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PORTUGUÊS PARA CONCURSOS

| Apostila – Prof. Sérgio Rosa


OS: 002/7/23-Gil

CONCURSO:

1 – Interpretação de Textos.....................................................................................................................01
2 – Tipologia Textual................................................................................................................................02
3 – GênerosTextuais.................................................................................................................................10
4 – Semântica/Estilística: Figuras de Linguagem......................................................................................17
5 – Variação Linguística: Norma-padrão..................................................................................................26
6 – Mecanismos de Coesão Textual: Domínio dos Elementos de Coesão................................................31
7 – Morfologia: Processo de Formação das Palavras...............................................................................39
8 – Período Composto por Subordinação: Oração Subordinadas Adjetivas............................................79
9 – Colocação Pronominal........................................................................................................................81
ÍNDICE: 10 – Verbos: Mecanismo de Flexão dos Verbos.......................................................................................91
11 – Locuções Verbais (Perífrases Verbais) .............................................................................................98
12 – Concordância Verbal e Nominal.....................................................................................................119
13 – Processos de Coordenação e de Subordinação..............................................................................130
14 – Regência Verbal e Nominal – Crase................................................................................................140
15 – Sintaxe: Frase, Oração e Período; Termos da Oração; Estudo do Período Simples........................160
16 – Emprego dos Sinais de Pontuação..................................................................................................175
17 – Acentuação Gráfica........................................................................................................................185
18 – Ortografia.......................................................................................................................................192

1 – INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
Em média 40% das questões elaboradas pelas bancas examinadoras versam sobre leitura, compreensão e interpretação.
Em alguns concursos, o candidato é desafiado a enfrentar 2 ou mais textos de características bastante diferentes e o número
de perguntas que exigem uma perfeita compreensão ou interpretação do que foi lido cresce ainda mais (e ainda há várias
outras disciplinas para responder!).
INTERPRETAR COMPREENDER
------------------------------------------------------------------------- -------------------------------------------------------------------------
explicar, comentar, julgar, intelecção, entendimento,
tirar conclusões, deduzir. atenção ao que realmente está escrito.

-TIPOS DE ENUNCIADOS - TIPOS DE ENUNCIADOS

• Através do texto, INFERE-SE que... • O texto DIZ que...


• É possível DEDUZIR que... • É SUGERIDO pelo autor que...
• De acordo com o texto, qual é a INTENÇÃO do autor ao afirmar que... • De acordo com o texto, é CORRETA ou ERRADA a afirmação...
• O autor permite CONCLUIR que... • O narrador AFIRMA...

INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
✓ O primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é a identificação de sua ideia principal.
✓ Faça leitura atenciosa de cada período, busque identificação da palavra-chave.
A partir daí, localizam-se as
✓ Ideias secundárias,
✓ Fundamentações,
✓ Argumentações,

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✓ Explicações, que levem ao esclarecimento das questões apresentadas na prova.


A organizadora de sua prova pode solicitar que se observe a possível construção de
PARÁFRASE – é reescrever o texto com outras palavras, porém deve ser mantido o sentido original.

INTERPRETAR COMPREENDER
------------------------------------------------------ ------------------------------------------------------
explicar, comentar, julgar, intelecção, entendimento,
tirar conclusões, deduzir. atenção ao que realmente está escrito.
- TIPOS DE ENUNCIADOS - TIPOS DE ENUNCIADOS
• Através do texto, INFERE-SE que... • O texto DIZ que...
• É possível DEDUZIR que... • É SUGERIDO pelo autor que...
• De acordo com o texto, qual é a INTENÇÃO do • De acordo com o texto, é CORRETA ou ERRADA a
autor ao afirmar que... afirmação...
• O autor permite CONCLUIR que... • O narrador AFIRMA...

ERROS DE INTERPRETAÇÃO
É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de erros de interpretação. Os mais frequentes são:
a) Extrapolação (viagem)
Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias que não estão no texto, quer por conhecimento prévio do tema quer
pela imaginação.

b) Redução
É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto, esquecendo que um texto é um conjunto de ideias, o que
pode ser insuficiente para o total do entendimento do tema desenvolvido.

c) Contradição
Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas e,
consequentemente, errando a questão.

OBSERVAÇÃO - Muitos pensam que há a óptica do escritor e a óptica do leitor. Pode ser que existam, mas numa prova de
concurso qualquer, o que deve ser levado em consideração é o que o AUTOR DIZ e nada mais.

2 – ELEMENTOS DE CONSTRUÇÃO DO TEXTO E SEU SENTIDO:


TEXTO (LITERÁRIO E NÃO LITERÁRIO, NARRATIVO, DESCRITIVO E ARGUMENTATIVO)
TIPOLOGIA TEXTUAL
1. Narrativo
• Caracteriza-se pela enunciação de fatos que envolvem ações de personagens, encadeadas no tempo e no espaço.
Exemplo
(...)
Chegou à porta, olhou as folhas amarelas das catingueiras. Suspirou. Deus nos havia de permitir outra desgraça. Agitou a
cabeça e procurou ocupações para entreter-se. Tomou a cuia grande, encaminhou-se ao barreiro, encheu de água o caco das

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galinhas, endireitou o poleiro. Em seguida foi ao quintalzinho regar os craveiros e as panelas de losna. E botou os filhos para
dentro da casa, que tinham barro até nas meninas dos olhos. Repreendeu-os:
— Safadinhos! Porcos! Sujos como...
— Deteve-se. Ia dizer que eles estavam sujas como papagaios.
Os pequenos fugiram, foram enrolar-se na esteira da sala, por baixo do caritó, e sinhá Vitória voltou para junto da trempe,
reacendeu o cachimbo. A panela chiava; um vento morno e empoeirado sacudiu as teias de aranha e as cortinas de pucumã
do teto; Baleia, sob o jirau, coçava-se com os dentes e pegava moscas. (...)
(Adaptado de Graciliano Ramos. Vidas Secas.)

Modalidade em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo
certos personagens.
Há uma relação de anterioridade e posterioridade.

O tempo verbal predominante é o passado.

Estamos cercados de narrações desde as que nos contam histórias infantis até às piadas do cotidiano.
É o tipo predominante nos gêneros: conto, fábula, crônica, romance, novela, depoimento, piada, relato.

ESTRUTURA DO TEXTO NARRATIVO


- Apresentação;
- Complicação ou desenvolvimento;
- Clímax;
- Desfecho.

PROTAGONISTAS E ANTAGONISTAS
Existe um
• protagonista (personagem principal)
• antagonista (personagem que atua contra o protagonista, impedindo-o de alcançar seus objetivos).

Há também os coadjuvantes, esses são personagens secundários que também exercem papéis fundamentais na história.

OS ELEMENTOS DA NARRATIVA
• Foco narrativo
1ª pessoa: narrador- personagem
3ª pessoa: narrador-observador
• Personagens (protagonista, antagonista e coadjuvante)
• Narrador (narrador-personagem, narrador-observador)
• Tempo (cronológico e psicológico)
• Espaço.

TIPOS DE DISCURSO
DISCURSO DIRETO: o narrador apresenta a própria personagem falando diretamente, permitindo ao autor mostrar o que
acontece em lugar de simplesmente contar.

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Características
• Utilização dos verbos da categoria dicendi, ou seja, aqueles que têm relação com o verbo "dizer", chamados de "verbos de
elocução", a saber: falar, responder, perguntar, indagar, declarar, exclamar, entre outros.
• Utilização dos sinais gráficos - travessão, exclamação, interrogação, dois pontos, aspas.
• Inserção do discurso no meio do texto - não necessariamente numa linha isolada.
Exemplos
1. Os formados repetiam: "Prometo cumprir meus deveres e respeitar meus semelhantes com firmeza e honestidade."
2. O réu afirmou: "Sou inocente!"
3. Querendo ouvir sua voz, resolveu telefonar:
— Alô, quem fala?
— Bom dia, com quem quer falar? — respondeu com tom de simpatia.

DISCURSO INDIRETO: o narrador interfere na fala da personagem. Ele conta aos leitores o que a personagem disse, mas
conta em 3ª pessoa. As palavras da personagem não são reproduzidas, mas traduzidas na linguagem do narrador. Pode ser
também: depoimento, piada, relato.
Características
• O discurso é narrado em terceira pessoa.
• Algumas vezes são utilizados os verbos de elocução, por exemplo: falar, responder, perguntar, indagar, declarar,
exclamar, contudo não há utilização do travessão, uma vez que geralmente as orações são subordinadas, ou seja,
dependem de outras orações, o que pode ser marcado através da conjunção “que” (verbo + que).
Exemplos
1. Os formados repetiam que iriam cumprir seus deveres e respeitar seus semelhantes com firmeza e honestidade.
2. O réu afirmou que era inocente.
3. Querendo ouvir sua voz, resolveu telefonar. Cumprimentou e perguntou quem estava falando. Do outro lado, alguém
respondeu ao cumprimento e perguntou com tom de simpatia com quem a pessoa queria falar.

Transposição do Discurso Direto para o Indireto


Nos exemplos a seguir verificaremos as alterações feitas a fim de moldar o discurso de acordo com a intenção pretendida.
1. Direto: Preciso sair por alguns instantes. (enunciado na 1.ª pessoa)
Indireto: Disse que precisava sair por alguns instantes. (enunciado na 3.ª pessoa)
2. Direto: Sou a pessoa com quem falou há pouco. (enunciado no presente)
Indireto: Disse que era a pessoa com quem tinha falado há pouco. (enunciado no imperfeito)
3. Direto: Não li o jornal hoje. (enunciado no pretérito perfeito)
Indireto: Disse que não tinha lido o jornal. (enunciado no pretérito mais que perfeito)
4. Direto: O que fará relativamente aquele assunto? (enunciado no futuro do presente)
Indireto: Perguntou-me o que faria relativamente aquele assunto. (enunciado no futuro de pretérito)
5. Direto: Não me ligues mais! (enunciado no modo imperativo)
Indireto: Pediu que não lhe ligasse mais. (enunciado no modo subjuntivo)
6. Direto: Isto não é nada agradável. (pronome demonstrativo em 1.ª pessoa)
Indireto: Disse que aquilo não era nada agradável. (pronome demonstrativo em 3.ª pessoa)
7. Direto: Vivemos muito bem aqui. (advérbio de lugar aqui)
Indireto: Disse que viviam muito bem lá. (advérbio de lugar lá)

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DISCURSO INDIRETO LIVRE: é uma combinação dos dois anteriores, confundindo as intervenções do narrador com as dos
personagens. É uma forma de narrar econômica
e dinâmica, pois permite mostrar e contar os fatos a um só tempo.
Características
• Liberdade sintática.
• Aderência do narrador ao personagem.
Ex:
Enlameado até a cintura, Tiãozinho cresce de ódio. Se pudesse matar o carreiro... Deixa eu crescer!... Deixa eu ficar grande!...
Hei de dar conta deste danisco... Se uma cobra picasse seu Soronho... Tem tanta cascavel nos pastos... Tanta urutu, perto de
casa... se uma onça comesse o carreiro, de noite... Um onção grande, da pintada... Que raiva!...
Guimarães Rosa. Sagarana. Rio de Janeiro

Descritivo
• Revela-se pela enumeração de características de um ser, de um objeto, de um ambiente, de uma cena.
(...)
Era alto, magro, vestido todo de preto, com o pescoço entalado num colarinho direito. O rosto aguçado no queixo ia
alargando-se até a calva, vasta e polida, um pouco alongada no alto; tingia os cabelos que duma orelha a outra faziam colar
por trás da nuca — e aquele preto lustroso dava, pelo contraste, mais brilho à calva; mas não tingia o bigode. Tinha-o
grisalho, farto e caído aos cantos da boca. Era muito pálido; nunca tirava as lunetas escuras. Tinha uma covinha no queixo, e
as orelhas grandes muito despegadas do crânio.
Fora outrora diretor geral do ministério do reino, e sempre que dizia — El Rei! Erguia-se um pouco na cadeira. Os
seus gestos eram medidos, mesmo a tomar rapé. Nunca usava palavras triviais; não dizia vomitar, fazia um gesto indicativo e
empregava restituir.
(...)
(Adaptado de Eça de Queirós. O Primo Basílio).

Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A classe de palavras mais
utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua função caracterizadora.
Numa abordagem mais abstrata, pode-se até descrever sensações ou sentimentos.
Significa "criar" com palavras a imagem do objeto descrito.
É fazer uma descrição minuciosa do objeto ou da personagem a que o texto se pega.
É um tipo textual que se agrega facilmente aos outros tipos em diversos gêneros textuais.
Tem predominância em gêneros como: cardápio, folheto turístico, anúncio classificado.

Características
• Retrato verbal
• Ausência de ação e relação de anterioridade ou posterioridade entre as frases
• Predomínio de substantivos, adjetivos e locuções adjetivas
• Utilização da enumeração e comparação
• Presença de verbos de ligação
• Verbos flexionados no presente ou no pretérito (passado)

Tipos de Descrição
Conforme a intenção do texto, as descrições são classificadas em:
Descrição Subjetiva: apresenta as descrições de algo, todavia, evidencia as impressões pessoais do emissor (locutor) do
texto. Exemplos são nos textos literários repletos de impressões dos autores.
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Descrição Objetiva: nesse caso, o texto procura descrever de forma exata e realista as características concretas e físicas de
algo, sem atribuir juízo de valor, ou impressões subjetivas do emissor. Exemplos de descrições objetivas são os retratos
falados, manuais de instruções, verbetes de dicionários e enciclopédias.
Exemplos
Descrição Subjetiva
“Ficara sentada à mesa a ler o Diário de Notícias, no seu roupão de manhã de fazenda preta, bordado a sutache, com largos
botões de madrepérola; o cabelo louro um pouco desmanchado, com um tom seco do calor do travesseiro, enrolava-se,
torcido no alto da cabeça pequenina, de perfil bonito; a sua pele tinha a brancura tenra e láctea das louras; com o cotovelo
encostado à mesa acariciava a orelha, e, no movimento lento e suave dos seus dedos, dois anéis de rubis miudinhos davam
cintilações escarlates.”
(O Primo Basílio, Eça de Queiroz)

Descrição Objetiva
"A vítima, Solange dos Santos (22 anos), moradora da cidade de Marília, era magra, alta (1,75), cabelos pretos e curtos; nariz
fino e rosto ligeiramente alongado."

Dissertativo expositivo
• Estrutura-se na enunciação de fatos e dados sem defender uma opinião específica. Apenas expõe ideias sobre um
determinado assunto. Privilegia a informação.
O TELEFONE CELULAR
A história do celular é recente, mas remonta ao passado – e às telas de cinema. A mãe do telefone móvel é a austríaca
Hedwig Kiesler (mais conhecida pelo nome artístico Hedy Lamaar), uma atriz de Hollywood que estrelou o clássico Sansão e
Dalila (1949).
Hedy tinha tudo para virar celebridade, mas pela inteligência. Ela foi casada com um austríaco nazista fabricante de
armas. O que sobrou de uma relação desgastante foi o interesse pela tecnologia.
Já nos Estados Unidos, durante a Segunda Guerra Mundial, ela soube que alguns torpedos teleguiados da Marinha
haviam sido interceptados por inimigos. Ela ficou intrigada com isso, e teve a ideia: um sistema no qual duas pessoas podiam
se comunicar mudando o canal, para que a conversa não fosse interrompida. Era a base dos celulares, patenteada em 1940.
Dissertação-Expositiva
Apresenta um saber já construído e legitimado, ou um saber teórico.
Apresenta informações sobre assuntos, expõe, reflete, explica e avalia ideias de modo objetivo.
O texto expositivo apenas expõe ideias sobre um determinado assunto. A intenção é informar, esclarecer.
Ex: aula, resumo, textos científicos, enciclopédia, textos expositivos de revistas e jornais.

Características do texto dissertativo-expositivo


Com o intuito de informar e esclarecer, o texto dissertativo-expositivo é caracterizado por:
• utilizar uma linguagem clara e objetiva;
• ser de fácil compreensão por diversas pessoas;
• apresentar muita informação sobre um determinado assunto;
• especificar conceitos e definições;
• realizar descrições de características;
• recorrer a enumerações, comparações e contrastes para clarificar os conceitos.
• mostrar exemplos dos assuntos abordados.

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Dissertativo argumentativo
• Estrutura-se no encadeamento das ideias com a finalidade de defender um determinado ponto de vista.
É possível afirmar que o celular é o dispositivo mais usado no mundo, ele deixa de ser uma agenda telefônica e passa
a ter várias utilidades (notícias, pesquisas, filmes e séries, redes sociais), podemos perceber que atualmente a utilização do
aparelho tornou-se um vício para os indivíduos. O uso de celular durante a aula é um utensílio de desatenção ou de auxílio?
Por meio do uso do celular é possível esclarecer dúvidas realizando pesquisas, que anteriormente eram feitas em
bibliotecas, assistir a "vídeo-aulas" e debater sobre determinado assunto por meio de grupos em redes sociais, a exemplo de
Facebook, Whatsapp, Twitter.
Podem-se destacar também pontos negativos. Segundo a pesquisa do "Hypescience" (hiperciência), o uso excessivo
do celular pode prejudicar a memória, assim afetando também a saúde. Além disso, faz que o aluno tenha desconcentração,
pois, com o uso do "smarthphone", fica ainda mais difícil de obter a atenção do aluno, assim não tendo absorção completa
do assunto.
Portanto, faz-se necessário os filhos terem educação por parte dos pais ou responsáveis para que haja a utilização
do dispositivo apenas quando necessário e de forma adequada, deve-se impor regras para o uso moderado, assim
beneficiando o professor e o aluno, o que permite a aula fluir melhor.
Um texto dissertativo-argumentativo faz a defesa de ideias ou um ponto de vista do autor.
O texto, além de explicar, também persuade o interlocutor, objetivando convencê-lo de algo.
Caracteriza-se pela progressão lógica de ideias.
Geralmente utiliza linguagem denotativa.
É tipo predominante em: sermão, ensaio, monografia, dissertação, tese, ensaio, manifesto, crítica, editorial de jornais e
revistas.

Características do texto dissertativo-expositivo


Os diversos argumentos deverão ser sustentados com exemplos e provas que os validem, tornando-os indiscutíveis, como:
• fatos comprovados;
• conhecimentos consensuais;
• dados estatísticos;
• pesquisas e estudos;
• citações de autores renomados;
• depoimentos de personalidades renomadas;
• alusões históricas;
• fatores sociais, culturais e econômicos.

Estas estratégias argumentativas validam os argumentos, dotando-os de autoridade, consenso, lógica, competência e
veridicidade. Assim, os leitores não só refletem sobre estes dados, como ficam obrigados a concordar com os argumentos,
sem hipótese de os rebater.
Além disso, diversos recursos de linguagem podem ser usados para captar a atenção do leitor e convencê-lo da correção da
tese, como a utilização de uma linguagem formal, de perguntas retóricas, de repetições, de ironia, de exclamações.

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Injuntivo
• Revela-se pela finalidade de instruir e de ordenar(caráter prescritivo) atividades para o leitor realizar uma determinada
ação.
Os verbos são, na sua maioria, empregados no modo imperativo, porém nota-se também o uso do infinitivo.
Ex: ordens; pedidos; súplica; desejo; manuais e instruções para montagem ou uso de aparelhos e instrumentos; textos com
regras de comportamento; textos de orientação (ex: recomendações de trânsito); receitas, cartões com votos e desejos (de
natal, aniversário).
-Instrucional: O texto apresenta apenas um conselho, uma indicação e não uma ordem.
-Prescrição: O texto apresenta uma ordem, a orientação dada no texto é uma imposição.
Exemplo:
BOLO DE CENOURA
Ingredientes
Massa
3 unidades de cenoura picadas
3 unidades de ovo
1 xícaras (chá) de óleo de soja

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3 xícaras (chá) de farinha de trigo


2 xícaras (chá) de açúcar
1 colheres (sopa) de fermento químico em pó
Cobertura
1/2 xícara (chá) de leite
5 colheres (sopa) de achocolatado em pó
4 colheres (sopa) de açúcar
1 colher (sopa) de Margarina

Como fazer
Massa
Coloque os ingredientes no liquidificador, e acrescente aos poucos a farinha.
Leve para assar em uma forma untada.
Depois de assado cubra com a cobertura.

Cobertura
Misture todos os ingredientes e leve ao fogo e deixe ferver até engrossar.
5. PREDIÇÃO
Caracterizado por predizer algo ou levar o interlocutor a crer em alguma coisa, a qual ainda está por ocorrer.
É o tipo predominante nos gêneros: previsões astrológicas, previsões meteorológicas, previsões escatológicas/apocalípticas.

6. DIALOGAL / CONVERSACIONAL
Caracteriza-se pelo diálogo entre os interlocutores. É o tipo predominante nos gêneros: entrevista, conversa telefônica, chat.
BREVE RESUMO PARA FIXAÇÃO
Narração: Personagens, Enredo, Espaço...
Descrição: Caracterização, Enumeração, Comparação, Retrato Verbal...
Dissertação: Expositiva, Argumentativa, Debater...
Injunção: Instrucional (Manuais, Receitas, Bulas...)

3 – ELEMENTOS DE CONSTRUÇÃO DO TEXTO E SEU SENTIDO:


GÊNERO DO TEXTO (LITERÁRIO E NÃO LITERÁRIO)
GÊNEROS TEXTUAIS

ALGUNS EXEMPLOS DE GÊNEROS LITERÁRIOS


GÊNERO CRÔNICA: a crônica é um gênero narrativo. Publicada em jornal ou revista, destina-se à leitura diária ou semanal e
trata de acontecimentos cotidianos. A crônica artística se diferencia do jornal por não buscar exatidão da informação.
Diferente da notícia, a crônica os analisa, dá-lhes um colorido emocional, mostrando aos olhos do leitor uma situação
comum, vista por outro ângulo, singular.
O leitor pressuposto da crônica é urbano e, em princípio, um leitor de jornal ou de revista. A preocupação com esse leitor faz
que, dentre os assuntos tratados, o cronista dê maior atenção aos problemas do modo de vida urbano, do mundo
contemporâneo, dos pequenos acontecimentos do dia a dia comuns nas grandes cidades. Jornalismo e literatura: É assim
que podemos dizer que a crônica é uma mistura de jornalismo e literatura. De um recebe a observação atenta da realidade
cotidiana e do outro, a construção da linguagem, o jogo verbal. Algumas crônicas são editadas em livro, para garantir sua
durabilidade no tempo.
TIPOLOGIA: Narrativo

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Para começar, uma crônica sobre a crônica, de Machado de Assis:


O nascimento da crônica
“Há um meio certo de começar a crônica por uma trivialidade. É dizer: Que calor! Que desenfreado calor! Diz-se isto,
agitando as pontas do lenço, bufando como um touro, ou simplesmente sacudindo a sobrecasaca. Resvala-se do calor aos
fenômenos atmosféricos, fazem-se algumas conjeturas acerca do sol e da lua, outras sobre a febre amarela, manda-se um
suspiro a Petrópolis, e la glace est rompue está começada a crônica. (...)
(Machado de Assis. “Crônicas Escolhidas”. São Paulo: Editora Ática, 1994)

GÊNERO FÁBULA: é uma narrativa curta, onde os personagens mais importantes geralmente são animais que pensam e
agem como pessoas. A história termina com uma moral, que tem objetivo de ensinar uma lição. TIPOLOGIA: Narrativo
O Leão e o Rato
– Um Leão dormia sossegado, quando foi acordado por um Rato, que passava correndo em cima de seu rosto. Com um
ataque ágil ele o agarrou, e estava pronto para matá-lo, ao que o Rato implorou: Por favor, se o senhor me soltar, tenho
certeza que um dia poderia retribuir sua bondade. Rindo por achar ridícula a ideia, assim mesmo, ele resolveu solta-lo. Pouco
tempo depois, o Leão caiu numa armadilha colocada por caçadores. Preso ao chão, amarrado por fortes cordas, sequer podia
mexer-se. O Rato, ouvindo seu rugido, se aproximou e roeu as cordas até deixá-lo livre. Então disse: O senhor riu da ideia de
que eu jamais seria capaz de ajudá-lo. Nunca esperava receber de mim qualquer favor em troca do seu! Mas agora sabe que
mesmo um pequeno Rato é capaz de retribuir um favor a um poderoso Leão.
(Baseada na obra de ESOPO).
Moral da História
Os pequenos amigos podem se revelar os melhores e mais leais.

GÊNERO APÓLOGO: texto protagonizado por coisas inanimadas (plantas, pedras, rios, relógios, montanhas, estátuas) que
adquirem certos dotes humanos.
● Gênero alegórico que ilustra um ensinamento de vida por meio de situações semelhantes às reais, envolvendo pessoas,
objetos ou animais, seres animados ou inanimados;
● Os apólogos têm o objetivo de atingir os conceitos humanos de forma que os modifique e reforme, levando-os a agir de
maneira diferente. Os exemplos são utilizados para ajudar a modificar conceitos e comportamentos humanos, de ordem
moral e social
● Diferencia-se da parábola, pois esta trata de questões religiosas e lições éticas, enquanto o apólogo fala de qualquer tipo
de lição de vida, mesmo que esta não seja a que é adotada pela maioria como a maneira correta de agir.

TIPOLOGIA: Narrativo
EXEMPLO DE APÓLOGO
Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
- Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma coisa neste mundo?
- Deixe-me, senhora.
- Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei
sempre que me der na cabeça.
- Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça.
Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.
- Mas você é orgulhosa.
- Decerto que sou.
- Mas por quê?

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- É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?
- Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu, e muito eu?
­ Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados…
- Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu
faço e mando…
- Também os batedores vão adiante do imperador.
- Você é imperador?
- Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai
fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto…
Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma
baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha,
pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era
a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana – para dar a isto uma cor poética. E dizia a
agulha:
- Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa
comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima.
A linha não respondia nada; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa como
quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também,
e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o
sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte; continuou ainda nesse e no outro, até que no quarto acabou a obra, e
ficou esperando o baile.
Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no
corpinho, para dar algum ponto necessário. E quando compunha o vestido da bela dama, e puxava a um lado ou outro,
arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha, para mofar da agulha, perguntou-lhe:
- Ora agora, diga-me quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é
que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das
mucamas? Vamos, diga lá.
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre
agulha:
- Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha
de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.

HISTÓRIA EM QUADRINHOS: é um gênero narrativo que consiste em enredos contados em pequenos quadros por meio de
diálogos diretos entre seus personagens, gerando uma espécie de conversação. Sua estrutura é composta por ilustrações,
balões: espaço onde aparece a fala, pensamento, onomatopeias: São palavras que imitam a voz de animais ou ruídos de
objetos.
Ex: BUUM!!! (explosão), TOC-TOC! (batendo à porta); Metáforas visuais: Produzem uma sensação de movimento).

TIPOLOGIA: Narrativo

GÊNERO CHARGE: linguagem verbal e não verbal, permeadas pelo humor e uma fina ironia, são tipos de textos que podem
ser usados para denunciar e criticar as mais diversas situações do cotidiano relacionadas com a política e a sociedade.

TIPOLOGIA: Argumentativa

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GÊNERO CARTUM se caracteriza com uma anedota gráfica em que nele podemos visualizar a presença da linguagem verbal
associada à não verbal.
Suas abordagens dizem respeito a situações relacionadas ao comportamento humano, mas não estão situadas no tempo, por
isso são denominadas de atemporais e universais, ou seja, não fazem referência a uma personalidade em específico.

POEMA: trabalho elaborado e estruturado em versos. Além dos versos, pode ser estruturado em estrofes.
Rimas e métrica também podem fazer parte de sua composição.
Pode ou não ser poético.
Dependendo de sua estrutura, pode receber classificações específicas, como haicai, soneto, epopeia, poema figurado,
dramático. Em geral, a presença de aspectos narrativos e descritivos são mais frequentes neste gênero.

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ALGUNS EXEMPLOS DE GÊNEROS NÃO LITERÁRIOS


GÊNERO EDITORIAL: é um gênero textual dissertativo-argumentativo que expressa o posicionamento da empresa sobre
determinado assunto, sem a obrigação da presença da objetividade.
Tipologia: argumentativo
Editorial
Indústria e exportações
Por
Gazeta do Povo
28/03/2021 20:07

Vista aérea do Porto de Paranaguá.| Foto: José Fernando Ogura/ANP


Estudos com base na experiência do desenvolvimento brasileiro nos últimos 40 anos revelam que, se o país quiser
crescer a taxas superiores ao crescimento da população, o primeiro passo é a busca de exploração de todos os mercados. O
sistema produtivo nacional destina-se a produzir bens e serviços para atender o consumo das pessoas, o consumo do
governo, o investimento do governo, o investimento das empresas e a demanda internacional. A soma dessas cinco
demandas é chamada “demanda agregada”. A primeira causa do estímulo à produção – logo, do emprego, da renda e dos
impostos – é a existência de compradores para o conjunto do Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, os bens e serviços finais
que compõem o PIB.
O mercado é um sistema de sinais que segue mais ou menos uma lógica: a demanda se manifesta, o setor produtivo a
identifica, os investimentos são realizados, a empresa entra em operação, o produto é fabricado (com todos os benefícios em
termos de geração de emprego e salários), as vendas são feitas... e a economia cresce. No caso do governo, sua demanda se
dá por outro caminho. Parte do PIB – vale dizer, parte da renda nacional, que tem o mesmo valor do PIB – é capturada pelo

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setor estatal por meio da carga tributária bruta, que fornece os recursos financeiros com os quais o governo faz sua demanda
a fim de prover os serviços públicos e investimentos decididos no orçamento governamental (municípios, estados e União).
A miopia política e os gritos de nacionalismo irracional boicotaram o que poderia ter sido a semente de um sistema que
levaria o Brasil a virar o milênio como um país rico, desenvolvido e membro do clube das nações adiantadas
Entendido esse quadro simplificado, é fácil concluir que um dos principais elementos na dinâmica funcional da
economia é a existência e a materialização real da demanda, aí incluída a demanda internacional. Em julho de 1951, foi
instalada, sob a liderança do Ministério da Fazenda, a Comissão Mista Brasil-EstadosUnidos para o Desenvolvimento
Econômico, que trabalhou e produziu seus resultados até dezembro de 1953, a partir da origem em abril de 1950, quando o
governo brasileiro reivindicou financiamento norte-americano para um extenso programa de reequipamento dos setores de
infraestrutura. Aquela comissão teve um papel importante na história econômica brasileira, a começar pela base de sua
justificativa, que foi a constatação de que o Brasil era altamente dependente de suprimentos internacionais, fazendo que o
abastecimento interno fosse vulnerável a eventuais crises de importações.
A comissão mista foi criada composta por técnicos dos dois países, cuja missão era elaborar projetos específicos
destinados a expandir o desenvolvimento do potencial econômico brasileiro, cujas prioridades incluíam os setores de
transportes, energia, componentes industriais e a agricultura, entre outros. Na época, o Brasil era visto pelos organismos
internacionais recém-criados, sobretudo o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional, como um país fragilizado em
termos de segurança alimentar, segurança militar e segurança energética, a ponto de a diplomacia dos Estados Unidos do
governo Truman ter afirmado que a principal tarefa da comissão mista seria encorajar a introdução do capital estrangeiro no
Brasil e, junto com ele, a transferência de tecnologia para o crescimento da produção interna.
Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/industria-e-exportacoes/
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ARTIGO DE OPINIÃO: faz a defesa de ideias ou ponto de vista do autor. O texto, além de explicar, também persuade o
interlocutor, objetivando convencê-lo de algo.
TIPOLOGIA: Argumentativo
EXEMPLO DE ARTIGO DE OPINIÃO

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QUE DIFERENÇAS HÁ ENTRE O ARTIGO DE OPINIÃO E O BEMFICA DE OLIVA


EDITORIAL? 19:02 | 02/04/2021
O editorial escrito para jornais ou revistas não é assinado, FacebookTwitter
uma vez que nele o jornalista deve expor não o seu ponto
de vista pessoal, mas da instituição para a qual trabalha,
que, desse modo, assume a responsabilidade por qualquer
declaração polêmica presente no editorial.
Já o artigo de opinião é assinado. Logo, as ideias defendidas
no artigo de opinião são de total responsabilidade do autor,
e, por este motivo, o mesmo deve ter cuidado com a
veracidade dos elementos apresentados.
O editorial é uma “notícia comentada”. Assim sendo, seu
objetivo é apresentar um posicionamento (da revista ou do
jornal) sobre um determinado evento.
O artigo, no entanto, dá um passo além, uma vez que Entre os cursos mais concorridos da UFRJ no Sisu do último
apresenta clara intenção persuasiva, ou seja, procura ano estão Medicina, Ciências Econômicas e Odontologia;
influenciar o leitor, no sentido de fazê-lo mudar de ideia nota de corte do Enem para estas graduações chega a mais
e/ou tomar uma atitude. de 800 pontos (Foto: Divulgação/UFRJ)

O EDITORIAL é SEMELHANTE ao ARTIGO DE OPINIÃO As notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020
quanto à estrutura e aos objetivos, a única diferença é que foram divulgadas na última segunda-feira, 29, e o Sistema
no editorial não se apresenta assinatura do autor de Seleção Unificado (Sisu) de 2021 abrirá inscrições para
(individual), pois representa a posição da imprensa. universidades públicas na terça-feira, 6 de abril (06/04).
As vagas no Sisu são distribuídas em 110 instituições
públicas de ensino superior de 24 estados e do Distrito
GÊNERO NOTÍCIA: os elementos da apresentação da notícia Federal.
são: São 209.190 oportunidades no Sisu 2021.1. Veja abaixo
MANCHETE: ou título principal (costuma ser composto de algumas das universidades que ofertarão vagas nesta
frases pequenas e atrativas, e revela o assunto principal que edição, com as notas de corte dos cursos mais e menos
será retratado em seguida). concorridos em cada uma no último ano, em 2020. A nota
de corte usada é a final, divulgada pela universidade após a
IMAGEM: (é um recurso que pode ou não estar presente) é chamada regular do Sisu, a lista de espera e o banco de
uma estratégia para chamar a atenção dos leitores. suplentes. As notas exibidas são na modalidade Ampla
LIDE: (Este termo deriva de uma palavra inglesa – lead). Concorrência.
Nesta parte precisamos encontrar todas as informações Notas de corte da UFC no Sisu 2020
necessárias para responder às seguintes perguntas: Onde
aconteceu o fato? Com quem? O que aconteceu? Quando?
Como? Qual foi o assunto? Cursos com maiores notas de corte da UFC do último ano

CORPO DA NOTÍCIA: Nela, há um detalhamento maior dos 1 - Medicina (Fortaleza): 786.8


fatos, de modo a destacar os detalhes mais importantes, 2 - Medicina (Sobral): 781.18
fundamentais à compreensão do interlocutor.
3 - Direito (Fortaleza): 755.74 (Integral) e 746.48 (Noturno)
TIPOLOGIA: Narrativo/relato
4 - Odontologia (Fortaleza): 745.24
5 - Engenharia de Computação (Fortaleza): 740.58
Brasil
6 - Odontologia (Sobral): 736.74
NOTÍCIA
7 - Arquitetura e Urbanismo (Fortaleza): 733.3
Veja notas de corte dos cursos mais concorridos em
8 - Psicologia (Fortaleza): 733.16
universidades do Brasil
9 - Ciência da Computação (Fortaleza): 730.44
Medicina, Engenharia Civil e Odontologia são algumas das
graduações com as notas mais elevadas na UFPI no Sisu; 10 - Engenharia Mecânica (Fortaleza): 724.34
maioria dos cursos mais disputados é na capital. Resultado
do Enem foi divulgado nessa segunda, 29
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REPORTAGEM: é um gênero textual jornalístico que tem


por objetivo informar e levar os fatos ao leitor de uma
4 – SEMÂNTICA: SENTIDO E
maneira clara, com linguagem direta. EMPREGO DOS VOCÁBULOS;
Manchete: título principal da reportagem CAMPOS SEMÂNTICOS
Imagem: (é um recurso que pode ou não estar presente) é
uma estratégia para chamar a atenção dos leitores. SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS
Lide: pequeno resumo que aparece depois do título afim de
chamar a atenção do leitor. - Corpo: desenvolvimento do
Como se pode enriquecer o Vocabulário?
assunto abordado, é um texto maior do que a notícia, com
linguagem direcionada ao público alvo. Para a realização desse objetivo é preciso dialogar com
pessoas que se expressam bem; ler textos variados e bem
TIPOLOGIA: Narrativo/Relatar
escritos; memorizar os diferentes significados das palavras
por meio de dicionários. Por último, produzir textos
variados em que as palavras surgidas nas leituras e já
memorizadas nos dicionários, possam ser contextualizadas,
isto é, usadas adequadamente em frases. É claro que a
prática de exercícios também ajuda. Vamos indicar agora
um roteiro de estudo, o qual trata da significação das
palavras:
• Polissemia;
• Denotação/Conotação;
• Sinonímia/Antonímia;
• Hiperonímia/Hiponímia;
• Homonímia/Paronímia;

POLISSEMIA
A palavra Polissemia compreende dois radicais: [poli =
muito] e [semia = significado]. Portanto, uma palavra pode
apresentar diferentes significados, dependendo dos usos
linguísticos em que possa aparecer.
A palavra "vela" é um dos exemplos de polissemia.
Ela pode significar
a vela de um barco;
a vela feita de cera que serve para iluminar
pode ser a conjugação do verbo velar, que significa estar
vigilante.

"Letra" é uma palavra polissêmica. Letra pode significar


o elemento básico do alfabeto,
o texto de uma canção ou a caligrafia de um determinado
indivíduo.
Neste caso, os diferentes significados estão interligados
porque remetem para o mesmo conceito, o da escrita.

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AMBIGUIDADE denotação é o sentido exato da palavra, não cabendo


maiores interpretações.
Exemplos:
O gato é um mamífero.
Já li esta notícia do jornal.
O empregado limpou o jardim.
A mulher estava cansada.
Como é possível observar, o uso da denotação tem por
objetivo transmitir uma mensagem ao receptor de forma
objetiva e clara, evitando equívocos na interpretação e
desempenhando uma função estritamente prática e
utilitária. Por essas razões, esse tipo de linguagem é muito
utilizado em textos informativos, tais como: regulamentos,
A qualidade ou estado do que é ambíguo, ou seja, aquilo
jornais, manuais de instrução, artigos científicos, bulas de
que pode ter mais do que um sentido ou significado.
medicamentos etc.
A ambiguidade pode apresentar a sensação de indecisão,
hesitação, imprecisão, incerteza e indeterminação.
O QUE É CONOTAÇÃO?
Exemplo: “Não sei se gosto do frio ou do calor”. “Não sei se
vou ou fico”. O termo conotação está associado a sentido conotativo
que, por sua vez, refere-se a palavras utilizadas no sentido
A ambiguidade pode estar em palavras, frases, expressões
figurado, ou seja, que pode ter diferentes significados de
ou sentenças completas. É bastante aplicável em textos de
acordo com o contexto no qual ela é empregada. Por esse
teor literário, poético ou humorístico, mas deve ser evitado
motivo, textos construídos utilizando conotações requerem
em textos científicos ou jornalísticos, por exemplo.
maior habilidade de interpretação, já que a linguagem não é
Ambiguidade é também um substantivo que nomeia a falta tão objetiva como nos casos da denotação.
de clareza em uma expressão. Exemplo: “Pedro disse ao
Exemplos:
amigo que havia chegado”. (Quem havia chegado? Pedro ou
o amigo?). Hélio tem um coração de pedra.
Exemplo: “O celular se tornou um grande aliado do homem, Mariana é um sol na vida de todos.
mas esse nem sempre realize todas as suas tarefas”.
Minha vida é um mar de esperanças.
As palavras “esse” e “suas” podem se referir tanto ao
Conforme é possível perceber, a conotação assume um
celular, quanto ao homem, dificultando a direta
sentido simbólico e figurado, o qual o grande objetivo é
interpretação da frase e causando ambiguidade.
provocar sentimentos em quem está recebendo a
Exemplo: “O rapaz pediu um prato ao garçom”. mensagem. Esse recurso é muito perceptível na literatura,
na linguagem poética, em letras musicais, nos anúncios
No exemplo acima, a palavra “prato” pode se referir ao
publicitários e em conversas informais no dia a dia.
objeto onde se coloca a comida ou à um tipo de refeição.

INTERTEXTUALIDADE
DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO
Referência explícita ou implícita de um texto em outro.
Denotação e Conotação referem-se, de forma geral, aos
significados atribuídos às palavras e orações empregadas na Também pode ocorrer com outras formas além do texto,
língua portuguesa, sendo recursos essenciais para a música, pintura, filme, novela.
adequada interpretação de textos. Para saber exatamente o
O recurso da intertextualidade ocorre quando um texto
significado delas, ver exemplos e demais informações
remete a outro texto que faz parte da memória social de
relevantes, confira nosso artigo.
uma coletividade. Pode-se dizer que acontece um
verdadeiro diálogo entre textos.
O QUE É DENOTAÇÃO? Toda vez que uma obra fizer ALUSÃO à outra ocorre a
intertextualidade.
Denotação refere-se a sentido denotativo que, por sua vez,
significa um sentido próprio, literal e real
independentemente do contexto em que a palavra, oração
ou período aparecem. Resumidamente, podemos dizer que

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Por exemplo: branco é sinônimo de alvo em alguns


contextos, mas não em todos.
Exemplos:
• Tecido branco = tecido alvo
• Alcançar o meu alvo = atingir meu objetivo
Observe-se ainda que a escolha sinonímica vai depender
dos registros técnicos ou cultos. Por exemplo:
peito – seio – busto
dor de cabeça – cefaleia
são usados em diferentes contextos.

ANTONÍMIA
São palavras que, dependendo do contexto, têm sentido
contrário a outras. Muitas vezes o antônimo é feito por
prefixo:
Leal x desleal;
feliz x infeliz;
típico x atípico

Outras vezes o antônimo é obtido por outra palavra:


Claro x escuro
Rico x pobre

HIPERONÍMIA E HIPONÍMIA
INTRATEXTUALIDADE
A hiperonímia indica uma relação hierárquica de significado
Ocorre quando o autor é capaz de criar elos de
que uma palavra superior estabelece com uma palavra
aproximação entre os textos de sua própria autoria.
inferior. O hiperônimo é uma palavra hierarquicamente
EXEMPLO: superior porque apresenta um sentido mais abrangente que
engloba o sentido do hipônimo, uma palavra
Em seguida, após relatar tal episódio, Brás conta que
hierarquicamente inferior, com sentido mais restrito.
cresceu normalmente. Foi à escola, que ele chama de
enfadonha, onde teve aulas com um professor de nome A hiponímia indica, assim, essa mesma relação hierárquica
Ludgero Barata. É justamente ali que conhece um de seus de significado. Foca-se, no entanto, na perspectiva da
melhores amigos de infância, Quincas Borba, com quem se palavra hierarquicamente inferior - hipônimo, que, a nível
reencontrará mais tarde. Ambos os garotos se revelam semântico, pode ser incluída numa classe superior que
travessos e mimados, já que o Quincas era filho único, abrange o seu significado - hiperônimo.
adorado pela mãe, que o vestia muito bem, mandando um
País é hiperônimo de Brasil.
pajem indulgente acompanhá-lo a todos os lugares.
Mamífero é hiperônimo de cavalo.
Jogo é hiperônimo de xadrez.
RELAÇÕES DE SINONÍMIA E ANTONÍMIA
Brasil é hipônimo de país.
SINONÍMIA
Cavalo é hipônimo de mamífero.
Em razão da polissemia, pode-se afirmar que não há
sinônimos perfeitos, mas, sim, palavras, que em Xadrez é hipônimo de jogo.
determinados contextos linguísticos, podem ser
substituídas por outras significações correspondentes.

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Os hiperônimos: Além disso, desempenham uma função anafórica no texto,


fazendo referência a uma informação previamente
• Apresentam um sentido abrangente;
mencionada sem a repetir, através do uso de substantivos
• Transmitem a ideia de um todo; genéricos e específicos.
• Representam as características genéricas de uma classe;
• Permitem a formação de subclasses associadas a elas. LISTA DE PALAVRAS PARÔNIMAS COM SEUS SIGNIFICADOS

Os hipônimos: São palavras parecidas na escrita e na pronúncia, mas


diferentes no significado.
• Apresentam um sentido restrito;
Acurado – feito com muito carinho
• Transmitem a ideia de um item ou uma parte de um
Apurado – refinado, desvendado
todo;
Adotar – aceitar: alguém, doutrina, ideia
• Representam as características específicas de uma
subclasse; Dotar - conceder dote, beneficiar, favorecer
Amoral – pessoa destituída de senso moral
• Permitem a associação a uma classe superior mais
abrangente. Imoral – contrário à moral, devasso

Exemplos de hiperônimos e hipônimos Apóstrofe – figura de linguagem


Apóstrofo – sinal gráfico
Hiperônimo Hipônimos
Aprender – adquirir conhecimento
verde, azul, amarelo, vermelho, Apreender – assimilar mentalmente
cor
branco,... Arrear – pôr arreios, encilhar, selar
fruta maçã, banana, manga, abacaxi, jaca,... Arriar – fazer descer o que estava no alto
Assoar – limpar secreção nasal
carro, automóvel, moto, bicicleta,
veículo Assuar – dar vaia em, apupar
ônibus,...
Atuar - desempenhar um papel como ator
natação, futebol, patinação, atletismo,
esporte Autuar - auto de infração, processar
esgrima,...
Auto - ato público, peça teatral de um ato
animal cobra, onça, cachorro, urubu, urso,...
Alto - de grande extensão vertical, elevado
rosa, margarida, malmequer, hortênsia, Absolver: perdoar, inocentar
flor
orquídea,... Absorver: aspirar, sorver
geladeira, batedeira, liquidificador, Câmara – onde se reúnem os deputados
eletrodoméstico
aspirador, ferro,... Câmera – aparelho que capta imagens

móvel estante, armário, mesa, cadeira, sofá,... Cavaleiro – aquele que sabe andar a cavalo
Cavalheiro – homem educado
martelo, serrote, alicate, enxada, chave
ferramenta Celerado - aquele que cometeu crimes
de fenda,...
Acelerado – apressado
papagaio, gaivota, bem-te-vi, arara, Comprimento – extensão
ave
coruja,...
Cumprimento – saudação, ato de cumprir
gripe, sarampo, caxumba, catapora, Conjetura – suposição, hipótese
doença
bronquite,...
Conjuntura – situação, circunstância
Deferir – atender, conceder
Uso de hiperônimos e hipônimos Diferir – distinguir-se, ser diferente, adiar

O uso de hiperônimos e hipônimos é essencial para a Degredado – desterrado, exilado


construção de uma boa coesão lexical num texto. Os Degradado – estragado, rebaixado
hiperônimos e hipônimos atuam como um recurso coesivo Delatar – denunciar
lexical que permite a abordagem de um tema evitando
repetições vocabulares. Dilatar – alargar, ampliar

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Descrição - ato de descrever, expor Enfornar - colocar no forno


Discrição – reserva; qualidade de discreto Infligir - aplicar pena ou castigo
Descriminar – inocentar Infringir - transgredir, violar, não respeitar
Discriminar - distinguir Mandado - ordem judicial
Desmistificar - desfazer uma ilusão Mandato - poder dado ou autorizado
Desmitificar - desfazer um mito Precedente – antecedente
Despensa - lugar de guardar mantimentos Procedente – proveniente, oriundo
Dispensa - isenção, licença Prescrição - ordem expressa
Desapercebido - desprevenido, desprovido Proscrição - eliminação, expulsão
Despercebido - não percebido, não notado Previdência - faculdade de ver antecipadamente o futuro
Destratar – insultar Providência - a suprema sabedoria atribuída a Deus
Distratar - desfazer trato, anular, rescindir Ratificar – confirmar
Discente - que aprende Retificar – tornar reto, endireitar
Docente - que ensina Recrear – divertir
Emergir - vir à tona Recriar - criar novamente
Imergir – mergulhar Soar - produzir som
Emigrar - sair da pátria Suar – transpirar
Imigrar - entrar num país estranho para nele morar Tráfego – trânsito
Eminente – notável, célebre Tráfico – comércio ilegal
Iminente – prestes a acontecer Treplicar - responder a uma réplica
Emitir - lançar fora de si Triplicar - multiplicar por três
Imitir - fazer entrar Vultoso - volumoso, de grande vulto, enorme
Esbaforido – ofegante, cansado Vultuoso - atacado de vultuosidade, inchado
Espavorido - apavorado, assustado
Estada - permanência de pessoa
Estadia - permanência de veículo LISTA DE PALAVRAS HOMÔNIMAS COM SEUS
Estância – morada SIGNIFICADOS

Instância - jurisdição, urgência • Homônimas: são palavras escritas e pronunciadas de modo


idêntico, mas diferentes nos significados. Podem ser:
Estofar - cobrir de estofo
• Homônimas Homófonas: são aquelas iguais na pronúncia,
Estufar - meter em estufa mas diferentes na escrita e na significação.
Flagrante – registrado momentâneo • Homônimas Homógrafas: são aquelas diferentes na
Fragrante - que exala bom odor, aromático pronúncia (timbre fechado e aberto), mas iguais na escrita.
Fluir - correr com certa abundância Acender: pôr fogo
Fruir - gozar, desfrutar Ascender: subir
Fuzil - arma de fogo Acento - sinal gráfico, tom de voz
Fusível - peça de instalação elétrica Assento - lugar, superfície onde se senta
Incerto – duvidoso Aço – liga de ferro e carbono
Inserto - inserido, incluído Asso – 1ª. pessoa do presente do verbo assar
Incidente – acontecimento imprevisível Acerca de - sobre, a respeito de
Acidente - acontecimento casual, porém grave Há cerca de – perto de, ou faz (= tempo decorrido)
Inflação - desvalorização do dinheiro Afim – que tem afinidade, ligação
Infração - violação, transgressão A fim – com intenção ou com finalidade de
Informar - transmitir conhecimento Apreçar – perguntar o preço de
Enformar - colocar na forma Apressar – impor maior pressa

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Caçar – ir ao encalço de, perseguir animais ou aves Experto - perito, entendido


Cassar – anular, revogar Era - data, época
Calda – líquido espesso e viscoso, xarope Hera – planta
Cauda – rabo, parte posterior de avião Estático - firme, imóvel
Cela – pequeno quarto, cômodo de reduzidas dimensões Extático - admirado, pasmado
Sela – peça de couro Estirpe - raiz, linhagem
Coser: costurar Extirpe - flexão do verbo extirpar
Cozer: cozinhar Estrato - tipo de nuvem
Cheque: ordem de pagamento Extrato - resumo, essência
Xeque: lance de jogo de xadrez Esterno - osso dianteiro do peito
Censo – recenseamento, dados estatísticos Externo - que está por fora
Senso – juízo claro, raciocínio Incerto – duvidoso
Censual – relativo ao censo Inserto - inserido, incluído
Sensual – relativo ao sexo, aos sentidos Incipiente - que inicia, principiante
Céptico - que duvida ou quem duvida Insipiente - ignorante, sem juízo, imprudente
Séptico - que causa infecção Intercessão - ato de interceder
Cerração – nevoeiro denso Interseção - ponto onde duas linhas se cruzam
Serração – ato de serrar, de cortar Paço - palácio real ou episcopal
Cerrar – fechar Passo – marcha
Serrar – cortar Profetiza - do verbo profetizar
Cessão – ato de ceder Profetisa - feminino de profeta
Seção ou secção – corte, divisão, repartição Ruço – grisalho, desbotado, situação grave
Sessão – espaço de tempo que dura uma atividade Russo - da Rússia
Cesto – balaio Tacha - pequeno prego
Sexto – ordinal de seis Taxa - imposto, preço de um serviço público
Chá – bebida Tachar – atribuir defeito
Xá – título do ex-imperador do Irã Taxar – fixar taxa
Cheque – ordem de pagamento Viagem - substantivo: a viagem
Xeque – lance de jogo de xadrez, dirigente árabe Viajem - forma verbal: que eles viajem
Cinta - tira de pano
Sinta - subjuntivo presente e imperativo do verbo sentir HOMÔNIMAS PERFEITAS
Cocho - recipiente de madeira Homônimas perfeitas: são palavras que possuem mesma
Coxo – capenga, manco pronúncia e mesma grafia, porém apresentam sentidos
diferentes.
Concerto – sessão musical
Conserto – reparo Eu CEDO livros para a biblioteca.
Coser – costurar Levantou CEDO para estudar.
Cozer – cozinhar DIFERENÇA ENTRE PARÁFRASE E PARÓDIA
Espiar - observar, espionar
Expiar - sofrer castigo
PARÁFRASE
Empoçar - fazer poças
Na paráfrase as palavras são mudadas, porém a ideia do
Empossar - dar posse
texto original é confirmada pelo novo texto.
Espectador - o que observa um ato
É dizer com outras palavras o que já foi dito.
Expectador - que tem expectativa
Esperto - ativo, inteligente, vivo

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Texto Original O nome Palmares, escrito com letra minúscula, substitui a


palavra palmeiras, há um contexto histórico, social e racial
Minha terra tem palmeiras
neste texto, Palmares é o quilombo liderado por Zumbi, foi
Onde canta o sabiá, dizimado em 1695, há uma inversão do sentido do texto
primitivo que foi substituído pela crítica à escravidão
As aves que aqui gorjeiam
existente no Brasil.
Não gorjeiam como lá.
(Gonçalves Dias, “Canção do exílio”)
ESTILÍSTICA: FIGURAS DE LINGUAGEM
Figuras de linguagem são recursos usados na fala ou na
PARÁFRASE
escrita para tornar mais expressiva a mensagem
Meus olhos brasileiros se fecham saudosos transmitida.
Minha boca procura a ‘Canção do Exílio’. Compreender e saber usar as figuras de estilo capacita o
uso mais eficaz da linguagem como fenômeno social,
Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’?
ajudando a vislumbrar o simbolismo de algumas conversas
Eu tão esquecido de minha terra... e obras literárias, por exemplo.
Ai terra que tem palmeiras
Onde canta o sabiá! Figuras de Palavras
(Carlos Drummond de Andrade) Metáfora: estabelece uma relação de semelhança ao usar
um termo com significado diferente do habitual. Ex.: “A
menina é uma flor”.
COMENTÁRIO:
Comparação: parecida com a metáfora, a comparação é
O poeta Carlos Drummond de Andrade retoma o texto uma figura de linguagem usada para qualificar uma
primitivo conservando suas ideias, não há mudança do característica parecida entre dois ou mais elementos. No
sentido principal do texto que é a saudade da terra natal. entanto, no caso da comparação, existe uma palavra de
conexão (como, tal qual, assim). Ex: "O olhar dela é como a
lua, brilha maravilhosamente".
PARÓDIA
Metonímia: substituição lógica de uma palavra por outra
A paródia é uma forma de contestar ou ridicularizar outros semelhante. Ex.: “Beber um copo de vinho”.
textos; ruptura com as ideologias impostas.
Catacrese: emprego de uma palavra no sentido figurado por
Estimula-se uma reflexão crítica de verdades incontestadas não haver um termo próprio. Ex.: “A perna dos óculos”.
anteriormente, com esse processo há uma indagação sobre
os dogmas estabelecidos e uma busca pela verdade real, Sinestesia: mistura de diferentes impressões sensoriais. Ex.:
concebida através do raciocínio e da crítica. “O doce som da flauta”.
Onomatopeia: imitação de um som. Ex.: “trrrimmmmm”
(telefone).
TEXTO ORIGINAL
Perífrase: uso de uma palavra ou expressão para designar
Minha terra tem palmeiras algo ou alguém. Ex.: “Cidade Luz” (Paris).
Onde canta o sabiá,
As aves que aqui gorjeiam Figuras de Pensamento
Não gorjeiam como lá. Antítese: palavras de sentidos opostos. Ex.: bom/mau
(Gonçalves Dias, “Canção do exílio”).
Paradoxo: referente a duas ideias contraditórias em uma só
frase ou pensamento. Ex: "Ainda me lembro daquele
silêncio ensurdecedor”.
PARÓDIA
Eufemismo: intenção de suavizar um fato ou atitude. Ex.:
Minha terra tem palmares
“Foi para o céu” (morreu).
onde gorjeia o mar
Hipérbole: exagero intencional. Ex.: “Morto de sono”.
os passarinhos daqui
Ironia: afirmação contrária daquilo que se pensa. Ex.: “É um
não cantam como os de lá. santo!” (para alguém com mau comportamento).
(Oswald de Andrade)

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Prosopopeia ou Personificação: atribuição de predicativos Gradação: ideias sequenciais


próprios de seres animados a seres inanimados. Ex.: “O sol
Onomatopeia: palavras que surge de ruído.
está tímido”.
Hipérbato: inversão; ordem indireta da frase.
Metonímia: substituição de termo por outro com relação
Figuras de Construção (Sintaxe)
de sentido
Pleonasmo: repetição de um termo, redundância. Ex.:
Catacrese: ausência de termos específicos. "pé da mesa".
“Subir para cima”.
Sinestesia: mistura dos sentidos.
Aliteração: repetição de determinados sons consonantais
nos versos ou frases. Ex: “O rato roeu a roupa...”. Prosopopeia: personificação das coisas.
Assonância: repetição de determinados sons vocálicos. Ex: Paranomásia: trocadilho de sons
“Na messe, que enlourece, estremece a quermesse...”
Apóstrofe: vocativo.
(Eugênio de Castro)
Silepse: concordância com ideia.
Anacoluto: alteração da construção normal da frase. Ex.: “O
homem, não sei o que pretendia”. Anáfora: repetição - retorno.
Anáfora: repetição intencional de uma palavra ou Pleonasmo: repetição com redundância.
expressão para reforçar o sentido. Ex.: “Noite-montanha.
Noite vazia. Noite indecisa. Confusa noite. Noite à procura,
mesmo sem alvo”. (Carlos Drummond de Andrade).
Elipse: omissão de um termo que pode ser identificado TIPOS DE LINGUAGEM
facilmente. Ex.: “No trânsito, carros e mais carros”. (há).
É a capacidade que possuímos de expressar nossos
Zeugma: omissão de um termo já expresso anteriormente. pensamentos, ideias, opiniões e sentimentos. A Linguagem
Ex: “Ele gosta de Inglês; eu, (gosto) de Alemão”. está relacionada a fenômenos comunicativos; onde há
comunicação, há linguagem. Podemos usar inúmeros tipos
Polissíndeto: repetição da conjunção entre os termos da
de linguagens para estabelecermos atos de comunicação,
oração. Ex.: “Nem o céu, nem o mar, nem o brilho das
tais como: sinais, símbolos, sons, gestos e regras com sinais
estrelas”.
convencionais (linguagem escrita e linguagem mímica, por
Assíndeto: classifica a junção de diferentes orações sem o exemplo). Num sentido mais genérico, a Linguagem pode
uso de conectivos, por norma, são separadas por vírgulas ou ser classificada como qualquer sistema de sinais que se
outros sinais de pontuação. Ex: “Vim, vi, venci.” (Júlio César) valem os indivíduos para comunicar-se.
Silepse: concordância com a ideia que se quer passar, um
termo oculto, e não com o termo da frase. Ex: "a linda (ilha
Tipos de Linguagem
de) Fernando de Noronha".
A linguagem pode ser:
LISTINHA DE MEMORIZAÇÃO
Metáfora: comparação implícita Verbal: a Linguagem Verbal é aquela que faz uso das
palavras para comunicar algo.
Símile ou Comparação: comparação explícita
Antítese: oposição lógica
Paradoxo: oposição não lógica
Hipérbole: exagero.
Eufemismo: suavização.
Elipse: omissão de um termo subentendido.
As figuras acima nos comunicam sua mensagem através da
Zeugma: omissão de um termo já dito. linguagem verbal (usa palavras para transmitir a
Polissíndeto: Mesmo conectivo repetido informação).

