Você está na página 1de 74

1

EDITAL PM-PE 2018:


CONHECIMENTOS DE PORTUGUÊS:

Leitura e Interpretação de textos.

Aspectos semânticos do vocabulário da língua (noções de polissemia, sinonímia e


antonímia).

Relações coesivas e semânticas (de causalidade, temporalidade, finalidade,


condicionalidade, finalidade, comparação, oposição, adição, conclusão, explicação, etc.)
entre orações, períodos ou parágrafos, indicados pelos vários tipos de expressões
conectivas ou sequenciadores (conjunções, preposições, advérbios, etc.)

Expressão escrita: divisão silábica, ortografia e acentuação (v. Reforma Ortográfica vigente).
Traços semânticos de radicais, prefixos e sufixos. Pronomes de tratamento.

Normas da flexão dos verbos regulares e irregulares. Formação de Palavras: Derivação,


Composição, Hibridismo, etc.

Efeitos de sentido decorrentes do emprego expressivo dos sinais de Pontuação. Padrões de


concordância verbal e nominal.

Padrões de regência verbal e nominal.

Emprego do sinal indicador de crase.

Questões notacionais da língua: Por que, por quê, porque ou porquê; Mal ou mau; Mais ou
mas; Meio ou meia; Onde ou aonde; Estar ou está. Figuras de linguagem.
3

SUMÁRIO:
LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS ................................................................................................. 5
DICAS DE INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS ............................................................................................... 5
COESÃO, COERÊNCIA E SENTIDO ........................................................................................................ 6
ELEMENTOS EXOFÓRICOS ................................................................................................................... 7
MECANISMOS DE COESÃO TEXTUAL .................................................................................................. 7
SEMÂNTICA ........................................................................................................................................... 11
SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS .............................................................................................................. 11
POLISSEMIA ....................................................................................................................................... 12
POLISSEMIA E AMBIGUIDADE ........................................................................................................... 12
POLISSEMIA E HOMONÍMIA.............................................................................................................. 13
HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS ........................................................................................................... 13
HOMÔNIMOS: ....................................................................................................................................... 13
PARÔNIMOS: ......................................................................................................................................... 13
EXPRESSÃO ESCRITA ............................................................................................................................. 14
DIVISÃO SILÁBICA.............................................................................................................................. 14
ORTOGRAFIA: USO DOS ACENTOS GRÁFICOS ................................................................................... 15
ACENTOS GRÁFICOS .............................................................................................................................. 20
TRAÇOS SEMÂNTICOS DE RADICAIS, SUFIXOS E PREFIXOS................................................................... 21
NORMAS DA FLEXÃO DOS VERBOS REGULARES E IRREGULARES ......................................................... 23
VERBOS REGULARES ......................................................................................................................... 23
VERBOS IRREGULARES ...................................................................................................................... 29
FORMAÇÃO DE PALAVRAS .................................................................................................................... 35
USO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO ......................................................................................................... 36
SINTAXE DE CONCORDÂNCIA E REGÊNCIA ........................................................................................... 43
CONCORDÂNCIA VERBAL .................................................................................................................. 43
CONCORDÂNCIA NOMINAL .............................................................................................................. 46
REGÊNCIA VERBAL ............................................................................................................................ 48
REGÊNCIA NOMINAL ......................................................................................................................... 52
USO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE................................................................................................... 56
4

USO OBRIGATÓRIO DA CRASE: ......................................................................................................... 57


USO FACULTATIVO DA CRASE ........................................................................................................... 59
QUANDO NÃO USAR CRASE .............................................................................................................. 60
GRAFIA DE PALAVRAS ........................................................................................................................... 60
FIGURAS DE LINGUAGEM...................................................................................................................... 63
LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
5

DICAS DE INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

DICA 1 – Coloque as orações na ordem direta – sujeito, verbo e predicado. Isso porque alguns
textos, principalmente, os literários, como poemas e crônicas, usam muitos recursos estilísticos.

DICA 2 – Observe os detalhes, em textos como gráficos, por exemplo os detalhes fazem toda a
diferença na interpretação. Muitas vezes um olhar mais atento a um gráfico ou a um dado
estatístico já resolve a questão.

DICA 3 – Essa dica é um exercício diário de interpretação.Durante as conversas do seu dia a dia tente
interpretar as entrelinhas dos diálogos que você tem com sua família e amigos. Quando não
entender, pergunte: “você quis dizer isso ... ou eu interpretei de maneira errada suas palavras?” Tal
dica é abstrata, mas pode ser útil para interpretar textos.

DICA 4 – Faça da leitura um hábito. Leia textos longos e com características diversas. Um texto
literário, por exemplo, é diferente de um texto informativo. Quanto mais se lê com profundidade,
mais se aprende.

DICA 5 – Leia mais poesias e ouça mais músicas. As poesias e as músicas têm uma dificuldade a mais
de serem interpretadas, pois é necessário tentar entender as intenções do autor. O eu lírico, o que
ele quis dizer. Músicas dos anos 70, 80 e poesias são interessantes para afinar a capacidade de
interpretação.
DICA 6 – Leia charges e
tirinhas. Muitas vezes, a
banca não traz “textos
secos”. Para ilustrar e até
deixar a prova mais leve,
algumas questões utilizam
charges e tirinhas com
personagens conhecidos.

DICA 7 – Interpreta as orações e os períodos. Cada oração tem um objetivo no texto. Um trecho
pode ser: explicativo, adversativo, concessivo etc. Cada conectivo tem uma função. É importante,por
isso, observar cada um e seu contexto.

DICA 8 – Leia textos mais complexos. Para isso, utilize um dicionário ou pesquise na internet o
significado das palavras que não são comuns no seu dia a dia. Aumente seu vocabulário em
conversas diárias. Muitas vezes, a banca usa palavras desconhecidas para dificultar a vida do
concurseiro.

DICA 9 – Procure outras fontes. Por exemplo, veja vídeos de professores com outras formas de
interpretação, outras técnicas e outras dicas. Não se limite a um material.

DICA 10 – Marque as partes importantes do texto. Na hora da prova, ganhar tempo é fundamental.
Alguns frases ou trechos de um texto conseguem sintetizar a ideia do autor. Grife com a sua caneta
as que achar mais relevantes. 6

COESÃO, COERÊNCIA E SENTIDO

Coesão e coerência textual são dois elementos que FAZEM COM QUE UM TEXTO CUMPRA SUA
FUNÇÃO COMUNICACIONAL. E isso serve para todos os tipos de produção textual, seja uma
dissertação, um e-mail, uma poesia ou uma carta.

Apesar de trabalharem juntas, ELAS NÃO SÃO A MESMA COISA.

O QUE É COESÃO?

De modo simples, a coesão é o USO DE ESTRUTURAS GRAMATICAIS QUE GARANTEM A


LINEARIDADE DO TEXTO, facilitam a leitura e constroem um sentido interno ao texto.

Sem o domínio dos elementos de coesão, o texto não estará harmônico para ser bem
compreendido pelo leitor.

Para tal, o escritor vai precisar usar os chamados elementos de referência que podem ser:

ENDOFÓRICOS e EXOFÓRICOS.

ELEMENTOS ENDOFÓRICOS:

Estes são os elementos responsáveis pela ligação entre tudo que está dentro do texto. Eles
sãodivididos em:

ANAFÓRICOS  quando se referem a um termo já citado CATAFÓRICOS  quando se referem a um


termo posterior.
7
OBSERVE O EXEMPLO:

Rex e Lulu são animais de estimação. Eles foram adotados por Júlia e agora ambos vivem no
apartamento dela.

O pronome “eles” se refere à Rex e Lulu, é um elemento ANAFÓRICO, porque o nome dos dois
já havia sido mencionado, da mesma forma que o pronome “ambos”.

Agora veja um exemplo de uma frase com um elemento catafórico:

Ela encantava a todos com seus movimentos precisos e delicados, a dançarina mascarada.

O pronome “ela” aparece antes da informação de quem faz movimentos precisos e delicados, ou seja, a
dançarina mascarada. Por isso, tem uma função CATAFÓRICA.

ELEMENTOS EXOFÓRICOS

Estes elementos são aqueles que APONTAM PARA FORA DO TEXTO, que precisam ser
contextualizados — a apenas por meio do contexto é possível aferir de quem ou do que se fala.

Para esta função, são bastante utilizados os pronomes demonstrativos.

VEJA OS EXEMPLOS:

Naquela parede nós colocaremos um quadro.

Esta blusa é mais bonita que aquela.

MECANISMOS DE COESÃO TEXTUAL

Além de entender a importância da coesão e como ela influencia na coerência, É NECESSÁRIO


CONHECER OS RECURSOS E TIPOS DE COESÃO TEXTUAL.

Alguns recursos essenciais que promovem a harmonia dos elementos do texto são:
 Ordenação correta das palavras nos períodos;
8
 Utilização correta das flexões nominais, como a flexão de gênero e número;
 Uso adequado das flexões verbais, como a flexão de: número, pessoa, modo e tempo;
 Uso correto das preposições e conjunções.

De modo geral, TODA PALAVRA QUE TEM FUNÇÃO DE CONECTIVO PODE SER
CONSIDERADA COMO UM ELEMENTO DE COESÃO que compõem esses recursos essenciais
alguns deles são:

 Conjunções que são responsáveis por organizar ideias opostas ou complementares;


 Pronomes que retomam partes anteriores ou que serão mencionadas a seguir e advérbios.

EXEMPLOS:

Manu saiu de casa para ir ao supermercado, mas (conjunção) estava chovendo, então (conjunção
conclusiva) retornou ao seu (pronome) quarto para (locução prepositiva de finalidade) pegar o guarda-
chuva, o qual (pronome relativo) estava na gaveta.

Percebeu a variedade de conectivos que um período pode ter? Elas são responsáveis por estabelecer as
inter-relações entre os termos, frases, orações e parágrafos.

Ampliar seu vocabulário e memorizar os principais conectivos evita a repetição de alguns elementos,
o que tornaria seu texto repetitivo.

Atenção às tabelas a seguir com os mais cobrados em prova:

OS TRÊS ELEMENTOS EM SÍNTESE, VEJA:

COESÃO:

conectivos do texto, o que GARANTE LIGAÇÃO ENTRE AS PARTES.

COESÃO FRÁSICA = coesão geral presente no interior de uma frase

COESÃO INTERFRÁSICA = relação de interdependência enunciados

COERÊNCIA:
É a própria LÓGICA DE IDEIAS DENTRO DO TEXTO.
9

SENTIDO:

Mensagem transmitida.
TERMOS REFERENCIAIS

Qual elemento é retomado?

ESTE Indica o termo que se referiu por último


ESSE Referência ao penúltimo termo
Referência ao termo ao primeiro termo
AQUELE mencionado

Próximos DA PESSOA COM QUEM SE FALA. Em relação ao


ESSE, ESSA, tempo, éusado no passado ou futuro.
ISSO
ESTE, ESTA, Próximos do FALANTE. Em relação ao tempo, são usados no
ISTO presente.

CONECTIVOS COORDENATIVOS

Qual a ideia introduzida?

ADIÇÃO e; não só..., mas também; nem; bem como


ALTERNATIVA ou...ou; ora...ora; quer...quer; seja...seja
ADVERSATIVA mas; contudo; todavia; entretanto; não obstante; ainda sim
EXPLICATIVA pois (antes do verbo); porquanto; ou seja, na verdade
CONCLUSIVA logo; pois (depois do verbo); portanto; assim; na verdade

CONECTIVOS SUBORDINATIVOS

Qual a ideia introduzida?


