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LÍNGUA PORTUGUESA

1. Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01


2. Reconhecimento de tipos e gêneros textuais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
3. Domínio da ortografia oficial. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 02
4. Domínio dos mecanismos de coesão textual. Emprego de elementos de referenciação, substituição e repetição, de conectores e de
outros elementos de sequenciação textual. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03
5. Emprego de tempos e modos verbais. Domínio da estrutura morfossintática do período. Emprego das classes de palavras. . . . . 03
6. Relações de coordenação entre orações e entre termos da oração. 5.3 Relações de subordinação entre orações e entre termos da
oração. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
7. Emprego dos sinais de pontuação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
8. Concordância verbal e nominal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
9. Regência verbal e nominal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
10. Emprego do sinal indicativo de crase. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
11. Colocação dos pronomes átonos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
12. Reescrita de frases e parágrafos do texto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
13. Significação das palavras. 6.2 Substituição de palavras ou de trechos de texto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
14. Reorganização da estrutura de orações e de períodos do texto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
15. Reescrita de textos de diferentes gêneros e níveis de formalidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
16. Correspondência oficial (conforme Manual de Redação da Presidência da República). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
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Veja, no quadro abaixo, os principais tipos e suas característi-
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS DE cas:
GÊNEROS VARIADOS
Apresenta um enredo, com ações
Compreender e interpretar textos é essencial para que o obje- e relações entre personagens, que
tivo de comunicação seja alcançado satisfatoriamente. Com isso, é ocorre em determinados espaço e
importante saber diferenciar os dois conceitos. Vale lembrar que o TEXTO NARRATIVO tempo. É contado por um narrador,
texto pode ser verbal ou não-verbal, desde que tenha um sentido e se estrutura da seguinte maneira:
completo. apresentação > desenvolvimento >
A compreensão se relaciona ao entendimento de um texto e clímax > desfecho
de sua proposta comunicativa, decodificando a mensagem explíci-
ta. Só depois de compreender o texto que é possível fazer a sua Tem o objetivo de defender determi-
interpretação. nado ponto de vista, persuadindo o
A interpretação são as conclusões que chegamos a partir do TEXTO DISSERTATIVO- leitor a partir do uso de argumentos
conteúdo do texto, isto é, ela se encontra para além daquilo que -ARGUMENTATIVO sólidos. Sua estrutura comum é: in-
está escrito ou mostrado. Assim, podemos dizer que a interpreta- trodução > desenvolvimento > con-
ção é subjetiva, contando com o conhecimento prévio e do reper- clusão.
tório do leitor. Procura expor ideias, sem a neces-
Dessa maneira, para compreender e interpretar bem um texto, sidade de defender algum ponto de
é necessário fazer a decodificação de códigos linguísticos e/ou vi- vista. Para isso, usa-se comparações,
suais, isto é, identificar figuras de linguagem, reconhecer o sentido TEXTO EXPOSITIVO
informações, definições, conceitua-
de conjunções e preposições, por exemplo, bem como identificar lizações etc. A estrutura segue a do
expressões, gestos e cores quando se trata de imagens. texto dissertativo-argumentativo.
Expõe acontecimentos, lugares, pes-
Dicas práticas
soas, de modo que sua finalidade é
1. Faça um resumo (pode ser uma palavra, uma frase, um con-
TEXTO DESCRITIVO descrever, ou seja, caracterizar algo
ceito) sobre o assunto e os argumentos apresentados em cada pa-
ou alguém. Com isso, é um texto rico
rágrafo, tentando traçar a linha de raciocínio do texto. Se possível,
em adjetivos e em verbos de ligação.
adicione também pensamentos e inferências próprias às anotações.
2. Tenha sempre um dicionário ou uma ferramenta de busca Oferece instruções, com o objetivo
por perto, para poder procurar o significado de palavras desconhe- de orientar o leitor. Sua maior carac-
TEXTO INJUNTIVO
cidas. terística são os verbos no modo im-
3. Fique atento aos detalhes oferecidos pelo texto: dados, fon- perativo.
te de referências e datas.
4. Sublinhe as informações importantes, separando fatos de Gêneros textuais
opiniões. A classificação dos gêneros textuais se dá a partir do reconhe-
5. Perceba o enunciado das questões. De um modo geral, ques- cimento de certos padrões estruturais que se constituem a partir
tões que esperam compreensão do texto aparecem com as seguin- da função social do texto. No entanto, sua estrutura e seu estilo
tes expressões: o autor afirma/sugere que...; segundo o texto...; de não são tão limitados e definidos como ocorre na tipologia textual,
acordo com o autor... Já as questões que esperam interpretação do podendo se apresentar com uma grande diversidade. Além disso, o
texto aparecem com as seguintes expressões: conclui-se do texto padrão também pode sofrer modificações ao longo do tempo, as-
que...; o texto permite deduzir que...; qual é a intenção do autor sim como a própria língua e a comunicação, no geral.
quando afirma que... Alguns exemplos de gêneros textuais:
• Artigo
• Bilhete
• Bula
• Carta
RECONHECIMENTO DE TIPOS E GÊNEROS TEXTUAIS • Conto
• Crônica
TIPOLOGIA E GÊNEROS TEXTUAIS • E-mail
• Lista
A partir da estrutura linguística, da função social e da finali- • Manual
dade de um texto, é possível identificar a qual tipo e gênero ele • Notícia
pertence. Antes, é preciso entender a diferença entre essas duas • Poema
classificações. • Propaganda
• Receita culinária
Tipos textuais • Resenha
A tipologia textual se classifica a partir da estrutura e da finali- • Seminário
dade do texto, ou seja, está relacionada ao modo como o texto se
apresenta. A partir de sua função, é possível estabelecer um padrão
específico para se fazer a enunciação.

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Vale lembrar que é comum enquadrar os gêneros textuais em determinados tipos textuais. No entanto, nada impede que um texto
literário seja feito com a estruturação de uma receita culinária, por exemplo. Então, fique atento quanto às características, à finalidade e à
função social de cada texto analisado.

DOMÍNIO DA ORTOGRAFIA OFICIAL

ORTOGRAFIA OFICIAL

A ortografia oficial diz respeito às regras gramaticais referentes à escrita correta das palavras. Para melhor entendê-las, é preciso ana-
lisar caso a caso. Lembre-se de que a melhor maneira de memorizar a ortografia correta de uma língua é por meio da leitura, que também
faz aumentar o vocabulário do leitor.
Neste capítulo serão abordadas regras para dúvidas frequentes entre os falantes do português. No entanto, é importante ressaltar que
existem inúmeras exceções para essas regras, portanto, fique atento!

Alfabeto
O primeiro passo para compreender a ortografia oficial é conhecer o alfabeto (os sinais gráficos e seus sons). No português, o alfabeto
se constitui 26 letras, divididas entre vogais (a, e, i, o, u) e consoantes (restante das letras).
Com o Novo Acordo Ortográfico, as consoantes K, W e Y foram reintroduzidas ao alfabeto oficial da língua portuguesa, de modo que
elas são usadas apenas em duas ocorrências: transcrição de nomes próprios e abreviaturas e símbolos de uso internacional.

Uso do “X”
Algumas dicas são relevantes para saber o momento de usar o X no lugar do CH:
• Depois das sílabas iniciais “me” e “en” (ex: mexerica; enxergar)
• Depois de ditongos (ex: caixa)
• Palavras de origem indígena ou africana (ex: abacaxi; orixá)

Uso do “S” ou “Z”


Algumas regras do uso do “S” com som de “Z” podem ser observadas:
• Depois de ditongos (ex: coisa)
• Em palavras derivadas cuja palavra primitiva já se usa o “S” (ex: casa > casinha)
• Nos sufixos “ês” e “esa”, ao indicarem nacionalidade, título ou origem. (ex: portuguesa)
• Nos sufixos formadores de adjetivos “ense”, “oso” e “osa” (ex: populoso)

Uso do “S”, “SS”, “Ç”


• “S” costuma aparecer entre uma vogal e uma consoante (ex: diversão)
• “SS” costuma aparecer entre duas vogais (ex: processo)
• “Ç” costuma aparecer em palavras estrangeiras que passaram pelo processo de aportuguesamento (ex: muçarela)

Os diferentes porquês

POR QUE Usado para fazer perguntas. Pode ser substituído por “por qual motivo”
PORQUE Usado em respostas e explicações. Pode ser substituído por “pois”
O “que” é acentuado quando aparece como a última palavra da frase, antes da pontuação final (interrogação,
POR QUÊ
exclamação, ponto final)
PORQUÊ É um substantivo, portanto costuma vir acompanhado de um artigo, numeral, adjetivo ou pronome

Parônimos e homônimos
As palavras parônimas são aquelas que possuem grafia e pronúncia semelhantes, porém com significados distintos. Ex: comprimento
(extensão) X cumprimento (saudação); tráfego (trânsito) X tráfico (comércio ilegal).
Já as palavras homônimas são aquelas que possuem a mesma pronúncia, porém são grafadas de maneira diferente. Ex: conserto
(correção) X concerto (apresentação); cerrar (fechar) X serrar (cortar).

Nos capítulos seguintes serão passadas regras específicas quanto à acentuação e uso da crase, entre outras normas que condizem à
ortografia oficial do português.

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DOMÍNIO DOS MECANISMOS DE COESÃO TEXTUAL. EMPREGO DE ELEMENTOS DE REFERENCIAÇÃO, SUBSTITUIÇÃO


E REPETIÇÃO, DE CONECTORES E DE OUTROS ELEMENTOS DE SEQUENCIAÇÃO TEXTUAL

MECANISMOS DE COESÃO E COERÊNCIA

A coerência e a coesão são essenciais na escrita e na interpretação de textos. Ambos se referem à relação adequada entre os compo-
nentes do texto, de modo que são independentes entre si. Isso quer dizer que um texto pode estar coeso, porém incoerente, e vice-versa.
Enquanto a coesão tem foco nas questões gramaticais, ou seja, ligação entre palavras, frases e parágrafos, a coerência diz respeito ao
conteúdo, isto é, uma sequência lógica entre as ideias.

Coesão
A coesão textual ocorre, normalmente, por meio do uso de conectivos (preposições, conjunções, advérbios). Ela pode ser obtida a
partir da anáfora (retoma um componente) e da catáfora (antecipa um componente).
Confira, então, as principais regras que garantem a coesão textual:

REGRA CARACTERÍSTICAS EXEMPLOS


Pessoal (uso de pronomes pessoais ou possessivos)
– anafórica João e Maria são crianças. Eles são irmãos.
Demonstrativa (uso de pronomes demonstrativos e Fiz todas as tarefas, exceto esta: colonização
REFERÊNCIA
advérbios) – catafórica africana.
Comparativa (uso de comparações por Mais um ano igual aos outros...
semelhanças)
Substituição de um termo por outro, para evitar Maria está triste. A menina está cansada de
SUBSTITUIÇÃO
repetição ficar em casa.
No quarto, apenas quatro ou cinco
ELIPSE Omissão de um termo
convidados. (omissão do verbo “haver”)
Conexão entre duas orações, estabelecendo Eu queria ir ao cinema, mas estamos de
CONJUNÇÃO
relação entre elas quarentena.
Utilização de sinônimos, hiperônimos, nomes
A minha casa é clara. Os quartos, a sala e a
COESÃO LEXICAL genéricos ou palavras que possuem sentido aproximado
cozinha têm janelas grandes.
e pertencente a um mesmo grupo lexical.

Coerência
Nesse caso, é importante conferir se a mensagem e a conexão de ideias fazem sentido, e seguem uma linha clara de raciocínio.
Existem alguns conceitos básicos que ajudam a garantir a coerência. Veja quais são os principais princípios para um texto coerente:
• Princípio da não contradição: não deve haver ideias contraditórias em diferentes partes do texto.
• Princípio da não tautologia: a ideia não deve estar redundante, ainda que seja expressa com palavras diferentes.
• Princípio da relevância: as ideias devem se relacionar entre si, não sendo fragmentadas nem sem propósito para a argumentação.
• Princípio da continuidade temática: é preciso que o assunto tenha um seguimento em relação ao assunto tratado.
• Princípio da progressão semântica: inserir informações novas, que sejam ordenadas de maneira adequada em relação à progressão
de ideias.

Para atender a todos os princípios, alguns fatores são recomendáveis para garantir a coerência textual, como amplo conhecimento
de mundo, isto é, a bagagem de informações que adquirimos ao longo da vida; inferências acerca do conhecimento de mundo do leitor;
e informatividade, ou seja, conhecimentos ricos, interessantes e pouco previsíveis.

EMPREGO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS. DOMÍNIO DA ESTRUTURA MORFOSSINTÁTICA DO PERÍODO. EMPREGO


DAS CLASSES DE PALAVRAS

ESTRUTURA DAS PALAVRAS

A formação de palavras se dá a partir de processos morfológicos, de modo que as palavras se dividem entre:
• Palavras primitivas: são aquelas que não provêm de outra palavra. Ex: flor; pedra
• Palavras derivadas: são originadas a partir de outras palavras. Ex: floricultura; pedrada
• Palavra simples: são aquelas que possuem apenas um radical (morfema que contém significado básico da palavra). Ex: cabelo; azeite
• Palavra composta: são aquelas que possuem dois ou mais radicais. Ex: guarda-roupa; couve-flor
Entenda como ocorrem os principais processos de formação de palavras:

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Derivação
A formação se dá por derivação quando ocorre a partir de uma palavra simples ou de um único radical, juntando-se afixos.
• Derivação prefixal: adiciona-se um afixo anteriormente à palavra ou radical. Ex: antebraço (ante + braço) / infeliz (in + feliz)
• Derivação sufixal: adiciona-se um afixo ao final da palavra ou radical. Ex: friorento (frio + ento) / guloso (gula + oso)
• Derivação parassintética: adiciona-se um afixo antes e outro depois da palavra ou radical. Ex: esfriar (es + frio + ar) / desgovernado
(des + governar + ado)
• Derivação regressiva (formação deverbal): reduz-se a palavra primitiva. Ex: boteco (botequim) / ataque (verbo “atacar”)
• Derivação imprópria (conversão): ocorre mudança na classe gramatical, logo, de sentido, da palavra primitiva. Ex: jantar (verbo para
substantivo) / Oliveira (substantivo comum para substantivo próprio – sobrenomes).

Composição
A formação por composição ocorre quando uma nova palavra se origina da junção de duas ou mais palavras simples ou radicais.
• Aglutinação: fusão de duas ou mais palavras simples, de modo que ocorre supressão de fonemas, de modo que os elementos for-
madores perdem sua identidade ortográfica e fonológica. Ex: aguardente (água + ardente) / planalto (plano + alto)
• Justaposição: fusão de duas ou mais palavras simples, mantendo a ortografia e a acentuação presente nos elementos formadores.
Em sua maioria, aparecem conectadas com hífen. Ex: beija-flor / passatempo.

Abreviação
Quando a palavra é reduzida para apenas uma parte de sua totalidade, passando a existir como uma palavra autônoma. Ex: foto (fo-
tografia) / PUC (Pontifícia Universidade Católica).

Hibridismo
Quando há junção de palavras simples ou radicais advindos de línguas distintas. Ex: sociologia (socio – latim + logia – grego) / binóculo
(bi – grego + oculus – latim).

Combinação
Quando ocorre junção de partes de outras palavras simples ou radicais. Ex: portunhol (português + espanhol) / aborrecente (aborrecer
+ adolescente).

Intensificação
Quando há a criação de uma nova palavra a partir do alargamento do sufixo de uma palavra existente. Normalmente é feita adicionan-
do o sufixo -izar. Ex: inicializar (em vez de iniciar) / protocolizar (em vez de protocolar).

Neologismo
Quando novas palavras surgem devido à necessidade do falante em contextos específicos, podendo ser temporárias ou permanentes.
Existem três tipos principais de neologismos:
• Neologismo semântico: atribui-se novo significado a uma palavra já existente. Ex: amarelar (desistir) / mico (vergonha)
• Neologismo sintático: ocorre a combinação de elementos já existentes no léxico da língua. Ex: dar um bolo (não comparecer ao
compromisso) / dar a volta por cima (superar).
• Neologismo lexical: criação de uma nova palavra, que tem um novo conceito. Ex: deletar (apagar) / escanear (digitalizar)

Onomatopeia
Quando uma palavra é formada a partir da reprodução aproximada do seu som. Ex: atchim; zum-zum; tique-taque.

CLASSES DE PALAVRAS

Para entender sobre a estrutura das funções sintáticas, é preciso conhecer as classes de palavras, também conhecidas por classes
morfológicas. A gramática tradicional pressupõe 10 classes gramaticais de palavras, sendo elas: adjetivo, advérbio, artigo, conjunção, in-
terjeição, numeral, pronome, preposição, substantivo e verbo.
Veja, a seguir, as características principais de cada uma delas.

CLASSE CARACTERÍSTICAS EXEMPLOS


Menina inteligente...
Expressar características, qualidades ou estado dos seres Roupa azul-marinho...
ADJETIVO
Sofre variação em número, gênero e grau Brincadeira de criança...
Povo brasileiro...
A ajuda chegou tarde.
Indica circunstância em que ocorre o fato verbal
ADVÉRBIO A mulher trabalha muito.
Não sofre variação
Ele dirigia mal.
Determina os substantivos (de modo definido ou inde- A galinha botou um ovo.
ARTIGO finido) Uma menina deixou a mochila no ôni-
Varia em gênero e número bus.

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Liga ideias e sentenças (conhecida também como conec-


Não gosto de refrigerante nem de pizza.
CONJUNÇÃO tivos)
Eu vou para a praia ou para a cachoeira?
Não sofre variação
Exprime reações emotivas e sentimentos Ah! Que calor...
INTERJEIÇÃO
Não sofre variação Escapei por pouco, ufa!
Atribui quantidade e indica posição em alguma sequên-
Gostei muito do primeiro dia de aula.
NUMERAL cia
Três é a metade de seis.
Varia em gênero e número
Posso ajudar, senhora?
Ela me ajudou muito com o meu traba-
Acompanha, substitui ou faz referência ao substantivo
PRONOME lho.
Varia em gênero e número
Esta é a casa onde eu moro.
Que dia é hoje?
Relaciona dois termos de uma mesma oração Espero por você essa noite.
PREPOSIÇÃO
Não sofre variação Lucas gosta de tocar violão.
Nomeia objetos, pessoas, animais, alimentos, lugares
A menina jogou sua boneca no rio.
SUBSTANTIVO etc.
A matilha tinha muita coragem.
Flexionam em gênero, número e grau.
Indica ação, estado ou fenômenos da natureza Ana se exercita pela manhã.
Sofre variação de acordo com suas flexões de modo, Todos parecem meio bobos.
VERBO tempo, número, pessoa e voz. Chove muito em Manaus.
Verbos não significativos são chamados verbos de liga- A cidade é muito bonita quando vista do
ção alto.

Substantivo
Tipos de substantivos
Os substantivos podem ter diferentes classificações, de acordo com os conceitos apresentados abaixo:
• Comum: usado para nomear seres e objetos generalizados. Ex: mulher; gato; cidade...
• Próprio: geralmente escrito com letra maiúscula, serve para especificar e particularizar. Ex: Maria; Garfield; Belo Horizonte...
• Coletivo: é um nome no singular que expressa ideia de plural, para designar grupos e conjuntos de seres ou objetos de uma mesma
espécie. Ex: matilha; enxame; cardume...
• Concreto: nomeia algo que existe de modo independente de outro ser (objetos, pessoas, animais, lugares etc.). Ex: menina; cachor-
ro; praça...
• Abstrato: depende de um ser concreto para existir, designando sentimentos, estados, qualidades, ações etc. Ex: saudade; sede;
imaginação...
• Primitivo: substantivo que dá origem a outras palavras. Ex: livro; água; noite...
• Derivado: formado a partir de outra(s) palavra(s). Ex: pedreiro; livraria; noturno...
• Simples: nomes formados por apenas uma palavra (um radical). Ex: casa; pessoa; cheiro...
• Composto: nomes formados por mais de uma palavra (mais de um radical). Ex: passatempo; guarda-roupa; girassol...

Flexão de gênero
Na língua portuguesa, todo substantivo é flexionado em um dos dois gêneros possíveis: feminino e masculino.
O substantivo biforme é aquele que flexiona entre masculino e feminino, mudando a desinência de gênero, isto é, geralmente o final
da palavra sendo -o ou -a, respectivamente (Ex: menino / menina). Há, ainda, os que se diferenciam por meio da pronúncia / acentuação
(Ex: avô / avó), e aqueles em que há ausência ou presença de desinência (Ex: irmão / irmã; cantor / cantora).
O substantivo uniforme é aquele que possui apenas uma forma, independente do gênero, podendo ser diferenciados quanto ao gêne-
ro a partir da flexão de gênero no artigo ou adjetivo que o acompanha (Ex: a cadeira / o poste). Pode ser classificado em epiceno (refere-se
aos animais), sobrecomum (refere-se a pessoas) e comum de dois gêneros (identificado por meio do artigo).
É preciso ficar atento à mudança semântica que ocorre com alguns substantivos quando usados no masculino ou no feminino, trazen-
do alguma especificidade em relação a ele. No exemplo o fruto X a fruta temos significados diferentes: o primeiro diz respeito ao órgão
que protege a semente dos alimentos, enquanto o segundo é o termo popular para um tipo específico de fruto.

Flexão de número
No português, é possível que o substantivo esteja no singular, usado para designar apenas uma única coisa, pessoa, lugar (Ex: bola;
escada; casa) ou no plural, usado para designar maiores quantidades (Ex: bolas; escadas; casas) — sendo este último representado, geral-
mente, com o acréscimo da letra S ao final da palavra.
Há, também, casos em que o substantivo não se altera, de modo que o plural ou singular devem estar marcados a partir do contexto,
pelo uso do artigo adequado (Ex: o lápis / os lápis).

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Variação de grau
Usada para marcar diferença na grandeza de um determinado substantivo, a variação de grau pode ser classificada em aumentativo
e diminutivo.
Quando acompanhados de um substantivo que indica grandeza ou pequenez, é considerado analítico (Ex: menino grande / menino
pequeno).
Quando acrescentados sufixos indicadores de aumento ou diminuição, é considerado sintético (Ex: meninão / menininho).
Novo Acordo Ortográfico
De acordo com o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, as letras maiúsculas devem ser usadas em nomes próprios de
pessoas, lugares (cidades, estados, países, rios), animais, acidentes geográficos, instituições, entidades, nomes astronômicos, de festas e
festividades, em títulos de periódicos e em siglas, símbolos ou abreviaturas.
Já as letras minúsculas podem ser usadas em dias de semana, meses, estações do ano e em pontos cardeais.
Existem, ainda, casos em que o uso de maiúscula ou minúscula é facultativo, como em título de livros, nomes de áreas do saber,
disciplinas e matérias, palavras ligadas a alguma religião e em palavras de categorização.

Adjetivo
Os adjetivos podem ser simples (vermelho) ou compostos (mal-educado); primitivos (alegre) ou derivados (tristonho). Eles podem
flexionar entre o feminino (estudiosa) e o masculino (engraçado), e o singular (bonito) e o plural (bonitos).
Há, também, os adjetivos pátrios ou gentílicos, sendo aqueles que indicam o local de origem de uma pessoa, ou seja, sua nacionali-
dade (brasileiro; mineiro).
É possível, ainda, que existam locuções adjetivas, isto é, conjunto de duas ou mais palavras usadas para caracterizar o substantivo. São
formadas, em sua maioria, pela preposição DE + substantivo:
• de criança = infantil
• de mãe = maternal
• de cabelo = capilar

Variação de grau
Os adjetivos podem se encontrar em grau normal (sem ênfases), ou com intensidade, classificando-se entre comparativo e superlativo.
• Normal: A Bruna é inteligente.
• Comparativo de superioridade: A Bruna é mais inteligente que o Lucas.
• Comparativo de inferioridade: O Gustavo é menos inteligente que a Bruna.
• Comparativo de igualdade: A Bruna é tão inteligente quanto a Maria.
• Superlativo relativo de superioridade: A Bruna é a mais inteligente da turma.
• Superlativo relativo de inferioridade: O Gustavo é o menos inteligente da turma.
• Superlativo absoluto analítico: A Bruna é muito inteligente.
• Superlativo absoluto sintético: A Bruna é inteligentíssima.

Adjetivos de relação
São chamados adjetivos de relação aqueles que não podem sofrer variação de grau, uma vez que possui valor semântico objetivo, isto
é, não depende de uma impressão pessoal (subjetiva). Além disso, eles aparecem após o substantivo, sendo formados por sufixação de um
substantivo (Ex: vinho do Chile = vinho chileno).

Advérbio
Os advérbios são palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou um outro advérbio. Eles se classificam de acordo com a tabela
abaixo:

CLASSIFICAÇÃO ADVÉRBIOS LOCUÇÕES ADVERBIAIS


DE MODO bem; mal; assim; melhor; depressa ao contrário; em detalhes
ontem; sempre; afinal; já; agora; doravante; pri- logo mais; em breve; mais tarde, nunca mais,
DE TEMPO
meiramente de noite
Ao redor de; em frente a; à esquerda; por per-
DE LUGAR aqui; acima; embaixo; longe; fora; embaixo; ali
to
DE INTENSIDADE muito; tão; demasiado; imenso; tanto; nada em excesso; de todos; muito menos
DE AFIRMAÇÃO sim, indubitavelmente; certo; decerto; deveras com certeza; de fato; sem dúvidas
DE NEGAÇÃO não; nunca; jamais; tampouco; nem nunca mais; de modo algum; de jeito nenhum
DE DÚVIDA Possivelmente; acaso; será; talvez; quiçá Quem sabe

Advérbios interrogativos
São os advérbios ou locuções adverbiais utilizadas para introduzir perguntas, podendo expressar circunstâncias de:
• Lugar: onde, aonde, de onde
• Tempo: quando
• Modo: como

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• Causa: por que, por quê DICA: o pronome não deve aparecer no início de frases ou ora-
ções, nem após ponto-e-vírgula.
Grau do advérbio
Os advérbios podem ser comparativos ou superlativos. Verbos
• Comparativo de igualdade: tão/tanto + advérbio + quanto Os verbos podem ser flexionados em três tempos: pretérito
• Comparativo de superioridade: mais + advérbio + (do) que (passado), presente e futuro, de maneira que o pretérito e o futuro
• Comparativo de inferioridade: menos + advérbio + (do) que possuem subdivisões.
• Superlativo analítico: muito cedo Eles também se dividem em três flexões de modo: indicativo
• Superlativo sintético: cedíssimo (certeza sobre o que é passado), subjuntivo (incerteza sobre o que é
passado) e imperativo (expressar ordem, pedido, comando).
Curiosidades • Tempos simples do modo indicativo: presente, pretérito per-
Na linguagem coloquial, algumas variações do superlativo são feito, pretérito imperfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro do
aceitas, como o diminutivo (cedinho), o aumentativo (cedão) e o presente, futuro do pretérito.
uso de alguns prefixos (supercedo). • Tempos simples do modo subjuntivo: presente, pretérito im-
Existem advérbios que exprimem ideia de exclusão (somente; perfeito, futuro.
salvo; exclusivamente; apenas), inclusão (também; ainda; mesmo)
e ordem (ultimamente; depois; primeiramente). Os tempos verbais compostos são formados por um verbo
Alguns advérbios, além de algumas preposições, aparecem auxiliar e um verbo principal, de modo que o verbo auxiliar sofre
sendo usados como uma palavra denotativa, acrescentando um flexão em tempo e pessoa, e o verbo principal permanece no parti-
sentido próprio ao enunciado, podendo ser elas de inclusão (até, cípio. Os verbos auxiliares mais utilizados são “ter” e “haver”.
mesmo, inclusive); de exclusão (apenas, senão, salvo); de designa- • Tempos compostos do modo indicativo: pretérito perfeito,
ção (eis); de realce (cá, lá, só, é que); de retificação (aliás, ou me- pretérito mais-que-perfeito, futuro do presente, futuro do preté-
lhor, isto é) e de situação (afinal, agora, então, e aí). rito.
• Tempos compostos do modo subjuntivo: pretérito perfeito,
Pronomes pretérito mais-que-perfeito, futuro.
Os pronomes são palavras que fazem referência aos nomes, As formas nominais do verbo são o infinitivo (dar, fazerem,
isto é, aos substantivos. Assim, dependendo de sua função no aprender), o particípio (dado, feito, aprendido) e o gerúndio (dando,
enunciado, ele pode ser classificado da seguinte maneira: fazendo, aprendendo). Eles podem ter função de verbo ou função
• Pronomes pessoais: indicam as 3 pessoas do discurso, e po- de nome, atuando como substantivo (infinitivo), adjetivo (particí-
pio) ou advérbio (gerúndio).
dem ser retos (eu, tu, ele...) ou oblíquos (mim, me, te, nos, si...).
• Pronomes possessivos: indicam posse (meu, minha, sua, teu,
Tipos de verbos
nossos...)
Os verbos se classificam de acordo com a sua flexão verbal.
• Pronomes demonstrativos: indicam localização de seres no
Desse modo, os verbos se dividem em:
tempo ou no espaço. (este, isso, essa, aquela, aquilo...)
Regulares: possuem regras fixas para a flexão (cantar, amar,
• Pronomes interrogativos: auxiliam na formação de questio-
vender, abrir...)
namentos (qual, quem, onde, quando, que, quantas...)
• Irregulares: possuem alterações nos radicais e nas termina-
• Pronomes relativos: retomam o substantivo, substituindo-o
ções quando conjugados (medir, fazer, poder, haver...)
na oração seguinte (que, quem, onde, cujo, o qual...) • Anômalos: possuem diferentes radicais quando conjugados
• Pronomes indefinidos: substituem o substantivo de maneira (ser, ir...)
imprecisa (alguma, nenhum, certa, vários, qualquer...) • Defectivos: não são conjugados em todas as pessoas verbais
• Pronomes de tratamento: empregados, geralmente, em situ- (falir, banir, colorir, adequar...)
ações formais (senhor, Vossa Majestade, Vossa Excelência, você...) • Impessoais: não apresentam sujeitos, sendo conjugados sem-
pre na 3ª pessoa do singular (chover, nevar, escurecer, anoitecer...)
Colocação pronominal • Unipessoais: apesar de apresentarem sujeitos, são sempre
Diz respeito ao conjunto de regras que indicam a posição do conjugados na 3ª pessoa do singular ou do plural (latir, miar, custar,
pronome oblíquo átono (me, te, se, nos, vos, lhe, lhes, o, a, os, as, lo, acontecer...)
la, no, na...) em relação ao verbo, podendo haver próclise (antes do • Abundantes: possuem duas formas no particípio, uma regular
verbo), ênclise (depois do verbo) ou mesóclise (no meio do verbo). e outra irregular (aceitar = aceito, aceitado)
Veja, então, quais as principais situações para cada um deles: • Pronominais: verbos conjugados com pronomes oblíquos
• Próclise: expressões negativas; conjunções subordinativas; átonos, indicando ação reflexiva (suicidar-se, queixar-se, sentar-se,
advérbios sem vírgula; pronomes indefinidos, relativos ou demons- pentear-se...)
trativos; frases exclamativas ou que exprimem desejo; verbos no • Auxiliares: usados em tempos compostos ou em locuções
gerúndio antecedidos por “em”. verbais (ser, estar, ter, haver, ir...)
Nada me faria mais feliz. • Principais: transmitem totalidade da ação verbal por si pró-
prios (comer, dançar, nascer, morrer, sorrir...)
• Ênclise: verbo no imperativo afirmativo; verbo no início da • De ligação: indicam um estado, ligando uma característica ao
frase (não estando no futuro e nem no pretérito); verbo no gerún- sujeito (ser, estar, parecer, ficar, continuar...)
dio não acompanhado por “em”; verbo no infinitivo pessoal.
Inscreveu-se no concurso para tentar realizar um sonho. Vozes verbais
As vozes verbais indicam se o sujeito pratica ou recebe a ação,
• Mesóclise: verbo no futuro iniciando uma oração. podendo ser três tipos diferentes:
Orgulhar-me-ei de meus alunos. • Voz ativa: sujeito é o agente da ação (Vi o pássaro)
• Voz passiva: sujeito sofre a ação (O pássaro foi visto)

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LÍNGUA PORTUGUESA
• Voz reflexiva: sujeito pratica e sofre a ação (Vi-me no reflexo do lago)

Ao passar um discurso para a voz passiva, é comum utilizar a partícula apassivadora “se”, fazendo com o que o pronome seja equiva-
lente ao verbo “ser”.

Conjugação de verbos
Os tempos verbais são primitivos quando não derivam de outros tempos da língua portuguesa. Já os tempos verbais derivados são
aqueles que se originam a partir de verbos primitivos, de modo que suas conjugações seguem o mesmo padrão do verbo de origem.
• 1ª conjugação: verbos terminados em “-ar” (aproveitar, imaginar, jogar...)
• 2ª conjugação: verbos terminados em “-er” (beber, correr, erguer...)
• 3ª conjugação: verbos terminados em “-ir” (dormir, agir, ouvir...)

Confira os exemplos de conjugação apresentados abaixo:

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LÍNGUA PORTUGUESA

Fonte: www.conjugação.com.br/verbo-lutar

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LÍNGUA PORTUGUESA

Fonte: www.conjugação.com.br/verbo-impor

Preposições
As preposições são palavras invariáveis que servem para ligar dois termos da oração numa relação subordinada, e são divididas entre
essenciais (só funcionam como preposição) e acidentais (palavras de outras classes gramaticais que passam a funcionar como preposição
em determinadas sentenças).
Preposições essenciais: a, ante, após, de, com, em, contra, para, per, perante, por, até, desde, sobre, sobre, trás, sob, sem, entre.
Preposições acidentais: afora, como, conforme, consoante, durante, exceto, mediante, menos, salvo, segundo, visto etc.
Locuções prepositivas: abaixo de, afim de, além de, à custa de, defronte a, a par de, perto de, por causa de, em que pese a etc.
Ao conectar os termos das orações, as preposições estabelecem uma relação semântica entre eles, podendo passar ideia de:
• Causa: Morreu de câncer.
• Distância: Retorno a 3 quilômetros.
• Finalidade: A filha retornou para o enterro.
• Instrumento: Ele cortou a foto com uma tesoura.
• Modo: Os rebeldes eram colocados em fila.
• Lugar: O vírus veio de Portugal.
• Companhia: Ela saiu com a amiga.
• Posse: O carro de Maria é novo.
• Meio: Viajou de trem.

Combinações e contrações
Algumas preposições podem aparecer combinadas a outras palavras de duas maneiras: sem haver perda fonética (combinação) e
havendo perda fonética (contração).
• Combinação: ao, aos, aonde
• Contração: de, dum, desta, neste, nisso

Conjunção
As conjunções se subdividem de acordo com a relação estabelecida entre as ideias e as orações. Por ter esse papel importante de
conexão, é uma classe de palavras que merece destaque, pois reconhecer o sentido de cada conjunção ajuda na compreensão e interpre-
tação de textos, além de ser um grande diferencial no momento de redigir um texto.
Elas se dividem em duas opções: conjunções coordenativas e conjunções subordinativas.

Conjunções coordenativas
As orações coordenadas não apresentam dependência sintática entre si, servindo também para ligar termos que têm a mesma função
gramatical. As conjunções coordenativas se subdividem em cinco grupos:
• Aditivas: e, nem, bem como.
• Adversativas: mas, porém, contudo.
• Alternativas: ou, ora…ora, quer…quer.
• Conclusivas: logo, portanto, assim.
• Explicativas: que, porque, porquanto.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Conjunções subordinativas Quando o sujeito aparece no início da oração, dá-se o nome de
As orações subordinadas são aquelas em que há uma relação sujeito direto. Se aparecer depois do predicado, é o caso de sujeito
de dependência entre a oração principal e a oração subordinada. inverso. Há, ainda, a possibilidade de o sujeito aparecer no meio
Desse modo, a conexão entre elas (bem como o efeito de sentido) da oração:
se dá pelo uso da conjunção subordinada adequada. Lívia se esqueceu da reunião pela manhã.
Elas podem se classificar de dez maneiras diferentes: Esqueceu-se da reunião pela manhã, Lívia.
• Integrantes: usadas para introduzir as orações subordinadas Da reunião pela manhã, Lívia se esqueceu.
substantivas, definidas pelas palavras que e se. Os predicados se classificam em: predicado verbal (núcleo do
• Causais: porque, que, como. predicado é um verbo que indica ação, podendo ser transitivo, in-
• Concessivas: embora, ainda que, se bem que. transitivo ou de ligação); predicado nominal (núcleo da oração é
• Condicionais: e, caso, desde que. um nome, isto é, substantivo ou adjetivo); predicado verbo-nomi-
• Conformativas: conforme, segundo, consoante. nal (apresenta um predicativo do sujeito, além de uma ação mais
• Comparativas: como, tal como, assim como. uma qualidade sua)
• Consecutivas: de forma que, de modo que, de sorte que. As crianças brincaram no salão de festas.
• Finais: a fim de que, para que. Mariana é inteligente.
• Proporcionais: à medida que, ao passo que, à proporção que. Os jogadores venceram a partida. Por isso, estavam felizes.
• Temporais: quando, enquanto, agora.
Termos integrantes da oração
Os complementos verbais são classificados em objetos diretos
RELAÇÕES DE COORDENAÇÃO ENTRE ORAÇÕES (não preposicionados) e objetos indiretos (preposicionado).
E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO. RELAÇÕES DE A menina que possui bolsa vermelha me cumprimentou.
SUBORDINAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE TERMOS O cão precisa de carinho.
DA ORAÇÃO
Os complementos nominais podem ser substantivos, adjetivos
SINTAXE: ANÁLISE SINTÁTICA, FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO ou advérbios.
A mãe estava orgulhosa de seus filhos.
A sintaxe estuda o conjunto das relações que as palavras esta- Carlos tem inveja de Eduardo.
belecem entre si. Dessa maneira, é preciso ficar atento aos enuncia- Bárbara caminhou vagarosamente pelo bosque.
dos e suas unidades: frase, oração e período.
Frase é qualquer palavra ou conjunto de palavras ordenadas Os agentes da passiva são os termos que tem a função de pra-
que apresenta sentido completo em um contexto de comunicação ticar a ação expressa pelo verbo, quando este se encontra na voz
e interação verbal. A frase nominal é aquela que não contém verbo. passiva. Costumam estar acompanhados pelas preposições “por”
Já a frase verbal apresenta um ou mais verbos (locução verbal). e “de”.
Oração é um enunciado organizado em torno de um único ver- Os filhos foram motivo de orgulho da mãe.
bo ou locução verbal, de modo que estes passam a ser o núcleo Eduardo foi alvo de inveja de Carlos.
da oração. Assim, o predicativo é obrigatório, enquanto o sujeito é O bosque foi caminhado vagarosamente por Bárbara.
opcional.
Período é uma unidade sintática, de modo que seu enuncia- Termos acessórios da oração
do é organizado por uma oração (período simples) ou mais orações Os termos acessórios não são necessários para dar sentido à
(período composto). Eles são iniciados com letras maiúsculas e fina- oração, funcionando como complementação da informação. Desse
lizados com a pontuação adequada. modo, eles têm a função de caracterizar o sujeito, de determinar
o substantivo ou de exprimir circunstância, podendo ser adjunto
Análise sintática adverbial (modificam o verbo, adjetivo ou advérbio), adjunto adno-
A análise sintática serve para estudar a estrutura de um perío- minal (especifica o substantivo, com função de adjetivo) e aposto
do e de suas orações. Os termos da oração se dividem entre: (caracteriza o sujeito, especificando-o).
• Essenciais (ou fundamentais): sujeito e predicado Os irmãos brigam muito.
• Integrantes: completam o sentido (complementos verbais e A brilhante aluna apresentou uma bela pesquisa à banca.
nominais, agentes da passiva) Pelé, o rei do futebol, começou sua carreira no Santos.
• Acessórios: função secundária (adjuntos adnominais e adver-
biais, apostos) TIPOS DE ORAÇÕES

Termos essenciais da oração Levando em consideração o que foi aprendido anteriormente


Os termos essenciais da oração são o sujeito e o predicado. sobre oração, vamos aprender sobre os dois tipos de oração que
O sujeito é aquele sobre quem diz o resto da oração, enquanto o existem na língua portuguesa: oração coordenada e oração subor-
predicado é a parte que dá alguma informação sobre o sujeito, logo, dinada.
onde o verbo está presente.
Orações coordenadas
O sujeito é classificado em determinado (facilmente identificá- São aquelas que não dependem sintaticamente uma da outra,
vel, podendo ser simples, composto ou implícito) e indeterminado, ligando-se apenas pelo sentido. Elas aparecem quando há um pe-
podendo, ainda, haver a oração sem sujeito (a mensagem se con- ríodo composto, sendo conectadas por meio do uso de conjunções
centra no verbo impessoal): (sindéticas), ou por meio da vírgula (assindéticas).
Lúcio dormiu cedo. No caso das orações coordenadas sindéticas, a classificação
Aluga-se casa para réveillon. depende do sentido entre as orações, representado por um grupo
Choveu bastante em janeiro. de conjunções adequadas:

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LÍNGUA PORTUGUESA

CLASSIFICAÇÃO CARACTERÍSTICAS CONJUNÇÕES


ADITIVAS Adição da ideia apresentada na oração anterior e, nem, também, bem como, não só, tanto...
Oposição à ideia apresentada na oração anterior
ADVERSATIVAS mas, porém, todavia, entretanto, contudo...
(inicia com vírgula)
Opção / alternância em relação à ideia apresentada
ALTERNATIVAS ou, já, ora, quer, seja...
na oração anterior
logo, pois, portanto, assim, por isso, com
CONCLUSIVAS Conclusão da ideia apresentada na oração anterior
isso...
EXPLICATIVAS Explicação da ideia apresentada na oração anterior que, porque, porquanto, pois, ou seja...

Orações subordinadas
São aquelas que dependem sintaticamente em relação à oração principal. Elas aparecem quando o período é composto por duas ou
mais orações.
A classificação das orações subordinadas se dá por meio de sua função: orações subordinadas substantivas, quando fazem o papel
de substantivo da oração; orações subordinadas adjetivas, quando modificam o substantivo, exercendo a função do adjetivo; orações
subordinadas adverbiais, quando modificam o advérbio.
Cada uma dessas sofre uma segunda classificação, como pode ser observado nos quadros abaixo.

SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS FUNÇÃO EXEMPLOS


Esse era meu receio: que ela não discursasse outra
APOSITIVA aposto
vez.
COMPLETIVA NOMINAL complemento nominal Tenho medo de que ela não discurse novamente.
OBJETIVA DIRETA objeto direto Ele me perguntou se ela discursaria outra vez.
OBJETIVA INDIRETA objeto indireto Necessito de que você discurse de novo.
PREDICATIVA predicativo Meu medo é que ela não discurse novamente.
SUBJETIVA sujeito É possível que ela discurse outra vez.

SUBORDINADAS
CARACTERÍSTICAS EXEMPLOS
ADJETIVAS
Esclarece algum detalhe, adicionando uma in-
O candidato, que é do partido socialista, está
EXPLICATIVAS formação.
sendo atacado.
Aparece sempre separado por vírgulas.
Restringe e define o sujeito a que se refere.
As pessoas que são racistas precisam rever
RESTRITIVAS Não deve ser retirado sem alterar o sentido.
seus valores.
Não pode ser separado por vírgula.
Introduzidas por conjunções, pronomes e locu-
ções conjuntivas. Ele foi o primeiro presidente que se preocu-
DESENVOLVIDAS
Apresentam verbo nos modos indicativo ou pou com a fome no país.
subjuntivo.
Não são introduzidas por pronomes, conjun-
ções sou locuções conjuntivas. Assisti ao documentário denunciando a cor-
REDUZIDAS
Apresentam o verbo nos modos particípio, ge- rupção.
rúndio ou infinitivo

SUBORDINADAS ADVERBIAIS FUNÇÃO PRINCIPAIS CONJUNÇÕES


Ideia de causa, motivo, razão de
CAUSAIS porque, visto que, já que, como...
efeito
como, tanto quanto, (mais / menos) que, do
COMPARATIVAS Ideia de comparação
que...
CONCESSIVAS Ideia de contradição embora, ainda que, se bem que, mesmo...
caso, se, desde que, contanto que, a menos
CONDICIONAIS Ideia de condição
que...
CONFORMATIVAS Ideia de conformidade como, conforme, segundo...

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LÍNGUA PORTUGUESA

CONSECUTIVAS Ideia de consequência De modo que, (tal / tão / tanto) que...


FINAIS Ideia de finalidade que, para que, a fim de que...
quanto mais / menos... mais /menos, à me-
PROPORCIONAIS Ideia de proporção
dida que, na medida em que, à proporção que...
TEMPORAIS Ideia de momento quando, depois que, logo que, antes que...

EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO

PONTUAÇÃO

Os sinais de pontuação são recursos gráficos que se encontram na linguagem escrita, e suas funções são demarcar unidades e sinalizar
limites de estruturas sintáticas. É também usado como um recurso estilístico, contribuindo para a coerência e a coesão dos textos.
São eles: o ponto (.), a vírgula (,), o ponto e vírgula (;), os dois pontos (:), o ponto de exclamação (!), o ponto de interrogação (?), as
reticências (...), as aspas (“”), os parênteses ( ( ) ), o travessão (—), a meia-risca (–), o apóstrofo (‘), o asterisco (*), o hífen (-), o colchetes
([]) e a barra (/).
Confira, no quadro a seguir, os principais sinais de pontuação e suas regras de uso.

SINAL NOME USO EXEMPLOS


Indicar final da frase declarativa Meu nome é Pedro.
. Ponto Separar períodos Fica mais. Ainda está cedo
Abreviar palavras Sra.
A princesa disse:
Iniciar fala de personagem
- Eu consigo sozinha.
Antes de aposto ou orações apositivas,
Esse é o problema da pandemia: as
: Dois-pontos enumerações ou sequência de palavras para resumir
pessoas não respeitam a quarentena.
/ explicar ideias apresentadas anteriormente
Como diz o ditado: “olho por olho,
Antes de citação direta
dente por dente”.
Indicar hesitação
Sabe... não está sendo fácil...
... Reticências Interromper uma frase
Quem sabe depois...
Concluir com a intenção de estender a reflexão
Isolar palavras e datas A Semana de Arte Moderna (1922)
() Parênteses Frases intercaladas na função explicativa Eu estava cansada (trabalhar e
(podem substituir vírgula e travessão) estudar é puxado).
Indicar expressão de emoção Que absurdo!
! Ponto de Exclamação Final de frase imperativa Estude para a prova!
Após interjeição Ufa!
Ponto de
? Em perguntas diretas Que horas ela volta?
Interrogação
A professora disse:
Iniciar fala do personagem do discurso direto e
— Boas férias!
indicar mudança de interloculor no diálogo
— Travessão — Obrigado, professora.
Substituir vírgula em expressões ou frases
O corona vírus — Covid-19 — ainda
explicativas
está sendo estudado.

Vírgula
A vírgula é um sinal de pontuação com muitas funções, usada para marcar uma pausa no enunciado. Veja, a seguir, as principais regras
de uso obrigatório da vírgula.
• Separar termos coordenados: Fui à feira e comprei abacate, mamão, manga, morango e abacaxi.
• Separar aposto (termo explicativo): Belo Horizonte, capital mineira, só tem uma linha de metrô.
• Isolar vocativo: Boa tarde, Maria.
• Isolar expressões que indicam circunstâncias adverbiais (modo, lugar, tempo etc): Todos os moradores, calmamente, deixaram o
prédio.
• Isolar termos explicativos: A educação, a meu ver, é a solução de vários problemas sociais.
• Separar conjunções intercaladas, e antes dos conectivos “mas”, “porém”, “pois”, “contudo”, “logo”: A menina acordou cedo, mas não
conseguiu chegar a tempo na escola. Não explicou, porém, o motivo para a professora.
• Separar o conteúdo pleonástico: A ela, nada mais abala.

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LÍNGUA PORTUGUESA
No caso da vírgula, é importante saber que, em alguns casos, ela não deve ser usada. Assim, não há vírgula para separar:

• Sujeito de predicado.
• Objeto de verbo.
• Adjunto adnominal de nome.
• Complemento nominal de nome.
• Predicativo do objeto do objeto.
• Oração principal da subordinada substantiva.
• Termos coordenados ligados por “e”, “ou”, “nem”.

CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL

Concordância é o efeito gramatical causado por uma relação harmônica entre dois ou mais termos. Desse modo, ela pode ser verbal
— refere-se ao verbo em relação ao sujeito — ou nominal — refere-se ao substantivo e suas formas relacionadas.
• Concordância em gênero: flexão em masculino e feminino
• Concordância em número: flexão em singular e plural
• Concordância em pessoa: 1ª, 2ª e 3ª pessoa

Concordância nominal
Para que a concordância nominal esteja adequada, adjetivos, artigos, pronomes e numerais devem flexionar em número e gênero,
de acordo com o substantivo. Há algumas regras principais que ajudam na hora de empregar a concordância, mas é preciso estar atento,
também, aos casos específicos.
Quando há dois ou mais adjetivos para apenas um substantivo, o substantivo permanece no singular se houver um artigo entre os
adjetivos. Caso contrário, o substantivo deve estar no plural:
• A comida mexicana e a japonesa. / As comidas mexicana e japonesa.

Quando há dois ou mais substantivos para apenas um adjetivo, a concordância depende da posição de cada um deles. Se o adjetivo
vem antes dos substantivos, o adjetivo deve concordar com o substantivo mais próximo:
• Linda casa e bairro.

Se o adjetivo vem depois dos substantivos, ele pode concordar tanto com o substantivo mais próximo, ou com todos os substantivos
(sendo usado no plural):
• Casa e apartamento arrumado. / Apartamento e casa arrumada.
• Casa e apartamento arrumados. / Apartamento e casa arrumados.

Quando há a modificação de dois ou mais nomes próprios ou de parentesco, os adjetivos devem ser flexionados no plural:
• As talentosas Clarice Lispector e Lygia Fagundes Telles estão entre os melhores escritores brasileiros.

Quando o adjetivo assume função de predicativo de um sujeito ou objeto, ele deve ser flexionado no plural caso o sujeito ou objeto
seja ocupado por dois substantivos ou mais:
• O operário e sua família estavam preocupados com as consequências do acidente.

CASOS ESPECÍFICOS REGRA EXEMPLO


É PROIBIDO Deve concordar com o substantivo quando há
É proibida a entrada.
É PERMITIDO presença de um artigo. Se não houver essa determinação,
É proibido entrada.
É NECESSÁRIO deve permanecer no singular e no masculino.
Mulheres dizem “obrigada” Homens
OBRIGADO / OBRIGADA Deve concordar com a pessoa que fala.
dizem “obrigado”.
As bastantes crianças ficaram doentes
Quando tem função de adjetivo para um com a volta às aulas.
substantivo, concorda em número com o substantivo. Bastante criança ficou doente com a
BASTANTE
Quando tem função de advérbio, permanece volta às aulas.
invariável. O prefeito considerou bastante a respeito
da suspensão das aulas.
É sempre invariável, ou seja, a palavra “menas” não Havia menos mulheres que homens na
MENOS
existe na língua portuguesa. fila para a festa.
As crianças mesmas limparam a sala
MESMO Devem concordar em gênero e número com a depois da aula.
PRÓPRIO pessoa a que fazem referência. Eles próprios sugeriram o tema da
formatura.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Quando tem função de numeral adjetivo, deve


Adicione meia xícara de leite.
concordar com o substantivo.
MEIO / MEIA Manuela é meio artista, além de ser
Quando tem função de advérbio, modificando um
engenheira.
adjetivo, o termo é invariável.
Segue anexo o orçamento.
Seguem anexas as informações
Devem concordar com o substantivo a que se adicionais
ANEXO INCLUSO
referem. As professoras estão inclusas na greve.
O material está incluso no valor da
mensalidade.

Concordância verbal
Para que a concordância verbal esteja adequada, é preciso haver flexão do verbo em número e pessoa, a depender do sujeito com o
qual ele se relaciona.

Quando o sujeito composto é colocado anterior ao verbo, o verbo ficará no plural:


• A menina e seu irmão viajaram para a praia nas férias escolares.

Mas, se o sujeito composto aparece depois do verbo, o verbo pode tanto ficar no plural quanto concordar com o sujeito mais próximo:
• Discutiram marido e mulher. / Discutiu marido e mulher.

Se o sujeito composto for formado por pessoas gramaticais diferentes, o verbo deve ficar no plural e concordando com a pessoa que
tem prioridade, a nível gramatical — 1ª pessoa (eu, nós) tem prioridade em relação à 2ª (tu, vós); a 2ª tem prioridade em relação à 3ª (ele,
eles):
• Eu e vós vamos à festa.

Quando o sujeito apresenta uma expressão partitiva (sugere “parte de algo”), seguida de substantivo ou pronome no plural, o verbo
pode ficar tanto no singular quanto no plural:
• A maioria dos alunos não se preparou para o simulado. / A maioria dos alunos não se prepararam para o simulado.

Quando o sujeito apresenta uma porcentagem, deve concordar com o valor da expressão. No entanto, quanto seguida de um subs-
tantivo (expressão partitiva), o verbo poderá concordar tanto com o numeral quanto com o substantivo:
• 27% deixaram de ir às urnas ano passado. / 1% dos eleitores votou nulo / 1% dos eleitores votaram nulo.

Quando o sujeito apresenta alguma expressão que indique quantidade aproximada, o verbo concorda com o substantivo que segue
a expressão:
• Cerca de duzentas mil pessoas compareceram à manifestação. / Mais de um aluno ficou abaixo da média na prova.

Quando o sujeito é indeterminado, o verbo deve estar sempre na terceira pessoa do singular:
• Precisa-se de balconistas. / Precisa-se de balconista.

Quando o sujeito é coletivo, o verbo permanece no singular, concordando com o coletivo partitivo:
• A multidão delirou com a entrada triunfal dos artistas. / A matilha cansou depois de tanto puxar o trenó.

Quando não existe sujeito na oração, o verbo fica na terceira pessoa do singular (impessoal):
• Faz chuva hoje

Quando o pronome relativo “que” atua como sujeito, o verbo deverá concordar em número e pessoa com o termo da oração principal
ao qual o pronome faz referência:
• Foi Maria que arrumou a casa.

Quando o sujeito da oração é o pronome relativo “quem”, o verbo pode concordar tanto com o antecedente do pronome quanto com
o próprio nome, na 3ª pessoa do singular:
• Fui eu quem arrumei a casa. / Fui eu quem arrumou a casa.

Quando o pronome indefinido ou interrogativo, atuando como sujeito, estiver no singular, o verbo deve ficar na 3ª pessoa do singular:
• Nenhum de nós merece adoecer.

Quando houver um substantivo que apresenta forma plural, porém com sentido singular, o verbo deve permanecer no singular. Ex-
ceto caso o substantivo vier precedido por determinante:
• Férias é indispensável para qualquer pessoa. / Meus óculos sumiram.

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LÍNGUA PORTUGUESA

REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL

A regência estuda as relações de concordâncias entre os termos que completam o sentido tanto dos verbos quanto dos nomes. Dessa
maneira, há uma relação entre o termo regente (principal) e o termo regido (complemento).
A regência está relacionada à transitividade do verbo ou do nome, isto é, sua complementação necessária, de modo que essa relação
é sempre intermediada com o uso adequado de alguma preposição.

Regência nominal
Na regência nominal, o termo regente é o nome, podendo ser um substantivo, um adjetivo ou um advérbio, e o termo regido é o
complemento nominal, que pode ser um substantivo, um pronome ou um numeral.
Vale lembrar que alguns nomes permitem mais de uma preposição. Veja no quadro abaixo as principais preposições e as palavras que
pedem seu complemento:

PREPOSIÇÃO NOMES
acessível; acostumado; adaptado; adequado; agradável; alusão; análogo; anterior; atento; benefício; comum;
A contrário; desfavorável; devoto; equivalente; fiel; grato; horror; idêntico; imune; indiferente; inferior; leal; necessário;
nocivo; obediente; paralelo; posterior; preferência; propenso; próximo; semelhante; sensível; útil; visível...
amante; amigo; capaz; certo; contemporâneo; convicto; cúmplice; descendente; destituído; devoto; diferente;
DE dotado; escasso; fácil; feliz; imbuído; impossível; incapaz; indigno; inimigo; inseparável; isento; junto; longe; medo;
natural; orgulhoso; passível; possível; seguro; suspeito; temeroso...
SOBRE opinião; discurso; discussão; dúvida; insistência; influência; informação; preponderante; proeminência; triunfo...
acostumado; amoroso; analogia; compatível; cuidadoso; descontente; generoso; impaciente; ingrato;
COM
intolerante; mal; misericordioso; ocupado; parecido; relacionado; satisfeito; severo; solícito; triste...
abundante; bacharel; constante; doutor; erudito; firme; hábil; incansável; inconstante; indeciso; morador;
EM
negligente; perito; prático; residente; versado...
atentado; blasfêmia; combate; conspiração; declaração; fúria; impotência; litígio; luta; protesto; reclamação;
CONTRA
representação...
PARA bom; mau; odioso; próprio; útil...

Regência verbal
Na regência verbal, o termo regente é o verbo, e o termo regido poderá ser tanto um objeto direto (não preposicionado) quanto um
objeto indireto (preposicionado), podendo ser caracterizado também por adjuntos adverbiais.
Com isso, temos que os verbos podem se classificar entre transitivos e intransitivos. É importante ressaltar que a transitividade do
verbo vai depender do seu contexto.

Verbos intransitivos: não exigem complemento, de modo que fazem sentido por si só. Em alguns casos, pode estar acompanhado
de um adjunto adverbial (modifica o verbo, indicando tempo, lugar, modo, intensidade etc.), que, por ser um termo acessório, pode ser
retirado da frase sem alterar sua estrutura sintática:
• Viajou para São Paulo. / Choveu forte ontem.

Verbos transitivos diretos: exigem complemento (objeto direto), sem preposição, para que o sentido do verbo esteja completo:
• A aluna entregou o trabalho. / A criança quer bolo.

Verbos transitivos indiretos: exigem complemento (objeto indireto), de modo que uma preposição é necessária para estabelecer o
sentido completo:
• Gostamos da viagem de férias. / O cidadão duvidou da campanha eleitoral.

Verbos transitivos diretos e indiretos: em algumas situações, o verbo precisa ser acompanhado de um objeto direto (sem preposição)
e de um objeto indireto (com preposição):
• Apresentou a dissertação à banca. / O menino ofereceu ajuda à senhora.

EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE

EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE

Crase é o nome dado à contração de duas letras “A” em uma só: preposição “a” + artigo “a” em palavras femininas. Ela é demarcada
com o uso do acento grave (à), de modo que crase não é considerada um acento em si, mas sim o fenômeno dessa fusão.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Veja, abaixo, as principais situações em que será correto o em- Quando reescrevemos, refazemos nosso texto, é um proces-
prego da crase: so bem mais complexo, que parte do pressuposto de que o autor
• Palavras femininas: Peça o material emprestado àquela alu- tenha observado aquilo que está ruim para que, posteriormente,
na. possa melhorar seu texto até chegar a uma versão final, livre dos er-
• Indicação de horas, em casos de horas definidas e especifica- ros iniciais. Além de aprimorar a leitura, a reescrita auxilia a desen-
das: Chegaremos em Belo Horizonte às 7 horas. volver e melhorar a escrita, ajudando o aluno-escritor a esclarecer
• Locuções prepositivas: A aluna foi aprovada à custa de muito melhor seus objetivos e razões para a produção de textos.
estresse.
• Locuções conjuntivas: À medida que crescemos vamos dei- Nessa perspectiva, esse autor considera que reescrever seja
xando de lado a capacidade de imaginar. um processo de descoberta da escrita pelo próprio autor, que passa
• Locuções adverbiais de tempo, modo e lugar: Vire na próxima a enfocá-la como forma de trabalho, auxiliando o desenvolvimento
à esquerda. do processo de escrever do aluno.
Veja, agora, as principais situações em que não se aplica a cra-
se: Operações linguísticas de reescrita:
• Palavras masculinas: Ela prefere passear a pé. A literatura sobre reescrita aponta para uma tipologia de ope-
• Palavras repetidas (mesmo quando no feminino): Melhor ter- rações linguísticas encontradas neste momento específico da cons-
mos uma reunião frente a frente. trução do texto escrito.
• Antes de verbo: Gostaria de aprender a pintar. - Adição, ou acréscimo: pode tratar-se do acréscimo de um ele-
• Expressões que sugerem distância ou futuro: A médica vai te mento gráfico, acento, sinal de pontuação, grafema (...) mas tam-
atender daqui a pouco. bém do acréscimo de uma palavra, de um sintagma, de uma ou de
• Dia de semana (a menos que seja um dia definido): De terça várias frases.
a sexta. / Fecharemos às segundas-feiras. - Supressão: supressão sem substituição do segmento suprimi-
• Antes de numeral (exceto horas definidas): A casa da vizinha do. Ela pode ser aplicada sobre unidades diversas, acento, grafe-
fica a 50 metros da esquina. mas, sílabas, palavras sintagmáticas, uma ou diversas frases.
- Substituição: supressão, seguida de substituição por um ter-
Há, ainda, situações em que o uso da crase é facultativo mo novo. Ela se aplica sobre um grafema, uma palavra, um sintag-
• Pronomes possessivos femininos: Dei um picolé a minha filha. ma, ou sobre conjuntos generalizados.
/ Dei um picolé à minha filha. - Deslocamento: permutação de elementos, que acaba por mo-
• Depois da palavra “até”: Levei minha avó até a feira. / Levei dificar sua ordem no processo de encadeamento.
minha avó até à feira.
• Nomes próprios femininos (desde que não seja especificado): Graus de Formalismo
Enviei o convite a Ana. / Enviei o convite à Ana. / Enviei o convite à São muitos os tipos de registros quanto ao formalismo, tais
Ana da faculdade. como: o registro formal, que é uma linguagem mais cuidada; o colo-
quial, que não tem um planejamento prévio, caracterizando-se por
DICA: Como a crase só ocorre em palavras no feminino, em construções gramaticais mais livres, repetições frequentes, frases
caso de dúvida, basta substituir por uma palavra equivalente no curtas e conectores simples; o informal, que se caracteriza pelo uso
masculino. Se aparecer “ao”, deve-se usar a crase: Amanhã iremos de ortografia simplificada e construções simples ( geralmente usado
à escola / Amanhã iremos ao colégio. entre membros de uma mesma família ou entre amigos).