Assíndeto: Nenhum conectivo. Não Verbal: é aquela que utiliza outros métodos de
comunicação, que não são as palavras. Dentre elas estão a
Aliteração: Repetição de consoantes. linguagem de sinais, as placas e sinais de trânsito, a
Assonância: Repetição de vogais. linguagem corporal, uma figura, a expressão facial, um
gesto, etc.
Ironia: sarcasmo.

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O que determinará o nível de linguagem empregado é o


meio social no qual o indivíduo se encontra. Portanto, para
cada ambiente sociocultural há uma medida de vocabulário,
um modo de se falar, uma entonação empregada, uma
maneira de se fazer as combinações das palavras, e assim
por diante.
A linguagem, por conseguinte, deve estar de acordo com o
contexto em que o emissor da mensagem e o destinatário
se encontram. Claro, porque você não conversa com o
Essas figuras fazem uso apenas de imagens para comunicar vizinho da mesma forma que conversa com o professor ou
o que representam. conversa com o representante de sala da mesma forma que
conversa com o diretor ou com este do mesmo jeito que
com os pais.
Elementos da Comunicação
Então, para cada situação linguística, há uma linguagem
Conheça os principais elementos da comunicação. adequada.
Com os elementos da comunicação, é possível usar como Os níveis de fala compreendem o modo como o falante se
forma de comunicação, informação, expressão e manifesta nas diversas situações vividas.
significados os diversos sistemas simbólicos das diferentes
linguagem. A forma de comunicação está dividida entre:
• Emissor – o que emite a mensagem. O nível culto ou formal obedece às regras da norma culta,
da gramática normativa. É frequente em ambientes que
• Receptor – o que recebe a mensagem. exigem tal posicionamento do falante: em discursos, em
sermões, apresentação de trabalhos científicos, em
• Mensagem – o conjunto de informações transmitidas.
reuniões, etc. Logicamente, a escrita também seguirá
• Código – a combinação de signos utilizados na padrões quando se trata de textos acadêmicos ou de teor
transmissão de uma mensagem. A comunicação só se científico.
concretizará, se o receptor souber decodificar a
mensagem.
O nível coloquial ou informal é a manifestação espontânea
• Canal de Comunicação – por onde a mensagem é
da língua. Independe de regras, apresenta gírias, restrição
transmitida: TV, rádio, jornal, revista, cordas vocais, ar…
de vocabulário, formas subtraídas das palavras. Está
• Contexto – a situação a que a mensagem se refere, presente nas conversas com amigos, familiares, pessoas
também chamado de referente. com quem temos intimidade. É muito comum se ver o
coloquialismo sendo utilizado em textos, principalmente da
• Ruído – qualquer perturbação na comunicação. internet, como no WhatsApp, blogs, etc.

ADEQUAÇÃO DA LINGUAGEM À SITUAÇÃO Pressuposto e subentendido


COMUNICATIVA
Pressupostos e subentendidos são informações implícitas
Os níveis de linguagem dizem respeito ao uso da fala e da num texto, não expressas formalmente, apenas sugeridas
escrita em uma determinada situação comunicativa. O por marcas linguísticas ou pelo contexto. Cabe ao leitor,
emissor e o receptor devem estar em concordância para numa leitura proficiente, ir além da informação que se
que haja entendimento. Assim sendo, cada ocasião exige encontra explícita, identificando e compreendendo as
uma linguagem diferente. informações implícitas, ou seja, lendo nas entrelinhas.
Temos uma norma que rege a língua escrita que é a Os pressupostos são de mais fácil identificação, estando
gramática. No entanto, a fala não se trata de uma sugeridos no texto. Os subentendidos são deduzidos pelo
convenção, mas do modo que cada um utiliza esse acordo. leitor, sendo de sua responsabilidade.
Portanto, a língua falada é mais desprendida de regras, e,
portanto, mais espontânea e expressiva. Por este motivo, Exemplos:
está suscetível a transformações, diariamente. Assim, a - Heloísa está cansada de ser professora.
mudança na escrita começa sempre a partir da língua falada Pressuposto: Heloísa é professora.
e, por este motivo, é tão importante quanto à língua escrita.
Contudo, não é toda alteração na fala que é reconhecida na Subentendido: Talvez porque o salário é baixo ou há muita
escrita, mas somente aquelas que têm significação indisciplina.
relevante à sociedade. - Infelizmente, meu marido continua trabalhando fora do
país
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Pressuposto: O marido está trabalhando fora do país e a Exemplos de subentendidos:


mulher não está satisfeita com essa situação.
- Quando sair de casa, não se esqueça de levar um casaco.
Subentendido: Talvez por ter melhor salário fora do país ou
por não encontrar trabalho no seu país.
Subentendido: Está frio lá fora.
Pressupostos
- Já tenho a garganta seca de tanto falar.
Os pressupostos são informações implícitas adicionais,
facilmente compreendidas devido a palavras ou expressões
Subentendidos: Quero beber um copo de água ou quero
presentes na frase que permitem ao leitor compreender
parar de falar neste momento.
essa informação implícita. O enunciado depende dessa
pressuposição para que faça sentido. Assim, o pressuposto - Você vai a pé para casa agora?
é verdadeiro e irrefutável.
Subentendidos: Eu posso lhe dar uma carona ou é perigoso
andar a pé na rua a estas horas.
Exemplos de pressupostos:
- Decidi deixar de comer carne.
5 – VARIAÇÃO LINGUÍSTICA: NORMA-
Pressuposto: A pessoa comia carne antes. PADRÃO.
- Finalmente acabei minha monografia.
Pressuposto: Demorou algum tempo para terminar a
monografia. A linguagem é a característica que nos difere dos demais
- Alunos que estudam de manhã costumam ter melhor seres, permitindo-nos a oportunidade de expressar
rendimento. sentimentos, revelar conhecimentos, expor nossa opinião
frente aos assuntos relacionados ao nosso cotidiano, e,
Pressuposto: Há alunos que não estudam de manhã. sobretudo, promovendo nossa inserção ao convívio social.
- Desde que ela mudou de casa, nunca mais a vi. E dentre os fatores que a ela se relacionam destacam-se
os níveis da fala, que são basicamente dois: o nível de
formalidade e o de informalidade.
Pressuposto: Costumava vê-la antes dela mudar de casa.
O padrão formal está diretamente ligado à linguagem
Marcas linguísticas que facilitam a identificação de escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um modo
pressupostos: geral. Razão pela qual nunca escrevemos da mesma
• Verbos que indicam fim, continuidade, mudança e maneira que falamos.
implicações: começar, continuar, parar, deixar, acabar, Quanto ao nível informal, por sua vez, representa-se a
conseguir,... linguagem do dia a dia, das conversas informais que temos
• Advérbios: felizmente, finalmente, ainda, já, depois, com amigos, familiares etc.
antes,...
• Pronome introdutório de orações subordinadas NORMA-PADRÃO E VARIAÇÃO LINGUÍSTICA: POR QUE
adjetivas: que ESTUDAR A LÍNGUA PADRÃO?
• Locuções que indicam circunstâncias: depois que, antes A linguagem culta ou padrão é aquela ensinada nas escolas
que, desde que, visto que,... e serve de veículo às ciências que se apresentam com
terminologia especial. É usada pelas pessoas instruídas das
diferentes classes sociais e caracteriza-se pela obediência às
Subentendidos normas gramaticais. Mais comumente usada na linguagem
Os subentendidos são insinuações, informações escondidas, escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. É mais
dependentes da interpretação do leitor. Não possuem artificial, mais estável, menos sujeita a variações. Está
marca linguística, sendo deduzidos através do contexto presente nas aulas, conferências, sermões, discursos
comunicacional e do conhecimento que os destinatários políticos, comunicações científicas, noticiários de TV,
têm do mundo. Podem ser ou não verdadeiros e podem ser programas culturais etc.
facilmente negados, visto serem unicamente da Para você entender melhor aonde queremos chegar,
responsabilidade de quem interpreta a frase. imagine que você foi selecionado para uma entrevista de
emprego. Qual roupa você usaria? Qual postura você teria?
Como seria a sua linguagem para responder às perguntas?
Provavelmente você usaria uma roupa mais adequada à

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situação, como calça comprida e camisa, teria uma postura Variações históricas:
mais firme e decidida para transmitir seriedade e
Dado o dinamismo que a língua apresenta, observam-se
compromisso e sua linguagem seguiria a norma padrão e
transformações ao longo do tempo. Um exemplo bastante
seria mais monitorada, isto é, você cuidaria da sua
representativo é a questão da ortografia, se levarmos em
linguagem para evitar gírias e vícios. Este é o primeiro
consideração a palavra farmácia, uma vez que era grafada
exemplo de por que precisamos saber a norma padrão.
com “ph”, contrapondo-se à linguagem dos internautas, a
qual fundamenta-se pela supressão dos vocábulos.
Analisemos, pois, o fragmento exposto:
Antigamente
“Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e
eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos:
completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas,
mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes,
arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do
balaio."
Carlos Drummond de Andrade
Comparando-o à modernidade, percebemos um
Assim, da mesma forma que você adapta sua linguagem
vocabulário antiquado.
para uma entrevista de emprego, você a adapta para falar
com seus amigos, pessoas que você não conhece, com sua Variações regionais:
família, com uma criança e assim por diante. Com isso, é
São os chamados dialetos, que são as marcas
importante notar que nenhuma dessas linguagens está
determinantes referentes a diferentes regiões. Como
errada, na verdade elas estão corretas em cada contexto
exemplo, citamos a palavra mandioca que, em certos
em que ocorrem.
lugares, recebe outras nomenclaturas, tais
Agora você já deve ter compreendido melhor por que é como: macaxeira e aipim. Figurando também nesta
preciso ensinar a norma-padrão nas escolas. Justamente modalidade estão os sotaques, ligados às características
para o cidadão saber se comportar linguisticamente em orais da linguagem.
cada situação, com cada pessoa, seja on-line ou
pessoalmente, por escrito ou mensagem de voz.
Variações sociais ou culturais:
Ainda não está convencido? Quer outro exemplo?
Estão diretamente ligadas aos grupos sociais de uma
Imagine que você more no sul do Brasil e viaja para o
maneira geral e também ao grau de instrução de uma
Nordeste. Você acha que todos irão entender todas as suas
determinada pessoa. Como exemplo, citamos as gírias, os
gírias e regionalismos? Claro que não! Por isso você precisa
jargões e o linguajar caipira.
saber a norma-padrão, uma vez que a falta de
entendimento entre os falantes gera uma falha na As gírias pertencem ao vocabulário específico de certos
comunicação. grupos, como os surfistas, cantores de rap, tatuadores,
entre outros.
Outro exemplo da importância de se saber a norma padrão
é para entender a linguagem usada nos meios de Os jargões estão relacionados ao profissionalismo,
comunicação de massa: internet, revistas e jornais caracterizando um linguajar técnico. Representando a
impressos. Devido ao alcance desses meios, quem os faz classe, podemos citar os médicos, advogados, profissionais
precisa utilizar uma linguagem abrangente que seja da área de informática, entre outros.
entendida de norte a sul e de leste a oeste do país.
Vejamos um poema e o trecho de uma música para
Por fim, não se esqueça de que não costumamos ir à praia entendermos melhor sobre o assunto:
de terno e trabalhar de roupa de banho. Assim acontece
com a língua, cada situação comunicativa diferente exige VÍCIO NA FALA
uma linguagem diferente e cada lugar diferente, uma roupa Para dizerem milho dizem mio
diferente. Para melhor dizem mió
Compondo o quadro do padrão informal da linguagem, Para pior pió
estão as chamadas variedades linguísticas, as quais Para telha dizem teia
representam as variações de acordo com as condições Para telhado dizem teiado
sociais, culturais, regionais e históricas em que é E vão fazendo telhados.
utilizada. Dentre elas destacam-se: Oswald de Andrade

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CHOPIS CENTIS – A fabricação de produtos sustentáveis está na moda.


Eu “di” um beijo nela 2. -da: sair > saída; chamar > chamada; chegar > chegada...
E chamei pra passear.
– Quando meu filho chegou, fiquei emocionada.
A gente fomos no shopping
Pra “mode” a gente lanchar. – A chegada do meu filho me emocionou.
Comi uns bicho estranho, com um tal de gergelim.
3. -mento: conhecer > conhecimento; lançar > lançamento;
Até que “tava” gostoso, mas eu prefiro aipim.
surgir > surgimento...
Quanta gente,
Quanta alegria, – Lançaram novas obas na Bienal que me deixaram
A minha felicidade é um crediário nas interessado.
Casas Bahia.
– O lançamento de novas obras na Bienal me deixou
Esse tal Chopis Centis é muito legalzinho.
interessado.
Pra levar a namorada e dar uns “rolezinho”,
Quando eu estou no trabalho, Os demais sufixos seguem o mesmo modelo:
Não vejo a hora de descer dos andaime.
-nça/-ncia: mudar > mudança; tolerar > tolerância;
Pra pegar um cinema, ver Schwarzneger
concordar > concordância...
E também o Van Damme.
-aria: pescar > pescaria; piratear > pirataria...
(Dinho e Júlio Rasec, encarte CD Mamonas
Assassinas, 1995.) -agem: abordar > abordagem; filmar > filmagem; reciclar >
reciclagem...
-dor: pescar > pescador; acusar > acusador; dever >
REESCRITURA DE FRASES: SUBSTITUIÇÃO, devedor...
DESLOCAMENTO, PARALELISMO;
-nte: participar > participante; fabricar > fabricante...
Substituição de Substantivos por Pronomes
-(t)ura: ler > leitura; candidatar > candidatura...
Todos os pronomes (pessoais, possessivos, indefinidos,
interrogativos, demonstrativos e relativos) podem -eza: Estar certo de > A certeza de...
substituir substantivos. -dade: Ser difícil de > A dificuldade de...
Exemplos: Por derivação regressiva
– Murilo é estudioso, por isso ele consegue boas notas.
Observe três exemplos em que ocorre nominalização:
– O trabalho é ação essencial, por isso eu o levo muito a
sério. – Quem canta os males espanta.
– O canto espanta os males.
– A aluna quer muito a vaga. Sua determinação é invejável.
– João e Pedro passaram, mas nenhum ficou satisfeito. – Ele causou o estardalhaço porque se revoltou com a
postura dos políticos.
– Ela e ele se classificaram, mas quem ficou realmente feliz?
– A causa do estardalhaço foi sua revolta com a postura dos
– Só isto me interessa: a aprovação. políticos.
– O professor de que mais gosto é o Sérgio Rosa. – Depois de abraçar a namorada, ficou mais satisfeito.
Nominalização – O abraço na namorada tornou-o mais satisfeito.
Nominalizar é, normalmente, transformar uma estrutura
verbal em uma estrutura nominal, ou seja, substituir um No caso dos adjetivos, a nominalização se dá pela
verbo por um substantivo de mesmo radical (às vezes, por transformação de orações subordinadas adjetivas em
um adjetivo), a fim de evitar o exagero no uso de verbos. meros adjetivos. Veja alguns exemplos:
Isso se dá por meio de derivação sufixal ou de derivação
– O aluno que é inteligente passou na prova.
regressiva, normalmente.
Por derivação sufixal – O aluno inteligente passou na prova.
– Comprei para a minha frota dois carros que estavam
1. -ção/-são: adaptar > adaptação; fabricar > fabricação;
novíssimos.
ceder > cessão...
– Comprei para a minha frota dois carros muito novos.
– Adaptar meus desejos ao contexto social foi difícil.
– A adaptação de meus desejos ao contexto social foi difícil.
– Fabricar produtos sustentáveis está na moda.

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Transformação de Oração Reduzida em Desenvolvida e – João não é homem que mente para os filhos. (adjetiva)
Vice-versa
– Apesar de estar indeciso, conserva as mesmas funções de
Reduzidas de gerúndio para desenvolvidas trabalho. (concessiva)
– Pagou a conta, ficando livre dos juros. (coordenada – Ainda que esteja indeciso, conserva as mesmas funções de
aditiva) trabalho. (concessiva)
– Pagou a conta E ficou livre dos juros. (coordenada aditiva) – Sem firmar propósitos, não atingirá sucesso. (condicional)
– Vimos um pai dando boas lições aos filhos. (adjetiva) – Sem que se firmem propósitos, não atingirá sucesso.
(condicional)
– Vimos um mendigo que pai dando boas lições aos filhos
(adjetiva) – Ela passou mal de tanto correr. (causal)
– Não tendo tempo, fez quase todas as tarefas. (concessiva) – Ela passou mal porque correu muito. (causal)
– Embora não tivesse tempo, fez quase todas as tarefas. – Aquela situação o traumatizou tanto a ponto de ele sofrer
(concessiva) muito. (consecutiva)
– Agindo desse modo, as pessoas confiarão em você. – Aquela situação o traumatizou tanto que ele sofreu muito.
(condicional) (consecutiva)
– Se você agir desse modo, as pessoas confiarão em você. – Ela estuda tanto para conquistar seus ideais. (final)
(condicional)
– Ela estuda tanto para que conquiste seus ideais. (final)
– Temendo a indisposição dos colegas, não levou adiante a
– Pense muito antes de ser agressivo com os outros.
história. (causal)
(temporal)
– Uma vez que temia a indisposição dos colegas, não levou
– Pense muito antes que você seja agressivo com os outros.
adiante a história. (causal)
(temporal)
– Saindo do local da festa, encontrei meus amigos.
(temporal)
Obs.: É situação costumeira que as adverbiais reduzidas
– Quando saí do local da festa, encontrei meus amigos. iniciadas pelas preposições ao, para, por, sem sejam,
(temporal) respectivamente, de tempo, finalidade, causa e
concessão/condição:
Reduzidas de infinitivo para desenvolvidas – Ao fazer as tarefas, seja sempre muito decidido. (=
Quando fizer as tarefas, seja sempre muito decidido.)
– É preciso estudar bastante. (subjetiva)
– Para compor bons poemas, é necessário muito talento. (=
– É preciso que se estude bastante. (subjetiva)
Para que se componham bons poemas, é necessário muito
– Deixe o povo falar. (objetiva direta) talento.)
– Deixe que o povo fale. (objetiva direta) – Foi elogiado por conquistar boas notas. (= Foi elogiado
porque conquistou boas notas.)
– Os vizinhos o acusaram de fazer denúncias caluniosas.
(objetiva indireta) – Sem estudar tanto, passou. (= Sem que tenha estudado
tanto, passou.)
– Os vizinhos o acusavam de que fazia coisas erradas
denúncias caluniosas. (objetiva indireta) – Sem estudar tanto, não passará. (= Sem que estude
tanto, não passará.)
– A melhor política é conservarmos a empatia. (predicativa)
– A melhor política é que conservemos a empatia.
(predicativa) Reduzidas de particípio para desenvolvidas
– Tenho medo de sentirmos solidão. (completiva nominal) – Estavam aqui uns livros, deixados por mim. (adjetiva
explicativa)
– Tenho medo de que sintamos solidão. (completiva
nominal) – Estavam aqui uns livros, que foram deixados por mim.
– De Deus só quero isto: conquistar o cargo público. – A história contada pela vizinha era embaraçosa. (adjetiva
(apositiva) restritiva)
– De Deus só quero isto: que eu conquiste o cargo público. – A história que foi contada pela vizinha era embaraçosa.
(apositiva)
– Humilhado pelos amigos, conservou a serenidade.
– João não é homem de mentir para os filhos. (adjetiva) (adverbial concessiva)

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– Embora ele tenha sido humilhado pelos amigos, – João é um funcionário alto.
conservou a serenidade. – Qualquer mulher merece respeito.
– Maria é uma mulher qualquer.
– Confirmadas as solicitações, não ocorrerão
– Pedro já fez a prova.
impedimentos. (adverbial condicional)
– Pedro fez a prova já.
– Desde que se confirmem as solicitações, não ocorrerão – Até aquela aluna o elogiou.
impedimentos – Aquela aluna o elogiou até.
– Preocupado com o filho, esqueceu o compromisso com o Percebeu que houve flagrante mudança de sentido nestas
chefe. (adverbial causal) duplas? Portanto, a inversão dos termos na frase pode ou
– Como se preocupara com o filho, esqueceu o não alterar o sentido dela.
compromisso com o chefe.
EQUIVALÊNCIA ENTRE LOCUÇÕES E PALAVRAS E ENTRE
– Terminada a reunião, todos foram à festinha de CONECTIVOS
confraternização. (adverbial temporal)
O que são locuções? São grupos de vocábulos com valor de
– Logo que terminou a reunião, todos foram à festinha de
uma palavra, normalmente.
confraternização
Existem locuções substantivas, adjetivas, pronominais,
SITUAÇÕES DE DESLOCAMENTO verbais, adverbiais, prepositivas, conjuntivas e interjetivas.
Segundo pesquisa feita pelo professor Fernando Pestana, Nas questões de reescrituras de frases em provas de
observe que concurso público, é comum haver substituição de locuções
Mudança de Posição dos Vocábulos adjetivas, verbais, adverbiais, prepositivas e conjuntivas
por, respectivamente, adjetivos, verbos, advérbios,
A mudança de posição de certos vocábulos ou termos da preposições e conjunções, semanticamente
oração pode mudar o sentido da frase, ora não. correspondentes.
A vantagem de ter péssima memória é divertir-se muitas Veja algumas substituições:
vezes com as mesmas coisas boas como se fosse a primeira
vez. (Friedrich Nietzsche) Locuções Adjetivas
... pode ser invertida de diversas formas, sem alteração de Grupos de vocábulos iniciados por preposição
sentido. caracterizando um substantivo, normalmente. Têm valor de
um adjetivo.
Veja algumas:
– A jogada de mestre serviu para exemplificar sua habilidade.
Divertir-se muitas vezes com as mesmas coisas boas, como
se fosse a primeira vez, é a vantagem de ter péssima – A jogada magistral serviu para exemplificar sua habilidade.
memória. – A população das cidades vem aumentando exponencialmente.
A vantagem de ter péssima memória é divertir-se com as – A população urbana vem aumentando exponencialmente.
mesmas coisas boas, como se fosse a primeira vez, muitas
Locuções Adverbiais
vezes.
Grupos de vocábulos normalmente iniciados por uma
Divertir-se com as mesmas coisas boas, muitas vezes, como
preposição. Têm valor de advérbio.
se fosse a primeira vez, é a vantagem de ter péssima
memória. – De repente o tempo ficou nublado.
É a vantagem de ter péssima memória divertir-se muitas – Repentinamente o tempo ficou nublado.
vezes com as mesmas coisas boas como se fosse a primeira
– Ela faz provas de seis em seis meses.
vez.
– Ela faz provas semestralmente.
A vantagem de ter memória péssima é divertir-se, como se
fosse a primeira vez, com asmesmas boas coisas muitas POSSIBILIDADES DE PARALELISMO
vezes.
Quando dois ou mais elementos estão coordenados e o
Em outras palavras, a inversão de termos dentro de uma
primeiro está introduzido por preposição, há apenas quatro
frase pode não alterar seu sentido.
possibilidades corretas de construção:
No entanto, não é sempre assim que ocorre, pois, às vezes,
– Todo brasileiro tem direito a saúde, educação e
alguns vocábulos (adjetivos, pronomes, advérbios,
segurança. (preposição)
palavras denotativas etc.), quando deslocados, a alteração
de sentido fica visível. Veja que o deslocamento, ou seja, a – Todo brasileiro tem direito a saúde, a educação e a
inversão dos termos pode gerar alteração de sentido: segurança. (preposição)
– João é um alto funcionário.

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– Todo brasileiro tem direito à saúde, educação e


segurança. (preposição + artigo) Tal lição serve para qualquer outra preposição.
– Todo brasileiro tem direito à saúde, à educação e à
segurança. (preposição + artigo)

6 – MECANISMOS DE COESÃO TEXTUAL


DOMÍNIO DOS ELEMENTOS DE COESÃO

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DEFINIÇÃO DE COESÃO TEXTUAL


Coesão é a conexão, ligação, harmonia entre os elementos de um texto. Percebemos tal definição quando lemos um texto e
verificamos que as palavras, as frases e os parágrafos estão entrelaçados, um dando continuidade ao outro.
Os elementos de coesão determinam a transição de ideias entre as frases e os parágrafos.
Observe a coesão presente no texto a seguir:
“Os sem-terra fizeram um protesto em Brasília contra a política agrária do país, porque consideram injusta a atual
distribuição de terras. No entanto, o ministro da Agricultura considerou a manifestação um ato de rebeldia, uma vez que o
projeto de Reforma Agrária pretende assentar milhares de sem-terra”
As palavras destacadas têm o papel de ligar as partes do texto, podemos dizer que elas são responsáveis pela coesão do
texto.

▪ COESÃO POR REFERENCIAÇÃO: existem palavras que têm a função de fazer referência, são elas:
- pronomes pessoais: eu, tu, ele, me, te, os...
- pronomes possessivos: meu, teu, seu, nosso...
- pronomes demonstrativos: este, esse, aquele...
- pronomes indefinidos: algum, nenhum, todo...
- pronomes relativos: que, o qual, onde...
- advérbios de lugar: aqui, aí, lá...

Ex.: Marcela obteve uma ótima colocação no concurso. Talresultado demonstra que ela se esforçou bastante para alcançar o
objetivo que tanto almejava.

▪ COESÃO POR SUBSTITUIÇÃO: substituição de um nome (pessoa, objeto, lugar), verbos, períodos ou trechos do texto por
uma palavra ou expressão que tenha sentido próximo, evitando a repetição no corpo do texto.
Ex.:
Porto Alegre pode ser substituída por “a capital gaúcha”;
Castro Alves pode ser substituído por “O Poeta dos Escravos”;
Papa Francisco: Sua Santidade;
Vênus: A deusa da Beleza.
Ex.: Castro Alves é autor de uma vastíssima obra literária. Não é por acaso que o Poeta dos Escravos é considerado o mais
importante da geração a qual representou.

◼ COESÃO POR REPETIÇÃO


Temos a seguir, dois exemplos de adequação:

1. A poesia de Fernando Pessoa que extrai elementos da repetição intencional:


Eros e Psique
Conta a lenda que dormia
Uma Princesa encantada
A quem só despertaria
Um Infante, que viria
De além do muro da estrada.
Ele tinha que, tentado,
Vencer o mal e o bem,

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Antes que, já libertado,


Deixasse o caminho errado
Por o que à Princesa vem.

A Princesa Adormecida,
Se espera, dormindo espera,
Sonha em morte a sua vida,
E orna-lhe a fronte esquecida,
Verde, uma grinalda de hera.

Longe o Infante, esforçado,


Sem saber que intuito tem,
Rompe o caminho fadado,
Ele dela é ignorado,
Ela para ele é ninguém.

Mas cada um cumpre o Destino


Ela dormindo encantada,
Ele buscando-a sem tino
Pelo processo divino
Que faz existir a estrada.

E, se bem que seja obscuro


Tudo pela estrada fora,
E falso, ele vem seguro,
E vencendo estrada e muro,
Chega onde em sono ela mora,

E, inda tonto do que houvera,


À cabeça, em maresia,
Ergue a mão, e encontra hera,
E vê que ele mesmo era

Há vários recursos que respondem pela coesão do texto, os principais são:


Palavras de transição: são palavras responsáveis pela coesão do texto, estabelecem a inter-relação entre os enunciados
(orações, frases, parágrafos), são preposições, conjunções, pronomes, alguns advérbios e locuções adverbiais.
Veja algumas palavras e expressões de transição e seus respectivos sentidos:

COMEÇO, INTRODUÇÃO
Inicialmente,
Primeiramente,
antes de tudo,
desde já,

CONTINUAÇÃO
além disso
do mesmo modo
ainda por cima
bem como
outrossim
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CONCLUSÃO
Enfim,
Dessa forma,
Em suma,
Nesse sentido,
Portanto,
Afinal,

CIRCUNSTÂNCIA TEMPORAL
logo após
ocasionalmente
posteriormente
atualmente
enquanto isso
imediatamente
não raro
concomitantemente

SEMELHANÇA, CONFORMIDADE
igualmente
segundo
conforme
assim também
de acordo com

EXEMPLIFICAÇÃO, ESCLARECIMENTO
então
por exemplo
isto é
a saber
em outras palavras
ou seja
quer dizer
rigorosamente falando
Ex.: A prática de atividade física é essencial ao nosso cotidiano. Assim sendo, quem a pratica possui uma melhor qualidade de
vida.
Assim, a coesão confere textualidade aos enunciados agrupados em conjuntos.
Sendo assim, ainda vejamos:
Embora, ainda que, mesmo que

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Tais conectivos estabelecem relação de concessão e contradição, admitindo argumentos contrários, contudo, com
autonomia para vencê-los. Observe o exemplo:
Ex: Embora não simpatizasse com algumas pessoas ali presentes, compareceu à festa.
Isto é, ou seja, quer dizer, em outras palavras
Revelam retificações, esclarecimentos ao que já foi exposto anteriormente. Como podemos constatar em:
Ex: Faça as devidas retificações, isto é, corrija as eventuais inadequações, de modo a tornar o texto mais claro.

Ainda, afinal, por fim


Incluem mais um elemento no conjunto de ideias retratadas, como também revelam mais um argumento a título de
conclusão do assunto abordado. Note:
Ex: Não poderia permanecer calado, afinal, tratava-se de sua permanência na diretoria, e ainda assim pensou muito.

Aliás, ou melhor, além de tudo, além do mais, além disso


Conferem mais credibilidade, um argumento decisivo para derrubar argumentos contrários, reforçando-os juntamente à
ideia final. Constate:
Ex: O garoto é um excelente aluno, aliás, destaca-se entre os demais. Além do mais é muito educado e gentil.
Os salários estão cada vez mais baixos, porque não há interesse dos nossos representantes estabelecerem um padrão de
acordo com a qualidade de vida do brasileiro.

Além de tudo são considerados como renda e estabelecidos como impostos.


Assim, logo, portanto, pois, desse modo, dessa forma
Exemplifica o que já foi expresso, com vistas a complementar ainda mais a argumentação. Como expresso por meio do
exemplo a seguir:
Ex: Não obteve êxito na sua apresentação. Dessa forma, o trabalho precisou ser refeito.

Até mesmo, ao menos, pelo menos, no mínimo


Estabelecem uma noção gradativa entre os elementos dodiscurso. É o que podemos constatar em:
Ex: Esperávamos, no mínimo, que ela pedisse desculpas.

Até mesmo porque a amizade dela é muito importante para nós.


Mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto, não obstante
Estabelecem oposição entre dois enunciados, ligando apenas elementos que se opõem entre si. Perfeitamente constatável
em:
Ex: Esforçou-se bastante, contudo não obteve sucesso no exame avaliativo.

E, nem, como também, mas também


Estabelecem uma relação de soma aos termos do discurso, progressão semântica que adiciona, desenvolvendo ainda mais a
argumentação ora proferida. A título de constatação, analisemos:
Ex: Não proferiu uma só palavra durante a reunião, mas também não questionou acerca das decisões firmadas.
A prova de Redação serve para medir a capacidade cognitiva do candidato e a maturidade dele em relação ao mundo onde
vive.
O e introduz um segmento que acrescenta uma informação nova, por isso seu uso é apropriado.

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Funções da Linguagem
O linguista russo chamado Roman Jakobson caracterizou seis funções de linguagem, ligadas ao ato da comunicação:

Função metalinguística:
Quando a linguagem fala dela mesma, se destina à explicação das próprias palavras (códigos).

Função referencial:
Quando a intenção do emissor é falar objetivamente sobre o contexto real. É a linguagem de caráter informativo. Ex.:
Textos de jornal, revistas, livros didáticos, científicos.

Dólar mais alto deixa o brasileiro mais pobre; veja quem ganha e quem perde
Sophia Camargo
Colaboração para o UOL, em São Paulo. 23/09/201506h00

O dólar ultrapassou pela primeira vez a marca de R$ 4. Muitas pessoas acham que isso não as afeta, pois não ganham em
dólar nem pretendem viajar para o exterior em breve. A verdade, porém, é que o dólar mais alto deixou o brasileiro mais
pobre.
"O impacto da alta do dólar na vida das pessoas vai chegar a todos, inclusive à dona de casa", diz Edgar de Sá, economista-
chefe da FN Capital.

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Um dólar tão valorizado retrata uma economia que está em desequilíbrio, segundo o professor da Escola de Economia de São
Paulo da FGV Clemens Nunes.
Segundo ele, o Brasil está em situação de desequilíbrio fiscal, o que mostra que o governo gasta mais do que ganha, e os
investidores não enxergam uma solução sustentável para esse problema num futuro próximo.
"Não há perspectiva de melhora. A consequência disso é que o real se desvaloriza e ficamos mais pobres. Perdemos poder de
compra em relação ao resto do mundo."

Função poética
Quando a linguagem revela um cuidado especial com o ritmo das frases, com a sonoridade das palavras, com o jogo
de ideias.

Função conativa (apelo):


Quando o emissor organiza a mensagem com o objetivo de influenciar o receptor.
É muito usada em mensagens publicitárias.
Ex.: Não deixe para última hora! Programe suas férias.

(www.jornale.com.br / Acesso em 01/12/2010)

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Função Expressiva ou Emotiva


Quando a linguagem está centrada no próprio emissor, revelando seus sentimentos, suas emoções.
Sonho. Não sei quem sou
Sonho. Não sei quem sou neste momento.
Durmo sentindo-me. Na hora calma
Meu pensamento esquece o pensamento,
Minha alma não tem alma.
Se existo é um erro eu o saber. Se acordo
Parece que erro. Sinto que não sei.
Nada quero nem tenho nem recordo.
Não tenho ser nem lei.
Lapso da consciência entre ilusões,
Fantasmas me limitam e me contêm.
Dorme insciente de alheios corações,
Coração de ninguém.

Função fática:
Quando a linguagem é usada para confirmar se de fato o emissor está sendo ouvido. É um canal de comunicação.
Ex.: Você está me entendendo? Certo? Não é verdade?

.
SAIBA MAIS
QUADRO SINTÉTICO DAS FUNÇÕES DA LINGUAGEM
No processo da comunicação, todos os elementos estão, de certa forma, presentes. O que há é uma predominância de um
sobre os demais; por conta disso, um deles determina a função da linguagem.
O PREDOMÍNIO DO(A) IMPLICA FUNÇÃO DA LINGUAGEM
Emissor O predomínio da Emotiva (Expressiva)
Receptor O predomínio da Conativa (Apelo)
Canal O predomínio da Fática
Código O predomínio da Metalinguística
Referente O predomínio da Referencial
Mensagem O predomínio da Poética
Campo Lexical e Campo Semântico
Primeiramente, diferencia-se o que é léxico e semântica para facilitar o entendimento de campo lexical e campo semântico.
Vejamos:
Léxico: é o conjunto de palavras usadas em uma língua ou em um texto. Quanto à língua, não existe um falante que domine
por completo seu léxico, pois o idioma é vivo e vocábulos vão desaparecendo, enquanto novos surgem. Quanto ao texto, o
léxico corresponde às palavras utilizadas na escrita do mesmo.
Semântica: é o estudo das significações das palavras, ou seja, do significado de cada vocábulo existente na língua.

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Dessa forma, campo lexical é formado pelas palavras que derivam de um mesmo radical. Assim, o campo lexical ou a família
da palavra “pedra”, seria: pedregulho, pedraria, pedreira, pedrinha, dentre outros.
É um conceito que trata de um conjunto de palavras que mantêm uma familiaridade de sentido por terem o mesmo radical
(também chamado de família de palavras ou vocábulos cognatos): mar, marinho, marinheiro, marítimo, maresia, amarar,
amerissar, amaragem, amerissagem...
Campo semântico
É um conceito que trata de um conjunto de palavras que mantêm uma familiaridade de sentido por pertencerem à mesma
área. Nosso conhecimento de mundo nos norteia quanto à escolha de palavras que se correlacionam.
Na informática, por exemplo, as seguintes palavras pertencem ao mesmo campo semântico: computador, monitor,
impressora, teclado e tecnologia.
Já na área do futebol, podemos dizer que as palavras árbitro, bola, gol, equipe, estádio, torcida, cartão, craque, pertencem ao
mesmo campo. Como já disse, muitos estudiosos entendem que tais grupos de palavras ou expressões pertencem ao mesmo
campo semântico.
Campo semântico em torno do conceito de morte: falecer, bater as botas, ir desta para melhor, apagar-se.
Portanto, é o conjunto dos significados, dos conceitos, que uma palavra possui. Um mesmo termo tem ou pode ter vários
sentidos, os quais são escolhidos de acordo com o contexto abordado. Assim, são exemplos de campos semânticos:
a) levar: transportar, carregar, retirar, guiar, transmitir, passar, receber.
b) natureza: seres que constituem o universo, temperamento, espécie, qualidade.
c) nota: anotação, breve comunicação escrita, comunicação escrita e oficial do governo, cédula, som musical, atenção.
d) breve: de pouca duração, ligeiro, resumido.

7 – MORFOLOGIA: PROCESSOS DE FORMAÇÃO DAS PALAVRAS

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Existem dois processos básicos pelos quais se formam as palavras: a derivação e a composição. A diferença entre ambos
consiste basicamente em que, no processo de derivação, parte-se sempre de um único radical, enquanto no processo de
composição sempre haverá mais de um radical.
Derivação
Derivação é o processo pelo qual se obtém uma palavra nova, chamada derivada, a partir de outra já existente,
chamada primitiva. Observe o quadro abaixo:

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Primitiva Derivada

mar marítimo, marinheiro, marujo

terra enterrar, terreiro, aterrar

Observamos que "mar" e "terra" não se formam de nenhuma outra palavra, mas, ao contrário, possibilitam a formação de
outras, por meio do acréscimo de um sufixo ou prefixo. Logo, mar e terra são palavras primitivas, e as demais, derivadas.

Tipos de Derivação
Derivação Prefixal ou Prefixação
Resulta do acréscimo de prefixo à palavra primitiva, que tem o seu significado alterado. Veja os exemplos:
crer- descrer
ler- reler
capaz- incapaz

Derivação Sufixal ou Sufixação


Resulta de acréscimo de sufixo à palavra primitiva, que pode sofrer alteração de significado ou mudança de classe
gramatical.
Por Exemplo:
alfabetização

No exemplo acima, o sufixo -ção transforma em substantivo o verbo alfabetizar. Este, por sua vez, já é derivado do
substantivo alfabeto pelo acréscimo do sufixo -izar.
A derivação sufixal pode ser:
a) Nominal, formando substantivos e adjetivos.
Por Exemplo:
papel - papelaria
riso - risonho

b) Verbal, formando verbos.


Por Exemplo:
atual - atualizar

c) Adverbial, formando advérbios de modo.


Por Exemplo:
feliz - felizmente
Derivação Parassintética ou Parassíntese
Ocorre quando a palavra derivada resulta do acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo à palavra primitiva. Por meio da
parassíntese formam-se nomes (substantivos e adjetivos) e verbos.
Considere o adjetivo " triste". Do radical "trist-" formamos o verbo entristecer através da junção simultânea do prefixo "en-"
e do sufixo "-ecer". A presença de apenas um desses afixos não é suficiente para formar uma nova palavra, pois em nossa
língua não existem as palavras "entriste", nem "tristecer".

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Exemplos:

Palavra Inicial Prefixo Radical Sufixo Palavra Formada

mudo e mud ec-e-r emudecer

alma des alm ad-o desalmado

Atenção! ENALTECER (derivada de ALTO)


Não devemos confundir derivação parassintética, em que o AMANHECER (derivada de MANHÃ)
acréscimo de sufixo e de prefixo é obrigatoriamente ABENÇOAR – (derivado de BÊNÇÃO)
simultâneo, com casos como os das palavras desvalorização
e desigualdade. Nessas palavras, os afixos são acoplados AMANHECER – (derivado de MANHÃ)
em sequência: desvalorização provém de desvalorizar, que AMALDIÇOAR – (derivado de MALDIÇÃO)
provém de valorizar, que por sua vez provém de valor.
Nesse casos a derivação recebe o nome de prefixal e ENRIJECER – (derivado de RIJO)
sufixal. ENLOUQUECER – (derivado de LOUCO)
É impossível fazer o mesmo com palavras formadas por ENTRISTECER – (derivado de TRISTE)
parassíntese: não se pode dizer que expropriar provém de
"propriar" ou de "expróprio", pois tais palavras não
existem. Logo, expropriar provém diretamente de próprio, Derivação Regressiva
pelo acréscimo concomitante de prefixo e sufixo.
Ocorre derivação regressiva quando uma palavra é formada
não por acréscimo, mas por redução.
EXEMPLOS DE DERIVAÇÃO PREFIXAL E SUFIXAL: Exemplos:
DESLEALDADE = lealdade, desleal ou leal
comprar (verbo) beijar (verbo)
INQUIETUDE = inquieto, quietude ou quieto
compra (substantivo) beijo (substantivo)
INFELICIDADE = infeliz, felicidade ou feliz
ULTRAPASSAGEM= ultrapassar, passagem, passar
DESIGUALDADE = desigual, igual Saiba que:

DESVALORIZAÇÃO = desvalorizar, valorizar, valor. Para descobrirmos se um substantivo deriva de um verbo


ou se ocorre o contrário, podemos seguir a seguinte
orientação:
DERIVAÇÃO PARASSINTÉTICA OU PARASSÍNTESE - Se o substantivo denota ação, será palavra derivada, e
ANOITECER (derivado de NOITE ) o verbo palavra primitiva.

AMOTINAR (derivado de MOTIM) - Se o nome denota algum objeto ou substância, verifica-se


o contrário.
ENRAIVECER (derivado de RAIVA)
Vamos observar os exemplos acima:compra e beijo indicam
ENGORDAR (derivado de GORDO) ações, logo, são palavras derivadas. O mesmo não ocorre,
DESALMADO ( derivado de ALMA) porém, com a palavra âncora, que é um objeto. Neste caso,
um substantivo primitivo que dá origem ao verbo ancorar.
APODRECER (derivado de PODRE)
Por derivação regressiva, formam-se basicamente
ENDURECER (derivado de DURO) substantivos a partir de verbos. Por isso, recebem o nome
EMUDECER ( derivada de MUDO) de substantivos deverbais.

EMPOBRECER (derivada de POBRE)


ENCAIXOTAR (derivada de CAIXOTE) EXEMPLOS DE DERIVAÇÃO REGRESSIVA
ENCRUZILHADA (derivada de CRUZ) agito (de agitar) amasso (de amassar)
DESCASCAR (derivada de CASCA) ataque (de atacar) abalo (de abalar)
ajuda (de ajudar) alcance (de alcançar)
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apelo (de apelar) choro (de chorar) Obs.: em "girassol" houve uma alteração na grafia
(acréscimo de um "s") justamente para manter inalterada
corte (de cortar) debate (de debater)
a sonoridade da palavra.
erro (de errar) grito (de gritar)
pesca (de pescar) perda (de perder)
Composição por Aglutinação
preparo (de preparar) recuo (de recuar)
Ao unirmos dois ou mais vocábulos ou radicais, ocorre
supressão de um ou mais de seus elementos fonéticos.
Derivação Imprópria Exemplos:
A derivação imprópria ocorre quando determinada palavra, embora (em boa hora)
sem sofrer qualquer acréscimo ou supressão em sua
fidalgo (filho de algo - referindo-se à família nobre)
forma, muda de classe gramatical. Neste processo:
hidrelétrico (hidro + elétrico)
1) Os adjetivos passam a substantivos
planalto (plano alto)
Por Exemplo:
Os bons serão contemplados.
Hibridismo
Ocorre hibridismo na palavra em cuja formação entram
2) Os particípios passam a substantivos ou adjetivos
elementos de línguas diferentes.
Por Exemplo:
Por Exemplo:
Aquele garoto alcançou um feito passando no concurso.
auto (grego) + móvel (latim)

3) Os infinitivos passam a substantivos


MORFOLOGIA:
Por Exemplo:
RECONHECIMENTO, EMPREGO E SENTIDO DAS
O andar de Roberta era fascinante.
CLASSES GRAMATICAIS;
O badalar dos sinos soou na cidadezinha.
MECANISMOS DE FLEXÃO DOS NOMES.
CLASSES DE PALAVRAS
4) Os substantivos passam a adjetivos
Por Exemplo:
DICAS IMPORTANTÍSSIMAS – CLASSES DE PALAVRAS
O funcionário fantasma foi despedido.
O menino prodígio resolveu o problema.

5) Os adjetivos passam a advérbios


Por Exemplo:
Falei baixo para que ninguém escutasse.
Composição Atualmente, são reconhecidas dez classes gramaticais pela
Composição é o processo que forma palavras compostas, a maioria dos gramáticos: substantivo, adjetivo, advérbio,
partir da junção de dois ou mais radicais. Existem dois tipos: verbo, conjunção, interjeição, preposição, artigo, numeral
e pronome.
Composição por Justaposição
Classificar uma palavra não é tarefa tão fácil, mas
Ao juntarmos duas ou mais palavras ou radicais, não ocorre atualmente todas as palavras da língua portuguesa estão
alteração fonética. incluídas dentro de uma das dez classes gramaticais
Exemplos: dependendo das suas características.

passatempo, quinta-feira, girassol, couve-flor A parte da gramática que estuda as classes de palavras é
a MORFOLOGIA (morfo = forma, logia = estudo), ou seja, o
estudo da forma. Na morfologia, portanto, não estudamos
as relações entre as palavras, o contexto em que são
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empregadas, ou outros fatores que podem influenciá-la, CONJUNÇÃO – São palavras que ligam orações,
mas somente a forma da palavra. estabelecendo entre elas relações de coordenação ou
subordinação.
Abaixo seguem algumas definições ou características das
classes gramaticais, mas podemos destacar os principais Exemplo: porém, e, contudo, portanto, mas, que, etc.
aspectos de cada classe de palavras:

INTERJEIÇÃO – Contesta-se que esta seja uma classe


SUBSTANTIVO – classe que dá nome aos seres, mas não gramatical como as demais, pois algumas de suas palavras
nomeia somente seres, como também sentimentos, podem ter valor de uma frase. Mesmo assim, podemos
estados de espírito, sensações, conceitos filosóficos ou definir as interjeições como palavras ou expressões que
políticos. evocam emoções, estados de espírito.
Exemplo: Democracia, Andréia, Deus, cadeira, amor, sabor, Exemplo: Nossa! Ave Maria! Uau! Que pena! Oh!
carinho.
MORFOLOGIA:
ARTIGO – classe que abriga palavras que servem para
reconhecimento, emprego
determinar ou indeterminar os substantivos, antecedendo- e sentido das classes gramaticais:
os.
CLASSES DE PALAVRAS
Exemplo: o, a, os, as, um, uma, uns, umas.

PALAVRA “A”
ADJETIVO – classe das características, qualidades. Os
adjetivos servem para dar características aos substantivos. Artigo definido
Exemplo: querido, limpo, horroroso, quente, sábio, triste, Pronome oblíquo
amarelo. Pronome demonstrativo
Preposição
PRONOME – Palavra que pode acompanhar ou substituir
um nome (substantivo) e que determina a pessoa do
discurso.
Exemplo: eu, nossa, aquilo, esta, nós, mim, te, eles.

VERBO – palavras que expressam ações ou estados se


encontram nesta classe gramatical.
Exemplo: fazer, ser, andar, partir, impor, etc.

ADVÉRBIO – palavras que se associam a verbos, a adjetivos


ou a outros advérbios, modificando-os.
Exemplo: não, muito, constantemente, sempre, etc.

NUMERAL – como o nome diz, expressam quantidades,


frações, múltiplos, ordem.
Exemplo: primeiro, vinte, metade, triplo.

PREPOSIÇÃO – Servem para ligar uma palavra à outra,


estabelecendo relações entre elas.
Exemplo: em, de, para, por, etc.

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PALAVRA “UM”
ARTIGO INDEFINIDO
NUMERAL
PRONOME INDEFINIDO

CLASSIFICAÇÃO IDENTIFICAÇÃO EXEMPLO


MORFOLÓGICA

Comprei um sorvete

UM Comprei somente um somente

Um gosta de vôlei, outro de futebol

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Combinação e Contração dos Artigos


É muito presente a combinação dos artigos definidos e indefinidos com preposições. Este quadro apresenta a forma
assumida por essas combinações:
Preposições Artigos
o, os a, as um, uns uma, umas
a ao, aos à, às - -
de do, dos da, das dum, duns duma, dumas
em no, nos na, nas num, nuns numa, numas
por (per) pelo, pelos pela, pelas - -

- As formas à e às indicam a fusão da preposição a com o artigo definido a. Essa fusão de vogais idênticas é conhecida
por crase.
- As formas pelo(s)/pela(s) resultam da contração dos artigos definidos com a forma per, equivalente a por.
Artigos, leitura e produção de textos
O uso apropriado dos artigos definidos e indefinidos permite não apenas evitar problemas com o gênero e o número de
determinados substantivos, mas principalmente explorar detalhes de significação bastante expressivos.
Em geral, informações novas, nos textos, são introduzidas por pronomes indefinidos e, posteriormente, retomadas pelos
definidos. Assim, o referente determinado pelo artigo definido passa a fazer parte de um conjunto argumentativo que
mantém a coesão dos textos. Além disso, a sutileza de muitas modificações de significados transmitidas pelos artigos faz com
que sejam frequentemente usados pelos escritores em seus textos literários.
DICAS IMPORTANTÍSSIMAS – CLASSES DE PALAVRAS
2ª Adjetivo X Pronome Indefinido
Amigos bastantes X Bastantes amigos
Pessoas certas X Certas pessoas
Assuntos diversos X Diversos assuntos
Adjetivo X Pronome Demonstrativo
Fato semelhante X Semelhante fato
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3ª A troca de posição entre o substantivo e o adjetivo pode gerar mudança de sentido


Exemplo:
pobre gente = gente infeliz
gente pobre = gente sem recurso
velho amigo = amigo de há muito tempo
amigo velho = amigo idoso.
Implica mudança de significado a ANTEPOSIÇÃO ou a POSPOSIÇÃO de alguns adjetivos aos substantivos;
Exemplo:
 Alto funcionário = funcionário de posição elevada
Funcionário Alto = funcionário de alta estatura
 Bela moça = moça de bons princípios
Moça bela = moça bonita
 Bom homem = homem de grandes virtudes
Homem bom = homem bondoso, de bom coração
 grande homem = homem eminente
homem grande = homem alto
 pobre gente = gente infeliz
gente pobre = gente sem recurso
 santo homem = homem puro
homem santo = homem miraculoso
 velho amigo = amigo de há muito
amigo velho = amigo idoso.

