Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CONCURSO:
1 – Interpretação de Textos.....................................................................................................................01
2 – Tipologia Textual................................................................................................................................02
3 – GênerosTextuais.................................................................................................................................10
4 – Semântica/Estilística: Figuras de Linguagem......................................................................................17
5 – Variação Linguística: Norma-padrão..................................................................................................26
6 – Mecanismos de Coesão Textual: Domínio dos Elementos de Coesão................................................31
7 – Morfologia: Processo de Formação das Palavras...............................................................................39
8 – Período Composto por Subordinação: Oração Subordinadas Adjetivas............................................79
9 – Colocação Pronominal........................................................................................................................81
ÍNDICE: 10 – Verbos: Mecanismo de Flexão dos Verbos.......................................................................................91
11 – Locuções Verbais (Perífrases Verbais) .............................................................................................98
12 – Concordância Verbal e Nominal.....................................................................................................119
13 – Processos de Coordenação e de Subordinação..............................................................................130
14 – Regência Verbal e Nominal – Crase................................................................................................140
15 – Sintaxe: Frase, Oração e Período; Termos da Oração; Estudo do Período Simples........................160
16 – Emprego dos Sinais de Pontuação..................................................................................................175
17 – Acentuação Gráfica........................................................................................................................185
18 – Ortografia.......................................................................................................................................192
1 – INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
Em média 40% das questões elaboradas pelas bancas examinadoras versam sobre leitura, compreensão e interpretação.
Em alguns concursos, o candidato é desafiado a enfrentar 2 ou mais textos de características bastante diferentes e o número
de perguntas que exigem uma perfeita compreensão ou interpretação do que foi lido cresce ainda mais (e ainda há várias
outras disciplinas para responder!).
INTERPRETAR COMPREENDER
------------------------------------------------------------------------- -------------------------------------------------------------------------
explicar, comentar, julgar, intelecção, entendimento,
tirar conclusões, deduzir. atenção ao que realmente está escrito.
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
✓ O primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é a identificação de sua ideia principal.
✓ Faça leitura atenciosa de cada período, busque identificação da palavra-chave.
A partir daí, localizam-se as
✓ Ideias secundárias,
✓ Fundamentações,
✓ Argumentações,
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 1
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
INTERPRETAR COMPREENDER
------------------------------------------------------ ------------------------------------------------------
explicar, comentar, julgar, intelecção, entendimento,
tirar conclusões, deduzir. atenção ao que realmente está escrito.
- TIPOS DE ENUNCIADOS - TIPOS DE ENUNCIADOS
• Através do texto, INFERE-SE que... • O texto DIZ que...
• É possível DEDUZIR que... • É SUGERIDO pelo autor que...
• De acordo com o texto, qual é a INTENÇÃO do • De acordo com o texto, é CORRETA ou ERRADA a
autor ao afirmar que... afirmação...
• O autor permite CONCLUIR que... • O narrador AFIRMA...
ERROS DE INTERPRETAÇÃO
É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de erros de interpretação. Os mais frequentes são:
a) Extrapolação (viagem)
Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias que não estão no texto, quer por conhecimento prévio do tema quer
pela imaginação.
b) Redução
É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto, esquecendo que um texto é um conjunto de ideias, o que
pode ser insuficiente para o total do entendimento do tema desenvolvido.
c) Contradição
Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas e,
consequentemente, errando a questão.
OBSERVAÇÃO - Muitos pensam que há a óptica do escritor e a óptica do leitor. Pode ser que existam, mas numa prova de
concurso qualquer, o que deve ser levado em consideração é o que o AUTOR DIZ e nada mais.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 2
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
galinhas, endireitou o poleiro. Em seguida foi ao quintalzinho regar os craveiros e as panelas de losna. E botou os filhos para
dentro da casa, que tinham barro até nas meninas dos olhos. Repreendeu-os:
— Safadinhos! Porcos! Sujos como...
— Deteve-se. Ia dizer que eles estavam sujas como papagaios.
Os pequenos fugiram, foram enrolar-se na esteira da sala, por baixo do caritó, e sinhá Vitória voltou para junto da trempe,
reacendeu o cachimbo. A panela chiava; um vento morno e empoeirado sacudiu as teias de aranha e as cortinas de pucumã
do teto; Baleia, sob o jirau, coçava-se com os dentes e pegava moscas. (...)
(Adaptado de Graciliano Ramos. Vidas Secas.)
Modalidade em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo
certos personagens.
Há uma relação de anterioridade e posterioridade.
Estamos cercados de narrações desde as que nos contam histórias infantis até às piadas do cotidiano.
É o tipo predominante nos gêneros: conto, fábula, crônica, romance, novela, depoimento, piada, relato.
PROTAGONISTAS E ANTAGONISTAS
Existe um
• protagonista (personagem principal)
• antagonista (personagem que atua contra o protagonista, impedindo-o de alcançar seus objetivos).
Há também os coadjuvantes, esses são personagens secundários que também exercem papéis fundamentais na história.
OS ELEMENTOS DA NARRATIVA
• Foco narrativo
1ª pessoa: narrador- personagem
3ª pessoa: narrador-observador
• Personagens (protagonista, antagonista e coadjuvante)
• Narrador (narrador-personagem, narrador-observador)
• Tempo (cronológico e psicológico)
• Espaço.
TIPOS DE DISCURSO
DISCURSO DIRETO: o narrador apresenta a própria personagem falando diretamente, permitindo ao autor mostrar o que
acontece em lugar de simplesmente contar.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 3
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Características
• Utilização dos verbos da categoria dicendi, ou seja, aqueles que têm relação com o verbo "dizer", chamados de "verbos de
elocução", a saber: falar, responder, perguntar, indagar, declarar, exclamar, entre outros.
• Utilização dos sinais gráficos - travessão, exclamação, interrogação, dois pontos, aspas.
• Inserção do discurso no meio do texto - não necessariamente numa linha isolada.
Exemplos
1. Os formados repetiam: "Prometo cumprir meus deveres e respeitar meus semelhantes com firmeza e honestidade."
2. O réu afirmou: "Sou inocente!"
3. Querendo ouvir sua voz, resolveu telefonar:
— Alô, quem fala?
— Bom dia, com quem quer falar? — respondeu com tom de simpatia.
DISCURSO INDIRETO: o narrador interfere na fala da personagem. Ele conta aos leitores o que a personagem disse, mas
conta em 3ª pessoa. As palavras da personagem não são reproduzidas, mas traduzidas na linguagem do narrador. Pode ser
também: depoimento, piada, relato.
Características
• O discurso é narrado em terceira pessoa.
• Algumas vezes são utilizados os verbos de elocução, por exemplo: falar, responder, perguntar, indagar, declarar,
exclamar, contudo não há utilização do travessão, uma vez que geralmente as orações são subordinadas, ou seja,
dependem de outras orações, o que pode ser marcado através da conjunção “que” (verbo + que).
Exemplos
1. Os formados repetiam que iriam cumprir seus deveres e respeitar seus semelhantes com firmeza e honestidade.
2. O réu afirmou que era inocente.
3. Querendo ouvir sua voz, resolveu telefonar. Cumprimentou e perguntou quem estava falando. Do outro lado, alguém
respondeu ao cumprimento e perguntou com tom de simpatia com quem a pessoa queria falar.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 4
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
DISCURSO INDIRETO LIVRE: é uma combinação dos dois anteriores, confundindo as intervenções do narrador com as dos
personagens. É uma forma de narrar econômica
e dinâmica, pois permite mostrar e contar os fatos a um só tempo.
Características
• Liberdade sintática.
• Aderência do narrador ao personagem.
Ex:
Enlameado até a cintura, Tiãozinho cresce de ódio. Se pudesse matar o carreiro... Deixa eu crescer!... Deixa eu ficar grande!...
Hei de dar conta deste danisco... Se uma cobra picasse seu Soronho... Tem tanta cascavel nos pastos... Tanta urutu, perto de
casa... se uma onça comesse o carreiro, de noite... Um onção grande, da pintada... Que raiva!...
Guimarães Rosa. Sagarana. Rio de Janeiro
Descritivo
• Revela-se pela enumeração de características de um ser, de um objeto, de um ambiente, de uma cena.
(...)
Era alto, magro, vestido todo de preto, com o pescoço entalado num colarinho direito. O rosto aguçado no queixo ia
alargando-se até a calva, vasta e polida, um pouco alongada no alto; tingia os cabelos que duma orelha a outra faziam colar
por trás da nuca — e aquele preto lustroso dava, pelo contraste, mais brilho à calva; mas não tingia o bigode. Tinha-o
grisalho, farto e caído aos cantos da boca. Era muito pálido; nunca tirava as lunetas escuras. Tinha uma covinha no queixo, e
as orelhas grandes muito despegadas do crânio.
Fora outrora diretor geral do ministério do reino, e sempre que dizia — El Rei! Erguia-se um pouco na cadeira. Os
seus gestos eram medidos, mesmo a tomar rapé. Nunca usava palavras triviais; não dizia vomitar, fazia um gesto indicativo e
empregava restituir.
(...)
(Adaptado de Eça de Queirós. O Primo Basílio).
Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A classe de palavras mais
utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua função caracterizadora.
Numa abordagem mais abstrata, pode-se até descrever sensações ou sentimentos.
Significa "criar" com palavras a imagem do objeto descrito.
É fazer uma descrição minuciosa do objeto ou da personagem a que o texto se pega.
É um tipo textual que se agrega facilmente aos outros tipos em diversos gêneros textuais.
Tem predominância em gêneros como: cardápio, folheto turístico, anúncio classificado.
Características
• Retrato verbal
• Ausência de ação e relação de anterioridade ou posterioridade entre as frases
• Predomínio de substantivos, adjetivos e locuções adjetivas
• Utilização da enumeração e comparação
• Presença de verbos de ligação
• Verbos flexionados no presente ou no pretérito (passado)
Tipos de Descrição
Conforme a intenção do texto, as descrições são classificadas em:
Descrição Subjetiva: apresenta as descrições de algo, todavia, evidencia as impressões pessoais do emissor (locutor) do
texto. Exemplos são nos textos literários repletos de impressões dos autores.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 5
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Descrição Objetiva: nesse caso, o texto procura descrever de forma exata e realista as características concretas e físicas de
algo, sem atribuir juízo de valor, ou impressões subjetivas do emissor. Exemplos de descrições objetivas são os retratos
falados, manuais de instruções, verbetes de dicionários e enciclopédias.
Exemplos
Descrição Subjetiva
“Ficara sentada à mesa a ler o Diário de Notícias, no seu roupão de manhã de fazenda preta, bordado a sutache, com largos
botões de madrepérola; o cabelo louro um pouco desmanchado, com um tom seco do calor do travesseiro, enrolava-se,
torcido no alto da cabeça pequenina, de perfil bonito; a sua pele tinha a brancura tenra e láctea das louras; com o cotovelo
encostado à mesa acariciava a orelha, e, no movimento lento e suave dos seus dedos, dois anéis de rubis miudinhos davam
cintilações escarlates.”
(O Primo Basílio, Eça de Queiroz)
Descrição Objetiva
"A vítima, Solange dos Santos (22 anos), moradora da cidade de Marília, era magra, alta (1,75), cabelos pretos e curtos; nariz
fino e rosto ligeiramente alongado."
Dissertativo expositivo
• Estrutura-se na enunciação de fatos e dados sem defender uma opinião específica. Apenas expõe ideias sobre um
determinado assunto. Privilegia a informação.
O TELEFONE CELULAR
A história do celular é recente, mas remonta ao passado – e às telas de cinema. A mãe do telefone móvel é a austríaca
Hedwig Kiesler (mais conhecida pelo nome artístico Hedy Lamaar), uma atriz de Hollywood que estrelou o clássico Sansão e
Dalila (1949).
Hedy tinha tudo para virar celebridade, mas pela inteligência. Ela foi casada com um austríaco nazista fabricante de
armas. O que sobrou de uma relação desgastante foi o interesse pela tecnologia.
Já nos Estados Unidos, durante a Segunda Guerra Mundial, ela soube que alguns torpedos teleguiados da Marinha
haviam sido interceptados por inimigos. Ela ficou intrigada com isso, e teve a ideia: um sistema no qual duas pessoas podiam
se comunicar mudando o canal, para que a conversa não fosse interrompida. Era a base dos celulares, patenteada em 1940.
Dissertação-Expositiva
Apresenta um saber já construído e legitimado, ou um saber teórico.
Apresenta informações sobre assuntos, expõe, reflete, explica e avalia ideias de modo objetivo.
O texto expositivo apenas expõe ideias sobre um determinado assunto. A intenção é informar, esclarecer.
Ex: aula, resumo, textos científicos, enciclopédia, textos expositivos de revistas e jornais.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 6
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Dissertativo argumentativo
• Estrutura-se no encadeamento das ideias com a finalidade de defender um determinado ponto de vista.
É possível afirmar que o celular é o dispositivo mais usado no mundo, ele deixa de ser uma agenda telefônica e passa
a ter várias utilidades (notícias, pesquisas, filmes e séries, redes sociais), podemos perceber que atualmente a utilização do
aparelho tornou-se um vício para os indivíduos. O uso de celular durante a aula é um utensílio de desatenção ou de auxílio?
Por meio do uso do celular é possível esclarecer dúvidas realizando pesquisas, que anteriormente eram feitas em
bibliotecas, assistir a "vídeo-aulas" e debater sobre determinado assunto por meio de grupos em redes sociais, a exemplo de
Facebook, Whatsapp, Twitter.
Podem-se destacar também pontos negativos. Segundo a pesquisa do "Hypescience" (hiperciência), o uso excessivo
do celular pode prejudicar a memória, assim afetando também a saúde. Além disso, faz que o aluno tenha desconcentração,
pois, com o uso do "smarthphone", fica ainda mais difícil de obter a atenção do aluno, assim não tendo absorção completa
do assunto.
Portanto, faz-se necessário os filhos terem educação por parte dos pais ou responsáveis para que haja a utilização
do dispositivo apenas quando necessário e de forma adequada, deve-se impor regras para o uso moderado, assim
beneficiando o professor e o aluno, o que permite a aula fluir melhor.
Um texto dissertativo-argumentativo faz a defesa de ideias ou um ponto de vista do autor.
O texto, além de explicar, também persuade o interlocutor, objetivando convencê-lo de algo.
Caracteriza-se pela progressão lógica de ideias.
Geralmente utiliza linguagem denotativa.
É tipo predominante em: sermão, ensaio, monografia, dissertação, tese, ensaio, manifesto, crítica, editorial de jornais e
revistas.
Estas estratégias argumentativas validam os argumentos, dotando-os de autoridade, consenso, lógica, competência e
veridicidade. Assim, os leitores não só refletem sobre estes dados, como ficam obrigados a concordar com os argumentos,
sem hipótese de os rebater.
Além disso, diversos recursos de linguagem podem ser usados para captar a atenção do leitor e convencê-lo da correção da
tese, como a utilização de uma linguagem formal, de perguntas retóricas, de repetições, de ironia, de exclamações.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 7
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 8
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Injuntivo
• Revela-se pela finalidade de instruir e de ordenar(caráter prescritivo) atividades para o leitor realizar uma determinada
ação.
Os verbos são, na sua maioria, empregados no modo imperativo, porém nota-se também o uso do infinitivo.
Ex: ordens; pedidos; súplica; desejo; manuais e instruções para montagem ou uso de aparelhos e instrumentos; textos com
regras de comportamento; textos de orientação (ex: recomendações de trânsito); receitas, cartões com votos e desejos (de
natal, aniversário).
-Instrucional: O texto apresenta apenas um conselho, uma indicação e não uma ordem.
-Prescrição: O texto apresenta uma ordem, a orientação dada no texto é uma imposição.
Exemplo:
BOLO DE CENOURA
Ingredientes
Massa
3 unidades de cenoura picadas
3 unidades de ovo
1 xícaras (chá) de óleo de soja
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 9
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Como fazer
Massa
Coloque os ingredientes no liquidificador, e acrescente aos poucos a farinha.
Leve para assar em uma forma untada.
Depois de assado cubra com a cobertura.
Cobertura
Misture todos os ingredientes e leve ao fogo e deixe ferver até engrossar.
5. PREDIÇÃO
Caracterizado por predizer algo ou levar o interlocutor a crer em alguma coisa, a qual ainda está por ocorrer.
É o tipo predominante nos gêneros: previsões astrológicas, previsões meteorológicas, previsões escatológicas/apocalípticas.
6. DIALOGAL / CONVERSACIONAL
Caracteriza-se pelo diálogo entre os interlocutores. É o tipo predominante nos gêneros: entrevista, conversa telefônica, chat.
BREVE RESUMO PARA FIXAÇÃO
Narração: Personagens, Enredo, Espaço...
Descrição: Caracterização, Enumeração, Comparação, Retrato Verbal...
Dissertação: Expositiva, Argumentativa, Debater...
Injunção: Instrucional (Manuais, Receitas, Bulas...)
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 10
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
GÊNERO FÁBULA: é uma narrativa curta, onde os personagens mais importantes geralmente são animais que pensam e
agem como pessoas. A história termina com uma moral, que tem objetivo de ensinar uma lição. TIPOLOGIA: Narrativo
O Leão e o Rato
– Um Leão dormia sossegado, quando foi acordado por um Rato, que passava correndo em cima de seu rosto. Com um
ataque ágil ele o agarrou, e estava pronto para matá-lo, ao que o Rato implorou: Por favor, se o senhor me soltar, tenho
certeza que um dia poderia retribuir sua bondade. Rindo por achar ridícula a ideia, assim mesmo, ele resolveu solta-lo. Pouco
tempo depois, o Leão caiu numa armadilha colocada por caçadores. Preso ao chão, amarrado por fortes cordas, sequer podia
mexer-se. O Rato, ouvindo seu rugido, se aproximou e roeu as cordas até deixá-lo livre. Então disse: O senhor riu da ideia de
que eu jamais seria capaz de ajudá-lo. Nunca esperava receber de mim qualquer favor em troca do seu! Mas agora sabe que
mesmo um pequeno Rato é capaz de retribuir um favor a um poderoso Leão.
(Baseada na obra de ESOPO).
Moral da História
Os pequenos amigos podem se revelar os melhores e mais leais.
GÊNERO APÓLOGO: texto protagonizado por coisas inanimadas (plantas, pedras, rios, relógios, montanhas, estátuas) que
adquirem certos dotes humanos.
● Gênero alegórico que ilustra um ensinamento de vida por meio de situações semelhantes às reais, envolvendo pessoas,
objetos ou animais, seres animados ou inanimados;
● Os apólogos têm o objetivo de atingir os conceitos humanos de forma que os modifique e reforme, levando-os a agir de
maneira diferente. Os exemplos são utilizados para ajudar a modificar conceitos e comportamentos humanos, de ordem
moral e social
● Diferencia-se da parábola, pois esta trata de questões religiosas e lições éticas, enquanto o apólogo fala de qualquer tipo
de lição de vida, mesmo que esta não seja a que é adotada pela maioria como a maneira correta de agir.
TIPOLOGIA: Narrativo
EXEMPLO DE APÓLOGO
Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
- Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma coisa neste mundo?
- Deixe-me, senhora.
- Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei
sempre que me der na cabeça.
- Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça.
Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.
- Mas você é orgulhosa.
- Decerto que sou.
- Mas por quê?
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 11
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
- É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?
- Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu, e muito eu?
Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados…
- Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu
faço e mando…
- Também os batedores vão adiante do imperador.
- Você é imperador?
- Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai
fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto…
Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma
baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha,
pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era
a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana – para dar a isto uma cor poética. E dizia a
agulha:
- Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa
comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima.
A linha não respondia nada; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa como
quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também,
e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o
sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte; continuou ainda nesse e no outro, até que no quarto acabou a obra, e
ficou esperando o baile.
Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no
corpinho, para dar algum ponto necessário. E quando compunha o vestido da bela dama, e puxava a um lado ou outro,
arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha, para mofar da agulha, perguntou-lhe:
- Ora agora, diga-me quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é
que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das
mucamas? Vamos, diga lá.
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre
agulha:
- Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha
de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.
HISTÓRIA EM QUADRINHOS: é um gênero narrativo que consiste em enredos contados em pequenos quadros por meio de
diálogos diretos entre seus personagens, gerando uma espécie de conversação. Sua estrutura é composta por ilustrações,
balões: espaço onde aparece a fala, pensamento, onomatopeias: São palavras que imitam a voz de animais ou ruídos de
objetos.
Ex: BUUM!!! (explosão), TOC-TOC! (batendo à porta); Metáforas visuais: Produzem uma sensação de movimento).
TIPOLOGIA: Narrativo
GÊNERO CHARGE: linguagem verbal e não verbal, permeadas pelo humor e uma fina ironia, são tipos de textos que podem
ser usados para denunciar e criticar as mais diversas situações do cotidiano relacionadas com a política e a sociedade.
TIPOLOGIA: Argumentativa
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 12
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
GÊNERO CARTUM se caracteriza com uma anedota gráfica em que nele podemos visualizar a presença da linguagem verbal
associada à não verbal.
Suas abordagens dizem respeito a situações relacionadas ao comportamento humano, mas não estão situadas no tempo, por
isso são denominadas de atemporais e universais, ou seja, não fazem referência a uma personalidade em específico.
POEMA: trabalho elaborado e estruturado em versos. Além dos versos, pode ser estruturado em estrofes.
Rimas e métrica também podem fazer parte de sua composição.
Pode ou não ser poético.
Dependendo de sua estrutura, pode receber classificações específicas, como haicai, soneto, epopeia, poema figurado,
dramático. Em geral, a presença de aspectos narrativos e descritivos são mais frequentes neste gênero.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 13
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 14
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
setor estatal por meio da carga tributária bruta, que fornece os recursos financeiros com os quais o governo faz sua demanda
a fim de prover os serviços públicos e investimentos decididos no orçamento governamental (municípios, estados e União).
A miopia política e os gritos de nacionalismo irracional boicotaram o que poderia ter sido a semente de um sistema que
levaria o Brasil a virar o milênio como um país rico, desenvolvido e membro do clube das nações adiantadas
Entendido esse quadro simplificado, é fácil concluir que um dos principais elementos na dinâmica funcional da
economia é a existência e a materialização real da demanda, aí incluída a demanda internacional. Em julho de 1951, foi
instalada, sob a liderança do Ministério da Fazenda, a Comissão Mista Brasil-EstadosUnidos para o Desenvolvimento
Econômico, que trabalhou e produziu seus resultados até dezembro de 1953, a partir da origem em abril de 1950, quando o
governo brasileiro reivindicou financiamento norte-americano para um extenso programa de reequipamento dos setores de
infraestrutura. Aquela comissão teve um papel importante na história econômica brasileira, a começar pela base de sua
justificativa, que foi a constatação de que o Brasil era altamente dependente de suprimentos internacionais, fazendo que o
abastecimento interno fosse vulnerável a eventuais crises de importações.
A comissão mista foi criada composta por técnicos dos dois países, cuja missão era elaborar projetos específicos
destinados a expandir o desenvolvimento do potencial econômico brasileiro, cujas prioridades incluíam os setores de
transportes, energia, componentes industriais e a agricultura, entre outros. Na época, o Brasil era visto pelos organismos
internacionais recém-criados, sobretudo o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional, como um país fragilizado em
termos de segurança alimentar, segurança militar e segurança energética, a ponto de a diplomacia dos Estados Unidos do
governo Truman ter afirmado que a principal tarefa da comissão mista seria encorajar a introdução do capital estrangeiro no
Brasil e, junto com ele, a transferência de tecnologia para o crescimento da produção interna.
Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/industria-e-exportacoes/
Copyright © 2021, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.
ARTIGO DE OPINIÃO: faz a defesa de ideias ou ponto de vista do autor. O texto, além de explicar, também persuade o
interlocutor, objetivando convencê-lo de algo.
TIPOLOGIA: Argumentativo
EXEMPLO DE ARTIGO DE OPINIÃO
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 15
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
O EDITORIAL é SEMELHANTE ao ARTIGO DE OPINIÃO As notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020
quanto à estrutura e aos objetivos, a única diferença é que foram divulgadas na última segunda-feira, 29, e o Sistema
no editorial não se apresenta assinatura do autor de Seleção Unificado (Sisu) de 2021 abrirá inscrições para
(individual), pois representa a posição da imprensa. universidades públicas na terça-feira, 6 de abril (06/04).
As vagas no Sisu são distribuídas em 110 instituições
públicas de ensino superior de 24 estados e do Distrito
GÊNERO NOTÍCIA: os elementos da apresentação da notícia Federal.
são: São 209.190 oportunidades no Sisu 2021.1. Veja abaixo
MANCHETE: ou título principal (costuma ser composto de algumas das universidades que ofertarão vagas nesta
frases pequenas e atrativas, e revela o assunto principal que edição, com as notas de corte dos cursos mais e menos
será retratado em seguida). concorridos em cada uma no último ano, em 2020. A nota
de corte usada é a final, divulgada pela universidade após a
IMAGEM: (é um recurso que pode ou não estar presente) é chamada regular do Sisu, a lista de espera e o banco de
uma estratégia para chamar a atenção dos leitores. suplentes. As notas exibidas são na modalidade Ampla
LIDE: (Este termo deriva de uma palavra inglesa – lead). Concorrência.