As variações de registro ocorrem de acordo com o grau de for-


malismo existente na situação de comunicação; com o modo de
expressão, isto é, se trata de um registro formal ou escrito; com a
COLOCAÇÃO DOS PRONOMES ÁTONOS sintonia entre interlocutores, que envolve aspectos como graus de
cortesia, deferência, tecnicidade (domínio de um vocabulário espe-
Prezado candidato, o tópico acima foi abordado no decorrer da cífico de algum campo científico, por exemplo).
matéria. Expressões que demandam atenção
– acaso, caso – com se, use acaso; caso rejeita o se
– aceitado, aceito – com ter e haver, aceitado; com ser e estar,
REESCRITA DE FRASES E PARÁGRAFOS DO TEXTO aceito
– acendido, aceso (formas similares) – idem
A reescrita é tão importante quanto a escrita, visto que, difi- – à custa de – e não às custas de
cilmente, sobretudo para os escritores mais cuidadosos, chegamos – à medida que – à proporção que, ao mesmo tempo que, con-
ao resultado que julgamos ideal na primeira tentativa. Aquele que forme
observa um resultado ruim na primeira versão que escreveu terá, – na medida em que – tendo em vista que, uma vez que
na reescrita, a possibilidade de alcançar um resultado satisfatório. – a meu ver – e não ao meu ver
A reescrita é um processo mais trabalhoso do que a revisão, pois, – a ponto de – e não ao ponto de
nesta, atemo-nos apenas aos pequenos detalhes, cuja ausência não – a posteriori, a priori – não tem valor temporal
implicaria em uma dificuldade do leitor para compreender o texto. – em termos de – modismo; evitar
– enquanto que – o que é redundância
– entre um e outro – entre exige a conjunção e, e não a
– implicar em – a regência é direta (sem em)
– ir de encontro a – chocar-se com
– ir ao encontro de – concordar com

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LÍNGUA PORTUGUESA
– se não, senão – quando se pode substituir por caso não, se- Parônimos e homônimos
parado; quando não se pode, junto As palavras parônimas são aquelas que possuem grafia e pro-
– todo mundo – todos núncia semelhantes, porém com significados distintos.
– todo o mundo – o mundo inteiro Ex: cumprimento (saudação) X comprimento (extensão); tráfe-
– não pagamento = hífen somente quando o segundo termo go (trânsito) X tráfico (comércio ilegal).
for substantivo As palavras homônimas são aquelas que possuem a mesma
– este e isto – referência próxima do falante (a lugar, a tempo grafia e pronúncia, porém têm significados diferentes. Ex: rio (verbo
presente; a futuro próximo; ao anunciar e a que se está tratando) “rir”) X rio (curso d’água); manga (blusa) X manga (fruta).
– esse e isso – referência longe do falante e perto do ouvinte As palavras homófonas são aquelas que possuem a mesma
(tempo futuro, desejo de distância; tempo passado próximo do pre- pronúncia, mas com escrita e significado diferentes. Ex: cem (nu-
sente, ou distante ao já mencionado e a ênfase). meral) X sem (falta); conserto (arrumar) X concerto (musical).
As palavras homógrafas são aquelas que possuem escrita igual,
Expressões não recomendadas porém som e significado diferentes. Ex: colher (talher) X colher (ver-
bo); acerto (substantivo) X acerto (verbo).
– a partir de (a não ser com valor temporal).
Opção: com base em, tomando-se por base, valendo-se de... Polissemia e monossemia
As palavras polissêmicas são aquelas que podem apresentar
– através de (para exprimir “meio” ou instrumento). mais de um significado, a depender do contexto em que ocorre a
Opção: por, mediante, por meio de, por intermédio de, se- frase. Ex: cabeça (parte do corpo humano; líder de um grupo).
gundo... Já as palavras monossêmicas são aquelas apresentam apenas
um significado. Ex: eneágono (polígono de nove ângulos).
– devido a.
Opção: em razão de, em virtude de, graças a, por causa de. Denotação e conotação
Palavras com sentido denotativo são aquelas que apresentam
– dito. um sentido objetivo e literal. Ex:Está fazendo frio. / Pé da mulher.
Opção: citado, mencionado. Palavras com sentido conotativo são aquelas que apresentam
um sentido simbólico, figurado. Ex: Você me olha com frieza. / Pé
– enquanto. da cadeira.
Opção: ao passo que.
Hiperonímia e hiponímia
– inclusive (a não ser quando significa incluindo-se). Esta classificação diz respeito às relações hierárquicas de signi-
Opção: até, ainda, igualmente, mesmo, também. ficado entre as palavras.
Desse modo, um hiperônimo é a palavra superior, isto é, que
– no sentido de, com vistas a. tem um sentido mais abrangente. Ex: Fruta é hiperônimo de limão.
Opção: a fim de, para, com a finalidade de, tendo em vista. Já o hipônimo é a palavra que tem o sentido mais restrito, por-
tanto, inferior, de modo que o hiperônimo engloba o hipônimo. Ex:
– pois (no início da oração). Limão é hipônimo de fruta.
Opção: já que, porque, uma vez que, visto que.
Formas variantes
– principalmente. São as palavras que permitem mais de uma grafia correta, sem
Opção: especialmente, sobretudo, em especial, em particular. que ocorra mudança no significado. Ex: loiro – louro / enfarte – in-
farto / gatinhar – engatinhar.
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS. SUBSTITUIÇÃO DE Arcaísmo
PALAVRAS OU DE TRECHOS DE TEXTO São palavras antigas, que perderam o uso frequente ao longo
do tempo, sendo substituídas por outras mais modernas, mas que
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS ainda podem ser utilizadas. No entanto, ainda podem ser bastante
encontradas em livros antigos, principalmente. Ex: botica <—> far-
Este é um estudo da semântica, que pretende classificar os mácia / franquia <—> sinceridade.
sentidos das palavras, as suas relações de sentido entre si. Conheça
as principais relações e suas características: FIGURAS DE LINGUAGEM

Sinonímia e antonímia As figuras de linguagem ou de estilo são empregadas para


As palavras sinônimas são aquelas que apresentam significado valorizar o texto, tornando a linguagem mais expressiva. É um re-
semelhante, estabelecendo relação de proximidade. Ex: inteligente curso linguístico para expressar de formas diferentes experiências
<—> esperto comuns, conferindo originalidade, emotividade ao discurso, ou tor-
Já as palavras antônimas são aquelas que apresentam signifi- nando-o poético.
cados opostos, estabelecendo uma relação de contrariedade. Ex:
forte <—> fraco As figuras de linguagem classificam-se em
– figuras de palavra;
– figuras de pensamento;
– figuras de construção ou sintaxe.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Figuras de palavra Alguns autores, em vez de metonímia, classificam como siné-
Emprego de um termo com sentido diferente daquele conven- doque quando se têm a parte pelo todo e o singular pelo plural.
cionalmente empregado, a fim de se conseguir um efeito mais ex-
pressivo na comunicação. Exemplo
A cidade inteira viu assombrada, de queixo caído, o pistoleiro
Metáfora: comparação abreviada, que dispensa o uso dos co- sumir de ladrão, fugindo nos cascos de seu cavalo. (singular pelo
nectivos comparativos; é uma comparação subjetiva. Normalmente plural)
vem com o verbo de ligação claro ou subentendido na frase. (José Cândido de Carvalho)

Exemplos Figuras Sonoras


...a vida é cigana Aliteração: repetição do mesmo fonema consonantal, geral-
É caravana mente em posição inicial da palavra.
É pedra de gelo ao sol.
(Geraldo Azevedo/ Alceu Valença) Exemplo
Vozes veladas veludosas vozes volúpias dos violões, vozes ve-
Encarnado e azul são as cores do meu desejo. ladas.
(Carlos Drummond de Andrade) (Cruz e Sousa)

Comparação: aproxima dois elementos que se identificam, Assonância: repetição do mesmo fonema vocal ao longo de um
ligados por conectivos comparativos explícitos: como, tal qual, tal verso ou poesia.
como, que, que nem. Também alguns verbos estabelecem a com-
paração: parecer, assemelhar-se e outros. Exemplo
Sou Ana, da cama,
Exemplo da cana, fulana, bacana
Estava mais angustiado que um goleiro na hora do gol, quando Sou Ana de Amsterdam.
você entrou em mim como um sol no quintal. (Chico Buarque)
(Belchior)
Paronomásia: Emprego de vocábulos semelhantes na forma ou
Catacrese: emprego de um termo em lugar de outro para o na prosódia, mas diferentes no sentido.
qual não existe uma designação apropriada.
Exemplo
Exemplos Berro pelo aterro pelo desterro berro por seu berro pelo seu
– folha de papel [erro
– braço de poltrona quero que você ganhe que
[você me apanhe
– céu da boca
sou o seu bezerro gritando
– pé da montanha
[mamãe.
(Caetano Veloso)
Sinestesia: fusão harmônica de, no mínimo, dois dos cinco sen-
tidos físicos.
Onomatopeia: imitação aproximada de um ruído ou som pro-
duzido por seres animados e inanimados.
Exemplo
Vem da sala de linotipos a doce (gustativa) música (auditiva)
Exemplo
mecânica. Vai o ouvido apurado
(Carlos Drummond de Andrade) na trama do rumor suas nervuras
A fusão de sensações físicas e psicológicas também é sineste- inseto múltiplo reunido
sia: “ódio amargo”, “alegria ruidosa”, “paixão luminosa”, “indiferen- para compor o zanzineio surdo
ça gelada”. circular opressivo
zunzin de mil zonzons zoando em meio à pasta de calor
Antonomásia: substitui um nome próprio por uma qualidade, da noite em branco
atributo ou circunstância que individualiza o ser e notabiliza-o. (Carlos Drummond de Andrade)

Exemplos Observação: verbos que exprimem os sons são considerados


O filósofo de Genebra (= Calvino). onomatopaicos, como cacarejar, tiquetaquear, miar etc.
O águia de Haia (= Rui Barbosa).
Figuras de sintaxe ou de construção
Metonímia: troca de uma palavra por outra, de tal forma que Dizem respeito a desvios em relação à concordância entre os
a palavra empregada lembra, sugere e retoma a que foi omitida. termos da oração, sua ordem, possíveis repetições ou omissões.

Exemplos
Leio Graciliano Ramos. (livros, obras)
Comprei um panamá. (chapéu de Panamá)
Tomei um Danone. (iogurte)

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LÍNGUA PORTUGUESA
Podem ser formadas por: Elipse: Supressão de uma ou mais palavras facilmente suben-
omissão: assíndeto, elipse e zeugma; tendidas na frase. Geralmente essas palavras são pronomes, con-
repetição: anáfora, pleonasmo e polissíndeto; junções, preposições e verbos.
inversão: anástrofe, hipérbato, sínquise e hipálage;
ruptura: anacoluto; Exemplos
concordância ideológica: silepse. Compareci ao Congresso. (eu)
Espero venhas logo. (eu, que, tu)
Anáfora: repetição da mesma palavra no início de um período, Ele dormiu duas horas. (durante)
frase ou verso. No mar, tanta tormenta e tanto dano. (verbo Haver)
(Camões)
Exemplo
Dentro do tempo o universo Zeugma: Consiste na omissão de palavras já expressas anterior-
[na imensidão. mente.
Dentro do sol o calor peculiar
[do verão. Exemplos
Dentro da vida uma vida me Foi saqueada a vila, e assassina dos os partidários dos Filipes.
[conta uma estória que fala (Camilo Castelo Branco)
[de mim.
Dentro de nós os mistérios Rubião fez um gesto, Palha outro: mas quão diferentes.
[do espaço sem fim! (Machado de Assis)
(Toquinho/Mutinho)
Hipérbato ou inversão: alteração da ordem direta dos elemen-
Assíndeto: ocorre quando orações ou palavras que deveriam tos na frase.
vir ligadas por conjunções coordenativas aparecem separadas por
vírgulas. Exemplos
Passeiam, à tarde, as belas na avenida.
Exemplo (Carlos Drummond de Andrade)
Não nos movemos, as mãos é
que se estenderam pouco a Paciência tenho eu tido...
pouco, todas quatro, pegando-se, (Antônio Nobre)
apertando-se, fundindo-se.
(Machado de Assis) Anacoluto: interrupção do plano sintático com que se inicia a
Polissíndeto: repetição intencional de uma conjunção coorde- frase, alterando a sequência do processo lógico. A construção do
nativa mais vezes do que exige a norma gramatical. período deixa um ou mais termos desprendidos dos demais e sem
função sintática definida.
Exemplo
Há dois dias meu telefone não fala, nem ouve, nem toca, nem Exemplos
tuge, nem muge. E o desgraçado, tremiam-lhe as pernas.
(Rubem Braga) (Manuel Bandeira)

Pleonasmo: repetição de uma ideia já sugerida ou de um ter- Aquela mina de ouro, ela não ia deixar que outras espertas bo-
mo já expresso. tassem as mãos.
(José Lins do Rego)
Pleonasmo literário: recurso estilístico que enriquece a expres-
são, dando ênfase à mensagem. Hipálage: inversão da posição do adjetivo (uma qualidade que
pertence a um objeto é atribuída a outro, na mesma frase).
Exemplos
Não os venci. Venceram-me Exemplo
eles a mim. ...em cada olho um grito castanho de ódio.
(Rui Barbosa) (Dalton Trevisan)
Morrerás morte vil na mão de um forte. ...em cada olho castanho um grito de ódio)
(Gonçalves Dias)
Pleonasmo vicioso: Frequente na linguagem informal, cotidia- Silepse
na, considerado vício de linguagem. Deve ser evitado. Silepse de gênero: Não há concordância de gênero do adjetivo
ou pronome com a pessoa a que se refere.
Exemplos
Ouvir com os ouvidos. Exemplos
Rolar escadas abaixo. Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho...
Colaborar juntos. (Rachel de Queiroz)
Hemorragia de sangue.
Repetir de novo. V. Ex.a parece magoado...
(Carlos Drummond de Andrade)

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LÍNGUA PORTUGUESA
Silepse de pessoa: Não há concordância da pessoa verbal com período republicano. Esses mesmos princípios (impessoalidade, cla-
o sujeito da oração. reza, uniformidade, concisão e uso de linguagem formal) aplicam-se
às comunicações oficiais: elas devem sempre permitir uma única in-
Exemplos terpretação e ser estritamente impessoais e uniformes, o que exige
Os dois ora estais reunidos... o uso de certo nível de linguagem. Nesse quadro, fica claro também
(Carlos Drummond de Andrade) que as comunicações oficiais são necessariamente uniformes, pois
há sempre um único comunicador (o Serviço Público) e o receptor
Na noite do dia seguinte, estávamos reunidos algumas pessoas. dessas comunicações ou é o próprio Serviço Público (no caso de
(Machado de Assis) expedientes dirigidos por um órgão a outro) – ou o conjunto dos
cidadãos ou instituições tratados de forma homogênea (o público).
Silepse de número: Não há concordância do número verbal Outros procedimentos rotineiros na redação de comunicações
com o sujeito da oração. oficiais foram incorporados ao longo do tempo, como as formas de
tratamento e de cortesia, certos clichês de redação, a estrutura dos
Exemplo expedientes, etc. Mencione-se, por exemplo, a fixação dos fechos
Corria gente de todos os lados, e gritavam. para comunicações oficiais, regulados pela Portaria no 1 do Ministro
(Mário Barreto) de Estado da Justiça, de 8 de julho de 1937, que, após mais de meio
século de vigência, foi revogado pelo Decreto que aprovou a primei-
ra edição deste Manual. Acrescente-se, por fim, que a identificação
que se buscou fazer das características específicas da forma oficial
REORGANIZAÇÃO DA ESTRUTURA DE ORAÇÕES E DE de redigir não deve ensejar o entendimento de que se proponha
PERÍODOS DO TEXTO a criação – ou se aceite a existência – de uma forma específica de
linguagem administrativa, o que coloquialmente e pejorativamente
Prezado candidato, o tópico acima foi abordado no decorrer se chama burocratês. Este é antes uma distorção do que deve ser a
da matéria. redação oficial, e se caracteriza pelo abuso de expressões e clichês
do jargão burocrático e de formas arcaicas de construção de frases.
A redação oficial não é, portanto, necessariamente árida e infensa à
REESCRITA DE TEXTOS DE DIFERENTES GÊNEROS E evolução da língua. É que sua finalidade básica – comunicar com im-
NÍVEIS DE FORMALIDADE pessoalidade e máxima clareza – impõe certos parâmetros ao uso
que se faz da língua, de maneira diversa daquele da literatura, do
Prezado candidato, o tópico acima foi abordado no decorrer texto jornalístico, da correspondência particular, etc. Apresentadas
da matéria. essas características fundamentais da redação oficial, passemos à
análise pormenorizada de cada uma delas.
CORRESPONDÊNCIA OFICIAL (CONFORME MANUAL
DE REDAÇÃO DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA) A Impessoalidade
A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer pela
escrita. Para que haja comunicação, são necessários:
O que é Redação Oficial1 a) alguém que comunique,
Em uma frase, pode-se dizer que redação oficial é a maneira b) algo a ser comunicado, e
pela qual o Poder Público redige atos normativos e comunicações. c) alguém que receba essa comunicação.
Interessa-nos tratá-la do ponto de vista do Poder Executivo. A reda-
ção oficial deve caracterizar-se pela impessoalidade, uso do padrão No caso da redação oficial, quem comunica é sempre o Serviço
culto de linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade. Público (este ou aquele Ministério, Secretaria, Departamento, Di-
Fundamentalmente esses atributos decorrem da Constituição, que visão, Serviço, Seção); o que se comunica é sempre algum assunto
dispõe, no artigo 37: “A administração pública direta, indireta ou relativo às atribuições do órgão que comunica; o destinatário dessa
fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do comunicação ou é o público, o conjunto dos cidadãos, ou outro ór-
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de lega- gão público, do Executivo ou dos outros Poderes da União. Perce-
lidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (...)”. be-se, assim, que o tratamento impessoal que deve ser dado aos
Sendo a publicidade e a impessoalidade princípios fundamentais de assuntos que constam das comunicações oficiais decorre:
toda administração pública, claro está que devem igualmente nor- a) da ausência de impressões individuais de quem comunica:
tear a elaboração dos atos e comunicações oficiais. Não se concebe embora se trate, por exemplo, de um expediente assinado por Che-
que um ato normativo de qualquer natureza seja redigido de forma fe de determinada Seção, é sempre em nome do Serviço Público
obscura, que dificulte ou impossibilite sua compreensão. A transpa- que é feita a comunicação. Obtém-se, assim, uma desejável padro-
rência do sentido dos atos normativos, bem como sua inteligibili- nização, que permite que comunicações elaboradas em diferentes
dade, são requisitos do próprio Estado de Direito: é inaceitável que setores da Administração guardem entre si certa uniformidade;
um texto legal não seja entendido pelos cidadãos. A publicidade b) da impessoalidade de quem recebe a comunicação, com
implica, pois, necessariamente, clareza e concisão. Além de atender duas possibilidades: ela pode ser dirigida a um cidadão, sempre
à disposição constitucional, a forma dos atos normativos obedece concebido como público, ou a outro órgão público. Nos dois casos,
a certa tradição. Há normas para sua elaboração que remontam ao temos um destinatário concebido de forma homogênea e impes-
período de nossa história imperial, como, por exemplo, a obrigato- soal;
riedade – estabelecida por decreto imperial de 10 de dezembro de c) do caráter impessoal do próprio assunto tratado: se o uni-
1822 – de que se aponha, ao final desses atos, o número de anos verso temático das comunicações oficiais se restringe a questões
transcorridos desde a Independência. Essa prática foi mantida no que dizem respeito ao interesse público, é natural que não cabe
qualquer tom particular ou pessoal. Desta forma, não há lugar na
1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htm

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LÍNGUA PORTUGUESA
redação oficial para impressões pessoais, como as que, por exem- gada apenas em situações que a exijam, sendo de evitar o seu uso
plo, constam de uma carta a um amigo, ou de um artigo assinado de indiscriminado. Certos rebuscamentos acadêmicos, e mesmo o vo-
jornal, ou mesmo de um texto literário. A redação oficial deve ser cabulário próprio a determinada área, são de difícil entendimento
isenta da interferência da individualidade que a elabora. A concisão, por quem não esteja com eles familiarizado. Deve-se ter o cuidado,
a clareza, a objetividade e a formalidade de que nos valemos para portanto, de explicitá-los em comunicações encaminhadas a outros
elaborar os expedientes oficiais contribuem, ainda, para que seja órgãos da administração e em expedientes dirigidos aos cidadãos.
alcançada a necessária impessoalidade. Outras questões sobre a linguagem, como o emprego de neologis-
mo e estrangeirismo, são tratadas em detalhe em 9.3. Semântica.
A Linguagem dos Atos e Comunicações Oficiais
A necessidade de empregar determinado nível de linguagem Formalidade e Padronização
nos atos e expedientes oficiais decorre, de um lado, do próprio ca- As comunicações oficiais devem ser sempre formais, isto é,
ráter público desses atos e comunicações; de outro, de sua finalida- obedecem a certas regras de forma: além das já mencionadas exi-
de. Os atos oficiais, aqui entendidos como atos de caráter normati- gências de impessoalidade e uso do padrão culto de linguagem, é
vo, ou estabelecem regras para a conduta dos cidadãos, ou regulam imperativo, ainda, certa formalidade de tratamento. Não se trata
o funcionamento dos órgãos públicos, o que só é alcançado se em somente da eterna dúvida quanto ao correto emprego deste ou da-
sua elaboração for empregada a linguagem adequada. O mesmo quele pronome de tratamento para uma autoridade de certo nível
se dá com os expedientes oficiais, cuja finalidade precípua é a de (v. a esse respeito 2.1.3. Emprego dos Pronomes de Tratamento);
informar com clareza e objetividade. As comunicações que partem mais do que isso, a formalidade diz respeito à polidez, à civilidade
dos órgãos públicos federais devem ser compreendidas por todo e no próprio enfoque dado ao assunto do qual cuida a comunicação.
qualquer cidadão brasileiro. Para atingir esse objetivo, há que evitar A formalidade de tratamento vincula-se, também, à necessária
o uso de uma linguagem restrita a determinados grupos. Não há uniformidade das comunicações. Ora, se a administração federal é
dúvida que um texto marcado por expressões de circulação restrita, una, é natural que as comunicações que expede sigam um mesmo
como a gíria, os regionalismos vocabulares ou o jargão técnico, tem padrão. O estabelecimento desse padrão, uma das metas deste Ma-
sua compreensão dificultada. Ressalte-se que há necessariamente nual, exige que se atente para todas as características da redação
uma distância entre a língua falada e a escrita. Aquela é extrema- oficial e que se cuide, ainda, da apresentação dos textos. A clareza
mente dinâmica, reflete de forma imediata qualquer alteração de datilográfica, o uso de papéis uniformes para o texto definitivo e a
costumes, e pode eventualmente contar com outros elementos que correta diagramação do texto são indispensáveis para a padroniza-
auxiliem a sua compreensão, como os gestos, a entoação, etc. Para ção. Consulte o Capítulo II, As Comunicações Oficiais, a respeito de
mencionar apenas alguns dos fatores responsáveis por essa distân- normas específicas para cada tipo de expediente.
cia. Já a língua escrita incorpora mais lentamente as transforma-
Concisão e Clareza
ções, tem maior vocação para a permanência, e vale-se apenas de
A concisão é antes uma qualidade do que uma característica do
si mesma para comunicar. A língua escrita, como a falada, compre-
texto oficial. Conciso é o texto que consegue transmitir um máxi-
ende diferentes níveis, de acordo com o uso que dela se faça. Por
mo de informações com um mínimo de palavras. Para que se redija
exemplo, em uma carta a um amigo, podemos nos valer de deter-
com essa qualidade, é fundamental que se tenha, além de conheci-
minado padrão de linguagem que incorpore expressões extrema-
mento do assunto sobre o qual se escreve, o necessário tempo para
mente pessoais ou coloquiais; em um parecer jurídico, não se há de
revisar o texto depois de pronto. É nessa releitura que muitas vezes
estranhar a presença do vocabulário técnico correspondente. Nos
se percebem eventuais redundâncias ou repetições desnecessárias
dois casos, há um padrão de linguagem que atende ao uso que se de ideias. O esforço de sermos concisos atende, basicamente ao
faz da língua, a finalidade com que a empregamos. O mesmo ocorre princípio de economia linguística, à mencionada fórmula de empre-
com os textos oficiais: por seu caráter impessoal, por sua finalidade gar o mínimo de palavras para informar o máximo. Não se deve de
de informar com o máximo de clareza e concisão, eles requerem o forma alguma entendê-la como economia de pensamento, isto é,
uso do padrão culto da língua. Há consenso de que o padrão cul- não se devem eliminar passagens substanciais do texto no afã de
to é aquele em que a) se observam as regras da gramática formal, reduzi-lo em tamanho. Trata-se exclusivamente de cortar palavras
e b) se emprega um vocabulário comum ao conjunto dos usuários inúteis, redundâncias, passagens que nada acrescentem ao que já
do idioma. É importante ressaltar que a obrigatoriedade do uso do foi dito. Procure perceber certa hierarquia de ideias que existe em
padrão culto na redação oficial decorre do fato de que ele está aci- todo texto de alguma complexidade: ideias fundamentais e ideias
ma das diferenças lexicais, morfológicas ou sintáticas regionais, dos secundárias. Estas últimas podem esclarecer o sentido daquelas de-
modismos vocabulares, das idiossincrasias linguísticas, permitindo, talhá-las, exemplificá-las; mas existem também ideias secundárias
por essa razão, que se atinja a pretendida compreensão por todos que não acrescentam informação alguma ao texto, nem têm maior
os cidadãos. relação com as fundamentais, podendo, por isso, ser dispensadas. A
Lembre-se que o padrão culto nada tem contra a simplicidade clareza deve ser a qualidade básica de todo texto oficial, conforme
de expressão, desde que não seja confundida com pobreza de ex- já sublinhado na introdução deste capítulo. Pode-se definir como
pressão. De nenhuma forma o uso do padrão culto implica empre- claro aquele texto que possibilita imediata compreensão pelo leitor.
go de linguagem rebuscada, nem dos contorcionismos sintáticos e No entanto a clareza não é algo que se atinja por si só: ela depende
figuras de linguagem próprios da língua literária. Pode-se concluir, estritamente das demais características da redação oficial. Para ela
então, que não existe propriamente um “padrão oficial de lingua- concorrem:
gem”; o que há é o uso do padrão culto nos atos e comunicações a) a impessoalidade, que evita a duplicidade de interpretações
oficiais. É claro que haverá preferência pelo uso de determinadas que poderia decorrer de um tratamento personalista dado ao texto;
expressões, ou será obedecida certa tradição no emprego das for- b) o uso do padrão culto de linguagem, em princípio, de en-
mas sintáticas, mas isso não implica, necessariamente, que se con- tendimento geral e por definição avesso a vocábulos de circulação
sagre a utilização de uma forma de linguagem burocrática. O jargão restrita, como a gíria e o jargão;
burocrático, como todo jargão, deve ser evitado, pois terá sempre c) a formalidade e a padronização, que possibilitam a impres-
sua compreensão limitada. A linguagem técnica deve ser empre- cindível uniformidade dos textos;

22
LÍNGUA PORTUGUESA
d) a concisão, que faz desaparecer do texto os excessos linguís- Concordância com os Pronomes de Tratamento
ticos que nada lhe acrescentam. Os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa indireta)
apresentam certas peculiaridades quanto à concordância verbal,
É pela correta observação dessas características que se redige nominal e pronominal. Embora se refiram à segunda pessoa gra-
com clareza. Contribuirá, ainda, a indispensável releitura de todo matical (à pessoa com quem se fala, ou a quem se dirige a comuni-
texto redigido. A ocorrência, em textos oficiais, de trechos obscuros cação), levam a concordância para a terceira pessoa. É que o verbo
e de erros gramaticais provém principalmente da falta da releitu- concorda com o substantivo que integra a locução como seu núcleo
ra que torna possível sua correção. Na revisão de um expediente, sintático: “Vossa Senhoria nomeará o substituto”; “Vossa Excelên-
deve-se avaliar, ainda, se ele será de fácil compreensão por seu cia conhece o assunto”. Da mesma forma, os pronomes possessivos
destinatário. O que nos parece óbvio pode ser desconhecido por referidos a pronomes de tratamento são sempre os da terceira pes-
terceiros. O domínio que adquirimos sobre certos assuntos em de- soa: “Vossa Senhoria nomeará seu substituto” (e não “Vossa... vos-
corrência de nossa experiência profissional muitas vezes faz com so...”). Já quanto aos adjetivos referidos a esses pronomes, o gênero
que os tomemos como de conhecimento geral, o que nem sempre gramatical deve coincidir com o sexo da pessoa a que se refere, e
é verdade. Explicite, desenvolva, esclareça, precise os termos técni- não com o substantivo que compõe a locução. Assim, se nosso in-
cos, o significado das siglas e abreviações e os conceitos específicos terlocutor for homem, o correto é “Vossa Excelência está atarefa-
que não possam ser dispensados. A revisão atenta exige, necessa- do”, “Vossa Senhoria deve estar satisfeito”; se for mulher, “Vossa
riamente, tempo. A pressa com que são elaboradas certas comu- Excelência está atarefada”, “Vossa Senhoria deve estar satisfeita”.
nicações quase sempre compromete sua clareza. Não se deve pro-
ceder à redação de um texto que não seja seguida por sua revisão. Emprego dos Pronomes de Tratamento
“Não há assuntos urgentes, há assuntos atrasados”, diz a máxima. Como visto, o emprego dos pronomes de tratamento obedece
Evite-se, pois, o atraso, com sua indesejável repercussão no redigir. a secular tradição. São de uso consagrado:
Vossa Excelência, para as seguintes autoridades:
As comunicações oficiais
A redação das comunicações oficiais deve, antes de tudo, se- a) do Poder Executivo;
guir os preceitos explicitados no Capítulo I, Aspectos Gerais da Presidente da República;
Redação Oficial. Além disso, há características específicas de cada Vice-Presidente da República;
tipo de expediente, que serão tratadas em detalhe neste capítulo. Ministros de Estado;
Antes de passarmos à sua análise, vejamos outros aspectos comuns Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Fe-
a quase todas as modalidades de comunicação oficial: o emprego deral;
dos pronomes de tratamento, a forma dos fechos e a identificação Oficiais-Generais das Forças Armadas;
do signatário. Embaixadores;
Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de
Pronomes de Tratamento cargos de natureza especial;
Secretários de Estado dos Governos Estaduais;
Breve História dos Pronomes de Tratamento Prefeitos Municipais.
O uso de pronomes e locuções pronominais de tratamento tem
larga tradição na língua portuguesa. De acordo com Said Ali, após b) do Poder Legislativo:
serem incorporados ao português os pronomes latinos tu e vos, Deputados Federais e Senadores;
“como tratamento direto da pessoa ou pessoas a quem se dirigia a Ministro do Tribunal de Contas da União;
palavra”, passou-se a empregar, como expediente linguístico de dis- Deputados Estaduais e Distritais;
tinção e de respeito, a segunda pessoa do plural no tratamento de Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais;
pessoas de hierarquia superior. Prossegue o autor: “Outro modo de Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais.
tratamento indireto consistiu em fingir que se dirigia a palavra a um
atributo ou qualidade eminente da pessoa de categoria superior, e c) do Poder Judiciário:
não a ela própria. Assim aproximavam-se os vassalos de seu rei com Ministros dos Tribunais Superiores;
o tratamento de vossa mercê, vossa senhoria (...); assim usou-se Membros de Tribunais;
o tratamento ducal de vossa excelência e adotou-se na hierarquia Juízes;
eclesiástica vossa reverência, vossa paternidade, vossa eminência, Auditores da Justiça Militar.
vossa santidade. ” A partir do final do século XVI, esse modo de
tratamento indireto já estava em voga também para os ocupantes O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos
de certos cargos públicos. Vossa mercê evoluiu para vosmecê, e de- Chefes de Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo respec-
pois para o coloquial você. E o pronome vós, com o tempo, caiu em tivo:
desuso. É dessa tradição que provém o atual emprego de pronomes Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
de tratamento indireto como forma de dirigirmo-nos às autorida- Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional,
des civis, militares e eclesiásticas. Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Fede-
ral.

As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor,


seguido do cargo respectivo:
Senhor Senador,
Senhor Juiz,
Senhor Ministro,
Senhor Governador,

23
LÍNGUA PORTUGUESA
No envelope, o endereçamento das comunicações dirigidas às (...)
autoridades tratadas por Vossa Excelência, terá a seguinte forma:
Vossa Excelência Reverendíssima é usado em comunicações
A Sua Excelência o Senhor dirigidas a Arcebispos e Bispos; Vossa Reverendíssima ou Vossa Se-
Fulano de Tal nhoria Reverendíssima para Monsenhores, Cônegos e superiores
Ministro de Estado da Justiça religiosos. Vossa Reverência é empregado para sacerdotes, clérigos
70.064-900 – Brasília. DF e demais religiosos.

A Sua Excelência o Senhor Fechos para Comunicações


Senador Fulano de Tal O fecho das comunicações oficiais possui, além da finalidade
Senado Federal óbvia de arrematar o texto, a de saudar o destinatário. Os modelos
70.165-900 – Brasília. DF para fecho que vinham sendo utilizados foram regulados pela Por-
taria nº1 do Ministério da Justiça, de 1937, que estabelecia quinze
A Sua Excelência o Senhor padrões. Com o fito de simplificá-los e uniformizá-los, este Manual
Fulano de Tal estabelece o emprego de somente dois fechos diferentes para to-
Juiz de Direito da 10a Vara Cível das as modalidades de comunicação oficial:
Rua ABC, no 123 a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente da Re-
01.010-000 – São Paulo. SP pública:
Respeitosamente,
Em comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia in-
digníssimo (DD), às autoridades arroladas na lista anterior. A dig- ferior:
nidade é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo público, Atenciosamente,
sendo desnecessária sua repetida evocação.
Vossa Senhoria é empregado para as demais autoridades e Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigidas a au-
para particulares. O vocativo adequado é: toridades estrangeiras, que atendem a rito e tradição próprios, de-
Senhor Fulano de Tal, vidamente disciplinados no Manual de Redação do Ministério das
(...) Relações Exteriores.

No envelope, deve constar do endereçamento: Identificação do Signatário


Ao Senhor Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da Repú-
Fulano de Tal blica, todas as demais comunicações oficiais devem trazer o nome e
Rua ABC, nº 123 o cargo da autoridade que as expede, abaixo do local de sua assina-
70.123 – Curitiba. PR tura. A forma da identificação deve ser a seguinte:

Como se depreende do exemplo acima fica dispensado o em- (espaço para assinatura)
prego do superlativo ilustríssimo para as autoridades que recebem NOME
o tratamento de Vossa Senhoria e para particulares. É suficiente o Chefe da Secretária-geral da Presidência da República
uso do pronome de tratamento Senhor. Acrescente-se que doutor
não é forma de tratamento, e sim título acadêmico. Evite usá-lo (espaço para assinatura)
indiscriminadamente. Como regra geral, empregue-o apenas em NOME
comunicações dirigidas a pessoas que tenham tal grau por terem Ministro de Estado da Justiça
concluído curso universitário de doutorado. É costume designar por
doutor os bacharéis, especialmente os bacharéis em Direito e em Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a assinatura
Medicina. Nos demais casos, o tratamento Senhor confere a dese- em página isolada do expediente. Transfira para essa página ao me-
jada formalidade às comunicações. Mencionemos, ainda, a forma nos a última frase anterior ao fecho.
Vossa Magnificência, empregada por força da tradição, em comu-
nicações dirigidas a reitores de universidade. Corresponde-lhe o O Padrão Ofício
vocativo: Há três tipos de expedientes que se diferenciam antes pela fi-
nalidade do que pela forma: o ofício, o aviso e o memorando. Com
Magnífico Reitor, o fito de uniformizá-los, pode-se adotar uma diagramação única,
(...) que siga o que chamamos de padrão ofício. As peculiaridades de
cada um serão tratadas adiante; por ora busquemos as suas seme-
Os pronomes de tratamento para religiosos, de acordo com a lhanças.
hierarquia eclesiástica, são:
Partes do documento no Padrão Ofício
Vossa Santidade, em comunicações dirigidas ao Papa. O voca- O aviso, o ofício e o memorando devem conter as seguintes
tivo correspondente é: partes:
Santíssimo Padre, a) tipo e número do expediente, seguido da sigla do órgão que
(...) o expede:
Exemplos:
Vossa Eminência ou Vossa Eminência Reverendíssima, em co- Mem. 123/2002-MF Aviso 123/2002-SG Of. 123/2002-MME
municações aos Cardeais. Corresponde-lhe o vocativo:
Eminentíssimo Senhor Cardeal, ou b) local e data em que foi assinado, por extenso, com alinha-
Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal, mento à direita:

24
LÍNGUA PORTUGUESA
Exemplo: c) é obrigatória constar a partir da segunda página o número
13 da página;
Brasília, 15 de março de 1991. d) os ofícios, memorandos e anexos destes poderão ser impres-
sos em ambas as faces do papel. Neste caso, as margens esquerda
c) assunto: resumo do teor do documento e direta terão as distâncias invertidas nas páginas pares (“margem
Exemplos: espelho”);
Assunto: Produtividade do órgão em 2002. e) o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de distân-
Assunto: Necessidade de aquisição de novos computadores. cia da margem esquerda;
f) o campo destinado à margem lateral esquerda terá, no míni-
d) destinatário: o nome e o cargo da pessoa a quem é dirigida mo, 3,0 cm de largura;
a comunicação. No caso do ofício deve ser incluído também o en- g) o campo destinado à margem lateral direita terá 1,5 cm; 5 O
dereço. constante neste item aplica-se também à exposição de motivos e à
mensagem (v. 4. Exposição de Motivos e 5. Mensagem).
e) texto: nos casos em que não for de mero encaminhamento h) deve ser utilizado espaçamento simples entre as linhas e de
de documentos, o expediente deve conter a seguinte estrutura: 6 pontos após cada parágrafo, ou, se o editor de texto utilizado não
– Introdução, que se confunde com o parágrafo de abertura, comportar tal recurso, de uma linha em branco;
na qual é apresentado o assunto que motiva a comunicação. Evite o i) não deve haver abuso no uso de negrito, itálico, sublinhado,
uso das formas: “Tenho a honra de”, “Tenho o prazer de”, “Cumpre- letras maiúsculas, sombreado, sombra, relevo, bordas ou qualquer
-me informar que”, empregue a forma direta; outra forma de formatação que afete a elegância e a sobriedade do
– Desenvolvimento, no qual o assunto é detalhado; se o texto documento;
contiver mais de uma ideia sobre o assunto, elas devem ser tratadas j) a impressão dos textos deve ser feita na cor preta em papel
em parágrafos distintos, o que confere maior clareza à exposição; branco. A impressão colorida deve ser usada apenas para gráficos
– Conclusão, em que é reafirmada ou simplesmente reapresen- e ilustrações;
tada a posição recomendada sobre o assunto. l) todos os tipos de documentos do Padrão Ofício devem ser
impressos em papel de tamanho A-4, ou seja, 29,7 x 21,0 cm;
Os parágrafos do texto devem ser numerados, exceto nos casos m) deve ser utilizado, preferencialmente, o formato de arquivo
em que estes estejam organizados em itens ou títulos e subtítulos. Rich Text nos documentos de texto;
Já quando se tratar de mero encaminhamento de documentos n) dentro do possível, todos os documentos elaborados devem
a estrutura é a seguinte: ter o arquivo de texto preservado para consulta posterior ou apro-
– Introdução: deve iniciar com referência ao expediente que veitamento de trechos para casos análogos;
solicitou o encaminhamento. Se a remessa do documento não tiver o) para facilitar a localização, os nomes dos arquivos devem
sido solicitada, deve iniciar com a informação do motivo da comu- ser formados da seguinte maneira: tipo do documento + número do
nicação, que é encaminhar, indicando a seguir os dados completos documento + palavras-chaves do conteúdo Ex.: “Of. 123 - relatório
produtividade ano 2002”
do documento encaminhado (tipo, data, origem ou signatário, e as-
sunto de que trata), e a razão pela qual está sendo encaminhado,
Aviso e Ofício
segundo a seguinte fórmula:
— Definição e Finalidade
“Em resposta ao Aviso nº 12, de 1º de fevereiro de 1991, enca-
Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial pratica-
minho, anexa, cópia do Ofício nº 34, de 3 de abril de 1990, do Depar-
mente idênticas. A única diferença entre eles é que o aviso é expe-
tamento Geral de Administração, que trata da requisição do servi-
dido exclusivamente por Ministros de Estado, para autoridades de
dor Fulano de Tal. ” Ou “Encaminho, para exame e pronunciamento,
mesma hierarquia, ao passo que o ofício é expedido para e pelas
a anexa cópia do telegrama no 12, de 1o de fevereiro de 1991, do
demais autoridades. Ambos têm como finalidade o tratamento de
Presidente da Confederação Nacional de Agricultura, a respeito de assuntos oficiais pelos órgãos da Administração Pública entre si e,
projeto de modernização de técnicas agrícolas na região Nordeste. ” no caso do ofício, também com particulares.
– Desenvolvimento: se o autor da comunicação desejar fazer
algum comentário a respeito do documento que encaminha, pode- — Forma e Estrutura
rá acrescentar parágrafos de desenvolvimento; em caso contrário, Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o modelo do padrão
não há parágrafos de desenvolvimento em aviso ou ofício de mero ofício, com acréscimo do vocativo, que invoca o destinatário (v. 2.1
encaminhamento. Pronomes de Tratamento), seguido de vírgula.
Exemplos:
f) fecho (v. 2.2. Fechos para Comunicações); Excelentíssimo Senhor Presidente da República
Senhora Ministra
g) assinatura do autor da comunicação; e Senhor Chefe de Gabinete
Devem constar do cabeçalho ou do rodapé do ofício as seguin-
h) identificação do signatário (v. 2.3. Identificação do Signa- tes informações do remetente:
tário). – Nome do órgão ou setor;
– Endereço postal;
Forma de diagramação – telefone E endereço de correio eletrônico.
Os documentos do Padrão Ofício5 devem obedecer à seguinte
forma de apresentação:
a) deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de corpo
12 no texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas notas de rodapé;
b) para símbolos não existentes na fonte Times New Roman po-
der-se-á utilizar as fontes Symbol e Wingdings;

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LÍNGUA PORTUGUESA
Memorando b) no desenvolvimento: o porquê de ser aquela medida ou
aquele ato normativo o ideal para se solucionar o problema, e even-
— Definição e Finalidade tuais alternativas existentes para equacioná-lo;
O memorando é a modalidade de comunicação entre unidades c) na conclusão, novamente, qual medida deve ser tomada, ou
administrativas de um mesmo órgão, que podem estar hierarquica- qual ato normativo deve ser editado para solucionar o problema.
mente em mesmo nível ou em nível diferente. Trata-se, portanto,
de uma forma de comunicação eminentemente interna. Pode ter Deve, ainda, trazer apenso o formulário de anexo à exposição
caráter meramente administrativo, ou ser empregado para a ex- de motivos, devidamente preenchido, de acordo com o seguinte
posição de projetos, ideias, diretrizes, etc. a serem adotados por modelo previsto no Anexo II do Decreto no 4.176, de 28 de março
determinado setor do serviço público. Sua característica principal é de 2002.
a agilidade. A tramitação do memorando em qualquer órgão deve Anexo à Exposição de Motivos do (indicar nome do Ministério
pautar-se pela rapidez e pela simplicidade de procedimentos buro- ou órgão equivalente) nº de 200.
cráticos. Para evitar desnecessário aumento do número de comuni-
cações, os despachos ao memorando devem ser dados no próprio 1. Síntese do problema ou da situação que reclama providên-
documento e, no caso de falta de espaço, em folha de continuação. cias
Esse procedimento permite formar uma espécie de processo sim- 2. Soluções e providências contidas no ato normativo ou na
plificado, assegurando maior transparência à tomada de decisões, medida proposta
e permitindo que se historie o andamento da matéria tratada no 3. Alternativas existentes às medidas propostas
memorando. Mencionar:
- Se há outro projeto do Executivo sobre a matéria;
— Forma e Estrutura - Se há projetos sobre a matéria no Legislativo;
Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do padrão - Outras possibilidades de resolução do problema.
ofício, com a diferença de que o seu destinatário deve ser mencio-
nado pelo cargo que ocupa. 4. Custos
Exemplos: Mencionar:
Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração Ao Sr. Subche- - Se a despesa decorrente da medida está prevista na lei orça-
fe para Assuntos Jurídicos mentária anual; se não, quais as alternativas para custeá-la;
- Se é o caso de solicitar-se abertura de crédito extraordinário,
Exposição de Motivos especial ou suplementar;
- Valor a ser despendido em moeda corrente;
— Definição e Finalidade
Exposição de motivos é o expediente dirigido ao Presidente da
5. Razões que justificam a urgência (a ser preenchido somente
República ou ao Vice-Presidente para:
se o ato proposto for medido provisória ou projeto de lei que deva
a) informá-lo de determinado assunto;
tramitar em regime de urgência)
b) propor alguma medida; ou
Mencionar:
c) submeter a sua consideração projeto de ato normativo.
- Se o problema configura calamidade pública;
- Por que é indispensável a vigência imediata;
Em regra, a exposição de motivos é dirigida ao Presidente da
- Se se trata de problema cuja causa ou agravamento não te-
República por um Ministro de Estado.
nham sido previstos;
Nos casos em que o assunto tratado envolva mais de um Mi-
nistério, a exposição de motivos deverá ser assinada por todos os - Se se trata de desenvolvimento extraordinário de situação já
Ministros envolvidos, sendo, por essa razão, chamada de intermi- prevista.
nisterial.
6. Impacto sobre o meio ambiente (sempre que o ato ou medi-
— Forma e Estrutura da proposta possa vir a tê-lo)
Formalmente, a exposição de motivos tem a apresentação do 7. Alterações propostas
padrão ofício (v. 3. O Padrão Ofício). O anexo que acompanha a 8. Síntese do parecer do órgão jurídico
exposição de motivos que proponha alguma medida ou apresente Com base em avaliação do ato normativo ou da medida pro-
projeto de ato normativo, segue o modelo descrito adiante. A ex- posta à luz das questões levantadas no item 10.4.3.
posição de motivos, de acordo com sua finalidade, apresenta duas A falta ou insuficiência das informações prestadas pode acar-
formas básicas de estrutura: uma para aquela que tenha caráter retar, a critério da Subchefia para Assuntos Jurídicos da Casa Civil,
exclusivamente informativo e outra para a que proponha alguma a devolução do projeto de ato normativo para que se complete o
medida ou submeta projeto de ato normativo. exame ou se reformule a proposta. O preenchimento obrigatório do
No primeiro caso, o da exposição de motivos que simplesmen- anexo para as exposições de motivos que proponham a adoção de
te leva algum assunto ao conhecimento do Presidente da República, alguma medida ou a edição de ato normativo tem como finalidade:
sua estrutura segue o modelo antes referido para o padrão ofício. a) permitir a adequada reflexão sobre o problema que se busca
Já a exposição de motivos que submeta à consideração do Pre- resolver;
sidente da República a sugestão de alguma medida a ser adotada b) ensejar mais profunda avaliação das diversas causas do pro-
ou a que lhe apresente projeto de ato normativo – embora sigam blema e dos efeitos que pode ter a adoção da medida ou a edição
também a estrutura do padrão ofício –, além de outros comentá- do ato, em consonância com as questões que devem ser analisadas
rios julgados pertinentes por seu autor, devem, obrigatoriamente, na elaboração de proposições normativas no âmbito do Poder Exe-
apontar: cutivo (v. 10.4.3.).
a) na introdução: o problema que está a reclamar a adoção da c) conferir perfeita transparência aos atos propostos.
medida ou do ato normativo proposto;

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LÍNGUA PORTUGUESA
Dessa forma, ao atender às questões que devem ser analisadas Primeiro Secretário do Senado Federal. A razão é que o art. 166
na elaboração de atos normativos no âmbito do Poder Executivo, da Constituição impõe a deliberação congressual sobre as leis fi-
o texto da exposição de motivos e seu anexo complementam-se e nanceiras em sessão conjunta, mais precisamente, “na forma do
formam um todo coeso: no anexo, encontramos uma avaliação pro- regimento comum”. E à frente da Mesa do Congresso Nacional está
funda e direta de toda a situação que está a reclamar a adoção de o Presidente do Senado Federal (Constituição, art. 57, § 5o), que co-
certa providência ou a edição de um ato normativo; o problema a manda as sessões conjuntas. As mensagens aqui tratadas coroam o
ser enfrentado e suas causas; a solução que se propõe, seus efeitos processo desenvolvido no âmbito do Poder Executivo, que abrange
e seus custos; e as alternativas existentes. O texto da exposição de minucioso exame técnico, jurídico e econômico-financeiro das ma-
motivos fica, assim, reservado à demonstração da necessidade da térias objeto das proposições por elas encaminhadas. Tais exames
providência proposta: por que deve ser adotada e como resolverá materializam-se em pareceres dos diversos órgãos interessados no
o problema. Nos casos em que o ato proposto for questão de pes- assunto das proposições, entre eles o da Advocacia-Geral da União.
soal (nomeação, promoção, ascensão, transferência, readaptação, Mas, na origem das propostas, as análises necessárias constam da
reversão, aproveitamento, reintegração, recondução, remoção, exposição de motivos do órgão onde se geraram (v. 3.1. Exposição
exoneração, demissão, dispensa, disponibilidade, aposentadoria), de Motivos) – exposição que acompanhará, por cópia, a mensagem
não é necessário o encaminhamento do formulário de anexo à ex- de encaminhamento ao Congresso.
posição de motivos. b) encaminhamento de medida provisória.
Ressalte-se que: Para dar cumprimento ao disposto no art. 62 da Constituição,
– A síntese do parecer do órgão de assessoramento jurídico o Presidente da República encaminha mensagem ao Congresso,
não dispensa o encaminhamento do parecer completo; dirigida a seus membros, com aviso para o Primeiro Secretário do
– O tamanho dos campos do anexo à exposição de motivos Senado Federal, juntando cópia da medida provisória, autenticada
pode ser alterado de acordo com a maior ou menor extensão dos pela Coordenação de Documentação da Presidência da República.
comentários a serem ali incluídos. c) indicação de autoridades.
As mensagens que submetem ao Senado Federal a indicação
Ao elaborar uma exposição de motivos, tenha presente que de pessoas para ocuparem determinados cargos (magistrados dos
a atenção aos requisitos básicos da redação oficial (clareza, conci- Tribunais Superiores, Ministros do TCU, Presidentes e Diretores do
são, impessoalidade, formalidade, padronização e uso do padrão Banco Central, Procurador-Geral da República, Chefes de Missão Di-
culto de linguagem) deve ser redobrada. A exposição de motivos é plomática, etc.) têm em vista que a Constituição, no seu art. 52, inci-
a principal modalidade de comunicação dirigida ao Presidente da sos III e IV, atribui àquela Casa do Congresso Nacional competência
República pelos Ministros. Além disso, pode, em certos casos, ser privativa para aprovar a indicação. O curriculum vitae do indicado,
encaminhada cópia ao Congresso Nacional ou ao Poder Judiciário devidamente assinado, acompanha a mensagem.
ou, ainda, ser publicada no Diário Oficial da União, no todo ou em d) pedido de autorização para o Presidente ou o Vice-Presiden-
parte. te da República se ausentarem do País por mais de 15 dias. Trata-
-se de exigência constitucional (Constituição, art. 49, III, e 83), e a
autorização é da competência privativa do Congresso Nacional. O
Mensagem
Presidente da República, tradicionalmente, por cortesia, quando a
ausência é por prazo inferior a 15 dias, faz uma comunicação a cada
— Definição e Finalidade
Casa do Congresso, enviando-lhes mensagens idênticas.
É o instrumento de comunicação oficial entre os Chefes dos
e) encaminhamento de atos de concessão e renovação de
Poderes Públicos, notadamente as mensagens enviadas pelo Chefe
concessão de emissoras de rádio e TV. A obrigação de submeter
do Poder Executivo ao Poder Legislativo para informar sobre fato
tais atos à apreciação do Congresso Nacional consta no inciso XII
da Administração Pública; expor o plano de governo por ocasião
do artigo 49 da Constituição. Somente produzirão efeitos legais a
da abertura de sessão legislativa; submeter ao Congresso Nacional
outorga ou renovação da concessão após deliberação do Congresso
matérias que dependem de deliberação de suas Casas; apresentar Nacional (Constituição, art. 223, § 3o). Descabe pedir na mensagem
veto; enfim, fazer e agradecer comunicações de tudo quanto seja a urgência prevista no art. 64 da Constituição, porquanto o § 1o do
de interesse dos poderes públicos e da Nação. Minuta de mensa- art. 223 já define o prazo da tramitação. Além do ato de outorga
gem pode ser encaminhada pelos Ministérios à Presidência da Re- ou renovação, acompanha a mensagem o correspondente processo
pública, a cujas assessorias caberá a redação final. As mensagens administrativo.
mais usuais do Poder Executivo ao Congresso Nacional têm as se- f) encaminhamento das contas referentes ao exercício ante-
guintes finalidades: rior. O Presidente da República tem o prazo de sessenta dias após a
a) encaminhamento de projeto de lei ordinária, complemen- abertura da sessão legislativa para enviar ao Congresso Nacional as
tar ou financeira. Os projetos de lei ordinária ou complementar são contas referentes ao exercício anterior (Constituição, art. 84, XXIV),
enviados em regime normal (Constituição, art. 61) ou de urgência para exame e parecer da Comissão Mista permanente (Constitui-
(Constituição, art. 64, §§ 1o a 4o). Cabe lembrar que o projeto pode ção, art. 166, § 1o), sob pena de a Câmara dos Deputados realizar a
ser encaminhado sob o regime normal e mais tarde ser objeto de tomada de contas (Constituição, art. 51, II), em procedimento disci-
nova mensagem, com solicitação de urgência. Em ambos os casos, plinado no art. 215 do seu Regimento Interno.
a mensagem se dirige aos Membros do Congresso Nacional, mas é g) mensagem de abertura da sessão legislativa.
encaminhada com aviso do Chefe da Casa Civil da Presidência da Ela deve conter o plano de governo, exposição sobre a situação
República ao Primeiro Secretário da Câmara dos Deputados, para do País e solicitação de providências que julgar necessárias (Cons-
que tenha início sua tramitação (Constituição, art. 64, caput). Quan- tituição, art. 84, XI). O portador da mensagem é o Chefe da Casa
to aos projetos de lei financeira (que compreendem plano plurianu- Civil da Presidência da República. Esta mensagem difere das demais
al, diretrizes orçamentárias, orçamentos anuais e créditos adicio- porque vai encadernada e é distribuída a todos os Congressistas em
nais), as mensagens de encaminhamento dirigem-se aos Membros forma de livro.
do Congresso Nacional, e os respectivos avisos são endereçados ao h) comunicação de sanção (com restituição de autógrafos).

27
LÍNGUA PORTUGUESA
Esta mensagem é dirigida aos Membros do Congresso Nacio- Telegrama
nal, encaminhada por Aviso ao Primeiro Secretário da Casa onde
se originaram os autógrafos. Nela se informa o número que tomou — Definição e Finalidade
a lei e se restituem dois exemplares dos três autógrafos recebidos, Com o fito de uniformizar a terminologia e simplificar os proce-
nos quais o Presidente da República terá aposto o despacho de san- dimentos burocráticos, passa a receber o título de telegrama toda
ção. comunicação oficial expedida por meio de telegrafia, telex, etc. Por
i) comunicação de veto. tratar-se de forma de comunicação dispendiosa aos cofres públicos
Dirigida ao Presidente do Senado Federal (Constituição, art. 66, e tecnologicamente superada, deve restringir-se o uso do telegra-
§ 1o), a mensagem informa sobre a decisão de vetar, se o veto é ma apenas àquelas situações que não seja possível o uso de correio
parcial, quais as disposições vetadas, e as razões do veto. Seu texto eletrônico ou fax e que a urgência justifique sua utilização e, tam-
vai publicado na íntegra no Diário Oficial da União (v. 4.2. Forma e bém em razão de seu custo elevado, esta forma de comunicação
Estrutura), ao contrário das demais mensagens, cuja publicação se deve pautar-se pela concisão (v. 1.4. Concisão e Clareza).
restringe à notícia do seu envio ao Poder Legislativo. (v. 19.6.Veto)
j) outras mensagens. — Forma e Estrutura
Também são remetidas ao Legislativo com regular frequência Não há padrão rígido, devendo-se seguir a forma e a estrutura
mensagens com: dos formulários disponíveis nas agências dos Correios e em seu sítio
– Encaminhamento de atos internacionais que acarretam en- na Internet.
cargos ou compromissos gravosos (Constituição, art. 49, I);
– Pedido de estabelecimento de alíquotas aplicáveis às opera-
Fax
ções e prestações interestaduais e de exportação
(Constituição, art. 155, § 2o, IV);
— Definição e Finalidade
– Proposta de fixação de limites globais para o montante da
O fax (forma abreviada já consagrada de fac-símile) é uma for-
dívida consolidada (Constituição, art. 52, VI);
ma de comunicação que está sendo menos usada devido ao desen-
– Pedido de autorização para operações financeiras externas
volvimento da Internet. É utilizado para a transmissão de mensa-
(Constituição, art. 52, V); e outros.
gens urgentes e para o envio antecipado de documentos, de cujo
Entre as mensagens menos comuns estão as de:
conhecimento há premência, quando não há condições de envio do
– Convocação extraordinária do Congresso Nacional (Constitui-
ção, art. 57, § 6o); documento por meio eletrônico. Quando necessário o original, ele
– Pedido de autorização para exonerar o Procurador-Geral da segue posteriormente pela via e na forma de praxe. Se necessário
República (art. 52, XI, e 128, § 2o); o arquivamento, deve-se fazê-lo com cópia xerox do fax e não com
– Pedido de autorização para declarar guerra e decretar mobi- o próprio fax, cujo papel, em certos modelos, se deteriora rapida-
lização nacional (Constituição, art. 84, XIX); mente.
– Pedido de autorização ou referendo para celebrar a paz
(Constituição, art. 84, XX); — Forma e Estrutura
– Justificativa para decretação do estado de defesa ou de sua Os documentos enviados por fax mantêm a forma e a estrutura
prorrogação (Constituição, art. 136, § 4o); que lhes são inerentes. É conveniente o envio, juntamente com o
– Pedido de autorização para decretar o estado de sítio (Cons- documento principal, de folha de rosto, i. é., de pequeno formulário
tituição, art. 137); com os dados de identificação da mensagem a ser enviada, confor-
– Relato das medidas praticadas na vigência do estado de sítio me exemplo a seguir:
ou de defesa (Constituição, art. 141, parágrafo único);
– Proposta de modificação de projetos de leis financeiras Correio Eletrônico
(Constituição, art. 166, § 5o);
– Pedido de autorização para utilizar recursos que ficarem sem — Definição e finalidade
despesas correspondentes, em decorrência de veto, emenda ou re- Correio eletrônico (“e-mail”), por seu baixo custo e celeridade,
jeição do projeto de lei orçamentária anual (Constituição, art. 166, transformou-se na principal forma de comunicação para transmis-
§ 8o); são de documentos.
– Pedido de autorização para alienar ou conceder terras públi-
cas com área superior a 2.500 ha (Constituição, art. 188, § 1o); etc. — Forma e Estrutura
Um dos atrativos de comunicação por correio eletrônico é sua
— Forma e Estrutura flexibilidade. Assim, não interessa definir forma rígida para sua es-
As mensagens contêm: trutura. Entretanto, deve-se evitar o uso de linguagem incompatí-
a) a indicação do tipo de expediente e de seu número, horizon- vel com uma comunicação oficial (v. 1.2 A Linguagem dos Atos e
talmente, no início da margem esquerda: Comunicações Oficiais). O campo assunto do formulário de correio
Mensagem no eletrônico mensagem deve ser preenchido de modo a facilitar a or-
b) vocativo, de acordo com o pronome de tratamento e o cargo ganização documental tanto do destinatário quanto do remetente.
do destinatário, horizontalmente, no início da margem esquerda; Para os arquivos anexados à mensagem deve ser utilizado, prefe-
Excelentíssimo Senhor Presidente do Senado Federal, rencialmente, o formato Rich Text. A mensagem que encaminha al-
c) o texto, iniciando a 2 cm do vocativo; gum arquivo deve trazer informações mínimas sobre seu conteúdo.
d) o local e a data, verticalmente a 2 cm do final do texto, e Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de confirmação de
horizontalmente fazendo coincidir seu final com a margem direita. leitura. Caso não seja disponível, deve constar na mensagem o pe-
A mensagem, como os demais atos assinados pelo Presidente dido de confirmação de recebimento.
da República, não traz identificação de seu signatário.

28
LÍNGUA PORTUGUESA
—Valor documental III – a expressão “tem a ver” pode ser considerada de uso co-
Nos termos da legislação em vigor, para que a mensagem de loquial e indica nesse contexto um vínculo temático entre “diversi-
correio eletrônico tenha valor documental, i. é, para que possa ser dade e identidade”.
aceito como documento original, é necessário existir certificação di- Marque a alternativa abaixo que apresenta a(s) proposi-
gital que ateste a identidade do remetente, na forma estabelecida ção(ões) verdadeira(s).
em lei. (A) I, apenas
(B) II e III
(C) III, apenas
(D) II, apenas
EXERCÍCIOS (E) I e II

1. (FMPA – MG) 3. (UNIFOR CE – 2006)


Assinale o item em que a palavra destacada está incorretamen- Dia desses, por alguns momentos, a cidade parou. As televi-
te aplicada: sões hipnotizaram os espectadores que assistiram, sem piscar, ao
resgate de uma mãe e de uma filha. Seu automóvel caíra em um
(A) Trouxeram-me um ramalhete de flores fragrantes.
rio. Assisti ao evento em um local público. Ao acabar o noticiário, o
(B) A justiça infligiu pena merecida aos desordeiros.
silêncio em volta do aparelho se desfez e as pessoas retomaram as
(C) Promoveram uma festa beneficiente para a creche.
suas ocupações habituais. Os celulares recomeçaram a tocar. Per-
(D) Devemos ser fieis aos cumprimentos do dever.
guntei-me: indiferença? Se tomarmos a definição ao pé da letra,
(E) A cessão de terras compete ao Estado. indiferença é sinônimo de desdém, de insensibilidade, de apatia e
de negligência. Mas podemos considerá-la também uma forma de
2. (UEPB – 2010) ceticismo e desinteresse, um “estado físico que não apresenta nada
Um debate sobre a diversidade na escola reuniu alguns, dos de particular”; enfim, explica o Aurélio, uma atitude de neutralida-
maiores nomes da educação mundial na atualidade. de.
Conclusão? Impassíveis diante da emoção, imperturbáveis
Carlos Alberto Torres diante da paixão, imunes à angústia, vamos hoje burilando nossa
1
O tema da diversidade tem a ver com o tema identidade. Por- indiferença. Não nos indignamos mais! À distância de tudo, segui-
tanto, 2quando você discute diversidade, um tema que cabe muito mos surdos ao barulho do mundo lá fora. Dos movimentos de mas-
no 3pensamento pós-modernista, está discutindo o tema da 4diver- sa “quentes” (lembram-se do “Diretas Já”?) onde nos fundíamos na
sidade não só em ideias contrapostas, mas também em 5identida- igualdade, passamos aos gestos frios, nos quais indiferença e dis-
des que se mexem, que se juntam em uma só pessoa. E 6este é um tância são fenômenos inseparáveis. Neles, apesar de iguais, somos
processo de aprendizagem. Uma segunda afirmação é 7que a diver- estrangeiros ao destino de nossos semelhantes. […]
sidade está relacionada com a questão da educação 8e do poder. Se (Mary Del Priore. Histórias do cotidiano. São Paulo: Contexto,
a diversidade fosse a simples descrição 9demográfica da realidade e 2001. p.68)
a realidade fosse uma boa articulação 10dessa descrição demográ-
fica em termos de constante articulação 11democrática, você não Dentre todos os sinônimos apresentados no texto para o vo-
sentiria muito a presença do tema 12diversidade neste instante. Há cábulo indiferença, o que melhor se aplica a ele, considerando-se
o termo diversidade porque há 13uma diversidade que implica o uso o contexto, é
e o abuso de poder, de uma 14perspectiva ética, religiosa, de raça, (A) ceticismo.
de classe. (B) desdém.
[…] (C) apatia.
(D) desinteresse.
Rosa Maria Torres (E) negligência.
15
O tema da diversidade, como tantos outros, hoje em dia, abre
4. (CASAN – 2015) Observe as sentenças.
16
muitas versões possíveis de projeto educativo e de projeto 17po-
I. Com medo do escuro, a criança ascendeu a luz.
lítico e social. É uma bandeira pela qual temos que reivindicar, 18e
II. É melhor deixares a vida fluir num ritmo tranquilo.
pela qual temos reivindicado há muitos anos, a necessidade 19de
III. O tráfico nas grandes cidades torna-se cada dia mais difícil
reconhecer que há distinções, grupos, valores distintos, e 20que a para os carros e os pedestres.
escola deve adequar-se às necessidades de cada grupo. 21Porém, o
tema da diversidade também pode dar lugar a uma 22série de coisas Assinale a alternativa correta quanto ao uso adequado de ho-
indesejadas. mônimos e parônimos.
[…]
Adaptado da Revista Pátio, Diversidade na educação: limites e (A) I e III.
possibilidades. Ano V, nº 20, fev./abr. 2002, p. 29. (B) II e III.
(C) II apenas.
Do enunciado “O tema da diversidade tem a ver com o tema (D) Todas incorretas.
identidade.” (ref. 1), pode-se inferir que
I – “Diversidade e identidade” fazem parte do mesmo campo
semântico, sendo a palavra “identidade” considerada um hiperôni-
mo, em relação à “diversidade”.
II – há uma relação de intercomplementariedade entre “diversi-
dade e identidade”, em função do efeito de sentido que se instaura
no paradigma argumentativo do enunciado.