CONCESSÃO conforme, segundo, como, consoante 10
CONFORMIDADE conforme, segundo, como, consoante
CAUSA porque, uma vez que, sendo que, visto que, porquanto
CONSEQUÊNCIA de forma que, de modo que
CONDIÇÃO se, caso, contanto que, a menos que
COMPARAÇÃO como, tal qual, assim como
FINALIDADE a fim de que, para
TEMPO quando, enquanto, sempre, nunca
PROPORCIONALIDADE à medida que, à proporção que

OBSERVAÇÃO: alguns conectivos têm plurissignificações (e; mas; ou; pois; como; desde que).

É NECESSÁRIO AVALIAR O CONTEXTO!

ATENÇÃO!

PROPORCIONAL
À MEDIDA QUE
Obs: “à medida EM que” NÃO EXISTE.
CAUSAL
NA MEDIDA EM QUE
Para Memorizar: “só Jesus NA causa”

ADVERSATIVO
NÃO OBSTANTE
Quando trocado por MAS
CONCESSIVO
NÃO OBSTANTE
Quando trocado por “EMBORA”

REESCRITA, SUBSTITUIÇÃO DE TERMOS

QUE o qual, a qual


A ao qual, à qual
QUE
em que, no qual, na qual
ONDE
Atenção!! ONDE sempre poderá ser substituído por EM QUE, mas EM QUE só
podeser substituído por ONDE para lugar físico
DE do qual, da qual
QUE
POR
pelo qual, pela qual
QUE
11

MUITA ATENÇÃO AO CUJO! NÃO pode trocar “cujo/cuja” por nenhum outro, nem meter “A”antes
dele.

 Ideia de posse
 Cujo aponta para trás, mas concorda com a frente
 Trocar “que” por “cujo” ok
 Trocar “cujo” por “que” NÃO

DICA: não enfie nada no seu cujo/cuja, nem artigo.

SEMÂNTICA

A Semântica é a área da Linguística que é responsável por ESTUDAR O SIGNIFICADO OU OS


SENTIDOS DE TODAS AS PALAVRAS, frases ou textos da Língua Portuguesa. Vale ressaltar que
Linguística é a ciência que estuda a linguagem.

A palavra “semântica” tem origem na palavra grega semantikos, que significa “aquilo que tem
sentido”, e seu estudo é fundamental para compreendermos o emprego correto das palavras. A
semântica pode ser dividida em duas vertentes:

Dentro da Semântica, as palavras foram classificadas de acordo com as relações que têm entre si.

Portanto, podemos dividir a semântica em:

SINONÍMIA E ANTONÍMIA: estuda palavras que são sinônimas e antônimas;

HOMONÍMIA E PARONÍMIA: estuda as palavras que são homônimas e parônimas;

POLISSEMIA: estuda palavras que são polissêmicas;

CONOTAÇÃO E DENOTAÇÃO: estuda o sentido conotativo e denotativo das palavras.

SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS

SINÔNIMOS: A Sinonímia é a área da Semântica que estuda as palavras que são sinônimas. Essas
palavras possuem significado ou SENTIDO SEMELHANTE, sendo bastante utilizada principalmente na
produção de textos.
Tipos de Sinônimos: 12

SINÔNIMOS PERFEITOS: são palavras que possuem significados idênticos, por exemplo: após e
depois; calmo e tranquilo, etc;

SINÔNIMOS IMPERFEITOS: são palavras que possuem significados semelhantes, mas não idênticos,
por exemplo: gostar e estimar; cidade e município.

EXEMPLOS DE SINÔNIMOS:

Belo e bonito; carinho e afeto; brado e grito; carro e automóvel; bruxa e feiticeira; cão e cachorro;casa
e lar; calmo e tranquilo.

ANTÔNIMOS: A Antonímia é a área da Semântica responsável por estudar as palavras que são
antônimas. Essas palavras possuem significados EXATAMENTE CONTRÁRIOS UMA DA OUTRA.

EXEMPLOS DE ANTÔNIMOS

Aberto e fechado; bom e mau; alto e baixo; bonito e feio; amor e ódio; certo e errado.

POLISSEMIA

Polissemia é a área da Semântica que estuda a multiplicidade de significados de uma palavra. Uma
palavra polissêmica pode apresentar DIFERENTES SIGNIFICADOS CONFORME O CONTEXTO em que
está inserida.

EXEMPLOS DE POLISSEMIA:

 A letra da música é muito boa


 A letra do estudante é difícil de entender
 Meu nome se inscreve com a letra R

A palavra “LETRA” é um TERMO POLISSÊMICO, pois ela abrange significados diferentes dependendo
do contexto que foi utilizada. Na primeira frase ela significa canção, na segunda ela é utilizada como
caligrafia, e na terceira como letra do alfabeto.

POLISSEMIA E AMBIGUIDADE

A Polissemia pode ser confundida com a ambiguidade. Nesse caso, a frase adquire duplo sentido na
interpretação.
Por exemplo:
13
O ladrão matou o policial dentro de sua casa (Na casa de quem? Do próprio policial ou do ladrão?).

A ambiguidade faz com que haja DUPLO SENTIDO na interpretação da sentença, o que não acontece
nos casos da Polissemia. Os termos polissêmicos mudam o seu significado de acordo com o contexto
em que estão, e não há confusão na interpretação da sentença.

POLISSEMIA E HOMONÍMIA

Como veremos mais à frente, a Homonímia também diz respeito às multiplicidades de significados
de uma palavra. A diferença entre palavras homônimas e polissêmicas está em suaorigem.

Nos exemplos relacionados à letra que vimos acima, todos os significados para o termo letra
possuem a mesma origem e o mesmo conceito: a escrita. No caso das palavras homônimas, elas são
idênticas, mas possuem origem e conceitos diferentes.

Por exemplo:

A palavra banco pode ser um assento, uma agência bancária, ou o ato de pagar algo. Os três
conceitos que a palavra pode adquirir não se relacionam em momento algum, diferente da
Polissemia.

HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS

HOMÔNIMOS:

A Homonímia é a área da Semântica que estuda as palavras que possuem a MESMA PRONÚNCIA
(e em alguns casos a mesma escrita) mas que possuem SIGNIFICADOS DIFERENTES. As palavras

homônimas podem ser classificadas em:

Homógrafas: palavras com a mesma escrita, mas que possuem pronúncias diferentes. Por
exemplo: colher (verbo) e colher (substantivo); jogo (substantivo) e jogo (verbo).

Homófonas: palavras com a mesma pronúncia, mas que possuem escritas distintas. Por exemplo:
concerto (show de música) e conserto (reparo); acender (atear) e ascender (subir).

Perfeitas: são palavras que possuem escrita e pronúncia iguais. Por exemplo: caminho
(substantivo) e caminho (verbo); uso (verbo) e uso (substantivo); livre (adjetivo) e livre (verbo).

PARÔNIMOS:

A Paronímia é a área da Semântica que estuda as palavras parônimas, que são palavras
que se assemelham na escrita e na pronúncia, mas que possuem significados distintos.
14
 Absolver (perdoar) absorver (aspirar)
 Cavaleiro (que cavalga) e cavalheiro (homem gentil)
 Comprimento (extensão) cumprimento (saudação)
 Descrição (ato de descrever) Discrição (prudência)
 Fluir (transcorrer, decorrer), fruir (desfrutar)
 Tráfego (trânsito) Tráfico (comércio ilegal)
 Soar (produzir sons) Suar (transpirar)

DICA: a diferença entre os homônimos e os parônimos é que, no caso dos termos homônimos,ou a
escrita ou a pronúncia ou ambos SERÃO IGUAIS EM ALGUM MOMENTO.
Os parônimos somente se assemelham em escrita e pronúncia, mas eles NUNCA SÃO
EXATAMENTE IDÊNTICOS.

EXPRESSÃO ESCRITA

DIVISÃO SILÁBICA

Quando falamos, emitimos sons, uma palavra é formada por segmentos de sons, esses chamamos
de sílaba. Então, divisão silábica é quando dividimos, na escrita, os segmentos de sons que emitimos
ao pronunciá-la.

Baseando-se nisso, classificamos as palavras de acordo com sua separação silábica, observe:

-Monossílaba: formada por uma única sílaba (ex: pé, ré,pá...)

-Dissílaba: formada por duas sílabas (ex: ca-fé, lu-ta, me-as...)

-Trissílaba: formada por três sílabas (ex: mú-si-ca, a-çú-car, cír-cu-lo...)

-Polissílaba: formada por mais de três sílabas (ex: po-lí-ti-ca, re-cu-pe-ra-ção, bor-bo-le-ta...)

Veja como separar corretamente as sílabas:

SEPARAM-SE:

a) Hiato: sa-ú-de, ru-í-do, ba-la-ús-ter.


b) Encontro consonantal imperfeito: dig-no, af-tas, al-mo-ço.
c) Dígrafo RR, SS, SC, SÇ, XC e XS: carro, pás-as-ro, ex-ce-ção, des-cer.

NÃO SE SEPARAM:

a) Ditongo: ca-cau, a-pai-xo-na-do, cui-da-do.


b) Tritongo: pa-ra-guai, sa-guão, a-guou.
c) Encontro consonantal perfeito: pro-va, fri-o, pú-bli-co.
d) Dígrafo CH, LH, NH, GU, QU, AM, EM, IM, OM, UM, AN, EN, IN, ON, UN: cha-péu, om-bro,
vinho.
PS: Se alguma consoante ficar solta dentro da palavra e não formar sílaba com a vogal posterior, ela
15
pertencerá à sílaba anterior. Ex: E-clip-se.

BIZU: quando temos um prefixo, se após ele existir uma vogal, forma sílaba normalmente. Mas se
aos ele existir uma consoante, ele fica isolado e depois separa a sílaba normalmente.

ORTOGRAFIA: USO DOS ACENTOS GRÁFICOS

REGRAS DE ACENTUAÇÃO DAS PALAVRAS OXÍTONAS

As oxítonas, palavras onde a última sílaba é tônica, devem ser acentuadas graficamente em
alguns casos específicos. Confira, a seguir, as regras de acentuação de oxítonas.

Sílaba tônica terminada em vogal tônica -a, -e e -o

Oxítonas com sílaba tônica terminada em vogal tônica -a, -e e -o, seguidas ou não de -s, são
acentuadas.

Exemplos:

Pajé, vocês, crachá, aliás, mocotó, apó

Ditongo nasal -em ou -ens

Oxítonas com sílaba tônica terminada em ditongo nasal -em ou -ens são acentuadas.

Exemplos:

Além, também, amém, armazéns, conténs, parabéns

Ditongo aberto -éu, -éi ou -ói, seguido ou não de -s

Oxítonas com sílaba tônica terminada em ditongo aberto -éu, -éi ou -ói, seguido ou não de -s, são
acentuadas

Exemplos:

Mausoléu, véus, herói, sóis, fiéis, anéis

REGRAS DE ACENTUAÇÃO DE PALAVRAS PAROXÍTONAS


O que define a acentuação de uma paroxítona, palavra onde a penúltima sílaba é tônica, é a sua
terminação. Veja abaixo as regras de acentuação de paroxítonas. 16

DICA DE OURO: as paroxítonas não terminadas em A, AS, E, ES, O, OS, EM, ENS são acentuadas.

Paroxítonas terminadas em -r, -l, -n, -x e -ps

As palavras paroxítonas terminadas em R, L, -N, -X E -PS SÃO ACENTUADAS.

Exemplos:

Caráter, esfíncter, fóssil, réptil, líquen, lúmen, tórax, córtex, bíceps, fórceps

Paroxítonas terminadas em -ã e -ão

Paroxítonas terminadas em -ã e -ão, seguidas ou não de -s, são acentuadas.

