneo [de] constituído [com, de, por] contente[com, de, em, por]
contíguo [a] constante [em] constituído [com, de, por] contente[com, de, em, por]
contrário[a] curioso [de, por, para] dedicado[a] desacostumado [a, com]
desatento [a] descontente [com] desejoso [de] desfavorável[a]
desleal [a] desgostoso [com, de] devoto [a, de] diferente [de]
digno [de] disposto[a] dotado [de]

E/F/G/H/I/L
SUBSTANTIVOS
empenho [de, em, por] entusiasmo[por, com] exemplo[de] facilidade [de, em, para]
falta [a, de] guerra [a] graças(a) homenagem [a]
horror [a, de, por] ida [a] impaciência[com] impossibilidade [de, em]
impressão[de] inclinação[por] influência [sobre] interesse[por]
invasão [de] lembrança[de] lugar[a]

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ADJETIVOS
equivalente [a] entendido [em] erudito [em] escasso [de]
essencial [para] estreito [de] exato [em] fácil [a, de, para]
falho [de, em] fanático [por] favorável [a] fiel [a]
feliz [de, com, em, por] fértil [de, em] forte [em] fraco [em, de]
furioso [com] grato [a] graduado [a] hábil [em]
habituado [a] hostil [a, contra] idêntico [a] impotente [para, contra]
impróprio [para] imune [a, de] inábil [para] inacessível [a]
incansável [em] incapaz [de, para] incerto [em] inconsequente[com]
indeciso [em] indiferente[a] indigno [de] indulgente [com]
inerente [a] infiel [a] ingrato [com] insensível [a]
intolerante [com] inútil [para] isento [de] junto [a, de]
leal [a] lento [em] liberal [com]

M/N/O/P
manifestação [contra] medo [de, a] necessidade[de] notícia[de]
ódio [a, contra] ojeriza [a, por] paixão [de, por] parte[de]
preferência [a, por] preocupação[de, com, por] preservação[de] prevenção [a]
propensão [para] proteção[a, de]

ADJETIVOS
maior [de] menor [de] misericordioso [com] morador[em]
natural [de] necessário [a] nobre [em] nocivo [a]
obediente [a] oposto [a] orgulhoso [de, com] pálido [de]
parecido [a, com] paralelo [a] pasmado [de] passível [de]
peculiar [a] perito [em] prático [em] preferível [a]
prestes [a, para] pendente [de] privado[de] pródigo [em, de]
propício [a] próximo [a, de] pronto [para, em] próprio [de, para]

Q/R/S/T/U/V/Z
SUBSTANTIVOS
queixa [contra] receio [de] referência[a] respeito [a, com, por]
relação [a, com, de, por] resposta[a] resistência[a] sensação[de]
simpatia [a, por] sincronia[com] tentativa [contra, de, para] tráfico [de]
triunfo [sobre] união, [a, com, entre] zelo [a, de, por].

ADJETIVOS
querido [de, por] relacionado[com] relativo[a] rente [a, de, com]
reservado[a] residente [em] responsável [por, de] rico [de, em]
sábio [em] salvo[de] satisfeito [com, de, em, por]
semelhante [a] sito [em] situado [a, em, entre] solidário [com]
sujeito[a] superior [a] surdo [a, de] suspeito[a, de]
último [a, de, em] único [em] útil [a, para] vazio [de]
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versado [em] visível [a] vitimado[por] vizinho [a, de, com]


voltado [para].

Releitura de Regência Nominal

A tabela a seguir mostra quais as preposições mais usuais para alguns nomes.

Preposição Nomes

A acessível, adequado, alheio, análogo, apto, avesso, benefício, cego, conforme, contíguo, desatento,
desfavorável, desleal, equivalente, fiel, grato, guerra, hostil, idêntico, inacessível, inerente, indiferente,
infiel, insensível, nocivo, obediente, odioso, oposto, peculiar, pernicioso, respeito, próximo, superior,
surdo, último, visível

amante, amigo, ansioso, ávido, capaz, cobiçoso, comum, contemporâneo, curioso, devoto, diferente,
De digno, dessemelhante, dotado, duro, estreito, fértil, fraco, furioso, impossibilidade, incerto, indigno,
inocente, menor, natural, nobre, orgulhoso, pálido, parco, passível, pobre, pródigo, próprio, próximo,
querido, respeito, surdo, temeroso, último, vazio, vizinho

Com afável, amoroso, aparentado, compatível, conforme, cruel, cuidadoso, descontente, furioso,
inconsequente, ingrato, intolerante, liberal, misericordioso,

Contra desrespeito, manifestação, queixa

Em constante, cúmplice, diligente, entendido, erudito, exato, fecundo, fértil, fraco, forte, hábil,
impossibilidade, incansável, incerto, inconstante, indeciso, lento, morador, parco, perito, prático,
pródigo, pronto, sábio, sito, último, único

Entre convênio, união

Para apto, bom, diligente, disposição, essencial, idôneo, incapaz, inútil, odioso, pronto, próprio, útil

para com afável, amoroso, capaz, cruel, intolerante, orgulhoso

Por ansioso, querido, responsável, respeito

Sobre dúvida, influência, triunfo

EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE


A crase é a fusão de duas vogais da mesma natureza.
Na Língua Portuguesa atual, assinalamos com o acento grave (`) a crase do a.
A regra geral diz que haverá crase no a quando colocado diante de palavra do gênero feminino quando, substituindo-se a
feminina por uma masculina aparecer diante da masculina ao.
Usa-se a CRASE:
Nomes Geográficos:
Ex.:
 Vou à Bahia (= para a),
 Vou à Brasília. (= para).
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Se empregarmos a combinação da ou na antes das palavras, é sinal de que ela aceita o artigo;
Se empregarmos apenas a preposição de ou a preposição em, é sinal de que ela não aceita.
Ex.:
 Vim da Itália (aceita),
 Estou na Itália (aceita),
 Vim de Roma (não aceita),
 Estou em Maceió (não aceita).

USO OBRIGATÓRIO DA CRASE


1. Ocorre a crase mesmo que o substantivo venha oculto ou subentendido.
Ex.:
 O aluno subordinou a solução do segundo problema à do primeiro (à solução do primeiro).

2. Na indicação do número de horas, expresso ou subtendido.


Ex.:
 Às três horas, abrirei o escritório.

TAMBÉM OBSERVAR CONTORNO

Note-se no entanto: comprar a prestação, escrever a máquina, escrever a mão, fechar a chave, porque são expressões
adverbiais femininas que indicam instrumento ou meio.
Termos femininos ou masculinos (elipse da palavra) com valor de à moda de, ao estilo de: à americana, (= à moda
americana), à espanhola, à milanesa, à oriental, à ocidental, poesia à Manuel Bandeira, gol à Pelé, calçados à Luís XV, cabelos
à Sansão, estilo à Coelho Neto etc.
Para evitar ambiguidade:
 À onça a cobra matou.
 A menina à paixão venceu

A crase pode também resultar da contração da preposição a com os pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s) e aquilo:
 Não irás àquela festa [a aquela]
 Vou àquele cinema. [a aquele]
 Não ligo àquilo. [a aquilo]
 Refiro-me à que você namora. [aquele]

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 Àquela ordem estranha, o soldado estremeceu.


 A capitania de Minas Gerais estava unida à de São Paulo.
 Falarei às que quiserem me ouvir. [aquelas que]
 Esta anedota é semelhante à que meu professor contou. [aquela que]

À QUE / À QUAL
Substitui-se à que por – ao que e à qual – por ao qual.
Ex.:
 Sua ideia é igual à que tive.
 Seu pensamento é igual ao que tive.

Ex.:
 A redação à qual me refiro é fácil.
 O teste ao qual me refiro é fácil.

CASOS ESPECIAIS
CASA
Ex.:
 Volte cedo a casa.
 Volte cedo à casa paterna.
Só é possível a aplicação da crase se a palavra estiver acompanhada.

TERRA

Não significa “terra firme”.

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A palavra terra só admitirá o emprego da regra geral quando não for empregada em oposição a bordo, a navio, a chão firme.
Ex.:
 Voltou à terra onde nascera.

À DISTÂNCIA DE
Deve estar determinada.
Ex.:
 Achava-se à distância de 10 metros.
 Vi-o a distância.
 Estava a uma distância de 10 metros.

CRASE FACULTATIVA
1. Pronome Adjetivo Possessivo Feminino Singular.

Ex.: Nada conte à(a) sua amiga.

2. Nomes Próprios Femininos, quando são modificados, acento de crase é obrigatório.


Observação:
Não se usa crase diante de nomes históricos.
Ex.: Júlio César contou suas façanhas a Cleópatra

3. Até a + palavra feminina.


Ex.: Vou à cidade ou até a cidade.

4. Locução Adverbial Feminina de instrumento.


Ex.: Abri o primeiro envelope, com excessiva pressa: continha um recado, à maquina, do meu ti.(Guimarães Rosa)

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CASOS EM QUE NÃO HÁ CRASE

1) Antes de substantivos masculinos: Andou a cavalo.


2) Antes de verbos: A partir de amanhã, serei outra pessoa.

Não vai a festas nem a reuniões


Dedicas o trabalho a homem ou mulher?
A FUNAI decidiu fechar o parque indígena a visitas.

5) Antes de pronomes demonstrativos (este, esse e flexões)


Não foi a esta festa.

6) Antes de pronomes indefinidos: Obedecia a todos.

Observação:
Há, no entanto, pronomes que admitem o artigo, dando ensejo à crase:
 Não fale nada às outras.
 Assistimos sempre às mesmas cenas.
 Diga à tal senhora que...
 Não temo as acusações de Maria, às quais responderei oportunamente.
 Estavam atentas umas às outras.

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7) Antes de pronomes de tratamento, interrogativos,


* com exceção de senhora, senhorita, madame e dona.
 Obedeci a Vossa Senhoria.
 Falaste a que pessoa?
* Peço à senhora que tenha paciência.

9) Antes dos pronomes relativos: Quem, Que, Cuja.


 Referia-se a quem falava.
 Ali havia uma árvore, a cuja sombra descansamos.
 Esta é a vida a que aspiramos.

10) Quando já houver outra preposição:


 Viajou para a Itália.

11) Antes de palavras repetidas:


 Encontram-se frente a frente

13) Diante de nomes de parentescos, precedidos de pronomes possessivos:


 Recorri a minha mãe.
 Faremos uma visita a sua mãe.
 Arrependi-me de ter falado a minha prima. (G. Ramos)

Observação:
Haverá crase quando o nome próprio admitir ou vier acompanhado de adjetivo ou locução adjetiva:
 Maria tinha devoção à Virgem.
 Entreguei a carta à Júlia (no trato familiar e íntimo).
 Referiu-se à Roma dos Césares.

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SINTAXE: FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO;


TERMOS DA ORAÇÃO;
ESTUDO DO PERÍODO SIMPLES
SINTAXE: FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO; TERMOS DA ORAÇÃO;
FUNÇÕES SINTÁTICAS

(funções na frase)

Sujeito:
Objeto direto Predicativo

Objeto indireto Complemento nominal

Agente da passiva Aposto


Vocativo Adjunto adverbial

FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO


Frase
Frase é todo enunciado de sentido completo, podendo ser formada por uma só palavra ou por várias, podendo ter verbos
ou não. A frase se define pelo seu propósito comunicativo, ou seja, pela sua capacidade de transmitir um conteúdo
satisfatório para a situação em que é utilizada.
Exemplos:
Frases Nominais:
 Silêncio!
 Avante.
 Espantoso!
 Cada louco com sua mania.
 Cada macaco em seu galho.
 Proibida entrada.

Frases Verbais:
 Não vá embora.
 O telefone está tocando.
 O Brasil possui um grande potencial turístico.
 Os alunos prepararam o seminário
 O advogado defendeu seu cliente
 O sol ilumina a cidades e aquece o dia

Na língua falada, a frase é caracterizada pela entoação, que indica nitidamente seu início e seu fim. A entoação pode vir
acompanhada por gestos, expressões do rosto, do olhar, além de ser complementada pela situação em que o falante se
encontra. Esses fatos contribuem para que frequentemente surjam frases muito simples, formadas por apenas uma palavra.
Observe:
 Rua!
 Ai!

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Essas palavras, dotadas de entoação própria, e acompanhadas de gestos peculiares, são suficientes para satisfazer suas
necessidades expressivas.
Na língua escrita, a entoação é representada pelos sinais de pontuação, os quais procuram sugerir a melodia frasal.
Desaparecendo a situação viva, o contexto é fornecido pelo próprio texto, o que acaba tornando necessário que as frases
escritas sejam linguisticamente mais completas. Essa maior complexidade linguística leva a frase a obedecer às regras gerais
da língua. Portanto, a organização e a ordenação dos elementos formadores da frase devem seguir os padrões da língua. Por
isso é que:

 As meninas estavam alegres.


constitui uma frase, enquanto:

 Alegres meninas estavam as.


não é considerada uma frase da língua portuguesa.

Tipos de Frases
Muitas vezes, as frases assumem sentidos que só podem ser integralmente captados se atentarmos para o contexto em que
são empregadas. É o caso, por exemplo, das situações em que se explora a ironia.
Pense, por exemplo, na frase "Que educação!", usada quando se vê alguém invadindo, com seu carro, a faixa de pedestres.
Nesse caso, ela expressa exatamente o contrário do que aparentemente diz.
A entoação é um elemento muito importante da frase falada, pois nos dá uma ampla possibilidade de expressão.
Dependendo de como é dita, uma frase simples como "É ela." pode indicar constatação, dúvida, surpresa, indignação,
decepção, etc. Na língua escrita, os sinais de pontuação podem agir como definidores do sentido das frases. Veja:
Existem alguns tipos de frases cuja entoação é mais ou menos previsível, de acordo com o sentido que transmitem. São elas:
a) Frases Interrogativas: ocorrem quando uma pergunta é feita pelo emissor da mensagem. São empregadas quando se
deseja obter alguma informação. A interrogação pode ser direta ou indireta.
 Você aceita um copo de suco? (Interrogação direta)
 Desejo saber se você aceita um copo de suco. (Interrogação indireta)

b) Frases Imperativas: ocorrem quando o emissor da mensagem dá uma ordem, um conselho, uma sugestão ou faz um
pedido, utilizando o verbo no modo imperativo. Podem ser afirmativas ou negativas.
 Faça-o entrar no carro. (Afirmativa)
 Não faça isso. (Negativa)
 Dê-me uma ajudinha com isso. (Afirmativa)

c) Frases Exclamativas: nesse tipo de frase o emissor exterioriza um estado afetivo. Apresentam entoação
ligeiramente prolongada.
Por Exemplo:
 Que prova difícil!
 É uma delícia esse bolo!

d) Frases Declarativas: ocorrem quando o emissor constata um fato. Esse tipo de frase informa ou declara alguma coisa.
Podem ser afirmativas ou negativas.
 Obrigaram o rapaz a sair. (Afirmativa)
 Ela não está em casa. (Negativa)

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e) Frases Optativas: são usadas para exprimir um desejo.


Por Exemplo:
 Deus te acompanhe!
 Bons ventos o levem!

Estrutura da Frase
As frases que possuem verbo são geralmente estruturadas a partir de dois elementos essenciais: sujeito e predicado. Isso
não significa, no entanto, que tais frases devam ser formadas, no mínimo, por dois vocábulos. Na frase "Saímos", por
exemplo, há um sujeito implícito na terminação do verbo: nós.
O sujeito é o termo da frase com o qual o verbo concorda em número e pessoa. É normalmente o "ser de quem se declara
algo", "o tema do que se vai comunicar".
O predicado é a parte da frase que contém "a informação nova para o ouvinte". Normalmente, ele se refere ao sujeito,
constituindo a declaração do que se atribui ao sujeito. É sempre muito importante analisar qual é o núcleo significativo da
declaração: se o núcleo da declaração estiver no verbo, teremos um predicado verbal (ocorre nas frases verbais); se o núcleo
da declaração estiver em algum nome, teremos um predicado nominal (ocorre nas frases que possuem verbo de ligação).

Observe:
 O amor é eterno.
O tema, o ser de quem se declara algo, o sujeito, é "O amor". A declaração referente a "o amor", ou seja, o predicado, é "é
eterno". É um predicado nominal, pois seu núcleo significativo é o nome "eterno". Já na frase:

 Os rapazes jogam futebol.