O adjetivo pode ser “móvel”, isto é, pode ser deslocado de sua posição com relação ao nome determinado, ficando ora antes
ora depois dele. Tal deslocamento pode ou não alterar o sentido do adjetivo:
a) “Isaque é um cavalheiro perfeito.”
b) “Isaque é um perfeito cavalheiro.”
Não podemos afirmar que as duas frases acima são idênticas. O simples fato de invertermos a ordem das palavras indica que
são semelhantes (não idênticas) e se há uma nuance de diferença, essa fica imperceptível.
A alteração de sentido a que nos referimos é muito mais profunda:
a) “Ela é uma mulher pobre.” (= sem recursos financeiros)
“Ela é uma pobre mulher.” (= infeliz)
b) “O Diretor é um grande homem.” (= notável)
“O Diretor é um homem grande.” (= alto)
c) “Misael é um professor simples.” (= modesto)
“Misael é um simples professor.” (= insignificante)
d) “Chame qualquer pessoa.” (= qualquer uma)
“Não sou uma pessoa qualquer.” (= vulgar, insignificante)
e) “Li algum livro de Mitologia.” (em frase afirmativa)
“Não li livro algum de Mitologia.” (em frase negativa)

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Há adjetivos que devem ocupar uma posição fixa na oração, imobilizando-se, sempre antes, ou sempre depois do
determinado. Quando dizemos que há imobilização do adjetivo, estamos tratando da impossibilidade de tal determinante se
deslocar para outra posição: ou ele não faz sentido em outra posição, ou muda o sentido da frase:
a) “Encontrei Vítor por mero acaso.”
b) “Levante a mão direita.”
c) “Compre uma caneta comum.”
d) “Eles estavam de comum acordo.”

4ª NÃO confunda o adjetivo adverbializado com o adjetivo ou com o advérbio

4ª NÃO confunda o adjetivo adverbializado


com o adjetivo ou com o advérbio
Estudei ontem.
Verbo Estudei na escola.
Estudei. Não estudei.
Estudei com meus amigos
Adjetivo ... menina muito elegante
... menina elegante
Advérbio ... moro muito longe
Advérbio modifica ... moro longe ... moro bem distante

O globo é redondo
A cerveja que desce redondo
... namoro um rapaz bonito
Meu namorado falou bonito

5ª Cuidado com essas palavras


Muito arroz/Muita salada pouco, bastante
Estudou muito/Muito satisfeito(s)/ Muito bem pouco, bastante
Mais arroz, mais doces
Estudou mais/ mais satisfeito(s)/mais bem
Não estudou mais

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MORFOSSINTAXE DO SUBSTANTIVO
Nas orações de língua portuguesa, o substantivo em geral exerce funções diretamente relacionadas com o verbo: atua como
núcleo do sujeito, dos complementos verbais (objeto direto ou indireto) e do agente da passiva.
Pode ainda funcionar como núcleo do complemento nominal ou do aposto, como núcleo do predicativo do sujeito ou do
objeto ou como núcleo do vocativo.
Também encontramos substantivos como núcleos de adjuntos adverbiais - quando essas funções são desempenhadas por
grupos de palavras.

NÃO ESQUECER: Exemplos:


DERIVAÇÃO IMPRÓPRIA comprar (verbo)
A derivação imprópria se dá pela mudança de classificação compra (substantivo)
morfológica de um apalavra, que depende do contexto. A beijar (verbo)
palavra não muda nada na forma, o que muda é sua
beijo (substantivo)
classificação morfológica e seu sentido.

Saiba que:
Exemplos:
Para descobrirmos se um substantivo deriva de um verbo
 Esta questão só tem um pró. (substantivo)
ou se ocorre o contrário, podemos seguir a seguinte
 Branca, você me ama? (substantivo) orientação:
 O três é um numeral cardinal. (substantivo) - Se o substantivo denota ação, será palavra derivada, e o
 Ele tem um jeito moleque. ( adjetivo) verbo palavra primitiva.
 Você é um judas safado! ( substantivo comum) - Se o nome denota algum objeto ou substância, verifica-
se o contrário.
DERIVAÇÃO REGRESSIVA
Vamos observar os exemplos acima: compra e beijo
Ocorre derivação regressiva quando uma palavra é formada
indicam ações, logo, são palavras derivadas.
não por acréscimo, mas por redução.

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O mesmo fato não ocorre, porém, com a palavra âncora, Algumas palavras aceitam várias formas de plural. É o caso
que é um objeto. Neste caso, um substantivo primitivo que de:
dá origem ao verbo ancorar. - aldeão - aldeões/ aldeãos/ aldeães
Por derivação regressiva, formam-se basicamente - ancião - anciãos/ anciães/ anciões
substantivos a partir de verbos. Por isso, recebem o nome
de substantivos deverbais. - castelão - castelãos/ castelões

OUTROS EXEMPLOS DE DERIVAÇÃO REGRESSIVA - corrimão - corrimãos/ corrimões

abalo (de abalar) agito (de agitar) - hortelão - hortelãos/ hortelões

ajuda (de ajudar) alcance (de alcançar) - sultão - sultões/ sultãos/ sultães

amasso (de amassar) apelo (de apelar) - vilão - vilãos/ vilões

ataque (de atacar) choro (de chorar)


corte (de cortar) debate ( de debater) PLURAL DOS SUBSTANTIVOS COMPOSTOS

erro (de errar) grito ( de gritar) • Substantivos não separados por hífen, acrescenta-se S
no final. (ponta-pé/pontapés)
pesca (de pescar) perda (de perder)
Substantivos separados por hífen: variam os dois elementos
preparo (de preparar) recuo ( de recuar) ou um elemento conforme o caso.
- Os dois elementos vão para o plural com:
Substantivos terminados em ÃO. Há três formas de plural: • substantivo + substantivo,
ÃOS, ÃES, ÕES.
• substantivo + adjetivo,
A maioria dos substantivos e adjetivos que terminam em –
ão faz o plural em –ões. Vejamos: • adjetivo + substantivo,

Balão – balões Botão – botões • numeral + substantivo.

Cordão – cordões Estação – estações - Apenas o primeiro elemento vai para o plural: se o
segundo elemento limitar a ideia do primeiro, indicando
Limão – limões Paixão – paixões tipo, semelhança ou finalidade deste (Ex.: pombo-
Visão – visões Razão – razões correio; banana-maçã) e se os elementos forem ligados
por preposição. (pão-de-ló)

Quando a terminação –ão recaí sob a sílaba átona -sem - Apenas o segundo elemento vai para o plural: se o
tonicidade, pronunciada mais fracamente- o plural obedece primeiro elemento for verbo ou palavra invariável
à regra básica: acrescenta-se “s” no final: (advérbio, preposição). Exs: (grão-duques, grã-cruzes,
bel-prazeres, os troca-tintas, os espirra-canivetes);
Bênção – bênçãos
- Em elementos repetidos, muito parecidos ou
Órgão – órgãos onomatopaicos, só o segundo vai para o plural (tico-
Sótão – sótãos ticos, tique-taques, corre-corres, pingue-pongues);
- Nenhum dos elementos vai para o plural se formado por
Observe que as palavras acima são paroxítonas. Mas entre verbos de sentidos opostos e frases substantivas (os
algumas oxítonas, monossílabas ou não, acontece o mesmo: leva-e-traz, os bota-fora, os pisa-mansinho, os bota-
abaixo, os louva-a-Deus, os ganha-pouco, os diz-que-me-
mão – mãos, chão – chãos, diz);
Grão – grãos, irmão – irmãos, - palavra guarda, se fizer referência a pessoa varia por ser
Artesão – artesãos, cidadão – cidadãos substantivo. Caso represente o verbo guardar, não pode
variar (guardas-noturnos, guarda-chuvas).
Poucos vocábulos tem seu plural em –ães:
Alemão- alemães FORMAÇÃO DO PLURAL
cão – cães capitão – capitães Plural dos Diminutivos
catalão – catalães charlatão – charlatães Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o s final e
acrescenta-se o sufixo diminutivo.
escrivão – escrivães guardião – guardiães
 pãe(s) + zinhos = pãezinhos
pão – pães sacristão – sacristães
 animai(s) + zinhos = animaizinhos
tabelião – tabeliães
 botõe(s) + zinhos =botõezinhos
 chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos
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 farói(s) + zinhos = faroizinhos dorsos esboços


 tren(s) + zinhos = trenzinhos esgotos esposos
 colhere(s) + zinhas = colherezinhas estojos ferrolhos,
 flore(s) + zinhas = florezinhas globos gostos
 mão(s) + zinhas = mãozinhas gozos rolos
 papéi(s) + zinhos = papeizinhos repolhos todos.
 nuven(s) + zinhas = nuvenzinhas
 funi(s) + zinhos = funizinhos SUBSTANTIVOS SEM SINGULAR
 túnei(s) + zinhos = tuneizinhos Alguns substantivos são usados unicamente no plural.
 pai(s) + zinhos = paizinhos Exemplos:
 pé(s) + zinhos = pezinhos  os arredores  as núpcias
 pé(s) + zitos = pezitos  os Andes  os óculos
 as férias (= descanso)  os pêsames
SUBSTANTIVOS SÓ USADOS NO PLURAL:
 anais, arredores, cãs (cabelos brancos), condolências, VALOR SEMÂNTICO DO SUFIXO
damas (jogo), endoenças (solenidades religiosas), Desprezo / arrogância
esponsais (contrato de casamento ou noivado), exéquias
(cerimônias fúnebres), férias, fezes, núpcias, óculos, Tira essa gentinha daí!
olheiras, primícias (começos, prelúdios), pêsames, Ah, deixa de ser chorão...
vísceras, víveres, nomes de naipes( ouros, paus) Carinho
Certos substantivos, quando assumem a forma de plural, Filhote, venha cá...
sofrem uma alteração na pronúncia do ô (fechado) da sílaba
tônica, que passa a ser pronunciado ó (aberto). É o plural
com metafonia. Exemplos: Aninha, já falou com sua mãezinha aqui, que está cheia de
saudades?

PLURAL COM MUDANÇA DE TIMBRE Orgulho / admiração

Certos substantivos formam o plural com mudança de O cara fez um golaço!


timbre da vogal tônica (o fechado / o aberto). É um fato Uau, que carrão...
fonético chamado metafonia.
corpo - corpos osso OBS.: Além de sua função clássica, pode indicar valores e
esforço ovo intenções, ou seja, a escolha dos sufixos indicadores de grau
fogo caroço pode relacionar-se tanto à afetividade quanto ao
desprestígio.
porto fosso
posto imposto
Nossa, para escrever um textinho desses precisava demorar
rogo olho tanto.
aposto corno Ai você está tão lindinha! Parece um filhote de baleia.
despojo destroço Você é um cabeção mesmo, entendeu tudo errado
forno miolo Que mulherzinha complicada!
morno poço Querida, trouxe uma florzinha para você.
socorro tijolo Que bebê fofucho!
caroço reforço Amorzão, estou morrendo de saudade.
Queridinha, já te falei duas vezes que não quero esse plano.
NÃO MUDAM O TIMBRE:
acordos bolos
bolsos choros
confortos contornos

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Coletivos mais usados: o milhar o telefonema


COLETIVO É UM CONJUNTO DE: o pijama o pé-frio
Alcateia – lobos o plasma o pernoite
Arquipélago – ilhas o sósia o suéter
Banca – examinadores, advogados o talismã o púbis
Banda – músicos
Bando – aves, malfeitores SÃO SUBSTANTIVOS FEMININOS
Cáfila – camelos a aguardente a acne
Caravana – viajantes a alcunha a bacanal

Conciliábulo – conspiradores a benesse a couve

Corja – vadios, vagabundos a couve-flor a cal

Elenco – atores a quitinete a comichão


a derme a pane
Esquadra – navios de guerra
a aguarrás a dinamite
Esquadrilha – aviões
a elipse a ênfase
Fauna – animais de uma região
a echarpe a entorse
Flora – plantas de uma região
a enzima a faringe
Horda – invasores, aventureiros
a ferrugem a fênix
Legião – soldados
a alface a apendicite
Matilha – cães de caça
a gênese a grafite
Quadrilha – assaltantes, ladrões
a ioga a libido
Resma – folhas de papel
a matinê a mascote
Vara – porcos
a musse a nuance
a omoplata a soja
SÃO SUBSTANTIVOS MASCULINOS
a ordenança a sentinela
o açúcar o afã
a omelete a própolis
o ágape o alvará
a patinete a cólera(ira)
o amálgama o aneurisma
o antílope o gengibre
SÃO SUBSTANTIVOS MASCULINOS E FEMININOS
o apêndice o apetite
o/a diabete(s) o/a pijama
o algoz o boia-fria
o/a dengue o/a usucapião
o toalete o pão-duro
o/a componente o/a tapa
o cônjuge o clã
o/a gambá o/a travesti
o champanha o cola-tudo
o/a agravante
o coma o guaraná
Em linguagem popular, ou por razões estilísticas,
o herpes o guaraná encontramos a CARRASCA, a ÍDOLA, a CHEFA... NÃO são
o haras o lotação formas da língua culta.
o derma o diagrama
o dó o diadema SUBSTANTIVOS SOBRECOMUNS têm a mesma forma
genérica para o masculino ou feminino, não variando nem
o decalque o epigrama
mesmo o artigo ou o adjetivo que os acompanham.
o eclipse o estigma
o cônjuge o monstro
o eczema o formicida
o verdugo a vítima
o magma o estratagema
o tipo o animal
o matiz o magazine
o cadáver a criatura

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o dedo-duro o defunto  a grama (relva)


o gênio o ídolo  o caixa (funcionário da caixa)
o carrasco o membro  a caixa (recipiente, setor de pagamentos)
o nó-cego o pão-duro  o lente (professor)
a criança o indivíduo  a lente (vidro de aumento)
o apóstolo a pessoa  o moral (ânimo)
a testemunha  a moral (honestidade, bons costumes, ética)
 o nascente (lado onde nasce o Sol)
SUBSTANTIVOS COMUNS DE DOIS GÊNEROS  a nascente (a fonte)
O gênero é indicado pelo artigo ou pelo adjetivo que a tais  o rádio (aparelho receptor)
substantivos se referem:  a rádio (estação emissora)
o acrobata, a acrobata;
o agente, a agente; Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes
o artista, a artista; Epicenos:
o consorte, a consorte; Observe:
o herege, a herege;  Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros.
o intérprete, a intérprete; Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso
o lojista, a lojista; ocorre porque o substantivo jacaré tem apenas uma forma
o suicida, a suicida; para indicar o masculino e o feminino.

o estudante, a estudante;  A cobra macho picou o marinheiro.

o cliente, a cliente;  A cobra fêmea escondeu-se na bananeira

o colega, a colega;
o indígena, a indígena; ADJETIVO
o pianista, a pianista; Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou
o gerente, a gerente; característica do ser e se encaixa diretamente ao lado de
um substantivo. Observe o exemplo seguinte:
o camarada, a camarada;
 Aquele homem bondoso sempre me ajuda.
o imigrante, a imigrante;
Ao analisarmos a palavra bondoso, por exemplo,
o fã, a fã;
percebemos que além de expressar uma qualidade, ela
o médium, a médium; pode ser encaixada diretamente ao lado de um substantivo:
o repórter, a repórter. homem bondoso, moça bondosa, pessoa bondosa.
Já com a palavra bondade, embora expresse uma
qualidade, não acontece o mesmo; não faz sentido dizer:
Gênero e Significação
homem bondade, moça bondade.
Muitos substantivos têm uma significação no masculino e
 Bondade, portanto, não é adjetivo, mas substantivo.
outra no feminino.
Observe:
MORFOSSINTAXE DO ADJETIVO
 o cabeça (chefe)
O adjetivo exerce sempre funções sintáticas relativas aos
 a cabeça (parte do corpo)
substantivos, atuando como adjunto adnominal ou como
 o cisma (separação religiosa, dissidência) predicativo (do sujeito ou do objeto).
 a cisma (ato de cismar, desconfiança) PREDICATIVO DO OBJETO DIRETO OU ADJUNTO
 o capital (dinheiro) ADNOMINAL: QUAL A DIFERENÇA?
 a capital (cidade) A diferença entre o predicativo do objeto e o adjunto
adnominal é que este é parte do objeto e aquele é um
 o guia (pessoa que guia outras)
termo que se relaciona ao objeto.
 a guia (documento, pena grande das asas das aves)
A presença de características semelhantes revela, sem
 o grama (unidade de peso) dúvida, fator preponderante na recorrência de alguns

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questionamentos, principalmente quando o assunto diz Grau comparativo dos adjetivos


respeito à análise sintática. No grau comparativo, ocorre principalmente a comparação
Dessa forma, de modo a constatar a diferença que demarca de uma característica em dois ou mais seres. Pode ocorrer
ambos os elementos linguísticos, veja a análise de alguns também a comparação de duas ou mais características do
enunciados, evidenciados a seguir: mesmo ser.
 Os alunos consideraram a prova fácil. O grau comparativo estabelece inferioridade, igualdade e
No intuito de descobrir se o termo em questão (fácil) se superioridade, subdividindo-se em grau comparativo de
classifica como um adjunto adnominal ou como um inferioridade, grau comparativo de igualdade e grau
predicativo do objeto, basta substituí-lo por um pronome comparativo de superioridade.
substantivo, o qual resultaria no seguinte enunciado:
 Os professores consideraram-na difícil. Grau comparativo de inferioridade
Constatamos que o pronome oblíquo em evidência atua menos… que ou menos… do que
como objeto direto (substituindo o termo “a prova”). Assim, Letícia é menos agitada que Mateus.
mesmo havendo tal substituição, o termo “difícil”
continuou intacto, haja vista que ele não é parte do objeto, Letícia é menos agitada do que Mateus.
mas sim um termo que a ele está relacionado.
Considera-se, dessa forma, tratar-se de um predicativo do Grau comparativo de igualdade
objeto direto. tão… quanto, tão… como ou tão… quão
Veja, pois, outro exemplo: Letícia é tão agitada quanto Mateus.
 Os alunos resolveram uma questão fácil. Letícia é tão agitada como Mateus.
Realizando o mesmo processo, o de substituir o objeto Letícia é tão agitada quão faladora.
direto (uma questão) por um pronome oblíquo, obtém-se
somente:
 Os alunos resolveram-na. Grau comparativo de superioridade

Gramaticalmente falando, “os alunos resolveram-na fácil” mais… que ou mais… do que
configuraria uma inadequação. Letícia é mais agitada que Mateus.
É exatamente por essa razão que afirmamos que o termo Letícia é mais agitada do que Mateus.
“fácil”, em se tratando desse caso, classifica-se como
um adjunto adnominal, haja vista que ele é parte do objeto
direto, e não um termo que a ele se relaciona, assim como Alguns adjetivos apresentam formas sintéticas no grau
ocorre com o predicativo. comparativo de superioridade:
(mais) bom = melhor;
LOCUÇÃO ADJETIVA
(mais) mau = pior;
Locução = reunião de palavras. Sempre que são necessárias
duas ou mais palavras para contar a mesma coisa, tem-se (mais) grande = maior;
locução. (mais) pequeno = menor.
Às vezes, uma preposição + (substantivo, advérbio, (mais) alto – superior
pronome, verbo, numeral) tem o mesmo valor de um
(mais) baixo - inferior
adjetivo: é a locução adjetiva (expressão que equivale a um
adjetivo).
Por exemplo: Nessas situações, não deverá ser usado o advérbio mais:
Aves da noite (aves noturnas), Letícia é melhor que Mateus.
paixão sem freio (paixão desenfreada), Letícia é melhor do que Mateus.
jornal de ontem, almoço de hoje, Letícia é pior que Mateus.
carro dela, Letícia é pior do que Mateus.
máquina de enxugar, Letícia é maior que Mateus.
dinheiro das duas Letícia é maior do que Mateus.
Letícia é menor que Mateus.
GRAU DO ADJETIVO: Letícia é menor do que Mateus.
Os adjetivos sofrem flexão em grau, indicando assim Na estatura, Letícia é superior a Mateus
gradação nas qualidades representadas pelos adjetivos. Na estatura, Letícia é inferior a Mateus
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Observe que: • notabilíssimo;


a) As formas menor e pior são comparativos de • sensibilíssimo;
superioridade, pois equivalem a mais pequeno e mais mau,
• …
respectivamente.
b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas
(melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações Adjetivos que terminam em -z:
feitas entre duas qualidades de um mesmo elemento, deve- Quando os adjetivos terminam em -z, ocorre a adaptação
se usar as formas analíticas mais bom, mais mau, mais da forma latina primitiva para -císsimo:
grande e mais pequeno. • felicíssimo;
Por exemplo: Pedro é maior do que Paulo – comparação de • ferocíssimo;
dois elementos.
• velocíssimo;
Pedro é mais grande que pequeno – comparação de duas
qualidades de um mesmo elemento. • …

4) Sou menos alto (do) que você. (Comparativo de


inferioridade) Sou menos passivo (do) que tolerante. Adjetivos que terminam em -m:
Quando os adjetivos terminam em -m, ocorre a adaptação
da forma latina primitiva para -níssimo:
SUPERLATIVO
• comuníssimo;
Um adjetivo no grau superlativo absoluto sintético
• joveníssimo;
caracteriza um ou mais seres atribuindo-lhes qualidades em
grau muito elevado. • boníssimo;
• O teste foi facílimo. • …
• O professor é sapientíssimo. Adjetivos que terminam em -ão:
Quando os adjetivos terminam em -ão, ocorre a adaptação
• A sobremesa é dulcíssima.
da forma latina primitiva para -aníssimo:
Formação do grau superlativo absoluto sintético
• saníssimo;
A principal regra de formação do grau superlativo absoluto
• cristianíssimo;
sintético dos adjetivos é pela junção do sufixo -íssimo:
• vaníssimo;
• agilíssimo;
• …
• malíssimo;
Adjetivos com forma erudita:
• originalíssimo;
Existem diversos adjetivos que apresentam uma forma
• … alatinada erudita de formação do grau superlativo:
Adjetivos que terminam em vogal: • macérrimo;
Quando o adjetivo termina em vogal, ocorre a supressão
• paupérrimo;
dessa vogal:
• celebérrimo;
• belíssimo;
• nigérrimo;
• fortíssimo;
• …
• tristíssimo;
Observe alguns superlativos sintéticos:
• …
Benéfico – beneficentíssimo
Adjetivos que terminam em -io:
Quando os adjetivos terminam em -io, ocorre uma Bom – boníssimo ou ótimo
duplicação da consoante i, formando o hiato i-í: Célebre – celebérrimo
• seriíssimo; Comum – comuníssimo
• necessariíssimo; Cruel – crudelíssimo
• precariíssimo; Difícil – dificílimo
• … Doce – dulcíssimo
Adjetivos que terminam em - vel: Fácil – facílimo
Quando os adjetivos terminam em -vel, ocorre a adaptação Fiel – fidelíssimo
da forma latina primitiva para -bilíssimo:
Frágil – fragílimo
• amabilíssimo;
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Frio – friíssimo Nobre – nobilíssimo


Humilde – humílimo Pequeno – mínimo
Jovem – juveníssimo Pobre – paupérrimo ou pobríssimo
Livre – libérrimo Precário - precariíssimo
Magnífico – magnificentíssimo Próspero – prospérrimo
Magro – macérrimo ou magríssimo Sábio – sapientíssimo
Manso – mansuetíssimo Sagrado – sacratíssimo
Mau – péssimo Sério - seriíssimo
Necessário - necessariíssimo
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Grau superlativo relativo
No grau superlativo relativo, a caracterização de uma coisa ou ser é feita em relação a um conjunto de outras coisas ou seres,
sendo atribuída uma qualidade em maior ou menor grau. O grau superlativo relativo divide-se em grau superlativo relativo
de superioridade e grau superlativo relativo de inferioridade.
Grau superlativo relativo de superioridade
• Na corrida da escola, meu filho foi o mais rápido.
• Aquela diretora é a mais simpática de todas.
Grau superlativo relativo de inferioridade
• Na corrida da escola, meu filho foi o menos rápido.
• Aquela diretora é a menos simpática de todas.
Podemos usar o ADJETIVO com valor de SUBSTANTIVO. Para tanto, basta colocar antecedendo de um artigo, ou seja, basta
colocar um artigo antes do adjetivo.
Exemplo:
 "O pouco com Deus é muito".
 "Devemos contemplar o azul do céu".
 "Precisamos conservar o verde" .
Nesses casos: pouco, azul, verde, são adjetivos substantivados.

d) Implica mudança de significado a ANTEPOSIÇÃO ou a POSPOSIÇÃO de alguns adjetivos aos substantivos;


Exemplo:
 Alto funcionário = funcionário de posição elevada
Funcionário Alto = funcionário de alta estatura
 Bela moça = moça de bons princípios
Moça bela = moça bonita
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 Bom homem = homem de grandes virtudes


Homem bom = homem bondoso, de bom coração
 grande homem = homem eminente
homem grande = homem alto
 pobre gente = gente infeliz
gente pobre = gente sem recurso
 santo homem = homem puro
homem santo = homem miraculoso
 velho amigo = amigo de há muito
amigo velho = amigo idoso.

O adjetivo pode ser “móvel”, isto é, pode ser deslocado de sua posição com relação ao nome determinado, ficando ora antes
ora depois dele. Tal deslocamento pode ou não alterar o sentido do adjetivo:
a) “Isaque é um cavalheiro perfeito.”
b) “Isaque é um perfeito cavalheiro.”
Não podemos afirmar que as duas frases acima são idênticas. O simples fato de invertermos a ordem das palavras indica que
são semelhantes (não idênticas) e se há uma nuance de diferença, essa fica imperceptível.
A alteração de sentido a que nos referimos é muito mais profunda:
a) “Ela é uma mulher pobre.” (= sem recursos financeiros)
“Ela é uma pobre mulher.” (= infeliz)
b) “O Diretor é um grande homem.” (= notável)
“O Diretor é um homem grande.” (= alto)
c) “Misael é um professor simples.” (= modesto)
“Misael é um simples professor.” (= insignificante)
d) “Chame qualquer pessoa.” (= qualquer uma)
“Não sou uma pessoa qualquer.” (= vulgar, insignificante)
e) “Li algum livro de Mitologia.” (em frase afirmativa)
“Não li livro algum de Mitologia.” (em frase negativa)

Há adjetivos que devem ocupar uma posição fixa na oração, imobilizando-se, sempre antes, ou sempre depois do
determinado. Quando dizemos que há imobilização do adjetivo, estamos tratando da impossibilidade de tal determinante se
deslocar para outra posição: ou ele não faz sentido em outra posição, ou muda o sentido da frase:
a) “Encontrei Vítor por mero acaso.”
b) “Levante a mão direita.”
c) “Compre uma caneta comum.”
d) “Eles estavam de comum acordo.”

ATENÇÃO!
ADJETIVOS DE RELAÇÃO
Adjetivos de relação são nomes qualificadores oriundos de substantivos. O adjetivo de relação é aquele que
a) tem valor semântico objetivo, ou seja, não expressa subjetividade ou ponto de vista;
b) é derivado por sufixação de um substantivo;
c) vem colocado após o substantivo;
d) não varia em grau superlativo, ou seja, não pode ser intensificado.

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Exemplos:
– espumante da Argentina: espumante argentino
– energia do núcleo: energia nuclear
De modo geral, estringem a extensão do significado de unidades desta classe de palavras e normalmente não admitem flexão
de grau. Por exemplo, ígneo = de fogo e férreo = de ferro. Seguem abaixo mais alguns exemplos:
1. Em ordem alfabética de adjetivo
Adjetivo Substantivo Adjetivo Substantivo
Aquático água Lácteo leite
Arenoso areia Materno mãe
Áureo ouro Ocular olho
Auricular ouvido Onírico sonho
Cardíaco coração Ósseo osso
Celeste céu Paterno pai
Chuvoso chuva Pétreo pedra
Cristalino cristal Pluvial chuva
Elétrico eletricidade Renal rim
Enérgico energia Sintático sintaxe
Eólico vento Telúrico sal
Fluvial rio Térmico calor
Filial filho Térreo terra (solo)
Floral flor Terráqueo terra (planeta)
Glacial gelo
Hepático Ventoso vento
fígado Vítreo vidro

2. Em ordem alfabética de substantivo


Substantivo Adjetivo correspondente Substantivo Adjetivo correspondente
Água Aquático Mãe Maternal
Areia Arenoso Olho Ocular
Calor Térmico Osso Ósseo
Céu Celeste Ouro Áureo
Chuva, pluvial Chuvoso, pluvial Ouvido Auricular
Coração (órgão) Cardíaco Pai Paternal
Cristal Cristalino Pedra Pétreo
Eletricidade Elétrico Rim Renal
Energia Energético, enérgico Rio Fluvial
Fígado Hepático Sintaxe Sintático
Filho Filial Terra (planeta) Terrestre, terráqueo, telúrico 7
Flor Floral Terra (solo) Terrestre, térreo, telúrico
Gelo Glacial Vento Eólico, eólio, ventoso
Leite Lácteo Vidro Vítreo

LOCUÇÃO ADJETIVA
Locução = reunião de palavras. Sempre que são necessárias duas ou mais palavras para contar a mesma coisa, tem-se
locução.
Às vezes, uma preposição + (substantivo, advérbio, pronome, verbo, numeral) tem o mesmo valor de um adjetivo: é a
locução adjetiva (expressão que equivale a um adjetivo).
Por exemplo: Aves da noite (aves noturnas), paixão sem freio (paixão desenfreada), jornal de ontem, almoço de hoje, carro
dela, máquina de enxugar, dinheiro das duas

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Observe outros exemplos:


De águia – aquilino De aluno – discente
De anjo – angelical De ano – anual
De aranha – aracnídeo De asno – asinino
De bispo – episcopal De boi – bovino
De bronze – brônzeo De cabelo – capilar
De cabra – caprino De campo – campestre ou rural
De cão – canino De cavalo – cavalar, equino ou hípico
De chumbo – plúmbeo De chuva – pluvial
De cinza – cinéreo De cobre – cúprico
De couro – coriáceo De criança – pueril
De dedo – digital De diamante – diamantino ou adamantino
De elefante – elefantino De enxofre – sulfúrico
De esmeralda – esmeraldino De estômago – estomacal ou gástrico
De farinha – farináceo De fera – ferino
De ferro – férreo De fígado – figadal ou hepático
De fogo – ígneo De garganta – gutural
De gelo – glacial De gesso – gípseo
De guerra – bélico De homem – viril ou humano
De ilha – insular De intestino – celíaco ou entérico
De inverno – hibernal ou invernal De lago – lacustre
De laringe – laríngeo De leão – leonino
De lebre – leporino De lobo – lupino
De lua – lunar ou selênico De macaco – simiesco, símio ou macacal
De madeira – lígneo De marfim – ebúrneo
De mestre – magistral De monge – monacal
De neve – níveo De nuca – occipital
De orelha – auricular De ouro – áureo
De ovelha – ovino De paixão – passional
De pâncreas – pancreático De peixe – písceo
De pombo – columbino De porco – suíno
De prata – argênteo Dos quadris – ciático
De raposa – vulpino De rio – fluvial
De serpente – viperino De sonho – onírico
De terra – telúrico, terrestre ou terreno De urso – ursino
De velho-senil De vento – eólico
De verão – estival De vidro – vítreo
De virilha – inguinal De visão – óptico ou ótico

PLURAL DOS ADJETIVOS COMPOSTOS


Se o segundo elemento for um adjetivo, haverá flexão.
Ex.
 Artistas norte-americanos.
 Foram feitas apresentações afro-hispano-lusitanas.

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Se o segundo elemento for um substantivo, ele não será flexionado. Esmaltes vermelho-paixão.
Atenção:
• Adjetivos compostos que não se flexionam: azul-marinho, azul-celeste, furta-cor, ultravioleta, sem-sal, sem-terra, zero-
quilômetro, verde-musgo;
Apenas o último elemento concorda com o substantivo a que se refere; os demais ficam na forma masculina, singular.
Caso um dos elementos que formam o adjetivo composto seja um substantivo adjetivado, todo o adjetivo composto ficará
invariável. Por exemplo: a palavra ―rosa (laranja, limão, vinho, violeta, rosa, cinza, gelo) é originalmente um substantivo,
porém, se estiver qualificando um elemento, funcionará como adjetivo.
Caso se ligue a outra palavra por hífen, formará um adjetivo composto; como é um substantivo adjetivado, o adjetivo
composto inteiro ficará invariável. Por exemplo:
 Camisas rosa-claro. Ternos rosa-claro.
 Olhos verde-claros. Paredes verde-claras.
 Calças azul-escuras Camisas verde-mar.
 Telhados marrom-café.
Obs.:
– Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer adjetivo composto iniciado por cor-de-... são sempre invariáveis.
– O adjetivo composto surdo-mudo, claro-escuro e pele-vermelha foge à regra de flexão, pois ambos vão para o plural,
portanto, “Os surdos-mudos”. “Os peles-vermelhas”

PREPOSIÇÃO
Palavra que não se flexiona, cuja função é ligar dois termos ou orações entre si, estabelecendo relação de subordinação
(regente - regido).
Divide-se em:
• Essenciais (maioria das vezes são preposições): a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por,
sem, sob, sobre, trás.
• Acidentais (palavras de outras classes que podem exercer função de preposição): afora, conforme (= de acordo com),
consoante, durante, exceto, salvo, segundo, senão, mediante, visto (= devido a, por causa de).

 (Vestimo-nos conforme a moda e o tempo / Os heróis tiveram como prêmio aquela taça / Mediante meios escusos, ele
conseguiu a vaga / Vovó dormiu durante a viagem)
As preposições essenciais regem pronomes oblíquos tônicos; enquanto preposições acidentais regem as formas retas dos
pronomes pessoais. (Falei sobre ti/ Todos, exceto eu, vieram).
As locuções prepositivas, em geral, são formadas de advérbio (ou locução adverbial) + preposição – abaixo de, acerca de, a
fim de, além de, defronte a, ao lado de, apesar de, através de, de acordo com, em vez de, junto de, perto de, até a, apesar
de, devido a.

NUMERAL
Entre as palavras que se relacionam, na frase, ao substantivo há também o numeral.
Exemplo: Comprou duas caixinhas de música.
Numeral é a palavra que se refere ao substantivo dando a ideia de número.
O numeral pode indicar:
• quantidade – Choveu durante quatro semanas.
• ordem – O terceiro aluno da fileira era o mais alto.
• multiplicação – O operário pediu o dobro do salário.
• fração – Comeu meia maçã.

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1. Classificação do numeral
• Cardinal – Indica uma quantidade determinada de seres.
• Ordinal – Indica a ordem (posição) que o ser ocupa numa série.
• Multiplicativo – Expressa a ideia de multiplicação, indicando quantas vezes a quantidade foi aumentada.
• Fracionário – Expressa a ideia de divisão, indicando em quantas partes a quantidade foi dividida.

CUIDADO!
O primeiro aspecto a que devemos nos atentar é que milhar e milhão, assim como bilhão, trilhão, e assim por diante, são
substantivos masculinos.
O próximo aspecto é: se estamos fazendo referência à concordância nominal, temos que estar cientes de que essa se traduz
pela adaptação em gênero e número do substantivo (no caso, os dois citados: milhar e milhão) aos seus respectivos
modificadores: artigos, pronomes, adjetivos e numerais.
Dessa forma, analisemos alguns enunciados que seguem:
 Uns dois milhões de mulheres aguardavam para ser atendidas.
Constatamos que o artigo indefinido “uns” concordou com o substantivo “milhões” em gênero (masculino) e em número
(plural).
 Os milhares de brasileiras torcem pelos atletas nas competições mundiais.
Não diferentemente ocorre, haja vista que podemos fazer a mesma constatação entre a concordância em gênero do artigo
(masculino) e número (plural).
 O país, cujos milhões de desabrigados se encontram à espera de ajuda, nada faz.
Notamos, também, a concordância em gênero (masculino) e número (plural) do pronome “cujos”.
Contudo, devemos ficar atentos aos numerais que apresentam flexão de gênero, que são representados pelos cardinais um,
dois e as centenas a partir de duzentos. A título de ilustração, vejamos alguns casos:
 Trezentas cabeças de gado foram vendidas.
 Quinhentas mulheres participaram do protesto.
Falamos, pois, acerca da concordância nominal, mas e a concordância verbal, como fica no caso em estudo?
 Um milhão de pessoas votaram contra.
Ou
 Um milhão de pessoas votou contra.
Podemos afirmar que em ambos os casos a concordância se efetivou de forma adequada, visto que tanto o verbo pode
permanecer no singular para concordar com “milhão” – que representa um substantivo masculino no singular – ou pode ir
para o plural, concordando atrativamente com o especificador “pessoas”.
No caso de o verbo ser de ligação, a concordância deve ser feita, de preferência, com o especificador. Vejamos alguns
exemplos:
 Um milhão de recursos foram gastos.
 Três milhões de desabrigados estão alojados em centros comunitários.

PARTICULARIDADES DOS NUMERAIS


Quando designamos reis, papas, assim como os séculos ou capítulos, devemos usar o ordinal até dez, e o cardinal, de onze
em diante.
 Pedro I (primeiro) - século II (segundo)
 Pio X (décimo) - capítulo VIII (oitavo)
 Luís XV (quinze) - século XX (vinte)
b) Quando enumeramos artigos de leis, decretos e portarias devemos usar o ordinal até nove, e o cardinal de dez em diante.
 artigo 1º (primeiro)
 artigo 10 (dez)

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c) Quando nos referimos a dias do mês, número de casa e páginas, devemos usar o cardinal.
 treze de maio
 casa quinze
 vinte e cinco de dezembro
 página quatro
Empregamos o ORDINAL quando for o primeiro dia do mês.
Ex: primeiro de abril.

d) Quando o numeral vem antes do substantivo, emprega-se o ordinal.


 nona página
 oitavo século
 quinta casa
 décimo capítulo
e) Na numeração de portarias, decretos, leis, artigos, e outros textos oficiais, empregam-se os ordinais até o nono, e os
cardinais a partir do dez
 artigo 3º ( terceiro)
 parágrafo 9º ( nono)
 artigo 19 ( dezenove)

f) Na enumeração de páginas, casas, apartamentos, andares de edifícios, blocos, sempre empregamos os cardinais
 página 45( quarente e cinco )
 casa 12 ( doze)
Se, porém, o numeral anteceder o substantivo, deve-se usar os ordinais
 45ª página
 12ª casa

Emprego das Preposições


1. Combinação: a preposição une-se a outra palavra sem perda fonética (ao/aos).
2. Contração: a preposição junta-se a outra palavra com perda fonética (em junta-se com aquela e forma-se naquela)
3. Não se deve contrair de se o termo seguinte for sujeito (“Está na hora de ele falar” e não “Está na hora (dele) falar”)
4. A preposição após, acidentalmente, pode funcionar como advérbio (=atrás) (Terminada a festa, saíram logo após.)
5. Trás, modernamente, só se usa em locuções adverbiais e prepositivas (por trás, para trás por trás de).

Noções estabelecidas pelas preposições


Isoladamente, as preposições são palavras vazias de sentido, se bem que algumas contenham uma vaga noção de tempo e
lugar.
Nas frases, exprimem diversas relações:
• Autoria: música de Caetano
• Lugar: cair sobre o telhado / estar sob a mesa
• Tempo: nascer a 15 de outubro / viajar em uma hora / viajei durante as férias
• Modo ou conformidade: chegar aos gritos / votar em branco
• Causa: tremer de frio / preso por vadiagem
• Assunto: falar sobre política
• Fim ou finalidade: vir em socorro / vir para ficar

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• Instrumento: escrever a lápis / ferir- se com a faca


• Companhia: sair com amigos
• Meio: voltar a cavalo / viajar de ônibus
• Matéria: anel de prata / pão com farinha
• Posse: carro de João
• Oposição: Flamengo contra Fluminense
• Conteúdo: copo de (com) vinho
• Preço: vender a (por) R$ 300,00
• Origem: descender de família humilde
• Especialidade: formou-se em Medicina
• Destino ou direção: ir a Roma / olhe para frente

VALOR SEMÂNTICO DAS PREPOSIÇÕES


Valor Relacional: Liga palavras e orações.
 Gosto de você. /Ela tem certeza de que a vida é bela.

Valor Nocional: Tem sentido de circunstância:


 Venho do cinema. (lugar)  Morreu de tédio. (causa)
 Porta de madeira. (matéria)  Cadeira de balanço. (finalidade)
 João foi a São Paulo. (destino, direção)  João veio de São Paulo (procedência)
 Maria saiu a sua mãe. (semelhança)  Fui ao cinema com Paula. (companhia)
 Fiz o trabalho a caneta. (instrumento)  Voltaremos a qualquer momento. (tempo)
 Compras só em dinheiro. (condição)
obs.: Não é em todo contexto que a preposição pode apresentar sentido. Às vezes, a preposição não tem sentido algum,
servindo como mero elemento conector.
Do ponto de vista sintático, a preposição nunca exerce função sintática, mas participa no sistema de transitividade,
introduzindo complementos (verbais ou nominais), ou na construção de adjuntos (adnominais ou adverbiais). Muitos verbos,
substantivos, adjetivos e advérbios exigem complemento preposicionado, por isso ela é um conectivo subordinativo:
– Não concordo com atitudes precipitadas.
– Tenho admiração por quem é solidário.
– Bebida alcoólica é imprópria para menores.
– Paralelamente às apresentações, o cantor se destacou.

Obs.: O papel da preposição é subordinar um termo a outro. Logo, o primeiro termo (anterior à preposição) é o
subordinante, e o segundo termo (posterior à preposição) é o subordinado.
Vejamos as locuções prepositivas e seus valores semânticos
Lugar: perto de, acima de, longe de, fora de, além de, dentro de, abaixo de, atrás de, por trás de, por detrás de, através de,
debaixo de, embaixo de, em cima de, defronte de, em frente de/a, à frente de, ao/em redor de, em torno de, até a, ao lado
de, a par de, diante de, adiante de, em face de (e não face a; no entanto o gramático Celso P. Luft e a banca Esaf
abonam tal construção, assim como frente a), ao lado de, junto de/a/com, por baixo de, por cima de, ao nível de (é
equivocada a forma a nível de).

Tempo: perto de, dentro de, antes de, depois de, ao longo de, a partir de (indica ponto de partida, podendo indicar
quantidade), por volta de, a cerca de (valor aproximado), a ponto de (pode indicar consequência; ao ponto de é construção
incorreta), prestes a, na iminência de, em via de (e não em vias de; Bechara e Houaiss abonam o plural).
Companhia: junto de/a/com, ao encontro de.
Direção: em busca de, em direção a, ao encontro de.
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Escusa: a/sob pretexto de.


Adição: além de, ademais de.
Modo: à guisa de, à maneira de, à custa de (Cegalla e Bechara liberam às custas de).
Ciência/Conhecimento: a par de.
Favor/Benefício: em prol de, em benefício de, em/a favor de.
Concessão: apesar de, a despeito de, sem embargo de, não obstante (única locução não terminada em preposição).
Finalidade: a fim de, de forma a, de maneira a, com o fim de, com o intuito de, com o fito de, com o intento de, com o escopo
de, com a intenção de, com a finalidade de, com o propósito de.

Sujeição: sob pena de, à mercê de.


Oposição: em oposição a, de encontro a, ao invés de. Causa: devido a, em virtude de, em vista de, graças a, em razão de, por
causa de, em consequência de, em face de, em atenção a, por consideração a, em função de, por motivo de, por razões de,
por conta de, mercê de, diante de.
Envolvimento: às voltas com.
Atribuição: na qualidade de, na função de, a título de.
Assunto/Referência: acerca de, a respeito de, com/em relação a, para com, quanto a, no campo de, na esfera de.
Exclusão: à exceção de, com exceção de.
Substituição: em lugar de, em vez de.
Compensação: a troco de, em troca de.
Meio: através de (muito usado atualmente, mas tem sentido conotativo), por meio de, por intermédio de.
Dependência: em função de.
Conformidade: de acordo com, em conformidade com, em obediência a.

Cuidado!!!
Valor Relacional e Nocional
As preposições com valor relacional são aquelas exigidas por verbos ou nomes (substantivo, adjetivo ou advérbio).
Já as preposições com valor nocional não são exigidas por verbos ou nomes, marcam apenas relações semânticas diversas.

Obs.: Na diferença entre complemento nominal e adjunto adnominal, precisamos perceber se a preposição é relacional ou
nocional. Se for relacional, CN; se for nocional, ADN: “Sou fiel a Deus.” (quem é fiel, é fiel a alguém) – relacional / “O carro
do João quebrou.” (valor de posse) – nocional.

NUMERAL
Numeral é a palavra que indica os seres em termos numéricos, isto é, que atribui quantidade aos seres ou os situa em
determinada sequência.
Exemplos:
1. Os quatro últimos ingressos foram vendidos há pouco.
[quatro: numeral = atributo numérico de "ingresso"]
2. Eu quero café duplo, e você?
...[duplo: numeral = atributo numérico de "café"]
3. A primeira pessoa da fila pode entrar, por favor!
...[primeira: numeral = situa o ser "pessoa" na sequência de "fila"]
Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que os números indicam em relação aos seres. Assim, quando a expressão
é colocada em números (1, 1°, 1/3, etc.) não se trata de numerais, mas sim de algarismos.
Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a ideia expressa pelos números, existem mais algumas palavras
consideradas numerais porque denotam quantidade, proporção ou ordenação. São alguns exemplos: década, dúzia, par,
ambos(as), novena.
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PRONOME
Palavra variável em gênero, número e pessoa que substitui ou acompanha um substantivo, indicando-o como pessoa do
discurso.
PRONOMES PESSOAIS
Oblíquos Oblíquos Oblíquos Tônicos
Retos
Átonos(OD) Átonos (OI) Antecedido de preposição
1ª p.s. Eu me me mim, comigo
2ª p.s. Tu te te ti, contigo
3ª p.s. Ele, ela se, o, a se, lhe si, consigo
1ª p.p. Nós nos nos nós, conosco
2ª p.p. Vós vos vos vós, convosco
3ª p.p. Eles, Elas Se, os, as se, lhes si, consigo
Os pronomes oblíquos tônicos sempre são acompanhados de uma preposição, em geral as preposições A, PARA, DE e
COM.

PRONOMES DEMONSTRATIVOS

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mesmo e próprio: usados para reforçar os pronomes pessoais ou


para fazer referência a algo expresso anteriormente.

tal e semelhante: usados como equivalentes dos pronomes esse, essa, aquela.

PRONOMES RELATIVOS

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Pronomes relativos são aqueles que representam nomes que já foram citados e com os quais estão relacionados. O nome
citado denomina-se ANTECEDENTE do pronome relativo

Quando o antecedente for:


Coisa: que, o qual, a qual, os quais, as quais
Pessoa: que, quem, o qual, a qual, os quais, as quais
Lugar: onde, em que, no qual, na qual, nos quais, nas quais
Posse: cujo, cuja, cujos, cujas
Quantidade: Tudo/ Nada quanto, quanta, quantos, quantas

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PRONOMES INTERROGATIVOS
Variáveis Invariáveis
Qual, quais Que
Quanto, quanta Quem
Quantos, quantas

PRONOMES DE TRATAMENTO
Quando estamos em um ambiente de maior prestígio social, no qual estão demarcados os graus hierárquicos mais elevados,
necessitamos de uma linguagem mais elaborada, formal.
Para melhor trabalharmos com as formas de tratamento, nós temos os pronomes de tratamento. Vejamos quais são:

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Classificação dos Pronomes:


1. Pessoal
2. Possessivo
3. Demonstrativo
4. Relativo
5. Indefinido
6. Interrogativo

1. Palavra que se flexiona em gênero, número e pessoa, cujas funções são: substituir ou acompanhar um substantivo.
Pronome Substantivo e Pronome Adjetivo
a) O Pronome Pessoal é sempre Substantivo: substitui um substantivo, representando-o. (Ele prestou socorro)
b) Pode-se dizer que os outros pronomes podem ser Adjetivos e Substantivos:
Pronomes Adjetivos são aqueles que acompanham o substantivo com o qual se relacionam, juntando-lhe uma característica.
Este moço é meu irmão.
Alguma coisa me deixou alegre.

PRONOMES ADJETIVOS PODEM SER: (acompanham o substantivo)


Possessivos
Demonstrativos
Indefinidos
Relativos
Interrogativos
OBS: MORFOSSINTAXE: PRONOMES ADJETIVOS SÃO SEMPRE ADJUNTOS ADNOMINAIS.
Pronomes Substantivos são aqueles que substituem um substantivo ao qual se referem
Meus filhos são inteligentes, e os seus?
Nem tudo está perdido.
Aquilo me deixou alegre.

QUADRO DE PRONOMES PESSOAIS


PRONOMES PESSOAIS
Oblíquos Oblíquos Oblíquos Tônicos
Retos
Átonos(OD) Átonos (OI) Antecedido de preposição
1ª p.s. Eu me me mim, comigo
2ª p.s. Tu te te ti, contigo
3ª p.s. Ele, ela se, o, a se, lhe si, consigo
1ª p.p. Nós nos nos nós, conosco
2ª p.p. Vós vos vos vós, convosco
3ª p.p. Eles, Elas se, os, as se, lhes si, consigo

É importante saber quem são e para que servem as pessoas do discurso. Pessoas do discurso:
1ª pessoa - aquele que fala, emissor.
2ª pessoa - aquele com quem se fala, receptor.
3ª pessoa - aquele de que ou de quem se fala, referente.

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Pessoais:
Apresentam variações de forma dependendo da função sintática que exercem na frase. Os pronomes pessoais retos
desempenham, normalmente, função de sujeito; enquanto os oblíquos, geralmente, de complemento.

PRONOMES PESSOAIS
São aqueles que substituem os substantivos, indicando diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve assume os
pronomes eu ou nós, usa os pronomes tu, vós, você ou vocês para designar a quem se dirige e ele, ela, eles ou elas para
fazer referência à pessoa ou às pessoas de quem fala.
Os pronomes pessoais variam de acordo com as funções que exercem nas orações, podendo ser do caso reto ou do caso
oblíquo.

PRONOMES RETOS

Pessoas do Pronomes pessoais


discurso retos

1ª pessoa eu

Singular 2ª pessoa tu

3ª pessoa ele/ela

1ª pessoa nós

Plural 2ª pessoa vós

3ª pessoa eles/elas

Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sentença, exerce a função de sujeito ou predicativo do sujeito.
Por exemplo:
 Nós compramos flores.
 As vítimas do caso somos nós.
Os pronomes retos apresentam flexão de número, gênero (apenas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a principal
flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso. Dessa forma, o quadro dos pronomes retos é assim configurado:
- 1ª pessoa do singular: eu
- 2ª pessoa do singular: tu
- 3ª pessoa do singular: ele, ela
- 1ª pessoa do plural: nós
- 2ª pessoa do plural: vós
- 3ª pessoa do plural: eles, elas
Atenção: esses pronomes não costumam ser usados como complementos verbais na língua-padrão. Frases como "Vi ele na
rua", "Encontrei ela na praça", "Trouxeram eu até aqui", comuns na língua oral cotidiana, devem ser evitadas na língua
formal escrita ou falada. Na língua formal, devem ser usados os pronomes oblíquos correspondentes: "Vi-o na rua",
"Encontrei-a na praça", "Trouxeram-me até aqui".

Obs.: frequentemente observamos a omissão do pronome reto em Língua Portuguesa. Isso se dá porque as próprias formas
verbais marcam, por meio de suas desinências, as pessoas do verbo indicadas pelo pronome reto.
Por exemplo:
 Fizemos boa viagem. (Nós)

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PRONOMES OBLÍQUOS
Os pronomes oblíquos apresentam flexão de número, gênero (apenas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a principal
flexão porque marca a pessoa do discurso.
Os pronomes oblíquos que não são precedidos de preposição.
Possuem acentuação tônica fraca.

PRONOMES PESSOAIS
Oblíquos Oblíquos
Átonos(OD) Átonos (OI)
me me
te te
se, o, a se, lhe
nos nos
vos vos
se, os, as se, lhes

Por exemplo:
 Ele me deu um presente.

Observações:
• Por acompanhar diretamente uma preposição (A ou PARA), o pronome lhe exerce, normalmente, a função de objeto
indireto na oração.
• Os pronomes me, te, se, nos e vos podem tanto ser objetos diretos como objetos indiretos.
• Os pronomes o, a, os e as atuam normalmente como objetos diretos.

ATENÇÃO:
O, A, OS, AS serão PRONOMES OBLÍQUOS
O, A, OS, AS SERÃO PRONOMES DEMONSTRATIVOS
O, A, OS, AS serão ARTIGOS
A é PREPOSIÇÃO

PRONOMES OBLÍQUOS COMO OBJETOS DIRETOS


Usam-se os pronomes o, os, a, as depois de terminações verbais em vogais
Comprei o carro= Comprei-o
Vejo a movimentação das ruas= Vejo-a
Cante os hinos= Cante-os
Ele sempre visita aquelas empresas = ... visita-as
Os pronomes o, os, a, as sofrem variações depois de certas terminações verbais. Quando o verbo termina em -r, -s ou -z, o
pronome assume a forma lo, los, la ou las, ao mesmo tempo que a terminação verbal é suprimida.
Por exemplo:
 dizer + a verdade = dizer + a= dizê-la
 fazeis + o pedido = fazeis + o=fazei-lo
 fiz + o trabalho = fiz + o=fi-lo
Quando o verbo termina em som nasal, o pronome assume as formas no, nos, na, nas.

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Por exemplo:
 viram + o menino = viram + o = viram-no
 repõe + os dados = repõe + os = repõe-nos
 retém + a substância = retém + a = retém-na
 tem + as respostas = tem + as = tem-nas
Veja alguns exemplos de verbos, normalmente, apontados como transitivos diretos:
abandonar; abençoar; aborrecer; abraçar;
acompanhar; acusar; admirar; adorar;
alegrar; ameaçar; amolar; amparar;
auxiliar; castigar; condenar; conhecer;
conservar; convidar; defender; eleger;
estudar; estimar; humilhar; namorar;
ouvir; praticar; prejudicar; proteger;
respeitar; socorrer; suportar; ver;
visitar;

Objeto indireto
LHE
Complemento Nominal
LHES Adjunto Adnominal

Alguns verbos podem ser classificados, normalmente, como transitivos indiretos. Eis alguns:
aspirar(a) caber(a); candidatar-se(a); referir-se(a);
impor(a); levar(a); pertencer(a); dar(a);
relacionar-se(a) aludir(a) desdenhar (de); necessitar (de);
acreditar (em); consentir (em); ansiar (por); deparar (com);
obedecer(a); querer(a); oferecer(a); destinar-se(a);
somar-se(a); passar(a) dedicar(a) visar(a)
responder(a) gozar (de); contribuir(para); desfrutar(de)
Observe que as únicas formas próprias do pronome tônico são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). As demais
repetem a forma do pronome pessoal do caso reto.
A forma contraída dos pronomes tônicos (comigo, contigo, conosco e convosco) é obrigatória na construção dos pronomes
de 1ª e 2ª pessoas do singular e do plural. As terceiras pessoas do singular e plural, por possuírem uma forma iniciada por
vogal (ele, por exemplo), se apresentam separadas da preposição "com" (com ele, com elas).

Saiba que:
Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem combinar-se com os pronomes o, os, a, as, dando origem a formas
como mo, mos, ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, lhos, lha, lhas; no-lo, no-los, no-la, no-las, vo-lo, vo-los, vo-la, vo-las.
Observe o uso dessas formas nos exemplos que seguem:
- Trouxeste o pacote?
- Sim, entreguei-to ainda há pouco.
- Não contaram a novidade a vocês?
- Não, não no-la contaram.
No português do Brasil, essas combinações não são usadas; até mesmo na língua literária atual, seu emprego é muito
raro.

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PRONOMES POSSESSIVOS
Observe o quadro:
NÚMERO PESSOA PRONOME

singular primeira meu(s), minha(s)

singular segunda teu(s), tua(s)

singular terceira seu(s), sua(s)

plural primeira nosso(s), nossa(s)

plural segunda vosso(s), vossa(s)

plural terceira seu(s), sua(s)

Os pronomes possessivos nem sempre indicam posse. Podem ter outros empregos, como:
a) indicar afetividade.
Por exemplo: - Não faça isso, minha filha.

b) indicar cálculo aproximado.