Exemplos:

Órfã, órfãs, ímã, ímãs, órgão, órgãos, sótão, sótãos, bênção, bênçãos

Paroxítonas terminadas em -um e -uns

São acentuadas todas as palavras paroxítonas terminadas em -um e -uns.

Exemplos:

Fórum, fóruns, quórum, quóruns, álbum, álbuns

Paroxítonas terminadas em -om e -nos

Recebem acento gráfico todas as paroxítonas que têm terminação -om ou -ons.

Exemplos:

Iândom, prótons, elétrons, nêutrons

Paroxítonas terminadas em -us


São acentuadas as palavras paroxítonas terminadas em -us.
Exemplos: 17

Ânus, vírus, ônus, húmus, bônus, tônus, Vênus

Paroxítonas terminadas em -i e -is


As palavras paroxítonas terminadas em -i seguido ou não de -s, são graficamente acentuadas.

Exemplos:

Cáqui, bílis, júri, oásis, beribéri, biquíni, cútis, grátis, lápis, táxi

Paroxítonas terminadas em -ei e -eis


Recebem acento gráfico as palavras paroxítonas cuja terminação é -ei ou -eis.

Exemplos:

Hóquei, jóquei, pônei, saudáveis, amásseis, cantásseis, fizésseis

REGRAS DE ACENTUAÇÃO DE PALAVRAS PROPAROXÍTONAS

As regras de acentuação das proparoxítonas, palavras onde a antepenúltima sílaba é tônica,


instituem que elas sejam sempre acentuadas.

Assim, TODA PROPAROXÍTONA É ACENTUADA.

Exemplos:

Líquido, lâmpada, ácaro, pássaro, trânsito, tática, exército, médico, bárbaro, árvore.

NOVAS REGRAS DE ACENTUAÇÃO APÓS O ACORDO ORTOGRÁFICO

Em 2009, quando o Acordo Ortográfico de 1990 entrou em vigor no Brasil, a acentuação gráficade
algumas palavras foi suprimida.

Confira abaixo casos que perderam o acento de acordo com a nova ortografia.
Ditongos abertos -oi e -ei em palavras paroxítonas
18
Em palavras paroxítonas, os ditongos abertos -oi e -ei deixaram de ser acentuados.

Exemplos:

JÓIA  JOIA
ALCALÓIDE  ALCALOIDE
ANDRÓIDE  ANDROIDE
ASTERÓIDE  ASTEROIDE
GELÉIA  GELEIA
IDÉIA  IDEIA
ASSEMBLÉIA  ASSEMBLEIA
EUROPÉIA  EUROPEIA

Vogais -i e -u precedidas de ditongo em paroxítonas

Em palavras paroxítonas, as vogais -i e -u precedidas de ditongo deixaram de ser acentuadas.

Exemplos:

FEIÚRA  FEIURA
BAIÚCA  BAIUCA
BOCAIÚVA  BOCAIUVA
BOIÚNO  BOIUNO
CAUÍLA  CAUILA
MAOÍSTA  MAOISTA
TAOÍSMO  TAOISMO

Vogal tônica fechada -o de -oo em paroxítonas

Nas palavras paroxítonas, a vogal tônica fechada -o de -oo deixa de ser acentuada.

Exemplos:

ENJÔO  ENJOO
VÔO  VOO
ZÔO  ZOO
MAGÔO  MAGOO
19
PERDÔO  PERDOO

Hiato de paroxítona cuja terminação é -em


Deixam de ser acentuadas as palavras paroxítonas cuja terminação é -em, e que possuem -e tônico
em hiato. Isso ocorre com a terceira pessoa do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo.

Exemplos:

VÊEM  VEEM
LÊEM  LEEM
CRÊEM  CREEM
DÊEM  DEEM
DESDÊEM  DESDEEM
REVÊEM  REVEEM
RELÊEM  RELEEM

Paroxítonas homógrafas

O acento diferencial deixou de ser usado em paroxítonas homógrafas.

As homógrafas são palavras que têm a mesma grafia, mas apresentam significados diferentes.

Exemplos:

(VERBO PARAR) PÁRA  PARA


(SUBSTANTIVO) PÊLO  PELO

Antes do Acordo Ortográfico, a flexão do verbo “parar” era acentuada para que fosse
diferenciada da preposição “para”. Depois do Acordo, ambas são escritas sem acento.

Exemplos:

Antes do Acordo Ortográfico: Ele sempre pára nessa loja para comprar chiclete.

Depois do Acordo Ortográfico: Ele sempre para nessa loja para comprar chiclete.

No caso do substantivo “pelo”, a acentuação aplicada antes do Acordo Ortográfico estabelecia a


diferença em relação à palavra “pelo”, que tem função de preposição. Confira abaixo.
Exemplos: 20

Antes do Acordo Ortográfico: Passei a mão pelo pêlo do cachorro.

Depois do Acordo Ortográfico: Passei a mão pelo pelo do cachorro.

Palavras com trema

O uso do trema foi suprimido em palavras portuguesas ou aportuguesadas.

Exemplos:

LINGÜIÇA  LINGUIÇA
ENXÁGÜE  ENXÁGUE
EQÜINO  EQUINO
FREQÜÊNCIA  FREQUÊNCIA
LINGÜÍSTICA  LINGUÍSTICA
BILÍNGÜE  BILÍNGUE

O trema mantém-se apenas em nomes próprios estrangeiros ou em palavras deles derivadas.

Exemplos:

• Müller
• mülleriano
• Hübner
• Hübneriano

ACENTOS GRÁFICOS

Os acentos gráficos são sinais que indicam na escrita das palavras, a pronúncia da vogal de
determinada sílaba. São eles: acento agudo, acento circunflexo, acento grave e til.

ACENTO AGUDO:
O acento agudo é representado pelo sinal gráfico ´ e indica que a vogal tem pronúncia aberta na
sílaba tônica de determinada palavra.

Exemplos:

 ÁREA
 ÉPOCA
21
 RELÓGIO

ACENTO CIRCUNFLEXO:
O acento circunflexo é representado pelo sinal gráfico ^ e indica que a vogal tem pronúncia
fechada ou anasalada na sílaba tônica de determinada palavra.

Exemplos:

 ACADÊMICO
 ÂMBITO
 VOCÊ

ACENTO GRAVE:

O acento grave é representado pelo sinal gráfico ` e indica crase da preposição “a” com os artigos “a”
ou “as”, ou crase da preposição “a” com um pronome demonstrativo que inicie com a letra “a”.

O acento grave não assinala a sílaba tônica.

Exemplos:

 À (PREPOSIÇÃO “A” + ARTIGO “A”)


 ÀQUELE (PREPOSIÇÃO “A” + PRONOME DEMONSTRATIVO “AQUELE”)
 ÀQUILO (PREPOSIÇÃO “A” + PRONOME DEMONSTRATIVO “AQUILO”

Til

O til é representado pelo sinal gráfico ~ e indica que a vogal de determinada palavra tem som nasal.

O til nem sempre assinala a sílaba tônica.

TRAÇOS SEMÂNTICOS DE RADICAIS, SUFIXOS E PREFIXOS

Assim como a matéria é formada por moléculas, as palavras também possuem estruturas menores
que elas, que as formam, chamamo-la de morfemas.

Morfemas é a menor unidade linguística que possui significado e formam palavras ou alteram seu
significado. Ex.: gratos. Essa palavra é formada por 3 morfemas.

grat= morfema que é a base do significado;

o= morfema que indica o gênero;


s=morfema que indica o número plural.
22

Radical: é o morfema que possui a significação, a essência, da palavra. Também conhecido como
morfema lexical.

Ex: PEDRa, PEDRegulho, PEDReiro, PEDRinha...

Desinência: é o morfema que serve para flexionar o número, o gênero, o tempo ou o modo das
palavras. São elementos que aparecem no final, chamamos também de morfema flexional.

Desinências nominais (gênero e número).

Desinências verbais (pessoa/número e modo/tempo).

Ex:

Cantoras: CANT (RADICAL) + ORA (desinência nominal de gênero feminino) + S (desinência


nominal de número plural).

Chorávamos: CHORÁ (RADICAL) + VA (desinência verbal modo-temporal) + MOS (desinência


verbal número-pessoa).

Vogal temática: É o morfema que faz a ligação entre o radical e as desinências, ela também nos
mostra a conjugação do verbo.

1º conjugação: vogal temática A. Ex: cantar, girar, pular, estudar.

2º conjugação: vogal temática E. Ex: bater, pertencer, ler, aprender.

3º conjugação: vogal temática I. Ex: sorrir, pedir, colorir, abrir.

Tema: é a união do radical com a vogal temática. Observe: bebe (BEB + E), canta (CANT + A), sorri
(SORR + I).

Afixos: são ligados ao radical e são divididos em duas categorias, prefixos e sufixos.

Prefixo: morfema que aparece anteposto ao radical: ingrato, remoer...

Sufixo: morfema que aparece posposto ao radical: lealdade, sorridente...

Vogal e consoante de ligação: são livres de significação e servem para ligar morfemas com a
finalidade de facilitar a fala. Ex: camareira. Cama+ eira, camaReira.
23

PRONOMES DE TRATAMENTO

PRONOME DE TRATAMENTO

PRONOME ABREVIAÇÃO EMPREGO

SINGULAR PLURAL

Você V ----------------- Tratamento íntimo / familiar

Vossa alteza V.A VV.AA Príncipes, duques, princesas

Vossa Eminência V.Emª V.Emª Cardeais

Vossa excelência V.Exª 𝑉𝑉. 𝐸𝐸𝑥𝑥 𝑎𝑎𝑎𝑎 Altas autoridades do governo e


oficiais das forças armadas

Vossa magnificência V.Magª 𝑉𝑉. 𝑀𝑀𝑀𝑀𝑔𝑔𝑎𝑎𝑎𝑎 Reitores de universidades

Vossa majestade V.M VV.MM Reis e imperadores

Vossa meritíssima Usado por extenso Juiz de Direito

Vossa reverendíssima V.Re𝑣𝑣 𝑚𝑚 ª 𝑉𝑉. 𝑅𝑅𝑅𝑅𝑣𝑣 𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 Sacerdotes

Vossa senhoria V.Sª 𝑉𝑉. 𝑆𝑆 𝑎𝑎𝑎𝑎 Altas autoridades

Vossa santidade V.S ----------------- papa

Senhor/Senhora Sr./Srª. Srs./𝑆𝑆𝑟𝑟 𝑎𝑎𝑎𝑎 . -------------------------------------

NORMAS DA FLEXÃO DOS VERBOS REGULARES E IRREGULARES

VERBOS REGULARES

São verbos que quando conjugados não sofrem modificação em seu radical. E seguem a um modelo
de conjugação invariável.

Existem 3 formas de conjugação:

1° conjugação: verbos terminados em –ar: falar, pular, caminhar, andar,…

2° conjugação: verbos terminados em –er: ler, saber, sofrer, viver,…

3° conjugação: verbos terminados em –ir: partir, abrir, sair, rir,…

Alguns verbos sofrem alterações particulares na escrita ou pronúncia. Veja a seguir:


Escrita:
24
Pegar: Pego, Pegas, Pegues, Peguemos
Caçar: Caço, Caças, Cace, Cacemos

Pronúncia:
Averiguar: averiguo/ averíguo
enxaguar: enxaguo/ enxáguo

obs.: nestes casos, são admitidas as duas formas de pronúncia.

Dica: para descobrir se um verbo é regular, conjugue-o no Presente e no Perfeito do Indicativo. Se


for regular em ambas as formas, então trata-se de um verbo regular.

