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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos


ra deve ser feita de maneira cautelosa por ser o primeiro
contato com o novo texto. Desta leitura, extraem-se informa-
ções sobre o conteúdo abordado e prepara-se o próximo
nível de leitura. Durante a interpretação propriamente dita,
cabe destacar palavras-chave, passagens importantes, bem
como usar uma palavra para resumir a ideia central de cada
parágrafo. Este tipo de procedimento aguça a memória visu-
Interpretação de texto; al, favorecendo o entendimento.
ortografia oficial;
acentuação; Não se pode desconsiderar que, embora a interpretação
crase; seja subjetiva, há limites. A preocupação deve ser a capta-
pontuação; ção da essência do texto, a fim de responder às interpreta-
emprego de verbos e de pronomes; ções que a banca considerou como pertinentes.
colocação pronominal;
No caso de textos literários, é preciso conhecer a ligação
concordância nominal e verbal; daquele texto com outras formas de cultura, outros textos e
regência nominal e verbal; manifestações de arte da época em que o autor viveu. Se
emprego de preposição e de conjunção; não houver esta visão global dos momentos literários e dos
sinonímia; escritores, a interpretação pode ficar comprometida. Aqui
linguagem figurada. não se podem dispensar as dicas que aparecem na referên-
cia bibliográfica da fonte e na identificação do autor.
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
A última fase da interpretação concentra-se nas pergun-
tas e opções de resposta. Aqui são fundamentais marcações
Os concursos apresentam questões interpretativas que de palavras como não, exceto, errada, respectivamente
têm por finalidade a identificação de um leitor autônomo. etc. que fazem diferença na escolha adequada. Muitas ve-
Portanto, o candidato deve compreender os níveis estrutu- zes, em interpretação, trabalha-se com o conceito do "mais
rais da língua por meio da lógica, além de necessitar de um adequado", isto é, o que responde melhor ao questionamen-
bom léxico internalizado. to proposto. Por isso, uma resposta pode estar certa para
responder à pergunta, mas não ser a adotada como gabarito
As frases produzem significados diferentes de acordo pela banca examinadora por haver uma outra alternativa
com o contexto em que estão inseridas. Torna-se, assim, mais completa.
necessário sempre fazer um confronto entre todas as partes
que compõem o texto. Ainda cabe ressaltar que algumas questões apresentam
um fragmento do texto transcrito para ser a base de análise.
Além disso, é fundamental apreender as informações a- Nunca deixe de retornar ao texto, mesmo que aparentemen-
presentadas por trás do texto e as inferências a que ele te pareça ser perda de tempo. A descontextualização de
remete. Este procedimento justifica-se por um texto ser palavras ou frases, certas vezes, são também um recurso
sempre produto de uma postura ideológica do autor diante para instaurar a dúvida no candidato. Leia a frase anterior e
de uma temática qualquer. a posterior para ter ideia do sentido global proposto pelo
autor, desta maneira a resposta será mais consciente e
Denotação e Conotação segura.
Sabe-se que não há associação necessária entre signifi-
cante (expressão gráfica, palavra) e significado, por esta
ligação representar uma convenção. É baseado neste con- Podemos, tranquilamente, ser bem-sucedidos numa in-
ceito de signo linguístico (significante + significado) que se terpretação de texto. Para isso, devemos observar o seguin-
constroem as noções de denotação e conotação. te:

O sentido denotativo das palavras é aquele encontrado 01. Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do
nos dicionários, o chamado sentido verdadeiro, real. Já o assunto;
uso conotativo das palavras é a atribuição de um sentido 02. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrom-
figurado, fantasioso e que, para sua compreensão, depende pa a leitura, vá até o fim, ininterruptamente;
do contexto. Sendo assim, estabelece-se, numa determinada 03. Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto
construção frasal, uma nova relação entre significante e pelo monos umas três vezes ou mais;
significado. 04. Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas;
05. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;
Os textos literários exploram bastante as construções de 06. Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do
base conotativa, numa tentativa de extrapolar o espaço do autor;
texto e provocar reações diferenciadas em seus leitores. 07. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para
melhor compreensão;
Ainda com base no signo linguístico, encontra-se o con- 08. Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, par-
ceito de polissemia (que tem muitas significações). Algumas te) do texto correspondente;
palavras, dependendo do contexto, assumem múltiplos signi- 09. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de ca-
ficados, como, por exemplo, a palavra ponto: ponto de ôni- da questão;
bus, ponto de vista, ponto final, ponto de cruz ... Neste caso, 10. Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente de ...),
não se está atribuindo um sentido fantasioso à palavra pon- não, correta, incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exce-
to, e sim ampliando sua significação através de expressões to, e outras; palavras que aparecem nas perguntas e que, às
que lhe completem e esclareçam o sentido. vezes, dificultam a entender o que se perguntou e o que se
pediu;
Como Ler e Entender Bem um Texto 11. Quando duas alternativas lhe parecem corretas, pro-
Basicamente, deve-se alcançar a dois níveis de leitura: a curar a mais exata ou a mais completa;
informativa e de reconhecimento e a interpretativa. A primei-

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12. Quando o autor apenas sugerir ideia, procurar um de maior tensão do conflito entre as personagens centrais,
fundamento de lógica objetiva; desencadeando o desfecho, ou seja, a conclusão da história
13. Cuidado com as questões voltadas para dados super- com a resolução dos conflitos.
ficiais;  Os fatos: São os acontecimentos de que as perso-
14. Não se deve procurar a verdade exata dentro daque- nagens participam. Da natureza dos acontecimentos
la resposta, mas a opção que melhor se enquadre no sentido apresentados decorre o gênero do texto. Por exemplo
do texto; o relato de um acontecimento cotidiano constitui uma
15. Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras crônica, o relato de um drama social é um romance
denuncia a resposta; social, e assim por diante. Em toda narrativa há um
16. Procure estabelecer quais foram as opiniões expos- fato central, que estabelece o caráter do texto, e há
tas pelo autor, definindo o tema e a mensagem; os fatos secundários, relacionados ao principal.
17. O autor defende ideias e você deve percebê-las;  Espaço: Os acontecimentos narrados acontecem em
18. Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito diversos lugares, ou mesmo em um só lugar. O texto
são importantíssimos na interpretação do texto. narrativo precisa conter informações sobre o espaço,
Ex.: Ele morreu de fome. onde os fatos acontecem. Muitas vezes, principal-
de fome: adjunto adverbial de causa, determina a causa mente nos textos literários, essas informações são
na realização do fato (= morte de "ele"). extensas, fazendo aparecer textos descritivos no inte-
Ex.: Ele morreu faminto. rior dos textos narrativo.
faminto: predicativo do sujeito, é o estado em que "ele"  Tempo: Os fatos que compõem a narrativa desenvol-
se encontrava quando morreu.; vem-se num determinado tempo, que consiste na
19. As orações coordenadas não têm oração principal, identificação do momento, dia, mês, ano ou época em
apenas as ideias estão coordenadas entre si; que ocorre o fato. A temporalidade salienta as rela-
20. Os adjetivos ligados a um substantivo vão dar a ele ções passado/presente/futuro do texto, essas rela-
maior clareza de expressão, aumentando-lhe ou determi- ções podem ser linear, isto é, seguindo a ordem cro-
nando-lhe o significado. Eraldo Cunegundes nológica dos fatos, ou sofre inversões, quando o nar-
rador nos diz que antes de um fato que aconteceu
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS depois.
TEXTO NARRATIVO
 As personagens: São as pessoas, ou seres, viven- O tempo pode ser cronológico ou psicológico. O cronoló-
tes ou não, forças naturais ou fatores ambientais, que de- gico é o tempo material em que se desenrola à ação, isto é,
sempenham papel no desenrolar dos fatos. aquele que é medido pela natureza ou pelo relógio. O psico-
lógico não é mensurável pelos padrões fixos, porque é aque-
Toda narrativa tem um protagonista que é a figura cen- le que ocorre no interior da personagem, depende da sua
tral, o herói ou heroína, personagem principal da história. percepção da realidade, da duração de um dado aconteci-
mento no seu espírito.
O personagem, pessoa ou objeto, que se opõe aos de-
signos do protagonista, chama-se antagonista, e é com ele  Narrador: observador e personagem: O narrador,
que a personagem principal contracena em primeiro plano. como já dissemos, é a personagem que está a contar
a história. A posição em que se coloca o narrador pa-
As personagens secundárias, que são chamadas tam- ra contar a história constitui o foco, o aspecto ou o
bém de comparsas, são os figurantes de influencia menor, ponto de vista da narrativa, e ele pode ser caracteri-
indireta, não decisiva na narração. zado por :
- visão “por detrás” : o narrador conhece tudo o que
O narrador que está a contar a história também é uma diz respeito às personagens e à história, tendo uma
personagem, pode ser o protagonista ou uma das outras visão panorâmica dos acontecimentos e a narração é
a
personagens de menor importância, ou ainda uma pessoa feita em 3 pessoa.
estranha à história. - visão “com”: o narrador é personagem e ocupa o
a
centro da narrativa que é feito em 1 pessoa.
Podemos ainda, dizer que existem dois tipos fundamen- - visão “de fora”: o narrador descreve e narra apenas
tais de personagem: as planas: que são definidas por um o que vê, aquilo que é observável exteriormente no
traço característico, elas não alteram seu comportamento comportamento da personagem, sem ter acesso a
durante o desenrolar dos acontecimentos e tendem à carica- sua interioridade, neste caso o narrador é um obser-
a
tura; as redondas: são mais complexas tendo uma dimen- vador e a narrativa é feita em 3 pessoa.
são psicológica, muitas vezes, o leitor fica surpreso com as  Foco narrativo: Todo texto narrativo necessariamen-
suas reações perante os acontecimentos. te tem de apresentar um foco narrativo, isto é, o ponto
de vista através do qual a história está sendo conta-
a
 Sequência dos fatos (enredo): Enredo é a sequên- da. Como já vimos, a narração é feita em 1 pessoa
a
cia dos fatos, a trama dos acontecimentos e das ações dos ou 3 pessoa.
personagens. No enredo podemos distinguir, com maior ou
menor nitidez, três ou quatro estágios progressivos: a expo- Formas de apresentação da fala das personagens
sição (nem sempre ocorre), a complicação, o climax, o de- Como já sabemos, nas histórias, as personagens agem e
senlace ou desfecho. falam. Há três maneiras de comunicar as falas das perso-
nagens.
Na exposição o narrador situa a história quanto à época,
o ambiente, as personagens e certas circunstâncias. Nem  Discurso Direto: É a representação da fala das per-
sempre esse estágio ocorre, na maioria das vezes, princi- sonagens através do diálogo.
palmente nos textos literários mais recentes, a história co- Exemplo:
meça a ser narrada no meio dos acontecimentos (“in mé- “Zé Lins continuou: carnaval é festa do povo. O povo
dia”), ou seja, no estágio da complicação quando ocorre e é dono da verdade. Vem a polícia e começa a falar em
conflito, choque de interesses entre as personagens. ordem pública. No carnaval a cidade é do povo e de
ninguém mais”.
O clímax é o ápice da história, quando ocorre o estágio

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No discurso direto é frequente o uso dos verbo de locu- vimentada, que se desenvolve progressivamente no
ção ou descendi: dizer, falar, acrescentar, responder, per- tempo. É a descrição de um incêndio, de uma briga,
guntar, mandar, replicar e etc.; e de travessões. Porém, de um naufrágio.
quando as falas das personagens são curtas ou rápidas os  Descrição Técnica: Ela apresenta muitas das carac-
verbos de locução podem ser omitidos. terísticas gerais da literatura, com a distinção de que
nela se utiliza um vocabulário mais preciso, salien-
 Discurso Indireto: Consiste em o narrador transmitir, tando-se com exatidão os pormenores. É predomi-
com suas próprias palavras, o pensamento ou a fala nantemente denotativa tendo como objetivo esclare-
das personagens. Exemplo: cer convencendo. Pode aplicar-se a objetos, a apare-
“Zé Lins levantou um brinde: lembrou os dias tris- lhos ou mecanismos, a fenômenos, a fatos, a lugares,
te e passados, os meus primeiros passos em li- a eventos e etc.
berdade, a fraternidade que nos reunia naquele
momento, a minha literatura e os menos sombrios TEXTO DISSERTATIVO
por vir”. Dissertar significa discutir, expor, interpretar ideias. A
dissertação consta de uma série de juízos a respeito de um
 Discurso Indireto Livre: Ocorre quando a fala da determinado assunto ou questão, e pressupõe um exame
personagem se mistura à fala do narrador, ou seja, ao critico do assunto sobre o qual se vai escrever com clareza,
fluxo normal da narração. Exemplo: coerência e objetividade.
“Os trabalhadores passavam para os partidos,
conversando alto. Quando me viram, sem chapéu, A dissertação pode ser argumentativa - na qual o autor
de pijama, por aqueles lugares, deram-me bons- tenta persuadir o leitor a respeito dos seus pontos de vista
dias desconfiados. Talvez pensassem que esti- ou simplesmente, ter como finalidade dar a conhecer ou
vesse doido. Como poderia andar um homem à- explicar certo modo de ver qualquer questão.
quela hora , sem fazer nada de cabeça no tempo,
um branco de pés no chão como eles? Só sendo A linguagem usada é a referencial, centrada na mensa-
doido mesmo”. gem, enfatizando o contexto.
(José Lins do Rego)
Quanto à forma, ela pode ser tripartida em :
TEXTO DESCRITIVO  Introdução: Em poucas linhas coloca ao leitor os da-
Descrever é fazer uma representação verbal dos aspec- dos fundamentais do assunto que está tratando. É a
tos mais característicos de um objeto, de uma pessoa, pai- enunciação direta e objetiva da definição do ponto de
sagem, ser e etc. vista do autor.
 Desenvolvimento: Constitui o corpo do texto, onde
As perspectivas que o observador tem do objeto são mui- as ideias colocadas na introdução serão definidas
to importantes, tanto na descrição literária quanto na descri- com os dados mais relevantes. Todo desenvolvimen-
ção técnica. É esta atitude que vai determinar a ordem na to deve estruturar-se em blocos de ideias articuladas
enumeração dos traços característicos para que o leitor entre si, de forma que a sucessão deles resulte num
possa combinar suas impressões isoladas formando uma conjunto coerente e unitário que se encaixa na intro-
imagem unificada. dução e desencadeia a conclusão.
 Conclusão: É o fenômeno do texto, marcado pela
Uma boa descrição vai apresentando o objeto progressi- síntese da ideia central. Na conclusão o autor reforça
vamente, variando as partes focalizadas e associando-as ou sua opinião, retomando a introdução e os fatos resu-
interligando-as pouco a pouco. midos do desenvolvimento do texto. Para haver maior
entendimento dos procedimentos que podem ocorrer
Podemos encontrar distinções entre uma descrição literá- em um dissertação, cabe fazermos a distinção entre
ria e outra técnica. Passaremos a falar um pouco sobre cada fatos, hipótese e opinião.
uma delas: - Fato: É o acontecimento ou coisa cuja veracidade e
 Descrição Literária: A finalidade maior da descrição reconhecida; é a obra ou ação que realmente se pra-
literária é transmitir a impressão que a coisa vista ticou.
desperta em nossa mente através do sentidos. Daí - Hipótese: É a suposição feita acerca de uma coisa
decorrem dois tipos de descrição: a subjetiva, que re- possível ou não, e de que se tiram diversas conclu-
flete o estado de espírito do observador, suas prefe- sões; é uma afirmação sobre o desconhecido, feita
rências, assim ele descreve o que quer e o que pen- com base no que já é conhecido.
sa ver e não o que vê realmente; já a objetiva traduz - Opinião: Opinar é julgar ou inserir expressões de a-
a realidade do mundo objetivo, fenomênico, ela é exa- provação ou desaprovação pessoal diante de aconte-
ta e dimensional. cimentos, pessoas e objetos descritos, é um parecer
 Descrição de Personagem: É utilizada para caracte- particular, um sentimento que se tem a respeito de
rização das personagens, pela acumulação de traços algo.
físicos e psicológicos, pela enumeração de seus há-
bitos, gestos, aptidões e temperamento, com a finali- O TEXTO ARGUMENTATIVO
dade de situar personagens no contexto cultural, so- Baseado em Adilson Citelli
cial e econômico .
 Descrição de Paisagem: Neste tipo de descrição, A linguagem é capaz de criar e representar realidades,
geralmente o observador abrange de uma só vez a sendo caracterizada pela identificação de um elemento de
globalidade do panorama, para depois aos poucos, constituição de sentidos. Os discursos verbais podem ser
em ordem de proximidade, abranger as partes mais formados de várias maneiras, para dissertar ou argumentar,
típicas desse todo. descrever ou narrar, colocamos em práticas um conjunto de
 Descrição do Ambiente: Ela dá os detalhes dos inte- referências codificadas há muito tempo e dadas como estru-
riores, dos ambientes em que ocorrem as ações, ten- turadoras do tipo de texto solicitado.
tando dar ao leitor uma visualização das suas particu-
laridades, de seus traços distintivos e típicos. Para se persuadir por meio de muitos recursos da língua
 Descrição da Cena: Trata-se de uma descrição mo-
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é necessário que um texto possua um caráter argumentati- conjunto de estratégias capazes de contribuir para os efeitos
vo/descritivo. A construção de um ponto de vista de alguma persuasivos dele. A ironia também é muito utilizada para
pessoa sobre algo, varia de acordo com a sua análise e esta causar este efeito, umas de suas características salientes, é
dar-se-á a partir do momento em que a compreensão do que a ironia dá ênfase à gozação, além de desvalorizar idei-
conteúdo, ou daquilo que fora tratado seja concretado. A as, valores da oposição, tudo isto em forma de piada.
formação discursiva é responsável pelo emassamento do
conteúdo que se deseja transmitir, ou persuadir, e nele te- Uma das últimas, porém não menos importantes, formas
remos a formação do ponto de vista do sujeito, suas análises de persuadir através de argumentos, é a Alusão ("Ler não é
das coisas e suas opiniões. Nelas, as opiniões o que faze- apenas reconhecer o dito, mais também o não-dito"). Nela, o
mos é soltar concepções que tendem a ser orientadas no escritor trabalha com valores, ideias ou conceitos pré esta-
meio em que o indivíduo viva. Vemos que o sujeito lança belecidos, sem porém com objetivos de forma clara e conci-
suas opiniões com o simples e decisivo intuito de persuadir e sa. O que acontece é a formação de um ambiente poético e
fazer suas explanações renderem o convencimento do ponto sugerível, capaz de evocar nos leitores algo, digamos, uma
de vista de algo/alguém. sensação...

Na escrita, o que fazemos é buscar intenções de sermos Texto Base: CITELLI, Adilson; “O Texto Argumentativo”
entendidos e desejamos estabelecer um contato verbal com São Paulo SP, Editora ..Scipione, 1994 - 6ª edição.
os ouvintes e leitores, e todas as frases ou palavras articula-
das produzem significações dotadas de intencionalidade, EXERCÍCIOS – INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
criando assim unidades textuais ou discursivas. Dentro deste
contexto da escrita, temos que levar em conta que a coerên- Atenção: As questões de números 1 a 10 referem-se ao
cia é de relevada importância para a produção textual, pois texto que segue.
nela se dará uma sequência das ideias e da progressão de
argumentos a serem explanadas. Sendo a argumentação o No coração do progresso
procedimento que tornará a tese aceitável, a apresentação Há séculos a civilização ocidental vem correndo atrás de
de argumentos atingirá os seus interlocutores em seus obje- tudo o que classifica como progresso. Essa palavra mágica
tivos; isto se dará através do convencimento da persuasão. aplica-se tanto à invenção do aeroplano ou à descoberta do
Os mecanismos da coesão e da coerência serão então res- DNA como à promoção do papai no novo emprego. “Estou
ponsáveis pela unidade da formação textual. fazendo progressos”, diz a titia, quando enfim acerta a mão
numa velha receita. Mas quero chegar logo ao ponto, e con-
Dentro dos mecanismos coesivos, podem realizar-se em vidar o leitor a refletir sobre o sentido dessa palavra, que
contextos verbais mais amplos, como por jogos de elipses, sempre pareceu abrir todas as portas para uma vida melhor.
por força semântica, por recorrências lexicais, por estraté- Quando, muitos anos atrás, num daqueles documentá-
gias de substituição de enunciados. rios de cinema, via-se uma floresta sendo derrubada para
dar lugar a algum empreendimento, ninguém tinha dúvida
Um mecanismo mais fácil de fazer a comunicação entre em dizer ou pensar: é o progresso. Uma represa monumen-
as pessoas é a linguagem, quando ela é em forma da escrita tal era progresso. Cada novo produto químico era um pro-
e após a leitura, (o que ocorre agora), podemos dizer que há gresso. As coisas não mudaram tanto: continuamos a usar
de ter alguém que transmita algo, e outro que o receba. indiscriminadamente a palavrinha mágica. Mas não deixaram
Nesta brincadeira é que entra a formação de argumentos de mudar um pouco: desde que a Ecologia saiu das acade-
com o intuito de persuadir para se qualificar a comunicação; mias, divulgou-se, popularizou-se e tornou-se, efetivamente,
nisto, estes argumentos explanados serão o germe de futu- um conjunto de iniciativas em favor da preservação ambien-
ras tentativas da comunicação ser objetiva e dotada de in- tal e da melhoria das condições da vida em nosso pequenino
tencionalidade, (ver Linguagem e Persuasão). planeta.
Para isso, foi preciso determinar muito bem o sentido de
Sabe-se que a leitura e escrita, ou seja, ler e escrever; progresso. Do ponto de vista material, considera-se ganho
não tem em sua unidade a mono característica da domina- humano apenas aquilo que concorre para equilibrar a ação
ção do idioma/língua, e sim o propósito de executar a intera- transformadora do homem sobre a natureza e a integridade
ção do meio e cultura de cada indivíduo. As relações inter- da vida natural. Desenvolvimento, sim, mas sustentável: o
textuais são de grande valia para fazer de um texto uma adjetivo exprime uma condição, para cercear as iniciativas
alusão à outros textos, isto proporciona que a imersão que predatórias. Cada novidade tecnológica há de ser investiga-
os argumentos dão tornem esta produção altamente evocati- da quanto a seus efeitos sobre o homem e o meio em que
va. vive. Cada intervenção na natureza há de adequar-se a um
planejamento que considere a qualidade e a extensão dos
A paráfrase é também outro recurso bastante utilizado efeitos.
para trazer a um texto um aspecto dinâmico e com intento. Em suma: já está ocorrendo, há algum tempo, uma avali-
Juntamente com a paródia, a paráfrase utiliza-se de textos já ação ética e política de todas as formas de progresso que
escritos, por alguém, e que tornam-se algo espetacularmen- afetam nossa relação com o mundo e, portanto, a qualidade
te incrível. A diferença é que muitas vezes a paráfrase não da nossa vida. Não é pouco, mas ainda não é suficiente. Aos
possui a necessidade de persuadir as pessoas com a repeti- cientistas, aos administradores, aos empresários, aos indus-
ção de argumentos, e sim de esquematizar novas formas de triais e a todos nós – cidadãos comuns – cabe a tarefa coti-
textos, sendo estes diferentes. A criação de um texto requer diana de zelarmos por nossas ações que inflectem sobre
bem mais do que simplesmente a junção de palavras a uma qualquer aspecto da qualidade de vida. A tarefa começa em
frase, requer algo mais que isto. É necessário ter na escolha nossa casa, em nossa cozinha e banheiro, em nosso quintal
das palavras e do vocabulário o cuidado de se requisitá-las, e jardim – e se estende à preocupação com a rua, com o
bem como para se adotá-las. Um texto não é totalmente bairro, com a cidade.
auto-explicativo, daí vem a necessidade de que o leitor tenha “Meu coração não é maior do que o mundo”, dizia o poe-
um emassado em seu histórico uma relação interdiscursiva e ta. Mas um mundo que merece a atenção do nosso coração
intertextual. e da nossa inteligência é, certamente, melhor do que este
em que estamos vivendo.
As metáforas, metomínias, onomatopeias ou figuras de Não custa interrogar, a cada vez que alguém diz pro-
linguagem, entram em ação inseridos num texto como um gresso, o sentido preciso – talvez oculto - da palavra mágica
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empregada. (Alaor Adauto de Mello) (D) Se muitas novidades tecnológicas houvesse de ser
investigadas a fundo, veríamos que são irrelevantes pa-
1. Centraliza-se, no texto, uma concepção de progresso, ra a melhoria da vida.
segundo a qual este deve ser (E) Começam pelas preocupações com nossa casa, com
(A)) equacionado como uma forma de equilíbrio entre as nossa rua, com nossa cidade a tarefa de zelarmos por
atividades humanas e o respeito ao mundo natural. uma boa qualidade da vida.
(B) identificado como aprimoramento tecnológico que resul-
te em atividade economicamente viável. 6. Está correto o emprego de ambas as expressões sub-
(C) caracterizado como uma atividade que redunde em linhadas na frase:
maiores lucros para todos os indivíduos de uma comu- (A) De tudo aquilo que classificamos como progresso cos-
nidade. tumamos atribuir o sentido de um tipo de ganho ao qual
(D) definido como um atributo da natureza que induz os não queremos abrir mão.
homens a aproveitarem apenas o que é oferecido em (B) É preferível deixar intacta a mata selvagem do que
sua forma natural. destruí-la em nome de um benefício em que quase nin-
(E) aceito como um processo civilizatório que implique guém desfrutará.
melhor distribuição de renda entre todos os agentes (C) A titia, cuja a mão enfim acertou numa velha receita,
dos setores produtivos. não hesitou em ver como progresso a operação à qual
foi bem sucedida.
2. Considere as seguintes afirmações: (D) A precisão da qual se pretende identificar o sentido de
I. A banalização do uso da palavra progresso é uma uma palavra depende muito do valor de contexto a que
consequência do fato de que a Ecologia deixou de ser lhe atribuímos.
um assunto acadêmico. (E)) As inovações tecnológicas de cujo benefício todos se
II. A expressão desenvolvimento sustentável pressupõe aproveitam representam, efetivamente, o avanço a que
que haja formas de desenvolvimento nocivas e predató- se costuma chamar progresso.
rias.
III. Entende o autor do texto que a magia da palavra pro- 7. Considere as seguintes afirmações, relativas a aspec-
gresso advém do uso consciente e responsável que a tos da construção ou da expressividade do texto:
maioria das pessoas vem fazendo dela. I. No contexto do segundo parágrafo, a forma plural não
Em relação ao texto está correto APENAS que se afir- mudaram tanto atende à concordância com academias.
ma em II. No contexto do terceiro parágrafo, a expressão há de
(A) I. adequar-se exprime um dever imperioso, uma necessi-
(B)) II. dade premente.
(C) III. III. A expressão Em suma, tal como empregada no quarto
(D) I e II. parágrafo, anuncia a abertura de uma linha de argu-
(E) II e III. mentação ainda inexplorada no texto.
Está correto APENAS o que se afirma em
3. Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente (A) I.
uma frase do texto em: (B)) II.
(A) Mas quero chegar logo ao ponto = devo me antecipar a (C) III.
qualquer conclusão. (D) I e II.
(B) continuamos a usar indiscriminadamente a palavrinha (E) II e III.
mágica = seguimos chamando de mágico tudo o que
julgamos sem preconceito. 8. A palavra progresso frequenta todas as bocas, todas
(C) para cercear as iniciativas predatórias = para ir ao en- pronunciam a palavra progresso, todas atribuem a essa
contro das ações voluntariosas. palavra sentidos mágicos que elevam essa palavra ao
(D) ações que inflectem sobre qualquer aspecto da quali- patamar dos nomes miraculosos.
dade da vida = práticas alheias ao que diz respeito às Evitam-se as repetições viciosas da frase acima substi-
condições de vida. tuindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada,
(E)) há de adequar-se a um planejamento = deve ir ao en- por:
contro do que está planificado. (A)) a pronunciam - lhe atribuem - a elevam
(B) a pronunciam - atribuem-na - elevam-na
4. Cada intervenção na natureza há de adequar-se a um (C) lhe pronunciam - lhe atribuem - elevam-lhe
planejamento pelo qual se garanta que a qualidade da (D) a ela pronunciam - a ela atribuem - lhe elevam
vida seja preservada. (E) pronunciam-na - atribuem-na - a elevam
Os tempos e os modos verbais da frase acima continu-
arão corretamente articulados caso se substituam as 9. Está clara e correta a redação da seguinte frase:
formas sublinhadas, na ordem em que surgem, por (A) Caso não se determine bem o sentido da palavra pro-
(A) houve - garantiria - é gresso, pois que é usada indiscriminadamente, ainda
(B) haveria - garantiu - teria sido assim se faria necessário que reflitamos sobre seu ver-
(C) haveria - garantisse - fosse dadeiro sentido.
(D) haverá - garantisse - e (B) Ao dizer o poeta que seu coração não é maior do que o
(E) havia - garantiu - é mundo, devemos nos inspirar para que se estabeleça
entre este e o nosso coração os compromissos que se
5. As normas de concordância verbal estão plenamente reflitam numa vida melhor.
respeitadas na frase: (C) Nada é desprezível no espaço do mundo, que não
(A)) Já faz muitos séculos que se vêm atribuindo à palavra mereça nossa atenção quanto ao fato de que sejamos
progresso algumas conotações mágicas. responsáveis por sua melhoria, seja o nosso quintal,
(B) Deve-se ao fato de usamos muitas palavras sem co- nossa rua, enfim, onde se esteja.
nhecer seu sentido real muitos equívocos ideológicos. (D)) Todo desenvolvimento definido como sustentável exige,
(C) Muitas coisas a que associamos o sentido de progresso para fazer jus a esse adjetivo, cuidados especiais com
não chega a representarem, de fato, qualquer avanço o meio ambiente, para que não venham a ser nocivos
significativo. seus efeitos imediatos ou futuros.