Por exemplo: Ele já deve ter seus 40 anos.

c) atribuir valor indefinido ao substantivo.


Por exemplo: Marisa tem lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela.

PRONOMES DEMONSTRATIVOS
Os pronomes demonstrativos são utilizados para explicitar a posição de uma certa palavra em relação a outras ou ao
contexto. Essa relação pode ocorrer em termos de espaço, tempo ou discurso.

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No espaço:
• Compro este carro (aqui).
O pronome este indica que o carro está perto da pessoa que fala, localiza os seres em relação ao emissor.

• Compro esse carro (aí).


O pronome esse indica que o carro está perto da pessoa com quem falo, ou afastado da pessoa que fala, em relação ao
destinatário.

• Compro aquele carro (lá).


O pronome aquele diz que o carro está afastado da pessoa que fala e daquela com quem falo.
Exemplos:
• Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de solicitar informações sobre o concurso vestibular.
(trata-se da universidade destinatária).
• Reafirmamos a disposição desta universidade em participar no próximo Encontro de Jovens.
(trata-se da universidade que envia a mensagem).

No tempo:
Este (presente, futuro)
Este ano está sendo bom para nós.
Esta manhã de aulas foi maravilhosa.
Logo mais, esta festa será perfeita.

esse (passado recente ou futuro)


• Esse ano que passou foi razoável.
• Depois de todas as dificuldades, sei que esses dias serão melhores.

aquele (passado remoto ou tempo vago);


• Aquele ano foi terrível para todos.
• Aquele será um dia trágico para o país.

IMPORTANTÍSSIMO
Como referência a termos já citados, os pronomes aquele (a/s) e este (a/s) são usados para primeira e segunda ocorrências,
respectivamente, em apostos distributivos
Este refere-se à pessoa mencionada em segundo lugar, aquele à mencionada em primeiro lugar.
• O médico e a enfermeira estavam calados: aquele amedrontado e esta, calma / ou: esta, calma e aquele, amedrontado);
• Marina e Dilma fizeram uma ativa campanha: aquela era de partido opositor, esta pertencia ao grupo situacionista.
Quando se der a ocorrência de mais de dois elementos, não se usam os demonstrativos (este e aquele).
Deve-se, neste caso, usar os ordinais.
• Aécio, Marina e Dilma fizeram uma ativa campanha: a segunda era de partido contrário aos ideais governistas, a terceira
pertencia ao grupo situacionista, enquanto o primeiro tentava resgatar o prestígio do partido social-democrata.

IMPORTANTE
Uso anafórico, em referência ao que já foi dito ou catafórico ao que será dito:
este (novo enunciado = catafórico)

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esse (retoma informação = anafórico);


Os demonstrativos este(s), esta(s) e isto são utilizados no discurso para citar coisas que ainda não foram ditas.

Por exemplo:

• Este é o comunicado: na próxima segunda-feira não haverá expediente.


Deve-se notar que os pronomes este, esta e isto só retomam algo já citado no texto em uma situação muito especial: há
dois ou mais elementos e quer-se referir apenas ao último.
Compare:
Houve uma bonita tabela entre Zico, Falcão e Sócrates, mas no fim foi este que fez o gol (deve-se entender que foi Sócrates
quem fez o gol).
Quando o rei D. João V faleceu e D. José ocupou o trono, este recorreu a Sebastião José para ser Ministro da Guerra e dos
Negócios Estrangeiros.
Dois antecedentes masculinos. Com ‘ele’ no lugar de ‘este’, à primeira vista poderíamos pensar ter D. João V, e não D. José,
nomeado Sebastião José (o Marquês de Pombal) ministro.

Macpherson dirige sua crítica a Rawls quando este admite serem os princípios éticos da justiça econômica capazes de regular
o mercado.
Pelo demonstrativo, fica claro que Rawls é o sujeito de ‘admite’, não Macpherson.
Se não há essa situação especial, as retomadas no português são normalmente feitas com esse, essa e isso:

Na compra, havia verduras, carnes, peixes e frutas.

Esses alimentos foram os mais apreciados pelos turistas.


O, A, OS, AS SERÃO PRONOMES DEMONSTRATIVOS
Você só deverá considerar o "O" (o, a, os, as) como pronome demonstrativo se vier antes de pronome relativo ou de
preposição.
Ex: Tudo O QUE ele faz é bom.
O: pronome demonstrativo = Aquilo
que = pronome relativo
O(A) QUE

AQUELE(S) AQUILO
AQUELA(S) PRONOME RELATIVO

PRONOME DEMONSTRATIVO
Ele trabalhava muito, mas não o fazia com decisão.
O: pronome demonstrativo = isso

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Também pode ocorrer similar fenômeno, antes da preposição DE


A de vermelho será a primeira.
A: pronome demonstrativo = Aquela.
de = preposição

PRONOMES INDEFINIDOS

DICA:
Algum, após o substantivo, a que se refere, assume valor negativo (= nenhum)
 Computador algum resolverá o problema.
Algum, antes do substantivo, assume valor positivo.
 Algum computador resolverá o problema.

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QUADRO DOS PRONOMES RELATIVOS


Quando o antecedente for:
Coisa: que, o qual, a qual, os quais, as quais
Pessoa: que, quem, o qual, a qual, os quais, as quais
Lugar: onde, em que, no qual, na qual, nos quais, nas quais
Posse: cujo, cuja, cujos, cujas (faz concordância com o termo posterior)
Quantidade: Tudo/ Nada quanto, quanta, quantos, quantas
Variáveis
Invariáveis
Masculino Feminino
o qual / os quais a qual / as quais que
cujo / cujos Cuja / cujas quem
quanto / quanto quanta / quantas onde

EMPREGO DOS PRONOMES RELATIVOS


 O grupo que vai jogar hoje chegou cedo. (que = o qual = o grupo)

OCORRÊNCIA IMPORTANTÍSSIMA
IDENTIFICAÇÃO DA FUNÇÃO SINTÁTICA DO PRONOME RELATIVO
1. Identifica-se o relativo. Caso exista preposição antes do relativo, isole-a também.
2. Isola a oração introduzida pelo relativo
QUE VAI JOGAR HOJE
3. Agora, coloque o termo antecedente no lugar do pronome relativo. Identifique a função sintática desse termo
substituído
O GRUPO vai jogar hoje
4. A função sintática do termo substituído será a função sintática do pronome relativo
O GRUPO funciona como SUJEITO, portanto QUE terá função de SUJEITO
 A cantora que acabou de se apresentar é desagradável. (= a qual = a cantora)
 Os grupos que vão jogar hoje chegaram cedo. (= os quais = os grupos)
 As cantoras que se apresentaram eram desagradáveis. (= as quais = as cantoras)

PREPOSIÇÃO ANTES DO PRONOME RELATIVO


1) Aspecto interessante, quanto a esse tópico, diz respeito à regência verbal ou nominal.
2) Se vai ou não haver preposição antes do pronome, ou qual vai ser essa preposição, tudo depende do verbo ou do nome
que está sendo completado pelo pronome.
a) “Editou-se uma lei em que acreditamos, com que simpatizamos e por que lutamos” (acreditar em, simpatizar com e
lutar por);

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b) “Fazer da aplicação da lei a arte de distribuir justiça é o ideal a que aspiramos” (aspirar a).
3) Nas orações adjetivas cujo pronome relativo não funcione como sujeito, se o verbo ou nome exigir alguma preposição,
coloca-se esta antes do relativo”.
Exs.:
a) "Atualmente, os meios de que dispomos...";
b) "Fui traído pelos amigos em quem mais confiava";
c) "...em relação àquele a quem devia respeito e admiração";
d) "É um monumento de que todos os brasileiros se orgulham"
Observe (dispor de, confiar em, dever respeito e admiração a, orgulhar-se de).
"Onde", como pronome relativo, sempre possui antecedente e só pode ser utilizado na indicação de lugar.
Por exemplo:
 A casa onde (em que) morava foi assaltada.
h) Na indicação de tempo, deve-se empregar quando ou em que.
Por exemplo:
 Sinto saudades da época em que (quando) morávamos no exterior.

USO DO CUJO
“Cujo" é um pronome relativo, usado para unir orações.
Expressa relação de posse, em que o antecedente do pronome é o "possuidor" e o consequente," a coisa possuída".
Observe:
Oração (1): "A mulher é advogada".
Oração (2): "O carro da mulher foi roubado".
"A mulher cujo carro foi roubado é advogada".

TRÊS INFORMAÇÕES IMPORTANTES:


1. "Cujo" é variável, concorda em gênero e número com a coisa possuída:
 "A menina cujos olhos são azuis me fez lembrar um amor do passado”
 "A Rede Globo, cujas novelas lideram com folga a audiência no horário noturno, transmitirá a Copa das Confederações".
2. NÃO se usa artigo depois de "cujo".
 “A loja cuja a dona é gaúcha”
 “A loja cuja dona é gaúcha”.
3. Pode haver PREPOSIÇÃO ANTES de "cujo".
Para tanto, basta que a regência do verbo da segunda oração exija essa preposição:
 "Ele almoça no restaurante de cuja comida ninguém gosta".
O verbo da segunda oração, "gostar", rege a preposição "de": uma pessoa gosta "de" algo ou "de" alguém.
Por isso houve o emprego da preposição "de" antes de "cujo".
PRONOME CUJO ANTEPOSTO POR PREPOSIÇÃO
Junte as duas sentenças, subordinando a segunda à(s) palavra(s) em destaque na primeira. (Atente para a presença de
preposições antes do CUJO e flexões)
Exemplo:
 Machado de Assis é um dos escritores brasileiros mais conhecidos.
 Sempre fazemos referência a seus romances em nossas aulas.
 Machado de Assis, __________ romances sempre fazemos referência em nossas aulas, é um dos escritores brasileiros
mais conhecidos.

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8 – PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO:


ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS
Uma oração subordinada adjetiva é aquela que possui valor e função de adjetivo.
As orações adjetivas vêm introduzidas por PRONOME RELATIVO e exercem a função de adjunto adnominal do antecedente.
Observe o exemplo:
Esta foi uma situação bem-sucedida.
Substantivo Adjetivo (Adjunto Adnominal)
Note que o substantivo situação foi caracterizado pelo adjetivo bem-sucedida. Nesse caso, é possível formarmos outra
construção, a qual exerce exatamente o mesmo papel. Veja:
Esta foi uma situação que fez sucesso.
Oração Principal Or. Subord. Adjetiva
Perceba que a conexão entre a oração subordinada adjetiva e o termo da oração principal que ela modifica é feita
pelo PRONOME RELATIVO QUE.
Obs.: para que dois períodos se unam num período composto, altera-se o modo verbal da segunda oração.
Atenção:
Vale lembrar um recurso didático para reconhecer o pronome relativo que: ele sempre pode ser substituído por:
o qual - a qual - os quais -as quais
Por Exemplo:
Refiro-me ao aluno que é estudioso.
Essa oração é equivalente a:
Refiro-me ao aluno o qual é estudioso.

Forma das Orações Subordinadas Adjetivas


Quando são introduzidas por um pronome relativo e apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo, as orações
subordinadas adjetivas são chamadas desenvolvidas. Além delas, existem as orações subordinadas
adjetivas reduzidas, que não são introduzidas por pronome relativo (podem ser introduzidas por preposição) e apresentam o
verbo numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio).
Por Exemplo:
Ele foi o primeiro aluno que se apresentou.
Ele foi o primeiro aluno a se apresentar.
No primeiro período, há uma oração subordinada adjetiva desenvolvida, já que é introduzida pelo pronome relativo "que" e
apresenta verbo conjugado no pretérito perfeito do indicativo. No segundo, há uma oração subordinada adjetiva
reduzida de infinitivo: não há pronome relativo e seu verbo está no infinitivo.

Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas


Na relação que estabelecem com o termo que caracterizam, as orações subordinadas adjetivas podem atuar de duas
maneiras diferentes. Há aquelas que restringem ou especificam o sentido do termo a que se referem, individualizando-o.
Nessas orações, não há marcação de pausa(vírgula), sendo chamadas SUBORDINADAS ADJETIVAS RESTRITIVAS.
Existem também orações que realçam um detalhe ou amplificam dados sobre o antecedente, que já se encontra
suficientemente definido, as quais denominam-se SUBORDINADAS ADJETIVAS EXPLICATIVAS. Nessas orações, há marcação
de pausa(vírgula).
Exemplo 1:
Jamais teria chegado aqui, não fosse a gentileza de um homem que passava naquele momento.

Oração Subordinada Adjetiva Restritiva


Nesse período, observe que a oração em destaque restringe e particulariza o sentido da palavra "homem": trata-se de um
homem específico, único.
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A oração limita o universo de homens, isto é, não se refere a todos os homens, mas sim àquele que estava passando naquele
momento.
Exemplo 2:
O homem, que se considera racional, muitas vezes age animalescamente.
Oração Sub. Adjetiva Explicativa
Nesse período, a oração em destaque não tem sentido restritivo em relação à palavra "homem": na verdade, essa oração
apenas explicita uma ideia que já sabemos estar contida no conceito de "homem".
Saiba que:
A oração subordinada adjetiva explicativa é separada da oração principal por uma pausa, que, na escrita, é representada
pela vírgula.
É comum, por isso, que a pontuação seja indicada como forma de diferenciar as orações explicativas das restritivas: de
fato, as explicativas vêm sempre isoladas por vírgulas; as restritivas, não.
Obs.: ao redigir um período escrito por outrem, é necessário levar em conta as diferenças de significado que as orações
restritivas e as explicativas implicam. Em muitos casos, a oração subordinada adjetiva será explicativa ou restritiva de
acordo com o que se pretende dizer.
Exemplo 1:
Mandei um telegrama para meu irmão que mora em Roma.
No período acima, podemos afirmar com segurança que a pessoa que fala ou escreve tem, no mínimo, dois irmãos, um que
mora em Roma e um que mora em outro lugar. A palavra "irmão", no caso, precisa ter seu sentido limitado, ou seja, é
preciso restringir seu universo. Para isso, usa-se uma oração subordinada adjetiva restritiva.
Exemplo 2:
Mandei um telegrama para meu irmão, que mora em Roma.
Nesse período, é possível afirmar com segurança que a pessoa que fala ou escreve tem apenas um irmão, o qual mora em
Roma. A informação de que o irmão more em Roma não é uma particularidade, ou seja, não é um elemento identificador,
diferenciador, e sim um detalhe que se quer realçar.
Observações:
As orações subordinadas adjetivas podem:
Ter um pronome como antecedente.
Por Exemplo:
Não sei O que vou almoçar.
o = antecedente
que vou almoçar = Oração Subordinada Adjetiva Restritiva

USO DA PALAVRA BASTANTE


• adjetivo
que satisfaz; suficiente
Exs.: há bastante arroz.
a carne não é bastante.
• pronome indefinido
em quantidade indefinida, mas elevada; muito(s)
Exs.: há bastantes exemplos de sua sabedoria
o novo equipamento tem bastantes recursos
• advérbio
em quantidade, grau ou intensidade elevada; muito
Exs.: não estou com fome, almocei bastante.
não é milionário, mas é bastante rico

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9 – PADRÕES GERAIS DE COLOCAÇÃO PRONOMINAL NA LÍNGUA PORTUGUESA


COLOCAÇÃO PRONOMINAL
A colocação pronominal faz parte da sintaxe e se encarrega do correto posicionamento dos pronomes oblíquos, que podem
ser postos antes, no meio ou depois do verbo. A esses posicionamentos denominamos, respectivamente, próclise, mesóclise
e ênclise.
COLOCAÇÃO DOS PRONOMES ÁTONOS
Na tabela a seguir é possível visualizar estas posições de maneira objetiva:

Próclise Mesóclise Ênclise

Pronome Oblíquo Pronome Oblíquo Pronome Oblíquo


é colocado é colocado é colocado
antes da forma verbal. no meio da forma verbal após a forma verbal.
Sentou- se
Eles me colocaram na Realizar-se-á uma conferência para
imediatamente quando
fila de espera. discutir melhor sobre o assunto.
o professor entrou.

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João encontrou-me na festa


João me encontrou na festa
O QUE

NÃO É PROIBIDO
ESTÁ CORRETO
Ele encontrou-me na festa
Ele me encontrou na festa

Vejamos as regras de cada um dos casos. • Depois de conjunções subordinativas: quando, se, como,
CASOS DE PRÓCLISE porque, que, logo, ainda que etc.

• Depois de palavras ou expressões negativas, caso estas Exemplo:


não antecedam sinais de pontuação: não, nunca, nem,  Não iria, ainda que me convidassem.
nenhum, jamais, sequer, tampouco, ninguém.  Quando lhe disseram a verdade, ele desmaiou.
Exemplos:
 Nunca se queixa nem se aborrece. • Depois de advérbios, caso estes não antecedam sinais
 Não me contaram a verdade. de pontuação: talvez, ontem, aqui, ali, agora, de vez em
quando, sempre.

 CUIDADO! Exemplos:

 Não. Ajude-me, por favor.  Aqui se trabalha pela grandeza do Brasil.

• Depois de pronomes relativos: quem, qual, que, cujo, Mas:


onde, quanto.  Aqui em casa, trabalha-se.
Exemplo:  Agora. Conte-me a verdade.
 São esperanças que morrem, sonhos que se vão.
2. A próclise também
• Depois de pronomes indefinidos: alguém, quem, algum, • Em orações optativas (exprimem desejo), interrogativas
qualquer, ninguém etc. e exclamativas, com sujeito anteposto ao verbo.
Exemplo: Exemplos:
 Pouco se fez em favor da família.  A terra lhe seja breve!
 Alguém me disse duras verdades.  Quem se atreveria a isso?

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 Quanto te arriscas com esses procedimentos! Até se firmar, vai demorar.


Até firmar-se, vai demorar.
• Com o gerúndio antecedido da preposição “EM” ou de
uma palavra atrativa. CASOS DE MESÓCLISE
Exemplos: • Com o futuro do presente (sem palavra atrativa).
 Em se tratando de concursos, conhecia tudo. Exemplo:
 Não se querendo usar este quarto, usa-se o outro.  Dir-me-á que a redação não é importante.
Em frases com preposição + infinitivo flexionado (isto é,
conjugado)
• Com o futuro do pretérito (sem palavra atrativa).
Ex.:
Exemplo:
 A situação levou-os a se posicionarem contra a greve.
 Se fosse possível, contar-vos-ia o que se passou.

Com a palavra AMBOS é situação facultativa


CASOS DE ÊNCLISE
 Ambos me telefonaram hoje.
• No início do período: (menos quando o verbo estiver no
Com formas verbais proparoxítonas futuro).
 Nós lhes obedecíamos sempre. Exemplo:
 Vai-se a primeira pomba despertada.
Observações:
Depois de pronomes demonstrativos (esta, aquele, aquilo • Com o gerúndio não antecedido de “EM”.
etc.)
Exemplo:
Ex.:
 Fugiu da confusão, esgueirando-se entre os presentes.
 Aquilo lhe fez muito bem ou Aquilo fez-lhe muito bem.
 Isto me pertence ou Isto pertence-me.
• Com o imperativo afirmativo.
Exemplo:
• Depois de pronomes retos e de substantivos, pode ser
feita a próclise ou a ênclise, indiferentemente.  Procure os seus amigos e convide-os.

Exemplos:
 Ele a convidou para a festa. • Com o infinitivo não flexionado, precedido da
preposição a.
 Ela convidou-a para a festa.
Exemplo:
 Mamãe falou-me de você.
 Todos corriam ao ouvi-lo.
 Mamãe me falou de você.
Com infinitivo não flexionado precedido de preposição ou
palavra negativa. Com verbo no infinitivo não flexionado sem palavra atrativa

Ex.:  Assustar-te não era minha intenção.

 Vim para te apoiar. (próclise)


 Vim para apoiar-te. (ênclise) OBS: Quando o verbo principal for constituído por um
infinitivo ou um gerúndio, se não houver palavra atrativa,
o pronome oblíquo pode estar também antes do principal
ADMITE-SE SITUAÇÃO FACULTATIVA (sem hífen)
• Com infinitivo não flexionado precedido de preposição – Devo lhe esclarecer o ocorrido.
(para, em , por, sem , de, até, a) ou palavra negativa.
– Estavam me chamando pelo rádio.
Exs.:
Vim para te apoiar. (próclise)
Por motivo de eufonia, a tradição gramatical diz que se
Vim para apoiar-te. (ênclise) elimina o S final dos verbos na 1ª pessoa do plural
Meu desejo era não o encontrar. seguidos do pronome NOS:
Meu desejo era não encontrá-lo. – Inscrevemos + nos no curso = Inscrevemo-nos no curso.
– Conservamos + nos jovens = Conservamo-nos jovens..
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Em relação aos tempos compostos e às locuções verbais, o EMPREGO DOS PRONOMES


pronome oblíquo pode vir: o/a (s), me, te, se, nos, vos desempenham função se
Enclítico em relação ao verbo principal, se este vier no sujeitos de infinitivo ou de verbo no gerúndio, junto aos
infinitivo ou no gerúndio, NUNCA se estiver no particípio. verbos mandar, deixar, fazer, ver, ouvir e sentir (Mandei-o
Ex.: entrar / Eu o vi sair / Deixei-as chorando);

 Eu quero contar-lhe a verdade.


PRONOME OBLÍQUO COMO SUJEITO DO INFINITIVO

Proclítico ou enclítico em relação ao verbo auxiliar.


Ex.: Mandar
pronome oblíquo
 Eu lhe quero contar a verdade. Deixar
+ ou + verbo no infinitivo
 Eu quero-lhe contar a verdade. Fazer
Ver substantivo

Mesoclítico, se o auxiliar estiver no futuro do presente ou Ouvir


no futuro do pretérito. sentir
Ex.:
2. você hoje é usado no lugar das 2ª pessoas (tu/vós),
 Ter-lhe-ia contado a verdade, se a soubesse. levando o verbo e pronomes para a 3ª pessoa.

Locuções formadas com INFINITIVO: 3. quando precedidos de preposição, os pronomes retos


(exceto eu e tu) passam a funcionar como oblíquos;
 Vou trazer-lhe o livro.
4. eu e tu não podem vir precedidos de preposição, exceto
 Vou lhe trazer o livro. (forma coloquial) se funcionarem como sujeito de um verbo no infinitivo (Isto
 Não lhe vou trazer o livro. é para eu fazer ≠ para mim fazer);
 Não vou trazer-lhe o livro. Vejamos as particularidades dos oblíquos tônicos:

− Locuções formadas com GERÚNDIO: Mim


 Ele estava orientando-me. – Nunca houve nada entre mim e ti.
 Ele estava me orientando. (forma coloquial) - Trouxe lembrancinhas para mim e ti
 Ele não me estava orientando. Se estivesse assim: “Nunca houve nada entre eu e você.”,
 Ele não estava orientando-me. estaria ERRADO.
O eu só poderia vir após a preposição se fosse sujeito de um
verbo: “Entre eu viajar e
− Locuções formadas entre com PARTICÍPIO:
tu viajares, viajo eu!”.
 Ele tinha-me agradado.
Com estrutura de reciprocidade, com a preposição entre,
 Ele tinha me agradado. podemos usar mim, ti, nós, vós, ele(a/s) e quaisquer
 Ele não me tinha agradado. pronomes de tratamento.
Entre mim e ti nunca houve problemas mais graves.
Lembrete: Não use: Observe ainda:
– Pronome oblíquo no início de frase. – Sempre foi muito difícil para mim entender Matemática.
– Pronome enclítico ao particípio. (correta)

– Pronome enclítico a um dos futuros do indicativo.


– Pronome enclítico quando houver fator de próclise. Adjetivo

Logo, evite frases como as seguintes:


– Me mantive sentado. Releia e responda: Entender Matemática sempre foi muito
difícil para mim/para eu?
– Tinha sentado-se.
– Comprei vários livros para mim aprender Matemática.
– Manterei-me sentada. (errado)
– Jamais tinha-se revoltado com os problemas.
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 Dica: ❑ POSSESSIVO
se for possível apagar ou deslocar a expressão para mim, Note que:
isso é sinal de que o mim não funciona como sujeito do A forma do possessivo depende da pessoa gramatical a que
verbo no infinitivo. se refere; o gênero e o número concordam com o objeto
Logo, nestas condições, a expressão pode vir sem possuído.
problemas diante do verbo. Veja como ficaria: Por exemplo:
 Ele trouxe seu apoio e sua contribuição naquele
1) Sempre foi muito difícil ( ) entender Matemática. momento difícil.
ou 1. Normalmente, vem antes do nome a que se refere;
2) Para mim sempre foi muito difícil entender Matemática. podendo, também, vir depois do substantivo que
determina. Neste último caso, pode até alterar o sentido da
Agora tente aplicar essas dicas à frase “Comprei vários frase, seu (a/s) pode causar ambiguidade, para desfazê-la,
livros para mim aprender Matemática.”. Nessa frase o mim deve-se preferir o uso do dele (a/s) (Ele disse que Maria
conjuga verbo e tem função de sujeito, portanto seu uso estava trancada em sua casa - casa de quem?);
está inadequado, consertemos:
2. Pode indicar aproximação numérica (ele tem lá seus 40
Comprei vários livros para EU aprender Matemática. anos), posse figurada (Minha terra tem palmeiras), valor de
5. pronomes acompanhados de só ou todos, ou seguido de indefinição = algum (Tenho cá as minhas dúvidas!);
numeral, assumem forma reta e podem funcionar como 3. Nas expressões do tipo ― Seu João, seu não tem valor
objeto direto (Estava só ele no banco/Encontramos todos de posse por ser uma alteração fonética de Senhor.
eles);
6. me, te, se, nos, vos - podem ter valor reflexivo,
enquanto se, nos, vos - podem ter valor reflexivo e PREPOSIÇÃO
recíproco;
7. si e consigo - têm valor exclusivamente reflexivo e Palavra que não se flexiona, cuja função é ligar dois termos
usados para a 3ª pessoa; ou orações entre si, estabelecendo relação de subordinação
Fábia só fala de si mesma, levando consigo todo o (regente - regido).
crédito. Divide-se em:
8. conosco e convosco devem aparecer na sua forma • Essenciais (maioria das vezes são preposições): a, ante,
analítica (com nós e com vós) quando vierem com após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante,
modificadores (todos, outros, mesmos, próprios, numeral por, sem, sob, sobre, trás.
ou oração adjetiva);
9. os pronomes pessoais retos podem desempenhar
função de sujeito, predicativo do sujeito ou vocativo, este • Acidentais (palavras de outras classes que podem
último com tu e vós (Nós temos uma proposta / Eu sou eu e exercer função de preposição): afora, conforme (= de
pronto / Ó, tu, Senhor Jesus); acordo com), consoante, durante, exceto, salvo, segundo,
senão, mediante, visto (= devido a, por causa de).
10. não se podem contrair as preposições de e em com
pronomes que sejam sujeitos (Em vez de ele continuar,  (Vestimo-nos conforme a moda e o tempo / Os heróis
desistiu ≠ Vi as bolsas dele bem aqui); tiveram como prêmio aquela taça / Mediante meios
escusos, ele conseguiu a vaga / Vovó dormiu durante a
11. os pronomes átonos podem assumir valor possessivo viagem)
(Levaram-me o dinheiro = Levaram meu dinheiro/ Pesavam-
lhe os olhos = Pesavam os seus olhos). Sintaticamente, tais As preposições essenciais regem pronomes oblíquos
oblíquos serão adjuntos adnominais tônicos; enquanto preposições acidentais regem as formas
retas dos pronomes pessoais. (Falei sobre ti/ Todos, exceto
12. alguns pronomes átonos são partes integrantes de eu, vieram).
verbos pronominais como suicidar-se, apiedar-se, condoer-
se, queixar-se, vangloriar-se As locuções prepositivas, em geral, são formadas de
advérbio (ou locução adverbial) + preposição – abaixo de,
• podem-se usar alguns pronomes oblíquos como acerca de, a fim de, além de, defronte a, ao lado de, apesar
expressão expletiva, portanto pode-se retirar ou de, através de, de acordo com, em vez de, junto de, perto
ser conservado sem mudança para o sentido da de, até a, apesar de, devido a.
frase (Não me venha com essa = correta) ou (Não
me venha com essa = correta).
Emprego das Preposições
1. Combinação: a preposição une-se a outra palavra sem
perda fonética (ao/aos).

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2. Contração: a preposição junta-se a outra palavra com  João foi a São Paulo. (destino, direção)
perda fonética (em junta-se com aquela e forma-se  João veio de São Paulo (procedência)
naquela)
 Maria saiu a sua mãe. (semelhança)
3. Não se deve contrair de se o termo seguinte for sujeito
(“Está na hora de ele falar” e não “Está na hora (dele) falar”)  Fui ao cinema com Paula. (companhia)

4. A preposição após, acidentalmente, pode funcionar  Fiz o trabalho a caneta. (instrumento)


como advérbio (=atrás) (Terminada a festa, saíram logo  Voltaremos a qualquer momento. (tempo)
após.)  Compras só em dinheiro. (condição)
5. Trás, modernamente, só se usa em locuções adverbiais e
prepositivas (por trás, para trás por trás de).
ADVÉRBIO
Palavra que modifica o sentido do verbo, do adjetivo e do
Noções estabelecidas pelas preposições
próprio advérbio.
Isoladamente, as preposições são palavras vazias de
Denota em si mesma uma circunstância que determina sua
sentido, se bem que algumas contenham uma vaga noção
classificação:
de tempo e lugar.
Nas frases, exprimem diversas relações:
TIPOS DE ADVÉRBIOS
• Autoria: música de Caetano
• lugar – longe, junto, acima, ali, lá, atrás, alhures, abaixo,
• Lugar: cair sobre o telhado / estar sob a mesa
adiante, embaixo, detrás, ...
• Tempo: nascer a 15 de outubro / viajar em uma hora /
• tempo – breve, cedo, já, agora, outrora, imediatamente,
viajei durante as férias
ainda, mais (em frases negativas),afinal, antes, ontem,
• Modo ou conformidade: chegar aos gritos / votar em logo, anteontem, ...
branco
• modo – bem, mal, melhor, pior, devagar, assim,
• Causa: tremer de frio / preso por vadiagem depressa, alerta, debalde, à vontade, a maioria dos
• Assunto: falar sobre política advérbios com sufixo –mente
• Fim ou finalidade: vir em socorro / vir para ficar • negação – não, qual nada, tampouco, absolutamente, de
forma alguma, de modo nenhum, ...
• Instrumento: escrever a lápis / ferir- se com a faca
• dúvida – quiçá, talvez, provavelmente, porventura,
• Companhia: sair com amigos
possivelmente...
• Meio: voltar a cavalo / viajar de ônibus
• intensidade – muito, pouco, bastante, mais, meio, quão,
• Matéria: anel de prata / pão com farinha demais, tão, nada, tanto, quase, sobremaneira....
• Posse: carro de João • afirmação – sim, certamente, deveras, com efeito,
• Oposição: Flamengo contra Fluminense mesmo, decerto, sem dúvida, na realidade,
positivamente, indubitavelmente, incontestavelmente,
• Conteúdo: copo de (com) vinho
indiscutivelmente, verdadeiramente, realmente...
• Preço: vender a (por) R$ 300,00
Obs: Os advérbios já e mais em mesmo contexto frasal tem
• Origem: descender de família humilde caráter redundante.
• Especialidade: formou-se em Medicina Ex: Já não se fala mais nesse assunto. (deve ser feita opção
• Destino ou direção: ir a Roma / olhe para frente por um deles)

VALOR SEMÂNTICO DAS PREPOSIÇÕES ADVÉRBIO DE INTENSIDADE:


Valor Relacional: Liga palavras e orações. demasiadamente, extremamente, suficientemente,
excessivamente, completamente, totalmente,
 Gosto de você. /Ela tem certeza de que a vida é bela.
relativamente, profundamente, razoavelmente,
estupidamente
Valor Nocional: Tem sentido de circunstância:
 Venho do cinema. (lugar) ADVÉRBIO DE DÚVIDA:
 Morreu de tédio. (causa) possivelmente, aparentemente, supostamente,
 Porta de madeira. (matéria) provavelmente, casualmente.
 Cadeira de balanço. (finalidade)

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ADVÉRBIOS DE AFIRMAÇÃO: Comparativo:


certamente, efetivamente, seguramente, realmente, a) igualdade – tão+ advérbio+ quanto
positivamente, indubitavelmente, verdadeiramente, b) superioridade – mais+ advérbio+ (do) que
fatalmente, incontestavelmente, indiscutivelmente,
seguramente. c) inferioridade – menos+ advérbio+ (do) que

ADVÉRBIOS DE TEMPO: Superlativo:

Primeiramente, antigamente, finalmente, brevemente, a) sintético – advérbio + sufixo (-íssimo)


constantemente, imediatamente, primeiramente, b) analítico – muito + advérbio
tardiamente, provisoriamente, sucessivamente, Atenção: bem e mal admitem grau comparativo de
momentaneamente, recentemente, bimestralmente, superioridade sintético: melhor e pior.
atualmente, provisoriamente, concomitantemente,
esporadicamente, oportunamente, normalmente, As formas mais bem e mais mal são usadas diante de
temporariamente, transitoriamente, semanalmente, particípios adjetivados. (Ele está mais bem informado do
que eu).
Melhor e pior podem corresponder a mais bem / mal
ADVÉRBIO DE MODO: (advérbio) ou a mais bom / mau (adjetivo).
deliberadamente, bondosamente, generosamente,
cuidadosamente, paulatinamente, gradualmente,
igualmente, especialmente. Emprego do Advérbio
1. Três advérbios-pronominais indefinidos de lugar vão
caindo em desuso: algures, alhures e nenhures, substituídos
ADVÉRBIOS DE LUGAR: por em algum, em outro e em nenhum lugar.
externamente, internamente, interiormente, 2. Na linguagem coloquial, o advérbio recebe sufixo
proximamente, lateralmente, diminutivo. Nesses casos, o advérbio assume valor
Palavras que propõem afirmação, negação, exclusão, superlativo absoluto sintético (cedinho/pertinho), nesse
inclusão, avaliação, designação, explicação, retificação não caso, há uma interferência semântica que não influi na
exprimem circunstâncias e, por isso, não são advérbios e classe gramatical. A repetição de um mesmo advérbio
sim palavras denotativas. também assume valor superlativo (saiu cedo, cedo).
As palavras onde (de lugar), como (de modo), porque (de 3. Quando os advérbios terminados em -mente estiverem
causa), quanto (classificação variável) e quando (de tempo), coordenados, é comum o uso do sufixo só no último (Falou
usadas em frases interrogativas diretas ou indiretas, são rápida e pausadamente).
classificadas como advérbios interrogativos (queria saber 4. muito e bastante podem aparecer como advérbio
onde todos dormirão / quando se realizou o concurso). (invariável ou pronome indefinido [variável – determina
As locuções adverbiais são geralmente constituídas de substantivo]).
preposição + substantivo – à direita, à frente, à vontade, de 5. Otimamente e pessimamente são superlativos absolutos
cor, em vão, por acaso, frente a frente, de maneira sintéticos de bem e mal, respectivamente.
alguma, de manhã, de repente, de vez em quando, em
breve, em mão (em vez de “em mãos”), em domicílio, de 6. Adjetivos adverbializados mantêm-se invariáveis
perto, um dia, de vez em quando. (terminaram rápido o trabalho / ele falou claro).

São classificadas, também, em função da circunstância que


expressam. PALAVRAS DENOTATIVAS
Atenção: Acrescentam-se aos sete tipos de advérbios Série de palavras que se assemelham ao advérbio.
propostos no quadro anterior e na NGB outras
circunstâncias: assunto, causa, companhia, instrumento e A NGB considera-as apenas como palavras denotativas, não
condição. pertencendo a nenhuma das 10 classes gramaticais.
Classificam-se em função da ideia que expressam:
Grau do Advérbio • Adição: ainda, além disso. (Comeu tudo e ainda queria
mais):
Apesar de pertencer à categoria das palavras invariáveis, o
advérbio pode apresentar variações de grau comparativo • Afastamento: embora (Foi embora daqui).
ou superlativo. • Afetividade: ainda bem, felizmente, infelizmente (Ainda
bem que passei de ano).
• Aproximação: quase, lá por, bem, uns, cerca de, por
volta de. (É quase 1h a pé).

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• Designação: eis (Eis nosso carro novo). • Locução adverbial: ocorre quando há mais de uma
• Exclusão: apesar, somente, só, salvo, unicamente, palavra.
exclusive, exceto, senão, sequer, apenas. (Todos saíram, • Função sintática: para cada advérbio ou locução
menos ela / Não me descontou sequer um real). adverbial a função sintática é o adjunto adverbial.
• Explicação: isto é, por exemplo, a saber. (Li vários livros,
a saber, os clássicos). Ex.:
• Inclusão: até, ainda, além disso, também, inclusive. (Eu  Vou cedo, à noite (Quando? A que horas? Cedo é
também vou / Falta tudo, até água). advérbio de tempo, à noite é locução adverbial de
• Limitação: só, somente, unicamente, apenas. (Apenas tempo, cedo e à noite são adjuntos adverbiais de
um me respondeu / Só ele veio à festa). tempo).
• Realce: é que, cá, lá, não, mas, é porque. (E você lá sabe  Vou de táxi (De que modo? Com que meio? Como? de
essa questão?). táxi é locução adverbial de modo ou meio, de táxi é
• Retificação: aliás, isto é, ou melhor, ou antes. (Somos adjunto adverbial de modo ou de meio).
três, ou melhor, quatro).  Vou à festa (A que lugar? Aonde? à festa é locução
• Situação: então, mas, se, agora, afinal. (Afinal, quem adverbial de lugar, à festa é adjunto adverbial de lugar).
perguntaria a ele?).
Circunstâncias:
DICAS PARA ENCONTRAR O ADVÉRBIO / A LOCUÇÃO • AFIRMAÇÃO - sim, deveras, certamente
ADVERBIAL E O ADJUNTO ADVERBIAL • DÚVIDA - talvez, quis, porventura.
• Verbo Intransitivo: pode vir advérbio com qualquer • EXCLUSÃO - só, somente, apenas.
verbo, mas principalmente eles aparecem sozinhos com
verbos intransitivos. • INTENSIDADE - muito, pouco, mais, menos, bem, mal,
etc.
• Circunstâncias: Sempre se referem ao verbo, ao adjetivo
ou a outro advérbio, embora, às vezes, estejam distantes • LUGAR - aqui, ali, acolá, além, aquém, cá, lá, fora, etc.
dessas classes gramaticais. • MODO - bem, mal, assim, etc.
• Lembre-se de que: O objeto indireto só aceita as • NEGAÇÃO - não.
perguntas: quê? e quem? com a preposição da frase. • TEMPO - hoje, ontem, amanhã, cedo, tarde, logo, nunca,
• Classe gramatical: advérbio ocorre quando há uma só jamais, etc.
palavra. • INTERROGATIVO - como? quando? onde?

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INTERJEIÇÃO
CLASSIFICAÇÃO

10 – VERBO
MECANISMOS DE FLEXÃO DOS VERBOS.
1. Tipos de verbos
2. Flexões verbais
3. Tempos
4. Vozes
5. Verbos notáveis
6. Infinitivo pessoal ou impessoal?
Sabe-se que uma palavra é verbo quando essa palavra, de modo geral, pode ser antecedida de pronome reto.
Nesse caso, o verbo é uma palavra que obrigatoriamente tem: número, pessoa, tempo, modo e voz.
Observe o exemplo:
 Eu canto.
Em função dos elementos, identificam-se os itens abaixo:
Em CANTO temos:
1. NÚMERO: singular.
2. PESSOA: 1ª.
3. TEMPO: presente.

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4. MODO: indicativo.
5. VOZ: ativa.

Os verbos da língua portuguesa se agrupam em três conjugações, de conformidade com a terminação do infinitivo:
1) Os da primeira conjugação terminam em -Ar: cantar.
2) Os da segunda conjugação terminam em -Er: bater.
3) Os da terceira conjugação terminam em -Ir: partir.

Cada conjugação se caracteriza por uma vogal temática:


A (1ªconjugação),
E (2ªconjugação),
I (3ª conjugação).
Observações:
– O verbo pôr (antigo poer) perdeu a vogal temática do infinitivo. É um verbo da segunda conjugação.
Num verbo devemos distinguir o radical, que é a parte geralmente invariável e as desinências, que variam para denotar os
diversos acidentes gramaticais.

ELEMENTOS MÓRFICOS
Radical V.T. Desinências
cant- -a -r
Cant- ᶲ -o
bat- -e -r
Bat- -i -a -s
part- -i -r
Part- -i - mos
Há a desinência modo-temporal, indicando a que modo e tempo a flexão verbal pertence e há a desinência número-pessoal
indicando a que pessoa e número a flexão verbal pertence.

ESTUDO SOBRE VERBOS

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ALGUMAS FORMAS VERBAIS QUE MERECEM ATENÇÃO ESPECIAL:


OBSERVAR:
VERBO SER E VERBO IR COM A MESMA FORMA
SER = IR
VERBOS SER = IR
PRETÉRITO PERFEITO Eu FUI um excelente aluno
FUI, FOSTE, FOI, ...
INDICATIVO Eu FUI à praia ontem
Eu FORA antes
PRETÉRITO
um excelente aluno
MAIS-QUE-PERFEITO FORA, FORAS, ...
Eu FORA à praia
INDICATIVO
antes de ir ao almoço
PRETÉRITO
Se eu FOSSE um excelente aluno, seria classificado
IMPERFEITO Se eu FOSSE
Se eu FOSSE à praia, encontraria os amigos
SUBJUNTIVO
Quando eu FOR um excelente aluno, serei
FUTURO SUBJUNTIVO Quando/Se eu FOR classificado.
Quando eu FOR à praia, encontrarei os amigos

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VERBO TER
PRESENTE INDICATIVO TENHO, TENS, TEM..., TÊM Eu TENHO muita alegria e fé
VERBO TER e SEUS DERIVADOS
PRESENTE INDICATIVO MANTENHO, MANTÉNS,
Eu MANTENHO muita alegria e fé
MANTÉM...
PRETÉRITO TIVERA, TIVERAS, ... Eu TIVERA antes, na vida, muito poder
MAIS-QUE-PERFEITO MANTIVERA, MANTIVERAS, Eu MANTIVERA o prestígio, mas perdi o poder
INDICATIVO ... Eu MANTERA(ERRADO)
Se eu TIVESSE mais fé, seria mais abençoado
PRETÉRITO TIVESSE, TIVESSES...
IMPERFEITO Se eu MANTIVESSE meu esforço, seria mais
MANTIVESSE, recompensado
SUBJUNTIVO MANTIVESSES...
Se eu MANTESSE(ERRADO)
Quando/Se eu TIVER mais fé, serei mais
recompensado
TIVER, TIVERES...
FUTURO SUBJUNTIVO Quando/Se eu MANTIVER meus esforços,
MANTIVER, MANTIVERES...
serei mais recompensado
Quando/Se eu MANTER(ERRADO)
Alguns verbos derivados de TER seguem esse modelo: ater, conter, deter, entreter, manter, reter.
VERBO PÔR e SEUS DERIVADOS
Se eu PUSESSE mais areia, entupiria
PRETÉRITO IMPERFEITO PUSESSE, PUSESSES...
Se eu REPUSESSE minhas energias, venceria a prova
SUBJUNTIVO REPUSESSE, REPUSESSES...
Se eu REPOSSE(ERRADO)
Quando/Se eu PUSER mais areia, entupirei

PUSER, PUSERES...
FUTURO SUBJUNTIVO Quando/Se eu REPUSER minhas esforços, vencerei a
REPUSER, REPUSERES...
prova
Quando/Se eu REPOR(ERRADO)
Alguns verbos derivados de PÔR seguem esse modelo: repor, compor, depor, propor, contrapor.

VERBOS VER e VIR


TEMPOS VERBO VER VERBO VIR
vejo, vês, VÊ, VEMOS, vedes,
PRESENTE INDICATIVO venho, vens, VEM, VIMOS, vindes, VÊM
VEEM
PRETÉRITO PERFEITO VIM, VIESTE, VEIO, VIEMOS,...
VI, VISTE, VIU, VIMOS, ...
INDICATIVO INTERVIM, INTERVIESTE, INTERVEIO, ...
PRETÉRITO IMPERFEITO
Se eu VISSE, VISSES, ... Se eu VIESSE, VIESSES,...
SUBJUNTIVO
Quando/Se Quando/Se
FUTURO SUBJUNTIVO VIR, VIRES, VIR, VIRMOS, ... VIER, VIERES, VIER, VIERMOS, ...
Quando/Se eu VER (ERRADO) Quando/Se eu VINHER(ERRADO)

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VERBO REAVER
DEFECTIVO SOMENTE
Não se conjuga em todos os Nós REAVEMOS
PRESENTE INDICATIVO
tempos nem em todas as Vós REAVEIS
pessoas Eu REAVEJO (ERRADO)
Eu REOUVE, REOUVESTE,
Ele REOUVE
PRETÉRITO PERFEITO Nós REOUVEMOS, REOUVESTES
EM TODAS AS FORMAS
INDICATIVO Eles REOUVERAM
Eu REAVI(ERRADO)
Nós REAVEMOS(ERRADO)
PRETÉRITO
MAIS-QUE-PERFEITO EM TODAS AS FORMAS Eu REOUVERA, ...
INDICATIVO
PRETÉRITO IMPERFEITO Se eu REOUVESSE, ...
EM TODAS AS FORMAS
SUBJUNTIVO Se eu REAVESSE(ERRADO)
Quando/Se eu REOUVER, ...
FUTURO SUBJUNTIVO EM TODAS AS FORMAS
Quando/Se eu REAVER(ERRADO)

Tipos de verbos
Conforme visto nos elementos mórficos, os verbos apresentam três conjugações. Em função da vogal temática, podem-se
criar três paradigmas verbais.
De acordo com a relação dos verbos com esses paradigmas, obtém-se a seguinte classificação:
1. Regulares - seguem o paradigma verbal de sua conjugação;
2. Irregulares - não seguem o paradigma verbal da conjugação a que pertencem. As irregularidades podem aparecer no
radical ou nas desinências (ouvir – ouço/ouve, estar – estou/estão);

Atenção:
Entre os irregulares, destacam-se os verbos anômalos que apresentam profundas irregularidades.
São os mais clássicos exemplos os verbos ser e ir como anômalos. Outros autores incluem também o verbo pôr, estar, haver,
ter e vir.

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Atenção: As segundas pessoas do imperativo afirmativo são: sê (tu) e sede (vós).

VERBO IR

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11 – LOCUÇÕES VERBAIS (PERÍFRASES VERBAIS)

Locução Verbal
Também chamada de perífrase verbal, a locução verbal é um grupo de verbos que tem uma só unidade de sentido, como se
fosse um só verbo. É por isso que é contada como uma só oração na análise sintática.
Formada por verbo auxiliar + verbo principal (sempre no gerúndio, no infinitivo ou no particípio), a locução verbal
representa uma só oração dentro da frase.
Outra coisa: para que você reconheça uma locução verbal, note que os verbos têm de se referir ao mesmo sujeito. Por
exemplo, em “Vou estudar”, quem vai? Eu. Quem estudará? Eu.
Logo, se ambos os verbos se referem ao mesmo sujeito, estamos diante de uma locução verbal.

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Tempos Compostos
São formados por locuções verbais que têm como auxiliares os verbos ter e haver e como principal, qualquer verbo
no particípio. São eles:
1) Pretérito Perfeito Composto do Indicativo:
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Presente do Indicativo e o principal no particípio, indicando
fato que tem ocorrido com frequência ultimamente. Por exemplo:
Eu tenho estudado demais ultimamente.
2) Pretérito Perfeito Composto do Subjuntivo:
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Presente do Subjuntivo e o principal no particípio, indicando
desejo de que algo já tenha ocorrido. Por exemplo:
Espero que você tenha estudado o suficiente, para conseguir a aprovação.

3) Pretérito Mais-que-perfeito Composto do Indicativo:


É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Pretérito Imperfeito do Indicativo e o principal no particípio,
tendo o mesmo valor que o Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo simples. Por exemplo:
Eu já tinha estudado no Maxi, quando conheci Magali.

4) Pretérito Mais-que-perfeito Composto do Subjuntivo:


É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Pretérito Imperfeito do Subjuntivo e o principal no particípio,
tendo o mesmo valor que o Pretérito Imperfeito do Subjuntivo simples. Por exemplo:
Eu teria estudado no Maxi, se não me tivesse mudado de cidade.
Obs.: perceba que todas as frases remetem a ação obrigatoriamente para o passado. A frase Se eu estudasse, aprenderia é
completamente diferente de Se eu tivesse estudado, teria aprendido.

5) Futuro do Presente Composto do Indicativo:


É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do Presente simples do Indicativo e o principal no
particípio, tendo o mesmo valor que o Futuro do Presente simples do Indicativo. Por exemplo:
Amanhã, quando o dia amanhecer, eu já terei partido.

6) Futuro do Pretérito Composto do Indicativo:


É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do Pretérito simples do Indicativo e o principal no
particípio, tendo o mesmo valor que o Futuro do Pretérito simples do Indicativo. Por exemplo:
Eu teria estudado no Maxi, se não me tivesse mudado de cidade.

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7) Futuro Composto do Subjuntivo:


É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do Subjuntivo simples e o principal no particípio, tendo
o mesmo valor que o Futuro do Subjuntivo simples. Por exemplo:
Quando você tiver terminado sua série de exercícios, eu caminharei 6 Km.
Veja os exemplos:
Quando você chegar à minha casa, telefonarei a Manuel.
Quando você chegar à minha casa, já terei telefonado a Manuel.
Perceba que o significado é totalmente diferente em ambas as frases apresentadas. No primeiro caso, esperarei "você"
praticar a sua ação para, depois, praticar a minha; no segundo, primeiro praticarei a minha. Por isso o uso do advérbio "já".
Assim, observe que o mesmo ocorre nas frases a seguir:
Quando você tiver terminado o trabalho, telefonarei a Manuel.
Quando você tiver terminado o trabalho, já terei telefonado a Manuel.

8) Infinitivo Pessoal Composto:


É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Infinitivo Pessoal simples e o principal no particípio, indicando
ação passada em relação ao momento da fala. Por exemplo:
Tempo Formação Exemplo Valor
Pretérito Perfeito auxiliar ter ou haver no Presente do Eu tenho estudado Indicando fato que se inicia no
Composto do Indicativo e o principal no particípio demais ultimamente. passado e vem ocorrendo até o
Indicativo momento da declaração
Pretérito Perfeito auxiliar ter ou haver no Presente do Espero que você indicando normalmente desejo de
Composto do Subjuntivo e o principal no particípio tenha estudado o que algo já tenha ocorrido ou um
Subjuntivo suficiente, para fato futuro já terminado em
conseguir a relação a outro
aprovação.
Pretérito Mais-que- auxiliar ter ou haver no Pretérito Eu já tinha estudado exprimindo o mesmo que o
perfeito Composto Imperfeito do Indicativo e o principal no Maxi, quando pretérito mais-que-perfeito do
do Indicativo: no particípio conheci Magali. indicativo simples.
Pretérito Mais-que- auxiliar ter ou haver no Pretérito Eu teria estudado no exprimindo, normalmente, o
perfeito Composto Imperfeito do Subjuntivo e o principal Maxi, se não me mesmo valor que o pretérito
do Subjuntivo no particípio tivesse mudado de imperfeito do
cidade. subjuntivo simples
Futuro do Presente auxiliar ter ou haver no Futuro do Amanhã, quando o 1) um fato futuro anterior a outro
Composto do Presente simples do Indicativo e o dia amanhecer, eu já fato futuro,
Indicativo principal no particípio terei partido. 2) fato futuro já iniciado
no presente
Futuro do Pretérito auxiliar ter ou haver no Futuro do Eu teria estudado no
Composto do Pretérito simples do Indicativo e o Maxi, se não me exprimindo os mesmos valores que
Indicativo principal no particípio tivesse mudado de o futuro do pretérito simples
cidade.
Futuro Composto do auxiliar ter ou haver no Futuro do Quando você tiver exprimindo o mesmo valor que o
Subjuntivo Subjuntivo simples e o principal no terminado sua série futuro do subjuntivo simples.
particípio de exercícios, eu
caminharei 6 Km.
Infinitivo Pessoal auxiliar ter ou haver no Infinitivo Para você ter ação passada em relação ao
Composto Pessoal simples e o principal no comprado esse carro, momento da fala
particípio necessitou de muito
dinheiro.

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Locuções Verbais
Outro tipo de conjugação composta - também chamada conjugação perifrástica - são as locuções verbais, constituídas de
verbos auxiliares mais gerúndio, particípio ou infinitivo.
São conjuntos de verbos que, numa frase, desempenham papel equivalente ao de um verbo único. Nessas locuções, o último
verbo, chamado principal, surge sempre numa de suas formas nominais; as flexões de tempo, modo, número e pessoa
ocorrem nos verbos auxiliares. Observe os exemplos:

Estou lendo o jornal.


Marta veio correndo: o noivo acabara de chegar.
Ninguém poderá sair antes do término da sessão.

A língua portuguesa apresenta uma grande variedade dessas locuções, conseguindo exprimir por meio delas os mais variados
matizes de significado. Poder e dever são auxiliares que exprimem a potencialidade ou a necessidade de que determinado
processo se realize ou não. Veja:
Pode ocorrer algo inesperado durante a festa.
Deve ocorrer algo inesperado durante a festa.
Outro auxiliar importante é querer, que exprime vontade, desejo. Por exemplo:
Quero ver você hoje.
Também são largamente usados como auxiliares: começar a, deixar de, voltar a, continuar a, pôr-se a, ir, vir e estar, todos
ligados à noção de aspecto verbal.

USO DO VERBO SER NA FORMAÇÃO DE VOZ PASSIVA


Um verbo está na voz passiva quando o sujeito é paciente, isto é, sofre, recebe ou desfruta da ação expressa pelo verbo.
Ex.: A ave foi abatida pelo caçador.
Obs.: Somente verbos transitivos diretos podem ser usados na voz passiva.

FORMAÇÃO DA VOZ PASSIVA ANALÍTICA


A voz passiva, mais frequentemente, é formada:

Voz Ativa:
Saiba que:
Para perceber como os verbos participam da relação entre o objeto direto e seu predicativo, basta passar a oração para
voz passiva. Veja:

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As mulheres julgam os homens insensíveis


Sujeito V.T.D. O.D. Predicativo do Objeto

Voz Passiva Analítica:

Os homens são julgados insensíveis pelas mulheres


Sujeito V.T.D. Predicativo Agente
do sujeito da Passiva

O verbo julgar relaciona o complemento (os homens) com o predicativo (insensíveis). Essa relação se evidencia quando
passamos a oração para a voz passiva.