Nesta parte precisamos encontrar todas as informações Notas de corte da UFC no Sisu 2020
necessárias para responder às seguintes perguntas: Onde
aconteceu o fato? Com quem? O que aconteceu? Quando?
Como? Qual foi o assunto? Cursos com maiores notas de corte da UFC do último ano
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 16
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
POLISSEMIA
A palavra Polissemia compreende dois radicais: [poli =
muito] e [semia = significado]. Portanto, uma palavra pode
apresentar diferentes significados, dependendo dos usos
linguísticos em que possa aparecer.
A palavra "vela" é um dos exemplos de polissemia.
Ela pode significar
a vela de um barco;
a vela feita de cera que serve para iluminar
pode ser a conjugação do verbo velar, que significa estar
vigilante.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 17
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
INTERTEXTUALIDADE
DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO
Referência explícita ou implícita de um texto em outro.
Denotação e Conotação referem-se, de forma geral, aos
significados atribuídos às palavras e orações empregadas na Também pode ocorrer com outras formas além do texto,
língua portuguesa, sendo recursos essenciais para a música, pintura, filme, novela.
adequada interpretação de textos. Para saber exatamente o
O recurso da intertextualidade ocorre quando um texto
significado delas, ver exemplos e demais informações
remete a outro texto que faz parte da memória social de
relevantes, confira nosso artigo.
uma coletividade. Pode-se dizer que acontece um
verdadeiro diálogo entre textos.
O QUE É DENOTAÇÃO? Toda vez que uma obra fizer ALUSÃO à outra ocorre a
intertextualidade.
Denotação refere-se a sentido denotativo que, por sua vez,
significa um sentido próprio, literal e real
independentemente do contexto em que a palavra, oração
ou período aparecem. Resumidamente, podemos dizer que
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 18
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
ANTONÍMIA
São palavras que, dependendo do contexto, têm sentido
contrário a outras. Muitas vezes o antônimo é feito por
prefixo:
Leal x desleal;
feliz x infeliz;
típico x atípico
HIPERONÍMIA E HIPONÍMIA
INTRATEXTUALIDADE
A hiperonímia indica uma relação hierárquica de significado
Ocorre quando o autor é capaz de criar elos de
que uma palavra superior estabelece com uma palavra
aproximação entre os textos de sua própria autoria.
inferior. O hiperônimo é uma palavra hierarquicamente
EXEMPLO: superior porque apresenta um sentido mais abrangente que
engloba o sentido do hipônimo, uma palavra
Em seguida, após relatar tal episódio, Brás conta que
hierarquicamente inferior, com sentido mais restrito.
cresceu normalmente. Foi à escola, que ele chama de
enfadonha, onde teve aulas com um professor de nome A hiponímia indica, assim, essa mesma relação hierárquica
Ludgero Barata. É justamente ali que conhece um de seus de significado. Foca-se, no entanto, na perspectiva da
melhores amigos de infância, Quincas Borba, com quem se palavra hierarquicamente inferior - hipônimo, que, a nível
reencontrará mais tarde. Ambos os garotos se revelam semântico, pode ser incluída numa classe superior que
travessos e mimados, já que o Quincas era filho único, abrange o seu significado - hiperônimo.
adorado pela mãe, que o vestia muito bem, mandando um
País é hiperônimo de Brasil.
pajem indulgente acompanhá-lo a todos os lugares.
Mamífero é hiperônimo de cavalo.
Jogo é hiperônimo de xadrez.
RELAÇÕES DE SINONÍMIA E ANTONÍMIA
Brasil é hipônimo de país.
SINONÍMIA
Cavalo é hipônimo de mamífero.
Em razão da polissemia, pode-se afirmar que não há
sinônimos perfeitos, mas, sim, palavras, que em Xadrez é hipônimo de jogo.
determinados contextos linguísticos, podem ser
substituídas por outras significações correspondentes.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 19
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
móvel estante, armário, mesa, cadeira, sofá,... Cavaleiro – aquele que sabe andar a cavalo
Cavalheiro – homem educado
martelo, serrote, alicate, enxada, chave
ferramenta Celerado - aquele que cometeu crimes
de fenda,...
Acelerado – apressado
papagaio, gaivota, bem-te-vi, arara, Comprimento – extensão
ave
coruja,...
Cumprimento – saudação, ato de cumprir
gripe, sarampo, caxumba, catapora, Conjetura – suposição, hipótese
doença
bronquite,...
Conjuntura – situação, circunstância
Deferir – atender, conceder
Uso de hiperônimos e hipônimos Diferir – distinguir-se, ser diferente, adiar
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 20
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 21
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 22
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 23
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Assíndeto: Nenhum conectivo. Não Verbal: é aquela que utiliza outros métodos de
comunicação, que não são as palavras. Dentre elas estão a
Aliteração: Repetição de consoantes. linguagem de sinais, as placas e sinais de trânsito, a
Assonância: Repetição de vogais. linguagem corporal, uma figura, a expressão facial, um
gesto, etc.
Ironia: sarcasmo.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 24
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 26
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
situação, como calça comprida e camisa, teria uma postura Variações históricas:
mais firme e decidida para transmitir seriedade e
Dado o dinamismo que a língua apresenta, observam-se
compromisso e sua linguagem seguiria a norma padrão e
transformações ao longo do tempo. Um exemplo bastante
seria mais monitorada, isto é, você cuidaria da sua
representativo é a questão da ortografia, se levarmos em
linguagem para evitar gírias e vícios. Este é o primeiro
consideração a palavra farmácia, uma vez que era grafada
exemplo de por que precisamos saber a norma padrão.
com “ph”, contrapondo-se à linguagem dos internautas, a
qual fundamenta-se pela supressão dos vocábulos.
Analisemos, pois, o fragmento exposto:
Antigamente
“Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e
eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos:
completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas,
mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes,
arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do
balaio."
Carlos Drummond de Andrade
Comparando-o à modernidade, percebemos um
Assim, da mesma forma que você adapta sua linguagem
vocabulário antiquado.
para uma entrevista de emprego, você a adapta para falar
com seus amigos, pessoas que você não conhece, com sua Variações regionais:
família, com uma criança e assim por diante. Com isso, é
São os chamados dialetos, que são as marcas
importante notar que nenhuma dessas linguagens está
determinantes referentes a diferentes regiões. Como
errada, na verdade elas estão corretas em cada contexto
exemplo, citamos a palavra mandioca que, em certos
em que ocorrem.
lugares, recebe outras nomenclaturas, tais
Agora você já deve ter compreendido melhor por que é como: macaxeira e aipim. Figurando também nesta
preciso ensinar a norma-padrão nas escolas. Justamente modalidade estão os sotaques, ligados às características
para o cidadão saber se comportar linguisticamente em orais da linguagem.
cada situação, com cada pessoa, seja on-line ou
pessoalmente, por escrito ou mensagem de voz.
Variações sociais ou culturais:
Ainda não está convencido? Quer outro exemplo?
Estão diretamente ligadas aos grupos sociais de uma
Imagine que você more no sul do Brasil e viaja para o
maneira geral e também ao grau de instrução de uma
Nordeste. Você acha que todos irão entender todas as suas
determinada pessoa. Como exemplo, citamos as gírias, os
gírias e regionalismos? Claro que não! Por isso você precisa
jargões e o linguajar caipira.
saber a norma-padrão, uma vez que a falta de
entendimento entre os falantes gera uma falha na As gírias pertencem ao vocabulário específico de certos
comunicação. grupos, como os surfistas, cantores de rap, tatuadores,
entre outros.
Outro exemplo da importância de se saber a norma padrão
é para entender a linguagem usada nos meios de Os jargões estão relacionados ao profissionalismo,
comunicação de massa: internet, revistas e jornais caracterizando um linguajar técnico. Representando a
impressos. Devido ao alcance desses meios, quem os faz classe, podemos citar os médicos, advogados, profissionais
precisa utilizar uma linguagem abrangente que seja da área de informática, entre outros.
entendida de norte a sul e de leste a oeste do país.
Vejamos um poema e o trecho de uma música para
Por fim, não se esqueça de que não costumamos ir à praia entendermos melhor sobre o assunto:
de terno e trabalhar de roupa de banho. Assim acontece
com a língua, cada situação comunicativa diferente exige VÍCIO NA FALA
uma linguagem diferente e cada lugar diferente, uma roupa Para dizerem milho dizem mio
diferente. Para melhor dizem mió
Compondo o quadro do padrão informal da linguagem, Para pior pió
estão as chamadas variedades linguísticas, as quais Para telha dizem teia
representam as variações de acordo com as condições Para telhado dizem teiado
sociais, culturais, regionais e históricas em que é E vão fazendo telhados.
utilizada. Dentre elas destacam-se: Oswald de Andrade
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 27
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 28
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Transformação de Oração Reduzida em Desenvolvida e – João não é homem que mente para os filhos. (adjetiva)
Vice-versa
– Apesar de estar indeciso, conserva as mesmas funções de
Reduzidas de gerúndio para desenvolvidas trabalho. (concessiva)
– Pagou a conta, ficando livre dos juros. (coordenada – Ainda que esteja indeciso, conserva as mesmas funções de
aditiva) trabalho. (concessiva)
– Pagou a conta E ficou livre dos juros. (coordenada aditiva) – Sem firmar propósitos, não atingirá sucesso. (condicional)
– Vimos um pai dando boas lições aos filhos. (adjetiva) – Sem que se firmem propósitos, não atingirá sucesso.
(condicional)
– Vimos um mendigo que pai dando boas lições aos filhos
(adjetiva) – Ela passou mal de tanto correr. (causal)
– Não tendo tempo, fez quase todas as tarefas. (concessiva) – Ela passou mal porque correu muito. (causal)
– Embora não tivesse tempo, fez quase todas as tarefas. – Aquela situação o traumatizou tanto a ponto de ele sofrer
(concessiva) muito. (consecutiva)
– Agindo desse modo, as pessoas confiarão em você. – Aquela situação o traumatizou tanto que ele sofreu muito.
(condicional) (consecutiva)
– Se você agir desse modo, as pessoas confiarão em você. – Ela estuda tanto para conquistar seus ideais. (final)
(condicional)
– Ela estuda tanto para que conquiste seus ideais. (final)
– Temendo a indisposição dos colegas, não levou adiante a
– Pense muito antes de ser agressivo com os outros.
história. (causal)
(temporal)
– Uma vez que temia a indisposição dos colegas, não levou
– Pense muito antes que você seja agressivo com os outros.
adiante a história. (causal)
(temporal)
– Saindo do local da festa, encontrei meus amigos.
(temporal)
Obs.: É situação costumeira que as adverbiais reduzidas
– Quando saí do local da festa, encontrei meus amigos. iniciadas pelas preposições ao, para, por, sem sejam,
(temporal) respectivamente, de tempo, finalidade, causa e
concessão/condição:
Reduzidas de infinitivo para desenvolvidas – Ao fazer as tarefas, seja sempre muito decidido. (=
Quando fizer as tarefas, seja sempre muito decidido.)
– É preciso estudar bastante. (subjetiva)
– Para compor bons poemas, é necessário muito talento. (=
– É preciso que se estude bastante. (subjetiva)
Para que se componham bons poemas, é necessário muito
– Deixe o povo falar. (objetiva direta) talento.)
– Deixe que o povo fale. (objetiva direta) – Foi elogiado por conquistar boas notas. (= Foi elogiado
porque conquistou boas notas.)
– Os vizinhos o acusaram de fazer denúncias caluniosas.
(objetiva indireta) – Sem estudar tanto, passou. (= Sem que tenha estudado
tanto, passou.)
– Os vizinhos o acusavam de que fazia coisas erradas
denúncias caluniosas. (objetiva indireta) – Sem estudar tanto, não passará. (= Sem que estude
tanto, não passará.)
– A melhor política é conservarmos a empatia. (predicativa)
– A melhor política é que conservemos a empatia.
(predicativa) Reduzidas de particípio para desenvolvidas
– Tenho medo de sentirmos solidão. (completiva nominal) – Estavam aqui uns livros, deixados por mim. (adjetiva
explicativa)
– Tenho medo de que sintamos solidão. (completiva
nominal) – Estavam aqui uns livros, que foram deixados por mim.
– De Deus só quero isto: conquistar o cargo público. – A história contada pela vizinha era embaraçosa. (adjetiva
(apositiva) restritiva)
– De Deus só quero isto: que eu conquiste o cargo público. – A história que foi contada pela vizinha era embaraçosa.
(apositiva)
– Humilhado pelos amigos, conservou a serenidade.
– João não é homem de mentir para os filhos. (adjetiva) (adverbial concessiva)
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 29
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
– Embora ele tenha sido humilhado pelos amigos, – João é um funcionário alto.
conservou a serenidade. – Qualquer mulher merece respeito.
– Maria é uma mulher qualquer.
– Confirmadas as solicitações, não ocorrerão
– Pedro já fez a prova.
impedimentos. (adverbial condicional)
– Pedro fez a prova já.
– Desde que se confirmem as solicitações, não ocorrerão – Até aquela aluna o elogiou.
impedimentos – Aquela aluna o elogiou até.
– Preocupado com o filho, esqueceu o compromisso com o Percebeu que houve flagrante mudança de sentido nestas
chefe. (adverbial causal) duplas? Portanto, a inversão dos termos na frase pode ou
– Como se preocupara com o filho, esqueceu o não alterar o sentido dela.
compromisso com o chefe.
EQUIVALÊNCIA ENTRE LOCUÇÕES E PALAVRAS E ENTRE
– Terminada a reunião, todos foram à festinha de CONECTIVOS
confraternização. (adverbial temporal)
O que são locuções? São grupos de vocábulos com valor de
– Logo que terminou a reunião, todos foram à festinha de
uma palavra, normalmente.
confraternização
Existem locuções substantivas, adjetivas, pronominais,
SITUAÇÕES DE DESLOCAMENTO verbais, adverbiais, prepositivas, conjuntivas e interjetivas.
Segundo pesquisa feita pelo professor Fernando Pestana, Nas questões de reescrituras de frases em provas de
observe que concurso público, é comum haver substituição de locuções
Mudança de Posição dos Vocábulos adjetivas, verbais, adverbiais, prepositivas e conjuntivas
por, respectivamente, adjetivos, verbos, advérbios,
A mudança de posição de certos vocábulos ou termos da preposições e conjunções, semanticamente
oração pode mudar o sentido da frase, ora não. correspondentes.
A vantagem de ter péssima memória é divertir-se muitas Veja algumas substituições:
vezes com as mesmas coisas boas como se fosse a primeira
vez. (Friedrich Nietzsche) Locuções Adjetivas
... pode ser invertida de diversas formas, sem alteração de Grupos de vocábulos iniciados por preposição
sentido. caracterizando um substantivo, normalmente. Têm valor de
um adjetivo.
Veja algumas:
– A jogada de mestre serviu para exemplificar sua habilidade.
Divertir-se muitas vezes com as mesmas coisas boas, como
se fosse a primeira vez, é a vantagem de ter péssima – A jogada magistral serviu para exemplificar sua habilidade.
memória. – A população das cidades vem aumentando exponencialmente.
A vantagem de ter péssima memória é divertir-se com as – A população urbana vem aumentando exponencialmente.
mesmas coisas boas, como se fosse a primeira vez, muitas
Locuções Adverbiais
vezes.
Grupos de vocábulos normalmente iniciados por uma
Divertir-se com as mesmas coisas boas, muitas vezes, como
preposição. Têm valor de advérbio.
se fosse a primeira vez, é a vantagem de ter péssima
memória. – De repente o tempo ficou nublado.
É a vantagem de ter péssima memória divertir-se muitas – Repentinamente o tempo ficou nublado.
vezes com as mesmas coisas boas como se fosse a primeira
– Ela faz provas de seis em seis meses.
vez.
– Ela faz provas semestralmente.
A vantagem de ter memória péssima é divertir-se, como se
fosse a primeira vez, com asmesmas boas coisas muitas POSSIBILIDADES DE PARALELISMO
vezes.
Quando dois ou mais elementos estão coordenados e o
Em outras palavras, a inversão de termos dentro de uma
primeiro está introduzido por preposição, há apenas quatro
frase pode não alterar seu sentido.
possibilidades corretas de construção:
No entanto, não é sempre assim que ocorre, pois, às vezes,
– Todo brasileiro tem direito a saúde, educação e
alguns vocábulos (adjetivos, pronomes, advérbios,
segurança. (preposição)
palavras denotativas etc.), quando deslocados, a alteração
de sentido fica visível. Veja que o deslocamento, ou seja, a – Todo brasileiro tem direito a saúde, a educação e a
inversão dos termos pode gerar alteração de sentido: segurança. (preposição)
– João é um alto funcionário.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 30
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 31
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
▪ COESÃO POR REFERENCIAÇÃO: existem palavras que têm a função de fazer referência, são elas:
- pronomes pessoais: eu, tu, ele, me, te, os...
- pronomes possessivos: meu, teu, seu, nosso...
- pronomes demonstrativos: este, esse, aquele...
- pronomes indefinidos: algum, nenhum, todo...
- pronomes relativos: que, o qual, onde...
- advérbios de lugar: aqui, aí, lá...
Ex.: Marcela obteve uma ótima colocação no concurso. Talresultado demonstra que ela se esforçou bastante para alcançar o
objetivo que tanto almejava.
▪ COESÃO POR SUBSTITUIÇÃO: substituição de um nome (pessoa, objeto, lugar), verbos, períodos ou trechos do texto por
uma palavra ou expressão que tenha sentido próximo, evitando a repetição no corpo do texto.
Ex.:
Porto Alegre pode ser substituída por “a capital gaúcha”;
Castro Alves pode ser substituído por “O Poeta dos Escravos”;
Papa Francisco: Sua Santidade;
Vênus: A deusa da Beleza.
Ex.: Castro Alves é autor de uma vastíssima obra literária. Não é por acaso que o Poeta dos Escravos é considerado o mais
importante da geração a qual representou.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 32
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
A Princesa Adormecida,
Se espera, dormindo espera,
Sonha em morte a sua vida,
E orna-lhe a fronte esquecida,
Verde, uma grinalda de hera.
COMEÇO, INTRODUÇÃO
Inicialmente,
Primeiramente,
antes de tudo,
desde já,
CONTINUAÇÃO
além disso
do mesmo modo
ainda por cima
bem como
outrossim
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 33
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
CONCLUSÃO
Enfim,
Dessa forma,
Em suma,
Nesse sentido,
Portanto,
Afinal,
CIRCUNSTÂNCIA TEMPORAL
logo após
ocasionalmente
posteriormente
atualmente
enquanto isso
imediatamente
não raro
concomitantemente
SEMELHANÇA, CONFORMIDADE
igualmente
segundo
conforme
assim também
de acordo com
EXEMPLIFICAÇÃO, ESCLARECIMENTO
então
por exemplo
isto é
a saber
em outras palavras
ou seja
quer dizer
rigorosamente falando
Ex.: A prática de atividade física é essencial ao nosso cotidiano. Assim sendo, quem a pratica possui uma melhor qualidade de
vida.
Assim, a coesão confere textualidade aos enunciados agrupados em conjuntos.
Sendo assim, ainda vejamos:
Embora, ainda que, mesmo que
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 34
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Tais conectivos estabelecem relação de concessão e contradição, admitindo argumentos contrários, contudo, com
autonomia para vencê-los. Observe o exemplo:
Ex: Embora não simpatizasse com algumas pessoas ali presentes, compareceu à festa.
Isto é, ou seja, quer dizer, em outras palavras
Revelam retificações, esclarecimentos ao que já foi exposto anteriormente. Como podemos constatar em:
Ex: Faça as devidas retificações, isto é, corrija as eventuais inadequações, de modo a tornar o texto mais claro.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 35
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Funções da Linguagem
O linguista russo chamado Roman Jakobson caracterizou seis funções de linguagem, ligadas ao ato da comunicação:
Função metalinguística:
Quando a linguagem fala dela mesma, se destina à explicação das próprias palavras (códigos).
Função referencial:
Quando a intenção do emissor é falar objetivamente sobre o contexto real. É a linguagem de caráter informativo. Ex.:
Textos de jornal, revistas, livros didáticos, científicos.
Dólar mais alto deixa o brasileiro mais pobre; veja quem ganha e quem perde
Sophia Camargo
Colaboração para o UOL, em São Paulo. 23/09/201506h00
O dólar ultrapassou pela primeira vez a marca de R$ 4. Muitas pessoas acham que isso não as afeta, pois não ganham em
dólar nem pretendem viajar para o exterior em breve. A verdade, porém, é que o dólar mais alto deixou o brasileiro mais
pobre.
"O impacto da alta do dólar na vida das pessoas vai chegar a todos, inclusive à dona de casa", diz Edgar de Sá, economista-
chefe da FN Capital.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 36
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Um dólar tão valorizado retrata uma economia que está em desequilíbrio, segundo o professor da Escola de Economia de São
Paulo da FGV Clemens Nunes.
Segundo ele, o Brasil está em situação de desequilíbrio fiscal, o que mostra que o governo gasta mais do que ganha, e os
investidores não enxergam uma solução sustentável para esse problema num futuro próximo.
"Não há perspectiva de melhora. A consequência disso é que o real se desvaloriza e ficamos mais pobres. Perdemos poder de
compra em relação ao resto do mundo."
Função poética
Quando a linguagem revela um cuidado especial com o ritmo das frases, com a sonoridade das palavras, com o jogo
de ideias.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 37
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Função fática:
Quando a linguagem é usada para confirmar se de fato o emissor está sendo ouvido. É um canal de comunicação.
Ex.: Você está me entendendo? Certo? Não é verdade?
.
SAIBA MAIS
QUADRO SINTÉTICO DAS FUNÇÕES DA LINGUAGEM
No processo da comunicação, todos os elementos estão, de certa forma, presentes. O que há é uma predominância de um
sobre os demais; por conta disso, um deles determina a função da linguagem.
O PREDOMÍNIO DO(A) IMPLICA FUNÇÃO DA LINGUAGEM
Emissor O predomínio da Emotiva (Expressiva)
Receptor O predomínio da Conativa (Apelo)
Canal O predomínio da Fática
Código O predomínio da Metalinguística
Referente O predomínio da Referencial
Mensagem O predomínio da Poética
Campo Lexical e Campo Semântico
Primeiramente, diferencia-se o que é léxico e semântica para facilitar o entendimento de campo lexical e campo semântico.
Vejamos:
Léxico: é o conjunto de palavras usadas em uma língua ou em um texto. Quanto à língua, não existe um falante que domine
por completo seu léxico, pois o idioma é vivo e vocábulos vão desaparecendo, enquanto novos surgem. Quanto ao texto, o
léxico corresponde às palavras utilizadas na escrita do mesmo.
Semântica: é o estudo das significações das palavras, ou seja, do significado de cada vocábulo existente na língua.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 38
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Dessa forma, campo lexical é formado pelas palavras que derivam de um mesmo radical. Assim, o campo lexical ou a família
da palavra “pedra”, seria: pedregulho, pedraria, pedreira, pedrinha, dentre outros.
É um conceito que trata de um conjunto de palavras que mantêm uma familiaridade de sentido por terem o mesmo radical
(também chamado de família de palavras ou vocábulos cognatos): mar, marinho, marinheiro, marítimo, maresia, amarar,
amerissar, amaragem, amerissagem...
Campo semântico
É um conceito que trata de um conjunto de palavras que mantêm uma familiaridade de sentido por pertencerem à mesma
área. Nosso conhecimento de mundo nos norteia quanto à escolha de palavras que se correlacionam.
Na informática, por exemplo, as seguintes palavras pertencem ao mesmo campo semântico: computador, monitor,
impressora, teclado e tecnologia.
Já na área do futebol, podemos dizer que as palavras árbitro, bola, gol, equipe, estádio, torcida, cartão, craque, pertencem ao
mesmo campo. Como já disse, muitos estudiosos entendem que tais grupos de palavras ou expressões pertencem ao mesmo
campo semântico.
Campo semântico em torno do conceito de morte: falecer, bater as botas, ir desta para melhor, apagar-se.
Portanto, é o conjunto dos significados, dos conceitos, que uma palavra possui. Um mesmo termo tem ou pode ter vários
sentidos, os quais são escolhidos de acordo com o contexto abordado. Assim, são exemplos de campos semânticos:
a) levar: transportar, carregar, retirar, guiar, transmitir, passar, receber.
b) natureza: seres que constituem o universo, temperamento, espécie, qualidade.
c) nota: anotação, breve comunicação escrita, comunicação escrita e oficial do governo, cédula, som musical, atenção.
d) breve: de pouca duração, ligeiro, resumido.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 39
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Existem dois processos básicos pelos quais se formam as palavras: a derivação e a composição. A diferença entre ambos
consiste basicamente em que, no processo de derivação, parte-se sempre de um único radical, enquanto no processo de
composição sempre haverá mais de um radical.
Derivação
Derivação é o processo pelo qual se obtém uma palavra nova, chamada derivada, a partir de outra já existente,
chamada primitiva. Observe o quadro abaixo:
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 40
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Primitiva Derivada
Observamos que "mar" e "terra" não se formam de nenhuma outra palavra, mas, ao contrário, possibilitam a formação de
outras, por meio do acréscimo de um sufixo ou prefixo. Logo, mar e terra são palavras primitivas, e as demais, derivadas.