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(E) Tem muita ciência que, se saísse das limitações aca- democrática e são permitidos pela Carta de 1988.
dêmicas, acabariam por se revelarem mais úteis e mais (D) após a multa, os líderes de sindicato resolveram orga-
populares, em vista da Ecologia, cujas consequências nizar protestos de rua em horários e locais predetermi-
se sente mesmo no âmbito da vida prática. nados.
(E) o Ministério Público envia com frequência estudos
10. Está inteiramente correta a pontuação do seguinte sobre os custos das manifestações feitas de forma a-
período: busiva.
(A) Toda vez que é pronunciada, a palavra progresso,
parece abrir a porta para um mundo, mágico de prospe- 12. No primeiro parágrafo, afirma-se que não há fórmula
ridade garantida. perfeita para solucionar o conflito entre manifestantes e
(B)) Por mínimas que pareçam, há providências inadiáveis, os prejuízos causados ao restante da população. A sa-
ações aparentemente irrisórias, cuja execução cotidia- ída estaria principalmente na
na é, no entanto, importantíssima. (A) sensatez.
(C) O prestígio da palavra progresso, deve-se em grande (B) Carta de 1998.
parte ao modo irrefletido, com que usamos e abusa- (C) Justiça.
mos, dessa palavrinha mágica. (D) Companhia de Engenharia de Tráfego.
(D) Ainda que traga muitos benefícios, a construção de (E) na adoção de medidas amplas e profundas.
enormes represas, costuma trazer também uma série
de consequências ambientais que, nem sempre, foram 13. De acordo com o segundo parágrafo do texto, os pro-
avaliadas. testos que param as ruas de São Paulo representam
(E) Não há dúvida, de que o autor do texto aderiu a teses um custo para a população da cidade. O cálculo desses
ambientalistas segundo as quais, o conceito de pro- custos é feito a partir
gresso está sujeito a uma permanente avaliação. (A) das multas aplicadas pela Companhia de Engenharia
de Tráfego (CET).
Leia o texto a seguir para responder às questões de nú- (B) dos gastos de combustível e das horas de trabalho
meros 11 a 24. desperdiçadas em engarrafamentos.
(C) da distância a ser percorrida entre as cidades de São
De um lado estão os prejuízos e a restrição de direitos Paulo e São Carlos.
causados pelos protestos que param as ruas de São Paulo. (D) da quantidade de carros existentes entre a capital de
De outro está o direito à livre manifestação, assegurado pela São Paulo e São Carlos.
Carta de 1988. Como não há fórmula perfeita de arbitrar (E) do número de usuários de automóveis particulares da
esse choque entre garantias democráticas fundamentais, cidade de São Paulo.
cabe lançar mão de medidas pontuais – e sobretudo de bom
senso. 14. A quantidade de carros parados nos engarrafamentos,
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) estima em razão das manifestações na cidade de São Paulo
em R$ 3 milhões o custo para a população dos protestos nos últimos três anos, é equiparada, no texto,
ocorridos nos últimos três anos na capital paulista. O cálculo (A) a R$ 3,3 milhões.
leva em conta o combustível consumido e as horas perdidas (B) ao total de usuários da cidade de São Carlos.
de trabalho durante os engarrafamentos causados por pro- (C) ao total de usuários da cidade de São Paulo.
testos. Os carros enfileirados por conta de manifestações (D) ao total de combustível economizado.
nesses três anos praticamente cobririam os 231 km que (E) a uma distância de 231 km.
separam São Paulo de São Carlos.
A Justiça é o meio mais promissor, em longo prazo, para 15. No terceiro parágrafo, a respeito do poder da Justiça
desestimular os protestos abusivos que param o trânsito nos em coibir os protestos abusivos, o texto assume um
horários mais inconvenientes e acarretam variados transtor- posicionamento de
nos a milhões de pessoas. É adequada a atitude da CET de (A) indiferença, porque diz que a decisão não cabe à Justi-
enviar sistematicamente ao Ministério Público relatórios com ça.
os prejuízos causados em cada manifestação feita fora de (B) entusiasmo, porque acredita que o órgão já tem poder
horários e locais sugeridos pela agência ou sem comunica- para impedir protestos abusivos.
ção prévia. (C) decepção, porque não vê nenhum exemplo concreto do
Com base num documento da CET, por exemplo, a Pro- órgão para impedir protestos em horários de pico.
curadoria acionou um líder de sindicato, o qual foi condena- (D) confiança, porque acredita que, no futuro, será uma
do em primeira instância a pagar R$ 3,3 milhões aos cofres forma bem-sucedida de desestimular protestos abusi-
públicos, a título de reparação. O direito à livre manifestação vos.
está previsto na Constituição. No entanto, tal direito não (E) satisfação, porque cita casos em que a Justiça já teve
anula a responsabilização civil e criminal em caso de danos êxito em impedir protestos em horários inconvenientes
provocados pelos protestos. e em avenidas movimentadas.
O poder público deveria definir, de preferência em nego-
ciação com as categorias que costumam realizar protestos 16. De acordo com o texto, a atitude da Companhia de
na capital, horários e locais vedados às passeatas. Práticas Engenharia de Tráfego de enviar periodicamente relató-
corriqueiras, como a paralisia de avenidas essenciais para o rios sobre os prejuízos causados em cada manifesta-
tráfego na capital nos horários de maior fluxo, deveriam ser ção é
abolidas. (A) pertinente.
(Folha de S.Paulo, 29.09.07. Adaptado) (B) indiferente.
(C) irrelevante.
11. De acordo com o texto, é correto afirmar que (D) onerosa.
(A) a Companhia de Engenharia de Tráfego não sabe (E) inofensiva.
mensurar o custo dos protestos ocorridos nos últimos
anos. 17. No quarto parágrafo, o fato de a Procuradoria condenar
(B) os prejuízos da ordem de R$ 3 milhões em razão dos um líder sindical
engarrafamentos já foram pagos pelos manifestantes. (A) é ilegal e fere os preceitos da Carta de 1998.
(C) os protestos de rua fazem parte de uma sociedade (B) deve ser comemorada, ainda que viole a Constituição.

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(C) é legal, porque o direito à livre manifestação não isenta
o manifestante da responsabilidade pelos danos cau- 24. Transpondo para a voz passiva a frase – A Procurado-
sados. ria acionou um líder de sindicato – obtém-se:
(D) é nula, porque, segundo o direito à livre manifestação, (A) Um líder de sindicato foi acionado pela Procuradoria.
o acusado poderá entrar com recurso. (B) Acionaram um líder de sindicato pela Procuradoria.
(E) é inédita, porque, pela primeira vez, apesar dos direitos (C) Acionaram-se um líder de sindicato pela Procuradoria.
assegurados, um manifestante será punido. (D) Um líder de sindicato será acionado pela Procuradoria.
(E) A Procuradoria foi acionada por um líder de sindicato.
18. Dentre as soluções apontadas, no último parágrafo,
para resolver o conflito, destaca-se Leia o texto para responder às questões de números 25 a
(A) multa a líderes sindicais. 34.
(B) fiscalização mais rígida por parte da Companhia de
Engenharia de Tráfego. DIPLOMA E MONOPÓLIO
(C) o fim dos protestos em qualquer via pública. Faz quase dois séculos que foram fundadas escolas de
(D) fixar horários e locais proibidos para os protestos de direito e medicina no Brasil. É embaraçoso verificar que
rua. ainda não foram resolvidos os enguiços entre diplomas e
(E) negociar com diferentes categorias para que não façam carreiras. Falta-nos descobrir que a concorrência (sob um
mais manifestações. bom marco regulatório) promove o interesse da sociedade e
que o monopólio só é bom para quem o detém. Não fora
19. No trecho – É adequada a atitude da CET de enviar essa ignorância, como explicar a avalanche de leis que pro-
relatórios –, substituindo-se o termo atitude por compor- tegem monopólios espúrios para o exercício profissional?
tamentos, obtém-se, de acordo com as regras gramati-
cais, a seguinte frase: Desde a criação dos primeiros cursos de direito, os gra-
(A) É adequada comportamentos da CET de enviar relató- duados apenas ocasionalmente exercem a profissão. Em
rios. sua maioria, sempre ocuparam postos de destaque na políti-
(B) É adequado comportamentos da CET de enviar relató- ca e no mundo dos negócios. Nos dias de hoje, nem 20%
rios. advogam.
(C) São adequado os comportamentos da CET de enviar
relatórios. Mas continua havendo boas razões para estudar direito,
(D) São adequadas os comportamentos da CET de enviar pois esse é um curso no qual se exercita lógica rigorosa, se
relatórios. lê e se escreve bastante. Torna os graduados mais cultos e
(E) São adequados os comportamentos da CET de enviar socialmente mais produtivos do que se não houvessem feito
relatórios. o curso. Se aprendem pouco, paciência, a culpa é mais da
fragilidade do ensino básico do que das faculdades. Diante
20. No trecho – No entanto, tal direito não anula a respon- dessa polivalência do curso de direito, os exames da OAB
sabilização civil e criminal em caso de danos provoca- são uma solução brilhante. Aqueles que defenderão clientes
dos pelos protestos –, a locução conjuntiva no entanto nos tribunais devem demonstrar nessa prova um mínimo de
indica uma relação de conhecimento. Mas, como os cursos são também úteis para
(A) causa e efeito. quem não fez o exame da Ordem ou não foi bem sucedido
(B) oposição. na prova, abrir ou fechar cursos de “formação geral” é as-
(C) comparação. sunto do MEC, não da OAB. A interferência das corporações
(D) condição. não passa de uma prática monopolista e ilegal em outros
(E) explicação. ramos da economia. Questionamos também se uma corpo-
ração profissional deve ter carta-branca para determinar a
21. “Não há fórmula perfeita de arbitrar esse choque.” Nes- dificuldade das provas, pois essa é também uma forma de
sa frase, a palavra arbitrar é um sinônimo de limitar a concorrência – mas trata-se aí de uma questão
(A) julgar. secundária. (...)
(B) almejar. (Veja, 07.03.2007. Adaptado)
(C) condenar.
(D) corroborar. 25. Assinale a alternativa que reescreve, com correção
(E) descriminar. gramatical, as frases: Faz quase dois séculos que fo-
ram fundadas escolas de direito e medicina no Brasil. /
22. No trecho – A Justiça é o meio mais promissor para É embaraçoso verificar que ainda não foram resolvidos
desestimular os protestos abusivos – a preposição para os enguiços entre diplomas e carreiras.
estabelece entre os termos uma relação de (A) Faz quase dois séculos que se fundou escolas de direi-
(A) tempo. to e medicina no Brasil. / É embaraçoso verificar que
(B) posse. ainda não se resolveu os enguiços entre diplomas e
(C) causa. carreiras.
(D) origem. (B) Faz quase dois séculos que se fundava escolas de
(E) finalidade. direito e medicina no Brasil. / É embaraçoso verificar
que ainda não se resolveram os enguiços entre diplo-
23. Na frase – O poder público deveria definir horários e mas e carreiras.
locais –, substituindo-se o verbo definir por obedecer, (C) Faz quase dois séculos que se fundaria escolas de
obtém-se, segundo as regras de regência verbal, a se- direito e medicina no Brasil. / É embaraçoso verificar
guinte frase: que ainda não se resolveu os enguiços entre diplomas
(A) O poder público deveria obedecer para horários e lo- e carreiras.
cais. (D) Faz quase dois séculos que se fundara escolas de
(B) O poder público deveria obedecer a horários e locais. direito e medicina no Brasil. / É embaraçoso verificar
(C) O poder público deveria obedecer horários e locais. que ainda não se resolvera os enguiços entre diplomas
(D) O poder público deveria obedecer com horários e lo- e carreiras.
cais. (E) Faz quase dois séculos que se fundaram escolas de
(E) O poder público deveria obedecer os horários e locais. direito e medicina no Brasil. / É embaraçoso verificar

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que ainda não se resolveram os enguiços entre diplo- nas ocasionalmente exercem-la.
mas e carreiras. (C) I. Torna os graduados mais cultos. / Torna-os mais
cultos. II. É preciso mencionar os cursos de administra-
26. Assinale a alternativa que completa, correta e respecti- ção. / É preciso mencionar-lhes.
vamente, de acordo com a norma culta, as frases: O (D) I. Os advogados devem demonstrar muitos conheci-
monopólio só é bom para aqueles que ____________. / mentos. Os advogados devem demonstrá-los. II. As as-
Nos dias de hoje, nem 20% advogam, e apenas 1% sociações mostram à sociedade o seu papel. / As as-
____________. / Em sua maioria, os advogados sem- sociações mostram-lhe o seu papel.
pre ____________. (E) I. As leis protegem os monopólios espúrios. / As leis
(A) o retêem / obtem sucesso / se apropriaram os postos protegem-os. II. As corporações deviam fiscalizar a prá-
de destaque na política e no mundo dos negócios tica profissional. / As corporações deviam fiscalizá-la.
(B) o retém / obtém sucesso / se apropriaram aos postos
de destaque na política e no mundo dos negócios 31. Assinale a alternativa em que as palavras em destaque
(C) o retém / obtêem sucesso / se apropriaram os postos exercem, respectivamente, a mesma função sintática
de destaque na política e no mundo dos negócios das expressões assinaladas em: Os graduados apenas
(D) o retêm / obtém sucesso / sempre se apropriaram de ocasionalmente exercem a profissão.
postos de destaque na política e no mundo dos negó- (A) Se aprendem pouco, a culpa é da fragilidade do ensino
cios básico.
(E) o retem / obtêem sucesso / se apropriaram de postos (B) A interferência das corporações não passa de uma práti-
de destaque na política e no mundo dos negócios ca monopolista.
(C) Abrir e fechar cursos de “formação geral” é assunto do
27. Assinale a alternativa em que se repete o tipo de ora- MEC.
ção introduzida pela conjunção se, empregado na frase (D) O estudante de direito exercita preferencialmente uma
– Questionamos também se uma corporação profissio- lógica rigorosa.
nal deve ter carta-branca para determinar a dificuldade (E) Boas razões existirão sempre para o advogado buscar
das provas, ... conhecimento.
(A) A sociedade não chega a saber se os advogados são
muito corporativos. 32. Assinale a alternativa que reescreve a frase de acordo
(B) Se os advogados aprendem pouco, a culpa é da fragili- com a norma culta.
dade do ensino básico. (A) Os graduados apenas ocasionalmente exercem a pro-
(C) O advogado afirma que se trata de uma questão se- fissão. / Os graduados apenas ocasionalmente se dedi-
cundária. cam a profissão.
(D) É um curso no qual se exercita lógica rigorosa. (B) Os advogados devem demonstrar nessa prova um
(E) No curso de direito, lê-se bastante. mínimo de conhecimento. / Os advogados devem pri-
mar nessa prova por um mínimo de conhecimento.
28. Assinale a alternativa em que se admite a concordância (C) Ele não fez o exame da OAB. / Ele não procedeu o
verbal tanto no singular como no plural como em: A exame da OAB.
maioria dos advogados ocupam postos de destaque na (D) As corporações deviam promover o interesse da socie-
política e no mundo dos negócios. dade. / As corporações deviam almejar do interesse da
(A) Como o direito, a medicina é uma carreira estritamente sociedade.
profissional. (E) Essa é uma forma de limitar a concorrência. / Essa é
(B) Os Estados Unidos e a Alemanha não oferecem cursos uma forma de restringir à concorrência.
de administração em nível de bacharelado.
(C) Metade dos cursos superiores carecem de boa qualifi- 33. Assinale a alternativa em que o período formado com
cação. as frases I, II e III estabelece as relações de condição
(D) As melhores universidades do país abastecem o mer- entre I e II e de adição entre I e III.
cado de trabalho com bons profissionais. I. O advogado é aprovado na OAB.
(E) A abertura de novos cursos tem de ser controlada por II. O advogado raciocina com lógica.
órgãos oficiais. III. O advogado defende o cliente no tribunal.
(A) Se o advogado raciocinar com lógica, ele será aprova-
29. Assinale a alternativa que apresenta correta correlação do na OAB e defenderá o cliente no tribunal com su-
de tempo verbal entre as orações. cesso.
(A) Se os advogados demonstrarem um mínimo de conhe- (B) O advogado defenderá o cliente no tribunal com suces-
cimento, poderiam defender bem seus clientes. so, mas terá de raciocinar com lógica e ser aprovado
(B) Embora tivessem cursado uma faculdade, não se de- na OAB.
senvolveram intelectualmente. (C) Como raciocinou com lógica, o advogado será aprova-
(C) É possível que os novos cursos passam a ter fiscaliza- do na OAB e defenderá o cliente no tribunal com su-
ção mais severa. cesso.
(D) Se não fosse tanto desconhecimento, o desempenho (D) O advogado defenderá o cliente no tribunal com suces-
poderá ser melhor. so porque raciocinou com lógica e foi aprovado na O-
(E) Seria desejável que os enguiços entre diplomas e car- AB.
reiras se resolvem brevemente. (E) Uma vez que o advogado raciocinou com lógica e foi
aprovado na OAB, ele poderá defender o cliente no tri-
30. A substituição das expressões em destaque por um bunal com sucesso.
pronome pessoal está correta, nas duas frases, de a-
cordo com a norma culta, em: 34. Na frase – Se aprendem pouco, paciência, a culpa é
(A) I. A concorrência promove o interesse da sociedade. / A mais da fragilidade do ensino básico do que das facul-
concorrência promove-o. II. Aqueles que defenderão dades. – a palavra paciência vem entre vírgulas para,
clientes. / Aqueles que lhes defenderão. no contexto,
(B) I. O governo fundou escolas de direito e de medicina. / (A) garantir a atenção do leitor.
O governo fundou elas. II. Os graduados apenas ocasi- (B) separar o sujeito do predicado.
onalmente exercem a profissão. / Os graduados ape- (C) intercalar uma reflexão do autor.

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(D) corrigir uma afirmação indevida. quando ambos revelam, em relação aos valores morais
(E) retificar a ordem dos termos. da conduta, uma preocupação
(A) filosófica.
Atenção: As questões de números 35 a 42 referem-se ao (B) descritiva.
texto abaixo. (C) prescritiva.
(D) contestatária.
SOBRE ÉTICA (E) tradicionalista.
A palavra Ética é empregada nos meios acadêmicos em
três acepções. Numa, faz-se referência a teorias que têm 39. Considerando-se o contexto do último parágrafo, o
como objeto de estudo o comportamento moral, ou seja, elemento sublinhado pode ser corretamente substituído
como entende Adolfo Sanchez Vasquez, “a teoria que pre- pelo que está entre parênteses, sem prejuízo para o
tende explicar a natureza, fundamentos e condições da mo- sentido, no seguinte caso:
ral, relacionando-a com necessidades sociais humanas.” (A) (...) a colocará em íntima conexão com o Direito. (in-
Teríamos, assim, nessa acepção, o entendimento de que o clusão)
fenômeno moral pode ser estudado racional e cientificamen- (B) (...) os valores morais dariam o balizamento do agir
te por uma disciplina que se propõe a descrever as normas (...) (arremate)
morais ou mesmo, com o auxílio de outras ciências, ser (C) (...) qualificação do comportamento do homem como
capaz de explicar valorações comportamentais. ser em situação. (provisório)
(D) (...) nem tampouco como fenômeno especulativo.
Um segundo emprego dessa palavra é considerá-la uma (nem, ainda)
categoria filosófica e mesmo parte da Filosofia, da qual se (E) (...) de um agir, de um comportamento consequenci-
constituiria em núcleo especulativo e reflexivo sobre a com- al... (concessivo)
plexa fenomenologia da moral na convivência humana. A
Ética, como parte da Filosofia, teria por objeto refletir sobre 40. As normas de concordância estão plenamente obser-
os fundamentos da moral na busca de explicação dos fatos vadas na frase:
morais. (A) Costumam-se especular, nos meios acadêmicos, em
torno de três acepções de Ética.
Numa terceira acepção, a Ética já não é entendida como (B) As referências que se faz à natureza da ética conside-
objeto descritível de uma Ciência, tampouco como fenômeno ram-na, com muita frequência, associada aos valores
especulativo. Trata-se agora da conduta esperada pela apli- morais.
cação de regras morais no comportamento social, o que se (C) Não coubessem aos juristas aproximar-se da ética, as
pode resumir como qualificação do comportamento do ho- leis deixariam de ter a dignidade humana como baliza-
mem como ser em situação. É esse caráter normativo de mento.
Ética que a colocará em íntima conexão com o Direito. Nesta (D) Não derivam das teorias, mas das práticas humanas, o
visão, os valores morais dariam o balizamento do agir e a efetivo valor de que se impregna a conduta dos indiví-
Ética seria assim a moral em realização, pelo reconhecimen- duos.
to do outro como ser de direito, especialmente de dignidade. (E) Convém aos filósofos e juristas, quaisquer que sejam
Como se vê, a compreensão do fenômeno Ética não mais as circunstâncias, atentar para a observância dos valo-
surgiria metodologicamente dos resultados de uma descri- res éticos.
ção ou reflexão, mas sim, objetivamente, de um agir, de um
comportamento consequencial, capaz de tornar possível e 41. Está clara, correta e coerente a redação do seguinte
correta a convivência. (Adaptado do site Doutrina Jus Navi- comentário sobre o texto:
gandi) (A) Dentre as três acepções de Ética que se menciona no
texto, uma apenas diz respeito à uma área em que con-
35. As diferentes acepções de Ética devem-se, conforme flui com o Direito.
se depreende da leitura do texto, (B) O balizamento da conduta humana é uma atividade em
(A) aos usos informais que o senso comum faz desse ter- que, cada um em seu campo, se empenham o jurista e
mo. o filósofo.
(B) às considerações sobre a etimologia dessa palavra. (C) Costuma ocorrer muitas vezes não ser fácil distinguir
(C) aos métodos com que as ciências sociais a analisam. Ética ou Moral, haja vista que tanto uma quanto outra
(D) às íntimas conexões que ela mantém com o Direito. pretendem ajuizar à situação do homem.
(E) às perspectivas em que é considerada pelos acadêmi- (D) Ainda que se torne por consenso um valor do compor-
cos. tamento humano, a Ética varia conforme a perspectiva
de atribuição do mesmo.
36. A concepção de ética atribuída a Adolfo Sanchez Vas- (E) Os saberes humanos aplicados, do conhecimento da
quez é retomada na seguinte expressão do texto: Ética, costumam apresentar divergências de enfoques,
(A) núcleo especulativo e reflexivo. em que pese a metodologia usada.
(B) objeto descritível de uma Ciência.
(C) explicação dos fatos morais. 42. Transpondo-se para a voz passiva a frase Nesta visão,
(D) parte da Filosofia. os valores morais dariam o balizamento do agir, a for-
(E) comportamento consequencial. ma verbal resultante deverá ser:
(A) seria dado.
37. No texto, a terceira acepção da palavra ética deve ser (B) teriam dado.
entendida como aquela em que se considera, sobretu- (C) seriam dados.
do, (D) teriam sido dados.
(A) o valor desejável da ação humana. (E) fora dado.
(B) o fundamento filosófico da moral.
(C) o rigor do método de análise. Atenção: As questões de números 43 a 48 referem-se ao
(D) a lucidez de quem investiga o fato moral. texto abaixo.
(E) o rigoroso legado da jurisprudência.
O HOMEM MORAL E O MORALIZADOR
38. Dá-se uma íntima conexão entre a Ética e o Direito Depois de um bom século de psicologia e psiquiatria di-

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nâmicas, estamos certos disto: o moralizador e o homem (B) determinados antecedentes dela.
moral são figuras diferentes, se não opostas. O homem (C) reconhecidos fatores que a causam.
moral se impõe padrões de conduta e tenta respeitá-los; o (D) consequentes aspectos que a relativizam.
moralizador quer impor ferozmente aos outros os padrões (E) valores comuns que ela propicia.
que ele não consegue respeitar.
A distinção entre ambos tem alguns corolários relevan- 47. Está correta a articulação entre os tempos e os modos
tes. verbais na frase:
Primeiro, o moralizador é um homem moral falido: se (A) Se o moralizador vier a respeitar o padrão moral que
soubesse respeitar o padrão moral que ele impõe, ele não ele impusera, já não podia ser considerado um hipócri-
precisaria punir suas imperfeições nos outros. Segundo, é ta.
possível e compreensível que um homem moral tenha um (B) Os moralizadores sempre haveriam de desrespeitar os
espírito missionário: ele pode agir para levar os outros a valores morais que eles imporão aos outros.
adotar um padrão parecido com o seu. Mas a imposição (C) A pior barbárie terá sido aquela em que o rigor dos
forçada de um padrão moral não é nunca o ato de um ho- hipócritas servisse de controle dos demais cidadãos.
mem moral, é sempre o ato de um moralizador. Em geral, as (D) Desde que haja a imposição forçada de um padrão
sociedades em que as normas morais ganham força de lei moral, caracterizava-se um ato típico do moralizador.
(os Estados confessionais, por exemplo) não são regradas (E) Não é justo que os hipócritas sempre venham a impor
por uma moral comum, nem pelas aspirações de poucos e padrões morais que eles próprios não respeitam.
escolhidos homens exemplares,mas por moralizadores que
tentam remir suas próprias falhas morais pela brutalidade do 48. Está correto o emprego de ambos os elementos subli-
controle que eles exercem sobre os outros. A pior barbárie nhados na frase:
do mundo é isto: um mundo em que todos pagam pelos (A) O moralizador está carregado de imperfeições de que
pecados de hipócritas que não se aguentam. (Contardo ele não costuma acusar em si mesmo.
Calligaris, Folha de S. Paulo, 20/03/2008) (B) Um homem moral empenha-se numa conduta cujo o
padrão moral ele não costuma impingir na dos outros.
43. Atente para as afirmações abaixo. (C) Os pecados aos quais insiste reincidir o moralizador
I. Diferentemente do homem moral, o homem moralizador são os mesmos em que ele acusa seus semelhantes.
não se preocupa com os padrões morais de conduta. (D) Respeitar um padrão moral das ações é uma qualidade
II. Pelo fato de impor a si mesmo um rígido padrão de da qual não abrem mão os homens a quem não se
conduta, o homem moral acaba por impô-lo à conduta pode acusar de hipócritas.
alheia. (E) Quando um moralizador julga os outros segundo um
III. O moralizador, hipocritamente, age como se de fato padrão moral de cujo ele próprio não respeita, de-
respeitasse os padrões de conduta que ele cobra dos monstra toda a hipocrisia em que é capaz.
outros.
Em relação ao texto, é correto o que se afirma APE- Atenção: As questões de números 49 a 54 referem-se ao
NAS em texto abaixo.
(A) I.
(B) II. FIM DE FEIRA
(C) III. Quando os feirantes já se dispõem a desarmar as barra-
(D) I e II. cas, começam a chegar os que querem pagar pouco pelo
(E) II e III. que restou nas bancadas, ou mesmo nada, pelo que ameaça
estragar. Chegam com suas sacolas cheias de esperança.
44. No contexto do primeiro parágrafo, a afirmação de que Alguns não perdem tempo e passam a recolher o que está
já decorreu um bom século de psicologia e psiquiatria pelo chão: um mamãozinho amolecido, umas folhas de cou-
dinâmicas indica um fator determinante para que ve amarelas, a metade de um abacaxi, que serviu de chama-
(A) concluamos que o homem moderno já não dispõe de riz para os fregueses compradores. Há uns que se aventu-
rigorosos padrões morais para avaliar sua conduta. ram até mesmo nas cercanias da barraca de pescados, onde
(B) consideremos cada vez mais difícil a discriminação pode haver alguma suspeita sardinha oculta entre jornais, ou
entre o homem moral e o homem moralizador. uma ponta de cação obviamente desprezada.
(C) reconheçamos como bastante remota a possibilidade Há feirantes que facilitam o trabalho dessas pessoas: o-
de se caracterizar um homem moralizador. ferecem-lhes o que, de qualquer modo, eles iriam jogar fora.
(D) identifiquemos divergências profundas entre o compor- Mas outros parecem ciumentos do teimoso aproveita-
tamento de um homem moral e o de um moralizador. mento dos refugos, e chegam a recolhê-los para não os
(E) divisemos as contradições internas que costumam verem coletados. Agem para salvaguardar não o lucro pos-
ocorrer nas atitudes tomadas pelo homem moral. sível, mas o princípio mesmo do comércio. Parecem temer
que a fome seja debelada sem que alguém pague por isso.
45. O autor do texto refere-se aos Estados confessionais E não admitem ser acusados de egoístas: somos comercian-
para exemplificar uma sociedade na qual tes, não assistentes sociais, alegam.
(A) normas morais não têm qualquer peso na conduta dos
cidadãos. Finda a feira, esvaziada a rua, chega o caminhão da lim-
(B) hipócritas exercem rigoroso controle sobre a conduta peza e os funcionários da prefeitura varrem e lavam tudo,
de todos. entre risos e gritos. O trânsito é liberado, os carros atravan-
(C) a fé religiosa é decisiva para o respeito aos valores de cam a rua e, não fosse o persistente cheiro de peixe, a nin-
uma moral comum. guém ocorreria que ali houve uma feira, frequentada por tão
(D) a situação de barbárie impede a formulação de qual- diversas espécies de seres humanos. (Joel Rubinato, inédi-
quer regra moral. to)
(E) eventuais falhas de conduta são atribuídas à fraqueza
das leis. 49. Nas frases parecem ciumentos do teimoso aproveita-
46. Na frase A distinção entre ambos tem alguns corolá- mento dos refugos e não admitem ser acusados de e-
rios relevantes, o sentido da expressão sublinhada es- goístas, o narrador do texto
tá corretamente traduzido em: (A) mostra-se imparcial diante de atitudes opostas dos
(A) significativos desdobramentos dela. feirantes.