29
LÍNGUA PORTUGUESA
5. (UFMS – 2009) 7. (PUC-SP) Dê a função sintática do termo destacado em: “De-
Leia o artigo abaixo, intitulado “Uma questão de tempo”, de pressa esqueci o Quincas Borba”.
Miguel Sanches Neto, extraído da Revista Nova Escola Online, em (A) objeto direto
30/09/08. Em seguida, responda. (B) sujeito
“Demorei para aprender ortografia. E essa aprendizagem con- (C) agente da passiva
tou com a ajuda dos editores de texto, no computador. Quando eu (D) adjunto adverbial
cometia uma infração, pequena ou grande, o programa grifava em (E) aposto
vermelho meu deslize. Fui assim me obrigando a escrever minima-
mente do jeito correto. 8. (MACK-SP) Aponte a alternativa que expressa a função sintá-
Mas de meu tempo de escola trago uma grande descoberta, tica do termo destacado: “Parece enfermo, seu irmão”.
a do monstro ortográfico. O nome dele era Qüeqüi Güegüi. Sim, (A) Sujeito
esse animal existiu de fato. A professora de Português nos disse que (B) Objeto direto
devíamos usar trema nas sílabas qüe, qüi, güe e güi quando o u é (C) Predicativo do sujeito
pronunciado. Fiquei com essa expressão tão sonora quanto enig- (D) Adjunto adverbial
mática na cabeça. (E) Adjunto adnominal
Quando meditava sobre algum problema terrível – pois na pré-
-adolescência sempre temos problemas terríveis –, eu tentava me 9. (OSEC-SP) “Ninguém parecia disposto ao trabalho naquela
libertar da coisa repetindo em voz alta: “Qüeqüi Güegüi”. Se numa manhã de segunda-feira”.
prova de Matemática eu não conseguia me lembrar de uma fórmu- (A) Predicativo
la, lá vinham as palavras mágicas. (B) Complemento nominal
Um desses problemas terríveis, uma namorada, ouvindo minha (C) Objeto indireto
evocação, quis saber o que era esse tal de Qüeqüi Güegüi. (D) Adjunto adverbial
– Você nunca ouviu falar nele? – perguntei. (E) Adjunto adnominal
– Ainda não fomos apresentados – ela disse.
– É o abominável monstro ortográfico – fiz uma falsa voz de 10. (MACK-SP) “Não se fazem motocicletas como antigamen-
terror. te”. O termo destacado funciona como:
– E ele faz o quê? (A) Objeto indireto
– Atrapalha a gente na hora de escrever. (B) Objeto direto
Ela riu e se desinteressou do assunto. Provavelmente não sabia (C) Adjunto adnominal
usar trema nem se lembrava da regrinha. (D) Vocativo
Aos poucos, eu me habituei a colocar as letras e os sinais no (E) Sujeito
lugar certo. Como essa aprendizagem foi demorada, não sei se con-
seguirei escrever de outra forma – agora que teremos novas regras. 11. (UFRJ) Esparadrapo
Por isso, peço desde já que perdoem meus futuros erros, que servi- Há palavras que parecem exatamente o que querem dizer. “Es-
rão ao menos para determinar minha idade. paradrapo”, por exemplo. Quem quebrou a cara fica mesmo com
– Esse aí é do tempo do trema.” cara de esparadrapo. No entanto, há outras, aliás de nobre sentido,
que parecem estar insinuando outra coisa. Por exemplo, “incuná-
Assinale a alternativa correta. bulo*”.
(A) As expressões “monstro ortográfico” e “abominável mons- QUINTANA, Mário. Da preguiça como método de trabalho. Rio
tro ortográfico” mantêm uma relação hiperonímica entre si. de Janeiro, Globo. 1987. p. 83.
(B) Em “– Atrapalha a gente na hora de escrever”, conforme a *Incunábulo: [do lat. Incunabulu; berço]. Adj. 1- Diz-se do livro
norma culta do português, a palavra “gente” pode ser substitu- impresso até o ano de 1500./ S.m. 2 – Começo, origem.
ída por “nós”.
(C) A frase “Fui-me obrigando a escrever minimamente do jeito A locução “No entanto” tem importante papel na estrutura do
correto”, o emprego do pronome oblíquo átono está correto de texto. Sua função resume-se em:
acordo com a norma culta da língua portuguesa. (A) ligar duas orações que querem dizer exatamente a mesma
(D) De acordo com as explicações do autor, as palavras pregüiça coisa.
e tranqüilo não serão mais grafadas com o trema. (B) separar acontecimentos que se sucedem cronologicamen-
(E) A palavra “evocação” (3° parágrafo) pode ser substituída no te.
texto por “recordação”, mas haverá alteração de sentido. (C) ligar duas observações contrárias acerca do mesmo assun-
to.
6. (FMU) Leia as expressões destacadas na seguinte passagem: (D) apresentar uma alternativa para a primeira ideia expressa.
“E comecei a sentir falta das pequenas brigas por causa do tempero (E) introduzir uma conclusão após os argumentos apresenta-
na salada – o meu jeito de querer bem.” dos.
Tais expressões exercem, respectivamente, a função sintática
de: 12. (IBFC – 2013) Leia as sentenças:
(A) objeto indireto e aposto
(B) objeto indireto e predicativo do sujeito É preciso que ela se encante por mim!
(C) complemento nominal e adjunto adverbial de modo Chegou à conclusão de que saiu no prejuízo.
(D) complemento nominal e aposto
(E) adjunto adnominal e adjunto adverbial de modo

30
LÍNGUA PORTUGUESA
Assinale abaixo a alternativa que classifica, correta e respecti- Assinale a alternativa em que a oração em negrito e sublinhada
vamente, as orações subordinadas substantivas (O.S.S.) destacadas: apresenta a mesma classificação sintática da destacada acima.
(A) O.S.S. objetiva direta e O.S.S. objetiva indireta. (A) “A menina que levava castigo na escola porque ria fora de
(B) O.S.S. subjetiva e O.S.S. completiva nominal hora (...)”
(C) O.S.S. subjetiva e O.S.S. objetiva indireta. (B) “(...) e deixava cair com estrondo sabendo que os meninos,
(D) O.S.S. objetiva direta e O.S.S. completiva nominal. mais que as meninas, se botariam de quatro catando lápis, ca-
netas, borracha (...)”
13. (ADVISE-2013) Todos os enunciados abaixo correspondem (C) “(...) não queria que soubessem que ela (...)”
a orações subordinadas substantivas, exceto: (D) “Logo me dei conta de que hoje setenta é quase banal (...)”
(A) Espero sinceramente isto: que vocês não faltem mais.
(B) Desejo que ela volte. 16. (FUNRIO – 2012) “Todos querem que nós
(C) Gostaria de que todos me apoiassem. ____________________.”
(D) Tenho medo de que esses assessores me traiam.
(E) Os jogadores que foram convocados apresentaram-se on- Apenas uma das alternativas completa coerente e adequada-
tem. mente a frase acima. Assinale-a.
(A) desfilando pelas passarelas internacionais.
14. (PUC-SP) “Pode-se dizer que a tarefa é puramente formal.” (B) desista da ação contra aquele salafrário.
No texto acima temos uma oração destacada que é ________e (C) estejamos prontos em breve para o trabalho.
um “se” que é . ________. (D) recuperássemos a vaga de motorista da firma.
(A) substantiva objetiva direta, partícula apassivadora (E) tentamos aquele emprego novamente.
(B) substantiva predicativa, índice de indeterminação do sujeito
(C) relativa, pronome reflexivo 17. (ITA - 1997) Assinale a opção que completa corretamente
(D) substantiva subjetiva, partícula apassivadora as lacunas do texto a seguir:
(E) adverbial consecutiva, índice de indeterminação do sujeito “Todas as amigas estavam _______________ ansiosas
_______________ ler os jornais, pois foram informadas de que as
15. (UEMG) “De repente chegou o dia dos meus setenta anos. críticas foram ______________ indulgentes ______________ ra-
Fiquei entre surpresa e divertida, setenta, eu? Mas tudo parece paz, o qual, embora tivesse mais aptidão _______________ ciên-
ter sido ontem! No século em que a maioria quer ter vinte anos cias exatas, demonstrava uma certa propensão _______________
(trinta a gente ainda aguenta), eu estava fazendo setenta. Pior: du- arte.”
vidando disso, pois ainda escutava em mim as risadas da menina (A) meio - para - bastante - para com o - para - para a
que queria correr nas lajes do pátio quando chovia, que pescava (B) muito - em - bastante - com o - nas - em
lambaris com o pai no laguinho, que chorava em filme do Gordo e (C) bastante - por - meias - ao - a - à
Magro, quando a mãe a levava à matinê. (Eu chorava alto com pena (D) meias - para - muito - pelo - em - por
dos dois, a mãe ficava furiosa.) (E) bem - por - meio - para o - pelas – na
A menina que levava castigo na escola porque ria fora de hora,
porque se distraía olhando o céu e nuvens pela janela em lugar de 18. (Mackenzie) Há uma concordância inaceitável de acordo
prestar atenção, porque devagarinho empurrava o estojo de lápis com a gramática:
até a beira da mesa, e deixava cair com estrondo sabendo que os I - Os brasileiros somos todos eternos sonhadores.
meninos, mais que as meninas, se botariam de quatro catando lá- II - Muito obrigadas! – disseram as moças.
pis, canetas, borracha – as tediosas regras de ordem e quietude se- III - Sr. Deputado, V. Exa. Está enganada.
riam rompidas mais uma vez. IV - A pobre senhora ficou meio confusa.
Fazendo a toda hora perguntas loucas, ela aborrecia os profes- V - São muito estudiosos os alunos e as alunas deste curso.
sores e divertia a turma: apenas porque não queria ser diferente,
queria ser amada, queria ser natural, não queria que soubessem (A) em I e II
que ela, doze anos, além de histórias em quadrinhos e novelinhas (B) apenas em IV
açucaradas, lia teatro grego – sem entender – e achava emocionan- (C) apenas em III
te. (D) em II, III e IV
(E até do futuro namorado, aos quinze anos, esconderia isso.) (E) apenas em II
O meu aniversário: primeiro pensei numa grande celebração,
eu que sou avessa a badalações e gosto de grupos bem pequenos. 19. (CESCEM–SP) Já ___ anos, ___ neste local árvores e flores.
Mas pensei, setenta vale a pena! Afinal já é bastante tempo! Logo Hoje, só ___ ervas daninhas.
me dei conta de que hoje setenta é quase banal, muita gente com (A) fazem, havia, existe
oitenta ainda está ativo e presente. (B) fazem, havia, existe
Decidi apenas reunir filhos e amigos mais chegados (tarefa difí- (C) fazem, haviam, existem
cil, escolher), e deixar aquela festona para outra década.” (D) faz, havia, existem
LUFT, 2014, p.104-105 (E) faz, havia, existe

Leia atentamente a oração destacada no período a seguir: 20. (IBGE) Indique a opção correta, no que se refere à concor-
“(...) pois ainda escutava em mim as risadas da menina que dância verbal, de acordo com a norma culta:
queria correr nas lajes do pátio (...)” (A) Haviam muitos candidatos esperando a hora da prova.
(B) Choveu pedaços de granizo na serra gaúcha.
(C) Faz muitos anos que a equipe do IBGE não vem aqui.
(D) Bateu três horas quando o entrevistador chegou.
(E) Fui eu que abriu a porta para o agente do censo.

31
LÍNGUA PORTUGUESA
21. (FUVEST – 2001) A única frase que NÃO apresenta desvio
em relação à regência (nominal e verbal) recomendada pela norma GABARITO
culta é:
(A) O governador insistia em afirmar que o assunto principal
seria “as grandes questões nacionais”, com o que discordavam
1 C
líderes pefelistas.
(B) Enquanto Cuba monopolizava as atenções de um clube, do 2 B
qual nem sequer pediu para integrar, a situação dos outros pa- 3 D
íses passou despercebida.
(C) Em busca da realização pessoal, profissionais escolhem a 4 C
dedo aonde trabalhar, priorizando à empresas com atuação 5 C
social.
6 A
(D) Uma família de sem-teto descobriu um sofá deixado por um
morador não muito consciente com a limpeza da cidade. 7 D
(E) O roteiro do filme oferece uma versão de como consegui- 8 C
mos um dia preferir a estrada à casa, a paixão e o sonho à regra,
a aventura à repetição. 9 B
10 E
22. (FUVEST) Assinale a alternativa que preenche corretamen-
te as lacunas correspondentes. 11 C
A arma ___ se feriu desapareceu. 12 B
Estas são as pessoas ___ lhe falei.
13 E
Aqui está a foto ___ me referi.
Encontrei um amigo de infância ___ nome não me lembrava. 14 B
Passamos por uma fazenda ___ se criam búfalos. 15 A
(A) que, de que, à que, cujo, que. 16 C
(B) com que, que, a que, cujo qual, onde. 17 A
(C) com que, das quais, a que, de cujo, onde.
(D) com a qual, de que, que, do qual, onde. 18 C
(E) que, cujas, as quais, do cujo, na cuja. 19 D
20 C
23. (FESP) Observe a regência verbal e assinale a opção falsa:
(A) Avisaram-no que chegaríamos logo. 21 E
(B) Informei-lhe a nota obtida. 22 C
(C) Os motoristas irresponsáveis, em geral, não obedecem aos
sinais de trânsito. 23 A
(D) Há bastante tempo que assistimos em São Paulo. 24 D
(E) Muita gordura não implica saúde.
25 E
24. (IBGE) Assinale a opção em que todos os adjetivos devem
ser seguidos pela mesma preposição:
(A) ávido / bom / inconsequente ANOTAÇÕES
(B) indigno / odioso / perito
(C) leal / limpo / oneroso ______________________________________________________
(D) orgulhoso / rico / sedento
(E) oposto / pálido / sábio ______________________________________________________

25. (TRE-MG) Observe a regência dos verbos das frases reescri- ______________________________________________________
tas nos itens a seguir:
I - Chamaremos os inimigos de hipócritas. Chamaremos aos ini- ______________________________________________________
migos de hipócritas;
II - Informei-lhe o meu desprezo por tudo. Informei-lhe do meu ______________________________________________________
desprezo por tudo;
______________________________________________________
III - O funcionário esqueceu o importante acontecimento. O
funcionário esqueceu-se do importante acontecimento. ______________________________________________________
A frase reescrita está com a regência correta em: ______________________________________________________
(A) I apenas
(B) II apenas ______________________________________________________
(C) III apenas
(D) I e III apenas ______________________________________________________
(E) I, II e III
______________________________________________________

32
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

NOÇÕES DE SISTEMA OPERACIONAL (AMBIENTES LINUX E WINDOWS)

WINDOWS 7

Conceito de pastas e diretórios


Pasta algumas vezes é chamada de diretório, mas o nome “pasta” ilustra melhor o conceito. Pastas servem para organizar, armazenar
e organizar os arquivos. Estes arquivos podem ser documentos de forma geral (textos, fotos, vídeos, aplicativos diversos).
Lembrando sempre que o Windows possui uma pasta com o nome do usuário onde são armazenados dados pessoais.
Dentro deste contexto temos uma hierarquia de pastas.

1
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
No caso da figura acima, temos quatro pastas e quatro arquivos.

Arquivos e atalhos
Como vimos anteriormente: pastas servem para organização, vimos que uma pasta pode conter outras pastas, arquivos e atalhos.
• Arquivo é um item único que contém um determinado dado. Estes arquivos podem ser documentos de forma geral (textos, fotos,
vídeos e etc..), aplicativos diversos, etc.
• Atalho é um item que permite fácil acesso a uma determinada pasta ou arquivo propriamente dito.

2
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Área de trabalho do Windows 7

Área de transferência

A área de transferência é muito importante e funciona em segundo plano. Ela funciona de forma temporária guardando vários tipos
de itens, tais como arquivos, informações etc.
– Quando executamos comandos como “Copiar” ou “Ctrl + C”, estamos copiando dados para esta área intermediária.
– Quando executamos comandos como “Colar” ou “Ctrl + V”, estamos colando, isto é, estamos pegando o que está gravado na área
de transferência.

Manipulação de arquivos e pastas

A caminho mais rápido para acessar e manipular arquivos e pastas e outros objetos é através do “Meu Computador”. Podemos exe-
cutar tarefas tais como: copiar, colar, mover arquivos, criar pastas, criar atalhos etc.

3
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Uso dos menus

Programas e aplicativos

• Media Player
• Media Center
• Limpeza de disco
• Desfragmentador de disco
• Os jogos do Windows.
• Ferramenta de captura
• Backup e Restore

Interação com o conjunto de aplicativos

Vamos separar esta interação do usuário por categoria para entendermos melhor as funções categorizadas.

Facilidades

O Windows possui um recurso muito interessante que é o Capturador de Tela , simplesmente podemos, com o mouse, recortar a
parte desejada e colar em outro lugar.

4
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Música e Vídeo
Temos o Media Player como player nativo para ouvir músicas e assistir vídeos. O Windows Media Player é uma excelente experiência
de entretenimento, nele pode-se administrar bibliotecas de música, fotografia, vídeos no seu computador, copiar CDs, criar playlists e etc.,
isso também é válido para o media center.

Ferramentas do sistema
• A limpeza de disco é uma ferramenta importante, pois o próprio Windows sugere arquivos inúteis e podemos simplesmente con-
firmar sua exclusão.

5
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

• O desfragmentador de disco é uma ferramenta muito importante, pois conforme vamos utilizando o computador os arquivos ficam
internamente desorganizados, isto faz que o computador fique lento. Utilizando o desfragmentador o Windows se reorganiza internamen-
te tornando o computador mais rápido e fazendo com que o Windows acesse os arquivos com maior rapidez.

6
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
• O recurso de backup e restauração do Windows é muito importante pois pode ajudar na recuperação do sistema, ou até mesmo
escolher seus arquivos para serem salvos, tendo assim uma cópia de segurança.

WINDOWS 8

7
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Conceito de pastas e diretórios

Pasta algumas vezes é chamada de diretório, mas o nome “pasta” ilustra melhor o conceito. Pastas servem para organizar, armazenar
e organizar os arquivos. Estes arquivos podem ser documentos de forma geral (textos, fotos, vídeos, aplicativos diversos).
Lembrando sempre que o Windows possui uma pasta com o nome do usuário onde são armazenados dados pessoais.
Dentro deste contexto temos uma hierarquia de pastas.

No caso da figura acima temos quatro pastas e quatro arquivos.

Arquivos e atalhos
Como vimos anteriormente: pastas servem para organização, vimos que uma pasta pode conter outras pastas, arquivos e atalhos.
• Arquivo é um item único que contém um determinado dado. Estes arquivos podem ser documentos de forma geral (textos, fotos,
vídeos e etc..), aplicativos diversos, etc.
• Atalho é um item que permite fácil acesso a uma determinada pasta ou arquivo propriamente dito.

8
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Área de trabalho do Windows 8

Área de transferência

A área de transferência é muito importante e funciona em segundo plano. Ela funciona de forma temporária guardando vários tipos
de itens, tais como arquivos, informações etc.
– Quando executamos comandos como “Copiar” ou “Ctrl + C”, estamos copiando dados para esta área intermediária.
– Quando executamos comandos como “Colar” ou “Ctrl + V”, estamos colando, isto é, estamos pegando o que está gravado na área
de transferência.

Manipulação de arquivos e pastas

A caminho mais rápido para acessar e manipular arquivos e pastas e outros objetos é através do “Meu Computador”. Podemos exe-
cutar tarefas tais como: copiar, colar, mover arquivos, criar pastas, criar atalhos etc.

9
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Uso dos menus

Programas e aplicativos

Interação com o conjunto de aplicativos

Vamos separar esta interação do usuário por categoria para entendermos melhor as funções categorizadas.

Facilidades

O Windows possui um recurso muito interessante que é o Capturador de Tela, simplesmente podemos, com o mouse, recortar a parte
desejada e colar em outro lugar.

10
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Música e Vídeo
Temos o Media Player como player nativo para ouvir músicas e assistir vídeos. O Windows Media Player é uma excelente experiência
de entretenimento, nele pode-se administrar bibliotecas de música, fotografia, vídeos no seu computador, copiar CDs, criar playlists e etc.,
isso também é válido para o media center.

Jogos
Temos também jogos anexados ao Windows 8.

11
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Transferência
O recurso de transferência fácil do Windows 8 é muito importante, pois pode ajudar na escolha de seus arquivos para serem salvos,
tendo assim uma cópia de segurança.

A lista de aplicativos é bem intuitiva, talvez somente o Skydrive mereça uma definição:
• Skydrive é o armazenamento em nuvem da Microsoft, hoje portanto a Microsoft usa o termo OneDrive para referenciar o armaze-
namento na nuvem (As informações podem ficar gravadas na internet).

WINDOWS 10

Conceito de pastas e diretórios

Pasta algumas vezes é chamada de diretório, mas o nome “pasta” ilustra melhor o conceito. Pastas servem para organizar, armazenar
e organizar os arquivos. Estes arquivos podem ser documentos de forma geral (textos, fotos, vídeos, aplicativos diversos).
Lembrando sempre que o Windows possui uma pasta com o nome do usuário onde são armazenados dados pessoais.
Dentro deste contexto temos uma hierarquia de pastas.

No caso da figura acima temos quatro pastas e quatro arquivos.

12
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Arquivos e atalhos
Como vimos anteriormente: pastas servem para organização, vimos que uma pasta pode conter outras pastas, arquivos e atalhos.
• Arquivo é um item único que contém um determinado dado. Estes arquivos podem ser documentos de forma geral (textos, fotos,
vídeos e etc..), aplicativos diversos, etc.
• Atalho é um item que permite fácil acesso a uma determinada pasta ou arquivo propriamente dito.

Área de trabalho

Área de transferência
A área de transferência é muito importante e funciona em segundo plano. Ela funciona de forma temporária guardando vários tipos
de itens, tais como arquivos, informações etc.
– Quando executamos comandos como “Copiar” ou “Ctrl + C”, estamos copiando dados para esta área intermediária.
– Quando executamos comandos como “Colar” ou “Ctrl + V”, estamos colando, isto é, estamos pegando o que está gravado na área
de transferência.

13
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Manipulação de arquivos e pastas
A caminho mais rápido para acessar e manipular arquivos e pastas e outros objetos é através do “Meu Computador”. Podemos exe-
cutar tarefas tais como: copiar, colar, mover arquivos, criar pastas, criar atalhos etc.

Uso dos menus

14
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Programas e aplicativos e interação com o usuário
Vamos separar esta interação do usuário por categoria para entendermos melhor as funções categorizadas.

– Música e Vídeo: Temos o Media Player como player nativo para ouvir músicas e assistir vídeos. O Windows Media Player é uma
excelente experiência de entretenimento, nele pode-se administrar bibliotecas de música, fotografia, vídeos no seu computador, copiar
CDs, criar playlists e etc., isso também é válido para o media center.

– Ferramentas do sistema
• A limpeza de disco é uma ferramenta importante, pois o próprio Windows sugere arquivos inúteis e podemos simplesmente con-
firmar sua exclusão.

• O desfragmentador de disco é uma ferramenta muito importante, pois conforme vamos utilizando o computador os arquivos ficam
internamente desorganizados, isto faz que o computador fique lento. Utilizando o desfragmentador o Windows se reorganiza interna-
mente tornando o computador mais rápido e fazendo com que o Windows acesse os arquivos com maior rapidez.

15
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

• O recurso de backup e restauração do Windows é muito importante pois pode ajudar na recuperação do sistema, ou até mesmo
escolher seus arquivos para serem salvos, tendo assim uma cópia de segurança.

Inicialização e finalização

16
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Quando fizermos login no sistema, entraremos direto no Windows, porém para desligá-lo devemos recorrer ao e:
LINUX

O Linux não é um ambiente gráfico como o Windows, mas podemos carregar um pacote para torná-lo gráfico assumindo assim uma
interface semelhante ao Windows. Neste caso vamos carregar o pacote Gnome no Linux. Além disso estaremos também usando a distri-
buição Linux Ubuntu para demonstração, pois sabemos que o Linux possui várias distribuições para uso.

Vamos olhar abaixo o

Linux Ubuntu em modo texto:

Linux Ubuntu em modo gráfico:

17
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Conceito de pastas e diretórios
Pasta algumas vezes é chamada de diretório, mas o nome “pasta” ilustra melhor o conceito. Pastas servem para organizar, armazenar
e organizar os arquivos. Estes arquivos podem ser documentos de forma geral (textos, fotos, vídeos, aplicativos diversos).

Dentro deste contexto temos uma hierarquia de pastas.

No caso da figura acima temos quatro pastas e quatro arquivos.

Arquivos e atalhos
Como vimos anteriormente: pastas servem para organização, vimos que uma pasta pode conter outras pastas, arquivos e atalhos.
• Arquivo é um item único que contém um determinado dado. Estes arquivos podem ser documentos de forma geral (textos, fotos,
vídeos e etc..), aplicativos diversos, etc.
• Atalho é um item que permite fácil acesso a uma determinada pasta ou arquivo propriamente dito.

No caso do Linux temos que criar um lançador que funciona como um atalho, isto é, ele vai chamar o item indicado.

Perceba que usamos um comando para criar um lançador, mas nosso objetivo aqui não é detalhar comandos, então a forma mais
rápida de pesquisa de aplicativos, pastas e arquivos é através do botão:

18
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Desta forma já vamos direto ao item desejado

Área de trabalho

Área de transferência
Perceba que usando a interface gráfica funciona da mesma forma que o Windows.
A área de transferência é muito importante e funciona em segundo plano. Ela funciona de forma temporária guardando vários tipos
de itens, tais como arquivos, informações etc.
– Quando executamos comandos como “Copiar” ou “Ctrl + C”, estamos copiando dados para esta área intermediária.
– Quando executamos comandos como “Colar” ou “Ctrl + V”, estamos colando, isto é, estamos pegando o que está gravado na área
de transferência.

Manipulação de arquivos e pastas


No caso da interface gráfica as funcionalidades são semelhantes ao Windows como foi dito no tópico acima. Entretanto, podemos usar
linha de comando, pois já vimos que o Linux originalmente não foi concebido com interface gráfica.

Na figura acima utilizamos o comando ls e são listadas as pastas na cor azul e os arquivos na cor branca.

19
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Uso dos menus
Como estamos vendo, para se ter acesso aos itens do Linux são necessários diversos comandos. Porém, se utilizarmos uma interface
gráfica a ação fica mais intuitiva, visto que podemos utilizar o mouse como no Windows. Estamos utilizando para fins de aprendizado a
interface gráfica “GNOME”, mas existem diversas disponíveis para serem utilizadas.

Programas e aplicativos
Dependendo da distribuição Linux escolhida, esta já vem com alguns aplicativos embutidos, por isso que cada distribuição tem um
público alvo. O Linux em si é puro, mas podemos destacar duas bem comuns:

• Firefox (Navegador para internet);


• Pacote LibreOffice (Pacote de aplicativos semelhante ao Microsoft Office).

EDIÇÃO DE TEXTOS, PLANILHAS E APRESENTAÇÕES (AMBIENTES MICROSOFT OFFICE E LIBREOFFICE)

MICROSOFT OFFICE

O Microsoft Office é um conjunto de aplicativos essenciais para uso pessoal e comercial, ele conta com diversas ferramentas, mas em
geral são utilizadas e cobradas em provas o Editor de Textos – Word, o Editor de Planilhas – Excel, e o Editor de Apresentações – Power-
Point. A seguir verificamos sua utilização mais comum:

Word
O Word é um editor de textos amplamente utilizado. Com ele podemos redigir cartas, comunicações, livros, apostilas, etc. Vamos
então apresentar suas principais funcionalidades.

20
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
• Área de trabalho do Word
Nesta área podemos digitar nosso texto e formata-lo de acordo com a necessidade.

• Iniciando um novo documento

A partir deste botão retornamos para a área de trabalho do Word, onde podemos digitar nossos textos e aplicar as formatações
desejadas.

• Alinhamentos
Ao digitar um texto, frequentemente temos que alinhá-lo para atender às necessidades. Na tabela a seguir, verificamos os alinhamen-
tos automáticos disponíveis na plataforma do Word.

GUIA PÁGINA INICIAL ALINHAMENTO TECLA DE ATALHO

Justificar (arruma a direito e a esquerda de acordo com a margem Ctrl + J

Alinhamento à direita Ctrl + G

Centralizar o texto Ctrl + E

Alinhamento à esquerda Ctrl + Q

• Formatação de letras (Tipos e Tamanho)


Presente em Fonte, na área de ferramentas no topo da área de trabalho, é neste menu que podemos formatar os aspectos básicos de

21
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
nosso texto. Bem como: tipo de fonte, tamanho (ou pontuação), se será maiúscula ou minúscula e outros itens nos recursos automáticos.

GUIA PÁGINA INICIAL FUNÇÃO

Tipo de letra

Tamanho

Aumenta / diminui tamanho

Recursos automáticos de caixa-altas e baixas

Limpa a formatação

• Marcadores
Muitas vezes queremos organizar um texto em tópicos da seguinte forma:

Podemos então utilizar na página inicial os botões para operar diferentes tipos de marcadores automáticos:

• Outros Recursos interessantes:

GUIA ÍCONE FUNÇÃO


- Mudar Forma
Página inicial - Mudar cor de Fundo
- Mudar cor do texto

- Inserir Tabelas
Inserir
- Inserir Imagens

Verificação e correção orto-


Revisão
gráfica

Arquivo Salvar

22
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Excel
O Excel é um editor que permite a criação de tabelas para cálculos automáticos, análise de dados, gráficos, totais automáticos, dentre
outras funcionalidades importantes, que fazem parte do dia a dia do uso pessoal e empresarial.
São exemplos de planilhas:
– Planilha de vendas;
– Planilha de custos.

Desta forma ao inserirmos dados, os valores são calculados automaticamente.

• Mas como é uma planilha de cálculo?


– Quando inseridos em alguma célula da planilha, os dados são calculados automaticamente mediante a aplicação de fórmulas espe-
cíficas do aplicativo.
– A unidade central do Excel nada mais é que o cruzamento entre a linha e a coluna. No exemplo coluna A, linha 2 ( A2 )

– Podemos também ter o intervalo A1..B3

– Para inserirmos dados, basta posicionarmos o cursor na célula, selecionarmos e digitarmos. Assim se dá a iniciação básica de uma
planilha.

23
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
• Formatação células

• Fórmulas básicas

ADIÇÃO =SOMA(célulaX;célulaY)
SUBTRAÇÃO =(célulaX-célulaY)
MULTIPLICAÇÃO =(célulaX*célulaY)
DIVISÃO =(célulaX/célulaY)

• Fórmulas de comum interesse

MÉDIA (em um intervalo de células) =MEDIA(célula X:célulaY)


MÁXIMA (em um intervalo de células) =MAX(célula X:célulaY)
MÍNIMA (em um intervalo de células) =MIN(célula X:célulaY)

PowerPoint
O PowerPoint é um editor que permite a criação de apresentações personalizadas para os mais diversos fins. Existem uma série de
recursos avançados para a formatação das apresentações, aqui veremos os princípios para a utilização do aplicativo.

• Área de Trabalho do PowerPoint

24
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Nesta tela já podemos aproveitar a área interna para escrever conteúdos, redimensionar, mover as áreas delimitadas ou até mesmo
excluí-las. No exemplo a seguir, perceba que já movemos as caixas, colocando um título na superior e um texto na caixa inferior, também
alinhamos cada caixa para ajustá-las melhor.

Perceba que a formatação dos textos é padronizada. O mesmo tipo de padrão é encontrado para utilizarmos entre o PowerPoint,
o Word e o Excel, o que faz deles programas bastante parecidos, no que diz respeito à formatação básica de textos. Confira no tópico
referente ao Word, itens de formatação básica de texto como: alinhamentos, tipos e tamanhos de letras, guias de marcadores e recursos
gerais.
Especificamente sobre o PowerPoint, um recurso amplamente utilizado a guia Design. Nela podemos escolher temas que mudam a
aparência básica de nossos slides, melhorando a experiência no trabalho com o programa.

Com o primeiro slide pronto basta duplicá-lo, obtendo vários no mesmo formato. Assim liberamos uma série de miniaturas, pelas
quais podemos navegador, alternando entre áreas de trabalho. A edição em cada uma delas, é feita da mesma maneira, como já apresen-
tado anteriormente.

Percebemos agora que temos uma apresentação com quatro slides padronizados, bastando agora editá-lo com os textos que se fize-
rem necessários. Além de copiar podemos mover cada slide de uma posição para outra utilizando o mouse.
As Transições são recursos de apresentação bastante utilizados no PowerPoint. Servem para criar breves animações automáticas para
passagem entre elementos das apresentações.

25
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Tendo passado pelos aspectos básicos da criação de uma apresentação, e tendo a nossa pronta, podemos apresentá-la bastando
clicar no ícone correspondente no canto inferior direito.

Um último recurso para chamarmos atenção é a possibilidade de acrescentar efeitos sonoros e interativos às apresentações, levando
a experiência dos usuários a outro nível.

Office 2013
A grande novidade do Office 2013 foi o recurso para explorar a navegação sensível ao toque (TouchScreen), que está disponível nas
versões 32 e 64. Em equipamentos com telas sensíveis ao toque (TouchScreen) pode-se explorar este recurso, mas em equipamentos com
telas simples funciona normalmente.
O Office 2013 conta com uma grande integração com a nuvem, desta forma documentos, configurações pessoais e aplicativos podem
ser gravados no Skydrive, permitindo acesso através de smartfones diversos.

• Atualizações no Word
– O visual foi totalmente aprimorado para permitir usuários trabalhar com o toque na tela (TouchScreen);
– As imagens podem ser editadas dentro do documento;
– O modo leitura foi aprimorado de modo que textos extensos agora ficam disponíveis em colunas, em caso de pausa na leitura;
– Pode-se iniciar do mesmo ponto parado anteriormente;
– Podemos visualizar vídeos dentro do documento, bem como editar PDF(s).

• Atualizações no Excel
– Além de ter uma navegação simplificada, um novo conjunto de gráficos e tabelas dinâmicas estão disponíveis, dando ao usuário
melhores formas de apresentar dados.
– Também está totalmente integrado à nuvem Microsoft.

• Atualizações no PowerPoint
– O visual teve melhorias significativas, o PowerPoint do Office2013 tem um grande número de templates para uso de criação de
apresentações profissionais;
– O recurso de uso de múltiplos monitores foi aprimorado;
– Um recurso de zoom de slide foi incorporado, permitindo o destaque de uma determinada área durante a apresentação;
– No modo apresentador é possível visualizar o próximo slide antecipadamente;

26
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
– Estão disponíveis também o recurso de edição colaborativa de apresentações.
Office 2016
O Office 2016 foi um sistema concebido para trabalhar juntamente com o Windows 10. A grande novidade foi o recurso que permite
que várias pessoas trabalhem simultaneamente em um mesmo projeto. Além disso, tivemos a integração com outras ferramentas, tais
como Skype. O pacote Office 2016 também roda em smartfones de forma geral.

• Atualizações no Word
– No Word 2016 vários usuários podem trabalhar ao mesmo tempo, a edição colaborativa já está presente em outros produtos, mas
no Word agora é real, de modo que é possível até acompanhar quando outro usuário está digitando;
– Integração à nuvem da Microsoft, onde se pode acessar os documentos em tablets e smartfones;
– É possível interagir diretamente com o Bing (mecanismo de pesquisa da Microsoft, semelhante ao Google), para utilizar a pesquisa
inteligente;
– É possível escrever equações como o mouse, caneta de toque, ou com o dedo em dispositivos touchscreen, facilitando assim a
digitação de equações.

• Atualizações no Excel
– O Excel do Office 2016 manteve as funcionalidades dos anteriores, mas agora com uma maior integração com dispositivos móveis,
além de ter aumentado o número de gráficos e melhorado a questão do compartilhamento dos arquivos.

• Atualizações no PowerPoint
– O PowerPoint 2016 manteve as funcionalidades dos anteriores, agora com uma maior integração com dispositivos moveis, além de
ter aumentado o número de templates melhorado a questão do compartilhamento dos arquivos;
– O PowerPoint 2016 também permite a inserção de objetos 3D na apresentação.

Office 2019
O OFFICE 2019 manteve a mesma linha da Microsoft, não houve uma mudança tão significativa. Agora temos mais modelos em 3D,
todos os aplicativos estão integrados como dispositivos sensíveis ao toque, o que permite que se faça destaque em documentos.

• Atualizações no Word
– Houve o acréscimo de ícones, permitindo assim um melhor desenvolvimento de documentos;

– Outro recurso que foi implementado foi o “Ler em voz alta”. Ao clicar no botão o Word vai ler o texto para você.

27
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
• Atualizações no Excel
– Foram adicionadas novas fórmulas e gráficos. Tendo como destaque o gráfico de mapas que permite criar uma visualização de
algum mapa que deseja construir.

• Atualizações no PowerPoint
– Foram adicionadas a ferramenta transformar e a ferramenta de zoom facilitando assim o desenvolvimento de apresentações;
– Inclusão de imagens 3D na apresentação.

Office 365
O Office 365 é uma versão que funciona como uma assinatura semelhante ao Netflix e Spotif. Desta forma não se faz necessário sua
instalação, basta ter uma conexão com a internet e utilizar o Word, Excel e PowerPoint.
Observações importantes:
– Ele é o mais atualizado dos OFFICE(s), portanto todas as melhorias citadas constam nele;
– Sua atualização é frequente, pois a própria Microsoft é responsável por isso;
– No nosso caso o Word, Excel e PowerPoint estão sempre atualizados.

LIBREOFFICE OU BROFFICE
O LibreOffice (que se chamava BrOffice) é um software livre e de código aberto que foi desenvolvido tendo como base o OpenOffice.
Pode ser instalado em vários sistemas operacionais (Windows, Linux, Solaris, Unix e Mac OS X), ou seja, é multiplataforma. Os aplicativos
dessa suíte são:
• Writer - editor de texto;
• Calc - planilha eletrônica;
• Impress - editor de apresentações;
• Draw - ferramenta de desenho vetorial;
• Base - gerenciador de banco de dados;

28
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
• Math - editor de equações matemáticas.
O LibreOffice trabalha com um formato de padrão aberto chamado Open Document Format for Office Applications (ODF), que é
um formato de arquivo baseado na linguagem XML. Os formatos para Writer, Calc e Impress utilizam o mesmo “prefixo”, que é “od” de
“Open Document”. Dessa forma, o que os diferencia é a última letra. Writer → .odt (Open Document Text); Calc → .ods (Open Document
Spreadsheet); e Impress → .odp (Open Document Presentations).
Em relação a interface com o usuário, o LibreOffice utiliza o conceito de menus para agrupar as funcionalidades do aplicativo. Além
disso, todos os aplicativos utilizam uma interface semelhante. Veja no exemplo abaixo o aplicativo Writer.

Figura 40: Tela do Libreoffice Writer

O LibreOffice permite que o usuário crie tarefas automatizadas que são conhecidas como macros (utilizando a linguagem LibreOffice
Basic).

WRITER

O Writer é o editor de texto do LibreOffice e o seu formato de arquivo padrão é o .odt (Open Document Text). As principais teclas de
atalho do Writer são:

Figura 41: Atalhos Word x Writer

29
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
CALC - Menu do Impress:
• Arquivo - contém comandos que se aplicam ao documento
O Calc é o software de planilha eletrônica do LibreOffice e o seu inteiro como Abrir, Salvar e Exportar como PDF;
formato de arquivo padrão é o .ods (Open Document Spreadsheet). • Editar - contém comandos para editar o conteúdo documen-
O Calc trabalha de modo semelhante ao Excel no que se refere to como, por exemplo, Desfazer, Localizar e Substituir, Cortar, Co-
ao uso de fórmulas. Ou seja, uma fórmula é iniciada pelo sinal de piar e Colar;
igual (=) e seguido por uma sequência de valores, referências a cé-
lulas, operadores e funções. • Exibir - contém comandos para controlar a exibição de um
Algumas diferenças entre o Calc e o Excel: documento tais como Zoom, Apresentação de Slides, Estrutura de
Para fazer referência a uma interseção no Calc, utiliza-se o sinal tópicos e Navegador;
de exclamação (!). Por exemplo, “B2:C4!C3:C6” retornará a C3 e C4 • Inserir - contém comandos para inserção de novos slides e
(interseção entre os dois intervalos). No Excel, isso é feito usando elementos no documento como figuras, tabelas e hiperlinks;
um espaço em branco (B2:C4 C3:C6). • Formatar - contém comandos para formatar o layout e o
conteúdo dos slides, tais como Modelos de slides, Layout de slide,
Estilos e Formatação, Parágrafo e Caractere;
• Ferramentas - contém ferramentas como Ortografia, Com-
pactar apresentação e Player de mídia;
• Apresentação de Slides - contém comandos para controlar a
apresentação de slides e adicionar efeitos em objetos e na transi-
ção de slides.

REDES DE COMPUTADORES. CONCEITOS BÁSICOS,


FERRAMENTAS, APLICATIVOS E PROCEDIMENTOS DE
INTERNET E INTRANET. PROGRAMAS DE NAVEGAÇÃO
(MICROSOFT INTERNET EXPLORER, MOZILLA FIREFOX
Figura 69: Exemplo de Operação no Calc E GOOGLE CHROME). PROGRAMAS DE CORREIO
ELETRÔNICO (OUTLOOK EXPRESS E MOZILLA
Para fazer referência a uma célula que esteja em outra plani- THUNDERBIRD). SÍTIOS DE BUSCA E PESQUISA NA
lha, na mesma pasta de trabalho, digite “nome_da_planilha + . + cé- INTERNET
lula. Por exemplo, “Plan2.A1” faz referência a célula A1 da planilha
chamada Plan2. No Excel, isso é feito usando o sinal de exclamação REDE DE COMPUTADORES
! (Plan2!A1).
Tipos de rede de computadores
Menus do Calc • LAN: Rele Local, abrange somente um perímetro definido.
Arquivo - contém comandos que se aplicam ao documento in- Exemplos: casa, escritório, etc.
teiro como Abrir, Salvar e Exportar como PDF.
Editar - contém comandos para editar o conteúdo documento
como, por exemplo, Desfazer, Localizar e Substituir, Cortar, Copiar
e Colar.
Exibir - contém comandos para controlar a exibição de um do-
cumento tais como Zoom, Tela Inteira e Navegador.
Inserir - contém comandos para inserção de novos elementos
no documento como células, linhas, colunas, planilhas, gráficos.
Formatar - contém comandos para formatar células seleciona-
das, objetos e o conteúdo das células no documento.
Ferramentas - contém ferramentas como Ortografia, Atingir
meta, Rastrear erro, etc.
Dados - contém comandos para editar os dados de uma plani-
lha. É possível classificar, utilizar filtros, validar, etc.
Janela - contém comandos para manipular e exibir janelas no
documento.
Ajuda - permite acessar o sistema de ajuda do LibreOffice.

IMPRESS

É o editor de apresentações do LibreOffice e o seu formato de


arquivo padrão é o .odp (Open Document Presentations).

- O usuário pode iniciar uma apresentação no Impress de duas


formas:
• do primeiro slide (F5) - Menu Apresentação de Slides ->
Iniciar do primeiro slide do slide atual (Shift + F5) - Menu Apresen-
tação de Slides -> Iniciar do slide atual.

30
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
• MAN: Rede Metropolitana, abrange uma cidade, por exemplo.

• WAN: É uma rede com grande abrangência física, maior que a MAN, Estado, País; podemos citar até a INTERNET para entendermos
o conceito.

Navegação e navegadores da Internet


• Internet
É conhecida como a rede das redes. A internet é uma coleção global de computadores, celulares e outros dispositivos que se comu-
nicam.

• Procedimentos de Internet e intranet


Através desta conexão, usuários podem ter acesso a diversas informações, para trabalho, laser, bem como para trocar mensagens,
compartilhar dados, programas, baixar documentos (download), etc.

• Sites
Uma coleção de páginas associadas a um endereço www. é chamada web site. Através de navegadores, conseguimos acessar web
sites para operações diversas.

31
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
• Links
O link nada mais é que uma referência a um documento, onde o usuário pode clicar. No caso da internet, o Link geralmente aponta
para uma determinada página, pode apontar para um documento qualquer para se fazer o download ou simplesmente abrir.

Dentro deste contexto vamos relatar funcionalidades de alguns dos principais navegadores de internet: Microsoft Internet Explorer,
Mozilla Firefox e Google Chrome.

Internet Explorer 11

• Identificar o ambiente

O Internet Explorer é um navegador desenvolvido pela Microsoft, no qual podemos acessar sites variados. É um navegador simplifi-
cado com muitos recursos novos.
Dentro deste ambiente temos:
– Funções de controle de privacidade: Trata-se de funções que protegem e controlam seus dados pessoais coletados por sites;
– Barra de pesquisas: Esta barra permite que digitemos um endereço do site desejado. Na figura temos como exemplo: https://www.
gov.br/pt-br/
– Guias de navegação: São guias separadas por sites aberto. No exemplo temos duas guias sendo que a do site https://www.gov.br/
pt-br/ está aberta.
– Favoritos: São pastas onde guardamos nossos sites favoritos
– Ferramentas: Permitem realizar diversas funções tais como: imprimir, acessar o histórico de navegação, configurações, dentre
outras.
Desta forma o Internet Explorer 11, torna a navegação da internet muito mais agradável, com textos, elementos gráficos e vídeos que
possibilitam ricas experiências para os usuários.

• Características e componentes da janela principal do Internet Explorer

32
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

À primeira vista notamos uma grande área disponível para visualização, além de percebemos que a barra de ferramentas fica auto-
maticamente desativada, possibilitando uma maior área de exibição.

Vamos destacar alguns pontos segundo as indicações da figura:


1. Voltar/Avançar página
Como o próprio nome diz, clicando neste botão voltamos página visitada anteriormente;

2. Barra de Endereços
Esta é a área principal, onde digitamos o endereço da página procurada;

3. Ícones para manipulação do endereço da URL


Estes ícones são pesquisar, atualizar ou fechar, dependendo da situação pode aparecer fechar ou atualizar.

4. Abas de Conteúdo
São mostradas as abas das páginas carregadas.

5. Página Inicial, favoritos, ferramentas, comentários

6. Adicionar à barra de favoritos

Mozila Firefox

Vamos falar agora do funcionamento geral do Firefox, objeto de nosso estudo:

Vejamos de acordo com os símbolos da imagem:

1 Botão Voltar uma página

2 Botão avançar uma página

33
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

3 Botão atualizar a página

4 Voltar para a página inicial do Firefox

5 Barra de Endereços

6 Ver históricos e favoritos

7 Mostra um painel sobre os favoritos (Barra, Menu e outros)

Sincronização com a conta FireFox (Vamos detalhar adian-


8
te)

9 Mostra menu de contexto com várias opções

– Sincronização Firefox: Ato de guardar seus dados pessoais na internet, ficando assim disponíveis em qualquer lugar. Seus dados
como: Favoritos, históricos, Endereços, senhas armazenadas, etc., sempre estarão disponíveis em qualquer lugar, basta estar logado com
o seu e-mail de cadastro. E lembre-se: ao utilizar um computador público sempre desative a sincronização para manter seus dados seguros
após o uso.

Google Chrome

O Chrome é o navegador mais popular atualmente e disponibiliza inúmeras funções que, por serem ótimas, foram implementadas
por concorrentes.
Vejamos:

• Sobre as abas
No Chrome temos o conceito de abas que são conhecidas também como guias. No exemplo abaixo temos uma aba aberta, se quiser-
mos abrir outra para digitar ou localizar outro site, temos o sinal (+).
A barra de endereços é o local em que se digita o link da página visitada. Uma outra função desta barra é a de busca, sendo que ao
digitar palavras-chave na barra, o mecanismo de busca do Google é acionado e exibe os resultados.

Vejamos de acordo com os símbolos da imagem:

34
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

1 Botão Voltar uma página

2 Botão avançar uma página

3 Botão atualizar a página

4 Barra de Endereço.

5 Adicionar Favoritos

6 Usuário Atual
Exibe um menu de contexto que iremos relatar se-
7
guir.

O que vimos até aqui, são opções que já estamos acostumados ao navegar na Internet, mesmo estando no Ubuntu, percebemos que
o Chrome é o mesmo navegador, apenas está instalado em outro sistema operacional. Como o Chrome é o mais comum atualmente, a
seguir conferimos um pouco mais sobre suas funcionalidades.
• Favoritos
No Chrome é possível adicionar sites aos favoritos. Para adicionar uma página aos favoritos, clique na estrela que fica à direita da
barra de endereços, digite um nome ou mantenha o sugerido, e pronto.
Por padrão, o Chrome salva seus sites favoritos na Barra de Favoritos, mas você pode criar pastas para organizar melhor sua lista.
Para removê-lo, basta clicar em excluir.

• Histórico
O Histórico no Chrome funciona de maneira semelhante ao Firefox. Ele armazena os endereços dos sites visitados e, para acessá-lo,
podemos clicar em Histórico no menu, ou utilizar atalho do teclado Ctrl + H. Neste caso o histórico irá abrir em uma nova aba, onde pode-
mos pesquisá-lo por parte do nome do site ou mesmo dia a dia se preferir.

• Pesquisar palavras
Muitas vezes ao acessar um determinado site, estamos em busca de uma palavra ou frase específica. Neste caso, utilizamos o atalho
do teclado Ctrl + F para abrir uma caixa de texto na qual podemos digitar parte do que procuramos, e será localizado.
• Salvando Textos e Imagens da Internet
Vamos navegar até a imagem desejada e clicar com o botão direito do mouse, em seguida salvá-la em uma pasta.

• Downloads
Fazer um download é quando se copia um arquivo de algum site direto para o seu computador (texto, músicas, filmes etc.). Neste
caso, o Chrome possui um item no menu, onde podemos ver o progresso e os downloads concluídos.

35
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

• Sincronização
Uma nota importante sobre este tema: A sincronização é importante para manter atualizadas nossas operações, desta forma, se por
algum motivo trocarmos de computador, nossos dados estarão disponíveis na sua conta Google.
Por exemplo:
– Favoritos, histórico, senhas e outras configurações estarão disponíveis.
– Informações do seu perfil são salvas na sua Conta do Google.

No canto superior direito, onde está a imagem com a foto do usuário, podemos clicar no 1º item abaixo para ativar e desativar.

Safari

O Safari é o navegador da Apple, e disponibiliza inúmeras funções implementadas.


Vejamos:

• Guias

– Para abrirmos outras guias podemos simplesmente teclar CTRL + T ou

36
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Vejamos os comandos principais de acordo com os símbolos da imagem:

1 Botão Voltar uma página

2 Botão avançar uma página

3 Botão atualizar a página

4 Barra de Endereço.

5 Adicionar Favoritos

6 Ajustes Gerais

7 Menus para a página atual.

8 Lista de Leitura

Perceba que o Safari, como os outros, oferece ferramentas bastante comuns.


Vejamos algumas de suas funcionalidades:

• Lista de Leitura e Favoritos


No Safari é possível adicionar sites à lista de leitura para posterior consulta, ou aos favoritos, caso deseje salvar seus endereços. Para
adicionar uma página, clique no “+” a que fica à esquerda da barra de endereços, digite um nome ou mantenha o sugerido e pronto.
Por padrão, o Safari salva seus sites na lista de leitura, mas você pode criar pastas para organizar melhor seus favoritos. Para remo-
vê-lo, basta clicar em excluir.

37
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

• Histórico e Favoritos

• Pesquisar palavras
Muitas vezes, ao acessar um determinado site, estamos em busca de uma palavra ou frase específica. Neste caso utilizamos o atalho
do teclado Ctrl + F, para abrir uma caixa de texto na qual podemos digitar parte do que procuramos, e será localizado.

• Salvando Textos e Imagens da Internet


Vamos navegar até a imagem desejada e clicar com o botão direito do mouse, em seguida salvá-la em uma pasta.

• Downloads
Fazer um download é quando se copia um arquivo de um algum site direto para o seu computador (texto, músicas, filmes etc.). Neste
caso, o Safari possui um item no menu onde podemos ver o progresso e os downloads concluídos.

38
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Correio Eletrônico
O correio eletrônico, também conhecido como e-mail, é um serviço utilizado para envio e recebimento de mensagens de texto e
outras funções adicionais como anexos junto com a mensagem.
Para envio de mensagens externas o usuário deverá estar conectado a internet, caso contrário ele ficará limitado a sua rede local.
Abaixo vamos relatar algumas características básicas sobre o e-mail
– Nome do Usuário: é o nome de login escolhido pelo usuário na hora de fazer seu e-mail. Exemplo: joaodasilva, no caso este é nome
do usuário;
– @ : Símbolo padronizado para uso em correios eletrônicos;
– Nome do domínio a que o e-mail pertence, isto é, na maioria das vezes, a empresa;
Vejamos um exemplo: joaodasilva@gmail.com.br / @hotmail.com.br / @editora.com.br
– Caixa de Entrada: Onde ficam armazenadas as mensagens recebidas;
– Caixa de Saída: Onde ficam armazenadas as mensagens ainda não enviadas;
– E-mails Enviados: Como o próprio nome diz, é onde ficam os e-mails que foram enviados;
– Rascunho: Guarda as mensagens que você ainda não terminou de redigir;
– Lixeira: Armazena as mensagens excluídas.

Ao escrever mensagens, temos os seguintes campos:


– Para: é o campo onde será inserido o endereço do destinatário do e-mail;
– CC: este campo é usado para mandar cópias da mesma mensagem. Ao usar esse campo os endereços aparecerão para todos os
destinatários envolvidos;
– CCO: sua funcionalidade é semelhante ao campo anterior, no entanto os endereços só aparecerão para os respectivos donos da
mensagem;
– Assunto: campo destinado ao assunto da mensagem;
– Anexos: são dados que são anexados à mensagem (imagens, programas, música, textos e outros);
– Corpo da Mensagem: espaço onde será escrita a mensagem.

• Uso do correio eletrônico


– Inicialmente o usuário deverá ter uma conta de e-mail;
– Esta conta poderá ser fornecida pela empresa ou criada através de sites que fornecem o serviço. As diretrizes gerais sobre a criação
de contas estão no tópico acima;
– Uma vez criada a conta, o usuário poderá utilizar um cliente de e-mail na internet ou um gerenciador de e-mail disponível;
– Atualmente existem vários gerenciadores disponíveis no mercado, tais como: Microsoft Outlook, Mozila Thunderbird, Opera Mail,
Gmail, etc.;
– O Microsoft outlook é talvez o mais conhecido gerenciador de e-mail, dentro deste contexto vamos usá-lo como exemplo nos tópi-
cos adiante, lembrando que todos funcionam de formas bastante parecidas.
• Preparo e envio de mensagens

• Boas práticas para criação de mensagens


– Uma mensagem deverá ter um assunto. É possível enviar mensagem sem o Assunto, porém não é o adequado;
– A mensagem deverá ser clara, evite mensagens grandes ao extremo dando muitas voltas;
– Verificar com cuidado os destinatários para o envio correto de e-mails, evitando assim problemas de envios equivocados.

39
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
• Anexação de arquivos

Uma função adicional quando criamos mensagens é de anexar um documento à mensagem, enviando assim juntamente com o texto.

• Boas práticas para anexar arquivos à mensagem


– E-mails tem limites de tamanho, não podemos enviar coisas que excedem o tamanho, estas mensagens irão retornar;
– Deveremos evitar arquivos grandes pois além do limite do e-mail, estes demoram em excesso para serem carregados.

Computação de nuvem (Cloud Computing)

• Conceito de Nuvem (Cloud)

A “Nuvem”, também referenciada como “Cloud”, são os serviços distribuídos pela INTERNET que atendem as mais variadas demandas
de usuários e empresas.

40
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
A internet é a base da computação em nuvem, os servidores remotos detêm os aplicativos e serviços para distribuí-los aos usuários
e às empresas.
A computação em nuvem permite que os consumidores aluguem uma infraestrutura física de um data center (provedor de serviços
em nuvem). Com acesso à Internet, os usuários e as empresas usam aplicativos e a infraestrutura alugada para acessarem seus arquivos,
aplicações, etc., a partir de qualquer computador conectado no mundo.
Desta forma todos os dados e aplicações estão localizadas em um local chamado Data Center dentro do provedor.
A computação em nuvem tem inúmeros produtos, e esses produtos são subdivididos de acordo com todos os serviços em nuvem,
mas os principais aplicativos da computação em nuvem estão nas áreas de: Negócios, Indústria, Saúde, Educação, Bancos, Empresas de
TI, Telecomunicações.

• Armazenamento de dados da nuvem (Cloud Storage)

A ideia de armazenamento na nuvem ( Cloud Storage ) é simples. É, basicamente, a gravação de dados na Internet.
Este envio de dados pode ser manual ou automático, e uma vez que os dados estão armazenados na nuvem, eles podem ser acessa-
dos em qualquer lugar do mundo por você ou por outras pessoas que tiverem acesso.
São exemplos de Cloud Storage: DropBox, Google Drive, OneDrive.
As informações são mantidas em grandes Data Centers das empresas que hospedam e são supervisionadas por técnicos responsáveis
por seu funcionamento. Estes Data Centers oferecem relatórios, gráficos e outras formas para seus clientes gerenciarem seus dados e
recursos, podendo modificar conforme a necessidade.
O armazenamento em nuvem tem as mesmas características que a computação em nuvem que vimos anteriormente, em termos de
praticidade, agilidade, escalabilidade e flexibilidade.
Além dos exemplos citados acima, grandes empresas, tais como a IBM, Amazon, Microsoft e Google possuem serviços de nuvem que
podem ser contratados.

OUTLOOK

O Microsoft Outlook é um gerenciador de e-mail usado principalmente para enviar e receber e-mails. O Microsoft Outlook também
pode ser usado para administrar vários tipos de dados pessoais, incluindo compromissos de calendário e entradas, tarefas, contatos e
anotações.

41
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Funcionalidades mais comuns:

PARA FAZER ISTO ATALHO CAMINHOS PARA EXECUÇÃO


1 Entrar na mensagem Enter na mensagem fechada ou click Verificar coluna atalho
2 Fechar Esc na mensagem aberta Verificar coluna atalho
3 Ir para a guia Página Inicial Alt+H Menu página inicial
4 Nova mensagem Ctrl+Shift+M Menu página inicial => Novo e-mail
5 Enviar Alt+S Botão enviar
6 Delete Excluir (quando na mensagem fechada) Verificar coluna atalho
7 Pesquisar Ctrl+E Barra de pesquisa
Barra superior do painel da mensa-
8 Responder Ctrl+R
gem
Barra superior do painel da mensa-
9 Encaminhar Ctrl+F
gem
Barra superior do painel da mensa-
10 Responder a todos Ctrl+Shift+R
gem
11 Copiar Ctrl+C Click direito copiar
12 Colar Ctrl+V Click direito colar
13 Recortar Ctrl+X Click direito recortar
14 Enviar/Receber Ctrl+M Enviar/Receber (Reatualiza tudo)
15 Acessar o calendário Ctrl+2 Canto inferior direito ícone calendário
16 Anexar arquivo ALT+T AX Menu inserir ou painel superior
Mostrar campo cco (cópia
17 ALT +S + B Menu opções CCO
oculta)

Endereços de e-mail
• Nome do Usuário – é o nome de login escolhido pelo usuário na hora de fazer seu e-mail. Exemplo: joaodasilva, no caso este é nome
do usuário;
• @ – Símbolo padronizado para uso;
• Nome do domínio – domínio a que o e-mail pertence, isto é, na maioria das vezes, a empresa. Vejamos um exemplo real: joaoda-
silva@solucao.com.br;
• Caixa de Entrada – Onde ficam armazenadas as mensagens recebidas;
• Caixa de Saída – Onde ficam armazenadas as mensagens ainda não enviadas;
• E-mails Enviados – Como próprio nome diz, e aonde ficam os e-mails que foram enviados;
• Rascunho – Guarda as mensagens que ainda não terminadas;
• Lixeira – Armazena as mensagens excluídas;

Escrevendo e-mails
Ao escrever uma mensagem, temos os seguintes campos:
• Para – é o campo onde será inserido o endereço do destinatário do e-mail;
• CC – este campo é usado para mandar cópias da mesma mensagem. Ao usar este campo os endereços aparecerão para todos os
destinatários envolvidos.
• CCO – sua funcionalidade é semelhante ao campo anterior, no entanto os endereços só aparecerão para os respectivos donos;
• Assunto – campo destinado ao assunto da mensagem.
• Anexos – são dados que são anexados à mensagem (imagens, programas, música, textos e outros.)
• Corpo da Mensagem – espaço onde será escrita a mensagem.

Contas de e-mail
É um endereço de e-mail vinculado a um domínio, que está apto a receber e enviar mensagens, ou até mesmo guarda-las conforme
a necessidade.

42
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Adicionar conta de e-mail
Siga os passos de acordo com as imagens:

A partir daí devemos seguir as diretrizes sobre nomes de e-mail, referida no item “Endereços de e-mail”.

Criar nova mensagem de e-mail

Ao clicar em novo e-mail é aberto uma outra janela para digitação do texto e colocar o destinatário, podemos preencher também os
campos CC (cópia), e o campo CCO (cópia oculta), porém esta outra pessoa não estará visível aos outros destinatários.

43
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Enviar
De acordo com a imagem a seguir, o botão Enviar fica em evidência para o envio de e-mails.

Encaminhar e responder e-mails


Funcionalidades importantes no uso diário, você responde a e-mail e os encaminha para outros endereços, utilizando os botões indi-
cados. Quando clicados, tais botões ativam o quadros de texto, para a indicação de endereços e digitação do corpo do e-mail de resposta
ou encaminhamento.

44
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Adicionar, abrir ou salvar anexos
A melhor maneira de anexar e colar o objeto desejado no corpo do e-mail, para salvar ou abrir, basta clicar no botão correspondente,
segundo a figura abaixo:

Adicionar assinatura de e-mail à mensagem


Um recurso interessante, é a possibilidade de adicionarmos assinaturas personalizadas aos e-mails, deixando assim definida a nossa
marca ou de nossa empresa, de forma automática em cada mensagem.

Imprimir uma mensagem de e-mail


Por fim, um recurso importante de ressaltar, é o que nos possibilita imprimir e-mails, integrando-os com a impressora ligada ao com-
putador. Um recurso que se assemelha aos apresentados pelo pacote Office e seus aplicativos.

45
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Daremos um nome ao nosso grupo. Neste caso o nome é Pro-
GRUPOS DE DISCUSSÃO fale. Conforme digitamos o nome do grupo, o campo endereço de
e – mail do grupo e endereço do grupo na web vão sendo auto-
Grupos de discussão maticamente preenchidos. Podemos inserir uma descrição grupo,
que servirá para ajudar as pessoas a saberem do que se trata esse
Grupos de discussão são ferramentas gerenciáveis pela Inter- grupo, ou seja, qual sua finalidade e tipo de assunto abortado.
net que permitem que um grupo de pessoas troque mensagens via Após a inserção do comentário sobre as intenções do grupo,
e-mail entre todos os membros do grupo. Essas mensagens, geral- podemos selecionar se este grupo pode ter conteúdo adulto, nudez
mente, são de um tema de interesse em comum, onde as pessoas ou material sexualmente explícito. Antes de entrar nesse grupo é
expõem suas opiniões, sugestões, críticas e tiram dúvidas. Como é necessário confirmar que você é maior de 18 anos.
um grupo onde várias pessoas podem participar sem, geralmente,
ter um pré- requisito, as informações nem sempre são confiáveis. Escolheremos também, o nível de acesso entre:
Existem sites gratuitos, como o Google Groups, o Grupos.com.
br, que auxiliam na criação e uso de grupos de discussão, mas um “Público – Qualquer pessoa pode ler os arquivos. Qualquer
grupo pode ser montado independentemente, onde pessoas façam pessoa pode participar, mas somente os membros podem postar
uma lista de e – mails e troquem informações. mensagens.” “Somente para anúncios – Qualquer pessoa pode ler
os arquivos. Qualquer pessoa pode participar, mas somente os ad-
Para conhecer um pouco mais sobre este assunto, vamos criar ministradores podem postar mensagens.”
um grupo de discussão no Google Groups. Para isso, alguns passos
serão necessários: “Restrito – Para participar, ler e postar mensagens é preciso
1º) Temos que ter um cadastro no Google, como fizemos quan- ser convidado. O seu grupo e os respectivos arquivos não aparecem
do estudamos os sites de busca. nos resultados de pesquisa públicos do Google nem no diretório.”
2º) Acessar o site do Google (www.google.com.br) e clicar no
menu “Mais” e no item “Ainda mais”.
3º) Entre os diversos produtos que serão expostos, clicar em
“Grupos”.

Grupos

Na próxima tela, teremos os passos necessários para criar um !


grupo, onde clicaremos no botão “Criar um grupo...”
Configurar grupo

Após este passo, teremos que adicionar os membros do grupo


e faremos isto através de um convite que será enviado aos e – mails
que digitaremos em um campo especial para esta finalidade. Cada
destinatário dos endereços cadastrados por nós receberá um convi-
te e deverá aceitá-lo para poder receber as mensagens e participar
do nosso grupo.

Passo 2 – Criando um grupo


Seguiremos alguns passos propostos pelo website.

46
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
A mensagem do convite também será digitada por nós, mas o Mídia social, por sua vez, é um termo amplo, que abrange
nome, o endereço e a descrição do grupo, serão adicionados auto- diferentes mídias, como vídeos, blogs e as já mencionadas redes
maticamente. Nesta página teremos o botão “Convidar”. Quando sociais. Para entender o conceito, pode-se olhar para o que com-
clicarmos nele, receberemos a seguinte mensagem: preendíamos como mídia antes da existência da internet: rádio, TV,
jornais, revistas. Quando a mídia se tornou disponível na internet,
ela deixou de ser estática, passando a oferecer a possibilidade de
interagir com outras pessoas.
No coração das mídias sociais estão os relacionamentos, que
são comuns nas redes sociais — talvez por isso a confusão. Mídias
sociais são lugares em que se pode transmitir informações para ou-
tras pessoas.
Estas redes podem ser de relacionamento, como o Facebook,
profissionais, como o Linkedin ou mesmo de assuntos específicos
como o Youtube que compartilha vídeos.
! As principais são: Facebook, WhatsApp, Youtube, Instagram,
Twitter, Linkedin, Pinterest, Snapchat, Skype e agora mais recente-
Finalização do processo de criação do grupo mente, o Tik Tok.