O sujeito é "Os rapazes", por ser o termo com o qual o verbo (jogam) concorda em número e pessoa. O predicado é "jogam
futebol", cujo núcleo significativo é o verbo "jogam". Temos, assim, um predicado verbal.

Oração
Uma frase verbal pode ser também uma oração. Para isso é necessário:
- que o enunciado tenha sentido completo;
- que o enunciado tenha verbo (ou locução verbal).

Por Exemplo:
 Camila concluiu a leitura do livro.
Obs.: Na oração, as palavras estão relacionadas entre si, como partes de um conjunto harmônico: elas são os termos ou as
unidades sintáticas da oração. Assim, cada termo da oração desempenha uma função sintática.

Atenção:
Nem toda frase é oração.
Por Exemplo:
 Que dia lindo!
Esse enunciado é frase, pois tem sentido.
Esse enunciado não é oração, pois não possui verbo.
Assim, não possuem estrutura sintática, portanto não são orações, frases como:
 Socorro! - Com Licença! - Que rapaz ignorante!

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A frase pode conter uma ou mais orações. Veja:


 Brinquei no parque. (uma oração)
 Entrei na casa e sentei-me. (duas orações)
 Cheguei, vi, venci. (três orações)

Período
Período é a frase constituída de uma ou mais orações, formando um todo, com sentido completo. O período pode ser
simples ou composto.
• Período Simples: é aquele constituído por apenas uma oração, que recebe o nome de oração absoluta.
Exemplos:
 O amor é eterno.
 As plantas necessitam de cuidados especiais.
 Quero aquelas rosas.
 O tempo é o melhor remédio.

• Período Composto: é aquele constituído por duas ou mais orações.


Exemplos:
 Quando você partiu, minha vida ficou sem alegrias.
 Quero aquelas flores para presentear minha mãe.
 Vou gritar para todos ouvirem que estou sabendo o que acontece ao anoitecer.
 Cheguei, jantei e fui dormir.

Saiba que:
Como toda oração está centrada num verbo ou numa locução verbal, a maneira prática de saber quantas orações existem
num período é contar os verbos ou locuções verbais.
OBJETIVOS DA ANÁLISE SINTÁTICA
A análise sintática tem como objetivo examinar a estrutura de um período e das orações que compõem um período.
Estrutura de um Período
Observe:
Conhecemos mais pessoas quando estamos viajando.
Ao analisarmos a estrutura do período acima, é possível identificar duas orações: Conhecemos mais pessoas e quando
estamos viajando.

Termos da Oração
No período "Conhecemos mais pessoas quando estamos viajando", existem seis palavras. Cada uma delas exerce uma
determinada função nas orações. Em análise sintática, cada palavra da oração é chamada de termo da oração.
Termo é a palavra considerada de acordo com a função sintática que exerce na oração.
Segundo a Nomenclatura Gramatical Brasileira, os termos da oração podem ser:
1) Essenciais
Também conhecidos como termos "fundamentais", são representados pelo
 sujeito,
 predicado
 predicativo.

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2) Integrantes
Completam o sentido dos verbos e dos nomes, são representados por:
• complementos verbais - objeto direto e objeto indireto;
• complemento nominal;
• agente da passiva.

3) Acessórios
Desempenham função secundária (especificam o substantivo ou expressam circunstância). São representados por:
• adjunto adnominal;
• adjunto adverbial;
• aposto.

Obs.: O vocativo, em análise sintática, é um termo à parte: não pertence à estrutura da oração.

TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO


SUJEITO e PREDICADO
Para que a oração tenha significado, são necessários alguns termos básicos: os termos essenciais. A oração possui dois
termos essenciais, o sujeito e o predicado.
Sujeito: termo sobre o qual o restante da oração diz algo e com o qual o verbo, normalmente, concorda.

Por Exemplo:
 As praias estão sempre lotadas no verão.
(sujeito simples)
 Houve dias maravilhosos em minhas férias.
(sujeito inexistente)
Predicado: termo que contém o verbo e informa algo sobre o sujeito.
Por Exemplo:
 As praias/ estão cada vez mais poluídas
Sujeito/ Predicado

Posição do Sujeito na Oração


Dependendo da posição de seus termos, a oração pode estar:
Na Ordem Direta: o sujeito aparece antes do predicado.
Por Exemplo:
As crianças brincavam despreocupadas.
Sujeito Predicado

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Na Ordem Inversa: o sujeito aparece depois do predicado.


Brincavam despreocupadas as crianças.
Predicado Sujeito

Sujeito no Meio do Predicado:


Despreocupadas, as crianças brincavam.
Predicado Sujeito Predicado

Com alguns verbos, como

Existir,
Ocorrer,
Faltar,
Surgir,
Acontecer,
Bastar,
Chegar,
Sobrar,alguns alunos.
Faltaram
Para mim, bastam dois pedaços de torta.
Restar,
Acontecem fatos estranhos neste país

Classificação do Sujeito
O sujeito das orações da língua portuguesa pode ser determinado ou indeterminado.
Existem ainda as orações sem sujeito.
1. Sujeito Determinado: é aquele que se pode identificar com precisão a partir da concordância verbal. Pode ser:
a) Simples
Apresenta apenas um núcleo ligado diretamente ao verbo.
Por Exemplo:
 A rua estava deserta.

Observação: não se deve confundir sujeito simples com a noção de singular.


As ruas estavam desertas.
Diz-se que o sujeito é simples quando o verbo da oração se refere a apenas um elemento(núcleo), seja ele um substantivo
(singular ou plural), um pronome, um numeral ou uma oração subjetiva.
Por Exemplo:
 Certos alunos conservam posturas austeras.
 Elas sempre devem obedecer aos chefes da empresa.
 Aqueles prisioneiros fugiram, porém estes permaneceram.
 Ninguém deixou de responder à questão.
 Eles eram alunos brilhantes. Os dois estudavam as matérias suficientemente.
 O cantar dos pássaros encanta os visitantes.

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 Sentimos muita dor durante a noite.


 Seus interesses serão respeitados pelo juiz.

b) Composto
Apresenta dois ou mais núcleos ligados diretamente ao verbo.
 Tênis e natação são ótimos exercícios físicos.

c) Elíptico, Desinencial, Oculto ou Implícito


Ocorre quando o sujeito não está explicitamente representado (não está expresso) na oração, mas pode ser identificado.
Por Exemplo:
 Dispenso todos os funcionários.

Nessa oração, o sujeito é implícito e determinado, associado ao pronome Eu


 Dispensas todos os funcionários.
Nessa oração, o sujeito é implícito e determinado, associado ao pronome Tu

 Dispensa todos os funcionários.


Nessa oração, o sujeito é implícito e determinado, associado ao pronome Ele/Ela(singular)

 Dispensamos todos os funcionários.


Nessa oração, o sujeito é implícito e determinado, associado ao pronome Nós

 Dispensais todos os funcionários.


Nessa oração, o sujeito é implícito e determinado, associado ao pronome Vós

OBSERVAÇÃO
Devemos ter cuidado com o verbo que se conjuga na 3ª pessoa do plural. Nesse caso, pode ser que o sujeito seja
Indeterminado.

CUIDADO:
Observe a frase em que aparece verbo na 3ª pessoa do plural:
 Os meninos viajaram e ontem telefonaram para você.
Obs.: quando o verbo está na 3ª pessoa do plural, fazendo referência a elementos explícitos em orações anteriores ou
posteriores, o sujeito é determinado, porém oculto.
Por Exemplo:
 Felipe e Marcos foram à feira. Compraram muitas verduras.
Nesse caso, o sujeito de compraram é o termo Felipe e Marcos.
Pode ser identificado, mas não está expresso, ou seja, escrito na 2ª oração. Nesse caso, ocorre sujeito oculto.

2. Sujeito Indeterminado: é aquele que, embora existindo, não se pode determinar nem pelo contexto, nem pela
terminação do verbo. Na língua portuguesa, há três maneiras diferentes de indeterminar o sujeito de uma oração:

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IDENTIFICAÇÃO DE SUJEITO INDETERMINADO


 Ontem telefonaram para você.
O verbo é colocado na 3ª pessoa do plural, sem que se refira a nenhum termo identificado anteriormente (nem em outra
oração):
Por Exemplo:
 Procuraram você por todos os lugares.
 Estão pedindo seu documento na entrada da festa.

b) Com verbo ativo na 3ª pessoa do singular, seguido do pronome SE:


O verbo vem acompanhado do pronome SE, que atua como partícula de indeterminação do sujeito. Essa construção ocorre
com verbos que não apresentam complemento direto (verbos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação). O verbo
obrigatoriamente fica na terceira pessoa do singular.

Exemplos:
 Vive-se melhor no campo. (Verbo Intransitivo)
 Precisa-se de técnicos em informática. (Verbo Transitivo Indireto)
 No casamento, sempre se fica nervoso. (Verbo de Ligação)
Entendendo a Partícula Se
As construções em que ocorre a partícula SE podem apresentar algumas dificuldades quanto à classificação do sujeito
Veja:

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Exemplos:
 Em certas cidades, ainda se vende terreno baratinho.
 A cada ano, renovam-se os ideais de vida.
 Naquela lojinha, plastificam-se documentos.
 Se necessário, reformar-se-ão as leis jurídicas.
 Durante a aula, fazem-se muitas perguntas.
a) Aprovou-se o novo candidato.
Sujeito
Aprovaram-se os novos candidatos.
Sujeito
No caso A, o SE é uma partícula apassivadora e o verbo está na voz passiva sintética, concordando com o sujeito. Observe a
transformação das frases para a voz passiva analítica:
 O novo candidato foi aprovado.
Sujeito
 Os novos candidatos foram aprovados.
Sujeito
b) (Sujeito Indeterminado) Precisa-se de professor.
(Sujeito Indeterminado) Precisa-se de professores.
No caso B, SE é índice de indeterminação do sujeito e o verbo está na voz ativa. Nessas construções, o sujeito é
indeterminado e o verbo fica sempre na 3ª pessoa do singular.

c) Com o verbo no infinitivo impessoal:


Por Exemplo:
 Era penoso estudar todo aquele conteúdo.
 É triste assistir a estas cenas tão trágicas.

03. Oração Sem Sujeito: é formada apenas pelo predicado e articula-se a partir de um verbo impessoal. Observe a estrutura
destas orações:
 Havia formigas na casa.
 Nevou muito este ano em Nova Iorque.
É possível constatar que essas orações não têm sujeito. Constituem a enunciação pura e absoluta de um fato, através do
predicado. O conteúdo verbal não é atribuído a nenhum ser, a mensagem centra-se no processo verbal. Os casos mais
comuns de orações sem sujeito da língua portuguesa ocorrem com:

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a) Verbos que exprimem fenômenos da natureza: Nevar, chover, ventar, gear, trovejar, relampejar, amanhecer, anoitecer,
etc.
Por Exemplo:
 Choveu muito no inverno passado.
 Amanheceu antes do horário previsto.
Obs: quando usados na forma figurada, esses verbos podem ter sujeito determinado.
Por Exemplo:
 Choviam crianças na distribuição de brindes. (crianças = sujeito)
 Já amanheci cansado. (eu=sujeito)

b) Verbos ser, estar, fazer e haver, quando usados para indicar uma ideia de tempo ou fenômenos meteorológicos:
Ser:
 É noite. (Período do dia)
 Eram duas horas da manhã. (Hora)

Obs.: ao indicar tempo, o verbo ser varia de acordo com a expressão numérica que o acompanha. (É uma hora/ São nove
horas)
 Hoje é (ou são) 15 de março. (Data)

Obs.: ao indicar data, o verbo ser poderá ficar no singular, subentendendo-se a palavra dia, ou então irá para o plural,
concordando com o número de dias.
Estar:
 Está tarde. (Tempo)
 Está muito quente.(Temperatura)

c) FAZER: verbo IMPESSOAL


Sempre na 3ª pessoa do singular
 Faz dois anos que não vejo meu pai. (Tempo decorrido)
 Fez 39° C ontem. (Temperatura)

Haver:
 Não a vejo há anos. (Tempo decorrido)
 Havia muitos alunos naquela aula. (Verbo Haver significando existir)
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Predicado

1 - Verbo Intransitivo + Predicativo do Sujeito

Por Exemplo:
Joana partiu Contente

Sujeito Verbo Intransitivo Predicativo do Sujeito

2 - Verbo Transitivo + Objeto + Predicativo do Objeto

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Por Exemplo:
A despedida deixou a mãe aflita
3 - Verbo Transitivo + Objeto + Predicativo do
Sujeito

Por Exemplo:
Os alunos cantaram emocionados
Sujeito V.T.D. Predicativo do sujeito

aquela canção.
O.D.
Saiba que:
Para perceber como os verbos participam da relação entre o objeto direto e seu predicativo, basta passar a oração para voz
passiva. Veja:

Voz Ativa:

As mulheres julgam os homens insensíveis


Sujeito V.T.D. O.D. Predicativo do Objeto

Voz Passiva:

Os homens são julgados insensíveis pelas mulheres


Sujeito V.T.D. Predicativo Agente
do sujeito da Passiva
O verbo julgar relaciona o complemento (os homens) com o predicativo (insensíveis). Essa relação se evidencia quando
passamos a oração para a voz passiva.

Observação: o predicativo do objeto normalmente se refere ao objeto direto. Ocorre predicativo do objeto indireto com o
verbo chamar. Assim, vem precedido de preposição.
Por Exemplo:
 Todos o chamam de irresponsável.
 Chamou-lhe ingrato. (Chamou a ele ingrato.)
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3. TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO


Certos verbos ou nomes presentes numa oração não possuem sentido completo em si mesmos. Sua significação só se
completa com a presença de outros termos, chamados integrantes. São eles:
• complementos verbais (objeto direto e objeto indireto);
• complemento nominal;
• agente da passiva.

Complementos Verbais
Completam o sentido de verbos transitivos diretos e transitivos indiretos. São eles:
1) Objeto Direto
É o termo que completa o sentido do verbo transitivo direto, ligando-se a ele sem o auxílio necessário da preposição.
Por Exemplo:
Abri os braços ao vê-lo.
Objeto Direto

O objeto direto pode ser constituído:


a) Por um substantivo ou expressão substantivada.
Exemplos:
 O agricultor cultiva a terra./ Unimos o útil ao agradável.

b) Pelos pronomes oblíquos o, a, os, as, me, te, se, nos, vos.
Exemplos:
 Espero-o na minha festa. / Ela me ama.

c) Por qualquer pronome substantivo.


Por Exemplo:
 O menino que conheci está lá fora.

Atenção: OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO


Em alguns casos, o objeto direto pode vir acompanhado de preposição facultativa. Isso pode ocorrer:
- quando o objeto é um substantivo próprio: Adoremos a Deus.
- quando o objeto é representado por um pronome pessoal oblíquo tônico: Ofenderam a mim, não a ele.
- quando o objeto é representado por um pronome substantivo indefinido: O diretor elogiou a todos.
- para evitar ambiguidade: Venceu ao inimigo o nosso colega.
Obs.: no último caso o objeto direto não viesse preposicionado, o sentido da oração ficaria ambíguo, pois não poderíamos
apontar com precisão o sujeito (o nosso colega).
Saiba que:
Frequentemente, verbos intransitivos, podem aparecer como verbos transitivos diretos.
Por Exemplo:
 A criança chorou lágrimas doídas pela perda da mãe.
V.T.D. Objeto Direto

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2) Complemento Nominal
É o termo que completa o sentido de uma palavra que não seja verbo. Assim, pode referir-se a substantivos, adjetivos ou
advérbios, sempre por meio de preposição.

Exemplos:
 Cecília tem orgulho da filha.
substantivo complemento nominal

 Ricardo estava consciente de tudo.


adjetivo complemento nominal

 A professora agiu favoravelmente aos alunos.


advérbio complemento nominal

Saiba que:
O complemento nominal representa o recebedor, o paciente, o alvo da declaração expressa por um nome. É regido pelas
mesmas preposições do objeto indireto. Difere deste apenas porque, em vez de complementar verbos, complementa nomes
(substantivos, adjetivos) e alguns advérbios.

3) Agente da Passiva
É o termo da frase que pratica a ação expressa pelo verbo quando este se apresenta na voz passiva. Vem regido comumente
da preposição "por" e eventualmente da preposição "de".