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(B) revela uma perspectiva crítica diante da atitude de (A) Fica-se indignado com os feirantes, que não compre-
certos feirantes. endem a carência dos mais pobres.
(C) demonstra não reconhecer qualquer proveito nesse tipo (B) No texto, ocorre uma descrição o mais fiel possível da
de coleta. tradicional coleta de um fim de feira.
(D) assume-se como um cronista a quem não cabe emitir (C) A todo momento, dá-se o triste espetáculo de pobreza
julgamentos. centralizado nessa narrativa.
(E) insinua sua indignação contra o lucro excessivo dos (D) Certamente, o leitor não deixará de observar a preocu-
feirantes. pação do autor em distinguir os diferentes caracteres
humanos.
50. Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente o (E) Em qualquer lugar onde ocorra uma feira, ocorrerá
sentido de um segmento do texto em: também a humilde coleta de que trata a crônica.
(A) serviu de chamariz
(B) alguma suspeita sardinha i- RESPOSTAS
nha. 01. A 11. C 21. A 31. E 41. B 51. D
(C) teimoso aproveitamento utilização. 02. B 12. A 22. E 32. B 42. A 52. E
(D) o princípio mesmo do comércio e- 03. E 13. B 23. B 33. A 43. C 53. D
ração comercial. 04. C 14. E 24. A 34. C 44. D 54. A
(E) Agem para salvaguardar 05. A 15. D 25. E 35. E 45. B
06. E 16. A 26. D 36. B 46. A
51. Atente para as afirmações abaixo. 07. B 17. C 27. A 37. A 47. E
I. Os riscos do consumo de uma sardinha suspeita ou da 08. A 18. D 28. C 38. C 48. D
ponta de um cação que foi desprezada justificam o em- 09. D 19. E 29. B 39. D 49. B
prego de se aventuram, no primeiro parágrafo. 10. B 20. B 30. D 40. E 50. C
II. O emprego de alegam, no segundo parágrafo, deixa
entrever que o autor não compactua com a justificativa FONÉTICA E FONOLOGIA
dos feirantes.
III. No último parágrafo, o autor faz ver que o fim da feira
traz a superação de tudo o que determina a existência Em sentido mais elementar, a Fonética é o estudo dos
de diversas espécies de seres humanos. sons ou dos fonemas, entendendo-se por fonemas os sons
Em relação ao texto, é correto o que se afirma APE- emitidos pela voz humana, os quais caracterizam a oposição
NAS em entre os vocábulos.
(A) I.
(B) II. Ex.: em pato e bato é o som inicial das consoantes p- e b-
(C) III. que opõe entre si as duas palavras. Tal som recebe a deno-
(D) I e II. minação de FONEMA.
(E) II e III.
Quando proferimos a palavra aflito, por exemplo, emitimos
52. Está INCORRETA a seguinte afirmação sobre um re- três sílabas e seis fonemas: a-fli-to. Percebemos que numa
curso de construção do texto: no contexto do sílaba pode haver um ou mais fonemas.
(A) primeiro parágrafo, a forma ou mesmo nada faz suben- No sistema fonética do português do Brasil há, aproxima-
tender a expressão verbal querem pagar. damente, 33 fonemas.
(B) primeiro parágrafo, a expressão fregueses comprado-
res faz subentender a existência de “fregueses” que É importante não confundir letra com fonema. Fonema é
não compram nada. som, letra é o sinal gráfico que representa o som.
(C) segundo parágrafo, a expressão de qualquer modo
está empregada com o sentido de de toda maneira. Vejamos alguns exemplos:
(D) segundo parágrafo, a expressão para salvaguardar Manhã – 5 letras e quatro fonemas: m / a / nh / ã
está empregada com o sentido de a fim de resguardar. Táxi – 4 letras e 5 fonemas: t / a / k / s / i
(E) terceiro parágrafo, a expressão não fosse tem sentido Corre – letras: 5: fonemas: 4
equivalente ao de mesmo não sendo. Hora – letras: 4: fonemas: 3
Aquela – letras: 6: fonemas: 5
53. O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se Guerra – letras: 6: fonemas: 4
no plural para preencher de modo correto a lacuna da Fixo – letras: 4: fonemas: 5
frase: Hoje – 4 letras e 3 fonemas
(A) Frutas e verduras, mesmo quando desprezadas, não Canto – 5 letras e 4 fonemas
...... (deixar) de as recolher quem não pode pagar pe- Tempo – 5 letras e 4 fonemas
las boas e bonitas. Campo – 5 letras e 4 fonemas
(B) ......-se (dever) aos ruidosos funcionários da limpeza Chuva – 5 letras e 4 fonemas
pública a providência que fará esquecer que ali funcio-
nou uma feira. LETRA - é a representação gráfica, a representação
(C) Não ...... (aludir) aos feirantes mais generosos, que escrita, de um determinado som.
oferecem as sobras de seus produtos, a observação do
autor sobre o egoísmo humano. CLASSIFICAÇÃO DOS FONEMAS
(D) A pouca gente ...... (deixar) de sensibilizar os penosos
detalhes da coleta, a que o narrador deu ênfase em seu VOGAIS
texto.
(E) Não ...... (caber) aos leitores, por força do texto, criticar a, e, i, o, u
o lucro razoável de alguns feirantes, mas sim, a inacei-
tável impiedade de outros. SEMIVOGAIS
Só há duas semivogais: i e u, quando se incorporam à
54. A supressão da vírgula altera o sentido da seguinte vogal numa mesma sílaba da palavra, formando um ditongo
frase: ou tritongo. Exs.: cai-ça-ra, te-sou-ro, Pa-ra-guai.

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Exs.: chave, malha, ninho.
CONSOANTES 2) Os constituídos de letras dobradas, representados pe-
los grupos rr e ss.
b, c, d, f, g, h, j, l, m, n, p, q, r, s, t, v, x, z Exs. : carro, pássaro.
3) Os grupos gu, qu, sc, sç, xc, xs.
ENCONTROS VOCÁLICOS Exs.: guerra, quilo, nascer, cresça, exceto, exsurgir.
A seqüência de duas ou três vogais em uma palavra, da- 4) As vogais nasais em que a nasalidade é indicada por
mos o nome de encontro vocálico. m ou n, encerrando a sílaba em uma palavra.
Ex.: cooperativa Exs.: pom-ba, cam-po, on-de, can-to, man-to.

Três são os encontros vocálicos: ditongo, tritongo, hiato NOTAÇÕES LÉXICAS


São certos sinais gráficos que se juntam às letras, geral-
DITONGO mente para lhes dar um valor fonético especial e permitir a
É a combinação de uma vogal + uma semivogal ou vice- correta pronúncia das palavras.
versa.
Dividem-se em: São os seguintes:
- orais: pai, fui 1) o acento agudo – indica vogal tônica aberta: pé, avó,
- nasais: mãe, bem, pão lágrimas;
- decrescentes: (vogal + semivogal) – meu, riu, dói 2) o acento circunflexo – indica vogal tônica fechada:
- crescentes: (semivogal + vogal) – pátria, vácuo avô, mês, âncora;
3) o acento grave – sinal indicador de crase: ir à cidade;
TRITONGO (semivogal + vogal + semivogal) 4) o til – indica vogal nasal: lã, ímã;
Ex.: Pa-ra-guai, U-ru-guai, Ja-ce-guai, sa-guão, quão, i- 5) a cedilha – dá ao c o som de ss: moça, laço, açude;
guais, mínguam 6) o trema – indica que o u soa: lingüeta, freqüente, tran-
qüilo;
HIATO 7) o apóstrofo – indica supressão de vogal: mãe-d‟água,
Ê o encontro de duas vogais que se pronunciam separa- pau-d‟alho;
damente, em duas diferentes emissões de voz. o hífen – une palavras, prefixos, etc.: arcos-íris, peço-lhe,
Ex.: fa-ís-ca, sa-ú-de, do-er, a-or-ta, po-di-a, ci-ú-me, po-ei- ex-aluno.
ra, cru-el, ju-í-zo
ORTOGRAFIA OFICIAL
SÍLABA
Dá-se o nome de sílaba ao fonema ou grupo de fonemas
pronunciados numa só emissão de voz. As dificuldades para a ortografia devem-se ao fato de
que há fonemas que podem ser representados por mais de
Quanto ao número de sílabas, o vocábulo classifica-se em: uma letra, o que não é feito de modo arbitrário, mas funda-
• Monossílabo - possui uma só sílaba: pá, mel, fé, sol. mentado na história da língua.
• Dissílabo - possui duas sílabas: ca-sa, me-sa, pom-bo.
• Trissílabo - possui três sílabas: Cam-pi-nas, ci-da-de, Eis algumas observações úteis:
a-tle-ta.
• Polissílabo - possui mais de três sílabas: es-co-la-ri- DISTINÇÃO ENTRE J E G
da-de, hos-pi-ta-li-da-de. 1. Escrevem-se com J:
a) As palavras de origem árabe, africana ou ameríndia:
TONICIDADE canjica. cafajeste, canjerê, pajé, etc.
Nas palavras com mais de uma sílaba, sempre existe uma b) As palavras derivadas de outras que já têm j: laranjal
sílaba que se pronuncia com mais força do que as outras: é a (laranja), enrijecer, (rijo), anjinho (anjo), granjear (gran-
sílaba tônica. ja), etc.
Exs.: em lá-gri-ma, a sílaba tônica é lá; em ca-der-no, der; c) As formas dos verbos que têm o infinitivo em JAR. des-
em A-ma-pá, pá. pejar: despejei, despeje; arranjar: arranjei, arranje; viajar:
viajei, viajeis.
Considerando-se a posição da sílaba tônica, classificam-se d) O final AJE: laje, traje, ultraje, etc.
as palavras em: e) Algumas formas dos verbos terminados em GER e GIR,
• Oxítonas - quando a tônica é a última sílaba: Pa-ra-ná, os quais mudam o G em J antes de A e O: reger: rejo, re-
sa-bor, do-mi-nó. ja; dirigir: dirijo, dirija.
• Paroxítonas - quando a tônica é a penúltima sílaba:
már-tir, ca-rá-ter, a-má-vel, qua-dro. 2. Escrevem-se com G:
• Proparoxítonas - quando a tônica é a antepenúltima a) O final dos substantivos AGEM, IGEM, UGEM: coragem,
sílaba: ú-mi-do, cá-li-ce, ' sô-fre-go, pês-se-go, lá-gri- vertigem, ferrugem, etc.
ma. b) Exceções: pajem, lambujem. Os finais: ÁGIO, ÉGIO,
ÓGIO e ÍGIO: estágio, egrégio, relógio refúgio, prodígio,
ENCONTROS CONSONANTAIS etc.
É a sequência de dois ou mais fonemas consonânticos c) Os verbos em GER e GIR: fugir, mugir, fingir.
num vocábulo.
Ex.: atleta, brado, creme, digno etc. DISTINÇÃO ENTRE S E Z
1. Escrevem-se com S:
DÍGRAFOS
a) O sufixo OSO: cremoso (creme + oso), leitoso, vaidoso,
São duas letras que representam um só fonema, sendo
etc.
uma grafia composta para um som simples.
b) O sufixo ÊS e a forma feminina ESA, formadores dos
adjetivos pátrios ou que indicam profissão, título honorífi-
Há os seguintes dígrafos:
co, posição social, etc.: português – portuguesa, campo-
1) Os terminados em h, representados pelos grupos ch,
nês – camponesa, marquês – marquesa, burguês – bur-
lh, nh.
guesa, montês, pedrês, princesa, etc.
Língua Portuguesa 12 A Opção Certa Para a Sua Realização
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c) O sufixo ISA. sacerdotisa, poetisa, diaconisa, etc. Correla- Exemplos
d) Os finais ASE, ESE, ISE e OSE, na grande maioria se o ções ato - ação; infrator - infração; Marte - marcial
t-c abster - abstenção; ater - atenção; conter - contenção,
vocábulo for erudito ou de aplicação científica, não have- ter-tenção deter - detenção; reter - retenção
rá dúvida, hipótese, exegese análise, trombose, etc. aspergir - aspersão; imergir - imersão; submergir -
e) As palavras nas quais o S aparece depois de ditongos: rg - rs submersão;
rt - rs inverter - inversão; divertir - diversão
coisa, Neusa, causa. pel - puls impelir - impulsão; expelir - expulsão; repelir - repulsão
f) O sufixo ISAR dos verbos referentes a substantivos cujo corr - curs correr - curso - cursivo - discurso; excursão - incursão
radical termina em S: pesquisar (pesquisa), analisar (a- sent - sens sentir - senso, sensível, consenso
nálise), avisar (aviso), etc. ced - cess ceder - cessão - conceder - concessão; interceder -
intercessão.
g) Quando for possível a correlação ND - NS: escandir: gred - exceder - excessivo (exceto exceção)
escansão; pretender: pretensão; repreender: repreensão, gress agredir - agressão - agressivo; progredir - progressão -
etc. progresso - progressivo
prim - imprimir - impressão; oprimir - opressão; reprimir -
press repressão.
2. Escrevem-se em Z. tir - ssão admitir - admissão; discutir - discussão, permitir - per-
a) O sufixo IZAR, de origem grega, nos verbos e nas pala- missão.
vras que têm o mesmo radical. Civilizar: civilização, civili- (re)percutir - (re)percussão
zado; organizar: organização, organizado; realizar: reali-
zação, realizado, etc. PALAVRAS COM CERTAS DIFICULDADES
b) Os sufixos EZ e EZA formadores de substantivos abstra-
tos derivados de adjetivos limpidez (limpo), pobreza (po- ONDE-AONDE
bre), rigidez (rijo), etc. Emprega-se AONDE com os verbos que dão ideia de mo-
c) Os derivados em -ZAL, -ZEIRO, -ZINHO e –ZITO: cafe- vimento. Equivale sempre a PARA ONDE.
zal, cinzeiro, chapeuzinho, cãozito, etc. AONDE você vai?
AONDE nos leva com tal rapidez?
DISTINÇÃO ENTRE X E CH:
1. Escrevem-se com X Naturalmente, com os verbos que não dão ideia de “movi-
a) Os vocábulos em que o X é o precedido de ditongo: fai- mento” emprega-se ONDE
xa, caixote, feixe, etc. ONDE estão os livros?
c) Maioria das palavras iniciadas por ME: mexerico, mexer, Não sei ONDE te encontrar.
mexerica, etc.
d) EXCEÇÃO: recauchutar (mais seus derivados) e caucho MAU - MAL
(espécie de árvore que produz o látex). MAU é adjetivo (seu antônimo é bom).
e) Observação: palavras como "enchente, encharcar, en- Escolheu um MAU momento.
chiqueirar, enchapelar, enchumaçar", embora se iniciem Era um MAU aluno.
pela sílaba "en", são grafadas com "ch", porque são pa-
lavras formadas por prefixação, ou seja, pelo prefixo en + MAL pode ser:
o radical de palavras que tenham o ch (enchente, encher a) advérbio de modo (antônimo de bem).
e seus derivados: prefixo en + radical de cheio; enchar- Ele se comportou MAL.
car: en + radical de charco; enchiqueirar: en + radical de Seu argumento está MAL estruturado
chiqueiro; enchapelar: en + radical de chapéu; enchuma- b) conjunção temporal (equivale a assim que).
çar: en + radical de chumaço). MAL chegou, saiu
c) substantivo:
2. Escrevem-se com CH: O MAL não tem remédio,
a) charque, chiste, chicória, chimarrão, ficha, cochicho, Ela foi atacada por um MAL incurável.
cochichar, estrebuchar, fantoche, flecha, inchar, pechin-
cha, pechinchar, penacho, salsicha, broche, arrocho, a- CESÃO/SESSÃO/SECÇÃO/SEÇÃO
petrecho, bochecha, brecha, chuchu, cachimbo, comi- CESSÃO significa o ato de ceder.
chão, chope, chute, debochar, fachada, fechar, linchar, Ele fez a CESSÃO dos seus direitos autorais.
mochila, piche, pichar, tchau. A CESSÃO do terreno para a construção do estádio agra-
b) Existem vários casos de palavras homófonas, isto é, dou a todos os torcedores.
palavras que possuem a mesma pronúncia, mas a grafia
diferente. Nelas, a grafia se distingue pelo contraste entre SESSÃO é o intervalo de tempo que dura uma reunião:
o x e o ch. Assistimos a uma SESSÃO de cinema.
Reuniram-se em SESSÃO extraordinária.
Exemplos:
• brocha (pequeno prego) SECÇÃO (ou SEÇÃO) significa parte de um todo, subdivi-
• broxa (pincel para caiação de paredes) são:
• chá (planta para preparo de bebida) Lemos a noticia na SECÇÃO (ou SEÇÃO) de esportes.
• xá (título do antigo soberano do Irã) Compramos os presentes na SECÇÃO (ou SEÇÃO) de
• chalé (casa campestre de estilo suíço) brinquedos.
• xale (cobertura para os ombros)
• chácara (propriedade rural) HÁ / A
• xácara (narrativa popular em versos) Na indicação de tempo, emprega-se:
• cheque (ordem de pagamento) HÁ para indicar tempo passado (equivale a faz):
• xeque (jogada do xadrez) HÁ dois meses que ele não aparece.
• cocho (vasilha para alimentar animais) Ele chegou da Europa HÁ um ano.
• coxo (capenga, imperfeito) A para indicar tempo futuro:
Daqui A dois meses ele aparecerá.
DISTINÇÃO ENTRE S, SS, Ç E C Ela voltará daqui A um ano.
Observe o quadro das correlações:
FORMAS VARIANTES
Existem palavras que apresentam duas grafias. Nesse

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caso, qualquer uma delas é considerada correta. Eis alguns "Qual deles: o hortelão ou o advogado?" (Machado de
exemplos. Assis)
aluguel ou aluguer hem? ou hein? "Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas:
alpartaca, alpercata ou imundície ou imundícia ouro, incenso, mirra." (Manuel Bandeira)
alpargata infarto ou enfarte
amídala ou amígdala laje ou lajem USO DO HÍFEN
assobiar ou assoviar lantejoula ou lentejoula
assobio ou assovio nenê ou nenen Algumas regras do uso do hífen foram alteradas pelo no-
azaléa ou azaleia nhambu, inhambu ou nambu vo Acordo. Mas, como se trata ainda de matéria controverti-
bêbado ou bêbedo quatorze ou catorze da em muitos aspectos, para facilitar a compreensão dos
bílis ou bile surripiar ou surrupiar leitores, apresentamos um resumo das regras que orientam
cãibra ou cãimbra taramela ou tramela o uso do hífen com os prefixos mais comuns, assim como as
carroçaria ou carroceria relampejar, relampear, relampe- novas orientações estabelecidas pelo Acordo.
chimpanzé ou chipanzé guear ou relampar
debulhar ou desbulhar porcentagem ou percentagem As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em
fleugma ou fleuma palavras formadas por prefixos ou por elementos que podem
funcionar como prefixos, como: aero, agro, além, ante, anti,
EMPREGO DE MAIÚSCULAS E MINÚSCULAS aquém, arqui, auto, circum, co, contra, eletro, entre, ex, ex-
tra, geo, hidro, hiper, infra, inter, intra, macro, micro, mini,
Escrevem-se com letra inicial maiúscula: multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseudo, retro,
1) a primeira palavra de período ou citação. semi, sobre, sub, super, supra, tele, ultra, vice etc.
Diz um provérbio árabe: "A agulha veste os outros e
vive nua." 1. Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra
No início dos versos que não abrem período é iniciada por h.
facultativo o uso da letra maiúscula. Exemplos:
2) substantivos próprios (antropônimos, alcunhas, anti-higiênico
topônimos, nomes sagrados, mitológicos, anti-histórico
astronômicos): José, Tiradentes, Brasil, Amazônia, co-herdeiro
Campinas, Deus, Maria Santíssima, Tupã, Minerva, macro-história
Via-Láctea, Marte, Cruzeiro do Sul, etc. mini-hotel
O deus pagão, os deuses pagãos, a deusa Juno. proto-história
3) nomes de épocas históricas, datas e fatos importantes, sobre-humano
festas religiosas: Idade Média, Renascença, super-homem
Centenário da Independência do Brasil, a Páscoa, o ultra-humano
Natal, o Dia das Mães, etc. Exceção: subumano (nesse caso, a palavra humano
4) nomes de altos cargos e dignidades: Papa, Presidente perde o h).
da República, etc.
5) nomes de altos conceitos religiosos ou políticos: Igreja, 2. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal
Nação, Estado, Pátria, União, República, etc. diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento.
6) nomes de ruas, praças, edifícios, estabelecimentos, Exemplos:
agremiações, órgãos públicos, etc.: aeroespacial
Rua do 0uvidor, Praça da Paz, Academia Brasileira de agroindustrial
Letras, Banco do Brasil, Teatro Municipal, Colégio anteontem
Santista, etc. antiaéreo
7) nomes de artes, ciências, títulos de produções antieducativo
artísticas, literárias e científicas, títulos de jornais e autoaprendizagem
revistas: Medicina, Arquitetura, Os Lusíadas, 0 autoescola
Guarani, Dicionário Geográfico Brasileiro, Correio da autoestrada
Manhã, Manchete, etc. autoinstrução
8) expressões de tratamento: Vossa Excelência, Sr. coautor
Presidente, Excelentíssimo Senhor Ministro, Senhor coedição
Diretor, etc. extraescolar
9) nomes dos pontos cardeais, quando designam regiões: infraestrutura
Os povos do Oriente, o falar do Norte. plurianual
Mas: Corri o país de norte a sul. O Sol nasce a leste. semiaberto
10) nomes comuns, quando personificados ou semianalfabeto
individuados: o Amor, o Ódio, a Morte, o Jabuti (nas semiesférico
fábulas), etc. semiopaco
Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o se-
Escrevem-se com letra inicial minúscula: gundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobri-
1) nomes de meses, de festas pagãs ou populares, gar, coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar,
nomes gentílicos, nomes próprios tornados comuns: coocupante etc.
maia, bacanais, carnaval, ingleses, ave-maria, um
havana, etc. 3. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal
2) os nomes a que se referem os itens 4 e 5 acima, e o segundo elemento começa por consoante diferente de r
quando empregados em sentido geral: ou s. Exemplos:
São Pedro foi o primeiro papa. Todos amam sua pátria. anteprojeto
3) nomes comuns antepostos a nomes próprios antipedagógico
geográficos: o rio Amazonas, a baía de Guanabara, o autopeça
pico da Neblina, etc. autoproteção
4) palavras, depois de dois pontos, não se tratando de coprodução
citação direta: geopolítica
Língua Portuguesa 14 A Opção Certa Para a Sua Realização
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microcomputador hiperativo
pseudoprofessor interescolar
semicírculo interestadual
semideus interestelar
seminovo interestudantil
ultramoderno superamigo
Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen. E- superaquecimento
xemplos: vice-rei, vice-almirante etc. supereconômico
superexigente
4. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal superinteressante
e o segundo elemento começa por r ou s. Nesse caso, du- superotimismo
plicam-se essas letras. Exemplos:
antirrábico 8. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós,
antirracismo pré, pró, usa-se sempre o hífen. Exemplos:
antirreligioso além-mar
antirrugas além-túmulo
antissocial aquém-mar
biorritmo ex-aluno
contrarregra ex-diretor
contrassenso ex-hospedeiro
cosseno ex-prefeito
infrassom ex-presidente
microssistema pós-graduação
minissaia pré-história
multissecular pré-vestibular
neorrealismo pró-europeu
neossimbolista recém-casado
semirreta recém-nascido
ultrarresistente. sem-terra
ultrassom
9. Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-
5. Quando o prefi xo termina por vogal, usa-se o hífen se guarani: açu, guaçu e mirim. Exemplos: amoré-guaçu, anajá-
o segundo elemento começar pela mesma vogal. mirim, capim-açu.
Exemplos:
anti-ibérico 10. Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais pala-
anti-imperialista vras que ocasionalmente se combinam, formando não pro-
anti-infl acionário priamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares.
anti-infl amatório Exemplos: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo.
auto-observação
contra-almirante 11. Não se deve usar o hífen em certas palavras que
contra-atacar perderam a noção de composição. Exemplos:
contra-ataque girassol
micro-ondas madressilva
micro-ônibus mandachuva
semi-internato paraquedas
semi-interno paraquedista
pontapé
6. Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hí-
fen se o segundo elemento começar pela mesma consoante. 12. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de
Exemplos: uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o
hiper-requintado hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplos:
inter-racial Na cidade, conta-se que ele foi viajar.
inter-regional O diretor recebeu os ex-alunos.
sub-bibliotecário
super-racista ACENTUAÇÃO GRÁFICA
super-reacionário
super-resistente
super-romântico ORTOGRAFIA OFICIAL
Por Paula Perin dos Santos
Atenção:
• Nos demais casos não se usa o hífen. O Novo Acordo Ortográfico visa simplificar as regras
Exemplos: hipermercado, intermunicipal, superinte- ortográficas da Língua Portuguesa e aumentar o prestígio
ressante, superproteção. social da língua no cenário internacional. Sua implementa-
• Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de ção no Brasil segue os seguintes parâmetros: 2009 – vigên-
palavra iniciada por r: sub-região, sub-raça etc. cia ainda não obrigatória, 2010 a 2012 – adaptação completa
• Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante dos livros didáticos às novas regras; e a partir de 2013 –
de palavra iniciada por m, n e vogal: circum- vigência obrigatória em todo o território nacional. Cabe lem-
navegação, pan-americano etc. brar que esse “Novo Acordo Ortográfico” já se encontrava
assinado desde 1990 por oito países que falam a língua
7. Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o portuguesa, inclusive pelo Brasil, mas só agora é que teve
hífen se o segundo elemento começar por vogal. Exemplos: sua implementação.
hiperacidez

Língua Portuguesa 15 A Opção Certa Para a Sua Realização


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É equívoco afirmar que este acordo visa uniformizar a Só não acentuamos oxítonas terminadas em “I” ou “U”, a
língua, já que uma língua não existe apenas em função de não ser que seja um caso de hiato. Por exemplo: as palavras
sua ortografia. Vale lembrar que a ortografia é apenas um “baú”, “aí”, “Esaú” e “atraí-lo” são acentuadas porque as
aspecto superficial da escrita da língua, e que as diferenças semivogais “i” e “u” estão tônicas nestas palavras.
entre o Português falado nos diversos países lusófonos
subsistirão em questões referentes à pronúncia, vocabulário 2. Acentuamos as palavras paroxítonas quando termina-
e gramática. Uma língua muda em função de seus falantes e das em:
do tempo, não por meio de Leis ou Acordos.