Os convidados a participarem do grupo receberão o convite em Facebook


seus endereços eletrônicos. A etapa do convite pode ser realizada Seu foco principal é o compartilhamento de assuntos pessoais
depois da criação do grupo. Vale lembrar, que em muitos casos, as de seus membros.
mensagens de convite são identificadas pelos servidores de mensa-
gens como Spams e por esse motivo são automaticamente enviadas
para a pasta Spam dos destinatários.
O proprietário do grupo terá acesso a uma tela onde poderá:
visualizar os membros do grupo, iniciar um novo tópico de discus-
são, convidar ou adicionar membros, e ajustar as configurações do
seu grupo.
Quando o proprietário optar por iniciar um novo tópico de dis-
cussão, será aberta uma página semelhante a de criação de um e O Facebook é uma rede social versátil e abrangente, que reúne
– mail. A linha “De”, virá automaticamente preenchida com o nome muitas funcionalidades no mesmo lugar. Serve tanto para gerar ne-
do proprietário e o endereço do grupo. A linha “Para”, também será gócios quanto para conhecer pessoas, relacionar-se com amigos e
preenchida automaticamente com o nome do grupo. Teremos que família, informar-se, dentre outros2.
digitar o assunto e a mensagem e clicar no botão “Postar mensa-
gem”. WhatsApp
A mensagem postada pode ser vista no site do grupo, onde as É uma rede para mensagens instantânea. Faz também ligações
pessoas podem debater sobre ela (igualando-se assim a um fórum) telefônicas através da internet gratuitamente.
ou encaminha via e-mail para outras pessoas.
O site grupos.com.br funciona de forma semelhante. O pro-
prietário também tem que se cadastrar e inserir informações como
nome do grupo, convidados, descrição e outras, mas ambas as fer-
ramentas acabam tornado o grupo de discussão muito semelhante
ao fórum. Para criar um grupo de discussão da maneira padrão, sem
utilizar ferramentas de gerenciamento, as pessoas podem criar um
e – mail para o grupo e a partir dele criar uma lista de endereços A maioria das pessoas que têm um smartphone também o têm
dos convidados, possibilitando a troca de informações via e – mail. instalado. Por aqui, aliás, o aplicativo ganhou até o apelido de “zap
zap”.
Para muitos brasileiros, o WhatsApp é “a internet”. Algumas
REDES SOCIAIS operadoras permitem o uso ilimitado do aplicativo, sem debitar do
consumo do pacote de dados. Por isso, muita gente se informa atra-
Redes sociais são estruturas formadas dentro ou fora da inter- vés dele.
net, por pessoas e organizações que se conectam a partir de inte- YouTube
resses ou valores comuns1. Muitos confundem com mídias sociais, Rede que pertence ao Google e é especializada em vídeos.
porém as mídias são apenas mais uma forma de criar redes sociais,
inclusive na internet.
O propósito principal das redes sociais é o de conectar pessoas.
Você preenche seu perfil em canais de mídias sociais e interage com
as pessoas com base nos detalhes que elas leem sobre você. Po-
de-se dizer que redes sociais são uma categoria das mídias sociais.

O YouTube é a principal rede social de vídeos on-line da atuali-


dade, com mais de 1 bilhão de usuários ativos e mais de 1 bilhão de
horas de vídeos visualizados diariamente.
1 https://resultadosdigitais.com.br/especiais/tudo-sobre-re-
des-sociais/ 2 https://bit.ly/32MhiJ0

47
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Instagram A diferença é que o foco são contatos profissionais, ou seja: no
Rede para compartilhamento de fotos e vídeos. lugar de amigos, temos conexões, e em vez de páginas, temos com-
panhias. Outro grande diferencial são as comunidades, que reúnem
interessados em algum tema, profissão ou mercado específicos.
É usado por muitas empresas para recrutamento de profissio-
nais, para troca de experiências profissionais em comunidades e
outras atividades relacionadas ao mundo corporativo

Pinterest
Rede social focada em compartilhamento de fotos, mas tam-
O Instagram foi uma das primeiras redes sociais exclusivas para bém compartilha vídeos.
acesso por meio do celular. E, embora hoje seja possível visualizar
publicações no desktop, seu formato continua sendo voltado para
dispositivos móveis.
É possível postar fotos com proporções diferentes, além de ou-
tros formatos, como vídeos, stories e mais.
Os stories são os principais pontos de inovação do aplicativo.
Já são diversos formatos de post por ali, como perguntas, enquetes,
vídeos em sequência e o uso de GIFs.
Em 2018, foi lançado o IGTV. E em 2019 o Instagram Cenas, O Pinterest é uma rede social de fotos que traz o conceito de
uma espécie de imitação do TikTok: o usuário pode produzir vídeos “mural de referências”. Lá você cria pastas para guardar suas inspi-
de 15 segundos, adicionando música ou áudios retirados de outro rações e também pode fazer upload de imagens assim como colocar
clipezinho. Há ainda efeitos de corte, legendas e sobreposição para links para URLs externas.
transições mais limpas – lembrando que esta é mais uma das fun- Os temas mais populares são:
cionalidades que atuam dentro dos stories. – Moda;
– Maquiagem;
Twitter – Casamento;
Rede social que funciona como um microblog onde você pode – Gastronomia;
seguir ou ser seguido, ou seja, você pode ver em tempo real as atu- – Arquitetura;
alizações que seus contatos fazem e eles as suas. – Faça você mesmo;
– Gadgets;
– Viagem e design.
Seu público é majoritariamente feminino em todo o mundo.

Snapchat
Rede para mensagens baseado em imagens.

O Twitter atingiu seu auge em meados de 2009 e de lá para cá


está em declínio, mas isso não quer dizer todos os públicos pararam
de usar a rede social.
A rede social é usada principalmente como segunda tela em
que os usuários comentam e debatem o que estão assistindo na
TV, postando comentários sobre noticiários, reality shows, jogos de O Snapchat é um aplicativo de compartilhamento de fotos, ví-
futebol e outros programas. deos e texto para mobile. Foi considerado o símbolo da pós-moder-
Nos últimos anos, a rede social acabou voltando a ser mais uti- nidade pela sua proposta de conteúdos efêmeros conhecidos como
lizada por causa de seu uso por políticos, que divulgam informações snaps, que desaparecem algumas horas após a publicação.
em primeira mão por ali.
A rede lançou o conceito de “stories”, despertando o interesse
LinkedIn de Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, que diversas vezes tentou
Voltada para negócios. A pessoa que participa desta rede quer adquirir a empresa, mas não obteve sucesso. Assim, o CEO lançou
manter contatos para ter ganhos profissionais no futuro, como um a funcionalidade nas redes que já haviam sido absorvidas, criando
emprego por exemplo. os concorrentes WhatsApp Status, Facebook Stories e Instagram
Stories.
Apesar de não ser uma rede social de nicho, tem um público
bem específico, formado por jovens hiperconectados.

Skype
O Skype é um software da Microsoft com funções de videocon-
ferência, chat, transferência de arquivos e ligações de voz. O serviço
A maior rede social voltada para profissionais tem se tornado também opera na modalidade de VoIP, em que é possível efetuar
cada vez mais parecida com outros sites do mesmo tipo, como o uma chamada para um telefone comum, fixo ou celular, por um
Facebook. aparelho conectado à internet

48
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Basta pensar que, a partir de uma conexão com a internet, você
pode acessar um servidor capaz de executar o aplicativo desejado,
que pode ser desde um processador de textos até mesmo um jogo
ou um pesado editor de vídeos. Enquanto os servidores executam
um programa ou acessam uma determinada informação, o seu
computador precisa apenas do monitor e dos periféricos para que
você interaja.
O Skype é uma versão renovada e mais tecnológica do extinto
MSN Messenger. Vantagens:
Contudo, o usuário também pode contratar mais opções de – Não necessidade de ter uma máquina potente, uma vez que
uso – de forma pré-paga ou por meio de uma assinatura – para tudo é executado em servidores remotos.
realizar chamadas para telefones fixos e chamadas com vídeo em – Possibilidade de acessar dados, arquivos e aplicativos a partir
grupo ou até mesmo enviar SMS. de qualquer lugar, bastando uma conexão com a internet para tal
É possível, no caso, obter um número de telefone por meio pró- — ou seja, não é necessário manter conteúdos importantes em um
prio do Skype, seja ele local ou de outra região/país, e fazer ligações único computador.
a taxas reduzidas.
Tudo isso torna o Skype uma ferramenta válida para o mundo Desvantagens:
corporativo, sendo muito utilizado por empresas de diversos nichos – Gera desconfiança, principalmente no que se refere à segu-
e tamanhos. rança. Afinal, a proposta é manter informações importantes em
um ambiente virtual, e não são todas as pessoas que se sentem à
Tik Tok vontade com isso.– Como há a necessidade de acessar servidores
O TikTok, aplicativo de vídeos e dublagens disponível para iOS remotos, é primordial que a conexão com a internet seja estável e
e Android, possui recursos que podem tornar criações de seus usu- rápida, principalmente quando se trata de streaming e jogos.
ários mais divertidas e, além disso, aumentar seu número de segui-
dores3. Exemplos de computação em nuvem
Dropbox
O Dropbox é um serviço de hospedagem de arquivos em nu-
vem que pode ser usado de forma gratuita, desde que respeitado o
limite de 2 GB de conteúdo. Assim, o usuário poderá guardar com
segurança suas fotos, documentos, vídeos, e outros formatos, libe-
rando espaço no PC ou smartphone.

Além de vídeos simples, é possível usar o TikTok para postar


duetos com cantores famosos, criar GIFs, slideshow animado e sin-
cronizar o áudio de suas dublagens preferidas para que pareça que
é você mesmo falando.
O TikTok cresceu graças ao seu apelo para a viralização. Os usu-
ários fazem desafios, reproduzem coreografias, imitam pessoas fa-
mosas, fazem sátiras que instigam o usuário a querer participar da
brincadeira — o que atrai muito o público jovem.

COMPUTAÇÃO NA NUVEM (CLOUD COMPUTING)


Além de servir como ferramenta de backup, o Dropbox tam-
Quando se fala em computação nas nuvens, fala-se na possibi- bém é uma forma eficiente de ter os arquivos importantes sempre
lidade de acessar arquivos e executar diferentes tarefas pela inter- acessíveis. Deste modo, o usuário consegue abrir suas mídias e do-
net4. Ou seja, não é preciso instalar aplicativos no seu computador cumentos onde quer que esteja, desde que tenha acesso à Internet.
para tudo, pois pode acessar diferentes serviços on-line para fazer o
que precisa, já que os dados não se encontram em um computador OneDrive
específico, mas sim em uma rede. O OneDrive, que já foi chamado de SkyDrive, é o serviço de ar-
Uma vez devidamente conectado ao serviço on-line, é possível mazenamento na nuvem da Microsoft e oferece inicialmente 15 GB
desfrutar suas ferramentas e salvar todo o trabalho que for feito de espaço para os usuários5. Mas é possível conseguir ainda mais
para acessá-lo depois de qualquer lugar — é justamente por isso espaço gratuitamente indicando amigos e aproveitando diversas
que o seu computador estará nas nuvens, pois você poderá acessar promoções que a empresa lança regularmente.
os aplicativos a partir de qualquer computador que tenha acesso à Para conseguir espaço ainda maior, o aplicativo oferece planos
internet. pagos com capacidades variadas também.

3 https://canaltech.com.br/redes-sociais/tiktok-dicas-e-tru-
ques/
4 https://www.tecmundo.com.br/computacao-em-nuvem/ 5 https://canaltech.com.br/computacao-na-nuvem/compara-
738-o-que-e-computacao-em-nuvens-.htm tivo-os-principais-servicos-de-armazenamento-na-nuvem-22996/

49
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Além disso, o serviço do Google disponibiliza que sejam feitas
edições de documentos diretamente do browser, sem precisar fazer
o download do documento e abri-lo em outro aplicativo.

Tipos de implantação de nuvem


Primeiramente, é preciso determinar o tipo de implantação de
nuvem, ou a arquitetura de computação em nuvem, na qual os ser-
viços cloud contratados serão implementados pela sua gestão de
TI6.
Há três diferentes maneiras de implantar serviços de nuvem:
Para quem gosta de editar documentos como Word, Excel e – Nuvem pública: pertence a um provedor de serviços cloud
PowerPoint diretamente do gerenciador de arquivos do serviço, terceirizado pelo qual é administrada. Esse provedor fornece recur-
o OneDrive disponibiliza esse recurso na nuvem para que seja dis- sos de computação em nuvem, como servidores e armazenamento
pensada a necessidade de realizar o download para só então poder via web, ou seja, todo o hardware, software e infraestruturas de su-
modificar o conteúdo do arquivo. porte utilizados são de propriedade e gerenciamento do provedor
de nuvem contratado pela organização.
iCloud – Nuvem privada: se refere aos recursos de computação em
O iCloud, serviço de armazenamento da Apple, possuía em um nuvem usados exclusivamente por uma única empresa, podendo
passado recente a ideia principal de sincronizar contatos, e-mails, estar localizada fisicamente no datacenter local da empresa, ou
dados e informações de dispositivos iOS. No entanto, recentemente seja, uma nuvem privada é aquela em que os serviços e a infra-
a empresa também adotou para o iCloud a estratégia de utilizá-lo estrutura de computação em nuvem utilizados pela empresa são
como um serviço de armazenamento na nuvem para usuários iOS. mantidos em uma rede privada.
De início, o usuário recebe 5 GB de espaço de maneira gratuita. – Nuvem híbrida: trata-se da combinação entre a nuvem públi-
Existem planos pagos para maior capacidade de armazena- ca e a privada, que estão ligadas por uma tecnologia que permite o
mento também. compartilhamento de dados e aplicativos entre elas. O uso de nu-
vens híbridas na computação em nuvem ajuda também a otimizar
a infraestrutura, segurança e conformidade existentes dentro da
empresa.

Tipos de serviços de nuvem


A maioria dos serviços de computação em nuvem se enquadra
em quatro categorias amplas:
– IaaS (infraestrutura como serviço);
– PaaS (plataforma como serviço);
– Sem servidor;
No entanto, a grande vantagem do iCloud é que ele possui um – SaaS (software como serviço).
sistema muito bem integrado aos seus aparelhos, como o iPhone.
A ferramenta “buscar meu iPhone”, por exemplo, possibilita que Esses serviços podem ser chamados algumas vezes de pilha
o usuário encontre e bloqueie o aparelho remotamente, além de da computação em nuvem por um se basear teoricamente sobre
poder contar com os contatos e outras informações do dispositivo o outro.
caso você o tenha perdido.
IaaS (infraestrutura como serviço)
Google Drive A IaaS é a categoria mais básica de computação em nuvem.
Apesar de não disponibilizar gratuitamente o aumento da ca- Com ela, você aluga a infraestrutura de TI de um provedor de servi-
pacidade de armazenamento, o Google Drive fornece para os usuá- ços cloud, pagando somente pelo seu uso.
rios mais espaço do que os concorrentes ao lado do OneDrive. São A contratação dos serviços de computação em nuvem IaaS
15 GB de espaço para fazer upload de arquivos, documentos, ima- (infraestrutura como serviço) envolve a aquisição de servidores e
gens, etc. máquinas virtuais, armazenamento (VMs), redes e sistemas opera-
cionais.

PaaS (plataforma como serviço)


PaaS refere-se aos serviços de computação em nuvem que for-
necem um ambiente sob demanda para desenvolvimento, teste,
fornecimento e gerenciamento de aplicativos de software.
A plataforma como serviço foi criada para facilitar aos desen-
volvedores a criação de aplicativos móveis ou web, tornando-a mui-
to mais rápida.
Além de acabar com a preocupação quanto à configuração ou
Uma funcionalidade interessante do Google Drive é o seu ser- ao gerenciamento de infraestrutura subjacente de servidores, ar-
viço de pesquisa e busca de arquivos que promete até mesmo re- mazenamento, rede e bancos de dados necessários para desenvol-
conhecer objetos dentro de imagens e textos escaneados. Mesmo vimento.
que o arquivo seja um bloco de notas ou um texto e você queira
encontrar algo que esteja dentro dele, é possível utilizar a busca
para procurar palavras e expressões.
6 https://ecoit.com.br/computacao-em-nuvem/

50
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Computação sem servidor
A computação sem servidor, assim como a PaaS, concentra-se na criação de aplicativos, sem perder tempo com o gerenciamento
contínuo dos servidores e da infraestrutura necessários para isso.
O provedor em nuvem cuida de toda a configuração, planejamento de capacidade e gerenciamento de servidores para você e sua
equipe.
As arquiteturas sem servidor são altamente escalonáveis e controladas por eventos: utilizando recursos apenas quando ocorre uma
função ou um evento que desencadeia tal necessidade.

SaaS (software como serviço)


O SaaS é um método para a distribuição de aplicativos de software pela Internet sob demanda e, normalmente, baseado em assina-
turas.
Com o SaaS, os provedores de computação em nuvem hospedam e gerenciam o aplicativo de software e a infraestrutura subjacente.
Além de realizarem manutenções, como atualizações de software e aplicação de patch de segurança.
Com o software como serviço, os usuários da sua equipe podem conectar o aplicativo pela Internet, normalmente com um navegador
da web em seu telefone, tablet ou PC.

CONCEITOS DE ORGANIZAÇÃO E DE GERENCIAMENTO DE INFORMAÇÕES, ARQUIVOS, PASTAS E PROGRAMAS

Pasta
São estruturas que dividem o disco em várias partes de tamanhos variados as quais podem pode armazenar arquivos e outras pastas
(subpastas)7.

Arquivo
É a representação de dados/informações no computador os quais ficam dentro das pastas e possuem uma extensão que identifica o
tipo de dado que ele representa.

Extensões de arquivos

7 https://docente.ifrn.edu.br/elieziosoares/disciplinas/informatica/aula-05-manipulacao-de-arquivos-e-pastas

51
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Existem vários tipos de arquivos como arquivos de textos, arquivos de som, imagem, planilhas, etc. Alguns arquivos são universais
podendo ser aberto em qualquer sistema. Mas temos outros que dependem de um programa específico como os arquivos do Corel Draw
que necessita o programa para visualizar. Nós identificamos um arquivo através de sua extensão. A extensão são aquelas letras que ficam
no final do nome do arquivo.
Exemplos:
.txt: arquivo de texto sem formatação.
.html: texto da internet.
.rtf: arquivo do WordPad.
.doc e .docx: arquivo do editor de texto Word com formatação.

É possível alterar vários tipos de arquivos, como um documento do Word (.docx) para o PDF (.pdf) como para o editor de texto do
LibreOffice (.odt). Mas atenção, tem algumas extensões que não são possíveis e caso você tente poderá deixar o arquivo inutilizável.

Nomenclatura dos arquivos e pastas


Os arquivos e pastas devem ter um nome o qual é dado no momento da criação. Os nomes podem conter até 255 caracteres (letras,
números, espaço em branco, símbolos), com exceção de / \ | > < * : “ que são reservados pelo sistema operacional.

Bibliotecas
Criadas para facilitar o gerenciamento de arquivos e pastas, são um local virtual que agregam conteúdo de múltiplos locais em um só.
Estão divididas inicialmente em 4 categorias:
– Documentos;
– Imagens;
– Músicas;
– Vídeos.

Windows Explorer
O Windows Explorer é um gerenciador de informações, arquivos, pastas e programas do sistema operacional Windows da Microsoft8.
Todo e qualquer arquivo que esteja gravado no seu computador e toda pasta que exista nele pode ser vista pelo Windows Explorer.
Possui uma interface fácil e intuitiva.
Na versão em português ele é chamado de Gerenciador de arquivo ou Explorador de arquivos.
O seu arquivo é chamado de Explorer.exe
Normalmente você o encontra na barra de tarefas ou no botão Iniciar > Programas > Acessórios.

Na parte de cima do Windows Explorer você terá acesso a muitas funções de gerenciamento como criar pastas, excluir, renomear, ex-
cluir históricos, ter acesso ao prompt de comando entre outras funcionalidades que aparecem sempre que você selecionar algum arquivo.
A coluna do lado esquerdo te dá acesso direto para tudo que você quer encontrar no computador. As pastas mais utilizadas são as de
Download, documentos e imagens.

8 https://centraldefavoritos.com.br/2019/06/05/conceitos-de-organizacao-e-de-gerenciamento-de-informacoes-arquivos-pastas-e-
-programas/

52
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Operações básicas com arquivos do Windows Explorer
• Criar pasta: clicar no local que quer criar a pasta e clicar com o botão direito do mouse e ir em novo > criar pasta e nomear ela. Você
pode criar uma pasta dentro de outra pasta para organizar melhor seus arquivos. Caso você queira salvar dentro de uma mesma pasta um
arquivo com o mesmo nome, só será possível se tiver extensão diferente. Ex.: maravilha.png e maravilha.doc
Independente de uma pasta estar vazia ou não, ela permanecerá no sistema mesmo que o computador seja reiniciado
• Copiar: selecione o arquivo com o mouse e clique Ctrl + C e vá para a pasta que quer colar a cópia e clique Ctrl +V. Pode também
clicar com o botão direito do mouse selecionar copiar e ir para o local que quer copiar e clicar novamente como o botão direito do mouse
e selecionar colar.
• Excluir: pode selecionar o arquivo e apertar a tecla delete ou clicar no botão direito do mouse e selecionar excluir
• Organizar: você pode organizar do jeito que quiser como, por exemplo, ícones grandes, ícones pequenos, listas, conteúdos, lista com
detalhes. Estas funções estão na barra de cima em exibir ou na mesma barra do lado direito.
• Movimentar: você pode movimentar arquivos e pastas clicando Ctrl + X no arquivo ou pasta e ir para onde você quer colar o arquivo
e Clicar Ctrl + V ou clicar com o botão direito do mouse e selecionar recortar e ir para o local de destino e clicar novamente no botão direito
do mouse e selecionar colar.

Localizando Arquivos e Pastas


No Windows Explorer tem duas:
Tem uma barra de pesquisa acima na qual você digita o arquivo ou pasta que procura ou na mesma barra tem uma opção de Pesquisar.
Clicando nesta opção terão mais opções para você refinar a sua busca.

Arquivos ocultos
São arquivos que normalmente são relacionados ao sistema. Eles ficam ocultos (invisíveis) por que se o usuário fizer alguma alteração,
poderá danificar o Sistema Operacional.
Apesar de estarem ocultos e não serem exibido pelo Windows Explorer na sua configuração padrão, eles ocupam espaço no disco.

SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO. PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA. NOÇÕES DE VÍRUS, WORMS E PRAGAS VIRTUAIS.


APLICATIVOS PARA SEGURANÇA (ANTIVÍRUS, FIREWALL, ANTI-SPYWARE ETC.)

SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO

Segurança da informação é o conjunto de ações para proteção de um grupo de dados, protegendo o valor que ele possui, seja para
um indivíduo específico no âmbito pessoal, seja para uma organização9.
É essencial para a proteção do conjunto de dados de uma corporação, sendo também fundamentais para as atividades do negócio.
Quando bem aplicada, é capaz de blindar a empresa de ataques digitais, desastres tecnológicos ou falhas humanas. Porém, qualquer
tipo de falha, por menor que seja, abre brecha para problemas.
A segurança da informação se baseia nos seguintes pilares10:
– Confidencialidade: o conteúdo protegido deve estar disponível somente a pessoas autorizadas.
– Disponibilidade: é preciso garantir que os dados estejam acessíveis para uso por tais pessoas quando for necessário, ou seja, de
modo permanente a elas.
– Integridade: a informação protegida deve ser íntegra, ou seja, sem sofrer qualquer alteração indevida, não importa por quem e nem
em qual etapa, se no processamento ou no envio.
9 https://ecoit.com.br/seguranca-da-informacao/
10 https://bit.ly/2E5beRr

53
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
– Autenticidade: a ideia aqui é assegurar que a origem e auto- Mecanismos de segurança
ria do conteúdo seja mesmo a anunciada. Um mecanismo de segurança da informação é uma ação, técni-
ca, método ou ferramenta estabelecida com o objetivo de preservar
Existem outros termos importantes com os quais um profissio- o conteúdo sigiloso e crítico para uma empresa.
nal da área trabalha no dia a dia. Ele pode ser aplicado de duas formas:
Podemos citar a legalidade, que diz respeito à adequação do – Controle físico: é a tradicional fechadura, tranca, porta e
conteúdo protegido à legislação vigente; a privacidade, que se re- qualquer outro meio que impeça o contato ou acesso direto à infor-
fere ao controle sobre quem acessa as informações; e a auditoria, mação ou infraestrutura que dá suporte a ela
que permite examinar o histórico de um evento de segurança da – Controle lógico: nesse caso, estamos falando de barreiras
informação, rastreando as suas etapas e os responsáveis por cada eletrônicas, nos mais variados formatos existentes, desde um anti-
uma delas. vírus, firewall ou filtro anti-spam, o que é de grande valia para evitar
infecções por e-mail ou ao navegar na internet, passa por métodos
Alguns conceitos relacionados à aplicação dos pilares de encriptação, que transformam as informações em códigos que
– Vulnerabilidade: pontos fracos existentes no conteúdo pro- terceiros sem autorização não conseguem decifrar e, há ainda, a
tegido, com potencial de prejudicar alguns dos pilares de segurança certificação e assinatura digital, sobre as quais falamos rapidamente
da informação, ainda que sem intenção no exemplo antes apresentado da emissão da nota fiscal eletrônica.
– Ameaça: elemento externo que pode se aproveitar da vulne-
rabilidade existente para atacar a informação sensível ao negócio. Todos são tipos de mecanismos de segurança, escolhidos por
– Probabilidade: se refere à chance de uma vulnerabilidade ser profissional habilitado conforme o plano de segurança da informa-
explorada por uma ameaça. ção da empresa e de acordo com a natureza do conteúdo sigiloso.
– Impacto: diz respeito às consequências esperadas caso o con-
teúdo protegido seja exposto de forma não autorizada. Criptografia
– Risco: estabelece a relação entre probabilidade e impacto, É uma maneira de codificar uma informação para que somen-
ajudando a determinar onde concentrar investimentos em seguran- te o emissor e receptor da informação possa decifrá-la através de
ça da informação. uma chave que é usada tanto para criptografar e descriptografar a
informação12.
Tipos de ataques Tem duas maneiras de criptografar informações:
Cada tipo de ataque tem um objetivo específico, que são eles11: • Criptografia simétrica (chave secreta): utiliza-se uma chave
– Passivo: envolve ouvir as trocas de comunicações ou gravar secreta, que pode ser um número, uma palavra ou apenas uma
de forma passiva as atividades do computador. Por si só, o ataque sequência de letras aleatórias, é aplicada ao texto de uma mensa-
passivo não é prejudicial, mas a informação coletada durante a ses- gem para alterar o conteúdo de uma determinada maneira. Tanto
são pode ser extremamente prejudicial quando utilizada (adultera- o emissor quanto o receptor da mensagem devem saber qual é a
ção, fraude, reprodução, bloqueio). chave secreta para poder ler a mensagem.
– Ativos: neste momento, faz-se a utilização dos dados cole- • Criptografia assimétrica (chave pública):tem duas chaves re-
tados no ataque passivo para, por exemplo, derrubar um sistema, lacionadas. Uma chave pública é disponibilizada para qualquer pes-
infectar o sistema com malwares, realizar novos ataques a partir da soa que queira enviar uma mensagem. Uma segunda chave privada
máquina-alvo ou até mesmo destruir o equipamento (Ex.: intercep- é mantida em segredo, para que somente você saiba.
tação, monitoramento, análise de pacotes). Qualquer mensagem que foi usada a chave púbica só poderá
Política de Segurança da Informação ser descriptografada pela chave privada.
Este documento irá auxiliar no gerenciamento da segurança Se a mensagem foi criptografada com a chave privada, ela só
da organização através de regras de alto nível que representam os poderá ser descriptografada pela chave pública correspondente.
princípios básicos que a entidade resolveu adotar de acordo com A criptografia assimétrica é mais lenta o processamento para
a visão estratégica da mesma, assim como normas (no nível táti- criptografar e descriptografar o conteúdo da mensagem.
co) e procedimentos (nível operacional). Seu objetivo será manter Um exemplo de criptografia assimétrica é a assinatura digital.
a segurança da informação. Todos os detalhes definidos nelas serão • Assinatura Digital: é muito usado com chaves públicas e per-
para informar sobre o que pode e o que é proibido, incluindo: mitem ao destinatário verificar a autenticidade e a integridade da
• Política de senhas: define as regras sobre o uso de senhas nos informação recebida. Além disso, uma assinatura digital não permi-
recursos computacionais, como tamanho mínimo e máximo, regra te o repúdio, isto é, o emitente não pode alegar que não realizou a
de formação e periodicidade de troca. ação. A chave é integrada ao documento, com isso se houver algu-
• Política de backup: define as regras sobre a realização de có- ma alteração de informação invalida o documento.
pias de segurança, como tipo de mídia utilizada, período de reten- • Sistemas biométricos: utilizam características físicas da pes-
ção e frequência de execução. soa como os olhos, retina, dedos, digitais, palma da mão ou voz.
• Política de privacidade: define como são tratadas as infor-
mações pessoais, sejam elas de clientes, usuários ou funcionários. Firewall
• Política de confidencialidade: define como são tratadas as Firewall ou “parede de fogo” é uma solução de segurança ba-
informações institucionais, ou seja, se elas podem ser repassadas seada em hardware ou software (mais comum) que, a partir de um
a terceiros. conjunto de regras ou instruções, analisa o tráfego de rede para
determinar quais operações de transmissão ou recepção de dados
podem ser executadas. O firewall se enquadra em uma espécie de
barreira de defesa. A sua missão, por assim dizer, consiste basica-
mente em bloquear tráfego de dados indesejado e liberar acessos
bem-vindos.
11 https://www.diegomacedo.com.br/modelos-e-mecanis- 12 https://centraldefavoritos.com.br/2016/11/19/conceitos-
mos-de-seguranca-da-informacao/ -de-protecao-e-seguranca-da-informacao-parte-2/

54
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Representação de um firewall.13

Formas de segurança e proteção


– Controles de acesso através de senhas para quem acessa, com autenticação, ou seja, é a comprovação de que uma pessoa que está
acessando o sistema é quem ela diz ser14.
– Se for empresa e os dados a serem protegidos são extremamente importantes, pode-se colocar uma identificação biométrica como
os olhos ou digital.
– Evitar colocar senhas com dados conhecidos como data de nascimento ou placa do seu carro.
– As senhas ideais devem conter letras minúsculas e maiúsculas, números e caracteres especiais como @ # $ % & *.
– Instalação de antivírus com atualizações constantes.
– Todos os softwares do computador devem sempre estar atualizados, principalmente os softwares de segurança e sistema operacio-
nal. No Windows, a opção recomendada é instalar atualizações automaticamente.
– Dentre as opções disponíveis de configuração qual opção é a recomendada.
– Sempre estar com o firewall ativo.
– Anti-spam instalados.
– Manter um backup para caso de pane ou ataque.
– Evite sites duvidosos.
– Não abrir e-mails de desconhecidos e principalmente se tiver anexos (link).
– Evite ofertas tentadoras por e-mail ou em publicidades.
– Tenha cuidado quando solicitado dados pessoais. Caso seja necessário, fornecer somente em sites seguros.
– Cuidado com informações em redes sociais.
– Instalar um anti-spyware.
– Para se manter bem protegido, além dos procedimentos anteriores, deve-se ter um antivírus instalado e sempre atualizado.

NOÇÕES DE VÍRUS, ANTIVÍRUS

Noções de vírus, worms e pragas virtuais (Malwares)


– Malwares (Pragas): São programas mal intencionados, isto é, programas maliciosos que servem pra danificar seu sistema e diminuir
o desempenho do computador;
– Vírus: São programas maliciosos que, para serem iniciados, é necessária uma ação (por exemplo um click por parte do usuário);
– Worms: São programas que diminuem o desempenho do sistema, isto é, eles exploram a vulnerabilidade do computador se instalam
e se replicam, não precisam de clique do mouse por parte do usuário ou ação automática do sistema.

Aplicativos para segurança (antivírus, firewall, antispyware etc.)


• Antivírus
O antivírus é um software que encontra arquivos e programas maléficos no computador. Nesse sentido o antivírus exerce um papel
fundamental protegendo o computador. O antivírus evita que o vírus explore alguma vulnerabilidade do sistema ou até mesmo de uma
ação inesperada em que o usuário aciona um executável que contém um vírus. Ele pode executar algumas medidas como quarentena,
remoção definitiva e reparos.
O antivírus também realiza varreduras procurando arquivos potencialmente nocivos advindos da Internet ou de e-mails e toma as
medidas de segurança.

• Firewall
Firewall, no caso, funciona como um filtro na rede. Ele determina o que deve passar em uma rede, seja ela local ou corporativa, blo-
queando entradas indesejáveis e protegendo assim o computador. Pode ter regras simples ou complexas, dependendo da implementação,
isso pode ser limitado a combinações simples de IP / porta ou fazer verificações completas.

13 Fonte: https://helpdigitalti.com.br/o-que-e-firewall-conceito-tipos-e-arquiteturas/#:~:text=Firewall%20%C3%A9%20uma%20so-
lu%C3%A7%C3%A3o%20de,de%20dados%20podem%20ser%20executadas.
14 https://centraldefavoritos.com.br/2016/11/19/conceitos-de-protecao-e-seguranca-da-informacao-parte-3/

55
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
• Antispyware
Spyware é um software espião, que rouba as informações, em contrário, o antispyware protege o computador funcionando como o
antivírus em todos os sentidos, conforme relatado acima. Muitos antivírus inclusive já englobam tais funções em sua especificação.

PROCEDIMENTOS DE BACKUP

Procedimentos de backup
Backup é uma cópia dos dados para segurança e proteção. É uma forma de proteger e recuperar os dados na ocorrência de algum
incidente. Desta forma os dados são protegidos contra corrupção, perda, desastres naturais ou causados pelo homem.
Nesse contexto, temos quatro modelos mais comumente adotados: o backup completo, o incremental, o diferencial e o espelho.
Geralmente fazemos um backup completo na nuvem (Através da Internet) e depois um backup incremental para atualizar somente o que
mudou, mas vamos detalhar abaixo os tipos para um entendimento mais completo.

• Backup completo
Como o próprio nome diz, é uma cópia de tudo, geralmente para um disco e fita, mas agora podemos copiar para a Nuvem, visto que
hoje temos acesso a computadores através da internet. Apesar de ser uma cópia simples e direta, é demorada, nesse sentido não é feito
frequentemente. O ideal é fazer um plano de backup combinado entre completo, incremental e diferencial.

• Backup incremental
Nesse modelo apenas os dados alterados desde a execução do último backup serão copiados. Geralmente as empresas usam a data
e a hora armazenada para comparar e assim atualizar somente os arquivos alterados. Geralmente é uma boa opção por demorar menos
tempo, afinal só as alterações são copiadas, inclusive tem um tamanho menor por conta destes fatores.

• Backup diferencial
Este modelo é semelhante ao modelo incremental. A primeira vez ele copia somente o que mudou do backup completo anterior. Nas
próximas vezes, porém, ele continua fazendo a cópia do que mudou do backup anterior, isto é, engloba as novas alterações. Os backups
diferenciais são maiores que os incrementais e menores que os backups completos.

• Backup Espelho
Como o próprio nome diz, é uma cópia fiel dos dados, mas requer uma estrutura complexa para ser mantido. Imaginem dois lugares
para gravar dados ao mesmo tempo, daí o nome de espelho. Este backup entra em ação rápido na falha do principal, nesse sentido este
modelo é bom, mas ele não guarda versões anteriores. Se for necessária uma recuperação de uma hora específica, ele não atende, se os
dados no principal estiverem corrompidos, com certeza o espelho também estará.

SEQUÊNCIA DE BACKUP BACKUP COMPLETO BACKUP ESPELHO BACKUP INCREMENTAL BACKUP DIFERENCIAL
Seleciona tudo e
Backup 1 Copia tudo - -
copia

Seleciona tudo e Copia as mudanças do Copia as mudanças


Backup 2 Copia tudo
copia backup 1 do backup 1

Seleciona tudo e Copia as mudanças do Copia as mudanças


Backup 3 Copia tudo
copia backup 2 do backup 1
Seleciona tudo e Copia as mudanças do Copia as mudanças
Backup 4 Copia tudo
copia backup 3 do backup 1

ARMAZENAMENTO DE DADOS NA NUVEM (CLOUD STORAGE)

O armazenamento de dados na nuvem é quando guardamos informações na internet através de um provedor de serviços na nuvem
que gerencia o armazenamento dos dados15.
Com este serviço, são eliminados custos com infraestrutura de armazenamento físico de dados. Além disso, pode-se acessar docu-
mentos em qualquer lugar ou dispositivo (todos sincronizados).

15 https://centraldefavoritos.com.br/2018/12/31/armazenamento-de-dados-na-nuvem-cloud-storage/

56
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Estes provedores de armazenamento cobram um valor propor- Software para armazenamento em nuvem
cional ao tamanho da necessidade, mantendo os dados seguros. Software de armazenamento cloud são sites, alguns deles vin-
Você pode acessar seus dados na nuvem através de protoco- culados a provedores de e-mail e aplicações de escritório, como
los como o SOAP (Simple Object Access Protocol), protocolo desti- o Google Drive (Google), o One Drive (Microsoft) e o Dropbox. A
nado à circulação de informações estruturadas entre plataformas maioria dos sites disponibiliza o serviço gratuitamente e o usuário
distribuídas e descentralizadas ou usando uma API (Application paga apenas se contratar planos para expandir a capacidade.
Programming Interface, traduzindo, Interface de Programação de
Aplicações) que integra os sistemas que tem linguagens diferentes
de maneira rápida e segura. EXERCÍCIOS
Benefícios do armazenamento na nuvem
- Diminuição do custo de hardware para armazenamento, só é
pago o que realmente necessita e ainda é fácil e rápido aumentar o 1. (FGV-SEDUC -AM) O dispositivo de hardware que tem como
espaço caso necessite; principal função a digitalização de imagens e textos, convertendo as
- As empresas pagam pela capacidade de armazenamento que versões em papel para o formato digital, é denominado
realmente precisam16; (A) joystick.
- Implantação rápida e fácil; (B) plotter.
- Possibilidade de expandir ou diminuir o espaço por sazonali- (C) scanner.
dade; (D) webcam.
- Quem contrata gerencia a nuvem diretamente; (E) pendrive.
- A empresa contratada cuida da manutenção do sistema, ba-
ckup e replicação dos dados, aquisição de dispositivos para arma- 2. (CKM-FUNDAÇÃO LIBERATO SALZANO) João comprou um
zenamentos extras; novo jogo para seu computador e o instalou sem que ocorressem
- É uma ferramenta de gestão de dados, pois, estes são arma- erros. No entanto, o jogo executou de forma lenta e apresentou
zenados de forma organizada. Com uma conexão estável, o acesso baixa resolução. Considerando esse contexto, selecione a alterna-
e compartilhamento é fácil e rápido. tiva que contém a placa de expansão que poderá ser trocada ou
adicionada para resolver o problema constatado por João.
Desvantagens (A) Placa de som
- O acesso depende exclusivamente da internet, portanto, a co- (B) Placa de fax modem
nexão deve ser de qualidade; (C) Placa usb
- Companhias de grande porte precisam ter políticas de segu- (D) Placa de captura
rança para preservar a integridade dos arquivos; (E) Placa de vídeo
- Geralmente, os servidores estão no exterior, o que sujeita
seus dados à legislação local. 3. (CKM-FUNDAÇÃO LIBERATO SALZANO) Há vários tipos de pe-
riféricos utilizados em um computador, como os periféricos de saída
Tipos de armazenamento em nuvem e os de entrada. Dessa forma, assinale a alternativa que apresenta
Primeiramente, é preciso determinar o tipo de implantação de um exemplo de periférico somente de entrada.
nuvem, ou a arquitetura de computação em nuvem, na qual os ser- (A) Monitor
viços cloud contratados serão implementados pela sua gestão de (B) Impressora
TI17. (C) Caixa de som
Há três diferentes maneiras de implantar serviços de nuvem: (D) Headphone
• Nuvem pública: pertence a um provedor de serviços cloud (E) Mouse
terceirizado pelo qual é administrada. Esse provedor fornece recur-
sos de computação em nuvem, como servidores e armazenamento 4. (VUNESP-2019 – SEDUC-SP) Na rede mundial de computado-
via web, ou seja, todo o hardware, software e infraestruturas de su- res, Internet, os serviços de comunicação e informação são disponi-
porte utilizados são de propriedade e gerenciamento do provedor bilizados por meio de endereços e links com formatos padronizados
de nuvem contratado pela organização. URL (Uniform Resource Locator). Um exemplo de formato de ende-
• Nuvem privada: se refere aos recursos de computação em reço válido na Internet é:
nuvem usados exclusivamente por uma única empresa, podendo (A) http:@site.com.br
estar localizada fisicamente no datacenter local da empresa, ou (B) HTML:site.estado.gov
seja, uma nuvem privada é aquela em que os serviços e a infra- (C) html://www.mundo.com
estrutura de computação em nuvem utilizados pela empresa são (D) https://meusite.org.br
mantidos em uma rede privada. (E) www.#social.*site.com
• Nuvem híbrida: trata-se da combinação entre a nuvem públi-
ca e a privada, que estão ligadas por uma tecnologia que permite o 5. (IBASE PREF. DE LINHARES – ES) Quando locamos servido-
compartilhamento de dados e aplicativos entre elas. O uso de nu- res e armazenamento compartilhados, com software disponível e
vens híbridas na computação em nuvem ajuda também a otimizar localizados em Data-Centers remotos, aos quais não temos acesso
a infraestrutura, segurança e conformidade existentes dentro da presencial, chamamos esse serviço de:
empresa. (A) Computação On-Line.
(B) Computação na nuvem.
(C) Computação em Tempo Real.
(D) Computação em Block Time.
(E) Computação Visual
16 http://www.infortrendbrasil.com.br/cloud-storage/
17 https://ecoit.com.br/computacao-em-nuvem/

57
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
6. (CESPE – SEDF) Com relação aos conceitos básicos e modos 13. (IF-PB) Acerca dos sistemas operacionais Windows 7 e 8,
de utilização de tecnologias, ferramentas, aplicativos e procedimen- assinale a alternativa INCORRETA:
tos associados à Internet, julgue o próximo item. (A) O Windows 8 é o sucessor do 7, e ambos são desenvolvidos
Embora exista uma série de ferramentas disponíveis na Inter- pela Microsoft.
net para diversas finalidades, ainda não é possível extrair apenas o (B) O Windows 8 apresentou uma grande revolução na interfa-
áudio de um vídeo armazenado na Internet, como, por exemplo, no ce do Windows. Nessa versão, o botão “iniciar” não está sem-
Youtube (http://www.youtube.com). pre visível ao usuário.
( ) Certo (C) É possível executar aplicativos desenvolvidos para Windows
( ) Errado 7 dentro do Windows 8.
(D) O Windows 8 possui um antivírus próprio, denominado
7. (CESP-MEC WEB DESIGNER) Na utilização de um browser, a Kapersky.
execução de JavaScripts ou de programas Java hostis pode provocar (E) O Windows 7 possui versões direcionadas para computado-
danos ao computador do usuário. res x86 e 64 bits.
( ) Certo
( ) Errado 14. (CESPE BANCO DA AMAZÔNIA) O Linux, um sistema multi-
tarefa e multiusuário, é disponível em várias distribuições, entre as
8. (FGV – SEDUC -AM) Um Assistente Técnico recebe um e-mail quais, Debian, Ubuntu, Mandriva e Fedora.
com arquivo anexo em seu computador e o antivírus acusa existên- ( ) Certo
cia de vírus. ( ) Errado
Assinale a opção que indica o procedimento de segurança a ser 15. (FCC – DNOCS) - O comando Linux que lista o conteúdo de
adotado no exemplo acima. um diretório, arquivos ou subdiretórios é o
(A) Abrir o e-mail para verificar o conteúdo, antes de enviá-lo (A) init 0.
ao administrador de rede. (B) init 6.
(B) Executar o arquivo anexo, com o objetivo de verificar o tipo (C) exit
de vírus. (D) ls.
(C) Apagar o e-mail, sem abri-lo. (E) cd.
(D) Armazenar o e-mail na área de backup, para fins de moni-
toramento. 16. (SOLUÇÃO) O Linux faz distinção de letras maiúsculas ou
(E) Enviar o e-mail suspeito para a pasta de spam, visando a minúsculas
analisá-lo posteriormente. ( ) Certo
( ) Errado
9. (CESPE – PEFOCE) Entre os sistemas operacionais Windows
7, Windows Vista e Windows XP, apenas este último não possui ver- 17. (CESP -UERN) Na suíte Microsoft Office, o aplicativo
são para processadores de 64 bits. (A) Excel é destinado à elaboração de tabelas e planilhas eletrô-
( ) Certo nicas para cálculos numéricos, além de servir para a produção
( ) Errado de textos organizados por linhas e colunas identificadas por nú-
meros e letras.
10. (CPCON – PREF, PORTALEGRE) Existem muitas versões do (B) PowerPoint oferece uma gama de tarefas como elaboração
Microsoft Windows disponíveis para os usuários. No entanto, não é e gerenciamento de bancos de dados em formatos .PPT.
uma versão oficial do Microsoft Windows (C) Word, apesar de ter sido criado para a produção de texto, é
(A) Windows 7 útil na elaboração de planilhas eletrônicas, com mais recursos
(B) Windows 10 que o Excel.
(C) Windows 8.1 (D) FrontPage é usado para o envio e recebimento de mensa-
(D) Windows 9 gens de correio eletrônico.
(E) Windows Server 2012 (E) Outlook é utilizado, por usuários cadastrados, para o envio
e recebimento de páginas web.
11. (MOURA MELO – CAJAMAR) É uma versão inexistente do
Windows: 18. (FUNDEP – UFVJM-MG) Assinale a alternativa que apresen-
(A) Windows Gold. ta uma ação que não pode ser realizada pelas opções da aba “Pági-
(B) Windows 8. na Inicial” do Word 2010.
(C) Windows 7. (A) Definir o tipo de fonte a ser usada no documento.
(D) Windows XP. (B) Recortar um trecho do texto para incluí-lo em outra parte
do documento.
12. (QUADRIX CRN) Nos sistemas operacionais Windows 7 e (C) Definir o alinhamento do texto.
Windows 8, qual, destas funções, a Ferramenta de Captura não exe- (D) Inserir uma tabela no texto
cuta?
(A) Capturar qualquer item da área de trabalho.
(B) Capturar uma imagem a partir de um scanner.
(C) Capturar uma janela inteira
(D) Capturar uma seção retangular da tela.
(E) Capturar um contorno à mão livre feito com o mouse ou
uma caneta eletrônica

58
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
19. (CESPE – TRE-AL) Considerando a janela do PowerPoint
2002 ilustrada abaixo julgue os itens a seguir, relativos a esse apli-
ANOTAÇÕES
cativo.
A apresentação ilustrada na janela contém 22 slides ?. ______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________
( ) Certo
( ) Errado ______________________________________________________

20. (CESPE – CAIXA) O PowerPoint permite adicionar efeitos so- ______________________________________________________


noros à apresentação em elaboração.
( ) Certo ______________________________________________________
( ) Errado
______________________________________________________

GABARITO ______________________________________________________

______________________________________________________
1 C
______________________________________________________
2 E
3 E ______________________________________________________
4 D ______________________________________________________
5 B
______________________________________________________
6 ERRADO
______________________________________________________
7 CERTO
8 C ______________________________________________________
9 CERTO ______________________________________________________
10 D
______________________________________________________
11 A
12 B ______________________________________________________
13 D ______________________________________________________
14 CERTO
______________________________________________________
15 D
16 CERTO _____________________________________________________
17 A _____________________________________________________
18 D
______________________________________________________
19 CERTO
20 CERTO ______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

59
MATEMÁTICA
1. Sistemas de unidades de medidas. Comprimento, área, volume, massa, tempo, ângulo e arco. Transformação de unidades de
medida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Sequências numéricas. Progressão aritmética. Progressão geométrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 02
3. Geometria analítica. Coordenadas cartesianas. Gráficos. Tabelas. Distância entre dois pontos. Estudo analítico da reta. Paralelismo e
perpendicularismo de retas. Estudo analítico da circunferência, da elipse, da parábola e da hipérbole . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 07
4. Análise combinatória e probabilidade. Princípios fundamentais da contagem. Arranjos, permutações e combinações. Binômio de
Newton. Introdução aos fenômenos aleatórios. Conceitos de probabilidade. Cálculo de probabilidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
5. Geometria plana e geometria espacial. Reta. Semirreta. Segmentos. Ângulos. Polígonos. Circunferência. Círculo. Lugares geométricos.
Congruências de figuras. Estudo do triângulo. Teorema de Thales. Teorema de Pitágoras. Áreas de figuras planas. Posições relativas de
retas e planos no espaço. Volumes e áreas de sólidos: prismas, pirâmides e poliedros regulares. Sólidos de revolução: áreas e volumes
de cilindro, cone e esfera . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 07
6. Noções de estatística. População e amostra. Variáveis contínuas e discretas. Distribuição de frequências Medidas de tendência central:
média, mediana e moda. Variância e desvio padrão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
MATEMÁTICA

SISTEMAS DE UNIDADES DE MEDIDAS. COMPRIMENTO, ÁREA, VOLUME, MASSA, TEMPO, ÂNGULO E ARCO. TRANS-
FORMAÇÃO DE UNIDADES DE MEDIDA

O sistema métrico decimal é parte integrante do Sistema de Medidas. É adotado no Brasil tendo como unidade fundamental de me-
dida o metro.
O Sistema de Medidas é um conjunto de medidas usado em quase todo o mundo, visando padronizar as formas de medição.

Medidas de comprimento
Os múltiplos do metro são usados para realizar medição em grandes distâncias, enquanto os submúltiplos para realizar medição em
pequenas distâncias.

UNIDADE
MÚLTIPLOS SUBMÚLTIPLOS
FUNDAMENTAL
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
km hm Dam m dm cm mm
1000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m

Para transformar basta seguir a tabela seguinte (esta transformação vale para todas as medidas):

Medidas de superfície e área


As unidades de área do sistema métrico correspondem às unidades de comprimento da tabela anterior.
São elas: quilômetro quadrado (km2), hectômetro quadrado (hm2), etc. As mais usadas, na prática, são o quilômetro quadrado, o me-
tro quadrado e o hectômetro quadrado, este muito importante nas atividades rurais com o nome de hectare (ha): 1 hm2 = 1 ha.
No caso das unidades de área, o padrão muda: uma unidade é 100 vezes a menor seguinte e não 10 vezes, como nos comprimentos.
Entretanto, consideramos que o sistema continua decimal, porque 100 = 102. A nomenclatura é a mesma das unidades de comprimento
acrescidas de quadrado.

Vejamos as relações entre algumas essas unidades que não fazem parte do sistema métrico e as do sistema métrico decimal (valores
aproximados):
1 polegada = 25 milímetros
1 milha = 1 609 metros
1 légua = 5 555 metros
1 pé = 30 centímetros

Medidas de Volume e Capacidade


Na prática, são muitos usados o metro cúbico(m3) e o centímetro cúbico(cm3).
Nas unidades de volume, há um novo padrão: cada unidade vale 1000 vezes a unidade menor seguinte. Como 1000 = 103, o sistema
continua sendo decimal. Acrescentamos a nomenclatura cúbico.
A noção de capacidade relaciona-se com a de volume. A unidade fundamental para medir capacidade é o litro (l); 1l equivale a 1 dm3.

Medidas de Massa
O sistema métrico decimal inclui ainda unidades de medidas de massa. A unidade fundamental é o grama(g). Assim as denominamos:
Kg – Quilograma; hg – hectograma; dag – decagrama; g – grama; dg – decigrama; cg – centigrama; mg – miligrama
Dessas unidades, só têm uso prático o quilograma, o grama e o miligrama. No dia-a-dia, usa-se ainda a tonelada (t). Medidas Especiais:
1 Tonelada(t) = 1000 Kg
1 Arroba = 15 Kg
1 Quilate = 0,2 g

1
MATEMÁTICA
Em resumo temos:

Relações importantes

1 kg = 1l = 1 dm3
1 hm2 = 1 ha = 10.000m2
1 m3 = 1000 l

Exemplos:
(CLIN/RJ - GARI E OPERADOR DE ROÇADEIRA - COSEAC) Uma peça de um determinado tecido tem 30 metros, e para se confeccionar
uma camisa desse tecido são necessários 15 decímetros. Com duas peças desse tecido é possível serem confeccionadas:
(A) 10 camisas
(B) 20 camisas
(C) 40 camisas
(D) 80 camisas

Resolução:
Como eu quero 2 peças desse tecido e 1 peça possui 30 metros logo:
30 . 2 = 60 m. Temos que trabalhar com todas na mesma unidade: 1 m é 10dm assim temos 60m . 10 = 600 dm, como cada camisa
gasta um total de 15 dm, temos então:
600/15 = 40 camisas.
Resposta: C

(CLIN/RJ - GARI E OPERADOR DE ROÇADEIRA - COSEAC) Um veículo tem capacidade para transportar duas toneladas de carga. Se a
carga a ser transportada é de caixas que pesam 4 quilogramas cada uma, o veículo tem capacidade de transportar no máximo:
(A) 50 caixas
(B) 100 caixas
(C) 500 caixas
(D) 1000 caixas

Resolução:
Uma tonelada(ton) é 1000 kg, logo 2 ton. 1000kg= 2000 kg
Cada caixa pesa 4kg
2000 kg/ 4kg = 500 caixas.
Resposta: C

SEQUÊNCIAS NUMÉRICAS. PROGRESSÃO ARITMÉTICA. PROGRESSÃO GEOMÉTRICA

Progressão aritmética (P.A.)


É toda sequência numérica em que cada um de seus termos, a partir do segundo, é igual ao anterior somado a uma constante r, deno-
minada razão da progressão aritmética. Como em qualquer sequência os termos são chamados de a1, a2, a3, a4,.......,an,....

2
MATEMÁTICA

• Cálculo da razão
A razão de uma P.A. é dada pela diferença de um termo qualquer pelo termo imediatamente anterior a ele.
r = a2 – a1 = a3 – a2 = a4 – a3 = a5 – a4 = .......... = an – an – 1

Exemplos:
- (5, 9, 13, 17, 21, 25,......) é uma P.A. onde a1 = 5 e razão r = 4
- (2, 9, 16, 23, 30,.....) é uma P.A. onde a1 = 2 e razão r = 7
- (23, 21, 19, 17, 15,....) é uma P.A. onde a1 = 23 e razão r = - 2.

• Classificação
Uma P.A. é classificada de acordo com a razão.

Se r > 0 ⇒ CRESCENTE. Se r < 0 ⇒ DECRESCENTE. Se r = 0 ⇒ CONSTANTE.

• Fórmula do Termo Geral


Em toda P.A., cada termo é o anterior somado com a razão, então temos:
1° termo: a1
2° termo: a2 = a1 + r
3° termo: a3 = a2 + r = a1 + r + r = a1 + 2r
4° termo: a4 = a3 + r = a1 + 2r + r = a1 + 3r
5° termo: a5 = a4 + r = a1 + 3r + r = a1 + 4r
6° termo: a6 = a5 + r = a1 + 4r + r = a1 + 5r
. . . . . .
. . . . . .
. . . . . .
n° termo é:

Exemplo:
(PREF. AMPARO/SP – AGENTE ESCOLAR – CONRIO) Descubra o 99º termo da P.A. (45, 48, 51,...)
(A) 339
(B) 337
(C) 333
(D) 331

Resolução:

Resposta: A

3
MATEMÁTICA
Propriedades
1) Numa P.A. a soma dos termos equidistantes dos extremos é igual à soma dos extremos.
2) Numa P.A. com número ímpar de termos, o termo médio é igual à média aritmética entre os extremos.

Exemplo:

3) A sequência (a, b, c) é P.A. se, e somente se, o termo médio é igual à média aritmética entre a e c, isto é:

Soma dos n primeiros termos

Progressão geométrica (P.G.)


É uma sequência onde cada termo é obtido multiplicando o anterior por uma constante. Essa constante é chamada de razão da P.G.
e simbolizada pela letra q.

Cálculo da razão
A razão da P.G. é obtida dividindo um termo por seu antecessor. Assim: (a1, a2, a3, ..., an - 1, an, ...) é P.G. ⇔ an = (an - 1) q, n ≥ 2

4
MATEMÁTICA
Exemplos:

Classificação
Uma P.G. é classificada de acordo com o primeiro termo e a razão.

CRESCENTE DECRESCENTE ALTERNANTE CONSTANTE SINGULAR


a1 > 0 e q > 1 a1 > 0 e 0 < q < 1 Cada termo apresenta sinal contrário q = 1. a1 = 0
ou quando ou quando ao do anterior. Isto ocorre quando. (também é chamada de Esta- ou
a1 < 0 e 0 < q < 1. a1 < 0 e q > 1. q<0 cionária) q = 0.

Fórmula do termo geral


Em toda P.G. cada termo é o anterior multiplicado pela razão, então temos:
1° termo: a1
2° termo: a2 = a1.q
3° termo: a3 = a2.q = a1.q.q = a1q2
4° termo: a4 = a3.q = a1.q2.q = a1.q3
5° termo: a5 = a4.q = a1.q3.q = a1.q4
. . . . .
. . . . .
. . . . .

n° termo é:

Exemplo:
(TRF 3ª – ANALISTA JUDICIÁRIO - INFORMÁTICA – FCC) Um tabuleiro de xadrez possui 64 casas. Se fosse possível colocar 1 grão de
arroz na primeira casa, 4 grãos na segunda, 16 grãos na terceira, 64 grãos na quarta, 256 na quinta, e assim sucessivamente, o total de
grãos de arroz que deveria ser colocado na 64ª casa desse tabuleiro seria igual a
(A) 264.
(B) 2126.
(C) 266.
(D) 2128.
(E) 2256.

Resolução:
Pelos valores apresentados, é uma PG de razão 4
a64 = ?
a1 = 1
q=4
n = 64

Resposta: B

Propriedades
1) Em qualquer P.G., cada termo, exceto os extremos, é a média geométrica entre o precedente e o consequente.
2) Em toda P.G. finita, o produto dos termos equidistantes dos extremos é igual ao produto dos extremos.

5
MATEMÁTICA

3) Em uma P.G. de número ímpar de termos, o termo médio é a média geométrica entre os extremos.
Em síntese temos:

4) Em uma PG, tomando-se três termos consecutivos, o termo central é a média geométrica dos seus vizinhos.

Soma dos n primeiros termos


A fórmula para calcular a soma de todos os seus termos é dada por:

Produto dos n termos

Temos as seguintes regras para o produto:


1) O produto de n números positivos é sempre positivo.
2) No produto de n números negativos:
a) se n é par: o produto é positivo.
b) se n é ímpar: o produto é negativo.

Soma dos infinitos termos


A soma dos infinitos termos de uma P.G de razão q, com -1 < q < 1, é dada por:

Exemplo:
A soma dos elementos da sequência numérica infinita (3; 0,9; 0,09; 0,009; …) é
(A) 3,1
(B) 3,9
(C) 3,99
(D) 3, 999
(E) 4

6
MATEMÁTICA
Resolução:
Sejam S as somas dos elementos da sequência e S1 a soma da PG infinita (0,9; 0,09; 0,009;…) de razão q = 0,09/0,9 = 0,1. Assim:
S = 3 + S1
Como -1 < q < 1 podemos aplicar a fórmula da soma de uma PG infinita para obter S1:
S1 = 0,9/(1 - 0,1) = 0,9/0,9 = 1 → S = 3 + 1 = 4
Resposta: E

GEOMETRIA ANALÍTICA. COORDENADAS CARTESIANAS. GRÁFICOS.TABELAS.DISTÂNCIA ENTRE DOIS PONTOS. ES-


TUDO ANALÍTICO DA RETA. PARALELISMO E PERPENDICULARISMO DE RETAS.ESTUDO ANALÍTICO DA CIRCUNFE-
RÊNCIA, DA ELIPSE, DA PARÁBOLA E DA HIPÉRBOLE.GEOMETRIA PLANA E GEOMETRIA ESPACIAL. RETA.SEMIRRETA.
SEGMENTOS. ÂNGULOS. POLÍGONOS. CIRCUNFERÊNCIA. CÍRCULO. LUGARES GEOMÉTRICOS. CONGRUÊNCIAS DE
FIGURAS. ESTUDO DO TRIÂNGULO. TEOREMA DE THALES.TEOREMA DE PITÁGORAS. ÁREAS DE FIGURAS PLANAS.
POSIÇÕES RELATIVAS DE RETAS E PLANOS NO ESPAÇO.VOLUMES E ÁREAS DE SÓLIDOS: PRISMAS, PIRÂMIDES E PO-
LIEDROS REGULARES. SÓLIDOS DE REVOLUÇÃO: ÁREAS E VOLUMES DE CILINDRO, CONE E ESFERA

Geometria plana
Aqui nos deteremos a conceitos mais cobrados como perímetro e área das principais figuras planas. O que caracteriza a geometria
plana é o estudo em duas dimensões.

Perímetro
É a soma dos lados de uma figura plana e pode ser representado por P ou 2p, inclusive existem umas fórmulas de geometria que apa-
rece p que é o semiperímetro (metade do perímetro). Basta observamos a imagem:

Observe que a planta baixa tem a forma de um retângulo.

Exemplo:
(CPTM - Médico do trabalho – MAKIYAMA) Um terreno retangular de perímetro 200m está à venda em uma imobiliária. Sabe-se que
sua largura tem 28m a menos que o seu comprimento. Se o metro quadrado cobrado nesta região é de R$ 50,00, qual será o valor pago
por este terreno?
(A) R$ 10.000,00.
(B) R$ 100.000,00.
(C) R$ 125.000,00.
(D) R$ 115.200,00.
(E) R$ 100.500,00.

Resolução:
O perímetro do retângulo é dado por = 2(b+h);
Pelo enunciado temos que: sua largura tem 28m a menos que o seu comprimento, logo 2 (x + (x-28)) = 2 (2x -28) = 4x – 56. Como ele
já dá o perímetro que é 200, então
200 = 4x -56  4x = 200+56  4x = 256  x = 64
Comprimento = 64, largura = 64 – 28 = 36
Área do retângulo = b.h = 64.36 = 2304 m2
Logo o valor da área é: 2304.50 = 115200
Resposta: D

• Área
É a medida de uma superfície. Usualmente a unidade básica de área é o m2 (metro quadrado). Que equivale à área de um quadrado
de 1 m de lado.

7
MATEMÁTICA

Quando calculamos que a área de uma determinada figura é, por exemplo, 12 m2; isso quer dizer que na superfície desta figura cabem
12 quadrados iguais ao que está acima.

Planta baixa de uma casa com a área total

Para efetuar o cálculo de áreas é necessário sabermos qual a figura plana e sua respectiva fórmula. Vejamos:

(Fonte: https://static.todamateria.com.br/upload/57/97/5797a651dfb37-areas-de-figuras-planas.jpg)

Geometria espacial
Aqui trataremos tanto das figuras tridimensionais e dos sólidos geométricos. O importante é termos em mente todas as figuras planas,
pois a construção espacial se dá através da junção dessas figuras. Vejamos:

8
MATEMÁTICA
Diedros Poliedros Regulares
Sendo dois planos secantes (planos que se cruzam) π e π’, o Um poliedro e dito regular quando:
espaço entre eles é chamado de diedro. A medida de um diedro é - suas faces são polígonos regulares congruentes;
feita em graus, dependendo do ângulo formado entre os planos. - seus ângulos poliédricos são congruentes;

Poliedros Por essas condições e observações podemos afirmar que todos


São sólidos geométricos ou figuras geométricas espaciais for- os poliedros de Platão são ditos Poliedros Regulares.
madas por três elementos básicos: faces, arestas e vértices. Cha-
mamos de poliedro o sólido limitado por quatro ou mais polígonos Exemplo:
planos, pertencentes a planos diferentes e que têm dois a dois so- (PUC/RS) Um poliedro convexo tem cinco faces triangulares e
mente uma aresta em comum. Veja alguns exemplos: três pentagonais. O número de arestas e o número de vértices des-
te poliedro são, respectivamente:
(A) 30 e 40
(B) 30 e 24
(C) 30 e 8
(D) 15 e 25
(E) 15 e 9

Resolução:
O poliedro tem 5 faces triangulares e 3 faces pentagonais, logo,
tem um total de 8 faces (F = 8). Como cada triângulo tem 3 lados e
o pentágono 5 lados. Temos:

Os polígonos são as faces do poliedro; os lados e os vértices dos


polígonos são as arestas e os vértices do poliedro.
Um poliedro é convexo se qualquer reta (não paralela a ne-
nhuma de suas faces) o corta em, no máximo, dois pontos. Ele não Resposta: E
possuí “reentrâncias”. E caso contrário é dito não convexo.
Não Poliedros
Relação de Euler
Em todo poliedro convexo sendo V o número de vértices, A o
número de arestas e F o número de faces, valem as seguintes rela-
ções de Euler:
Poliedro Fechado: V – A + F = 2
Poliedro Aberto: V – A + F = 1

Para calcular o número de arestas de um poliedro temos que


multiplicar o número de faces F pelo número de lados de cada face
n e dividir por dois. Quando temos mais de um tipo de face, basta
somar os resultados.
A = n.F/2
Os sólidos acima são. São considerados não planos pois pos-
Poliedros de Platão suem suas superfícies curvas.
Eles satisfazem as seguintes condições: Cilindro: tem duas bases geometricamente iguais definidas por
- todas as faces têm o mesmo número n de arestas; curvas fechadas em superfície lateral curva.
- todos os ângulos poliédricos têm o mesmo número m de ares- Cone: tem uma só base definida por uma linha curva fechada e
tas; uma superfície lateral curva.
- for válida a relação de Euler (V – A + F = 2). Esfera: é formada por uma única superfície curva.