Praticando:
VERBO SER:

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MODO INDICATIVO
Presente do Indicativo
VOZ ATIVA: O professor elogia o aluno dedicado
VOZ PASSIVA: o aluno dedicado É elogiado pelo professor

Pretérito Perfeito
VOZ ATIVA: O professor elogiou o aluno dedicado
VOZ PASSIVA: o aluno dedicado FOI elogiado pelo professor

Pretérito Imperfeito
VOZ ATIVA: O professor elogiava o aluno dedicado
VOZ PASSIVA: o aluno dedicado ERA elogiado pelo professor

Pretérito mais-que-perfeito
VOZ ATIVA: O professor elogiara o aluno dedicado
VOZ PASSIVA: o aluno dedicado FORA elogiado pelo professor
Futuro do Presente
VOZ ATIVA: O professor elogiará o aluno dedicado
VOZ PASSIVA: o aluno dedicado SERÁ elogiado pelo professor
Futuro do Pretérito
VOZ ATIVA: O professor elogiaria o aluno dedicado
VOZ PASSIVA: o aluno dedicado SERIA elogiado pelo professor

MODO SUBJUNTIVO
Presente do Subjuntivo
VOZ ATIVA: Eu espero que o professor elogie o aluno dedicado
VOZ PASSIVA: Eu espero que o aluno dedicado SEJA elogiado pelo professor

Pretérito Imperfeito do subjuntivo


VOZ ATIVA: Eu esperaria que o professor elogiasse o aluno dedicado
VOZ PASSIVA: Se o aluno dedicado FOSSE elogiado pelo professor...

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Futuro do subjuntivo
VOZ ATIVA: Tudo dará certo quando o professor elogiar o aluno dedicado
VOZ PASSIVA: Quando o aluno dedicado FOR elogiado pelo professor...

OUTRAS FORMAS – Locuções Verbais


VOZ ATIVA: O professor vai elogiar o aluno dedicado
VOZ PASSIVA: o aluno dedicado VAI SER ELOGIADO elogiado pelo professor

VOZ ATIVA: O professor está elogiando o aluno dedicado


VOZ PASSIVA: o aluno dedicado ESTÁ SENDO ELOGIADO elogiado pelo professor
VOZ ATIVA: O professor tinha elogiado o aluno dedicado
VOZ PASSIVA: o aluno dedicado TINHA SIDO ELOGIADO elogiado pelo professor
Na passiva analítica, o verbo pode vir acompanhado pelo agente da passiva. Menos frequentemente, pode-se exprimir a
passiva analítica com outros verbos auxiliares.
Ex.:
 A aldeia estava isolada pelas águas.

VOZ PASSIVA COM TEMPOS COMPOSTOS


Voluntários de todo o mundo têm feito esforços para minimizar os danos da guerra.
Esforços TÊM SIDO FEITOS por voluntários de todo o mundo para minimizar os danos da guerra.
4. Enquanto nos tempos compostos o particípio passado é invariável, na voz passiva analítica ele concorda em gênero e
número com o sujeito:
Ex:
 O engenheiro havia planejado a ideia
 A ideia havia sido planejadA pelo engenheiros
 Jornalistas têm alcançadO diversos setores da sociedade
 Diversos setores da sociedade têm sido alcançadOS por jornalistas.
OBS: O verbo HAVER é sempre TRANSITIVO DIRETO, mas NÃO aceita VOZ PASSIVA.
O agente da passiva geralmente é acompanhado da preposição por, mas pode ocorrer a construção com a preposição de
Por exemplo:
 A casa ficou cercada de soldados.
Particípio: guiado.
Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente, isto é, pratica e recebe a ação.
Por exemplo:
O menino feriu-se. (a si mesmo)
Obs.: não confundir o emprego reflexivo do verbo com a noção de reciprocidade.
Por exemplo:
Os lutadores feriram-se. (um ao outro)
O verbo reflexivo é conjugado com os pronomes reflexivos me, te, se, nos, vos, se. Estes pronomes são reflexivos quando se
lhes pode acrescentar: a mim mesmo, a ti mesmo, e si mesmo, a nós mesmos, etc., respectivamente.
Ex.:
Consideras-te aprovado? (a ti mesmo) (te = pronome reflexivo)
Uma variante da voz reflexiva é a que denota reciprocidade, ação mútua ou correspondida. Os verbos desta voz, por alguns
chamados recíprocos, usam-se geralmente, no plural e podem ser reforçados pelas expressões um ao outro, reciprocamente,
mutuamente.

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Ex.:
Amam-se como irmãos.
Os pretendentes insultaram-se. (Pronome recíproco)

1. VERBO PÔR
Atenção: Todos os derivados do verbo pôr seguem exatamente esse modelo: antepor, compor, contrapor, decompor, depor,
descompor, dispor, expor, impor, indispor, interpor, opor, pospor, predispor, pressupor, propor, recompor, repor, sobrepor,
supor, transpor são alguns deles.

VERBOS DERIVADOS DE PÔR


O verbo pôr não tem Z em nenhum de seus tempos. Não se escreve, portanto, “puz”, “puzesse”, etc. Todos os fonemas /z/ são
gramaticalmente representados por S.

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• Infinitivo Pessoal: pôr, pores, pôr, pormos, pordes, porem.


• Infinitivo Impessoal: pôr.
• Gerúndio: pondo.
• Particípio: posto.

DEPOR
• Indicativo Presente: deponho, depões, depõe, depomos, depondes, depõem.
• Pretérito Perfeito: depus, depuseste, depôs, depusemos, depusestes, depuseram.
• Pretérito Imperfeito: depunha, depunhas, depunha, depúnhamos, depúnheis, depunham.
• Futuro do Presente: deporei, deporás, deporá, deporemos, deporeis, deporão.
• Futuro do Pretérito: deporia, deporias, deporia, deporíamos, deporíeis, deporiam.
• Subjuntivo Presente: deponha, deponhas, deponha, deponhamos, deponhais, deponham.
• Subjuntivo Imperfeito: depusesse, depusesses, depusesse, depuséssemos, depusésseis, depusessem.
• Subjuntivo: depuser, depuseres, depuser, depusermos, depuserdes, depuserem.
• Gerúndio: depondo.
• Particípio: deposto.
• Infinitivo Pessoal: depor, depores, depor, depormos, depordes, deporem.
• Infinitivo Impessoal: depor.

VERBO VER
Por este, conjugam-se os compostos: antever, entrever, prever, rever, mas não prover.
Também não se conjuga pelo modelo de ver, o verbo precaver, que dele não é derivado.

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VERBOS DERIVADOS DE VER


ANTEVER
• Indicativo Presente: antevejo, antevês, antevê, antevemos, antevedes, anteveem.
• Pretérito Perfeito: antevi, anteviste, anteviu, antevimos, antevistes, anteviram.
• Pretérito Imperfeito: antevia, antevias, antevia, antevíamos, antevíeis, anteviam.
• Pretérito Mais-Que-Perfeito: antevira, anteviras, antevira, antevíramos, antevíreis, anteviram.
• Futuro do Presente: anteverei, anteverás, anteverá, anteveremos, antevereis, anteverão.
• Futuro do Pretérito: anteveria, anteverias, anteveria, anteveríamos, anteveríeis, anteveriam.
• Subjuntivo Presente: anteveja, antevejas, anteveja, antevejamos, antevejais, antevejam.
• Imperfeito do Subjuntivo: antevisse, antevisses, antevisse, antevíssemos, antevísseis, antevissem.
• Futuro do Subjuntivo: antevir, antevires, antevir, antevirmos, antevirdes, antevirem.
• Gerúndio: antevendo.
• Particípio: antevisto.
• Infinitivo Impessoal: antever.
• Infinitivo Pessoal: antever, anteveres, antever, antevermos, anteverdes, anteverem.

Obs.: Prover é composto de ver em alguns tempos e por ele se conjuga, salvo no pretérito perfeito, no mais-que-perfeito, no
imperfeito do subjuntivo e no particípio. O E da sílaba ver é sempre fechado. Por ele se conjuga desprover. Não confundir
com provir.
• Indicativo Presente: provejo, provês, provê, provemos, provedes, proveem.
• Pretérito Perfeito: provi, proveste, proveu, provemos, provestes, proveram.
• Pretérito Imperfeito: provia, provias, provia, províamos, províeis, proviam.
• Pretérito Mais-Que-Perfeito: provera, proveras, provera, provêramos, provêreis, proveram.
• Futuro do Presente: proverei, proverás, proverá, proveremos, provereis, proverão.
• Futuro do Pretérito: proveria, proverias, proveria, proveríamos, proveríeis, proveriam.
• Subjuntivo Presente: proveja, provejas, proveja, provejamos, provejais, provejam.
• Subjuntivo Imperfeito: provesse, provesses, provesse, provêssemos, provêsseis, provessem.
• subjuntivo Futuro: prover, proveres, prover, provermos, proverdes, proverem.
• Gerúndio: provendo.
• Particípio: provido.
• Infinitivo Impessoal: prover.
• Infinitivo Pessoal: prover, proveres, prover, provermos, proverdes, proverem.

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VERBO VIR

CUIDADO!
VERBOS TER E VIR
Acentua-se com circunflexo a 3ª pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos ter e vir, bem como nos seus
derivados (deter, conter, manter, reter, advir, convir, intervir). Veja:
Ele tem Eles têm
Ele retém Eles retêm
Ela vem Elas vêm
Ele intervém Eles intervêm

VERBOS DERIVADOS DE VIR


As pessoas menos cultas manifestam a tendência para dizer viemos em vez de vimos, na primeira pessoa do plural do
indicativo presente. Observe-se que o gerúndio e o particípio são iguais (vindo).
Por este, se conjugam: advir, convir, intervir, provir, sobrevir, avir-se, desavir-se.
Desavindo, além do particípio, é adjetivo: casais desavindos.

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2. VERBO HAVER

OBS: Por este verbo, conjuga-se o reaver, que é um verbo defectivo, mas possui apenas as formas em que há a letra v.
Não há presente do subjuntivo e, portanto, nem imperativo negativo.

REAVER (Defectivo)
• Indicativo Presente: (não possui todas as pessoas) reavemos, reaveis.
• Pretérito Perfeito: reouve, reouveste, reouve, reouvemos, reouvestes, reouveram.
• Pretérito Imperfeito: reavia, reavias, reavia, reavíamos, reavíeis, reaviam.
• Pretérito Mais-Que-Perfeito: reouvera, reouveras, reouvera, reouvéramos, reouvéreis, reouveram.
• Futuro do Presente: reaverei, reaverás, reaverá, reaveremos, reavereis, reaverão.
• Futuro do Pretérito: reaveria, reaverias, reaveria, reaveríamos, reaveríeis, reaveriam.
• Presente do subjuntivo: (não há formais para esse tempo)
• Imperfeito Subjuntivo: reouvesse, reouvesses, reouvesse, reouvéssemos, reouvésseis, reouvessem.
• Futuro do Subjuntivo: reouver, reouveres, reouver, reouvermos, reouverdes, reouverem.
• Gerúndio: reavendo.
• Particípio: reavido.
• Infinitivo Pessoal: reaver, reaveres, reaver, reavermos, reaverdes, reaverem.
• Infinitivo Impessoal: reaver.

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3. VERBO PODER

Verbos dicendi – os verbos que antecedem uma declaração, uma pergunta, é um verbo declarativo, como:
Aconselhar afirmar, Anuir bradar,
Concordar contestar Declarar determinar,
Dizer exclamar, indagar, interrogar
gritar, mandar, negar, objetar,
ordenar pedir perguntar, solicitar

Verbo vicário é o que fica no lugar de outro, que substitui um verbo para ele não se repetir. Isto é possível porque, em
determinado contexto, o verbo vicário é sinônimo daquele do qual faz as vezes. Os que mais se empregam com essa
finalidade são fazer e ser:
 “Renato vinha muito aqui, mas há meses que não o faz” (o faz = vem aqui)
 “Ela não canta mais como fazia antigamente” (fazia = cantava)
 “O concerto realizou-se, mas não foi como se esperava” (foi = realizou-se)

FLEXÕES VERBAIS
1. número – singular ou plural;
2. pessoa gramatical – 1ª, 2ª ou 3ª;
3. tempo - referência ao momento em que se fala (pretérito, presente ou futuro);

Atenção: o modo imperativo só tem um tempo, o presente.


4. voz – ativa, passiva e reflexiva;

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5. modo:
• indicativo (certeza de um fato ou estado),
• subjuntivo (possibilidade ou desejo de realização de um fato ou incerteza do estado)
• imperativo (expressa ordem, advertência, súplica ou pedido).
Além desses três modos, existem as formas nominais do verbo (infinitivo, gerúndio, particípio), que enunciam um fato de
maneira vaga, imprecisa, impessoal.
1º) Infinitivo: plantaR, vendeR, feriR.
2º) Gerúndio: plantaNDO, vendeNDO, feriNDO.
3º) Particípio: plantaDO, vendiDO, feriDO.

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 Atenção:
As três formas nominais do verbo (infinitivo, gerúndio e particípio) não possuem função exclusivamente verbal.
• Infinitivo tem valor e forma do substantivo: o andar.
• o particípio tem valor e forma de adjetivo: tempo perdido
• enquanto o gerúndio equipara-se ao adjetivo ou advérbio pelas circunstâncias que exprime: água fervendo

TEMPOS VERBAIS
Valor semântico dos tempos verbais:
1. presente do indicativo – indica um fato real situado no momento ou época em que se fala;
2. pretérito perfeito do indicativo – indica um fato real cuja ação foi iniciada e concluída no passado;
3. pretérito imperfeito do indicativo – indica um fato real cuja ação foi iniciada no passado, mas não foi concluída ou era
uma ação costumeira no passado;
4. pretérito mais-que-perfeito do indicativo – indica um fato real cuja ação é anterior a outra ação já passada;
5. futuro do presente do indicativo – indica um fato real situado em momento ou época vindoura;
6. futuro do pretérito do indicativo – indica um fato possível, hipotético, situado num momento futuro, mas ligado a um
momento passado;
7. presente do subjuntivo – indica um fato provável, duvidoso ou hipotético situado no momento ou época em que se fala;
8. pretérito imperfeito do subjuntivo – indica um fato provável, duvidoso ou hipotético cuja ação foi iniciada mas não
concluída no passado;
5. futuro do subjuntivo – indica um fato provável, duvidoso, hipotético, situado num momento ou época futura;

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CORRELAÇÃO VERBAL
Ocorre pela articulação temporal entre duas formas verbais. Ao construir um período, os verbos que ele possa apresentar
estabelecem uma relação, uma correspondência, ajustando-se, convenientemente, um ao outro.
Exemplo:
• Se eu tivesse filhos, faria uma casa maior.
- “Tivesse” indica hipótese.
- “Faria” expressa uma possibilidade (fazer o curso) que depende da realização ou não, do fato contido em tivesse.
Se no lugar da forma verbal ― faria – empregássemos a forma ― fazia, teríamos uma correlação verbal inadequada.
Veja exemplo de correlação inadequada:

 Se eu tivesse filhos, fazia uma casa maior.


Tivesse: tempo que indica hipótese.
“Fazia” passa uma ideia de processo não concluído.
Indica o que no passado era frequente ou contínuo.

Mais exemplos:
• 1.º verbo: pres. ind. – 2.º verbo: pres. subj.
 Peço-lhe que não me diga não.

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• 1.ºverbo: pret. perf. ind. – 2.º verbo: pret. imperf. subj.


 Pedi-lhe que não me dissesse não.

• 1.º verbo: pres. ind. – 2.º verbo: pret. perf. comp. subj.
 Espero que você tenha feito um ótimo curso.

• 1.º verbo: pret. imper. ind. – 2.º verbo: mais-que-perf. comp. subj.
 Queria que ele tivesse feito um ótimo curso.
• 1.º verbo: fut. subj. – 2.º verbo: fut. pres. ind.
 Se você me trouxer o vinho, eu o degustarei.
• 1.º verbo: pret. imperf. subj. – 2.º verbo: fut. pret. ind.
 Se você me trouxesse o vinho, eu o degustaria.

• 1.º verbo: pret. mais-que-perf. comp. subj. 2.º verbo: futuro do pret. simp. ou comp. ind.
 Se o jogador tivesse se empenhado, teríamos, hoje, um outro campeão.

• 1.º verbo: fut. Subj. - 2.º verbo: fut. pres. comp. ind.
 Quando chegarmos ao estádio, o jogador já terá saído.

A CORRELAÇÃO VERBAL ESTABELECE O PARALELISMO • Estrutura oracional: Ele negou que tivesse interesse na
SINTÁTICO E SEMÂNTICO reeleição e que o governo estivesse sem rumo.
Termos e orações com funções iguais ganham estruturas Outros exemplos:
iguais: se o verbo pede dois objetos diretos, há dois • Está paralelo o período:
caminhos, um deles é dar-lhes a forma de nome e o outro,
de oração:  Os trabalhadores precisam garantir o poder de compra
dos salários e manter a garantia do emprego.
 Ele negou interesse na reeleição e que o governo esteja
sem rumo. (ORAÇÃO)  Os trabalhadores precisam garantir o poder de compra
dos salários e a manutenção da garantia do emprego.
 Ele negou interesse na reeleição e a falta de rumo do
governo. (NOME) OBSERVAR:

As estruturas anteriores apresentam erros que podem ser Atenção:


corrigidos assim: Todos os verbos terminados em EAR são irregulares.
• Estrutura nominal: Ele negou interesse na reeleição e Os verbos terminados em IAR são regulares, exceto:
falta de rumo do governo. mediar, ansiar, remediar, incendiar, intermediar e odiar.

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VERBOS DO MARIO (arrio, adio, afio, agencio, crio, comercio, desfio, diligencio,
M – medIAR premio, sentencio)

A – ansIAR
R – remedIAR NOMEAR

I – incendIAR, intermedIAR • Indicativo Presente: nomeio, nomeias, nomeia,


nomeamos, nomeais, nomeiam.
O – odIAR
• Pretérito Imperfeito: nomeava, nomeavas, nomeava,
nomeávamos, nomeáveis, nomeavam.
EAR: Verbo passear • Pretérito Perfeito: nomeei, nomeaste, nomeou,
(presente do indicativo) nomeamos, nomeastes, nomearam.
Eu passeio • Subjuntivo Presente: nomeie, nomeies, nomeie,
Tu passeias nomeemos, nomeeis, nomeiem.

Ele passeia • Imperativo Afirmativo: nomeia, nomeie, nomeemos,


nomeai, nomeiem, etc.
Nós passeamos
Assim se conjugam: apear, atear, cear, folhear, frear,
Vós passeais passear, gear, bloquear, granjear, hastear, lisonjear,
Eles passeiam semear, arrear, recrear, estrear, etc.

Outros exemplos: COPIAR


VERBOS TERMINADOS EM –EAR • Indicativo Presente: copio, copias, copia, copiamos,
Arrear, frear, pentear, grampear, passear, rodear, cear, copiais, copiam.
nortear, folhear,... • Pretérito Perfeito: copiei, copiaste, copiou, etc.
(arreio, freio, penteio, grampeio, passeio, rodear, ceio, • Pretérito Mais-Que-Perfeito: copiara, copiaras, etc.
norteio, folheio) • Subjuntivo Presente: copie, copies, copie, copiemos,
copieis, copiem.
Verbo intermediar • Imperativo Afirmativo: copia, copie, copiemos, copiai,
(presente do indicativo) copiem,.
Eu intermedeio
Tu intermedeias ODIAR
Ele intermedeia • Indicativo Presente: odeio, odeias, odeia, odiamos,
odiais, odeiam.
Nós intermediamos
• Pretérito Imperfeito: odiava, odiavas, odiava, etc.
Vós intermediais
• Pretérito Perfeito: odiei, odiaste, odiou, etc.
Eles intermedeiam
• Pretérito Mais-Que-Perfeito: odiara, odiaras, odiara,
odiáramos, odiáreis, odiaram.
Verbo criar • Subjuntivo Presente: odeie, odeies, odeie, odiemos,
Eu crio odieis, odeiem.
Tu crias • Imperativo Afirmativo: odeia, odeie, odiemos, odiai,
Ele cria odeiem.
Nós criamos
Vós criais EMPREGO DO INFINITIVO
Eles criam Infinitivo pessoal ou impessoal?
O emprego do infinitivo não obedece a regras bem
definidas.
Outros exemplos:
1. impessoal – sentido genérico ou indefinido, não
VERBOS REGULARES EM –IAR relacionado a nenhuma pessoa;
Arriar, adiar, afiar, agenciar, criar, comerciar, desfiar, 2. pessoal – refere-se às pessoas do discurso, dependendo
diligenciar, premiar, sentenciar,... do contexto.

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Recomenda-se sempre o uso da forma pessoal se for Usa-se o INFINITIVO PESSOAL:


necessário dar à frase maior clareza e ênfase. a) quando o sujeito do infinitivo é diferente do sujeito da
Usa-se o INFINITIVO IMPESSOAL: oração principal
a) sem referência a nenhum sujeito – É proibido fumar na Por exemplo:
sala;  O professor deu um prazo de cinco dias para os alunos
b) nas locuções verbais – Devemos avaliar a sua situação; estudarem bastante para a prova.
c) quando o infinitivo exerce função de complemento de  Perdoo-te por me traíres.
adjetivos – É um problema fácil de solucionar;  O hotel preparou tudo para os turistas ficarem à
d) quando o infinitivo possui valor de imperativo – Ele vontade.
respondeu: ― Marchar!  O guarda fez sinal para os motoristas pararem.
e) Quando o sujeito do infinitivo é o mesmo do verbo da b) quando, por meio de flexão, se quer realçar ou
oração anterior; identificar a pessoa do sujeito – Foi um erro responderes
Por exemplo: dessa maneira;
 Eles foram condenados a pagar pesadas multas. a) quando queremos determinar o sujeito (usa-se a 3ª
 Devemos sorrir ao invés de chorar. pessoa do plural) – Escutei baterem à porta.

 Tenho ainda alguns livros por (para) publicar.


d) Quando se diz que um verbo está no infinitivo pessoal,
isso significa que ele atribui um agente ao processo verbal,
Observação: quando o infinitivo preposicionado, ou não,
flexionando-se.
preceder ou estiver distante do verbo da oração principal
(verbo regente), pode ser flexionado para melhor clareza do O infinitivo deve ser flexionado nos seguintes casos:
período e também para se enfatizar o sujeito (agente) da 1. Quando o sujeito da oração estiver claramente expresso;
ação verbal. Por exemplo:
Por exemplo: Se tu não perceberes isto...
Na esperança de sermos atendidos, muito lhe agradecemos. Convém vocês irem primeiro.
Foram dois amigos à casa de outro, a fim de jogarem O bom é sempre lembrarmos desta regra (sujeito
futebol. desinencial, sujeito implícito = nós)
Para estudarmos, estaremos sempre dispostos.
Antes de nascerem, já estão condenadas à fome muitas CONJUGAÇÃO DE ALGUNS VERBOS:
crianças. ESTÃO SEMPRE NAS PROVAS (OS QUE DERRUBAM)
VERBOS CAUSATIVOS E SENSITIVOS - PRONOMES CABER:
OBLÍQUOS FUNCIONAM COMO SUJEITO DO VERBO NO
caibo, cabes... (presente do indicativo)
INFINITIVO
caiba ... (presente do subjuntivo)
Com os verbos causativos "deixar", "mandar“, "fazer" e com
os verbos sensitivos "ver", "ouvir", "sentir" que não coube, coubeste, (pretérito perfeito)
formam locução verbal com o infinitivo que os segue; deve-
se deixar o infinitivo sem flexão. VALER:
Por exemplo: valho, vales, vale (presente do indicativo)
Deixei-os sair cedo hoje. vali, valeste, valeu (pretérito perfeito do indicativo)
Vi-os entrar atrasados. valha, valhas ... ( presente do subjuntivo)
Ouvi-as dizer que não iriam à festa.
CUIDADO! HAVER:
Deixei os meninos saírem cedo hoje. hei, hás, há, havemos(hemos), ...(presente do indicativo)
Deixei os meninos sair cedo hoje. haja, hajas,... (presente do subjuntivo)
Vi os meninos entrarem atrasados.
Vi os meninos entrar atesados.

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REAVER: - pretérito perfeito do indicativo – com u(=bulir,


consumir, cuspir, engolir, fugir);
-, -, -, reavemos, reaveis, -, (presente do indicativo)
reouve, reouveste, ... (pretérito perfeito do indicativo)
3. ADEQUAR (defectivo)
reouvera, reouveras,... (pretérito mais-que-perfeito)
- só possui a 1ª e a 2ª pessoa do plural no presente do
AGIR: indicativo;
ajo, ages, age, (presente do indicativo)
aja, ajas,... (presente do subjuntivo) 4. ADERIR (alternância vocálica e/i)
- presente do indicativo - adiro, adere... (= advertir,
cerzir, despir, diferir, digerir, divergir, ferir, sugerir);
REQUERER:
requeIro, requeres,... (presente do indicativo)
5. AGIR (acomodação gráfica g/j)
requeIra, requeIras, ... (presente do subjuntivo)
- presente do indicativo - ajo, ages... (= afligir, coagir,
requereSSE... (imperfeito do subjuntivo) erigir, espargir, refulgir, restringir, transigir, urgir);
MOBILIAR:
mobílio, mobílias, mobília,... (presente do indicativo) 6. AGREDIR (alternância vocálica e/i)
- presente do indicativo - agrido, agrides, agride,
mobílie, ... (presente do subjuntivo)
agredimos, agredis, agridem (=prevenir, progredir,
regredir, transgredir);
PROVER:
provejo, provês,... (presente do indicativo) 7. AGUAR (regular)
provi, proveste, proveu... (pretérito perfeito do indicativo) - presente do indicativo - águo, águas...,

provesse... (imperfeito do subjuntivo) - pretérito perfeito do indicativo - aguei, aguaste,


aguou, aguamos, aguastes, aguaram (= desaguar,
enxaguar, minguar);
PARIR
pairo, pares, pare,... (presente do indicativo) 8. ARGUIR (irregular com alternância vocálica o/u)
paira,... (presente do subjuntivo) - presente do indicativo - arguo (ú), arguis, argui,
arguimos, arguis, arguem / pretérito perf - argui,
arguiste...;
PAIRAR
pairo, pairas, paira, ... (presente do indicativo) 9. ATRAIR (irregular)
paire, paires, paire,... (presente do subjuntivo) - presente do indicativo - atraio, atrais...
- pretérito perfeito – atraí, atraíste... (= abstrair, cair,
PRETERIR: distrair, sair, subtrair);

pretiro, preteres, pretira... (presente do indicativo)


10. ATRIBUIR (irregular)
Encontram-se listados aqui alguns verbos que podem
apresentar problemas de conjugação. - presente do indicativo – atribuo, atribu-is, atribui,
atribuímos, atribuís, atribuem
1. ABOLIR (defectivo)
- pretérito-perfeito – atribuí, atribuíste, atribuiu… (=
- não possui a 1ª pessoa do singular do presente do
afluir, concluir, destituir, excluir, instruir, possuir,
indicativo, por isso não possui presente do subjuntivo
usufruir);
e o imperativo negativo. (= banir, carpir, colorir,
delinquir, demolir, descomedir-se, emergir, exaurir,
fremir, fulgir, haurir, retorquir, urgir); 11. AVERIGUAR (alternância vocálica o/u)
- presente do indicativo – averiguo (ú), averiguas (ú),
2. ACUDIR (alternância vocálica o/u) averigua (ú), averiguamos, averiguais, averiguam (ú)
- presente do indicativo - acudo, acodes... e - pretérito perfeito – averiguei, averiguaste…

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- presente do subjuntivo – averigue, averigues, 19. FALIR (defectivo)


averigue… (= apaziguar); - presente do indicativo – falimos, falis
- pretérito perfeito indicativo – fali, faliste… (=
12. CEAR (irregular) aguerrir, combalir, foragir-se, remir, renhir);
- presente do indicativo – ceio, ceias, ceia, ceamos,
ceais, ceiam 20. FRIGIR (acomodação gráfica g/j e alternância vocálica
- pretérito perfeito indicativo – ceei, ceaste, ceou, e/i)
ceamos, ceastes, cearam (= verbos terminados em - - presente do indicativo – frijo, freges, frege, frigimos,
ear: falsear, passear… – alguns apresentam pronúncia frigis, fregem
aberta: estreio, estreia…);
- pretérito perfeito indicativo – frigi, frigiste…

13. COAR (irregular)


21. IR (irregular)
- presente do indicativo – coo, coas, coa, coamos,
coais, coam - presente do indicativo – vou, vais, vai, vamos, ides,
vão
- pretérito perfeito – coei, coaste, coou... (= abençoar,
magoar, perdoar); - pretérito perfeito indicativo – fui, foste… / pres.
subj. – vá, vás, vá, vamos, vades, vão;

14. COMERCIAR (regular)


22. JAZER (irregular)
- presente do indicativo - comercio, comercias...
- presente do indicativo – jazo, jazes…
- pretérito perfeito - comerciei... (= verbos em -iar ,
exceto os seguintes verbos: mediar, ansiar, remediar, - pretérito perfeito indicativo – jazi, jazeste, jazeu…
incendiar, intermediar, odiar);
23. MOBILIAR (irregular)
15. COMPELIR (alternância vocálica e/i) - presente do indicativo – mobílio, mobílias, mobília,
- presente do indicativo – compilo, compeles… mobiliamos, mobiliais, mobíliam

- pretérito perfeito indicativo – compeli, compeliste… - pretérito perfeito indicativo – mobiliei, mobiliaste…

16. COMPILAR (regular) 24. OBSTAR (regular)

- presente do indicativo – compilo, compilas, - presente do indicativo – obsto, obstas…


compila… - pretérito perfeito indicativo – obstei, obstaste…
- pretérito perfeito indicativo – compilei, compilaste…
25. PEDIR (irregular)
17. CONSTRUIR (irregular e abundante) - presente do indicativo – peço, pedes, pede,
- presente do indicativo – construo, constróis (ou pedimos, pedis, pedem
construis), constrói (ou construi), construímos, - pretérito perfeito indicativo – pedi, pediste… (=
construís, constroem (ou construem) despedir, expedir, medir);
- pretérito perfeito indicativo – construí, construíste…
26. POLIR (alternância vocálica e/i)
18. CRER (irregular) - presente do indicativo – pulo, pules, pule, polimos,
- presente do indicativo – creio, crês, crê, cremos, polis, pulem
credes, creem - pretérito perfeito indicativo – poli, poliste …
- pretérito perfeito indicativo – cri, creste, creu,
cremos, crestes, creram 27. PRECAVER-SE (defectivo e pronominal)
- imperfeito indicativo – cria, crias, cria, críamos, - presente do indicativo – precavemo-nos, precaveis-
críeis, criam; vos
- pretérito perfeito indicativo – precavi-me,
precaveste-te…

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28. PROVER (irregular)


12 – CONCORDÂNCIA VERBAL E
- presente do indicativo – provejo, provês, provê,
provemos, provedes, proveem
NOMINAL
- pretérito-perfeito indicativo – provi, proveste,
proveu… Ao falarmos sobre a concordância verbal, estamos nos
referindo à relação de dependência estabelecida entre um
termo e outro mediante um contexto oracional. Desta feita,
29. REAVER (defectivo) os agentes principais desse processo são representados
- presente do indicativo – reavemos, reaveis pelo sujeito, que no caso funciona como subordinante; e o
- pretérito perfeito indicativo – reouve, reouveste, verbo, o qual desempenha a função de subordinado.
reouve… (verbo derivado do haver, mas só é Dessa forma, temos que a concordância verbal se
conjugado nas formas verbais com a letra v); caracteriza pela adaptação do verbo, tendo em vista os
quesitos “número e pessoa” em relação ao sujeito.
Exemplificando, temos:
30. REMIR (defectivo)
Veja:
- presente do indicativo – remimos, remis
Os procedimentos e as instruções retratam a forma como
- pretérito perfeito indicativo – remi, remiste… são desenvolvidos os produtos e a atividade da empresa.
Observe que os verbos retratar e ser estão no plural;
31. REQUERER (irregular) concordando com os sujeitos.
- presente do indicativo – requeiro, requeres… Temos que o verbo se apresenta na terceira pessoa do
- pretérito perfeito indicativo – requeri, requereste, plural, pois faz referência a um sujeito, assim também
requereu… (derivado do querer, diferindo dele na 1ª expresso (Os procedimentos e instruções) bem como a
pessoa do singular do presente do indicativo e no forma verbal são desenvolvidos concorda com os produtos
pretérito perfeito do indicativo e derivados, sendo e a atividade da empresa.
regular); Temos aí o que podemos chamar de princípio básico.
Dessa forma, vejamos:
32. RIR (irregular)
- presente do indicativo – rio, rir, ri, rimos, rides, riem CASOS REFERENTES A SUJEITO SIMPLES
- pretérito perfeito indicativo – ri, riste… (= sorrir); 1) Em caso de sujeito simples, o verbo concorda com o
núcleo em número e pessoa:
33. SAUDAR (alternância vocálica)  O aluno chegou atrasado.
- presente do indicativo – saúdo, saúdas… Quando a frase está na ORDEM INDIRETA, é comum
cometer-se o erro de não concordar o sujeito com o verbo.
- pretérito perfeito indicativo – saudei, saudaste…
Isso ocorre porque, em tal circunstância, o sujeito é
confundido com o complemento verbal.
34. SUAR (regular)
- presente do indicativo – suo, suas, sua… Veja:
- pretérito perfeito indicativo – suei, suaste, sou… (=  ERRADO: Chegou os documentos que esperávamos.
atuar, continuar, habituar, individuar, recuar, situar); (verbo CHEGAR)
 CORRETO: Chegaram os documentos que esperávamos.
35. VALER (irregular) Com alguns verbos, como
- presente do indicativo – valho, vales, vale…
Existir
- pretérito perfeito indicativo – vali, valeste, valeu… Ocorrer,
Faltar,
Restar,
Surgir,
Acontecer,
Bastar,
Chegar,
Sobrar,

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Havia produtos que estavam fora das especificações.  Há plantas carnívoras.


(HAVER)  Havia rosas em todo o canto.
• Acontecer, Suceder:
PORÉM:  Houve casos difíceis.
Existiam produtos que estavam fora das especificações.  Não haja desavenças entre vós.
(EXISTIR)
Verbo HAVER (IMPESSOAL) sinônimo de EXISTIR.
• Decorrer, Fazer:
Com o VERBO HAVER SUJEITO INEXISTENTE
 Há meses que não o vejo.
JÁ, o verbo EXISTIR concorda com o termo SUJEITO,
normalmente após verbo EXISTIR.  Haverá nove dias que ele nos visitou.
 Havia já duas semanas que não trabalhava.

• Realizar-se:
 Houve festas e jogos.
Obs.: O verbo haver transmite a sua impessoalidade aos
verbos que com ele formam locução, os quais, por isso,
permanecem invariáveis na 3ª pessoa do singular:
 Vai haver eleições e não “Vão haver”

Locução verbal
Deve haver homens na sala e não “Devem haver...”.

OBS.: Não se pode, no entanto, dizer que o verbo “haver”


nunca vai para o plural, pois isso não é verdade. Ele pode,
por exemplo, ser um verbo auxiliar (sinônimo de “ter” nos
tempos compostos), situação em que pode ir para o plural.
Assim:
 Eles haviam chegado cedo.
 Eles tinham chegado cedo
OBS.:
Atenção:
Devemos ter cuidado com os verbos fazer e haver usados
impessoalmente: não é possível colocá-los no plural.
Por Exemplo:
 Faz muitos anos que nos conhecemos.
 Deve fazer dias quentes na Bahia.

VERBO FAZER
Conjugação do verbo FAZER (indicando tempo):
IMPESSOAL: sempre na 3ª pessoa do singular
(A leitura com as duas frases serve para todas as formas)
Faz
São verbos impessoais:
Fazia
HAVER
Fez + um ano de sua partida
Sendo, portanto, usado invariavelmente na 3ª pessoa do
singular, quando significa: Fizera
• Existir: Fará
 Sofria sem que houvesse motivos. Faria
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Espero que faça + dois anos de sua partida Vai fazer


Se fizesse Pode fazer
Quando fizer Acabou de fazer
Deve fazer,
Vai fazer, O VERBO E A PALAVRA "SE"
Pode fazer, Dentre as diversas funções exercidas pelo "se", há duas de
Acabou de fazer particular interesse para a concordância verbal:
a) quando é partícula apassivadora

O verbo FAZER indicando tempo decorrido fica sempre no b) quando é partícula de indeterminação do sujeito
singular, portanto impessoal.
Faz ( Faz – Fazem) muito tempo que trabalho naquela Entendendo a Partícula Se
empresa.
As construções em que ocorre a partícula SE podem
Fez ( Faz – Fazem) quatro anos que ele foi admitido. apresentar algumas dificuldades quanto à classificação do
Vai fazer ( Vai fazer – Vão fazer) quatro anos que ele foi sujeito
admitido.
Veja:
 NÃO ESQUECER
MESMO AS LOCUÇÕES VERBAIS com os verbos haver
(sentido de existir, fazer) e fazer (indicando tempo
decorrido) são impessoais, mantêm-se no singular.

VERBO IMPESSOAL: formas sempre na 3ª pessoa do


singular (A leitura com as duas frases serve para todas as
formas)
Faz
Fazia Exemplos:
Fez + um ano de sua partida Em certas cidades, ainda vendem terrenos baratinhos.
Fizera VOZ ATIVA
Fará  Em certas cidades, ainda se vendem terrenos
Faria baratinhos.
Se: partícula apassivadora/ terrenos baratinhos =
Espero que faça + dois anos de sua partida sujeito
Se fizesse  A cada ano, renovam os ideais de vida.
Quando fizer VOZ ATIVA
Deve fazer

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A cada ano, renovam-se os ideais de vida. b) Com verbo ativo na 3ª pessoa do singular, seguido do
pronome SE:
Se: partícula apassivadora/ os ideais de vida = sujeito
O verbo vem acompanhado do pronome SE, que atua como
 Naquela lojinha, plastificam documentos. partícula de indeterminação do sujeito. Essa construção
VOZ ATIVA ocorre com verbos que não apresentam complemento
direto (verbos intransitivos, transitivos indiretos e de
 Naquela lojinha, plastificam-se documentos.
ligação). O verbo obrigatoriamente fica na terceira pessoa
Se: partícula apassivadora/ documentos = sujeito do singular.
 Durante a aula, fazem-se muitas perguntas.
Se: partícula apassivadora/ muitas perguntas =
sujeito

a) Aprovou-se o novo candidato.


Sujeito
Aprovaram-se os novos candidatos.
Sujeito
No caso A, o SE é uma partícula apassivadora e o verbo está
na voz passiva sintética, concordando com o sujeito.
Observe a transformação das frases para a voz passiva
analítica:
 O novo candidato foi aprovado. Exemplos:
Sujeito  Vive-se melhor no campo. (Verbo Intransitivo)
 Os novos candidatos foram aprovados.  Precisa-se de técnicos em informática. (Verbo Transitivo
Sujeito Indireto)
 No casamento, sempre se fica nervoso. (Verbo de
Ligação)

O verbo fica no singular se o sujeito for coletivo não especificado.


A multidão DEFENDE (defende, defendem) seus direitos.

A multidão de alunos defende / defendem seus direitos.

No caso de o sujeito aparecer representado pelo pronome “quem”, o verbo, via de regra, permanecerá na terceira pessoa
do singular ou, segundo alguns gramáticos, poderá concordar com o antecedente desse pronome:
 Fomos nós quem contou toda a verdade para ela.
 Fomos nós quem contamos toda a verdade para ela.

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Em casos nos quais o sujeito aparece realçado pela palavra “que”, o verbo deverá concordar com o termo que antecede
essa palavra:
 Nesta empresa somos nós que tomamos as decisões.
 Em casa sou eu que decido tudo.

CONCORDÂNCIA VERBAL – CASOS ESPECIAIS


Expressões partitivas – A formação se dá pelo sujeito constituído por uma expressão que denota “parte de algo” (a metade
de, a maior parte de, grande parte de, a maioria de), seguida de um substantivo ou pronome no plural:
O verbo poderá ser grafado tanto no singular quanto no plural.
Ex:
 A maior parte dos funcionários aprovou/aprovaram a decisão.

A expressão mais de um – quando esta vier REPETIDA:


O verbo necessariamente permanecerá no plural.
Ex:
 Mais de um professor, mais de um aluno se abraçaram durante a comemoração pela vitória.
A expressão mais de + número – impõe que o verbo concorde com o número:
O verbo permanecerá, portanto, no singular ou no plural.
Ex:
 Mais de um aluno passará no concurso.
 Mais de dois alunos viajarão para Massapê, terra de homem sério e endinheirado.
Quantidade aproximada – É o caso em que o sujeito é formado por expressões que indicam quantidade aproximada (cerca
de, menos de, perto de) seguidas de numeral e substantivo:
O verbo concordará com o substantivo.

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Ex:
 Perto de um aluno compareceu à entrega dos resultados.
 Cerca de mil pessoas participaram da manifestação.

Sujeito formado de número percentual ou fracionário.


O verbo concorda com o numerador (o número antes da barra da fração) ou com o número inteiro (o número antes da
vírgula na porcentagem), mas pode concordar com o especificador dele. Se o numeral vier precedido de determinante, o
verbo concordará apenas com o numeral.
– Apenas 1/3 das pessoas do mundo sabe o que é viver bem.
– Apenas 1/3 das pessoas do mundo sabem o que é viver bem.
– Apenas 30% do povo sabem o que é viver bem.
– Apenas 30% do povo sabe o que é viver bem.
– Os 30% da população não sabem o que é viver mal.
Obs.: Note que, no primeiro exemplo, o verbo concordou com o 1 de 1/3, o mesmo ocorre com 0 em “Só 0,9% das pessoas
sabe o que significa ‘lóxia’.”.

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CONCORDÂNCIA NOMINAL
A concordância nominal se baseia na relação entre um substantivo (ou pronome, ou numeral substantivo) e as palavras que a
ele se ligam para caracterizá-lo (artigos, adjetivos, pronomes adjetivos, numerais adjetivos e particípios). Basicamente,
ocupa-se da relação entre nomes.
Lembre-se: normalmente, o substantivo funciona como núcleo de um termo da oração, e o adjetivo, como adjunto
adnominal.
A concordância do adjetivo ocorre de acordo com as seguintes regras gerais:
1) O adjetivo concorda em gênero e número quando se refere a um único substantivo.
Por Exemplo:
 As mãos trêmulas denunciavam o que sentia.

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SUBSTANTIVOS SÓ USADOS NO PLURAL:


cãs (cabelos brancos), arredores
condolências, damas (jogo),
exéquias(cerimônias fúnebres), férias,
fezes, núpcias,
óculos, olheiras,
primícias pêsames,
vísceras, nomes de naipes

MESMO, BASTANTE
Como advérbios: invariáveis

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Exemplos:
 Preciso mesmo da sua ajuda.
 Fiquei bastante contente com a proposta de emprego.
Como pronomes ou adjetivos: seguem a regra geral.
Exemplos:
 Os rapazes mesmos fizemos isso.
 Seus argumentos foram bastantes para me convencer.
 Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou.

MEIO
Como advérbio: invariável.
Exemplo:  Estou meio insegura.
Como numeral: segue a regra geral.
 Comi meia laranja pela manhã.
 Tomei meias jarras de suco de laranja.

MENOS, ALERTA
Em todas as ocasiões são invariáveis.
Exemplos:
 Preciso de menos comida para perder peso.
 Estamos alerta para com suas chamadas.

ANEXO, INCLUSO, PRÓPRIO, OBRIGADO


Concordam com o substantivo a que se referem.
 As cartas estão anexAS.
 A refeição está inclusA.
 Precisamos de nomes própriOS.
 ObrigadO, disse o rapaz.
 ObrigadAS, disseram as moças.

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Nomes próprios – a concordância neste caso deverá ser feita levando em consideração a presença ou ausência do artigo.
Com o artigo, o verbo é grafado no plural ou no singular
Sem o artigo, o verbo é grafado no singular.
Ex:
 Os Estados Unidos formam a grande potência mundial.
 O Amazonas é um rio muito caudaloso.
 Goiás é um estado bastante acolhedor.

Dentre os casos particulares do gênero dos substantivos, destaca-se aquele em que o gênero do substantivo varia segundo
sua significação. A palavra grama é um substantivo que se encaixa nesse caso.
Quando grama tiver sentido de planta cultivada em áreas como jardim, tratar-se-á de um substantivo feminino.
Quando grama tiver sentido de unidade de medida de peso, tratar-se-á de um substantivo masculino.
Exemplos:
 Admirávamos o grama que implantaram naquele jardim.[Inadequado]
 Admirávamos a grama que implantaram naquele jardim. [Adequado]
 Por favor, dê-me trezentas gramas de azeitona! [Inadequado]
 Por favor, dê-me trezentos gramas de azeitona! [Adequado]
Como o substantivo grama com sentido de medida de peso é masculino, todos os substantivos compostos que também
expressem medida formados a partir dele também serão masculinos: miligrama, quilograma.
Exemplo:
 Quantas miligramas de bicarbonato existem nesse produto? [Inadequado]
 Quantos miligramas de bicarbonato existem nesse produto? [Adequado]

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13 – PROCESSOS DE COORDENAÇÃO E DE SUBORDINAÇÃO


CONJUNÇÕES E CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES COORDENADAS E SUBORDINADAS
ADVERBIAIS
❑ CONJUNÇÃO
Além da preposição, há outra palavra que, na frase, é usada como elemento de ligação: a conjunção.
Por exemplo:
A menina segurou a boneca e mostrou quando viu as amiguinhas.
Deste exemplo podem ser retiradas três informações:
segurou a boneca a menina mostrou viu as amiguinhas

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Cada informação está estruturada em torno de um verbo: segurou, mostrou, viu. Assim, há nessa frase três orações:
1ª oração: A menina segurou a boneca
2ª oração: e mostrou
3ª oração: quando viu as amiguinhas.

A segunda oração liga-se à primeira por meio do "e", e a terceira oração liga-se à segunda por meio do "quando". As palavras
"e" e "quando" ligam, portanto, orações.
Observe:
Gosto de natação e de futebol.
Nessa frase as expressões de natação, de futebol são partes ou termos de uma mesma oração. Logo, a palavra "e" está
ligando termos de uma mesma oração.

Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes de uma mesma oração.
Morfossintaxe da Conjunção
As conjunções, a exemplo das preposições, não exercem propriamente uma função sintática: são conectivos.

Classificação da Conjunção
De acordo com o tipo de relação que estabelecem, as conjunções podem ser classificadas em coordenativas e
subordinativas. No primeiro caso, os elementos ligados pela conjunção podem ser isolados um do outro. Esse isolamento, no
entanto, não acarreta perda da unidade de sentido que cada um dos elementos possui. Já no segundo caso, cada um dos
elementos ligados pela conjunção depende da existência do outro.

CONJUNÇÕES COORDENATIVAS
São aquelas que ligam orações de sentido completo e independente ou termos da oração que têm a mesma função
gramatical.

Subdividem-se em:
1) Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de acréscimo, soma, sequência ou adição.
São elas: e, nem (= e não), não só...mas também, não só... como também, bem como, não só... mas ainda.
Por exemplo:
A sua pesquisa é clara e objetiva.
Ela não só dirigiu a pesquisa como também escreveu o relatório.

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1. COORDENADAS SINDÉTICAS ADITIVAS – Quando apresentam ideia de soma, acréscimo, adição, sequência de
pensamentos.
 Trabalho e estudo.
 Trabalho mas também estudo.
 Nem trabalho, nem estudo.
Observem os Pares Correlatos: NÃO SÓ... MAS TAMBÉM, NÃO SÓ ... COMO TAMBÉM, NÃO SOMENTE...MAS AINDA, NÃO
SOMENTE...MAS TAMBÉM: quando aparecem, dizemos que as orações são Coordenativas Aditivas e que são
Correlacionadas:
 Não só trabalho, mas também estudo.

 CUIDADO!
Exs:
 Estude com regularidade, e será recompensado. (= logo, por isso – conclusão /consequência)
 Não tendo ficado satisfeito com a brincadeira, vou chamar-lhe e dar-lhe uma bronca. (= para – finalidade)

2) Adversativas: ligam duas orações ou palavras, expressando ideia de contraste ou compensação.


São elas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante, senão, antes (= pelo contrário)
Por exemplo:
Tentei chegar mais cedo, porém não consegui.
2. COORDENADAS SINDÉTICAS ADVERSATIVAS – Quando expressam contraste, oposição, ressalva, compensação:
 Trabalho, mas estudo.
 Trabalho, porém estudo.
 Trabalho, entretanto estudo.
Cuidado!!!
1) O mas pode apresentar matizes de sentido:
– Os fariseus oprimiam o povo, mas Jesus exercia seu amor a eles.
(contraste/contraposição)
– Amor, eu sei que eu te traí, mas saiba que eu te amo. (compensação)
– Casou-se, mas não com a primeira namorada. (restrição)
– Foi em direção ao beijo, mas desistiu por timidez. (quebra de expectativa)
– Outra pessoa, mas não eu, deverá cobrir a reportagem. (ressalva)
– Entre, mas sem fazer barulho. (realce/ressalva)
– Era bela, mas principalmente rara. (adição, segundo Celso Cunha)

3) Alternativas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de alternância ou escolha, indicando fatos que se realizam
separadamente.
São elas: ou, ou... ou, ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja.
Por exemplo:
Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário.

3. COORDENADAS SINDÁTICAS ALTERNATIVAS – Quando expressam alternância, exclusão e são introduzidas por
Conjunções Alternativas: OU, OU...OU, ORA...ORA, JÁ...JÁ, QUER...QUER, SEJA...SEJA:
 Trabalha ou estuda.
 Ou trabalha ou estuda.
 Ora trabalha ora estuda.

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OU TRABALHA OU ESTUDA – Em frases assim, as duas orações devem ser consideradas COORDENADAS ALTERNATIVAS.
4) Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração que expressa ideia de conclusão ou consequência.
São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim.
Por exemplo:
Marta estava bem preparada para o teste, portanto não ficou nervosa.
4. COORDENADAS SINDÉTICAS CONCLUSIVAS – Quando expressam conclusão, dedução, consequência e são introduzidas
por Conjunções Conclusivas: LOGO, PORTANTO, POR CONSEGUINTE, POIS (posposto ao verbo), POR ISSO:
 Trabalho, logo ganho dinheiro.
 Trabalho, portanto ganho dinheiro.
 Trabalho, ganho dinheiro, pois.
5) Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração que a explica, que justifica a ideia nela contida.
São elas: que, porque, pois (antes do verbo).
Por exemplo:
Não demore, que o filme já vai começar.
5. COORDENADAS SINDÉTICAS EXPLICATIVAS – Quando expressam uma explicação, motivo, razão e são introduzidas por
Conjunções Explicativas: QUE, PORQUE, POIS (anteposto ao verbo):
 Não passaste de ano, que não estudaste.
 Não passaste de ano porque não estudaste.
 Não passaste de ano, pois não estudaste.
NOTA:
É possível haver confusão entre Orações Coordenadas Explicativas e Orações Subordinadas Adverbiais Causais.
Oração Coordenada Explicativa – Explica o motivo da declaração anterior:
 O menino deveria estar doente, porque chorava muito.
Oração Subordinada Adverbial Causal – Exprime a causa de um fato:
 O menino chorava muito porque estava doente.
Saiba que:
a) Os conectores "e"," antes", "agora"," quando" são adversativas quando equivalem a "mas".
Por exemplo:
Carlos fala, e não faz.
O bom educador não proíbe, antes orienta.
Sou muito bom; agora, bobo não sou.
Foram mal na prova, quando poderiam ter ido muito bem.
b) "Senão" funciona como conjunção adversativa quando equivale a "mas sim".
Por exemplo:
Conseguimos vencer não por protecionismo, senão por capacidade.
c) Das conjunções adversativas, "mas" deve ser empregada sempre no início da oração: as outras (porém, todavia, contudo,
etc.) podem vir no início ou no meio.
Por exemplo:
Ninguém respondeu a pergunta, mas os alunos sabiam a resposta.
Ninguém respondeu a pergunta; os alunos, porém, sabiam a resposta.
d) A palavra "pois", quando é conjunção conclusiva, vem geralmente após um ou mais termos da oração a que pertence.
Por exemplo:
Você o provocou com essas palavras; não se queixe, pois, de seus ataques.
Quando é conjunção explicativa," pois" vem, geralmente, após um verbo no imperativo e sempre no início da oração a que
pertence.
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Por exemplo:
Não tenha receio, pois eu a protegerei.
NOTA:
As Orações Coordenadas são autônomas quanto à estrutura sintática, porém são inter-relacionadas, interdependentes,
quanto ao sentido.
CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS
São aquelas que ligam duas orações, sendo uma delas dependente da outra. A oração dependente, introduzida pelas
conjunções subordinativas, recebe o nome de oração subordinada.
Veja o exemplo:
O baile já tinha começado quando ela chegou.
O baile já tinha começado: oração principal
quando: conjunção subordinativa
ela chegou: oração subordinada
As conjunções subordinativas subdividem-se em integrantes e adverbiais:
1. Integrantes
Indicam que a oração subordinada por elas introduzida completa ou integra o sentido da principal. Introduzem orações que
equivalem a substantivos (orações subordinadas substantivas).
São elas: que, se.
Por exemplo:
Espero que você volte. (Espero sua volta.)
Não sei se ele voltará. (Não sei da sua volta.)
2. Adverbiais

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Indicam que a oração subordinada por elas introduzida exerce a função de adjunto adverbial da principal. De acordo com a
circunstância que expressam, classificam-se em:
a) Causais: introduzem uma oração que é causa da ocorrência da oração principal.
São elas: porque, como (= porque, no início da frase), pois que, visto que, uma vez que, porquanto, já que, desde que, (pelo
fato de, por) + verbo no infinitivo

1. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CAUSAL


Quando exprime causa, motivo, razão:
 O homem trabalha porque precisa.
É introduzida por Conjunção Causal - QUE, PORQUE, COMO, PORQUANTO, VISTO QUE, JÁ QUE, UMA VEZ QUE, PELO FATO
DE:
 Como não me ouviam, gritei (= gritei pela causa de não me ouvirem).
Para vocês saberem se uma oração é Subordinada Adverbial Causal, usem este artifício: Isto acontece pela seguinte causa,
sendo a referida causa a Subordinada Adverbial Causal:
 Não tens encontrado a felicidade porque não a tens em ti.
RELEITURA: Não tens encontrada a felicidade pela seguinte causa: não a tens em ti.
Por exemplo:
Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios.
Como não se interessa por arte, desistiu do curso.

b) Comparativas: introduzem uma oração que expressa ideia de comparação com referência à oração principal. São elas:
como, assim como, tal como, como se, (tão)... como, tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, que nem, que
(combinado com menos ou mais), etc.
Por exemplo:
O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem.
Ele é preguiçoso tal como o irmão.

2. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL COMPARATIVA – Quando representa o segundo termo de uma comparação. É
introduzida por uma Conjunção Comparativa: COMO, TAL...QUAL, TAL E QUAL, ASSIM COMO, TAL...COMO, TANTO...COMO,
MAIS...QUE, MENOS...QUE, QUE NEM, FEITO (=COMO), O MESMO QUE (=COMO).
As Orações Subordinadas Adverbiais Comparativas podem trazer o verbo expresso:
 O operário trabalha como o palhaço diverte.
 O menino gosta de sorvete tal qual o macaco gosta de banana.