 L – afável, fácil, cônsul, desejável, ágil, incrível.


A queixa de muitos estudantes e usuários da língua es-
crita é que, depois de internalizada uma regra, é difícil “de-  N – pólen, abdômen, sêmen, abdômen.
saprendê-la”. Então, cabe aqui uma dica: quando se tiver  R – câncer, caráter, néctar, repórter.
uma dúvida sobre a escrita de alguma palavra, o ideal é  X – tórax, látex, ônix, fênix.
consultar o Novo Acordo (tenha um sempre em fácil acesso)  PS – fórceps, Quéops, bíceps.
ou, na melhor das hipóteses, use um sinônimo para referir-  Ã(S) – ímã, órfãs, ímãs, Bálcãs.
se a tal palavra.  ÃO(S) – órgão, bênção, sótão, órfão.
 I(S) – júri, táxi, lápis, grátis, oásis, miosótis.
Mostraremos nessa série de artigos o Novo Acordo de  ON(S) – náilon, próton, elétrons, cânon.
uma maneira descomplicada, apontando como é que fica
estabelecido de hoje em diante a Ortografia Oficial do Portu-
 UM(S) – álbum, fórum, médium, álbuns.
guês falado no Brasil.  US – ânus, bônus, vírus, Vênus.

Alfabeto Também acentuamos as paroxítonas terminadas em di-


A influência do inglês no nosso idioma agora é oficial. Há tongos crescentes (semivogal+vogal):
muito tempo as letras “k”, “w” e “y” faziam parte do nosso Névoa, infância, tênue, calvície, série, polícia, residência,
idioma, isto não é nenhuma novidade. Elas já apareciam em férias, lírio.
unidades de medidas, nomes próprios e palavras importadas
do idioma inglês, como: 3. Todas as proparoxítonas são acentuadas.
km – quilômetro, Ex. México, música, mágico, lâmpada, pálido, pálido,
kg – quilograma sândalo, crisântemo, público, pároco, proparoxítona.
Show, Shakespeare, Byron, Newton, dentre outros.
QUANTO À CLASSIFICAÇÃO DOS ENCONTROS VO-
Trema CÁLICOS
Não se usa mais o trema em palavras do português.
Quem digita muito textos científicos no computador sabe o 4. Acentuamos as vogais “I” e “U” dos hiatos, quando:
quanto dava trabalho escrever linguística, frequência. Ele só
vai permanecer em nomes próprios e seus derivados, de  Formarem sílabas sozinhos ou com “S”
origem estrangeira. Por exemplo, Gisele Bündchen não vai
deixar de usar o trema em seu nome, pois é de origem ale-
Ex. Ju-í-zo, Lu-ís, ca-fe-í-na, ra-í-zes, sa-í-da, e-go-ís-ta.
mã. (neste caso, o “ü” lê-se “i”)
IMPORTANTE
QUANTO À POSIÇÃO DA SÍLABA TÔNICA Por que não acentuamos “ba-i-nha”, “fei-u-ra”, “ru-im”,
“ca-ir”, “Ra-ul”, se todos são “i” e “u” tônicas, portanto hiatos?
1. Acentuam-se as oxítonas terminadas em “A”, “E”,
“O”, seguidas ou não de “S”, inclusive as formas verbais Porque o “i” tônico de “bainha” vem seguido de NH. O “u”
quando seguidas de “LO(s)” ou “LA(s)”. Também recebem e o “i” tônicos de “ruim”, “cair” e “Raul” formam sílabas com
acento as oxítonas terminadas em ditongos abertos, como “m”, “r” e “l” respectivamente. Essas consoantes já soam
“ÉI”, “ÉU”, “ÓI”, seguidos ou não de “S” forte por natureza, tornando naturalmente a sílaba “tônica”,
sem precisar de acento que reforce isso.
Ex.
5. Trema
Não se usa mais o trema em palavras da língua portu-
Chá Mês nós guesa. Ele só vai permanecer em nomes próprios e seus
Gás Sapé cipó derivados, de origem estrangeira, como Bündchen, Müller,
mülleriano (neste caso, o “ü” lê-se “i”)
Dará Café avós
Pará Vocês compôs 6. Acento Diferencial
vatapá pontapés só
Aliás português robô O acento diferencial permanece nas palavras:
pôde (passado), pode (presente)
dá-lo vê-lo avó pôr (verbo), por (preposição)
recuperá-los Conhecê-los pô-los Nas formas verbais, cuja finalidade é determinar se a 3ª
guardá-la Fé compô-los pessoa do verbo está no singular ou plural:
réis (moeda) Véu dói
SIN-
méis céu mói PLURAL
GULAR
pastéis Chapéus anzóis
Ele tem Eles têm
ninguém parabéns Jerusalém
Eles
Ele vem
vêm
Resumindo:
Língua Portuguesa 16 A Opção Certa Para a Sua Realização
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pneu-mo-ni-a fe-é-ri-co
Essa regra se aplica a todos os verbos derivados de “ter” dig-no e-nig-ma
e “vir”, como: conter, manter, intervir, deter, sobrevir, reter, e-clip-se Is-ra-el
etc. mag-nó-lia

DIVISÃO SILÁBICA SINAIS DE PONTUAÇÃO

Não se separam as letras que formam os dígrafos CH, Pontuação é o conjunto de sinais gráficos que indica
NH, LH, QU, GU. na escrita as pausas da linguagem oral.
1- chave: cha-ve
aquele: a-que-le PONTO
palha: pa-lha
O ponto é empregado em geral para indicar o final de
manhã: ma-nhã
uma frase declarativa. Ao término de um texto, o ponto é
guizo: gui-zo
conhecido como final. Nos casos comuns ele é chamado de
simples.
Não se separam as letras dos encontros consonantais
que apresentam a seguinte formação: consoante + L ou
Também é usado nas abreviaturas: Sr. (Senhor), d.C.
consoante + R
(depois de Cristo), a.C. (antes de Cristo), E.V. (Érico Verís-
2- emblema: em-ble-ma abraço: a-bra-ço
simo).
reclamar: re-cla-mar recrutar: re-cru-tar
flagelo: fla-ge-lo drama: dra-ma
globo: glo-bo fraco: fra-co PONTO DE INTERROGAÇÃO
implicar: im-pli-car agrado: a-gra-do É usado para indicar pergunta direta.
atleta: a-tle-ta atraso: a-tra-so Onde está seu irmão?
prato: pra-to
Às vezes, pode combinar-se com o ponto de exclama-
Separam-se as letras dos dígrafos RR, SS, SC, SÇ, XC. ção.
3- correr: cor-rer desçam: des-çam A mim ?! Que ideia!
passar: pas-sar exceto: ex-ce-to
fascinar: fas-ci-nar PONTO DE EXCLAMAÇÃO
É usado depois das interjeições, locuções ou frases ex-
Não se separam as letras que representam um ditongo. clamativas.
4- mistério: mis-té-rio herdeiro: her-dei-ro Céus! Que injustiça! Oh! Meus amores! Que bela vitória!
cárie: cá-rie Ó jovens! Lutemos!

Separam-se as letras que representam um hiato.


VÍRGULA
5- saúde: sa-ú-de cruel: cru-el
A vírgula deve ser empregada toda vez que houver uma
rainha: ra-i-nha enjoo: en-jo-o
pequena pausa na fala. Emprega-se a vírgula:
• Nas datas e nos endereços:
Não se separam as letras que representam um tritongo.
São Paulo, 17 de setembro de 1989.
6- Paraguai: Pa-ra-guai
Largo do Paissandu, 128.
saguão: sa-guão
• No vocativo e no aposto:
Meninos, prestem atenção!
Consoante não seguida de vogal, no interior da palavra,
Termópilas, o meu amigo, é escritor.
fica na sílaba que a antecede.
• Nos termos independentes entre si:
7- torna: tor-na núpcias: núp-cias
O cinema, o teatro, a praia e a música são as suas diver-
técnica: téc-ni-ca submeter: sub-me-ter
sões.
absoluto: ab-so-lu-to perspicaz: pers-pi-caz
• Com certas expressões explicativas como: isto é, por
exemplo. Neste caso é usado o duplo emprego da vírgu-
Consoante não seguida de vogal, no início da palavra,
la:
junta-se à sílaba que a segue
Ontem teve início a maior festa da minha cidade, isto é, a
8- pneumático: pneu-má-ti-co
festa da padroeira.
gnomo: gno-mo
• Após alguns adjuntos adverbiais:
psicologia: psi-co-lo-gia
No dia seguinte, viajamos para o litoral.
• Com certas conjunções. Neste caso também é usado o
No grupo BL, às vezes cada consoante é pronunciada
duplo emprego da vírgula:
separadamente, mantendo sua autonomia fonética. Nesse
Isso, entretanto, não foi suficiente para agradar o diretor.
caso, tais consoantes ficam em sílabas separadas.
• Após a primeira parte de um provérbio.
9- sublingual: sub-lin-gual
O que os olhos não vêem, o coração não sente.
sublinhar: sub-li-nhar
• Em alguns casos de termos oclusos:
sublocar: sub-lo-car
Eu gostava de maçã, de pêra e de abacate.
Preste atenção nas seguintes palavras:
trei-no so-cie-da-de RETICÊNCIAS
gai-o-la ba-lei-a • São usadas para indicar suspensão ou interrupção do
des-mai-a-do im-bui-a pensamento.
ra-diou-vin-te ca-o-lho Não me disseste que era teu pai que ...
te-a-tro co-e-lho • Para realçar uma palavra ou expressão.
du-e-lo ví-a-mos Hoje em dia, mulher casa com "pão" e passa fome...
a-mné-sia gno-mo • Para indicar ironia, malícia ou qualquer outro sentimento.
co-lhei-ta quei-jo Aqui jaz minha mulher. Agora ela repousa, e eu tam-

Língua Portuguesa 17 A Opção Certa Para a Sua Realização


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bém... (Meireles, Cecília, "Flor de Poemas").
• Nas indicações cênicas dos textos teatrais:
PONTO E VÍRGULA "Mãos ao alto! (João automaticamente levanta as mãos,
com os olhos fora das órbitas. Amália se volta)".
• Separar orações coordenadas de certa extensão ou que
(G. Figueiredo)
mantém alguma simetria entre si.
• Quando se intercala num texto uma ideia ou indicação
"Depois, lracema quebrou a flecha homicida; deu a haste
acessória:
ao desconhecido, guardando consigo a ponta farpada. "
"E a jovem (ela tem dezenove anos) poderia mordê-Io,
• Para separar orações coordenadas já marcadas por
morrendo de fome."
vírgula ou no seu interior.
(C. Lispector)
Eu, apressadamente, queria chamar Socorro; o motoris-
• Para isolar orações intercaladas:
ta, porém, mais calmo, resolveu o problema sozinho.
"Estou certo que eu (se lhe ponho
Minha mão na testa alçada)
DOIS PONTOS Sou eu para ela."
• Enunciar a fala dos personagens: (M. Bandeira)
Ele retrucou: Não vês por onde pisas?
• Para indicar uma citação alheia:
Ouvia-se, no meio da confusão, a voz da central de in- COLCHETES [ ]
formações de passageiros do voo das nove: “queiram di- Os colchetes são muito empregados na linguagem cientí-
rigir-se ao portão de embarque". fica.
• Para explicar ou desenvolver melhor uma palavra ou
expressão anterior: ASTERISCO
Desastre em Roma: dois trens colidiram frontalmente. O asterisco é muito empregado para chamar a atenção
• Enumeração após os apostos: do leitor para alguma nota (observação).
Como três tipos de alimento: vegetais, carnes e amido.
BARRA
TRAVESSÃO A barra é muito empregada nas abreviações das datas e
Marca, nos diálogos, a mudança de interlocutor, ou serve em algumas abreviaturas.
para isolar palavras ou frases
– "Quais são os símbolos da pátria?
– Que pátria? CRASE
– Da nossa pátria, ora bolas!" (P. M Campos).
– "Mesmo com o tempo revoltoso - chovia, parava, chovia, Crase é a fusão da preposição A com outro A.
parava outra vez. Fomos a a feira ontem = Fomos à feira ontem.
– a claridade devia ser suficiente p'ra mulher ter avistado
mais alguma coisa". (M. Palmério). EMPREGO DA CRASE
• Usa-se para separar orações do tipo: • em locuções adverbiais:
– Avante!- Gritou o general. à vezes, às pressas, à toa...
– A lua foi alcançada, afinal - cantava o poeta. • em locuções prepositivas:
em frente à, à procura de...
Usa-se também para ligar palavras ou grupo de palavras • em locuções conjuntivas:
que formam uma cadeia de frase: à medida que, à proporção que...
• A estrada de ferro Santos – Jundiaí. • pronomes demonstrativos: aquele, aquela, aqueles, a-
• A ponte Rio – Niterói. quelas, aquilo, a, as
• A linha aérea São Paulo – Porto Alegre. Fui ontem àquele restaurante.
Falamos apenas àquelas pessoas que estavam no salão:
ASPAS Refiro-me àquilo e não a isto.
São usadas para:
• Indicar citações textuais de outra autoria. A CRASE É FACULTATIVA
"A bomba não tem endereço certo." (G. Meireles) • diante de pronomes possessivos femininos:
• Para indicar palavras ou expressões alheias ao idioma Entreguei o livro a(à) sua secretária .
em que se expressa o autor: estrangeirismo, gírias, ar- • diante de substantivos próprios femininos:
caismo, formas populares: Dei o livro à(a) Sônia.
Há quem goste de “jazz-band”.
Não achei nada "legal" aquela aula de inglês. CASOS ESPECIAIS DO USO DA CRASE
• Para enfatizar palavras ou expressões: • Antes dos nomes de localidades, quando tais nomes
Apesar de todo esforço, achei-a “irreconhecível" naquela admitirem o artigo A:
noite. Viajaremos à Colômbia.
• Títulos de obras literárias ou artísticas, jornais, revistas, (Observe: A Colômbia é bela - Venho da Colômbia)
etc. • Nem todos os nomes de localidades aceitam o artigo:
"Fogo Morto" é uma obra-prima do regionalismo brasilei- Curitiba, Brasília, Fortaleza, Goiás, Ilhéus, Pelotas, Porto
ro. Alegre, São Paulo, Madri, Veneza, etc.
• Em casos de ironia: Viajaremos a Curitiba.
A "inteligência" dela me sensibiliza profundamente. (Observe: Curitiba é uma bela cidade - Venho de Curiti-
Veja como ele é “educado" - cuspiu no chão. ba).
• Haverá crase se o substantivo vier acompanhado de
PARÊNTESES adjunto que o modifique.
Empregamos os parênteses: Ela se referiu à saudosa Lisboa.
• Nas indicações bibliográficas. Vou à Curitiba dos meus sonhos.
"Sede assim qualquer coisa. • Antes de numeral, seguido da palavra "hora", mesmo
serena, isenta, fiel". subentendida:

Língua Portuguesa 18 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Às 8 e 15 o despertador soou. O faturista retificou o erro da nota fiscal.
• Antes de substantivo, quando se puder subentender as O faturista corrigiu o erro da nota fiscal.
palavras “moda” ou "maneira": A criança ficou contente com o presente.
Aos domingos, trajava-se à inglesa. Eles ficaram alegres com a notícia.
Cortavam-se os cabelos à Príncipe Danilo.
• Antes da palavra casa, se estiver determinada: Antônimos
Referia-se à Casa Gebara.
• Não há crase quando a palavra "casa" se refere ao pró- São palavras que apresentam significados opostos, contrá-
prio lar. rios.
Não tive tempo de ir a casa apanhar os papéis. (Venho
de casa). Exemplo:
• Antes da palavra "terra", se esta não for antônima de Precisamos colocar ordem nessa baderna, pois já está vi-
bordo. rando anarquia.
Voltou à terra onde nascera. Cinco jurados condenaram e apenas dois absolveram o réu.
Chegamos à terra dos nossos ancestrais.
Mas: Homônimos
Os marinheiros vieram a terra.
O comandante desceu a terra. São palavras que apresentam a mesma pronúncia ou grafia,
• Se a preposição ATÉ vier seguida de palavra feminina mas significados diferentes.
que aceite o artigo, poderá ou não ocorrer a crase, indife-
rentemente: Exemplo:
Vou até a (á ) chácara.
Cheguei até a(à) muralha Eles foram caçar, mas ainda não retornaram. (caçar – pren-
• A QUE - À QUE der, matar)
Se, com antecedente masculino ocorrer AO QUE, com o Vão cassar o mandato daquele deputado. (cassar – ato ou
feminino ocorrerá crase: efeito de anular)
Houve um palpite anterior ao que você deu. Os homônimos podem ser:
Houve uma sugestão anterior à que você deu.
Se, com antecedente masculino, ocorrer A QUE, com o Homônimos homógrafos;
feminino não ocorrerá crase. Homônimos homófonos;
Não gostei do filme a que você se referia.
Homônimos perfeitos.
Não gostei da peça a que você se referia.
O mesmo fenômeno de crase (preposição A) - pronome Homônimos homógrafos
demonstrativo A que ocorre antes do QUE (pronome re-
lativo), pode ocorrer antes do de: São palavras iguais na grafia e diferentes na pronúncia.
Meu palpite é igual ao de todos
Minha opinião é igual à de todos. Exemplos:

Almoço (ô) – substantivo


NÃO OCORRE CRASE Almoço (ó) – verbo
• antes de nomes masculinos: Jogo (ô) – substantivo
Andei a pé. Jogo (ó) – verbo
Andamos a cavalo. Para – preposição
• antes de verbos: Pára – verbo
Ela começa a chorar.
Cheguei a escrever um poema. Homônimos homófonos
• em expressões formadas por palavras repetidas:
Estamos cara a cara. São palavras que possuem o mesmo som e grafia diferente.
• antes de pronomes de tratamento, exceto senhora, se-
nhorita e dona: Exemplos:
Dirigiu-se a V. Sa com aspereza.
Escrevi a Vossa Excelência. Cela – quarto de prisão
Dirigiu-se gentilmente à senhora. Sela – arreio
• quando um A (sem o S de plural) preceder um nome Coser – costurar
plural: Cozer – cozinhar
Não falo a pessoas estranhas. Concerto – espetáculo musical
Jamais vamos a festas. Conserto – ato ou efeito de consertar

SINÔNIMOS, ANTÔNIMOS E PARÔNIMOS. SENTI- Homônimos perfeitos


DO PRÓPRIO E FIGURADO DAS PALAVRAS.
São palavras que possuem a mesma pronúncia e mesma
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS grafia.

Exemplos:
Significação das palavras
Cedo – verbo
Cedo – advérbio de tempo
Sinônimos Sela – verbo selar
Sela – arreio
São palavras que possuem significados iguais ou semelhan- Leve – verbo levar
tes.
Leve – pouco peso
Exemplo:
Língua Portuguesa 19 A Opção Certa Para a Sua Realização
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Parônimos Estádio – praça de esporte
Estágio – aprendizado
São palavras que possuem significados diferentes e apre- Flagrante – evidente
sentam pronúncia e escrita parecidas. Fragrante – perfumado
Incidente – circunstância acidental
Exemplos: Acidente – desastre
Emergir – vir à tona Inflação – aumento geral de preços, perda do poder aquisiti-
Imergir – afundar vo
Infringir – desobedecer Infração – violação
Infligir – aplicar Ótico – relativo ao ouvido
Óptico – relativo à visão
Relação de alguns homônimos Peão – homem que anda a pé
Pião – brinquedo
Acender – pôr fogo Plaga – região, país
Ascender – subir Praga – maldição
Acento – sinal gráfico Pleito – disputa eleitoral
Assento – tampo de cadeira, banco Preito – homenagem
Aço – metal
Asso – verbo (1ª pessoa do singular, presente do indicativo) POLISSEMIA
Banco – assento com encosto
Banco – estabelecimento que realiza transações financeiras. É o fato de uma palavra ter mais de uma significação.
Cerrar – fechar
Serrar – cortar Exemplo:
Cessão – ato de ceder
Sessão – reunião Estou com uma dor terrível na minha cabeça. (parte do cor-
Secção/seção - divisão po)
Cesto - cesta pequena Ele é o cabeça do projeto. (chefe)
Sexto – numeral ordinal Graves razões fizeram-me contratar esse advogado. (impor-
Cheque – ordem de pagamento tante)
Xeque – lance no jogo de xadrez O piloto sofreu um grave acidente (trágico)
Xeque – entre os árabes, chefe de tribo ou soberano Ele comprou uma nova linha telefônica. (contato ou conexão
Concerto – sessão musical telefônica)
Conserto – reparo, ato ou efeito de consertar Nós conseguimos traçar a linha corretamente. (traço contí-
Coser – costurar nuo duma só dimensão)
Cozer – cozinhar
Expiar – sofrer, padecer DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO
Espiar – espionar, observar
Estático – imóvel As palavras podem ser usadas no sentido próprio ou figura-
Extático – posto em êxtase, enlevado do.
Estrato – tipo de nuvem
Extrato – trecho, fragmento, resumo Exemplo:
Incerto – indeterminado, impreciso
Inserto – introduzido, inserido Janine tem um coração de gelo. (sentido figurado)
Chácara – pequena propriedade campestre Sempre tomo uísque com gelo. (sentido próprio)
Xácara – narrativa popular
DENOTAÇÃO
Relação de parônimos
É uso da palavra com seu sentido original, usual.
Absolver – perdoar
Absorver – sorver Exemplo:
Acostumar – habituar-se
Costumar – ter por costume A torneira estava pingando muito.
Acurado – feito com cuidado O sol brilhava intensamente hoje.
Apurado – refinado
Afear – tornar feio CONOTAÇÃO
Afiar – amolar
Amoral – indiferente à moral É o uso da palavra diferente do seu sentido original.
Imoral – contra a moral, devasso
Cavaleiro – que anda a cavalo Exemplo:
Cavalheiro – homem educado Ele tem um coração de manteiga.
Comprimento – extensão É um verdadeiro mar de emoções essa música.
Cumprimento – saudação
Deferir – atender SÍNTESE DO TUTORIAL
Diferir – adiar, retardar
Delatar – denunciar Vimos nesse tutorial os seguintes itens:
Dilatar – estender, ampliar
Eminente – alto, elevado, excelente Sinônimos - são palavras que possuem significados iguais
Iminente – que ameaça acontecer ou semelhantes.
Emergir – sair de onde estava mergulhado
Imergir – mergulhar Antônimos – são palavras que possuem significados opos-
Emigrar – deixar um país tos, contrários.
Imigrar – entrar num país

Língua Portuguesa 20 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Homônimos – são palavras que apresentam a mesma pro- É importante lembrar que o idioma está em constante
núncia ou grafia, mas possuem significados diferentes. Eles mutação. A própria evolução dos costumes, das ideias, das
podem ser: ciências, da política, enfim da vida social em geral, impõe a
homônimos homógrafos – são palavras iguais na criação de novas palavras e formas de dizer. Na definição de
grafia e diferentes na pronúncia -; Serafim da Silva Neto, a língua:
"(...) é um produto social, é uma atividade do espírito hu-
homônimos homófonos – são palavras que possu- mano. Não é, assim, independente da vontade do homem,
em o mesmo som e grafia diferente -; porque o homem não é uma folha seca ao sabor dos ventos
veementes de uma fatalidade desconhecida e cega. Não
homônimos perfeitos – são palavras que possuem a está obrigada a prosseguir na sua trajetória, de acordo com
mesma pronúncia e grafia, mas significados diferen- leis determinadas, porque as línguas seguem o destino dos
tes. que as falam, são o que delas fazem as sociedades que as
Parônimos – são palavras que possuem significados diferen- empregam."
tes, mas apresentam pronúncia e grafia parecidas.
Assim, continuamente, novas palavras são criadas (os
Polissemia – é o fato de uma palavra ter mais de uma signi- neologismos) como produto da dinâmica social, e incorpora-
ficação. dos ao idioma inúmeros vocábulos de origem estrangeira (os
estrangeirismos), que vêm para designar ou exprimir reali-
Denotação – é o uso das palavras com seu sentido original, dades não contempladas no repertório anterior da língua
usual. portuguesa.
Conotação – é o uso das palavras diferente do sentido origi-
nal. A redação oficial não pode alhear-se dessas transforma-
ções, nem incorporá-las acriticamente. Quanto às novidades
SENTIDO PRÓPRIO E SENTIDO FIGURADO vocabulares, elas devem sempre ser usadas com critério,
evitando-se aquelas que podem ser substituídas por vocábu-
As palavras podem ser empregadas no sentido próprio los já de uso consolidado sem prejuízo do sentido que se
ou no sentido figurado: lhes quer dar.
Construí um muro de pedra - sentido próprio
Maria tem um coração de pedra – sentido figurado. De outro lado, não se concebe que, em nome de suposto
A água pingava lentamente – sentido próprio. purismo, a linguagem das comunicações oficiais fique imune
às criações vocabulares ou a empréstimos de outras línguas.
SEMÂNTICA A rapidez do desenvolvimento tecnológico, por exemplo,
(do grego semantiké, i. é, téchne semantiké „arte da sig- impõe a criação de inúmeros novos conceitos e termos,
nificação‟) ditando de certa forma a velocidade com que a língua deve
incorporá-los. O importante é usar o estrangeirismo de forma
A semântica estudo o sentido das palavras, expressões, consciente, buscar o equivalente português quando houver,
frases e unidades maiores da comunicação verbal, os signi- ou conformar a palavra estrangeira ao espírito da língua
ficados que lhe são atribuídos. Ao considerarmos o significa- portuguesa.
do de determinada palavra, levamos em conta sua história,
sua estrutura (radical, prefixos, sufixos que participam da O problema do abuso de estrangeirismos inúteis ou em-
sua forma) e, por fim, do contexto em que se apresenta. pregados em contextos em que não cabem, é em geral cau-
sado ou pelo desconhecimento da riqueza vocabular de
Quando analisamos o sentido das palavras na redação nossa língua, ou pela incorporação acrítica do estrangeiris-
oficial, ressaltam como fundamentais a história da palavra e, mo.
obviamente, os contextos em que elas ocorrem.
Homônimos e Parônimos
A história da palavra, em sentido amplo, vem a ser a res- Muitas vezes temos dúvidas no uso de vocábulos distin-
pectiva origem e as alterações sofridas no correr do tempo, tos provocadas pela semelhança ou mesmo pela igualdade
ou seja, a maneira como evoluiu desde um sentido original de pronúncia ou de grafia entre eles. É o caso dos fenôme-
para um sentido mais abrangente ou mais específico. Em nos designados como homonímia e paronímia.
sentido restrito, diz respeito à tradição no uso de determina-
do vocábulo ou expressão. A homonímia é a designação geral para os casos em que
palavras de sentidos diferentes têm a mesma grafia (os
São esses dois aspectos que devem ser considerados na homônimos homógrafos) ou a mesma pronúncia (os homô-
escolha deste ou daquele vocábulo. nimos homófonos).