9
MATEMÁTICA
Planificações de alguns Sólidos Geométricos

Fonte: https://1.bp.blogspot.com/-WWDbQ-Gh5zU/Wb7iCjR42BI/AAAAAAAAIR0/kfRXIcIYLu4Iqf7ueIYKl39DU-9Zw24lgCLcBGAs/s1600/revis%-
25C3%25A3o%2Bfiguras%2Bgeom%25C3%25A9tricas-page-001.jpg

Sólidos geométricos
O cálculo do volume de figuras geométricas, podemos pedir que visualizem a seguinte figura:

a) A figura representa a planificação de um prisma reto;


b) O volume de um prisma reto é igual ao produto da área da base pela altura do sólido, isto é:
V = Ab. a
Onde a é igual a h (altura do sólido)

c) O cubo e o paralelepípedo retângulo são prismas;


d) O volume do cilindro também se pode calcular da mesma forma que o volume de um prisma reto.

Área e Volume dos sólidos geométricos


PRISMA: é um sólido geométrico que possui duas bases iguais e paralelas.

10
MATEMÁTICA
(A) 60
(B) 60
(C) 80
(D) 80
(E) 90

Resolução:
Do enunciado a base é um triângulo equilátero. E a fórmula
da área do triângulo equilátero é . A aresta da base é a = 8 cm e h
= 15 cm.
Cálculo da área da base:

Exemplo:
(PREF. JUCÁS/CE – PROFESSOR DE MATEMÁTICA – INSTITUTO
NEO EXITUS) O número de faces de um prisma, em que a base é um
polígono de n lados é: Cálculo do volume:
(A) n + 1.
(B) n + 2.
(C) n.
(D) n – 1.
(E) 2n + 1.

Resolução:
Se a base tem n lados, significa que de cada lado sairá uma face.
Assim, teremos n faces, mais a base inferior, e mais a base su-
perior.
Portanto, n + 2
Resposta: B
Resposta: D
PIRÂMIDE: é um sólido geométrico que tem uma base e um
vértice superior. CILINDRO: é um sólido geométrico que tem duas bases iguais,
paralelas e circulares.

CONE: é um sólido geométrico que tem uma base circular e


vértice superior.

Exemplo:
Uma pirâmide triangular regular tem aresta da base igual a 8
cm e altura 15 cm. O volume dessa pirâmide, em cm3, é igual a:

11
MATEMÁTICA

Exemplo:
Um cone equilátero tem raio igual a 8 cm. A altura desse cone,
em cm, é: TRONCOS: são cortes feitos nas superfícies de alguns dos sóli-
dos geométricos. São eles:
(A)

(B)

(C)

(D)

(E) 8

Resolução:
Em um cone equilátero temos que g = 2r. Do enunciado o raio
é 8 cm, então a geratriz é g = 2.8 = 16 cm.
g2 = h2 + r2
162 = h2 + 82
256 = h2 + 64 Exemplo:
256 – 64 = h2 (ESCOLA DE SARGENTO DAS ARMAS – COMBATENTE/LOGÍSTI-
h2 = 192 CA – TÉCNICA/AVIAÇÃO – EXÉRCITO BRASILEIRO) O volume de um
tronco de pirâmide de 4 dm de altura e cujas áreas das bases são
iguais a 36 dm² e 144 dm² vale:
(A) 330 cm³
(B) 720 dm³
(C) 330 m³
(D) 360 dm³
(E) 336 dm³
Resposta: D
Resolução:
ESFERA: superfície curva, possui formato de uma bola.

AB=144 dm²
Ab=36 dm²

12
MATEMÁTICA

Resposta: E

Geometria analítica
Um dos objetivos da Geometria Analítica é determinar a reta que representa uma certa equação ou obter a equação de uma reta
dada, estabelecendo uma relação entre a geometria e a álgebra.

Sistema cartesiano ortogonal (PONTO)


Para representar graficamente um par ordenado de números reais, fixamos um referencial cartesiano ortogonal no plano. A reta x
é o eixo das abscissas e a reta y é o eixo das ordenadas. Como se pode verificar na imagem é o Sistema cartesiano e suas propriedades.

Para determinarmos as coordenadas de um ponto P, traçamos linhas perpendiculares aos eixos x e y.


• xp é a abscissa do ponto P;
• yp é a ordenada do ponto P;
• xp e yp constituem as coordenadas do ponto P.

Mediante a esse conhecimento podemos destacar as formulas que serão uteis ao cálculo.

Distância entre dois pontos de um plano


Por meio das coordenadas de dois pontos A e B, podemos localizar esses pontos em um sistema cartesiano ortogonal e, com isso,
determinar a distância d(A, B) entre eles. O triângulo formado é retângulo, então aplicamos o Teorema de Pitágoras.

13
MATEMÁTICA

Estes pontos estarão alinhados se, e somente se:

Ponto médio de um segmento

Por outro lado, se D ≠ 0, então os pontos A, B e C serão vértices


de um triângulo cuja área é:

onde o valor do determinante é sempre dado em módulo, pois


a área não pode ser um número negativo.

Inclinação de uma reta e Coeficiente angular de uma reta (ou


declividade)
À medida do ângulo α, onde α é o menor ângulo que uma reta
forma com o eixo x, tomado no sentido anti-horário, chamamos de
inclinação da reta r do plano cartesiano.

Baricentro
O baricentro (G) de um triângulo é o ponto de intersecção das
medianas do triângulo. O baricentro divide as medianas na razão
de 2:1.

Já a declividade é dada por: m = tgα

Cálculo do coeficiente angular


Se a inclinação α nos for desconhecida, podemos calcular o
coeficiente angular m por meio das coordenadas de dois pontos da
reta, como podemos verificar na imagem.

Condição de alinhamento de três pontos


Consideremos três pontos de uma mesma reta (colineares),
A(x1, y1), B(x2, y2) e C(x3, y3).

14
MATEMÁTICA
Equação reduzida da reta
A equação reduzida é obtida quando isolamos y na equação da
reta y - b = mx

Reta

Equação da reta
A equação da reta é determinada pela relação entre as abscis-
sas e as ordenadas. Todos os pontos desta reta obedecem a uma
mesma lei. Temos duas maneiras de determinar esta equação: – Equação segmentária da reta
É a equação da reta determinada pelos pontos da reta que in-
1) Um ponto e o coeficiente angular terceptam os eixos x e y nos pontos A (a, 0) e B (0,b).

Exemplo:
Consideremos um ponto P(1, 3) e o coeficiente angular m = 2.
Dados P(x1, y1) e Q(x, y), com P ∈ r, Q ∈ r e m a declividade da
reta r, a equação da reta r será:

Equação geral da reta


Toda equação de uma reta pode ser escrita na forma:
ax + by + c = 0

2) Dois pontos: A(x1, y1) e B(x2, y2) onde a, b e c são números reais constantes com a e b não si-
Consideremos os pontos A(1, 4) e B(2, 1). Com essas informa- multaneamente nulos.
ções, podemos determinar o coeficiente angular da reta:
Posições relativas de duas retas
Em relação a sua posição elas podem ser:

A) Retas concorrentes: Se r1 e r2 são concorrentes, então seus


ângulos formados com o eixo x são diferentes e, como consequên-
cia, seus coeficientes angulares são diferentes.
Com o coeficiente angular, podemos utilizar qualquer um dos
dois pontos para determinamos a equação da reta. Temos A(1, 4),
m = -3 e Q(x, y)
y - y1 = m.(x - x1) ⇒ y - 4 = -3. (x - 1) ⇒ y - 4 = -3x + 3 ⇒ 3x +
y - 4 - 3 = 0 ⇒ 3x + y - 7 = 0

15
MATEMÁTICA

Intersecção de retas
Duas retas concorrentes, apresentam um ponto de intersecção
B) Retas paralelas: Se r1 e r2 são paralelas, seus ângulos com o P(a, b), em que as coordenadas (a, b) devem satisfazer as equações
eixo x são iguais e, em consequência, seus coeficientes angulares de ambas as retas. Para determinarmos as coordenadas de P, basta
são iguais (m1 = m2). Entretanto, para que sejam paralelas, é neces- resolvermos o sistema constituído pelas equações dessas retas.
sário que seus coeficientes lineares n1 e n2 sejam diferentes
Condição de perpendicularismo
Se duas retas, r1 e r2, são perpendiculares entre si, a seguinte
relação deverá ser verdadeira.

onde m1 e m2 são os coeficientes angulares das retas r1 e r2,


respectivamente.

Distância entre um ponto e uma reta


A distância de um ponto a uma reta é a medida do segmento
perpendicular que liga o ponto à reta. Utilizamos a fórmula a seguir
para obtermos esta distância.

C) Retas coincidentes: Se r1 e r2 são coincidentes, as retas cor-


tam o eixo y no mesmo ponto; portanto, além de terem seus coe-
ficientes angulares iguais, seus coeficientes lineares também serão
iguais.

16
MATEMÁTICA

onde d(P, r) é a distância entre o ponto P(xP, yP) e a reta r .

Exemplo: Equação Geral da circunferência


(UEPA) O comandante de um barco resolveu acompanhar a A equação geral de uma circunferência é obtida através do de-
procissão fluvial do Círio-2002, fazendo o percurso em linha reta. senvolvimento da equação reduzida.
Para tanto, fez uso do sistema de eixos cartesianos para melhor
orientação. O barco seguiu a direção que forma 45° com o sentido
positivo do eixo x, passando pelo ponto de coordenadas (3, 5). Este
trajeto ficou bem definido através da equação:
(A) y = 2x – 1
(B) y = - 3x + 14 Exemplo:
(C) y = x + 2 (VUNESP) A equação da circunferência, com centro no ponto
(D) y = - x + 8 C(2, 1) e que passa pelo ponto P(0, 3), é:
(E) y = 3x – 4 (A) x2 + (y – 3)2 = 0
(B) (x – 2)2 + (y – 1)2 = 4
Resolução: (C) (x – 2)2 + (y – 1)2 = 8
xo = 3, yo = 5 e = 1. As alternativas estão na forma de equação (D) (x – 2)2 + (y – 1)2 = 16
reduzida, então: (E) x2 + (y – 3)2 = 8
y – yo = m(x – xo)
y – 5 = 1.(x – 3) Resolução:
y–5=x–3 Temos que C(2, 1), então a = 2 e b = 1. O raio não foi dado no
y=x–3+5 enunciado.
y=x+2 (x – a)2 + (y – b)2 = r2
Resposta: C (x – 2)2 + (y – 1)2 = r2 (como a circunferência passa pelo ponto P,
basta substituir o x por 0 e o y por 3 para achar a raio.
Circunferência (0 – 2)2 + (3 – 1)2 = r2
É o conjunto dos pontos do plano equidistantes de um ponto (- 2)2 + 22 = r2
fixo O, denominado centro da circunferência. 4 + 4 = r2
A medida da distância de qualquer ponto da circunferência ao r2 = 8
centro O é sempre constante e é denominada raio. (x – 2)2 + (y – 1)2 = 8
Resposta: C
Equação reduzida da circunferência
Dados um ponto P(x, y) qualquer, pertencente a uma circunfe- Elipse
rência de centro O(a,b) e raio r, sabemos que: d(O,P) = r. É o conjunto dos pontos de um plano cuja soma das distâncias
a dois pontos fixos do plano é constante. Onde F1 e F2 são focos:

17
MATEMÁTICA

“Em todo triângulo retângulo o quadrado da hipotenusa é igual


à soma dos quadrados dos catetos”.
a2 = b2 + c2

Exemplo:
Um barco partiu de um ponto A e navegou 10 milhas para o
oeste chegando a um ponto B, depois 5 milhas para o sul chegando
Mesmo que mudemos o eixo maior da elipse do eixo x para a um ponto C, depois 13 milhas para o leste chagando a um ponto D
o eixo y, a relação de Pitágoras (a2 =b2 + c2) continua sendo válida. e finalmente 9 milhas para o norte chegando a um ponto E. Onde o
barco parou relativamente ao ponto de partida?
(A) 3 milhas a sudoeste.
(B) 3 milhas a sudeste.
(C) 4 milhas ao sul.
(D) 5 milhas ao norte.
(E) 5 milhas a nordeste.

Resolução:

Equações da elipse
a) Centrada na origem e com o eixo maior na horizontal.

x 2 = 32 + 42
x2 = 9 + 16
x2 = 25
b) Centrada na origem e com o eixo maior na vertical. Resposta: E

ANÁLISE COMBINATÓRIA E PROBABILIDADE. PRIN-


CÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTAGEM. ARRANJOS,
PERMUTAÇÕES E COMBINAÇÕES. BINÔMIO DE NEW-
TON. INTRODUÇÃO AOS FENÔMENOS ALEATÓRIOS.
CONCEITOS DE PROBABILIDADE. CÁLCULO DE PROBA-
BILIDADES

A Análise Combinatória é a parte da Matemática que desen-


volve meios para trabalharmos com problemas de contagem. Ve-
TEOREMA DE PITÁGORAS jamos eles:
Em todo triângulo retângulo, o maior lado é chamado de hipo-
tenusa e os outros dois lados são os catetos. Deste triângulo tira- Princípio fundamental de contagem (PFC)
mos a seguinte relação: É o total de possibilidades de o evento ocorrer.

18
MATEMÁTICA
• Princípio multiplicativo: P1. P2. P3. ... .Pn.(regra do “e”). É Arranjo simples
um princípio utilizado em sucessão de escolha, como ordem. Arranjo simples de n elementos tomados p a p, onde n>=1 e p
• Princípio aditivo: P1 + P2 + P3 + ... + Pn. (regra do “ou”). É o é um número natural, é qualquer ordenação de p elementos dentre
princípio utilizado quando podemos escolher uma coisa ou outra. os n elementos, em que cada maneira de tomar os elementos se
diferenciam pela ordem e natureza dos elementos.
Exemplos:
(BNB) Apesar de todos os caminhos levarem a Roma, eles pas- Atenção: Observe que no grupo dos elementos: {1,2,3} um dos
sam por diversos lugares antes. Considerando-se que existem três arranjos formados, com três elementos, 123 é DIFERENTE de 321, e
caminhos a seguir quando se deseja ir da cidade A para a cidade assim sucessivamente.
B, e que existem mais cinco opções da cidade B para Roma, qual a
quantidade de caminhos que se pode tomar para ir de A até Roma, • Sem repetição
passando necessariamente por B? A fórmula para cálculo de arranjo simples é dada por:
(A) Oito.
(B) Dez.
(C) Quinze.
(D) Dezesseis.
(E) Vinte.

Resolução: Onde:
Observe que temos uma sucessão de escolhas: n = Quantidade total de elementos no conjunto.
Primeiro, de A para B e depois de B para Roma. P =Quantidade de elementos por arranjo
1ª possibilidade: 3 (A para B). Exemplo: Uma escola possui 18 professores. Entre eles, serão
Obs.: o número 3 representa a quantidade de escolhas para a escolhidos: um diretor, um vice-diretor e um coordenador pedagó-
primeira opção. gico. Quantas as possibilidades de escolha?
n = 18 (professores)
2ª possibilidade: 5 (B para Roma). p = 3 (cargos de diretor, vice-diretor e coordenador pedagógi-
Temos duas possibilidades: A para B depois B para Roma, logo, co)
uma sucessão de escolhas.
Resultado: 3 . 5 = 15 possibilidades.
Resposta: C.

(PREF. CHAPECÓ/SC – ENGENHEIRO DE TRÂNSITO – IOBV) Em


um restaurante os clientes têm a sua disposição, 6 tipos de carnes, • Com repetição
4 tipos de cereais, 4 tipos de sobremesas e 5 tipos de sucos. Se o Os elementos que compõem o conjunto podem aparecer re-
cliente quiser pedir 1 tipo carne, 1 tipo de cereal, 1 tipo de sobre- petidos em um agrupamento, ou seja, ocorre a repetição de um
mesa e 1 tipo de suco, então o número de opções diferentes com mesmo elemento em um agrupamento.
que ele poderia fazer o seu pedido, é: A fórmula geral para o arranjo com repetição é representada
(A) 19 por:
(B) 480
(C) 420
(D) 90

Resolução:
A questão trata-se de princípio fundamental da contagem, logo Exemplo: Seja P um conjunto com elementos: P = {A,B,C,D},
vamos enumerar todas as possibilidades de fazermos o pedido: tomando os agrupamentos de dois em dois, considerando o arranjo
6 x 4 x 4 x 5 = 480 maneiras. com repetição quantos agrupamentos podemos obter em relação
Resposta: B. ao conjunto P.

Fatorial Resolução:
Sendo n um número natural, chama-se de n! (lê-se: n fatorial) P = {A, B, C, D}
a expressão: n=4
n! = n (n - 1) (n - 2) (n - 3). ... .2 . 1, como n ≥ 2. p=2
A(n,p)=np
Exemplos: A(4,2)=42=16
5! = 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 120.
7! = 7 . 6 . 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 5.040. Permutação
É a TROCA DE POSIÇÃO de elementos de uma sequência. Utili-
ATENÇÃO zamos todos os elementos.

0! = 1 • Sem repetição
1! = 1
Tenha cuidado 2! = 2, pois 2 . 1 = 2. E 3!
Não é igual a 3, pois 3 . 2 . 1 = 6.

19
MATEMÁTICA
Atenção: Todas as questões de permutação simples podem ser resolvidas pelo princípio fundamental de contagem (PFC).

Exemplo:
(PREF. LAGOA DA CONFUSÃO/TO – ORIENTADOR SOCIAL – IDECAN) Renato é mais velho que Jorge de forma que a razão entre o
número de anagramas de seus nomes representa a diferença entre suas idades. Se Jorge tem 20 anos, a idade de Renato é
(A) 24.
(B) 25.
(C) 26.
(D) 27.
(E) 28.

Resolução:
Anagramas de RENATO
______
6.5.4.3.2.1=720

Anagramas de JORGE
_____
5.4.3.2.1=120

Razão dos anagramas: 720/120=6


Se Jorge tem 20 anos, Renato tem 20+6=26 anos.
Resposta: C.

• Com repetição
Na permutação com elementos repetidos ocorrem permutações que não mudam o elemento, pois existe troca de elementos iguais.
Por isso, o uso da fórmula é fundamental.

Exemplo:
(CESPE) Considere que um decorador deva usar 7 faixas coloridas de dimensões iguais, pendurando-as verticalmente na vitrine de
uma loja para produzir diversas formas. Nessa situação, se 3 faixas são verdes e indistinguíveis, 3 faixas são amarelas e indistinguíveis e 1
faixa é branca, esse decorador conseguirá produzir, no máximo, 140 formas diferentes com essas faixas.
( ) Certo
( ) Errado

Resolução:
Total: 7 faixas, sendo 3 verdes e 3 amarelas.

Resposta: Certo.

• Circular
A permutação circular é formada por pessoas em um formato circular. A fórmula é necessária, pois existem algumas permutações
realizadas que são iguais. Usamos sempre quando:
a) Pessoas estão em um formato circular.
b) Pessoas estão sentadas em uma mesa quadrada (retangular) de 4 lugares.

Exemplo:
(CESPE) Uma mesa circular tem seus 6 lugares, que serão ocupados pelos 6 participantes de uma reunião. Nessa situação, o número
de formas diferentes para se ocupar esses lugares com os participantes da reunião é superior a 102.
( ) Certo
( ) Errado

20
MATEMÁTICA
Resolução:
É um caso clássico de permutação circular.
Pc = (6 - 1) ! = 5! = 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 120 possibilidades.
Resposta: CERTO.

Combinação
Combinação é uma escolha de um grupo, SEM LEVAR EM CONSIDERAÇÃO a ordem dos elementos envolvidos.

• Sem repetição
Dados n elementos distintos, chama-se de combinação simples desses n elementos, tomados p a p, a qualquer agrupamento de p
elementos distintos, escolhidos entre os n elementos dados e que diferem entre si pela natureza de seus elementos.

Fórmula:

Exemplo:
(CRQ 2ª REGIÃO/MG – AUXILIAR ADMINISTRATIVO – FUNDEP) Com 12 fiscais, deve-se fazer um grupo de trabalho com 3 deles. Como
esse grupo deverá ter um coordenador, que pode ser qualquer um deles, o número de maneiras distintas possíveis de se fazer esse grupo
é:
(A) 4
(B) 660
(C) 1 320
(D) 3 960

Resolução:
Como trata-se de Combinação, usamos a fórmula:

Onde n = 12 e p = 3

Como cada um deles pode ser o coordenado, e no grupo tem 3 pessoas, logo temos 220 x 3 = 660.
Resposta: B.

As questões que envolvem combinação estão relacionadas a duas coisas:


– Escolha de um grupo ou comissões.
– Escolha de grupo de elementos, sem ordem, ou seja, escolha de grupo de pessoas, coisas, objetos ou frutas.

• Com repetição
É uma escolha de grupos, sem ordem, porém, podemos repetir elementos na hora de escolher.

Exemplo:
Em uma combinação com repetição classe 2 do conjunto {a, b, c}, quantas combinações obtemos?
Utilizando a fórmula da combinação com repetição, verificamos o mesmo resultado sem necessidade de enumerar todas as possibi-
lidades:
n=3ep=2

PROBABILIDADES
A teoria da probabilidade permite que se calcule a chance de ocorrência de um número em um experimento aleatório.

21
MATEMÁTICA
Elementos da teoria das probabilidades
• Experimentos aleatórios: fenômenos que apresentam resultados imprevisíveis quando repetidos, mesmo que as condições sejam
semelhantes.
• Espaço amostral: é o conjunto U, de todos os resultados possíveis de um experimento aleatório.
• Evento: qualquer subconjunto de um espaço amostral, ou seja, qualquer que seja E Ì U, onde E é o evento e U, o espaço amostral.

Experimento composto
Quando temos dois ou mais experimentos realizados simultaneamente, dizemos que o experimento é composto. Nesse caso, o nú-
mero de elementos do espaço amostral é dado pelo produto dos números de elementos dos espaços amostrais de cada experimento.
n(U) = n(U1).n(U2)

Probabilidade de um evento
Em um espaço amostral U, equiprobabilístico (com elementos que têm chances iguais de ocorrer), com n(U) elementos, o evento E,
com n(E) elementos, onde E Ì U, a probabilidade de ocorrer o evento E, denotado por p(E), é o número real, tal que:

Onde,
n(E) = número de elementos do evento E.
n(S) = número de elementos do espaço amostral S.

Sendo 0 ≤ P(E) ≤ 1 e S um conjunto equiprovável, ou seja, todos os elementos têm a mesma “chance de acontecer.

ATENÇÃO:
As probabilidades podem ser escritas na forma decimal ou representadas em porcentagem.
Assim: 0 ≤ p(E) ≤ 1, onde:
p(∅) = 0 ou p(∅) = 0%
p(U) = 1 ou p(U) = 100%

Exemplo:
(PREF. NITERÓI – AGENTE FAZENDÁRIO – FGV) O quadro a seguir mostra a distribuição das idades dos funcionários de certa repartição
pública:

FAIXA DE IDADES (ANOS) NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS


20 ou menos 2
De 21 a 30 8
De 31 a 40 12
De 41 a 50 14
Mais de 50 4

Escolhendo ao acaso um desses funcionários, a probabilidade de que ele tenha mais de 40 anos é:
(A) 30%;
(B) 35%;
(C) 40%;
(D) 45%;
(E) 55%.

22
MATEMÁTICA
Resolução:
O espaço amostral é a soma de todos os funcionário:
2 + 8 + 12 + 14 + 4 = 40
O número de funcionário que tem mais de 40 anos é: 14 + 4 = 18
Logo a probabilidade é:

Resposta: D

Probabilidade da união de eventos


Para obtermos a probabilidade da união de eventos utilizamos a seguinte expressão:

Quando os eventos forem mutuamente exclusivos, tendo A ∩ B = Ø, utilizamos a seguinte equação:

Probabilidade de um evento complementar


É quando a soma das probabilidades de ocorrer o evento E, e de não ocorrer o evento E (seu complementar, Ē) é 1.

Probabilidade condicional
Quando se impõe uma condição que reduz o espaço amostral, dizemos que se trata de uma probabilidade condicional.
Sejam A e B dois eventos de um espaço amostral U, com p(B) ≠ 0. Chama-se probabilidade de A condicionada a B a probabilidade de
ocorrência do evento A, sabendo-se que já ocorreu ou que vai ocorrer o evento B, ou seja:

Podemos também ler como: a probabilidade de A “dado que” ou “sabendo que” a probabilidade de B.

– Caso forem dois eventos simultâneos (ou sucessivos): para se avaliar a probabilidade de ocorrem dois eventos simultâneos (ou
sucessivos), que é P (A ∩ B), é preciso multiplicar a probabilidade de ocorrer um deles P(B) pela probabilidade de ocorrer o outro, sabendo
que o primeiro já ocorreu P (A | B). Sendo:

23
MATEMÁTICA
– Se dois eventos forem independentes: dois eventos A e B de − Coluna indicadora: é a parte da tabela que indica o conteúdo
um espaço amostral S são independentes quando P(A|B) = P(A) ou das linhas.
P(B|A) = P(B). Sendo os eventos A e B independentes, temos:
Os elementos complementares são:
− Fonte: entidade que fornece os dados ou elabora a tabela.
P (A ∩ B) = P(A). P(B) − Notas: informações de natureza geral, destinadas a esclare-
cer o conteúdo das tabelas.
Lei Binomial de probabilidade − Chamadas: informações específicas destinadas a esclarecer
A lei binominal das probabilidades é dada pela fórmula: ou conceituar dados numa parte da tabela. Deverão estar indica-
das no corpo da tabela, em números arábicos entre parênteses, à
esquerda nas casas e à direita na coluna indicadora. Os elementos
complementares devem situar-se no rodapé da tabela, na mesma
ordem em que foram descritos.

Sendo:
n: número de tentativas independentes;
p: probabilidade de ocorrer o evento em cada experimento (su-
cesso);
q: probabilidade de não ocorrer o evento (fracasso); q = 1 - p
k: número de sucessos.

ATENÇÃO:
A lei binomial deve ser aplicada nas seguintes condições:
– O experimento deve ser repetido nas mesmas condições as
n vezes.
– Em cada experimento devem ocorrer os eventos E e .
– A probabilidade do E deve ser constante em todas as n vezes.
– Cada experimento é independente dos demais.
Gráficos
Exemplo: Outro modo de apresentar dados estatísticos é sob uma forma
Lançando-se um dado 5 vezes, qual a probabilidade de ocorre- ilustrada, comumente chamada de gráfico. Os gráficos constituem-
rem três faces 6? -se numa das mais eficientes formas de apresentação de dados.
Um gráfico é, essencialmente, uma figura construída a partir de
Resolução: uma tabela; mas, enquanto a tabela fornece uma ideia mais precisa
n: número de tentativas ⇒ n = 5 e possibilita uma inspeção mais rigorosa aos dados, o gráfico é mais
k: número de sucessos ⇒ k = 3 indicado para situações que visem proporcionar uma impressão
p: probabilidade de ocorrer face 6 ⇒ p = 1/6 mais rápida e maior facilidade de compreensão do comportamento
q: probabilidade de não ocorrer face 6 ⇒ q = 1- p ⇒ q = 5/6 do fenômeno em estudo.
Os gráficos e as tabelas se prestam, portanto, a objetivos distin-
tos, de modo que a utilização de uma forma de apresentação não
exclui a outra.
NOÇÕES DE ESTATÍSTICA. POPULAÇÃO E AMOSTRA. Para a confecção de um gráfico, algumas regras gerais devem
VARIÁVEIS CONTÍNUAS E DISCRETAS.DISTRIBUIÇÃO ser observadas:
DE FREQUÊNCIAS.MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL: Os gráficos, geralmente, são construídos num sistema de eixos
MÉDIA, MEDIANA E MODA.VARIÂNCIA E DESVIO PA- chamado sistema cartesiano ortogonal. A variável independente é
DRÃO localizada no eixo horizontal (abscissas), enquanto a variável de-
pendente é colocada no eixo vertical (ordenadas). No eixo vertical,
Tabelas o início da escala deverá ser sempre zero, ponto de encontro dos
A tabela é a forma não discursiva de apresentar informações, eixos.
das quais o dado numérico se destaca como informação central. − Iguais intervalos para as medidas deverão corresponder a
Sua finalidade é apresentar os dados de modo ordenado, simples iguais intervalos para as escalas. Exemplo: Se ao intervalo 10-15 kg
e de fácil interpretação, fornecendo o máximo de informação num corresponde 2 cm na escala, ao intervalo 40-45 kg também deverá
mínimo de espaço. corresponder 2 cm, enquanto ao intervalo 40-50 kg corresponderá
4 cm.
Elementos da tabela − O gráfico deverá possuir título, fonte, notas e legenda, ou
Uma tabela estatística é composta de elementos essenciais e seja, toda a informação necessária à sua compreensão, sem auxílio
elementos complementares. Os elementos essenciais são: do texto.
− Título: é a indicação que precede a tabela contendo a desig- − O gráfico deverá possuir formato aproximadamente quadra-
nação do fato observado, o local e a época em que foi estudado. do para evitar que problemas de escala interfiram na sua correta
− Corpo: é o conjunto de linhas e colunas onde estão inseridos interpretação.
os dados.
− Cabeçalho: é a parte superior da tabela que indica o conteú-
do das colunas.

24
MATEMÁTICA
Tipos de Gráficos • Diagramas: são gráficos geométricos de duas dimensões, de
fácil elaboração e grande utilização. Podem ser ainda subdivididos
• Estereogramas: são gráficos onde as grandezas são repre- em: gráficos de colunas, de barras, de linhas ou curvas e de setores.
sentadas por volumes. Geralmente são construídos num sistema
de eixos bidimensional, mas podem ser construídos num sistema a) Gráfico de colunas: neste gráfico as grandezas são compa-
tridimensional para ilustrar a relação entre três variáveis. radas através de retângulos de mesma largura, dispostos vertical-
mente e com alturas proporcionais às grandezas. A distância entre
os retângulos deve ser, no mínimo, igual a 1/2 e, no máximo, 2/3 da
largura da base dos mesmos.

• Cartogramas: são representações em cartas geográficas (ma-


pas).

b) Gráfico de barras: segue as mesmas instruções que o gráfico


de colunas, tendo a única diferença que os retângulos são dispostos
horizontalmente. É usado quando as inscrições dos retângulos fo-
rem maiores que a base dos mesmos.

• Pictogramas ou gráficos pictóricos: são gráficos puramente


ilustrativos, construídos de modo a ter grande apelo visual, dirigi-
dos a um público muito grande e heterogêneo. Não devem ser uti-
lizados em situações que exijam maior precisão. c) Gráfico de linhas ou curvas: neste gráfico os pontos são dis-
postos no plano de acordo com suas coordenadas, e a seguir são li-
gados por segmentos de reta. É muito utilizado em séries históricas
e em séries mistas quando um dos fatores de variação é o tempo,
como instrumento de comparação.

25
MATEMÁTICA

d) Gráfico em setores: é recomendado para situações em que


se deseja evidenciar o quanto cada informação representa do total. A partir das informações contidas nos gráficos, é correto afir-
A figura consiste num círculo onde o total (100%) representa 360°, mar que:
subdividido em tantas partes quanto for necessário à representa- (A) nos dias 03 e 14 choveu a mesma quantidade em Fortaleza
ção. Essa divisão se faz por meio de uma regra de três simples. Com e Florianópolis.
o auxílio de um transferidor efetuasse a marcação dos ângulos cor- (B) a quantidade de chuva acumulada no mês de março foi
respondentes a cada divisão. maior em Fortaleza.
(C) Fortaleza teve mais dias em que choveu do que Florianó-
polis.
(D) choveu a mesma quantidade em Fortaleza e Florianópolis.

Resolução:
A única alternativa que contém a informação correta com os
gráficos é a C.
Resposta: C

Média Aritmética
Ela se divide em:

• Simples: é a soma de todos os seus elementos, dividida pelo


Exemplo: número de elementos n.
(PREF. FORTALEZA/CE – PEDAGOGIA – PREF. FORTALEZA) “Es- Para o cálculo:
tar alfabetizado, neste final de século, supõe saber ler e interpretar Se x for a média aritmética dos elementos do conjunto numéri-
dados apresentados de maneira organizada e construir represen- co A = {x1; x2; x3; ...; xn}, então, por definição:
tações, para formular e resolver problemas que impliquem o reco-
lhimento de dados e a análise de informações. Essa característica
da vida contemporânea traz ao currículo de Matemática uma de-
manda em abordar elementos da estatística, da combinatória e da
probabilidade, desde os ciclos iniciais” (BRASIL, 1997).

Observe os gráficos e analise as informações.


Exemplo:
(CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP – ANALIS-
TA TÉCNICO LEGISLATIVO – DESIGNER GRÁFICO – VUNESP) Na festa
de seu aniversário em 2014, todos os sete filhos de João estavam
presentes. A idade de João nessa ocasião representava 2 vezes a
média aritmética da idade de seus filhos, e a razão entre a soma das
idades deles e a idade de João valia
(A) 1,5.
(B) 2,0.
(C) 2,5.
(D) 3,0.
(E) 3,5.

Resolução:
Foi dado que: J = 2.M

(I)

26
MATEMÁTICA
Exemplo:
Foi pedido: A média geométrica entre os números 12, 64, 126 e 345, é
dada por:
G = R4[12 ×64×126×345] = 76,013
Na equação ( I ), temos que:
Média harmônica
Corresponde a quantidade de números de um conjunto dividi-
dos pela soma do inverso de seus termos. Embora pareça compli-
cado, sua formulação mostra que também é muito simples de ser
calculada:

Resposta: E

• Ponderada: é a soma dos produtos de cada elemento multi- Exemplo:


plicado pelo respectivo peso, dividida pela soma dos pesos. Na figura abaixo os segmentos AB e DA são tangentes à cir-
Para o cálculo cunferência determinada pelos pontos B, C e D. Sabendo-se que os
segmentos AB e CD são paralelos, pode-se afirmar que o lado BC é:

ATENÇÃO: A palavra média, sem especificações (aritmética ou


ponderada), deve ser entendida como média aritmética.

Exemplo:
(CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP – PRO-
GRAMADOR DE COMPUTADOR – FIP) A média semestral de um cur-
so é dada pela média ponderada de três provas com peso igual a 1
(A) a média aritmética entre AB e CD.
na primeira prova, peso 2 na segunda prova e peso 3 na terceira.
(B) a média geométrica entre AB e CD.
Qual a média de um aluno que tirou 8,0 na primeira, 6,5 na segunda
(C) a média harmônica entre AB e CD.
e 9,0 na terceira?
(D) o inverso da média aritmética entre AB e CD.
(A) 7,0
(E) o inverso da média harmônica entre AB e CD.
(B) 8,0
(C) 7,8
Resolução:
(D) 8,4
(E) 7,2 Sendo AB paralela a CD, se traçarmos uma reta perpendicular a
AB, esta será perpendicular a CD também.
Resolução: Traçamos então uma reta perpendicular a AB, passando por B e
Na média ponderada multiplicamos o peso da prova pela sua outra perpendicular a AB passando por D:
nota e dividimos pela soma de todos os pesos, assim temos:

Resposta: B

Média geométrica
É definida, para números positivos, como a raiz n-ésima do pro-
duto de n elementos de um conjunto de dados.

Sendo BE perpendicular a AB temos que BE irá passar pelo cen-


tro da circunferência, ou seja, podemos concluir que o ponto E é
ponto médio de CD.
Agora que ED é metade de CD, podemos dizer que o compri-
• Aplicações mento AF vale AB-CD/2.
Como o próprio nome indica, a média geométrica sugere inter- Aplicamos Pitágoras no triângulo ADF:
pretações geométricas. Podemos calcular, por exemplo, o lado de
um quadrado que possui a mesma área de um retângulo, usando a
definição de média geométrica.

27
MATEMÁTICA
Mediana (Md)
(1) Sejam os valores escritos em rol: x1 , x2 , x3 , ... xn

Aplicamos agora no triângulo ECB: Sendo n ímpar, chama-se mediana o termo xi tal que o núme-
ro de termos da sequência que precedem xi é igual ao número de
(2) termos que o sucedem, isto é, xi é termo médio da sequência (xn)
em rol.
Agora diminuímos a equação (1) da equação (2): Sendo n par, chama-se mediana o valor obtido pela média arit-
mética entre os termos xj e xj +1, tais que o número de termos que
precedem xj é igual ao número de termos que sucedem xj +1, isto é,
a mediana é a média aritmética entre os termos centrais da sequ-
Note, no desenho, que os segmentos AD e AB possuem o mes- ência (xn) em rol.
mo comprimento, pois são tangentes à circunferência. Vamos então
substituir na expressão acima AD = AB: Exemplo 1:
Determinar a mediana do conjunto de dados:
{12, 3, 7, 10, 21, 18, 23}

Solução:
Escrevendo os elementos do conjunto em rol, tem-se: (3, 7, 10,
12, 18, 21, 23). A mediana é o termo médio desse rol. Logo: Md=12
Resposta: Md=12.
Ou seja, BC é a média geométrica entre AB e CD.
Resposta: B Exemplo 2:
Determinar a mediana do conjunto de dados:
MÉDIA ARITMÉTICA E PONDERADA {10, 12, 3, 7, 18, 23, 21, 25}.

Média aritmética de um conjunto de números é o valor que se Solução:


obtém dividindo a soma dos elementos pelo número de elementos Escrevendo-se os elementos do conjunto em rol, tem-se:
do conjunto. (3, 7, 10, 12, 18, 21, 23, 25). A mediana é a média aritmética
Representemos a média aritmética por . entre os dois termos centrais do rol.
A média pode ser calculada apenas se a variável envolvida na
pesquisa for quantitativa. Não faz sentido calcular a média aritméti- Logo:
ca para variáveis quantitativas.
Na realização de uma mesma pesquisa estatística entre diferen- Resposta: Md=15
tes grupos, se for possível calcular a média, ficará mais fácil estabe-
lecer uma comparação entre esses grupos e perceber tendências. Moda (Mo)
Considerando uma equipe de basquete, a soma das alturas dos Num conjunto de números: x1 , x2 , x3 , ... xn, chama-se moda
jogadores é: aquele valor que ocorre com maior frequência.

1,85 + 1,85 + 1,95 + 1,98 + 1,98 + 1,98 + 2,01 + 2,01+2,07+2,07 Observação:


+2,07+2,07+2,10+2,13+2,18 = 30,0 A moda pode não existir e, se existir, pode não ser única.

Se dividirmos esse valor pelo número total de jogadores, obte- Exemplo 1:


remos a média aritmética das alturas: O conjunto de dados 3, 3, 8, 8, 8, 6, 9, 31 tem moda igual a 8,
isto é, Mo=8.

Exemplo 2:
O conjunto de dados 1, 2, 9, 6, 3, 5 não tem moda.
A média aritmética das alturas dos jogadores é 2,02m.
Medidas de dispersão
Média Ponderada Duas distribuições de frequência com medidas de tendência
A média dos elementos do conjunto numérico A relativa à adi- central semelhantes podem apresentar características diversas.
ção e na qual cada elemento tem um “determinado peso” é chama- Necessita-se de outros índices numéricas que informem sobre o
da média aritmética ponderada. grau de dispersão ou variação dos dados em torno da média ou de
qualquer outro valor de concentração. Esses índices são chamados
medidas de dispersão.

Variância
Há um índice que mede a “dispersão” dos elementos de um
conjunto de números em relação à sua média aritmética, e que é
chamado de variância. Esse índice é assim definido:
Seja o conjunto de números x1 , x2 , x3 , ... xn, tal que é sua
média aritmética. Chama-se variância desse conjunto, e indica-se
por , o número:

28
MATEMÁTICA
Desvio padrão
Definição
Seja o conjunto de números x1 , x2 , x3 , ... xn, tal que é sua mé-
dia aritmética. Chama-se desvio padrão desse conjunto, e indica-se
por , o número:
Isto é:

Isto é:
E para amostra

Exemplo 1:
Em oito jogos, o jogador A, de bola ao cesto, apresentou o se- Exemplo:
guinte desempenho, descrito na tabela abaixo: As estaturas dos jogadores de uma equipe de basquetebol são:
2,00 m; 1,95 m; 2,10 m; 1,90 m e 2,05 m. Calcular:
JOGO NÚMERO DE PONTOS a) A estatura média desses jogadores.
b) O desvio padrão desse conjunto de estaturas.
1 22
2 18 Solução:
3 13 Sendo a estatura média, temos:
4 24
5 26
6 20
7 19
8 18 Sendo o desvio padrão, tem-se:

a) Qual a média de pontos por jogo?


b) Qual a variância do conjunto de pontos?

Solução:

a) A média de pontos por jogo é:

b) A variância é:

Desvio médio
Definição
Medida da dispersão dos dados em relação à média de uma se-
quência. Esta medida representa a média das distâncias entre cada
elemento da amostra e seu valor médio.

29
RACIOCÍNIO LÓGICO
1. Compreensão de estruturas lógicas. Lógica de argumentação: analogias, inferências, deduções e conclusões. Lógica sentencial (ou
proposicional). Proposições simples e compostas. Tabelas verdade. Equivalências. Leis de Morgan. Diagramas lógicos. . . . . . . . . . 01
RACIOCÍNIO LÓGICO

COMPREENSÃO DE ESTRUTURAS LÓGICAS. LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO: ANALOGIAS, INFERÊNCIAS, DEDUÇÕES E


CONCLUSÕES. ÓGICA SENTENCIAL (OU PROPOSICIONAL). PROPOSIÇÕES SIMPLES E COMPOSTAS. TABELAS VERDA-
DE. EQUIVALÊNCIAS. LEIS DE MORGAN. DIAGRAMAS LÓGICOS

RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICO

Este tipo de raciocínio testa sua habilidade de resolver problemas matemáticos, e é uma forma de medir seu domínio das diferentes
áreas do estudo da Matemática: Aritmética, Álgebra, leitura de tabelas e gráficos, Probabilidade e Geometria etc. Essa parte consiste nos
seguintes conteúdos:
- Operação com conjuntos.
- Cálculos com porcentagens.
- Raciocínio lógico envolvendo problemas aritméticos, geométricos e matriciais.
- Geometria básica.
- Álgebra básica e sistemas lineares.
- Calendários.
- Numeração.
- Razões Especiais.
- Análise Combinatória e Probabilidade.
- Progressões Aritmética e Geométrica.

RACIOCÍNIO LÓGICO DEDUTIVO

Este tipo de raciocínio está relacionado ao conteúdo Lógica de Argumentação.

ORIENTAÇÕES ESPACIAL E TEMPORAL

O raciocínio lógico espacial ou orientação espacial envolvem figuras, dados e palitos. O raciocínio lógico temporal ou orientação tem-
poral envolve datas, calendário, ou seja, envolve o tempo.
O mais importante é praticar o máximo de questões que envolvam os conteúdos:
- Lógica sequencial
- Calendários

RACIOCÍNIO VERBAL

Avalia a capacidade de interpretar informação escrita e tirar conclusões lógicas.


Uma avaliação de raciocínio verbal é um tipo de análise de habilidade ou aptidão, que pode ser aplicada ao se candidatar a uma vaga.
Raciocínio verbal é parte da capacidade cognitiva ou inteligência geral; é a percepção, aquisição, organização e aplicação do conhecimento
por meio da linguagem.
Nos testes de raciocínio verbal, geralmente você recebe um trecho com informações e precisa avaliar um conjunto de afirmações,
selecionando uma das possíveis respostas:
A – Verdadeiro (A afirmação é uma consequência lógica das informações ou opiniões contidas no trecho)
B – Falso (A afirmação é logicamente falsa, consideradas as informações ou opiniões contidas no trecho)
C – Impossível dizer (Impossível determinar se a afirmação é verdadeira ou falsa sem mais informações)

ESTRUTURAS LÓGICAS
Precisamos antes de tudo compreender o que são proposições. Chama-se proposição toda sentença declarativa à qual podemos atri-
buir um dos valores lógicos: verdadeiro ou falso, nunca ambos. Trata-se, portanto, de uma sentença fechada.

Elas podem ser:


• Sentença aberta: quando não se pode atribuir um valor lógico verdadeiro ou falso para ela (ou valorar a proposição!), portanto, não
é considerada frase lógica. São consideradas sentenças abertas:
- Frases interrogativas: Quando será prova? - Estudou ontem? – Fez Sol ontem?
- Frases exclamativas: Gol! – Que maravilhoso!
- Frase imperativas: Estude e leia com atenção. – Desligue a televisão.
- Frases sem sentido lógico (expressões vagas, paradoxais, ambíguas, ...): “esta frase é falsa” (expressão paradoxal) – O cachorro do
meu vizinho morreu (expressão ambígua) – 2 + 5+ 1

• Sentença fechada: quando a proposição admitir um ÚNICO valor lógico, seja ele verdadeiro ou falso, nesse caso, será considerada
uma frase, proposição ou sentença lógica.

1
RACIOCÍNIO LÓGICO
Proposições simples e compostas
• Proposições simples (ou atômicas): aquela que NÃO contém nenhuma outra proposição como parte integrante de si mesma. As
proposições simples são designadas pelas letras latinas minúsculas p,q,r, s..., chamadas letras proposicionais.

• Proposições compostas (ou moleculares ou estruturas lógicas): aquela formada pela combinação de duas ou mais proposições
simples. As proposições compostas são designadas pelas letras latinas maiúsculas P,Q,R, R..., também chamadas letras proposicionais.

ATENÇÃO: TODAS as proposições compostas são formadas por duas proposições simples.

Proposições Compostas – Conectivos


As proposições compostas são formadas por proposições simples ligadas por conectivos, aos quais formam um valor lógico, que po-
demos vê na tabela a seguir:

OPERAÇÃO CONECTIVO ESTRUTURA LÓGICA TABELA VERDADE

Negação ~ Não p

Conjunção ^ peq

Disjunção Inclusiva v p ou q

Disjunção Exclusiva v Ou p ou q

Condicional → Se p então q

2
RACIOCÍNIO LÓGICO

Bicondicional ↔ p se e somente se q

Em síntese temos a tabela verdade das proposições que facilitará na resolução de diversas questões

Exemplo:
(MEC – CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA OS POSTOS 9,10,11 E 16 – CESPE)

A figura acima apresenta as colunas iniciais de uma tabela-verdade, em que P, Q e R representam proposições lógicas, e V e F corres-
pondem, respectivamente, aos valores lógicos verdadeiro e falso.
Com base nessas informações e utilizando os conectivos lógicos usuais, julgue o item subsecutivo.
A última coluna da tabela-verdade referente à proposição lógica P v (Q↔R) quando representada na posição horizontal é igual a

( ) Certo
( ) Errado

Resolução:
P v (Q↔R), montando a tabela verdade temos:

R Q P [P v (Q ↔ R) ]
V V V V V V V V
V V F F V V V V
V F V V V F F V
V F F F F F F V

3
RACIOCÍNIO LÓGICO
F V V V V V F F
F V F F F V F F
F F V V V F V F
F F F F V F V F

Resposta: Certo

Proposição
Conjunto de palavras ou símbolos que expressam um pensamento ou uma ideia de sentido completo. Elas transmitem pensamentos,
isto é, afirmam fatos ou exprimem juízos que formamos a respeito de determinados conceitos ou entes.

Valores lógicos
São os valores atribuídos as proposições, podendo ser uma verdade, se a proposição é verdadeira (V), e uma falsidade, se a proposi-
ção é falsa (F). Designamos as letras V e F para abreviarmos os valores lógicos verdade e falsidade respectivamente.
Com isso temos alguns aximos da lógica:
– PRINCÍPIO DA NÃO CONTRADIÇÃO: uma proposição não pode ser verdadeira E falsa ao mesmo tempo.
– PRINCÍPIO DO TERCEIRO EXCLUÍDO: toda proposição OU é verdadeira OU é falsa, verificamos sempre um desses casos, NUNCA
existindo um terceiro caso.

“Toda proposição tem um, e somente um, dos valores, que são: V ou F.”

Classificação de uma proposição


Elas podem ser:
• Sentença aberta: quando não se pode atribuir um valor lógico verdadeiro ou falso para ela (ou valorar a proposição!), portanto, não
é considerada frase lógica. São consideradas sentenças abertas:
- Frases interrogativas: Quando será prova? - Estudou ontem? – Fez Sol ontem?
- Frases exclamativas: Gol! – Que maravilhoso!
- Frase imperativas: Estude e leia com atenção. – Desligue a televisão.
- Frases sem sentido lógico (expressões vagas, paradoxais, ambíguas, ...): “esta frase é falsa” (expressão paradoxal) – O cachorro do
meu vizinho morreu (expressão ambígua) – 2 + 5+ 1

• Sentença fechada: quando a proposição admitir um ÚNICO valor lógico, seja ele verdadeiro ou falso, nesse caso, será considerada
uma frase, proposição ou sentença lógica.

Proposições simples e compostas


• Proposições simples (ou atômicas): aquela que NÃO contém nenhuma outra proposição como parte integrante de si mesma. As
proposições simples são designadas pelas letras latinas minúsculas p,q,r, s..., chamadas letras proposicionais.
Exemplos
r: Thiago é careca.
s: Pedro é professor.

• Proposições compostas (ou moleculares ou estruturas lógicas): aquela formada pela combinação de duas ou mais proposições
simples. As proposições compostas são designadas pelas letras latinas maiúsculas P,Q,R, R..., também chamadas letras proposicionais.
Exemplo
P: Thiago é careca e Pedro é professor.

ATENÇÃO: TODAS as proposições compostas são formadas por duas proposições simples.

Exemplos:
1. (CESPE/UNB) Na lista de frases apresentadas a seguir:
– “A frase dentro destas aspas é uma mentira.”
– A expressão x + y é positiva.
– O valor de √4 + 3 = 7.
– Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira.
– O que é isto?
Há exatamente:
(A) uma proposição;
(B) duas proposições;
(C) três proposições;
(D) quatro proposições;
(E) todas são proposições.

4
RACIOCÍNIO LÓGICO
Resolução:
Analisemos cada alternativa:
(A) “A frase dentro destas aspas é uma mentira”, não podemos atribuir valores lógicos a ela, logo não é uma sentença lógica.
(B) A expressão x + y é positiva, não temos como atribuir valores lógicos, logo não é sentença lógica.
(C) O valor de √4 + 3 = 7; é uma sentença lógica pois podemos atribuir valores lógicos, independente do resultado que tenhamos
(D) Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira, também podemos atribuir valores lógicos (não estamos considerando a quantidade
certa de gols, apenas se podemos atribuir um valor de V ou F a sentença).
(E) O que é isto? - como vemos não podemos atribuir valores lógicos por se tratar de uma frase interrogativa.
Resposta: B.

Conectivos (conectores lógicos)


Para compôr novas proposições, definidas como composta, a partir de outras proposições simples, usam-se os conectivos. São eles:

OPERAÇÃO CONECTIVO ESTRUTURA LÓGICA TABELA VERDADE

Negação ~ Não p

Conjunção ^ peq

Disjunção Inclusiva v p ou q

Disjunção Exclusiva v Ou p ou q

Condicional → Se p então q

5
RACIOCÍNIO LÓGICO

Bicondicional ↔ p se e somente se q

Exemplo:
2. (PC/SP - Delegado de Polícia - VUNESP) Os conectivos ou operadores lógicos são palavras (da linguagem comum) ou símbolos (da
linguagem formal) utilizados para conectar proposições de acordo com regras formais preestabelecidas. Assinale a alternativa que apre-
senta exemplos de conjunção, negação e implicação, respectivamente.
(A) ¬ p, p v q, p ∧ q
(B) p ∧ q, ¬ p, p -> q
(C) p -> q, p v q, ¬ p
(D) p v p, p -> q, ¬ q
(E) p v q, ¬ q, p v q

Resolução:
A conjunção é um tipo de proposição composta e apresenta o conectivo “e”, e é representada pelo símbolo ∧. A negação é repre-
sentada pelo símbolo ~ou cantoneira (¬) e pode negar uma proposição simples (por exemplo: ¬ p ) ou composta. Já a implicação é uma
proposição composta do tipo condicional (Se, então) é representada pelo símbolo (→).
Resposta: B.

Tabela Verdade
Quando trabalhamos com as proposições compostas, determinamos o seu valor lógico partindo das proposições simples que a com-
põe. O valor lógico de qualquer proposição composta depende UNICAMENTE dos valores lógicos das proposições simples componentes,
ficando por eles UNIVOCAMENTE determinados.

• Número de linhas de uma Tabela Verdade: depende do número de proposições simples que a integram, sendo dado pelo seguinte
teorema:
“A tabela verdade de uma proposição composta com n* proposições simples componentes contém 2n linhas.”

Exemplo:
3. (CESPE/UNB) Se “A”, “B”, “C” e “D” forem proposições simples e distintas, então o número de linhas da tabela-verdade da propo-
sição (A → B) ↔ (C → D) será igual a:
(A) 2;
(B) 4;
(C) 8;
(D) 16;
(E) 32.

Resolução:
Veja que podemos aplicar a mesma linha do raciocínio acima, então teremos:
Número de linhas = 2n = 24 = 16 linhas.
Resposta D.

Conceitos de Tautologia , Contradição e Contigência


• Tautologia: possui todos os valores lógicos, da tabela verdade (última coluna), V (verdades).
Princípio da substituição: Seja P (p, q, r, ...) é uma tautologia, então P (P0; Q0; R0; ...) também é uma tautologia, quaisquer que sejam
as proposições P0, Q0, R0, ...

• Contradição: possui todos os valores lógicos, da tabela verdade (última coluna), F (falsidades). A contradição é a negação da Tauto-
logia e vice versa.
Princípio da substituição: Seja P (p, q, r, ...) é uma contradição, então P (P0; Q0; R0; ...) também é uma contradição, quaisquer que sejam
as proposições P0, Q0, R0, ...

• Contingência: possui valores lógicos V e F ,da tabela verdade (última coluna). Em outros termos a contingência é uma proposição
composta que não é tautologia e nem contradição.

6
RACIOCÍNIO LÓGICO
Exemplos:
4. (DPU – ANALISTA – CESPE) Um estudante de direito, com o objetivo de sistematizar o seu estudo, criou sua própria legenda, na qual
identificava, por letras, algumas afirmações relevantes quanto à disciplina estudada e as vinculava por meio de sentenças (proposições).
No seu vocabulário particular constava, por exemplo:
P: Cometeu o crime A.
Q: Cometeu o crime B.
R: Será punido, obrigatoriamente, com a pena de reclusão no regime fechado.
S: Poderá optar pelo pagamento de fiança.

Ao revisar seus escritos, o estudante, apesar de não recordar qual era o crime B, lembrou que ele era inafiançável.
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item que se segue.
A sentença (P→Q)↔((~Q)→(~P)) será sempre verdadeira, independentemente das valorações de P e Q como verdadeiras ou falsas.
( ) Certo
( ) Errado

Resolução:
Considerando P e Q como V.
(V→V) ↔ ((F)→(F))
(V) ↔ (V) = V
Considerando P e Q como F
(F→F) ↔ ((V)→(V))
(V) ↔ (V) = V
Então concluímos que a afirmação é verdadeira.
Resposta: Certo.

Equivalência
Duas ou mais proposições compostas são equivalentes, quando mesmo possuindo estruturas lógicas diferentes, apresentam a mesma
solução em suas respectivas tabelas verdade.
Se as proposições P(p,q,r,...) e Q(p,q,r,...) são ambas TAUTOLOGIAS, ou então, são CONTRADIÇÕES, então são EQUIVALENTES.

Exemplo:
5. (VUNESP/TJSP) Uma negação lógica para a afirmação “João é rico, ou Maria é pobre” é:
(A) Se João é rico, então Maria é pobre.
(B) João não é rico, e Maria não é pobre.
(C) João é rico, e Maria não é pobre.
(D) Se João não é rico, então Maria não é pobre.
(E) João não é rico, ou Maria não é pobre.

7
RACIOCÍNIO LÓGICO
Resolução:
Nesta questão, a proposição a ser negada trata-se da disjunção de duas proposições lógicas simples. Para tal, trocamos o conectivo
por “e” e negamos as proposições “João é rico” e “Maria é pobre”. Vejam como fica:

Resposta: B.

Leis de Morgan
Com elas:
– Negamos que duas dadas proposições são ao mesmo tempo verdadeiras equivalendo a afirmar que pelo menos uma é falsa
– Negamos que uma pelo menos de duas proposições é verdadeira equivalendo a afirmar que ambas são falsas.

ATENÇÃO
As Leis de Morgan exprimem que NEGAÇÃO CONJUNÇÃO em DISJUNÇÃO
transforma: DISJUNÇÃO em CONJUNÇÃO

CONECTIVOS
Para compôr novas proposições, definidas como composta, a partir de outras proposições simples, usam-se os conectivos.

OPERAÇÃO CONECTIVO ESTRUTURA LÓGICA EXEMPLOS


Negação ~ Não p A cadeira não é azul.
Conjunção ^ peq Fernando é médico e Nicolas é Engenheiro.
Disjunção Inclusiva v p ou q Fernando é médico ou Nicolas é Engenheiro.
Disjunção Exclusiva v Ou p ou q Ou Fernando é médico ou João é Engenheiro.
Condicional → Se p então q Se Fernando é médico então Nicolas é Engenheiro.
Bicondicional ↔ p se e somente se q Fernando é médico se e somente se Nicolas é Engenheiro.

Conectivo “não” (~)


Chamamos de negação de uma proposição representada por “não p” cujo valor lógico é verdade (V) quando p é falsa e falsidade (F)
quando p é verdadeira. Assim “não p” tem valor lógico oposto daquele de p. Pela tabela verdade temos:

Conectivo “e” (˄)


Se p e q são duas proposições, a proposição p ˄ q será chamada de conjunção. Para a conjunção, tem-se a seguinte tabela-verdade:

ATENÇÃO: Sentenças interligadas pelo conectivo “e” possuirão o valor verdadeiro somente quando todas as sentenças, ou argumen-
tos lógicos, tiverem valores verdadeiros.

8
RACIOCÍNIO LÓGICO
Conectivo “ou” (v)
Este inclusivo: Elisabete é bonita ou Elisabete é inteligente. (Nada impede que Elisabete seja bonita e inteligente).

Conectivo “ou” (v)


Este exclusivo: Elisabete é paulista ou Elisabete é carioca. (Se Elisabete é paulista, não será carioca e vice-versa).

• Mais sobre o Conectivo “ou”


– “inclusivo”(considera os dois casos)
– “exclusivo”(considera apenas um dos casos)

Exemplos:
R: Paulo é professor ou administrador
S: Maria é jovem ou idosa
No primeiro caso, o “ou” é inclusivo,pois pelo menos uma das proposições é verdadeira, podendo ser ambas.
No caso da segunda, o “ou” é exclusivo, pois somente uma das proposições poderá ser verdadeira

Ele pode ser “inclusivo”(considera os dois casos) ou “exclusivo”(considera apenas um dos casos)

Exemplo:
R: Paulo é professor ou administrador
S: Maria é jovem ou idosa

No primeiro caso, o “ou” é inclusivo,pois pelo menos uma das proposições é verdadeira, podendo ser ambas.
No caso da segunda, o “ou” é exclusivo, pois somente uma das proposições poderá ser verdadeiro

Conectivo “Se... então” (→)


Se p e q são duas proposições, a proposição p→q é chamada subjunção ou condicional. Considere a seguinte subjunção: “Se fizer sol,
então irei à praia”.
1. Podem ocorrer as situações:
2. Fez sol e fui à praia. (Eu disse a verdade)
3. Fez sol e não fui à praia. (Eu menti)
4. Não fez sol e não fui à praia. (Eu disse a verdade)
5. Não fez sol e fui à praia. (Eu disse a verdade, pois eu não disse o que faria se não fizesse sol. Assim, poderia ir ou não ir à praia).
Temos então sua tabela verdade:

9
RACIOCÍNIO LÓGICO
Observe que uma subjunção p→q somente será falsa quando a primeira proposição, p, for verdadeira e a segunda, q, for falsa.

Conectivo “Se e somente se” (↔)


Se p e q são duas proposições, a proposição p↔q1 é chamada bijunção ou bicondicional, que também pode ser lida como: “p é con-
dição necessária e suficiente para q” ou, ainda, “q é condição necessária e suficiente para p”.
Considere, agora, a seguinte bijunção: “Irei à praia se e somente se fizer sol”. Podem ocorrer as situações:
1. Fez sol e fui à praia. (Eu disse a verdade)
2. Fez sol e não fui à praia. (Eu menti)
3. Não fez sol e fui à praia. (Eu menti)
4. Não fez sol e não fui à praia. (Eu disse a verdade). Sua tabela verdade:

Observe que uma bicondicional só é verdadeira quando as proposições formadoras são ambas falsas ou ambas verdadeiras.

ATENÇÃO: O importante sobre os conectivos é ter em mente a tabela de cada um deles, para que assim você possa resolver qualquer
questão referente ao assunto.

Ordem de precedência dos conectivos:


O critério que especifica a ordem de avaliação dos conectivos ou operadores lógicos de uma expressão qualquer. A lógica matemática
prioriza as operações de acordo com a ordem listadas:

Em resumo:

Exemplo:
(PC/SP - DELEGADO DE POLÍCIA - VUNESP) Os conectivos ou operadores lógicos são palavras (da linguagem comum) ou símbolos (da
linguagem formal) utilizados para conectar proposições de acordo com regras formais preestabelecidas. Assinale a alternativa que apre-
senta exemplos de conjunção, negação e implicação, respectivamente.
(A) ¬ p, p v q, p ∧ q
(B) p ∧ q, ¬ p, p -> q
(C) p -> q, p v q, ¬ p
(D) p v p, p -> q, ¬ q
(E) p v q, ¬ q, p v q
Resolução:
A conjunção é um tipo de proposição composta e apresenta o conectivo “e”, e é representada pelo símbolo ∧. A negação é repre-
sentada pelo símbolo ~ou cantoneira (¬) e pode negar uma proposição simples (por exemplo: ¬ p ) ou composta. Já a implicação é uma
proposição composta do tipo condicional (Se, então) é representada pelo símbolo (→).
Resposta: B

10
RACIOCÍNIO LÓGICO
CONTRADIÇÕES Observe:
São proposições compostas formadas por duas ou mais propo- - Toda proposição implica uma Tautologia:
sições onde seu valor lógico é sempre FALSO, independentemente
do valor lógico das proposições simples que a compõem. Vejamos:
A proposição: p ^ ~p é uma contradição, conforme mostra a sua
tabela-verdade:

- Somente uma contradição implica uma contradição:

Exemplo:
(PEC-FAZ) Conforme a teoria da lógica proposicional, a propo-
sição ~P ∧ P é:
(A) uma tautologia.
(B) equivalente à proposição ~p ∨ p.
(C) uma contradição.
(D) uma contingência.
(E) uma disjunção.
Propriedades
Resolução: • Reflexiva:
Montando a tabela teremos que: – P(p,q,r,...) ⇒ P(p,q,r,...)
– Uma proposição complexa implica ela mesma.
P ~p ~p ^p
• Transitiva:
V F F – Se P(p,q,r,...) ⇒ Q(p,q,r,...) e
V F F Q(p,q,r,...) ⇒ R(p,q,r,...), então
P(p,q,r,...) ⇒ R(p,q,r,...)
F V F
– Se P ⇒ Q e Q ⇒ R, então P ⇒ R
F V F
Regras de Inferência
Como todos os valores são Falsidades (F) logo estamos diante • Inferência é o ato ou processo de derivar conclusões lógicas
de uma CONTRADIÇÃO. de proposições conhecidas ou decididamente verdadeiras. Em ou-
Resposta: C tras palavras: é a obtenção de novas proposições a partir de propo-
sições verdadeiras já existentes.
A proposição P(p,q,r,...) implica logicamente a proposição Q(p,-
q,r,...) quando Q é verdadeira todas as vezes que P é verdadeira. Regras de Inferência obtidas da implicação lógica
Representamos a implicação com o símbolo “⇒”, simbolicamente
temos:

P(p,q,r,...) ⇒ Q(p,q,r,...).

ATENÇÃO: Os símbolos “→” e “⇒” são completamente distin-


tos. O primeiro (“→”) representa a condicional, que é um conec-
tivo. O segundo (“⇒”) representa a relação de implicação lógica
que pode ou não existir entre duas proposições. • Silogismo Disjuntivo

Exemplo:

11
RACIOCÍNIO LÓGICO
• Modus Ponens A proposição “(p ↔ q) ^ p” implica a proposição “q”, pois a
condicional “(p ↔ q) ^ p → q” é tautológica.

Lógica de primeira ordem


Existem alguns tipos de argumentos que apresentam proposi-
ções com quantificadores. Numa proposição categórica, é impor-
tante que o sujeito se relacionar com o predicado de forma coeren-
te e que a proposição faça sentido, não importando se é verdadeira
ou falsa.