Por Exemplo:
 Os jurados escolheram a vencedora.
Sujeito V.T.D. Objeto Direto

ORAÇÃO NA VOZ ATIVA

 A vencedora foi escolhida pelos jurados.


Sujeito V.T.D Agente da Passiva

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ORAÇÃO NA VOZ PASSIVA

a) O agente da passiva pode ser expresso por substantivos ou pronomes.


Por Exemplo:
 O solo foi umedecido pela chuva. (substantivo)
 Este livro foi escrito por mim. (pronome)

b) Embora o agente da passiva seja considerado um termo integrante, pode muitas vezes ser omitido.
Por Exemplo:
 O convidado não foi bem recebido. (pelos anfitriões)

4. TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO


Existem termos que, apesar de dispensáveis na estrutura básica da oração, são importantes para a compreensão do
enunciado. Ao acrescentar informações novas, esses termos:
- caracterizam o ser;
- determinam os substantivos;
- exprimem circunstância.

São termos acessórios da oração: o adjunto adverbial, o adjunto adnominal e o aposto.


Vamos observar o exemplo:
 Anoiteceu.
No exemplo acima, temos uma oração de predicado verbal formado por um verbo impessoal. Trata-se de uma oração sem
sujeito. O verbo anoiteceu é suficiente para transmitir a mensagem enunciada. Poderíamos, no entanto, ampliar a gama de
informações contidas nessa frase:
Por Exemplo:
 Suavemente anoiteceu na cidade.

A ideia central continua contida no verbo da oração. Temos, agora, duas noções acessórias, circunstanciais, ligadas ao
processo verbal: o modo como anoiteceu (suavemente) e o lugar onde anoiteceu (na cidade). A esses termos acessórios que
indicam circunstâncias relativas ao processo verbal damos o nome de adjuntos adverbiais.
Agora, observe o que ocorre ao expandirmos um pouco mais a oração acima:
Por Exemplo:
 Suavemente anoiteceu na deserta cidade do planalto.

Surgiram termos que se referem ao substantivo cidade, caracterizando-o, delimitando-lhe o sentido. Trata-se de termos
acessórios que se ligam a um nome, determinando-lhe o sentido. São chamados adjuntos adnominais.
Por último, analise a frase abaixo:
 Fernando Pessoa era português.
Nessa oração, o sujeito é determinado e simples: Fernando Pessoa. Há ainda um predicativo do sujeito (português)
relacionado ao sujeito pelo verbo de ligação (era). Trata-se, pois, de uma oração com predicado nominal.
Note que a frase é capaz de comunicar eficientemente uma informação. Nada nos impede, no entanto, de enriquecer mais
um pouco o conteúdo informativo. Veja:
 Fernando Pessoa, o criador de poetas, era português.

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Agora, além do núcleo do sujeito (Fernando Pessoa) há um termo que explica, que enfatiza esse núcleo: o criador de poetas.
Esse termo é chamado de aposto.

Adjunto Adverbial
É o termo da oração que indica uma circunstância (dando ideia de tempo, lugar, modo, causa, finalidade). O adjunto
adverbial é o termo que modifica o sentido de um verbo, de um adjetivo ou de um advérbio. Observe as frases abaixo:
 Eles se respeitam muito.
 Seu projeto é muito interessante.
 O time jogou muito mal.

Nessas três orações, muito é adjunto adverbial de intensidade. No primeiro caso, intensifica a forma verbal respeitam, que é
núcleo do predicado verbal. No segundo, intensifica o adjetivo interessante, que é o núcleo do predicativo do sujeito. Na
terceira oração, muito intensifica o advérbio mal, que é o núcleo do adjunto adverbial de modo.
Veja o exemplo abaixo:
 Amanhã voltarei de bicicleta àquela velha praça.

Os termos em destaque estão indicando as seguintes circunstâncias:


 amanhã indica tempo;
 de bicicleta indica meio;
 àquela velha praça indica lugar.
Sabendo que a classificação do adjunto adverbial se relaciona com a circunstância por ele expressa, os termos acima podem
ser classificados, respectivamente em: adjunto adverbial de tempo, adjunto adverbial de meio e adjunto adverbial de lugar.
O adjunto adverbial pode ser expresso por:
1) Advérbio: O balão caiu longe.
2) Locução Adverbial: O balão caiu no mar.
Também transformar-se numa oração:
3) Oração: Se o balão pegar fogo, avisem-me.
Observação: nem sempre é possível apontar com precisão a circunstância expressa por um adjunto adverbial. Em alguns
casos, as diferentes possibilidades de interpretação dão origem a orações sugestivas.
Por Exemplo:
 Entreguei-me calorosamente àquela causa.
É difícil precisar se calorosamente é um adjunto adverbial de modo ou de intensidade. Na verdade, parece ser uma fórmula
de expressar ao mesmo tempo as duas circunstâncias. Por isso, é fundamental levar em conta o contexto em que surgem os
adjuntos adverbiais.
Classificação do Adjunto Adverbial
Listamos abaixo algumas circunstâncias que o adjunto adverbial pode exprimir. Não deixe de observar os exemplos.

Acréscimo
Por Exemplo:
 Além da tristeza, sentia profundo cansaço.

Afirmação
Por Exemplo:
 Sim, realmente irei partir.
 Ele irá com certeza.
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Assunto
Por Exemplo:
 Falávamos sobre futebol. (ou de futebol, em futebol ou a respeito de futebol).

Causa
Por Exemplo:
 Com o calor, o poço secou.
 Não comentamos nada por discrição.
 O menor trabalha por necessidade.

Companhia
Por Exemplo:
 Fui ao cinema com sua prima.
 Com quem você saiu?
 Sempre contigo irei estar.

Concessão
Por Exemplo:
 Apesar do estado precário do gramado, o jogo foi ótimo.

Condição
Por Exemplo:
 Sem minha autorização, você não irá.
 Sem erros, não há acertos.

Conformidade
Por Exemplo:
 Fez tudo conforme o combinado. (ou segundo o combinado)

Dúvida
Por Exemplo:
 Talvez seja melhor irmos mais tarde.
 Porventura, encontrariam a solução da crise?
 Quiçá acertemos desta vez.

Fim, finalidade
Por Exemplo:
 Ela vive para o amor.
 Daniel estudou para o exame.
 Trabalho para o meu sustento.
 Viajei a negócio.

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Frequência
Por Exemplo:
 Sempre aparecia por lá.
 Havia reuniões todos os dias.

Instrumento
Por Exemplo:
 Rodrigo fez o corte com a faca.
 O artista criava seus desenhos a lápis.

Intensidade
Por Exemplo:
 A atleta corria bastante.
 O remédio é muito caro.

Limite
Por Exemplo:
 A menina andava correndo do quarto à sala.

Lugar
Por Exemplo:
 Nasci em Porto Alegre.
 Estou em casa.
 Vive nas montanhas.
 Viajou para o litoral.
 "Há, em cada canto de minh’alma, um altar a um Deus diferente." (Álvaro de Campos)

Matéria
Por Exemplo:
 Compunha-se de substâncias estranhas.
 Era feito de aço.

Meio
Por Exemplo:
 Fui de avião.
 Viajei de trem.
 Enriqueceram mediante fraude.

Modo
Por Exemplo:
 Foram recrutados a dedo.
 Fiquem à vontade.
 Esperava tranquilamente o momento decisivo.
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Negação
Por Exemplo:
 Não há erros em seu trabalho.
 Não aceitarei a proposta em hipótese alguma.

Preço
Por Exemplo:
 As casas estão sendo vendidas a preços muito altos.

Substituição ou troca
Por Exemplo:
 Abandonou suas convicções por privilégios econômicos.

Tempo
Por Exemplo:
 O escritório permanece aberto das 8h às 18h.
 Beto e Mara se casarão em junho.
 Ontem à tarde encontrou um velho amigo.

Adjunto Adnominal

É o termo que determina, especifica ou explica um substantivo. O adjunto adnominal possui função adjetiva na oração, a
qual pode ser desempenhada por adjetivos, locuções adjetivas, artigos, pronomes adjetivos e numerais.
Veja o exemplo a seguir:
O poeta inovador enviou dois longos trabalhos
Sujeito V.T.D. objeto direto

ao seu amigo de infância


objeto indireto
Na oração acima, os substantivos poeta, trabalhos e amigo são núcleos, respectivamente, do sujeito determinado simples,
do objeto direto e do objeto indireto. Ao redor de cada um desses substantivos agrupam-se os adjuntos adnominais:
• o artigo “o" e o adjetivo inovador referem-se a poeta;
• o numeral dois e o adjetivo longos referem-se ao substantivo trabalhos;
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• o artigo" o" (em ao), o pronome adjetivo seu e a locução adjetiva de infância são adjuntos adnominais de amigo.

Observe como os adjuntos adnominais se prendem diretamente ao substantivo a que se referem, sem qualquer participação
do verbo. Isso é facilmente notado quando substituímos um substantivo por um pronome: todos os adjuntos adnominais que
estão ao redor do substantivo têm de acompanhá-lo nessa substituição.
Por Exemplo:
 O notável poeta português deixou uma obra originalíssima.

Ao substituirmos poeta pelo pronome ele, obteremos:


 Ele deixou uma obra originalíssima.
As palavras "o", notável e português tiveram de acompanhar o substantivo poeta, por se tratar de adjuntos adnominais. O
mesmo aconteceria se substituíssemos o substantivo obra pelo pronome a. Veja:

 O notável poeta português deixou-a.


Saiba que:
A percepção de que o adjunto adnominal é sempre parte de outro termo sintático que tem como núcleo um substantivo é
importante para diferenciá-lo do predicativo do objeto.
O predicativo do objeto é um termo que se liga ao objeto por intermédio de um verbo. Portanto, se substituirmos o núcleo
do objeto por um pronome, o predicativo permanecerá na oração, pois é um termo que se refere ao objeto, mas não faz
parte dele. Observe:
 Sua atitude deixou os amigos perplexos.
Nessa oração, perplexos é predicativo do objeto direto (seus amigos). Se substituíssemos esse objeto direto por um pronome
pessoal, obteríamos:
 Sua atitude deixou-os perplexos.
Note que perplexos se refere ao objeto, mas não faz parte dele.

DISTINÇÃO ENTRE ADJUNTO ADNOMINAL E COMPLEMENTO NOMINAL


É comum confundir o adjunto adnominal na forma de locução adjetiva com complemento nominal. Para evitar que isso
ocorra, considere o seguinte:
a) Somente os substantivos podem ser acompanhados de adjuntos adnominais; já os complementos nominais podem ligar-
se a substantivos, adjetivos e advérbios.
Assim, fica claro que o termo ligado por preposição a um adjetivo ou a um advérbio só pode ser complemento nominal.
Quando não houver preposição ligando os termos, será um adjunto adnominal.

b) O complemento nominal equivale a um complemento verbal, ou seja, só se relaciona a substantivos cujos significados
transitam. Portanto, seu valor é passivo, é sobre ele que recai a ação.
O adjunto adnominal tem sempre valor ativo. Observe os exemplos:
Exemplo 1 : Camila tem muito amor à mãe.
A expressão "à mãe" classifica-se como complemento nominal, pois mãe é paciente (termo passivo, termo alvo) de amar,
recebe a ação de amar.

Exemplo 2 : Vera é um amor de mãe.


A expressão "de mãe" classifica-se como adjunto adnominal, pois mãe é agente de amar, pratica a ação de amar.

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ADJETIVOS + preposição + complemento nominal


Todos se sentem aptos À aprovação
Muitos alunos sentem-se, a todo instante do dia, ávidos POR novos desafios.
As pessoas daqui estão, em todo momento, propensas AO entendimento desses conteúdos.
Estamos sempre cientes DE responsabilidades.
Estou certo DE ter bom resultado no concurso.
Sempre se mostrou hábil EM jogos digitais.

APOSTO
Aposto é um termo que se junta a outro de valor substantivo ou pronominal.
Muitas vezes vem separado dos demais termos da oração por vírgula, dois-pontos ou travessão.
Por Exemplo:
 Ontem, segunda-feira, passei o dia com dor de cabeça.
Segunda-feira é aposto do adjunto adverbial de tempo ontem. Dizemos que o aposto é sintaticamente equivalente ao termo
a que se relaciona porque poderia substituí-lo.
Veja:
 Segunda-feira passei o dia com dor de cabeça.
Obs.: após a eliminação de ontem, o substantivo segunda-feira assume a função de adjunto adverbial de tempo.
Veja outro exemplo:
Aprecio todos os tipos de música:
V.T.D. objeto direto
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MPB, rock, blues, chorinho, samba.


aposto do objeto direto

Se retirarmos o objeto da oração, seu aposto passa a exercer essa função:


Aprecio MPB, rock, blues, chorinho, samba.
Objeto Direto
Obs.: o termo a que o aposto se refere pode desempenhar qualquer função sintática (inclusive a de aposto).
Por Exemplo:
 Dona Aída servia o patrão, pai de Marina, menina levada.
Analisando a oração, temos:
pai de Marina = aposto do objeto direto patrão.
menina levada = aposto de Marina.

Classificação do Aposto

De acordo com a relação que estabelece com o termo a que se refere, o aposto pode ser classificado em:
a) Explicativo:
 A Ecologia, ciência que investiga as relações dos seres vivos entre si e com o meio em que vivem, adquiriu grande
destaque no mundo atual.

b) Enumerativo:
 A vida humana se compõe de muitas coisas: amor, trabalho, ação.

c) Resumidor ou Recapitulativo:
 Vida digna, cidadania plena, igualdade de oportunidades, tudo isso está na base de um país melhor.

d) Comparativo:
 Seus olhos, indagadores holofotes, fixaram-se por muito tempo na baía anoitecida.

e) Distributivo:
 Drummond e Guimarães Rosa são dois grandes escritores, aquele na poesia e este, na prosa.

f) Aposto de Oração:
 Ela correu durante uma hora, sinal de preparo físico.
Além desses, há o aposto especificativo, que difere dos demais por não ser marcado por sinais de pontuação (vírgula ou dois-
pontos). O aposto especificativo individualiza um substantivo de sentido genérico, prendendo-se a ele diretamente ou por
meio de uma preposição, sem que haja pausa na entonação da frase:
Por Exemplo:
 O poeta Manuel Bandeira criou obra de expressão simples e temática profunda.
 A rua Augusta está muito longe do rio São Francisco.
Atenção:
Para não confundir o aposto de especificação com adjunto adnominal, observe a seguinte frase:
 A obra de Camões é símbolo da cultura portuguesa.

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Nessa oração, o termo em destaque tem a função de adjetivo: a obra camoniana. É, portanto, um adjunto adnominal.
Observações:
1) Os apostos, em geral, destacam-se por pausas, indicadas na escrita, por vírgulas, dois pontos ou travessões. Não havendo
pausa, não haverá vírgulas.
Por Exemplo:
 Acabo de ler o romance A moreninha.
2) Às vezes, o aposto pode vir precedido de expressões explicativas do tipo: a saber, isto é, por exemplo, etc.
Por Exemplo:
 Alguns alunos, a saber, Marcos, Rafael e Bianca não entraram na sala de aula após o recreio.
3) O aposto pode aparecer antes do termo a que se refere.
Por Exemplo:
 Código universal, a música não tem fronteiras.

4) O aposto que se refere ao objeto indireto, complemento nominal ou adjunto adverbial pode aparecer precedido de
preposição.
Por Exemplo:
 Estava deslumbrada com tudo: com a aprovação, com o ingresso na universidade, com as felicitações.

VOCATIVO
Vocativo é um termo que não possui relação sintática com outro termo da oração. Não pertence, portanto, nem ao sujeito
nem ao predicado. É o termo que serve para chamar, invocar ou interpelar um ouvinte real ou hipotético. Por seu caráter,
geralmente se relaciona à segunda pessoa do discurso. Veja os exemplos:
 Não fale tão alto, Rita!
Vocativo
 Senhor presidente, queremos nossos direitos!
Vocativo
 A vida, minha amada, é feita de escolhas.
Vocativo
Nessas orações, os termos destacados são vocativos: indicam e nomeiam o interlocutor a que se está dirigindo a palavra.
Obs.: o vocativo pode vir antecedido por interjeições de apelo, tais como ó, olá, eh!.
Por Exemplo:
 Ó Cristo, iluminai-me em minhas decisões.
 Olá professora, a senhora está muito elegante hoje!
 Eh! Gente, temos que estudar mais.