Tipos de Derivação
Derivação Prefixal ou Prefixação
Resulta do acréscimo de prefixo à palavra primitiva, que tem o seu significado alterado. Veja os exemplos:
crer- descrer
ler- reler
capaz- incapaz
No exemplo acima, o sufixo -ção transforma em substantivo o verbo alfabetizar. Este, por sua vez, já é derivado do
substantivo alfabeto pelo acréscimo do sufixo -izar.
A derivação sufixal pode ser:
a) Nominal, formando substantivos e adjetivos.
Por Exemplo:
papel - papelaria
riso - risonho
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 41
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Exemplos:
apelo (de apelar) choro (de chorar) Obs.: em "girassol" houve uma alteração na grafia
(acréscimo de um "s") justamente para manter inalterada
corte (de cortar) debate (de debater)
a sonoridade da palavra.
erro (de errar) grito (de gritar)
pesca (de pescar) perda (de perder)
Composição por Aglutinação
preparo (de preparar) recuo (de recuar)
Ao unirmos dois ou mais vocábulos ou radicais, ocorre
supressão de um ou mais de seus elementos fonéticos.
Derivação Imprópria Exemplos:
A derivação imprópria ocorre quando determinada palavra, embora (em boa hora)
sem sofrer qualquer acréscimo ou supressão em sua
fidalgo (filho de algo - referindo-se à família nobre)
forma, muda de classe gramatical. Neste processo:
hidrelétrico (hidro + elétrico)
1) Os adjetivos passam a substantivos
planalto (plano alto)
Por Exemplo:
Os bons serão contemplados.
Hibridismo
Ocorre hibridismo na palavra em cuja formação entram
2) Os particípios passam a substantivos ou adjetivos
elementos de línguas diferentes.
Por Exemplo:
Por Exemplo:
Aquele garoto alcançou um feito passando no concurso.
auto (grego) + móvel (latim)
passatempo, quinta-feira, girassol, couve-flor A parte da gramática que estuda as classes de palavras é
a MORFOLOGIA (morfo = forma, logia = estudo), ou seja, o
estudo da forma. Na morfologia, portanto, não estudamos
as relações entre as palavras, o contexto em que são
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 43
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
empregadas, ou outros fatores que podem influenciá-la, CONJUNÇÃO – São palavras que ligam orações,
mas somente a forma da palavra. estabelecendo entre elas relações de coordenação ou
subordinação.
Abaixo seguem algumas definições ou características das
classes gramaticais, mas podemos destacar os principais Exemplo: porém, e, contudo, portanto, mas, que, etc.
aspectos de cada classe de palavras:
PALAVRA “A”
ADJETIVO – classe das características, qualidades. Os
adjetivos servem para dar características aos substantivos. Artigo definido
Exemplo: querido, limpo, horroroso, quente, sábio, triste, Pronome oblíquo
amarelo. Pronome demonstrativo
Preposição
PRONOME – Palavra que pode acompanhar ou substituir
um nome (substantivo) e que determina a pessoa do
discurso.
Exemplo: eu, nossa, aquilo, esta, nós, mim, te, eles.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 44
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
PALAVRA “UM”
ARTIGO INDEFINIDO
NUMERAL
PRONOME INDEFINIDO
Comprei um sorvete
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 45
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
- As formas à e às indicam a fusão da preposição a com o artigo definido a. Essa fusão de vogais idênticas é conhecida
por crase.
- As formas pelo(s)/pela(s) resultam da contração dos artigos definidos com a forma per, equivalente a por.
Artigos, leitura e produção de textos
O uso apropriado dos artigos definidos e indefinidos permite não apenas evitar problemas com o gênero e o número de
determinados substantivos, mas principalmente explorar detalhes de significação bastante expressivos.
Em geral, informações novas, nos textos, são introduzidas por pronomes indefinidos e, posteriormente, retomadas pelos
definidos. Assim, o referente determinado pelo artigo definido passa a fazer parte de um conjunto argumentativo que
mantém a coesão dos textos. Além disso, a sutileza de muitas modificações de significados transmitidas pelos artigos faz com
que sejam frequentemente usados pelos escritores em seus textos literários.
DICAS IMPORTANTÍSSIMAS – CLASSES DE PALAVRAS
2ª Adjetivo X Pronome Indefinido
Amigos bastantes X Bastantes amigos
Pessoas certas X Certas pessoas
Assuntos diversos X Diversos assuntos
Adjetivo X Pronome Demonstrativo
Fato semelhante X Semelhante fato
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 46
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
O adjetivo pode ser “móvel”, isto é, pode ser deslocado de sua posição com relação ao nome determinado, ficando ora antes
ora depois dele. Tal deslocamento pode ou não alterar o sentido do adjetivo:
a) “Isaque é um cavalheiro perfeito.”
b) “Isaque é um perfeito cavalheiro.”
Não podemos afirmar que as duas frases acima são idênticas. O simples fato de invertermos a ordem das palavras indica que
são semelhantes (não idênticas) e se há uma nuance de diferença, essa fica imperceptível.
A alteração de sentido a que nos referimos é muito mais profunda:
a) “Ela é uma mulher pobre.” (= sem recursos financeiros)
“Ela é uma pobre mulher.” (= infeliz)
b) “O Diretor é um grande homem.” (= notável)
“O Diretor é um homem grande.” (= alto)
c) “Misael é um professor simples.” (= modesto)
“Misael é um simples professor.” (= insignificante)
d) “Chame qualquer pessoa.” (= qualquer uma)
“Não sou uma pessoa qualquer.” (= vulgar, insignificante)
e) “Li algum livro de Mitologia.” (em frase afirmativa)
“Não li livro algum de Mitologia.” (em frase negativa)
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 47
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Há adjetivos que devem ocupar uma posição fixa na oração, imobilizando-se, sempre antes, ou sempre depois do
determinado. Quando dizemos que há imobilização do adjetivo, estamos tratando da impossibilidade de tal determinante se
deslocar para outra posição: ou ele não faz sentido em outra posição, ou muda o sentido da frase:
a) “Encontrei Vítor por mero acaso.”
b) “Levante a mão direita.”
c) “Compre uma caneta comum.”
d) “Eles estavam de comum acordo.”
O globo é redondo
A cerveja que desce redondo
... namoro um rapaz bonito
Meu namorado falou bonito
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 48
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
MORFOSSINTAXE DO SUBSTANTIVO
Nas orações de língua portuguesa, o substantivo em geral exerce funções diretamente relacionadas com o verbo: atua como
núcleo do sujeito, dos complementos verbais (objeto direto ou indireto) e do agente da passiva.
Pode ainda funcionar como núcleo do complemento nominal ou do aposto, como núcleo do predicativo do sujeito ou do
objeto ou como núcleo do vocativo.
Também encontramos substantivos como núcleos de adjuntos adverbiais - quando essas funções são desempenhadas por
grupos de palavras.
Saiba que:
Exemplos:
Para descobrirmos se um substantivo deriva de um verbo
Esta questão só tem um pró. (substantivo)
ou se ocorre o contrário, podemos seguir a seguinte
Branca, você me ama? (substantivo) orientação:
O três é um numeral cardinal. (substantivo) - Se o substantivo denota ação, será palavra derivada, e o
Ele tem um jeito moleque. ( adjetivo) verbo palavra primitiva.
Você é um judas safado! ( substantivo comum) - Se o nome denota algum objeto ou substância, verifica-
se o contrário.
DERIVAÇÃO REGRESSIVA
Vamos observar os exemplos acima: compra e beijo
Ocorre derivação regressiva quando uma palavra é formada
indicam ações, logo, são palavras derivadas.
não por acréscimo, mas por redução.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 49
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
O mesmo fato não ocorre, porém, com a palavra âncora, Algumas palavras aceitam várias formas de plural. É o caso
que é um objeto. Neste caso, um substantivo primitivo que de:
dá origem ao verbo ancorar. - aldeão - aldeões/ aldeãos/ aldeães
Por derivação regressiva, formam-se basicamente - ancião - anciãos/ anciães/ anciões
substantivos a partir de verbos. Por isso, recebem o nome
de substantivos deverbais. - castelão - castelãos/ castelões
ajuda (de ajudar) alcance (de alcançar) - sultão - sultões/ sultãos/ sultães
erro (de errar) grito ( de gritar) • Substantivos não separados por hífen, acrescenta-se S
no final. (ponta-pé/pontapés)
pesca (de pescar) perda (de perder)
Substantivos separados por hífen: variam os dois elementos
preparo (de preparar) recuo ( de recuar) ou um elemento conforme o caso.
- Os dois elementos vão para o plural com:
Substantivos terminados em ÃO. Há três formas de plural: • substantivo + substantivo,
ÃOS, ÃES, ÕES.
• substantivo + adjetivo,
A maioria dos substantivos e adjetivos que terminam em –
ão faz o plural em –ões. Vejamos: • adjetivo + substantivo,
Cordão – cordões Estação – estações - Apenas o primeiro elemento vai para o plural: se o
segundo elemento limitar a ideia do primeiro, indicando
Limão – limões Paixão – paixões tipo, semelhança ou finalidade deste (Ex.: pombo-
Visão – visões Razão – razões correio; banana-maçã) e se os elementos forem ligados
por preposição. (pão-de-ló)
Quando a terminação –ão recaí sob a sílaba átona -sem - Apenas o segundo elemento vai para o plural: se o
tonicidade, pronunciada mais fracamente- o plural obedece primeiro elemento for verbo ou palavra invariável
à regra básica: acrescenta-se “s” no final: (advérbio, preposição). Exs: (grão-duques, grã-cruzes,
bel-prazeres, os troca-tintas, os espirra-canivetes);
Bênção – bênçãos
- Em elementos repetidos, muito parecidos ou
Órgão – órgãos onomatopaicos, só o segundo vai para o plural (tico-
Sótão – sótãos ticos, tique-taques, corre-corres, pingue-pongues);
- Nenhum dos elementos vai para o plural se formado por
Observe que as palavras acima são paroxítonas. Mas entre verbos de sentidos opostos e frases substantivas (os
algumas oxítonas, monossílabas ou não, acontece o mesmo: leva-e-traz, os bota-fora, os pisa-mansinho, os bota-
abaixo, os louva-a-Deus, os ganha-pouco, os diz-que-me-
mão – mãos, chão – chãos, diz);
Grão – grãos, irmão – irmãos, - palavra guarda, se fizer referência a pessoa varia por ser
Artesão – artesãos, cidadão – cidadãos substantivo. Caso represente o verbo guardar, não pode
variar (guardas-noturnos, guarda-chuvas).
Poucos vocábulos tem seu plural em –ães:
Alemão- alemães FORMAÇÃO DO PLURAL
cão – cães capitão – capitães Plural dos Diminutivos
catalão – catalães charlatão – charlatães Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o s final e
acrescenta-se o sufixo diminutivo.
escrivão – escrivães guardião – guardiães
pãe(s) + zinhos = pãezinhos
pão – pães sacristão – sacristães
animai(s) + zinhos = animaizinhos
tabelião – tabeliães
botõe(s) + zinhos =botõezinhos
chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 50
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 51
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 52
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
o colega, a colega;
o indígena, a indígena; ADJETIVO
o pianista, a pianista; Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou
o gerente, a gerente; característica do ser e se encaixa diretamente ao lado de
um substantivo. Observe o exemplo seguinte:
o camarada, a camarada;
Aquele homem bondoso sempre me ajuda.
o imigrante, a imigrante;
Ao analisarmos a palavra bondoso, por exemplo,
o fã, a fã;
percebemos que além de expressar uma qualidade, ela
o médium, a médium; pode ser encaixada diretamente ao lado de um substantivo:
o repórter, a repórter. homem bondoso, moça bondosa, pessoa bondosa.
Já com a palavra bondade, embora expresse uma
qualidade, não acontece o mesmo; não faz sentido dizer:
Gênero e Significação
homem bondade, moça bondade.
Muitos substantivos têm uma significação no masculino e
Bondade, portanto, não é adjetivo, mas substantivo.
outra no feminino.
Observe:
MORFOSSINTAXE DO ADJETIVO
o cabeça (chefe)
O adjetivo exerce sempre funções sintáticas relativas aos
a cabeça (parte do corpo)
substantivos, atuando como adjunto adnominal ou como
o cisma (separação religiosa, dissidência) predicativo (do sujeito ou do objeto).
a cisma (ato de cismar, desconfiança) PREDICATIVO DO OBJETO DIRETO OU ADJUNTO
o capital (dinheiro) ADNOMINAL: QUAL A DIFERENÇA?
a capital (cidade) A diferença entre o predicativo do objeto e o adjunto
adnominal é que este é parte do objeto e aquele é um
o guia (pessoa que guia outras)
termo que se relaciona ao objeto.
a guia (documento, pena grande das asas das aves)
A presença de características semelhantes revela, sem
o grama (unidade de peso) dúvida, fator preponderante na recorrência de alguns
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 53
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Gramaticalmente falando, “os alunos resolveram-na fácil” mais… que ou mais… do que
configuraria uma inadequação. Letícia é mais agitada que Mateus.
É exatamente por essa razão que afirmamos que o termo Letícia é mais agitada do que Mateus.
“fácil”, em se tratando desse caso, classifica-se como
um adjunto adnominal, haja vista que ele é parte do objeto
direto, e não um termo que a ele se relaciona, assim como Alguns adjetivos apresentam formas sintéticas no grau
ocorre com o predicativo. comparativo de superioridade:
(mais) bom = melhor;
LOCUÇÃO ADJETIVA
(mais) mau = pior;
Locução = reunião de palavras. Sempre que são necessárias
duas ou mais palavras para contar a mesma coisa, tem-se (mais) grande = maior;
locução. (mais) pequeno = menor.
Às vezes, uma preposição + (substantivo, advérbio, (mais) alto – superior
pronome, verbo, numeral) tem o mesmo valor de um
(mais) baixo - inferior
adjetivo: é a locução adjetiva (expressão que equivale a um
adjetivo).
Por exemplo: Nessas situações, não deverá ser usado o advérbio mais:
Aves da noite (aves noturnas), Letícia é melhor que Mateus.
paixão sem freio (paixão desenfreada), Letícia é melhor do que Mateus.
jornal de ontem, almoço de hoje, Letícia é pior que Mateus.
carro dela, Letícia é pior do que Mateus.
máquina de enxugar, Letícia é maior que Mateus.
dinheiro das duas Letícia é maior do que Mateus.
Letícia é menor que Mateus.
GRAU DO ADJETIVO: Letícia é menor do que Mateus.
Os adjetivos sofrem flexão em grau, indicando assim Na estatura, Letícia é superior a Mateus
gradação nas qualidades representadas pelos adjetivos. Na estatura, Letícia é inferior a Mateus
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 54
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Grau superlativo relativo
No grau superlativo relativo, a caracterização de uma coisa ou ser é feita em relação a um conjunto de outras coisas ou seres,
sendo atribuída uma qualidade em maior ou menor grau. O grau superlativo relativo divide-se em grau superlativo relativo
de superioridade e grau superlativo relativo de inferioridade.
Grau superlativo relativo de superioridade
• Na corrida da escola, meu filho foi o mais rápido.
• Aquela diretora é a mais simpática de todas.
Grau superlativo relativo de inferioridade
• Na corrida da escola, meu filho foi o menos rápido.
• Aquela diretora é a menos simpática de todas.
Podemos usar o ADJETIVO com valor de SUBSTANTIVO. Para tanto, basta colocar antecedendo de um artigo, ou seja, basta
colocar um artigo antes do adjetivo.
Exemplo:
"O pouco com Deus é muito".
"Devemos contemplar o azul do céu".
"Precisamos conservar o verde" .
Nesses casos: pouco, azul, verde, são adjetivos substantivados.
O adjetivo pode ser “móvel”, isto é, pode ser deslocado de sua posição com relação ao nome determinado, ficando ora antes
ora depois dele. Tal deslocamento pode ou não alterar o sentido do adjetivo:
a) “Isaque é um cavalheiro perfeito.”
b) “Isaque é um perfeito cavalheiro.”
Não podemos afirmar que as duas frases acima são idênticas. O simples fato de invertermos a ordem das palavras indica que
são semelhantes (não idênticas) e se há uma nuance de diferença, essa fica imperceptível.
A alteração de sentido a que nos referimos é muito mais profunda:
a) “Ela é uma mulher pobre.” (= sem recursos financeiros)
“Ela é uma pobre mulher.” (= infeliz)
b) “O Diretor é um grande homem.” (= notável)
“O Diretor é um homem grande.” (= alto)
c) “Misael é um professor simples.” (= modesto)
“Misael é um simples professor.” (= insignificante)
d) “Chame qualquer pessoa.” (= qualquer uma)
“Não sou uma pessoa qualquer.” (= vulgar, insignificante)
e) “Li algum livro de Mitologia.” (em frase afirmativa)
“Não li livro algum de Mitologia.” (em frase negativa)
Há adjetivos que devem ocupar uma posição fixa na oração, imobilizando-se, sempre antes, ou sempre depois do
determinado. Quando dizemos que há imobilização do adjetivo, estamos tratando da impossibilidade de tal determinante se
deslocar para outra posição: ou ele não faz sentido em outra posição, ou muda o sentido da frase:
a) “Encontrei Vítor por mero acaso.”
b) “Levante a mão direita.”
c) “Compre uma caneta comum.”
d) “Eles estavam de comum acordo.”
ATENÇÃO!
ADJETIVOS DE RELAÇÃO
Adjetivos de relação são nomes qualificadores oriundos de substantivos. O adjetivo de relação é aquele que
a) tem valor semântico objetivo, ou seja, não expressa subjetividade ou ponto de vista;
b) é derivado por sufixação de um substantivo;
c) vem colocado após o substantivo;
d) não varia em grau superlativo, ou seja, não pode ser intensificado.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 57
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Exemplos:
– espumante da Argentina: espumante argentino
– energia do núcleo: energia nuclear
De modo geral, estringem a extensão do significado de unidades desta classe de palavras e normalmente não admitem flexão
de grau. Por exemplo, ígneo = de fogo e férreo = de ferro. Seguem abaixo mais alguns exemplos:
1. Em ordem alfabética de adjetivo
Adjetivo Substantivo Adjetivo Substantivo
Aquático água Lácteo leite
Arenoso areia Materno mãe
Áureo ouro Ocular olho
Auricular ouvido Onírico sonho
Cardíaco coração Ósseo osso
Celeste céu Paterno pai
Chuvoso chuva Pétreo pedra
Cristalino cristal Pluvial chuva
Elétrico eletricidade Renal rim
Enérgico energia Sintático sintaxe
Eólico vento Telúrico sal
Fluvial rio Térmico calor
Filial filho Térreo terra (solo)
Floral flor Terráqueo terra (planeta)
Glacial gelo
Hepático Ventoso vento
fígado Vítreo vidro
LOCUÇÃO ADJETIVA
Locução = reunião de palavras. Sempre que são necessárias duas ou mais palavras para contar a mesma coisa, tem-se
locução.
Às vezes, uma preposição + (substantivo, advérbio, pronome, verbo, numeral) tem o mesmo valor de um adjetivo: é a
locução adjetiva (expressão que equivale a um adjetivo).
Por exemplo: Aves da noite (aves noturnas), paixão sem freio (paixão desenfreada), jornal de ontem, almoço de hoje, carro
dela, máquina de enxugar, dinheiro das duas
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 58
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 59
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Se o segundo elemento for um substantivo, ele não será flexionado. Esmaltes vermelho-paixão.
Atenção:
• Adjetivos compostos que não se flexionam: azul-marinho, azul-celeste, furta-cor, ultravioleta, sem-sal, sem-terra, zero-
quilômetro, verde-musgo;
Apenas o último elemento concorda com o substantivo a que se refere; os demais ficam na forma masculina, singular.
Caso um dos elementos que formam o adjetivo composto seja um substantivo adjetivado, todo o adjetivo composto ficará
invariável. Por exemplo: a palavra ―rosa (laranja, limão, vinho, violeta, rosa, cinza, gelo) é originalmente um substantivo,
porém, se estiver qualificando um elemento, funcionará como adjetivo.
Caso se ligue a outra palavra por hífen, formará um adjetivo composto; como é um substantivo adjetivado, o adjetivo
composto inteiro ficará invariável. Por exemplo:
Camisas rosa-claro. Ternos rosa-claro.
Olhos verde-claros. Paredes verde-claras.
Calças azul-escuras Camisas verde-mar.
Telhados marrom-café.
Obs.:
– Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer adjetivo composto iniciado por cor-de-... são sempre invariáveis.
– O adjetivo composto surdo-mudo, claro-escuro e pele-vermelha foge à regra de flexão, pois ambos vão para o plural,
portanto, “Os surdos-mudos”. “Os peles-vermelhas”
PREPOSIÇÃO
Palavra que não se flexiona, cuja função é ligar dois termos ou orações entre si, estabelecendo relação de subordinação
(regente - regido).
Divide-se em:
• Essenciais (maioria das vezes são preposições): a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por,
sem, sob, sobre, trás.
• Acidentais (palavras de outras classes que podem exercer função de preposição): afora, conforme (= de acordo com),
consoante, durante, exceto, salvo, segundo, senão, mediante, visto (= devido a, por causa de).
(Vestimo-nos conforme a moda e o tempo / Os heróis tiveram como prêmio aquela taça / Mediante meios escusos, ele
conseguiu a vaga / Vovó dormiu durante a viagem)
As preposições essenciais regem pronomes oblíquos tônicos; enquanto preposições acidentais regem as formas retas dos
pronomes pessoais. (Falei sobre ti/ Todos, exceto eu, vieram).
As locuções prepositivas, em geral, são formadas de advérbio (ou locução adverbial) + preposição – abaixo de, acerca de, a
fim de, além de, defronte a, ao lado de, apesar de, através de, de acordo com, em vez de, junto de, perto de, até a, apesar
de, devido a.
NUMERAL
Entre as palavras que se relacionam, na frase, ao substantivo há também o numeral.
Exemplo: Comprou duas caixinhas de música.
Numeral é a palavra que se refere ao substantivo dando a ideia de número.
O numeral pode indicar:
• quantidade – Choveu durante quatro semanas.
• ordem – O terceiro aluno da fileira era o mais alto.
• multiplicação – O operário pediu o dobro do salário.
• fração – Comeu meia maçã.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 60
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
1. Classificação do numeral
• Cardinal – Indica uma quantidade determinada de seres.
• Ordinal – Indica a ordem (posição) que o ser ocupa numa série.
• Multiplicativo – Expressa a ideia de multiplicação, indicando quantas vezes a quantidade foi aumentada.
• Fracionário – Expressa a ideia de divisão, indicando em quantas partes a quantidade foi dividida.
CUIDADO!
O primeiro aspecto a que devemos nos atentar é que milhar e milhão, assim como bilhão, trilhão, e assim por diante, são
substantivos masculinos.
O próximo aspecto é: se estamos fazendo referência à concordância nominal, temos que estar cientes de que essa se traduz
pela adaptação em gênero e número do substantivo (no caso, os dois citados: milhar e milhão) aos seus respectivos
modificadores: artigos, pronomes, adjetivos e numerais.
Dessa forma, analisemos alguns enunciados que seguem:
Uns dois milhões de mulheres aguardavam para ser atendidas.
Constatamos que o artigo indefinido “uns” concordou com o substantivo “milhões” em gênero (masculino) e em número
(plural).
Os milhares de brasileiras torcem pelos atletas nas competições mundiais.
Não diferentemente ocorre, haja vista que podemos fazer a mesma constatação entre a concordância em gênero do artigo
(masculino) e número (plural).
O país, cujos milhões de desabrigados se encontram à espera de ajuda, nada faz.
Notamos, também, a concordância em gênero (masculino) e número (plural) do pronome “cujos”.
Contudo, devemos ficar atentos aos numerais que apresentam flexão de gênero, que são representados pelos cardinais um,
dois e as centenas a partir de duzentos. A título de ilustração, vejamos alguns casos:
Trezentas cabeças de gado foram vendidas.
Quinhentas mulheres participaram do protesto.
Falamos, pois, acerca da concordância nominal, mas e a concordância verbal, como fica no caso em estudo?
Um milhão de pessoas votaram contra.
Ou
Um milhão de pessoas votou contra.
Podemos afirmar que em ambos os casos a concordância se efetivou de forma adequada, visto que tanto o verbo pode
permanecer no singular para concordar com “milhão” – que representa um substantivo masculino no singular – ou pode ir
para o plural, concordando atrativamente com o especificador “pessoas”.
No caso de o verbo ser de ligação, a concordância deve ser feita, de preferência, com o especificador. Vejamos alguns
exemplos:
Um milhão de recursos foram gastos.
Três milhões de desabrigados estão alojados em centros comunitários.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 61
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
c) Quando nos referimos a dias do mês, número de casa e páginas, devemos usar o cardinal.
treze de maio
casa quinze
vinte e cinco de dezembro
página quatro
Empregamos o ORDINAL quando for o primeiro dia do mês.