CONJUGAÇÃO DOS VERBOS REGULARES

1° Conjugação: Verbo Falar no Modo Indicativo (RADICAL: FAL)


Presente
• Eu falo
• Tu falas
• Ele/ela fala
• Nós falamos
• Vós falais
• Eles/elas falam

Pretérito Perfeito
• Eu falei
• Tu falaste
• Ele/ela falou
• Nós falamos
• Vós falastes
• Eles/elas falaram

Pretérito Imperfeito
• Eu falava
25
• Tu falavas
• Ele/ela falava
• Nós falávamos
• Vós faláveis
• Eles/elas falavam

Pretérito Mais que perfeito


• Eu falara
• Tu falaras
• Ele/ela falara
• Nós faláramos
• Vós faláreis
• Eles/elas falaram

Futuro do Presente
• Eu falarei
• Tu falarás
• Ele/ela falará
• Nós falaremos
• Vós falareis
• Eles/elas falarão

Futuro do Pretérito
• Eu falaria
• Tu falarias
• Ele/ela falaria
• Nós falaríamos
• Vós falaríeis
26
• Eles/elas falariam

2° Conjugação: Verbo mover no Modo Indicativo (RADICAL: MOV)

Presente
• Eu movo
• Tu moves
• Ele/ela move
• Nós movemos
• Vós moveis
• Eles/elas movem

Pretérito Perfeito
• Eu movi
• Tu moveste
• Ele/ela moveu
• Nós movemos
• Vós movestes
• Eles/elas moveram

Pretérito Imperfeito
• Eu movia
• Tu movias
• Ele/ela movia
• Nós movíamos
• Vós movíeis
• Eles/elas moviam
27
Pretérito Mais que perfeito
• Eu movera
• Tu moveras
• Ele/ela movera
• Nós movêramos
• Vós movêreis
• Eles/elas moveram

Futuro do Presente
• Eu moverei
• Tu moverás
• Ele/ela moverá
• Nós moveremos
• Vós movereis
• Eles/elas moverão

Futuro do Pretérito
• Eu moveria
• Tu moverias
• Ele/ela moveria
• Nós moveríamos
• Vós moveríeis
• Eles/elas moveriam

3° Conjugação: Verbo Partir no Modo Indicativo (RADICAL: PART)


Presente
• Eu parto
28
• Tu partes
• Ele/ela parte
• Nós partimos
• Vós partis
• Eles/elas partem

Pretérito Perfeito
• Eu parti
• Tu partiste
• Ele/ela partiu
• Nós partimos
• Vós partistes
• Eles/elas partiram

Petérito Imperfeito
• Eu partia
• Tu partias
• Ele/ela partia
• Nós partíamos
• Vós partíeis
• Eles/elas partiam

Pretérito Mais que perfeito


• Eu partira
• Tu partiras
• Ele/ela partira
• Nós partíramos
• Vós partíreis
29
• Eles/elas partiram

Futuro do Presente
• Eu partirei
• Tu partirás
• Ele/ela partirá
• Nós partiremos
• Vós partireis
• Eles/elas partirão

Futuro do Pretérito
• Eu partiria
• Tu partirias
• Ele/ela partiria
• Nós partiríamos
• Vós partiríeis
• Eles/elas partiriam

VERBOS IRREGULARES

São verbos que quando conjugados sofrem modificação em seu radical ou em sua terminação. Além
disso, eles não seguem a um modelo de conjugação.

Verbo dar: eu dou


Verbo fazer: eu faço
Verbo medir: eu meço

CONJUGAÇÃO DOS VERBOS IRREGULARES

1° Conjugação: Verbo Dar no Modo Indicativo


30
Presente
• Eu dou
• Tu dás
• Ele/ela dá
• Nós damos
• Vós dais
• Eles/elas dão

Pretérito Perfeito
• Eu dei
• Tu deste
• Ele/ela deu
• Nós demos
• Vós destes
• Eles/elas deram

Pretérito Imperfeito
• Eu dava
• Tu davas
• Ele/ela dava
• Nós dávamos
• Vós dáveis
• Eles/elas davam

Pretérito Mais que perfeito


• Eu dera
• Tu deras
• Ele/ela dera
31
• Nós déramos
• Vós déreis
• Eles/elas deram

Futuro do Presente
• Eu darei
• Tu darás
• Ele/ela dará
• Nós daremos
• Vós dareis
• Eles/elas darão

Futuro do Pretérito
• Eu daria
• Tu darias
• Ele/ela daria
• Nós daríamos
• Vós daríeis
• Eles/elas dariam

2° Conjugação: Verbo Fazer no Modo Indicativo

Presente
• Eu faço
• Tu fazes
• Ele/ela faz
• Nós fazemos
• Vós fazeis
32
• Eles/elas fazem

Pretérito Perfeito
• Eu fiz
• Tu fizeste
• Ele/ela fez
• Nós fizemos
• Vós fizestes
• Eles/elas fizeram

Pretérito Imperfeito
• Eu fazia
• Tu fazias
• Ele/ela fazia
• Nós fazíamos
• Vós fazíeis
• Eles/elas faziam

Pretérito Mais que perfeito


• Eu fizera
• Tu fizeras
• Ele/ela fizera
• Nós fizéramos
• Vós fizéreis
• Eles/elas fizeram

Futuro do Presente
• Eu farei
33
• Tu farás
• Ele/ela fará
• Nós faremos
• Vós fareis
• Eles/elas farão

Futuro do Pretérito
• Eu faria
• Tu farias
• Ele/ela faria
• Nós faríamos
• Vós faríeis
• Eles/elas fariam

3° Conjugação: Verbo Ir no Modo Indicativo

Presente
• Eu vou
• Tu vais
• Ele/ela vai
• Nós vamos
• Vós ides
• Eles/elas vão

Pretérito Perfeito
• Eu fui
• Tu foste
• Ele/ela foi
34
• Nós fomos
• Vós fostes
• Eles/elas foram

Pretérito Imperfeito
• Eu ia
• Tu ias
• Ele ia
• Nós íamos
• Vós íeis
• Eles iam

Pretérito Mais que perfeito


• Eu fora
• Tu foras
• Ele/ela fora
• Nós fôramos
• Vós fôreis
• Eles/elas foram

Futuro do Presente
• Eu irei
• Tu irás
• Ele/ela irá
• Nós iremos
• Vós ireis
• Eles/elas irão
35
Futuro do Pretérito
• Eu iria
• Tu irias
• Ele/ela iria
• Nós iríamos
• Vós iríeis
• Eles/elas iriam

FORMAÇÃO DE PALAVRAS

DERIVAÇÃO: Formada através do acréscimo de afixos. Se divide em:

Prefixal: formada através do acréscimo de prefixo. Ex: releitura, infeliz, super-herói.

Sufixal: formada através do acréscimo de sufixo. Ex: felizmente, pedrinha, grandão.

Prefixal-Sufixal: formada através do acréscimo de prefixo e sufixo ao mesmo tempo. Ex:


infelizmente, deslealdade, incapacidade.

Parassintética: formada através do acréscimo de prefixo e sufixo e não consegue existir com
apenas um deles. Ex: entardecer, ensaboar, empobrecer.

Observe que ao retirar o sufixo ou o prefixo a palavra deixa de existir, só existe com ambos.
Essa é a diferença da derivação prefixal-sufixal para a parassintética.

Regressiva: formada através da redução de uma palavra primitiva. Ataque (atacar),


mengo (flamengo), comuna (comunista), boteco (botequim)...

PS: quando a palavra primitiva for um verbo, chamamos de derivação regressiva deverbal.

Imprópria: formada através da mudança da classe gramatical. Ex: o pescar (substantivo


formado através do verbo pescar), o esbelto (substantivo formado através do adjetivo
esbelto), falava muito alto (advérbio formado através de um adjetivo).

COMPOSIÇÃO: Formada através da união de dois ou mais radicais. Se divide em:

Justaposição: quando os radicais se unem sem sofrerem alteração. Ex: passatempo (passa +
tempo), girassol (gira + sol), pé de moleque( pé + moleque).

Aglutinação: quando um dos radicais sofrem modificação. Ex: embora (em + boa + hora),
planalto (plano + alto), aguardente (água + ardente).
HIBRIDISMO: Formada através de dois elementos de línguas diferentes. Ex: bicicleta- Bi (latim) +
36
ciclo (grego) + eta (ette, francês), hiperacidez – hiper (grego) + acidez (português), alcoômetro -
álcool (árabe) + metro (grego).

Onomatopeia Formada através de sons ou ruídos. Ex: ,mungir, latir, miar, ping-pong.

Abreviação: Formada através da redução de um vocábulo até onde ainda fique compreensível. Ex:
foto (fotografia), pneu (pneumático), moto (motocicleta).

PS: abreviação não é a mesma coisa de abreviatura, pois, abreviatura só ocorre na grafia e não
foneticamente.

Sigla: Formada através da redução das locuções substantivas às letras ou silabas iniciais. Ex: IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), ONU (Organização das Nações Unidas), BB (Banco do
Brasil).

USO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO

Os sinais de pontuação são sinais gráficos empregados na língua escrita para tentar recuperar
recursos específicos da língua falada, tais como: ENTONAÇÃO, JOGO DE SILÊNCIO, PAUSAS, etc.

DIVISÃO E EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO

1 - Ponto ( . )

a) indicar o final de uma frase declarativa.

Ex.: Lembro-me muito bem dele.

b) separar períodos entre si.

Ex.: Fica comigo. Não vá embora.

c) nas abreviaturas

Ex.: Av.; V. Ex.ª

2 - Dois-pontos ( : )

a) iniciar a fala dos personagens:

Ex.: Então o padre respondeu:


- Parta agora.
37
b) antes de apostos ou orações apositivas, enumerações ou sequência de palavras que explicam,
resumem ideias anteriores.

Ex.: Meus amigos são poucos: Fátima, Rodrigo e Gilberto.

c) antes de citação

Ex.: Como já dizia Vinícius de Morais: “Que o amor não seja eterno posto que é chama,
mas queseja infinito enquanto dure.”

3 - Reticências ( ... )

a) indicar dúvidas ou hesitação do falante.

Ex.: Sabe... eu queria te dizer que... esquece.

b) interrupção de uma frase deixada gramaticalmente incompleta.

Ex.: - Alô! João está?


- Agora não se encontra. Quem sabe se ligar mais tarde...

c) ao fim de uma frase gramaticalmente completa com a intenção de sugerir


prolongamento deideia.

Ex.: “Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas faces duns longes cor-de-
rosa...”(Cecília - José de Alencar)

d) indicar supressão de palavra (s) numa frase transcrita.

Ex.: “Quando penso em você (...) menos a felicidade.” (Canteiros - Raimundo Fagner)

4 - Parênteses ( ( ) )

a) isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo e datas.

Exemplos:

Na 2ª Guerra Mundial (1939-1945), ocorreu inúmeras perdas humanas.


"Uma manhã lá no Cajapió (Joca lembrava-se como se fora na véspera), acordara depois
38
duma grande tormenta no fim do verão.” (O milagre das chuvas no Nordeste- Graça
Aranha)

DICAS: os parênteses também podem substituir a vírgula ou o travessão.

5 - Ponto de Exclamação ( ! )

a) Após vocativo

Ex.: “Parte, Heliel!” (As violetas de Nossa Srª. - Humberto de Campos)

b) Após imperativo

Ex.: Cale-se!

c) Após interjeição

Ex.: Ufa! Ai!

d) Após palavras ou frases que denotem caráter emocional

Ex.: Que pena!