As Orações Subordinadas Adverbiais Comparativas podem trazer o verbo subentendido:


 A luz é necessária quanto o oxigênio.
 Nada é pior que a mentira.
Em frases como estas acima, como o verbo é subentendido, vocês têm duas opções de análise, ambas corretas:

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- Analisam – quanto o oxigênio e que a mentira como Oração Subordinada Adverbial Comparativa ou analisam
simplesmente como Adjunto Adverbial de Comparação. Das duas maneiras, vocês terão acertado a análise.
As Orações Subordinadas Adverbiais Comparativas podem ser hipotéticas:
 O menino estudou como se quisesse tirar o primeiro lugar.

c) Concessivas: introduzem uma oração que expressa ideia contrária à da principal, sem, no entanto, impedir sua realização.
São elas: embora, ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo que, por mais que, posto que, conquanto.
Por exemplo:
Embora fosse tarde, fomos visitá-lo.
Eu não desistirei desse plano mesmo que todos me abandonem.

3. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONCESSIVA – Quando exprime um fato que se concede, que se admite, em oposição à
Oração Principal.
É introduzida por Conjunção Concessiva – EMBORA, POR MUITO QUE, CONQUANTO, AINDA QUE, MESMO QUE, POR MAIS
QUE, AINDA QUANDO, POSTO QUE, POR MENOS QUE, SE BEM QUE, EM QUE PESE:
 Admiro esse senhor, embora não o conheça de perto.
Vejam vocês que é de se esperar admiração por um senhor que se conheça de perto, mas no caso, Admiro esse senhor,
embora não o conheça de perto, a minha afirmação contraria a expectativa imposta pela Oração Principal – admiro – sendo,
portanto, embora não o conheça de perto uma Oração Subordinada Adverbial Concessiva, ou seja, “fato subordinado e
contrário ao da ação principal de uma oração, mas incapaz de impedir que tal ação venha a ocorrer”
Como fazer fácil a identificação de uma Adverbial Concessiva? Basta substituir a Conjunção por APESAR DE. Se der certo,
então tratar-se-á de Adverbial Concessiva:
 Por mais que eu pedisse, ela foi embora = Apesar de eu pedir muito, ela foi embora.
d) Condicionais: introduzem uma oração que expressa uma ideia de hipótese, de incerteza, em relação à oração principal
São elas: SE, CASO, CONTANTO QUE, DESDE QUE, SALVO SE, EXCETO SE, A NÃO SER QUE, A MENOS QUE, SEM QUE.
Por exemplo:
Se o regulamento do campeonato for bem elaborado, certamente o melhor time será campeão.
Caso você se case, convide-me para a festa.
4. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONDICIONAL: Quando exprime a condição que se impõe como necessário para a
realização ou não de um fato. As orações subordinadas adverbiais condicionais exprimem o que deve ou não ocorrer para
que se realize ou deixe de se realizar o fato expresso na oração principal. É introduzida por uma conjunção subordinativa
condicional: SE, CASO, CONTANTO QUE, DESDE QUE, A NÃO SER QUE, A MENOS QUE, SEM QUE
Exemplos:
Não saia sem que eu permita.
Conhecendo os alunos (= Se conhecesse os alunos), o professor não os teria punido. (Oração Reduzida de Gerúndio)

Uma Oração Condicional pode aparecer justaposta, sem conectivo:


 Tivesse eu comprado aquele carro, já estaria arrependido.
 Seria um menino muito interessante, não fosse a sua má educação.
NOTA:
Há casos em que a conjunção SE perde o seu caráter de Condicional para dar uma ideia de Causa, significando Visto que.
Este fenômeno ocorre em orações que funcionam como ponto de partida de um raciocínio:
Se o homem é um animal sociável, não pode viver em isolamento (= Pelo fato de ser...).

e)Conformativas: introduzem uma oração em que se exprime a conformidade de um fato com outro.
São elas: conforme, como (= conforme), segundo, consoante.

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Por exemplo:
O passeio ocorreu como havíamos planejado.
Arrume a exposição segundo o professor ordenou.

5. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONFORMATIVA – Quando exprime uma Conformidade, um acordo de um fato
com outro. É introduzida por uma Conjunção Conformativa – COMO, CONFORME, SEGUNDO, CONSOANTE:
 Como vocês sabem, sou médico.
 Segundo me disseram, era um louco.
Basta substituir a Conjunção por CONFORME. Dando certo, então se trata de Oração Subordinada Adverbial Conformativa.
f) Consecutivas: introduzem uma oração que expressa a consequência da principal.
São elas: de sorte que, de modo que, sem que (= que não), de forma que, de jeito que, tal... que, tão... que, tanto... que,
tamanho... que).
Por exemplo:
Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do exame.
A dor era tanta que a moça desmaiou.
6. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONSECUTIVA – Quando exprime uma consequência, um efeito, um resultado e é
introduzida por Conjunção Consecutiva – TAL...QUE, TANTO...QUE, TAMANHO...QUE, TÃO...QUE, DE SORTE QUE, DE MODO
QUE, DE FORMA QUE, DE MANEIRA QUE:
 Fazia tanto frio que gelávamos.
 Não fazia nada sem que se acidentasse.
Substituindo a Conjunção pela palavra CONSEQUEN-TEMENTE, se der certo, teremos a Oração Subordinada Adverbial
Consecutiva.
Se temos uma Oração Subordinada expressando uma Consequência, impossível de ser realizada, usamos: MUITO (= DEMAIS)
+ ADJETIVO + PARA QUE + A AÇÃO VERBAL:
 Esta cruz é muito pesada para que eu a carregue.
 Era um convite demais tentador para que o recusasse.

g) Finais: introduzem uma oração que expressa a finalidade ou o objetivo com que se realiza a principal.
São elas: para que, a fim de que, porque (= para que).
Por exemplo:
Toque o sinal para que todos entrem no salão.
Aproxime-se a fim de que possamos vê-lo melhor.

7. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL FINAL


Quando exprime finalidade, objetivo e é introduzida por Conjunção Final – PARA QUE, A FIM DE (QUE),
QUE (= PARA QUE):
 Trabalho muito para que um dia possa ter uma economia.
Substituir a Conjunção por COM A FINALIDADE DE, para identificar a Oração Subordinada Adverbial Final.

Pode ocorrer elipse da Conjunção Final:


 Colocou a mão na boca, não fosse dizer besteiras (= ... com a finalidade de não dizer besteiras).

h) Proporcionais: introduzem uma oração que expressa um fato relacionado proporcionalmente à ocorrência da principal.
São elas: à medida que, à proporção que, ao passo que e as combinações quanto mais... (mais), quanto menos... (menos),
quanto menos... (mais), quanto menos... (menos).

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Por exemplo:
O preço fica mais caro à medida que os produtos escasseiam.
Quanto mais reclamava menos atenção recebia.
Obs.: são incorretas as locuções proporcionais à medida em que, na medida que

8. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL PROPORCIONAL


Quando denota proporcionalidade e é introduzida por Conjunção Proporcional: À PROPORÇÃO QUE, À MEDIDA QUE, AO
PASSO QUE, QUANTO MAIS ...TANTO MAIS, QUANTO MAIS ...TANTO MENOS, QUANTO MENOS ...TANTO MAIS, QUANTO
MENOS ...TANTO MENOS:
 Quanto mais tem, tanto mais quer.
 À proporção que tem, mais quer.

i) Temporais: introduzem uma oração que acrescenta uma circunstância de tempo ao fato expresso na oração principal.
São elas: quando, enquanto, antes que, depois que, logo que, todas as vezes que, desde que, sempre que, assim que, agora
que, mal (= assim que).
Por exemplo:
A briga começou assim que saímos da festa.
A cidade ficou mais triste depois que ele partiu.

9. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL TEMPORAL – Quando indica o tempo em que o fato expresso pela Oração Principal
acontece e é introduzida por Conjunção temporal – QUANDO, ENQUANTO, LOGO QUE, MAL (= LOGO QUE), SEMPRE QUE,
ASSIM QUE, DESDE QUE, ANTES QUE, DEPOIS QUE, ATÉ QUE, AGORA QUE:
 Quando chove, o sertão vira fartura.
 Logo que saíste, eles chegaram.

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14 – REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL / CRASE

 Aspiramos o perfume daquelas flores silvestres.


 Aspiramos a uma boa classificação no concurso.
 Muitos candidatos demonstram forte aspiração ao cargo ofertado.
Em duas orações temos o verbo (aspirar), mas esse verbo por si só não possui sentido completo, necessitando, portanto, de
um termo que o complemente. Nesse caso, temos o termo regente – demarcado pelo próprio verbo; e o termo regido –
representado pelo complemento.
No terceiro exemplo, temos o substantivo aspiração que admite complemento regido pela preposição a.
Dessa forma, estamos fazendo referência à transitividade, ou seja, em alguns casos o verbo pode ser transitivo direto, em
outras ele pode ser transitivo indireto ou pode ocupar as duas funções ao mesmo tempo, dependendo do contexto. Esse
contexto se traduz pelo significado que ele apresenta, assim como podemos verificar por meio dos exemplos anteriores:
No primeiro exemplo, em que o verbo exige uma preposição, o sentido do verbo em questão faz referência ao ato de
“almejar, desejar”. Assim sendo, ele ocupa a posição de transitivo indireto.
Já no segundo, o sentido diz respeito ao ato de “inalar, sorver” – razão pela qual ele se classifica como transitivo direto.
A regência verbal é a relação existente entre os verbos e os termos que o completam (objetos e adjuntos).
Quanto ao complemento, os verbos podem ser transitivos ou intransitivos.
Se a ação passa ou transita do sujeito a um objeto, dizemos que o verbo é transitivo, podendo ser direto (sem uso de
preposição) ou indireto (com preposição).
Se a ação ou estado não transita do sujeito a nenhum objeto, tendo sentido completo, o verbo é intransitivo.
Não devem ser esquecidas as situações em que aparecem verbos de ligação, que exigem como complemento um predicativo
do sujeito.
Na terceira situação, tem-se exemplo de regência nominal, marcada pela existência do substantivo aspiração.
Verbos que alteram o significado de acordo com a regência.

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FORMAÇÃO DO PERÍODO COMPOSTO Os ideias ______________ normalmente luto são


REGÊNCIA COM PRONOME RELATIVO interessantes

Os trabalhos _________ normalmente cumpro são


intensos
Os trabalhos __________ me submeto são muito intensos
Os trabalhos ___________ normalmente falo são
desafiadores

Os projetos ___________ normalmente penso são


motivadores
Os projetos ___________ normalmente me preparo são
inovadores
As pessoas ____________ normalmente convivo são
simpáticas
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Os pronomes o, os, a, as sofrem variações depois de certas


terminações verbais. Quando o verbo termina em -r, -s ou -
z, o pronome assume a forma lo, los, la ou las, ao mesmo
tempo que a terminação verbal é suprimida.
Por exemplo:
 dizer + a verdade = dizer + a= dizê-la
 fazeis + o pedido = fazeis + o=fazei-lo
 fiz + o trabalho = fiz + o=fi-lo

Quando o verbo termina em som nasal, o pronome assume


as formas no, nos, na, nas.
Por exemplo:
 viram + o menino = viram + o = viram-no
 repõe + os dados = repõe + os = repõe-nos
 retém + a substância = retém + a = retém-na
 tem + as respostas = tem + as = tem-nas
Veja alguns exemplos de verbos, normalmente, apontados
como transitivos diretos:
abandonar; abençoar;
aborrecer; abraçar;
acompanhar; acusar;
admirar; adorar;
alegrar; ameaçar;
amolar; amparar;
auxiliar; castigar;
condenar; conhecer;
conservar; convidar;
defender; eleger;
estudar; estimar;
humilhar; namorar;
ouvir; praticar;
prejudicar; proteger;
Observação: Se for expresso por pronome de 3ª pessoa,
exigirá a forma a ele(s) ou a ela(s), e não lhe(s). respeitar; socorrer;
3. Intransitivo (morar, ser da responsabilidade), rege a suportar; ver;
preposição em. visitar;
Exemplo: Assistimos em Salvador.
Não assiste a ele cuidar de todos estes casos. Os verbos TRANSITIVOS INDIRETOS são complementados
por objetos indiretos, ou seja, exigem uma preposição para
o estabelecimento da relação de regência.
USO DOS PRONOMES OBLÍQUOS ÁTONOS COMO OBJETOS
DIRETOS Eles admitem como objeto indireto os pronomes LHE, LHES
para substituir pessoas ou coisas, principalmente com os
Usam-se os pronomes o, os, a, as depois de terminações
verbos que exigem a preposição A, PARA, EM.
verbais em vogais
Comprei o carro= Comprei-o
Vejo a movimentação das ruas= Vejo-a
Cante os hinos= Cante-os
Ele sempre visita aquelas empresas = ... visita-as
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Observação:
Admite voz passiva.
Exemplo: Dava ordens ciente de ser obedecido.
Obs.: É importante notar que, com esses verbos (agradecer,
Alguns verbos podem ser classificados, normalmente, como perdoar e pagar), a pessoa costuma aparecer como objeto
transitivos indiretos. Eis alguns: indireto, mesmo que na frase não haja objeto direto.
aspirar(a)  O escritório não paga aos funcionários desde abril.
caber(a);  Já perdoei aos que me difamaram.
candidatar-se(a); referir-se(a);  Agradeço aos alunos que acreditaram em mim.
impor(a); levar(a);
pertencer(a); dar(a); Os verbos transitivos diretos e indiretos exigem dois
complementos, um sem preposição (objeto direto) e outro
relacionar-se(a) aludir(a)
com preposição (objeto indireto).
obedecer(a) dedicar(a)
Veja alguns exemplos:
responder(a) querer(a);
destinar-se(a); visar(a)
AGRADECER, PERDOAR e PAGAR, que possuem objeto
somar-se(a); oferecer(a); direto (coisa) e indireto (pessoa):
passar(a deparar (com);  Agradeço aos fiéis a paciência.
desdenhar (de); acreditar (em);  Deus ensina que é preciso perdoar o pecado ao pecador.
consentir (em); ansiar (por);  Paguei o dinheiro ao cobrador.
desfrutar(de) gozar (de);
necessitar (de); contribuir(para) O USO DOS PRONOMES OBLÍQUOS ÁTONOS EXIGE
ALGUNS CUIDADOS:
 Agradeci o presente / Agradeci-o
 Agradeço a você / Agradeço-lhe
 Perdoe a ofensa / Perdoei-a
 Perdoei ao agressor / Perdoei-lhe
 Paguei minhas contas / Paguei-as
 Paguei aos meus credores / Paguei-lhes

Existem outros verbos que possuem seu sentido definido de


acordo com a regência, como ASPIRAR, ASSISTIR, OLHAR e
PRECISAR, e vários outros. Veja alguns exemplos:
 Aspirar o ar de montanha. (= sorver, respirar)
Aspirar a um alto cargo. (= desejar, pretender)
Observação:
Verbo pronominal – Vem acompanhado de um pronome
oblíquo da mesma pessoa que o sujeito; sem função de  Pedro assistiu ao jogo. (= presenciar, ver)
objeto. O médico assistiu o (ao) doente. (= prestar assistência)

 Olhe para ele. (= fixar o olhar)


Olhe por ele. (= cuidar, interessar-se)
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 Ela não precisou a quantia. (= informar com exatidão)


Ela não precisou da quantia. (= necessitar)

Observação: A preposição em indica o lugar dentro do qual


ocorre a ação.
Exemplos:
 Chegou no voo das 14h.
 Irei em teu carro?
 Voltou em uma carroça.

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DIGNAR-SE, pronominal, que no padrão culto rege a


preposição DE:
 Maria não se dignou de olhar-me nos olhos.
 Ela ao menos se dignou de responder-me.

RESPONDER
Transitivo Indireto, mesmo quando o complemento dele
não se referir à pessoa. Pode ele aparecer sem o artigo,
como pode também aparecer com a presença dele.
Ex:
 Responda à mãe com simpatia.
 Responder às questões.
 Responder a questões. (lembrar que esse A é
preposição)

VISAR ANSIAR
1. Transitivo direto (angustiar, causar mal-estar).
Exemplo: Aquele momento ansiava-o.
2. Transitivo indireto (desejar ardentemente), rege a
preposição por.
Exemplo: “Ansiava pelo novo dia que vinha nascendo” (F.
Sabino)

ATENDER
No sentido de dar atenção ou levar em consideração o que
alguém nos diz, considerar, é transitivo indireto .
Use-o com a preposição [a]:
• Eles atenderam aos nossos conselhos.
• O diretor não atendeu aos pedidos dos pais.
• Não atendera aos amigos.
• Atenda bem ao que lhe digo.
• Vou atender ao que me pede.
No sentido de acolher, receber, recepcionar é transitivo
direto. Use-o sem preposição:
• A professora atendeu os alunos.
• Ela sempre os atende.
CONSISTIR, que tem complemento introduzido pela
preposição EM: • As meninas estão atendendo os visitantes.
 A felicidade consiste em preparar o futuro pensando no • O político não atendeu o repórter.
presente.

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NECESSITAR
1. Transitivo indireto
Exemplo: Necessita de alguns remédios.

Exemplo: Necessita de alguns remédios.


PRECISAR
1. Transitivo indireto (ter necessidade)
Exemplo: Precisávamos de mais tempo.

2. Transitivo direto (marcar com precisão)


Exemplo: A polícia não precisou o local do assalto.

PROCEDER
No sentido de TER FUNDAMENTO, o verbo proceder é
INTRANSITIVO:
O depoimento da testemunha procedia.
Nos sentidos de COMPORTAR-SE, AGIR, proceder é
também INTRANSITIVO.
 O senhor procedeu bem agindo de acordo com a
legislação.
No sentido de ORIGINAR-SE, PROVIR, DERIVAR, o verbo
proceder constrói-se com a preposição DE:
A língua portuguesa procede do latim.

FALAR
1. Intransitivo (expressar-se).
Exemplo: Aquele senhor fala muito bem.
2. Transitivo direto (declarar, explicar, exprimir-se algum
idioma)
Exemplos:
 Falou tudo o que queria.
 Falava francês desde criança.
3. Intransitivo (discursar, discorrer), acompanhado de
adjunto adverbial de assunto (DE ______ , SOBRE___)
Exemplo: Falou sobre vários assuntos.

NAMORAR
Transitivo direto, portanto não admite preposição.
Ex: A menina namora aquele simpático rapaz.
Errado: A menina namora COM aquele simpático rapaz.

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Saiba também que o LHE não serve de complemento para C/D


alguns verbos, como: aludir, aspirar(= almejar), assistir (= SUBSTANTIVOS
ver), proceder, presidir, recorrer, referir-se (= aludir), visar
(= almejar) capacidade [de, para]

Voz verbal e regência causa[para]

Há verbos transitivos indiretos, como certeza [de]


compaixão [de, por]
assistir (= ver), pagar/perdoar (com complemento de
pessoa), responder compreensão[de]
em que há “concessões” para o uso da forma passiva, como concordância [a, com, de, entre]
diz Bechara. Napoleão Mendes de Almeida vai além, consulta [a]
defendendo o uso de assistir (= ver) na voz passiva. Veja: conversão[em]
– Muitas pessoas assistiram à missa. / A missa foi assistida crédito[a]
por muitas pessoas.
direito [a, de]
– Pagamos às empregadas. / As empregadas foram pagas
por nós. dúvida [acerca de, em, sobre]
– Todos lhe perdoaram. / Ele foi perdoado por todos. desrespeito [a]
– Reponder-se-ão às dúvidas. / As dúvidas serão desprezo [a, de, por]
respondidas. devoção [a, para, com, por]
Obs: Os verbos acreditar, crer, pensar e sinônimos (ao dificuldade [com, de, em, para]
expressar uma opinião, um julgamento) são VTDs quando discordância [com, de, sobre]
seu complemento é uma oração subordinada substantiva
disposição [para]
objetiva direta: Penso (VTD) que devo estudar mais (OD).
ADJETIVOS
cobiçoso [de] capaz [de, para]
REGÊNCIA NOMINAL
cego [a, de] ciente [de]
• Lista de substantivos e adjetivos acompanhados das
respectivas preposições: coerente [com] comum [de]
A/B compatível[com] concedido [a]
SUBSTANTIVOS conforme [a, com] contemporâneo [de]
agrado[a] alusão [a] constituído [com, de, por] contente[com, de, em, por]
ameaça[a] atenção [a] contíguo [a] constante [em]
amor [a, de, por] apoio [a, de] constituído [com, de, por] contente[com, de, em, por]
apologia [a, de] antipatia [a, contra, por] contrário[a] curioso [de, por, para]
aversão [a, para, por] acesso [a, para] dedicado[a] desacostumado [a, com]
admiração [a, por] afeição [a, por] desatento [a] descontente [com]
amigo [de] associação [de, com] desejoso [de] desfavorável[a]
benefício [a] desleal [a] desgostoso [com, de]
ADJETIVOS devoto [a, de] diferente [de]
acessível [a, para] acostumado [a, com] digno [de] disposto[a]
adequado [a] alheio [a, de] dotado [de]
aliado [a, com] análogo [a]
apto [a, para] assíduo [a, em] E/F/G/H/I/L
atento [a, em] avesso [a] SUBSTANTIVOS
aflito [com, por] amante [de] empenho [de, em, por] entusiasmo[por, com]
afável [com] amoroso [com] exemplo[de] facilidade [de, em, para]
ansioso[de, para, por] aparentado[com] falta [a, de] guerra [a]
atencioso [com] ávido [de, por] graças(a) homenagem [a]
benéfico [a] bom [para]. horror [a, de, por] ida [a]
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impaciência[com] impossibilidade [de, em] natural [de] necessário [a]


impressão[de] inclinação[por] nobre [em] nocivo [a]
influência [sobre] interesse[por] obediente [a] oposto [a]
invasão [de] lembrança[de] orgulhoso [de, com] pálido [de]
lugar[a] parecido [a, com] paralelo [a]
pasmado [de] passível [de]
ADJETIVOS peculiar [a] perito [em]
equivalente [a] entendido [em] prático [em] preferível [a]
erudito [em] escasso [de] prestes [a, para] pendente [de]
essencial [para] estreito [de] privado[de] pródigo [em, de]
exato [em] fácil [a, de, para] propício [a] próximo [a, de]
falho [de, em] fanático [por] pronto [para, em] próprio [de, para]
favorável [a] fiel [a]
feliz [de, com, em, por] fértil [de, em] Q/R/S/T/U/V/Z
forte [em] fraco [em, de] SUBSTANTIVOS
furioso [com] grato [a] queixa [contra] receio [de]
graduado [a] hábil [em] referência[a] respeito [a, com, por]
habituado [a] hostil [a, contra] relação [a, com, de, por] resposta[a]
idêntico [a] impotente [para, contra] resistência[a] sensação[de]
impróprio [para] imune [a, de] simpatia [a, por] sincronia[com]
inábil [para] inacessível [a] tentativa [contra, de, para] tráfico [de]
incansável [em] incapaz [de, para] triunfo [sobre] união, [a, com, entre]
incerto [em] inconsequente[com] zelo [a, de, por].
indeciso [em] indiferente[a]
indigno [de] indulgente [com] ADJETIVOS
inerente [a] infiel [a] querido [de, por] relacionado[com]
ingrato [com] insensível [a] relativo[a] rente [a, de, com]
intolerante [com] inútil [para] reservado[a] residente [em]
isento [de] junto [a, de] responsável [por, de] rico [de, em]
leal [a] lento [em] sábio [em] salvo[de]
liberal [com] satisfeito [com, de, em, por] sito [em]
semelhante [a] surdo [a, de]
M/N/O/P situado [a, em, entre] solidário [com]
manifestação [contra] medo [de, a] sujeito[a] superior [a]
necessidade[de] notícia[de] suspeito[a, de] voltado [para].
ódio [a, contra] ojeriza [a, por] último [a, de, em] único [em]
paixão [de, por] parte[de] útil [a, para] vazio [de]
preferência [a, por] preservação[de] versado [em] visível [a]
preocupação[de, com, por] prevenção [a] vitimado[por] vizinho [a, de, com]
propensão [para] proteção[a, de]
Releitura de Regência Nominal
ADJETIVOS A tabela a seguir mostra quais as preposições mais usuais
maior [de] menor [de] para alguns nomes.

misericordioso [com] morador[em]


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Na Língua Portuguesa atual, assinalamos com o acento


Preposição Nomes
grave (`) a crase do a.
A regra geral diz que haverá crase no a quando colocado
acessível, adequado, alheio, análogo,
diante de palavra do gênero feminino quando, substituindo-
apto, avesso, benefício, cego, conforme,
se a feminina por uma masculina aparecer diante da
contíguo, desatento, desfavorável,
masculina ao.
desleal, equivalente, fiel, grato, guerra,
A hostil, idêntico, inacessível, inerente,
indiferente, infiel, insensível, nocivo, Usa-se a CRASE:
obediente, odioso, oposto, peculiar,
Nomes Geográficos:
pernicioso, respeito, próximo, superior,
surdo, último, visível Ex.:
 Vou à Bahia (= para a),
amante, amigo, ansioso, ávido, capaz,  Vou à Brasília. (= para).
cobiçoso, comum, contemporâneo, Se empregarmos a combinação da ou na antes das palavras,
curioso, devoto, diferente, digno, é sinal de que ela aceita o artigo;
dessemelhante, dotado, duro, estreito,
fértil, fraco, furioso, impossibilidade, Se empregarmos apenas a preposição de ou a
incerto, indigno, inocente, menor, preposição em, é sinal de que ela não aceita.
De
natural, nobre, orgulhoso, pálido, parco, Ex.:
passível, pobre, pródigo, próprio,  Vim da Itália (aceita),
próximo, querido, respeito, surdo,
temeroso, último, vazio, vizinho  Estou na Itália (aceita),
 Vim de Roma (não aceita),
afável, amoroso, aparentado, compatível,  Estou em Maceió (não aceita).
conforme, cruel, cuidadoso, descontente,
Com
furioso, inconsequente, ingrato,
intolerante, liberal, misericordioso, FORMAÇÃO DA CRASE
USO OBRIGATÓRIO DA CRASE
Contra desrespeito, manifestação, queixa 1. Ocorre a crase mesmo que o substantivo venha oculto
ou subentendido.
constante, cúmplice, diligente, entendido, Ex.:
erudito, exato, fecundo, fértil, fraco,  O aluno subordinou a solução do segundo problema à
forte, hábil, impossibilidade, incansável, do primeiro (à solução do primeiro).
Em
incerto, inconstante, indeciso, lento,
morador, parco, perito, prático, pródigo,
pronto, sábio, sito, último, único 2. Na indicação do número de horas, expresso ou
subtendido.
Entre convênio, união Ex.:
 Às três horas, abrirei o escritório.
apto, bom, diligente, disposição,
Para essencial, idôneo, incapaz, inútil, odioso,
pronto, próprio, útil

afável, amoroso, capaz, cruel, intolerante,


para com
orgulhoso

Por ansioso, querido, responsável, respeito

Sobre dúvida, influência, triunfo

EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE


A crase é a fusão de duas vogais da mesma natureza.

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Note-se no entanto: comprar a prestação, escrever a TERRA


máquina, escrever a mão, fechar a chave, porque são
expressões adverbiais femininas que indicam instrumento
ou meio.
Termos femininos ou masculinos (elipse da palavra) com
valor de à moda de, ao estilo de: à americana, (= à moda
americana), à espanhola, à milanesa, à oriental, à ocidental,
poesia à Manuel Bandeira, gol à Pelé, calçados à Luís XV,
cabelos à Sansão, estilo à Coelho Neto etc.
Para evitar ambiguidade:
 À onça a cobra matou.
 A menina à paixão venceu

A crase pode também resultar da contração da preposição a


com os pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s) e
aquilo:
 Não irás àquela festa [a aquela]
 Vou àquele cinema. [a aquele]
 Não ligo àquilo. [a aquilo] Não significa “terra firme”.
 Refiro-me à que você namora. [aquele] A palavra terra só admitirá o emprego da regra geral
quando não for empregada em oposição a bordo, a navio, a
 Àquela ordem estranha, o soldado estremeceu. chão firme.
 A capitania de Minas Gerais estava unida à de São Paulo. Ex.:
 Falarei às que quiserem me ouvir. [aquelas que]  Voltou à terra onde nascera.
 Esta anedota é semelhante à que meu professor contou.
[aquela que]
À DISTÂNCIA DE
Deve estar determinada.
À QUE / À QUAL
Ex.:
Substitui-se à que por – ao que e à qual – por ao qual.
 Achava-se à distância de 10 metros.
Ex.:
 Vi-o a distância.
 Sua ideia é igual à que tive.
 Estava a uma distância de 10 metros.
 Seu pensamento é igual ao que tive.
Ex.:
CRASE FACULTATIVA
 A redação à qual me refiro é fácil.
1. Pronome Adjetivo Possessivo Feminino Singular.
 O teste ao qual me refiro é fácil.

CASOS ESPECIAIS
CASA
Ex.:
 Volte cedo a casa.
 Volte cedo à casa paterna.
Só é possível a aplicação da crase se a palavra estiver
acompanhada.

Ex.: Nada conte à(a) sua amiga.

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2. Nomes Próprios Femininos, quando são modificados,


acento de crase é obrigatório.
Observação:
Não se usa crase diante de nomes históricos.
Ex.: Júlio César contou suas façanhas a Cleópatra

Observação:
3. Até a + palavra feminina.
Há, no entanto, pronomes que admitem o artigo, dando
Ex.: Vou à cidade ou até a cidade.
ensejo à crase:
 Não fale nada às outras.
4. Locução Adverbial Feminina de instrumento.
 Assistimos sempre às mesmas cenas.
Ex.: Abri o primeiro envelope, com excessiva pressa:
 Diga à tal senhora que...
continha um recado, à maquina, do meu ti.(Guimarães
Rosa)  Não temo as acusações de Maria, às quais responderei
oportunamente.
 Estavam atentas umas às outras.
CASOS EM QUE NÃO HÁ CRASE
7) Antes de pronomes de tratamento, interrogativos,
* com exceção de senhora, senhorita, madame e dona.
1) Antes de substantivos masculinos: Andou a cavalo.
 Obedeci a Vossa Senhoria.
2) Antes de verbos: A partir de amanhã, serei outra
pessoa.  Falaste a que pessoa?
* Peço à senhora que tenha paciência.

8) Antes dos pronomes relativos: Quem, Que, Cuja.


 Referia-se a quem falava.
 Ali havia uma árvore, a cuja sombra descansamos.
 Esta é a vida a que aspiramos.

9) Quando já houver outra preposição:


 Viajou para a Itália.

Não vai a festas nem a reuniões 10) Antes de palavras repetidas:


Dedicas o trabalho a homem ou mulher?  Encontram-se frente a frente
A FUNAI decidiu fechar o parque indígena a visitas.
5) Antes de pronomes demonstrativos (este, esse e
flexões)
Não foi a esta festa.
6) Antes de pronomes indefinidos: Obedecia a todos.

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11) Diante de nomes de parentescos, precedidos de Haverá crase quando o nome próprio admitir ou vier
pronomes possessivos: acompanhado de adjetivo ou locução adjetiva:
 Recorri a minha mãe.  Maria tinha devoção à Virgem.
 Faremos uma visita a sua mãe.  Entreguei a carta à Júlia (no trato familiar e íntimo).
 Arrependi-me de ter falado a minha prima. (G. Ramos)  Referiu-se à Roma dos Césares.
Observação:

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– A bala recebeu a pessoa. (linguagem figurada, noção de violência)


– Recebeu a pessoa à bala.(com disparo de tiros)

– Teve de pintar a mão = OD = parte do corpo hoje cedo.


– Teve de pintar à mão hoje cedo. (com uso das mãos)

– Comeu a francesa*.(prática canibal)


– Comeu à francesa.(seguindo o modo dos franceses)

– Feriu o rosto dele a navalha. = (A navalha = sujeito) feriu o rosto dele


– Feriu o rosto dele à navalha. (com uso da navalha)

– Vendeu a vista. (vendeu o olhar, a visão, a paisagem ... ?)


– Vendeu à vista.(com pagamento imediato, sem prestações)
– A vista dele está cansada de tanto ler.(o olhar, a visão dele...)
– À vista dele, está cansada de tanto ler.(De acordo com o ponto de vista dele)

– Pagou a prestação.(pagou a parcela, conta)


– Pagou à prestação.(com divisão em parcelas)

– Não conseguiram enxergar a distância de um prédio a outro.(enxergar a separação)


– Não conseguiram enxergar à distância de um metro.(estavam a um metro do local)

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LOCUÇÕES COM PALAVRAS DE BASE FEMININA E/F/G/H/I/L


às avessas à busca (de) ADJETIVOS
à custa (de) à deriva equivalente [a] estimulante[a]
à disposição à distância de favorável [a] habituado [a]
à exceção de à esquerda hostil [a] = ofensivo[a] idêntico [a]
à falta de à feição (de) imune [a] = resistente[a] inacessível [a]
à frente (de) à luz de indiferente[a] ligado[a]
à maneira de à medida que inerente [a] = pertencente[a]
à mercê (de) à mostra
à noite à proporção que M/N/O/P
à parte à procura (de) SUBSTANTIVOS
pôr à prova à tarde preferência [a] prevenção [a]
à semelhança de às vezes proteção[a]
à vontade à vista (de/disso)
ADJETIVOS
LISTA DE SUBSTANTIVOS E ADJETIVOS ACOMPANHADOS necessário [a] oposto [a]
DAS RESPECTIVAS PREPOSIÇÕES: paralelo [a] preferível [a]
A/B propício [a] peculiar [a] = inerente[a]
SUBSTANTIVOS
acesso [a] ameaça[a] Q/R/S/T/U/V
apoio[a] atenção [a] SUBSTANTIVOS
aversão [a] alusão [a] = referência[a] referência[a] respeito [a]
apologia [a] = louvação[a] benefício [a] relação [a] resistência[a]

ADJETIVOS ADJETIVOS
acessível [a] adequado [a] referente[a] relativo[a]
alheio [a] aliado [a] semelhante [a] sujeito[a]
apto [a] associado[a] visível [a] vinculado[a]
atento [a] atrelado[a] _______________________________________________
avesso [a] análogo [a] = similar[a] _________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
C/D _________________________________________________
SUBSTANTIVOS _________________________________________________
combate[a] consulta [a] _________________________________________________
_________________________________________________
crédito[a] direito [a] _________________________________________________
desrespeito [a] devoção [a] _________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
ADJETIVOS _________________________________________________
concedido [a] contrário[a] _________________________________________________
dedicado[a] desfavorável[a] _________________________________________________
_________________________________________________
devido[a] disposto[a] _________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________

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 Espantoso!
15 – SINTAXE: FRASE, ORAÇÃO E  Cada louco com sua mania.
PERÍODO;  Cada macaco em seu galho.
 Proibida entrada.
TERMOS DA ORAÇÃO;
ESTUDO DO PERÍODO SIMPLES Frases Verbais:
 Não vá embora.
SINTAXE: FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO; TERMOS DA  O telefone está tocando.
ORAÇÃO;
 O Brasil possui um grande potencial turístico.
FUNÇÕES SINTÁTICAS
 Os alunos prepararam o seminário
(funções na frase)
 O advogado defendeu seu cliente
Sujeito: Complemento nominal
 O sol ilumina as cidades e aquece o dia

predicado Adjunto Adnominal


Na língua falada, a frase é caracterizada pela entoação, que
indica nitidamente seu início e seu fim. A entoação pode vir
acompanhada por gestos, expressões do rosto, do olhar,
Predicativo Adjunto adverbial
além de ser complementada pela situação em que o falante
se encontra. Esses fatos contribuem para que
frequentemente surjam frases muito simples, formadas por
Objeto indireto Aposto apenas uma palavra. Observe:
 Rua!
Agente da passiva Vocativo
 Ai!
Essas palavras, dotadas de entoação própria, e
acompanhadas de gestos peculiares, são suficientes para
satisfazer suas necessidades expressivas.
Na língua escrita, a entoação é representada pelos sinais de
pontuação, os quais procuram sugerir a melodia frasal.
Desaparecendo a situação viva, o contexto é fornecido pelo
próprio texto, o que acaba tornando necessário que as
frases escritas sejam linguisticamente mais completas. Essa
maior complexidade linguística leva a frase a obedecer às
regras gerais da língua. Portanto, a organização e a
ordenação dos elementos formadores da frase devem
seguir os padrões da língua. Por isso é que:

 As meninas estavam alegres.


constitui uma frase, enquanto:
FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO
Frase  Alegres meninas estavam as.
Frase é todo enunciado de sentido completo, podendo ser não é considerada uma frase da língua portuguesa.
formada por uma só palavra ou por várias, podendo ter
verbos ou não. A frase se define pelo seu propósito
Tipos de Frases
comunicativo, ou seja, pela sua capacidade de transmitir
um conteúdo satisfatório para a situação em que é Muitas vezes, as frases assumem sentidos que só podem ser
utilizada. integralmente captados se atentarmos para o contexto em
que são empregadas. É o caso, por exemplo, das situações
Exemplos:
em que se explora a ironia.
Frases Nominais:
Pense, por exemplo, na frase "Que educação!", usada
 Silêncio! quando se vê alguém invadindo, com seu carro, a faixa de
 Avante.

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pedestres. Nesse caso, ela expressa exatamente o contrário Isso não significa, no entanto, que tais frases devam ser
do que aparentemente diz. formadas, no mínimo, por dois vocábulos. Na frase
A entoação é um elemento muito importante da frase "Saímos", por exemplo, há um sujeito implícito na
falada, pois nos dá uma ampla possibilidade de expressão. terminação do verbo: nós.
Dependendo de como é dita, uma frase simples como "É O sujeito é o termo da frase com o qual o verbo concorda
ela." pode indicar constatação, dúvida, surpresa, em número e pessoa. É normalmente o "ser de quem se
indignação, decepção, etc. Na língua escrita, os sinais de declara algo", "o tema do que se vai comunicar".
pontuação podem agir como definidores do sentido das O predicado é a parte da frase que contém "a informação
frases. Veja: nova para o ouvinte". Normalmente, ele se refere ao
Existem alguns tipos de frases cuja entoação é mais ou sujeito, constituindo a declaração do que se atribui ao
menos previsível, de acordo com o sentido que transmitem. sujeito. É sempre muito importante analisar qual é o núcleo
São elas: significativo da declaração: se o núcleo da declaração
a) Frases Interrogativas: ocorrem quando uma pergunta é estiver no verbo, teremos um predicado verbal (ocorre nas
feita pelo emissor da mensagem. São empregadas quando frases verbais); se o núcleo da declaração estiver em algum
se deseja obter alguma informação. A interrogação pode nome, teremos um predicado nominal (ocorre nas frases
ser direta ou indireta. que possuem verbo de ligação).

 Você aceita um copo de suco? (Interrogação direta) Observe:

 Desejo saber se você aceita um copo de suco.  O amor é eterno.


(Interrogação indireta) O tema, o ser de quem se declara algo, o sujeito, é "O
amor". A declaração referente a "o amor", ou seja, o
predicado, é "é eterno". É um predicado nominal, pois seu
b) Frases Imperativas: ocorrem quando o emissor da núcleo significativo é o nome "eterno". Já na frase:
mensagem dá uma ordem, um conselho, uma sugestão
ou faz um pedido, utilizando o verbo no modo imperativo.  Os rapazes jogam futebol.
Podem ser afirmativas ou negativas. O sujeito é "Os rapazes", por ser o termo com o qual o
 Faça-o entrar no carro. (Afirmativa) verbo (jogam) concorda em número e pessoa. O predicado
é "jogam futebol", cujo núcleo significativo é o verbo
 Não faça isso. (Negativa) "jogam". Temos, assim, um predicado verbal.
 Dê-me uma ajudinha com isso. (Afirmativa) Oração
Uma frase verbal pode ser também uma oração. Para isso é
c) Frases Exclamativas: nesse tipo de frase o emissor necessário:
exterioriza um estado afetivo. Apresentam entoação - que o enunciado tenha sentido completo;
ligeiramente prolongada.
- que o enunciado tenha verbo (ou locução verbal).
Por Exemplo:
 Que prova difícil!
Por Exemplo:
 É uma delícia esse bolo!
 Camila concluiu a leitura do livro.
Obs.: Na oração, as palavras estão relacionadas entre si,
d) Frases Declarativas: ocorrem quando o emissor como partes de um conjunto harmônico: elas são os termos
constata um fato. Esse tipo de frase informa ou declara ou as unidades sintáticas da oração. Assim, cada termo da
alguma coisa. Podem ser afirmativas ou negativas. oração desempenha uma função sintática.
 Obrigaram o rapaz a sair. (Afirmativa)
 Ela não está em casa. (Negativa) Atenção:
Nem toda frase é oração.
e) Frases Optativas: são usadas para exprimir um desejo.
Por Exemplo:
Por Exemplo:
 Que dia lindo!
 Deus te acompanhe!
Esse enunciado é frase, pois tem sentido.
 Bons ventos o levem!
Esse enunciado não é oração, pois não possui verbo.
Assim, não possuem estrutura sintática, portanto não são
Estrutura da Frase orações, frases como:
As frases que possuem verbo são geralmente estruturadas a  Socorro! - Com Licença! - Que rapaz ignorante!
partir de dois elementos essenciais: sujeito e predicado.

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A frase pode conter uma ou mais orações. Veja: Termo é a palavra considerada de acordo com a função
 Brinquei no parque. (uma oração) sintática que exerce na oração.

 Entrei na casa e sentei-me. (duas orações) Segundo a Nomenclatura Gramatical Brasileira, os termos
da oração podem ser:
 Cheguei, vi, venci. (três orações)
1) Essenciais
Também conhecidos como termos "fundamentais", são
Período representados pelo
Período é a frase constituída de uma ou mais orações, • sujeito,
formando um todo, com sentido completo. O período pode
ser simples ou composto. • predicado
• Período Simples: é aquele constituído por apenas uma • predicativo.
oração, que recebe o nome de oração absoluta.
Exemplos: 2) Integrantes
 O amor é eterno. Completam o sentido dos verbos e dos nomes, são
 As plantas necessitam de cuidados especiais. representados por:
 Quero aquelas rosas. • complementos verbais - objeto direto e objeto indireto;
 O tempo é o melhor remédio. • complemento nominal;
• agente da passiva.
• Período Composto: é aquele constituído por duas ou
mais orações. 3) Acessórios
Exemplos: Desempenham função secundária (especificam o
 Quando você partiu, minha vida ficou sem alegrias. substantivo ou expressam circunstância). São representados
por:
 Quero aquelas flores para presentear minha mãe.
• adjunto adnominal;
 Vou gritar para todos ouvirem que estou sabendo o que
acontece ao anoitecer. • adjunto adverbial;
 Cheguei, jantei e fui dormir. • aposto.

Saiba que: Obs.: O vocativo, em análise sintática, é um termo à parte:


não pertence à estrutura da oração.
Como toda oração está centrada num verbo ou numa
locução verbal, a maneira prática de saber quantas orações
existem num período é contar os verbos ou locuções TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO
verbais. SUJEITO e PREDICADO
OBJETIVOS DA ANÁLISE SINTÁTICA Para que a oração tenha significado, são necessários alguns
A análise sintática tem como objetivo examinar a estrutura termos básicos: os termos essenciais. A oração possui dois
de um período e das orações que compõem um período. termos essenciais, o sujeito e o predicado.
Estrutura de um Período Sujeito: termo sobre o qual o restante da oração diz algo e
Observe: com o qual o verbo, normalmente, concorda.

Conhecemos mais pessoas quando estamos viajando.


Por Exemplo:
Ao analisarmos a estrutura do período acima, é possível
identificar duas orações: Conhecemos mais pessoas e  As praias estão sempre lotadas no verão.
quando estamos viajando. (sujeito simples)
 Houve dias maravilhosos em minhas férias.
Termos da Oração (sujeito inexistente)
No período "Conhecemos mais pessoas quando estamos Predicado: termo que contém o verbo e informa algo sobre
viajando", existem seis palavras. Cada uma delas exerce o sujeito.
uma determinada função nas orações. Em análise sintática,
cada palavra da oração é chamada de termo da oração.

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Por Exemplo:  A rua estava deserta.


 As praias/ estão cada vez mais poluídas
Observação: não se deve confundir sujeito simples com a
Sujeito/ Predicado
noção de singular.
As ruas estavam desertas.
Diz-se que o sujeito é simples quando o verbo da oração se
refere a apenas um elemento(núcleo), seja ele um
substantivo (singular ou plural), um pronome, um numeral
ou uma oração subjetiva.
Por Exemplo:
Posição do Sujeito na Oração
 Certos alunos conservam posturas austeras.
Dependendo da posição de seus termos, a oração pode
estar:  Elas sempre devem obedecer aos chefes da empresa.
Na Ordem Direta: o sujeito aparece antes do predicado.  Aqueles prisioneiros fugiram, porém estes
permaneceram.
Por Exemplo:
 Ninguém deixou de responder à questão.
As crianças brincavam despreocupadas.
 Eles eram alunos brilhantes. Os dois estudavam as
Sujeito Predicado
matérias suficientemente.
Na Ordem Inversa: o sujeito aparece depois do predicado.
 O cantar dos pássaros encanta os visitantes.
Brincavam despreocupadas as crianças.
 Sentimos muita dor durante a noite.
Predicado Sujeito
 Seus interesses serão respeitados pelo juiz.

Sujeito no Meio do Predicado:


b) Composto
Despreocupadas, as crianças brincavam.
Apresenta dois ou mais núcleos ligados diretamente ao
Predicado Sujeito Predicado verbo.
Com alguns verbos, como  Tênis e natação são ótimos exercícios físicos.

Existir, c) Elíptico, Desinencial, Oculto ou Implícito


Ocorre quando o sujeito não está explicitamente
Ocorrer,
representado (não está expresso) na oração, mas pode ser
Faltar, identificado.
Por Exemplo:
Surgir,
 Dispenso todos os funcionários.
Acontecer,
Bastar, Nessa oração, o sujeito é implícito e determinado,
associado ao pronome Eu
Faltaram
Chegar,alguns alunos.  Dispensas todos os funcionários.
Para mim, bastam dois pedaços de torta.
Sobrar, Nessa oração, o sujeito é implícito e determinado,
Acontecem fatos estranhos neste país associado ao pronome Tu
Restar, do Sujeito
Classificação
O sujeito das orações da língua portuguesa pode ser  Dispensa todos os funcionários.
determinado ou indeterminado.
Nessa oração, o sujeito é implícito e determinado,
Existem ainda as orações sem sujeito. associado ao pronome Ele/Ela(singular)
1. Sujeito Determinado: é aquele que se pode identificar
com precisão a partir da concordância verbal. Pode ser:
 Dispensamos todos os funcionários.
a) Simples
Nessa oração, o sujeito é implícito e determinado,
Apresenta apenas um núcleo ligado diretamente ao verbo. associado ao pronome Nós
Por Exemplo:  Dispensais todos os funcionários.

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Nessa oração, o sujeito é implícito e determinado,


associado ao pronome Vós

OBSERVAÇÃO
Devemos ter cuidado com o verbo que se conjuga na 3ª
pessoa do plural. Nesse caso, pode ser que o sujeito seja
Indeterminado.

CUIDADO:
Observe a frase em que aparece verbo na 3ª pessoa do
plural:
 Os meninos viajaram e ontem telefonaram para você.
Obs.: quando o verbo está na 3ª pessoa do plural, fazendo
Exemplos:
referência a elementos explícitos em orações anteriores ou
posteriores, o sujeito é determinado, porém oculto.  Vive-se melhor no campo. (Verbo Intransitivo)

Por Exemplo:  Precisa-se de técnicos em informática. (Verbo Transitivo


Indireto)
 Felipe e Marcos foram à feira. Compraram muitas
verduras.  No casamento, sempre se fica nervoso. (Verbo de
Ligação)
Nesse caso, o sujeito de compraram é o termo Felipe e
Marcos. Entendendo a Partícula Se
Pode ser identificado, mas não está expresso, ou seja, As construções em que ocorre a partícula SE podem
escrito na 2ª oração. Nesse caso, ocorre sujeito oculto. apresentar algumas dificuldades quanto à classificação do
sujeito

2. Sujeito Indeterminado: é aquele que, embora existindo, Veja:


não se pode determinar nem pelo contexto, nem pela
terminação do verbo. Na língua portuguesa, há três
maneiras diferentes de indeterminar o sujeito de uma
oração:

IDENTIFICAÇÃO DE SUJEITO INDETERMINADO


 Ontem telefonaram para você.
O verbo é colocado na 3ª pessoa do plural, sem que se
refira a nenhum termo identificado anteriormente (nem em
outra oração):
Por Exemplo:
 Procuraram você por todos os lugares.
 Estão pedindo seu documento na entrada da festa.

b) Com verbo ativo na 3ª pessoa do singular, seguido do


pronome SE:
O verbo vem acompanhado do pronome SE, que atua como
partícula de indeterminação do sujeito. Essa construção
ocorre com verbos que não apresentam complemento
direto (verbos intransitivos, transitivos indiretos e de
ligação). O verbo obrigatoriamente fica na terceira pessoa
do singular.

Exemplos:
 Em certas cidades, ainda se vende terreno baratinho.

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 A cada ano, renovam-se os ideais de vida. Por Exemplo:


 Naquela lojinha, plastificam-se documentos.  Choviam crianças na distribuição de brindes. (crianças =
sujeito)
 Se necessário, reformar-se-ão as leis jurídicas.
 Já amanheci cansado. (eu=sujeito)
 Durante a aula, fazem-se muitas perguntas.
a) Aprovou-se o novo candidato.
b) Verbos ser, estar, fazer e haver, quando usados para
Sujeito
indicar uma ideia de tempo ou fenômenos meteorológicos:
Aprovaram-se os novos candidatos.
Ser:
Sujeito
 É noite. (Período do dia)
No caso A, o SE é uma partícula apassivadora e o verbo está
 Eram duas horas da manhã. (Hora)
na voz passiva sintética, concordando com o sujeito.
Observe a transformação das frases para a voz passiva
analítica: Obs.: ao indicar tempo, o verbo ser varia de acordo com a
 O novo candidato foi aprovado. expressão numérica que o acompanha. (É uma hora/ São
nove horas)
Sujeito
 Hoje é (ou são) 15 de março. (Data)
 Os novos candidatos foram aprovados.
Sujeito
Obs.: ao indicar data, o verbo ser poderá ficar no singular,
b) (Sujeito Indeterminado) Precisa-se de professor.
subentendendo-se a palavra dia, ou então irá para o plural,
(Sujeito Indeterminado) Precisa-se de professores. concordando com o número de dias.
No caso B, SE é índice de indeterminação do sujeito e o Estar:
verbo está na voz ativa. Nessas construções, o sujeito é
 Está tarde. (Tempo)
indeterminado e o verbo fica sempre na 3ª pessoa do
singular.  Está muito quente.(Temperatura)

c) Com o verbo no infinitivo impessoal:


c) FAZER: verbo IMPESSOAL
Por Exemplo:
Sempre na 3ª pessoa do singular
 Era penoso estudar todo aquele conteúdo.
 Faz dois anos que não vejo meu pai. (Tempo decorrido)
 É triste assistir a estas cenas tão trágicas.
 Fez 39° C ontem. (Temperatura)

03. Oração Sem Sujeito: é formada apenas pelo predicado e


articula-se a partir de um verbo impessoal. Observe a
estrutura destas orações:
 Havia formigas na casa.
 Nevou muito este ano em Nova Iorque.
É possível constatar que essas orações não têm sujeito.
Constituem a enunciação pura e absoluta de um fato,
através do predicado. O conteúdo verbal não é atribuído a
nenhum ser, a mensagem centra-se no processo verbal. Os
casos mais comuns de orações sem sujeito da língua
portuguesa ocorrem com:
a) Verbos que exprimem fenômenos da natureza: Nevar,
chover, ventar, gear, trovejar, relampejar, amanhecer,
anoitecer, etc.
Haver:
Por Exemplo:
 Não a vejo há anos. (Tempo decorrido)
 Choveu muito no inverno passado.
 Havia muitos alunos naquela aula. (Verbo Haver
 Amanheceu antes do horário previsto. significando existir)
Obs: quando usados na forma figurada, esses verbos
podem ter sujeito determinado.

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Predicado

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1 - Verbo Intransitivo + Predicativo do Sujeito O verbo julgar relaciona o complemento (os homens) com
o predicativo (insensíveis). Essa relação se evidencia
quando passamos a oração para a voz passiva.
Por Exemplo:
Joana partiu Contente Observação: o predicativo do objeto normalmente se refere
Sujeito Verbo Intransitivo Predicativo do Sujeito ao objeto direto. Ocorre predicativo do objeto indireto com
o verbo chamar. Assim, vem precedido de preposição.
Por Exemplo:
2 - Verbo Transitivo + Objeto + Predicativo do Objeto  Todos o chamam de irresponsável.
 Chamou-lhe ingrato. (Chamou a ele ingrato.)
Por Exemplo:
A despedida deixou a mãe aflita 3. TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO
Certos verbos ou nomes presentes numa oração não
3 - Verbo Transitivo + Objeto + Predicativo do
possuem sentido completo em si mesmos. Sua significação
Sujeito
só se completa com a presença de outros termos,
chamados integrantes. São eles:
Por Exemplo: • complementos verbais (objeto direto e objeto indireto);
Os alunos cantaram emocionados • complemento nominal;
Sujeito V.T.D. Predicativo do sujeito • agente da passiva.
aquela canção.
O.D. Complementos Verbais

Saiba que: Completam o sentido de verbos transitivos diretos e


transitivos indiretos. São eles:
Para perceber como os verbos participam da relação entre
o objeto direto e seu predicativo, basta passar a oração 1) Objeto Direto
para voz passiva. Veja: É o termo que completa o sentido do verbo transitivo
direto, ligando-se a ele sem o auxílio necessário da
preposição.
Por Exemplo:
Abri os braços ao vê-lo.
Objeto Direto

O objeto direto pode ser constituído:


a) Por um substantivo ou expressão substantivada.
Exemplos:
 O agricultor cultiva a terra./ Unimos o útil ao agradável.

b) Pelos pronomes oblíquos o, a, os, as, me, te, se, nos,


Voz Ativa: vos.
As mulheres julgam os homens insensíveis Exemplos:
Sujeito V.T.D. O.D. Predicativo do  Espero-o na minha festa. / Ela me ama.
Objeto
c) Por qualquer pronome substantivo.
Voz Passiva: Por Exemplo:
Os homens são julgados insensíveis pelas mulheres  O menino que conheci está lá fora.
Sujeito V.T.D. Predicativo Agente
do sujeito da Passiva

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Atenção: OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO


Em alguns casos, o objeto direto pode vir acompanhado de
preposição facultativa. Isso pode ocorrer:
- quando o objeto é um substantivo próprio: Adoremos a
Deus.
- quando o objeto é representado por um pronome
pessoal oblíquo tônico: Ofenderam a mim, não a ele.
- quando o objeto é representado por um pronome
substantivo indefinido: O diretor elogiou a todos.
- para evitar ambiguidade: Venceu ao inimigo o nosso
colega.
Obs.: no último caso o objeto direto não viesse
preposicionado, o sentido da oração ficaria ambíguo, pois
não poderíamos apontar com precisão o sujeito (o nosso Por Exemplo:
colega).
 Os jurados escolheram a vencedora.
Saiba que:
Sujeito V.T.D. Objeto Direto
Frequentemente, verbos intransitivos, podem aparecer
como verbos transitivos diretos. ORAÇÃO NA VOZ ATIVA
Por Exemplo:
 A criança chorou lágrimas doídas pela perda da  A vencedora foi escolhida pelos jurados.
mãe. Sujeito V.T.D Agente da Passiva
V.T.D. Objeto Direto
ORAÇÃO NA VOZ PASSIVA
2) Complemento Nominal a) O agente da passiva pode ser expresso por substantivos
ou pronomes.
É o termo que completa o sentido de uma palavra que não
seja verbo. Assim, pode referir-se a substantivos, adjetivos Por Exemplo:
ou advérbios, sempre por meio de preposição.  O solo foi umedecido pela chuva. (substantivo)
Exemplos:  Este livro foi escrito por mim. (pronome)
 Cecília tem orgulho da filha.
substantivo complemento nominal b) Embora o agente da passiva seja considerado um termo
integrante, pode muitas vezes ser omitido.
 Ricardo estava consciente de tudo. Por Exemplo:
adjetivo complemento nominal  O convidado não foi bem recebido. (pelos anfitriões)

 A professora agiu favoravelmente aos alunos. 4. TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO


advérbio complemento nominal Existem termos que, apesar de dispensáveis na estrutura
básica da oração, são importantes para a compreensão do
Saiba que: enunciado. Ao acrescentar informações novas,
O complemento nominal representa o recebedor, o esses termos:
paciente, o alvo da declaração expressa por um nome. É - caracterizam o ser;
regido pelas mesmas preposições do objeto indireto. Difere
deste apenas porque, em vez de complementar verbos, - determinam os substantivos;
complementa nomes (substantivos, adjetivos) e alguns - exprimem circunstância.
advérbios. São termos acessórios da oração: o adjunto adverbial, o
adjunto adnominal e o aposto.
3) Agente da Passiva Vamos observar o exemplo:
É o termo da frase que pratica a ação expressa pelo verbo  Anoiteceu.
quando este se apresenta na voz passiva. Vem regido No exemplo acima, temos uma oração de predicado verbal
comumente da preposição "por" e eventualmente da formado por um verbo impessoal. Trata-se de uma oração
preposição "de".
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sem sujeito. O verbo anoiteceu é suficiente para transmitir Veja o exemplo abaixo:
a mensagem enunciada. Poderíamos, no entanto, ampliar a  Amanhã voltarei de bicicleta àquela velha praça.
gama de informações contidas nessa frase:
Por Exemplo:
Os termos em destaque estão indicando as seguintes
 Suavemente anoiteceu na cidade. circunstâncias:
 amanhã indica tempo;
A ideia central continua contida no verbo da oração. Temos,  de bicicleta indica meio;
agora, duas noções acessórias, circunstanciais, ligadas ao
processo verbal: o modo como anoiteceu (suavemente) e o  àquela velha praça indica lugar.
lugar onde anoiteceu (na cidade). A esses termos acessórios Sabendo que a classificação do adjunto adverbial se
que indicam circunstâncias relativas ao processo verbal relaciona com a circunstância por ele expressa, os termos
damos o nome de adjuntos adverbiais. acima podem ser classificados, respectivamente em:
Agora, observe o que ocorre ao expandirmos um pouco adjunto adverbial de tempo, adjunto adverbial de meio e
mais a oração acima: adjunto adverbial de lugar.