Ex: primeiro de abril.
f) Na enumeração de páginas, casas, apartamentos, andares de edifícios, blocos, sempre empregamos os cardinais
página 45( quarente e cinco )
casa 12 ( doze)
Se, porém, o numeral anteceder o substantivo, deve-se usar os ordinais
45ª página
12ª casa
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 62
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Obs.: O papel da preposição é subordinar um termo a outro. Logo, o primeiro termo (anterior à preposição) é o
subordinante, e o segundo termo (posterior à preposição) é o subordinado.
Vejamos as locuções prepositivas e seus valores semânticos
Lugar: perto de, acima de, longe de, fora de, além de, dentro de, abaixo de, atrás de, por trás de, por detrás de, através de,
debaixo de, embaixo de, em cima de, defronte de, em frente de/a, à frente de, ao/em redor de, em torno de, até a, ao lado
de, a par de, diante de, adiante de, em face de (e não face a; no entanto o gramático Celso P. Luft e a banca Esaf
abonam tal construção, assim como frente a), ao lado de, junto de/a/com, por baixo de, por cima de, ao nível de (é
equivocada a forma a nível de).
Tempo: perto de, dentro de, antes de, depois de, ao longo de, a partir de (indica ponto de partida, podendo indicar
quantidade), por volta de, a cerca de (valor aproximado), a ponto de (pode indicar consequência; ao ponto de é construção
incorreta), prestes a, na iminência de, em via de (e não em vias de; Bechara e Houaiss abonam o plural).
Companhia: junto de/a/com, ao encontro de.
Direção: em busca de, em direção a, ao encontro de.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 63
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Cuidado!!!
Valor Relacional e Nocional
As preposições com valor relacional são aquelas exigidas por verbos ou nomes (substantivo, adjetivo ou advérbio).
Já as preposições com valor nocional não são exigidas por verbos ou nomes, marcam apenas relações semânticas diversas.
Obs.: Na diferença entre complemento nominal e adjunto adnominal, precisamos perceber se a preposição é relacional ou
nocional. Se for relacional, CN; se for nocional, ADN: “Sou fiel a Deus.” (quem é fiel, é fiel a alguém) – relacional / “O carro
do João quebrou.” (valor de posse) – nocional.
NUMERAL
Numeral é a palavra que indica os seres em termos numéricos, isto é, que atribui quantidade aos seres ou os situa em
determinada sequência.
Exemplos:
1. Os quatro últimos ingressos foram vendidos há pouco.
[quatro: numeral = atributo numérico de "ingresso"]
2. Eu quero café duplo, e você?
...[duplo: numeral = atributo numérico de "café"]
3. A primeira pessoa da fila pode entrar, por favor!
...[primeira: numeral = situa o ser "pessoa" na sequência de "fila"]
Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que os números indicam em relação aos seres. Assim, quando a expressão
é colocada em números (1, 1°, 1/3, etc.) não se trata de numerais, mas sim de algarismos.
Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a ideia expressa pelos números, existem mais algumas palavras
consideradas numerais porque denotam quantidade, proporção ou ordenação. São alguns exemplos: década, dúzia, par,
ambos(as), novena.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 64
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
PRONOME
Palavra variável em gênero, número e pessoa que substitui ou acompanha um substantivo, indicando-o como pessoa do
discurso.
PRONOMES PESSOAIS
Oblíquos Oblíquos Oblíquos Tônicos
Retos
Átonos(OD) Átonos (OI) Antecedido de preposição
1ª p.s. Eu me me mim, comigo
2ª p.s. Tu te te ti, contigo
3ª p.s. Ele, ela se, o, a se, lhe si, consigo
1ª p.p. Nós nos nos nós, conosco
2ª p.p. Vós vos vos vós, convosco
3ª p.p. Eles, Elas Se, os, as se, lhes si, consigo
Os pronomes oblíquos tônicos sempre são acompanhados de uma preposição, em geral as preposições A, PARA, DE e
COM.
PRONOMES DEMONSTRATIVOS
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 65
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
tal e semelhante: usados como equivalentes dos pronomes esse, essa, aquela.
PRONOMES RELATIVOS
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 66
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Pronomes relativos são aqueles que representam nomes que já foram citados e com os quais estão relacionados. O nome
citado denomina-se ANTECEDENTE do pronome relativo
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 67
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
PRONOMES INTERROGATIVOS
Variáveis Invariáveis
Qual, quais Que
Quanto, quanta Quem
Quantos, quantas
PRONOMES DE TRATAMENTO
Quando estamos em um ambiente de maior prestígio social, no qual estão demarcados os graus hierárquicos mais elevados,
necessitamos de uma linguagem mais elaborada, formal.
Para melhor trabalharmos com as formas de tratamento, nós temos os pronomes de tratamento. Vejamos quais são:
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 68
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
1. Palavra que se flexiona em gênero, número e pessoa, cujas funções são: substituir ou acompanhar um substantivo.
Pronome Substantivo e Pronome Adjetivo
a) O Pronome Pessoal é sempre Substantivo: substitui um substantivo, representando-o. (Ele prestou socorro)
b) Pode-se dizer que os outros pronomes podem ser Adjetivos e Substantivos:
Pronomes Adjetivos são aqueles que acompanham o substantivo com o qual se relacionam, juntando-lhe uma característica.
Este moço é meu irmão.
Alguma coisa me deixou alegre.
É importante saber quem são e para que servem as pessoas do discurso. Pessoas do discurso:
1ª pessoa - aquele que fala, emissor.
2ª pessoa - aquele com quem se fala, receptor.
3ª pessoa - aquele de que ou de quem se fala, referente.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 69
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Pessoais:
Apresentam variações de forma dependendo da função sintática que exercem na frase. Os pronomes pessoais retos
desempenham, normalmente, função de sujeito; enquanto os oblíquos, geralmente, de complemento.
PRONOMES PESSOAIS
São aqueles que substituem os substantivos, indicando diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve assume os
pronomes eu ou nós, usa os pronomes tu, vós, você ou vocês para designar a quem se dirige e ele, ela, eles ou elas para
fazer referência à pessoa ou às pessoas de quem fala.
Os pronomes pessoais variam de acordo com as funções que exercem nas orações, podendo ser do caso reto ou do caso
oblíquo.
PRONOMES RETOS
1ª pessoa eu
Singular 2ª pessoa tu
3ª pessoa ele/ela
1ª pessoa nós
3ª pessoa eles/elas
Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sentença, exerce a função de sujeito ou predicativo do sujeito.
Por exemplo:
Nós compramos flores.
As vítimas do caso somos nós.
Os pronomes retos apresentam flexão de número, gênero (apenas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a principal
flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso. Dessa forma, o quadro dos pronomes retos é assim configurado:
- 1ª pessoa do singular: eu
- 2ª pessoa do singular: tu
- 3ª pessoa do singular: ele, ela
- 1ª pessoa do plural: nós
- 2ª pessoa do plural: vós
- 3ª pessoa do plural: eles, elas
Atenção: esses pronomes não costumam ser usados como complementos verbais na língua-padrão. Frases como "Vi ele na
rua", "Encontrei ela na praça", "Trouxeram eu até aqui", comuns na língua oral cotidiana, devem ser evitadas na língua
formal escrita ou falada. Na língua formal, devem ser usados os pronomes oblíquos correspondentes: "Vi-o na rua",
"Encontrei-a na praça", "Trouxeram-me até aqui".
Obs.: frequentemente observamos a omissão do pronome reto em Língua Portuguesa. Isso se dá porque as próprias formas
verbais marcam, por meio de suas desinências, as pessoas do verbo indicadas pelo pronome reto.
Por exemplo:
Fizemos boa viagem. (Nós)
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 70
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
PRONOMES OBLÍQUOS
Os pronomes oblíquos apresentam flexão de número, gênero (apenas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a principal
flexão porque marca a pessoa do discurso.
Os pronomes oblíquos que não são precedidos de preposição.
Possuem acentuação tônica fraca.
PRONOMES PESSOAIS
Oblíquos Oblíquos
Átonos(OD) Átonos (OI)
me me
te te
se, o, a se, lhe
nos nos
vos vos
se, os, as se, lhes
Por exemplo:
Ele me deu um presente.
Observações:
• Por acompanhar diretamente uma preposição (A ou PARA), o pronome lhe exerce, normalmente, a função de objeto
indireto na oração.
• Os pronomes me, te, se, nos e vos podem tanto ser objetos diretos como objetos indiretos.
• Os pronomes o, a, os e as atuam normalmente como objetos diretos.
ATENÇÃO:
O, A, OS, AS serão PRONOMES OBLÍQUOS
O, A, OS, AS SERÃO PRONOMES DEMONSTRATIVOS
O, A, OS, AS serão ARTIGOS
A é PREPOSIÇÃO
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 71
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Por exemplo:
viram + o menino = viram + o = viram-no
repõe + os dados = repõe + os = repõe-nos
retém + a substância = retém + a = retém-na
tem + as respostas = tem + as = tem-nas
Veja alguns exemplos de verbos, normalmente, apontados como transitivos diretos:
abandonar; abençoar; aborrecer; abraçar;
acompanhar; acusar; admirar; adorar;
alegrar; ameaçar; amolar; amparar;
auxiliar; castigar; condenar; conhecer;
conservar; convidar; defender; eleger;
estudar; estimar; humilhar; namorar;
ouvir; praticar; prejudicar; proteger;
respeitar; socorrer; suportar; ver;
visitar;
Objeto indireto
LHE
Complemento Nominal
LHES Adjunto Adnominal
Alguns verbos podem ser classificados, normalmente, como transitivos indiretos. Eis alguns:
aspirar(a) caber(a); candidatar-se(a); referir-se(a);
impor(a); levar(a); pertencer(a); dar(a);
relacionar-se(a) aludir(a) desdenhar (de); necessitar (de);
acreditar (em); consentir (em); ansiar (por); deparar (com);
obedecer(a); querer(a); oferecer(a); destinar-se(a);
somar-se(a); passar(a) dedicar(a) visar(a)
responder(a) gozar (de); contribuir(para); desfrutar(de)
Observe que as únicas formas próprias do pronome tônico são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). As demais
repetem a forma do pronome pessoal do caso reto.
A forma contraída dos pronomes tônicos (comigo, contigo, conosco e convosco) é obrigatória na construção dos pronomes
de 1ª e 2ª pessoas do singular e do plural. As terceiras pessoas do singular e plural, por possuírem uma forma iniciada por
vogal (ele, por exemplo), se apresentam separadas da preposição "com" (com ele, com elas).
Saiba que:
Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem combinar-se com os pronomes o, os, a, as, dando origem a formas
como mo, mos, ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, lhos, lha, lhas; no-lo, no-los, no-la, no-las, vo-lo, vo-los, vo-la, vo-las.
Observe o uso dessas formas nos exemplos que seguem:
- Trouxeste o pacote?
- Sim, entreguei-to ainda há pouco.
- Não contaram a novidade a vocês?
- Não, não no-la contaram.
No português do Brasil, essas combinações não são usadas; até mesmo na língua literária atual, seu emprego é muito
raro.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 72
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
PRONOMES POSSESSIVOS
Observe o quadro:
NÚMERO PESSOA PRONOME
Os pronomes possessivos nem sempre indicam posse. Podem ter outros empregos, como:
a) indicar afetividade.
Por exemplo: - Não faça isso, minha filha.
PRONOMES DEMONSTRATIVOS
Os pronomes demonstrativos são utilizados para explicitar a posição de uma certa palavra em relação a outras ou ao
contexto. Essa relação pode ocorrer em termos de espaço, tempo ou discurso.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 73
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
No espaço:
• Compro este carro (aqui).
O pronome este indica que o carro está perto da pessoa que fala, localiza os seres em relação ao emissor.
No tempo:
Este (presente, futuro)
Este ano está sendo bom para nós.
Esta manhã de aulas foi maravilhosa.
Logo mais, esta festa será perfeita.
IMPORTANTÍSSIMO
Como referência a termos já citados, os pronomes aquele (a/s) e este (a/s) são usados para primeira e segunda ocorrências,
respectivamente, em apostos distributivos
Este refere-se à pessoa mencionada em segundo lugar, aquele à mencionada em primeiro lugar.
• O médico e a enfermeira estavam calados: aquele amedrontado e esta, calma / ou: esta, calma e aquele, amedrontado);
• Marina e Dilma fizeram uma ativa campanha: aquela era de partido opositor, esta pertencia ao grupo situacionista.
Quando se der a ocorrência de mais de dois elementos, não se usam os demonstrativos (este e aquele).
Deve-se, neste caso, usar os ordinais.
• Aécio, Marina e Dilma fizeram uma ativa campanha: a segunda era de partido contrário aos ideais governistas, a terceira
pertencia ao grupo situacionista, enquanto o primeiro tentava resgatar o prestígio do partido social-democrata.
IMPORTANTE
Uso anafórico, em referência ao que já foi dito ou catafórico ao que será dito:
este (novo enunciado = catafórico)
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 74
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Por exemplo:
Macpherson dirige sua crítica a Rawls quando este admite serem os princípios éticos da justiça econômica capazes de regular
o mercado.
Pelo demonstrativo, fica claro que Rawls é o sujeito de ‘admite’, não Macpherson.
Se não há essa situação especial, as retomadas no português são normalmente feitas com esse, essa e isso:
AQUELE(S) AQUILO
AQUELA(S) PRONOME RELATIVO
PRONOME DEMONSTRATIVO
Ele trabalhava muito, mas não o fazia com decisão.
O: pronome demonstrativo = isso
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 75
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
PRONOMES INDEFINIDOS
DICA:
Algum, após o substantivo, a que se refere, assume valor negativo (= nenhum)
Computador algum resolverá o problema.
Algum, antes do substantivo, assume valor positivo.
Algum computador resolverá o problema.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 76
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
OCORRÊNCIA IMPORTANTÍSSIMA
IDENTIFICAÇÃO DA FUNÇÃO SINTÁTICA DO PRONOME RELATIVO
1. Identifica-se o relativo. Caso exista preposição antes do relativo, isole-a também.
2. Isola a oração introduzida pelo relativo
QUE VAI JOGAR HOJE
3. Agora, coloque o termo antecedente no lugar do pronome relativo. Identifique a função sintática desse termo
substituído
O GRUPO vai jogar hoje
4. A função sintática do termo substituído será a função sintática do pronome relativo
O GRUPO funciona como SUJEITO, portanto QUE terá função de SUJEITO
A cantora que acabou de se apresentar é desagradável. (= a qual = a cantora)
Os grupos que vão jogar hoje chegaram cedo. (= os quais = os grupos)
As cantoras que se apresentaram eram desagradáveis. (= as quais = as cantoras)
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 77
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
b) “Fazer da aplicação da lei a arte de distribuir justiça é o ideal a que aspiramos” (aspirar a).
3) Nas orações adjetivas cujo pronome relativo não funcione como sujeito, se o verbo ou nome exigir alguma preposição,
coloca-se esta antes do relativo”.
Exs.:
a) "Atualmente, os meios de que dispomos...";
b) "Fui traído pelos amigos em quem mais confiava";
c) "...em relação àquele a quem devia respeito e admiração";
d) "É um monumento de que todos os brasileiros se orgulham"
Observe (dispor de, confiar em, dever respeito e admiração a, orgulhar-se de).
"Onde", como pronome relativo, sempre possui antecedente e só pode ser utilizado na indicação de lugar.
Por exemplo:
A casa onde (em que) morava foi assaltada.
h) Na indicação de tempo, deve-se empregar quando ou em que.
Por exemplo:
Sinto saudades da época em que (quando) morávamos no exterior.
USO DO CUJO
“Cujo" é um pronome relativo, usado para unir orações.
Expressa relação de posse, em que o antecedente do pronome é o "possuidor" e o consequente," a coisa possuída".
Observe:
Oração (1): "A mulher é advogada".
Oração (2): "O carro da mulher foi roubado".
"A mulher cujo carro foi roubado é advogada".
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 78
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
A oração limita o universo de homens, isto é, não se refere a todos os homens, mas sim àquele que estava passando naquele
momento.
Exemplo 2:
O homem, que se considera racional, muitas vezes age animalescamente.
Oração Sub. Adjetiva Explicativa
Nesse período, a oração em destaque não tem sentido restritivo em relação à palavra "homem": na verdade, essa oração
apenas explicita uma ideia que já sabemos estar contida no conceito de "homem".
Saiba que:
A oração subordinada adjetiva explicativa é separada da oração principal por uma pausa, que, na escrita, é representada
pela vírgula.
É comum, por isso, que a pontuação seja indicada como forma de diferenciar as orações explicativas das restritivas: de
fato, as explicativas vêm sempre isoladas por vírgulas; as restritivas, não.
Obs.: ao redigir um período escrito por outrem, é necessário levar em conta as diferenças de significado que as orações
restritivas e as explicativas implicam. Em muitos casos, a oração subordinada adjetiva será explicativa ou restritiva de
acordo com o que se pretende dizer.
Exemplo 1:
Mandei um telegrama para meu irmão que mora em Roma.
No período acima, podemos afirmar com segurança que a pessoa que fala ou escreve tem, no mínimo, dois irmãos, um que
mora em Roma e um que mora em outro lugar. A palavra "irmão", no caso, precisa ter seu sentido limitado, ou seja, é
preciso restringir seu universo. Para isso, usa-se uma oração subordinada adjetiva restritiva.
Exemplo 2:
Mandei um telegrama para meu irmão, que mora em Roma.
Nesse período, é possível afirmar com segurança que a pessoa que fala ou escreve tem apenas um irmão, o qual mora em
Roma. A informação de que o irmão more em Roma não é uma particularidade, ou seja, não é um elemento identificador,
diferenciador, e sim um detalhe que se quer realçar.
Observações:
As orações subordinadas adjetivas podem:
Ter um pronome como antecedente.
Por Exemplo:
Não sei O que vou almoçar.
o = antecedente
que vou almoçar = Oração Subordinada Adjetiva Restritiva
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 80
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 81
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 82
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 83
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
NÃO É PROIBIDO
ESTÁ CORRETO
Ele encontrou-me na festa
Ele me encontrou na festa
Vejamos as regras de cada um dos casos. • Depois de conjunções subordinativas: quando, se, como,
CASOS DE PRÓCLISE porque, que, logo, ainda que etc.
CUIDADO! Exemplos:
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 84
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Exemplos:
Ele a convidou para a festa. • Com o infinitivo não flexionado, precedido da
preposição a.
Ela convidou-a para a festa.
Exemplo:
Mamãe falou-me de você.
Todos corriam ao ouvi-lo.
Mamãe me falou de você.
Com infinitivo não flexionado precedido de preposição ou
palavra negativa. Com verbo no infinitivo não flexionado sem palavra atrativa
Dica: ❑ POSSESSIVO
se for possível apagar ou deslocar a expressão para mim, Note que:
isso é sinal de que o mim não funciona como sujeito do A forma do possessivo depende da pessoa gramatical a que
verbo no infinitivo. se refere; o gênero e o número concordam com o objeto
Logo, nestas condições, a expressão pode vir sem possuído.
problemas diante do verbo. Veja como ficaria: Por exemplo:
Ele trouxe seu apoio e sua contribuição naquele
1) Sempre foi muito difícil ( ) entender Matemática. momento difícil.
ou 1. Normalmente, vem antes do nome a que se refere;
2) Para mim sempre foi muito difícil entender Matemática. podendo, também, vir depois do substantivo que
determina. Neste último caso, pode até alterar o sentido da
Agora tente aplicar essas dicas à frase “Comprei vários frase, seu (a/s) pode causar ambiguidade, para desfazê-la,
livros para mim aprender Matemática.”. Nessa frase o mim deve-se preferir o uso do dele (a/s) (Ele disse que Maria
conjuga verbo e tem função de sujeito, portanto seu uso estava trancada em sua casa - casa de quem?);
está inadequado, consertemos:
2. Pode indicar aproximação numérica (ele tem lá seus 40
Comprei vários livros para EU aprender Matemática. anos), posse figurada (Minha terra tem palmeiras), valor de
5. pronomes acompanhados de só ou todos, ou seguido de indefinição = algum (Tenho cá as minhas dúvidas!);
numeral, assumem forma reta e podem funcionar como 3. Nas expressões do tipo ― Seu João, seu não tem valor
objeto direto (Estava só ele no banco/Encontramos todos de posse por ser uma alteração fonética de Senhor.
eles);
6. me, te, se, nos, vos - podem ter valor reflexivo,
enquanto se, nos, vos - podem ter valor reflexivo e PREPOSIÇÃO
recíproco;
7. si e consigo - têm valor exclusivamente reflexivo e Palavra que não se flexiona, cuja função é ligar dois termos
usados para a 3ª pessoa; ou orações entre si, estabelecendo relação de subordinação
Fábia só fala de si mesma, levando consigo todo o (regente - regido).
crédito. Divide-se em:
8. conosco e convosco devem aparecer na sua forma • Essenciais (maioria das vezes são preposições): a, ante,
analítica (com nós e com vós) quando vierem com após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante,
modificadores (todos, outros, mesmos, próprios, numeral por, sem, sob, sobre, trás.
ou oração adjetiva);
9. os pronomes pessoais retos podem desempenhar
função de sujeito, predicativo do sujeito ou vocativo, este • Acidentais (palavras de outras classes que podem
último com tu e vós (Nós temos uma proposta / Eu sou eu e exercer função de preposição): afora, conforme (= de
pronto / Ó, tu, Senhor Jesus); acordo com), consoante, durante, exceto, salvo, segundo,
senão, mediante, visto (= devido a, por causa de).
10. não se podem contrair as preposições de e em com
pronomes que sejam sujeitos (Em vez de ele continuar, (Vestimo-nos conforme a moda e o tempo / Os heróis
desistiu ≠ Vi as bolsas dele bem aqui); tiveram como prêmio aquela taça / Mediante meios
escusos, ele conseguiu a vaga / Vovó dormiu durante a
11. os pronomes átonos podem assumir valor possessivo viagem)
(Levaram-me o dinheiro = Levaram meu dinheiro/ Pesavam-
lhe os olhos = Pesavam os seus olhos). Sintaticamente, tais As preposições essenciais regem pronomes oblíquos
oblíquos serão adjuntos adnominais tônicos; enquanto preposições acidentais regem as formas
retas dos pronomes pessoais. (Falei sobre ti/ Todos, exceto
12. alguns pronomes átonos são partes integrantes de eu, vieram).
verbos pronominais como suicidar-se, apiedar-se, condoer-
se, queixar-se, vangloriar-se As locuções prepositivas, em geral, são formadas de
advérbio (ou locução adverbial) + preposição – abaixo de,
• podem-se usar alguns pronomes oblíquos como acerca de, a fim de, além de, defronte a, ao lado de, apesar
expressão expletiva, portanto pode-se retirar ou de, através de, de acordo com, em vez de, junto de, perto
ser conservado sem mudança para o sentido da de, até a, apesar de, devido a.
frase (Não me venha com essa = correta) ou (Não
me venha com essa = correta).
Emprego das Preposições
1. Combinação: a preposição une-se a outra palavra sem
perda fonética (ao/aos).
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 87
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
2. Contração: a preposição junta-se a outra palavra com João foi a São Paulo. (destino, direção)
perda fonética (em junta-se com aquela e forma-se João veio de São Paulo (procedência)
naquela)
Maria saiu a sua mãe. (semelhança)
3. Não se deve contrair de se o termo seguinte for sujeito
(“Está na hora de ele falar” e não “Está na hora (dele) falar”) Fui ao cinema com Paula. (companhia)
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 88
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 89
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
• Designação: eis (Eis nosso carro novo). • Locução adverbial: ocorre quando há mais de uma
• Exclusão: apesar, somente, só, salvo, unicamente, palavra.
exclusive, exceto, senão, sequer, apenas. (Todos saíram, • Função sintática: para cada advérbio ou locução
menos ela / Não me descontou sequer um real). adverbial a função sintática é o adjunto adverbial.
• Explicação: isto é, por exemplo, a saber. (Li vários livros,
a saber, os clássicos). Ex.:
• Inclusão: até, ainda, além disso, também, inclusive. (Eu Vou cedo, à noite (Quando? A que horas? Cedo é
também vou / Falta tudo, até água). advérbio de tempo, à noite é locução adverbial de
• Limitação: só, somente, unicamente, apenas. (Apenas tempo, cedo e à noite são adjuntos adverbiais de
um me respondeu / Só ele veio à festa). tempo).
• Realce: é que, cá, lá, não, mas, é porque. (E você lá sabe Vou de táxi (De que modo? Com que meio? Como? de
essa questão?). táxi é locução adverbial de modo ou meio, de táxi é
• Retificação: aliás, isto é, ou melhor, ou antes. (Somos adjunto adverbial de modo ou de meio).
três, ou melhor, quatro). Vou à festa (A que lugar? Aonde? à festa é locução
• Situação: então, mas, se, agora, afinal. (Afinal, quem adverbial de lugar, à festa é adjunto adverbial de lugar).
perguntaria a ele?).
Circunstâncias:
DICAS PARA ENCONTRAR O ADVÉRBIO / A LOCUÇÃO • AFIRMAÇÃO - sim, deveras, certamente
ADVERBIAL E O ADJUNTO ADVERBIAL • DÚVIDA - talvez, quis, porventura.