6 - Ponto de Interrogação ( ? )

a) Em perguntas diretas

Ex.: Como você se chama?

b) Às vezes, juntamente com o ponto de exclamação

Ex.: - Quem ganhou na loteria?


- Você.
- Eu?!

7 - Vírgula ( , )

É usada para marcar uma pausa do enunciado com a finalidade de nos indicar que os termos
por ela separados, apesar de participarem da mesma frase ou oração, não formam uma
unidade sintática.
39
Ex.: Lúcia, esposa de João, foi a ganhadora única da Sena.

DICAS: podemos concluir que quando há uma relação sintática entre termos da oração, não sepode
separá-los por meio de vírgula.

Não se separam por vírgula:

a) predicado de sujeito;
b) objeto de verbo;
c) adjunto adnominal de nome;
d) complemento nominal de nome;
e) predicativo do objeto do objeto;
f) oração principal da subordinada substantiva (desde que esta não seja apositiva nem apareça na
ordem inversa)

A vírgula no interior da oração:

É utilizada nas seguintes situações:

a) separar o vocativo.

Exemplos:

Maria, traga-me uma xícara de café.


A educação, meus amigos, é fundamental para o progresso do país.

b) separar alguns apostos.


Ex.: Valdete, minha antiga empregada, esteve aqui ontem.

c) separar o adjunto adverbial antecipado ou intercalado.


Exemplos:

Chegando de viagem, procurarei por você.As pessoas, muitas vezes, são falsas.

d) separar elementos de uma enumeração.

Ex.: Precisa-se de pedreiros, serventes, mestre-de-obras.

e) isolar expressões de caráter explicativo ou corretivo.

Ex.: Amanhã, ou melhor, depois de amanhã podemos nos encontrar para acertar a viagem.
40
f) separar conjunções intercaladas.

Ex.: Não havia, porém, motivo para tanta raiva.

g) separar o complemento pleonástico antecipado.

Ex.: A mim, nada me importa.

h) isolar o nome de lugar na indicação de datas.


Ex.: Belo Horizonte, 26 de janeiro de 2001.

i) separar termos coordenados assindéticos.

Ex.: "Lua, lua, lua, lua,


por um momento meu canto contigo compactua..." (Caetano Veloso)

j) marcar a omissão de um termo (normalmente o verbo).

Ex.: Ela prefere ler jornais e eu, revistas. (omissão do verbo preferir)

DICAS: termos coordenados ligados pelas conjunções: e, ou, nem dispensam o uso da vírgula.

EXEMPLOS:

Conversaram sobre futebol, religião e política.Não


se falavam nem se olhavam.

Ainda não me decidi se viajarei para Bahia ou Ceará.

Entretanto, se essas conjunções aparecerem repetidas, com a finalidade de dar ênfase, o uso davírgula
passa a ser obrigatório.

Ex.: Não fui nem ao velório, nem ao enterro, nem à missa de sétimo dia.

A vírgula entre orações:

É utilizada nas seguintes situações:

a) separar as orações subordinadas adjetivas explicativas.

Ex.: Meu pai, de quem guardo amargas lembranças, mora no Rio de Janeiro.
b) separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas (exceto as iniciadas pela conjunção “e”).
41

Exemplos:

Acordei, tomei meu banho, comi algo e saí para o trabalho. Estudou muito, mas não foi
aprovado no exame.

ATENÇÃO:

Há três casos em que se usa a vírgula antes da conjunção e:

1) QUANDO AS ORAÇÕES COORDENADAS POSSUÍREM SUJEITOS DIFERENTES.

Ex.: Os ricos estão cada vez mais ricos, e os pobres, cada vez mais pobres.

2) QUANDO A CONJUNÇÃO “E” VIER REPETIDA COM A FINALIDADE DE DAR ÊNFASE


(POLISSÍNDETO).

Ex.: E chora, e ri, e grita, e pula de alegria.

3) QUANDO A CONJUNÇÃO “E” ASSUMIR VALORES DISTINTOS QUE NÃO RETRATAREM


SENTIDO DE ADIÇÃO(ADVERSIDADE, CONSEQUÊNCIA, POR EXEMPLO)

Ex.: Coitada! Estudou muito, e ainda assim não foi aprovada.

c) separar orações subordinadas adverbiais (desenvolvidas ou reduzidas),


principalmente seestiverem antepostas à oração principal.

Ex.: "No momento em que o tigre se lançava, curvou-se ainda mais; e fugindo com o corpo
apresentou o gancho." (O selvagem - José de Alencar)

d) separar as orações intercaladas.

Ex.: "- Senhor, disse o velho, tenho grandes contentamentos em estar plantando-a...”

DICAS: essas orações poderão ter suas vírgulas substituídas por duplo travessão.
Ex.: "Senhor - disse o velho - tenho grandes contentamentos em estar plantando-a...”
42
e) separar as orações substantivas antepostas à principal.

Ex.: Quanto custa viver, realmente não sei.

8 - Ponto e vírgula ( ; )

a) separar os itens de uma lei, de um decreto, de uma petição, de uma sequência, etc.

Ex.: Art. 127 – São penalidades disciplinares:


I- advertência;
II- suspensão;
III- demissão;
IV- cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
V- destituição de cargo em comissão;
VI-destituição de função comissionada. (cap. V das penalidades referentes ao Direito
Administrativo)

b) separar orações coordenadas muito extensas ou orações coordenadas nas


quais já tenhamutilizado a vírgula.

Ex.: “O rosto de tez amarelenta e feições inexpressivas, numa quietude apática, era
pronunciadamente vultuoso, o que mais se acentuava no fim da vida, quando a bronquite
crônica de que sofria desde moço se foi transformando em opressora asma cardíaca; os
lábios grossos, o inferior um tanto tenso (...) " (O visconde de Inhomerim - Visconde de
Taunay)

9 - Travessão ( — )

a) dar início à fala de um personagem

Ex.: O filho perguntou:


— Pai, quando começarão as aulas?

b) indicar mudança do interlocutor nos diálogos

Ex.: - Doutor, o que tenho é grave?


- Não se preocupe, é uma simples infecção. É só tomar um antibiótico e estará bom

c) unir grupos de palavras que indicam itinerários

Ex.: A rodovia Belém-Brasília está em péssimo estado.


43

DICAS: também pode ser usado em substituição à virgula em expressões ou frases explicativas.

Ex.: Xuxa — a rainha dos baixinhos — será mãe.

10 – Aspas ( “ ” )

a) isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias, estrangeirismos, palavrões,
neologismos, arcaísmos e expressões populares.

Exemplos:

Maria ganhou um apaixonado “ósculo” do seu admirador. A festa na casa de Lúcio estava
“chocante”.
Conversando com meu superior, dei a ele um “feedback” do serviço a mim requerido.

b) indicar uma citação textual

Ex.: “Ia viajar! Viajei. Trinta e quatro vezes, às pressas, bufando, com todo o sangue na face,
desfize refiz a mala”. (O prazer de viajar - Eça de Queirós)

DICAS: se dentro de um trecho já destacado por aspas, se fizer necessário a utilização de novasaspas,
estas serão simples. (' ')

SINTAXE DE CONCORDÂNCIA E REGÊNCIA

CONCORDÂNCIA VERBAL

A regra geral da concordância verbal é que o verbo ficará de acordo com o sujeito em pessoa e
número.

Casos específicos de concordância verbal

Existem diversos casos de concordância verbal e nominal. Agora, vamos conhecer os


principaiscasos de concordância verbal:
44
Concordância verbal com verbos impessoais:

O verbo sempre ficará de acordo com a 3° pessoa do singular, uma vez que não existe um
sujeito:havia pessoas, houve problemas, faz dois dias, já amanheceu.

• Havia três pessoas esperando na fila. (verbo haver com sentido de existir)
• Faz dez anos que não te vejo. (verbo fazer indicando tempo decorrido)
• Aqui onde trabalho, chove todos os dias. (verbos que indicam fenômenos da

natureza)Concordância com o elemento apassivador se

O verbo cria concordância com o objeto direto, que exerce a função de sujeito paciente. Ele
podeaparecer no singular ou no plural:

• Vende-se apartamento.
• Vendem-se apartamentos.

Concordância verbal com a partícula de indeterminação do sujeito se

O verbo sempre vai concordar com a 3° pessoa do singular quando a frase for formada por
verbos

intransitivos ou por verbos transitivos indiretos:

• Precisa-se de funcionário
• Precisa-se de funcionários.

Concordância verbal com a maioria, a maior parte, a metade...

Preferentemente, o verbo vai concordar com a 3° pessoa do singular. Entretanto, a 3° pessoa


doplural também pode ser usada:

• A maioria dos trabalhadores vai…


• A maior parte dos trabalhadores vai…
• A maioria dos trabalhadores vão…
• A maior parte dos trabalhadores vão… Concordância verbal com pronome relativo que

O verbo cria concordância com o termo antecedente do pronome

• Fui eu que pedi…


• Foi ela que pediu…
45
• Fomos nós que pedimos…

Concordância verbal com pronome relativo quem

O verbo estabelece concordância com o antecedente do pronome ou fica na 3° pessoa do


singular:

• Fui eu quem solicitou…


• Fomos nós quem solicitamos…
• Fui eu quem solicitou…
• Fomos nós quem solicitou…

Concordância verbal com o infinitivo pessoal

O verbo no infinitivo é flexionado sempre que existir um sujeito definido, quando se quiser
determinar o sujeito ou quando o sujeito da segunda oração for diferente do da primeira:

• Isto é para nós solicitarmos.


• Eu pedir para eles solicitarem tudo.

Concordância verbal com o infinitivo impessoal

O verbo no infinitivo não é flexionado quando não existir um sujeito definido, quando o sujeito da
segunda oração for igual ao da primeira oração, em locuções verbais, com verbos preposicionados
e com verbos imperativos:

• As mães conseguiram entender a verdade.


• Foram obrigadas a entender a verdade.
• Foram barradas de entender a verdade.

Concordância verbal com o verbo ser

O verbo cria uma concordância com o predicativo do sujeito, podendo ficar no singular ou no
plural:

• Isto é uma mentira,


• Isto são mentiras;
• Quem é você,
• Quem são vocês.

Concordância verbal com um dos que


46
O verbo sempre vai concordar com 3° pessoa do plural:

• Um dos que foram…


• Um dos que querem…
• Um dos que podem…

CONCORDÂNCIA NOMINAL

Existem diferentes casos de concordância verbal e nominal. Agora, vamos acompanhar


osprincipais casos de concordância nominal:

Concordância nominal com pronomes pessoais:

O adjetivo constitui concordância em gênero e número com os pronomes pessoais:

• Ele é brincalhão.
• Ela é brincalhona.
• Eles são brincalhões
• Elas são brincalhonas.

Concordância nominal vários substantivos

O adjetivo constitui concordância em gênero e número com o substantivo que está mais
próximo.Ele também pode estabelecer concordância com a forma no masculino plural:

• Caneta e caderno emprestado;


• Caderno e caneta emprestada;
• Caneta e caderno emprestados;
• Caderno e caneta emprestados.

Concordância nominal com adjetivos

Quando existe dois ou mais adjetivos no singular, o substantivo continua no singular se existir um
artigo no meio dos adjetivos. Caso não tenha um artigo, o substantivo deve ser escrito no plural:

• A aluna simpática e a antipática;


• O aluno simpático e o antipático;
• As alunas simpática e antipática;
• Os alunos simpático e antipático.
Concordância nominal com bastante, muito, pouco, meio, caro, barato, longe
47

Essas palavras instauram concordância em gênero e número com o substantivo quando exercem
função de adjetivo:

• Comi meio chocolate,


• Comi meia maçã,
• Há bastante procura,
• Há bastantes pedidos,
• Vi muitas crianças,
• Vi muitos adultos.