Sendo a clareza um dos requisitos fundamentais de todo Os homógrafos podem coincidir ou não na pronúncia,
texto oficial, deve-se atentar para a tradição no emprego de como nos exemplos: quarto (aposento) e quarto (ordinal),
determinada expressão com determinado sentido. O empre- manga (fruta) e manga (de camisa), em que temos pronún-
a
go de expressões ditas "de uso consagrado" confere unifor- cia idêntica; e apelo (pedido) e apelo (com e aberto, 1 pess.
midade e transparência ao sentido do texto. Mas isto não do sing do pres. do ind. do verbo apelar), consolo (alívio) e
a
quer dizer que os textos oficiais devam limitar-se à repetição consolo (com o aberto, 1 pess. do sing. do pres. do ind. do
de chavões e clichês. verbo consolar), com pronúncia diferente.

Verifique sempre o contexto em que as palavras estão Os homógrafos de idêntica pronúncia diferenciam-se pelo
sendo utilizadas. Certifique-se de que não há repetições contexto em que são empregados. Não há dúvida, por e-
desnecessárias ou redundâncias. Procure sinônimos ou xemplo, quanto ao emprego da palavra são nos três senti-
a
termos mais precisos para as palavras repetidas; mas se sua dos: a) verbo ser, 3 pess. do pl. do pres., b) saudável e c)
substituição for comprometer o sentido do texto, tornando-o santo.
ambíguo ou menos claro, não hesite em deixar o texto como
está. Palavras de grafia diferente e de pronúncia igual (homó-
fonos) geram dúvidas ortográficas. Caso, por exemplo, de

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acento/assento, coser/cozer, dos prefixos ante-/anti-, etc.  Ao invés de: ao contrário de: Ao invés de demitir dez
Aqui o contexto não é suficiente para resolver o problema, funcionários, a empresa contratou mais vinte. (Inacei-
pois sabemos o sentido, a dúvida é de letra(s). sempre que tável o cruzamento *ao em vez de.)
houver incerteza, consulte a lista adiante, algum dicionário  Em vez de: em lugar de: Em vez de demitir dez fun-
ou manual de ortografia. cionário, a empresa demitiu vinte.
 A par: informado, ao corrente, ciente: O Ministro está
Já o termo paronímia designa o fenômeno que ocorre a par (var.: ao par) do assunto; ao lado, junto; além
com palavras semelhantes (mas não idênticas) quanto à de.
grafia ou à pronúncia. É fonte de muitas dúvidas, como entre  Ao par: de acordo com a convenção legal: Fez a tro-
descrição („ato de descrever‟) e discrição („qualidade do que ca de mil dólares ao par.
é discreto‟), retificar („corrigir‟) e ratificar (confirmar).  Aparte: interrupção, comentário à margem: O depu-
tado concedeu ao colega um aparte em seu pronun-
Como não interessa aqui aprofundar a discussão teórica ciamento.
da matéria, restringimo-nos a uma lista de palavras que  À parte: em separado, isoladamente, de lado: O ane-
costumam suscitar dúvidas de grafia ou sentido. Procuramos xo ao projeto foi encaminhado por expediente à parte.
incluir palavras que com mais frequência provocam dúvidas  Apreçar: avaliar, pôr preço: O perito apreçou irrisori-
na elaboração de textos oficiais, com o cuidado de agregá- amente o imóvel.
las em pares ou pequenos grupos formais.
 Apressar: dar pressa a, acelerar: Se o andamento
 Absolver: inocentar, relevar da culpa imputada: O júri das obras não for apressado, não será cumprido o
absolveu o réu. cronograma.
 Absorver: embeber em si, esgotar: O solo absorveu  Área: superfície delimitada, região.
lentamente a água da chuva.
 Ária: canto, melodia.
 Acender: atear (fogo), inflamar.
 Aresto: acórdão, caso jurídico julgado: Neste caso, o
 Ascender: subir, elevar-se. aresto é irrecorrível.
 Acento: sinal gráfico; inflexão vocal: Vocábulo sem  Arresto: apreensão judicial, embargo: Os bens do
acento. traficante preso foram todos arrestados.
 Assento: banco, cadeira: Tomar assento num cargo.  Arrochar: apertar com arrocho, apertar muito.
 Acerca de: sobre, a respeito de: No discurso, o Pre-  Arroxar: ou arroxear, roxear: tornar roxo.
sidente falou acerca de seus planos.
 Ás: exímio em sua atividade; carta do baralho.
 A cerca de: a uma distância aproximada de: O anexo
 Az (p. us.): esquadrão, ala do exército.
fica a cerca de trinta metros do prédio principal. Es-
 Atuar: agir, pôr em ação; pressionar.
tamos a cerca de um mês ou (ano) das eleições.
 Autuar: lavrar um auto; processar.
 Há cerca de: faz aproximadamente (tanto tempo): Há
cerca de um ano, tratamos de caso idêntico; existem  Auferir: obter, receber: Auferir lucros, vantagens.
aproximadamente: Há cerca de mil títulos no catálo-  Aferir: avaliar, cotejar, medir, conferir: Aferir valores,
go. resultados.
 Acidente: acontecimento casual; desastre: A derrota  Augurar: prognosticar, prever, auspiciar: O Presiden-
foi um acidente na sua vida profissional. O súbito te augurou sucesso ao seu par americano.
temporal provocou terrível acidente no parque.  Agourar: pressagiar, predizer (geralmente no mau
 Incidente: episódio; que incide, que ocorre: O inci- sentido): Os técnicos agouram desastre na colheita.
dente da demissão já foi superado.  Avocar: atribuir-se, chamar: Avocou a si competên-
 Adotar: escolher, preferir; assumir; pôr em prática. cias de outrem.
 Dotar: dar em doação, beneficiar.  Evocar: lembrar, invocar: Evocou no discurso o co-
 Afim: que apresenta afinidade, semelhança, relação meço de sua carreira.
(de parentesco): Se o assunto era afim, por que não  Invocar: pedir (a ajuda de); chamar; proferir: Ao final
foi tratado no mesmo parágrafo? do discurso, invocou a ajuda de Deus.
 A fim de: para, com a finalidade de, com o fito de: O  Caçar: perseguir, procurar, apanhar (geralmente a-
projeto foi encaminhado com quinze dias de antece- nimais).
dência a fim de permitir a necessária reflexão sobre  Cassar: tornar nulo ou sem efeito, suspender, invali-
sua pertinência. dar.
 Alto: de grande extensão vertical; elevado, grande.  Carear: atrair, ganhar, granjear.
 Auto: ato público, registro escrito de um ato, peça  Cariar: criar cárie.
processual.  Carrear: conduzir em carro, carregar.
 Aleatório: casual, fortuito, acidental.  Casual: fortuito, aleatório, ocasional.
 Alheatório: que alheia, alienante, que desvia ou per-  Causal: causativo, relativo a causa.
turba.  Cavaleiro: que anda a cavalo, cavalariano.
 Amoral: desprovido de moral, sem senso de moral.  Cavalheiro: indivíduo distinto, gentil, nobre.
 Imoral: contrário à moral, aos bons costumes, devas-  Censo: alistamento, recenseamento, contagem.
so, indecente.  Senso: entendimento, juízo, tino.
 Ante (preposição): diante de, perante: Ante tal situa-  Cerrar: fechar, encerrar, unir, juntar.
ção, não teve alternativa.  Serrar: cortar com serra, separar, dividir.
 Ante- (prefixo): expressa anterioridade: antepor, an-  Cessão: ato de ceder: A cessão do local pelo municí-
tever, anteprojeto ante-diluviano. pio tornou possível a realização da obra.
 Anti- (prefixo): expressa contrariedade; contra: antici-  Seção: setor, subdivisão de um todo, repartição, divi-
entífico, antibiótico, anti-higiênico, anti-Marx. são: Em qual seção do ministério ele trabalha?
 Ao encontro de: para junto de; favorável a: Foi ao  Sessão: espaço de tempo que dura uma reunião, um
encontro dos colegas. O projeto salarial veio ao en- congresso; reunião; espaço de tempo durante o qual
contro dos anseios dos trabalhadores. se realiza uma tarefa: A próxima sessão legislativa
o
 De encontro a: contra; em prejuízo de: O carro foi de será iniciada em 1 de agosto.
encontro a um muro. O governo não apoiou a medida,  Chá: planta, infusão.
pois vinha de encontro aos interesses dos menores.  Xá: antigo soberano persa.
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 Cheque: ordem de pagamento à vista. camente.
 Xeque: dirigente árabe; lance de xadrez; (fig.) perigo  Destratar: insultar, maltratar com palavras.
(pôr em xeque).  Distratar: desfazer um trato, anular.
 Círio: vela de cera.  Distensão: ato ou efeito de distender, torção violenta
 Sírio: da Síria. dos ligamentos de uma articulação.
 Cível: relativo à jurisdição dos tribunais civis.  Distinção: elegância, nobreza, boa educação: Todos
 Civil: relativo ao cidadão; cortês, polido (daí civilida- devem portar-se com distinção.
de); não militar nem, eclesiástico.  Dissensão: desavença, diferença de opiniões ou in-
 Colidir: trombar, chocar; contrariar: A nova proposta teresses: A dissensão sobre a matéria impossibilitou
colide frontalmente com o entendimento havido. o acordo.
 Coligir: colecionar, reunir, juntar: As leis foram coligi-  Elidir: suprimir, eliminar.
das pelo Ministério da Justiça.  Ilidir: contestar, refutar, desmentir.
 Comprimento: medida, tamanho, extensão, altura.  Emenda: correção de falta ou defeito, regeneração,
 Cumprimento: ato de cumprir, execução completa; remendo: ao torná-lo mais claro e objetivo, a emenda
saudação. melhorou o projeto.
 Concelho: circunscrição administrativa ou município  Ementa: apontamento, súmula de decisão judicial ou
(em Portugal). do objeto de uma lei. Procuro uma lei cuja ementa é
 Conselho: aviso, parecer, órgão colegiado. "dispõe sobre a propriedade industrial".
 Concerto: acerto, combinação, composição, harmo-  Emergir: vir à tona, manifestar-se.
nização (cp. concertar): O concerto das nações... O  Imergir: mergulhar, afundar submergir), entrar.
concerto de Guarnieri...  Emigrar: deixar o país para residir em outro.
 Conserto: reparo, remendo, restauração (cp. conser-  Imigrar: entrar em país estrangeiro para nele viver.
tar): Certos problemas crônicos aparentemente não  Eminente (eminência): alto, elevado, sublime.
têm conserto.  Iminente (iminência): que está prestes a acontecer,
 Conje(c)tura: suspeita, hipótese, opinião. pendente, próximo.
 Conjuntura: acontecimento, situação, ocasião, cir-  Emitir (emissão): produzir, expedir, publicar.
cunstância.  Imitir (imissão): fazer entrar, introduzir, investir.
 Contravenção: transgressão ou infração a normas  Empoçar: reter em poço ou poça, formar poça.
estabelecidas.  Empossar: dar posse a, tomar posse, apoderar-se.
 Contraversão: versão contrária, inversão.  Encrostar: criar crosta.
 Coser: costurar, ligar, unir.  Incrustar: cobrir de crosta, adornar, revestir, prender-
 Cozer: cozinhar, preparar. se, arraigar-se.
 Costear: navegar junto à costa, contornar. A fragata  Entender: compreender, perceber, deduzir.
costeou inúmeras praias do litoral baiano antes de  Intender: (p. us): exercer vigilância, superintender.
partir para alto-mar.  Enumerar: numerar, enunciar, narrar, arrolar.
 Custear: pagar o custo de, prover, subsidiar. Qual a  Inúmero: inumerável, sem conta, sem número.
empresa disposta a custear tal projeto?  Espectador: aquele que assiste qualquer ato ou es-
 Custar: valer, necessitar, ser penoso. Quanto custa o petáculo, testemunha.
projeto? Custa-me crer que funcionará.  Expectador: que tem expectativa, que espera.
 Deferir: consentir, atender, despachar favoravelmen-  Esperto: inteligente, vivo, ativo.
te, conceder.  Experto: perito, especialista.
 Diferir: ser diferente, discordar; adiar, retardar, dila-  Espiar: espreitar, observar secretamente, olhar.
tar.  Expiar: cumprir pena, pagar, purgar.
 Degradar: deteriorar, desgastar, diminuir, rebaixar.  Estada: ato de estar, permanência: Nossa estada em
 Degredar: impor pena de degredo, desterrar, banir. São Paulo foi muito agradável.
 Delatar (delação): denunciar, revelar crime ou delito,  Estadia: prazo para carga e descarga de navio anco-
acusar: Os traficantes foram delatados por membro rado em porto: O "Rio de Janeiro" foi autorizado a
de quadrilha rival. uma estadia de três dias.
 Dilatar (dilação): alargar, estender; adiar, diferir: A di-  Estância: lugar onde se está, morada, recinto.
lação do prazo de entrega das declarações depende  Instância: solicitação, pedido, rogo; foro, jurisdição,
de decisão do Diretor da Receita Federal. juízo.
 Derrogar: revogar parcialmente (uma lei), anular.  Estrato: cada camada das rochas estratificadas.
 Derrocar: destruir, arrasar, desmoronar.  Extrato: coisa que se extraiu de outra; pagamento,
 Descrição: ato de descrever, representação, defini- resumo, cópia; perfume.
ção.  Flagrante: ardente, acalorado; diz-se do ato que a
 Discrição: discernimento, reserva, prudência, recato. pessoa é surpreendida a praticar (flagrante delito).
 Descriminar: absolver de crime, tirar a culpa de.  Fragrante: que tem fragrância ou perfume; cheiroso.
 Discriminar: diferençar, separar, discernir.  Florescente: que floresce, próspero, viçoso.
 Despensa: local em que se guardam mantimentos,  Fluorescente: que tem a propriedade da fluorescên-
depósito de provisões. cia.
 Dispensa: licença ou permissão para deixar de fazer  Folhar: produzir folhas, ornar com folhagem, revestir
algo a que se estava obrigado; demissão. lâminas.
 Despercebido: que não se notou, para o que não se  Folhear: percorrer as folhas de um livro, compulsar,
atentou: Apesar de sua importância, o projeto passou consultar.
despercebido.  Incerto: não certo, indeterminado, duvidoso, variável.
 Desapercebido: desprevenido, desacautelado: Em-  Inserto: introduzido, incluído, inserido.
barcou para a missão na Amazônia totalmente desa-  Incipiente: iniciante, principiante.
percebido dos desafios que lhe aguardavam.
 Insipiente: ignorante, insensato.
 Dessecar: secar bem, enxugar, tornar seco.
 Incontinente: imoderado, que não se contém, des-
 Dissecar: analisar minuciosamente, dividir anatomi-
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controlado. O pleito por mais escolas na região foi muito bem
 Incontinenti: imediatamente, sem demora, logo, sem formulado.
interrupção.  Preito: sujeição, respeito, homenagem: Os alunos
 Induzir: causar, sugerir, aconselhar, levar a: O réu renderam preito ao antigo reitor.
declarou que havia sido induzido a cometer o delito.  Preceder: ir ou estar adiante de, anteceder, adiantar-
 Aduzir: expor, apresentar: A defesa, então, aduziu se.
novas provas.  Proceder: originar-se, derivar, provir; levar a efeito,
 Inflação: ato ou efeito de inflar; emissão exagerada executar.
de moeda, aumento persistente de preços.  Pós- (prefixo): posterior a, que sucede, atrás de, a-
 Infração: ato ou efeito de infringir ou violar uma nor- pós: pós-moderno, pós-operatório.
ma.  Pré- (prefixo): anterior a, que precede, à frente de,
 Infligir: cominar, aplicar (pena, castigo, repreensão, antes de: pré-modernista, pré-primário.
derrota): O juiz infligiu pesada pena ao réu.  Pró (advérbio): em favor de, em defesa de. A maioria
 Infringir: transgredir, violar, desrespeitar (lei, regula- manifestou-se contra, mas dei meu parecer pró.
mento, etc.) (cp. infração): A condenação decorreu de  Preeminente: que ocupa lugar elevado, nobre, distin-
ter ele infringido um sem número de artigos do Códi- to.
go Penal.  Proeminente: alto, saliente, que se alteia acima do
 Inquerir: apertar (a carga de animais), encilhar. que o circunda.
 Inquirir: procurar informações sobre, indagar, inves-  Preposição: ato de prepor, preferência; palavra inva-
tigar, interrogar. riável que liga constituintes da frase.
 Intercessão: ato de interceder.  Proposição: ato de propor, proposta; máxima, sen-
 Interse(c)ção: ação de se(c)cionar, cortar; ponto em tença; afirmativa, asserção.
que se encontram duas linhas ou superfícies.  Presar: capturar, agarrar, apresar.
 Inter- (prefixo): entre; preposição latina usada em lo-  Prezar: respeitar, estimar muito, acatar.
cuções: inter alia (entre outros), inter pares (entre i-  Prescrever: fixar limites, ordenar de modo explícito,
guais). determinar; ficar sem efeito, anular-se: O prazo para
 Intra- (prefixo): interior, dentro de. entrada do processo prescreveu há dois meses.
 Judicial: que tem origem no Poder Judiciário ou que  Proscrever: abolir, extinguir, proibir, terminar; dester-
perante ele se realiza. rar. O uso de várias substâncias psicotrópicas foi
 Judiciário: relativo ao direito processual ou à organi- proscrito por recente portaria do Ministro.
zação da Justiça.  Prever: ver antecipadamente, profetizar; calcular: A
 Liberação: ato de liberar, quitação de dívida ou obri- assessoria previu acertadamente o desfecho do caso.
gação.  Prover: providenciar, dotar, abastecer, nomear para
 Libertação: ato de libertar ou libertar-se. cargo: O chefe do departamento de pessoal proveu
 Lista: relação, catálogo; var. pop. de listra. os cargos vacantes.
 Listra: risca de cor diferente num tecido (var. pop. de  Provir: originar-se, proceder; resultar: A dúvida pro-
lista). vém (Os erros provêm) da falta de leitura.
 Locador: que dá de aluguel, senhorio, arrendador.  Prolatar: proferir sentença, promulgar.
 Locatário: alugador, inquilino: O locador reajustou o  Protelar: adiar, prorrogar.
aluguel sem a concordância do locatário.  Ratificar: validar, confirmar, comprovar.
 Lustre: brilho, glória, fama; abajur.  Retificar: corrigir, emendar, alterar: A diretoria ratifi-
 Lustro: quinquênio; polimento. cou a decisão após o texto ter sido retificado em suas
 Magistrado: juiz, desembargador, ministro. passagens ambíguas.
 Magistral: relativo a mestre (latim: magister); perfeito,  Recrear: proporcionar recreio, divertir, alegrar.
completo; exemplar.  Recriar: criar de novo.
 Mandado: garantia constitucional para proteger direi-  Reincidir: tornar a incidir, recair, repetir.
to individual líquido e certo; ato de mandar; ordem es-  Rescindir: dissolver, invalidar, romper, desfazer:
crita expedida por autoridade judicial ou administrati- Como ele reincidiu no erro, o contrato de trabalho foi
va: um mandado de segurança, mandado de prisão. rescindido.
 Mandato: autorização que alguém confere a outrem  Remição: ato de remir, resgate, quitação.
para praticar atos em seu nome; procuração; delega-  Remissão: ato de remitir, intermissão, intervalo; per-
ção: o mandato de um deputado, senador, do Presi- dão, expiação.
dente.  Repressão: ato de reprimir, contenção, impedimento,
 Mandante: que manda; aquele que outorga um man- proibição.
dato.  Repreensão: ato de repreender, enérgica admoesta-
 Mandatário: aquele que recebe um mandato, execu- ção, censura, advertência.
tor de mandato, representante, procurador.  Ruço: grisalho, desbotado.
 Mandatório: obrigatório.  Russo: referente à Rússia, nascido naquele país; lín-
 Obcecação: ato ou efeito de obcecar, teimosia, ce- gua falada na Rússia.
gueira.  Sanção: confirmação, aprovação; pena imposta pela
 Obsessão: impertinência, perseguição, ideia fixa. lei ou por contrato para punir sua infração.
 Ordinal: numeral que indica ordem ou série (primeiro,  Sansão: nome de personagem bíblico; certo tipo de
segundo, milésimo, etc.). guindaste.
 Ordinário: comum, frequente, trivial, vulgar.  Sedento: que tem sede; sequioso (var. p. us.: seden-
 Original: com caráter próprio; inicial, primordial. te).
 Originário: que provém de, oriundo; inicial, primitivo.  Cedente: que cede, que dá.
 Paço: palácio real ou imperial; a corte.  Sobrescritar: endereçar, destinar, dirigir.
 Passo: ato de avançar ou recuar um pé para andar;  Subscritar: assinar, subscrever.
caminho, etapa.  Sortir: variar, combinar, misturar.
 Pleito: questão em juízo, demanda, litígio, discussão:  Surtir: causar, originar, produzir (efeito).

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 Subentender: perceber o que não estava claramente
exposto; supor. DERIVAÇÃO
 Subintender: exercer função de subintendente, diri- É a formação de uma nova palavra mediante o acréscimo
gir. de elementos à palavra já existente:
 Subtender: estender por baixo. a) Por sufixação:
 Sustar: interromper, suspender; parar, interromper-se Acréscimo de um sufixo. Exs.: dent - ista , bel - íssimo.
(sustar-se). b) Por prefixação :
 Suster: sustentar, manter; fazer parar, deter. Acréscimo de um prefixo. Exs.: ab - jurar, ex - diretor.
 Tacha: pequeno prego; mancha, defeito, pecha. c) Por parassíntese:
 Taxa: espécie de tributo, tarifa. Acréscimo de um prefixo e um sufixo. Exs.: en-fur-ecer,
 Tachar: censurar, qualificar, acoimar: tachar alguém en-tard-ecer.
(tachá-lo) de subversivo. d) Derivação imprópria:
 Taxar: fixar a taxa de; regular, regrar: taxar mercado- Mudança das classes gramaticais das palavras.
rias. Exs.: andar (verbo) - o andar (substantivo).
 Tapar: fechar, cobrir, abafar. contra (preposição) - o contra (substantivo).
 Tampar: pôr tampa em. fantasma (substantivo) - o homem fantasma (adjetivo).
oliveira (subst. comum) - Maria de Oliveira (subst.
 Tenção: intenção, plano (deriv.: tencionar); assunto,
próprio).
tema.
 Tensão: estado de tenso, rigidez (deriv.: tensionar);
diferencial elétrico. COMPOSIÇÃO
 Tráfego: trânsito de veículos, percurso, transporte. É a formação de uma nova palavra, unindo-se palavras
 Tráfico: negócio ilícito, comércio, negociação. que já existem na língua:
a) Por justaposição :
 Trás: atrás, detrás, em seguida, após (cf. em locu-
Nenhuma das palavras formadoras perde letra.
ções: de trás, por trás).
Exs.: passatempo (= passa + tempo); tenente-coronel

a
Traz: 3 pessoa do singular do presente do indicativo
= tenente + coronel).
do verbo trazer.
b) Por aglutinação:
 Vestiário: guarda-roupa; local em que se trocam rou- Pelo menos uma das palavras perde letra.
pas. Exs.: fidalgo (= filho + de + algo); embora (= em + boa
 Vestuário: as roupas que se vestem, traje. + hora).
 Vultoso: de grande vulto, volumoso.
 Vultuoso (p. us.): atacado de vultuosidade (conges- HIBRIDISMO
tão da face). É a criação de uma nova palavra mediante a união de
palavras de origens diferentes.
ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS.
Exs.: abreugrafia (português e grego), televisão (grego e
As palavras, em Língua Portuguesa, podem ser latim), zincografia (alemão e grego).
decompostas em vários elementos chamados elementos
mórficos ou elementos de estrutura das palavras. EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS: SUBS-
TANTIVO, ADJETIVO, NUMERAL, PRONOME,
Exs.:
VERBO, ADVÉRBIO, PREPOSIÇÃO, CONJUNÇÃO
cinzeiro = cinza + eiro
endoidecer = en + doido + ecer (CLASSIFICAÇÃO E SENTIDO QUE IMPRIMEM ÀS
predizer = pre + dizer RELAÇÕES ENTRE AS ORAÇÕES).