DISTINÇÃO ENTRE VOCATIVO E APOSTO


O vocativo não mantém relação sintática com outro termo da oração.
Por Exemplo:
 Crianças, vamos entrar.
Vocativo
O aposto mantém relação sintática com outro termo da oração.
Por Exemplo:
 A vida de Moisés, grande profeta, foi filmada.
Sujeito Aposto
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ESTUDO DAS ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS


ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS – São orações que exercem função substantiva e completam ou ampliam o
sentido de outras orações. São classificadas de acordo com a função sintática que exercem no período e podem ser:
1. ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA SUBJETIVA – Quando funciona como Sujeito da Oração Principal:
 É necessário que estudes:
Oração Subordinada Substantiva Subjetiva – que estudes. = ISSO.
As Orações Subordinadas Substantivas Subjetivas desempenham a função de Sujeito de verbos sempre na terceira pessoa do
singular e são iniciadas, quando Desenvolvidas, pelas Conjunções Integrantes QUE ou SE, pelos Pronomes QUEM, QUAL,
QUANTO e pelos Advérbios COMO, QUANDO, ONDE, POR QUE, QUÃO nas Interrogativas Indiretas:
 Importa que aprendas Gramática.
 Quem nos criou nos julgará.

Veja algumas estruturas típicas que ocorrem na oração principal:

1. Verbos de ligação + predicativo, em construções do tipo:


É bom –
É útil –
É conveniente – + QUE + RESTO
É certo –
Parece certo – DA FRASE = SUJEITO
É claro –
Está evidente –
Está comprovado

Por Exemplo:
 É bom que você compareça à minha festa.

2. Expressões na voz passiva, como:


Sabe-se –
Soube-se –
Conta-se –
Diz-se – + QUE + RESTO
Comenta-se –
É sabido – DA FRASE = SUJEITO
Foi anunciado –
Ficou provado
Por Exemplo:
 Sabe-se que Aline não gosta de Pedro.

3. Verbos como:
convir –
cumprir –
constar – + QUE + RESTO
admirar –
importar – DA FRASE = SUJEITO
ocorrer –
acontecer
Por Exemplo:
 Convém que não se atrase na entrevista.
Obs.: quando a oração subordinada substantiva é subjetiva, o verbo da oração principal está sempre na 3ª. pessoa do
singular.

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2. ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA OBJETIVA DIRETA – Quando funciona como Objeto Direto da Oração Principal:
 Eu quero que aprendas Gramática.
Eu quero o quê? – que aprendas Gramática (objeto direto), então se trata de uma Oração Subordinada Substantiva Objetiva
Direta.
As Orações Subordinadas Substantivas Objetivas Diretas são introduzidas:
Pelas Conjunções Integrantes QUE e SE, pelos Pronomes QUEM, QUAL, QUANTO e pelos Advérbios COMO, QUANDO, ONDE,
POR QUE, QUÃO nas Interrogativas Indiretas:
 Quero que saibas que te amo.
 Não sei se sabes.
 Nunca digas: desta água não bebo (= que desta água...).

Pelos Pronomes QUEM, QUAL, QUANTO, em Interrogações Indiretas:


 Não me disseste quantos anos tens.
 Não sei qual o teu nome.

Pelos Advérbios COMO, QUANDO, ONDE, POR QUE, QUÃO nas Interrogativas Indiretas:
 Não entendi como isto se deu.
 Não sabemos por que o fizeste.
 Quero saber quando voltas.

1. ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA PREDICATIVA – Quando funciona como Predicativo do Sujeito da Oração
Principal:
 Meu desejo é que vocês aprendam Gramática.
 A casa paterna é onde melhor se vive.

4. ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA APOSITIVA – Quando funciona como Aposto da Oração Principal:
 Só quero uma coisa: que vocês aprendam Gramática.
 Desejo lhes dizer uma verdade: não posso viver sem vocês.

5. ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA OBJETIVA INDIRETA – Quando funciona como Objeto Indireto da Oração
Principal:
 Daremos a taça a quem vencer.
 Lembre-se de que é bom aprender.
Às vezes, pode haver elipse da preposição:
 Lembre-se que é bom aprender Gramática (=...de que é bom aprender).

6. ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA COMPLETIVA NOMINAL – Quando funciona como Complemento Nominal de um
Substantivo ou Adjetivo da Oração Principal:
 Sou favorável a que viajes.
 Escrevi este livro na esperança de que vocês aprendessem Gramática.
As Completivas Nominais são regidas de preposição, sendo esta, às vezes, elíptica:
 Sou favorável que viajes (= ...a que viajes).

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EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO

Agora, vamos estudar os principais empregos de alguns sinais de pontuação.


A pontuação marca na escrita as diferenças de entonação, contribuindo para tornar mais preciso o sentido que se quer dar
ao texto.
Há alguns sinais de pontuação cujo emprego, atualmente, obedece a uma razoável disciplina, como a vírgula, o ponto e
vírgula, os dois-pontos e o ponto de interrogação. Outros têm emprego mais livre, mais subjetivo, como o ponto de
exclamação e as reticências.

PONTUAÇÃO GRÁFICA
Pontuação é o conjunto de sinais que representam, na língua escrita, as pausas e a entonação da língua falada. Ela é
composta dos seguintes sinais de pontuação:
1. vírgula ,

2. ponto e vírgula ;

3. ponto .

4. ponto de exclamação !

5. dois pontos :

6. ponto de interrogação ?

7. aspas " "

8. travessão ─

9. reticências ...

10. parênteses ( )

11. colchetes [ ]

VÍRGULA
De um modo geral, a vírgula marca uma pausa de pequena duração. Entretanto é bom frisar que, nem sempre, a pausa
respiratória corresponde à vírgula e, nem sempre também, a vírgula é marcada, na fala, por uma pausa respiratória.
Nos exemplos abaixo, pode-se verificar isso:
a) Os excelentes bailarinos do balé Bolshoi foram recepcionados pela embaixada de seu país.
b) Aos noivos desejamos toda a felicidade possível.
c) Fizestes o almoço? Sim, senhora!
Nos exemplos a e b, não há vírgula, embora se possa até fazer uma pausa, no nível da fala, após as palavras Bolshoi e noivos.
No exemplo c, ao contrário, há vírgula (separando o vocativo), mas, na cadeia da fala, ela é imperceptível.
É proibido o uso da vírgula para separar:
1) sujeito e predicado

Exemplo
O Secretário Geral da Organização das Nações Unidas
Sujeito
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convocará uma reunião de emergência.


Predicado

É proibido o uso da vírgula para separar:


2) o verbo e seus complementos (objeto direto e indireto)
Exemplo
Comunicamosao prezadíssimo amigo
V.T.D.I. OI
que estaremos a seu inteiro dispor.
OD

EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:


a) Para separar termos de mesma função sintática (de mesma classe gramatical), que, normalmente, participam de uma
enumeração.
Exemplos
“Eu quis ficar mais um pouco e o teu corpo e o meu tocavam inquietudes, caminhos, noites, números, datas.”
(Carlos Nejar. Casa dos arreios, Nas altas torres)

A sala era enorme, vazia, escura.


Gostava dos amigos, da cidade, das coisas.

EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:


b) Para isolar o aposto.
Exemplos
“... o Vargas gordo, o das corridas, estendeu a face enorme, imberbe e cor de papoula.” (Eça de Queirós. Os Maias)
Da Vinci, espírito enciclopédico, foi a alma da Renascença.

EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:


c) Para isolar o vocativo.
Exemplos
“Ao que aprecio também, chefe, a distinção minha desta ocasião, de dar meu voto.” (J. Guimarães Rosa. Grande sertão:
veredas)
“Adeus, meu cajueiro!” (Humberto de Campos. Memórias)
Maria, por que não respondes?

EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:


d) Para isolar o adjunto adverbial deslocado (vírgula não obrigatória, mas aconselhável).
Exemplos
“Diziam que, no velho cemitério da vila inundado, os caixões boiavam.” (Dalcídio Jurandir. Três casas e um rio)
“Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste.”
(Olavo Bilac. A Pátria)

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Durante a peça teatral, não se escutou um só ruído.


Explique, sem constrangimento, qual o seu problema.
OBSERVAÇÃO
Quando o adjunto adverbial for constituído de um só termo, mesmo que esteja deslocado, não há necessidade de vírgula.
Porém, se se quiser enfatizar a expressão, pode-se-á usar esse recurso de pontuação.
Exemplos
 Ali várias pessoas discutiam.
 Ali, várias pessoas discutiam.

EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:


e) Para marcar a supressão do verbo.
Exemplos
Eu fui de ônibus e ela, de avião. (= ela foi de avião)
Nós tivemos só alegrias; eles, só tristezas. (= eles tiveram só tristezas)

EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:


f) Para separar orações adjetivas explicativaS
OBSERVAÇÃO
1. Antes do pronome relativo, a vírgula (no caso de ser restritiva a oração) é proibida:
Exemplos
 O aluno que é responsável não cria problemas.
 A água que contém agentes químicos e agrotóxicos não deve ser ingerida.
 O homem que falou representou-me na Assembleia.
2. Se a oração for adjetiva e o verbo estiver no subjuntivo, ela será forçosamente restritiva.
Exemplo
 Estou à procura de um apartamento que seja bem localizado.

EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:


g) Para separar as orações adverbiais deslocadas (reduzidas ou não), com exceção da comparativa e conformativa
(quando o verbo estiver elíptico).
Exemplos
Enquanto não arruma emprego, seu pai manda-lhe uma mesada.
Sua casa, embora seja pequena, é bem ventilada.
Saciada a sede, ela deitou-se para descansar.
Ao vê-la triste, compreendeu que havia errado.
Cumprimentando pela formatura, envio-te um abraço.
Ela é tão inteligente como a irmã. (comparativa)
Ela sairá conforme o tempo. (conformativa)

OBSERVAÇÃO
As orações substantivas, com exceção das apositivas, não são virguladas por se constituírem em termos essenciais (sujeito,
predicativo) ou integrantes (objeto, complemento nominal etc.)

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Exemplos
Urge que te apresses.
núcleo do sujeito
predicado

Eu quero que me leves ao teatro.


Sujeito núcleo do objeto direto
predicado

EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:


h) Para isolar o predicativo deslocado (vírgula não obrigatória, mas aconselhável).
Exemplos
A mulher, desesperada, correu em seu socorro.
Desesperada, a mulher correu em seu socorro.
OBSERVAÇÃO
Se estivesse em ordem direta, o período ficaria assim:
A mulher correu desesperada em seu socorro.

EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:


i) Para separar as conjunções coordenativas adversativas e conclusivas deslocadas
Exemplos
Estou doente; não contem, portanto, comigo.
Durante o ano, trabalhamos muito; nas férias, porém, descansaremos bastante.
Tudo não passou de um mal-entendido; façamos, pois, as pazes.
OBSERVAÇÃO
Quando as conjunções vêm em sua posição normal, não se coloca vírgula depois delas.
Exemplo
Passamos um certo trabalho na infância, porém hoje desfrutamos alguma segurança

EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:


j) Para separar as orações coordenadas (assindéticas, adversativas e explicativas).
Exemplos
Vim, vi, venci. (assindéticas)
Estudou, mas não conseguiu aprovação. (adversativa)
Estudou muito, logo tinha de ser aprovado. (conclusiva)
Vá de uma vez, porque vai chover. (explicativa)

EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:


k) VÍRGULA ANTES DA PALAVRA E
OBSERVAÇÃO
As conjunções e, nem e ou normalmente não são virguladas. A vírgula poderá, no entanto, ser usada nos seguintes casos:

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a) E – com valor adversativo


Exemplo:
 Fui ao cinema, e (= MAS) não encontrei os amigos.
b) E – se os sujeitos forem diferentes
Exemplo
 “Algumas autoridades avalizam o vandalismo, e o ódio entre pobres e ricos vai aumentando.” (Revista Manchete,
25/8/90, p. 112)

c) E – se estiver repetido, formando polissíndeto


Exemplo:
 Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua.

d) OU – se houver retificação ou alternativa.


Exemplos
 Ou tudo, ou nada.
 Se precisar de auxílio, ou a dor nas costas exigir massagem, telefone para a clínica.

EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:


l) Para isolar certas expressões (exemplificativas ou de retificação) tais como: por exemplo, além disso, isto é, a saber, aliás,
digo, minto, ou melhor, ou antes, outrossim, com efeito, etc.
Exemplo
Observe, por exemplo, o edital publicado no Diário Oficial de quinta-feira passada.

EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:


m) Para separar o complemento do verbo (quando vier anteposto a esse e houver outro complemento – pleonástico).
Exemplos
“Fígado, melhor não tê-lo. “
O.D. O.D. pleonástico

(Luís Fernando Veríssimo. O Popular. Bom, Mau)


O homem, fê-lo Deus à sua semelhança.
O.D O.D pleonástico

“Ao pobre, não lhe devo. Ao rico, não lhe peço.”


O.I. O.I pleonástico O.I O.I. pleonástico

(Rodrigues Lobo)

EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:


n) Para separar a localidade da data e nos endereços.
Exemplos
Porto Alegre, 29 de março de 2016.
Brasília, abril de 2016

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Tomás Flores, 163


EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:
o) Para isolar os elementos repetidos.
Exemplo
Verinha pulou, pulou, pulou neste carnaval até cansar.

 DOIS PONTOS
Os dois pontos marcam um suspensão de voz em uma frase ainda não terminada.

Emprega-se nos seguintes casos:


a) Antes de uma citação (letra maiúscula após a pontuação).
Exemplos:
“E o pastor prosseguiu:
– Sois vós realmente os verdadeiros ouvintes do meu sermão de hoje sobre a mentira.”
João Ribeiro. Cartas Devolvidas
“... mas o baiano repetiu:
– Acuda, seu cadete, que o assado vai de trote!”
J. Simões Lopes Neto. Casos do Romualdo
b) Antes de uma enumeração (letra minúscula após a pontuação):
Exemplos:
Duas coisas pretendo conseguir neste ano: um bom emprego e uma vaga no curso de inglês.
Comprou diversas mercadorias no supermercado: artigos de limpeza, gêneros alimentícios e brinquedos.
c) Antes de uma explicação (letra minúscula após a pontuação):
Exemplos:
Já não serei tão só, nem irás tão sozinha: há de ficar comigo numa saudade tua, hás de levar contigo uma saudade minha.
Adaptado de Alceu Wamosy. Duas Almas.
Quanto eu o vi, fiquei contente: sabia que me traria boas notícias.
TRUQUE: para saber se é uma explicação, tenta-se substituir os dois pontos por um “porque”.
d) Antes de uma complementação (letra minúscula após a pontuação).
Exemplos:
“O fígado só tem uma ideologia: cuidado com as imitações.”
Luís Fernando Veríssimo. O Popular. Fígado e Coração.
Aquela mãe preocupa-se com uma coisa: o futuro dos filhos.
TRUQUE: para saber se é uma complementação, faz-se a seguinte pergunta depois dos dois pontos: “Qual?”

e) Antes de uma conclusão (letra minúscula após a pontuação).


Exemplos:
O apartamento tinha poucas peças, e essas eram pequenas e escuras: uma droga!
O roteiro é lindo, a passagem e os hotéis estão baratos: não podemos perder a oportunidade!

TRUQUE: para saber se é uma conclusão, tenta-se substituir os dois pontos por um “logo”.

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 ASPAS
As aspas são empregadas nos seguintes casos:
a) Citações ou transcrições literárias.
Exemplos:
"Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive."
Fernando Pessoa. Odes de Ricardo Reis.

b) Palavras ou expressões estrangeiras.


Exemplos:
O “slogan” anunciava ...
Nestor de HoIanda. Gente Engraçada.
Quero uísque “on the rocks”.

c) Para realçar uma expressão com ironia.


Exemplo:
João, com seus 90 quilos, está “fraquinho”...

d) Para assinalar um termo que precisa ser realçado.


Exemplo:
A palavra “que” pode ser analisada de diversas maneiras.

e) Para gírias e expressões de nível vulgar.


Exemplo:
O espetáculo de música “pop” estava uma “curtição”.
Ela estava apaixonada pelo “sordado”.