Por Exemplo: O adjunto adverbial pode ser expresso por:

 Suavemente anoiteceu na deserta cidade do planalto. 1) Advérbio: O balão caiu longe.


2) Locução Adverbial: O balão caiu no mar.

Surgiram termos que se referem ao substantivo cidade, Também transformar-se numa oração:
caracterizando-o, delimitando-lhe o sentido. Trata-se de 3) Oração: Se o balão pegar fogo, avisem-me.
termos acessórios que se ligam a um nome, determinando-
Observação: nem sempre é possível apontar com precisão
lhe o sentido. São chamados adjuntos adnominais.
a circunstância expressa por um adjunto adverbial. Em
Por último, analise a frase abaixo: alguns casos, as diferentes possibilidades de interpretação
 Fernando Pessoa era português. dão origem a orações sugestivas.
Nessa oração, o sujeito é determinado e simples: Fernando Por Exemplo:
Pessoa. Há ainda um predicativo do sujeito (português)  Entreguei-me calorosamente àquela causa.
relacionado ao sujeito pelo verbo de ligação (era). Trata-se,
É difícil precisar se calorosamente é um adjunto adverbial
pois, de uma oração com predicado nominal.
de modo ou de intensidade. Na verdade, parece ser uma
Note que a frase é capaz de comunicar eficientemente uma fórmula de expressar ao mesmo tempo as duas
informação. Nada nos impede, no entanto, de enriquecer circunstâncias. Por isso, é fundamental levar em conta o
mais um pouco o conteúdo informativo. Veja: contexto em que surgem os adjuntos adverbiais.
 Fernando Pessoa, o criador de poetas, era português. Classificação do Adjunto Adverbial
Listamos abaixo algumas circunstâncias que o adjunto
Agora, além do núcleo do sujeito (Fernando Pessoa) há um adverbial pode exprimir. Não deixe de observar os
termo que explica, que enfatiza esse núcleo: o criador de exemplos.
poetas. Esse termo é chamado de aposto.
Acréscimo
Adjunto Adverbial Por Exemplo:
É o termo da oração que indica uma circunstância (dando  Além da tristeza, sentia profundo cansaço.
ideia de tempo, lugar, modo, causa, finalidade). O adjunto
adverbial é o termo que modifica o sentido de um verbo, de
um adjetivo ou de um advérbio. Observe as frases abaixo: Afirmação
 Eles se respeitam muito. Por Exemplo:
 Seu projeto é muito interessante.  Sim, realmente irei partir.
 O time jogou muito mal.  Ele irá com certeza.
Nessas três orações, muito é adjunto adverbial de Assunto
intensidade. No primeiro caso, intensifica a forma verbal Por Exemplo:
respeitam, que é núcleo do predicado verbal. No segundo,
 Falávamos sobre futebol. (ou de futebol, em futebol ou
intensifica o adjetivo interessante, que é o núcleo do
a respeito de futebol).
predicativo do sujeito. Na terceira oração, muito intensifica
o advérbio mal, que é o núcleo do adjunto adverbial de
modo.
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Causa Instrumento
Por Exemplo: Por Exemplo:
 Com o calor, o poço secou.  Rodrigo fez o corte com a faca.
 Não comentamos nada por discrição.  O artista criava seus desenhos a lápis.
 O menor trabalha por necessidade.
Intensidade
Companhia Por Exemplo:
Por Exemplo:  A atleta corria bastante.
 Fui ao cinema com sua prima.  O remédio é muito caro.
 Com quem você saiu?
 Sempre contigo irei estar. Limite
Por Exemplo:
Concessão  A menina andava correndo do quarto à sala.
Por Exemplo:
 Apesar do estado precário do gramado, o jogo foi ótimo. Lugar
Por Exemplo:
Condição  Nasci em Porto Alegre.
Por Exemplo:  Estou em casa.
 Sem minha autorização, você não irá.  Vive nas montanhas.
 Sem erros, não há acertos.  Viajou para o litoral.
 "Há, em cada canto de minh’alma, um altar a um Deus
Conformidade diferente." (Álvaro de Campos)

Por Exemplo:
 Fez tudo conforme o combinado. (ou segundo o Matéria
combinado) Por Exemplo:
 Compunha-se de substâncias estranhas.
Dúvida  Era feito de aço.
Por Exemplo:
 Talvez seja melhor irmos mais tarde. Meio
 Porventura, encontrariam a solução da crise? Por Exemplo:
 Quiçá acertemos desta vez.  Fui de avião.
 Viajei de trem.
Fim, finalidade  Enriqueceram mediante fraude.
Por Exemplo:
 Ela vive para o amor. Modo
 Daniel estudou para o exame. Por Exemplo:
 Trabalho para o meu sustento.  Foram recrutados a dedo.
 Viajei a negócio.  Fiquem à vontade.
 Esperava tranquilamente o momento decisivo.
Frequência
Por Exemplo: Negação
 Sempre aparecia por lá. Por Exemplo:
 Havia reuniões todos os dias.  Não há erros em seu trabalho.
 Não aceitarei a proposta em hipótese alguma.

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Preço • o numeral dois e o adjetivo longos referem-se ao


Por Exemplo: substantivo trabalhos;

 As casas estão sendo vendidas a preços muito altos. • o artigo" o" (em ao), o pronome adjetivo seu e a locução
adjetiva de infância são adjuntos adnominais de amigo.

Substituição ou troca
Observe como os adjuntos adnominais se prendem
Por Exemplo: diretamente ao substantivo a que se referem, sem qualquer
 Abandonou suas convicções por privilégios econômicos. participação do verbo. Isso é facilmente notado quando
substituímos um substantivo por um pronome: todos os
adjuntos adnominais que estão ao redor do substantivo têm
Tempo de acompanhá-lo nessa substituição.
Por Exemplo: Por Exemplo:
 O escritório permanece aberto das 8h às 18h.  O notável poeta português deixou uma obra
 Beto e Mara se casarão em junho. originalíssima.
 Ontem à tarde encontrou um velho amigo. Ao substituirmos poeta pelo pronome ele, obteremos:
 Ele deixou uma obra originalíssima.
Adjunto Adnominal As palavras "o", notável e português tiveram de
acompanhar o substantivo poeta, por se tratar de adjuntos
adnominais. O mesmo aconteceria se substituíssemos o
substantivo obra pelo pronome a. Veja:
 O notável poeta português deixou-a.

Saiba que:
A percepção de que o adjunto adnominal é sempre parte de
outro termo sintático que tem como núcleo um substantivo
é importante para diferenciá-lo do predicativo do objeto.
O predicativo do objeto é um termo que se liga ao objeto
por intermédio de um verbo. Portanto, se substituirmos o
núcleo do objeto por um pronome, o predicativo
permanecerá na oração, pois é um termo que se refere ao
objeto, mas não faz parte dele. Observe:
É o termo que determina, especifica ou explica um  Sua atitude deixou os amigos perplexos.
substantivo. O adjunto adnominal possui função adjetiva na Nessa oração, perplexos é predicativo do objeto direto
oração, a qual pode ser desempenhada por adjetivos, (seus amigos). Se substituíssemos esse objeto direto por um
locuções adjetivas, artigos, pronomes adjetivos e pronome pessoal, obteríamos:
numerais.
 Sua atitude deixou-os perplexos.
Veja o exemplo a seguir:
Note que perplexos se refere ao objeto, mas não faz parte
O poeta inovador enviou dois longos trabalhos dele.
| | |
Sujeito V.T.D. objeto direto
DISTINÇÃO ENTRE ADJUNTO ADNOMINAL E
COMPLEMENTO NOMINAL
ao seu amigo de infância É comum confundir o adjunto adnominal na forma de
objeto indireto locução adjetiva com complemento nominal. Para evitar
que isso ocorra, considere o seguinte:
Na oração acima, os substantivos poeta, trabalhos e amigo
são núcleos, respectivamente, do sujeito determinado a) Somente os substantivos podem ser acompanhados de
simples, do objeto direto e do objeto indireto. Ao redor de adjuntos adnominais; já os complementos nominais podem
cada um desses substantivos agrupam-se os adjuntos ligar-se a substantivos, adjetivos e advérbios.
adnominais: Assim, fica claro que o termo ligado por preposição a um
• o artigo “o" e o adjetivo inovador referem-se a poeta; adjetivo ou a um advérbio só pode ser complemento
nominal. Quando não houver preposição ligando os termos,
será um adjunto adnominal.
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b) O complemento nominal equivale a um complemento As pessoas daqui estão, em todo momento, propensas AO
verbal, ou seja, só se relaciona a substantivos cujos entendimento desses conteúdos.
significados transitam. Portanto, seu valor é passivo, é Estamos sempre cientes DE responsabilidades.
sobre ele que recai a ação.
Estou certo DE ter bom resultado no concurso.
O adjunto adnominal tem sempre valor ativo. Observe os
exemplos: Sempre se mostrou hábil EM jogos digitais.

Exemplo 1 : Camila tem muito amor à mãe.


A expressão "à mãe" classifica-se como complemento APOSTO
nominal, pois mãe é paciente (termo passivo, termo alvo) Aposto é um termo que se junta a outro de valor
de amar, recebe a ação de amar. substantivo ou pronominal.
Exemplo 2 : Vera é um amor de mãe. Muitas vezes vem separado dos demais termos da oração
A expressão "de mãe" classifica-se como adjunto por vírgula, dois-pontos ou travessão.
adnominal, pois mãe é agente de amar, pratica a ação de Por Exemplo:
amar.  Ontem, segunda-feira, passei o dia com dor de cabeça.
Segunda-feira é aposto do adjunto adverbial de tempo
LISTA DE SUBSTANTIVOS ABSTRATOS ontem. Dizemos que o aposto é sintaticamente equivalente
Adoração agradecimento ao termo a que se relaciona porque poderia substituí-lo.

amor amargura Veja:

alargamento aceitação  Segunda-feira passei o dia com dor de cabeça.

aprovação amizade Obs.: após a eliminação de ontem, o substantivo segunda-


feira assume a função de adjunto adverbial de tempo.
beleza bondade
Veja outro exemplo:
caça caminhada
Aprecio todos os tipos de música:
carregamento comércio
V.T.D. objeto direto
concentração cotação
MPB, rock, blues, chorinho, samba.
cultivo corrida
aposto do objeto direto
declaração destruição
desespero descoberta
Se retirarmos o objeto da oração, seu aposto passa a
eliminação entrada exercer essa função:
extinção humilhação Aprecio MPB, rock, blues, chorinho, samba.
hábito Implantação Objeto Direto
importação ingratidão Obs.: o termo a que o aposto se refere pode desempenhar
idealização juramento qualquer função sintática (inclusive a de aposto).
jogada lavagem Por Exemplo:
leitura morte  Dona Aída servia o patrão, pai de Marina, menina
mudança matança levada.

marginalização pagamento Analisando a oração, temos:

permanência recolhimento pai de Marina = aposto do objeto direto patrão.

relacionamento recuperação menina levada = aposto de Marina.

ruptura substituição
suspensão sabedoria Classificação do Aposto

sacralização
De acordo com a relação que estabelece com o termo a que
se refere, o aposto pode ser classificado em:
ADJETIVOS + preposição + complemento nominal
a) Explicativo:
Todos se sentem aptos À aprovação
 A Ecologia, ciência que investiga as relações dos seres
Muitos alunos sentem-se, a todo instante do dia, ávidos vivos entre si e com o meio em que vivem, adquiriu grande
POR novos desafios. destaque no mundo atual.

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b) Enumerativo: 3) O aposto pode aparecer antes do termo a que se refere.


 A vida humana se compõe de muitas coisas: amor, Por Exemplo:
trabalho, ação.  Código universal, a música não tem fronteiras.

c) Resumidor ou Recapitulativo: 4) O aposto que se refere ao objeto indireto, complemento


 Vida digna, cidadania plena, igualdade de nominal ou adjunto adverbial pode aparecer precedido de
oportunidades, tudo isso está na base de um país melhor. preposição.
d) Comparativo: Por Exemplo:
 Seus olhos, indagadores holofotes, fixaram-se por  Estava deslumbrada com tudo: com a aprovação, com
muito tempo na baía anoitecida. o ingresso na universidade, com as felicitações.

e) Distributivo: VOCATIVO
 Drummond e Guimarães Rosa são dois grandes Vocativo é um termo que não possui relação sintática com
escritores, aquele na poesia e este, na prosa. outro termo da oração. Não pertence, portanto, nem ao
sujeito nem ao predicado. É o termo que serve para
chamar, invocar ou interpelar um ouvinte real ou
f) Aposto de Oração: hipotético. Por seu caráter, geralmente se relaciona à
 Ela correu durante uma hora, sinal de preparo físico. segunda pessoa do discurso. Veja os exemplos:
Além desses, há o aposto especificativo, que difere dos  Não fale tão alto, Rita!
demais por não ser marcado por sinais de pontuação Vocativo
(vírgula ou dois-pontos). O aposto especificativo
individualiza um substantivo de sentido genérico,  Senhor presidente, queremos nossos direitos!
prendendo-se a ele diretamente ou por meio de uma Vocativo
preposição, sem que haja pausa na entonação da frase:  A vida, minha amada, é feita de escolhas.
Por Exemplo: Vocativo
 O poeta Manuel Bandeira criou obra de expressão Nessas orações, os termos destacados são vocativos:
simples e temática profunda. indicam e nomeiam o interlocutor a que se está dirigindo a
 A rua Augusta está muito longe do rio São Francisco. palavra.
Atenção: Obs.: o vocativo pode vir antecedido por interjeições de
apelo, tais como ó, olá, eh!.
Para não confundir o aposto de especificação com adjunto
adnominal, observe a seguinte frase: Por Exemplo:
 A obra de Camões é símbolo da cultura portuguesa.  Ó Cristo, iluminai-me em minhas decisões.
Nessa oração, o termo em destaque tem a função de  Olá professora, a senhora está muito elegante hoje!
adjetivo: a obra camoniana. É, portanto, um adjunto  Eh! Gente, temos que estudar mais.
adnominal.
Observações: DISTINÇÃO ENTRE VOCATIVO E APOSTO
1) Os apostos, em geral, destacam-se por pausas, indicadas O vocativo não mantém relação sintática com outro termo
na escrita, por vírgulas, dois pontos ou travessões. Não
da oração.
havendo pausa, não haverá vírgulas.
Por Exemplo:
Por Exemplo:
 Crianças, vamos entrar.
 Acabo de ler o romance A moreninha.
Vocativo
O aposto mantém relação sintática com outro termo da
2) Às vezes, o aposto pode vir precedido de expressões
oração.
explicativas do tipo: a saber, isto é, por exemplo, etc.
Por Exemplo:
Por Exemplo:
 A vida de Moisés, grande profeta, foi filmada.
 Alguns alunos, a saber, Marcos, Rafael e Bianca não
entraram na sala de aula após o recreio. Sujeito Aposto

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ESTUDO DAS ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS 3. Verbos como:


ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS – São orações convir –
que exercem função substantiva e completam ou ampliam cumprir –
o sentido de outras orações. São classificadas de acordo
constar – + QUE + RESTO
com a função sintática que exercem no período e podem
ser: admirar – DA FRASE = SUJEITO
1. ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA SUBJETIVA – importar –
Quando funciona como Sujeito da Oração Principal: ocorrer –
 É necessário que estudes: acontecer
Oração Subordinada Substantiva Subjetiva – que estudes. = Por Exemplo:
ISSO.
 Convém que não se atrase na entrevista.
As Orações Subordinadas Substantivas Subjetivas
desempenham a função de Sujeito de verbos sempre na Obs.: quando a oração subordinada substantiva é subjetiva,
terceira pessoa do singular e são iniciadas, quando o verbo da oração principal está sempre na 3ª. pessoa do
Desenvolvidas, pelas Conjunções Integrantes QUE ou SE, singular.
pelos Pronomes QUEM, QUAL, QUANTO e pelos Advérbios
COMO, QUANDO, ONDE, POR QUE, QUÃO nas 2. ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA OBJETIVA
Interrogativas Indiretas: DIRETA – Quando funciona como Objeto Direto da Oração
 Importa que aprendas Gramática. Principal:
 Quem nos criou nos julgará.  Eu quero que aprendas Gramática.
Eu quero o quê? – que aprendas Gramática (objeto direto),
Veja algumas estruturas típicas que ocorrem na oração então se trata de uma Oração Subordinada Substantiva
principal: Objetiva Direta.

1. Verbos de ligação + predicativo, em construções do tipo: As Orações Subordinadas Substantivas Objetivas Diretas são
introduzidas:
É bom –
Pelas Conjunções Integrantes QUE e SE, pelos Pronomes
É útil – QUEM, QUAL, QUANTO e pelos Advérbios COMO,
É conveniente – + QUE + RESTO QUANDO, ONDE, POR QUE, QUÃO nas Interrogativas
É certo – Indiretas:
DA FRASE = SUJEITO
Parece certo –  Quero que saibas que te amo.

É claro –  Não sei se sabes.

Está evidente –  Nunca digas: desta água não bebo (= que desta água...).

Está comprovado
Por Exemplo: Pelos Pronomes QUEM, QUAL, QUANTO, em Interrogações
Indiretas:
 É bom que você compareça à minha festa.
 Não me disseste quantos anos tens.
 Não sei qual o teu nome.
2. Expressões na voz passiva, como:
Sabe-se –
Pelos Advérbios COMO, QUANDO, ONDE, POR QUE, QUÃO
Soube-se – nas Interrogativas Indiretas:
Conta-se –  Não entendi como isto se deu.
Diz-se – + QUE + RESTO  Não sabemos por que o fizeste.
Comenta-se –  Quero saber quando voltas.
DA FRASE = SUJEITO
É sabido –
Foi anunciado – 1. ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA PREDICATIVA –
Ficou provado Quando funciona como Predicativo do Sujeito da Oração
Por Exemplo: Principal:

 Sabe-se que Aline não gosta de Pedro.  Meu desejo é que vocês aprendam Gramática.
 A casa paterna é onde melhor se vive.

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4. ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA APOSITIVA –


Quando funciona como Aposto da Oração Principal:
16 – EMPREGO DOS SINAIS DE
 Só quero uma coisa: que vocês aprendam Gramática. PONTUAÇÃO
 Desejo lhes dizer uma verdade: não posso viver sem
vocês.
Agora, vamos estudar os principais empregos de alguns
sinais de pontuação.
5. ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA OBJETIVA A pontuação marca na escrita as diferenças de entonação,
INDIRETA – Quando funciona como Objeto Indireto da contribuindo para tornar mais preciso o sentido que se quer
Oração Principal: dar ao texto.
 Daremos a taça a quem vencer. Há alguns sinais de pontuação cujo emprego, atualmente,
 Lembre-se de que é bom aprender. obedece a uma razoável disciplina, como a vírgula, o ponto
e vírgula, os dois-pontos e o ponto de interrogação. Outros
Às vezes, pode haver elipse da preposição:
têm emprego mais livre, mais subjetivo, como o ponto de
 Lembre-se que é bom aprender Gramática (=...de que é exclamação e as reticências.
bom aprender).

PONTUAÇÃO GRÁFICA
6. ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA COMPLETIVA
Pontuação é o conjunto de sinais que representam, na
NOMINAL – Quando funciona como Complemento Nominal
língua escrita, as pausas e a entonação da língua falada. Ela
de um Substantivo ou Adjetivo da Oração Principal:
é composta dos seguintes sinais de pontuação:
 Sou favorável a que viajes.
1. vírgula ,
 Escrevi este livro na esperança de que vocês
2. ponto e vírgula ;
aprendessem Gramática.
3. ponto .
As Completivas Nominais são regidas de preposição, sendo
esta, às vezes, elíptica: 4. ponto de exclamação !
 Sou favorável que viajes (= ...a que viajes). 5. dois pontos :
6. ponto de interrogação ?
7. aspas " "
8. travessão ─
9. reticências ...
10. parênteses ( )
11. colchetes [ ]

VÍRGULA

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De um modo geral, a vírgula marca uma pausa de pequena EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:
duração. Entretanto é bom frisar que, nem sempre, a pausa a) Para separar termos de mesma função sintática (de
respiratória corresponde à vírgula e, nem sempre também, mesma classe gramatical), que, normalmente, participam
a vírgula é marcada, na fala, por uma pausa respiratória. de uma enumeração.
Nos exemplos abaixo, pode-se verificar isso: Exemplos
a) Os excelentes bailarinos do balé Bolshoi foram “Eu quis ficar mais um pouco e o teu corpo e o meu
recepcionados pela embaixada de seu país. tocavam inquietudes, caminhos, noites, números, datas.”
b) Aos noivos desejamos toda a felicidade possível. (Carlos Nejar. Casa dos arreios, Nas altas torres)
c) Fizestes o almoço? Sim, senhora!
Nos exemplos a e b, não há vírgula, embora se possa até A sala era enorme, vazia, escura.
fazer uma pausa, no nível da fala, após as palavras Bolshoi e
noivos. Gostava dos amigos, da cidade, das coisas.

No exemplo c, ao contrário, há vírgula (separando o


vocativo), mas, na cadeia da fala, ela é imperceptível. EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:
É proibido o uso da vírgula para separar: b) Para isolar o aposto.
1) sujeito e predicado Exemplos
Exemplo “... o Vargas gordo, o das corridas, estendeu a face enorme,
O Secretário Geral da Organização das Nações Unidas imberbe e cor de papoula.” (Eça de Queirós. Os Maias)

Sujeito Da Vinci, espírito enciclopédico, foi a alma da Renascença.

convocará uma reunião de emergência. EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:

Predicado c) Para isolar o vocativo.


Exemplos

É proibido o uso da vírgula para separar: “Ao que aprecio também, chefe, a distinção minha desta
ocasião, de dar meu voto.” (J. Guimarães Rosa. Grande
2) o verbo e seus complementos (objeto direto e indireto) sertão: veredas)
Exemplo “Adeus, meu cajueiro!” (Humberto de Campos. Memórias)
Comunicamosao prezadíssimo amigo Maria, por que não respondes?
V.T.D.I. OI
que estaremos a seu inteiro dispor.
OD

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EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS: Exemplos


d) Para isolar o adjunto adverbial deslocado (vírgula não Enquanto não arruma emprego, seu pai manda-lhe uma
obrigatória, mas aconselhável). mesada.
Exemplos Sua casa, embora seja pequena, é bem ventilada.
“Diziam que, no velho cemitério da vila inundado, os Saciada a sede, ela deitou-se para descansar.
caixões boiavam.” (Dalcídio Jurandir. Três casas e um rio) Ao vê-la triste, compreendeu que havia errado.
“Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste.” Cumprimentando pela formatura, envio-te um abraço.
(Olavo Bilac. A Pátria) Ela é tão inteligente como a irmã. (comparativa)
Durante a peça teatral, não se escutou um só ruído. Ela sairá conforme o tempo. (conformativa)
Explique, sem constrangimento, qual o seu problema.
OBSERVAÇÃO OBSERVAÇÃO
Quando o adjunto adverbial for constituído de um só As orações substantivas, com exceção das apositivas, não
termo, mesmo que esteja deslocado, não há necessidade de são virguladas por se constituírem em termos essenciais
vírgula. Porém, se se quiser enfatizar a expressão, pode-se-á (sujeito, predicativo) ou integrantes (objeto, complemento
usar esse recurso de pontuação. nominal etc.)
Exemplos Exemplos
 Ali várias pessoas discutiam. Urge que te apresses.
 Ali, várias pessoas discutiam. núcleo do sujeito predicado
Eu quero que me leves ao teatro.
EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS: Sujeito núcleo do objeto direto predicado
e) Para marcar a supressão do verbo.
Exemplos EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:
Eu fui de ônibus e ela, de avião. (= ela foi de avião) h) Para isolar o predicativo deslocado (vírgula não
Nós tivemos só alegrias; eles, só tristezas. (= eles tiveram só obrigatória, mas aconselhável).
tristezas) Exemplos
A mulher, desesperada, correu em seu socorro.
EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS: Desesperada, a mulher correu em seu socorro.
f) Para separar orações adjetivas explicativaS OBSERVAÇÃO
OBSERVAÇÃO Se estivesse em ordem direta, o período ficaria assim:
1. Antes do pronome relativo, a vírgula (no caso de ser A mulher correu desesperada em seu socorro.
restritiva a oração) é proibida:
Exemplos
EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:
 O aluno que é responsável não cria problemas.
i) Para separar as conjunções coordenativas adversativas e
 A água que contém agentes químicos e agrotóxicos conclusivas deslocadas
não deve ser ingerida.
Exemplos
 O homem que falou representou-me na Assembleia.
Estou doente; não contem, portanto, comigo.
2. Se a oração for adjetiva e o verbo estiver no subjuntivo,
Durante o ano, trabalhamos muito; nas férias, porém,
ela será forçosamente restritiva.
descansaremos bastante.
Exemplo
Tudo não passou de um mal-entendido; façamos, pois, as
 Estou à procura de um apartamento que seja bem pazes.
localizado.
OBSERVAÇÃO
Quando as conjunções vêm em sua posição normal, não se
EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS: coloca vírgula depois delas.
g) Para separar as orações adverbiais deslocadas Exemplo
(reduzidas ou não), com exceção da comparativa e
Passamos um certo trabalho na infância, porém hoje
conformativa (quando o verbo estiver elíptico).
desfrutamos alguma segurança

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EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS: EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:
j) Para separar as orações coordenadas (assindéticas, m) Para separar o complemento do verbo (quando vier
adversativas e explicativas). anteposto a esse e houver outro complemento –
Exemplos pleonástico).

Vim, vi, venci. (assindéticas) Exemplos

Estudou, mas não conseguiu aprovação. (adversativa) “Fígado, melhor não tê-lo. “

Estudou muito, logo tinha de ser aprovado. (conclusiva) O.D. O.D. pleonástico

Vá de uma vez, porque vai chover. (explicativa) (Luís Fernando Veríssimo. O Popular. Bom, Mau)
O homem, fê-lo Deus à sua semelhança.

EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS: O.D O.D pleonástico

k) VÍRGULA ANTES DA PALAVRA E “Ao pobre, não lhe devo. Ao rico, não lhe peço.”
O.I. O.I pleonástico O.I O.I. pleonástico
OBSERVAÇÃO
(Rodrigues Lobo)
As conjunções e, nem e ou normalmente não são
virguladas. A vírgula poderá, no entanto, ser usada nos
seguintes casos: EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:
a) E – com valor adversativo n) Para separar a localidade da data e nos endereços.
Exemplo: Exemplos
 Fui ao cinema, e (= MAS) não encontrei os amigos. Porto Alegre, 29 de março de 2016.
b) E – se os sujeitos forem diferentes Brasília, abril de 2016
Tomás Flores, 163

Exemplo EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:


 “Algumas autoridades avalizam o vandalismo, e o ódio o) Para isolar os elementos repetidos.
entre pobres e ricos vai aumentando.” (Revista Manchete,
Exemplo
25/8/90, p. 112)
Verinha pulou, pulou, pulou neste carnaval até cansar.

c) E – se estiver repetido, formando polissíndeto


❑ DOIS PONTOS
Exemplo:
Os dois pontos marcam um suspensão de voz em uma frase
 Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua.
ainda não terminada.

d) OU – se houver retificação ou alternativa.


Emprega-se nos seguintes casos:
Exemplos
a) Antes de uma citação (letra maiúscula após a
 Ou tudo, ou nada. pontuação).
 Se precisar de auxílio, ou a dor nas costas exigir Exemplos:
massagem, telefone para a clínica.
“E o pastor prosseguiu:
– Sois vós realmente os verdadeiros ouvintes do meu
EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS: sermão de hoje sobre a mentira.”
l) Para isolar certas expressões (exemplificativas ou de João Ribeiro. Cartas Devolvidas
retificação) tais como: por exemplo, além disso, isto é, a
“... mas o baiano repetiu:
saber, aliás, digo, minto, ou melhor, ou antes, outrossim,
com efeito, etc. – Acuda, seu cadete, que o assado vai de trote!”
Exemplo J. Simões Lopes Neto. Casos do Romualdo
Observe, por exemplo, o edital publicado no Diário Oficial b) Antes de uma enumeração (letra minúscula após a
de quinta-feira passada. pontuação):
Exemplos:
Duas coisas pretendo conseguir neste ano: um bom
emprego e uma vaga no curso de inglês.
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Comprou diversas mercadorias no supermercado: artigos Nestor de HoIanda. Gente Engraçada.


de limpeza, gêneros alimentícios e brinquedos. Quero uísque “on the rocks”.
c) Antes de uma explicação (letra minúscula após a
pontuação):
c) Para realçar uma expressão com ironia.
Exemplos:
Exemplo:
Já não serei tão só, nem irás tão sozinha: há de ficar comigo
numa saudade tua, hás de levar contigo uma saudade João, com seus 90 quilos, está “fraquinho”...
minha.
Adaptado de Alceu Wamosy. Duas Almas. d) Para assinalar um termo que precisa ser realçado.
Quanto eu o vi, fiquei contente: sabia que me traria boas Exemplo:
notícias. A palavra “que” pode ser analisada de diversas maneiras.
TRUQUE: para saber se é uma explicação, tenta-se
substituir os dois pontos por um “porque”.
e) Para gírias e expressões de nível vulgar.
d) Antes de uma complementação (letra minúscula após a Exemplo:
pontuação).
O espetáculo de música “pop” estava uma “curtição”.
Exemplos:
Ela estava apaixonada pelo “sordado”.
“O fígado só tem uma ideologia: cuidado com as imitações.”
Luís Fernando Veríssimo. O Popular. Fígado e Coração.
OBSERVAÇÕES:
Aquela mãe preocupa-se com uma coisa: o futuro dos
filhos. 1. Quando já há aspas numa citação ou numa transcrição,
usa-se aspa simples ou o negrito (ou o itálico).
TRUQUE: para saber se é uma complementação, faz-se a
seguinte pergunta depois dos dois pontos: “Qual?” Exemplos:
“Até já se falava em impeachment, quando aconteceu
homicídio na rua principal.”
e) Antes de uma conclusão (letra minúscula após a
“Até já se falava em ‘impeachment’, quando aconteceu
pontuação).
homicídio na rua principal."
Exemplos:
Nestor de Holanda, Gente Engraçada
O apartamento tinha poucas peças, e essas eram pequenas
❑ TRAVESSÃO
e escuras: uma droga!
O travessão é empregado nos seguintes casos:
O roteiro é lindo, a passagem e os hotéis estão baratos: não
podemos perder a oportunidade! a) Para indicar, nos diálogos, mudança de interlocutor.

TRUQUE: para saber se é uma conclusão, tenta-se substituir Exemplo:


os dois pontos por um “logo”. " ─ Por que você não toca? ─ perguntei.
─ Eu queria, mas tenho medo.
❑ ASPAS ─ Medo de quê?
As aspas são empregadas nos seguintes casos: ─ Dos bichos-feras.
a) Citações ou transcrições literárias. ─ Que bichos-feras?"
Exemplos: José J. Veiga. Os Cavalinhos de Platiplanto
"Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui. b) Para isolar termos ou orações intercaladas (como
desempenha função análoga à dos parênteses, usa-se
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
geralmente o travessão duplo).
No mínimo que fazes.
Exemplos:
Assim em cada lago a lua toda
"Eles eram muitos cavalos,
Brilha, porque alta vive."
─ rijos, destemidos, velozes ─ entre Mariana e Serro Frio,
Fernando Pessoa. Odes de Ricardo Reis. Vila Rica e Rio das Mortes."
b) Palavras ou expressões estrangeiras. Cecília Meirelles, Romanceiro da Incondifência.
Exemplos:
O “slogan” anunciava ...
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"Chamei Diadorim ─ e era um chamado com remorso ─ e ENTÃO – Mesma letra (sinal gráfico), diferentes fonemas
ele veio, se chegou." (sons).
J. Guimarães Rosa. Grande Sertão: Veredas.
2 – O mesmo Fonema pode ser representado por diferentes
letras. Vejamos agora esta sequência:
OBSERVAÇÃO:
caSa, eXílio, coZinha, tiGela, laJe.
Às vezes, usa-se o travessão em lugar dos dois pontos.
Aqui, o fonema Z é representado por diferentes letras: S em
Exemplo:
casamento, X em exímio, Z em cozinha, assim como o
"Era mesmo o meu quarto ─ a roupa da escola no prego fonema GÊ é representado pelas letras: G em tigela e J em
atrás da porta, o quadro da santa na parede, os livros na laje.
estante de caixote que eu mesmo fiz – aliás precisava de
pintura.”
3 – Um só Fonema pode ser representado por um grupo de
José J. Veiga. Os Cavalinhos de Platiplanto
duas letras (DÍGRAFO).
FONÉTICA É caso de CH em biCHo, LH em coLHer, NH em cuNHado, SS
CONCEITO em boSSa, RR em caRRo.
“FONÉTICA é o estudo dos sons da fala. Considera a palavra Observem que CH, LH, NH, SS, RR, embora sejam grupos de
sob o aspecto sonoro.” duas letras, representam sempre um único SOM, portanto
um único fonema.
(Domingos Paschoal Cegalla).
DÍGRAFO – DUAS LETRAS que, juntas, formam somente um
fonema.
“A FONÉTICA é a parte da gramática que estuda a Dígrafos Consonatais: ch, lh, nh, rr, ss, sc, sç, xc, xs, qu, gu
formação, a evolução e a classificação dos sons da língua,
sons que tomam o nome especial de fonemas.”
(Silveira Bueno)

FONEMAS
FONEMAS são as menores unidades sonoras da fala.
FONEMAS são os SONS.
OS FONEMAS são representados por sinais gráficos
denominados LETRAS.
NOTA:
Não confundir LETRA com FONEMA.
FONEMA é som.
LETRA é sinal gráfico que representa o som.
Nem sempre a cada FONEMA corresponde uma só letra;
nem sempre a cada letra corresponde um só FONEMA.
Sendo assim:
1 – A mesma letra (sinal gráfico) pode representar Dígafos Vocálicos: a, e, i, o, u : seguidos de M ou N na
diferentes fonemas (sons). mesma sílaba, desde que não estejam no fim de palavra(aM
= aU; eM = eI, assim formam ditongos)
Veja esta sequência:
eXercício, veXame, próXimo, fiXo, Carro, Cebola.
Que temos aqui?
A letra X (sinal gráfico) representando vários fonemas
(sons).
O X tem som de Z em exercício, CH em vexame, S em
próximo, CS em fixo.
O mesmo ocorre com C que tem som de K em carro e de CÊ
em cebola.

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4 – A letra X sozinha pode representar dois fonemas ao MONOSSÍLABAS – Palavras que possuem uma só sílaba –
mesmo tempo. É o caso de: táXi, seXo, tóraX, em que o X pá, pé, pó, vai, dói, dom.
representa os fonemas CS. DISSÍLABAS – Palavras que possuem duas sílabas – a-mor,
ca-sa, ro-sa, jar-dim.
5 – Há letras que podem aparecer em certas palavras, sem TRISSÍLABAS – Palavras que possuem três sílabas – es-po-
no entanto representar fonemas. sa, ca-ne-ta, ca-der-no.
São exemplos: POLISSÍLABAS – Palavras que possuem mais de três sílabas
saMba, teNda, pegUe. - ca-sa-men-to, con-ca-te-na-ção.

As letras M e N aparecem nos vocábulos samba e tenda


somente para indicar a nasalização dos fonemas à e E. O U DIVISÃO SILÁBICA
aparece na palavra regue apenas para que não se pronuncie
Para separar sílabas, temos de considerar as seguintes
reje.
regras:
Estas são, portanto, letras que não representam fonemas,
1 – Não se separam letras que representam DITONGOS –
funcionando tão somente como notações léxicas.
sau-dar (e não sa-u-dar); trei-no (e não tre-i-no).
2 – Não se separam letras que representam TRITONGOS –
6 – Há ainda letras puramente decorativas, já que nem Pa-ra-guai (e não Pa-ra-gu-ai); en-xu-guei (e não en-xu-gu-
representam fonemas, nem funcionam como notações ei).
léxicas.
3 – Não se separam os seguintes DÍGRAFOS: CH, LH, NH,
Vejamos estes exemplos: GU, QU – a-char (e não ac-har), o-lho (e não ol-ho), ni-nho
Hora, diScípulo, eXceto, qUeijo. (e não nin-ho), pe-gue (e não peg-eu), pe-que (e não peq-
eu).
Pronunciando estas palavras, nós verificamos que as letras
em negrito poderiam perfeitamente estar ausentes sem 4 – Os ENCONTROS CONSONANTAIS CL, PL, TR, GN, MN e
qualquer prejuízo para a palavra. São, portanto letras OS são inseparáveis. Observe os exemplos: claro, plural,
puramente decorativas. trazer, gnomo, mnemônico, pneumonia, psicologia.
5 – Separam-se as letras que representam HIATO – sa-ú-de,
sa-a-ra, sa-ída, zo-o-ló-gi-co, du-e-lo.
7 – Finalmente, há fonemas (SONS) que existem sem que
haja letras correspondentes. 6 – O X com som de cs junta-se à vogal seguinte – tá-xi, fi-
xar.
Exemplos:
7 – As letras dos DÍGRAFOS RR, SS, SC, SÇ, XC são separadas
Bem (bei), batem (batei), falam (falãu).
– car-ro, mis-sa, pis-ci-na, des-ça, ex-ce-ção.

Sílaba (Separação e Classificação) NOTA:


SÍLABA Muito cuidado na divisão silábica de palavras
compostas pelo modo prefixação ou sufixação:
“SÍLABA é um fonema ou grupo de fonemas emitidos em
um só impulso de voz.” (Domingos Paschoal Cegalla). de-sa-ten-to(e não des-a-ten-to);
Assim é que “a cada vogal ou grupo de sons pronunciados di-sen-te-ri-a(e não dis-en-te-ri-a);
numa só expiração damos o nome de sílaba.” (Celso tran-sa-tlân-ti-co(e não trans-a-tlân-ti-co);
Cunha).
su-ben-ten-di-do(e não sub-en-ten-di-do).
Na Língua Portuguesa, a sílaba, obrigatoriamente, terá uma
vogal à qual se agregam, semivogais e/ou consoantes.
Portanto, vogal sozinha pode ser sílaba, mas ao contrário, Os GRUPOS CONSONÂNTICOS separáveis são sempre
uma consoante sozinha não pode ser sílaba. Em resumo, internos, até porque já vimos que é impossível uma sílaba
NÃO HÁ SÍLABA SEM VOGAL, PODENDO HAVER SEM sem vogal. Como separar então um grupo consonântico no
CONSOANTE. início ou no final da palavra sem ferir esta regra?
CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS Exemplo: A palavra psicólogo deverá ter sua separação
silábica assim: psi-có-lo-go e NUNCA p-si-có-lo-go, já que o
QUANTO AO NÚMERO DE SÍLABAS p não pode ser sílaba. O mesmo raciocínio se emprega para
Quanto ao número de sílabas, as palavras podem ser: palavras como pneumonia cujas sílabas se separam assim:
pneu-mo-nia.

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Divisão silábica???

Encontros consonantais
À sequência de fonemas consonantais numa mesma palavra dá-se o nome de encontro consonantal. Classificam-se em:
a) inseparáveis (PERFEITOS): pra-ga, bra-sa, te-tra.
3. A consoante inicial seguida de outra consoante: gno-mo, mne-mô-ni-co, psi-có-ti-co;
4. As letras com que se representam os ditongos: a-ni-mais, cá-rie, sá-bio, gló-ria, au-ro-ra, or-dei-ro, joi-a, réu;

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Ditongo (dois fonemas)


É a sequência de semivogal e vogal, ou vice-versa, na mesma sílaba. De acordo com a posição e a sonoridade dos fonemas, o
ditongo pode ser:
a) crescente – a semivogal figura antes da vogal: sé-rie, memó-ria, sé-rio;
b) decrescente – a semivogal figura depois da vogal: vô-lei, au-to, boi;
Os principais ditongos crescentes:
eA (á-rea, ní-vea) eO ( a-é-reo, es-pon-tâ-neo) iA ( his-tó-ria, gló-ria)
iE ( cá-rie, es-pé-cie) iO ( ca-ná- rio, lí-rio) oA ( má-goa, pás-coa)
uA ( á-gua, lé-gua) uE ( tê-nue, bi-lín-gue) uO ( as-sí-duo, mú-tuo).

Os principais ditongos decrescentes:


Ai ( vai-da-de, pai-sa-gem) Au ( cau-da, mau) Ão ( chão, car-rão)
Ei (rei, en-fei-tar) Ei ( pas-téis, as-sem-blei-a) Eu ( co-meu, vi-veu)
Iu ( sor-riu, viu) Ói ( cons-trói, Ni-te-rói) Oi ( a-çoi-te, a-noi-te-cer)
Ou ( es-tou-rar, pas-sou) Ui ( in-tui-to, cir-cui-to)

5. As letras com que se representam os tritongos:


sa-guão, Pa-ra-guai, u-ru-guai-a-na, ar-guiu, en-xá-guam.

Tritongo (três fonemas)


É a sequência de semivogal, vogal e outra semivogal, na mesma sílaba. Também pode ser oral ou nasal:
U-ru-guai – tritongo oral sa-guão – tritongo nasal a-de-quai
a-pa-zi-guei i-guais en-xa-guei
de-lin-quiu

17 – ACENTUAÇÃO GRÁFICA
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
4 REGRAS GERAIS E 4 CASOS ESPECIAIS
1. REGRAS DAS OXÍTONAS
SÍLABA TÔNICA: ____________________
Acentuam-se as oxítonas terminadas em
O(s)

E(s)

A(s)

EM –ENS

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2. REGRA DOS MONOSSÍLABOS TÔNICOS: xô, só(s), fé, três, já, má(s)

Monossílabos Tônicos Exemplos

O(s)

E(s)

A(s)

Observação 1

Tônicos(com acento) Átonos(sem acento)


que, do
quê, dó
x São elas: artigo, pronome oblíquo átono,
pronome relativo (que), preposição,
conjunção, advérbio e formas de tratamento

Observação 2: avó X só

3. REGRA DAS PAROXÍTONAS


Sílaba tônica: penúltima
São acentuadas as paroxítonas NÃO terminadas em: OEAEMENS
PAROXÍTONAS
Pe-RI-go
Ci-DA-de
Ci-LA-da
VIR-gem
NU-vens
Observação 3:
ÍmÃ, Órfà x “ForA”
▪ Não são acentuados os prefixos terminados em "i "e "r" (semi, super).

4. REGRA DAS PROPAROXÍTONAS


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TODAS são acentuadas.


Úl-ti-mo, ve-í-cu-lo, chei-ís-si-mo, ci-en-tí-fi-ca.

Obs.: “Deficit, superavit e habitat” devem agora ser escritas sem acento

CASOS ESPECIAIS
Paroxítonas terminadas em ditongos
SV + V(crescente): histórIA, inícIO
V + SV(decrescente): responsá-vEIs, bên-çÃO

Quando a 2ª vogal do hiato I(s) – U(s) tônica


Subs-ti-tu-Í-dos fa-ÍS-ca atribu-Í-lo Vi-Ú-vo ba-ÚS

Alerta: Ra-I-nha ju-IZ ca-IR xI-I-ta su-CU-U-ba

Regra de Acentuação para os Hiatos E-EM e O-O


Crer: Ele crê, Eles crEEm
Dar: Ele dê, Eles dEEm
Ler: Ele lê, Eles lEEm
Ver: Ele vê, Eles vEEm

EnjO-O vO-O
Ditongos abertos (ÉI, ÓI, ÉU): monossílabos tônicos e oxítonos
pastéis, réis, anzóis, mói, chapéu, réu
Observação 4:
androide ideia Niterói constrói Méier destróier

Regras dos ACENTOS DIFERENCIAIS


Ter: Eu tenho, tu tens, Ele tem, Eles tÊm
Manter: Eu mantenho, Tu manténs, ele mantém, Eles mantÊm
Vir: Eu venho, Tu vens, Ele vem, Eles vÊm
Provir: Eu provenho, Tu provéns, ele provém, Eles provêm
Pode (presente do indicativo) – pôde (pretérito perfeito)
Por (preposição) – pôr (verbo)

REGRA DOS MONOSSÍLABOS TÔNICOS


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Acentuam-se os MONOSSÍLABOS TÔNICOS (= pronúncia Acentuam-se todas as palavras PROPAROXÍTONAS: são


forte) terminados em o(s), e(s) e a(s) aquelas cuja sílaba tônica é a antepenúltima sílaba
Exemplos: recôndito, louvaríamos,
- o(s): nó, dó, pôs, só, pó(s),nós, vós, ... gótico, lêvedo,
- e(s): dê, lê, ré, pé, vê, fé, Zé, mês, crê, pés, ... côncavo trânsito,
- a(s): há, chá, pá, cá, lá, vá, já, fá, pás, ... relâmpago(s), lâmpada,
Já os monossílabos tônicos terminados em "i" e "u" não lágrima, atlântico,
recebem acento gráfico. júpiter, ótimo(s),
Exemplos: pai, vai, boi, mau, pau etc. cantávamos, falávamos,
paroxítonas, abóbora,
REGRAS DAS OXÍTONAS pêndulo, cândido,
Acentuam-se as OXÍTONAS (a sílaba mais forte é a última) devêssemos, límpido,
terminadas em o(s), e(s), a(s), ém e éns:
árabe, máscara,
Exemplos: bússola, xícara,
O - mocotó(s), jiló(s), bisavó(s), paletó(s), cipó(s), avó, avô, úmido, médico,
vovô, robô
antepenúltima, sílaba,
E - café(s), jacaré(s), filé(s), pajé(s), pontapé(s), você.
pássaro, esdrúxula,
A - jatobá(s), maracujá(s), Maringá, fubá, xarás, Paraná,
guaraná. vítima, cântico,

ÉM - refém, alguém, amém, armazém, também, Belém. romântico, fôlego

ÉNS - parabéns, armazéns, reféns.


REGRA DAS PAROXÍTONAS
Nas palavras paroxítonas, devem-se acentuar as palavras
Obs.: Não se acentuam graficamente as palavras oxítonas terminadas em
terminadas em i(s) e u(s), como em i(s).
R – UM – Ã – I – N – PS – US – IS – DI – TRITONGO – L – O(n –
Exemplos: Anhembi, Parati, anis, barris; dividi-lo, adquiri- ns)
– X – UNS
los, caqui, aqui, jabuti,
R - fêmur, éter, revólver, César, mártir,
u(s).
UM - álbum, médium
Exemplos: caju, pitu, zebu, tatu, urubu, Caxambu, Bauru,
Iguaçu, Itu, Bangu; compus (do verbo compor), pus(do à - órfã, ímã
verbo por) I - táxi, júri, cáqui (cor)
Saiba que: N - hífen, Éden, pólen.
São palavras oxítonas, entre outras: cateter, mister, Nobel, PS – fórceps, bíceps, tríceps.
novel, ruim, sutil, transistor, ureter.
US - bônus, ônus, vírus
IS- lápis, tênis, Clóvis, íris, cútis
OBSERVAÇÃO:
Muitos verbos, ao se combinarem com pronomes DITONGO - silêncio, Mário, salário, dentário, secretária,
oblíquos, produzem formas oxítonas ou monossilábicas bênção(s), órgão(s), órfão(s).
que devem ser acentuadas por acabarem assumindo TRITONGO - enxáguem, deságuem
alguma das terminações contidas nas regras.
L - favorável, fácil, flexível, útil, ágil, amável, automóvel.
Exemplos: encontrá-lo, recebê-la, dispô-los, amá-lo-ia,
vendê-la-ia O(n- ns) - elétron, elétrons
X - tórax, xérox (também pode ser xerox), fênix.
beijar + a = beijá-la fez + o = fê-lo
UNS - álbuns, médiuns.
dar + as = dá-las fazer + o = fazê-lo
2) Não são acentuados os prefixos terminados em "i "e "r".
(semi, super, hiper)
3) Acentuam-se as paroxítonas terminadas em ditongos:
ea(s), oa(s), eo(s), ua(s), ia(s), ue(s), ie(s), uo(s), io(s).
REGRAS DAS PROPAROXÍTONAS

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Exemplos: Exemplos:
ea(s) - várzea, área, balaústre, alaúde,
oa(s) - mágoa, atraíam, cafeína,
eo(s) - óleo, arbóreo recaída, ruína,
ua(s) - régua, água, aí, atraí,
ia(s) - férias, séria caí, baú,
ue(s) - tênue, país, Esaú,
ie(s) - cárie, série, Luís, proíbo,
uo(s) - ingênuo, faísca, caíste,
io(s) - início, ódio, sábio saúva, viúva,
ei(s) - jóquei, férteis, fósseis, fôsseis, túneis, úteis, variáveis Gravataí, Grajaú,
CUIDADO! juízes, raízes.
Palavras paroxítonas terminadas em ditongo crescente
podem ser analisadas como proparoxítonas eventuais, Essa regra aplica-se também às formas verbais seguidas de
relativas ou acidentais. lo(s) ou la(s):
Portanto, palavras como língua, Júlio, início, série, possuí-lo, distribuí-lo,
convivência, memória, remédios, série, que normalmente
substituí-lo, atraí-la,
são interpretadas como paroxítonas terminadas em ditongo
crescente, podem ser tomadas como proparoxítonas. Logo, construí-los, possuí,
se cair na prova uma questão dizendo que tais palavras são saí, caí
acentuadas por serem paroxítonas terminadas em ditongo
distraí-lo
crescente ou por serem proparoxítonas (eventuais, relativas
ou acidentais) está correto!
 CUIDADO!
REGRA DOS HIATOS COMO ERA O USO ANTES
Acentuam-se o "i" e "u" tônicos quando formam hiato com baiúca, boiúna, feiúra
a vogal anterior, estando eles sozinhos na sílaba ou Não se acentuam -i e -u tônicos das palavras paroxítonas
acompanhados apenas de "s", desde que não sejam quando precedidas de ditongo.
seguidos por "-nh".
Como fica: baiuca, boiuna, feiura
sa - í - da
e - go - ís – mo
VOCABULÁRIO DE APOIO
sa - ú – de
Baiuca: substantivo feminino: bodega, taberna
ba – ús
Boiuna: substantivo feminino: sucuri, cobra-d'água
ra – i – nha
la – da – i – nha
 CUIDADO!
Não se acentuam, portanto, hiatos como os das palavras:
Gratuito, intuito, fortuito, circuito, fluido
ju - iz
Muitas são as pessoas que se equivocam ao pronunciar
ra - iz essas palavras, por acentuarem a pronúncia da letra "i", que
ru – im deve ficar na mesma sílaba do "u".
ca - ir A pronúncia delas é equivalente a "FUI":
Razão: -i ou -u não estão sozinhos nem acompanhados de - gra-tui-to, in-tui-to, for-tui-to, cir-cui-to, flui-do.
s na sílaba.
Uma observação tem de ser feita: há também a
Ainda: possibilidade de se pronunciar FLU-Í-DO, escrevendo-se a
Xi - i - ta palavra com acento: quando for o particípio do verbo
"fluir", e não o substantivo. Por exemplo:
su - cu - u - ba
 O fluido para freios.
i – í – di- che
O vocábulo "fluido" é substantivo. Pronuncia-se, portanto,
iídiche: língua germânica das comunidades judaicas
FLUI-DO.
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 A explicação do professor tem fluído muito bem. misantropo, necropsia(necrópsia),


O vocábulo "fluído" é particípio de "fluir". Pronuncia-se, Normandia, pegada,
portanto, FLU-Í-DO. policromo, pudico,
quiromancia, rubrica.
VERBOS TER E VIR
Acentua-se com circunflexo a 3ª pessoa do plural do As seguintes palavras, entre outras, admitem dupla
presente do indicativo dos verbos ter e vir, bem como nos tonicidade: acróbata/acrobata, hieróglifo / hieroglifo,
seus derivados (deter, conter, reter, advir, convir, intervir). Oceânia / Oceania, ortoépia / ortoepia, projétil / projetil,
Veja: réptil / reptil, zângão/zangão.
Ele tem Eles têm
Ela vem Elas vêm MELHORANDO O VOCABULÁRIO
Ele retém Eles retêm aerólito: meteorito
Ele intervém Eles intervêm bávaro: relativo à Baviera
ímprobo: desonesto
Observação: Atente-se, no entanto, para as conjugações ínterim: provisório
desses verbos que recebem um acento agudo na terceira trânsfuga: aquele que renega seus princípios, que se
pessoa do singular, mas continuam com o acento descuida de seus deveres
circunflexo na terceira do plural.
Exemplos:
REGRAS COM O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO
 O Banco Central, normalmente, intervém em bancos
COMO ERA O USO ANTES
com dificuldades financeiras.
 pára (verbo), péla (subst. e verbo), pêlo (subst.), pêra
 Os EUA intervêm, a todo momento, em assuntos que só
(subst.), pólo (subst.)
dizem respeito a outros países.
Não se acentuam as palavras paroxítonas que são
homógrafas.
 O palhaço entretém as crianças sempre com muito
carinho.  para (verbo), pela (subst. e verbo), pelo (subst.), pera
(subst.), polo (subst.)
 Os palhaços entretêm a plateia que se diverte a valer.
• O acento diferencial permanece nos homógrafos:
PODE (3ª pessoa do sing. do presente do indicativo do
 Ele mantém a promessa de estudar bastante. verbo poder) e PÔDE (3ª pessoa do pretérito perfeito do
 Eles mantêm a promessa de estudar bastante. indicativo);
TEM e TÊM ( singular e plural, respectivamente),
 Aquela proposta convém aos nossos interesses. VEM e VÊM( singular e plural)
 Aquelas propostas convêm aos nossos interesses. Exemplos:
 Maria sempre pode resolver tudo sozinha.
 No momento, Pedro detém o poder.  Meu pai sempre pôde resolver tudo sozinho.
 No momento, Antônio e Dirceu detêm o poder.  João vem de Brasília amanhã.
 Os deputados vêm de Brasília amanhã.
◼ São palavras paroxítonas, entre outras:  Ela tem um bom coração.
avaro, boêmia,(boemia)  Os jovens têm a vida em suas mãos.
caracteres, cartomancia, • O acento diferencial permanece em PÔR (verbo)
em oposição a POR (preposição).
circuito, decano,
Ex:
filantropo, fluido,
 Preciso pôr em dia estas anotações feitas por mim".
fortuito, gratuito,
Hungria, ibero, COMO ERA O USO ANTES

inaudito, intuito,  Assembléia, platéia, idéia, colméia, boléia, panacéia,


Coréia, hebréia, bóia, paranóia, jibóia, apóio, heróico,
maquinaria, meteorito, paranoico
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 Todos esperam que Bruno dê o melhor de si no próximo


◼ Não se acentuam os ditongos abertos -ei e -oi nas jogo / Todos esperam que os jogadores deem o melhor
palavras paroxítonas. de si no próximo jogo.