Os principais elementos móficos são :


SUBSTANTIVOS
RADICAL
É o elemento mórfico em que está a ideia principal da
palavra. Substantivo é a palavra variável em gênero, número e
Exs.: amarelecer = amarelo + ecer grau, que dá nome aos seres em geral.
enterrar = en + terra + ar
pronome = pro + nome São, portanto, substantivos.
a) os nomes de coisas, pessoas, animais e lugares: livro,
PREFIXO cadeira, cachorra, Valéria, Talita, Humberto, Paris, Roma,
É o elemento mórfico que vem antes do radical. Descalvado.
Exs.: anti - herói in - feliz b) os nomes de ações, estados ou qualidades, tomados
como seres: trabalho, corrida, tristeza beleza altura.
SUFIXO CLASSIFICAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS
É o elemento mórfico que vem depois do radical. a) COMUM - quando designa genericamente qualquer ele-
Exs.: med - onho cear – ense mento da espécie: rio, cidade, pais, menino, aluno
b) PRÓPRIO - quando designa especificamente um determi-
FORMAÇÃO DAS PALAVRAS nado elemento. Os substantivos próprios são sempre gra-
fados com inicial maiúscula: Tocantins, Porto Alegre, Bra-
sil, Martini, Nair.
A Língua Portuguesa, como qualquer língua viva, está c) CONCRETO - quando designa os seres de existência real
sempre criando novas palavras. Para criar suas novas ou não, propriamente ditos, tais como: coisas, pessoas, a-
palavras, a língua recorre a vários meios chamados processos
nimais, lugares, etc. Verifique que é sempre possível vi-
de formação de palavras.
sualizar em nossa mente o substantivo concreto, mesmo
que ele não possua existência real: casa, cadeira, caneta,
Os principais processos de formação das palavras são: fada, bruxa, saci.
Língua Portuguesa 25 A Opção Certa Para a Sua Realização
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d) ABSTRATO - quando designa as coisas que não existem frota - de navios mercantes, de táxis, de ônibus
por si, isto é, só existem em nossa consciência, como fruto girândola - de fogos de artifício
de uma abstração, sendo, pois, impossível visualizá-lo horda - de invasores, de selvagens, de bárbaros
como um ser. Os substantivos abstratos vão, portanto, de- junta - de bois, médicos, de examinadores
signar ações, estados ou qualidades, tomados como se- júri - de jurados
res: trabalho, corrida, estudo, altura, largura, beleza. legião - de anjos, de soldados, de demônios
Os substantivos abstratos, via de regra, são derivados de malta - de desordeiros
verbos ou adjetivos manada - de bois, de elefantes
trabalhar - trabalho matilha - de cães de caça
correr - corrida ninhada - de pintos
alto - altura nuvem - de gafanhotos, de fumaça
belo - beleza panapaná - de borboletas
pelotão - de soldados
FORMAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS penca - de bananas, de chaves
a) PRIMITIVO: quando não provém de outra palavra existen- pinacoteca - de pinturas
te na língua portuguesa: flor, pedra, ferro, casa, jornal. plantel - de animais de raça, de atletas
b) DERIVADO: quando provem de outra palavra da língua quadrilha - de ladrões, de bandidos
portuguesa: florista, pedreiro, ferreiro, casebre, jornaleiro. ramalhete - de flores
c) SIMPLES: quando é formado por um só radical: água, réstia - de alhos, de cebolas
pé, couve, ódio, tempo, sol. récua - de animais de carga
d) COMPOSTO: quando é formado por mais de um radical: romanceiro - de poesias populares
água-de-colônia, pé-de-moleque, couve-flor, amor- resma - de papel
perfeito, girassol. revoada - de pássaros
súcia - de pessoas desonestas
vara - de porcos
COLETIVOS vocabulário - de palavras
Coletivo é o substantivo que, mesmo sendo singular, de-
signa um grupo de seres da mesma espécie.
FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS
Veja alguns coletivos que merecem destaque: Como já assinalamos, os substantivos variam de gênero,
número e grau.
alavão - de ovelhas leiteiras
alcateia - de lobos
álbum - de fotografias, de selos Gênero
antologia - de trechos literários escolhidos Em Português, o substantivo pode ser do gênero mascu-
armada - de navios de guerra lino ou feminino: o lápis, o caderno, a borracha, a caneta.
armento - de gado grande (búfalo, elefantes, etc)
arquipélago - de ilhas Podemos classificar os substantivos em:
assembleia - de parlamentares, de membros de associa- a) SUBSTANTIVOS BIFORMES, são os que apresentam
ções duas formas, uma para o masculino, outra para o feminino:
atilho - de espigas de milho aluno/aluna homem/mulher
atlas - de cartas geográficas, de mapas menino /menina carneiro/ovelha
banca - de examinadores Quando a mudança de gênero não é marcada pela desi-
bandeira - de garimpeiros, de exploradores de minérios nência, mas pela alteração do radical, o substantivo de-
bando - de aves, de pessoal em geral nomina-se heterônimo:
cabido - de cônegos padrinho/madrinha bode/cabra
cacho - de uvas, de bananas cavaleiro/amazona pai/mãe
cáfila - de camelos
cambada - de ladrões, de caranguejos, de chaves b) SUBSTANTIVOS UNIFORMES: são os que apresentam
cancioneiro - de poemas, de canções uma única forma, tanto para o masculino como para o
caravana - de viajantes feminino. Subdividem-se em:
cardume - de peixes 1. Substantivos epicenos: são substantivos uniformes, que
clero - de sacerdotes designam animais: onça, jacaré, tigre, borboleta, foca.
colmeia - de abelhas Caso se queira fazer a distinção entre o masculino e o
concílio - de bispos feminino, devemos acrescentar as palavras macho ou
conclave - de cardeais em reunião para eleger o papa fêmea: onça macho, jacaré fêmea
congregação - de professores, de religiosos 2. Substantivos comuns de dois gêneros: são substantivos
congresso - de parlamentares, de cientistas uniformes que designam pessoas. Neste caso, a diferen-
conselho - de ministros ça de gênero é feita pelo artigo, ou outro determinante
consistório - de cardeais sob a presidência do papa qualquer: o artista, a artista, o estudante, a estudante, es-
constelação - de estrelas te dentista.
corja - de vadios 3. Substantivos sobrecomuns: são substantivos uniformes
elenco - de artistas que designam pessoas. Neste caso, a diferença de gêne-
enxame - de abelhas ro não é especificada por artigos ou outros determinan-
enxoval - de roupas tes, que serão invariáveis: a criança, o cônjuge, a pesso-
esquadra - de navios de guerra a, a criatura.
esquadrilha - de aviões Caso se queira especificar o gênero, procede-se assim:
falange - de soldados, de anjos uma criança do sexo masculino / o cônjuge do sexo fe-
farândola - de maltrapilhos minino.
fato - de cabras
fauna - de animais de uma região AIguns substantivos que apresentam problema quanto ao
feixe - de lenha, de raios luminosos Gênero:
flora - de vegetais de uma região São masculinos São femi-
ninos

Língua Portuguesa 26 A Opção Certa Para a Sua Realização


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o anátema o grama (unidade de a abusão a derme férias fezes
o telefonema peso) a aluvião a omoplata
o teorema o dó (pena, compai- a análise a usucapi-
núpcias óculos
o trema xão) a cal ão olheiras pêsames
o edema o ágape a cataplasma a bacanal viveres copas, espadas, ouros e paus (naipes)
o eclipse o caudal a dinamite a líbido
o lança- o champanha a comichão a sentinela
perfume o alvará a aguardente a hélice Plural dos Nomes Compostos
o fibroma o formicida
o estratagema o guaraná
o proclama o plasma 1. Somente o último elemento varia:
o clã
a) nos compostos grafados sem hífen: aguardente, a-
guardentes; claraboia, claraboias; malmequer, malme-
Mudança de Gênero com mudança de sentido queres; vaivém, vaivéns;
Alguns substantivos, quando mudam de gênero, mudam b) nos compostos com os prefixos grão, grã e bel: grão-
de sentido. mestre, grão-mestres; grã-cruz, grã-cruzes; bel-prazer,
bel-prazeres;
Veja alguns exemplos: c) nos compostos de verbo ou palavra invariável seguida
o cabeça (o chefe, o líder) a cabeça (parte do corpo) de substantivo ou adjetivo: beija-flor, beija-flores; que-
o capital (dinheiro, bens) a capital (cidade principal)
bra-sol, quebra-sóis; guarda-comida, guarda-comidas;
o rádio (aparelho receptor) a rádio (estação transmissora)
o moral (ânimo) a moral (parte da Filosofia, vice-reitor, vice-reitores; sempre-viva, sempre-vivas.
o lotação (veículo) conclusão) Nos compostos de palavras repetidas mela-mela, me-
o lente (o professor) a lotação (capacidade) la-melas; recoreco, recorecos; tique-tique, tique-tiques)
a lente (vidro de aumento)
2. Somente o primeiro elemento é flexionado:
Plural dos Nomes Simples a) nos compostos ligados por preposição: copo-de-leite,
1. Aos substantivos terminados em vogal ou ditongo acres- copos-de-leite; pinho-de-riga, pinhos-de-riga; pé-de-
centa-se S: casa, casas; pai, pais; imã, imãs; mãe, mães. meia, pés-de-meia; burro-sem-rabo, burros-sem-rabo;
2. Os substantivos terminados em ÃO formam o plural em: b) nos compostos de dois substantivos, o segundo indi-
a) ÕES (a maioria deles e todos os aumentativos): balcão, cando finalidade ou limitando a significação do primei-
balcões; coração, corações; grandalhão, grandalhões. ro: pombo-correio, pombos-correio; navio-escola, navi-
b) ÃES (um pequeno número): cão, cães; capitão, capitães; os-escola; peixe-espada, peixes-espada; banana-
guardião, guardiães. maçã, bananas-maçã.
c) ÃOS (todos os paroxítonos e um pequeno número de A tendência moderna é de pluralizar os dois elementos:
oxítonos): cristão, cristãos; irmão, irmãos; órfão, órfãos; só- pombos-correios, homens-rãs, navios-escolas, etc.
tão, sótãos.
3. Ambos os elementos são flexionados:
Muitos substantivos com esta terminação apresentam a) nos compostos de substantivo + substantivo: couve-
mais de uma forma de plural: aldeão, aldeãos ou aldeães; flor, couves-flores; redator-chefe, redatores-chefes;
charlatão, charlatões ou charlatães; ermitão, ermitãos ou ermi- carta-compromisso, cartas-compromissos.
tães; tabelião, tabeliões ou tabeliães, etc. b) nos compostos de substantivo + adjetivo (ou vice-
versa): amor-perfeito, amores-perfeitos; gentil-homem,
3. Os substantivos terminados em M mudam o M para NS. gentis-homens; cara-pálida, caras-pálidas.
armazém, armazéns; harém, haréns; jejum, jejuns.
4. Aos substantivos terminados em R, Z e N acrescenta-se- São invariáveis:
lhes ES: lar, lares; xadrez, xadrezes; abdômen, abdomens a) os compostos de verbo + advérbio: o fala-pouco, os fa-
(ou abdômenes); hífen, hífens (ou hífenes). la-pouco; o pisa-mansinho, os pisa-mansinho; o cola-
Obs: caráter, caracteres; Lúcifer, Lúciferes; cânon, câno- tudo, os cola-tudo;
nes. b) as expressões substantivas: o chove-não-molha, os
5. Os substantivos terminados em AL, EL, OL e UL o l por is: chove-não-molha; o não-bebe-nem-desocupa-o-copo,
animal, animais; papel, papéis; anzol, anzóis; paul, pauis. os não-bebe-nem-desocupa-o-copo;
Obs.: mal, males; real (moeda), reais; cônsul, cônsules. c) os compostos de verbos antônimos: o leva-e-traz, os
6. Os substantivos paroxítonos terminados em IL fazem o leva-e-traz; o perde-ganha, os perde-ganha.
plural em: fóssil, fósseis; réptil, répteis. Obs: Alguns compostos admitem mais de um plural,
Os substantivos oxítonos terminados em IL mudam o l pa- como é o caso por exemplo, de: fruta-pão, fruta-pães
ra S: barril, barris; fuzil, fuzis; projétil, projéteis. ou frutas-pães; guarda-marinha, guarda-marinhas ou
7. Os substantivos terminados em S são invariáveis, quando guardas-marinhas; padre-nosso, padres-nossos ou pa-
paroxítonos: o pires, os pires; o lápis, os lápis. Quando oxí- dre-nossos; salvo-conduto, salvos-condutos ou salvo-
tonas ou monossílabos tônicos, junta-se-lhes ES, retira-se condutos; xeque-mate, xeques-mates ou xeques-mate.
o acento gráfico, português, portugueses; burguês, bur-
gueses; mês, meses; ás, ases. Adjetivos Compostos
São invariáveis: o cais, os cais; o xis, os xis. São invariá- Nos adjetivos compostos, apenas o último elemento se
veis, também, os substantivos terminados em X com valor flexiona. Ex.:histórico-geográfico, histórico-geográficos; latino-
de KS: o tórax, os tórax; o ônix, os ônix. americanos, latino-americanos; cívico-militar, cívico-militares.
8. Os diminutivos em ZINHO e ZITO fazem o plural flexio- 1) Os adjetivos compostos referentes a cores são invariá-
nando-se o substantivo primitivo e o sufixo, suprimindo-se, veis, quando o segundo elemento é um substantivo:
porém, o S do substantivo primitivo: coração, coraçõezi- lentes verde-garrafa, tecidos amarelo-ouro, paredes
nhos; papelzinho, papeizinhos; cãozinho, cãezitos. azul-piscina.
2) No adjetivo composto surdo-mudo, os dois elementos
Substantivos só usados no plural variam: surdos-mudos > surdas-mudas.
afazeres anais 3) O composto azul-marinho é invariável: gravatas azul-
arredores belas-artes marinho.
cãs condolências
confins exéquias Graus do substantivo
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Dois são os graus do substantivo - o aumentativo e o dimi-
nutivo, os quais podem ser: sintéticos ou analíticos. Número
a) Adjetivo simples
Analítico Os adjetivos simples formam o plural da mesma ma-
Utiliza-se um adjetivo que indique o aumento ou a diminui- neira que os substantivos simples:
ção do tamanho: boca pequena, prédio imenso, livro grande. pessoa honesta pessoas honestas
regra fácil regras fáceis
homem feliz homens felizes
Sintético Observação: os substantivos empregados como adje-
Constrói-se com o auxílio de sufixos nominais aqui apre- tivos ficam invariáveis:
sentados. blusa vinho blusas vinho
camisa rosa camisas rosa
Principais sufixos aumentativos b) Adjetivos compostos
AÇA, AÇO, ALHÃO, ANZIL, ÃO, ARÉU, ARRA, ARRÃO, Como regra geral, nos adjetivos compostos somente
ASTRO, ÁZIO, ORRA, AZ, UÇA. Ex.: A barcaça, ricaço, gran- o último elemento varia, tanto em gênero quanto em
dalhão, corpanzil, caldeirão, povaréu, bocarra, homenzarrão, número:
poetastro, copázio, cabeçorra, lobaz, dentuça. acordos sócio-político-econômico
acordos sócio-político-econômicos
causa sócio-político-econômica
Principais Sufixos Diminutivos causas sócio-político-econômicas
ACHO, CHULO, EBRE, ECO, EJO, ELA, ETE, ETO, ICO, acordo luso-franco-brasileiro
TIM, ZINHO, ISCO, ITO, OLA, OTE, UCHO, ULO, ÚNCULO, acordo luso-franco-brasileiros
ULA, USCO. Exs.: lobacho, montículo, casebre, livresco, are- lente côncavo-convexa
jo, viela, vagonete, poemeto, burrico, flautim, pratinho, florzi- lentes côncavo-convexas
nha, chuvisco, rapazito, bandeirola, saiote, papelucho, glóbulo, camisa verde-clara
camisas verde-claras
homúncula, apícula, velhusco.
sapato marrom-escuro
sapatos marrom-escuros
Observações: Observações:
• Alguns aumentativos e diminutivos, em determinados 1) Se o último elemento for substantivo, o adjetivo composto fi-
ca invariável:
contextos, adquirem valor pejorativo: medicastro, poetas-
camisa verde-abacate camisas verde-abacate
tro, velhusco, mulherzinha, etc. Outros associam o valor sapato marrom-café sapatos marrom-café
aumentativo ao coletivo: povaréu, fogaréu, etc. blusa amarelo-ouro blusas amarelo-ouro
• É usual o emprego dos sufixos diminutivos dando às pa- 2) Os adjetivos compostos azul-marinho e azul-celeste ficam
lavras valor afetivo: Joãozinho, amorzinho, etc. invariáveis:
• Há casos em que o sufixo aumentativo ou diminutivo é blusa azul-marinho blusas azul-marinho
meramente formal, pois não dão à palavra nenhum da- camisa azul-celeste camisas azul-celeste
queles dois sentidos: cartaz, ferrão, papelão, cartão, fo- 3) No adjetivo composto (como já vimos) surdo-mudo, ambos
os elementos variam:
lhinha, etc.
menino surdo-mudo meninos surdos-mudos
• Muitos adjetivos flexionam-se para indicar os graus au- menina surda-muda meninas surdas-mudas
mentativo e diminutivo, quase sempre de maneira afeti-
va: bonitinho, grandinho, bonzinho, pequenito.
Graus do Adjetivo
As variações de intensidade significativa dos adjetivos
Apresentamos alguns substantivos heterônimos ou desco-
podem ser expressas em dois graus:
nexos. Em lugar de indicarem o gênero pela flexão ou pelo
- o comparativo
artigo, apresentam radicais diferentes para designar o sexo:
- o superlativo
bode - cabra genro - nora
burro - besta padre - madre
carneiro - ovelha padrasto - madrasta Comparativo
cão - cadela padrinho - madrinha Ao compararmos a qualidade de um ser com a de outro,
cavalheiro - dama pai - mãe ou com uma outra qualidade que o próprio ser possui, po-
compadre - comadre veado - cerva demos concluir que ela é igual, superior ou inferior. Daí os
frade - freira zangão - abelha três tipos de comparativo:
frei – soror etc. - Comparativo de igualdade:
O espelho é tão valioso como (ou quanto) o vitral.
ADJETIVOS Pedro é tão saudável como (ou quanto) inteligente.
- Comparativo de superioridade:
O aço é mais resistente que (ou do que) o ferro.
FLEXÃO DOS ADJETIVOS Este automóvel é mais confortável que (ou do que)
econômico.
Gênero - Comparativo de inferioridade:
Quanto ao gênero, o adjetivo pode ser: A prata é menos valiosa que (ou do que) o ouro.
a) Uniforme: quando apresenta uma única forma para os Este automóvel é menos econômico que (ou do que)
dois gêneros: homem inteligente - mulher inteligente; confortável.
homem simples - mulher simples; aluno feliz - aluna
feliz. Ao expressarmos uma qualidade no seu mais elevado
b) Biforme: quando apresenta duas formas: uma para o grau de intensidade, usamos o superlativo, que pode ser
masculino, outra para o feminino: homem simpático / absoluto ou relativo:
mulher simpática / homem alto / mulher alta / aluno - Superlativo absoluto
estudioso / aluna estudiosa Neste caso não comparamos a qualidade com a de
outro ser:
Observação: no que se refere ao gênero, a flexão dos Esta cidade é poluidíssima.
adjetivos é semelhante a dos substantivos. Esta cidade é muito poluída.

Língua Portuguesa 28 A Opção Certa Para a Sua Realização


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- Superlativo relativo Canaã - cananeu Caracas - caraquenho
Consideramos o elevado grau de uma qualidade, re- Catalunha - catalão Ceilão - cingalês
lacionando-a a outros seres: Chicago - chicaguense Chipre - cipriota
Este rio é o mais poluído de todos. Coimbra - coimbrão, Córdova - cordovês
Este rio é o menos poluído de todos. conimbricense Creta - cretense
Córsega - corso Cuiabá - cuiabano
Observe que o superlativo absoluto pode ser sintético ou Croácia - croata EI Salvador - salvadorenho
analítico: Egito - egípcio Espírito Santo - espírito-
- Analítico: expresso com o auxílio de um advérbio de Equador - equatoriano santense, capixaba
intensidade - muito trabalhador, excessivamente frá- Filipinas - filipino Évora - eborense
gil, etc. Florianópolis - floriano- Finlândia - finlandês
- Sintético: expresso por uma só palavra (adjetivo + su- politano Formosa - formosano
fixo) – antiquíssimo: cristianíssimo, sapientíssimo, etc. Fortaleza - fortalezense Foz do lguaçu - iguaçuense
Gabão - gabonês Galiza - galego
Os adjetivos: bom, mau, grande e pequeno possuem, pa- Genebra - genebrino Gibraltar - gibraltarino
ra o comparativo e o superlativo, as seguintes formas espe- Goiânia - goianense Granada - granadino
ciais: Groenlândia - groenlan- Guatemala - guatemalteco
NORMAL COM. SUP. SUPERLATIVO dês Haiti - haitiano
ABSOLUTO Guiné - guinéu, guine- Honduras - hondurenho
RELATIVO ense Ilhéus - ilheense
bom melhor ótimo Himalaia - himalaico Jerusalém - hierosolimita
melhor Hungria - húngaro, ma- Juiz de Fora - juiz-forense
mau pior péssimo giar Lima - limenho
pior Iraque - iraquiano Macau - macaense
grande maior máximo João Pessoa - pessoen- Madagáscar - malgaxe
maior se Manaus - manauense
pequeno menor mínimo La Paz - pacense, pa- Minho - minhoto
menor cenho Mônaco - monegasco
Macapá - macapaense Natal - natalense
Eis, para consulta, alguns superlativos absolutos sintéti- Maceió - maceioense Nova lguaçu - iguaçuano
cos: Madri - madrileno Pisa - pisano
acre - acérrimo ágil - agílimo Marajó - marajoara Póvoa do Varzim - poveiro
agradável - agradabilís- agudo - acutíssimo Moçambique - moçam- Rio de Janeiro (Est.) - flumi-
simo amável - amabilíssimo bicano nense
amargo - amaríssimo antigo - antiquíssimo Montevidéu - montevi- Rio de Janeiro (cid.) - carioca
amigo - amicíssimo atroz - atrocíssimo deano Rio Grande do Norte - poti-
áspero - aspérrimo benéfico - beneficentíssimo Normândia - normando guar
audaz - audacíssimo capaz - capacíssimo Pequim - pequinês Salvador – salvadorenho, sote-
benévolo - benevolen- cristão - cristianíssimo Porto - portuense ropolitano
tíssimo doce - dulcíssimo Quito - quitenho Toledo - toledano
célebre - celebérrimo feroz - ferocíssimo Santiago - santiaguense Rio Grande do Sul - gaúcho
cruel - crudelíssimo frágil - fragilíssimo São Paulo (Est.) - pau- Varsóvia - varsoviano
eficaz - eficacíssimo humilde - humílimo (humildís- lista Vitória - vitoriense
fiel - fidelíssimo simo) São Paulo (cid.) - paulis-
frio - frigidíssimo inimigo - inimicíssimo tano
incrível - incredibilíssimo jovem - juveníssimo Terra do Fogo - fuegui-
íntegro - integérrimo magnífico - magnificentíssimo no
livre - libérrimo maléfico - maleficentíssimo Três Corações - tricordi-
magro - macérrimo miúdo - minutíssimo ano
manso - mansuetíssimo nobre - nobilíssimo Tripoli - tripolitano
negro - nigérrimo (ne- pobre - paupérrimo (pobrís- Veneza - veneziano
gríssimo) simo)
pessoal - personalíssi- preguiçoso - pigérrimo Locuções Adjetivas
mo provável - probabilíssimo As expressões de valor adjetivo, formadas de preposi-
possível - possibilíssimo pudico - pudicíssimo ções mais substantivos, chamam-se LOCUÇÕES ADJETI-
próspero - prospérrimo sagrado - sacratíssimo VAS. Estas, geralmente, podem ser substituídas por um
público - publicíssimo sensível - sensibilíssimo adjetivo correspondente.
sábio - sapientíssimo tenro - tenerissimo
salubre - salubérrimo tétrico - tetérrimo PRONOMES
simples – simplicíssimo visível - visibilíssimo
terrível - terribilíssimo vulnerável - vuInerabilíssimo
Pronome é a palavra variável em gênero, número e pes-
velho - vetérrimo
soa, que representa ou acompanha o substantivo, indicando-
voraz - voracíssimo
o como pessoa do discurso. Quando o pronome representa
o substantivo, dizemos tratar-se de pronome substantivo.
Adjetivos Gentílicos e Pátrios
• Ele chegou. (ele)
Argélia – argelino Bagdá - bagdali
• Convidei-o. (o)
Bizâncio - bizantino Bogotá - bogotano
Bóston - bostoniano Braga - bracarense
Quando o pronome vem determinando o substantivo, res-
Bragança - bragantino Brasília - brasiliense
tringindo a extensão de seu significado, dizemos tratar-se de
Bucareste - bucarestino, Buenos Aires - portenho, bue-
pronome adjetivo.
-bucarestense nairense
• Esta casa é antiga. (esta)
Cairo - cairota Campos - campista

Língua Portuguesa 29 A Opção Certa Para a Sua Realização


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• Meu livro é antigo. (meu) função sintática de sujeito. Considera-se errado seu em-
prego como complemento:
Classificação dos Pronomes Convidaram ELE para a festa (errado)
Há, em Português, seis espécies de pronomes: Receberam NÓS com atenção (errado)
• pessoais: eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas e as for- EU cheguei atrasado (certo)
mas oblíquas de tratamento: ELE compareceu à festa (certo)
• possessivos: meu, teu, seu, nosso, vosso, seu e fle- 2. Na função de complemento, usam-se os pronomes oblí-
xões; quos e não os pronomes retos:
• demonstrativos: este, esse, aquele e flexões; isto, is- Convidei ELE (errado)
so, aquilo; Chamaram NÓS (errado)
• relativos: o qual, cujo, quanto e flexões; que, quem, Convidei-o. (certo)
onde; Chamaram-NOS. (certo)
• indefinidos: algum, nenhum, todo, outro, muito, certo, 3. Os pronomes retos (exceto EU e TU), quando antecipa-
pouco, vários, tanto quanto, qualquer e flexões; al- dos de preposição, passam a funcionar como oblíquos.
guém, ninguém, tudo, outrem, nada, cada, algo. Neste caso, considera-se correto seu emprego como
• interrogativos: que, quem, qual, quanto, empregados complemento:
em frases interrogativas. Informaram a ELE os reais motivos.
Emprestaram a NÓS os livros.
PRONOMES PESSOAIS Eles gostam muito de NÓS.
Pronomes pessoais são aqueles que representam as 4. As formas EU e TU só podem funcionar como sujeito.
pessoas do discurso: Considera-se errado seu emprego como complemento:
1ª pessoa: quem fala, o emissor. Nunca houve desentendimento entre eu e tu. (errado)
Eu sai (eu) Nunca houve desentendimento entre mim e ti. (certo)
Nós saímos (nós)
Convidaram-me (me) Como regra prática, podemos propor o seguinte: quando
Convidaram-nos (nós) precedidas de preposição, não se usam as formas retas EU
2ª pessoa: com quem se fala, o receptor. e TU, mas as formas oblíquas MIM e TI:
Tu saíste (tu) Ninguém irá sem EU. (errado)
Vós saístes (vós) Nunca houve discussões entre EU e TU. (errado)
Convidaram-te (te) Ninguém irá sem MIM. (certo)
Convidaram-vos (vós) Nunca houve discussões entre MIM e TI. (certo)
3ª pessoa: de que ou de quem se fala, o referente.
Ele saiu (ele) Há, no entanto, um caso em que se empregam as formas
Eles sairam (eles) retas EU e TU mesmo precedidas por preposição: quando
Convidei-o (o) essas formas funcionam como sujeito de um verbo no infini-
Convidei-os (os) tivo.
Deram o livro para EU ler (ler: sujeito)
Os pronomes pessoais são os seguintes: Deram o livro para TU leres (leres: sujeito)

NÚMERO PESSOA CASO CASO OBLÍQUO Verifique que, neste caso, o emprego das formas retas
RETO EU e TU é obrigatório, na medida em que tais pronomes
singular 1ª eu me, mim, comigo exercem a função sintática de sujeito.
2ª tu te, ti, contigo 5. Os pronomes oblíquos SE, SI, CONSIGO devem ser
3ª ele, ela se, si, consigo, o, a, lhe empregados somente como reflexivos. Considera-se er-
plural 1ª nós nós, conosco rada qualquer construção em que os referidos pronomes
2ª vós vós, convosco
não sejam reflexivos:
3ª eles, elas se, si, consigo, os, as,
lhes Querida, gosto muito de SI. (errado)
Preciso muito falar CONSIGO. (errado)
Querida, gosto muito de você. (certo)
PRONOMES DE TRATAMENTO Preciso muito falar com você. (certo)
Na categoria dos pronomes pessoais, incluem-se os pro-
nomes de tratamento. Referem-se à pessoa a quem se fala, Observe que nos exemplos que seguem não há erro al-
embora a concordância deva ser feita com a terceira pessoa. gum, pois os pronomes SE, SI, CONSIGO, foram emprega-
Convém notar que, exceção feita a você, esses pronomes dos como reflexivos:
são empregados no tratamento cerimonioso. Ele feriu-se
Cada um faça por si mesmo a redação
Veja, a seguir, alguns desses pronomes: O professor trouxe as provas consigo
PRONOME ABREV. EMPREGO
Vossa Alteza V. A. príncipes, duques
6. Os pronomes oblíquos CONOSCO e CONVOSCO são
Vossa Eminência V .Ema cardeais
Vossa Excelência V.Ex a
altas autoridades em geral utilizados normalmente em sua forma sintética. Caso ha-
Vossa Magnificência V. Mag a
reitores de universidades ja palavra de reforço, tais pronomes devem ser substituí-
Vossa Reverendíssima V. Revma sacerdotes em geral dos pela forma analítica:
Vossa Santidade V.S. papas Queriam falar conosco = Queriam falar com nós dois
Vossa Senhoria V.Sa funcionários graduados Queriam conversar convosco = Queriam conversar com
Vossa Majestade V.M. reis, imperadores vós próprios.

São também pronomes de tratamento: o senhor, a se- 7. Os pronomes oblíquos podem aparecer combinados
nhora, você, vocês. entre si. As combinações possíveis são as seguintes:
me+o=mo me + os = mos
EMPREGO DOS PRONOMES PESSOAIS te+o=to te + os = tos
1. Os pronomes pessoais do caso reto (EU, TU, ELE/ELA, lhe+o=lho lhe + os = lhos
NÓS, VÓS, ELES/ELAS) devem ser empregados na nos + o = no-lo nos + os = no-los

Língua Portuguesa 30 A Opção Certa Para a Sua Realização


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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos


vos + o = vo-lo vos + os = vo-los
lhes + o = lho lhes + os = lhos 14. VOCÊ e os demais pronomes de tratamento (VOSSA
MAJESTADE, VOSSA ALTEZA) embora se refiram à
A combinação também é possível com os pronomes o- pessoa com quem falamos (2ª pessoa, portanto), do pon-
blíquos femininos a, as. to de vista gramatical, comportam-se como pronomes de
me+a=ma me + as = mas terceira pessoa:
te+a=ta te + as = tas Você trouxe seus documentos?
- Você pagou o livro ao livreiro? Vossa Excelência não precisa incomodar-se com seus
- Sim, paguei-LHO. problemas.