Vejamos algumas formas:


• Modus Tollens - Todo A é B.
- Nenhum A é B.
- Algum A é B.
- Algum A não é B.
Onde temos que A e B são os termos ou características dessas
proposições categóricas.

• Classificação de uma proposição categórica de acordo com


o tipo e a relação
Elas podem ser classificadas de acordo com dois critérios fun-
damentais: qualidade e extensão ou quantidade.

– Qualidade: O critério de qualidade classifica uma proposição


categórica em afirmativa ou negativa.
– Extensão: O critério de extensão ou quantidade classifica
uma proposição categórica em universal ou particular. A classifica-
ção dependerá do quantificador que é utilizado na proposição.
Tautologias e Implicação Lógica
• Teorema
P(p,q,r,..) ⇒ Q(p,q,r,...) se e somente se P(p,q,r,...) → Q(p,q,r,...)

Entre elas existem tipos e relações de acordo com a qualidade


e a extensão, classificam-se em quatro tipos, representados pelas
letras A, E, I e O.

• Universal afirmativa (Tipo A) – “TODO A é B”


Teremos duas possibilidades.

Observe que:
→ indica uma operação lógica entre as proposições. Ex.: das
proposições p e q, dá-se a nova proposição p → q.
⇒ indica uma relação. Ex.: estabelece que a condicional P →
Q é tautológica.

Inferências
• Regra do Silogismo Hipotético
Tais proposições afirmam que o conjunto “A” está contido no
conjunto “B”, ou seja, que todo e qualquer elemento de “A” é tam-
bém elemento de “B”. Observe que “Toda A é B” é diferente de
“Todo B é A”.

• Universal negativa (Tipo E) – “NENHUM A é B”


Princípio da inconsistência Tais proposições afirmam que não há elementos em comum
– Como “p ^ ~p → q” é tautológica, subsiste a implicação lógica entre os conjuntos “A” e “B”. Observe que “nenhum A é B” é o mes-
p ^ ~p ⇒ q mo que dizer “nenhum B é A”.
– Assim, de uma contradição p ^ ~p se deduz qualquer propo- Podemos representar esta universal negativa pelo seguinte dia-
sição q. grama (A ∩ B = ø):

12
RACIOCÍNIO LÓGICO
Em síntese:

• Particular afirmativa (Tipo I) - “ALGUM A é B”


Podemos ter 4 diferentes situações para representar esta pro-
posição:

Exemplos:
(DESENVOLVE/SP - CONTADOR - VUNESP) Alguns gatos não
são pardos, e aqueles que não são pardos miam alto.
Uma afirmação que corresponde a uma negação lógica da afir-
mação anterior é:
(A) Os gatos pardos miam alto ou todos os gatos não são par-
dos.
(B) Nenhum gato mia alto e todos os gatos são pardos.
(C) Todos os gatos são pardos ou os gatos que não são pardos
não miam alto.
Essas proposições Algum A é B estabelecem que o conjunto “A” (D) Todos os gatos que miam alto são pardos.
tem pelo menos um elemento em comum com o conjunto “B”. Con- (E) Qualquer animal que mia alto é gato e quase sempre ele é
tudo, quando dizemos que Algum A é B, presumimos que nem todo pardo.
A é B. Observe “Algum A é B” é o mesmo que “Algum B é A”.
Resolução:
• Particular negativa (Tipo O) - “ALGUM A não é B” Temos um quantificador particular (alguns) e uma proposição
Se a proposição Algum A não é B é verdadeira, temos as três do tipo conjunção (conectivo “e”). Pede-se a sua negação.
representações possíveis: O quantificador existencial “alguns” pode ser negado, seguindo
o esquema, pelos quantificadores universais (todos ou nenhum).
Logo, podemos descartar as alternativas A e E.
A negação de uma conjunção se faz através de uma disjunção,
em que trocaremos o conectivo “e” pelo conectivo “ou”. Descarta-
mos a alternativa B.
Vamos, então, fazer a negação da frase, não esquecendo de
que a relação que existe é: Algum A é B, deve ser trocado por: Todo
A é não B.
Todos os gatos que são pardos ou os gatos (aqueles) que não
são pardos NÃO miam alto.
Resposta: C

(CBM/RJ - CABO TÉCNICO EM ENFERMAGEM - ND) Dizer que a


afirmação “todos os professores é psicólogos” e falsa, do ponto de
Proposições nessa forma: Algum A não é B estabelecem que o vista lógico, equivale a dizer que a seguinte afirmação é verdadeira
conjunto “A” tem pelo menos um elemento que não pertence ao (A) Todos os não psicólogos são professores.
conjunto “B”. Observe que: Algum A não é B não significa o mesmo (B) Nenhum professor é psicólogo.
que Algum B não é A. (C) Nenhum psicólogo é professor.
(D) Pelo menos um psicólogo não é professor.
• Negação das Proposições Categóricas (E) Pelo menos um professor não é psicólogo.
Ao negarmos uma proposição categórica, devemos observar as
seguintes convenções de equivalência: Resolução:
– Ao negarmos uma proposição categórica universal geramos Se a afirmação é falsa a negação será verdadeira. Logo, a nega-
uma proposição categórica particular. ção de um quantificador universal categórico afirmativo se faz atra-
– Pela recíproca de uma negação, ao negarmos uma proposição vés de um quantificador existencial negativo. Logo teremos: Pelo
categórica particular geramos uma proposição categórica universal. menos um professor não é psicólogo.
– Negando uma proposição de natureza afirmativa geramos, Resposta: E
sempre, uma proposição de natureza negativa; e, pela recíproca,
negando uma proposição de natureza negativa geramos, sempre,
uma proposição de natureza afirmativa.

13
RACIOCÍNIO LÓGICO
• Equivalência entre as proposições ATENÇÃO: É bom ter um conhecimento sobre conjuntos para
Basta usar o triângulo a seguir e economizar um bom tempo na conseguir resolver questões que envolvam os diagramas lógicos.
resolução de questões.
Vejamos a tabela abaixo as proposições categóricas:

TIPO PREPOSIÇÃO DIAGRAMAS

TODO
A
AéB

Se um elemento pertence ao conjunto A,


então pertence também a B.

Exemplo:
(PC/PI - ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL - UESPI) Qual a negação
lógica da sentença “Todo número natural é maior do que ou igual
a cinco”?
(A) Todo número natural é menor do que cinco. NENHUM
(B) Nenhum número natural é menor do que cinco. E
AéB
(C) Todo número natural é diferente de cinco.
(D) Existe um número natural que é menor do que cinco. Existe pelo menos um elemento que
(E) Existe um número natural que é diferente de cinco. pertence a A, então não pertence a B, e
vice-versa.
Resolução:
Do enunciado temos um quantificador universal (Todo) e pede-
-se a sua negação.
O quantificador universal todos pode ser negado, seguindo o
esquema abaixo, pelo quantificador algum, pelo menos um, existe
ao menos um, etc. Não se nega um quantificador universal com To-
dos e Nenhum, que também são universais.

Existe pelo menos um elemento co-


mum aos conjuntos A e B.
Podemos ainda representar das seguin-
tes formas:
ALGUM
I
AéB

Portanto, já podemos descartar as alternativas que trazem


quantificadores universais (todo e nenhum). Descartamos as alter-
nativas A, B e C.
Seguindo, devemos negar o termo: “maior do que ou igual a
cinco”. Negaremos usando o termo “MENOR do que cinco”.
Obs.: maior ou igual a cinco (compreende o 5, 6, 7...) ao ser
negado passa a ser menor do que cinco (4, 3, 2,...).
Resposta: D

Diagramas lógicos
Os diagramas lógicos são usados na resolução de vários proble-
mas. É uma ferramenta para resolvermos problemas que envolvam
argumentos dedutivos, as quais as premissas deste argumento po-
dem ser formadas por proposições categóricas.

14
RACIOCÍNIO LÓGICO
- Existem teatros que não são cinemas

ALGUM
O - Algum teatro é casa de cultura
A NÃO é B

Perceba-se que, nesta sentença, a aten-


ção está sobre o(s) elemento (s) de A que
não são B (enquanto que, no “Algum A é
B”, a atenção estava sobre os que eram B,
ou seja, na intercessão).
Temos também no segundo caso, a dife-
rença entre conjuntos, que forma o con-
junto A - B

Exemplo: Visto que na primeira chegamos à conclusão que C = CC


(GDF–ANALISTA DE ATIVIDADES CULTURAIS ADMINISTRAÇÃO Segundo as afirmativas temos:
– IADES) Considere as proposições: “todo cinema é uma casa de (A) existem cinemas que não são teatros- Observando o último
cultura”, “existem teatros que não são cinemas” e “algum teatro é diagrama vimos que não é uma verdade, pois temos que existe
casa de cultura”. Logo, é correto afirmar que pelo menos um dos cinemas é considerado teatro.
(A) existem cinemas que não são teatros.
(B) existe teatro que não é casa de cultura.
(C) alguma casa de cultura que não é cinema é teatro.
(D) existe casa de cultura que não é cinema.
(E) todo teatro que não é casa de cultura não é cinema.

Resolução:
Vamos chamar de:
Cinema = C
Casa de Cultura = CC
Teatro = T
Analisando as proposições temos:
- Todo cinema é uma casa de cultura
(B) existe teatro que não é casa de cultura. – Errado, pelo mes-
mo princípio acima.
(C) alguma casa de cultura que não é cinema é teatro. – Errado,
a primeira proposição já nos afirma o contrário. O diagrama
nos afirma isso

15
RACIOCÍNIO LÓGICO
(D) existe casa de cultura que não é cinema. – Errado, a justifi- ATENÇÃO: O que vale é a CONSTRUÇÃO, E NÃO O SEU CONTE-
cativa é observada no diagrama da alternativa anterior. ÚDO! Se a construção está perfeita, então o argumento é válido,
(E) todo teatro que não é casa de cultura não é cinema. – Cor- independentemente do conteúdo das premissas ou da conclusão!
reta, que podemos observar no diagrama abaixo, uma vez que
todo cinema é casa de cultura. Se o teatro não é casa de cultura • Como saber se um determinado argumento é mesmo váli-
também não é cinema. do?
Para se comprovar a validade de um argumento é utilizando
diagramas de conjuntos (diagramas de Venn). Trata-se de um mé-
todo muito útil e que será usado com frequência em questões que
pedem a verificação da validade de um argumento. Vejamos como
funciona, usando o exemplo acima. Quando se afirma, na premissa
P1, que “todos os homens são pássaros”, poderemos representar
essa frase da seguinte maneira:

Resposta: E

LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO
Chama-se argumento a afirmação de que um grupo de propo-
sições iniciais redunda em outra proposição final, que será conse-
quência das primeiras. Ou seja, argumento é a relação que associa
um conjunto de proposições P1, P2,... Pn , chamadas premissas do
argumento, a uma proposição Q, chamada de conclusão do argu-
mento.

Observem que todos os elementos do conjunto menor (ho-


mens) estão incluídos, ou seja, pertencem ao conjunto maior (dos
pássaros). E será sempre essa a representação gráfica da frase
“Todo A é B”. Dois círculos, um dentro do outro, estando o círculo
menor a representar o grupo de quem se segue à palavra TODO.
Na frase: “Nenhum pássaro é animal”. Observemos que a pa-
lavra-chave desta sentença é NENHUM. E a ideia que ela exprime é
de uma total dissociação entre os dois conjuntos.

Exemplo:
P1: Todos os cientistas são loucos.
P2: Martiniano é louco.
Q: Martiniano é um cientista.

O exemplo dado pode ser chamado de Silogismo (argumento


formado por duas premissas e a conclusão).
A respeito dos argumentos lógicos, estamos interessados em
verificar se eles são válidos ou inválidos! Então, passemos a enten-
der o que significa um argumento válido e um argumento inválido.

Argumentos Válidos
Dizemos que um argumento é válido (ou ainda legítimo ou bem
construído), quando a sua conclusão é uma consequência obrigató-
ria do seu conjunto de premissas.

Exemplo:
O silogismo...
P1: Todos os homens são pássaros.
P2: Nenhum pássaro é animal.
Q: Portanto, nenhum homem é animal.

... está perfeitamente bem construído, sendo, portanto, um


argumento válido, muito embora a veracidade das premissas e da
conclusão sejam totalmente questionáveis.

16
RACIOCÍNIO LÓGICO
Será sempre assim a representação gráfica de uma sentença Analisemos agora o que diz a segunda premissa: “Patrícia não é
“Nenhum A é B”: dois conjuntos separados, sem nenhum ponto em criança”. O que temos que fazer aqui é pegar o diagrama acima (da
comum. primeira premissa) e nele indicar onde poderá estar localizada a Pa-
Tomemos agora as representações gráficas das duas premissas trícia, obedecendo ao que consta nesta segunda premissa. Vemos
vistas acima e as analisemos em conjunto. Teremos: facilmente que a Patrícia só não poderá estar dentro do círculo das
crianças. É a única restrição que faz a segunda premissa! Isto posto,
concluímos que Patrícia poderá estar em dois lugares distintos do
diagrama:
1º) Fora do conjunto maior;
2º) Dentro do conjunto maior. Vejamos:

Comparando a conclusão do nosso argumento, temos:


NENHUM homem é animal – com o desenho das premissas
será que podemos dizer que esta conclusão é uma consequência
necessária das premissas? Claro que sim! Observemos que o con-
junto dos homens está totalmente separado (total dissociação!) do
conjunto dos animais. Resultado: este é um argumento válido!

Argumentos Inválidos Finalmente, passemos à análise da conclusão: “Patrícia não


Dizemos que um argumento é inválido – também denominado gosta de chocolate”. Ora, o que nos resta para sabermos se este ar-
ilegítimo, mal construído, falacioso ou sofisma – quando a verdade gumento é válido ou não, é justamente confirmar se esse resultado
das premissas não é suficiente para garantir a verdade da conclu- (se esta conclusão) é necessariamente verdadeiro!
são. - É necessariamente verdadeiro que Patrícia não gosta de cho-
colate? Olhando para o desenho acima, respondemos que não!
Exemplo: Pode ser que ela não goste de chocolate (caso esteja fora do círcu-
P1: Todas as crianças gostam de chocolate. lo), mas também pode ser que goste (caso esteja dentro do círculo)!
P2: Patrícia não é criança. Enfim, o argumento é inválido, pois as premissas não garantiram a
Q: Portanto, Patrícia não gosta de chocolate. veracidade da conclusão!

Este é um argumento inválido, falacioso, mal construído, pois Métodos para validação de um argumento
as premissas não garantem (não obrigam) a verdade da conclusão. Aprenderemos a seguir alguns diferentes métodos que nos
Patrícia pode gostar de chocolate mesmo que não seja criança, pois possibilitarão afirmar se um argumento é válido ou não!
a primeira premissa não afirmou que somente as crianças gostam 1º) Utilizando diagramas de conjuntos: esta forma é indicada
de chocolate. quando nas premissas do argumento aparecem as palavras TODO,
Utilizando os diagramas de conjuntos para provar a validade ALGUM E NENHUM, ou os seus sinônimos: cada, existe um etc.
do argumento anterior, provaremos, utilizando-nos do mesmo arti- 2º) Utilizando tabela-verdade: esta forma é mais indicada
fício, que o argumento em análise é inválido. Comecemos pela pri- quando não for possível resolver pelo primeiro método, o que ocor-
meira premissa: “Todas as crianças gostam de chocolate”. re quando nas premissas não aparecem as palavras todo, algum e
nenhum, mas sim, os conectivos “ou” , “e”, “” e “↔”. Baseia-se
na construção da tabela-verdade, destacando-se uma coluna para
cada premissa e outra para a conclusão. Este método tem a des-
vantagem de ser mais trabalhoso, principalmente quando envolve
várias proposições simples.
3º) Utilizando as operações lógicas com os conectivos e consi-
derando as premissas verdadeiras.
Por este método, fácil e rapidamente demonstraremos a vali-
dade de um argumento. Porém, só devemos utilizá-lo na impossibi-
lidade do primeiro método.
Iniciaremos aqui considerando as premissas como verdades.
Daí, por meio das operações lógicas com os conectivos, descobri-
remos o valor lógico da conclusão, que deverá resultar também em
verdade, para que o argumento seja considerado válido.

17
RACIOCÍNIO LÓGICO
4º) Utilizando as operações lógicas com os conectivos, considerando premissas verdadeiras e conclusão falsa.
É indicado este caminho quando notarmos que a aplicação do terceiro método não possibilitará a descoberta do valor lógico da con-
clusão de maneira direta, mas somente por meio de análises mais complicadas.

Em síntese:

Exemplo:
Diga se o argumento abaixo é válido ou inválido:

(p ∧ q) → r
_____~r_______
~p ∨ ~q

Resolução:
-1ª Pergunta) O argumento apresenta as palavras todo, algum ou nenhum?
A resposta é não! Logo, descartamos o 1º método e passamos à pergunta seguinte.

- 2ª Pergunta) O argumento contém no máximo duas proposições simples?


A resposta também é não! Portanto, descartamos também o 2º método.
- 3ª Pergunta) Há alguma das premissas que seja uma proposição simples ou uma conjunção?
A resposta é sim! A segunda proposição é (~r). Podemos optar então pelo 3º método? Sim, perfeitamente! Mas caso queiramos seguir
adiante com uma próxima pergunta, teríamos:
- 4ª Pergunta) A conclusão tem a forma de uma proposição simples ou de uma disjunção ou de uma condicional? A resposta também
é sim! Nossa conclusão é uma disjunção! Ou seja, caso queiramos, poderemos utilizar, opcionalmente, o 4º método!
Vamos seguir os dois caminhos: resolveremos a questão pelo 3º e pelo 4º métodos.

18
RACIOCÍNIO LÓGICO
Resolução pelo 3º Método
Considerando as premissas verdadeiras e testando a conclusão
verdadeira. Teremos:
- 2ª Premissa) ~r é verdade. Logo: r é falsa!
- 1ª Premissa) (p ∧ q)r é verdade. Sabendo que r é falsa,
concluímos que (p ∧ q) tem que ser também falsa. E quando uma
conjunção (e) é falsa? Quando uma das premissas for falsa ou am-
bas forem falsas. Logo, não é possível determinamos os valores
lógicos de p e q. Apesar de inicialmente o 3º método se mostrar
adequado, por meio do mesmo, não poderemos determinar se o
argumento é ou NÃO VÁLIDO. A condicional só será F quando a 1ª for verdadeira e a 2ª falsa,
utilizando isso temos:
Resolução pelo 4º Método O que se quer saber é: Se Maria foi ao cinema, então Fernando
Considerando a conclusão falsa e premissas verdadeiras. Tere- estava estudando. // B → ~E
mos: Iniciando temos:
- Conclusão) ~p v ~q é falso. Logo: p é verdadeiro e q é verda- 4º - Quando chove (F), Maria não vai ao cinema. (F) // A → ~B
deiro! = V – para que o argumento seja válido temos que Quando chove
Agora, passamos a testar as premissas, que são consideradas tem que ser F.
verdadeiras! Teremos: 3º - Quando Cláudio fica em casa (V), Maria vai ao cinema (V).
- 1ª Premissa) (p∧q)r é verdade. Sabendo que p e q são ver- // C → B = V - para que o argumento seja válido temos que Maria
dadeiros, então a primeira parte da condicional acima também é vai ao cinema tem que ser V.
verdadeira. Daí resta que a segunda parte não pode ser falsa. Logo: 2º - Quando Cláudio sai de casa(F), não faz frio (F). // ~C → ~D
r é verdadeiro. = V - para que o argumento seja válido temos que Quando Cláudio
- 2ª Premissa) Sabendo que r é verdadeiro, teremos que ~r é sai de casa tem que ser F.
falso! Opa! A premissa deveria ser verdadeira, e não foi! 5º - Quando Fernando está estudando (V ou F), não chove (V).
// E → ~A = V. – neste caso Quando Fernando está estudando pode
Neste caso, precisaríamos nos lembrar de que o teste, aqui no ser V ou F.
4º método, é diferente do teste do 3º: não havendo a existência si- 1º- Durante a noite(V), faz frio (V). // F → D = V
multânea da conclusão falsa e premissas verdadeiras, teremos que
o argumento é válido! Conclusão: o argumento é válido! Logo nada podemos afirmar sobre a afirmação: Se Maria foi ao
cinema (V), então Fernando estava estudando (V ou F); pois temos
Exemplos: dois valores lógicos para chegarmos à conclusão (V ou F).
(DPU – AGENTE ADMINISTRATIVO – CESPE) Considere que as Resposta: Errado
seguintes proposições sejam verdadeiras.
• Quando chove, Maria não vai ao cinema. (PETROBRAS – TÉCNICO (A) DE EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO
• Quando Cláudio fica em casa, Maria vai ao cinema. JÚNIOR – INFORMÁTICA – CESGRANRIO) Se Esmeralda é uma fada,
• Quando Cláudio sai de casa, não faz frio. então Bongrado é um elfo. Se Bongrado é um elfo, então Monarca
• Quando Fernando está estudando, não chove. é um centauro. Se Monarca é um centauro, então Tristeza é uma
• Durante a noite, faz frio. bruxa.
Ora, sabe-se que Tristeza não é uma bruxa, logo
Tendo como referência as proposições apresentadas, julgue o (A) Esmeralda é uma fada, e Bongrado não é um elfo.
item subsecutivo. (B) Esmeralda não é uma fada, e Monarca não é um centauro.
Se Maria foi ao cinema, então Fernando estava estudando. (C) Bongrado é um elfo, e Monarca é um centauro.
( ) Certo (D) Bongrado é um elfo, e Esmeralda é uma fada
( ) Errado (E) Monarca é um centauro, e Bongrado não é um elfo.

Resolução:
Vamos analisar cada frase partindo da afirmativa Trizteza não é
Resolução: bruxa, considerando ela como (V), precisamos ter como conclusão
A questão trata-se de lógica de argumentação, dadas as pre- o valor lógico (V), então:
missas chegamos a uma conclusão. Enumerando as premissas: (4) Se Esmeralda é uma fada(F), então Bongrado é um elfo (F)
A = Chove →V
B = Maria vai ao cinema
C = Cláudio fica em casa (3) Se Bongrado é um elfo (F), então Monarca é um centauro
D = Faz frio (F) → V
E = Fernando está estudando (2) Se Monarca é um centauro(F), então Tristeza é uma bruxa(F)
F = É noite →V
A argumentação parte que a conclusão deve ser (V) (1) Tristeza não é uma bruxa (V)
Lembramos a tabela verdade da condicional:
Logo:
Temos que:
Esmeralda não é fada(V)
Bongrado não é elfo (V)
Monarca não é um centauro (V)

19
RACIOCÍNIO LÓGICO
Como a conclusão parte da conjunção, o mesmo só será verdadeiro quando todas as afirmativas forem verdadeiras, logo, a única que
contém esse valor lógico é:
Esmeralda não é uma fada, e Monarca não é um centauro.
Resposta: B

LÓGICA MATEMÁTICA QUALITATIVA


Aqui veremos questões que envolvem correlação de elementos, pessoas e objetos fictícios, através de dados fornecidos. Vejamos o
passo a passo:

01. Três homens, Luís, Carlos e Paulo, são casados com Lúcia, Patrícia e Maria, mas não sabemos quem ê casado com quem. Eles tra-
balham com Engenharia, Advocacia e Medicina, mas também não sabemos quem faz o quê. Com base nas dicas abaixo, tente descobrir o
nome de cada marido, a profissão de cada um e o nome de suas esposas.
a) O médico é casado com Maria.
b) Paulo é advogado.
c) Patrícia não é casada com Paulo.
d) Carlos não é médico.

Vamos montar o passo a passo para que você possa compreender como chegar a conclusão da questão.
1º passo – vamos montar uma tabela para facilitar a visualização da resolução, a mesma deve conter as informações prestadas no
enunciado, nas quais podem ser divididas em três grupos: homens, esposas e profissões.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos
Luís
Paulo
Lúcia
Patrícia
Maria

Também criamos abaixo do nome dos homens, o nome das esposas.

2º passo – construir a tabela gabarito.


Essa tabela não servirá apenas como gabarito, mas em alguns casos ela é fundamental para que você enxergue informações que ficam
meio escondidas na tabela principal. Uma tabela complementa a outra, podendo até mesmo que você chegue a conclusões acerca dos
grupos e elementos.

HOMENS PROFISSÕES ESPOSAS


Carlos
Luís
Paulo

3º passo preenchimento de nossa tabela, com as informações mais óbvias do problema, aquelas que não deixam margem a nenhuma
dúvida. Em nosso exemplo:
- O médico é casado com Maria: marque um “S” na tabela principal na célula comum a “Médico” e “Maria”, e um “N” nas demais
células referentes a esse “S”.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos
Luís
Paulo
Lúcia N
Patrícia N
Maria S N N

ATENÇÃO: se o médico é casado com Maria, ele NÃO PODE ser casado com Lúcia e Patrícia, então colocamos “N” no cruzamento
de Medicina e elas. E se Maria é casada com o médico, logo ela NÃO PODE ser casada com o engenheiro e nem com o advogado (logo
colocamos “N” no cruzamento do nome de Maria com essas profissões).

20
RACIOCÍNIO LÓGICO
– Paulo é advogado: Vamos preencher as duas tabelas (tabela gabarito e tabela principal) agora.
– Patrícia não é casada com Paulo: Vamos preencher com “N” na tabela principal
– Carlos não é médico: preenchemos com um “N” na tabela principal a célula comum a Carlos e “médico”.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos N N
Luís S N N
Paulo N N S N
Lúcia N
Patrícia N
Maria S N N

Notamos aqui que Luís então é o médico, pois foi a célula que ficou em branco. Podemos também completar a tabela gabarito.
Novamente observamos uma célula vazia no cruzamento de Carlos com Engenharia. Marcamos um “S” nesta célula. E preenchemos
sua tabela gabarito.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos N S N
Luís S N N
Paulo N N S N
Lúcia N
Patrícia N
Maria S N N

HOMENS PROFISSÕES ESPOSAS


Carlos Engenheiro
Luís Médico
Paulo Advogado

4º passo – após as anotações feitas na tabela principal e na tabela gabarito, vamos procurar informações que levem a novas conclu-
sões, que serão marcadas nessas tabelas.
Observe que Maria é esposa do médico, que se descobriu ser Luís, fato que poderia ser registrado na tabela-gabarito. Mas não vamos
fazer agora, pois essa conclusão só foi facilmente encontrada porque o problema que está sendo analisado é muito simples. Vamos con-
tinuar o raciocínio e fazer as marcações mais tarde. Além disso, sabemos que Patrícia não é casada com Paulo. Como Paulo é o advogado,
podemos concluir que Patrícia não é casada com o advogado.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos N S N
Luís S N N
Paulo N N S N
Lúcia N
Patrícia N N
Maria S N N

Verificamos, na tabela acima, que Patrícia tem de ser casada com o engenheiro, e Lúcia tem de ser casada com o advogado.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos N S N
Luís S N N
Paulo N N S N
Lúcia N N S
Patrícia N S N

21
RACIOCÍNIO LÓGICO
Maria S N N

Concluímos, então, que Lúcia é casada com o advogado (que é Paulo), Patrícia é casada com o engenheiro (que e Carlos) e Maria é
casada com o médico (que é Luís).
Preenchendo a tabela-gabarito, vemos que o problema está resolvido:

HOMENS PROFISSÕES ESPOSAS


Carlos Engenheiro Patrícia
Luís Médico Maria
Paulo Advogado Lúcia

Exemplo:
(TRT-9ª REGIÃO/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – FCC) Luiz, Arnaldo, Mariana e Paulo viajaram em janeiro, todos
para diferentes cidades, que foram Fortaleza, Goiânia, Curitiba e Salvador. Com relação às cidades para onde eles viajaram, sabe-se que:
− Luiz e Arnaldo não viajaram para Salvador;
− Mariana viajou para Curitiba;
− Paulo não viajou para Goiânia;
− Luiz não viajou para Fortaleza.

É correto concluir que, em janeiro,


(A) Paulo viajou para Fortaleza.
(B) Luiz viajou para Goiânia.
(C) Arnaldo viajou para Goiânia.
(D) Mariana viajou para Salvador.
(E) Luiz viajou para Curitiba.

Resolução:
Vamos preencher a tabela:
− Luiz e Arnaldo não viajaram para Salvador;

Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador


Luiz N
Arnaldo N
Mariana
Paulo

− Mariana viajou para Curitiba;

Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador


Luiz N N
Arnaldo N N
Mariana N N S N
Paulo N

− Paulo não viajou para Goiânia;

Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador


Luiz N N
Arnaldo N N
Mariana N N S N
Paulo N N

22
RACIOCÍNIO LÓGICO
− Luiz não viajou para Fortaleza. Observe que a palavra todo representa uma relação de inclusão
de conjuntos, por isso está associada ao operador da condicional.
Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador
Aplicando temos:
Luiz N N N x + 2 = 5 é uma sentença aberta. Agora, se escrevermos da for-
Arnaldo N N ma ∀ (x) ∈ N / x + 2 = 5 ( lê-se: para todo pertencente a N temos x
+ 2 = 5), atribuindo qualquer valor a x a sentença será verdadeira?
Mariana N N S N
A resposta é NÃO, pois depois de colocarmos o quantificador,
Paulo N N a frase passa a possuir sujeito e predicado definidos e podemos jul-
gar, logo, é uma proposição lógica.
Agora, completando o restante:
Paulo viajou para Salvador, pois a nenhum dos três viajou. En- • Quantificador existencial (∃)
tão, Arnaldo viajou para Fortaleza e Luiz para Goiânia O símbolo ∃ pode ser lido das seguintes formas:

Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador


Luiz N S N N
Arnaldo S N N N
Mariana N N S N
Paulo N N N S Exemplo:
“Algum matemático é filósofo.” O diagrama lógico dessa frase
Resposta: B é:

Quantificador
É um termo utilizado para quantificar uma expressão. Os quan-
tificadores são utilizados para transformar uma sentença aberta ou
proposição aberta em uma proposição lógica.

QUANTIFICADOR + SENTENÇA ABERTA = SENTENÇA FECHADA

Tipos de quantificadores O quantificador existencial tem a função de elemento comum.


A palavra algum, do ponto de vista lógico, representa termos co-
• Quantificador universal (∀) muns, por isso “Algum A é B” possui a seguinte forma simbólica: (∃
O símbolo ∀ pode ser lido das seguintes formas: (x)) (A (x) ∧ B).

Aplicando temos:
x + 2 = 5 é uma sentença aberta. Escrevendo da forma (∃ x) ∈
N / x + 2 = 5 (lê-se: existe pelo menos um x pertencente a N tal que x
+ 2 = 5), atribuindo um valor que, colocado no lugar de x, a sentença
será verdadeira?
Exemplo: A resposta é SIM, pois depois de colocarmos o quantificador,
Todo homem é mortal. a frase passou a possuir sujeito e predicado definidos e podemos
A conclusão dessa afirmação é: se você é homem, então será julgar, logo, é uma proposição lógica.
mortal.
Na representação do diagrama lógico, seria: ATENÇÃO:
– A palavra todo não permite inversão dos termos: “Todo A é B”
é diferente de “Todo B é A”.
– A palavra algum permite a inversão dos termos: “Algum A é
B” é a mesma coisa que “Algum B é A”.

Forma simbólica dos quantificadores


Todo A é B = (∀ (x) (A (x) → B).
Algum A é B = (∃ (x)) (A (x) ∧ B).
Nenhum A é B = (~ ∃ (x)) (A (x) ∧ B).
ATENÇÃO: Todo homem é mortal, mas nem todo mortal é ho- Algum A não é B= (∃ (x)) (A (x) ∧ ~ B).
mem.
A frase “todo homem é mortal” possui as seguintes conclusões: Exemplos:
1ª) Algum mortal é homem ou algum homem é mortal. Todo cavalo é um animal. Logo,
2ª) Se José é homem, então José é mortal. (A) Toda cabeça de animal é cabeça de cavalo.
(B) Toda cabeça de cavalo é cabeça de animal.
A forma “Todo A é B” pode ser escrita na forma: Se A então B. (C) Todo animal é cavalo.
A forma simbólica da expressão “Todo A é B” é a expressão (∀ (D) Nenhum animal é cavalo.
(x) (A (x) → B).

23
RACIOCÍNIO LÓGICO
Resolução:
A frase “Todo cavalo é um animal” possui as seguintes conclusões:
– Algum animal é cavalo ou Algum cavalo é um animal.
– Se é cavalo, então é um animal.
Nesse caso, nossa resposta é toda cabeça de cavalo é cabeça de animal, pois mantém a relação de “está contido” (segunda forma de
conclusão).
Resposta: B

(CESPE) Se R é o conjunto dos números reais, então a proposição (∀ x) (x ∈ R) (∃ y) (y ∈ R) (x + y = x) é valorada como V.

Resolução:
Lemos: para todo x pertencente ao conjunto dos números reais (R) existe um y pertencente ao conjunto dos números dos reais (R) tal
que x + y = x.
– 1º passo: observar os quantificadores.
X está relacionado com o quantificador universal, logo, todos os valores de x devem satisfazer a propriedade.
Y está relacionado com o quantificador existencial, logo, é necessário pelo menos um valor de x para satisfazer a propriedade.
– 2º passo: observar os conjuntos dos números dos elementos x e y.
O elemento x pertence ao conjunto dos números reais.
O elemento y pertence ao conjunto os números reais.
– 3º passo: resolver a propriedade (x+ y = x).
A pergunta: existe algum valor real para y tal que x + y = x?
Existe sim! y = 0.
X + 0 = X.
Como existe pelo menos um valor para y e qualquer valor de x somado a 0 será igual a x, podemos concluir que o item está correto.
Resposta: CERTO

As sequências podem ser formadas por números, letras, pessoas, figuras, etc. Existem várias formas de se estabelecer uma sequência,
o importante é que existem pelo menos três elementos que caracterize a lógica de sua formação, entretanto algumas séries necessitam
de mais elementos para definir sua lógica1. Um bom conhecimento em Progressões Algébricas (PA) e Geométricas (PG), fazem com que
deduzir as sequências se tornem simples e sem complicações. E o mais importante é estar atento a vários detalhes que elas possam ofe-
recer. Exemplos:

Progressão Aritmética: Soma-se constantemente um mesmo número.

Progressão Geométrica: Multiplica-se constantemente um mesmo número.

Sequência de Figuras: Esse tipo de sequência pode seguir o mesmo padrão visto na sequência de pessoas ou simplesmente sofrer
rotações, como nos exemplos a seguir. Exemplos:

Exemplos:
Analise a sequência a seguir:

Admitindo-se que a regra de formação das figuras seguintes permaneça a mesma, pode-se afirmar que a figura que ocuparia a 277ª
posição dessa sequência é:

1 https://centraldefavoritos.com.br/2017/07/21/sequencias-com-numeros-com-figuras-de-palavras/

24
RACIOCÍNIO LÓGICO

Resolução:
A sequência das figuras completa-se na 5ª figura. Assim, continua-se a sequência de 5 em 5 elementos. A figura de número 277 ocu-
pa, então, a mesma posição das figuras que representam número 5n + 2, com n N. Ou seja, a 277ª figura corresponde à 2ª figura, que é
representada pela letra “B”.
Resposta: B

(CÂMARA DE ARACRUZ/ES - AGENTE ADMINISTRATIVO E LEGISLATIVO - IDECAN) A sequência formada pelas figuras representa as
posições, a cada 12 segundos, de uma das rodas de um carro que mantém velocidade constante. Analise-a.

Após 25 minutos e 48 segundos, tempo no qual o carro permanece nessa mesma condição, a posição da roda será:

Resolução:
A roda se mexe a cada 12 segundos. Percebe-se que ela volta ao seu estado inicial após 48 segundos.
O examinador quer saber, após 25 minutos e 48 segundos qual será a posição da roda. Vamos transformar tudo para segundos:
25 minutos = 1500 segundos (60x25)
1500 + 48 (25m e 48s) = 1548
Agora é só dividir por 48 segundos (que é o tempo que levou para roda voltar à posição inicial)
1548 / 48 = vai ter o resto “12”.
Portanto, após 25 minutos e 48 segundos, a roda vai estar na posição dos 12 segundos.
Resposta: B

25
HISTÓRIA E GEOGRAFIA DO ACRE

1. História do estado do Acre. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01


2. Dados geográficos e étnico-demográficos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03
3. Aspectos políticos, econômicos, sociais e culturais do Acre. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05
4. Clima, vegetação e relevo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03
5. Referências turísticas e de lazer. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03
6. Caminhos do Acre: escolhas que transformam cidades e vidas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
HISTÓRIA E GEOGRAFIA DO ACRE

A divisória foi estabelecida pelo paralelo da confluência dos


1. HISTÓRIA DO ESTADO DO ACRE. rios Beni-Mamoré, em direção ao leste, até a nascente do Javari,
embora ainda não fossem conhecidas as cabeceiras desse rio.

As secas nordestinas e o apelo econômico da borracha -- Ocupação cearense. À proporção que subia no mercado o
produto que no fim do século XIX começava sua trajetória de preço da borracha, crescia a demanda e aumentava a corrida
preços altos nos mercados internacionais -- inscrevem-se entre para a Amazônia. Os seringais multiplicavam-se, assim, pelos va-
as causas predominantes na movimentação de massas huma- les do Acre, do Purus e, mais a oeste, do Tarauacá: em um ano
nas em busca do Eldorado acreano. As penetrações portuguesas (1873-1874), na bacia do Purus, a população subiu de cerca de
do período colonial já haviam atingido seus pontos máximos no mil para quatro mil habitantes. Por outro lado, o governo impe-
Brasil durante o século XVIII. Consequência inevitável foi a dila- rial, já sensível às ofertas decorrentes da procura da borracha,
tação do horizonte geográfico na direção oeste, atingindo terras considerou brasileiro todo o vale do Purus.
de posse espanhola, fato que se tornou matéria dos tratados de
Madri (1750) e de Santo Ildefonso (1777). Ambos os tratados, Também na segunda metade do século XIX registraram-se
partindo das explorações feitas por Manuel Félix de Leme nas perturbações no equilíbrio demográfico e geoeconômico do
bacias do Guaporé e do Madeira, estabeleceram como linha di- império, com o surto cafeeiro no Sul canalizando os recursos
visória das possessões respectivas, na área em questão, os leitos financeiros e de mão-de-obra, em detrimento do Nordeste. O
do Mamoré e do Guaporé até seu limite máximo ocidental, na empobrecimento crescente dessa região impulsionou ondas
margem esquerda do Javari. migratórias em direção ao Rio de Janeiro, Minas Gerais e São
Paulo. O movimento de populações tornou-se particularmente
O povoamento da zona, estimulado pela criação da nova ativo durante a seca prolongada no interior nordestino, de 1877
capitania real de Mato Grosso (1751), deu-se na direção da fron- a 1880, expulsando centenas de cearenses, que rumaram para
teira, surgindo alguns centros importantes: Vila Bela (1752), às
os seringais em busca de trabalho.
margens do Guaporé, Vila Maria (1778), no rio Paraguai, e Ca-
salvasco (1783). Até meados do século XIX não se pensou em
O avanço da migração cearense processou-se até as mar-
povoamento sistemático da área. Nessa época, o grande ma-
gens do Juruá e acelerou a ocupação das terras que mais tarde
nancial virgem de borracha que aí se encontra atraíra o interes-
se mundial, provocando sua colonização de modo inteiramente a Bolívia reclamaria. Os grandes leitos fluviais e a rede de seus
espontâneo. tributários eram então intensamente trafegados por flotilhas
de embarcações do mais variado porte, transportando colonos,
A política econômica do império, orientada para a atividade mercadorias e material de abastecimento para os núcleos mais
agrário-exportadora com base no café, não comportava o apro- afastados. Os governos do Amazonas e do Pará logo instituíram
veitamento e a incorporação dos territórios do extremo ociden- as chamadas “casas aviadoras”, que financiavam vários tipos de
tal. Desse descaso resultou que no Atlas do Império do Brasil operações, garantiam créditos e promoviam o incentivo comer-
(1868), de Cândido Mendes de Almeida, modelar em seu tempo, cial nos seringais.
não figurassem o rio Acre e seus principais tributários, comple-
tamente desconhecidos dos geógrafos. Planta nativa, a seringueira escondia-se no emaranhado de
outras árvores, igualmente nativas, obrigando o homem que
Apesar de tal política, alguns sertanistas brasileiros explo- saía no encalço da borracha a construir um verdadeiro labirinto,
ravam aquela região agreste e despovoada, desconhecendo com trilhas em ziguezague na selva. Do seringal surgiu a figura
se pertenciam ao Brasil, ao Peru ou à Bolívia. Assim, ainda em humana do seringueiro, associado à planta para explorá-la. Se-
meados do século XIX, no impulso que a procura da borracha ringueiro-patrão, beneficiário do crédito da casa aviadora, e se-
ocasionou, solicitada que era no mercado internacional, várias ringueiro-extrator, aviado, por sua vez, do patrão. Um morando
expedições esquadrinharam a área, buscando facilitar a insta- no barracão, sempre localizado à beira do rio, com aparências de
lação dos colonos. Nessa época, João Rodrigues Cametá iniciou domínio patriarcal, outro, na barraca, de construção tosca, no
a conquista do rio Purus; Manuel Urbano da Encarnação, índio meio da selva. (De 1920 em diante usa-se o neologismo seringa-
mura grande conhecedor da região, atingiu o rio Acre, subindo-o lista para designar o patrão.)
até as proximidades do Xapuri; e João da Cunha Correia alcançou
a bacia do alto Tarauacá. Todo esse desbravamento se deu, na Completara-se, assim, antes de findar o século XIX, a ocu-
maior parte, em terras bolivianas. pação brasileira do espaço geográfico do Acre, onde mais de
cinquenta mil pessoas formavam, no recesso da mata dos três
As atividades exploradoras, a importância industrial das
vales hidrográficos, uma sociedade original, cujo objetivo único
reservas de borracha e a penetração de colonos brasileiros na
era produzir borracha. Todo esse labor, porém, se operava no
região suscitaram o interesse da Bolívia, que solicitou melhor fi-
solo da Bolívia, país que, por fatalidade da geografia, não pudera
xação de limites. Após várias negociações fracassadas, em 1867
completar a integração social e econômica, e mesmo política e
assinou-se o Tratado de Ayacucho, que reconhecia o uti possi-
detis colonial. geográfica, dos extensos vales do Acre, do alto Purus e do alto
Juruá na comunidade nacional.

1
HISTÓRIA E GEOGRAFIA DO ACRE

Com efeito, o artigo 1º do Tratado de Ayacucho, concluído Ante os protestos da Bolívia, o presidente Campos Sales ex-
pelo Brasil e pela Bolívia em 1867, mandara que a linha de fron- tinguiu a efêmera república (março de 1900, oito meses após
teira fosse uma paralela tirada da foz do rio Beni com o Mamoré sua criação). Luis Gálvez teve que capitular e retirou-se para a
(10o20’), até encontrar a nascente do Javari. Com um adendo: Europa.
se o Javari tivesse as nascentes ao norte dessa linha leste-oeste,
a fronteira correria, desde a mesma latitude, por uma reta a bus- Reinstalaram-se, então, os bolivianos na região, onde sofre-
car a origem principal do Javari. ram, a seguir, ataque de uma outra expedição que se constituí-
ra em Manaus, com a ajuda do novo governador Silvério Néri,
No ano de 1877, no entanto, época dos primeiros estabe- que também se opunha, nos bastidores, ao domínio da Bolí-
lecimentos de brasileiros no Acre, ninguém sabia por onde pas- via sobre o Acre, de onde provinham, em forma de impostos,
sava o limite previsto naquele tratado. Ignorava-se, por outra grandes quantias para o tesouro estadual. Composta de moços
parte, a exata latitude da nascente do Javari. Eram problemas intelectuais, da boêmia de Manaus, a “Expedição dos Poetas”
técnico-geográficos difíceis de solver com presteza, devido à fal- desbaratou-se após rápido combate em frente a Puerto Alonso
ta de recursos materiais. A direção dos rios da borracha foi a tri- (dezembro de 1900).
lha natural da conquista nordestina (sobretudo do cearense), da
qual também participaram grupos de paraenses e amazonenses. Ação de Plácido de Castro e intervenção diplomática. Por
fim, comerciantes e proprietários no rio Acre resolveram entre-
A questão acreana. Em 1890, um oficial boliviano, Juan Ma- gar a chefia de nova insurreição a um ex-aluno da Escola Militar
nuel Pando, alertou seu governo para o fato de que na bacia de Porto Alegre, José Plácido de Castro, gaúcho de São Gabriel,
do Juruá havia mais de 300 seringais, com a ocupação dos bra- que, à frente de um corpo improvisado de seringueiros, iniciou
sileiros implantando-se cada vez mais rapidamente em solo da operações na vila de Xapuri, no alto Acre, e aí prendeu as auto-
Bolívia. A penetração brasileira avançara em profundidade para ridades bolivianas (agosto de 1902). Depois de combates espar-
oeste do meridiano de 64o até além do de 72o, numa extensão sos e bem-sucedidos, Plácido de Castro assediou Puerto Alonso,
de mais de mil quilômetros, muito embora já estivessem fixadas logrando a capitulação final das forças bolivianas (fevereiro de
1903).
as fronteiras acima da confluência do Beni-Mamoré, segundo o
tratado de 1867.
Influíra no espírito de Plácido de Castro o fato de haver a
Bolívia arrendado o território do Acre a um sindicato estrangei-
Nomeou-se, em 1895, nova comissão para o ajuste da di-
ro (chartered company), semelhante aos que operavam na Ásia
visória. O representante brasileiro, Taumaturgo de Azevedo,
e na África. O Bolivian Syndicate, constituído por capitais ingle-
demitiu-se após verificar que a ratificação do tratado de 1867
ses e americanos, iria empossar-se na administração do Acre,
iria prejudicar os seringueiros ali estabelecidos. Em 1899, os
dispondo de forças policiais e frota armada. Representantes
bolivianos estabeleceram um posto administrativo em Puerto
dessa companhia chegaram à vila de Antimari (rio Acre), abaixo
Alonso, cobrando impostos e lançando taxas aduaneiras sobre de Puerto Alonso, mas desistiram da missão porque os revolu-
as atividades dos brasileiros. No ano seguinte, o Brasil aceitou a cionários dominavam todo o rio, faltando pouco para o fim da
soberania da Bolívia na zona, quando reconheceu oficialmente resistência boliviana.
os antigos limites na confluência Beni-Mamoré.
Aclamado governador do Estado Independente do Acre,
Os seringueiros, alheios às tramitações diplomáticas, julga- Plácido de Castro organizou um governo em Puerto Alonso. Daí
ram lesados seus interesses e iniciaram movimentos de rebeldia. por diante a questão passou à esfera diplomática. O barão do
No mesmo ano em que a Bolívia implantou administração em Rio Branco assumira o Ministério do Exterior e seu primeiro ato
Puerto Alonso (1899), registraram-se duas sérias contestações. foi afastar o Bolivian Syndicate. Os banqueiros responsáveis pelo
negócio aceitaram em Nova York a proposta do Brasil: dez mil li-
Em abril, um advogado cearense, José Carvalho, liderou bras esterlinas como preço da desistência do contrato (fevereiro
uma ação armada, que culminou na expulsão das autoridades de 1903). Subsequentemente, Rio Branco ajustou com a Bolívia
bolivianas. Logo depois a Bolívia iniciou negociações com um um modus vivendi que previa a ocupação militar do território,
truste anglo-americano, o Bolivian Syndicate, a fim de promover, até o paralelo de 10o20’, por destacamentos do exército brasilei-
com poderes excepcionais (cobranças de impostos, força arma- ro, na zona que se designou como Acre Setentrional. Do paralelo
da), a incorporação política e econômica do Acre a seu territó- 10o20, para o sul -- o Acre Meridional -- subsistiu a governança
rio. O governador do Amazonas, José Cardoso Ramalho Júnior, de Plácido de Castro, sediada em Xapuri.
informado do ajuste por um funcionário do consulado boliviano
em Belém, o espanhol Luis Gálvez de Arias, enviou-o à frente de A 17 de novembro de 1903, Rio Branco e o plenipoten-
contingentes militares para ocupar Puerto Alonso. ciário Assis Brasil assinaram com os representantes da Bolívia
o tratado de Petrópolis, pelo qual o Brasil adquiriu o Acre por
Gálvez proclamou ali a República do Acre, tornando-se seu compra (dois milhões de libras esterlinas, ou 36.268 contos e
presidente com o apoio dos seringalistas. O novo estado tinha o 870 mil-réis em moeda e câmbio da época), e por troca de terri-
objetivo de afastar o domínio boliviano para depois pedir ane- tórios (pequenas áreas no Amazonas e no Mato Grosso).
xação ao Brasil, a exemplo do que fizera o Texas, na América do
Norte.

2
HISTÓRIA E GEOGRAFIA DO ACRE

Em consequência, dissolveu-se o Estado Independente, pas- Sua capital é a cidade de Rio Branco.
sando o Acre Meridional e o Acre Setentrional a constituírem o
Território Brasileiro do Acre, organizado, segundo os termos da História
lei no 1.181, de 25 de fevereiro de 1904, e do decreto 5.188, de Até o início do século XX o Acre pertencia à Bolívia. Porém,
7 de abril de 1904, em três departamentos administrativos: o do desde o princípio do século XIX, grande parte de sua população
Alto Acre, o do Alto Purus e o do Alto Juruá, chefiados por pre- era de brasileiros que exploravam seringais e que, na prática,
feitos da livre escolha e nomeação do presidente da república. acabaram criando um território independente.
Em 1899, os bolivianos tentaram assegurar o controle da
Solucionada a parte da Bolívia, um outro caso tinha de ser área, mas os brasileiros se revoltaram e houve confrontos fron-
resolvido com o Peru. O governo de Lima, alegando validez de teiriços, gerando o episódio que ficou conhecido como a Ques-
títulos coloniais, reivindicava todo o território do Acre e mais tão do Acre.
uma extensa área do estado do Amazonas. Delegações adminis- Em 17 de novembro de 1903, com a assinatura do Tratado
trativas e militares desse país tentaram estabelecer-se no Alto de Petrópolis, o Brasil recebeu a posse definitiva da região. O
Purus (1900, 1901 e 1903) e no Alto Juruá (1898 e 1902). Os Acre foi então integrado ao Brasil como território, dividido em
brasileiros, com seus próprios recursos, forçaram os peruanos a três departamentos. O território passou para o domínio brasilei-
abandonar o Alto Purus (setembro de 1903). ro em troca do pagamento de dois milhões de libras esterlinas,
de terras de Mato Grosso e do acordo de construção da estrada
Rio Branco, para evitar novos conflitos, sugeriu um modus de ferro Madeira-Mamoré.
vivendi para a neutralização de áreas no Alto Purus e no Alto Ju-
ruá e o estabelecimento de uma administração conjunta (julho
de 1904). Isso não impediu um conflito armado entre peruanos
e um destacamento do exército brasileiro em serviço no recém-
-criado departamento do Alto Juruá. A luta findou com a retira-
da das forças peruanas.

À luz dos títulos brasileiros e dos estudos das comissões


mistas que pesquisaram as zonas do Alto Purus e do Alto Ju-
ruá, Rio Branco propôs ao governo do Peru o acerto de limites
firmado a 8 de setembro de 1909. Com esse ato completou-
se a integração político-jurídica do território na comunidade
brasileira.

De território a estado. A organização administrativa do


Acre, decretada em 1904, alterou-se em 1912, com a criação de Palácio Rio Branco, sede do governo, e obelisco em home-
mais um departamento: o do Alto Tarauacá, desmembrado do nagem aos heróis da Revolução Acreana
departamento do Alto Juruá. De 1920 até 1962, a administração Tendo sido unificado em 1920, em 15 de junho de 1962 foi
do território do Acre era unificada, exercida por um governa- elevado à categoria de estado, sendo o primeiro a ser governado
dor, de livre escolha e nomeação do presidente da república. A por uma brasileira, a professora Iolanda Fleming.
constituição de 1934 concedeu ao território o direito de ter dois
representantes na Câmara dos Deputados, critério mantido pela Durante a segunda guerra mundial, os seringais da Indochi-
constituição de 1946. Em 1957, o deputado federal José Guio- na foram tomados pelos japoneses, e o Acre dessa forma re-
mard dos Santos apresentou projeto que elevava o território a presentou um grande marco na história Ocidental e Mundial,
estado; daí resultou a lei nº 4.069, de 12 de junho de 1962. Dois mudando o curso da guerra a favor dos Aliados e graças aos sol-
anos depois, o governador José Augusto de Araújo teve suspen- dados da borracha oriundos principalmente do sertão do Ceará.
sos seus direitos políticos. Em 1988, o assassinato do ecologista
Chico Mendes abalou o país, e em 1992 foi morto em São Paulo E foi sem dúvida graças ao Acre e sua contribuição decisiva
o próprio governador do estado, Edmundo Pinto. ©Encyclopae- na vitória dos Aliados, que o Brasil conseguiu recursos norte-a-
dia Britannica do Brasil Publicações Ltda. mericanos para construir a Companhia Siderúrgica Nacional, e
assim alavancar a industrialização até então estagnada do Cen-
2. DADOS GEOGRÁFICOS E ÉTNICO-DEMOGRÁFI- tro-sul, que não possuía ainda indústrias pesadas de base.
COS.4. CLIMA, VEGETAÇÃO E RELEVO. 5. REFERÊNCIAS
TURÍSTICAS E DE LAZER. Em 4 de abril de 2008, o Acre venceu uma questão judicial
com o Estado do Amazonas em relação ao litígio em torno da
Linha Cunha Gomes, que culminou no anexo de parte dos muni-
O Acre é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está cípios Envira, Guajará, Boca do Acre, Pauni, Eirunepé e Ipixuna.
situado no sudoeste da região Norte e tem como limites os esta- A redefinição territorial consolidou a inclusão de 1,2 milhão de
dos do Amazonas a norte, Rondônia a leste, a Bolívia a sudeste e hectares do complexo florestal Liberdade, Gregório e Mogno ao
o Peru ao sul e oeste. Ocupa uma área de 152.581,4 km², sendo território do Acre, o que corresponde a 11.583,87 km².
pouco menor que a Tunísia.

3
HISTÓRIA E GEOGRAFIA DO ACRE

GEOGRAFIA Em Rio Branco encontra-se uma comunidade religiosa cha-


Relevo mada Alto Santo (Centro de Iluminação Cristã Universal) que
Um planalto com altitude média de 200 metros domina pratica o Ritual do Santo Daime, típico do Acre, de origem indí-
grande parte do Acre. gena, que usa o Daime, um chá natural feito com folhas e cipó,
Vegetação usado pelos índios como forma de aproximação a Deus. Todos
A maior parte do Estado ainda é formada por mata intocá- tomam o chá, inclusive as crianças e os idosos. Os integrantes
vel, protegida principalmente pelo estabelecimento de florestas usam fardas de marinheiro e cantam o hinário, intercalando com
de proteção integral, reservas indígenas e reservas extrativistas. Ave-Marias e Pai-Nossos.
Hidrografia
Rios Economia
Juruá, rio Purus, rio Acre, Tarauacá, Muru, Embirá e Xapuri
são seus rios mais importantes.

Demografia
Os municípios mais populosos são: Rio Branco, com 290.639
habitantes (IBGE 2006); Cruzeiro do Sul, com 86.725 habitantes;
Feijó, com 39.365 habitantes; Sena Madureira, com 33.614 ha-
bitantes; Tarauacá, com 30.711 habitantes; Senador Guiomard
com 21.000 habitantes e Brasileia, com 18.056 habitantes.

Etnias

Cor/Raça (IBGE 2006) Porcentagem


Pardos 66,5%
Brancos 26,0%
Negros 6,8%
Amarelos ou indígenas 0,7% Passarela Joaquim Macedo, símbolo da capital acreana, Rio
Branco, centro político e financeiro do estado.
Fonte: PNAD (dados obtidos por meio de pesquisa de auto-
declaração). O modelo de desenvolvimento econômico baseia-se, pri-
mordialmente, no extrativismo, com destaque para extração de
madeira por meio de manejo florestal, o que, teoricamente, ga-
rante o uso econômico sustentável da floresta.
CULTURA
O Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID - finan-
A cultura do Acre é muito parecida com a dos outros Esta- cia um projeto de US$ 106 milhões no Estado, visando dotá-lo
dos da região Norte. de infraestrutura física e institucional que viabilize o sucesso do
projeto de desenvolvimento sustentável.
A comida típica utiliza o pato e o pirarucu, que herdou dos
índios, e o bobó de camarão, vatapá e carne de sol com macaxei- Controvérsias sobre o modelo de desenvolvimento escolhi-
ra, trazido do Nordeste brasileiro logo quando iniciou a extração do passa por questões como a ausência de consenso quanto à
do latex, já que muitos nordestinos migraram para o Acre ten- recuperação das áreas exploradas pelos planos de manejo e pela
tando uma melhor qualidade de vida. exclusão, na prática, de efetivos benefícios às populações locais
(apesar de previsão no projeto).
No artesanato os artigos confeccionados com materiais ex-
traídos da floresta amazônica. Apelidos
• Extremo do Brasil
Do seringal surgiu a figura do seringueiro, que colaborou em • Estado das Seringueiras
momentos importantes da história brasileira para o desenvolvi- • Estado do Látex
mento do país, trabalhando duro na extração do latex na flores- • Extremo Oeste
ta amazônica. Da floresta também surgiu um homem chamado
Chico Mendes, que hoje é considerado referência internacional
na luta em defesa da Amazônia; Chico Mendes foi assassinado
em 22 de dezembro de 1988 e ganhou um prêmio único da ONU,
o Prêmio Global 500 Anos.

4
HISTÓRIA E GEOGRAFIA DO ACRE

TRANSPORTES de casa ainda de madrugada. A situação é ainda mais crítica para


Rodovias os moradores da Região do Vale do Juruá, onde o Sol nasce cerca
• BR-364 - Juntamente com a BR-317 é a principal rodovia de meia hora após surgir na capital Rio Branco.
do Acre. A leste liga Rio Branco ao estado de Rondônia e ao res-
tante do país. A oeste corta todo o estado, ligando a capital do
estado a Cruzeiro do sul, segunda principal cidade do estado, 3. ASPECTOS POLÍTICOS, ECONÔMICOS, SOCIAIS E
passando pelos municípios de Bujari, Sena Madureira, Manoel CULTURAIS DO ACRE.
Urbano, Feijó, Tarauacá e Rodrigues Alves.
• BR-317 - Tem extensão de 330 km, liga a capital ao sul do
estado, passando pelos municípios de Senador Guiomard, Capi- A ECONOMIA DO ESTADO DO ACRE
xaba, Brasileia na fronteira com a República da Bolívia, a partir Fonte – http://www.ac.gov.br/sectas/agenda_social/eco-
de Brasileia a estrada continua por mais 110km até chegar na ci- nomia.htm
dade de Assis Brasil, já na fronteira com o Peru. A rodovia tornar-
-se-á um importante eixo de exportação do Brasil, pois quando Os dados revelam um rápido crescimento do Produto Inter-
a estrada no lado peruano estiver concluída (aproximadamente no Bruto - PIB do Acre nas duas últimas décadas. Nos anos 70 o
três anos), o Brasil estará totalmente ligado a Cuzco e aos dois PIB cresceu a 11,45% a.a. - crescimento rápido, menor, contudo,
principais portos do país vizinho. que a média brasileira (12,54% a.a.) e bem menor que a média
• AC-040 - Possui extensão de 100 km, liga Rio Branco até da Região Norte (17,54% a.a.). Na primeira metade da década
a cidade de Plácido de Castro também fazendo fronteira com a de 80, apesar da crise que se reflete no crescimento do PIB na-
Bolívia. cional a meros 1,6% a.a., o Acre mantém elevada a taxa de cres-
• AC-401 - Também chamada de estrada do agricultor, com cimento (5,48%), agora praticamente acompanhando o ritmo de
extensão de 50 km, liga a cidade de Plácido de Castro à cidade crescimento do PIB regional.
de Acrelândia, já próxima da BR-364.
• AC-010 - Tem extensão de 55 km, Ligando Rio Branco até Em termos setoriais observa-se uma queda drástica da par-
a cidade história de Porto Acre, já na divisa com o Amazonas. ticipação do setor primário no PIB, passando de 40,8% em 1970,
para 16,7% em 1985. O setor secundário, por sua vez, alarga sua
Acreanos ilustres participação de 2,9% para 23,5% no período.
• Adib Jatene - Médico, ex-ministro da Saúde (fundou o Ins-
tituto do Coração); Enfocando mais de perto o setor secundário constata-se
• Armando Nogueira - Jornalista e escritor; que, em 1990, o Estado do Acre apresentava 508 estabeleci-
• Chico Mendes (Francisco Alves Mendes Filho) - Líder se- mentos industriais, sendo 140 ligados ao processamento de
ringueiro e mártir; produtos alimentares e 201 ao setor madeireiro e mobiliário.
• Enéas Carneiro - Político. Formado em Medicina e espe- No total, os estabelecimentos industriais empregavam apenas
cialista em Cardiologia; 7.017 pessoas (numa média em torno de 13 pessoas por esta-
• Glória Perez - Novelista; belecimento). Considerando a população do Estado em 1991
• Iolanda Fleming - Primeira governadora mulher do Brasil; (417.489 habitantes) e estimando sua parcela economicamen-
• Jarbas Passarinho - Militar e político; te ativa (População Economicamente Ativa - PEA), com base na
• João Donato - Músico. Foi um dos responsáveis pelo sur- proporção média do Brasil (38%), verifica-se que o emprego in-
gimento da Bossa Nova; dustrial no Estado situa-se em torno de 7% da PEA urbana de
• José Vasconcelos - Humorista, ator e dramaturgo; 98.954 pessoas, o que nos permite indicar que a expansão in-
• Miguel Jerônimo Ferrante - ex-Ministro do STF e escritor, dustrial ocorrida, não obstante apontar para uma melhor estru-
pai de Glória Pérez; turação da oferta de produtos manufaturados localmente, não
• Marina Silva - Ambientalista, pedagoga e política, ex-mi- foi capaz de impedir a formação dos “cinturões de pobreza” nos
nistra do Meio Ambiente. centros urbanos locais, com destaque para Rio Branco como um
• Tião Viana - Médico e Senador dos mais expressivos problemas sociais gerados pela migração
rural/urbana.
Fuso horário brasileiro Quanto à perda de posição do setor primário na composi-
No dia 23 de junho de 2008 entrou em vigor a lei 11.662/08. ção do PIB estadual deve-se por em relevo a crise do extrativis-
Criada pelo senador Tião Viana (PT), essa lei determina que o mo da borracha e da castanha, historicamente a base da eco-
Acre e parte do Estado do Amazonas, que faziam parte do quar- nomia do Acre. Esse subsetor vem sofrendo sérios reveses nos
to fuso horário brasileiro, passem a ter apenas uma hora a me- últimos anos, em função da tendência declinante dos preços.
nos em relação ao horário de Brasília. Já o Estado do Pará passa Note-se que em uma das regiões do Estado, o Vale do Acre, es-
a ter o mesmo horário da capital federal. tes dois produtos fazem parte do leque de alternativas das mes-
mas estruturas de produção familiar camponesa. Percebe-se,
Essa proposta tem gerado polêmica, pois, de acordo com também, para estes dois produtos uma tendência inversa das
pesquisadores a inclusão do Acre no quarto fuso horário estava quantidades e preços: enquanto, nos anos oitenta, caem siste-
correta, considerando a posição geográfica do estado. A popula- maticamente os preços, as quantidades produzidas mostram-se
ção do estado também tem feito críticas ao novo horário, pois, ascendentes sem compensarem, contudo, a perda de valor da
quem trabalha ou estuda na parte da manhã, está tendo de sair produção.