OBSERVAÇÕES:
1. Quando já há aspas numa citação ou numa transcrição, usa-se aspa simples ou o negrito (ou o itálico).
Exemplos:
“Até já se falava em impeachment, quando aconteceu homicídio na rua principal.”
“Até já se falava em ‘impeachment’, quando aconteceu homicídio na rua principal."
Nestor de Holanda, Gente Engraçada
 TRAVESSÃO
O travessão é empregado nos seguintes casos:
a) Para indicar, nos diálogos, mudança de interlocutor.
Exemplo:
" ─ Por que você não toca? ─ perguntei.
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─ Eu queria, mas tenho medo.


─ Medo de quê?
─ Dos bichos-feras.
─ Que bichos-feras?"
José J. Veiga. Os Cavalinhos de Platiplanto

b) Para isolar termos ou orações intercaladas (como desempenha função análoga à dos parênteses, usa-se geralmente o
travessão duplo).
Exemplos:
"Eles eram muitos cavalos,
─ rijos, destemidos, velozes ─ entre Mariana e Serro Frio, Vila Rica e Rio das Mortes."
Cecília Meirelles, Romanceiro da Incondifência.

"Chamei Diadorim ─ e era um chamado com remorso ─ e ele veio, se chegou."


J. Guimarães Rosa. Grande Sertão: Veredas.

OBSERVAÇÃO:
Às vezes, usa-se o travessão em lugar dos dois pontos.
Exemplo:
"Era mesmo o meu quarto ─ a roupa da escola no prego atrás da porta, o quadro da santa na parede, os livros na estante de
caixote que eu mesmo fiz – aliás precisava de pintura.”
José J. Veiga. Os Cavalinhos de Platiplanto

ACENTUAÇÃO GRÁFICA
REGRA DOS MONOSSÍLABOS TÔNICOS
Acentuam-se os MONOSSÍLABOS TÔNICOS (= pronúncia forte) terminados em o(s), e(s) e a(s)
Exemplos:
- o(s): nó, dó, pôs, só, pó(s),nós, vós, ...
- e(s): dê, lê, ré, pé, vê, fé, Zé, mês, crê, pés, ...
- a(s): há, chá, pá, cá, lá, vá, já, fá, pás, ...
Já os monossílabos tônicos terminados em "i" e "u" não recebem acento gráfico.
Exemplos: pai, vai, boi, mau, pau etc.

REGRAS DAS OXÍTONAS


Acentuam-se as OXÍTONAS (a sílaba mais forte é a última) terminadas em o(s), e(s), a(s), ém e éns:
Exemplos:
O - mocotó(s), jiló(s), bisavó(s), paletó(s), cipó(s), avó, avô, vovô, robô
E - café(s), jacaré(s), filé(s), pajé(s), pontapé(s), você.
A - jatobá(s), maracujá(s), Maringá, fubá, xarás, Paraná, guaraná.
ÉM - refém, alguém, amém, armazém, também, Belém.
ÉNS - parabéns, armazéns, reféns.

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Obs.: Não se acentuam graficamente as palavras oxítonas terminadas em i(s) e u(s), como em
i(s).
Exemplos: Anhembi, Parati, anis, barris; dividi-lo, adquiri-los, caqui, aqui, jabuti,
u(s).
Exemplos: caju, pitu, zebu, tatu, urubu, Caxambu, Bauru, Iguaçu, Itu, Bangu; compus (do verbo compor), pus(do verbo por)
Saiba que:
São palavras oxítonas, entre outras: cateter, mister, Nobel, novel, ruim, sutil, transistor, ureter.

OBSERVAÇÃO:
Muitos verbos, ao se combinarem com pronomes oblíquos, produzem formas oxítonas ou monossilábicas que devem ser
acentuadas por acabarem assumindo alguma das terminações contidas nas regras.

Exemplos: encontrá-lo, recebê-la, dispô-los, amá-lo-ia, vendê-la-ia


beijar + a = beijá-la fez + o = fê-lo
dar + as = dá-las fazer + o = fazê-lo

REGRAS DAS PROPAROXÍTONAS


Acentuam-se todas as palavras PROPAROXÍTONAS: são aquelas cuja sílaba tônica é a antepenúltima sílaba
recôndito, louvaríamos, gótico, lêvedo,
côncavo trânsito, relâmpago(s), lâmpada,
lágrima, atlântico, júpiter, ótimo(s),
cantávamos, falávamos, paroxítonas, abóbora,
pêndulo, cândido, devêssemos, límpido,
árabe, máscara, bússola, xícara,
úmido, médico, antepenúltima, sílaba,
pássaro, esdrúxula, vítima, cântico,
romântico, fôlego

REGRA DAS PAROXÍTONAS


Nas palavras paroxítonas, devem-se acentuar as palavras terminadas em
R – UM – Ã – I – N – PS – US – IS – DI – TRITONGO – L – O(n – ns) – X – UNS
R - fêmur, éter, revólver, César, mártir,
UM - álbum, médium
à - órfã, ímã
I - táxi, júri, cáqui (cor)
N - hífen, Éden, pólen.
PS – fórceps, bíceps, tríceps.
US - bônus, ônus, vírus
IS- lápis, tênis, Clóvis, íris, cútis

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DITONGO - silêncio, Mário, salário, dentário, secretária, bênção(s), órgão(s), órfão(s).


TRITONGO - enxáguem, deságuem
L - favorável, fácil, flexível, útil, ágil, amável, automóvel.
O(n- ns) - elétron, elétrons
X - tórax, xérox (também pode ser xerox), fênix.
UNS - álbuns, médiuns.
2) Não são acentuados os prefixos terminados em "i "e "r". (semi, super, hiper)
3) Acentuam-se as paroxítonas terminadas em ditongos: ea(s), oa(s), eo(s), ua(s), ia(s), ue(s), ie(s), uo(s), io(s).
Exemplos:
ea(s) - várzea, área,
oa(s) - mágoa,
eo(s) - óleo, arbóreo
ua(s) - régua, água,
ia(s) - férias, séria
ue(s) - tênue,
ie(s) - cárie, série,
uo(s) - ingênuo,
io(s) - início, ódio, sábio
ei(s) - jóquei, férteis, fósseis, fôsseis, túneis, úteis, variáveis

CUIDADO!
Palavras paroxítonas terminadas em ditongo crescente podem ser analisadas como proparoxítonas eventuais, relativas ou
acidentais.
Portanto, palavras como língua, Júlio, início, série, convivência, memória, remédios, série, que normalmente são
interpretadas como paroxítonas terminadas em ditongo crescente, podem ser tomadas como proparoxítonas. Logo, se cair
na prova uma questão dizendo que tais palavras são acentuadas por serem paroxítonas terminadas em ditongo crescente ou
por serem proparoxítonas (eventuais, relativas ou acidentais) está correto!

REGRA DOS HIATOS


Acentuam-se o "i" e "u" tônicos quando formam hiato com a vogal anterior, estando eles sozinhos na sílaba ou
acompanhados apenas de "s", desde que não sejam seguidos por "-nh".
sa - í - da / e - go - ís - mo / sa - ú - de / ba – ús / ra – i – nha / la – da – i – nha

Não se acentuam, portanto, hiatos como os das palavras:


ju - iz ra - iz ru – im ca - ir

Razão: -i ou -u não estão sozinhos nem acompanhados de -s na sílaba.


Ainda:
Xi - i - ta su - cu - u - ba i – í – di- che

iídiche: língua germânica das comunidades judaicas


Exemplos:
balaústre, alaúde, atraíam, cafeína, recaída,
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ruína, aí, atraí, caí, baú,


país, Esaú, Luís, proíbo, faísca,
caíste, saúva, viúva, Gravataí, Grajaú,
juízes, raízes.

Essa regra aplica-se também às formas verbais seguidas de lo(s) ou la(s):


possuí-lo, distribuí-lo, substituí-lo, atraí-la, construí-los,
possuí, saí, caí distraí-lo

 CUIDADO!
COMO ERA O USO ANTES
baiúca, boiúna, feiúra
Não se acentuam -i e -u tônicos das palavras paroxítonas quando precedidas de ditongo.
Como fica: baiuca, boiuna, feiura

VOCABULÁRIO DE APOIO
Baiuca: substantivo feminino: bodega, taberna
Boiuna: substantivo feminino: sucuri, cobra-d'água

 CUIDADO!
Gratuito, intuito, fortuito, circuito, fluido
Muitas são as pessoas que se equivocam ao pronunciar essas palavras, por acentuarem a pronúncia da letra "i", que deve
ficar na mesma sílaba do "u".
A pronúncia delas é equivalente a "FUI":
gra-tui-to, in-tui-to, for-tui-to, cir-cui-to, flui-do.
Uma observação tem de ser feita: há também a possibilidade de se pronunciar FLU-Í-DO, escrevendo-se a palavra com
acento: quando for o particípio do verbo "fluir", e não o substantivo. Por exemplo:
 O fluido para freios.
O vocábulo "fluido" é substantivo. Pronuncia-se, portanto, FLUI-DO.

 A explicação do professor tem fluído muito bem.


O vocábulo "fluído" é particípio de "fluir". Pronuncia-se, portanto, FLU-Í-DO.

VERBOS TER E VIR


Acentua-se com circunflexo a 3ª pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos ter e vir, bem como nos seus
derivados (deter, conter, reter, advir, convir, intervir).
Veja:
Ele tem Eles têm
Ela vem Elas vêm
Ele retém Eles retêm
Ele intervém Eles intervêm

Observação: Atente-se, no entanto, para as conjugações desses verbos que recebem um acento agudo na terceira pessoa do
singular, mas continuam com o acento circunflexo na terceira do plural.
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Exemplos:
 O Banco Central, normalmente, intervém em bancos com dificuldades financeiras.
 Os EUA intervêm, a todo momento, em assuntos que só dizem respeito a outros países.

 O palhaço entretém as crianças sempre com muito carinho.


 Os palhaços entretêm a plateia que se diverte a valer.

 Ele mantém a promessa de estudar bastante.


 Eles mantêm a promessa de estudar bastante.

 Aquela proposta convém aos nossos interesses.


 Aquelas propostas convêm aos nossos interesses.

 No momento, Pedro detém o poder.


 No momento, Antônio e Dirceu detêm o poder.

 São palavras paroxítonas, entre outras:


avaro, boêmia,(boemia) caracteres, cartomancia,
circuito, decano, filantropo, fluido,
fortuito, gratuito, Hungria, ibero,
inaudito, intuito, maquinaria, meteorito,
misantropo, necropsia(necrópsia), Normandia, pegada,
policromo, pudico, quiromancia, rubrica.
As seguintes palavras, entre outras, admitem dupla tonicidade: acróbata/acrobata, hieróglifo / hieroglifo, Oceânia / Oceania,
ortoépia / ortoepia, projétil / projetil, réptil / reptil, zângão/zangão.

MELHORANDO O VOCABULÁRIO
aerólito: meteorito
bávaro: relativo à Baviera
ímprobo: desonesto
ínterim: provisório
trânsfuga: aquele que renega seus princípios, que se descuida de seus deveres

REGRAS COM O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO


COMO ERA O USO ANTES
 pára (verbo), péla (subst. e verbo), pêlo (subst.), pêra (subst.), pólo (subst.)
Não se acentuam as palavras paroxítonas que são homógrafas.
 para (verbo), pela (subst. e verbo), pelo (subst.), pera (subst.), polo (subst.)
• O acento diferencial permanece nos homógrafos:
PODE (3ª pessoa do sing. do presente do indicativo do verbo poder) e PÔDE (3ª pessoa do pretérito perfeito do indicativo);

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TEM e TÊM ( singular e plural, respectivamente),


VEM e VÊM( singular e plural)

Exemplos:
 Maria sempre pode resolver tudo sozinha.

 Meu pai sempre pôde resolver tudo sozinho.

 João vem de Brasília amanhã.

 Os deputados vêm de Brasília amanhã.

 Ela tem um bom coração.

 Os jovens têm a vida em suas mãos.

• O acento diferencial permanece em PÔR (verbo) em oposição a POR (preposição).


Ex:
 Preciso pôr em dia estas anotações feitas por mim".

COMO ERA O USO ANTES


 Assembléia, platéia, idéia, colméia, boléia, panacéia, Coréia, hebréia, bóia, paranóia, jibóia, apóio, heróico, paranoico

 Não se acentuam os ditongos abertos -ei e -oi nas palavras paroxítonas.


Assembleia, alcaloide, estreia, alcateia,
geleia, odisseia, plateia, ideia,
colmeia, boleia, panaceia, epopeia,
Coreia, hebreia, boia, paranoia,
jiboia, apoio, heroico, paranoico,
androide, apoia apoio (verbo apoiar), asteroide,
boia, celuloide, claraboia, debiloide,
estoico, estreio (verbo estrear), joia,

• O acento nos ditongos -ÉI e -ÓI permanece nas palavras oxítonas e monossílabas tônicas de som aberto: herói,
constrói, dói, anéis, papéis, anzóis, fiéis, corrói, remói, sóis, caracóis, faróis, pincéis, tonéis, painéis.
• O acento no DITONGO ABERTO -ÉU permanece: chapéu, véu, céu, ilhéu, troféu, troféus, véu.

O acento gráfico foi eliminado quando marcava o timbre aberto dos ditongos "ei" e "oi" dos vocábulos paroxítonos, como em
assembleia (éi), heroico (ói), desde que não incluído em outra regra geral de acentuação.
Dessa forma, palavras como destróier, Méier, blêizer, gêiser, mantêm o acento gráfico por serem paroxítonas terminadas
em r.

COMO ERA O USO ANTES


 crêem, dêem, lêem, vêem, descrêem, relêem, revêem

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Não se acentua o hiato -EE dos verbos crer, dar, ler, ver e seus derivados 3ª p. plural.
 creem, deem, leem, veem, descreem, releem, reveem
Exemplos:
 Ela crê em Deus fervorosamente / Elas creem em Deus fervorosamente
 Todos esperam que Bruno dê o melhor de si no próximo jogo / Todos esperam que os jogadores deem o melhor de si no
próximo jogo.
 Carlos lê jornal diariamente / Carlos e seu pai leem jornal diariamente
 Léo vê televisão o dia todo / Léo e seus irmãos veem televisão o dia todo
 Eles descreem na vida em outros planetas.
 Os escritores releem várias vezes seus livros antes de publicá-los.
 Os meteorologistas preveem um verão muito quente para o próximo ano.
 À noite, muitas pessoas reveem suas ações durante o dia.

COMO ERA O USO ANTES


 enjôo (subst. e forma verbal), vôo (subst. e forma verbal), corôo, perdôo, côo, môo, abençôo, povôo

Não se acentua o hiato -oo.


enjoo (subst. e forma verbal),
voo (subst. e forma verbal),
coroo,
perdoo,
coo,
moo,
abençoo,
povoo,
abotoo, coo,
destoo,
doo,
entoo,
magoo,
perdoo,
soo,
zoo
COMO ERA O USO ANTES
 argúi, apazigúe, averigúe, enxágüe, oblique

Não se acentua o -u tônico nas formas verbais rizotônicas (acento na raiz), quando precedido de -g ou -q e seguido de -e ou
-i (grupos que /qui e gue /gui).
 argui, apazigue, averigue, enxágue, oblique

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COMO ERA O USO ANTES


 baiúca, boiúna, cheiínho, feiúra,
Não se acentuam o -i e -u tônicos das palavras paroxítonas quando precedidas de ditongo.
 baiuca, boiuna, cheiinho, feiura,

É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma / fôrma.


Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: "Qual é a forma da fôrma do bolo?"

ORTOGRAFIA
Parte da gramática que trata da correta grafia (modo de escrever) das palavras.

EMPREGO DE LETRAS:
USO DA LETRA H:
A letra h inicial: não apresenta fonema (som), no entanto persiste na língua em razão de etimologia e tradição.
Ex: haver, harém, harpa, hangar, hodierno, hombridade, hilaridade, humildade.

 CUIDADO ! ojeriza, umidade.


A letra h ocorre no final de algumas interjeições. Ex: ah!, oh! e uh!

 CUIDADO! Nos vocativos, temos Ó, sem “h”.


A letra h permanece na grande maioria dos compostos ligados por hifens:

 Anti-higiênico, pré-histórico, super-homem.

OBS: com o prefixo SUB, temos subumano, subumanidade.


A palavra Bahia (Estado) possui h. Já a palavra baiano (habitante) não possui.
Usa-se h por convenção em algumas palavras: hã?, hem (hein)? Hum!, hurra!
Usa-se h nos dígrafos lh, nh e ch: chave, banho, malha.