Concordância nominal com é permitido e é proibido

Nessas expressões, o adjetivo se modifica em gênero e número quando tiver a participação


de um artigo determinando o substantivo. Quando não tiver artigo, o adjetivo fica
invariável no masculino singular:

• É permitida a entrada de cães.


• É proibida a entrada de cães.
• É permitido entrada de cães.
• É proibido entrada de cães.

Concordância nominal com mesmo e próprio

Os termos “mesmo” e “próprio” estabelecem concordância em gênero e número


com o
substantivo quando agem como adjetivo:

• Na mesma estrada;
• No mesmo trabalho;
• Nas mesmas estradas;
• Nos mesmos trabalhos;
• Na própria residência;
• No próprio escritório;
• Nas próprias residências;
• Nos próprios escritórios.

Concordância nominal com menos

A palavra menos permanece é invariável independente da sua atuação, seja ela advérbio ou
adjetivo:
48
• Menos tristeza;
• Menos tristezas;
• Menos aborrecimento;
• Menos aborrecimentos;

Dicas concordância verbal e nominal

Observadas todas as situações, vamos, agora, rever tudo que foi aprendido sobre
concordânciaverbal e nominal:

• Concordância verbal e nominal estuda a compatibilidade existente entre cada


elemento de umaoração;
• Concordância verbal refere-se ao verbo em relação ao sujeito, já a concordância
nominal refere-se às classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, pronome, artigo.
• Para fazer concordância verbal e nominal correta é necessário observar a que
termo ele serefere.

REGÊNCIA VERBAL

Regência verbal é a parte da língua que se ocupa da relação entre os verbos e os termos
que seseguem a eles e completam o seu sentido.
Os verbos são os termos regentes, enquanto os objetos (direto e indireto) e adjuntos adverbiais
são os termos regidos.

REGÊNCIA DOS PRINCIPAIS VERBOS DA LÍNGUA PORTUGUESA:

1 - ASSISTIR

a) com o sentido de ver exige preposição:

Que tal assistirmos ao filme?

b) com o sentido de dar assistência não exige preposição:

Sempre assistiu pessoas mais velhas.

c) com o sentido de pertencer exige preposição:

Assiste aos prejudicados o direito de indenização.


2 – CHEGAR
49

O verbo chegar é regido pela preposição “a”:

Chegamos ao local indicado no mapa.

Essa é a forma padrão. No entanto, é comum observarmos o uso da preposição “em”


nasconversas informais, cujo estilo é coloquial: Chegamos no local indicado no mapa.

3 – CUSTAR

a) com o sentido de ser custoso exige preposição:

Aquela decisão custou ao filho.

b) com o sentido de valor não exige preposição:

Aquela casa custou caro.

4 – OBEDECER

O verbo obedecer é transitivo indireto, logo, exige preposição:

Obedeça ao pai!

Na linguagem informal, entretanto, ele é usado como verbo transitivo direto: Obedeça o
pai!

5 – PROCEDER

a) com o sentido de fundamento é verbo intransitivo:

Essa sua desconfiança não procede.

b) com o sentido de origem exige preposição:

Essa sua desconfiança procede de situações passadas.

6 – VISAR

a) com o sentido de objetivo exige preposição:


50
Visamos ao sucesso.

Na variante coloquial, encontramos o verbo sendo utilizado sem preposição, ou seja, como
verbotransitivo direto: Visamos o sucesso.
b) com o sentido de mirar não exige preposição:O policial visou o bandido à

distância.

7 - ESQUECER

O verbo esquecer é transitivo direto, logo não exige preposição:Esqueci o meu material.

No entanto, na forma pronominal, deve ser usado com preposição: Esqueci-me do meu
material.

8 – QUERER

a) com o sentido de desejar não exige preposição:

Quero ficar aqui.

b) com o sentido de estimar exige preposição:

Queria muito aos seus amigos.

9 – ASPIRAR

a) com o sentido de respirar ou absorver não exige preposição:

Aspirou todo o escritório.

b) com o sentido de pretender exige preposição:

Aspirou ao cargo de ministro.

10 – INFORMAR

O verbo é transitivo direto e indireto, assim ele exige um complemento sem e outro com
preposição:
Informei o acontecimento aos professores.
51

11 – IR

O verbo ir é regido pela preposição “a”:

Vou à biblioteca.

12 – IMPLICAR

a) com o sentido de consequência, o verbo implicar é transitivo direto, logo, não exige preposição:O

seu pedido implicará um novo orçamento.

b) com o sentido de embirrar, é transitivo indireto, logo exige preposição:

Implica com tudo!

13 – MORAR

O verbo morar é regido pela preposição “em”:

Mora no fim da rua.

14 – NAMORAR

O verbo namorar é transitivo direto, apesar de as pessoas o usarem sempre seguido de


preposição:

Namorou Maria durante anos.

"Namorou com Maria durante anos" não é gramaticalmente aceito.

15 – PREFERIR

O verbo preferir é transitivo direto e indireto. Assim:

Prefiro carne a peixe.

16 – SIMPATIZAR
O verbo simpatizar é transitivo indireto e exige a preposição "com":Simpatiza com os mais
52
velhinhos.

17 – CHAMAR

a) com o sentido de convocar não exige complemento com preposição:

Chama o Pedro!

b) com o sentido de apelidar exige complementos com e sem preposição:Chamou ao João de

Mauricinho.

Chamou João de Mauricinho.Chamou ao João Mauricinho.

Chamou João Mauricinho.

18 – PAGAR

a) quando informamos o que pagamos o complemento não tem preposição:Paga o sorvete?

a) quando informamos a quem pagamos o complemento exige preposição:

Paga o sorvete ao dono do bar.

REGÊNCIA NOMINAL

Regência Nominal é a maneira de um nome (substantivo, adjetivo e advérbio) relacionar-se


com seus complementos.

Em geral, a relação entre o nome e o seu complemento é estabelecida por preposição.


Portanto, é justamente o conhecimento da preposição o que há de mais importante na
regência nominal.

EXEMPLOS:

Confira abaixo alguns exemplos e frases com regência nominal:

Exemplo de regência de alguns nomes:

Amor
53
Tenha “amor a” seus livros.

Meu “amor pelos” animais me conforta.Cultivemos o “amor da” família.

O amor “para com” a Pátria.

Ansioso

Olhos “ansiosos de” novas paisagens.Estava “ansioso por” vê-la.

Estou “ansioso para” ler o livro.

Exemplos de nomes transitivos e suas respectivas preposições:

Acessível a

Exemplo: isto é acessível a todos.

ACOSTUMADO A, COM

Exemplos:

Estou acostumado a comer pouco.


Estamos acostumados com as novas ferramentas.

Afável com, para com

Exemplos:

Ele é afável com sua filha.


O professor tem sido afável para com seus alunos.

Agradável a

Exemplo: Sou agradável a ti.


Alheio a, de
54

Exemplos:

Ele vive alheio a tudo.

João está alheio de carinho fraternal.

Apto a, para

Exemplos:

Estou apto a trabalhar.


Joana está apta para desenvolver suas funções.

Aversão a, por

Exemplos:

Ele tem aversão a pessoas.

Paula tem aversão por itens supérfluos.

Benefício a

Exemplo: Pilates é um grande benefício à saúde.

Capacidade de, para

Exemplos:

Laura tem excepcional capacidade de comunicação.Joaquim tem capacidade para o trabalho.

Capaz de, para

Exemplos:

Ele é capaz de tudo.


A empresa é capaz para trabalhar com projetos.
55

Compatível com

Exemplo: Seu computador é compatível com este.

Contrário a

Exemplo: Esse modo de vida é contrário à saúde.

Curioso de, por

Exemplos:

Luís é curioso de tudo. Vitória é curiosa por natureza

Descontente com

Exemplo: Estamos descontentes com nosso sistema político.

Essencial para

Exemplo: Esse livro é essencial para aprender matemática.

Fanático por

Exemplo: Ele é fanático por histórias em quadrinhos.

Imune a, de

Exemplos:

O Brasil não ficou imune à crise econômica.Estamos imunes de pagar os impostos.

Inofensivo a, para

Exemplos:
O vírus é inofensivo a seres humanos
56
Os danos que sofreu são inofensivos para sua saúde.

Junto a, de

Exemplos:

Comprei a casa junto a sua.

Estava junto de miguel, quando aconteceu o acidente.

Livre de

Exemplo: Este sabonete está livre de parabenos.

Simpatia a, por

Exemplo:

José tem simpatia as causas populares.Tenho muita simpatia por Ana.

Tendência a, para

Viviana tem tendência à mentira.

As meninas tem tendência para a moda.

União com, de, entre

A união com Regina foi fracassada.

Na reação química, ocorreu uma união de substâncias.A união entre eles é muito bonita.

USO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE

A crase é a união do artigo feminino a com a preposição a e com certos pronomes cuja letra
inicialtambém é o a.

Essa união é indicada ortograficamente através do uso do acento grave (à), também
designadode acento indicador de crase.
EXEMPLOS:
57

 Gosto de comida à mineira.


 Fomos àquela cidade mês passado.

O primeiro passo para saber quando usar a crase é identificar se houve a fusão do artigo a
com apreposição a.

Veja algumas regras e dicas para saber mais sobre o uso da crase.

USO OBRIGATÓRIO DA CRASE:

1. Quando o verbo exigir preposição a e a seguir houver um artigo a e um substantivo feminino

EXEMPLOS:

 Cecília levou o filho à festa


 Os funcionários foram à manifestação contra o corte de verbas.

DICA: para se certificar de que a crase deve ser aplicada, basta substituir o substantivo femininopor um
masculino. Se for necessário substituir o a pelo ao, o acento grave deve ser usado.

Se experimentarmos esse exercício com as frases acima, por exemplo, constatamos que o a passa
a ao:
Cecília levou o filho ao shopping. Os funcionários foram ao protesto contra o corte de verbas.

2. Em expressões que indiquem hora

Antes de locuções indicativas de horas, o acento grave deve ser utilizado.

EXEMPLOS:

 Minha aula de italiano começa às 15h.


 A reunião está marcada para as 16h.
EXCEÇÃO: se antes das horas forem usadas as preposições para, desde ou até o acento indicadorde crase 58
não é usado.

EXEMPLOS:

 Ele está no aeroporto desde as 16h.


 Vou estar em casa até as 20h.
 O encontro da turma ficou marcado para as 14h.

3. Em locuções femininas que indicam modo, tempo e lugar.

EXEMPLOS:

 Às vezes viajamos no fim de semana.

 Na correria, fez a maquiagem às pressas.

Observe que, no primeiro exemplo, a locução “fim de semana” indica tempo e, no


segundoexemplo, a locução “às pressas” indica modo.

Veja abaixo mais algumas locuções onde a crase é aplicada:Indicam TEMPO: às vezes, à noite, à

tarde.

Indicam LUGAR: à frente de, à beira de, à exceção de.


Indicam MODO: à proporção que, à medida que.

4. Antes das palavras casa e terra.

Nesse caso, é preciso ter atenção ao sentido da palavra na frase.

A palavra casa só é precedida de crase quando não significa lar, e a palavra terra só é precedidade
crase quando seu sentido não está relacionado com o solo.