5
HISTÓRIA E GEOGRAFIA DO ACRE

Enquanto agravam-se os problemas decorrentes da flutua- Os municípios da Regional têm potencialidades para desen-
ção do preço dos produtos extrativistas, borracha e castanha, volver a indústria da construção civil (principalmente as cerâmi-
amplia-se o rebanho bovino no Acre. De 72.166 cabeças, em cas), a industrialização e beneficiamento da borracha, a indús-
1970, o rebanho estadual passa para 404.434 cabeças de 1990. tria de transformação de madeira e movelaria, a indústria do
Destes 333.521 cabeças (82,5%) se encontram no Vale do Acre. turismo. Quanto ao desenvolvimento da agricultura e pecuária,
Há que se lembrar, entretanto, que também em relação à pecuá- a regional apresenta potencialidades para o beneficiamento de
ria, constata-se uma crise de preços desde 1982 - tendência que guaraná e café, plantio de frutas tropicais, consumo interno de
se acentua a partir de 1985. culturas de subsistência, psicultura, pecuária e criação de pe-
quenos animais. Relativamente ao extrativismo, as potenciali-
Os diversos problemas vividos pelos moradores das zonas dades para a extração e manejo de madeiras, cultura do açaí e
urbana e rural do Estado, ora elencados, estão a merecer uma extração de borracha e copaíba, são potencialidades inerentes
atenção especial. As políticas públicas sociais articuladas nos da regional.
vários níveis de governo, tendo como ressonância, a busca do
desenvolvimento sustentável e humano, mostram-se eficazes Porém os indicadores sociais apresentados pelo conjunto
quando desenvolvidas juntamente com a comunidade local de dos municípios da Regional do Juruá não diferem dos indicado-
cada município.
res do Brasil de forma positiva, ao contrário, as demandas são
alargadas. A esperança de vida ao nascer, dos povos da regional
O conjunto de ações embasadas em compromissos assu-
fica em torno dos 64 anos, sendo a taxa de mortalidade infantil
midos pelo Governo do Estado, pelos governos municipais e a
menor que a média geral do Acre: 53,5 de cada 1000 nascidos
sociedade civil organizada, é, em princípio, o caminho para uma
intervenção qualitativa nos problemas que afligem a população vivos. A média do Acre é de 60,98, enquanto que a do Brasil é
acreana, mudando significativamente os indicadores sociais, de 49,9.
hoje verificados.
Os problemas educacionais nesta região são críticos. Se a
As políticas até aqui implementadas no campo social, foram média nacional de analfabetismo é de 19,4%, Cruzeiro do Sul,
em sua maioria de caráter compensatório ou supletivo, não atin- Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Marechal Thaumaturgo e Porto
gindo de fato as causas estruturais dos problemas. As interven- Walter, apresentam uma média de 48,05%. O número de crian-
ções que a “Agenda Social para o Acre” propõe, caracterizam ças de 07 a 14 anos que não frequentam a escola, é significativa-
alternativas viáveis e concretas de políticas socioeconômicas mente grande, girando em torno de 44,8%, sendo que a média
articuladas e implementadas pelos diversos atores sociais do do Brasil é de 22,7%. Outros indicadores, como os que apresen-
Estado, como resposta às demandas apresentadas pelas comu- taremos a seguir, ilustram o quadro socioeconômico dos municí-
nidades. pios da regional do Juruá:
• Renda familiar média per capita em salários mínimos
SITUAÇÃO SÓCIO ECONÔMICA DOS MUNICÍPIOS POR RE- de 0,42%, enquanto no Estado do Acre é de 0,85% e no Brasil,
GIONAL: de 1,31%;
Perfil socioeconômico e indicadores sociais da Regional do • Percentagem de pessoas com renda insuficiente de
Juruá 78,68%; enquanto no Estado do Acre é de 59,94% e no Brasil é
A Regional do Juruá, composta pelos municípios de Cruzei- de 45,46%;
ro do Sul, Porto Walter, Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo e • População com abastecimento adequado de água de
Rodrigues Alves, limita-se ao norte com Estado do Amazonas, ao 15,6%, enquanto no Estado do Acre é de 44,4% e no Brasil é de
sul e oeste com a República do Peru e ao leste com os municípios 83,9%;
de Tarauacá e Jordão. Com área total 29.686,2 km2, represen- • População com instalações adequadas de esgoto em
tando 19,39% do território do Estado, tem uma população de torno de 21,6%, enquanto no Estado do Acre é de 32,8% e no
87.609 habitantes, com densidade de 2,95 hab./km2, com con- Brasil é de 58,9%.
centração de povos indígenas de várias etnias.
Perfil socioeconômico e indicadores sociais da Regional do
Os municípios da Regional do Juruá, tipicamente agroflores-
Tarauacá e Envira
tais, inclusive com exploração irracional de madeiras de lei, têm
A Regional do Tarauacá e Envira, composta pelos municí-
razoável produção agrícola, destacando-se a cultura permanen-
te de guaraná, a produção de farinha de mandioca de excelente pios de Tarauacá, Feijó e Jordão, limita-se ao norte com Estado
qualidade e forte comércio local. Sofreu recentes melhorias na do Amazonas, ao sul com a República do Peru, ao leste com os
sua infraestrutura urbana e malha viária, todavia, permanece municípios de Santa Rosa e Manuel Urbano e ao leste com os
isolada da capital a maior parte do ano, por falta de acesso ter- municípios de Marechal Thaumaturgo, Porto Walter e Cruzeiro
restre. Este fato fortalece sua relação comercial com o Estado do Sul. Com área total 45.538,6 km2, representando 29,74% do
do Amazonas. território do Estado, tem uma população de 49.893 habitantes,
com densidade de 1,10 hab./km2. Com baixa densidade demo-
gráfica, a Regional do Tarauacá e Envira, é a área com maior pre-
dominância de população indígena.

6
HISTÓRIA E GEOGRAFIA DO ACRE

A Regional do Tarauacá e Envira é tipicamente agroflores- Por serem tipicamente florestal, extrativistas é com razoá-
tal, com razoável produção pecuária, porém com uma ação pre- vel produção pecuária, os municípios apresentam um quadro
datória conduzida simultaneamente por fazendeiros e grandes de desenvolvimento e exploração diferente dos demais. Um dos
empresas rurais de extração de madeira. Devido ao isolamento municípios da Regional, o de Sena Madureira, tem sofrido com a
por um período considerável durante o ano por falta de estradas ação predatória da exploração madeireira. Foram realizadas vá-
ligando à capital, os municípios mantêm fortes relações comer- rias apreensões de madeiras nobres, principalmente do mogno,
ciais com a Regional do Juruá. extraídas ilegalmente da região. Nessa atividade de exploração,
são registrados casos de trabalhos forçados, caracterizando a
Os municípios da Regional dispõem de potencialidades para existência de semiescravidão na Regional.
desenvolver a indústria da construção civil (cerâmica), industria-
lização e beneficiamento de borracha e sobretudo, a indústria A Regional apresenta hoje um baixo nível de emprego e ren-
de transformação de madeira e movelaria. Quanto às suas po- da. Porém, mesmo com as potencialidades naturais, a deficiên-
tencialidades rurais, pode incrementar a agricultura e a pecuá- cia energética acentuada compromete o seu desenvolvimento
ria, sobretudo para o consumo do mercado local, assim como econômico. Exceto Sena Madureira, os demais municípios da
as culturas de subsistência. Existe potencial para desenvolver Regional sofrem com o isolamento em período considerável do
agroindústrias de frutas tropicais, a piscicultura, além do extra- ano por vias terrestres, sendo que o município de Santa Rosa
tivismo e manejo de madeiras, da borracha e copaíba, do açaí e não possui ligação terrestre. O deslocamento por via fluvial de-
outra frutas regionais. mora cerca de oito dias do município mais próximo.

Quanto a outros indicadores sociais desta regional, obser- Quanto às potencialidades da Regional do Purus, por ter
va-se que a esperança de vida ao nascer cai para 62 anos, a mé- uma grande mancha de madeiras nobres em sua vegetação,
dia do Estado, com uma taxa de mortalidade infantil de 59,81 da pode desenvolver a indústria da transformação de madeiras e
cada 1000 nascidos vivos. Com relação ao analfabetismo da po- movelaria. Apresenta também potencialidades para o desenvol-
pulação com mais 15 anos, os índices são alarmantes, represen- vimento da indústria cerâmica, a indústria pesqueira, a pecuária
tando 61%, enquanto que para todo o Estado, o número é 34,3% e seus derivados, a indústria de beneficiamento e artefatos de
e no Brasil é de 19,4%. O número de crianças de 07 a 14 anos de borracha e agroindústrias. Possui também características impor-
idade que não frequenta a escola é de 44,8 nessa regional. tantes para o desenvolvimento da agricultura e pecuária para
o consumo interno e de subsistência e pecuária de corte, a pis-
Os demais indicadores apresentados a seguir, determinam cicultura, mas sobretudo, a produção agroflorestal, extração e
outras características dos povos que moram nos municípios da manejo de madeira, borracha e castanha da Amazônia.
Regional do Tarauacá e Envira:
• Crianças entre 10 a 14 anos que trabalham, tem índice Com relação aos indicadores sociais, os municípios da Re-
é de 7,5%, enquanto no Acre é de 8,4% e no Brasil, é de 8,6%; gional do Purus, vêm apresentando índices drásticos de mortali-
• Renda familiar média per capita em salários mínimos dade infantil, chegando a casa dos 62,10 de cada 1000 nascidos
e 0,41%, enquanto no Estado do Acre é de 0,85% e no Brasil, é vivos. Apresenta uma taxa de analfabetismo de 56,2% de sua
de 1,31%; população acima dos 15 anos de idade. Outro índice preocupan-
• Percentagem de pessoas com renda insuficiente é de te é o das crianças de 07 a 14 anos de idade que não frequentam
81,96%, enquanto no Estado do Acre é de 59,94% e no Brasil, é a escola, que atinge mais da metade da população nesta faixa
de 45,46%; etária representando cerca de 52,4%.
• População com abastecimento adequado de água em
torno de 23,1%, enquanto no Estado do Acre é de 44,4% e no Os indicadores que se seguem, demonstram com maior
Brasil, é de 83,9%; propriedade a realidade socioeconômica dos municípios da Re-
• População com instalações adequadas de esgoto de gional do Purus:
21,6%, enquanto no Estado do Acre é de 32,8% e no Brasil, é • Crianças entre 10 a 14 anos que trabalham, com índice
de 58,9%. de 4,7%, enquanto no Estado do Acre é de 8,4% e no Brasil, é
de 8,6%;
Perfil socioeconômico e indicadores sociais da Regional do • Renda familiar média per capita em salários mínimos
Purus de 0,43%, enquanto no Estado Acre é de 0,85% e no Brasil, é de
A Regional do Purus, composta pelos municípios de Manuel 1,31%;
Urbano, Sena Madureira e Santa Rosa do Purus, limita-se ao nor- • Percentagem de pessoas com renda insuficiente é de
te com o Estado do Amazonas, ao sul com o município de Assis 80,0%, enquanto no Estado do Acre é de 59,94% e no Brasil, é
Brasil, a leste com os municípios de Assis Brasil, Brasileia, Xapuri, de 45,46%;
Rio Branco e Bujari e a oeste com a República do Peru e o muni- • População com abastecimento adequado de água é de
cípio de Feijó. Ocupando uma área de 40.823,6 km2, a regional 20,3%, enquanto no Estado do Acre é de 44,4% e no Brasil de
participa com 26,66% do território do Estado. Tem uma popula- 83,9%;
ção 30.254 habitantes, com uma densidade demográfica de 0,74 • A população com instalações adequadas de esgoto é
(hab./km2), uma das menores de todo o Estado. Conta também, de 14,2%, enquanto no Estado do Acre é de 32,8% e no Brasil,
com a presença de populações indígenas de várias etnias. é de 58,9%.

7
HISTÓRIA E GEOGRAFIA DO ACRE

Perfil socioeconômico e indicadores sociais da Regional do • População com instalações adequadas de esgoto é so-
Alto Acre mente de 17,26%, enquanto no Estado o número já sobe para
A Regional do Alto Acre, composta pelos municípios de Assis 32,8% e no Brasil, é de 58,9%.
Brasil, Brasileia, Epitaciolândia e Xapuri, limita-se ao norte com
os municípios de Rio Branco e Acrelândia, ao sul com as Repúbli- Perfil socioeconômico e indicadores sociais da Regional do
cas da Bolívia e Peru, ao leste com a República da Bolívia e a oes- Baixo Acre
te com a República do Peru e o município de Sena Madureira. A Regional do Baixo Acre, composta pelos municípios de
Os municípios da regional ocupam um espaço de 13.623,5 km2, Acrelândia, Senador Guiomard, Plácido de Castro, Capixaba,
participando com 8,89% do território do Estado. Sua população Porto Acre, Bujari e Rio Branco, a capital do Estado, limita-se ao
de 38.845 habitantes, apresentam uma densidade demográfica norte com o Estado do Amazonas, ao sul com a República da Bo-
de 2,85 (hab./km2). lívia e o município de Xapuri, ao leste com a república da Bolívia
e ao oeste com o município de Sena Madureira. Seu território de
A base econômica da Regional do Alto Acre, é o extrativismo 23.479,0 km2 participa de 15,33% da área territorial do Estado.
com predominância do corte de seringa e a coleta da castanha. Com uma população de 276.888 habitantes, mais da metade da
Com razoável produção pecuária, sobretudo com o gado bovino, população do Estado, apresenta por conseguinte a maior densi-
a regional apresenta uma característica peculiar, o da atuação dade demográfica, correspondendo a 11,79 (hab./km2). Compa-
predatória conduzida, de um lado, por fazendeiros e, de outro, rando com as demais regionais, a Regional do Baixo Acre, tem
o movimento sindical e de seringueiros nos “empates” para im- alta densidade populacional.
pedir esta ação, causando uma efervescência de conflitos sociais
rurais. Caracteriza-se, por ter uma maior concentração de infraes-
trutura do Estado, com eixo rodoviário trafegável permanente-
Por ser uma região fronteiriça, a regional apresenta um mente ligando aos demais Estados do Centro-Sul do País, o que
forte fluxo migratório, com o êxodo além fronteira, além da possibilita relações comerciais com os mesmos, sendo portanto,
existência das Zonas de Livre Comércio, ainda por implantação o primeiro contato direto com a frente de expansão de Rondônia
definitiva e um intercâmbio econômico e social fortalecido com e outros estados.
o Peru e a Bolívia.
São nesses municípios, principalmente Rio Branco, capital
Os municípios da Regional apresentam organização e po-
do Estado, por ser mais populoso, é que tem maior concentra-
tencialidade para desenvolver a indústria de beneficiamento e
ção de bolsões de miséria e de problemas sociais urbanos.
transformação de madeira, indústria da pecuária de leite e de
corte e seus derivados, a agricultura, indústria e beneficiamento
Apesar destas condições aparentemente favoráveis, os mu-
da borracha e da castanha, agroindústrias, piscicultura, fruticul-
nicípios da regional apresentam baixo nível de geração de em-
tura e avicultura. Sua característica, apresenta potencialidades
prego e renda, com indústria e comércio parcos e sem capaci-
para a indústria do turismo, mas sobretudo, para o desenvol-
dade de empregabilidade, sendo por conseguinte, o Estado o
vimento sustentável com a extração e manejo de madeiras,
maior empregador.
castanha e borracha.

Quanto aos seus indicadores sociais, a Regional apresenta Os municípios são tipicamente agroflorestais, com boa
um quadro de aberrações. De cada 1000 crianças nascidas vi- produção pecuária e maior produção de agricultura no Estado.
vas, morrem cerca de 67,0 fazendo ser a segunda maior taxa de Apresenta concentração de grandes áreas antropizadas.
mortalidade infantil de todo o Estado. Porém, sofre uma discre-
ta queda nos índices de analfabetismo entre a população acima A maior concentração de projetos de colonização do Es-
dos 15 anos, ficando entorno de 37,8%, e de crianças de 07 a tado, inclusive com a existência de “cidade-polo”, para conter
14 anos de idade fora da escola, o índice passa a ser de 38,7%. especialmente a migração do interior e retorno do homem ao
meio rural e experiências diferenciada do uso social da floresta,
Outros indicadores sociais demonstram a realidade das pes- são características dos municípios dessa regional.
soas que vivem nos municípios da Regional do Alto Acre:
• Índice de crianças entre 10 a 14 anos que trabalham Apresentam um potencial para o desenvolvimento de ati-
é de 9,9%, enquanto no Estado do Acre é 8,4% e no Brasil, é de vidades produtivas da indústria da transformação da madeira
8,6%; e movelaria, indústria da pecuária de corte e leite e seus de-
• Renda familiar média per capita em salários mínimos rivados, indústria da construção civil, agroindústrias, indústria
de 0,59%, enquanto no Estado do Acre é de 0,85% e no Brasil, da confecção, serviço de apoio ao turismo, a piscicultura e a in-
é de 1,31%; dustrialização e transformação do pescado, indústria de artefa-
• Percentagem de pessoas com renda insuficiente de tos de borrachas, indústria cerâmica. Pode desenvolver ainda a
65,10%, maior que a do Estado, que apresenta índice de 59,94% criação de pequenos e médios animais, sistemas agroflorestais,
e no Brasil, é de 45,46%; hortifrutigrangeiros, agricultura, a extração e manejo de madei-
• População com abastecimento adequado de água é de ras, borracha e castanha.
38,9%, enquanto no Estado é de 44,4% e no Brasil, de 83,9%;

8
HISTÓRIA E GEOGRAFIA DO ACRE

Com relação a seus indicadores sociais, a regional do Baixo Com base no levantamento realizado in loco, foi identifica-
Rio Acre, apresenta o maior índice de mortalidade infantil de do uma disparidade no nível de emprego e renda de cada comu-
todo o Estado, chegando a 68,12 de cada 1000 nascidos vivos. A nidade. Há comunidades que apenas 4% da sua população está
taxa de analfabetismo, diferente das demais regionais, já tem ní- trabalhando atualmente, fazendo com que a renda média fami-
veis mais baixos, de 31,0% entre a população acima de 15 anos. liar fique em torno de R$ 56,00 (cinquenta e seis reais) enquan-
O índice de crianças de 07 a 14 anos de idade que não frequen- to a comunidade com maior número de pessoas com ocupação
tam a escola é de 33,9%, sendo que a média do Estado, é de remunerada é de aproximadamente 54%, porém apresentando
37,3% e no Brasil é de 22,7%. uma renda média de R$ 86,00 (oitenta e seis reais).

Outros indicadores sociais a seguir, apontam a realidade A maioria das pessoas economicamente ativas da comuni-
dura vivida pelos moradores dos municípios que compõem a dade, tem em sua ocupação, uma ligação estreita com as ativi-
Regional do Baixo Acre: dades do campo, sendo agricultores ou diaristas. Na terceira ca-
• Crianças entre 10 a 14 anos que trabalham tem índice tegoria de ocupação. Encontram-se as empregadas domésticas,
de 9,4%, superior ao do Estado, que é de 8,4% e do Brasil, de acompanhadas do trabalho no setor informal.
8,6%;
• Renda familiar média per capita em salários mínimos é O quadro relativo a escolaridade apresenta a média de pes-
de 0,80%, enquanto no Estado a renda fica em 0,85% e no Brasil, soas com 2o grau igual a 3%, 1o grau com 12%, primário com 40%
é de 1,31%; e analfabetos com 20%. Visualiza-se aí um elevado grau de pes-
• Percentagem de pessoas com renda insuficiente é de soas sem formação escolar, dificultando inclusive a implemen-
59,24%, pouco abaixo do Estado, que é de 59,94% e do Brasil, tação de programas de geração de emprego e renda na própria
de 45,46%; comunidade.
• População com abastecimento adequado de água é de A média de membros na família é de 5 pessoas. São cerca
39,1%, enquanto no Estado é de 44,4% e no Brasil, é de 83,9%; de 20%, famílias monoparentais chefiadas por mulheres. Com
• População com instalações adequadas de esgoto é so- relação à composição familiar, vale a pena ilustrar que, só no
mente 24,2%, número bem inferior ao do Estado que é de 32,8% bairro União, no município de Acrelândia, em 123 famílias ha-
e do Brasil, de 58,9%. viam 110 crianças na faixa etária de 0 a 6 anos de idade. Por
termos uma população muito jovem, cujos índices segundo o
Indicadores sociais das áreas de abrangência da Agenda IBGE são: de 26,61% da população entre 0 a 9 anos; 25,68% en-
Social tre 10 a 19 anos; 17,51% entre 20 a 29 anos; 12,03% entre 30 a
Frente ao conjunto de necessidades e demandas sociais de 39 anos; 8,02% entre 40 a 49 anos; 6,40% entre 50 a 64 anos e;
todo o Estado apresentadas no primeiro encontro da Agenda So- 3,73% acima de 65 anos, a composição familiar apresenta um
cial, foram eleitos os municípios de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima índice baixo de pessoas na faixa de idade economicamente ati-
e Rodrigues Alves – Regional do Juruá, os municípios de Taraua- va, girando em torno dos 45%, se deixarmos de fora, os jovens
cá, Jordão e Feijó – Regional de Tarauacá e Envira, os municípios abaixo de 19 anos de idade.
de Sena Madureira, Manoel Urbano e Santa Rosa – Regional do
Purus, os municípios de Brasileia, Assis Brasil, Epitaciolândia e No levantamento in loco, foi constatado que nas áreas de
Xapuri – Regional do Alto Acre e, os municípios de Rio Branco, maior concentração de pobreza, cerca de 20% das famílias têm
Capixaba, Acrelândia e Porto Acre – Regional do Baixo Acre, to- membro portador de necessidades especiais.
talizando 16 (dezesseis) municípios nesta primeira fase de im-
plementação dos subprogramas da Agenda Social. Com relação às condições de moradias, observa-se que as
residências são em sua maioria de madeira bruta, de dois cô-
Com a visita da equipe multidisciplinar, formada por técni- modos (sala e cozinha), medindo em média 24m2, cerca de 90%
cos de Secretarias do Estado, como uma preparação inicial para precisam de benfeitorias, sejam de material para ampliação/
o desenvolvimento das ações integradas, foram identificadas as reforma para atender as necessidades familiares, ou do ofere-
áreas com maior concentração de pobreza e, por consequência, cimento de unidade sanitária, para garantir a higienização ne-
a maior concentração de problemas sociais, sem infraestrutura cessária para o habitat, principalmente das crianças. Cerca de
urbana e condições de habitabilidade em cada município. Nesta 90% das residências não dispõem sanitários, obrigando-os a uti-
visita, com a participação de grupos da comunidade local, foram lizarem fossas negras ou às margens de rios e igarapés, para as
aplicados questionários de levantamento socioeconômico e necessidades fisiológicas.
levantamento de demandas específicas que caracterizam cada
comunidade. Foi um olhar crítico sob a realidade vivenciada por A maioria das comunidades não dispõem do fornecimento
inúmeras famílias pobres de nosso Estado e diagnóstico de suas de água tratada, utilizando para o consumo água proveniente de
necessidades imediatas. Este insumo valeu para a formulação de poços, água de nascentes, igarapés e rios, geralmente contami-
projetos e propostas de intervenção governamental aqui apre- nadas pela inexistência de unidades sanitárias, ou tratamento
sentadas. domiciliar de efluente líquidos e resíduos sólidos. Outro fator
que influencia na baixa qualidade ambiental nas comunidades,
é a falta de coleta e destinação adequado do lixo, cuja média de
35% das famílias queimam o lixo, 55% jogam em terreno baldio,
32% jogam à margem de igarapés ou rios, e o restante das famí-

9
HISTÓRIA E GEOGRAFIA DO ACRE

lias não informaram. Com relação à água servida, cerca de 90% Neste contexto, a Agenda passa a ser a conjugação de esfor-
são jogadas em valas a céu aberto nas ruas, ou são destinadas ços e ações integradas da equipe de governo, buscando parce-
aos rios e igarapés próximos das comunidades. rias com as administrações municipais e os setores da sociedade
Esse quadro, não se constitui por si só, e, menos ainda, se organizada, para mudanças substanciais na realidade de mulhe-
acaba nele mesmo. Traz consigo sequelas de risco pessoal e so- res e homens, crianças, adolescentes, jovens, idosos e portado-
cial infinitamente grandes dentro da comunidade e seio familiar. res de necessidades especiais.
É a desagregação familiar presente na comunidade e a violência Os subprogramas então compostos por um conjunto de pro-
doméstica; os índices de gravidez na adolescência, prostituição jetos direcionados para 16 comunidades ao mesmo tempo, com
de adolescentes aliada à promiscuidade; níveis crescentes de necessidades parecidas, porém com anseios diferentes. Será um
alcoolismo entre a população adulta e jovem, além da drogadi- importante processo que realizará alterações significativas na
ção; baixo aproveitamento escolar, desistência e repetência por qualidade de vida das pessoas, proporcionando, acima de tudo,
vários fatores, inclusive pelo agravo da desnutrição em conse- o desenvolvimento local integrado, humano e sustentável do
quência da pouca alimentação, dentre outros. Enfim, a gama de Estado do Acre.
problemas apresentados, não pode continuar existindo na co-
munidade, criando obstáculos para o desenvolvimento social do Metodologia
Estado como um todo. A Agenda Social Para o Acre, utilizando-se metodologica-
mente do princípio participativo, teve sua formulação iniciada
Devido à falta de infraestrutura urbana e de equipamentos através do levantamento de demandas e prioridades socioe-
públicos na maioria dos municípios acreanos, a população não conômicas para a população do Estado, com a participação de
tem acesso à maioria dos serviços legalmente estabelecidos representantes da sociedade civil e de órgãos governamentais
como direito básico do cidadão. Assim, para atingirmos a diver- federais, estaduais e municipais.
sidade das necessidades levantadas nas comunidades, a plurali-
dade de sujeitos, de anseios e querência popular, foram defini- O estabelecimento desta parceria desde o princípio da con-
dos como campo de ação, um conjunto de 06 (seis) subprogra- cepção da Agenda, consubstancia inclusive sua própria execu-
mas (Educação e Convivência, Saúde e Saneamento, Habitação, ção. Pensar coletivamente e executar através de parcerias as
Segurança Pública e Cidadania, Geração de Emprego e Renda ações propostas, para produzir maior impacto na realidade e
com a expectativa de gerar mudanças substancias nos indicado- mudar os indicadores sociais, de forma que gere na comunida-
res sociais hoje verificados. de um processo de desenvolvimento humano e sustentável, é o
elemento constitutivo da Agenda que interage e a transforma,
A AGENDA SOCIAL NO CONTEXTO conforme o ambiente e a realidade local.
A prática dos movimentos sociais e populares locais, tem
sido, ao longo dos anos, de promover o diálogo entre a socieda- Definido melhor a forma de intervenção através de proces-
de civil e o Estado, como forma de se resolver problemas sociais, sos participativos, interativos e integrativos com a prática social,
que afetam a sociedade. O objetivo do atual Governo, é dar um a Agenda se utiliza como estratégias de ação a sensibilização, a
passo bem maior. Além do envolvimento dos vários seguimen- participação, o envolvimento e qualidade da ação governamen-
tos sociais na formulação de políticas públicas coerentes, bus- tal, as parcerias e a cooperação.
car-se-á o envolvimento de parceiros nas administrações muni- a. Sensibilização das pessoas da área de abrangência da
cipais e os vários setores do próprio Estado. ação integrada, encorajando-as para mudanças de comporta-
mentos e envolvimento no projeto, através de encontros, visitas
A intervenção governamental deve, acima de tudo, ser in- e conversas, onde ocorrerá a divulgação do projeto;
tegrada, tendo o envolvimento de todas as secretarias. Também b. Participação da comunidade na definição das ações
ser articuladas com entidades representativas da sociedade ci- prioritárias e execução dos projetos; da comunidade na
vil, envolvendo a comunidade local beneficiária das decisões e definição das ações prioritárias e execução dos projetos;
processo de implementação. c. Parcerias e cooperação, como ponto de partida para
Essa é a visão e a necessidade da Agenda Social, que bus- elaboração e execução de projetos que beneficiarão a comuni-
ca dar respostas com a participação integrada ao conjunto das dade, discutidas e firmadas através de encontros e seminários,
necessidades verificadas nas áreas de extrema pobreza. A ação mesas redondas e “missões institucionais”, trabalhos com ór-
coletiva busca a geração de impactos na realidade local, produ- gãos da administração pública Federal, Estadual e municipais
zindo mudanças substanciais nos indicadores sociais. e com entidades da sociedade civil local, estadual, nacional e
internacional;, como ponto de partida para elaboração e exe-
Enquanto as crianças de 0 a 6 anos de idade, participam de cução de projetos que beneficiarão a comunidade, discutidas e
atividades de educação infantil na própria comunidade, desen- firmadas através de encontros e seminários, mesas redondas e
volvidas pela Prefeitura do Município em parceria com a Secre- “missões institucionais”, trabalhos com órgãos da administração
taria Estadual de Educação e a Secretaria Estadual de Cidadania, pública Federal, Estadual e municipais e com entidades da socie-
do Trabalho e Assistência Social, sua mãe e seus irmãos, parti- dade civil local, estadual, nacional e internacional;
cipam de um conjunto de atividades multidisciplinares voltados d. O envolvimento governamental a partir do compro-
para cada faixa etária ou clientela. As atividades multidiscipli- misso dos funcionários e tomadores de decisão na execução dos
nares terão a participação de demais órgãos do Governo, das projetos previstos na Agenda, levando em consideração os pre-
administrações municipais e de entidades da comunidade. ceitos da participação popular;

10
HISTÓRIA E GEOGRAFIA DO ACRE

e. Qualidade da ação governamental a partir da forma- Com relação ao atendimento de mulheres, o centro de con-
ção de uma equipe multidisciplinar dos vários órgãos, do trei- vivência desenvolverá especialmente a qualificação profissional,
namento dos agentes interventores, além da criação de um podendo realizar oficinas esporádicas dos direitos da mulher,
sistema de gerenciamento e avaliação constante da ação como sobre saúde, sexualidade e comportamento, bem como terapias
processo. a partir da formação de uma equipe multidisciplinar ocupacionais para as mulheres em situação de risco social e pes-
dos vários órgãos, do treinamento dos agentes interventores, soal.
além da criação de um sistema de gerenciamento e avaliação
constante da ação como processo. O subprograma busca ter uma preocupação especial com a
Do ponto de vista da exequibilidade da Agenda, já se consti- vida escolar das crianças em idade do ensino fundamental, pre-
tuiu a equipe de trabalho multidisciplinar composta por técnicos vendo a realização de atividades de apoio e reforço escolar em
de várias secretarias, os quais, através de visitas in loco, realiza- suas diversas formas.
ram levantamento da realidade local, base de sustentação das
ações propostas nesta Agenda. Vale salientar aqui o compromisso do Governo do Estado de
colocar toda a criança na escola.
Partindo do conceito chave de cooperação e parcerias en-
tre os vários órgãos governamentais, a equipe multidisciplinar, O Subprograma de Educação e Convivência, irá implemen-
propôs contribuições na formulação metodológica da Agenda, tar os seguintes projetos:
constituindo-a dessa feita, em instrumento de gestão política, 1. Projeto de Construção e Funcionamento do Cais da Con-
adequando às carências e demandas das comunidades locais vivência;
em programas, com a adoção gradativa de propostas a serem 2. Projeto “Terceira Estação”;
implementadas, visando a sustentabilidade local, nos aspectos 3. Esporte Solidário;
sociais, econômicos, políticos, ambientais e culturais da socie- 4. Melhoria da Rede Física das Escolas de Educação Infantil;
dade acreana. 5. Reestruturação e ampliação do Centro de Estudos Suple-
tivos;
Diante da diversidade de demandas sociais levantadas, as 6. Projeto de Incentivo à Leitura;
propostas de intervenção foram organizadas a partir da defini- 7. Atendimento à Criança em Creches no Estado do Acre;
ção de 06 programas de trabalho, centrados na diversidade e 8. Capacitar para Descentralizar;
no contexto das comunidades amazônicas. Assim, os programas 9. Laboratório Experimental;
de Educação e Convivência, Habitação e Infraestrutura, Saúde e 10. Reforma e Manutenção do Educandário Santa Mar-
Saneamento, Segurança Pública e Cidadania, Geração de Empre- garida; e,
go e Renda e Agricultura/Pecuária e Extrativismo, são a base de 11. Assistência Integral à Criança e ao Adolescente no
sustentação da intervenção da Agenda. Toda intervenção esta- Est. e Mun. do Acre.
rá centrada em eixos que perpassam os programas, que são os
componentes ambientais e a questão social e de gênero. O Projeto Cais da Convivência, previsto como experiência
piloto para implementação nos municípios de Brasileia e Feijó,
Levando-se em consideração a definição dos subprogramas, será encaminhado para o BNDES.
todos centrados no desenvolvimento local integrado, humano
e sustentável, constitui-se como corpo da Agenda, um conjunto Habitação e Infraestrutura:
de atividades/ações que estão ou serão transformados em pro- Este subprograma, busca tornar o habitat das pessoas re-
jetos para cooperação financeira. sidentes nas áreas de extrema pobreza, em ambiente propício
para moradia, com qualidade, e que favoreça o desenvolvimen-
Sub-Programas e Projetos: to das crianças que ali residem.
Educação e Convivência: Após participar das várias atividades previstas na Agenda
Realizar atividades de terapia ocupacional, de complemen- Social, a criança retornando para casa, tem o direito de encon-
tação à educação escolar, de desenvolvimento humano, intelec- trar um bairro estruturado, com ruas pavimentadas, arboriza-
tual, social, cultural, atividades de lazer e desportiva, para crian- das, infraestrutura para o bem-estar comunitário e, sobretudo,
ças e adolescentes, mulheres, idosos e portadores de necessi- uma casa digna de viver.
dades especiais nas comunidades com maior concentração de O programa busca dar respostas aos problemas de infraes-
pobreza, constitui-se como prioridade absoluta da intervenção trutura urbana das áreas de extrema pobreza e sem condições
multisetorial e integrada da Agenda Social. de habitar, já identificadas com visitas in loco nos municípios do
Estado. Transformar os indicadores sociais destas áreas, signifi-
O atendimento de crianças de 0 a 6 anos em creches, com ca também, que cada cidadão, não importando a idade, tenha
uma concepção de educação infantil, enquanto seus irmãos e acesso a uma moradia digna.
mãe participam de outras atividades, é uma prioridade do pro- O subprograma visa o fornecimento de kit de material
grama. A implantação do Centro de Convivência na comunidade, para a reconstrução de moradias e de material para a cons-
cujo projeto ainda está em fase de elaboração, juntamente com trução unidades sanitárias, objetivando dotar de condições de
os parceiros envolvidos, será um espaço para a realização de habitabilidade as residências existentes nas áreas de intervenção
ações para a clientela de 7 aos 18 anos, para mulheres, idosos e da Agenda Social.
portadores de necessidades especiais.

11
HISTÓRIA E GEOGRAFIA DO ACRE

Com relação ao saneamento básico e tratamento domiciliar tes na comunidade, na expedição de documentação da pessoa
de esgoto, o Governo do Estado, através do Departamento Esta- “clandestina” e realização de campanhas educativas, mas so-
dual de Água e Saneamento, está encaminhando projetos à Fun- bretudo, subprograma busca influir significativamente na orga-
dação Nacional de Saúde, objetivando atender os municípios da nização social e comunitária, através do que convencionamos
Agenda Social. O projeto de tratamento domiciliar de esgoto, chamar de Sede da Cidadania.
também por ser de grande relevância para as comunidades pe-
riféricas, está sendo providenciado pela equipe técnica do DEAS, Com relação ao combate à violência, o programa busca a
para posterior encaminhamento. implementação da Polícia Comunitária que visa a interação en-
1. Kit material para reconstrução de moradias populares; tre policiais e a comunidade, interagindo com as pessoas da co-
e, munidade, através de palestras e debates em escolas, de forma
2. Melhoria de moradias com módulos sanitários. que os conflitos interpessoais passem a ser resolvidos de forma
não violenta, mas sobretudo, através do respeito mútuo.
Saúde e Saneamento:
Com o Adjunto da Cidadania e a Sede da Cidadania, abrir-
O Subprograma de Saúde e Saneamento busca atingir o
-se-á a possibilidade para os cidadãos que estão na clandesti-
princípio saudável da qualidade de vida dentro do espaço co-
nidade, o acesso aos serviços de documentação civil. Através
letivo. Atender as demandas do atendimento de saúde públi-
de atividades de formação e divulgação de direitos, será assim,
ca em bairros de extrema carência, e acima de tudo, ousar em
fomentando o surgimento de novos agentes sociais dentro da
ações preventivas de saúde. Não significa somente implementar comunidade que influenciem nas tomadas de decisões e formu-
programas especiais de saúde materno infantil, saúde do ado- lação de políticas públicas a eles direcionadas.
lescente, do jovem, saúde da mulher e atenção especial ao ido-
so, mas sobretudo, implantar prioritariamente o programa de Para a plena realização do objeto do subprograma, serão
agentes comunitários de saúde e médico da família para aquela desenvolvidos os projetos a seguir relacionados:
comunidade, dando respostas às problemáticas expostas. 1. Intervenção Comunitária na Prevenção e Combate à
Violência Doméstica;
Outras ações de saúde também devem ser privilegiadas 2. Projeto “Polícia Comunitária”;
dentro da comunidade como a medicina alternativa, implantan- 3. Projeto “Sede da Cidadania”;
do viveiro comunitário de plantas medicinais. 4. Projeto Adjunto da Cidadania;
5. Projeto Casa Mãe da Mata – casa abrigo para mulhe-
Para se ter saúde comunitária, o programa preocupa-se res;
também com o destino e utilização do lixo, com o destino dos 6. Divulgando e Promovendo o Direito de Crianças e Ado-
resíduos sólidos e esgotamento sanitário, como foco privilegia- lescentes;
do de doenças e busca dar respostas a todos os problemas apre- 7. Centro Sócio Educativo para Adolescentes sob Medida
sentados nas comunidades referentes à saúde e saneamento. Judicial;
8. Medidas Sócio Educativas e Protetivas;
Para a consecução de seus objetivos, o foi instituído neste 9. República Jovem;
subprograma os projetos abaixo relacionados: 10. Apoio às Penas Alternativas;
1. Projeto de Saúde da Família; 11. Depende de Nós... – combate à exploração sexual;
2. Medicina alternativa/Saúde na Floresta; 12. Resgate: cultura, cidadania e terceira idade;
3. Sistema de Abastecimento de Água em Municípios do 13. Implementação do PROCON;
Interior do Estado; 14. Advoga Criança; e,
4. Projeto de gerenciamento de Resíduos Sólidos; e, 15. A Inclusão Social do Portador de Necessidades Espe-
ciais;
5. Centro de Primeira Acolhida.
O projeto de Saúde da Família é a alternativa encontrada
para interagir preventivamente, dentro da própria comunidade,
Geração de Emprego e Renda:
o que será efetivada juntamente com as administrações muni-
O Programa de Geração de Emprego e Renda, a ser desen-
cipais. Com a perspectiva de melhoria dos serviços de saúde volvido pela Agenda Social Para o Acre, é alternativa de fomen-
prestados à comunidade, o Governo Estadual, com recursos pró- tar a auto sustentação e emancipação econômica de famílias
prios, irá reformar os postos e centros de saúde mais próximos que vivem na faixa de pobreza e de extrema pobreza.
ou dentro das comunidade.
Partindo de um conjunto de atividades de formação e qua-
Segurança Pública e Cidadania: lificação profissional das pessoas desempregadas, relacionan-
O subprograma de Segurança Pública e Cidadania tem do-as com as demandas do mercado de trabalho do município,
como princípio o desenvolvimento de novas formas de relações será possível inserir no quadro de empregabilidade as pessoas
interpessoais e comunitárias baseadas no respeito, na solidarie- acima de 16 anos de idade.
dade, na participação e igualdade de direitos. Isso será obtido a
partir de processo de formação do cidadão e cidadã em direitos As atividades de qualificação profissional, serão direciona-
humanos, em co-gestão dos equipamentos públicos existen- das conforme a aptidão do público beneficiário da comunidade.

12
HISTÓRIA E GEOGRAFIA DO ACRE

Será incentivada a criação de grupos de produção com a 1. Produção Ribeirinha;


participação das pessoas qualificadas nos cursos. Através da 2. Programa de Apoio e Fortalecimento à Organização
qualificação profissional, panificadoras, marcenarias e/ou ola- Comunitárias e Capacitação de Lideranças;
rias comunitárias, dentre outras, poderão ser criadas com as 3. Apoio ao Fortalecimento da ATER;
pessoas da comunidade, como forma de geração de emprego 4. Implantação de Ilhas de Alta Produtividade;
e renda. A qualificação profissional realizada diretamente nas 5. Descentralização das Ações de Subvenção Econômica
comunidades da Agenda Social, é uma ação emergencial e ne- da Borracha; e,
cessária para a implementação de mudanças substanciais na 6. Reforma da Escola de Floresta.
qualidade de vida dos moradores.
Os projetos acima mencionados, foram encaminhados ao
Outra forma de contribuir com a geração de emprego e ren- Ministério da Agricultura e Abastecimento/CONAB, através de
da na própria comunidade, é a abertura de micro-crédito de fácil um protocolo de intenções. A realização de todas as atividades
acesso para as pessoas qualificadas, o que vem sendo providen- previstas, produzirá mudanças substancias qualidade de vida
ciado pelo Governo do Estado com a criação do Fundo de Aval. das populações da zona rural/floresta, influindo também na me-
Todavia, a cooperação do Governo Federal, pode se dar com a lhoria dos produtos consumidos nas cidades.
ampliação dos recursos disponibilizados para a geração de em-
prego e renda nas áreas de maior concentração de pobreza para O Projeto de Beneficiamento da Borracha, busca dar sub-
a criação de grupos de produção. sídio aos seringueiros também com recursos próprios, porém,
como pleiteamos, a administração dos recursos federais desti-
O subprograma, prevê a realização dos seguintes projetos nados a este fim.
para a consecução dos objetivos propostos na Agenda Social:
1. Agente Jovem de Desenvolvimento Social;
Reforma e Modernização de Equipamentos Sociais:
2. Jovem Cidadão – Prestação de Serviço Civil;
O Subprograma de Modernização de Equipamentos Sociais,
3. Se Essa Escola Fosse Minha...;
visa a reforma, adequação e modernização dos espaços físicos
4. Caminhos do Saber;
da Fundação do Bem Estar Social do Acre - FUNBESA, existentes
5. Profissionalização de Detentos e Detentas; e,
nos municípios de abrangência da Agenda Social, para qualificar
6. Profissionalizar para Integrar.
o atendimento das demandas sociais existente das comunida-
des carentes do Acre.
Agricultura Familiar e Extrativismo:
O Subprograma Agricultura Familiar e Extrativismo, definido
a partir de estratégias inteiramente amazônicas, está sustentado Na década de 70, foram construídos 03 Centros Sociais Ur-
nos problemas sociais e econômicos do campo, no que se pode banos nos municípios de Cruzeiro do Sul, Rio Branco e Brasileia,
chamar de ações contra-êxodo, direcionados ao atendimento e que encontram-se desativados por falta de manutenção ao
de seringueiros, coletores, produtores rurais, ribeirinhos e co- longo dos anos. Outros equipamentos sociais como: creches,
munidades indígenas. padarias, lavanderias e macenarias comunitárias, que também
foram construídos até a década de 80, não conseguiram quando
Assim, dois campos de intervenção dão suporte ao pro- em pleno funcionamento, atender a todos os municípios, menos
grama. O primeiro campo da estabilização social no campo, ainda as demandas das comunidades locais.
centrado em várias ações, entre elas o fortalecimento da agri-
cultura, principalmente a familiar com maior incidência no Es- As atividades integradas previstas nesta Agenda Social, te-
tado. A ação de fortalecimento das organizações comunitárias rão espaço privilegiado nos equipamentos sociais. Devido a falta
rurais, garantirá o acesso a fontes de incentivo à produtividade de condições infraestruturais e de equipamentos desses espa-
do campo e fortalecimento dos serviços de assistência técnica ços públicos, a Agenda Social, visa a recuperação e moderniza-
rural, que são chaves para a estabilização social no campo. Ain- ção de tão importantes espaços sociais para o atendimento da
da nesta concepção, a criação de núcleo de beneficiamento da comunidade local.
borracha, assegura a uma categoria da floresta desprovida de
políticas ao longo dos últimos anos, o desenvolvimento da ativi-
dade extrativista no Estado, e, por consequência, a melhoria da 6. CAMINHOS DO ACRE: ESCOLHAS QUE TRANSFOR-
qualidade de vida. MAM CIDADES E VIDAS.

A segunda área de intervenção, centrada também no de-


senvolvimento rural, é o de apoio ao retorno de famílias para A Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan) lançou a
o campo ou floresta. Destina-se também a dar resposta aos revista Caminhos do Acre – escolhas que transformam cidades
problemas sociais urbanos, proporcionando às famílias que ti- e vidas, que traz a trajetória de um projeto de governo que teve
veram procedência do campo, o direito à terra com condições início em 1999. A publicação está disponível na versão online.
de produtividade, gerando emprego e renda. Dentro desta
concepção, será implementado, em todo o Estado, um conjunto
de assentamentos sustentáveis e o programa da borracha.

13
HISTÓRIA E GEOGRAFIA DO ACRE

Dividida em três capítulos, a publicação aborda a 7. Em que ano foi assinado o Tratado de Ayacucho?
modernização da gestão, ampliação do sistema de saneamento a) 1860
e habitação, o incentivo ao fortalecimento da cadeia produtiva b) 1862
e da industrialização, e o resgate do patrimônio histórico e c) 1867
cultural do povo acreano. d) 1870

A revista traz um resumo das obras do governo, que há 8. Qual planta nativa deu nome a vários trabalhadores e ex-
mais de uma década vem trazendo mudanças significativas para ploradores?
a economia, a infraestrutura das cidades e, sobretudo, para os a) Pau-Brasil
serviços de saúde, educação e segurança que são oferecidos à b) Seringueira
população. c) Jaqueira
d) Parreira
“O governo do Acre crê que um caminho não se constrói
sozinho e credita o sucesso desta caminhada a muitos atores
importantes que acreditam no futuro do Acre”, destaca Márcio GABARITO
Veríssimo, secretário de Estado de Planejamento.
1 A
TESTES
01. Ate o inicio do Século XX o Acre pertencia a que pais? 2 B
a) Bolivia 3 C
b) Colombia
4 C
c) Argentina
d) Estados Unidos 5 A
6 A
02. O que aconteceu com o Tratado de Petrópolis?
7 C
a) Foram instituidos os Seringais
b) o Brasil recebeu a posse definitiva da Região do Acre 8 B
d) Os seringueiros tiveram direito as terras
d) N.D.A

03. Em que ano houve a unificação?


a) 1910
b) 1915
c) 1920
d) 1925

04. Qual a diferença no fuso do Acre em relação a Brasília?


a) não tem diferença
b) 1 hora a mais
c) 1 hora a menos
d) 2 horas a menos

05. Quais estados e/ou paises fazem limite com o Acre?


a) Amazonas, o Peru, a Bolívia e Rondônia
b) Amazonas Ceará e Rondônia
c) Amazonas, Mato Grosso e Rondônia
d) Amazonas, Bolívia, Ceará e Rondônia

6. A ocupação Cearense entre 1873-1874 fez a população


de Purus...
a) aumentar em 4 vezes
b) manteve-se devido a saída de moradores
c) aumentou pouco por causa da dificuldade da época
d) N.D.A.

14
9

II – MERENDA ESCOLAR
BREVE HISTÓRICO

Em Goiás, a descentralização ocorreu com a Escolarização da Merenda


Escolar - transferência de recursos financeiros para as unidades escolares
/executoras – teve início em julho de 1995, e Goiás foi o pioneiro, atendendo aos
alunos matriculados na pré-escola, ensino fundamental da rede estadual de ensino,
de entidades filantrópicas que ministram atividades pedagógicas e da rede municipal
dos municípios que optaram por esta sistemática de operacionalização do Programa
de Merenda Escolar. Pela Resolução nº 002/21/01/1999, o Estado passa a atender
somente as Escolas Estaduais e as Conveniadas.
Com a implantação da Escolarização da Merenda a Unidade Escolar ficou
responsável pelo gerenciamento financeiro do Programa, garantindo a qualidade,
dentro dos padrões mínimos exigidos pelo FNDE, e a aceitabilidade da alimentação
servida aos seus alunos, tornando assim, mais ágil a operacionalização da Merenda
Escolar, elevando a sua qualidade e valorizando a produção local.

A IMPORTÂNCIA DO PROGRAMA NO COMBATE A FOME

Está mais que comprovado que crianças bem alimentadas tem mais
disposição, mais agilidade mental, mais saúde e melhor qualidade de vida,
conseqüentemente terão um aprendizado melhor e mais proveitoso.
Mas, para manter as crianças bem alimentadas, não é simples e muitas vezes
é preciso fazer verdadeiros milagres com o per capita, que em 1994 teve seu valor
fixado em R$ 0,13 por aluno, hoje R$ 0,22. De acordo com o IGPM e a poupança,
nesse intervalo de tempo, a inflação já arrebatou esse valor e, não há como a escola
manter por si só uma merenda de qualidade, saudável atendendo as exigências
preconizadas pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE, ou seja,
15% das necessidades nutricionais diárias da criança, com esse ínfimo valor de R$
0,22.
Assim, para que fosse possível oferecer merenda de qualidade, fez-se
necessário criar alguns Projetos Especiais para subsidiar às Unidades Escolares
projeto Horta Escolar;
projeto Soja na Merenda;
30 cardápios (mês) elaborados por nutricionistas da GANE, na cozinha
experimental desta Gerência e depois de aprovados são enviados às Unidades
Escolares;
projeto Peixe na Alimentação Escolar;
projeto Carne Curada;
projeto Horta Escolar;
livro “Merenda Escolar, Cardápios & Dicas”.

PROGRAMAS ATENDIDOS PELA GANE

A partir das mudanças ocorridas com a descentralização da Merenda Escolar,


o atendimento aos alunos é dividido em Programas. PNAE – Programa Nacional de
Alimentação Escolar – atende os alunos do Ensino Fundamental e Pré-Escolar
(superior a 3 anos).
10

PNAC – Programa Nacional de Alimentação às Creches, atende os alunos do Pré-


Escolar de 0 a 3 anos. PNAI – Programa Nacional de Alimentação Indígena – atende
os alunos indígenas do Estado.
EJA – Educação para Jovens e Adultos, atende os alunos do Eja – Ensino
Fundamental, com contrapartida do Estado.
2º. TEMPO – Programa desenvolvido pelo Ministério do Esporte, que atende os
alunos participantes do Programa, em horário extra-curricular, sendo o Estado de
Goiás o Estado piloto do Programa.
QUILOMBOLA – Programa que atende os alunos remanescentes dos Quilombos.

Outras Orientações:
Os recursos financeiros repassados pela SEE/GANE destinados ao Programa
Estadual de Alimentação Escolar devem ser gastos dentro do exercício financeiro e
a prestação de contas deverá ser encaminhada à Gerência de Alimentação e
Nutrição Escolar – GANE, acompanhada da documentação necessária nos prazos
estabelecidos pelo órgão citado.
A direção da Escola e o Conselho Escolar são responsáveis pela prestação
de contas.
O valor recebido pela Unidade Escolar é gasto exclusivamente na aquisição
de gêneros alimentícios destinados ao Programa da Merenda.

III – ATRIBUIÇÕES DA EXECUTORA DE MERENDA

A merendeira escolar tem um papel fundamental na qualidade da merenda


que será oferecida aos alunos. Além de ser responsável por oferecer refeições bem
preparadas e sem riscos para a saúde, a merendeira pode ser capacitada para se
tornar uma excelente educadora alimentar, junto com os professores da escola.
Ao preparar e servir a merenda, essa grande profissional pode ajudar a
orientar os alunos na formação de bons hábitos alimentares. Para o bom
desempenho da sua função, a executora de merenda deve cuidar de sua saúde e
aparência e ter sempre em mente seus deveres e nas mãos sua carteira de saúde.
Exija a sua. É importante para você, para sua família e para os alunos.
.

ATRIBUIÇÕES DA MERENDEIRA
- receber da gerente de merenda as instruções necessárias;
- receber os alimentos destinados à Merenda Escolar;
- controlar os gastos e estoques de produtos;
- armazenar alimentos de forma a conservá-los em perfeito estado de consumo;
- preparar o alimento de acordo com a receita, de forma a estarem prontos nos
horários estabelecidos;
- organizar os utensílios e todo o material necessário à boa distribuição da
merenda;
- servir os alimentos na temperatura adequada;
- cuidar da limpeza e manutenção do material e locais destinados à preparação,
estocagem e distribuição;
- controlar o consumo e fazer os pedidos de gás na época oportuna;
- demonstrar interesse e cumprir as determinações superiores;
11

- tratar com delicadeza as crianças;


- distribuir a Merenda, por igual a todas as crianças, incentivando-as “comer de
tudo”, sem deixar sobras;
- higienizar utensílios, equipamentos e dependências do serviço de alimentação.

É ESSENCIAL A MERENDEIRA LEMBRAR


- verificar o cardápio do dia;
- examinar os gêneros que vai utilizar;
- pesar e anotar os gêneros;
- utilizar somente utensílios bem limpos;
- seguir as normas de higiene na preparação;
- manter o mais rigoroso asseio e ordem nas dependências em que se armazenam,
preparam e distribuem os alimentos;
- estar sempre limpa e com o uniforme completo.

PROCEDIMENTOS BÁSICOS
- dar carinho às crianças e procurar sempre conversar com elas;
- preparar e servir com amor uma merenda gostosa para as crianças;
- organizar a cuidar da limpeza do local e dos utensílios usados no preparo e
distribuição da merenda;
- procurar aprender cada vez mais sobre o seu trabalho, com a Gerente de
Merenda, que é treinada pela Coordenadora da Subsecretaria.

IV – CARDÁPIOS

Cardápio é o conjunto de alimentos variados e que devem ser servidos


diariamente durante as refeições.

OS PRINCIPAIS FATORES PARA O PLANEJAMENTO DO CARDÁPIO


- seleção e escolha dos alimentos;
- valor nutricional;
- custo
- hábitos alimentares;
- observar o período de safra dos alimentos.

O uso de essências, especiarias, ervas aromáticas e temperos


São substâncias usadas para ressaltar o sabor natural dos alimentos ou para
conferir um novo às preparações.
- Casca de laranja ou limão: aditivo para pudins, mingaus, biscoitos, arroz-doce,
suspiros, saladas, caldas e doces.
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- Canela: é usada em picles, doces, canjica, mingau, quentão, chocolate quente,


torta. A canela com açúcar é usada como cobertura de maçãs assadas, bananas
assadas, bolos e pães doces.
- Gengibre: moído é usado em doces, bolos, pães, bebidas quentes, tortas,
biscoitos, pudins, sopas de legumes…

Ervas
- Cebolinha verde: usadas em omeletes, sopas, molhos, legumes cozidos, bolinhos
de carne ou peixe, saladas, molho tártaro e molho verde.
- Coentro: são usados como condimentos em refogados, peixes, sopas, saladas…
- Hortelã: conferem sabor característico a hortaliças cozidas, à saladas, suco de
frutas e verduras.
- Louro: é utilizado em sopas, feijão, ensopados, assados, peixes, aves, batatas,
cenouras…
- Salsa: temperam bem carnes, aves, peixes, sopas, vegetais e saladas.

Temperos ácidos
- Vinagre: usado em saladas (pequena quantidade).
- Limão: usado em limonadas como ingrediente de molho para salada. A casca pode
ser utilizada como aromatizante e como enfeite de preparações doces e salgadas.

Bulbos
- Alho: é utilizado em sopas, molhos, refogados, cozidos, ensopados, entre outros.
- Cebola: é usada em bifes, saladas, molhos, arroz, carnes, legumes e verduras,
omelete.

Corantes
- Açafrão: serve para colorir e temperar queijos, doces, massas, arroz, carnes,
sopas, pães e bolos. Além destes alimentos deixarem os pratos belos, cheirosos e
gostosos, possuem compostos bioativos, ou seja, que fazem bem para a nossa
saúde.

Abaixo estão relacionados alguns destes alimentos e seus benefícios:


- alho: é eficaz contra os vermes e prisão do ventre;
- açafrão: tem propriedades de limpar a pele ;
- canela: estimulante, digestivo e anti-séptico;
- cebola: rica em vitamina C, anti-séptica, estimulante, diurética, digestiva e
purificadora do sangue;
- cebolinha-verde: rica em vitamina A e C;
- coentro: é digestivo e purifica o sangue;
- gengibre: estimulante do estômago e da atividade cerebral e anti-séptico;
- hortelã: é diurética, ótima para superar gripes e má digestão;
- louro: combate a prisão de ventre;
- manjericão: alivia enjôos, vômitos e dores no estômago;
- noz-moscada: é digestiva, alivia náuseas e vômitos, auxilia no combate contra
anemia e diarréia crônica;
- orégano: ajuda a curar tosses, enxaqueca provocada por stress e irritação;
- salsa: é rica em vitaminas A, B e C;
- salsinha: protege a pele, evita mau hálito, retenção de líquidos e cólicas.
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DICAS PARA A ELABORAÇÃO DO CARDÁPIO


- variação dos cardápios a serem oferecidos, a fim de evitar saturação por parte dos
alunos;
- a temperatura dos cardápios também deve ser considerada de acordo com o clima
da região onde será servido;
- o aspecto do prato oferecido por meio da combinação de cores e consistência não
deve ser esquecido, já que influencia na aceitação dos mesmos, pois propicia
variedade de vitaminas e sais minerais;
- é necessário compor o cardápio do dia com todos os nutrientes que o organismo
necessita. Tanto o excesso quanto a falta de algum nutriente pode ocasionar
problemas de saúde no aluno.

VALOR NUTRICIONAL
De acordo com Resolução nº 015/FNDE/PNAE, em seu art. 5º... “deverá ser
programado de modo a fornecer no mínimo por refeição 15% das necessidades
diárias dos alunos, conforme a faixa etária”.

Soja na Alimentação
Entre as leguminosas (grãos em vagem), a soja se destaca por seu valor
nutricional, contendo proteínas, algumas vitaminas e minerais em quantidades
superiores a outros grãos.
A quantidade de proteína presente no grão de soja (cerca de 30 a 40%) é
bastante superior às demais leguminosas (como feijão, ervilhas, etc), que contém
cerca de 20% a 8% respectivamente.
As proteínas são classificadas como construtores, ou seja, que auxiliam no
crescimento e restabelecimento dos tecidos e são os componentes estruturais
fundamentais das células, dos anticorpos, das enzimas e de vários hormônios.
A soja é encontrada no mercado em diferentes formas, como: soja em grão,
farinha de soja (para o preparo de bolos e pães), extrato de soja (“leite de soja” em
pó ou fluído), proteína texturizada (a chamada “carne de soja”), além de estar
presente em uma série de outros produtos, como margarinas, óleos vegetais,
massas e biscoitos.

Peixe na alimentação
Carne branca, excelente fonte de proteínas, ferro e outros minerais, alguns tipos são
ricos em vitamina A, cálcio, fósforo, sódio, iodo e ácidos graxos ômega-3, diminuindo
a formação de coágulos evitando doenças do coração.
Composição em 100 gramas:
-Calorias: 77cal
-Proteínas: 18g

EXEMPLO DE CARDÁPIO
Arroz com Frango e Legumes
Alimentos Per capita (g) Quantidade total
(Kg) 120 pessoas
Arroz 60 7.2
Frango 50 06
Legumes 40 4.8
Óleo 05 0.6
Sal 01 0.1
Total 156
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Lembre-se que a alimentação escolar é um direito da criança e responsabilidade de


toda comunidade escolar.

V – REAPROVEITAMENTO DE ALIMENTOS
O reaproveitamento de alimentos está no uso de folhas, caules, frutas,
sementes e raízes dos alimentos.
Utilizar o alimento em sua totalidade significa mais do que economia, significa
usar recursos disponíveis sem desperdício, reciclar, respeitar a natureza e alimentar-
se bem com prazer e dignidade, além de proporcionar saúde e bem estar físico e
conseqüentemente mental.
São nas folhas, sementes, cascas e outras partes dos alimentos que se encontram
os nutrientes essenciais para o nosso organismo como as vitaminas e os minerais.
É importante saber sobre o reaproveitamento de alimentos:
- escolher alimentos variados para atender as necessidades do organismo;
- planejar as refeições;
- preparar alimentos aproveitando as sobras;
- comprar alimentos da época;
- armazenar adequadamente os alimentos;
- as refeições devem ser coloridas e com temperos moderados.

VANTAGENS DO REAPROVEITAMENTO DE ALIMENTOS


- baixo custo;
- preparo rápido e paladar regionalizado;
- auxilia no tratamento de doenças da pele, intestino, estômago e outras;
- diminuição da fome e, conseqüentemente da mortalidade infantil;

COMO APROVEITAR TALOS, CASCAS E FOLHAS


- as folhas de couve-flor, de beterraba e de cenoura são muito ricas em nutrientes e
ficam deliciosas se refogadas ou em recheios de tortas;
- os talos do agrião e do espinafre contêm muitas vitaminas. Experimente picá-los e
refogá-los;
- as folhas externas (verde-escuras) das verduras são ricas em ferro;
- as folhas de nabo e rabanete têm maior concentração de carboidratos, cálcio,
fósforo e vitaminas A e C do que a raiz. Utilize em saladas, sopas e refogados;
- as folhas de cenoura são riquíssimas em vitamina A;
- antes de descascar a batata, lave a casca com uma escovinha e depois descasque
e frite as cascas. Ficam crocantes, além de nutritivas;
- utilize as cascas de maçã para preparar sucos ou chás;
- as sementes de abóbora são um ótimo aperitivo. Depois de lavá-las e secá-las,
salgue-as e leve ao forno para tostar;
- as cascas de abacaxi, quando bem lavadas e fervidas, proporcionam um suco
delicioso. É só deixar esfriar, adoçar e bater com gelo no liquidificador.

COMO EVITAR O DESPERDÍCIO


- comprar bem: preferir legumes, hortaliças e frutas da época;
- safra de algumas hortaliças;
15

- conservar bem: armazenar em locais limpos e em temperaturas adequadas –


quando congelados podem durar até 3 meses;
- preparar bem: lavar bem os alimentos, não retirar cascas grossas e preparar
apenas a quantidade necessária para a refeição oferecida.

SOBRAS
- carne assada: croquete, omelete, tortas e recheios…;
- carne moída: croquete, recheio de panqueca e bolo salgado;
- arroz: bolinho, arroz de forno, risotos;
- macarrão: salada ou misturado com ovos batidos;
- hortaliças: farofas, panquecas, sopas e purês;
- peixe e frango: suflê, risoto, bolo salgado;
- aparas de carne: molhos, sopas, croquetes e recheios;
- feijão: tutu, feijão tropeiro, virado e bolinhos;
- pão:pudim, torradas, farinha de rosca, rabanada;
- frutas maduras: doces, bolos, sucos, vitaminas, geléia;
- leite talhado: doce de leite.

Alimentos que podem ser aproveitados integralmente:


- folhas de: cenoura, beterraba, batata doce, nabo, couve-flor, abóbora, mostarda,
hortelã e rabanete;
- cascas de: batata inglesa, banana, tangerina, laranja, mamão, pepino, maçã,
abacaxi, berinjela, beterraba, melão, maracujá, goiaba, manga, abóbora;
- talos de: couve-flor, brócolis, beterraba;
- entrecascas de melancia e maracujá;
- sementes de: abóbora, melão, jaca.;
- pão amanhecido;
- pés e pescoço de galinha.

DICAS IMPORTANTES
− para o pão endurecer pode colocá-lo no freezer e depois no forno, ou neste
diretamente;
− leite para molho de salada- deixar no congelador até formar cristais para dar
consistência ao molho;
− pode substituir o azeite pelo óleo para diminuir o custo da receita;
− falso azeite- aproveitar o caroço da azeitona (exceto aquele que teve contato com
a saliva humana) e o vidro desta, e em seguida colocar o óleo e deixar de molho
de 2 a 3 dias para ficar com gosto de azeite. Deixar fora da geladeira e a medida
que for usando o óleo acrescentar mais;
− tirar as pontas do abacaxi com faca fina para fazer qualquer tipo de preparação.
− para o molho de tomate ficar mais saboroso usar tomate vermelho;
− para tirar o cheiro do ovo – bater as gemas sozinhas com um pouco de leite;
− para a margarina render na preparação de bolo, utilizar margarina com 65 a 80% e
lipídios;
− para melhorar o sabor do bolo da casca de banana deve utilizar a banana nanica;
− colocar limão para não escurecer a banana;
− para a calda de caramelo ficar mais brilhosa colocar um pouco de farinha de trigo;
16

− se a clara batida não endurecer, juntar algumas gotas de limão;


− para aumentar o volume das claras de ovos acrescente aos poucos (3 colheres de
café) água fria à clara, enquanto está sendo batida;
− para que o açúcar não empedre, experimente colocar frutas secas ou umas
bolachinhas salgadas em seu recipiente.

VI – MEDIDAS DE EQUIVALÊNCIA
Para que uma preparação culinária seja realizada com sucesso, vários fatores
são importantes, tais como tipo de utensílio, temperatura e tempo de preparo, além
da qualidade e quantidade dos ingredientes. A reprodução dessas condições
garantirá a obtenção de resultados semelhantes a cada repetição da receita, mesmo
quando elaborados diversas vezes por pessoas diferentes. Lembrando, que os bons
resultados no preparo dos alimentos dependem, em grande parte, da exatidão das
medidas.
Para medir ou pesar os ingredientes o ideal é possuir medidores ou balança,
porém na falta destes equipamentos a outra forma mais fácil e barata para medição
e a utilização de medidas caseiras (xícaras, colheres, copos, etc).

Como Medir?
Ingredientes Secos ou Sólidos
Os alimentos secos como farinha, açúcar, aveia ou grãos não devem ser
pressionados para serem medidos. Caso estejam encaroçados, deve-se usar uma
colher para desmanchar.
Utilizando o lado cego da faca retire o excesso do alimento, pois a superfície
do recipiente deve ser nivelada.

Ingredientes Líquidos
O recipiente deve ser preenchido aos poucos, para evitar que derrame e suje
o ambiente, até que nivele com a superfície do recipiente.