• Verbo Intransitivo: pode vir advérbio com qualquer • EXCLUSÃO - só, somente, apenas.
verbo, mas principalmente eles aparecem sozinhos com
verbos intransitivos. • INTENSIDADE - muito, pouco, mais, menos, bem, mal,
etc.
• Circunstâncias: Sempre se referem ao verbo, ao adjetivo
ou a outro advérbio, embora, às vezes, estejam distantes • LUGAR - aqui, ali, acolá, além, aquém, cá, lá, fora, etc.
dessas classes gramaticais. • MODO - bem, mal, assim, etc.
• Lembre-se de que: O objeto indireto só aceita as • NEGAÇÃO - não.
perguntas: quê? e quem? com a preposição da frase. • TEMPO - hoje, ontem, amanhã, cedo, tarde, logo, nunca,
• Classe gramatical: advérbio ocorre quando há uma só jamais, etc.
palavra. • INTERROGATIVO - como? quando? onde?
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 90
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
INTERJEIÇÃO
CLASSIFICAÇÃO
10 – VERBO
MECANISMOS DE FLEXÃO DOS VERBOS.
1. Tipos de verbos
2. Flexões verbais
3. Tempos
4. Vozes
5. Verbos notáveis
6. Infinitivo pessoal ou impessoal?
Sabe-se que uma palavra é verbo quando essa palavra, de modo geral, pode ser antecedida de pronome reto.
Nesse caso, o verbo é uma palavra que obrigatoriamente tem: número, pessoa, tempo, modo e voz.
Observe o exemplo:
Eu canto.
Em função dos elementos, identificam-se os itens abaixo:
Em CANTO temos:
1. NÚMERO: singular.
2. PESSOA: 1ª.
3. TEMPO: presente.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 91
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
4. MODO: indicativo.
5. VOZ: ativa.
Os verbos da língua portuguesa se agrupam em três conjugações, de conformidade com a terminação do infinitivo:
1) Os da primeira conjugação terminam em -Ar: cantar.
2) Os da segunda conjugação terminam em -Er: bater.
3) Os da terceira conjugação terminam em -Ir: partir.
ELEMENTOS MÓRFICOS
Radical V.T. Desinências
cant- -a -r
Cant- ᶲ -o
bat- -e -r
Bat- -i -a -s
part- -i -r
Part- -i - mos
Há a desinência modo-temporal, indicando a que modo e tempo a flexão verbal pertence e há a desinência número-pessoal
indicando a que pessoa e número a flexão verbal pertence.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 92
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 93
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 94
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
VERBO TER
PRESENTE INDICATIVO TENHO, TENS, TEM..., TÊM Eu TENHO muita alegria e fé
VERBO TER e SEUS DERIVADOS
PRESENTE INDICATIVO MANTENHO, MANTÉNS,
Eu MANTENHO muita alegria e fé
MANTÉM...
PRETÉRITO TIVERA, TIVERAS, ... Eu TIVERA antes, na vida, muito poder
MAIS-QUE-PERFEITO MANTIVERA, MANTIVERAS, Eu MANTIVERA o prestígio, mas perdi o poder
INDICATIVO ... Eu MANTERA(ERRADO)
Se eu TIVESSE mais fé, seria mais abençoado
PRETÉRITO TIVESSE, TIVESSES...
IMPERFEITO Se eu MANTIVESSE meu esforço, seria mais
MANTIVESSE, recompensado
SUBJUNTIVO MANTIVESSES...
Se eu MANTESSE(ERRADO)
Quando/Se eu TIVER mais fé, serei mais
recompensado
TIVER, TIVERES...
FUTURO SUBJUNTIVO Quando/Se eu MANTIVER meus esforços,
MANTIVER, MANTIVERES...
serei mais recompensado
Quando/Se eu MANTER(ERRADO)
Alguns verbos derivados de TER seguem esse modelo: ater, conter, deter, entreter, manter, reter.
VERBO PÔR e SEUS DERIVADOS
Se eu PUSESSE mais areia, entupiria
PRETÉRITO IMPERFEITO PUSESSE, PUSESSES...
Se eu REPUSESSE minhas energias, venceria a prova
SUBJUNTIVO REPUSESSE, REPUSESSES...
Se eu REPOSSE(ERRADO)
Quando/Se eu PUSER mais areia, entupirei
PUSER, PUSERES...
FUTURO SUBJUNTIVO Quando/Se eu REPUSER minhas esforços, vencerei a
REPUSER, REPUSERES...
prova
Quando/Se eu REPOR(ERRADO)
Alguns verbos derivados de PÔR seguem esse modelo: repor, compor, depor, propor, contrapor.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 95
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
VERBO REAVER
DEFECTIVO SOMENTE
Não se conjuga em todos os Nós REAVEMOS
PRESENTE INDICATIVO
tempos nem em todas as Vós REAVEIS
pessoas Eu REAVEJO (ERRADO)
Eu REOUVE, REOUVESTE,
Ele REOUVE
PRETÉRITO PERFEITO Nós REOUVEMOS, REOUVESTES
EM TODAS AS FORMAS
INDICATIVO Eles REOUVERAM
Eu REAVI(ERRADO)
Nós REAVEMOS(ERRADO)
PRETÉRITO
MAIS-QUE-PERFEITO EM TODAS AS FORMAS Eu REOUVERA, ...
INDICATIVO
PRETÉRITO IMPERFEITO Se eu REOUVESSE, ...
EM TODAS AS FORMAS
SUBJUNTIVO Se eu REAVESSE(ERRADO)
Quando/Se eu REOUVER, ...
FUTURO SUBJUNTIVO EM TODAS AS FORMAS
Quando/Se eu REAVER(ERRADO)
Tipos de verbos
Conforme visto nos elementos mórficos, os verbos apresentam três conjugações. Em função da vogal temática, podem-se
criar três paradigmas verbais.
De acordo com a relação dos verbos com esses paradigmas, obtém-se a seguinte classificação:
1. Regulares - seguem o paradigma verbal de sua conjugação;
2. Irregulares - não seguem o paradigma verbal da conjugação a que pertencem. As irregularidades podem aparecer no
radical ou nas desinências (ouvir – ouço/ouve, estar – estou/estão);
Atenção:
Entre os irregulares, destacam-se os verbos anômalos que apresentam profundas irregularidades.
São os mais clássicos exemplos os verbos ser e ir como anômalos. Outros autores incluem também o verbo pôr, estar, haver,
ter e vir.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 96
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
VERBO IR
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 97
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Locução Verbal
Também chamada de perífrase verbal, a locução verbal é um grupo de verbos que tem uma só unidade de sentido, como se
fosse um só verbo. É por isso que é contada como uma só oração na análise sintática.
Formada por verbo auxiliar + verbo principal (sempre no gerúndio, no infinitivo ou no particípio), a locução verbal
representa uma só oração dentro da frase.
Outra coisa: para que você reconheça uma locução verbal, note que os verbos têm de se referir ao mesmo sujeito. Por
exemplo, em “Vou estudar”, quem vai? Eu. Quem estudará? Eu.
Logo, se ambos os verbos se referem ao mesmo sujeito, estamos diante de uma locução verbal.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 98
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Tempos Compostos
São formados por locuções verbais que têm como auxiliares os verbos ter e haver e como principal, qualquer verbo
no particípio. São eles:
1) Pretérito Perfeito Composto do Indicativo:
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Presente do Indicativo e o principal no particípio, indicando
fato que tem ocorrido com frequência ultimamente. Por exemplo:
Eu tenho estudado demais ultimamente.
2) Pretérito Perfeito Composto do Subjuntivo:
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Presente do Subjuntivo e o principal no particípio, indicando
desejo de que algo já tenha ocorrido. Por exemplo:
Espero que você tenha estudado o suficiente, para conseguir a aprovação.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 99
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 100
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Locuções Verbais
Outro tipo de conjugação composta - também chamada conjugação perifrástica - são as locuções verbais, constituídas de
verbos auxiliares mais gerúndio, particípio ou infinitivo.
São conjuntos de verbos que, numa frase, desempenham papel equivalente ao de um verbo único. Nessas locuções, o último
verbo, chamado principal, surge sempre numa de suas formas nominais; as flexões de tempo, modo, número e pessoa
ocorrem nos verbos auxiliares. Observe os exemplos:
A língua portuguesa apresenta uma grande variedade dessas locuções, conseguindo exprimir por meio delas os mais variados
matizes de significado. Poder e dever são auxiliares que exprimem a potencialidade ou a necessidade de que determinado
processo se realize ou não. Veja:
Pode ocorrer algo inesperado durante a festa.
Deve ocorrer algo inesperado durante a festa.
Outro auxiliar importante é querer, que exprime vontade, desejo. Por exemplo:
Quero ver você hoje.
Também são largamente usados como auxiliares: começar a, deixar de, voltar a, continuar a, pôr-se a, ir, vir e estar, todos
ligados à noção de aspecto verbal.
Voz Ativa:
Saiba que:
Para perceber como os verbos participam da relação entre o objeto direto e seu predicativo, basta passar a oração para
voz passiva. Veja:
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 101
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
O verbo julgar relaciona o complemento (os homens) com o predicativo (insensíveis). Essa relação se evidencia quando
passamos a oração para a voz passiva.
Praticando:
VERBO SER:
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 102
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
MODO INDICATIVO
Presente do Indicativo
VOZ ATIVA: O professor elogia o aluno dedicado
VOZ PASSIVA: o aluno dedicado É elogiado pelo professor
Pretérito Perfeito
VOZ ATIVA: O professor elogiou o aluno dedicado
VOZ PASSIVA: o aluno dedicado FOI elogiado pelo professor
Pretérito Imperfeito
VOZ ATIVA: O professor elogiava o aluno dedicado
VOZ PASSIVA: o aluno dedicado ERA elogiado pelo professor
Pretérito mais-que-perfeito
VOZ ATIVA: O professor elogiara o aluno dedicado
VOZ PASSIVA: o aluno dedicado FORA elogiado pelo professor
Futuro do Presente
VOZ ATIVA: O professor elogiará o aluno dedicado
VOZ PASSIVA: o aluno dedicado SERÁ elogiado pelo professor
Futuro do Pretérito
VOZ ATIVA: O professor elogiaria o aluno dedicado
VOZ PASSIVA: o aluno dedicado SERIA elogiado pelo professor
MODO SUBJUNTIVO
Presente do Subjuntivo
VOZ ATIVA: Eu espero que o professor elogie o aluno dedicado
VOZ PASSIVA: Eu espero que o aluno dedicado SEJA elogiado pelo professor
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 103
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Futuro do subjuntivo
VOZ ATIVA: Tudo dará certo quando o professor elogiar o aluno dedicado
VOZ PASSIVA: Quando o aluno dedicado FOR elogiado pelo professor...
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 104
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Ex.:
Amam-se como irmãos.
Os pretendentes insultaram-se. (Pronome recíproco)
1. VERBO PÔR
Atenção: Todos os derivados do verbo pôr seguem exatamente esse modelo: antepor, compor, contrapor, decompor, depor,
descompor, dispor, expor, impor, indispor, interpor, opor, pospor, predispor, pressupor, propor, recompor, repor, sobrepor,
supor, transpor são alguns deles.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 105
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
DEPOR
• Indicativo Presente: deponho, depões, depõe, depomos, depondes, depõem.
• Pretérito Perfeito: depus, depuseste, depôs, depusemos, depusestes, depuseram.
• Pretérito Imperfeito: depunha, depunhas, depunha, depúnhamos, depúnheis, depunham.
• Futuro do Presente: deporei, deporás, deporá, deporemos, deporeis, deporão.
• Futuro do Pretérito: deporia, deporias, deporia, deporíamos, deporíeis, deporiam.
• Subjuntivo Presente: deponha, deponhas, deponha, deponhamos, deponhais, deponham.
• Subjuntivo Imperfeito: depusesse, depusesses, depusesse, depuséssemos, depusésseis, depusessem.
• Subjuntivo: depuser, depuseres, depuser, depusermos, depuserdes, depuserem.
• Gerúndio: depondo.
• Particípio: deposto.
• Infinitivo Pessoal: depor, depores, depor, depormos, depordes, deporem.
• Infinitivo Impessoal: depor.
VERBO VER
Por este, conjugam-se os compostos: antever, entrever, prever, rever, mas não prover.
Também não se conjuga pelo modelo de ver, o verbo precaver, que dele não é derivado.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 106
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Obs.: Prover é composto de ver em alguns tempos e por ele se conjuga, salvo no pretérito perfeito, no mais-que-perfeito, no
imperfeito do subjuntivo e no particípio. O E da sílaba ver é sempre fechado. Por ele se conjuga desprover. Não confundir
com provir.
• Indicativo Presente: provejo, provês, provê, provemos, provedes, proveem.
• Pretérito Perfeito: provi, proveste, proveu, provemos, provestes, proveram.
• Pretérito Imperfeito: provia, provias, provia, províamos, províeis, proviam.
• Pretérito Mais-Que-Perfeito: provera, proveras, provera, provêramos, provêreis, proveram.
• Futuro do Presente: proverei, proverás, proverá, proveremos, provereis, proverão.
• Futuro do Pretérito: proveria, proverias, proveria, proveríamos, proveríeis, proveriam.
• Subjuntivo Presente: proveja, provejas, proveja, provejamos, provejais, provejam.
• Subjuntivo Imperfeito: provesse, provesses, provesse, provêssemos, provêsseis, provessem.
• subjuntivo Futuro: prover, proveres, prover, provermos, proverdes, proverem.
• Gerúndio: provendo.
• Particípio: provido.
• Infinitivo Impessoal: prover.
• Infinitivo Pessoal: prover, proveres, prover, provermos, proverdes, proverem.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 107
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
VERBO VIR
CUIDADO!
VERBOS TER E VIR
Acentua-se com circunflexo a 3ª pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos ter e vir, bem como nos seus
derivados (deter, conter, manter, reter, advir, convir, intervir). Veja:
Ele tem Eles têm
Ele retém Eles retêm
Ela vem Elas vêm
Ele intervém Eles intervêm
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 108
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
2. VERBO HAVER
OBS: Por este verbo, conjuga-se o reaver, que é um verbo defectivo, mas possui apenas as formas em que há a letra v.
Não há presente do subjuntivo e, portanto, nem imperativo negativo.
REAVER (Defectivo)
• Indicativo Presente: (não possui todas as pessoas) reavemos, reaveis.
• Pretérito Perfeito: reouve, reouveste, reouve, reouvemos, reouvestes, reouveram.
• Pretérito Imperfeito: reavia, reavias, reavia, reavíamos, reavíeis, reaviam.
• Pretérito Mais-Que-Perfeito: reouvera, reouveras, reouvera, reouvéramos, reouvéreis, reouveram.
• Futuro do Presente: reaverei, reaverás, reaverá, reaveremos, reavereis, reaverão.
• Futuro do Pretérito: reaveria, reaverias, reaveria, reaveríamos, reaveríeis, reaveriam.
• Presente do subjuntivo: (não há formais para esse tempo)
• Imperfeito Subjuntivo: reouvesse, reouvesses, reouvesse, reouvéssemos, reouvésseis, reouvessem.
• Futuro do Subjuntivo: reouver, reouveres, reouver, reouvermos, reouverdes, reouverem.
• Gerúndio: reavendo.
• Particípio: reavido.
• Infinitivo Pessoal: reaver, reaveres, reaver, reavermos, reaverdes, reaverem.
• Infinitivo Impessoal: reaver.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 109
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
3. VERBO PODER
Verbos dicendi – os verbos que antecedem uma declaração, uma pergunta, é um verbo declarativo, como:
Aconselhar afirmar, Anuir bradar,
Concordar contestar Declarar determinar,
Dizer exclamar, indagar, interrogar
gritar, mandar, negar, objetar,
ordenar pedir perguntar, solicitar
Verbo vicário é o que fica no lugar de outro, que substitui um verbo para ele não se repetir. Isto é possível porque, em
determinado contexto, o verbo vicário é sinônimo daquele do qual faz as vezes. Os que mais se empregam com essa
finalidade são fazer e ser:
“Renato vinha muito aqui, mas há meses que não o faz” (o faz = vem aqui)
“Ela não canta mais como fazia antigamente” (fazia = cantava)
“O concerto realizou-se, mas não foi como se esperava” (foi = realizou-se)
FLEXÕES VERBAIS
1. número – singular ou plural;
2. pessoa gramatical – 1ª, 2ª ou 3ª;
3. tempo - referência ao momento em que se fala (pretérito, presente ou futuro);
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 110
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
5. modo:
• indicativo (certeza de um fato ou estado),
• subjuntivo (possibilidade ou desejo de realização de um fato ou incerteza do estado)
• imperativo (expressa ordem, advertência, súplica ou pedido).
Além desses três modos, existem as formas nominais do verbo (infinitivo, gerúndio, particípio), que enunciam um fato de
maneira vaga, imprecisa, impessoal.
1º) Infinitivo: plantaR, vendeR, feriR.
2º) Gerúndio: plantaNDO, vendeNDO, feriNDO.
3º) Particípio: plantaDO, vendiDO, feriDO.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 111
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Atenção:
As três formas nominais do verbo (infinitivo, gerúndio e particípio) não possuem função exclusivamente verbal.
• Infinitivo tem valor e forma do substantivo: o andar.
• o particípio tem valor e forma de adjetivo: tempo perdido
• enquanto o gerúndio equipara-se ao adjetivo ou advérbio pelas circunstâncias que exprime: água fervendo
TEMPOS VERBAIS
Valor semântico dos tempos verbais:
1. presente do indicativo – indica um fato real situado no momento ou época em que se fala;
2. pretérito perfeito do indicativo – indica um fato real cuja ação foi iniciada e concluída no passado;
3. pretérito imperfeito do indicativo – indica um fato real cuja ação foi iniciada no passado, mas não foi concluída ou era
uma ação costumeira no passado;
4. pretérito mais-que-perfeito do indicativo – indica um fato real cuja ação é anterior a outra ação já passada;
5. futuro do presente do indicativo – indica um fato real situado em momento ou época vindoura;
6. futuro do pretérito do indicativo – indica um fato possível, hipotético, situado num momento futuro, mas ligado a um
momento passado;
7. presente do subjuntivo – indica um fato provável, duvidoso ou hipotético situado no momento ou época em que se fala;
8. pretérito imperfeito do subjuntivo – indica um fato provável, duvidoso ou hipotético cuja ação foi iniciada mas não
concluída no passado;
5. futuro do subjuntivo – indica um fato provável, duvidoso, hipotético, situado num momento ou época futura;
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 112
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
CORRELAÇÃO VERBAL
Ocorre pela articulação temporal entre duas formas verbais. Ao construir um período, os verbos que ele possa apresentar
estabelecem uma relação, uma correspondência, ajustando-se, convenientemente, um ao outro.
Exemplo:
• Se eu tivesse filhos, faria uma casa maior.
- “Tivesse” indica hipótese.
- “Faria” expressa uma possibilidade (fazer o curso) que depende da realização ou não, do fato contido em tivesse.
Se no lugar da forma verbal ― faria – empregássemos a forma ― fazia, teríamos uma correlação verbal inadequada.
Veja exemplo de correlação inadequada:
Mais exemplos:
• 1.º verbo: pres. ind. – 2.º verbo: pres. subj.
Peço-lhe que não me diga não.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 113
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
• 1.º verbo: pres. ind. – 2.º verbo: pret. perf. comp. subj.
Espero que você tenha feito um ótimo curso.
• 1.º verbo: pret. imper. ind. – 2.º verbo: mais-que-perf. comp. subj.
Queria que ele tivesse feito um ótimo curso.
• 1.º verbo: fut. subj. – 2.º verbo: fut. pres. ind.
Se você me trouxer o vinho, eu o degustarei.
• 1.º verbo: pret. imperf. subj. – 2.º verbo: fut. pret. ind.
Se você me trouxesse o vinho, eu o degustaria.
• 1.º verbo: pret. mais-que-perf. comp. subj. 2.º verbo: futuro do pret. simp. ou comp. ind.
Se o jogador tivesse se empenhado, teríamos, hoje, um outro campeão.
• 1.º verbo: fut. Subj. - 2.º verbo: fut. pres. comp. ind.
Quando chegarmos ao estádio, o jogador já terá saído.
A CORRELAÇÃO VERBAL ESTABELECE O PARALELISMO • Estrutura oracional: Ele negou que tivesse interesse na
SINTÁTICO E SEMÂNTICO reeleição e que o governo estivesse sem rumo.
Termos e orações com funções iguais ganham estruturas Outros exemplos:
iguais: se o verbo pede dois objetos diretos, há dois • Está paralelo o período:
caminhos, um deles é dar-lhes a forma de nome e o outro,
de oração: Os trabalhadores precisam garantir o poder de compra
dos salários e manter a garantia do emprego.
Ele negou interesse na reeleição e que o governo esteja
sem rumo. (ORAÇÃO) Os trabalhadores precisam garantir o poder de compra
dos salários e a manutenção da garantia do emprego.
Ele negou interesse na reeleição e a falta de rumo do
governo. (NOME) OBSERVAR:
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 114
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
VERBOS DO MARIO (arrio, adio, afio, agencio, crio, comercio, desfio, diligencio,
M – medIAR premio, sentencio)
A – ansIAR
R – remedIAR NOMEAR
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 115
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 116
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 117
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
- pretérito perfeito indicativo – compeli, compeliste… - pretérito perfeito indicativo – mobiliei, mobiliaste…
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 118
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 119
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
• Realizar-se:
Houve festas e jogos.
Obs.: O verbo haver transmite a sua impessoalidade aos
verbos que com ele formam locução, os quais, por isso,
permanecem invariáveis na 3ª pessoa do singular:
Vai haver eleições e não “Vão haver”
Locução verbal
Deve haver homens na sala e não “Devem haver...”.
VERBO FAZER
Conjugação do verbo FAZER (indicando tempo):
IMPESSOAL: sempre na 3ª pessoa do singular
(A leitura com as duas frases serve para todas as formas)
Faz
São verbos impessoais:
Fazia
HAVER
Fez + um ano de sua partida
Sendo, portanto, usado invariavelmente na 3ª pessoa do
singular, quando significa: Fizera
• Existir: Fará
Sofria sem que houvesse motivos. Faria
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 120
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
O verbo FAZER indicando tempo decorrido fica sempre no b) quando é partícula de indeterminação do sujeito
singular, portanto impessoal.
Faz ( Faz – Fazem) muito tempo que trabalho naquela Entendendo a Partícula Se
empresa.
As construções em que ocorre a partícula SE podem
Fez ( Faz – Fazem) quatro anos que ele foi admitido. apresentar algumas dificuldades quanto à classificação do
Vai fazer ( Vai fazer – Vão fazer) quatro anos que ele foi sujeito
admitido.
Veja:
NÃO ESQUECER
MESMO AS LOCUÇÕES VERBAIS com os verbos haver
(sentido de existir, fazer) e fazer (indicando tempo
decorrido) são impessoais, mantêm-se no singular.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 121
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
A cada ano, renovam-se os ideais de vida. b) Com verbo ativo na 3ª pessoa do singular, seguido do
pronome SE:
Se: partícula apassivadora/ os ideais de vida = sujeito
O verbo vem acompanhado do pronome SE, que atua como
Naquela lojinha, plastificam documentos. partícula de indeterminação do sujeito. Essa construção
VOZ ATIVA ocorre com verbos que não apresentam complemento
direto (verbos intransitivos, transitivos indiretos e de
Naquela lojinha, plastificam-se documentos.
ligação). O verbo obrigatoriamente fica na terceira pessoa
Se: partícula apassivadora/ documentos = sujeito do singular.
Durante a aula, fazem-se muitas perguntas.
Se: partícula apassivadora/ muitas perguntas =
sujeito
No caso de o sujeito aparecer representado pelo pronome “quem”, o verbo, via de regra, permanecerá na terceira pessoa
do singular ou, segundo alguns gramáticos, poderá concordar com o antecedente desse pronome:
Fomos nós quem contou toda a verdade para ela.
Fomos nós quem contamos toda a verdade para ela.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 122
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Em casos nos quais o sujeito aparece realçado pela palavra “que”, o verbo deverá concordar com o termo que antecede
essa palavra:
Nesta empresa somos nós que tomamos as decisões.
Em casa sou eu que decido tudo.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 123
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Ex:
Perto de um aluno compareceu à entrega dos resultados.
Cerca de mil pessoas participaram da manifestação.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 124
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 125
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
CONCORDÂNCIA NOMINAL
A concordância nominal se baseia na relação entre um substantivo (ou pronome, ou numeral substantivo) e as palavras que a
ele se ligam para caracterizá-lo (artigos, adjetivos, pronomes adjetivos, numerais adjetivos e particípios). Basicamente,
ocupa-se da relação entre nomes.
Lembre-se: normalmente, o substantivo funciona como núcleo de um termo da oração, e o adjetivo, como adjunto
adnominal.
A concordância do adjetivo ocorre de acordo com as seguintes regras gerais:
1) O adjetivo concorda em gênero e número quando se refere a um único substantivo.
Por Exemplo:
As mãos trêmulas denunciavam o que sentia.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 126
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
MESMO, BASTANTE
Como advérbios: invariáveis
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 127
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Exemplos:
Preciso mesmo da sua ajuda.