EXEMPLOS:

 Ele foi à casa dos irmãos. (casa de outra pessoa e não o próprio lar)
 No fim do ano ela vai à sua terra natal passar as festas com a família. (local específico)
59

USO FACULTATIVO DA CRASE

1 - Antes de um pronome possessivo

Antes dos pronomes meu, minha, meus, minhas, teu, tua, teus, tuas, seu, sua, seus, suas,
dele, dela, deles, delas, nosso, nossa, nossos, nossas, pode-se optar ou não pelo uso da
crase.

EXEMPLOS:

 Entreguei o trabalho à minha professora. / Entreguei o trabalho a minha professora.


 Desobedeceram às minhas ordens. / Desobedeceram as minhas ordens.

2. Depois da palavra até

Quando a palavra até precede uma palavra feminina que admite o artigo a, o uso da crase é
opcional.

EXEMPLOS:

Caminhamos até à praia. / Caminhamos até a praia.

Siga até à frutaria e pegue o retorno. / Siga até a frutaria e pegue o retorno.

3. Antes de nomes próprios femininos

A crase é opcional antes de substantivos próprios femininos pois o uso do artigo antes do nomenão
é obrigatório.

EXEMPLOS:

 Carlos entregou um documento à Maria. / Carlos entregou um documento a Maria.


 Bruna fez um convite à Clara. / Bruna fez um convite a Clara.
QUANDO NÃO USAR CRASE
60
Confira as explicações abaixo para saber quando a crase não deve ser aplicada.Quando precede

substantivos masculinos

O artigo a não costuma aparecer antes de substantivos masculinos, logo, não é possível
queocorra a união do artigo a com a preposição a.

EXEMPLOS:

 Gosto de passear a pé.


 Há 300 pessoas a bordo do navio.

EXCEÇÃO: quando a frase expressar ideia de “à moda de”.

EXEMPLOS:

 Ela pintou um quadro à Picasso.


 Ele fez uma defesa à Taffarel.

GRAFIA DE PALAVRAS

POR QUE/POR QUÊ/PORQUE/PORQUÊ:

POR QUE: locução adverbial, por (preposição) + que (pronome relativo), equivale a pelo qual, pelos
quais, pela qual, pelas quais. Usado em pergunta direta ou indireta. Ex.: Por que você estuda?

POR QUÊ: equivale a por qual razão, por qual motivo. Usado no final de sentenças. Ex.: Ele não foi a
escola por quê?

PORQUE: conjunção causal ou explicativa, equivale a visto que, já que, assim, pois, usado em
respostas ou afirmação. Ex.: Ele foi aprovado porque estudou.

PORQUÊ: substantivo, equivale a motivo, razão. Ex.: esse é o porquê de eu estudar tanto.

MEIO/MEIA:

MEIO: pode ser usado como advérbio de intensidade, ou seja, é invariável, não concorda com o
sujeito a que se refere, sempre no masculino “meio”. Ex.: Estou meio doente hoje.
MEIA: apenas aparece quando a palavra “meio” é empregada como numeral ou adjetivo, palavras
61
que são variáveis, assim “meio” pode assumir sua forma feminina “meia”. Ex.: Eu comi meia
melancia.

MAS/MAIS:

MAS: conjunção adversativa, equivale a porém, contudo, entretanto. Ex.: Tento não sofrer, masa dor
é muito forte.

MAIS: pronome ou advérbio de intensidade, opõe-se a menos. Ex.: É um dos garotos mais bonitosda
escola.

ONDE/AONDE:

ONDE: lugar em que se está ou que se passa algum fato. Ex.: Onde você foi hoje?

AONDE: indica movimento (refere-se a verbos de movimento). Ex.: Aonde você vai?

QUE/QUÊ

QUE: pronome, conjunção, advérbio ou partícula expletiva: Ex: Convém que o assunto seja
esquecido rapidamente.

QUÊ: monossílabo tônico, substantivo ou interjeição. Ex: Você precisa de quê?

MAL/MAU

MAL: advérbio (opõe-se a bem), como substantivo indica doença, algo prejudicial: Ex.: Ele se
comportou muito mal. (advérbio) Ex: A prostituição infantil é um mal presente em todas as partes do
Brasil. (substantivo)

MAU: adjetivo (ruim, de má qualidade). Ex.: Ele não é um mau sujeito.

AO ENCONTRO DE/DE ENCONTRO A

AO ENCONTRO DE: significa “ser favorável a”, “aproximar-se de”. Ex.: Quando avistei minha mãefui
correndo ao encontro dela.

DE ENCONTRO A: indica oposição, colisão. Ex.: Suas ideias sempre vieram de encontro às minhas.
Somos mesmo diferentes.
AFIM/A FIM
62

AFIM: adjetivo que indica igual, semelhante. Ex.: Temos objetivos afins.

A FIM: indica finalidade. Ex: Trabalho hoje a fim de folgar amanhã.

A PAR/AO PAR

A PAR: sentido de “bem informado”. Ex.: Eu estou a par de todas as fofocas.

AO PAR: indica igualdade entre valores financeiros. Ex.: O real está ao par do dólar.

DEMAIS/DE MAIS

DEMAIS: advérbio de intensidade, sentido de “muito”. Ex.: Você é chato demais.

Demais também pode ser pronome indefinido, sentido de “os outros”. Ex.: Alguns
professoressaíram da sala enquanto os demais permaneceram atentos às orientações.

DE MAIS: opõe-se a de menos. Ex.: Não vejo nada de mais em seu comportamento

SENÃO/SE NÃO

SENÃO: sentido de “caso contrário”, “a não ser”. Ex: não fazia coisa alguma senão conversar.

SE NÃO: sentido de “caso não”. Ex: Se não houver conscientização, haverá escassez de água.

NA MEDIDA EM QUE/À MEDIDA QUE

NA MEDIDA EM QUE: equivale a porque, já que, uma vez que. Ex: Na medida em que os projetos
foram abandonados, os estagiários ficaram desmotivados.

À MEDIDA QUE: indica proporção, equivale a à proporção que. Ex: A emoção aumentava à
medida que o momento da apresentação se aproximava.

ESTÁ/ESTAR:
ESTAR: é o verbo se encontra na sua forma infinitiva, isso é, sem flexão. Vamos utilizar quando
63
estivermos com o “estar” adotando uma função de verbo principal numa locução verbal ou quando
estiver for regido por preposição.

Ex.: Igor parece estar rindo.

Ex.: Paulo gostaria de estar aqui.

ESTÁ: o verbo se encontra flexionado na terceira pessoa do singular e no presente do indicativo.


Usamos quando nos referimos a algo no presente, um hábito, algo permanente ou que acontece
com frequência.

Ex.: Você está estudando muito.

BIZU: para não confundir, quando estiver em dúvida, troque o verbo “estar” por outro, se
permanecer no infinitivo também, então, o verbo é “estar”, sem flexão. Entretanto, se flexionar,
utilize está.

FIGURAS DE LINGUAGEM

TRATA DO UNIVERSO SIMBÓLICO, VEJA:

Comparação entre dois ou mais termos.


COMPARAÇÃO
uso de conjunção
Comparação implícita entre dois ou
METÁFOR
mais
A
termos
PLEONASMO Uso de termos para enfatizar uma ideia
POLISSÍNDETO Repetição da conjunção “e”
HIPÉRBOL Exagero
E
Palavra ou expressão mais agradável
EUFEMIS
para
MO
suavizar a mensagem.
IRONIA Sugerir o contrário do que se afirma
Personificação; dar características
PROSOPOPEIA
animadas
a seres não humanos.
Oposição entre palavras ou
ANTÍTESE
pensamentos
contrários
GRADAÇÃ Sequência de ideias
O
Omissão de um termo
ZEUGMA
mencionado
anteriormente
64

ELIPSE Ocultação de palavra não anunciada


FIXANDO O CONTEÚDO COM QUESTÕES:
65

1. Ano: 2019 Banca: UPENET/IAUPE Órgão: Prefeitura de Petrolina -


PE Provas: UPENET/IAUPE - 2019 - Prefeitura de Petrolina - PE - Terapeuta Ocupacional

Disponível em: http://www.metalurgicoscaxias.com.br/sou-da-paz-lanca-hoje-campanha-


contra-liberacao-de-armas. Acesso em: 20/01/2019

O Texto tem como público-alvo:

a) Os profissionais da saúde.

b) Os policiais militares.

c) Os cidadãos comuns.

d) Os médicos cirurgiões.

e) Os membros do Congresso Nacional.

Gabarito C)
Resolução: É uma campanha publicitária com o intuito de fazer uma crítica para com toda a
sociedade e não com um grupo específico.

2. Ano: 2019 Banca: UPENET/IAUPE Órgão: Prefeitura de Petrolina -


PE Prova: UPENET/IAUPE - 2019 - Prefeitura de Petrolina - PE - Médico do Trabalho
Texto associado
66
O "cidadão de bem", os Direitos Humanos e a opinião pública

É comum que a opinião pública adote, conforme o quadro social, determinados


posicionamentos que predominam nos populares. Trata-se de uma uniformização de
discursos, um consenso entre a maioria dos cidadãos sobre certo assunto. É evidente que o
discurso não é sempre correto. O número de pessoas que fala a mesma coisa não é capaz de
alterar o mundo dos fatos. Em outras palavras, quantidade não é qualidade.
No entanto, desde os primórdios, a intelectualidade gosta de nadar contra a maré. Dizer o
contrário do que a maioria da população diz e acredita já deu causa a diversas descobertas,
hoje consensos: antes de Galileu Galilei, a opinião pública acreditava que a Terra era plana;
antes de Copérnico, era a Terra o centro do Universo. Isso não significa, todavia, que adotar
posições antagônicas à opinião pública o tornará um descobridor, um visionário. Há muitas
coisas em que a opinião pública está correta. [...]
Cada dia mais há publicações irônicas acerca do chamado "cidadão de bem", questionando
a diferenciação desse com relação ao marginal. Há muito tempo o conceito de criminoso
nato foi abandonado. Não há traços físicos de pessoas tendentes ao cometimento de
delitos. Ademais, qualquer indivíduo está sujeito ao cometimento de práticas delituosas,
uma vez que os dispositivos penais nem sempre refletem o sentimento coletivo ou mesmo
individual do que é, de fato, uma grave transgressão.
Não se pode desconsiderar, todavia, que a prática criminosa reiterada deriva de desvios de
conduta decorrentes de uma formação moral frágil, ou da simples ausência dela. Em uma
sociedade, há quem não tenha coragem de subtrair um alfinete, enquanto outros estão
dispostos a matar se for preciso ("necessidade" essa não tão latente quanto possa parecer).
João trabalha há 30 anos em uma empresa de vigilância. Exerce uma carga horária de 8
horas, de segunda a sexta-feira, com uma remuneração um pouco superior a 1 salário
mínimo e meio. Já foi assaltado 12 vezes e teve um filho morto em um assalto a mão
armada. Pedro, por sua vez, não exerce função remunerada regular. Tem extensa ficha
criminal, sobrevive com pequenos bicos e roubos a mão armada. Um deles sai à noite do
trabalho temendo os altos índices de violência na cidade em que mora; o outro, é grande
colaborador para os índices apontados. É fácil perceber que a arma nas mãos de um deles
seria um exclusivo meio de defesa, para o outro, um objeto para práticas delituosas.
O disposto a cometer crimes, provavelmente, não se importará de transgredir outra lei
penal: adquirirá ilegalmente uma arma também. Mas quem gostaria de tê-la como meio de
defesa respeita as normas impostas pelo Estado e fica à mercê da criminalidade e da
ineficaz segurança pública. Entre João e Pedro não é difícil visualizar qual é
considerado "cidadão de bem" e qual não é.
Se a opinião pública encabeça, atualmente, um movimento cada vez mais punitivista, é
porque se cansou de ficar à deriva, entre um Estado que não o protege (e não o deixa se
defender) e uma criminalidade que cresce de forma exponencial. Ainda assim, toda vez que
João liga a televisão, ouve ONGs de Direitos Humanos afirmando que os presídios estão
superlotados; que é preciso desencarcerar; que os apenados sofrem com a opressão do
Estado; que prisão não resolve, porque não cumpre sua finalidade ressocializadora.
É evidente que o indivíduo vê-se exausto de "ver prosperar a desonra, de ver crescer a
injustiça" e demoniza os Direitos Humanos. Não que os Direitos Humanos em si sejam algo
negativo, mas as instituições que os representam atualmente têm deturpado as suas
67
finalidades. Há que se reconhecer o benefício histórico do movimento, sobretudo quando,
em tempos sombrios, o Estado se excedia em face do indivíduo. Mas é preciso ponderação.
Os indivíduos devem deixar de transgredir por princípios morais, mas também por temer as
consequências de seus atos. Se a educação não resolveu, o desvio precisa ser coibido. É
preciso prevenção, mas também repressão. Por isso, a teoria não pode, jamais,
desconsiderar a prática. Atacar a opinião pública sem analisar a sua perspectiva é injusto
com quem é compelido a seguir os padrões morais e legais impostos pela vida em
sociedade. E talvez o "cidadão de bem" não esteja tão errado assim...