 Letra H
Hábil, habilidade, habilitações, habitação,
habitat, hábito, habitual, hálito,
halo, halogênio, halterofilista, hambúrguer,
handebol, hangar, harém, harmonia,
harmonioso, harmonizar, harpa, haste,
haurir, haver, hediondo, hedonismo,
hegemonia, hélice, hemisfério, hemorragia,
hepatite, herbáceo, herbívoro, hercúleo,
hereditário, herege, heresia, herético,
hermafrodita, hermético, hérnia, herói,
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hesitação, hesitar, heterogêneo, heterossexual,


hexágono, hiato, hibernar, híbrido,
hidratante, hidroginástica, hierarquia, higiene,
higiênico, higienização, hipérbole, hipismo,
hipnotizado, hipocondríaco, hipocrisia, hipócrita,
hipopótamo, hipoteca, hipotermia, hipótese,
hipoteticamente, hirto, histérico, histerismo,
história, hodierno, hoje, holofote,
hombridade, homem, homenagem, homicídio,
homogêneo, homônimo, honestidade, honorário,
honra, hora, horda, horizonte, hormônio,
horóscopo, horrível, horta, hóspede,
hospitaleiro, hostil, hostilizar, hotel,
humanidade, humanismo, humanizar, humano,
humildade, humilde, humilhação, humor.

 Palavras com H no meio


No meio das palavras, o h é utilizado nos dígrafos ch, nh, lh, como nas palavras mochila, acarinhado e molhado. Nos dígrafos,
cada consoante perde sua unidade sonora, uma vez que a sequência das duas consoantes forma um único som,
representando apenas um fonema.

 Palavras com H no dígrafo ch

Bochecha, caprichar, chateado, chicória,


chimarrão, chinfrim, chuchu, cochicho,
debochado, esculacho, fechar, machucar,
pichar, salsicha.

 Palavras com H no dígrafo nh

Campainha, canhão, carinho, companhia,


estranho, fronha, ganhar, joaninha,
linho, moinho, ninho, pinheiro,
sonhar, unha, vinho.

 Palavras com H no dígrafo lh

Acolhimento, afilhado, aparelho, atrapalhar,


bilhete, cabeçalho, canalha, cavalheirismo,
compartilhar, empecilho, humilhação, maravilhoso,
olhar, orgulho, partilhar, semelhante,
tolher, trabalhar.

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O h aparece também no meio de palavras compostas, sendo antecedido por um hífen quando a segunda palavra começa
com h por razões etimológicas.

 Palavras compostas com H

Ante-histórico, anti-higiênico, auto-higiene, bem-humorado,


contra-habitual, extra-hospitalar, extra-humano, infra-hepático,
infra-humano, mal-humorado, micro-história, pré-histórico,
pseudo-herói, semi-hipnotizado, semi-humano, sobre-humanizar,
super-homem, supra-hepático.

Palavras com H no fim

No fim das palavras o h é maioritariamente utilizado em interjeições, embora possa também aparecer no início das mesmas.

Interjeições com H
Ah!, ih!, eh!, oh!, uh!, hã!, hem?, hum!, bah!

USO DA LETRA "X":


 Palavras com X no início
Xácara, xadrez, xale, xampu,
xará, xarope, xenofobia, xenófobo,
xereta, xeretar, xerife, xerocar,
xerocópia, xerocopiar, xerofilia, xerografia,
xícara, xexéu, xifópago, xilofone,
xilogravura, xingamento, xingar,

 Palavras com X no meio


Exame, exato, exausto, executar,
exemplo, êxtase, extensão, extinguir,
extinto, extrair, extremo, máximo,
nexo, ortodoxo, óxido, paradoxo,
pretexto, próximo, reflexão, reflexo,
saxofone, sexagésimo,…

 Palavras com X no fim


Alex, botox, cálix, clímax,
córtex, duplex, durex, fax,
Félix, látex, pirex, telex,
tórax, xerox

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 Valores fonéticos do X
O grafema x possui uma particularidade foneticamente muito interessante, podendo representar diversos fonemas, ou seja,
diversos sons. O x pode assim assumir valor de ch, s, z, cs e ss, bem como não representar um som, não assumindo valor
fonético.

 Palavras com X com som de CH


Abacaxi, ameixa, baixo, bexiga,
bruxa, caixa, caxumba, coaxar,
enxada, enxaguar, enxame, enxaqueca,
enxergar, enxerido, enxerto, enxofre,
enxotar, enxoval, enxovalhar, enxugar,
enxurrada, enxuto, faixa, faxina,
feixe, frouxo, graxa, lagartixa,
laxativo, lixa, lixo, maxixe,
mexer, mexicano, orixá, oxalá,
paixão, peixe, praxe, puxar,
rixa, rouxinol, seixo, trouxa,
vexame, xadrez, xale, xampu,
xará, xarope, xereta, xerife,
xícara, xingar

 Palavras com X com som de S


Expectativa, experiente, explorar, êxtase,
extático, extasiado, extensão, extinguir,
extinto, extrair, extremo, pretexto,
sexto, têxtil, texto, textual

 Palavras com X com som de Z


Exagero, exalar, exaltar, exame,
exato, exausto, executar, exemplo,
exercer, exibir, exílio, exímio,
existir, êxito, exonerar, exorbitar,
exorcizar, exótico, exuberante

 Palavras com X com som de CS


Anexo, asfixia, axila, boxe,
clímax, complexo, conexão, convexo,
fixo, flexão, fluxo, látex,
maxilar, nexo, ortodoxo, óxido,
paradoxo, reflexão, reflexo, saxofone,
sexagésimo, tóxico, toxina, xerox

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Quando a consoante x assume o som cs, ocorre um encontro consonantal fonético, dado que um só grafema (x)
corresponde a dois fonemas consonantais (cs). O encontro consonantal fonético é também chamado de dífono.

Exemplos:

 Táxi: 4 grafemas (letras) e 5 fonemas (sons)

 Axila: 5 grafemas (letras) e 6 fonemas (sons)

 Oxidação: 8 grafemas (letras) e 9 fonemas (sons)

Palavras com X com som de SS

Auxílio, máximo, próximo, sintaxe

Palavras com X sem valor fonético

Exceção, exceder,
excelente, excêntrico,
excepcional, excerto,
excesso, exceto,
excitar, exsudação

O uso do X
Normalmente, o x é utilizado:
- Depois da sílaba inicial me-.
Exemplos: mexer, mexido, mexeriqueira, mexicano, mexedor, mexilhão,…

- Depois da sílaba inicial en-.


Exemplos: enxergar, enxoval, enxame, enxada, enxuto,…

- Depois de ditongos.
Exemplos: caixa, baixo, peixe, feixe, frouxo, ameixa,…

- Em palavras de origem indígena e africana.


Exemplos: abacaxi, xavante, orixá, xará, …

- Em palavras aportuguesadas do inglês.


Exemplos: xampu, xerife,…

Nota: Existem, contudo, palavras que são exceções a essas regras, devendo ser escritas com ch, tal como:
recauchutar, guache, caucho, mecha,
encher, enchumaçar, encharcar, enchiqueirar,
enchova, enchapelar, preencher

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Palavras homônimas com X


Uma vez que o x assume valores fonéticos representados também por outros grafemas, ocorre a existência de palavras
homônimas, principalmente com o dígrafo ch e com a consoante s, provocando dúvida entre os falantes da língua.
Confira a diferenciação entre palavras homônimas escritas com x ou com ch:

Xeque x cheque

 Você está pondo nosso plano em xeque. (risco)


 Ele passou um cheque sem fundo! (ordem de pagamento escrita)

Taxar x tachar

 Governo quer taxar novos impostos sobre bens imobiliários. (estabelecer um imposto)
 Eles vão me tachar de incompetente. (atribuir qualidades negativas)

Coxo x cocho

 Meu irmão machucou o pé e agora está coxo. (mancando)


 O tratador está limpando o cocho das vacas. (recipiente para alimentar o gado)

Broxa x brocha

 Você vai utilizar essa broxa para caiar a parede? (pincel grande e grosseiro)
 O carpinteiro usou pequenas brochas para fixar o fundo da gaveta. (prego)

Confira a diferenciação entre palavras homônimas escritas com x ou com s:


Expiar x espiar

 Eu farei o que for preciso para expiar meus próprios pecados. (redimir)
 Saia da janela e pare de espiar os outros. (espionar)

Extrato x estrato

 Todas as semanas eu analiso meu extrato bancário. (registro de movimentos de uma conta)
 O solo é formado por diferentes estratos. (camadas)

Expirar x espirar

 O prazo de candidatura ao concurso público vai expirar. (terminar)


 Aquelas rosas costumam espirar um perfume maravilhoso! (exalar)

Coxa X cocha

 O atleta não poderá competir devido a uma lesão na coxa. (parte do corpo)
 Preciso de uma cocha para deixar o cacau fermentando. (recipiente)

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Buxo x bucho

 Minha avó tem uma receita muito boa de bucho de boi recheado. (estômago)
 O jardineiro podou o buxo com a forma de anjo. (arbusto ornamental)

Xá x chá

 Estão homenageando o último Xá da Pérsia. (soberano)


 Esta xícara de chá era de minha bisavó. (infusão para beber)

Xácara x chácara

 Na escola, meu filho leu diversas xácaras. (narrativa popular em verso)


 Vamos passar o fim de semana na chácara de meu avô. (sítio)

USO DA LETRA G:
1) Nos substantivos terminados em -agem, -igem, -ugem
Exemplos: barragem, garagem, miragem, viagem, origem, vertigem, fuligem, ferrugem
Exceção: pajem e lambugem

2) Nas palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio


Exemplos: estágio, pedágio, privilégio, sacrilégio, prestígio, prodígio, vestígio, relógio, refúgio

3) Nas palavras derivadas de outras que se grafam com g


Exemplos: engessar (de gesso), massagista (de massagem), vertiginoso (de vertigem)

4) Nos seguintes vocábulos:


Abranger Adstringência Agência Agenciar
Agenda Agendar Agente Abiogênese
Agiotagem Abrangência Alfandegagem Álgebra
Algema Amostragem Amperagem Analgésico
Angélica Antígeno Aparelhagem Apogeu
Apologético Aprendizagem Aquaplanagem Aragem
Argentário Aterragem Auge Autógeno
Autogestao Bege Geada Gengiva,
Gilete Hegemonia, Megera Rabugento
Vagem Autossugestão Bagageiro Bagagem
Bandagem Estrangeiro Gibi Herege
Monge Laringe

USO DA LETRA J:
Usa-se a letra j nas formas dos verbos terminados em jar: arranjar/arranjo; viajar/viajem;

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CUIDADO: VIAGEM (SUBSTANTIVO).


As palavras de origem tupi, africana ou árabe, costuma-se empregar o j:

OBS: tigela, angelical, sargento, genuíno, herege, monge.

Palavras com a letra J como origem do vocábulo. Por exemplo, a palavra jeito é assim escrita porque vem do latim jactu. Ou a
palavra jipe que vem do inglês jeep.
Palavras que derivam ou terminam com a sílaba:
Exemplo: laranja, loja, lojista, granja, granjear, gorjeta, cereja, cerejeira.

Verbos terminados em jar.


Exemplo: viajar, viajemos, despejar, despejem.

Palavras de origem ameríndia.


Exemplo: canjerê, jenipapo, jequitibá, jiboia, jiló, jirau, Moji, pajé. jirau, pajé.
Exemplos de palavras com a letra J
alfanje, alforje cafajeste, jeca,
jegue, majestade, manjedoura, manjericão,
ojeriza, projeto, sujeira, traje,
varejista. lojista, sarjeta anjo,
rijeza, canjica, jenipapo, ultraje,
majestoso, berinjela, jerimum, jérsei
jacaré Jamaica Jamais Janeiro
Jantar Japão Jardim Jarra
Jato Javali Jeans Jeito
Jiboia Joalheiro Joaninha Joelho
Jogador Jóquei Jornalismo Jovem

USO DA LETRA "S":


Emprega-se o s nos substantivos e adjetivos derivados de verbos que possuem, no final do radical do infinitivo, ND, RG, PEL,
CORR E RT:
defender - defesa;
imergir - imersão;
compelir - compulsão;
discorrer - discurso;
inverter - inversão.

Usa-se o s nos adjetivos formados com os sufixos oso, osa e ense: famoso, amorosa, espalhafatosa, gostoso, gasoso,
paranaense, catarinense
Usa-se s nos sufixos ês, esa (relativos à nacionalidade, título e origem): chinês, japonesa, duquesa, inglesa, burguesa

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Nos sufixos gregos -ese, -isa, -osa


Exemplos: catequese, diocese, poetisa, profetisa, sacerdotisa, glicose, metamorfose, virose.
Usa-se o s em palavras que derivam de outras que já possuam a letras s: casa / casinha, catálise /catalisador, português /
portuguesinho, análise/analisar, catálise / catalisador, liso/alisar
Usa-se o s depois de ditongo para representar o som zê: Neusa, causa, coisa, pouso, lousa, náusea
Usa-se o s nas formas do verbo pôr, querer e compostos: Eu repus / ela quis / se eu quisesse / quando eu quiser / pusera.
Usa-se o s nos vocábulos terminados em ÉS (som aberto): através, viés.

7) Nos seguintes nomes próprios personativos: Baltasar, Heloísa, Inês, Isabel, Luís, Luísa, Resende, Sousa, Teresa,
Teresinha, Tomás

8) Nos seguintes vocábulos:


abuso, asilo, através, aviso,
besouro, brasa, cortesia, decisão,
despesa, empresa, freguesia, fusível,
maisena, mesada, paisagem, paraíso,
pêsames, presépio, presídio, querosene,
raposa, surpresa, tesoura, usura,
vaso, vigésimo, visita

USO DA LETRA Z:
1) Usa-se o z em palavras derivadas de outras em que já exista a letra z:
deslize / deslizar,
razão- razoável
raiz- enraizar
cruz-cruzeiro
vazio- esvaziar

2) Nos sufixos -ez, -eza, ao formarem substantivos abstratos a partir de adjetivos


Exemplos:
inválido- invalidez frio- frieza
limpo-limpeza nobre- nobreza
macio- maciez pobre-pobreza
rígido- rigidez surdo- surdez

3) Nos sufixos -izar, ao formar verbos e -ização, ao formar substantivos


Exemplos:
civilizar- civilização
hospitalizar- hospitalização
colonizar- colonização
realizar- realização

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4) Nos derivados em -zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita, zarrão


Exemplos:
cafezal, cafezeiro, cafezinho, arvorezinha, cãozito,
avezita, homenzarrão

5) Nos seguintes vocábulos:


azar, azeite,
azedo, amizade,
buzina, bazar,
catequizar, chafariz,
cicatriz, coalizão,
cuscuz, proeza,
vizinho, xadrez,
verniz

6) Nos vocábulos homófonos, estabelecendo distinção no contraste entre o S e o Z


Exemplos:
 cozer (cozinhar) e coser (costurar)
 prezar( ter em consideração) e presar (prender)
 traz (forma do verbo trazer) e trás (parte posterior)

7) Usa-se o z com os sufixos az e ázio:


Ex.: voraz, copázio.

8) Usa-se o z nos verbos derivados de palavras que não possuam o s no fim do radical: ameno / amenizar, civil / civilizar.
Compare: análise / analisar, aviso / avisar.
Cuidado: catequese, com s; catequizar com z.
OBS: pesquisa, pesquisar, paralisar, estender, extensivo, estendível, estendido, extensão.
Observação: em muitas palavras, a letra X soa como Z. Veja os exemplos:
exame exato exausto exemplo exótico inexorável

USO DAS LETRAS ‘SS’:


Usa-se o SS nos substantivos cujos verbos da mesma família (mesma família = cognatos) possuem o radical terminado em
GRED, PRIM, CED e MET:
interceder / intercessão,
progredir / progresso,
imprimir / impressão,
prometer / promessa.

Usa-se o SS nos substantivos cujos verbos cognatos terminam em TIR: discutir / discussão.
Emprega-se o Ç depois de ditongo, a fim de que se represente o som sê: afeição, beiço
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As terminações TER, TORCER e PETIR dos verbos formam substantivos com ç: obter / obtenção, distorcer / distorção,
competir / competição.
OBS: retorsão = réplica, represália.
Nomes que possuam TO no final formam verbos e substantivos com ç: isento / isenção, setor / seção.
OBS: exceto, exceção, excessivo, espontâneo, espectador (testemunha), expectador (quem tem expectativa).