Verifique que a forma combinada LHO resulta da fusão COLOCAÇÃO DE PRONOMES


de LHE (que representa o livreiro) com O (que representa o Em relação ao verbo, os pronomes átonos (ME, TE, SE,
livro). LHE, O, A, NÓS, VÓS, LHES, OS, AS) podem ocupar três
posições:
8. As formas oblíquas O, A, OS, AS são sempre emprega- 1. Antes do verbo - próclise
das como complemento de verbos transitivos diretos, ao Eu te observo há dias.
passo que as formas LHE, LHES são empregadas como 2. Depois do verbo - ênclise
complemento de verbos transitivos indiretos: Observo-te há dias.
O menino convidou-a. (V.T.D ) 3. No interior do verbo - mesóclise
O filho obedece-lhe. (V.T. l ) Observar-te-ei sempre.

Consideram-se erradas construções em que o pronome Ênclise


O (e flexões) aparece como complemento de verbos transiti-
Na linguagem culta, a colocação que pode ser conside-
vos indiretos, assim como as construções em que o nome
rada normal é a ênclise: o pronome depois do verbo, funcio-
LHE (LHES) aparece como complemento de verbos transiti-
nando como seu complemento direto ou indireto.
vos diretos:
O pai esperava-o na estação agitada.
Eu lhe vi ontem. (errado)
Expliquei-lhe o motivo das férias.
Nunca o obedeci. (errado)
Eu o vi ontem. (certo)
Ainda na linguagem culta, em escritos formais e de estilo
Nunca lhe obedeci. (certo)
cuidadoso, a ênclise é a colocação recomendada nos se-
guintes casos:
9. Há pouquíssimos casos em que o pronome oblíquo pode
1. Quando o verbo iniciar a oração:
funcionar como sujeito. Isto ocorre com os verbos: deixar,
Voltei-me em seguida para o céu límpido.
fazer, ouvir, mandar, sentir, ver, seguidos de infinitivo. O
2. Quando o verbo iniciar a oração principal precedida de
nome oblíquo será sujeito desse infinitivo:
pausa:
Deixei-o sair.
Como eu achasse muito breve, explicou-se.
Vi-o chegar.
3. Com o imperativo afirmativo:
Sofia deixou-se estar à janela.
Companheiros, escutai-me.
4. Com o infinitivo impessoal:
É fácil perceber a função do sujeito dos pronomes oblí-
A menina não entendera que engorda-las seria apressar-
quos, desenvolvendo as orações reduzidas de infinitivo:
lhes um destino na mesa.
Deixei-o sair = Deixei que ele saísse.
5. Com o gerúndio, não precedido da preposição EM:
10. Não se considera errada a repetição de pronomes oblí-
E saltou, chamando-me pelo nome, conversou comigo.
quos:
6. Com o verbo que inicia a coordenada assindética.
A mim, ninguém me engana.
A velha amiga trouxe um lenço, pediu-me uma pequena
A ti tocou-te a máquina mercante.
moeda de meio franco.
Nesses casos, a repetição do pronome oblíquo não cons- Próclise
titui pleonasmo vicioso e sim ênfase.
Na linguagem culta, a próclise é recomendada:
1. Quando o verbo estiver precedido de pronomes relativos,
11. Muitas vezes os pronomes oblíquos equivalem a prono-
indefinidos, interrogativos e conjunções.
mes possessivo, exercendo função sintática de adjunto
As crianças que me serviram durante anos eram bichos.
adnominal:
Tudo me parecia que ia ser comida de avião.
Roubaram-me o livro = Roubaram meu livro.
Quem lhe ensinou esses modos?
Não escutei-lhe os conselhos = Não escutei os seus con-
Quem os ouvia, não os amou.
selhos.
Que lhes importa a eles a recompensa?
Emília tinha quatorze anos quando a vi pela primeira vez.
12. As formas plurais NÓS e VÓS podem ser empregadas
2. Nas orações optativas (que exprimem desejo):
para representar uma única pessoa (singular), adquirindo
Papai do céu o abençoe.
valor cerimonioso ou de modéstia:
A terra lhes seja leve.
Nós - disse o prefeito - procuramos resolver o problema
3. Com o gerúndio precedido da preposição EM:
das enchentes.
Em se animando, começa a contagiar-nos.
Vós sois minha salvação, meu Deus!
Bromil era o suco em se tratando de combater a tosse.
4. Com advérbios pronunciados juntamente com o verbo,
13. Os pronomes de tratamento devem vir precedidos de
sem que haja pausa entre eles.
VOSSA, quando nos dirigimos à pessoa representada
Aquela voz sempre lhe comunicava vida nova.
pelo pronome, e por SUA, quando falamos dessa pesso-
Antes, falava-se tão-somente na aguardente da terra.
a:
Ao encontrar o governador, perguntou-lhe:
Mesóclise
Vossa Excelência já aprovou os projetos?
Usa-se o pronome no interior das formas verbais do futu-
Sua Excelência, o governador, deverá estar presente na
ro do presente e do futuro do pretérito do indicativo, desde
inauguração.
que estes verbos não estejam precedidos de palavras que
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reclamem a próclise. Além da ideia de posse, podem ainda os pronomes ex-
Lembrar-me-ei de alguns belos dias em Paris. primir:
Dir-se-ia vir do oco da terra. 1. Cálculo aproximado, estimativa:
Ele poderá ter seus quarenta e cinco anos
Mas: 2. Familiaridade ou ironia, aludindo-se á personagem de
Não me lembrarei de alguns belos dias em Paris. uma história
Jamais se diria vir do oco da terra. O nosso homem não se deu por vencido.
Com essas formas verbais a ênclise é inadmissível: Chama-se Falcão o meu homem
Lembrarei-me (!?) 3. O mesmo que os indefinidos certo, algum
Diria-se (!?) Eu cá tenho minhas dúvidas
Cornélio teve suas horas amargas
O Pronome Átono nas Locuções Verbais 4. Afetividade, cortesia
Como vai, meu menino?
1. Auxiliar + infinitivo ou gerúndio - o pronome pode vir
Não os culpo, minha boa senhora, não os culpo
proclítico ou enclítico ao auxiliar, ou depois do verbo
principal.
No plural usam-se os possessivos substantivados no
Podemos contar-lhe o ocorrido.
sentido de parentes de família.
Podemos-lhe contar o ocorrido.
É assim que um moço deve zelar o nome dos seus?
Não lhes podemos contar o ocorrido.
Podem os possessivos ser modificados por um advérbio
O menino foi-se descontraindo.
de intensidade.
O menino foi descontraindo-se.
Levaria a mão ao colar de pérolas, com aquele gesto tão
O menino não se foi descontraindo.
seu, quando não sabia o que dizer.
2. Auxiliar + particípio passado - o pronome deve vir enclíti-
co ou proclítico ao auxiliar, mas nunca enclítico ao parti-
cípio. PRONOMES DEMONSTRATIVOS
"Outro mérito do positivismo em relação a mim foi ter-me São aqueles que determinam, no tempo ou no espaço, a
levado a Descartes ." posição da coisa designada em relação à pessoa gramatical.
Tenho-me levantado cedo.
Não me tenho levantado cedo. Quando digo “este livro”, estou afirmando que o livro se
encontra perto de mim a pessoa que fala. Por outro lado,
O uso do pronome átono solto entre o auxiliar e o infiniti- “esse livro” indica que o livro está longe da pessoa que fala e
vo, ou entre o auxiliar e o gerúndio, já está generalizado, próximo da que ouve; “aquele livro” indica que o livro está
mesmo na linguagem culta. Outro aspecto evidente, sobre- longe de ambas as pessoas.
tudo na linguagem coloquial e popular, é o da colocação do
pronome no início da oração, o que se deve evitar na lingua- Os pronomes demonstrativos são estes:
gem escrita.
ESTE (e variações), isto = 1ª pessoa
ESSE (e variações), isso = 2ª pessoa
PRONOMES POSSESSIVOS AQUELE (e variações), próprio (e variações)
Os pronomes possessivos referem-se às pessoas do dis- MESMO (e variações), próprio (e variações)
curso, atribuindo-lhes a posse de alguma coisa. SEMELHANTE (e variação), tal (e variação)

Quando digo, por exemplo, “meu livro”, a palavra “meu” Emprego dos Demonstrativos
informa que o livro pertence a 1ª pessoa (eu) 1. ESTE (e variações) e ISTO usam-se:
a) Para indicar o que está próximo ou junto da 1ª pessoa
Eis as formas dos pronomes possessivos: (aquela que fala).
1ª pessoa singular: MEU, MINHA, MEUS, MINHAS. Este documento que tenho nas mãos não é meu.
2ª pessoa singular: TEU, TUA, TEUS, TUAS. Isto que carregamos pesa 5 kg.
3ª pessoa singular: SEU, SUA, SEUS, SUAS. b) Para indicar o que está em nós ou o que nos abrange
1ª pessoa plural: NOSSO, NOSSA, NOSSOS, NOSSAS. fisicamente:
2ª pessoa plural: VOSSO, VOSSA, VOSSOS, VOSSAS. Este coração não pode me trair.
3ª pessoa plural: SEU, SUA, SEUS, SUAS. Esta alma não traz pecados.
Tudo se fez por este país..
Os possessivos SEU(S), SUA(S) tanto podem referir-se à c) Para indicar o momento em que falamos:
3ª pessoa (seu pai = o pai dele), como à 2ª pessoa do dis- Neste instante estou tranquilo.
curso (seu pai = o pai de você). Deste minuto em diante vou modificar-me.
d) Para indicar tempo vindouro ou mesmo passado, mas
Por isso, toda vez que os ditos possessivos derem mar- próximo do momento em que falamos:
gem a ambiguidade, devem ser substituídos pelas expres- Esta noite (= a noite vindoura) vou a um baile.
sões dele(s), dela(s). Esta noite (= a noite que passou) não dormi bem.
Ex.:Você bem sabe que eu não sigo a opinião dele. Um dia destes estive em Porto Alegre.
A opinião dela era que Camilo devia tornar à casa deles. e) Para indicar que o período de tempo é mais ou menos
Eles batizaram com o nome delas as águas deste rio. extenso e no qual se inclui o momento em que falamos:
Nesta semana não choveu.
Os possessivos devem ser usados com critério. Substitu- Neste mês a inflação foi maior.
í-los pelos pronomes oblíquos comunica á frase desenvoltu- Este ano será bom para nós.
ra e elegância. Este século terminará breve.
Crispim Soares beijou-lhes as mãos agradecido (em vez f) Para indicar aquilo de que estamos tratando:
de: beijou as suas mãos). Este assunto já foi discutido ontem.
Não me respeitava a adolescência. Tudo isto que estou dizendo já é velho.
A repulsa estampava-se-lhe nos músculos da face. g) Para indicar aquilo que vamos mencionar:
O vento vindo do mar acariciava-lhe os cabelos. Só posso lhe dizer isto: nada somos.
Os tipos de artigo são estes: definidos e indefinidos.

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2. ESSE (e variações) e ISSO usam-se: filha? Que tais minhas filhas? e quando correlativo DE QUAL
a) Para indicar o que está próximo ou junto da 2ª pessoa ou OUTRO TAL:
(aquela com quem se fala): Suas manias eram tais quais as minhas.
Esse documento que tens na mão é teu? A mãe era tal quais as filhas.
Isso que carregas pesa 5 kg. Os filhos são tais qual o pai.
b) Para indicar o que está na 2ª pessoa ou que a abrange Tal pai, tal filho.
fisicamente: É pronome substantivo em frases como:
Esse teu coração me traiu. Não encontrarei tal (= tal coisa).
Essa alma traz inúmeros pecados. Não creio em tal (= tal coisa)
Quantos vivem nesse pais?
c) Para indicar o que se encontra distante de nós, ou aquilo PRONOMES RELATIVOS
de que desejamos distância: Veja este exemplo:
O povo já não confia nesses políticos. Armando comprou a casa QUE lhe convinha.
Não quero mais pensar nisso.
ª
d) Para indicar aquilo que já foi mencionado pela 2 pessoa: A palavra que representa o nome casa, relacionando-se
Nessa tua pergunta muita matreirice se esconde. com o termo casa é um pronome relativo.
O que você quer dizer com isso?
e) Para indicar tempo passado, não muito próximo do mo- PRONOMES RELATIVOS são palavras que representam
mento em que falamos: nomes já referidos, com os quais estão relacionados. Daí
Um dia desses estive em Porto Alegre. denominarem-se relativos.
Comi naquele restaurante dia desses. A palavra que o pronome relativo representa chama-se
f) Para indicar aquilo que já mencionamos: antecedente. No exemplo dado, o antecedente é casa.
Fugir aos problemas? Isso não é do meu feitio. Outros exemplos de pronomes relativos:
Ainda hei de conseguir o que desejo, e esse dia não está Sejamos gratos a Deus, a quem tudo devemos.
muito distante. O lugar onde paramos era deserto.
3. AQUELE (e variações) e AQUILO usam-se: Traga tudo quanto lhe pertence.
a) Para indicar o que está longe das duas primeiras pesso- Leve tantos ingressos quantos quiser.
as e refere-se á 3ª. Posso saber o motivo por que (ou pelo qual) desistiu do
Aquele documento que lá está é teu? concurso?
Aquilo que eles carregam pesa 5 kg.
b) Para indicar tempo passado mais ou menos distante. Eis o quadro dos pronomes relativos:
Naquele instante estava preocupado.
Daquele instante em diante modifiquei-me. VARIÁVEIS INVARIÁVEIS
Usamos, ainda, aquela semana, aquele mês, aquele ano,
Masculino Feminino
aquele século, para exprimir que o tempo já decorreu.
o qual a qual quem
4. Quando se faz referência a duas pessoas ou coisas já
os quais as quais
mencionadas, usa-se este (ou variações) para a última
cujo cujos cuja cujas que
pessoa ou coisa e aquele (ou variações) para a primeira:
quanto quanta quan- onde
Ao conversar com lsabel e Luís, notei que este se encon-
quantos tas
trava nervoso e aquela tranquila.
5. Os pronomes demonstrativos, quando regidos pela pre-
Observações:
posição DE, pospostos a substantivos, usam-se apenas
1. O pronome relativo QUEM só se aplica a pessoas, tem
no plural:
antecedente, vem sempre antecedido de preposição, e
Você teria coragem de proferir um palavrão desses, Ro-
equivale a O QUAL.
se?
O médico de quem falo é meu conterrâneo.
Com um frio destes não se pode sair de casa.
2. Os pronomes CUJO, CUJA significam do qual, da qual, e
Nunca vi uma coisa daquelas.
precedem sempre um substantivo sem artigo.
6. MESMO e PRÓPRIO variam em gênero e número quan-
Qual será o animal cujo nome a autora não quis revelar?
do têm caráter reforçativo:
3. QUANTO(s) e QUANTA(s) são pronomes relativos quan-
Zilma mesma (ou própria) costura seus vestidos.
do precedidos de um dos pronomes indefinidos tudo, tan-
Luís e Luísa mesmos (ou próprios) arrumam suas camas.
to(s), tanta(s), todos, todas.
7. O (e variações) é pronome demonstrativo quando equiva-
Tenho tudo quanto quero.
le a AQUILO, ISSO ou AQUELE (e variações).
Leve tantos quantos precisar.
Nem tudo (aquilo) que reluz é ouro.
Nenhum ovo, de todos quantos levei, se quebrou.
O (aquele) que tem muitos vícios tem muitos mestres.
4. ONDE, como pronome relativo, tem sempre antecedente
Das meninas, Jeni a (aquela) que mais sobressaiu nos
e equivale a EM QUE.
exames.
A sorte é mulher e bem o (isso) demonstra de fato, ela A casa onde (= em que) moro foi de meu avô.
não ama os homens superiores.
8. NISTO, em início de frase, significa ENTÃO, no mesmo PRONOMES INDEFINIDOS
instante: Estes pronomes se referem à 3ª pessoa do discurso, de-
A menina ia cair, nisto, o pai a segurou signando-a de modo vago, impreciso, indeterminado.
9. Tal é pronome demonstrativo quando tomado na acep- 1. São pronomes indefinidos substantivos: ALGO, AL-
ção DE ESTE, ISTO, ESSE, ISSO, AQUELE, AQUILO. GUÉM, FULANO, SICRANO, BELTRANO, NADA, NIN-
Tal era a situação do país. GUÉM, OUTREM, QUEM, TUDO
Não disse tal. Exemplos:
Tal não pôde comparecer. Algo o incomoda?
Acreditam em tudo o que fulano diz ou sicrano escreve.
Pronome adjetivo quando acompanha substantivo ou Não faças a outrem o que não queres que te façam.
pronome (atitudes tais merecem cadeia, esses tais merecem Quem avisa amigo é.
cadeia), quando acompanha QUE, formando a expressão Encontrei quem me pode ajudar.
que tal? (? que lhe parece?) em frases como Que tal minha Ele gosta de quem o elogia.

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2. São pronomes indefinidos adjetivos: CADA, CERTO, Nós adormecemos.
CERTOS, CERTA CERTAS. 2ª pessoa: aquela que ouve. Pode ser
Cada povo tem seus costumes. a) do singular - corresponde ao pronome pessoal TU.
Certas pessoas exercem várias profissões. Ex.:Tu adormeces.
Certo dia apareceu em casa um repórter famoso. b) do plural - corresponde ao pronome pessoal VÓS.
Ex.:Vós adormeceis.
PRONOMES INTERROGATIVOS 3ª pessoa: aquela de quem se fala. Pode ser
Aparecem em frases interrogativas. Como os indefinidos, a) do singular - corresponde aos pronomes pessoais ELE,
referem-se de modo impreciso à 3ª pessoa do discurso. ELA. Ex.: Ela adormece.
Exemplos: b) do plural - corresponde aos pronomes pessoas ELES,
Que há? ELAS. Ex.: Eles adormecem.
Que dia é hoje? 3. MODO: é a propriedade que tem o verbo de indicar a
Reagir contra quê? atitude do falante em relação ao fato que comunica. Há
Por que motivo não veio? três modos em português.
Quem foi? a) indicativo: a atitude do falante é de certeza diante do fato.
Qual será? A cachorra Baleia corria na frente.
Quantos vêm? b) subjuntivo: a atitude do falante é de dúvida diante do fato.
Quantas irmãs tens? Talvez a cachorra Baleia corra na frente .
c) imperativo: o fato é enunciado como uma ordem, um
conselho, um pedido
VERBO Corra na frente, Baleia.
4. TEMPO: é a propriedade que tem o verbo de localizar o
CONCEITO fato no tempo, em relação ao momento em que se fala.
“As palavras em destaque no texto abaixo exprimem a- Os três tempos básicos são:
ções, situando-as no tempo. a) presente: a ação ocorre no momento em que se fala:
Queixei-me de baratas. Uma senhora ouviu-me a queixa. Fecho os olhos, agito a cabeça.
Deu-me a receita de como matá-las. Que misturasse em b) pretérito (passado): a ação transcorreu num momento
partes iguais açúcar, farinha e gesso. A farinha e o açúcar as anterior àquele em que se fala:
atrairiam, o gesso esturricaria dentro elas. Assim fiz. Morre- Fechei os olhos, agitei a cabeça.
ram.” c) futuro: a ação poderá ocorrer após o momento em que se
(Clarice Lispector) fala:
Fecharei os olhos, agitarei a cabeça.
Essas palavras são verbos. O verbo também pode ex- O pretérito e o futuro admitem subdivisões, o que não
primir: ocorre com o presente.
a) Estado:
Não sou alegre nem sou triste. Veja o esquema dos tempos simples em português:
Sou poeta. Presente (falo)
b) Mudança de estado: INDICATIVO Pretérito perfeito ( falei)
Meu avô foi buscar ouro. Imperfeito (falava)
Mas o ouro virou terra. Mais- que-perfeito (falara)
c) Fenômeno: Futuro do presente (falarei)
Chove. O céu dorme. do pretérito (falaria)
Presente (fale)
VERBO é a palavra variável que exprime ação, estado, SUBJUNTIVO Pretérito imperfeito (falasse)
mudança de estado e fenômeno, situando-se no tempo. Futuro (falar)

FLEXÕES Há ainda três formas que não exprimem exatamente o


O verbo é a classe de palavras que apresenta o maior tempo em que se dá o fato expresso. São as formas nomi-
número de flexões na língua portuguesa. Graças a isso, uma nais, que completam o esquema dos tempos simples.
forma verbal pode trazer em si diversas informações. A for- Infinitivo impessoal (falar)
ma CANTÁVAMOS, por exemplo, indica: Pessoal (falar eu, falares tu, etc.)
• a ação de cantar. FORMAS NOMINAIS Gerúndio (falando)
• a pessoa gramatical que pratica essa ação (nós). Particípio (falado)
• o número gramatical (plural). 5. VOZ: o sujeito do verbo pode ser:
• o tempo em que tal ação ocorreu (pretérito). a) agente do fato expresso.
• o modo como é encarada a ação: um fato realmente O carroceiro disse um palavrão.
acontecido no passado (indicativo). (sujeito agente)
• que o sujeito pratica a ação (voz ativa). O verbo está na voz ativa.
b) paciente do fato expresso:
Portanto, o verbo flexiona-se em número, pessoa, modo, Um palavrão foi dito pelo carroceiro.
tempo e voz. (sujeito paciente)
1. NÚMERO: o verbo admite singular e plural: O verbo está na voz passiva.
O menino olhou para o animal com olhos alegres. (singu- c) agente e paciente do fato expresso:
lar). O carroceiro machucou-se.
Os meninos olharam para o animal com olhos alegres. (sujeito agente e paciente)
(plural). O verbo está na voz reflexiva.
2. PESSOA: servem de sujeito ao verbo as três pessoas 6. FORMAS RIZOTÔNICAS E ARRIZOTÔNICAS: dá-se o
gramaticais: nome de rizotônica à forma verbal cujo acento tônico está
1ª pessoa: aquela que fala. Pode ser no radical.
a) do singular - corresponde ao pronome pessoal EU. Ex.: Falo - Estudam.
Eu adormeço. Dá-se o nome de arrizotônica à forma verbal cujo acento
b) do plural - corresponde ao pronome pessoal NÓS. Ex.: tônico está fora do radical.