Hyago de Souza Otto. Disponível em:


https://hyagootto.jusbrasil.com.br/artigos/421032742/o-cidadao-de-bem-os-
direitoshumanos-e-a-opiniao-publica?ref=topic_feed. Acesso em: 29/01/2019. Adaptado.
Acerca dos processos de coordenação e subordinação, analise as proposições a seguir

No trecho: “É evidente que o discurso não é sempre correto.”, uma oração subordinada
desempenha a função de sujeito da expressão “é evidente”, introdutora do enunciado. 2.
No trecho: “antes de Galileu Galilei, a opinião pública acreditava que a Terra era plana;”, o
complemento da forma verbal destacada está organizado na forma de uma oração
subordinada. 3. A oração coordenada colocada no final do trecho: “Há que se reconhecer o
benefício histórico do movimento, sobretudo quando, em tempos sombrios, o Estado se
excedia em face do indivíduo. Mas é preciso ponderação.” realça a oposição que o autor
pretende estabelecer entre as ideias apresentadas. 4. No trecho: “Se a educação não
resolveu, o desvio precisa ser coibido.”, o autor emprega a coordenação para interligar as
duas orações que compõem o enunciado.

Estão CORRETAS:

a) 1, 2 e 3, apenas.

b) 1, 2 e 4, apenas.

c) 1, 3 e 4, apenas.

d) 2, 3 e 4, apenas.

e) 1, 2, 3 e 4.

Gabarito A)
Resolução 1. “É evidente que o discurso não é sempre correto.”, uma oração subordinada
desempenha a função de sujeito da expressão “é evidente”, introdutora do enunciado.
→ Correto, a conjunção subordinativa integrante que está introduzindo uma oração
68
subordinada substantiva subjetiva, ou seja, a oração está exercendo a função de sujeito
oracional da oração principal.

2. No trecho: “antes de Galileu Galilei, a opinião pública acreditava que a Terra era
plana;”, o complemento da forma verbal destacada está organizado na forma de uma
oração subordinada.

→ Correto, a conjunção integrante que está introduzindo uma oração subordinada


substantiva objetiva direta, ou seja, a oração está exercendo a função de objeto direto da
oração principal.

3. A oração coordenada colocada no final do trecho: “Há que se reconhecer o benefício


histórico do movimento, sobretudo quando, em tempos sombrios, o Estado se excedia em
face do indivíduo. Mas é preciso ponderação.” realça a oposição que o autor pretende
estabelecer entre as ideias apresentadas.

→ Correto, temos uma oração coordenada adversativa, valor de oposição.

4. No trecho: “Se a educação não resolveu, o desvio precisa ser coibido.”, o autor emprega
a coordenação para interligar as duas orações que compõem o enunciado.

→ Incorreto, a conjunção subordinativa adverbial condicional se está introduzindo uma


oração de valor subordinativo e não coordenativo.

3. Ano: 2019 Banca: UPENET/IAUPE Órgão: Prefeitura de Petrolina -


PE Provas: UPENET/IAUPE - 2019 - Prefeitura de Petrolina - PE - Terapeuta Ocupacional
Texto associado

Assinale a alternativa em que há equivalência semântica entre os termos destacados nos


enunciados e aqueles termos que se apresentam entre parênteses.

a) É comum que a opinião pública adote (rechace), conforme o quadro social,


determinados posicionamentos que predominam nos populares.

b) No entanto, desde os primórdios, a intelectualidade (cognição) gosta de nadar


contra a maré.

c) Isso não significa, todavia, que adotar posições antagônicas à opinião pública o
tornará um descobridor, um visionário (reacionário).

d) Não há traços físicos de pessoas tendentes (renitentes) ao cometimento de delitos.


69
e) Se a opinião pública encabeça (lidera), atualmente, um movimento cada vez mais
punitivista, é porque se cansou de ficar à deriva.

Gabarito C)
Resolução:
A) adote = escolher / rechace= afaste, afugente errado

B) intelectualidade = inteligência / cognição = e o processo de aprendizado errado

C) visionário = aquele que tem ideias grandiosas / reacionário = pertencente ou favorável à


reação errado

D) tendentes = tendência a algo / renitentes = que teima ou não se conforma errado

4. Ano: 2019 Banca: UPENET/IAUPE Órgão: Prefeitura de Petrolina -


PE Prova: UPENET/IAUPE - 2019 - Prefeitura de Petrolina - PE - Médico Cardiologista
Texto associado

Releia o seguinte trecho do Texto 1: “O número de pessoas que fala a mesma coisa não é
capaz de alterar o mundo dos fatos.”.

O segmento em destaque desempenha no enunciado uma função:

a) adverbial.

b) interjetiva.

c) substantiva.

d) adjetiva.

e) pronominal.

Gabarito D)
Solução: são introduzidas por pronomes relativos (que, quem, qual, quanto, onde, cujo,
70
etc.), os quais exercem a função de adjunto adnominal do termo antecedente. Basta
substituir por outro pronome relativo que não seja o “que” e notamos que se comporta
como uma oração subordinada adjetiva.

5.Ano: 2017 Banca: UPENET/IAUPE Órgão: Prefeitura de Pombos -


PE Prova: UPENET/IAUPE - 2017 - Prefeitura de Pombos - PE - Auxiliar Administrativo

Releia: “Infelizmente, esse caso ocorrido em Caruaru não foi o primeiro e tampouco será
o último!” (3º parágrafo). A maneira de escrever a palavra sublinhada é semelhante (mas
diferente) de outra forma – tão pouco. Assinale a alternativa em que a forma “tão pouco”
está empregada corretamente.

a) Ana não quer ir de ônibus, tão pouco ir de moto.

b) Ela não estuda, tão pouco trabalha

c) Ele não é bom cantor, tão pouco compositor.

d) Faz tão pouco tempo que o vi, mas já estou saudosa.

e) João não gosta de cinema, Jane tão pouco gosta.

Gabarito D)

Resolução: Tampouco/ Tão pouco

Tampouco: advérbio equivalente a “também não, nem”

Ex: A piada não foi inteligente, tampouco engraçada.

Tão pouco: advérbio de intensidade (tão) + advérbio de intensidade/pronome indefinido,


com sentido de quantidade, intensidade.

Ex: Como tão pouco, não sei por que engordo...

Ex: Não sabia que havia tão pouco petróleo naquele país.
6. Ano: 2017 Banca: UPENET/IAUPE Órgão: Prefeitura de Pombos -
71
PE Prova: UPENET/IAUPE - 2017 - Prefeitura de Pombos - PE - Auxiliar Administrativo

Releia o trecho: “As crianças ainda lutam pela vida.”. (1º parágrafo). Assinale a alternativa
em que tanto os sentidos do segmento destacado estão mantidos como as normas da
regência verbal estão corretas.

a) As crianças ainda batalham pelas vidas.

b) As crianças ainda brincam com a vida.

c) As crianças ainda disputam a vida.

d) As crianças ainda reclamam da vida.

e) As crianças ainda reivindicam pela vida.

Gabarito A)

Resolução:
As crianças ainda brincam com as vidas.

As crianças ainda disputam as vidas.

As crianças ainda reclamam das vidas.

As crianças ainda reivindicam pelas vidas.

7.Ano: 2017 Banca: UPENET/IAUPE Órgão: Prefeitura de Pombos -


PE Prova: UPENET/IAUPE - 2017 - Prefeitura de Pombos - PE - Assistente Administrativo
Texto associado

Com base no Texto 2, foram formulados os enunciados abaixo. Analise-os, verificando se a


concordância (verbal e nominal) está de acordo com a norma-padrão da nossa língua.

I. O Facebook aparece como uma das redes sociais que mais têm fascinado as crianças.

II. Parece que está nas redes sociais as mais perigosas armadilhas para as nossas crianças.

III. O acesso das crianças aos encantos da internet via celulares são cada vez mais facilitados.
IV. Já faz muitos anos que os pais hesitam entre proibir ou liberar o acesso dos filhos à
72
internet.

Estão CORRETAS:

a) I e II, apenas.

b) I e IV, apenas.

c) II e III, apenas.

d) III e IV, apenas.

e) I, II, III e IV.

Gabarito B)

Resolução:
II- As armadilhas mais perigosas ESTÃO nas redes sociais.
III- O acesso das crianças aos encantos da internet via celulares é cada vez mais facilitado.

8. Ano: 2016 Banca: UPENET/IAUPE Órgão: PM-PE Prova: UPENET/IAUPE - 2016 - PM-PE -
Soldado da Polícia Militar

Em nossa língua, como em outras, há convenções no que se refere ao emprego de


algumas palavras e expressões. Considerando essas convenções, analise as proposições
abaixo.

I. Mal começa o show, e as pessoas já estão disparando as suas câmeras.

II. Está com o smartphone sempre pronto a capturar os acontecimentos é a moda atual.

III. Ela me disse que fica meio chateada quando uma pessoa fala no celular ao seu lado.

IV. Gostar de interagir não é novidade. Mais a preferência pela interação via smartphones é.

V. Não entendo por que o compartilhamento nas redes sociais ganhou tamanha relevância.
Estão CORRETAS, apenas:
73

a) I, II, III e IV.

b) I e IV.

c) II, III e IV.

d) II e V.

e) I, III e V.

Gabarito E)

Resolução:
I. Mal começa o show, e as pessoas já estão disparando as suas câmeras. (CERTO)

-> Correto, pois o "mal" tem o mesmo sentido de "bem".

II. Está com o smartphone sempre pronto a capturar os acontecimentos é a moda


atual. (FALSO)

-> está após conjunção/ locução verbal 1º pessoa/ sujeito claro ou implícito/ substituir o
está por permanecesse.

III. Ela me disse que fica meio chateada quando uma pessoa fala no celular ao seu
lado. (CERTO)

-> Correto, concordando com todos os termos.

IV. Gostar de interagir não é novidade. Mais a preferência pela interação via smartphones
é. (FALSO) contrario de menos, tempo: nunca mais ou jamais.

> Mais da ideia de Quantidade

-> O correto seria "MAS", pois se trata de uma conjunção adversativa.

V. Não entendo por que o compartilhamento nas redes sociais ganhou tamanha relevância.
(CERTO)
-> Correto, pois possui o mesmo valor "por qual motivo"
74

Você também pode gostar