Assembleia, alcaloide,  Carlos lê jornal diariamente / Carlos e seu pai leem


jornal diariamente
estreia, alcateia,
 Léo vê televisão o dia todo / Léo e seus irmãos veem
geleia, odisseia, televisão o dia todo
plateia, ideia,  Eles descreem na vida em outros planetas.
colmeia, boleia,  Os escritores releem várias vezes seus livros antes de
panaceia, epopeia, publicá-los.
Coreia, hebreia,  Os meteorologistas preveem um verão muito quente
boia, paranoia, para o próximo ano.
jiboia, apoio,  À noite, muitas pessoas reveem suas ações durante o
dia.
heroico, paranoico,
androide, apoia
COMO ERA O USO ANTES
apoio (verbo apoiar), asteroide,
 enjôo (subst. e forma verbal), vôo (subst. e forma verbal),
boia, celuloide,
corôo, perdôo, côo, môo, abençôo, povôo
claraboia, debiloide,
Não se acentua o hiato -oo.
estoico, estreio(verbo estrear),
enjoo (subst. e forma verbal),
joia,
voo (subst. e forma verbal),
coroo, perdoo,
• O acento nos ditongos -ÉI e -ÓI permanece nas coo, moo,
palavras oxítonas e monossílabas tônicas de som
aberto: herói, constrói, dói, anéis, papéis, anzóis, fiéis, abençoo, povoo,
corrói, remói, sóis, caracóis, faróis, pincéis, tonéis, abotoo, coo,
painéis. destoo, doo,
• O acento no DITONGO ABERTO -ÉU permanece: entoo, magoo,
chapéu, véu, céu, ilhéu, troféu, troféus, véu.
perdoo, soo,
zoo
O acento gráfico foi eliminado quando marcava o timbre
COMO ERA O USO ANTES
aberto dos ditongos "ei" e "oi" dos vocábulos paroxítonos,
como em assembleia (éi), heroico (ói), desde que não  argúi, apazigúe, averigúe, enxágüe, oblique
incluído em outra regra geral de acentuação. Não se acentua o -u tônico nas formas verbais rizotônicas
Dessa forma, palavras como destróier, Méier, blêizer, (acento na raiz), quando precedido de -g ou -q e seguido
gêiser, mantêm o acento gráfico por serem paroxítonas de -e ou -i (grupos que /qui e gue /gui).
terminadas em r.  argui, apazigue, averigue, enxágue, oblique
COMO ERA O USO ANTES
COMO ERA O USO ANTES  baiúca, boiúna, cheiínho, feiúra,
 crêem, dêem, lêem, vêem, descrêem, relêem, revêem Não se acentuam o -i e -u tônicos das palavras paroxítonas
Não se acentua o hiato -EE dos verbos crer, dar, ler, ver e quando precedidas de ditongo.
seus derivados 3ª p. plural.  baiuca, boiuna, cheiinho, feiura,
 creem, deem, leem, veem, descreem, releem, reveem É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as
palavras forma / fôrma.
Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara.
Exemplos: Veja este exemplo: "Qual é a forma da fôrma do bolo?"
 Ela crê em Deus fervorosamente / Elas creem em Deus
fervorosamente
18 – ORTOGRAFIA

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Parte da gramática que trata da correta grafia (modo de hermafrodita, hermético,


escrever) das palavras. hérnia, herói,
hesitação, hesitar,
EMPREGO DE LETRAS: heterogêneo, heterossexual,
USO DA LETRA H: hexágono, hiato,
A letra h inicial: não apresenta fonema (som), no entanto hibernar, híbrido,
persiste na língua em razão de etimologia e tradição.
hidratante, hidroginástica,
Ex: haver, harém, harpa, hangar, hodierno, hombridade,
hilaridade, humildade. hierarquia, higiene,
higiênico, higienização,

 CUIDADO ! ojeriza, umidade. hipérbole, hipismo,

A letra h ocorre no final de algumas interjeições. Ex: ah!, hipnotizado, hipocondríaco,


oh! e uh! hipocrisia, hipócrita,
hipopótamo, hipoteca,
 CUIDADO! Nos vocativos, temos Ó, sem “h”. hipotermia, hipótese,
A letra h permanece na grande maioria dos compostos hipoteticamente, hirto,
ligados por hifens: histérico, histerismo,
história, hodierno,
 Anti-higiênico, pré-histórico, super-homem. hoje, holofote,
hombridade, homem,
OBS: com o prefixo SUB, temos subumano, subumanidade. homenagem, homicídio,
A palavra Bahia (Estado) possui h. Já a palavra baiano homogêneo, homônimo,
(habitante) não possui.
honestidade, honorário,
Usa-se h por convenção em algumas palavras: hã?, hem
(hein)? Hum!, hurra! honra, hora, horda,

Usa-se h nos dígrafos lh, nh e ch: chave, banho, malha. horizonte, hormônio,
horóscopo, horrível,

◼ Letra H horta, hóspede,

Hábil, habilidade, hospitaleiro, hostil,

habilitações, habitação, hostilizar, hotel,

habitat, hábito, humanidade, humanismo,

habitual, hálito, humanizar, humano,

halo, halogênio, humildade, humilde,

halterofilista, hambúrguer, humilhação, humor.

handebol, hangar,
harém, harmonia, ◼ Palavras com H no meio

harmonioso, harmonizar, No meio das palavras, o h é utilizado nos dígrafos ch, nh, lh,
como nas palavras mochila, acarinhado e molhado. Nos
harpa, haste, dígrafos, cada consoante perde sua unidade sonora, uma
haurir, haver, vez que a sequência das duas consoantes forma um único
hediondo, hedonismo, som, representando apenas um fonema.

hegemonia, hélice,
hemisfério, hemorragia, ◼ Palavras com H no dígrafo ch

hepatite, herbáceo, Bochecha, caprichar,

herbívoro, hercúleo, chateado, chicória,

hereditário, herege, chimarrão, chinfrim,

heresia, herético, chuchu, cochicho,

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debochado, esculacho,
fechar, machucar, USO DA LETRA "X":
pichar, salsicha. ◼ Palavras com X no início
Xácara, xadrez,
◼ Palavras com H no dígrafo nh xale, xampu,
Campainha, canhão, xará, xarope,
carinho, companhia, xenofobia, xenófobo,
estranho, fronha, xereta, xeretar,
ganhar, joaninha, xerife, xerocar,
linho, moinho, xerocópia, xerocopiar,
ninho, pinheiro, xerofilia, xerografia,
sonhar, unha, xícara, xexéu,
vinho. xifópago, xilofone,
xilogravura, xingamento,
◼ Palavras com H no dígrafo lh xingar,
Acolhimento, afilhado,
aparelho, atrapalhar, ◼ Palavras com X no meio
bilhete, cabeçalho, Exame, exato,
canalha, cavalheirismo, exausto, executar,
compartilhar, empecilho, exemplo, êxtase,
humilhação, maravilhoso, extensão, extinguir,
olhar, orgulho, extinto, extrair,
partilhar, semelhante, extremo, máximo,
tolher, trabalhar. nexo, ortodoxo,
O h aparece também no meio de palavras compostas, óxido, paradoxo,
sendo antecedido por um hífen quando a segunda palavra pretexto, próximo,
começa com h por razões etimológicas.
reflexão, reflexo,
saxofone, sexagésimo,…
◼ Palavras compostas com H
Ante-histórico, anti-higiênico,
◼ Palavras com X no fim
auto-higiene, bem-humorado,
Alex, botox,
contra-habitual, extra-hospitalar,
cálix, clímax,
extra-humano, infra-hepático,
córtex, duplex,
infra-humano, mal-humorado,
durex, fax,
micro-história, pré-histórico,
Félix, látex,
pseudo-herói, semi-hipnotizado,
pirex, telex,
semi-humano, sobre-humanizar,
tórax, xerox
super-homem, supra-hepático.

◼ Valores fonéticos do X
Palavras com H no fim
O grafema x possui uma particularidade foneticamente
No fim das palavras o h é maioritariamente utilizado em muito interessante, podendo representar diversos fonemas,
interjeições, embora possa também aparecer no início das ou seja, diversos sons. O x pode assim assumir valor de ch,
mesmas. s, z, cs e ss, bem como não representar um som, não
Interjeições com H assumindo valor fonético.
Ah!, ih!, eh!, oh!, uh!, hã!, hem?, hum!, bah!

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◼ Palavras com X com som de CH exato, exausto,


Abacaxi, ameixa, executar, exemplo,
baixo, bexiga, exercer, exibir,
bruxa, caixa, exílio, exímio,
caxumba, coaxar, existir, êxito,
enxada, enxaguar, exonerar, exorbitar,
enxame, enxaqueca, exorcizar, exótico,
enxergar, enxerido, exuberante
enxerto, enxofre,
enxotar, enxoval, ◼ Palavras com X com som de CS
enxovalhar, enxugar, Anexo, asfixia,
enxurrada, enxuto, axila, boxe,
faixa, faxina, clímax, complexo,
feixe, frouxo, conexão, convexo,
graxa, lagartixa, fixo, flexão,
laxativo, lixa, fluxo, látex,
lixo, maxixe, maxilar, nexo,
mexer, mexicano, ortodoxo, óxido,
orixá, oxalá, paradoxo, reflexão,
paixão, peixe, reflexo, saxofone,
praxe, puxar, sexagésimo, tóxico,
rixa, rouxinol, toxina, xerox
seixo, trouxa, Quando a consoante x assume o som cs, ocorre
vexame, xadrez, um encontro consonantal fonético, dado que um só
grafema (x) corresponde a dois fonemas consonantais (cs).
xale, xampu, O encontro consonantal fonético é também chamado de
xará, xarope, dífono.
xereta, xerife,
xícara, xingar Exemplos:
• Táxi: 4 grafemas (letras) e 5 fonemas (sons)
◼ Palavras com X com som de S • Axila: 5 grafemas (letras) e 6 fonemas (sons)
Expectativa, experiente, • Oxidação: 8 grafemas (letras) e 9 fonemas (sons)
explorar, êxtase,
extático, extasiado, Palavras com X com som de SS
extensão, extinguir, Auxílio, máximo, próximo, sintaxe
extinto, extrair,
extremo, pretexto, Palavras com X sem valor fonético
sexto, têxtil, Exceção, exceder,
texto, textual excelente, excêntrico,
excepcional, excerto,
excesso, exceto,
excitar, exsudação
◼ Palavras com X com som de Z O uso do X
Exagero, exalar, Normalmente, o x é utilizado:
exaltar, exame, - Depois da sílaba inicial me-.

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Exemplos: mexer, mexido, mexeriqueira, mexicano,  O tratador está limpando o cocho das vacas. (recipiente
mexedor, mexilhão,… para alimentar o gado)

- Depois da sílaba inicial en-. Broxa x brocha


Exemplos: enxergar, enxoval, enxame, enxada, enxuto,…  Você vai utilizar essa broxa para caiar a parede? (pincel
grande e grosseiro)

- Depois de ditongos.  O carpinteiro usou pequenas brochas para fixar o fundo


da gaveta. (prego)
Exemplos: caixa, baixo, peixe, feixe, frouxo, ameixa,…

Confira a diferenciação entre palavras homônimas escritas


- Em palavras de origem indígena e africana. com x ou com s:
Exemplos: abacaxi, xavante, orixá, xará, … Expiar x espiar
 Eu farei o que for preciso para expiar meus próprios
- Em palavras aportuguesadas do inglês. pecados. (redimir)
Exemplos: xampu, xerife,…  Saia da janela e pare de espiar os outros. (espionar)

Nota: Existem, contudo, palavras que são exceções a essas Extrato x estrato
regras, devendo ser escritas com ch, tal como:  Todas as semanas eu analiso meu extrato bancário.
recauchutar, guache, (registro de movimentos de uma conta)
caucho, mecha,  O solo é formado por diferentes estratos. (camadas)
encher, enchumaçar,
encharcar, enchiqueirar, Expirar x espirar
enchova, enchapelar,  O prazo de candidatura ao concurso público vai expirar.
preencher (terminar)
 Aquelas rosas costumam espirar um perfume
maravilhoso! (exalar)
Palavras homônimas com X
Uma vez que o x assume valores fonéticos representados
também por outros grafemas, ocorre a existência de Coxa X cocha
palavras homônimas, principalmente com o dígrafo ch e  O atleta não poderá competir devido a uma lesão na
com a consoante s, provocando dúvida entre os falantes da coxa. (parte do corpo)
língua.  Preciso de uma cocha para deixar o cacau fermentando.
Confira a diferenciação entre palavras homônimas escritas (recipiente)
com x ou com ch:

Buxo x bucho
Xeque x cheque  Minha avó tem uma receita muito boa de bucho de boi
 Você está pondo nosso plano em xeque. (risco) recheado. (estômago)
 Ele passou um cheque sem fundo! (ordem de  O jardineiro podou o buxo com a forma de anjo.
pagamento escrita) (arbusto ornamental)

Taxar x tachar Xá x chá


 Governo quer taxar novos impostos sobre bens  Estão homenageando o último Xá da Pérsia. (soberano)
imobiliários. (estabelecer um imposto)  Esta xícara de chá era de minha bisavó. (infusão para
 Eles vão me tachar de incompetente. (atribuir beber)
qualidades negativas)
Coxo x cocho Xácara x chácara
 Meu irmão machucou o pé e agora está coxo.  Na escola, meu filho leu diversas xácaras. (narrativa
(mancando) popular em verso)

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 Vamos passar o fim de semana na chácara de meu avô.


(sítio) CUIDADO: VIAGEM (SUBSTANTIVO).
As palavras de origem tupi, africana ou árabe, costuma-se
USO DA LETRA G: empregar o j:
1) Nos substantivos terminados em -agem, -igem, -ugem
Exemplos: barragem, garagem, miragem, viagem, origem, OBS: tigela, angelical, sargento, genuíno, herege, monge.
vertigem, fuligem, ferrugem
Exceção: pajem e lambugem Palavras com a letra J como origem do vocábulo. Por
exemplo, a palavra jeito é assim escrita porque vem do
2) Nas palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, - latim jactu. Ou a palavra jipe que vem do inglês jeep.
úgio Palavras que derivam ou terminam com a sílaba:
Exemplos: estágio, pedágio, privilégio, sacrilégio, Exemplo: laranja, loja, lojista, granja, granjear, gorjeta,
prestígio, prodígio, vestígio, relógio, refúgio cereja, cerejeira.
Verbos terminados em jar.
3) Nas palavras derivadas de outras que se grafam com g Exemplo: viajar, viajemos, despejar, despejem.
Exemplos: engessar (de gesso), massagista (de massagem),
vertiginoso (de vertigem) Palavras de origem ameríndia.
Exemplo: canjerê, jenipapo, jequitibá, jiboia, jiló, jirau, Moji,
4) Nos seguintes vocábulos: pajé. jirau, pajé.
Abranger Adstringência Exemplos de palavras com a letra J
Agência Agenciar alfanje, alforje
Agenda Agendar cafajeste, jeca,
Agente Abiogênese jegue, majestade,
Agiotagem Abrangência manjedoura, manjericão,
Alfandegagem Álgebra ojeriza, projeto,
Algema Amostragem sujeira, traje,
Amperagem Analgésico varejista. lojista,
Angélica Antígeno sarjeta anjo,
Aparelhagem Apogeu rijeza, canjica,
Apologético Aprendizagem jenipapo, ultraje,
Aquaplanagem Aragem majestoso, berinjela,
Argentário Aterragem jerimum, jérsei
Auge Autógeno jacaré Jamaica
Autogestao Bege Jamais Janeiro
Geada Gengiva, Jantar Japão
Gilete Hegemonia, Jardim Jarra
Megera Rabugento Jato Javali
Vagem Autossugestão Jeans Jeito
Bagageiro Bagagem Jiboia Joalheiro
Bandagem Estrangeiro Joaninha Joelho
Gibi Herege Jogador Jóquei
Monge Laringe Jornalismo Jovem
USO DA LETRA J: USO DA LETRA "S":
Usa-se a letra j nas formas dos verbos terminados em jar: Emprega-se o s nos substantivos e adjetivos derivados de
arranjar/arranjo; viajar/viajem; verbos que possuem, no final do radical do infinitivo, ND,
RG, PEL, CORR E RT:
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defender - defesa; deslize / deslizar,


imergir - imersão; razão- razoável
compelir - compulsão; raiz- enraizar
discorrer - discurso; cruz-cruzeiro
inverter - inversão. vazio- esvaziar
Usa-se o s nos adjetivos formados com os sufixos oso, osa e
ense: famoso, amorosa, espalhafatosa, gostoso, gasoso, 2) Nos sufixos -ez, -eza, ao formarem substantivos
paranaense, catarinense abstratos a partir de adjetivos
Usa-se s nos sufixos ês, esa (relativos à nacionalidade, título Exemplos:
e origem): chinês, japonesa, duquesa, inglesa, burguesa
inválido- invalidez frio- frieza
Nos sufixos gregos -ese, -isa, -osa
limpo-limpeza nobre- nobreza
Exemplos: catequese, diocese, poetisa, profetisa,
sacerdotisa, glicose, metamorfose, virose. macio- maciez pobre-pobreza

Usa-se o s em palavras que derivam de outras que já rígido- rigidez surdo- surdez
possuam a letras s: casa / casinha, catálise /catalisador,
português / portuguesinho, análise/analisar, catálise / 3) Nos sufixos -izar, ao formar verbos e -ização, ao formar
catalisador, liso/alisar substantivos
Usa-se o s depois de ditongo para representar o som zê: Exemplos:
Neusa, causa, coisa, pouso, lousa, náusea
civilizar- civilização
Usa-se o s nas formas do verbo pôr, querer e compostos: Eu
repus / ela quis / se eu quisesse / quando eu quiser / hospitalizar- hospitalização
pusera. colonizar- colonização
Usa-se o s nos vocábulos terminados em ÉS (som aberto): realizar- realização
através, viés.
4) Nos derivados em -zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita,
7) Nos seguintes nomes próprios personativos: Baltasar, zarrão
Heloísa, Inês, Isabel, Luís, Luísa, Resende, Sousa, Teresa, Exemplos:
Teresinha, Tomás
cafezal, cafezeiro, cafezinho, arvorezinha, cãozito, avezita,
homenzarrão
8) Nos seguintes vocábulos:
abuso, asilo, 5) Nos seguintes vocábulos:
através, aviso, azar azeite
besouro, brasa, azedo amizade
cortesia, decisão, buzina bazar
despesa, empresa, catequizar chafariz
freguesia, fusível, cicatriz coalizão
maisena, mesada, cuscuz proeza
paisagem, paraíso, vizinho xadrez
pêsames, presépio, verniz
presídio, querosene,
raposa, surpresa, 6) Nos vocábulos homófonos, estabelecendo distinção no
tesoura, usura, contraste entre o S e o Z
vaso, vigésimo, Exemplos:
visita  cozer (cozinhar) e coser (costurar)
USO DA LETRA Z:  prezar( ter em consideração) e presar (prender)
1) Usa-se o z em palavras derivadas de outras em que já  traz (forma do verbo trazer) e trás (parte posterior)
exista a letra z:

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7) Usa-se o z com os sufixos az e ázio: Exemplos: Kant, kantismo; Darwin, darwinismo; Taylor,
Ex.: voraz, copázio. taylorista.

8) Usa-se o z nos verbos derivados de palavras que não b) Em topônimos originários de outras línguas e seus
possuam o s no fim do radical: ameno / amenizar, civil / derivados.
civilizar. Exemplos: Kuwait, kuwaitiano.
Compare: análise / analisar, aviso / avisar.
Cuidado: catequese, com s; catequizar com z. c) Em siglas, símbolos, e mesmo em palavras adotadas
OBS: pesquisa, pesquisar, paralisar, estender, extensivo, como unidades de medida de curso internacional.
estendível, estendido, extensão. Exemplos: K (Potássio), W (West), kg (quilograma), km
Observação: em muitas palavras, a letra X soa (quilômetro), Watt.
como Z. Veja os exemplos:
exame exato exausto exemplo exótico inexorável EMPREGA-SE O “S”
Exemplos:
USO DAS LETRAS ‘SS’: expandir- expansão pretender- pretensão
Usa-se o SS nos substantivos cujos verbos da mesma família verter- versão expelir- expulsão
(mesma família = cognatos) possuem o radical terminado estender- extensão suspender- suspensão
em GRED, PRIM, CED e MET:
converter - conversão repelir- repulsão
interceder / intercessão,
progredir / progresso,
Após um DITONGO
imprimir / impressão,
Maisena Pausa
prometer / promessa.
Lousa Coisa
Causa Náusea
Usa-se o SS nos substantivos cujos verbos cognatos
terminam em TIR: discutir / discussão.
Nos seguintes nomes próprios personativos:
Emprega-se o Ç depois de ditongo, a fim de que se
represente o som sê: afeição, beiço Baltasar, Heloísa, Inês, Isabel, Luís, Luísa, Resende, Sousa,
Teresa, Teresinha, Tomás
As terminações TER, TORCER e PETIR dos verbos formam
substantivos com ç: obter / obtenção, distorcer / distorção,
competir / competição. HOMÔNIMOS
OBS: retorsão = réplica, represália. Existem algumas palavras que podem ser escritas tanto com
Nomes que possuam TO no final formam verbos e "S" ou "Z", alterando, entretanto, seu sentido:
substantivos com ç: isento / isenção, setor / seção. Cozer (cozinhar)
OBS: exceto, exceção, excessivo, espontâneo, espectador Coser (costurar)
(testemunha), expectador (quem tem expectativa). Prezar (ter em consideração)
Presar (prender, apreender)
USO DAS LETRAS "E" e "I": Traz (forma do verbo trazer)
Letras E e I: emprega-se e nos ditongos nasais ãe e õe: Trás (parte posterior)
mães, põe, cirurgiães.
OBS: cãibra (ou câimbra).
• Grafam-se com "S" as formas dos verbos "pôr" e
Os verbos com os infinitivos terminados em OAR e UAR são "querer" e de seus derivados:
grafados com e: abençoar/ abençoe, atuar/atue
 Pôr: pus, pôs, pusemos, puser, compôs, compusesse,
Os verbos terminados em infinitivo AIR, OER, UIR são impuser...
grafados com i: decair/ decai, doer/ dói, possuir/ possui.
 Querer: quis, quisemos, quiseram, quiser, quisera,
EMPREGO DAS LETRAS K, W E Y quiséssemos..
Utilizam-se nos seguintes casos:
a) Em antropônimos originários de outras línguas e seus
derivados.
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• Grafam-se com "S" os adjetivos com os sufixos -ês, -esa Enraizar (de raiz),
indicando nacionalidade, título ou origem: Envernizar (de verniz),
Portugal: português, portuguesa Cicatrizar (de cicatriz),
Inglaterra: inglês, inglesa Apaziguar (de paz).
Japão: japonês, japonesa
Duque: duquesa • Seguindo a mesma regra, usa-se a letra "Z" nas palavras
Barão: baronesa derivadas de outras em que já existe "Z":
Burgo: burguês, burguesa Deslizar, deslizante (derivadas de deslize),
Campo: camponês, camponesa abalizado (de baliza),
razoável, arrazoar, arrazoado (de razão),
• Também grafam-se com "S" os substantivos e adjetivos esvaziar, vazar, vazamento, vazão, vazante (de vazio),
derivados de outros terminados em -ês: aprazível, prazeroso (de prazer),
Burguês: burguesia buzinar (de buzina), batizado (de batizar),
Freguês: freguesia desprezar, prezado (de prezar),
Cortês: cortesia fuzilamento, fuzilado (de fuzil),
Mês: mesada gozar (de gozo).
• Grafa-se -esa (com "S") nos seguintes substantivos
cognatos de verbos terminados em -ender:
Listão de palavras com Z
Defesa (defender)
assaz, azeite,
Presa (prender)
azar, azedo,
Despesa (despender)
amizade, baliza,
Represa (prender)
buzina, bazar,
Empresa (empreender)
batizar, bissetriz,
Surpresa (surpreender)
chafariz, cicatriz,
coalizão, cuscuz,
• Escrevem-se com "S" os substantivos formados com o
sufixo -isa indicando feminino: deslize, desprezar,

Profeta: profetisa fuzil, giz,

Poeta: poetisa gozo, granizo,

Sacerdote: sacerdotisa ojeriza, proeza,


regozijo, talvez,

• Grafam-se com "S" os substantivos formados com o sufixo vazio, vizinho,


-ase, -ese, -ise, -ose indicando ação, processo ou mesmo verniz, xadrez.
tipos de açúcares:
Metamorfose: processo de transformação • A letra "Z" também é utilizada nos sufixos -ez, -eza
Virose: processo de infecção por vírus formadores de substantivos abstratos femininos a partir de
Glicose, frutose, galactose: tipos de açúcares. adjetivos:

Ver ainda: frase, tese, crise, osmose, catequese Ácido: acidez Árido: aridez
Avaro: avareza Ávido: avidez

EMPREGA-SE O Z Belo: beleza Estúpido: estupidez

• Derivadas de primitivas com Z. Franco: franqueza Frio: frieza

Ex. enraizar (raiz), vazar (vazio) Inválido: invalidez Intrépido: intrepidez


Leve: leveza Limpo: limpeza

• Escrevem-se com "Z" também os derivados de palavras Lúcido: lucidez Macio: maciez
cujo radical termina em "Z": Mudo: mudez Nobre: nobreza
Cruzeiro (de cruz), Pálido: palidez Pobre: pobreza
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Rápido: rapidez Rígido: rigidez buzina bazar


Rijo: rijeza Singelo: singeleza catequizar chafariz
Sisudo: sisudez Surdo: surdez cicatriz coalizão
cuscuz proeza
• Usa-se a letra "Z" nos verbos formados com radicais que vizinho xadrez
não terminem em "S" adicionados do sufixo -izar, nos verniz
verbos formados com radicais terminados em "Z"
adicionados de "-ar" e nos substantivos formados com o
sufixo -ização: EMPREGA-SE Ç:
Ameno: amenizar • Nos substantivos derivados dos verbos "ter" e "torcer“
Anarquizar: anarquizar Exemplos:
Árvore: arborizar, arborização ater- atenção torcer- torção
Canal: canalizar, canalização deter- detenção distorcer-distorção
Cicatriz: cicatrizar, cicatrização manter- manutenção contorcer- contorção
Civil: civilizar, civilização,
Colono: colonizar, colonização, • Palavras derivadas de primitivas escritas com Ç
Deslize: deslizar baço – embaçado
Escravo: escravizar, escravização
Fértil: fertilizar, fertilização, • Verbos terminados em –ecer e –escer.
Final: finalizar, finalização, anoiteça (anoitecer)
Hospital: hospitalizar, hospitalização, floresça (florescer)
Humano: humanizar, humanização,
Industrial: industrializar, industrialização, • Palavras de origem árabe, indígena e africana.
Motor: motorizar, motorização paçoca,
Órgão: organizar, organização, muçulmano,
Real: realizar, realização, miçanga.
Útil: utilizar, utilização,
Vulgar: vulgarizar, vulgarização • “Ç" deve ser usado em palavras derivadas de outras
terminadas em "TO". Uma palavra bastante conhecida que
segue essa regra é "canção", que deriva de canto.
• Como já vimos, usa-se a letra "Z" nos verbos formados
com radicais que não terminem em "S" adicionados do Outros exemplos de palavras que seguem essa regra são
sufixo –izar. "junção”: junto
"exceção”: exceto
EXCEÇÕES: "intenção”: intento
CatequeSe: catequiZar
BatiSmo: batiZar • O "Ç" também é usado em palavras que terminam com
HipnoSe: hipnotiZar "TENÇÃO" e que se referem a verbos derivados de "TER".
Um bom exemplo dessa regra é a palavra "manutenção",
SínteSe: sintetiZar que se refere ao verbo "manter", derivado de "ter".
• Grafam-se com "Z" os derivados em -zal, -zeiro, -zinho, - Também seguem essa regra, por exemplo, as palavras
zinha, -zito, -zita, -zada, -zarrão, -zona, -zorro, -zudo:
"detenção“: deter
Cafezal, cafezeiro, cafezinho, avezinha, cãozito, avezita,
pazada, canzarrão, avelãzeira, pastelzinho, pazona, "retenção“: reter
mãozorra, pezudo. "contenção“: conter"
Nos seguintes vocábulos: • Usa-se o "Ç" também em palavras derivadas daquelas
azar azeite terminadas em "TOR". Um exemplo bastante comum dessa
regra é a palavra "redação", que deriva de "redator".
azedo amizade

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Assim, quem sabe escrever "redação" corretamente e sabe inversão: inverter


o motivo, não tem problemas para escrever as palavras conversão: converter
"infração“: infrator perversão: perverter
"tração“: trator“
"seção“: setor" • Em palavras derivadas de verbos terminados em
"CORRER" ou "PELIR" também é usado o "S". Como
• O "Ç" também é usado nas palavras terminadas em "ÃO" exemplos mais comuns temos as palavras "concurso",
e relacionadas àquelas que terminam em "TIVO", como derivada de "concorrer" e "compulsório", de "compelir".
por exemplo a palavra "ação", relacionada a "ativo". Derivada de verbo terminado em "CORRER" temos ainda a
Seguem, portanto, a mesma regra da palavra "ação", as palavra "discurso", derivada de "discorrer". E derivada de
palavras verbo terminado em "PELIR" temos as palavras "expulso" e
"expulsão", derivadas do verbo "expelir".
"relação”: relativo
"intuição”: intuitivo
EMPREGA-SE SC:
"introspecção“: introspectivo
Exemplos:
acréscimo, ascensorista,
• Em palavras derivadas de verbos, quando se retira deles
apenas o "R" final, usa-se também o "Ç", como na consciência, descender,
palavra "educação", que deriva de "educar". discente, fascículo,
fascínio, imprescindível,
Assim, as palavras miscigenação, miscível,
"importação”: importar plebiscito, rescisão,
"repartição”: repartir seiscentos, transcender
"fundição“: fundir ascender (subir, galgar) ascendência
ascensorista ascensão
• Também após ditongos usa-se o "Ç", como em "eleição". discente fascículo
Assim, sabendo-se o motivo do "ç" em "eleição", deduz-se piscicultura áscio
também o "ç" em "traição". piscina miscelânea
Aliás, o "ç" em "traição" também pode ser justificado pela obsceno suscitar
regra anterior, afinal, "traição" deriva do verbo "trair", do
qual se retirou o "R" final. fascismo nascedouro

• Também o "S" tem suas regras específicas. Por exemplo,  CUIDADO COM CERTAS PALAVRINHAS:
usa-se o "S" em palavras derivadas de verbos terminados sucinto, docente, vicissitudes, facínora.
em "NDER" e "NDIR", como por exemplo nas palavras ÁSCIO – adjetivo
"defesa" e "confusão", derivadas de "defender" e
"confundir". ▪ Que não tem ou não faz sombra, diz-se de zona tórrida
que, em duas épocas do ano, não tem sombra ao meio-
Guardando o motivo do "S" nessas palavras, dia
Compreensivo, compreensão: compreender
defensivo: defender EMPREGA-SE SS:
repreensão: repreender Nos substantivos derivados de verbos terminados em
expansão: expandir "gredir", "mitir", "ceder" e "cutir“
fusão: fundir Exemplos:
pretensão, pretensioso, pretensa: pretender". agredir- agressão demitir- demissão
ceder- cessão discutir- discussão
• Usa-se o "S" também em palavras derivadas de verbos progredir- progressão transmitir- transmissão
terminados em "ERTER" e "ERTIR", como em "diversão", exceder-excesso repercutir- repercussão
que deriva de "divertir".
Seguindo a regra também temos, por exemplo, as palavras
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• Terminação dos superlativos sintéticos e do imperfeito do 2) Em palavras formadas com o prefixo anti- (contra)
subjuntivo de todos os verbos. Exemplos:
lindíssimo, colhêssemos. Anticristo, antitetânico

• Palavras ou radicais iniciados por S que entram na 3) Nos seguintes vocábulos:


formação de palavras derivadas ou compostas.
aborígine, artimanha, chefiar, digladiar, penicilina,
homossexual (homo + sexual) privilégio.

EMPREGA-SE SÇ: EMPREGA-SE O O/U:


Exemplos: A oposição o/u é responsável pela diferença de significado
nascer- nasço, nasça de algumas palavras. Veja os exemplos:
crescer- cresço, cresça → cOmprimento (extensão) e cUmprimento (saudação,
descer- desço, desça realização)
→ sOar (emitir som) e sUar (transpirar)

EMPREGA-SE o XC e o XS: • Grafam-se com a letra O: bolacha, bússola, costume,


moleque.
Em dígrafos que soam como Ss
• Grafam-se com a letra U: camundongo, jabuti, Manuel,
Exemplos: tábua
exceção, excêntrico, REGRAS DE USO DO HÍFEN
excedente, excepcional, COMO ERA O USO ANTES
exsudar 1. antiibérico, antiinflamatório, antiinflacionário,
antiimperalista, arquiinimigo, arquiirmandade,
EMPREGA-SE O E: microondas, microônibus, microorgânico

1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -oar, -uar Emprega-se o hífen nos compostos em que o prefixo ou
falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento
Exemplos:
começa por vogal igual.
magOAR - magoe, magoes
anti-ibérico, anti-inflamatório,
dOAR – doe, does
anti-inflacionário, anti-imperalista,
continUAR- continue, continues
arqui-inimigo, arqui-irmandade,
flutUAR – flutue, flutues
auto-oxidação, auto-observação
auto-ônibus, caixa-alta
2) Em palavras formadas com o prefixo ante- (antes,
anterior) cidade-Estado contra-argumento,

antebraço, antecipar contra-ataque, extra-abdominal,


goma-arábica micro-ondas,

3) Nos seguintes vocábulos: micro-ônibus, micro-orgânico,

cadeado, confete, disenteria, empecilho, irrequieto, meia-armador, meia-atacante


mexerico, orquídea. 2. Esta regra normaliza todos os casos do uso do hífen
EMPREGA-SE O I: entre vogais iguais, como já acontecia anteriormente na
língua em compostos como:
1) Em sílabas finais dos verbos terminados em
 contra-almirante, eletro-ótica, extra-atmosférico, infra-
-AIR, -OER, -UIR assinado, infra-axilar, semi-interno, semi-integral, supra-
Exemplos: auricular, supra-axilar, ultra-apressado. (nestes casos, o
cair- cai sair – saí hífen permanece.)

doer – dói roer – roí


influir- influi possuir - possui COMO ERA O USO ANTES

retribuir - retribui 3. auto-afirmação, auto-ajuda, auto-aprendizagem, auto-


escola, auto-estrada, auto-instrução, contra-exemplo,
contra-indicação, contra-ordem, extra-escolar, extra-oficial,
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infra-estrutura, intra-ocular, intra-uterino, neo- 6. O uso do hífen permanece nos compostos com prefixo
expressionista, neo-imperialista, semi-aberto, semi-árido, em que o segundo elemento começa por -H:
semi-automático, semi-obscuridade, supra-ocular, ultra- ante-hipófise, anti-herói,
elevado
anti-higiênico, anti-hemorrágico,
Não se emprega o hífen nos compostos em que o prefixo
extra-humano, hiper-hidratação,
ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento
começa por vogal diferente. hiper-humano, mal-humorado,
autoafirmação, autoajuda, médico-hospitalar, neo-helênico,
autoaprendizagem, autoescola, neo-humorismo semi-herbáceo,
autoestrada, autoinstrução, Semi-hispânico Serni-histórico,
contraexemplo, contraindicação, sobre-humano super-homem,
contraordem, extraescolar,
extraoficial, infraestrutura, 7. No caso de prefixo CO-, em geral, não se usa o hífen,
mesmo que o segundo elemento comece pela vogal O:
intraocular, intrauterino,
Coadministrador Coaluno
neoexpressionista, neoimperialista,
Coapóstolo Coarrendamento
semiaberto, semiárido,
Coautoria Codelinquência
semiautomático, semiobscuridade,
Codenunciado Codetentor
supraocular, ultraelevado
Codevedor Codialeto
Codiretor Codiretoria
4. Esta nova regra normaliza os casos do uso do hífen entre
vogais diferentes, como já acontecia anteriormente na Codoador Codonatário
língua em compostos como: antiaéreo, antiamericanismo, Coedição Coeducação
agroindustrial, socioeconômico. Coeminente Cofator
Cointeressado
COMO ERA O USO ANTES
5. ante-sala, ante-sacristia, auto-retrato, anti-social, anti- 8. Nos compostos com os prefixos CIRCUM- e PAN- quando
rugas, arqui-romântico, arqui-rivalidade, auto- o segundo elemento começa por vogal, M ou N:
regulamentação, auto-sugestão, contra-senso,contra-regra,
contra-senha, extra-regimento, extra-sístole, extra-seco, Circum-adjacência Circum-adjacente
infra-som, infra-renal, ultra-romântico, ultra-sonografia, Circum-ambiência Circum-mediterrâneo
semi-real, semi-sintético, supra-renal, supra-sensível Circum-meridiano Circum-navegação
NÃO SE EMPREGA O HÍFEN nos compostos em que o Circum-navegador Circum-navegante
prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo
Circum-navegar Circum-navegável
elemento começa por R ou S, devendo essas consoantes se
duplicarem Circum-oral Circum-orbital
antessala, antessacristia, Pan-americano Pan-africano
autorretrato, antissocial, Pan-arábico Pan-asiático
antirrugas, arquirromântico, Pan-europeu Pan-harmônico
arquirrivalidade, autorregulamentação, Pan-helênico Pan-hispânico
autossugestão, contrassenso, Pan-islâmico Pan-mixia
contrarregra, contrassenha, Pan-negritude Pan-ortodoxo
extrarregimento, extrasseco,
infrassom, infrarrenal, 9. O HÍFEN PERMANECE nos compostos em que os
prefixos SUPER, HIPER, INTER, terminados em -R,
ultrarromântico, ultrassonografia,
aparecem combinados com elementos também iniciadas
semirreal, semissintético, por -R
suprarrenal, suprassensível hiper-rancoroso, hiper-realista,
hiper-requintado, hiper-requisitado,

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inter-racial, inter-regional, Observar maiúsculas no início das frases, isto é na primeira


inter-relação, Inter-renal palavra, basta seguir o modelo.

super-racional, super-realista, USO DOS PORQUÊS

super-resistente, super-revista. a) por que: usado nas interrogativas diretas e indiretas. É


usado também quando puder ser substituído pelo qual,
10. O uso do hífen permanece nas palavras compostas que por qual motivo.
não contém um elemento de ligação e constituem uma
unidade sintagmática e semântica, mantendo acento  Por que você não veio?
próprio, bem como naquelas que designam espécies  Quero saber por que você não veio.
botânicas e zoológicas:  Essa é a rua por que (pela qual) passamos.
ano-luz, azul-escuro,
médico-cirurgião, conta-gotas, b) porque: usado para explicar ou indicar uma causa ou
guarda-chuva, segunda-feira, uma explicação.
tenente-coronel, beija-flor,  Venha porque preciso de você.
couve-flor, erva-doce,  Faltei porque estava doente.
bem-te-vi, formiga-branca
c) por quê: usado no final de frase ou quando estiver
11. Nos topônimos iniciados pelos adjetivos GRÃO e GRÃ isolado.
ou por forma verbal ou por elementos que incluam um  Até hoje não entendi por quê, mas ele sempre tem as
artigo: mesmas atitudes.
Grã-Bretanha,  Hoje não tem aula. Por quê?
Santa Rita do Passa-Quatro, d) porquê: tem o sentido de causa, motivo, razão. É um
Baía de Todos-os-Santos. substantivo.
 Quero saber o porquê da sua falta.

COMO ERA O USO ANTES  Quebrei o braço. Eis o porquê da minha falta.

12. manda-chuva, pára-quedas, pára-quedista, pára-lama,


pára-brisa, pára-choque, pára-vento. HÁ / A
Não SE EMPREGA o hífen em certos compostos em que se a) há: é usado para indicar tempo decorrido.
perdeu, em certa medida, a noção de composição.  Há duas semanas estou procurando você.
mandachuva, paraquedas,
paraquedista, paralama, b) a: é usado para indicar tempo futuro e distância.
parabrisa, parachoque,  Daqui a pouco iremos à festa.
A) Formas adjetivas como afro, luso, anglo, latino não se  Minha casa fica a quinhentos metros da escola.
ligam por hífen:
afrodescendente, eurocêntrico,
MAU / MAL
lusofobia, eurocomunista
a) mau: é um adjetivo e tem como antônimo a palavra
bom.
B) Mas com adjetivos pátrios (de identidade), usa-se o  Você não é um mau aluno.
hífen:
b) mal: é um advérbio e antônimo de bem.
afro-americano,
 Estou passando mal.
latino-americano,
indo-europeu,
AFIM / A FIM
ítalo-brasileira,
a) afim: quando queremos dizer semelhante.
anglo-saxão
 Temos temperamentos afins.
ALGUMAS DIFICULDADES DA LÍNGUA PORTUGUESA
b) a fim: quando introduzimos uma oração que indica
finalidade.

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Nesse caso, a expressão se faz seguir pelo vocábulo de.


 Estamos aqui, a fim de estudar. POR ISSO / DE REPENTE / A PARTIR DE
Estas expressões, por serem compostas por vocábulos
Observação: Evite empregar a expressão estar a fim de no independentes, são grafadas separadamente.
sentido de estar com vontade de em textos mais por isso (e não porisso), de repente (e não derrepente), a
elaborados. Trata-se de um modismo, de gíria. Seu emprego partir de (e não apartir de).
só se justifica em textos coloquiais: Eu não estou a fim de
sair hoje.
AO ENCONTRO DE / DE ENCONTRO A
a) ao encontro de quer dizer favorável a, para junto de.
A CERCA DE / ACERCA DE / HÁ CERCA DE
 Isso vem ao encontro do desejo dos funcionários.
a) a cerca de significa a uma distância.
 Sairemos ao encontro dos colegas de classe.
 Piraju fica a cerca de quatro horas da capital.
b) acerca de significa sobre, a respeito de um assunto.
b) de encontro a quer dizer contra.
 Conversaram muito acerca de política.
 Um carro foi de encontro a outro.
 Haverá uma palestra acerca das consequências das
queimadas sobre a temperatura ambiente.  Algumas opiniões divergentes foram de encontro as
ideias da Igreja.

c) há cerca de significa que faz ou existe(m)


aproximadamente. PARA EU / PARA MIM

 Moro neste apartamento há cerca de oito anos. O eu deve ser empregado quando for sujeito de um verbo
no infinitivo (ex: ar, er, ir). O mim, quando for
 Os primeiros colonizadores surgiram há cerca de complemento ou adjunto adverbial, uma vez que este
quinhentos anos. pronome não pode conjugar verbos.
 Para mim não é difícil subir as escadas.
SE NÃO / SENÃO  Ele deu o livro para mim.
Se não der para você vir, não tem problema.  Ele deu o livro para eu guardar (e não: para mim
Caso não dê para você vir, não tem problema. guardar).
Agora, observe:  Para eu enviar.
O que é isso, senão uma briga?
O que é isso, caso não uma briga? EM VEZ DE / AO INVÉS DE
A substituição feita acima de “senão” por “caso não” foi a) em vez de significa em lugar de. Supõe uma simples
insatisfatória, pois não ficou coerente, não tem sentido! substituição.
Logo, percebemos que “se não” e “senão” NÃO possuem o  Em vez de estudar, foi passear.
mesmo significado, uma vez que não podem ser
substituídos pela mesma expressão. b) Ao invés de é da mesma família de inverso, contrário.
Significa ao contrário de. Supõe oposição.
Use “se não” (união da conjunção se + advérbio não)
quando puder trocar por “caso não”, quando a conjunção  Ao invés de chutar para frente, chutou para trás.
“se” for integrante e estiver introduzindo uma oração
objetiva direta: Perguntei a ela se não queria dormir em ONDE / AONDE / DONDE
minha casa.
As formas onde, aonde e donde podem ser classificadas
Use “senão” quando puder substituir por “do contrário”, como advérbio de lugar ou pronome relativo (quando
“de outro modo”, “caso contrário”, “porém”, “a não ser”, retoma um termo anterior).
“mas sim”, “mas também”.
As duas últimas só ocorrem se houver as combinações das
preposições a e de (exigidas por um verbo
Veja alguns exemplos: ou por um nome) + onde.
a) Você tem de comer toda a comida do prato, senão é Veja:
desperdício. (de outro modo) – Estou onde quero na empresa. (advérbio de lugar)
b) Se o clima estiver bom você vai, senão não vai. (do – O Exército, para onde fui, é minha casa. (Pronome
contrário) relativo. Quem vai (no sentido de ir e permanecer), vai para
c) Não lhe resta outra coisa senão pedir perdão. (a não ser) algum lugar.)

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a) todo o significa inteiro.


– Donde você saiu para chegar aonde se encontra?  Todo o aluno que estudar será bem sucedido
(Advérbios de lugar. Quem sai, sai de algum lugar e quem profissionalmente.
chega, chega a algum lugar.)

b) todo significa qualquer.


2) Uma maneira prática para saber usar onde ou aonde é
perceber se o verbo indica noção estática ou noção  Todo idoso merece respeito.
dinâmica.
Veja: Aonde você mora? (errado) / Onde você mora? (certo; OBRIGADO / OBRIGADA
noção estática) / a) Um homem diz sempre obrigado, independentemente
Aonde você está? (errado) / Onde você está?(certo; noção do sexo da pessoa a quem estiver agradecendo.
estática) /  Obrigado, disse o candidato ao entrevistador.
Onde você foi? (errado) / Aonde você foi? (certo; noção b) Uma mulher deve sempre dizer obrigada, a quem quer
dinâmica). que seja.
Onde você pretendechegar com essa atitude? (errado) /  Muito obrigada pela atenção, disse a moça ao encerrar
Aonde você pretende chegar com essa atitude? (certo; o discurso.
noção dinâmica)
Admite flexão no plural: As alunas disseram obrigadas ao
professor.
HAJA VISTA / HAJA VISTO
Nessa expressão, a palavra vista é sempre invariável e DE MAIS / DEMAIS
significa por causa de, devido a, uma vez que, visto que, já
que, tendo em vista. De mais é uma locução adjetiva; normalmente essa
expressão se liga a um substantivo.
O trânsito na estrada que liga São Paulo a Campinas está
caótico: haja vista o trágico acidente que acabou de Já demais é um advérbio de intensidade ou um pronome
acontecer. indefinido.
– Eles têm dinheiro de mais.

MAIS / MAS – O professor fala demais.

A forma mais (normalmente advérbio ou pronome – Precisamos explicar os demais assuntos.


indefinido) está ligada à ideia de quantidade, intensidade
ou tempo (neste caso, quando vem depois de uma A NÍVEL / EM NÍVEL
negação).
O uso da expressão a nível de tornou-se popular mesmo
Mas é uma conjunção coordenativa adversativa, quando entre pessoas de elevado nível social. Evite-a.
equivale a porém;
Frequentemente ouvimos que o assunto será tratado a
é uma conjunção coordenativa aditiva, quando antes vêm nível de direção.
as expressões “não só/não apenas/não somente”.
Essa expressão exige a preposição em e, não, a preposição
Só de curiosidade: a pronúncia é a mesma. a.
– Sou mais feliz quando estou com você, mas você nunca Dica: Para ter certeza, coloque o adjetivo alto ao lado do
está aqui. (advérbio de intensidade, conjunção coordenativa substantivo nível e, perceba que a construção pede a
adversativa) preposição EM. Ninguém diria, por exemplo, discutir o
– Dedique mais tempo a sua esposa, e ela não vai mais assunto a alto nível, mas, sim, discutir o assunto em alto
cobrar nada de você. (pronome indefinido – quantidade –, nível.
advérbio de tempo)
– Não só fiquei mais contente, mas também extremamente NEM UM / NENHUM
realizado. (advérbio de intensidade, conjunção coordenativa
aditiva) Nem um equivale normalmente a sequer um; já nenhum é
um pronome indefinido.
– Ela não me deixou expor nem um pensamento.
– Nenhum homem será capaz de me dissuadir

TODO/ TODO O
A PRINCÍPIO, EM PRINCÍPIO OU POR PRINCÍPIO
 todo o (específica) / todo ( generaliza)
A princípio significa no início.
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Em princípio significa em tese.


Por princípio significa por convicção.
A princípio significa no início, no começo, no primeiro
tempo, inicialmente, antes de mais nada, antes de tudo,
antes de qualquer coisa.
Exemplos:
A princípio iremos ler o relato do que aconteceu e só de
seguida iremos ouvir suas explicações.
Eu queria ser médica a princípio, mas depois preferi ser
veterinária.
A princípio será difícil aprender a patinar, mas com o tempo
você conseguirá patinar muito bem.

Em princípio significa em tese, teoricamente,


conceitualmente, de modo geral.
Exemplos:
Em princípio, todos os alunos passarão para a quarta série.
Todos os cidadãos têm, em princípio, direitos iguais perante
a lei.
Em princípio, você será a melhor pessoa para desempenhar
este cargo.
Por princípio significa por convicção.
Exemplos:
Por princípio, não participarei nessa atividade porque não a
considero correta.
Sou, por princípio, completamente contra o aborto.
Por princípio, eu acho que sua atitude racista está errada. FAZ DIAS / FAZEM DIAS
O verbo fazer, usado para indicar tempo (minutos, horas,
Haver: dias, semanas, meses, anos), é impessoal. Deve permanecer
sempre na terceira pessoa do singular.
 Não a vejo há anos. (Tempo decorrido)
 Faz 5 anos que voltei a estudar.
 Havia muitos alunos naquela aula. (Verbo Haver
significando existir)  Fazia meses que não nos víamos.
TÃO POUCO / TAMPOUCO
a) tão pouco acompanha substantivo. Pouco é variável.
 Estou muito envolvido com meu trabalho, por isso,
tenho tão pouco tempo para assumir outros
compromissos.
 Tenho tão poucos amigos!

b) tampouco é invariável, refere-se a um verbo e significa


também não.
 Se o professor não resolveu o problema, tampouco o
resolveriam os alunos.

DUZENTAS GRAMAS / DUZENTOS GRAMAS


a) As unidades de massa grama e quilograma são
masculinos.
 Quanto está valendo o grama do ouro?
b) grama, com o sentido de relva, capim, é vocábulo
feminino.
 Cortaram a grama do jardim.

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Observação: A maioria das palavras terminadas por ma são Ex.:


masculinas: o grama, o cisma (separação), o teorema, o  Eu te elogiei para o diretor. (te = obj. dir.)
trema, o telefonema entre outras.
 Nós te daremos um abraço. (te = obj. ind.)
 Machucaram-te a perna. (te = tua = adj. adn.)
ESTÁ NO HORÁRIO DE O TREM CHEGAR/
ESTÁ NO HORÁRIO DO TREM CHEGAR?
A primeira alternativa é a correta, porque o trem é o sujeito
e não do trem. _______________________________________________
_________________________________________________
A maneira de o aluno gravar isso é a seguinte: alterar a
_________________________________________________
ordem das palavras – está no horário de chegar o trem (e
_________________________________________________
não – está no horário do chegar trem – construção
_________________________________________________
agramatical na língua portuguesa).
_________________________________________________
 Surgiu a ocasião de ele mostrar sua bondade. (de _________________________________________________
mostrar ela) _________________________________________________
 Pelo fato de o chefe ter ido lá, eu não me assusto. (de _________________________________________________
ter ido o chefe) _________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
TRABALHARAM e TRABALHARÃO
_________________________________________________
A dúvida ocorre porque, em ambas as palavras, há um _________________________________________________
ditongo nasal (am e ão). _________________________________________________
Usa-se ão, quando essa sílaba é tônica (e isso só acontece _________________________________________________
no futuro do presente e com pouquíssimos verbos no _________________________________________________
presente do indicativo: dão, estão, vão, hão, são). _________________________________________________
Ex.: _________________________________________________
 Se houver oportunidade, eles trabalharão na fábrica. _________________________________________________
_________________________________________________
 Eles não estão satisfeitos com as medidas
_________________________________________________
governamentais.
_________________________________________________
Usa-se am, quando a sílaba é átona (isso ocorre na 3ª p. pl.: _________________________________________________
com a primeira conjugação, no presente do indicativo; com _________________________________________________
a segunda e terceira conjugações, no presente do _________________________________________________
subjuntivo; e com as três conjugações nos pretéritos _________________________________________________
perfeito, imperfeito e mais-que-perfeito e no futuro do _________________________________________________
pretérito do indicativo).
_________________________________________________
Ex.: _________________________________________________
 Eles trabalham. Que eles vendam. Que eles partam. _________________________________________________
 Eles trabalharam, venderam, partiram. _________________________________________________
_________________________________________________
 Eles trabalhavam, vendiam, partiam. _________________________________________________
 Eles trabalhariam, venderiam, partiriam. _________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
EU TI AMO ou EU TE AMO?
_________________________________________________
Embora se veja a primeira forma até em pichação de muros, _________________________________________________
apenas a segunda é a correta. _________________________________________________
Ti é um pronome pessoal oblíquo tônico que sempre vem _________________________________________________
acompanhado de preposição (a, de, por, etc.) _________________________________________________
Ex.: _________________________________________________
 Dirigiu-se a ti e não a mim. _________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
Te é um pronome pessoal oblíquo átono que se liga
diretamente ao verbo.

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