Fiquei bastante contente com a proposta de emprego.
Como pronomes ou adjetivos: seguem a regra geral.
Exemplos:
Os rapazes mesmos fizemos isso.
Seus argumentos foram bastantes para me convencer.
Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou.
MEIO
Como advérbio: invariável.
Exemplo: Estou meio insegura.
Como numeral: segue a regra geral.
Comi meia laranja pela manhã.
Tomei meias jarras de suco de laranja.
MENOS, ALERTA
Em todas as ocasiões são invariáveis.
Exemplos:
Preciso de menos comida para perder peso.
Estamos alerta para com suas chamadas.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 128
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Nomes próprios – a concordância neste caso deverá ser feita levando em consideração a presença ou ausência do artigo.
Com o artigo, o verbo é grafado no plural ou no singular
Sem o artigo, o verbo é grafado no singular.
Ex:
Os Estados Unidos formam a grande potência mundial.
O Amazonas é um rio muito caudaloso.
Goiás é um estado bastante acolhedor.
Dentre os casos particulares do gênero dos substantivos, destaca-se aquele em que o gênero do substantivo varia segundo
sua significação. A palavra grama é um substantivo que se encaixa nesse caso.
Quando grama tiver sentido de planta cultivada em áreas como jardim, tratar-se-á de um substantivo feminino.
Quando grama tiver sentido de unidade de medida de peso, tratar-se-á de um substantivo masculino.
Exemplos:
Admirávamos o grama que implantaram naquele jardim.[Inadequado]
Admirávamos a grama que implantaram naquele jardim. [Adequado]
Por favor, dê-me trezentas gramas de azeitona! [Inadequado]
Por favor, dê-me trezentos gramas de azeitona! [Adequado]
Como o substantivo grama com sentido de medida de peso é masculino, todos os substantivos compostos que também
expressem medida formados a partir dele também serão masculinos: miligrama, quilograma.
Exemplo:
Quantas miligramas de bicarbonato existem nesse produto? [Inadequado]
Quantos miligramas de bicarbonato existem nesse produto? [Adequado]
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 129
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 130
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Cada informação está estruturada em torno de um verbo: segurou, mostrou, viu. Assim, há nessa frase três orações:
1ª oração: A menina segurou a boneca
2ª oração: e mostrou
3ª oração: quando viu as amiguinhas.
A segunda oração liga-se à primeira por meio do "e", e a terceira oração liga-se à segunda por meio do "quando". As palavras
"e" e "quando" ligam, portanto, orações.
Observe:
Gosto de natação e de futebol.
Nessa frase as expressões de natação, de futebol são partes ou termos de uma mesma oração. Logo, a palavra "e" está
ligando termos de uma mesma oração.
Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes de uma mesma oração.
Morfossintaxe da Conjunção
As conjunções, a exemplo das preposições, não exercem propriamente uma função sintática: são conectivos.
Classificação da Conjunção
De acordo com o tipo de relação que estabelecem, as conjunções podem ser classificadas em coordenativas e
subordinativas. No primeiro caso, os elementos ligados pela conjunção podem ser isolados um do outro. Esse isolamento, no
entanto, não acarreta perda da unidade de sentido que cada um dos elementos possui. Já no segundo caso, cada um dos
elementos ligados pela conjunção depende da existência do outro.
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS
São aquelas que ligam orações de sentido completo e independente ou termos da oração que têm a mesma função
gramatical.
Subdividem-se em:
1) Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de acréscimo, soma, sequência ou adição.
São elas: e, nem (= e não), não só...mas também, não só... como também, bem como, não só... mas ainda.
Por exemplo:
A sua pesquisa é clara e objetiva.
Ela não só dirigiu a pesquisa como também escreveu o relatório.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 131
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
1. COORDENADAS SINDÉTICAS ADITIVAS – Quando apresentam ideia de soma, acréscimo, adição, sequência de
pensamentos.
Trabalho e estudo.
Trabalho mas também estudo.
Nem trabalho, nem estudo.
Observem os Pares Correlatos: NÃO SÓ... MAS TAMBÉM, NÃO SÓ ... COMO TAMBÉM, NÃO SOMENTE...MAS AINDA, NÃO
SOMENTE...MAS TAMBÉM: quando aparecem, dizemos que as orações são Coordenativas Aditivas e que são
Correlacionadas:
Não só trabalho, mas também estudo.
CUIDADO!
Exs:
Estude com regularidade, e será recompensado. (= logo, por isso – conclusão /consequência)
Não tendo ficado satisfeito com a brincadeira, vou chamar-lhe e dar-lhe uma bronca. (= para – finalidade)
3) Alternativas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de alternância ou escolha, indicando fatos que se realizam
separadamente.
São elas: ou, ou... ou, ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja.
Por exemplo:
Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário.
3. COORDENADAS SINDÁTICAS ALTERNATIVAS – Quando expressam alternância, exclusão e são introduzidas por
Conjunções Alternativas: OU, OU...OU, ORA...ORA, JÁ...JÁ, QUER...QUER, SEJA...SEJA:
Trabalha ou estuda.
Ou trabalha ou estuda.
Ora trabalha ora estuda.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 132
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
OU TRABALHA OU ESTUDA – Em frases assim, as duas orações devem ser consideradas COORDENADAS ALTERNATIVAS.
4) Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração que expressa ideia de conclusão ou consequência.
São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim.
Por exemplo:
Marta estava bem preparada para o teste, portanto não ficou nervosa.
4. COORDENADAS SINDÉTICAS CONCLUSIVAS – Quando expressam conclusão, dedução, consequência e são introduzidas
por Conjunções Conclusivas: LOGO, PORTANTO, POR CONSEGUINTE, POIS (posposto ao verbo), POR ISSO:
Trabalho, logo ganho dinheiro.
Trabalho, portanto ganho dinheiro.
Trabalho, ganho dinheiro, pois.
5) Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração que a explica, que justifica a ideia nela contida.
São elas: que, porque, pois (antes do verbo).
Por exemplo:
Não demore, que o filme já vai começar.
5. COORDENADAS SINDÉTICAS EXPLICATIVAS – Quando expressam uma explicação, motivo, razão e são introduzidas por
Conjunções Explicativas: QUE, PORQUE, POIS (anteposto ao verbo):
Não passaste de ano, que não estudaste.
Não passaste de ano porque não estudaste.
Não passaste de ano, pois não estudaste.
NOTA:
É possível haver confusão entre Orações Coordenadas Explicativas e Orações Subordinadas Adverbiais Causais.
Oração Coordenada Explicativa – Explica o motivo da declaração anterior:
O menino deveria estar doente, porque chorava muito.
Oração Subordinada Adverbial Causal – Exprime a causa de um fato:
O menino chorava muito porque estava doente.
Saiba que:
a) Os conectores "e"," antes", "agora"," quando" são adversativas quando equivalem a "mas".
Por exemplo:
Carlos fala, e não faz.
O bom educador não proíbe, antes orienta.
Sou muito bom; agora, bobo não sou.
Foram mal na prova, quando poderiam ter ido muito bem.
b) "Senão" funciona como conjunção adversativa quando equivale a "mas sim".
Por exemplo:
Conseguimos vencer não por protecionismo, senão por capacidade.
c) Das conjunções adversativas, "mas" deve ser empregada sempre no início da oração: as outras (porém, todavia, contudo,
etc.) podem vir no início ou no meio.
Por exemplo:
Ninguém respondeu a pergunta, mas os alunos sabiam a resposta.
Ninguém respondeu a pergunta; os alunos, porém, sabiam a resposta.
d) A palavra "pois", quando é conjunção conclusiva, vem geralmente após um ou mais termos da oração a que pertence.
Por exemplo:
Você o provocou com essas palavras; não se queixe, pois, de seus ataques.
Quando é conjunção explicativa," pois" vem, geralmente, após um verbo no imperativo e sempre no início da oração a que
pertence.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 133
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Por exemplo:
Não tenha receio, pois eu a protegerei.
NOTA:
As Orações Coordenadas são autônomas quanto à estrutura sintática, porém são inter-relacionadas, interdependentes,
quanto ao sentido.
CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS
São aquelas que ligam duas orações, sendo uma delas dependente da outra. A oração dependente, introduzida pelas
conjunções subordinativas, recebe o nome de oração subordinada.
Veja o exemplo:
O baile já tinha começado quando ela chegou.
O baile já tinha começado: oração principal
quando: conjunção subordinativa
ela chegou: oração subordinada
As conjunções subordinativas subdividem-se em integrantes e adverbiais:
1. Integrantes
Indicam que a oração subordinada por elas introduzida completa ou integra o sentido da principal. Introduzem orações que
equivalem a substantivos (orações subordinadas substantivas).
São elas: que, se.
Por exemplo:
Espero que você volte. (Espero sua volta.)
Não sei se ele voltará. (Não sei da sua volta.)
2. Adverbiais
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 134
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Indicam que a oração subordinada por elas introduzida exerce a função de adjunto adverbial da principal. De acordo com a
circunstância que expressam, classificam-se em:
a) Causais: introduzem uma oração que é causa da ocorrência da oração principal.
São elas: porque, como (= porque, no início da frase), pois que, visto que, uma vez que, porquanto, já que, desde que, (pelo
fato de, por) + verbo no infinitivo
b) Comparativas: introduzem uma oração que expressa ideia de comparação com referência à oração principal. São elas:
como, assim como, tal como, como se, (tão)... como, tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, que nem, que
(combinado com menos ou mais), etc.
Por exemplo:
O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem.
Ele é preguiçoso tal como o irmão.
2. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL COMPARATIVA – Quando representa o segundo termo de uma comparação. É
introduzida por uma Conjunção Comparativa: COMO, TAL...QUAL, TAL E QUAL, ASSIM COMO, TAL...COMO, TANTO...COMO,
MAIS...QUE, MENOS...QUE, QUE NEM, FEITO (=COMO), O MESMO QUE (=COMO).
As Orações Subordinadas Adverbiais Comparativas podem trazer o verbo expresso:
O operário trabalha como o palhaço diverte.
O menino gosta de sorvete tal qual o macaco gosta de banana.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 135
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
- Analisam – quanto o oxigênio e que a mentira como Oração Subordinada Adverbial Comparativa ou analisam
simplesmente como Adjunto Adverbial de Comparação. Das duas maneiras, vocês terão acertado a análise.
As Orações Subordinadas Adverbiais Comparativas podem ser hipotéticas:
O menino estudou como se quisesse tirar o primeiro lugar.
c) Concessivas: introduzem uma oração que expressa ideia contrária à da principal, sem, no entanto, impedir sua realização.
São elas: embora, ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo que, por mais que, posto que, conquanto.
Por exemplo:
Embora fosse tarde, fomos visitá-lo.
Eu não desistirei desse plano mesmo que todos me abandonem.
3. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONCESSIVA – Quando exprime um fato que se concede, que se admite, em oposição à
Oração Principal.
É introduzida por Conjunção Concessiva – EMBORA, POR MUITO QUE, CONQUANTO, AINDA QUE, MESMO QUE, POR MAIS
QUE, AINDA QUANDO, POSTO QUE, POR MENOS QUE, SE BEM QUE, EM QUE PESE:
Admiro esse senhor, embora não o conheça de perto.
Vejam vocês que é de se esperar admiração por um senhor que se conheça de perto, mas no caso, Admiro esse senhor,
embora não o conheça de perto, a minha afirmação contraria a expectativa imposta pela Oração Principal – admiro – sendo,
portanto, embora não o conheça de perto uma Oração Subordinada Adverbial Concessiva, ou seja, “fato subordinado e
contrário ao da ação principal de uma oração, mas incapaz de impedir que tal ação venha a ocorrer”
Como fazer fácil a identificação de uma Adverbial Concessiva? Basta substituir a Conjunção por APESAR DE. Se der certo,
então tratar-se-á de Adverbial Concessiva:
Por mais que eu pedisse, ela foi embora = Apesar de eu pedir muito, ela foi embora.
d) Condicionais: introduzem uma oração que expressa uma ideia de hipótese, de incerteza, em relação à oração principal
São elas: SE, CASO, CONTANTO QUE, DESDE QUE, SALVO SE, EXCETO SE, A NÃO SER QUE, A MENOS QUE, SEM QUE.
Por exemplo:
Se o regulamento do campeonato for bem elaborado, certamente o melhor time será campeão.
Caso você se case, convide-me para a festa.
4. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONDICIONAL: Quando exprime a condição que se impõe como necessário para a
realização ou não de um fato. As orações subordinadas adverbiais condicionais exprimem o que deve ou não ocorrer para
que se realize ou deixe de se realizar o fato expresso na oração principal. É introduzida por uma conjunção subordinativa
condicional: SE, CASO, CONTANTO QUE, DESDE QUE, A NÃO SER QUE, A MENOS QUE, SEM QUE
Exemplos:
Não saia sem que eu permita.
Conhecendo os alunos (= Se conhecesse os alunos), o professor não os teria punido. (Oração Reduzida de Gerúndio)
e)Conformativas: introduzem uma oração em que se exprime a conformidade de um fato com outro.
São elas: conforme, como (= conforme), segundo, consoante.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 136
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Por exemplo:
O passeio ocorreu como havíamos planejado.
Arrume a exposição segundo o professor ordenou.
5. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONFORMATIVA – Quando exprime uma Conformidade, um acordo de um fato
com outro. É introduzida por uma Conjunção Conformativa – COMO, CONFORME, SEGUNDO, CONSOANTE:
Como vocês sabem, sou médico.
Segundo me disseram, era um louco.
Basta substituir a Conjunção por CONFORME. Dando certo, então se trata de Oração Subordinada Adverbial Conformativa.
f) Consecutivas: introduzem uma oração que expressa a consequência da principal.
São elas: de sorte que, de modo que, sem que (= que não), de forma que, de jeito que, tal... que, tão... que, tanto... que,
tamanho... que).
Por exemplo:
Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do exame.
A dor era tanta que a moça desmaiou.
6. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONSECUTIVA – Quando exprime uma consequência, um efeito, um resultado e é
introduzida por Conjunção Consecutiva – TAL...QUE, TANTO...QUE, TAMANHO...QUE, TÃO...QUE, DE SORTE QUE, DE MODO
QUE, DE FORMA QUE, DE MANEIRA QUE:
Fazia tanto frio que gelávamos.
Não fazia nada sem que se acidentasse.
Substituindo a Conjunção pela palavra CONSEQUEN-TEMENTE, se der certo, teremos a Oração Subordinada Adverbial
Consecutiva.
Se temos uma Oração Subordinada expressando uma Consequência, impossível de ser realizada, usamos: MUITO (= DEMAIS)
+ ADJETIVO + PARA QUE + A AÇÃO VERBAL:
Esta cruz é muito pesada para que eu a carregue.
Era um convite demais tentador para que o recusasse.
g) Finais: introduzem uma oração que expressa a finalidade ou o objetivo com que se realiza a principal.
São elas: para que, a fim de que, porque (= para que).
Por exemplo:
Toque o sinal para que todos entrem no salão.
Aproxime-se a fim de que possamos vê-lo melhor.
h) Proporcionais: introduzem uma oração que expressa um fato relacionado proporcionalmente à ocorrência da principal.
São elas: à medida que, à proporção que, ao passo que e as combinações quanto mais... (mais), quanto menos... (menos),
quanto menos... (mais), quanto menos... (menos).
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 137
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Por exemplo:
O preço fica mais caro à medida que os produtos escasseiam.
Quanto mais reclamava menos atenção recebia.
Obs.: são incorretas as locuções proporcionais à medida em que, na medida que
i) Temporais: introduzem uma oração que acrescenta uma circunstância de tempo ao fato expresso na oração principal.
São elas: quando, enquanto, antes que, depois que, logo que, todas as vezes que, desde que, sempre que, assim que, agora
que, mal (= assim que).
Por exemplo:
A briga começou assim que saímos da festa.
A cidade ficou mais triste depois que ele partiu.
9. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL TEMPORAL – Quando indica o tempo em que o fato expresso pela Oração Principal
acontece e é introduzida por Conjunção temporal – QUANDO, ENQUANTO, LOGO QUE, MAL (= LOGO QUE), SEMPRE QUE,
ASSIM QUE, DESDE QUE, ANTES QUE, DEPOIS QUE, ATÉ QUE, AGORA QUE:
Quando chove, o sertão vira fartura.
Logo que saíste, eles chegaram.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 138
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 139
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 140
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 141
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 142
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 143
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Observação:
Admite voz passiva.
Exemplo: Dava ordens ciente de ser obedecido.
Obs.: É importante notar que, com esses verbos (agradecer,
Alguns verbos podem ser classificados, normalmente, como perdoar e pagar), a pessoa costuma aparecer como objeto
transitivos indiretos. Eis alguns: indireto, mesmo que na frase não haja objeto direto.
aspirar(a) O escritório não paga aos funcionários desde abril.
caber(a); Já perdoei aos que me difamaram.
candidatar-se(a); referir-se(a); Agradeço aos alunos que acreditaram em mim.
impor(a); levar(a);
pertencer(a); dar(a); Os verbos transitivos diretos e indiretos exigem dois
complementos, um sem preposição (objeto direto) e outro
relacionar-se(a) aludir(a)
com preposição (objeto indireto).
obedecer(a) dedicar(a)
Veja alguns exemplos:
responder(a) querer(a);
destinar-se(a); visar(a)
AGRADECER, PERDOAR e PAGAR, que possuem objeto
somar-se(a); oferecer(a); direto (coisa) e indireto (pessoa):
passar(a deparar (com); Agradeço aos fiéis a paciência.
desdenhar (de); acreditar (em); Deus ensina que é preciso perdoar o pecado ao pecador.
consentir (em); ansiar (por); Paguei o dinheiro ao cobrador.
desfrutar(de) gozar (de);
necessitar (de); contribuir(para) O USO DOS PRONOMES OBLÍQUOS ÁTONOS EXIGE
ALGUNS CUIDADOS:
Agradeci o presente / Agradeci-o
Agradeço a você / Agradeço-lhe
Perdoe a ofensa / Perdoei-a
Perdoei ao agressor / Perdoei-lhe
Paguei minhas contas / Paguei-as
Paguei aos meus credores / Paguei-lhes
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 147
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
RESPONDER
Transitivo Indireto, mesmo quando o complemento dele
não se referir à pessoa. Pode ele aparecer sem o artigo,
como pode também aparecer com a presença dele.
Ex:
Responda à mãe com simpatia.
Responder às questões.
Responder a questões. (lembrar que esse A é
preposição)
VISAR ANSIAR
1. Transitivo direto (angustiar, causar mal-estar).
Exemplo: Aquele momento ansiava-o.
2. Transitivo indireto (desejar ardentemente), rege a
preposição por.
Exemplo: “Ansiava pelo novo dia que vinha nascendo” (F.
Sabino)
ATENDER
No sentido de dar atenção ou levar em consideração o que
alguém nos diz, considerar, é transitivo indireto .
Use-o com a preposição [a]:
• Eles atenderam aos nossos conselhos.
• O diretor não atendeu aos pedidos dos pais.
• Não atendera aos amigos.
• Atenda bem ao que lhe digo.
• Vou atender ao que me pede.
No sentido de acolher, receber, recepcionar é transitivo
direto. Use-o sem preposição:
• A professora atendeu os alunos.
• Ela sempre os atende.
CONSISTIR, que tem complemento introduzido pela
preposição EM: • As meninas estão atendendo os visitantes.
A felicidade consiste em preparar o futuro pensando no • O político não atendeu o repórter.
presente.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 148
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
NECESSITAR
1. Transitivo indireto
Exemplo: Necessita de alguns remédios.
PROCEDER
No sentido de TER FUNDAMENTO, o verbo proceder é
INTRANSITIVO:
O depoimento da testemunha procedia.
Nos sentidos de COMPORTAR-SE, AGIR, proceder é
também INTRANSITIVO.
O senhor procedeu bem agindo de acordo com a
legislação.
No sentido de ORIGINAR-SE, PROVIR, DERIVAR, o verbo
proceder constrói-se com a preposição DE:
A língua portuguesa procede do latim.
FALAR
1. Intransitivo (expressar-se).
Exemplo: Aquele senhor fala muito bem.
2. Transitivo direto (declarar, explicar, exprimir-se algum
idioma)
Exemplos:
Falou tudo o que queria.
Falava francês desde criança.
3. Intransitivo (discursar, discorrer), acompanhado de
adjunto adverbial de assunto (DE ______ , SOBRE___)
Exemplo: Falou sobre vários assuntos.
NAMORAR
Transitivo direto, portanto não admite preposição.
Ex: A menina namora aquele simpático rapaz.
Errado: A menina namora COM aquele simpático rapaz.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 149
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 152
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
CASOS ESPECIAIS
CASA
Ex.:
Volte cedo a casa.
Volte cedo à casa paterna.
Só é possível a aplicação da crase se a palavra estiver
acompanhada.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 153
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Observação:
3. Até a + palavra feminina.
Há, no entanto, pronomes que admitem o artigo, dando
Ex.: Vou à cidade ou até a cidade.
ensejo à crase:
Não fale nada às outras.
4. Locução Adverbial Feminina de instrumento.
Assistimos sempre às mesmas cenas.
Ex.: Abri o primeiro envelope, com excessiva pressa:
Diga à tal senhora que...
continha um recado, à maquina, do meu ti.(Guimarães
Rosa) Não temo as acusações de Maria, às quais responderei
oportunamente.
Estavam atentas umas às outras.
CASOS EM QUE NÃO HÁ CRASE
7) Antes de pronomes de tratamento, interrogativos,
* com exceção de senhora, senhorita, madame e dona.
1) Antes de substantivos masculinos: Andou a cavalo.
Obedeci a Vossa Senhoria.
2) Antes de verbos: A partir de amanhã, serei outra
pessoa. Falaste a que pessoa?
* Peço à senhora que tenha paciência.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 154
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
11) Diante de nomes de parentescos, precedidos de Haverá crase quando o nome próprio admitir ou vier
pronomes possessivos: acompanhado de adjetivo ou locução adjetiva:
Recorri a minha mãe. Maria tinha devoção à Virgem.
Faremos uma visita a sua mãe. Entreguei a carta à Júlia (no trato familiar e íntimo).
Arrependi-me de ter falado a minha prima. (G. Ramos) Referiu-se à Roma dos Césares.
Observação:
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 155
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 156
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 157
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 158
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
ADJETIVOS ADJETIVOS
acessível [a] adequado [a] referente[a] relativo[a]
alheio [a] aliado [a] semelhante [a] sujeito[a]
apto [a] associado[a] visível [a] vinculado[a]
atento [a] atrelado[a] _______________________________________________
avesso [a] análogo [a] = similar[a] _________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
C/D _________________________________________________
SUBSTANTIVOS _________________________________________________
combate[a] consulta [a] _________________________________________________
_________________________________________________
crédito[a] direito [a] _________________________________________________
desrespeito [a] devoção [a] _________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
ADJETIVOS _________________________________________________
concedido [a] contrário[a] _________________________________________________
dedicado[a] desfavorável[a] _________________________________________________
_________________________________________________
devido[a] disposto[a] _________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 159
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Espantoso!
15 – SINTAXE: FRASE, ORAÇÃO E Cada louco com sua mania.
PERÍODO; Cada macaco em seu galho.
Proibida entrada.
TERMOS DA ORAÇÃO;
ESTUDO DO PERÍODO SIMPLES Frases Verbais:
Não vá embora.
SINTAXE: FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO; TERMOS DA O telefone está tocando.
ORAÇÃO;
O Brasil possui um grande potencial turístico.
FUNÇÕES SINTÁTICAS
Os alunos prepararam o seminário
(funções na frase)
O advogado defendeu seu cliente
Sujeito: Complemento nominal
O sol ilumina as cidades e aquece o dia
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 160
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
pedestres. Nesse caso, ela expressa exatamente o contrário Isso não significa, no entanto, que tais frases devam ser
do que aparentemente diz. formadas, no mínimo, por dois vocábulos. Na frase
A entoação é um elemento muito importante da frase "Saímos", por exemplo, há um sujeito implícito na
falada, pois nos dá uma ampla possibilidade de expressão. terminação do verbo: nós.
Dependendo de como é dita, uma frase simples como "É O sujeito é o termo da frase com o qual o verbo concorda
ela." pode indicar constatação, dúvida, surpresa, em número e pessoa. É normalmente o "ser de quem se
indignação, decepção, etc. Na língua escrita, os sinais de declara algo", "o tema do que se vai comunicar".
pontuação podem agir como definidores do sentido das O predicado é a parte da frase que contém "a informação
frases. Veja: nova para o ouvinte". Normalmente, ele se refere ao
Existem alguns tipos de frases cuja entoação é mais ou sujeito, constituindo a declaração do que se atribui ao
menos previsível, de acordo com o sentido que transmitem. sujeito. É sempre muito importante analisar qual é o núcleo
São elas: significativo da declaração: se o núcleo da declaração
a) Frases Interrogativas: ocorrem quando uma pergunta é estiver no verbo, teremos um predicado verbal (ocorre nas
feita pelo emissor da mensagem. São empregadas quando frases verbais); se o núcleo da declaração estiver em algum
se deseja obter alguma informação. A interrogação pode nome, teremos um predicado nominal (ocorre nas frases
ser direta ou indireta. que possuem verbo de ligação).