Ingredientes Pastosos ou Gordurosos


Alimentos pastosos (como doce de leite) ou gordurosos (como manteiga,
margarina) devem ser pesados sempre em temperatura ambiente e com auxílio de
uma colher. Deve-se, também, pressionar o alimento a cada adição a fim de
acomodá-lo no recipiente.
Quando a medida estiver cheia, a superfície deve ser nivelada com o lado
cego da faca para retirar o excesso.

TABELA DE EQUIVALÊNCIA: MEDIDAS E PESOS


Medida Equivalente em peso
4 copos (americano) 1litro (1000 ml)
1 xícara ou 16 colheres (sopa) 240 ml
1 colher (sopa) ou 3 colheres (chá) 15 ml
1 colher (chá) 5 ml
1 xícara de chá Qualquer legume 100g
Qualquer líquido200ml
Açúcar 130g
Arroz 160g
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Feijão e outras leguminosas 160g


Fubá 150g
Macarrão 100g
Margarina 150g
Manteiga 200g
Maisena 150g
Farinha de mandioca 180g
Farinha de rosca 120g
Farinha de trigo 120g
Queijo ralado 80g
Açafrão 5g
1 colher de chá Fermento em pó 5g
Sal 10g
Orégano 2g
1 colher de sobremesa
Fermento em pó 7g
Arroz 10g
Açúcar 20g
Cebola 30g
Maisena 20g
Óleo 8ml
Sal 10g
Salsa 5g
Vinagre 5ml
1 colher de sopa
Manjericão 5g
Margarina 30g
Queijo ralado 10g
Fermento em pó 20g
Fermento biológico 20g
Farinha de mandioca 10g
Farinha de rosca 10g
Farinha de trigo 20g

DICAS ÚTEIS:
 Leia toda a receita: nunca comece uma receita sem tê-la lido até o fim.
 Siga as instruções à risca: observe o tempo estipulado para o preparo.
 Meça com cuidado: siga as medidas corretamente.
 Escolha do recipiente: panela ou forma pequena compromete a preparação,
grande, prejudica a consistência ou a aparência.
 Ingredientes à mão: tenha todos os ingredientes a mão. Suspender a
preparação para procurar ingredientes pode prejudicar a receita.
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Colégio Estadual Silvio e Castro Ribeiro


SRE de Goianésia

VII – CONTROLE DE QUALIDADE


O controle de qualidade é iniciado com o recebimento das mercadorias,
entregue pelo fornecedor ou doador, avaliando-a quantitativamente e
qualitativamente.
Recomendações básicas para recepção dos produtos:
(compras e almoxarifado)
- observar a correta identificação do produto no rótulo;
- data de validade e de fabricação;
- quantidade solicitada por compra (peso) ou requisição;
- observar condições das embalagens;
- observar se possui insetos, carunchos ou perfurações na embalagem, mostrando
indícios de invasões;
- alimentos conservados em vidros - as tampas não devem estar enferrujadas,
estufadas ou amassadas. Verificar a integridade da embalagem e sinais de
trincamento;
- suco concentrado – a tampa não deve estar enferrujada. Tombá-lo para verificar
se há vazamento, além de observar a validade do produto e a integridade das
embalagens;
- carnes - aspecto resistente, aparecimento das fibras musculares, cor
avermelhada e odor característico;
- ovos - casca íntegra, porosa e sem rachaduras;
- peixe - carne resistente a pressão digital, aberturas naturais perfeitamente
fechadas, a coloração da pele é variada e brilhante;
- as escamas são brilhantes e bem aderidas, as brânquias são vermelhas e
sempre brilhantes, os olhos são brilhantes e vivos e a córnea é clara e
transparente e o odor deve ser peculiar e não repugnante;
- aves - sem o aparecimento de manchas verdes ao redor do ânus, debaixo do
ventre, no ponto onde é praticada a degola e odor característico;

VIII – RECEBIMENTO DE MERCADORIAS

As embalagens devem estar:


- limpas, íntegras e não estar amassadas ;
- sem perfurações e ferrugem;
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- adequadas, de modo que o alimento não mantenha contato direto com o papel,
papelão ou plástico reciclado;
- quando necessário trocar as embalagens, eliminando caixas de papelão e madeira.
Obs: Os alimentos reprovados devem ser devolvidos no ato do recebimento.

RECEBIMENTO DE HORTIFRUTIGRANJEIROS
Devem apresentar as seguintes características: estar frescos , íntegros , firmes ,
com aroma e sabor próprios, sem traços de descoloração ou manchas, isentas de
odor e sabor estranhos;
- de preferência, sem danos físicos e mecânicos que afetam a aparência
(rachaduras, perfurações, cortes);
- devem estar isentos de insetos, moluscos e larvas.

RECEBIMENTO DE LEITE E DERIVADOS


- São produtos com alto grau de perecibilidade , portanto deve-se ter rigor com:
• prazo de validade do leite (A,B,C) e seus derivados;
• as embalagens se não estão estufadas ou de modo alterado;
apresentação de líquido homogêneo , cor branca leitosa;
• odor característico, sabor suave (entre salgado e adocicado);
• as massas devem estar isentas de fungos e com grau de umidade adequado;
• alguns queijos , que podem estar à temperatura ambiente, desde que isentos de
umidade e manchas de fungos.

RECEBIMENTO DE FARINÁCEOS
- não devem conter matéria terrosa, parasitas, fungos e vestígios de insetos e não
apresentar umidade;
- a coloração deve ser específica de cada espécie;
- as farinhas devem ter aspecto de pó fino ou granuloso, dependendo da espécie,
não devendo estar empedradas , fermentadas ou rançosas.

MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS
É a etapa onde os alimentos, como vegetais e carnes em geral, são divididos
em tamanho menores e temperados.

RECOMENDAÇÕES PARA O PRÉ-PREPARO E PREPARAÇÃO


- higienizar as mãos antes de tocar em qualquer alimento, durante as diferentes
etapas do processamento e a cada mudança de tarefa de manipulação;
- área do pré-preparo bem higienizada;
- equipamentos e utensílios devem estar bem lavados e desinfetados com álcool a
70%;
- utilizar toucas, luvas e sapatos fechados;
- devem proteger os alimentos em preparação ou prontos com filmes plásticos ou
vasilhas plásticas com tampas e se necessário , etiquetá-los;
- manter os alimentos em preparação ou prontos sob temperatura de segurança ,
isto é , inferior a 4°C ou superior a 65°C , logo após o preparo de vegetais estes
devem ser armazenados em geladeiras.
- atentar para não ocorrência de contaminação cruzada entre os vários gêneros
alimentícios durante a manipulação, no pré-preparo e preparo final;
- utilizar utensílios adequados na manipulação do alimento e, somente em último
caso, tocar os alimentos com as mãos.

Procedimentos gerais para hortifruti: lavar, desinfetar e enxaguar;


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Recomendações para ovos: integridade, lavagem, refrigeração, embalagem,


validade.
Recomendações para os cereais e leguminosas (arroz, feijão, soja...): escolher a
seco os grãos, lavar em água corrente e levar à cocção.
Recomendações para carnes: retirar da refrigeração apenas a quantidade suficiente
para trabalhar por 30 minutos, evitar preparações com muita manipulação das
carnes, especialmente nos casos de frangos e pescados. Utilizar de preferência
pescados congelados. No uso de peixe fresco, optar pela manipulação, tempero,
preparação e consumo no mesmo dia.

DESINFECÇÃO DOS ALIMENTOS


- 1 colher de sopa de água sanitária para cada litro de água;
- tempo de contato com a solução (15 minutos);
- o enxágüe é obrigatório.

CATAÇÃO
É realizada principalmente para grãos. Ajuda a evitar perigos físicos como
pedras, pedaços de madeira, vidro ou metais.
É importante higienizar o local antes e após a catação.

DESSALGUE
- na água, em geladeira;
- na água à temperatura ambiente, trocando a água de 4 em 4 horas;
- por fervura, se for para preparo imediato.

PREPARO DOS ALIMENTOS


Cozimento:
- 70ºC – 2 minutos
- 65ºC – 15 minutos

Resfriamento:
Dicas para acelerar o processo de penetração do frio:
- fatiamento ou redução de tamanho;
- distribuição em pequenos volumes;
- agitação de alimentos pastosos ou líquidos;
- banho de gelo ou freezer vazio.

SOBRAS
É importante a programação do cardápio para evitar sobras. Caso ocorram, são
necessários os seguintes cuidados:
- determinação do tipo de alimentos: não preparados, pré-preparados e prontos.
- aproveitamento de alimentos prontos somente em duas condições: se não tiver
ido para o balcão de distribuição e se houve monitoramento com exatidão em
todas as fases (tempo/temperatura);
- alimentos distribuídos não são considerados sobras, mas sim restos , sem direito
a reaproveitamento .

MANUTENÇÃO DOS ALIMENTOS


Manutenção a frio
- utilizada para saladas e sobremesas;
21

- colocar nas prateleiras de cima, jamais abaixo de produtos crus.


Manutenção a quente
- o alimento deve ser mantido em banho maria ou em fogo baixo;
- se a temperatura abaixar, reaqueça imediatamente.
Sobras de alimentos quentes
- alimentos que ficaram 30 minutos em temperatura ambiente.
- para refrigeração: reaquecer, refrigerar e reaquecer novamente (para serem
reaproveitadas no máximo 24 hs);
- para o congelamento: reaquecer e ser congelado, de acordo com Critérios de
Uso.
- não reaproveitar alimentos frios, como: saladas.

DE OLHO NO ÓLEO !!!


Recomendações para o uso do óleo:
- tachos ou panelas sempre limpos e separados para este fim;
- temperatura ideal de 180°C;
- não sobrecarregar os vasilhames de frituras;
- fritar por longos períodos, ao invés de vários períodos curtos;
- evitar adição de óleo novo ao usado.

Colégio Estadual Sebastião Moreira da Silveira

IX – ALIMENTE-SE BEM E VIVA MELHOR


QUALIDADE DE VIDA
- 8 horas de sono;
- alimentação saudável;
- exercitar diariamente;
- momentos relaxantes.

ALIMENTO X NUTRIENTE
Alimento é todo material sólido ou líquido que o corpo recebe para
satisfazer suas necessidades nutricionais.
Nutriente é a substância química contida nos alimentos. É a parte
importante que compõe o alimento.

NUTRIÇÃO
É a ciência que estuda a composição dos alimentos e as necessidades
nutricionais dos indivíduos. Os alimentos contêm nutrientes, os quais são: proteínas,
carboidratos, lipídios, vitaminas, minerais, fibras e água. Estes alimentos são
divididos em grupos conforme suas funções.
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CONSTRUTORES
São alimentos ricos em proteínas, que podem ser de origem animal ou
vegetal. As proteínas são formadoras de tecidos (muscular, ósseo, pele e outros), de
hormônios, enzimas, anticorpos (célula de defesa) etc. Fontes de proteínas: carnes
(bovina, ave e peixe), ovo, leguminosas (feijão, ervilha, sopa, lentilha, grão de bico),
vísceras (fígado , miúdo de frango), leite, queijo e iogurte .

REGULADORES
Engloba praticamente as verduras, legumes e frutas.As vitaminas, os sais
minerais encontrados nos alimentos e a água são essenciais para o funcionamento
do corpo. A manutenção das células do sistema nervoso, da pele, dos ossos, do
coração, etc; dependem destes nutrientes. As vitaminas e os sais minerais não são
produzidos pelo organismo e quando ausentes causam doenças como anemia,
osteoporose, bócio, etc.

ENERGÉTICOS
Fornecem energia a todas as funções do corpo, como a circulação, a
respiração, a digestão. Base principal: carboidratos e lipídios.

PIRÂMIDE ALIMENTAR ADAPTADA A POPULAÇÃO


BRASILEIRA

A mudança de hábito alimentar começa desde a infância e deve se ter como


base a Pirâmide Alimentar. Evitando problemas de saúde nessa fase e, também, na
fase adulta.
Mostrando a importância dos alimentos, na Pirâmide Alimentar, para que a
criança cresça, com uma alimentação correta e saudável, a fim de evitar doenças
cardiovasculares, hipertensão, diabetes e obesidade, tornando assim, um adulto
saudável.
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Variedade: estimular o consumo entre os diferentes grupos de alimentos que


compõe a Pirâmide e também dentro de cada grupo, composto por diferentes
alimentos. Nenhum grupo é mais importante do que outro.
Proporcionalidade: representada pelo tamanho dos grupos e pela indicação de
número de porções recomendadas. A ingestão de alimentos de grupos de tamanho
maior deve ser feita em maior quantidade.
Moderação: representada pelo tamanho do grupo das gorduras e açúcares,
localizado no topo da Pirâmide, e pelo texto "usar moderadamente ou use pouco"
que o acompanha. Recomenda cuidado com a adição de gordura e açúcar na dieta
que devem ser usados com moderação.

Alimentos funcionais
•Alimentos Funcionais são definidos como aqueles que podem trazer benefícios à
saúde além da sua função básica de nutrir, quer seja através da sua composição
original, ou pela adição de outros componentes. (ROBERFROID 1999; HASLER
2000; ARABBI 2001; STANTON 2001; OLIVEIRA et al 2002).
•O objetivo principal de um alimento funcional é o de melhorar, manter e reforçar a
saúde dos consumidores. Evidências científicas devem dar suporte as exigências
para que um ingrediente ou alimento seja regulamentado.

IMPORTÂNCIA DOS ALIMENTOS PARA SAÚDE


Frutas, legumes e verduras - reduzem a pressão sanguínea, o colesterol
ruim (LDL) aumento da capacidade antioxidante, antibacteriana e antiviral. Por
exemplo a maçã está associada à redução do risco de câncer, doenças cardíacas,
doenças pulmonares, como asma, diabetes tipo 2 e arterosclerose, além de auxiliar
na perda de peso.
A soja reduz a obesidade, a osteoporose, o câncer, o diabetes, os
sintomas associados à menopausa, a tensão pré-menstrual. Desempenha, também,
importante função no crescimento e desenvolvimento das crianças e adolescentes, o
tratamento da intolerância à lactose e alergia a proteína do leite.

X – AS PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS DE UMA


ALIMENTAÇÃO DESEQUILIBRADA
A alimentação é usualmente tema de interesse das pessoas, porém, na
prática, percebe-se que poucas apresentam comportamento alimentar sadio, quer
seja por falta de conhecimento, quer seja por influência social e cultural dos meios
de comunicação. Daí a importância de ensinar noções de nutrição nas Unidades
Escolares.
Uma alimentação desequilibrada tem como consequência doenças
cardiovasculares, obesidade, câncer, colesterol e triglicérides elevados entre outras
doenças.

OBESIDADE
Ser obeso significa estar, no mínimo, 20% acima do peso ideal, tomando por base
os parâmetros de altura, idade e estrutura corporal.
A gordura abdominal (tipo maçã) tem sido associado a problemas mais sérios, como
o colesterol alto.
A gordura dos quadris e coxas (tipo pêra) não é tão perigosa.
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CONSEQUÊNCIAS DA OBESIDADE:
- falhas na respiração;
- irritação na pele e dificuldade de movimentos;
- hipertensão;
- doenças do coração;
- derrame cerebral;
- diabetes;
- certos tipos de câncer;
- osteoartrite (danos às articulações) e à incapacidade física;
- esteatose hepática;
- vesícuca biliar.

TRATAMENTO
- Combinação de exercícios físicos e uma dieta balanceada.

DOENÇAS DO CORAÇÃO
No Brasil, estima-se que o custo anual com gastos médicos e perda de
produtividade chega em média a 150 bilhões de dólares.

FATORES DE RISCO
- hereditariedade;
- estresse emocional;
- idade avançada;
- sexo;
- uso de tabaco;
- má alimentação;
- obesidade;
- taxa alta de ldl (conhecido popularmente como colesterol ruim);
- pressão arterial alta;
- diabetes;
- uso excessivo de álcool;
- excesso de ferro.

CONSEQUÊNCIAS
- ataque cardíaco;
- infarto.

TRATAMENTO
- dieta balanceada, principalmente reduzir a ingestão de gorduras saturadas;
- praticar exercício físico regularmente;
- dormir bem;
- ter momentos de lazer diariamente, para combater o estresse.

HIPERTENSÃO ARTERIAL
É o aumento da pressão arterial acima de 140 x 90mmHg. Pode estar
associada a derrame cerebral, a ataque cardíaco ou insuficiência renal.

SINTOMAS:
- dor de cabeça;
- tonteira;
- zumbido;
- palpitação.
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TRATAMENTO
- redução do peso corporal;
- restrição do sal da dieta;
- evitar fumo e álcool;
- manter uma atividade física regular.

DIABETES MELLITUS
É uma doença crônica caracterizada pelo aumento de açúcar no sangue
decorrente da falta ou incapacidade de a insulina exercer adequadamente sua
função.

Classificação:
- diabetes tipo 1;
- diabetes tipo 2;
- diabetes gestacional;
- outros tipos de diabetes.

Fatores de risco
- história familiar de diabetes;
- excesso de peso ou obesidade;
- elevação das taxas de colesterol e triglicerídios no sangue;
- hipertensão arterial;
- sedentarismo;
- episódio de doença cardiovascular.

Sintomas
- cansaço;
- visão distorcida;
- sede excessiva;
- fome;
- emagrecimento;
- urinar em excesso.

Conseqüências:
- problemas oculares;
- problemas renais;
- complicações neurológicas;
- doenças cardiovasculares.

Tratamento
- dieta balanceada controlando principalmente a ingestão de carboidratos;
- atividade física;
- aplicação de insulina, quando necessário.

INFÂNCIA
A infância é uma fase de grande importância para estabelecer os hábitos
alimentares saudáveis.
A boa alimentação previne a desnutrição e a deficiência de crescimento,
assim como outras doenças dessa fase, como anemia ferropriva e cárie dentária.
A alimentação balanceada e um estilo de vida ativo devem ter início ainda na
infância para que possam se tornar adultos sadios.
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RECOMENDAÇÕES GERAIS
- os pais ou responsáveis devem providenciar um ambiente calmo ou livre de
distrações durante as refeições;
- as refeições e lanches devem ser servidos em horários fixos diariamente, com
intervalo suficiente para que a criança fique com a fome (3 horas);
- planejar um período de descanso antes de uma refeição ou lanche;
- sentar a criança, evitando que ela se alimente de pé, andando ou sentada;
- usar pratos e copos apropriados, talheres com cabos largos e firmes e facas sem
ponta ou serra;
- servir leite junto com as refeições;
- providenciar pequenas porções e esclarecer que ela pode repetir se quiser;
- limitar doces e os alimentos pegajosos e grudentos, que ficam na boca por
muito tempo e podem aumentar a incidência de cárie.

IDADE ESCOLAR
Na idade escolar (de 5 aos 11 anos) há o aumento natural do apetite
ocorrendo um maior consumo de alimentos.
Nessa fase, as crianças costumam gastar muita energia em brincadeiras e
esportes. Muitas das preferências alimentares são estabelecidas, mas ainda
continuarão mudando.
Os pais ou responsáveis devem dar às crianças várias oportunidades de
aprender a gostar de uma variedade de alimentos nutritivos, oferecendo-os em
diversas ocasiões.

RECOMENDAÇÕES GERAIS
- continuar servindo leite, se possível, com as refeições, oferecendo lanches e
limitando doces;
- manter as refeições atrativas, incluindo cores variadas e chamativas, diferentes
texturas e formas dos alimentos, quando possível;
- no café da manhã, oferecer alimentos ricos em proteínas e frutas, além de
cereais integrais;
- usar a pirâmide alimentar para o planejamento das refeições;
- dar tempo suficiente para a criança acabar de comer, sem apressá-la;
- evitar o uso de sobremesas e doces como compensação, isso faz com que a
criança veja a sobremesa como a melhor parte da refeição, aumentando a
preferência por doces e reduzindo a aceitabilidade por alimentos não adoçados.

ADOLESCÊNCIA
Na adolescência, a alimentação balanceada é tão importante quanto na
primeira infância, pois, além de satisfazer as elevadas necessidades de nutrientes
dessa fase, ela serve também para criar e manter bons hábitos alimentares para o
resto da vida.
Durante esse período podem aparecer novos hábitos de consumo alimentar,
explicáveis por motivos psicológicos, sociais e socioeconômicos, e até por falta de
conhecimento sobre a importância do alimento no organismo do ser humano.
Os objetivos da educação nutricional para adolescentes baseiam-se na
exploração de formas de obter a ingestão adequada de nutrientes mantendo um
consumo saudável, e portanto controlando, gordura, sódio, açúcar e energia.
As exigências nutricionais são mais diretamente afetadas pela taxa de
crescimento, sendo maior entre 11 e 14 anos, no auge do crescimento, e diminuindo
gradativamente até os 18 anos.
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RECOMENDAÇÕES GERAIS
- dar preferência ao consumo de carnes magras, leite desnatado;
- restringir a ingestão de sal;
- consumir fibras na proporção adequada;
- reduzir a ingestão de petiscos, frituras e açúcar refinado;
- preferir ingerir carboidratos complexos.

PRINCIPAIS OBJETIVOS DA MERENDA ESCOLAR


- fornecer alimentos saudáveis e nutritivos: frutas, verduras, legumes, leite e
derivados, soja, carne, peixe;
- atender 15% das necessidades nutricionais diárias dos alunos;
- promover reeducação alimentar
- incentivar mudanças de hábitos alimentares.
- segurança alimentar - garantindo ao menos 1 refeição saudável ao dia.
- oferecer rendimento escolar ao aluno.

ALIMENTOS NÃO RECOMENDADOS PELO PNAE


- Alimentos facilmente perecíveis em temperatura ambiente o que pode levar à
intoxicação alimentar;
- alimentos que com baixo valor nutricional, além de provocarem o surgimento de
cárie dental e favorecimento da obesidade;
- custo alto;
- alimentos que apresentam alto teor de sódio, podem causar futuramente
hipertensão arterial além de contribuírem para o desenvolvimento da obesidade.

XI – ARMAZENAMENTO
O controle higiênico-sanitário é um dos mecanismos para garantir a
manutenção da qualidade, sendo o armazenamento uma das etapas importantes no
fluxo de preparo. O controle de matéria-prima no armazenamento de mercadorias
deve garantir proteção contra contaminação , mercadorias sempre separadas umas
das outras e embaladas com filme ou vasilha apropriada; redução ao mínimo , das
perdas da qualidade nutricional; a não deterioração do produto.

TEMPERATURAS
- Temperatura ambiente: no estoque seco;
- Temperatura controlada:
- congelados: temperatura inferior a 0ºC no congelador de geladeira ou em
freezer;
- refrigerados: temperatura entre 0ºC a 10ºC, seguindo a seguinte
recomendação: carnes: até 4ºC, pescados: 2ºC ou congelados,
Hortifrutigranjeiros: até 10ºC, frios e laticínios: até 8ºC,

Temperatura de Cocção: Ideal a superfície do alimento atingir 100°C (maioria dos


microorganismos é destruída) e temperatura interior do alimento atingir 75°C.
Temperatura de Aquecimento: Deve-se aquecer bastante o alimento e mantê-lo
em mínimo de 65°C.
Temperatura Perigosa: 5°C a 65°C Manter o alimento o menor tempo possível
nesta temperatura. Entre o pré-preparo e o preparo não deve passar de 30 min. A
manipulação deve ser feita em pequenos lotes e serem conservados em refrigeração
até a cocção ou distribuição.
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Temperatura de Refrigeração: Temperatura de 4°C por um espaço de tempo


relativamente curto. Previne a multiplicação bacteriana. Refrigerar legumes, frutas,
verduras, saladas elaboradas e sobremesas prontas até o momento da distribuição.
Temperatura de Congelamento: Os alimentos mantidos de 0°C a -18°C, a
multiplicação bacteriana é prevenida, porém a maioria sobrevive ao congelamento,
podendo multiplicarem-se quando encontrarem-se fora desta faixa.

ESTOQUE A SECO – DESPENSA


Os alimentos são armazenados à temperatura ambiente, segundo
especificações no próprio produto. Para garantir o controle de qualidade dos
produtos deve-se obedecer a alguns critérios: observação, organização, limpeza,
cuidado e responsabilidade

PRAZO DE VALIDADE DOS PRODUTOS


Prazo de validade é o período de tempo no qual os alimentos são
conservados de modo a manter suas características nutricionais, sensoriais, físico-
químicas e microbiológicas próprias para o consumo.
É importante ressaltar que a partir do momento em que ocorre a abertura da
embalagem original, perde-se imediatamente o prazo de validade informado pelo
fabricante.

ARMAZENAMENTO SOB TEMPERATURA AMBIENTE


- Toda mercadoria deve ser retirada da embalagem secundária, como caixas de
papelão ou sacos de papel;
- os alimentos devem estar afastados pelo menos 10cm da parede e 60cm do teto,
para permitir a circulação de ar entre os alimentos;
- as pilhas devem ser organizadas em forma de cruz para favorecer a circulação de
ar entre os produtos e evitar acidentes;
- os alimentos industrializados devem ser mantidos afastados dos grãos e cereais;
- os alimentos que tiverem suas embalagens abertas ou danificadas devem ser
transferidos para recipientes adequados (de plástico), lavados e desinfetados;
- produtos que irão vencer primeiro devem ser posicionados de forma a serem
consumidos em primeiro lugar;
- os alimentos não devem ficar armazenados junto a produtos de limpeza;
- não devem ser colocados diretamente no chão;
- não se deve armazenar vidros de “cabeça para baixo”.

ARMAZENAMENTO SOB REFRIGERAÇÃO


- Após o recebimento os produtos perecíveis devem ser armazenados o mais rápido
possível;
- não se deve armazenar caixas de papelão em geladeiras, câmaras ou freezers,
por serem porosos, isolantes térmicos e promoverem contaminação externa;
- antes de serem guardados, todos os alimentos prontos para o consumo ou pré-
preparados devem ser cobertos com plásticos transparentes;
- no caso de frutas, verduras e legumes, fazer a pré-lavagem retirando todos os
resíduos visíveis e as folhas ou partes estragadas. As partes selecionadas próprias
para o consumo devem ser colocadas em caixas plásticas para que escorra a
água;
- no armazenamento sob ar frio respeitar o seguinte:
• prateleiras superiores: alimentos prontos para o consumo;
• prateleiras do meio: os semi-prontos e/ou pré-preparados;
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• prateleiras inferiores: alimentos crus; não devem estar em porções muito


grandes.
- preferir volumes de altura de 10cm e/ou peso de aproximadamente2,0Kg;
- as portas das geladeiras ou freezers devem ser mantidas fechadas, sendo abertas
o mínimo de vezes possível;
- qualquer irregularidade com produtos deve ser informada ao responsável para sua
inutilização;
- observar sempre a data de validade dos produtos, desprezando os vencidos;
- garantir espaço livre para a circulação do ar frio.

CONGELAMENTO
O congelamento é uma maneira eficaz de conservação. Retira o calor dos
alimentos até que a temperatura adequada atinja seu interior. Preserva suas
características como cor, sabor e propriedades nutritivas, retardando o processo de
deterioração. Dentre de todos os processos de conservação de alimentos, é o que
mais retém os valores nutritivos.

DICAS DE CONGELAMENTO
- Congelar apenas alimentos frescos, de boa qualidade. O congelamento apenas
conserva a qualidade, não a melhora;
- o congelamento tende a realçar os temperos e amaciar os alimentos. Portanto,
tempere os pratos suavemente;
- para manter a propriedade dos alimentos, é indispensável resfriá-los rapidamente
após o cozimento ou fervura;
- procurar retirar os alimentos do freezer apenas na hora de sua utilização e utilize-
os até 24hs após o descongelamento;
- evite deixar o alimento em contato direto com o ar frio e seco do freezer;
- para que recipientes tipo pirex não fiquem grudados no freezer, revista-os com
plástico, evitando que trinquem e só coloque-os no forno depois de frios;
- só colocar no freezer os alimentos já resfriados;
- alimentos líquidos se expandem durante o congelamento. Deixe-os
aproximadamente 2cm abaixo da borda dos potes e recipientes;
- não encoste alimentos frescos aos já congelados;
- temperos verdes, como a salsinha, podem ser congelados sem preparação prévia.
Apenas lave-os, seque-os bem e guarde-os em recipientes de plástico com tampa;
- para diminuir a cristalização que normalmente ocorre entre o alimento e a tampa,
preencha o espaço vazio com papel ou plástico. Para alimentos que contenham
molho ou calda, preencha o espaço depois que o alimento estiver congelado;para
congelar frutas é preciso que sejam frescas, maduras e de boa qualidade e para
que não percam a textura, é preciso consumi-las ainda geladas.

ALIMENTOS QUE NÃO DEVEM SER CONGELADOS


- maionese;
- saladas cruas;
- gelatinas;
- claras em neve ou cozidas;
- batatas cozidas;
- ovos cozidos;
- manjares;
- pudins cremosos;
- creme de leite;
- curau.
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RECOMENDAÇÕES PARA O ARMAZENAMENTO PÓS- MANIPULAÇÃO


- Atentar para que, após a abertura das embalagens originais, perde-se
imediatamente o prazo de validade do fabricante;
- não congelar os alimentos unicamente destinados à refrigeração, quando em suas
embalagens originais o fornecedor assim os indicar;
- não recongelar os alimentos crus que tenham sido descongelados para serem
manipulados;
- programar o uso de carnes congeladas considerando que após o
descongelamento estas somente poderão ser armazenadas sob refrigeração (até
4ºC) por até 72hs para bovinos e aves, e por até 24hs para os pescados;
- armazenar em temperatura de segurança os alimentos prontos que sofreram
cocção mantendo-os sob refrigeração ou sob congelamento;
- os alimentos pós-manipulados requerem o estabelecimento de um novo prazo para
serem utilizados em condições seguras. Tal prazo é chamado de recomendações
de uso ou critérios de uso.

DESCONGELAMENTO
O descongelamento é favorecido quando a porção do alimento
congelado é pequena (máximo 2,0Kg) e quando armazenado em recipientes com
altura não superior a 10 cm.

PROCEDIMENTOS PARA O DESCONGELAMENTO


- Em geladeira;
- à temperatura ambiente por no máximo 4 horas, terminando o descongelamento
em geladeira;
- direto no cozimento;
- em caso de urgência, em água com o alimento em saco plástico bem fechado;
- não recongelar alimentos crus ou prontos, que tenham sido descongelados;
- após o descongelamento de carnes em geral, as mesmas devem ser consumidas
em até 72hs e no caso específico de pescados, o descongelamento deve
completar-se no dia do consumo (até 24hs);
- após o descongelamento, os produtos devem ser armazenados sob refrigeração e
devem ser consumidos em 72hs (exceto pescados= 24hs).

DISTRIBUIÇÃO
É a etapa onde os alimentos estão expostos para consumo imediato, porém
sob controle de tempo e temperatura.
É na distribuição de refeições que a executora de merenda tem o contato
direto com os alunos, dando a oportunidade desta executora contribuir com a
educação nutricional.
É necessário que a merendeira procure mostrar para os alunos como é
gostoso experimentar alguma comida que eles não conhecem.

DICAS NA DISTRIBUIÇÃO
- Organizar o lugar, deixando tudo que vai usar por perto, em ordem e em número
suficiente para todos os alunos;
- ensinar a criança a ficar na fila, para não ter perigo de acidente;
- servir a refeição sempre na mesma hora;
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- manter por perto lixeiras forradas com sacos plásticos, para que as crianças
joguem fora os restinhos que ficam no prato;
- mantenha 2 bacias limpas, em lugar firme e que as crianças alcancem, para que
elas deixem lá os utensílios usados;
- servir a mesma quantidade de alimentos a todos, servir de novo quem quiser
repetir, mas só depois que todos já tenham recebido sua merenda;
- lavar os utensílios somente no final da distribuição;
- varrer o local, onde as crianças comem, só no final dos turnos e entre eles
também, sempre que possível.

MANUTENÇÃO
Não deixar os alimentos em temperatura ambiente por mais de 30 minutos, os
alimentos quentes devem ser mantidos aquecidos e os frios resfriados.

Manutenção a frio: utilizada para saladas e sobremesas e necessita dos seguintes


cuidados: cobrir e colocar em temperatura bem fria; colocar nas prateleiras de cima,
jamais abaixo de produtos crus.
Manutenção a quente: utilizada para pratos servidos quentes, como arroz, feijão,
carne. O alimento deve ser mantido em banho maria ou em fogo baixo; se a
temperatura abaixar, reaquecer imediatamente.

XII – HIGIENE

Parte da medicina que ensina a conservar a saúde individual e da comunidade


(dicionário Escolar da Língua Portuguesa).

É a higiene é a forma adequada como o funcionário se apresenta dentro do local de


trabalho.
Objetivos: Proteger os alimentos de contaminações químicas, físicas e biológicas.

Hábitos pessoais dos Manipuladores

As condutas que seguem, não são permitidas para manipulação de alimentos:


- falar, cantar ou assobiar sobre os alimentos;
- cuspir;
- pentear-se;
- coçar ou tocar no corpo;
- assoar o nariz;
- espirrar ou tossir sobre os alimentos;
- circular sem uniforme;
- enxugar o suor com as mãos, panos, guardanapos, aventais ou qualquer peça de
vestimenta;
- experimentar comida com as mãos ou dedos;
- provar alimentos com talheres e devolve-los a panela sem prévia higienização;
- fazer uso de equipamentos e utensílios sujos;
- mascar gomas, palitos ou similares, ou chupar balas etc..
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- manter lápis, canetas, cigarros e outros atrás da orelha;


- manipular dinheiro;
- uniformizados, sentar-se ou deitar-se no chão, sobre sacarias ou outros locais
impróprios;
- o uso de agasalhos ou outra peça sobre o uniforme, se necessário devem estar por
baixo do mesmo.
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XIII – HIGIENIZAÇÃO

Limpar e sanitizar todos os equipamentos, utensílios e ambiente que


entram em contato com o alimento, até mesmo o próprio para que este esteja livre
de qualquer tipo de contaminação, mantendo a sua qualidade.

Lavar x Sanitizar
Lavar é: a remoção da sujeira diária, como gordura, respingos e pedaços de
produtos.
Sanitizar é: destruir, matar, inativar os microorganismos.
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Etapas de Higienização
− remoção dos resíduos a seco
− pré-enxague
− aplicação do sabão e detergente
− esfregação
− enxague
− sanitização

Remoção dos resíduos: proteger as áreas sensíveis dos equipamentos; remover os


resíduos por raspagem ou varreção; lembrando que não pode jogar os resíduos nos
ralos.
Pré-enxague: umedecer ou molhar com água.
Aplicação de detergente e sabão: usar detergente e sabão que não seja tóxicos ou
que transmitem sabor ou odor aos alimentos.
Esfregação: em alguns casos utilizar equipamento de proteção pessoal (EPI) como:
botas, luvas, etc; não usar palha de aço, panos sujos ou esponjas velhas; dar
atenção a cantos, frestas, dobras etc.
Sanitização: esta pode ser feita de duas maneiras:
− Álcool 70% (700ml de álcool para 300ml de água = 1l de álcool 70%).
− Água sanitária – se utilizarem esta como sanitizante necessita enxaguar
novamente e no rótulo da mesma deve constar o teor de cloro de 2 a 2,5%.

HIGIENE AMBIENTAL
HIGIENE DO AMBIENTE
HIGIENE DE EQUIPAMENTOS
HIGIENE DE UTENSÍLIOS

O que é higiene?
- Higiene é asseio, limpeza e tem uma relação direta com a saúde e o bem
estar.
- Coada pessoa vive o seu dia-a-dia no meio ambiente, portanto é
importante tanto a higiene pessoal como a higiene do meio ambiente
(limpeza do local em que vivemos ou trabalhamos).

HIGIENE AMBIENTAL
- É o asseio, limpeza do ambiente, é qualquer procedimento aplicado ao
controle que elimine ou reduza os perigos, minimizando os riscos de
transmissão de agentes causadores de doenças.

HIGIENE DO LOCAL DE TRABALHO


Esta higienização se divide em três etapas:
Antes do preparo das refeições: lavar e sanitizar os equipamentos, utensílios e as
superfícies que serão utilizadas para manipular os alimentos;
Durante o preparo das refeições: jogar fora os resíduos de alimentos e lavar os
utensílios e equipamentos já utilizados;
Após a distribuição das refeições: lave o piso, a pia, o fogão,os panos,a lata de lixo e
o restante dos equipamentos e utensílios para diminuir o risco de contaminação e
facilitar o trabalho do dia seguinte.
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Limpeza Geral: é a limpeza realizada periodicamente. A freqüência, a rotina e a


forma de limpeza das diferentes áreas de trabalho e equipamentos são
estabelecidas de tal maneira:
Pisos: precisa estar sempre limpo e seco durante o expediente, para evitar acidentes
e contaminação dos alimentos. No ato da limpeza, esta varredura deverá ser úmida
para evitar poeira próximo as áreas de preparo e armazenagem de alimentos;
Azulejos, portas, janelas e telas: devem ser limpos pelo menos uma vez por semana
removendo sujeiras e gordura com auxílio de uma escova;
Pias,mesas e balcões: devem ser lavados logo após o uso com água, sabão e
sanitizantes;
Higienização da caixa d' água: deve ser semestral, com ela vazia e ser mantida
sempre fechada.
Procedimento:
− fechar o registro no cavalete para impedira entrada de água;
− esvaziar o reservatório;
− lavar cuidadosamente o interior do reservatório com água e escova, esfregando
bem as paredes, a fim de eliminar toda sujeira aderida.
Higienização de bebedouros: diariamente por turno.
Procedimento:
− escoer toda a água do reservatório do bebedouro;
− lavar o bebedouro com esponja sem uso anterior (preferencialmente);
− fazer uma solução com Bicarbonato de Sódio para lavar o bebedouro 300ml de
água para 1 colher de chá de bicarbonato;
− lavar todo o bebedouro, inclusive os acessórios, escoando o restante da solução
pela torneira;
− enxaguar bem o reservatório e depois repetir o mesmo procedimento utilizando
água quente para escoar pela torneira.
Higienização da caixa de gordura: devem ser limpas mensalmente, retirando-se os
resíduos existentes. Pode-se utilizar, para essa limpeza água fervente.
Procedimentos básicos:
− recolher toda gordura depositada, utilizando uma pá exclusiva para este fim;
− raspar bem as paredes e a tampa;
− esfregar com escova ou vassoura exclusiva para este fim, água fervente e produto
desengordurante apropriado;
− enxaguar bem, se possível com água sob pressão, e deixar escoar.
Lixeiras: devem ser lavadas todos os dias com água, sabão e sanitizante.
Lembrando que a esponja utilizada deve ser separada para este fim.Tendo a lixeira
que se manter sempre tampada e com saco plástico em seu interior, o qual deve ser
trocado diariamente;
Caixa d’água do bebedouro - mensalmente
Limpeza dos filtros d’água – diariamente
Troca das velas dos filtro d’água - semanalmente
Limpeza do sifão da pia – semanalmente
Ralos: devem ser mantidos limpos, livres de resíduos e fechados logo após o uso.
Em caso de ralos abertos, pode-se usar sacos plásticos sob a tampa para fechá-los;
Panos da cozinha: cada pano deve ter a sua finalidade específica, não sendo
utilizado o mesmo pano para o chão e limpeza de outros locais. Devendo ser
lavados diariamente e separadamente, tendo que serem guardados também
separados. O mesmo é recomendado para os panos de pratos, os quais além de
serem lavados, devem ser fervidos com água e sanitizantes antes de serem
utilizados novamente;
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Baldes e Vassouras: devem ser retirados os resíduos encontrados nestes e


posteriormente devem ser limpos com água e sabão. Lembrando que os baldes
devem ter finalidade específica e em caso destes entrarem em contato com os
alimentos além de lavados devem ser também sanitizados;
Armários: devem ser limpos, uma vez por semana, com água, sabão e sanitizantes.
Mantidos fechados, porém arejados;
Estoque: o local deve ser limpo e ordenado todos os dias e quinzenalmente fazer
uma limpeza mais profunda, lavando portas, janelas, paredes, etc com água, sabão
e sanitizantes, enxugando muito bem para impedir que a umidade deteriore o
alimento.

HIGIENE DOS EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS


Os equipamentos e utensílios devem ser limpos e sanitizados, interna e
externamente, antes de serem usados e depois de cada interrupção de trabalho, de
acordo com os procedimentos estabelecidos:
Equipamentos: precisam ser lavados antes e após o uso com água,sabão e
sanitizante, protegendo as áreas sensíveis dos equipamentos (partes elétricas dos
motores, etc) e tomar cuidado com algumas peças que podem machucar o
manipulador,observando se não há nenhum resíduo de alimento acumulado.
Lembrando que os equipamentos limpos não devem ser arrastados pelo piso para
evitar que contamine, além de evitar danos aos mesmos. E, também que não devem
estar em contato direto com o piso e paredes.
Fogão: deve ser limpo todos os dias com água, sabão e sanitizante, depois que a
chapa estiver fria;
Geladeira e freezer: devem ser bem limpos por dentro e por fora, a geladeira uma
vez por semana e o freezer quinzenalmente, com água, sabão e sanitizantes e
devem ser bem secos com pano limpo, antes de recolocar os alimentos.
Utensílios, panelas, assadeiras: devem ser lavadas e sanitizadas antes e após
serem utilizadas e, assim, como em outros utensílios devem ser observados se não
há nenhum resíduo, pois pode ser um foco de contaminação. Lembrando que:

− os resíduos maiores devem ser descartados no lixo, antes de iniciar a lavagem


para evitar que entupa os ralos;
− se o utensílio cair no chão deve ser lavado e sanitizado antes do uso;
− se for usar o mesmo utensílio que cortou um alimento para cortar outro, antes deve
ser lavado para evitar a contaminação cruzada;
− a higiene do local de trabalho e dos equipamentos e utensílios são ações eficazes
e contínuas de controle de pragas urbanas, tendo o objetivo de impedir a atração,
o abrigo, o acesso e ou proliferação dos mesmos.

Mas se estas medidas de prevenção não forem tão eficazes, o controle químico
deve ser feito por uma empresa especializada, a qual deve estabelecer
procedimentos de pré e pós-tratamento, a fim de evitar a contaminação dos
equipamentos, utensílios e alimentos. Lembrando que após a aplicação os
equipamentos e utensílios que forem utilizados deverão ser higienizados.

HIGIENE DOS ALIMENTOS


Cuidados Gerais:
− utilizar sempre que possível água filtrada ou fervida para preparar os alimentos;
− mantenha os alimentos e/ou preparações fora do alcance de insetos e animais.
Tampe-os.Não utilizar alimentos que tenham caído no chão e não possam ser
lavados. Como: pão, farinha, etc.
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− evite contato entre alimentos crus e cozidos;


− não reaproveitar restos de alimentos que já foram servidos.
Como higienizar certos alimentos:
Latas: devem ser lavadas com água e sabão antes de abri-las;
Legumes e frutas: devem ser lavados inteiros em água corrente com ajuda de uma
escovinha;
Folhas: devem ser lavadas uma a uma, dos dois lados, em água corrente. Se
consumidas cruas deverão ser colocadas em uma solução de água sanitária (1
colher de sopa para cada 1l da água) por 15 min e depois enxaguada antes de
serem consumidas;
Carnes: não devem ser lavadas pois perdem seus sucos , ricos em nutrientes;
Arroz: deve ser lavado em água corrente, antes preparado;
Feijão e outras leguminosas (soja, lentilha): não precisam ser lavadas, somente
“catadas”, sendo aconselhável deixá-las de molho na água para facilitar seu
cozimento, cozinhando nesta mesma água para evitar a perda de nutrientes.

Escola Estadual Feliciano Ferreira – Guapo


SRE Trindade

XIV – ECONOMIA DOMÉSTICA


Economia é a lei da casa, significa a administração da propriedade.
Economia Doméstica pode ser definida como a arte de empregar para a
utilidade e o bem estar da família os recursos que a dona de casa, merendeira ou
responsável possui em suas mãos.

Economia Doméstica é a utilização adequada de RECURSOS


ESCASSOS na satisfação de necessidades materiais humanas (no lar).

A finalidade da economia é satisfazer completamente às necessidades


humanas.
O consumo pode ser considerado como a função mais importante na economia,
pois sem ele não haverá produção, emprego ou venda. O consumo faz-se pela
população.

A educação do consumidor
Saber escolher;
Planejar os gastos;
Comprar;
Saber usar.
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A falta de conhecimento faz com que o consumidor não desempenhe o


seu papel na economia.
Saber comprar consiste em adquirir o necessário, da melhor qualidade,
com o mínimo de uso de energia e tempo e pelo menor preço possível.

Critério:
-necessidade;
-conveniência;
-observar;
-qualidade;
-preço;
-quantidade
Na compra de alimentos, considerar os princípios nutritivos, os hábitos alimentares e
o número de vezes que o alimento será servido.

Compra de Alimentos
-Selecionar os alimentos que formem bons hábitos de alimentação;
-a quantidade será de acordo com o número de pessoas e às vezes que o alimento
será servido;
-a capacidade e o local de armazenamento devem ser suficientes;
-escolher os alimentos de tipos e marcas testados como bons;
-verificar se há tabela de preço determinados pelos poderes competentes;-procurar
saber o valor real dos alimentos, não se influenciando pelos anúncios a respeito dos
mesmos;
-verificar as condições de higiene do local e do alimento;
-os produtos enlatados ou de fácil conservação podem ser guardados por mais
tempo;
-a compra de frutas e hortaliças deve ser mais frequente;
-preferir os alimentos que estão em período de safra;
-quando o preço de um alimento subir de repente, substituí-lo por outro mais barato
e do mesmo valor nutritivo;
-não esperar que o estoque doméstico acabe por completo, manter sempre uma
reserva para atender imprevistos;
-o trabalho será mais racional se obedecer a uma lista de compras baseadas nas
necessidades da família;
-levar em conta o que sobrou da compra anterior;
-verificar pessoalmente os alimentos e julgá-los pela aparência, cheiro e
consistência, evitando tocar naqueles que estiverem fora de embalagem plástica;-
observar sempre balança;
-indagar o preço antes de decidir;
-quando comprar maior quantidade de frutas, separar umas mais verdes que serão
consumidas por último.

Poupança
É a quantidade ou excesso de renda que não foi gasto, ou seja, a renda não
consumida.
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Administração do lar
É um processo que tem por princípio planejar, organizar, controlar e avaliar os
recursos existentes para obtenção de objetivos predeterminados
A sequência de um processo administrativo deve partir da reflexão, decisão e
ação.
O processo administrativo é composto de fases: planejamento, organização,
ação, controle e avaliação.

Planejamento
É a seleção de idéias sobre o futuro. Os objetivos terão que ser definidos em
termos do que fazer e de quando deverão ser atingidos.

Organização
É organizar os objetivos e as atividades com a participação do grupo familiar,
visando alcançar as metas estabelecidas.

Ação
É impulsionar a execução dos planos predeterminados. Para impulsionar é
necessário motivação e comunicação.
Motivar é levar alguém a desejar, voluntariamente, a fixar ou seguir as metas
e atingí-las.
A comunicação é a união de pensamentos voltados para um mesmo
interesse.

Controle
É a verificação do trabalho, tempo gasto e o custo em dinheiro.

Avaliação
É uma análise do resultado do trabalho realizado e se o seu planejamento foi
executado seguindo as etapas determinadas.

Importante:
a)Horário certo das refeições;
b)Deixar a arrumação da casa e do banheiro para o horário em que a maioria estiver
ausente;
Além de prever um horário para execução das tarefas, é necessário trabalhar
de maneira racional, evitando a fadiga.
O trabalho diário pode ser dividido em etapas, sendo a primeira a parte da
manhã, durante a qual fazem-se as compras de alimentação, arranjo da casa,
preparo do almoço, que geralmente é servido de 11h às 13h. Após o almoço, é
feita a limpeza da cozinha. A seguir, dá-se um espaço de uma e meia a duas horas
de descanso.
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A segunda etapa é após o descanso e as tarefas são feitas sem muita


urgência.
A terceira etapa de um dia trabalho é preparar e servir a refeição da noite no
horário de 18:30 às 20:00h, seguida de limpeza e ordenação da cozinha.

Dicas de limpeza
9Objetos de borracha – água morna com algumas gotas de amoníaco e sabão.
9Esponjas – limpe com sumo de limão em seguida passe água limpa.
9Mau- cheiro – exterior ou interior, (de latas de lixo, vizinhança, galinheiros, defeitos
de ralos e etc, e interior comidas guardadas que deterioram, verduras e frutas
passadas e etc)
9Umidade – conservar tampadas as vasilhas com água,abrir janelas para ventilar
evitando assim bolor que provoca várias doenças.

Parasitas
9Moscas – evitar latões de lixo próximos da cozinha, manter os alimentos cobertos
e portas e janelas fechadas.
9Pernilongos – pulverização de inseticidas ou drenagem de terrenos alagadiços.
9Formiga – manter bem fechados todos objetos que contiverem alimentos doces.
9Barata – limpeza constante com um desinfetante apropriado com água fervendo.
9Rato – chamar serviço sanitário.

XV – HORTA ESCOLAR
A Secretaria de Educação, através da Gerência de Alimentação e
Nutrição Escolar do Estado de Goiás tem incentivado a organização/implantação de
Hortas Escolares em todas as Escolas Estaduais que possuem espaço para a
implementação do referido Projeto, que objetiva não só contribuir para a
complementação financeira e enriquecimento nutricional da merenda escolar, mas
principalmente para incentivar a formação de bons hábitos alimentares em nossos
alunos. Através da Horta Escolar é possível levar o aluno a consumir mais hortaliças,
fonte de vitaminas e sais minerais, a obter noções sobre Educação Alimentar,
Ambiental e Sanitária e a servir-se dela como instrumento, na prática, do processo
ensino/aprendizagem das ciências naturais.

A GANE utiliza-se de incentivos para o desenvolvimento do projeto horta


escolar como: concurso para escolha das melhores hortas do Estado, envio de
insumos e ferramentas necessárias para o cultivo, visitas às hortas para
acompanhar o andamento das mesmas etc. Para orientar, sobre diversas situações
que ocorrem na horta, parceria com o SENAR, Serviço Nacional de Aprendizagem
Rural, foram ministrados Treinamento de Olericultura Básica em várias municípios
do Estado, a fim de capacitar pais do Salário Escola e funcionários, que poderão
prestar uma enorme contribuição à horta escolar.
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Orientações Técnicas
• Definição de Olericultura: Olericultura é um termo técnico-científico derivado do
latim, oleris: hortaliça, colere: cultivar.
As hortaliças referem-se ao grupo de plantas que apresentam, ciclo biológico
curto, exigências de tratos culturais intensivos, cultivo em áreas menores, em
relação às grandes culturas, utilização na alimentação humana, sem exigir prévio
preparo industrial.

Classificação das hortaliças


Hortaliças-fruto – utilizam-se os frutos ou partes deles, como as sementes:
tomate, melancia, quiabo, morango, feijão-vagem, etc.
Hortaliças herbáceas – aquelas cujas partes comerciáveis e utilizáveis
localizam-se acima do solo, sendo tenras e suculentas: folhas (alface,
repolho, taioba), talos e hastes (aspargo, aipo, funcho), flores ou
inflorescências (couve-flor, brócolos, alcachofra).
Hortaliças tuberosas – as partes utilizáveis desenvolvem-se dentro do solo,
sendo ricas em carboidratos: raízes (cenoura, beterraba, batata-doce,
rabanete e mandioquinha-salsa); tubérculos (batata, cará); rizomas (inhame);
bulbos (alho e cebola).

Escolha e limpeza do local


Local ensolarado, com no mínimo 8 horas de sol.
Local próximo de água, e esta deve ser abundante e de boa qualidade.
Terreno bem drenado, evitar terrenos encharcados, distantes de fossas, esgoto,
lixos ou produtos tóxicos.
Terreno plano ou levemente ondulado.
Retirada de pedra, pedaços de madeira, plástico, vidro etc.
Retirada de mata natural ou artificial, cerrado ou capoeira, cultura permanente,
pastagem, cultura anual.
Observar histórico da área.

Área cercada para evitar entrada de animais que consumam as


hortaliças.

Marcação e construção de canteiros


- Fincar estacas demarcando o canteiro que pode ser de 0,80 a 1,20 de
largura e comprimento de acordo com a área, a altura para tuberosas
pode ser de 20 a 30 cm, para herbáceas de 15 a 20 cm, sendo que nas
águas usar canteiro mais alto para evitar encharcamento do solo evitando
doenças fungicas.
- Preparar o terreno: o revolvimento pode ser com, enxadão, arado de
tração animal ou tratorizada.
- Destorroe o solo: pode ser feito com enxada, grade de tração animal ou
tratorizada.
- Defina a posição dos canteiros: caso tenha um terreno plano, os canteiros,
devem ser feito na posição norte e sul, e se for terreno levemente
ondulado fazer canteiros contrários ao declive.

Produção de Mudas
- Escolher um local para produção de mudas; que tenha luz solar, água, e
proteção para as mudas.
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- Fazer planejamento definindo: o que plantar, em qual época, em qual


quantidade, o que utilizar no plantio, qual o custo de produção, para quem
fornecer o produto etc.
- Definir qual sementeira será usada, copinhos de jornal, copos de plástico
de diversos tamanhos, para cada tamanho de muda, sacos plásticos,
canteiro, barrela, bandejas, cartela de ovos etc.
- Confeccionar copinhos utilizando, jornal, latas de alumínio ou canos PVC
50 mm, deve-se cortar o jornal na medida de aproximadamente 15 cm de
largura, para que este seja enrolado no recipiente escolhido, terminando
de enrolar, deve-se dobrar a parte de cima para dentro, e a parte de baixo
deve ser torcida e pressionada para dentro do cano, se for lata deve ser
dobrada três vezes para dentro.
- Após o plantio da semente, e feito à cobertura das sementes com
substrato, deve-se cobrir a sementeira fazendo um telhado de proteção
com folhas de coqueiro ou sombrite.
- Como preparar do Substrato: deve ser usado 1 porção de terra de mata ou
terra preta, 1/2 de areia se necessário caso a terra usada seja argilosa, 1
de esterco, ¼ de casca de arroz carbonizada ou 1/5 de cinza, 20 g por
litro de substrato de supersimples.
- Na desinfecção do substrato deve-se umedecer o substrato, coloque-o em
um tambor metálico, tampe o tambor, o tambor ficará em aquecimento por
um período de 1 a 3 horas dependendo da quantidade de substrato nele
contida, em seguida resfriá-lo.
- A semeadura deve ser feita superficialmente sendo a profundidade de 3 a
4 vezes o tamanho da semente, e em seguida cobrir a semente com o
substrato.

Plantio definitivo
- Identificar época de plantio da cultura escolhida.
- Utilizar o espaçamento adequado para cada cultura, seguindo
recomendações do fabricante ou de manuais de olericultura ou planilha
em anexo.
- Identificar o local de plantio, se será definitivo em canteiro ou cova.
- A profundidade da semente deve ser de 3 a 4 vezes o tamanho da
semente.
- Antes da semeadura pode ser utilizado um marcador, feito de madeira de
fina espessura, afiada em baixo, tendo o espaçamento correto da cultura,
e este deve ser pressionado no canteiro para marcar as linhas de
semeadura.
- Após semeadura cobrir a semente com terra, substrato ou esterco coado,
e utilizar cobertura morta como: capim seco sem sementes, casca de
arroz, palha de feijão, bagaço de cana desintegrado, folha de palmeira e
outros. A cobertura morta tem, como finalidade, manter a umidade e a
temperatura e fazer o controle de ervas daninhas, a cobertura morta deve
ser retirada de cima do local que foi semeado após a germinação, e
colocado entre as plantas.

Transplante de Mudas
- Escolher a melhor muda, em seguida definir local para transplante de
mudas, canteiro ou covas, e plantar as mudas guardando espaçamento
recomendado para cada cultura.
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- Construção de covas; cavar um buraco de 30/30 cm de diâmetro e


profundidade, descartar metade da terra (a terra de baixo), utilizar a terra
de cima, deve-se mistura-la com esterco bem curtido na mesma
quantidade que foi descartada de terra, colocar 100g de N P K, 04-14-08 e
50 g de cal, para tomate colocar 200 g de N P K, misturar tudo e voltar
para a cova, fazer um buraco e colocar a muda sem pressionar muito para
não compactar a cova, e o espaço entre as covas é de acordo com o
espaçamento da cultura. Ao transplantar retirar a muda com cuidado para
não danificar as raízes, caso isto ocorra pode impedir, que a muda resista
ao transplante, as raízes fiquem expostas a doenças, e que atrase o seu
desenvolvimento, tardando a época de colheita. E ao transplantar de
preferência nas horas de temperaturas mais amenas, sendo no início da
manhã ou no final da tarde, e irrigar após o transplante, manter a irrigação
duas vezes ao dia até que estas fiquem bem pegas.

TRATOS CULTURAIS:

• Amontoa: É chegar terra ao pé da planta com a finalidade de estimular a


emissão de raízes e melhorar a absorção de nutrientes pela planta, bem como a
proteção de algumas partes das plantas.
• Desbrota: É o processo de retirada dos brotos laterais da planta para favorecer o
crescimento e produção de frutos maiores. Essa prática é muito utilizada no tomate
estaquiado. Também é utilizada por alguns agricultores na cultura do pepino na fase
inicial.
• Capação: É o processo de poda do broto apical ou ponta da haste ou guia
principal. Isso limita o crescimento da planta e força a maturação dos frutos. Em
tomate, a capação é feita geralmente a 1,70m de altura. Em caso de incidência de
doença que poderá afetar a produção o melhor é fazer a capação antecipada para
colher a produção existente.
• Raleação ou desbaste: É a retirada manual do excesso de plantas para
favorecer o desenvolvimento e o crescimento do seu potencial máximo. Na cova,
deixa-se a planta mais vigorosa ou duas plantas por cova, conforme o processo de
plantio. No plantio de cenoura, retiram-se os excessos e deixa uma planta a cada 5
cm. Na beterraba, deixe uma a cada 10 cm. Neste caso, as plantinhas arrancadas
podem ser aproveitadas para o replantio. Cenoura, nabo e rabanete, as plantas
arrancadas não servem para replantio. Aproximadamente 30 dias do plantio.
• Rotação de cultura: Para se fazer uma boa rotação de cultura, é preciso
observar a família botânica para não repetir uma cultura da mesma família. Pragas e
doenças costumam atacar plantas de uma mesma família, pois elas tiram os
mesmos nutrientes do solo. As plantas de uma mesma família geralmente têm
algumas características semelhantes. Exemplos: sementes, folhas, flores, etc.

CONTROLE DE INSETOS:

- Água de cebola: controla pulgões, não tem carência, não armazenar


mais de três semanas.
Coloque e bata no liquidificador uma cabeça média de cebola em um litro de
água. Ponha a mistura em uma garrafa e deixe-a tampada durante três a
quatro dias, quando a calda fica pronta para ser usada. Quando for aplicar o
inseticida, agite o litro, coe a mistura e coloque no pulverizador na proporção
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de 5 colheres de sopa da água de cebola para cada litro de água. Pulverize


sobre as plantas, procurando atingir os insetos.

- Água de alho: controla pulgões, não tem carência, não armazenar


mais de três semanas.
Bata no liquidificador duas cabeças médias de alho em um litro de água.
Coloque a mistura em uma garrafa tampada, deixando-a fermentar por três a
quatro dias. Ao usar a calda, coá-la e colocar no pulverizador na proporção de
5 colheres de sopa da mistura por litro de água e pulverizar sobre as plantas,
atingindo os insetos.

- Água de pimenta malagueta: controla lagartas da couve, não tem


carência, não armazenar mais de três semanas.
Coloque cerca de 1 litro de pimenta malagueta no liquidificador e ponha água
até cobri-las. Bata até dissolver as pimentas. Coloque a mistura numa garrafa
tampada, adicionar 50 g de cinza, deixando-as assim por 3 a 4 dias. Antes de
aplica-la, coe e coloque a calda no pulverizador na proporção de 5 colheres
de sopa para cada litro de água.

- Água de sabão: controla pulgões, não tem carência.


Dissolver 1 colher de sopa de sabão em pó ou o equivalente em pó em
pedaço ralado em 1 litro de água. Pulverizar ou regar as plantas, direcionando
o jato aos locais onde se encontram os insetos.

- Água de fumo: controla, pulgão, lagarta, piolho, cochonilha e


vaquinha, carência de no mínimo três dias.
Cortar 20cm (cerca de 1 palmo) de fumo de rolo, forte e grosso, e deixar de
molho em 1 litro de água durante 24 horas ou ferver a mistura durante 30
minutos. Coar a calda, colocar em uma garrafa transparente e com tampa,
deixando-a fermentar por 3 a 4 dias. Na hora de usar, diluir 5 colheres de
sopa a cada litro de água.
Importante: não utilizar esta calda na cultura do tomate.

- Água de Guiné (Tipi ou Gambá): repele insetos em geral, não tem


carência, não armazenar mais de três semanas.
Colocar um punhado de folhas de guiné cortadas em infusão em 1 litro de
água e deixar tampado por 3 dias. Depois disso pode se utilizar a infusão
misturando de 1 a 3 colheres para cada litro de água. Pulverize sobre as
plantas direcionando sobre os insetos.
Pode se fazer o mesmo com hortelã ou arruda.

- Extrato de primavera (Sempre Lustrosa ou Bougainville): controla o


tripés, não tem carência, não armazenar mais de três semanas.
Colocar 200 gr de folhas de primavera em 1 litro de água e triturar no
liquidificador. Coar e diluir em 20 litros de água e aplicar em toda a planta.
Não guardar a calda. Controla o tripé, transmissor do vírus do tomateiro.

- Urina de vaca: controla insetos em geral, não tem carência.


Recolher 1 litro de urina de vaca. Colocar em 1 litro com tampa e deixar
fermentar por 3 dias. Diluir 1 litro em 100 litros de água e aplicar nas plantas
folhosas.
Para plantas de frutos e raízes, diluir 1 litro em 50 litros de água.
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Controle de Formiga Cortadeira

Tem intenção de controlar os danos causados às plantas pelos insetos.


Barreiras Físicas: para proteger árvores, mudas, canteiros, usar garrafas plásticas
descartáveis sem o rótulo, em volta dos mesmos. O princípio de funcionamento é
impedir que as formigas cheguem às folhas.

Plantas repelentes ou tóxicas: hortelã, batata doce, salsa, mamona e gergelim


funcionam como repelentes ou intoxicantes. Deve-se plantá-las em volta de áreas de
cultivo. Elas funcionam bem quando a infestação é baixa. O gergelim, além de ótima
isca, também faz o controle. A semente do gergelim é tóxica e destrói o fungo que
serve de alimentação às formigas. Água quente funciona para formigueiros
pequenos.

Fumaça de escapamento (gás carbônico), queima de óleo diesel, dirigir a


fumaça da queima para as bocas principais (olheiros de entrada) através de
mangueiras por alguns minutos. Isto pode resultar em morte por asfixia ou
intoxicação. Deve-se procurar tapar os olheiros por onde começa sair a fumaça e
parar de colocá-la quando ela retornar pelo buraco por onde a colocamos.

Caça a rainha: consegue-se o controle de 100 % quando se mata a rainha


em formigueiros com 4 meses após a revoada. A isca granulada, também consegue
em bom controle deve ser usada na quantidade recomendada pelo fabricante,
colocada nos trieiros ou próximo ao formigueiro, pode ser colocada em uma garrafa
descartável de 2 litros e retirada a tampa com um furo no fundo para não molhar a
isca que perderá o efeito caso isto ocorra, não pegar com a mão porque as formigas
sentirão o cheiro humano e não carregará e também não se deve jogar dentro do
formigueiro que elas colocarão para fora.

Como controlar lesmas e caracóis

Usar sacos de aniagem úmidos: colocar sobre o solo sacos de aniagem


umedecidos nos locais de maior incidência de lesmas e caracóis, deixando durante
um dia. Depois se retira o mesmo e as lesmas ficam agarradas embaixo, podemos
então matá-las, queimando-as ou afogando-as. Isto funciona porque eles gostam de
lugares úmidos e procurarão abrigo embaixo dos sacos, ficando aí grudados.
Infusão de losna (Artemísia sp): derramar 1 litro de água fervente sobre 30 g de
folhas de losna. Tapar e deixar durante 10 minutos. Depois diluir em 10 litros de
água e pulverizar sobre as plantas e solo.

Cinza ou Cal: espalhar à noite, nas bordas dos viveiros ou canteiros uma
faixa de 15 cm de largura de cinza ou cal, que grudam no corpo, matando-os.

Problemas com aves


Algumas aves atacarem as plantinhas pequenas, co o a alface, almeirão e
chicória. Para evitar fincar estaquinhas de madeira (espetinho de churrasco ou
bambu) de 20 cm nas extremidades do canteiro. Usando um barbante comprido, fios
de fita k7, amarrar as pontas nestas estacas e trançar um emaranhado. Pendurar
pedaços de papel de alumínio ou plástico (reutilização de materiais) nos fios, isto
espantará aves. Retirar quando a planta estiver alcançando o barbante.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Rio de Janeiro: Reader´s Digest Brasil LTDA, 2002.
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