USO DAS LETRAS "E" e "I":


Letras E e I: emprega-se e nos ditongos nasais ãe e õe: mães, põe, cirurgiães.
OBS: cãibra (ou câimbra).
Os verbos com os infinitivos terminados em OAR e UAR são grafados com e: abençoar/ abençoe, atuar/atue
Os verbos terminados em infinitivo AIR, OER, UIR são grafados com i: decair/ decai, doer/ dói, possuir/ possui.

EMPREGO DAS LETRAS K, W E Y


Utilizam-se nos seguintes casos:
a) Em antropônimos originários de outras línguas e seus derivados.
Exemplos: Kant, kantismo; Darwin, darwinismo; Taylor, taylorista.

b) Em topônimos originários de outras línguas e seus derivados.


Exemplos: Kuwait, kuwaitiano.

c) Em siglas, símbolos, e mesmo em palavras adotadas como unidades de medida de curso internacional.
Exemplos: K (Potássio), W (West), kg (quilograma), km (quilômetro), Watt.

EMPREGA-SE O “S”
Exemplos:
expandir- expansão
pretender- pretensão
verter- versão
expelir- expulsão
estender- extensão
suspender- suspensão
converter - conversão
repelir- repulsão
Após um DITONGO

Maisena,
Pausa,
Lousa,
Coisa,
Causa,
Náusea

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Nos seguintes nomes próprios personativos:


Baltasar, Heloísa, Inês, Isabel, Luís, Luísa, Resende, Sousa, Teresa, Teresinha, Tomás

HOMÔNIMOS
Existem algumas palavras que podem ser escritas tanto com "S" ou "Z", alterando, entretanto, seu sentido:
Cozer (cozinhar)
Coser (costurar)
Prezar (ter em consideração)
Presar (prender, apreender)
Traz (forma do verbo trazer)
Trás (parte posterior)

• Grafam-se com "S" as formas dos verbos "pôr" e "querer" e de seus derivados:
 Pôr: pus, pôs, pusemos, puser, compôs, compusesse, impuser...
 Querer: quis, quisemos, quiseram, quiser, quisera, quiséssemos..

• Grafam-se com "S" os adjetivos com os sufixos -ês, -esa indicando nacionalidade, título ou origem:
Portugal: português, portuguesa
Inglaterra: inglês, inglesa
Japão: japonês, japonesa
Duque: duquesa
Barão: baronesa
Burgo: burguês, burguesa
Campo: camponês, camponesa

• Também grafam-se com "S" os substantivos e adjetivos derivados de outros terminados em -ês:
Burguês: burguesia
Freguês: freguesia
Cortês: cortesia
Mês: mesada

• Grafa-se -esa (com "S") nos seguintes substantivos cognatos de verbos terminados em -ender:
Defesa (defender)
Presa (prender)
Despesa (despender)
Represa (prender)
Empresa (empreender)
Surpresa (surpreender)

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• Escrevem-se com "S" os substantivos formados com o sufixo -isa indicando feminino:
Profeta: profetisa
Poeta: poetisa
Sacerdote: sacerdotisa

• Grafam-se com "S" os substantivos formados com o sufixo -ase, -ese, -ise, -ose indicando ação, processo ou mesmo tipos
de açúcares:
Metamorfose: processo de transformação
Virose: processo de infecção por vírus
Glicose, frutose, galactose: tipos de açúcares.
Ver ainda: frase, tese, crise, osmose, catequese

EMPREGA-SE O Z
• Derivadas de primitivas com Z.
Ex. enraizar (raiz), vazar (vazio)

• Escrevem-se com "Z" também os derivados de palavras cujo radical termina em "Z":
Cruzeiro (de cruz),
Enraizar (de raiz),
Envernizar (de verniz),
Cicatrizar (de cicatriz),
Apaziguar (de paz).

• Seguindo a mesma regra, usa-se a letra "Z" nas palavras derivadas de outras em que já existe "Z":
Deslizar, deslizante (derivadas de deslize),
abalizado (de baliza),
razoável, arrazoar, arrazoado (de razão),
esvaziar, vazar, vazamento, vazão, vazante (de vazio),
aprazível, prazeroso (de prazer),
buzinar (de buzina), batizado (de batizar),
desprezar, prezado (de prezar),
fuzilamento, fuzilado (de fuzil),
gozar (de gozo).

Listão de palavras com Z


assaz, azeite, azar, azedo,
amizade, baliza, buzina, bazar,
batizar, bissetriz, chafariz, cicatriz,
coalizão, cuscuz, deslize, desprezar,
fuzil, giz, gozo, granizo,
ojeriza, proeza, regozijo, talvez,
vazio, vizinho, verniz, xadrez.

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• A letra "Z" também é utilizada nos sufixos -ez, -eza formadores de substantivos abstratos femininos a partir de adjetivos:
Ácido: acidez Árido: aridez Avaro: avareza Ávido: avidez
Belo: beleza Estúpido: estupidez Franco: franqueza Frio: frieza
Inválido: invalidez Intrépido: intrepidez Leve: leveza Limpo: limpeza
Lúcido: lucidez Macio: maciez Mudo: mudez Nobre: nobreza
Pálido: palidez Pobre: pobreza Rápido: rapidez Rígido: rigidez
Rijo: rijeza Singelo: singeleza Sisudo: sisudez Surdo: surdez

• Usa-se a letra "Z" nos verbos formados com radicais que não terminem em "S" adicionados do sufixo -izar, nos verbos
formados com radicais terminados em "Z" adicionados de "-ar" e nos substantivos formados com o sufixo -ização:
Ameno: amenizar Anarquizar: anarquizar
Árvore: arborizar, arborização Canal: canalizar, canalização
Cicatriz: cicatrizar, cicatrização Civil: civilizar, civilização,
Colono: colonizar, colonização, Deslize: deslizar
Escravo: escravizar, escravização Fértil: fertilizar, fertilização,
Final: finalizar, finalização, Hospital: hospitalizar, hospitalização,
Humano: humanizar, humanização, Industrial: industrializar, industrialização,
Motor: motorizar, motorização Órgão: organizar, organização,
Real: realizar, realização, Útil: utilizar, utilização,
Vulgar: vulgarizar, vulgarização

• Como já vimos, usa-se a letra "Z" nos verbos formados com radicais que não terminem em "S" adicionados do sufixo –
izar.
EXCEÇÕES:
CatequeSe: catequiZar
BatiSmo: batiZar
HipnoSe: hipnotiZar
SínteSe: sintetiZar

• Grafam-se com "Z" os derivados em -zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita, -zada, -zarrão, -zona, -zorro, -zudo:
Cafezal, cafezeiro, cafezinho, avezinha, cãozito, avezita, pazada, canzarrão, avelãzeira, pastelzinho, pazona, mãozorra,
pezudo.
Nos seguintes vocábulos:
azar, azeite,
azedo, amizade,
buzina, bazar,
catequizar, chafariz,
cicatriz, coalizão,
cuscuz, proeza,
vizinho, xadrez,
verniz,

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EMPREGA-SE Ç:
• Nos substantivos derivados dos verbos "ter" e "torcer“
Exemplos:
ater- atenção distorcer-distorção
torcer- torção manter- manutenção
deter- detenção contorcer- contorção

• Palavras derivadas de primitivas escritas com Ç


baço – embaçado

• Verbos terminados em –ecer e –escer.


anoiteça (anoitecer)
floresça (florescer)

• Palavras de origem árabe, indígena e africana.


paçoca,
muçulmano,
miçanga.

• “Ç" deve ser usado em palavras derivadas de outras terminadas em "TO". Uma palavra bastante conhecida que segue essa
regra é "canção", que deriva de canto.
Outros exemplos de palavras que seguem essa regra são
"junção”: junto
"exceção”: exceto
"intenção”: intento

• O "Ç" também é usado em palavras que terminam com "TENÇÃO" e que se referem a verbos derivados de "TER". Um bom
exemplo dessa regra é a palavra "manutenção", que se refere ao verbo "manter", derivado de "ter".
Também seguem essa regra, por exemplo, as palavras
"detenção“: deter
"retenção“: reter
"contenção“: conter"

• Usa-se o "Ç" também em palavras derivadas daquelas terminadas em "TOR". Um exemplo bastante comum dessa regra é a
palavra "redação", que deriva de "redator".
Assim, quem sabe escrever "redação" corretamente e sabe o motivo, não tem problemas para escrever as palavras
"infração“: infrator
"tração“: trator“
"seção“: setor"
• O "Ç" também é usado nas palavras terminadas em "ÃO" e relacionadas àquelas que terminam em "TIVO", como por
exemplo a palavra "ação", relacionada a "ativo".

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Seguem, portanto, a mesma regra da palavra "ação", as palavras


"relação”: relativo
"intuição”: intuitivo
"introspecção“: introspectivo

• Em palavras derivadas de verbos, quando se retira deles apenas o "R" final, usa-se também o "Ç", como na palavra
"educação", que deriva de "educar".
Assim, as palavras
"importação”: importar
"repartição”: repartir
"fundição“: fundir

• Também após ditongos usa-se o "Ç", como em "eleição".


Assim, sabendo-se o motivo do "ç" em "eleição", deduz-se também o "ç" em "traição".
Aliás, o "ç" em "traição" também pode ser justificado pela regra anterior, afinal, "traição" deriva do verbo "trair", do qual se
retirou o "R" final.

• Também o "S" tem suas regras específicas. Por exemplo, usa-se o "S" em palavras derivadas de verbos terminados em
"NDER" e "NDIR", como por exemplo nas palavras "defesa" e "confusão", derivadas de "defender" e "confundir".
Guardando o motivo do "S" nessas palavras,
Compreensivo, compreensão: compreender
defensivo: defender
repreensão: repreender
expansão: expandir
fusão: fundir
pretensão, pretensioso, pretensa: pretender".

• Usa-se o "S" também em palavras derivadas de verbos terminados em "ERTER" e "ERTIR", como em "diversão", que deriva
de "divertir".
Seguindo a regra também temos, por exemplo, as palavras
inversão: inverter
conversão: converter
perversão: perverter

• Em palavras derivadas de verbos terminados em "CORRER" ou "PELIR" também é usado o "S". Como exemplos mais
comuns temos as palavras "concurso", derivada de "concorrer" e "compulsório", de "compelir".
Derivada de verbo terminado em "CORRER" temos ainda a palavra "discurso", derivada de "discorrer". E derivada de verbo
terminado em "PELIR" temos as palavras "expulso" e "expulsão", derivadas do verbo "expelir".
EMPREGA-SE SC:

Exemplos:
acréscimo, ascensorista, consciência, descender,
discente, fascículo, fascínio, imprescindível,
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miscigenação, miscível, plebiscito, rescisão,


seiscentos, transcender ascender (subir, galgar) ascendência
ascensorista ascensão discente fascículo
piscicultura áscio piscina miscelânea
obsceno suscitar fascismo nascedouro

 CUIDADO COM CERTAS PALAVRINHAS:


sucinto, docente, vicissitudes, facínora.

ÁSCIO – adjetivo

 Que não tem ou não faz sombra, diz-se de zona tórrida que, em duas épocas do ano, não tem sombra ao meio-dia

EMPREGA-SE SS:

Nos substantivos derivados de verbos terminados em "gredir", "mitir", "ceder" e "cutir“


Exemplos:
agredir- agressão
demitir- demissão
ceder- cessão
discutir- discussão
progredir- progressão
transmitir- transmissão
exceder- excesso
repercutir- repercussão

• Terminação dos superlativos sintéticos e do imperfeito do subjuntivo de todos os verbos.


lindíssimo, colhêssemos.

• Palavras ou radicais iniciados por S que entram na formação de palavras derivadas ou compostas.
homossexual (homo + sexual)

EMPREGA-SE SÇ:

Exemplos:
nascer- nasço, nasça
crescer- cresço, cresça
descer- desço, desça

EMPREGA-SE o XC e o XS:

Em dígrafos que soam como Ss

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Exemplos:
exceção,
excêntrico,
excedente,
excepcional,
exsudar

EMPREGA-SE O E:
1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -oar, -uar
Exemplos:

magOAR - magoe, magoes

dOAR – doe, does

continUAR- continue, continues

flutUAR – flutue, flutues

2) Em palavras formadas com o prefixo ante- (antes, anterior)


antebraço, antecipar

3) Nos seguintes vocábulos:


cadeado, confete, disenteria, empecilho, irrequieto,
mexerico, orquídea.

EMPREGA-SE O I:
1) Em sílabas finais dos verbos terminados em
-AIR, -OER, -UIR
Exemplos:

cair- cai
sair - saí
doer - dói
roer - roí
influir- influi
possuir - possui
retribuir - retribui

2) Em palavras formadas com o prefixo anti- (contra)


Exemplos:

Anticristo, antitetânico

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3) Nos seguintes vocábulos:


aborígine, artimanha, chefiar, digladiar, penicilina, privilégio.

EMPREGA-SE O O/U:
A oposição o/u é responsável pela diferença de significado de algumas palavras. Veja os exemplos:
 cOmprimento (extensão) e cUmprimento (saudação, realização)
 sOar (emitir som) e sUar (transpirar)
• Grafam-se com a letra O: bolacha, bússola, costume, moleque.
• Grafam-se com a letra U: camundongo, jabuti, Manuel, tábua

REGRAS DE USO DO HÍFEN


COMO ERA O USO ANTES
1. antiibérico, antiinflamatório, antiinflacionário, antiimperalista, arquiinimigo, arquiirmandade, microondas, microônibus,
microorgânico
Emprega-se o hífen nos compostos em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por
vogal igual.
anti-ibérico, anti-inflamatório, anti-inflacionário, anti-imperalista,
arqui-inimigo, arqui-irmandade, auto-oxidação, auto-observação
auto-ônibus, caixa-alta cidade-Estado contra-argumento,
contra-ataque, extra-abdominal, goma-arábica micro-ondas,
micro-ônibus, micro-orgânico, meia-armador, meia-atacante

2. Esta regra normaliza todos os casos do uso do hífen entre vogais iguais, como já acontecia anteriormente na língua em
compostos como:
 contra-almirante, eletro-ótica, extra-atmosférico, infra-assinado, infra-axilar, semi-interno, semi-integral, supra-auricular,
supra-axilar, ultra-apressado. (nestes casos, o hífen permanece.)

COMO ERA O USO ANTES


3. auto-afirmação, auto-ajuda, auto-aprendizagem, auto-escola, auto-estrada, auto-instrução, contra-exemplo, contra-
indicação, contra-ordem, extra-escolar, extra-oficial, infra-estrutura, intra-ocular, intra-uterino, neo-expressionista, neo-
imperialista, semi-aberto, semi-árido, semi-automático, semi-obscuridade, supra-ocular, ultra-elevado
Não se emprega o hífen nos compostos em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa
por vogal diferente.
autoafirmação, autoajuda, autoaprendizagem, autoescola,
autoestrada, autoinstrução, contraexemplo, contraindicação,
contraordem, extraescolar, extraoficial, infraestrutura,
intraocular, intrauterino, neoexpressionista, neoimperialista,
semiaberto, semiárido, semiautomático, semiobscuridade,
supraocular, ultraelevado

4. Esta nova regra normaliza os casos do uso do hífen entre vogais diferentes, como já acontecia anteriormente na língua em
compostos como: antiaéreo, antiamericanismo, agroindustrial, socioeconômico.