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 161
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
A frase pode conter uma ou mais orações. Veja: Termo é a palavra considerada de acordo com a função
Brinquei no parque. (uma oração) sintática que exerce na oração.
Entrei na casa e sentei-me. (duas orações) Segundo a Nomenclatura Gramatical Brasileira, os termos
da oração podem ser:
Cheguei, vi, venci. (três orações)
1) Essenciais
Também conhecidos como termos "fundamentais", são
Período representados pelo
Período é a frase constituída de uma ou mais orações, • sujeito,
formando um todo, com sentido completo. O período pode
ser simples ou composto. • predicado
• Período Simples: é aquele constituído por apenas uma • predicativo.
oração, que recebe o nome de oração absoluta.
Exemplos: 2) Integrantes
O amor é eterno. Completam o sentido dos verbos e dos nomes, são
As plantas necessitam de cuidados especiais. representados por:
Quero aquelas rosas. • complementos verbais - objeto direto e objeto indireto;
O tempo é o melhor remédio. • complemento nominal;
• agente da passiva.
• Período Composto: é aquele constituído por duas ou
mais orações. 3) Acessórios
Exemplos: Desempenham função secundária (especificam o
Quando você partiu, minha vida ficou sem alegrias. substantivo ou expressam circunstância). São representados
por:
Quero aquelas flores para presentear minha mãe.
• adjunto adnominal;
Vou gritar para todos ouvirem que estou sabendo o que
acontece ao anoitecer. • adjunto adverbial;
Cheguei, jantei e fui dormir. • aposto.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 162
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 163
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
OBSERVAÇÃO
Devemos ter cuidado com o verbo que se conjuga na 3ª
pessoa do plural. Nesse caso, pode ser que o sujeito seja
Indeterminado.
CUIDADO:
Observe a frase em que aparece verbo na 3ª pessoa do
plural:
Os meninos viajaram e ontem telefonaram para você.
Obs.: quando o verbo está na 3ª pessoa do plural, fazendo
Exemplos:
referência a elementos explícitos em orações anteriores ou
posteriores, o sujeito é determinado, porém oculto. Vive-se melhor no campo. (Verbo Intransitivo)
Exemplos:
Em certas cidades, ainda se vende terreno baratinho.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 164
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 165
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Predicado
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 166
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
1 - Verbo Intransitivo + Predicativo do Sujeito O verbo julgar relaciona o complemento (os homens) com
o predicativo (insensíveis). Essa relação se evidencia
quando passamos a oração para a voz passiva.
Por Exemplo:
Joana partiu Contente Observação: o predicativo do objeto normalmente se refere
Sujeito Verbo Intransitivo Predicativo do Sujeito ao objeto direto. Ocorre predicativo do objeto indireto com
o verbo chamar. Assim, vem precedido de preposição.
Por Exemplo:
2 - Verbo Transitivo + Objeto + Predicativo do Objeto Todos o chamam de irresponsável.
Chamou-lhe ingrato. (Chamou a ele ingrato.)
Por Exemplo:
A despedida deixou a mãe aflita 3. TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO
Certos verbos ou nomes presentes numa oração não
3 - Verbo Transitivo + Objeto + Predicativo do
possuem sentido completo em si mesmos. Sua significação
Sujeito
só se completa com a presença de outros termos,
chamados integrantes. São eles:
Por Exemplo: • complementos verbais (objeto direto e objeto indireto);
Os alunos cantaram emocionados • complemento nominal;
Sujeito V.T.D. Predicativo do sujeito • agente da passiva.
aquela canção.
O.D. Complementos Verbais
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 167
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
sem sujeito. O verbo anoiteceu é suficiente para transmitir Veja o exemplo abaixo:
a mensagem enunciada. Poderíamos, no entanto, ampliar a Amanhã voltarei de bicicleta àquela velha praça.
gama de informações contidas nessa frase:
Por Exemplo:
Os termos em destaque estão indicando as seguintes
Suavemente anoiteceu na cidade. circunstâncias:
amanhã indica tempo;
A ideia central continua contida no verbo da oração. Temos, de bicicleta indica meio;
agora, duas noções acessórias, circunstanciais, ligadas ao
processo verbal: o modo como anoiteceu (suavemente) e o àquela velha praça indica lugar.
lugar onde anoiteceu (na cidade). A esses termos acessórios Sabendo que a classificação do adjunto adverbial se
que indicam circunstâncias relativas ao processo verbal relaciona com a circunstância por ele expressa, os termos
damos o nome de adjuntos adverbiais. acima podem ser classificados, respectivamente em:
Agora, observe o que ocorre ao expandirmos um pouco adjunto adverbial de tempo, adjunto adverbial de meio e
mais a oração acima: adjunto adverbial de lugar.
Surgiram termos que se referem ao substantivo cidade, Também transformar-se numa oração:
caracterizando-o, delimitando-lhe o sentido. Trata-se de 3) Oração: Se o balão pegar fogo, avisem-me.
termos acessórios que se ligam a um nome, determinando-
Observação: nem sempre é possível apontar com precisão
lhe o sentido. São chamados adjuntos adnominais.
a circunstância expressa por um adjunto adverbial. Em
Por último, analise a frase abaixo: alguns casos, as diferentes possibilidades de interpretação
Fernando Pessoa era português. dão origem a orações sugestivas.
Nessa oração, o sujeito é determinado e simples: Fernando Por Exemplo:
Pessoa. Há ainda um predicativo do sujeito (português) Entreguei-me calorosamente àquela causa.
relacionado ao sujeito pelo verbo de ligação (era). Trata-se,
É difícil precisar se calorosamente é um adjunto adverbial
pois, de uma oração com predicado nominal.
de modo ou de intensidade. Na verdade, parece ser uma
Note que a frase é capaz de comunicar eficientemente uma fórmula de expressar ao mesmo tempo as duas
informação. Nada nos impede, no entanto, de enriquecer circunstâncias. Por isso, é fundamental levar em conta o
mais um pouco o conteúdo informativo. Veja: contexto em que surgem os adjuntos adverbiais.
Fernando Pessoa, o criador de poetas, era português. Classificação do Adjunto Adverbial
Listamos abaixo algumas circunstâncias que o adjunto
Agora, além do núcleo do sujeito (Fernando Pessoa) há um adverbial pode exprimir. Não deixe de observar os
termo que explica, que enfatiza esse núcleo: o criador de exemplos.
poetas. Esse termo é chamado de aposto.
Acréscimo
Adjunto Adverbial Por Exemplo:
É o termo da oração que indica uma circunstância (dando Além da tristeza, sentia profundo cansaço.
ideia de tempo, lugar, modo, causa, finalidade). O adjunto
adverbial é o termo que modifica o sentido de um verbo, de
um adjetivo ou de um advérbio. Observe as frases abaixo: Afirmação
Eles se respeitam muito. Por Exemplo:
Seu projeto é muito interessante. Sim, realmente irei partir.
O time jogou muito mal. Ele irá com certeza.
Nessas três orações, muito é adjunto adverbial de Assunto
intensidade. No primeiro caso, intensifica a forma verbal Por Exemplo:
respeitam, que é núcleo do predicado verbal. No segundo,
Falávamos sobre futebol. (ou de futebol, em futebol ou
intensifica o adjetivo interessante, que é o núcleo do
a respeito de futebol).
predicativo do sujeito. Na terceira oração, muito intensifica
o advérbio mal, que é o núcleo do adjunto adverbial de
modo.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 169
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Causa Instrumento
Por Exemplo: Por Exemplo:
Com o calor, o poço secou. Rodrigo fez o corte com a faca.
Não comentamos nada por discrição. O artista criava seus desenhos a lápis.
O menor trabalha por necessidade.
Intensidade
Companhia Por Exemplo:
Por Exemplo: A atleta corria bastante.
Fui ao cinema com sua prima. O remédio é muito caro.
Com quem você saiu?
Sempre contigo irei estar. Limite
Por Exemplo:
Concessão A menina andava correndo do quarto à sala.
Por Exemplo:
Apesar do estado precário do gramado, o jogo foi ótimo. Lugar
Por Exemplo:
Condição Nasci em Porto Alegre.
Por Exemplo: Estou em casa.
Sem minha autorização, você não irá. Vive nas montanhas.
Sem erros, não há acertos. Viajou para o litoral.
"Há, em cada canto de minh’alma, um altar a um Deus
Conformidade diferente." (Álvaro de Campos)
Por Exemplo:
Fez tudo conforme o combinado. (ou segundo o Matéria
combinado) Por Exemplo:
Compunha-se de substâncias estranhas.
Dúvida Era feito de aço.
Por Exemplo:
Talvez seja melhor irmos mais tarde. Meio
Porventura, encontrariam a solução da crise? Por Exemplo:
Quiçá acertemos desta vez. Fui de avião.
Viajei de trem.
Fim, finalidade Enriqueceram mediante fraude.
Por Exemplo:
Ela vive para o amor. Modo
Daniel estudou para o exame. Por Exemplo:
Trabalho para o meu sustento. Foram recrutados a dedo.
Viajei a negócio. Fiquem à vontade.
Esperava tranquilamente o momento decisivo.
Frequência
Por Exemplo: Negação
Sempre aparecia por lá. Por Exemplo:
Havia reuniões todos os dias. Não há erros em seu trabalho.
Não aceitarei a proposta em hipótese alguma.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 170
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
As casas estão sendo vendidas a preços muito altos. • o artigo" o" (em ao), o pronome adjetivo seu e a locução
adjetiva de infância são adjuntos adnominais de amigo.
Substituição ou troca
Observe como os adjuntos adnominais se prendem
Por Exemplo: diretamente ao substantivo a que se referem, sem qualquer
Abandonou suas convicções por privilégios econômicos. participação do verbo. Isso é facilmente notado quando
substituímos um substantivo por um pronome: todos os
adjuntos adnominais que estão ao redor do substantivo têm
Tempo de acompanhá-lo nessa substituição.
Por Exemplo: Por Exemplo:
O escritório permanece aberto das 8h às 18h. O notável poeta português deixou uma obra
Beto e Mara se casarão em junho. originalíssima.
Ontem à tarde encontrou um velho amigo. Ao substituirmos poeta pelo pronome ele, obteremos:
Ele deixou uma obra originalíssima.
Adjunto Adnominal As palavras "o", notável e português tiveram de
acompanhar o substantivo poeta, por se tratar de adjuntos
adnominais. O mesmo aconteceria se substituíssemos o
substantivo obra pelo pronome a. Veja:
O notável poeta português deixou-a.
Saiba que:
A percepção de que o adjunto adnominal é sempre parte de
outro termo sintático que tem como núcleo um substantivo
é importante para diferenciá-lo do predicativo do objeto.
O predicativo do objeto é um termo que se liga ao objeto
por intermédio de um verbo. Portanto, se substituirmos o
núcleo do objeto por um pronome, o predicativo
permanecerá na oração, pois é um termo que se refere ao
objeto, mas não faz parte dele. Observe:
É o termo que determina, especifica ou explica um Sua atitude deixou os amigos perplexos.
substantivo. O adjunto adnominal possui função adjetiva na Nessa oração, perplexos é predicativo do objeto direto
oração, a qual pode ser desempenhada por adjetivos, (seus amigos). Se substituíssemos esse objeto direto por um
locuções adjetivas, artigos, pronomes adjetivos e pronome pessoal, obteríamos:
numerais.
Sua atitude deixou-os perplexos.
Veja o exemplo a seguir:
Note que perplexos se refere ao objeto, mas não faz parte
O poeta inovador enviou dois longos trabalhos dele.
| | |
Sujeito V.T.D. objeto direto
DISTINÇÃO ENTRE ADJUNTO ADNOMINAL E
COMPLEMENTO NOMINAL
ao seu amigo de infância É comum confundir o adjunto adnominal na forma de
objeto indireto locução adjetiva com complemento nominal. Para evitar
que isso ocorra, considere o seguinte:
Na oração acima, os substantivos poeta, trabalhos e amigo
são núcleos, respectivamente, do sujeito determinado a) Somente os substantivos podem ser acompanhados de
simples, do objeto direto e do objeto indireto. Ao redor de adjuntos adnominais; já os complementos nominais podem
cada um desses substantivos agrupam-se os adjuntos ligar-se a substantivos, adjetivos e advérbios.
adnominais: Assim, fica claro que o termo ligado por preposição a um
• o artigo “o" e o adjetivo inovador referem-se a poeta; adjetivo ou a um advérbio só pode ser complemento
nominal. Quando não houver preposição ligando os termos,
será um adjunto adnominal.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 171
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
b) O complemento nominal equivale a um complemento As pessoas daqui estão, em todo momento, propensas AO
verbal, ou seja, só se relaciona a substantivos cujos entendimento desses conteúdos.
significados transitam. Portanto, seu valor é passivo, é Estamos sempre cientes DE responsabilidades.
sobre ele que recai a ação.
Estou certo DE ter bom resultado no concurso.
O adjunto adnominal tem sempre valor ativo. Observe os
exemplos: Sempre se mostrou hábil EM jogos digitais.
ruptura substituição
suspensão sabedoria Classificação do Aposto
sacralização
De acordo com a relação que estabelece com o termo a que
se refere, o aposto pode ser classificado em:
ADJETIVOS + preposição + complemento nominal
a) Explicativo:
Todos se sentem aptos À aprovação
A Ecologia, ciência que investiga as relações dos seres
Muitos alunos sentem-se, a todo instante do dia, ávidos vivos entre si e com o meio em que vivem, adquiriu grande
POR novos desafios. destaque no mundo atual.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 172
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
e) Distributivo: VOCATIVO
Drummond e Guimarães Rosa são dois grandes Vocativo é um termo que não possui relação sintática com
escritores, aquele na poesia e este, na prosa. outro termo da oração. Não pertence, portanto, nem ao
sujeito nem ao predicado. É o termo que serve para
chamar, invocar ou interpelar um ouvinte real ou
f) Aposto de Oração: hipotético. Por seu caráter, geralmente se relaciona à
Ela correu durante uma hora, sinal de preparo físico. segunda pessoa do discurso. Veja os exemplos:
Além desses, há o aposto especificativo, que difere dos Não fale tão alto, Rita!
demais por não ser marcado por sinais de pontuação Vocativo
(vírgula ou dois-pontos). O aposto especificativo
individualiza um substantivo de sentido genérico, Senhor presidente, queremos nossos direitos!
prendendo-se a ele diretamente ou por meio de uma Vocativo
preposição, sem que haja pausa na entonação da frase: A vida, minha amada, é feita de escolhas.
Por Exemplo: Vocativo
O poeta Manuel Bandeira criou obra de expressão Nessas orações, os termos destacados são vocativos:
simples e temática profunda. indicam e nomeiam o interlocutor a que se está dirigindo a
A rua Augusta está muito longe do rio São Francisco. palavra.
Atenção: Obs.: o vocativo pode vir antecedido por interjeições de
apelo, tais como ó, olá, eh!.
Para não confundir o aposto de especificação com adjunto
adnominal, observe a seguinte frase: Por Exemplo:
A obra de Camões é símbolo da cultura portuguesa. Ó Cristo, iluminai-me em minhas decisões.
Nessa oração, o termo em destaque tem a função de Olá professora, a senhora está muito elegante hoje!
adjetivo: a obra camoniana. É, portanto, um adjunto Eh! Gente, temos que estudar mais.
adnominal.
Observações: DISTINÇÃO ENTRE VOCATIVO E APOSTO
1) Os apostos, em geral, destacam-se por pausas, indicadas O vocativo não mantém relação sintática com outro termo
na escrita, por vírgulas, dois pontos ou travessões. Não
da oração.
havendo pausa, não haverá vírgulas.
Por Exemplo:
Por Exemplo:
Crianças, vamos entrar.
Acabo de ler o romance A moreninha.
Vocativo
O aposto mantém relação sintática com outro termo da
2) Às vezes, o aposto pode vir precedido de expressões
oração.
explicativas do tipo: a saber, isto é, por exemplo, etc.
Por Exemplo:
Por Exemplo:
A vida de Moisés, grande profeta, foi filmada.
Alguns alunos, a saber, Marcos, Rafael e Bianca não
entraram na sala de aula após o recreio. Sujeito Aposto
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 173
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
1. Verbos de ligação + predicativo, em construções do tipo: As Orações Subordinadas Substantivas Objetivas Diretas são
introduzidas:
É bom –
Pelas Conjunções Integrantes QUE e SE, pelos Pronomes
É útil – QUEM, QUAL, QUANTO e pelos Advérbios COMO,
É conveniente – + QUE + RESTO QUANDO, ONDE, POR QUE, QUÃO nas Interrogativas
É certo – Indiretas:
DA FRASE = SUJEITO
Parece certo – Quero que saibas que te amo.
Está evidente – Nunca digas: desta água não bebo (= que desta água...).
Está comprovado
Por Exemplo: Pelos Pronomes QUEM, QUAL, QUANTO, em Interrogações
Indiretas:
É bom que você compareça à minha festa.
Não me disseste quantos anos tens.
Não sei qual o teu nome.
2. Expressões na voz passiva, como:
Sabe-se –
Pelos Advérbios COMO, QUANDO, ONDE, POR QUE, QUÃO
Soube-se – nas Interrogativas Indiretas:
Conta-se – Não entendi como isto se deu.
Diz-se – + QUE + RESTO Não sabemos por que o fizeste.
Comenta-se – Quero saber quando voltas.
DA FRASE = SUJEITO
É sabido –
Foi anunciado – 1. ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA PREDICATIVA –
Ficou provado Quando funciona como Predicativo do Sujeito da Oração
Por Exemplo: Principal:
Sabe-se que Aline não gosta de Pedro. Meu desejo é que vocês aprendam Gramática.
A casa paterna é onde melhor se vive.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 174
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
PONTUAÇÃO GRÁFICA
6. ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA COMPLETIVA
Pontuação é o conjunto de sinais que representam, na
NOMINAL – Quando funciona como Complemento Nominal
língua escrita, as pausas e a entonação da língua falada. Ela
de um Substantivo ou Adjetivo da Oração Principal:
é composta dos seguintes sinais de pontuação:
Sou favorável a que viajes.
1. vírgula ,
Escrevi este livro na esperança de que vocês
2. ponto e vírgula ;
aprendessem Gramática.
3. ponto .
As Completivas Nominais são regidas de preposição, sendo
esta, às vezes, elíptica: 4. ponto de exclamação !
Sou favorável que viajes (= ...a que viajes). 5. dois pontos :
6. ponto de interrogação ?
7. aspas " "
8. travessão ─
9. reticências ...
10. parênteses ( )
11. colchetes [ ]
VÍRGULA
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 175
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 176
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 177
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
De um modo geral, a vírgula marca uma pausa de pequena EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:
duração. Entretanto é bom frisar que, nem sempre, a pausa a) Para separar termos de mesma função sintática (de
respiratória corresponde à vírgula e, nem sempre também, mesma classe gramatical), que, normalmente, participam
a vírgula é marcada, na fala, por uma pausa respiratória. de uma enumeração.
Nos exemplos abaixo, pode-se verificar isso: Exemplos
a) Os excelentes bailarinos do balé Bolshoi foram “Eu quis ficar mais um pouco e o teu corpo e o meu
recepcionados pela embaixada de seu país. tocavam inquietudes, caminhos, noites, números, datas.”
b) Aos noivos desejamos toda a felicidade possível. (Carlos Nejar. Casa dos arreios, Nas altas torres)
c) Fizestes o almoço? Sim, senhora!
Nos exemplos a e b, não há vírgula, embora se possa até A sala era enorme, vazia, escura.
fazer uma pausa, no nível da fala, após as palavras Bolshoi e
noivos. Gostava dos amigos, da cidade, das coisas.
É proibido o uso da vírgula para separar: “Ao que aprecio também, chefe, a distinção minha desta
ocasião, de dar meu voto.” (J. Guimarães Rosa. Grande
2) o verbo e seus complementos (objeto direto e indireto) sertão: veredas)
Exemplo “Adeus, meu cajueiro!” (Humberto de Campos. Memórias)
Comunicamosao prezadíssimo amigo Maria, por que não respondes?
V.T.D.I. OI
que estaremos a seu inteiro dispor.
OD
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 178
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 179
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS: EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:
j) Para separar as orações coordenadas (assindéticas, m) Para separar o complemento do verbo (quando vier
adversativas e explicativas). anteposto a esse e houver outro complemento –
Exemplos pleonástico).
Estudou, mas não conseguiu aprovação. (adversativa) “Fígado, melhor não tê-lo. “
Estudou muito, logo tinha de ser aprovado. (conclusiva) O.D. O.D. pleonástico
Vá de uma vez, porque vai chover. (explicativa) (Luís Fernando Veríssimo. O Popular. Bom, Mau)
O homem, fê-lo Deus à sua semelhança.
k) VÍRGULA ANTES DA PALAVRA E “Ao pobre, não lhe devo. Ao rico, não lhe peço.”
O.I. O.I pleonástico O.I O.I. pleonástico
OBSERVAÇÃO
(Rodrigues Lobo)
As conjunções e, nem e ou normalmente não são
virguladas. A vírgula poderá, no entanto, ser usada nos
seguintes casos: EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:
a) E – com valor adversativo n) Para separar a localidade da data e nos endereços.
Exemplo: Exemplos
Fui ao cinema, e (= MAS) não encontrei os amigos. Porto Alegre, 29 de março de 2016.
b) E – se os sujeitos forem diferentes Brasília, abril de 2016
Tomás Flores, 163
"Chamei Diadorim ─ e era um chamado com remorso ─ e ENTÃO – Mesma letra (sinal gráfico), diferentes fonemas
ele veio, se chegou." (sons).
J. Guimarães Rosa. Grande Sertão: Veredas.
2 – O mesmo Fonema pode ser representado por diferentes
letras. Vejamos agora esta sequência:
OBSERVAÇÃO:
caSa, eXílio, coZinha, tiGela, laJe.
Às vezes, usa-se o travessão em lugar dos dois pontos.
Aqui, o fonema Z é representado por diferentes letras: S em
Exemplo:
casamento, X em exímio, Z em cozinha, assim como o
"Era mesmo o meu quarto ─ a roupa da escola no prego fonema GÊ é representado pelas letras: G em tigela e J em
atrás da porta, o quadro da santa na parede, os livros na laje.
estante de caixote que eu mesmo fiz – aliás precisava de
pintura.”
3 – Um só Fonema pode ser representado por um grupo de
José J. Veiga. Os Cavalinhos de Platiplanto
duas letras (DÍGRAFO).
FONÉTICA É caso de CH em biCHo, LH em coLHer, NH em cuNHado, SS
CONCEITO em boSSa, RR em caRRo.
“FONÉTICA é o estudo dos sons da fala. Considera a palavra Observem que CH, LH, NH, SS, RR, embora sejam grupos de
sob o aspecto sonoro.” duas letras, representam sempre um único SOM, portanto
um único fonema.
(Domingos Paschoal Cegalla).
DÍGRAFO – DUAS LETRAS que, juntas, formam somente um
fonema.
“A FONÉTICA é a parte da gramática que estuda a Dígrafos Consonatais: ch, lh, nh, rr, ss, sc, sç, xc, xs, qu, gu
formação, a evolução e a classificação dos sons da língua,
sons que tomam o nome especial de fonemas.”
(Silveira Bueno)
FONEMAS
FONEMAS são as menores unidades sonoras da fala.
FONEMAS são os SONS.
OS FONEMAS são representados por sinais gráficos
denominados LETRAS.
NOTA:
Não confundir LETRA com FONEMA.
FONEMA é som.
LETRA é sinal gráfico que representa o som.
Nem sempre a cada FONEMA corresponde uma só letra;
nem sempre a cada letra corresponde um só FONEMA.
Sendo assim:
1 – A mesma letra (sinal gráfico) pode representar Dígafos Vocálicos: a, e, i, o, u : seguidos de M ou N na
diferentes fonemas (sons). mesma sílaba, desde que não estejam no fim de palavra(aM
= aU; eM = eI, assim formam ditongos)
Veja esta sequência:
eXercício, veXame, próXimo, fiXo, Carro, Cebola.
Que temos aqui?
A letra X (sinal gráfico) representando vários fonemas
(sons).
O X tem som de Z em exercício, CH em vexame, S em
próximo, CS em fixo.
O mesmo ocorre com C que tem som de K em carro e de CÊ
em cebola.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 182
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
4 – A letra X sozinha pode representar dois fonemas ao MONOSSÍLABAS – Palavras que possuem uma só sílaba –
mesmo tempo. É o caso de: táXi, seXo, tóraX, em que o X pá, pé, pó, vai, dói, dom.
representa os fonemas CS. DISSÍLABAS – Palavras que possuem duas sílabas – a-mor,
ca-sa, ro-sa, jar-dim.
5 – Há letras que podem aparecer em certas palavras, sem TRISSÍLABAS – Palavras que possuem três sílabas – es-po-
no entanto representar fonemas. sa, ca-ne-ta, ca-der-no.
São exemplos: POLISSÍLABAS – Palavras que possuem mais de três sílabas
saMba, teNda, pegUe. - ca-sa-men-to, con-ca-te-na-ção.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 183
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Divisão silábica???