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COMO ERA O USO ANTES


5. ante-sala, ante-sacristia, auto-retrato, anti-social, anti-rugas, arqui-romântico, arqui-rivalidade, auto-regulamentação,
auto-sugestão, contra-senso,contra-regra, contra-senha, extra-regimento, extra-sístole, extra-seco, infra-som, infra-renal,
ultra-romântico, ultra-sonografia, semi-real, semi-sintético, supra-renal, supra-sensível
NÃO SE EMPREGA O HÍFEN nos compostos em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento
começa por R ou S, devendo essas consoantes se duplicarem
antessala, antessacristia, autorretrato, antissocial,
antirrugas, arquirromântico, arquirrivalidade, autorregulamentação,
autossugestão, contrassenso, contrarregra, contrassenha,
extrarregimento, extrasseco, infrassom, infrarrenal,
ultrarromântico, ultrassonografia, semirreal, semissintético,
suprarrenal, suprassensível

6. O uso do hífen permanece nos compostos com prefixo em que o segundo elemento começa por -H:
ante-hipófise, anti-herói, anti-higiênico, anti-hemorrágico,
extra-humano, hiper-hidratação, hiper-humano, mal-humorado,
médico-hospitalar, neo-helênico, neo-humorismo semi-herbáceo,
Semi-hispânico Serni-histórico, sobre-humano super-homem,

7. No caso de prefixo CO-, em geral, não se usa o hífen, mesmo que o segundo elemento comece pela vogal O:
Coadministrador Coaluno Coapóstolo Coarrendamento
Coautoria Codelinquência Codenunciado Codetentor
Codevedor Codialeto Codiretor Codiretoria
Codoador Codonatário Coedição Coeducação
Coeminente Cofator Cointeressado

8. Nos compostos com os prefixos CIRCUM- e PAN- quando o segundo elemento começa por vogal, M ou N:
1.
Circum-adjacência Circum-adjacente Circum-ambiência Circum-mediterrâneo
Circum-meridiano Circum-navegação Circum-navegador Circum-navegante
Circum-navegar Circum-navegável Circum-oral Circum-orbital
Pan-americano Pan-africano Pan-arábico Pan-asiático
Pan-europeu Pan-harmônico Pan-helênico Pan-hispânico
Pan-islâmico Pan-mixia Pan-negritude Pan-ortodoxo

9. O HÍFEN PERMANECE nos compostos em que os prefixos SUPER, HIPER, INTER, terminados em -R, aparecem
combinados com elementos também iniciadas por -R
hiper-rancoroso, hiper-realista, hiper-requintado, hiper-requisitado,
inter-racial, inter-regional, inter-relação, Inter-renal
super-racional, super-realista, super-resistente, super-revista.

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10. O uso do hífen permanece nas palavras compostas que não contém um elemento de ligação e constituem uma unidade
sintagmática e semântica, mantendo acento próprio, bem como naquelas que designam espécies botânicas e zoológicas:
ano-luz, azul-escuro, médico-cirurgião, conta-gotas,
guarda-chuva, segunda-feira, tenente-coronel, beija-flor,
couve-flor, erva-doce, bem-te-vi, formiga-branca

11. Nos topônimos iniciados pelos adjetivos GRÃO e GRÃ ou por forma verbal ou por elementos que incluam um artigo:
Grã-Bretanha,
Santa Rita do Passa-Quatro,
Baía de Todos-os-Santos.

COMO ERA O USO ANTES


12. manda-chuva, pára-quedas, pára-quedista, pára-lama, pára-brisa, pára-choque, pára-vento.
Não SE EMPREGA o hífen em certos compostos em que se perdeu, em certa medida, a noção de composição.
mandachuva, paraquedas,
paraquedista, paralama,
parabrisa, parachoque,

A) Formas adjetivas como afro, luso, anglo, latino não se ligam por hífen:
afrodescendente,
eurocêntrico,
lusofobia,
eurocomunista

B) Mas com adjetivos pátrios (de identidade), usa-se o hífen:


afro-americano,
latino-americano,
indo-europeu,
ítalo-brasileira,
anglo-saxão

ALGUMAS DIFICULDADES DA LÍNGUA PORTUGUESA

Observar maiúsculas no início das frases, isto é na primeira palavra, basta seguir o modelo.
USO DOS PORQUÊS
a) por que: usado nas interrogativas diretas e indiretas. É usado também quando puder ser substituído pelo qual, por qual
motivo.
 Por que você não veio?
 Quero saber por que você não veio.
 Essa é a rua por que (pela qual) passamos.

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b) porque: usado para explicar ou indicar uma causa ou uma explicação.


 Venha porque preciso de você.
 Faltei porque estava doente.

c) por quê: usado no final de frase ou quando estiver isolado.


 Até hoje não entendi por quê, mas ele sempre tem as mesmas atitudes.
 Hoje não tem aula. Por quê?

d) porquê: tem o sentido de causa, motivo, razão. É um substantivo.


 Quero saber o porquê da sua falta.
 Quebrei o braço. Eis o porquê da minha falta.

HÁ / A
a) há: é usado para indicar tempo decorrido.
 Há duas semanas estou procurando você.

b) a: é usado para indicar tempo futuro e distância.


 Daqui a pouco iremos à festa.
 Minha casa fica a quinhentos metros da escola.

MAU / MAL
a) mau: é um adjetivo e tem como antônimo a palavra bom.
 Você não é um mau aluno.

b) mal: é um advérbio e antônimo de bem.


 Estou passando mal.

AFIM / A FIM
a) afim: quando queremos dizer semelhante.
 Temos temperamentos afins.

b) a fim: quando introduzimos uma oração que indica finalidade.


Nesse caso, a expressão se faz seguir pelo vocábulo de.
 Estamos aqui, a fim de estudar.

Observação: Evite empregar a expressão estar a fim de no sentido de estar com vontade de em textos mais elaborados.
Trata-se de um modismo, de gíria. Seu emprego só se justifica em textos coloquiais: Eu não estou a fim de sair hoje.

A CERCA DE / ACERCA DE / HÁ CERCA DE


a) a cerca de significa a uma distância.
 Piraju fica a cerca de quatro horas da capital.
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b) acerca de significa sobre, a respeito de um assunto.


 Conversaram muito acerca de política.
 Haverá uma palestra acerca das consequências das queimadas sobre a temperatura ambiente.

c) há cerca de significa que faz ou existe(m) aproximadamente.


 Moro neste apartamento há cerca de oito anos.
 Os primeiros colonizadores surgiram há cerca de quinhentos anos.

SE NÃO / SENÃO
Se não der para você vir, não tem problema.
Caso não dê para você vir, não tem problema.
Agora, observe:
O que é isso, senão uma briga?
O que é isso, caso não uma briga?
A substituição feita acima de “senão” por “caso não” foi insatisfatória, pois não ficou coerente, não tem sentido!
Logo, percebemos que “se não” e “senão” NÃO possuem o mesmo significado, uma vez que não podem ser substituídos pela
mesma expressão.
Use “se não” (união da conjunção se + advérbio não) quando puder trocar por “caso não”, quando a conjunção “se” for
integrante e estiver introduzindo uma oração objetiva direta: Perguntei a ela se não queria dormir em minha casa.

Use “senão” quando puder substituir por “do contrário”, “de outro modo”, “caso contrário”, “porém”, “a não ser”, “mas
sim”, “mas também”.

Veja alguns exemplos:


a) Você tem de comer toda a comida do prato, senão é desperdício. (de outro modo)
b) Se o clima estiver bom você vai, senão não vai. (do contrário)
c) Não lhe resta outra coisa senão pedir perdão. (a não ser)

POR ISSO / DE REPENTE / A PARTIR DE


Estas expressões, por serem compostas por vocábulos independentes, são grafadas separadamente.
por isso (e não porisso), de repente (e não derrepente), a partir de (e não apartir de).

AO ENCONTRO DE / DE ENCONTRO A
a) ao encontro de quer dizer favorável a, para junto de.
 Isso vem ao encontro do desejo dos funcionários.
 Sairemos ao encontro dos colegas de classe.

b) de encontro a quer dizer contra.


 Um carro foi de encontro a outro.
 Algumas opiniões divergentes foram de encontro as ideias da Igreja.

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PARA EU / PARA MIM


O eu deve ser empregado quando for sujeito de um verbo no infinitivo (ex: ar, er, ir). O mim, quando for complemento ou
adjunto adverbial, uma vez que este pronome não pode conjugar verbos.
 Para mim não é difícil subir as escadas.
 Ele deu o livro para mim.
 Ele deu o livro para eu guardar (e não: para mim guardar).
 Para eu enviar.

EM VEZ DE / AO INVÉS DE
a) em vez de significa em lugar de. Supõe uma simples substituição.
 Em vez de estudar, foi passear.

b) Ao invés de é da mesma família de inverso, contrário. Significa ao contrário de. Supõe oposição.
 Ao invés de chutar para frente, chutou para trás.

ONDE / AONDE / DONDE


As formas onde, aonde e donde podem ser classificadas como advérbio de lugar ou pronome relativo (quando retoma um
termo anterior).
As duas últimas só ocorrem se houver as combinações das preposições a e de (exigidas por um verbo
ou por um nome) + onde.
Veja:
– Estou onde quero na empresa. (advérbio de lugar)
– O Exército, para onde fui, é minha casa. (Pronome relativo. Quem vai (no sentido de ir e permanecer), vai para algum lugar.)

– Donde você saiu para chegar aonde se encontra? (Advérbios de lugar. Quem sai, sai de algum lugar e quem chega, chega a
algum lugar.)

2) Uma maneira prática para saber usar onde ou aonde é perceber se o verbo indica noção estática ou noção dinâmica.
Veja: Aonde você mora? (errado) / Onde você mora? (certo; noção estática) /
Aonde você está? (errado) / Onde você está?(certo; noção estática) /
Onde você foi? (errado) / Aonde você foi? (certo; noção dinâmica).
Onde você pretendechegar com essa atitude? (errado) / Aonde você pretende chegar com essa atitude? (certo; noção
dinâmica)

HAJA VISTA / HAJA VISTO


Nessa expressão, a palavra vista é sempre invariável e significa por causa de, devido a, uma vez que, visto que, já que,
tendo em vista.
O trânsito na estrada que liga São Paulo a Campinas está caótico: haja vista o trágico acidente que acabou de acontecer.

MAIS / MAS
A forma mais (normalmente advérbio ou pronome indefinido) está ligada à ideia de quantidade, intensidade ou tempo
(neste caso, quando vem depois de uma negação).
Mas é uma conjunção coordenativa adversativa, quando equivale a porém;
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é uma conjunção coordenativa aditiva, quando antes vêm as expressões “não só/não apenas/não somente”.
Só de curiosidade: a pronúncia é a mesma.
– Sou mais feliz quando estou com você, mas você nunca está aqui. (advérbio de intensidade, conjunção coordenativa
adversativa)
– Dedique mais tempo a sua esposa, e ela não vai mais cobrar nada de você. (pronome indefinido – quantidade –, advérbio
de tempo)
– Não só fiquei mais contente, mas também extremamente realizado. (advérbio de intensidade, conjunção coordenativa
aditiva)

TODO/ TODO O
 todo o (específica) / todo ( generaliza)
a) todo o significa inteiro.
 Todo o aluno que estudar será bem sucedido profissionalmente.

b) todo significa qualquer.


 Todo idoso merece respeito.

OBRIGADO / OBRIGADA
a) Um homem diz sempre obrigado, independentemente do sexo da pessoa a quem estiver agradecendo.
 Obrigado, disse o candidato ao entrevistador.

b) Uma mulher deve sempre dizer obrigada, a quem quer que seja.
 Muito obrigada pela atenção, disse a moça ao encerrar o discurso.
Admite flexão no plural: As alunas disseram obrigadas ao professor.

DE MAIS / DEMAIS
De mais é uma locução adjetiva; normalmente essa expressão se liga a um substantivo.
Já demais é um advérbio de intensidade ou um pronome indefinido.
– Eles têm dinheiro de mais.
– O professor fala demais.
– Precisamos explicar os demais assuntos.

A NÍVEL / EM NÍVEL
O uso da expressão a nível de tornou-se popular mesmo entre pessoas de elevado nível social. Evite-a.
Frequentemente ouvimos que o assunto será tratado a nível de direção.
Essa expressão exige a preposição em e, não, a preposição a.
Dica: Para ter certeza, coloque o adjetivo alto ao lado do substantivo nível e, perceba que a construção pede a preposição
EM. Ninguém diria, por exemplo, discutir o assunto a alto nível, mas, sim, discutir o assunto em alto nível.

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NEM UM / NENHUM
Nem um equivale normalmente a sequer um; já nenhum é um pronome indefinido.
– Ela não me deixou expor nem um pensamento.
– Nenhum homem será capaz de me dissuadir

A PRINCÍPIO, EM PRINCÍPIO OU POR PRINCÍPIO


A princípio significa no início.
Em princípio significa em tese.
Por princípio significa por convicção.
A princípio significa no início, no começo, no primeiro tempo, inicialmente, antes de mais nada, antes de tudo, antes de
qualquer coisa.
Exemplos:
A princípio iremos ler o relato do que aconteceu e só de seguida iremos ouvir suas explicações.
Eu queria ser médica a princípio, mas depois preferi ser veterinária.
A princípio será difícil aprender a patinar, mas com o tempo você conseguirá patinar muito bem.

Em princípio significa em tese, teoricamente, conceitualmente, de modo geral.


Exemplos:
Em princípio, todos os alunos passarão para a quarta série.
Todos os cidadãos têm, em princípio, direitos iguais perante a lei.
Em princípio, você será a melhor pessoa para desempenhar este cargo.

Por princípio significa por convicção.


Exemplos:
Por princípio, não participarei nessa atividade porque não a considero correta.
Sou, por princípio, completamente contra o aborto.
Por princípio, eu acho que sua atitude racista está errada.

Haver:
 Não a vejo há anos. (Tempo decorrido)
 Havia muitos alunos naquela aula. (Verbo Haver significando existir)

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FAZ DIAS / FAZEM DIAS


O verbo fazer, usado para indicar tempo (minutos, horas, dias, semanas, meses, anos), é impessoal. Deve permanecer
sempre na terceira pessoa do singular.
 Faz 5 anos que voltei a estudar.
 Fazia meses que não nos víamos.

TÃO POUCO / TAMPOUCO


a) tão pouco acompanha substantivo. Pouco é variável.
 Estou muito envolvido com meu trabalho, por isso, tenho tão pouco tempo para assumir outros compromissos.
 Tenho tão poucos amigos!

b) tampouco é invariável, refere-se a um verbo e significa também não.


 Se o professor não resolveu o problema, tampouco o resolveriam os alunos.

DUZENTAS GRAMAS / DUZENTOS GRAMAS


a) As unidades de massa grama e quilograma são masculinos.
 Quanto está valendo o grama do ouro?

b) grama, com o sentido de relva, capim, é vocábulo feminino.


 Cortaram a grama do jardim.
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Observação: A maioria das palavras terminadas por ma são masculinas: o grama, o cisma (separação), o teorema, o trema, o
telefonema entre outras.

ESTÁ NO HORÁRIO DE O TREM CHEGAR/


ESTÁ NO HORÁRIO DO TREM CHEGAR?
A primeira alternativa é a correta, porque o trem é o sujeito e não do trem.
A maneira de o aluno gravar isso é a seguinte: alterar a ordem das palavras – está no horário de chegar o trem (e não – está
no horário do chegar trem – construção agramatical na língua portuguesa).
 Surgiu a ocasião de ele mostrar sua bondade. (de mostrar ela)
 Pelo fato de o chefe ter ido lá, eu não me assusto. (de ter ido o chefe)

TRABALHARAM e TRABALHARÃO
A dúvida ocorre porque, em ambas as palavras, há um ditongo nasal (am e ão).
Usa-se ão, quando essa sílaba é tônica (e isso só acontece no futuro do presente e com pouquíssimos verbos no presente do
indicativo: dão, estão, vão, hão, são).
Ex.:
 Se houver oportunidade, eles trabalharão na fábrica.
 Eles não estão satisfeitos com as medidas governamentais.
Usa-se am, quando a sílaba é átona (isso ocorre na 3ª p. pl.: com a primeira conjugação, no presente do indicativo; com a
segunda e terceira conjugações, no presente do subjuntivo; e com as três conjugações nos pretéritos perfeito, imperfeito e
mais-que-perfeito e no futuro do pretérito do indicativo).
Ex.:
 Eles trabalham. Que eles vendam. Que eles partam.
 Eles trabalharam, venderam, partiram.
 Eles trabalhavam, vendiam, partiam.
 Eles trabalhariam, venderiam, partiriam.

EU TI AMO ou EU TE AMO?
Embora se veja a primeira forma até em pichação de muros, apenas a segunda é a correta.
Ti é um pronome pessoal oblíquo tônico que sempre vem acompanhado de preposição (a, de, por, etc.)
Ex.:
 Dirigiu-se a ti e não a mim.

Te é um pronome pessoal oblíquo átono que se liga diretamente ao verbo.


Ex.:
 Eu te elogiei para o diretor. (te = obj. dir.)
 Nós te daremos um abraço. (te = obj. ind.)
 Machucaram-te a perna. (te = tua = adj. adn.)

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