Encontros consonantais
À sequência de fonemas consonantais numa mesma palavra dá-se o nome de encontro consonantal. Classificam-se em:
a) inseparáveis (PERFEITOS): pra-ga, bra-sa, te-tra.
3. A consoante inicial seguida de outra consoante: gno-mo, mne-mô-ni-co, psi-có-ti-co;
4. As letras com que se representam os ditongos: a-ni-mais, cá-rie, sá-bio, gló-ria, au-ro-ra, or-dei-ro, joi-a, réu;
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 184
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
17 – ACENTUAÇÃO GRÁFICA
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
4 REGRAS GERAIS E 4 CASOS ESPECIAIS
1. REGRAS DAS OXÍTONAS
SÍLABA TÔNICA: ____________________
Acentuam-se as oxítonas terminadas em
O(s)
E(s)
A(s)
EM –ENS
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 185
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
2. REGRA DOS MONOSSÍLABOS TÔNICOS: xô, só(s), fé, três, já, má(s)
O(s)
E(s)
A(s)
Observação 1
Observação 2: avó X só
Obs.: “Deficit, superavit e habitat” devem agora ser escritas sem acento
CASOS ESPECIAIS
Paroxítonas terminadas em ditongos
SV + V(crescente): histórIA, inícIO
V + SV(decrescente): responsá-vEIs, bên-çÃO
EnjO-O vO-O
Ditongos abertos (ÉI, ÓI, ÉU): monossílabos tônicos e oxítonos
pastéis, réis, anzóis, mói, chapéu, réu
Observação 4:
androide ideia Niterói constrói Méier destróier
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 188
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Exemplos: Exemplos:
ea(s) - várzea, área, balaústre, alaúde,
oa(s) - mágoa, atraíam, cafeína,
eo(s) - óleo, arbóreo recaída, ruína,
ua(s) - régua, água, aí, atraí,
ia(s) - férias, séria caí, baú,
ue(s) - tênue, país, Esaú,
ie(s) - cárie, série, Luís, proíbo,
uo(s) - ingênuo, faísca, caíste,
io(s) - início, ódio, sábio saúva, viúva,
ei(s) - jóquei, férteis, fósseis, fôsseis, túneis, úteis, variáveis Gravataí, Grajaú,
CUIDADO! juízes, raízes.
Palavras paroxítonas terminadas em ditongo crescente
podem ser analisadas como proparoxítonas eventuais, Essa regra aplica-se também às formas verbais seguidas de
relativas ou acidentais. lo(s) ou la(s):
Portanto, palavras como língua, Júlio, início, série, possuí-lo, distribuí-lo,
convivência, memória, remédios, série, que normalmente
substituí-lo, atraí-la,
são interpretadas como paroxítonas terminadas em ditongo
crescente, podem ser tomadas como proparoxítonas. Logo, construí-los, possuí,
se cair na prova uma questão dizendo que tais palavras são saí, caí
acentuadas por serem paroxítonas terminadas em ditongo
distraí-lo
crescente ou por serem proparoxítonas (eventuais, relativas
ou acidentais) está correto!
CUIDADO!
REGRA DOS HIATOS COMO ERA O USO ANTES
Acentuam-se o "i" e "u" tônicos quando formam hiato com baiúca, boiúna, feiúra
a vogal anterior, estando eles sozinhos na sílaba ou Não se acentuam -i e -u tônicos das palavras paroxítonas
acompanhados apenas de "s", desde que não sejam quando precedidas de ditongo.
seguidos por "-nh".
Como fica: baiuca, boiuna, feiura
sa - í - da
e - go - ís – mo
VOCABULÁRIO DE APOIO
sa - ú – de
Baiuca: substantivo feminino: bodega, taberna
ba – ús
Boiuna: substantivo feminino: sucuri, cobra-d'água
ra – i – nha
la – da – i – nha
CUIDADO!
Não se acentuam, portanto, hiatos como os das palavras:
Gratuito, intuito, fortuito, circuito, fluido
ju - iz
Muitas são as pessoas que se equivocam ao pronunciar
ra - iz essas palavras, por acentuarem a pronúncia da letra "i", que
ru – im deve ficar na mesma sílaba do "u".
ca - ir A pronúncia delas é equivalente a "FUI":
Razão: -i ou -u não estão sozinhos nem acompanhados de - gra-tui-to, in-tui-to, for-tui-to, cir-cui-to, flui-do.
s na sílaba.
Uma observação tem de ser feita: há também a
Ainda: possibilidade de se pronunciar FLU-Í-DO, escrevendo-se a
Xi - i - ta palavra com acento: quando for o particípio do verbo
"fluir", e não o substantivo. Por exemplo:
su - cu - u - ba
O fluido para freios.
i – í – di- che
O vocábulo "fluido" é substantivo. Pronuncia-se, portanto,
iídiche: língua germânica das comunidades judaicas
FLUI-DO.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 189
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 191
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Usa-se h nos dígrafos lh, nh e ch: chave, banho, malha. horizonte, hormônio,
horóscopo, horrível,
handebol, hangar,
harém, harmonia, ◼ Palavras com H no meio
harmonioso, harmonizar, No meio das palavras, o h é utilizado nos dígrafos ch, nh, lh,
como nas palavras mochila, acarinhado e molhado. Nos
harpa, haste, dígrafos, cada consoante perde sua unidade sonora, uma
haurir, haver, vez que a sequência das duas consoantes forma um único
hediondo, hedonismo, som, representando apenas um fonema.
hegemonia, hélice,
hemisfério, hemorragia, ◼ Palavras com H no dígrafo ch
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 192
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
debochado, esculacho,
fechar, machucar, USO DA LETRA "X":
pichar, salsicha. ◼ Palavras com X no início
Xácara, xadrez,
◼ Palavras com H no dígrafo nh xale, xampu,
Campainha, canhão, xará, xarope,
carinho, companhia, xenofobia, xenófobo,
estranho, fronha, xereta, xeretar,
ganhar, joaninha, xerife, xerocar,
linho, moinho, xerocópia, xerocopiar,
ninho, pinheiro, xerofilia, xerografia,
sonhar, unha, xícara, xexéu,
vinho. xifópago, xilofone,
xilogravura, xingamento,
◼ Palavras com H no dígrafo lh xingar,
Acolhimento, afilhado,
aparelho, atrapalhar, ◼ Palavras com X no meio
bilhete, cabeçalho, Exame, exato,
canalha, cavalheirismo, exausto, executar,
compartilhar, empecilho, exemplo, êxtase,
humilhação, maravilhoso, extensão, extinguir,
olhar, orgulho, extinto, extrair,
partilhar, semelhante, extremo, máximo,
tolher, trabalhar. nexo, ortodoxo,
O h aparece também no meio de palavras compostas, óxido, paradoxo,
sendo antecedido por um hífen quando a segunda palavra pretexto, próximo,
começa com h por razões etimológicas.
reflexão, reflexo,
saxofone, sexagésimo,…
◼ Palavras compostas com H
Ante-histórico, anti-higiênico,
◼ Palavras com X no fim
auto-higiene, bem-humorado,
Alex, botox,
contra-habitual, extra-hospitalar,
cálix, clímax,
extra-humano, infra-hepático,
córtex, duplex,
infra-humano, mal-humorado,
durex, fax,
micro-história, pré-histórico,
Félix, látex,
pseudo-herói, semi-hipnotizado,
pirex, telex,
semi-humano, sobre-humanizar,
tórax, xerox
super-homem, supra-hepático.
◼ Valores fonéticos do X
Palavras com H no fim
O grafema x possui uma particularidade foneticamente
No fim das palavras o h é maioritariamente utilizado em muito interessante, podendo representar diversos fonemas,
interjeições, embora possa também aparecer no início das ou seja, diversos sons. O x pode assim assumir valor de ch,
mesmas. s, z, cs e ss, bem como não representar um som, não
Interjeições com H assumindo valor fonético.
Ah!, ih!, eh!, oh!, uh!, hã!, hem?, hum!, bah!
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 193
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 194
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Exemplos: mexer, mexido, mexeriqueira, mexicano, O tratador está limpando o cocho das vacas. (recipiente
mexedor, mexilhão,… para alimentar o gado)
Nota: Existem, contudo, palavras que são exceções a essas Extrato x estrato
regras, devendo ser escritas com ch, tal como: Todas as semanas eu analiso meu extrato bancário.
recauchutar, guache, (registro de movimentos de uma conta)
caucho, mecha, O solo é formado por diferentes estratos. (camadas)
encher, enchumaçar,
encharcar, enchiqueirar, Expirar x espirar
enchova, enchapelar, O prazo de candidatura ao concurso público vai expirar.
preencher (terminar)
Aquelas rosas costumam espirar um perfume
maravilhoso! (exalar)
Palavras homônimas com X
Uma vez que o x assume valores fonéticos representados
também por outros grafemas, ocorre a existência de Coxa X cocha
palavras homônimas, principalmente com o dígrafo ch e O atleta não poderá competir devido a uma lesão na
com a consoante s, provocando dúvida entre os falantes da coxa. (parte do corpo)
língua. Preciso de uma cocha para deixar o cacau fermentando.
Confira a diferenciação entre palavras homônimas escritas (recipiente)
com x ou com ch:
Buxo x bucho
Xeque x cheque Minha avó tem uma receita muito boa de bucho de boi
Você está pondo nosso plano em xeque. (risco) recheado. (estômago)
Ele passou um cheque sem fundo! (ordem de O jardineiro podou o buxo com a forma de anjo.
pagamento escrita) (arbusto ornamental)
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 195
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Usa-se o s em palavras que derivam de outras que já rígido- rigidez surdo- surdez
possuam a letras s: casa / casinha, catálise /catalisador,
português / portuguesinho, análise/analisar, catálise / 3) Nos sufixos -izar, ao formar verbos e -ização, ao formar
catalisador, liso/alisar substantivos
Usa-se o s depois de ditongo para representar o som zê: Exemplos:
Neusa, causa, coisa, pouso, lousa, náusea
civilizar- civilização
Usa-se o s nas formas do verbo pôr, querer e compostos: Eu
repus / ela quis / se eu quisesse / quando eu quiser / hospitalizar- hospitalização
pusera. colonizar- colonização
Usa-se o s nos vocábulos terminados em ÉS (som aberto): realizar- realização
através, viés.
4) Nos derivados em -zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita,
7) Nos seguintes nomes próprios personativos: Baltasar, zarrão
Heloísa, Inês, Isabel, Luís, Luísa, Resende, Sousa, Teresa, Exemplos:
Teresinha, Tomás
cafezal, cafezeiro, cafezinho, arvorezinha, cãozito, avezita,
homenzarrão
8) Nos seguintes vocábulos:
abuso, asilo, 5) Nos seguintes vocábulos:
através, aviso, azar azeite
besouro, brasa, azedo amizade
cortesia, decisão, buzina bazar
despesa, empresa, catequizar chafariz
freguesia, fusível, cicatriz coalizão
maisena, mesada, cuscuz proeza
paisagem, paraíso, vizinho xadrez
pêsames, presépio, verniz
presídio, querosene,
raposa, surpresa, 6) Nos vocábulos homófonos, estabelecendo distinção no
tesoura, usura, contraste entre o S e o Z
vaso, vigésimo, Exemplos:
visita cozer (cozinhar) e coser (costurar)
USO DA LETRA Z: prezar( ter em consideração) e presar (prender)
1) Usa-se o z em palavras derivadas de outras em que já traz (forma do verbo trazer) e trás (parte posterior)
exista a letra z:
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 197
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
7) Usa-se o z com os sufixos az e ázio: Exemplos: Kant, kantismo; Darwin, darwinismo; Taylor,
Ex.: voraz, copázio. taylorista.
8) Usa-se o z nos verbos derivados de palavras que não b) Em topônimos originários de outras línguas e seus
possuam o s no fim do radical: ameno / amenizar, civil / derivados.
civilizar. Exemplos: Kuwait, kuwaitiano.
Compare: análise / analisar, aviso / avisar.
Cuidado: catequese, com s; catequizar com z. c) Em siglas, símbolos, e mesmo em palavras adotadas
OBS: pesquisa, pesquisar, paralisar, estender, extensivo, como unidades de medida de curso internacional.
estendível, estendido, extensão. Exemplos: K (Potássio), W (West), kg (quilograma), km
Observação: em muitas palavras, a letra X soa (quilômetro), Watt.
como Z. Veja os exemplos:
exame exato exausto exemplo exótico inexorável EMPREGA-SE O “S”
Exemplos:
USO DAS LETRAS ‘SS’: expandir- expansão pretender- pretensão
Usa-se o SS nos substantivos cujos verbos da mesma família verter- versão expelir- expulsão
(mesma família = cognatos) possuem o radical terminado estender- extensão suspender- suspensão
em GRED, PRIM, CED e MET:
converter - conversão repelir- repulsão
interceder / intercessão,
progredir / progresso,
Após um DITONGO
imprimir / impressão,
Maisena Pausa
prometer / promessa.
Lousa Coisa
Causa Náusea
Usa-se o SS nos substantivos cujos verbos cognatos
terminam em TIR: discutir / discussão.
Nos seguintes nomes próprios personativos:
Emprega-se o Ç depois de ditongo, a fim de que se
represente o som sê: afeição, beiço Baltasar, Heloísa, Inês, Isabel, Luís, Luísa, Resende, Sousa,
Teresa, Teresinha, Tomás
As terminações TER, TORCER e PETIR dos verbos formam
substantivos com ç: obter / obtenção, distorcer / distorção,
competir / competição. HOMÔNIMOS
OBS: retorsão = réplica, represália. Existem algumas palavras que podem ser escritas tanto com
Nomes que possuam TO no final formam verbos e "S" ou "Z", alterando, entretanto, seu sentido:
substantivos com ç: isento / isenção, setor / seção. Cozer (cozinhar)
OBS: exceto, exceção, excessivo, espontâneo, espectador Coser (costurar)
(testemunha), expectador (quem tem expectativa). Prezar (ter em consideração)
Presar (prender, apreender)
USO DAS LETRAS "E" e "I": Traz (forma do verbo trazer)
Letras E e I: emprega-se e nos ditongos nasais ãe e õe: Trás (parte posterior)
mães, põe, cirurgiães.
OBS: cãibra (ou câimbra).
• Grafam-se com "S" as formas dos verbos "pôr" e
Os verbos com os infinitivos terminados em OAR e UAR são "querer" e de seus derivados:
grafados com e: abençoar/ abençoe, atuar/atue
Pôr: pus, pôs, pusemos, puser, compôs, compusesse,
Os verbos terminados em infinitivo AIR, OER, UIR são impuser...
grafados com i: decair/ decai, doer/ dói, possuir/ possui.
Querer: quis, quisemos, quiseram, quiser, quisera,
EMPREGO DAS LETRAS K, W E Y quiséssemos..
Utilizam-se nos seguintes casos:
a) Em antropônimos originários de outras línguas e seus
derivados.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 198
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
• Grafam-se com "S" os adjetivos com os sufixos -ês, -esa Enraizar (de raiz),
indicando nacionalidade, título ou origem: Envernizar (de verniz),
Portugal: português, portuguesa Cicatrizar (de cicatriz),
Inglaterra: inglês, inglesa Apaziguar (de paz).
Japão: japonês, japonesa
Duque: duquesa • Seguindo a mesma regra, usa-se a letra "Z" nas palavras
Barão: baronesa derivadas de outras em que já existe "Z":
Burgo: burguês, burguesa Deslizar, deslizante (derivadas de deslize),
Campo: camponês, camponesa abalizado (de baliza),
razoável, arrazoar, arrazoado (de razão),
• Também grafam-se com "S" os substantivos e adjetivos esvaziar, vazar, vazamento, vazão, vazante (de vazio),
derivados de outros terminados em -ês: aprazível, prazeroso (de prazer),
Burguês: burguesia buzinar (de buzina), batizado (de batizar),
Freguês: freguesia desprezar, prezado (de prezar),
Cortês: cortesia fuzilamento, fuzilado (de fuzil),
Mês: mesada gozar (de gozo).
• Grafa-se -esa (com "S") nos seguintes substantivos
cognatos de verbos terminados em -ender:
Listão de palavras com Z
Defesa (defender)
assaz, azeite,
Presa (prender)
azar, azedo,
Despesa (despender)
amizade, baliza,
Represa (prender)
buzina, bazar,
Empresa (empreender)
batizar, bissetriz,
Surpresa (surpreender)
chafariz, cicatriz,
coalizão, cuscuz,
• Escrevem-se com "S" os substantivos formados com o
sufixo -isa indicando feminino: deslize, desprezar,
Ver ainda: frase, tese, crise, osmose, catequese Ácido: acidez Árido: aridez
Avaro: avareza Ávido: avidez
• Escrevem-se com "Z" também os derivados de palavras Lúcido: lucidez Macio: maciez
cujo radical termina em "Z": Mudo: mudez Nobre: nobreza
Cruzeiro (de cruz), Pálido: palidez Pobre: pobreza
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 199
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 200
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
• Também o "S" tem suas regras específicas. Por exemplo, CUIDADO COM CERTAS PALAVRINHAS:
usa-se o "S" em palavras derivadas de verbos terminados sucinto, docente, vicissitudes, facínora.
em "NDER" e "NDIR", como por exemplo nas palavras ÁSCIO – adjetivo
"defesa" e "confusão", derivadas de "defender" e
"confundir". ▪ Que não tem ou não faz sombra, diz-se de zona tórrida
que, em duas épocas do ano, não tem sombra ao meio-
Guardando o motivo do "S" nessas palavras, dia
Compreensivo, compreensão: compreender
defensivo: defender EMPREGA-SE SS:
repreensão: repreender Nos substantivos derivados de verbos terminados em
expansão: expandir "gredir", "mitir", "ceder" e "cutir“
fusão: fundir Exemplos:
pretensão, pretensioso, pretensa: pretender". agredir- agressão demitir- demissão
ceder- cessão discutir- discussão
• Usa-se o "S" também em palavras derivadas de verbos progredir- progressão transmitir- transmissão
terminados em "ERTER" e "ERTIR", como em "diversão", exceder-excesso repercutir- repercussão
que deriva de "divertir".
Seguindo a regra também temos, por exemplo, as palavras
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 201
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
• Terminação dos superlativos sintéticos e do imperfeito do 2) Em palavras formadas com o prefixo anti- (contra)
subjuntivo de todos os verbos. Exemplos:
lindíssimo, colhêssemos. Anticristo, antitetânico
1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -oar, -uar Emprega-se o hífen nos compostos em que o prefixo ou
falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento
Exemplos:
começa por vogal igual.
magOAR - magoe, magoes
anti-ibérico, anti-inflamatório,
dOAR – doe, does
anti-inflacionário, anti-imperalista,
continUAR- continue, continues
arqui-inimigo, arqui-irmandade,
flutUAR – flutue, flutues
auto-oxidação, auto-observação
auto-ônibus, caixa-alta
2) Em palavras formadas com o prefixo ante- (antes,
anterior) cidade-Estado contra-argumento,
infra-estrutura, intra-ocular, intra-uterino, neo- 6. O uso do hífen permanece nos compostos com prefixo
expressionista, neo-imperialista, semi-aberto, semi-árido, em que o segundo elemento começa por -H:
semi-automático, semi-obscuridade, supra-ocular, ultra- ante-hipófise, anti-herói,
elevado
anti-higiênico, anti-hemorrágico,
Não se emprega o hífen nos compostos em que o prefixo
extra-humano, hiper-hidratação,
ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento
começa por vogal diferente. hiper-humano, mal-humorado,
autoafirmação, autoajuda, médico-hospitalar, neo-helênico,
autoaprendizagem, autoescola, neo-humorismo semi-herbáceo,
autoestrada, autoinstrução, Semi-hispânico Serni-histórico,
contraexemplo, contraindicação, sobre-humano super-homem,
contraordem, extraescolar,
extraoficial, infraestrutura, 7. No caso de prefixo CO-, em geral, não se usa o hífen,
mesmo que o segundo elemento comece pela vogal O:
intraocular, intrauterino,
Coadministrador Coaluno
neoexpressionista, neoimperialista,
Coapóstolo Coarrendamento
semiaberto, semiárido,
Coautoria Codelinquência
semiautomático, semiobscuridade,
Codenunciado Codetentor
supraocular, ultraelevado
Codevedor Codialeto
Codiretor Codiretoria
4. Esta nova regra normaliza os casos do uso do hífen entre
vogais diferentes, como já acontecia anteriormente na Codoador Codonatário
língua em compostos como: antiaéreo, antiamericanismo, Coedição Coeducação
agroindustrial, socioeconômico. Coeminente Cofator
Cointeressado
COMO ERA O USO ANTES
5. ante-sala, ante-sacristia, auto-retrato, anti-social, anti- 8. Nos compostos com os prefixos CIRCUM- e PAN- quando
rugas, arqui-romântico, arqui-rivalidade, auto- o segundo elemento começa por vogal, M ou N:
regulamentação, auto-sugestão, contra-senso,contra-regra,
contra-senha, extra-regimento, extra-sístole, extra-seco, Circum-adjacência Circum-adjacente
infra-som, infra-renal, ultra-romântico, ultra-sonografia, Circum-ambiência Circum-mediterrâneo
semi-real, semi-sintético, supra-renal, supra-sensível Circum-meridiano Circum-navegação
NÃO SE EMPREGA O HÍFEN nos compostos em que o Circum-navegador Circum-navegante
prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo
Circum-navegar Circum-navegável
elemento começa por R ou S, devendo essas consoantes se
duplicarem Circum-oral Circum-orbital
antessala, antessacristia, Pan-americano Pan-africano
autorretrato, antissocial, Pan-arábico Pan-asiático
antirrugas, arquirromântico, Pan-europeu Pan-harmônico
arquirrivalidade, autorregulamentação, Pan-helênico Pan-hispânico
autossugestão, contrassenso, Pan-islâmico Pan-mixia
contrarregra, contrassenha, Pan-negritude Pan-ortodoxo
extrarregimento, extrasseco,
infrassom, infrarrenal, 9. O HÍFEN PERMANECE nos compostos em que os
prefixos SUPER, HIPER, INTER, terminados em -R,
ultrarromântico, ultrassonografia,
aparecem combinados com elementos também iniciadas
semirreal, semissintético, por -R
suprarrenal, suprassensível hiper-rancoroso, hiper-realista,
hiper-requintado, hiper-requisitado,
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 203
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
COMO ERA O USO ANTES Quebrei o braço. Eis o porquê da minha falta.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 204
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
Moro neste apartamento há cerca de oito anos. O eu deve ser empregado quando for sujeito de um verbo
no infinitivo (ex: ar, er, ir). O mim, quando for
Os primeiros colonizadores surgiram há cerca de complemento ou adjunto adverbial, uma vez que este
quinhentos anos. pronome não pode conjugar verbos.
Para mim não é difícil subir as escadas.
SE NÃO / SENÃO Ele deu o livro para mim.
Se não der para você vir, não tem problema. Ele deu o livro para eu guardar (e não: para mim
Caso não dê para você vir, não tem problema. guardar).
Agora, observe: Para eu enviar.
O que é isso, senão uma briga?
O que é isso, caso não uma briga? EM VEZ DE / AO INVÉS DE
A substituição feita acima de “senão” por “caso não” foi a) em vez de significa em lugar de. Supõe uma simples
insatisfatória, pois não ficou coerente, não tem sentido! substituição.
Logo, percebemos que “se não” e “senão” NÃO possuem o Em vez de estudar, foi passear.
mesmo significado, uma vez que não podem ser
substituídos pela mesma expressão. b) Ao invés de é da mesma família de inverso, contrário.
Significa ao contrário de. Supõe oposição.
Use “se não” (união da conjunção se + advérbio não)
quando puder trocar por “caso não”, quando a conjunção Ao invés de chutar para frente, chutou para trás.
“se” for integrante e estiver introduzindo uma oração
objetiva direta: Perguntei a ela se não queria dormir em ONDE / AONDE / DONDE
minha casa.
As formas onde, aonde e donde podem ser classificadas
Use “senão” quando puder substituir por “do contrário”, como advérbio de lugar ou pronome relativo (quando
“de outro modo”, “caso contrário”, “porém”, “a não ser”, retoma um termo anterior).
“mas sim”, “mas também”.
As duas últimas só ocorrem se houver as combinações das
preposições a e de (exigidas por um verbo
Veja alguns exemplos: ou por um nome) + onde.
a) Você tem de comer toda a comida do prato, senão é Veja:
desperdício. (de outro modo) – Estou onde quero na empresa. (advérbio de lugar)
b) Se o clima estiver bom você vai, senão não vai. (do – O Exército, para onde fui, é minha casa. (Pronome
contrário) relativo. Quem vai (no sentido de ir e permanecer), vai para
c) Não lhe resta outra coisa senão pedir perdão. (a não ser) algum lugar.)
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 205
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
TODO/ TODO O
A PRINCÍPIO, EM PRINCÍPIO OU POR PRINCÍPIO
todo o (específica) / todo ( generaliza)
A princípio significa no início.
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 206
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 207
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Apostila – Prof. Sérgio Rosa
OS: 002/7/23-Gil
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 208