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Falamos - Estudarei. negativas e seguido de infinitivo):
7. CLASSIFICACÃO DOS VERBOS: os verbos classificam- Em pontos de ciência não há transigir.
se em: Não há contê-lo, então, no ímpeto.
a) regulares - são aqueles que possuem as desinências Não havia descrer na sinceridade de ambos.
normais de sua conjugação e cuja flexão não provoca al- Mas olha, Tomásia, que não há fiar nestas afeiçõezinhas.
terações no radical: canto - cantei - cantarei – cantava - E não houve convencê-lo do contrário.
cantasse. Não havia por que ficar ali a recriminar-se.
b) irregulares - são aqueles cuja flexão provoca alterações
no radical ou nas desinências: faço - fiz - farei - fizesse. Como impessoal o verbo HAVER forma ainda a locução
c) defectivos - são aqueles que não apresentam conjugação adverbial de há muito (= desde muito tempo, há muito tem-
completa, como por exemplo, os verbos falir, abolir e os po):
verbos que indicam fenômenos naturais, como CHOVER, De há muito que esta árvore não dá frutos.
TROVEJAR, etc. De há muito não o vejo.
d) abundantes - são aqueles que possuem mais de uma
forma com o mesmo valor. Geralmente, essa caracterís- O verbo HAVER transmite a sua impessoalidade aos
tica ocorre no particípio: matado - morto - enxugado - en- verbos que com ele formam locução, os quais, por isso,
xuto. permanecem invariáveis na 3ª pessoa do singular:
e) anômalos - são aqueles que incluem mais de um radical Vai haver eleições em outubro.
em sua conjugação. Começou a haver reclamações.
verbo ser: sou - fui Não pode haver umas sem as outras.
verbo ir: vou - ia Parecia haver mais curiosos do que interessados.
Mas haveria outros defeitos, devia haver outros.
QUANTO À EXISTÊNCIA OU NÃO DO SUJEITO
A expressão correta é HAJA VISTA, e não HAJA VISTO.
1. Pessoais: são aqueles que se referem a qualquer sujeito
Pode ser construída de três modos:
implícito ou explícito. Quase todos os verbos são pesso-
Hajam vista os livros desse autor.
ais.
Haja vista os livros desse autor.
O Nino apareceu na porta.
Haja vista aos livros desse autor.
2. Impessoais: são aqueles que não se referem a qualquer
sujeito implícito ou explícito. São utilizados sempre na 3ª
pessoa. São impessoais: CONVERSÃO DA VOZ ATIVA NA PASSIVA
a) verbos que indicam fenômenos meteorológicos: chover, Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar subs-
nevar, ventar, etc. tancialmente o sentido da frase.
Garoava na madrugada roxa. Exemplo:
b) HAVER, no sentido de existir, ocorrer, acontecer: Gutenberg inventou a imprensa. (voz ativa)
Houve um espetáculo ontem. A imprensa foi inventada por Gutenberg. (voz passiva)
Há alunos na sala.
Havia o céu, havia a terra, muita gente e mais Anica com Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o
seus olhos claros. sujeito da ativa passará a agente da passiva e o verbo as-
c) FAZER, indicando tempo decorrido ou fenômeno meteo- sumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo.
rológico.
Fazia dois anos que eu estava casado. Outros exemplos:
Faz muito frio nesta região? Os calores intensos provocam as chuvas.
As chuvas são provocadas pelos calores intensos.
O VERBO HAVER (empregado impessoalmente) Eu o acompanharei.
Ele será acompanhado por mim.
O verbo haver é impessoal - sendo, portanto, usado inva-
Todos te louvariam.
riavelmente na 3ª pessoa do singular - quando significa:
Serias louvado por todos.
1) EXISTIR
Prejudicaram-me.
Há pessoas que nos querem bem.
Fui prejudicado.
Criaturas infalíveis nunca houve nem haverá.
Condenar-te-iam.
Brigavam à toa, sem que houvesse motivos sérios.
Serias condenado.
Livros, havia-os de sobra; o que faltava eram leitores.
2) ACONTECER, SUCEDER
EMPREGO DOS TEMPOS VERBAIS
Houve casos difíceis na minha profissão de médico.
a) Presente
Não haja desavenças entre vós.
Emprega-se o presente do indicativo para assinalar:
Naquele presídio havia frequentes rebeliões de presos.
- um fato que ocorre no momento em que se fala.
3) DECORRER, FAZER, com referência ao tempo passado:
Eles estudam silenciosamente.
Há meses que não o vejo.
Eles estão estudando silenciosamente.
Haverá nove dias que ele nos visitou.
- uma ação habitual.
Havia já duas semanas que Marcos não trabalhava.
Corra todas as manhãs.
O fato aconteceu há cerca de oito meses.
- uma verdade universal (ou tida como tal):
Quando pode ser substituído por FAZIA, o verbo HAVER
O homem é mortal.
concorda no pretérito imperfeito, e não no presente:
A mulher ama ou odeia, não há outra alternativa.
Havia (e não HÁ) meses que a escola estava fechada.
- fatos já passados. Usa-se o presente em lugar do pretéri-
Morávamos ali havia (e não HÁ) dois anos.
to para dar maior realce à narrativa.
Ela conseguira emprego havia (e não HÁ) pouco tempo.
Em 1748, Montesquieu publica a obra "O Espírito das
Havia (e não HÁ) muito tempo que a policia o procurava.
Leis".
4) REALIZAR-SE
É o chamado presente histórico ou narrativo.
Houve festas e jogos.
- fatos futuros não muito distantes, ou mesmo incertos:
Se não chovesse, teria havido outros espetáculos.
Amanhã vou à escola.
Todas as noites havia ensaios das escolas de samba.
Qualquer dia eu te telefono.
5) Ser possível, existir possibilidade ou motivo (em frases
b) Pretérito Imperfeito
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Emprega-se o pretérito imperfeito do indicativo para de- INDICATIVO
signar:
- um fato passado contínuo, habitual, permanente: SER ESTAR TER HAVER
Ele andava à toa. PRESENTE
Nós vendíamos sempre fiado. sou estou tenho hei
- um fato passado, mas de incerta localização no tempo. É és estás tens hás
é está tem há
o que ocorre por exemplo, no inicio das fábulas, lendas, somos estamos temos havemos
histórias infantis. sois estais tendes haveis
Era uma vez... são estão têm hão
- um fato presente em relação a outro fato passado. PRETÉRITO PERFEITO
Eu lia quando ele chegou. era estava tinha havia
eras estavas tinhas havias
c) Pretérito Perfeito era estava tinha havia
Emprega-se o pretérito perfeito do indicativo para referir éramos estávamos tínhamos havíamos
um fato já ocorrido, concluído. éreis estáveis tínheis havíes
Estudei a noite inteira. eram estavam tinham haviam
Usa-se a forma composta para indicar uma ação que se PRETÉRITO PERFEITO SIMPLES
fui estive tive houve
prolonga até o momento presente. foste estiveste tiveste houveste
Tenho estudado todas as noites. foi esteve teve houve
d) Pretérito mais-que-perfeito fomos estivemos tivemos houvemos
Chama-se mais-que-perfeito porque indica uma ação fostes estivestes tivestes houvestes
foram estiveram tiveram houveram
passada em relação a outro fato passado (ou seja, é o
PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO
passado do passado): tenho sido tenho estado tenho tido tenho havido
A bola já ultrapassara a linha quando o jogador a alcan- tens sido tens estado tens tido tens havido
çou. tem sido tem estado tem tido tem havido
e) Futuro do Presente temos sido temos estado temos tido temos havido
tendes sido tendes estado tendes tido tendes havido
Emprega-se o futuro do presente do indicativo para apon-
têm sido têm estado têm tido têm havido
tar um fato futuro em relação ao momento em que se fa- PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO SIMPLES
la. fora estivera tivera houvera
Irei à escola. foras estiveras tiveras houveras
f) Futuro do Pretérito fora estivera tivera houvera
fôramos estivéramos tivéramos houvéramos
Emprega-se o futuro do pretérito do indicativo para assi- fôreis estivéreis tivéreis houvéreis
nalar: foram estiveram tiveram houveram
- um fato futuro, em relação a outro fato passado. PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO
- Eu jogaria se não tivesse chovido. tinha, tinhas, tinha, tínhamos, tínheis, tinham (+sido, estado, tido , havido)
- um fato futuro, mas duvidoso, incerto. FUTURO DO PRESENTE SIMPLES
serei estarei terei haverei
- Seria realmente agradável ter de sair? serás estarás terás haverá
Um fato presente: nesse caso, o futuro do pretérito indica será estará terá haverá
polidez e às vezes, ironia. seremos estaremos teremos haveremos
- Daria para fazer silêncio?! sereis estareis tereis havereis
serão estarão terão haverão
FUTURO DO PRESENTE COMPOSTO
Modo Subjuntivo terei, terás, terá, teremos, tereis, terão, (+sido, estado, tido, havido)
a) Presente FUTURO DO
Emprega-se o presente do subjuntivo para mostrar: PRETÉRITO
- um fato presente, mas duvidoso, incerto. SIMPLES
seria estaria teria haveria
Talvez eles estudem... não sei. serias estarias terias haverias
- um desejo, uma vontade: seria estaria teria haveria
Que eles estudem, este é o desejo dos pais e dos pro- seríamos estaríamos teríamos haveríamos
fessores. serieis estaríeis teríeis haveríeis
seriam estariam teriam haveriam
b) Pretérito Imperfeito
FUTURO DO PRETÉRITO COMPOSTO
Emprega-se o pretérito imperfeito do subjuntivo para teria, terias, teria, teríamos, teríeis, teriam (+ sido, estado, tido, havido)
indicar uma hipótese, uma condição. PRESENTE SUBJUNTIVO
Se eu estudasse, a história seria outra. seja esteja tenha haja
Nós combinamos que se chovesse não haveria jogo. sejas estejas tenhas hajas
seja esteja tenha haja
e) Pretérito Perfeito sejamos estejamos tenhamos hajamos
Emprega-se o pretérito perfeito composto do subjuntivo sejais estejais tenhais hajais
para apontar um fato passado, mas incerto, hipotético, sejam estejam tenham hajam
duvidoso (que são, afinal, as características do modo PRETÉRITO IMPERFEITO SIMPLES
subjuntivo). fosse estivesse tivesse houvesse
fosses estivesses tivesses houvesses
Que tenha estudado bastante é o que espero. fosse estivesse tivesse houvesse
d) Pretérito Mais-Que-Perfeito - Emprega-se o pretérito fôssemos estivéssemos tivéssemos houvéssemos
mais-que-perfeito do subjuntivo para indicar um fato pas- fôsseis estivésseis tivésseis houvésseis
sado em relação a outro fato passado, sempre de acordo fossem estivessem tivessem houvessem
com as regras típicas do modo subjuntivo: PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO
tenha, tenhas, tenha, tenhamos, tenhais, tenham (+ sido, estado, tido,
Se não tivéssemos saído da sala, teríamos terminado a havido)
prova tranquilamente. PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO
e) Futuro tivesse, tivesses, tivesses, tivéssemos, tivésseis, tivessem ( + sido,
Emprega-se o futuro do subjuntivo para indicar um fato estado, tido, havido)
FUTURO SIM-
futuro já concluído em relação a outro fato futuro. PLES
Quando eu voltar, saberei o que fazer. se eu for se eu estiver se eu tiver se eu houver
se tu fores se tu estiveres se tu tiveres se tu houveres
se ele for se ele estiver se ele tiver se ele houver
VERBOS AUXILIARES se nós formos se nós estiver- se nós tivermos se nós hou-
mos vermos

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se vós fordes se vós estiver- se vós tiverdes se vós houver- FUTURO DO PRETÉRITO SIMPLES
des des cantaria venderia partiria
se eles forem se eles estive- se eles tiverem se eles houve- cantarias venderias partirias
rem rem cantaria venderia partiria
FUTURO COMPOSTO cantaríamos venderíamos partiríamos
tiver, tiveres, tiver, tivermos, tiverdes, tiverem (+sido, estado, tido, havido) cantaríeis venderíeis partiríeis
AFIRMATIVO IMPERATIVO cantariam venderiam partiriam
sê tu está tu tem tu há tu FUTURO DO PRETÉRITO COMPOSTO
seja você esteja você tenha você haja você teria, terias, teria, teríamos, teríeis, teriam (+ cantado, vendido, partido)
sejamos nós estejamos nós tenhamos nós hajamos nós FUTURO DO PRETÉRITO COMPOSTO
sede vós estai vós tende vós havei vós teria, terias, teria, teríamos, teríeis, teriam, (+ cantado, vendido, partido)
sejam vocês estejam vocês tenham vocês hajam vocês Obs.: também se conjugam com o auxiliar haver.
NEGATIVO PRESENTE SUBJUNTIVO
não sejas tu não estejas tu não tenhas tu não hajas tu cante venda parta
não seja você não esteja você não tenha você não haja você cantes vendas partas
não sejamos nós não estejamos não tenhamos não hajamos cante venda parta
nós nós nós cantemos vendamos partamos
não sejais vós não estejais não tenhais vós não hajais vós canteis vendais partais
vós cantem vendam partam
não sejam vocês não estejam não tenham não hajam PRETÉRITO IMPERFEI-
vocês vocês vocês TO
IMPESSOAL INFINITIVO cantasse vendesse partisse
ser estar ter haver cantasses vendesses partisses
IMPESSOAL COMPOSTO cantasse vendesse partisse
Ter sido ter estado ter tido ter havido cantássemos vendêssemos partíssemos
PESSOAL cantásseis vendêsseis partísseis
ser estar ter haver cantassem vendessem partissem
seres estares teres haveres PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO
ser estar ter haver tenha, tenhas, tenha, tenhamos, tenhais, tenham (+ cantado, vendido,
sermos estarmos termos havermos partido)
serdes estardes terdes haverdes Obs.: também se conjugam com o auxiliar haver.
serem estarem terem haverem FUTURO SIMPLES
SIMPLES GERÚNDIO cantar vender partir
sendo estando tendo havendo cantares venderes partires
COMPOSTO cantar vender partir
tendo sido tendo estado tendo tido tendo havido cantarmos vendermos partimos
PARTICÍPIO cantardes venderdes partirdes
sido estado tido havido cantarem venderem partirem
FUTURO COMPOSTO
CONJUGAÇÕES VERBAIS tiver, tiveres, tiver, tivermos, tiverdes, tiverem (+ cantado, vendido, par-
tido)
AFIRMATIVO IMPERATIVO
INDICATIVO canta vende parte
cante venda parta
PRESENTE
cantemos vendamos partamos
canto vendo parto
cantai vendei parti
cantas vendes partes
cantem vendam partam
canta vende parte
NEGATIVO
cantamos vendemos partimos
não cantes não vendas não partas
cantais vendeis partis
não cante não venda não parta
cantam vendem partem
não cantemos não vendamos não partamos
PRETÉRITO IMPERFEITO
não canteis não vendais não partais
cantava vendia partia
não cantem não vendam não partam
cantavas vendias partias
cantava vendia partia
cantávamos vendíamos partíamos
cantáveis vendíeis partíeis
INFINITIVO IMPESSOAL SIMPLES
cantavam vendiam partiam
PRETÉRITO PERFEITO SIMPLES PRESENTE
cantei vendi parti cantar vender partir
cantaste vendeste partiste INFINITIVO PESSOAL SIMPLES - PRESENTE FLEXIONADO
cantou vendeu partiu cantar vender partir
cantamos vendemos partimos cantares venderes partires
cantastes vendestes partistes cantar vender partir
cantaram venderam partiram cantarmos vendermos partirmos
PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO cantardes venderdes partirdes
tenho, tens, tem, temos, tendes, têm (+ cantado, vendido, partido) cantarem venderem partirem
PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO SIMPLES INFINITIVO IMPESSOAL COMPOSTO - PRETÉRITO IMPESSOAL
cantara vendera partira ter (ou haver), cantado, vendido, partido
cantaras venderas partiras INFINITIVO PESSOAL COMPOSTO - PRETÉRITO PESSOAL
cantara vendera partira ter, teres, ter, termos, terdes, terem (+ cantado, vendido, partido)
cantáramos vendêramos partíramos GERÚNDIO SIMPLES - PRESENTE
cantáreis vendêreis partíreis cantando vendendo partindo
cantaram venderam partiram GERÚNDIO COMPOSTO - PRETÉRITO
PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO tendo (ou havendo), cantado, vendido, partido
tinha, tinhas, tinha, tínhamos, tínheis, tinham (+ cantando, vendido, PARTICÍPIO
partido) cantado vendido partido
Obs.: Também se conjugam com o auxiliar haver.
FUTURO DO PRESENTE SIMPLES
cantarei venderei partirei Formação dos tempos compostos
cantarás venderás partirás
cantará venderá partirá
cantaremos venderemos partiremos Com os verbos ter ou haver
cantareis vendereis partireis Da Página 3 Pedagogia & Comunicação
cantarão venderão partirão Entre os tempos compostos da voz ativa merecem realce
FUTURO DO PRESENTE COMPOSTO particular aqueles que são constituídos de formas do verbo
terei, terás, terá, teremos, tereis, terão (+ cantado, vendido, partido)
Obs.: Também se conjugam com o auxiliar haver. ter (ou, mais raramente, haver) com o particípio do verbo

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que se quer conjugar, porque é costume incluí-los nos pró- tiverem cantado tiverem vendido tiverem partido
prios paradigmas de conjugação:

MODO INDICATIVO FORMAS NOMINAIS

1) PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO. Formado do PRE- 1) INFINITIVO IMPESSOAL COMPOSTO (PRETÉRITO IM-
SENTE DO INDICATIVO do verbo ter com o PARTICÍPIO do PESSOAL). Formado do INFINITIVO IMPESSOAL do verbo
verbo principal: ter (ou haver) com o PARTICÍPIO do verbo principal:

tenho cantado tenho vendido tenho partido ter cantado ter vendido ter partido
tens cantado tens vendido tens partido
tem cantado tem vendido tem partido 2) INFINITIVO PESSOAL COMPOSTO (OU PRETÉRITO
temos cantado temos vendido temos partido PESSOAL). Formado do INFINITIVO PESSOAL do verbo
tendes cantado tendes vendido tendes partido ter (ou haver) com o PARTICÍPIO do verbo principal:
têm cantado têm vendido têm partido
ter cantado ter vendido ter partido
2) PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO. Forma- teres cantado teres vendido teres partido
do do IMPERFEITO DO INDICATIVO do verbo ter. (ou ter cantado ter vendido ter partido
haver) com o PARTICÍPIO do verbo principal: termos cantado termos vendido termos partido
terdes cantado terdes vendido terdes partido
tinha cantado tinha vendido tinha partido terem cantado terem vendido terem partido
tinhas cantado tinhas vendido tinhas .partido
tinha cantado tinha vendido tinha partido 3) GERÚNDIO COMPOSTO (PRETÉRITO). Formado do
tínhamos cantado tínhamos vendido tínhamos partido GERÚNDIO do verbo ter (ou haver) com o PARTICÍPIO do
tínheis cantado tínheis vendido tínheis partido verbo principal:
tinham cantado tinham vendido tinham partido
tendo cantado tendo vendido tendo partido
3) FUTURO DO PRESENTE COMPOSTO. Formado do
Fonte: Nova Gramática do Português Contemporâneo, Celso
FUTURO DO PRESENTE SIMPLES do verbo ter (ou haver)
Cunha e Lindley Cintra, Editora Nova Fronteira, 2ª edição, 29ª
com o PARTICÍPIO do verbo principal:
impressão.
terei cantado terei vendido terei partido
terás cantado terás vendido terás, partido
terá cantado terá vendido terá partido VERBOS IRREGULARES
teremos cantado teremos vendido teremos partido
tereis cantado tereis vendido tereis , partido DAR
Presente do indicativo dou, dás, dá, damos, dais, dão
terão cantado terão vendido terão partido
Pretérito perfeito dei, deste, deu, demos, destes, deram
Pretérito mais-que-perfeito dera, deras, dera, déramos, déreis, deram
4) FUTURO DO PRETÉRITO COMPOSTO. Formado do Presente do subjuntivo dê, dês, dê, demos, deis, dêem
FUTURO DO PRETÉRITO SIMPLES do verbo ter (ou haver) Imperfeito do subjuntivo desse, desses, desse, déssemos, désseis,
com o PARTICÍPIO do verbo principal: dessem
Futuro do subjuntivo der, deres, der, dermos, derdes, derem
teria cantado teria vendido teria partido
terias cantado terias vendido terias partido MOBILIAR
teria cantado teria vendido teria partido Presente do indicativo mobilio, mobílias, mobília, mobiliamos, mobiliais, mobi-
teríamos cantado teríamos vendido teríamos partido liam
Presente do subjuntivo mobilie, mobilies, mobílie, mobiliemos,
teríeis cantado teríeis vendido teríeis partido mobilieis, mobiliem
teriam cantado teriam vendido teriam partido Imperativo mobília, mobilie, mobiliemos, mobiliai, mobiliem
MODO SUBJUNTIVO AGUAR
Presente do indicativo águo, águas, água, aguamos, aguais, águam
1) PRETÉRITO PERFEITO. Formado do PRESENTE DO Pretérito perfeito aguei, aguaste, aguou, aguamos, aguastes, aguaram
SUBJUNTIVO do verbo ter (ou haver) com o PARTICÍPIO Presente do subjuntivo águe, agues, ague, aguemos, agueis,
do verbo principal: águem

tenha cantado tenha vendido tenha MAGOAR


tenhas cantado tenhas vendido tenhas partido Presente do indicativo magoo, magoas, magoa, magoamos, magoais, mago-
am
tenha cantado tenha vendido tenha partido
Pretérito perfeito magoei, magoaste, magoou, magoamos, magoastes,
tenhamos cantado tenhamos vendido tenhamos partido magoaram
tenhais cantado tenhais vendido tenhais partido Presente do subjuntivo magoe, magoes, magoe, magoemos,
tenham cantado vendido tenham partido magoeis, magoem
Conjugam-se como magoar, abençoar, abotoar, caçoar, voar e perdoar
2) PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO. Formado do IMPER-
FEITO DO SUBJUNTIVO do verbo ter (ou haver) com o APIEDAR-SE
PARTICÍPIO do verbo principal: Presente do indicativo: apiado-me, apiadas-te, apiada-se, apieda-
mo-nos, apiedais-vos, apiadam-se
tivesse cantado tivesse vendido tivesse partido Presente do subjuntivo apiade-me, apiades-te, apiade-se, apiede-
mo-nos, apiedei-vos, apiedem-se
tivesses cantado tivesses vendido tivesses partido
Nas formas rizotônicas, o E do radical é substituído por A
tivesse cantado tivesse vendido tivesse partido
tivéssemos canta- tivéssemos vendi- tivéssemos partido MOSCAR
do do tivésseis partido Presente do indicativo musco, muscas, musca, moscamos, moscais, muscam
tivésseis cantado tivésseis vendido tivessem partido Presente do subjuntivo musque, musques, musque, mosquemos,
tivessem cantado tivessem vendido mosqueis, musquem
Nas formas rizotônicas, o O do radical é substituído por U
3) FUTURO COMPOSTO. Formado do FUTURO SIMPLES
DO SUBJUNTIVO do verbo ter (ou haver) com o PARTICÍ- RESFOLEGAR
Presente do indicativo resfolgo, resfolgas, resfolga, resfolegamos, resfolegais,
PIO do verbo principal: resfolgam
Presente do subjuntivo resfolgue, resfolgues, resfolgue, resfolegue-
tiver cantado tiver vendido tiver partido mos, resfolegueis, resfolguem
tiveres cantado tiveres vendido tiveres partido Nas formas rizotônicas, o E do radical desaparece
tiver cantado tiver vendido tiver partido
tivermos cantado tivermos vendido tivermos partido NOMEAR
tiverdes cantado tiverdes vendido tiverdes partido Presente da indicativo nomeio, nomeias, nomeia, nomeamos, nomeais, no-

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meiam pudessem
Pretérito imperfeito nomeava, nomeavas, nomeava, nomeávamos, nomeá- Futuro puder, puderes, puder, pudermos, puderdes, puderem
veis, nomeavam Infinitivo pessoal pode, poderes, poder, podermos, poderdes, poderem
Pretérito perfeito nomeei, nomeaste, nomeou, nomeamos, nomeastes, Gerúndio podendo
nomearam Particípio podido
Presente do subjuntivo nomeie, nomeies, nomeie, nomeemos, O verbo PODER não se apresenta conjugado nem no imperativo afirmativo
nomeeis, nomeiem nem no imperativo negativo
Imperativo afirmativo nomeia, nomeie, nomeemos, nomeai, nomeiem
Conjugam-se como nomear, cear, hastear, peritear, recear, passear PROVER
Presente do indicativo provejo, provês, provê, provemos, provedes, provêem
COPIAR Pretérito imperfeito provia, provias, provia, províamos, províeis, proviam
Presente do indicativo copio, copias, copia, copiamos, copiais, copiam Pretérito perfeito provi, proveste, proveu, provemos, provestes, proveram
Pretérito imperfeito copiei, copiaste, copiou, copiamos, copiastes, copiaram Pretérito mais-que-perfeito provera, proveras, provera, provêramos,
Pretérito mais-que-perfeito copiara, copiaras, copiara, copiáramos, provêreis, proveram
copiáreis, copiaram Futuro do presente proverei, proverás, proverá, proveremos, provereis,
Presente do subjuntivo copie, copies, copie, copiemos, copieis, proverão
copiem Futuro do pretérito proveria, proverias, proveria, proveríamos, proveríeis,
Imperativo afirmativo copia, copie, copiemos, copiai, copiem proveriam
Imperativo provê, proveja, provejamos, provede, provejam
ODIAR Presente do subjuntivo proveja, provejas, proveja, provejamos,
Presente do indicativo odeio, odeias, odeia, odiamos, odiais, odeiam provejais. provejam
Pretérito imperfeito odiava, odiavas, odiava, odiávamos, odiáveis, odiavam Pretérito imperfeito provesse, provesses, provesse, provêssemos, provês-
Pretérito perfeito odiei, odiaste, odiou, odiamos, odiastes, odiaram seis, provessem
Pretérito mais-que-perfeito odiara, odiaras, odiara, odiáramos, odiáreis, Futuro prover, proveres, prover, provermos, proverdes, prove-
odiaram rem
Presente do subjuntivo odeie, odeies, odeie, odiemos, odieis, Gerúndio provendo
odeiem Particípio provido
Conjugam-se como odiar, mediar, remediar, incendiar, ansiar
QUERER
CABER Presente do indicativo quero, queres, quer, queremos, quereis, querem
Presente do indicativo caibo, cabes, cabe, cabemos, cabeis, cabem Pretérito perfeito quis, quiseste, quis, quisemos, quisestes, quiseram
Pretérito perfeito coube, coubeste, coube, coubemos, coubestes, coube- Pretérito mais-que-perfeito quisera, quiseras, quisera, quiséramos,
ram quiséreis, quiseram
Pretérito mais-que-perfeito coubera, couberas, coubera, coubéramos, Presente do subjuntivo queira, queiras, queira, queiramos, queirais,
coubéreis, couberam queiram
Presente do subjuntivo caiba, caibas, caiba, caibamos, caibais, Pretérito imperfeito quisesse, quisesses, quisesse, quiséssemos quisés-
caibam seis, quisessem
Imperfeito do subjuntivo coubesse, coubesses, coubesse, coubés- Futuro quiser, quiseres, quiser, quisermos, quiserdes, quise-
semos, coubésseis, coubessem rem
Futuro do subjuntivo couber, couberes, couber, coubermos, couberdes,
couberem REQUERER
O verbo CABER não se apresenta conjugado nem no imperativo afirmativo Presente do indicativo requeiro, requeres, requer, requeremos, requereis.
nem no imperativo negativo requerem
Pretérito perfeito requeri, requereste, requereu, requeremos, requereste,
CRER requereram
Presente do indicativo creio, crês, crê, cremos, credes, crêem Pretérito mais-que-perfeito requerera, requereras, requerera, requere-
Presente do subjuntivo creia, creias, creia, creiamos, creiais, creiam ramos, requerereis, requereram
Imperativo afirmativo crê, creia, creiamos, crede, creiam Futuro do presente requererei, requererás requererá, requereremos, reque-
Conjugam-se como crer, ler e descrer rereis, requererão
Futuro do pretérito requereria, requererias, requereria, requereríamos,
DIZER requereríeis, requereriam
Presente do indicativo digo, dizes, diz, dizemos, dizeis, dizem Imperativo requere, requeira, requeiramos, requerer, requeiram
Pretérito perfeito disse, disseste, disse, dissemos, dissestes, disseram Presente do subjuntivo requeira, requeiras, requeira, requeiramos,
Pretérito mais-que-perfeito dissera, disseras, dissera, disséramos, requeirais, requeiram
disséreis, disseram Pretérito Imperfeito requeresse, requeresses, requeresse, requerêssemos,
Futuro do presente direi, dirás, dirá, diremos, direis, dirão requerêsseis, requeressem,
Futuro do pretérito diria, dirias, diria, diríamos, diríeis, diriam Futuro requerer, requereres, requerer, requerermos, requerer-
Presente do subjuntivo diga, digas, diga, digamos, digais, digam des, requerem
Pretérito imperfeito dissesse, dissesses, dissesse, disséssemos, dissés- Gerúndio requerendo
seis, dissesse Particípio requerido
Futuro disser, disseres, disser, dissermos, disserdes, disserem O verbo REQUERER não se conjuga como querer.
Particípio dito
Conjugam-se como dizer, bendizer, desdizer, predizer, maldizer REAVER
Presente do indicativo reavemos, reaveis
FAZER Pretérito perfeito reouve, reouveste, reouve, reouvemos, reouvestes,
Presente do indicativo faço, fazes, faz, fazemos, fazeis, fazem reouveram
Pretérito perfeito fiz, fizeste, fez, fizemos fizestes, fizeram Pretérito mais-que-perfeito reouvera, reouveras, reouvera, reouvéramos, reouvé-
Pretérito mais-que-perfeito fizera, fizeras, fizera, fizéramos, fizéreis, reis, reouveram
fizeram Pretérito imperf. do subjuntivo reouvesse, reouvesses, reouvesse, reouvés-
Futuro do presente farei, farás, fará, faremos, fareis, farão semos, reouvésseis, reouvessem
Futuro do pretérito faria, farias, faria, faríamos, faríeis, fariam Futuro reouver, reouveres, reouver, reouvermos, reouverdes,
Imperativo afirmativo faze, faça, façamos, fazei, façam reouverem
Presente do subjuntivo faça, faças, faça, façamos, façais, façam O verbo REAVER conjuga-se como haver, mas só nas formas em que esse
Imperfeito do subjuntivo fizesse, fizesses, fizesse, fizéssemos, apresenta a letra v
fizésseis, fizessem
Futuro do subjuntivo fizer, fizeres, fizer, fizermos, fizerdes, fizerem SABER
Conjugam-se como fazer, desfazer, refazer satisfazer Presente do indicativo sei, sabes, sabe, sabemos, sabeis, sabem
Pretérito perfeito soube, soubeste, soube, soubemos, soubestes, soube-
PERDER ram
Presente do indicativo perco, perdes, perde, perdemos, perdeis, perdem Pretérito mais-que-perfeito soubera, souberas, soubera, soubéramos,
Presente do subjuntivo perca, percas, perca, percamos, percais. soubéreis, souberam
percam Pretérito imperfeito sabia, sabias, sabia, sabíamos, sabíeis, sabiam
Imperativo afirmativo perde, perca, percamos, perdei, percam Presente do subjuntivo soubesse, soubesses, soubesse, soubés-
semos, soubésseis, soubessem
PODER Futuro souber, souberes, souber, soubermos, souberdes,
Presente do Indicativo posso, podes, pode, podemos, podeis, podem souberem
Pretérito Imperfeito podia, podias, podia, podíamos, podíeis, podiam
Pretérito perfeito pude, pudeste, pôde, pudemos, pudestes, puderam VALER
Pretérito mais-que-perfeito pudera, puderas, pudera, pudéramos, Presente do indicativo valho, vales, vale, valemos, valeis, valem
pudéreis, puderam Presente do subjuntivo valha, valhas, valha, valhamos, valhais,
Presente do subjuntivo possa, possas, possa, possamos, possais, valham
possam Imperativo afirmativo vale, valha, valhamos, valei, valham
Pretérito imperfeito pudesse, pudesses, pudesse, pudéssemos, pudésseis,

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TRAZER Imperativo mente, minta, mintamos, menti, mintam
Presente do indicativo trago, trazes, traz, trazemos, trazeis, trazem Conjugam-se como MENTIR: sentir, cerzir, competir, consentir, pressentir.
Pretérito imperfeito trazia, trazias, trazia, trazíamos, trazíeis, traziam
Pretérito perfeito trouxe, trouxeste, trouxe, trouxemos, trouxestes, trouxe- FUGIR
ram Presente do indicativo fujo, foges, foge, fugimos, fugis, fogem
Pretérito mais-que-perfeito trouxera, trouxeras, trouxera, trouxéramos, Imperativo foge, fuja, fujamos, fugi, fujam
trouxéreis, trouxeram Presente do subjuntivo fuja, fujas, fuja, fujamos, fujais, fujam
Futuro do presente trarei, trarás, trará, traremos, trareis, trarão
Futuro do pretérito traria, trarias, traria, traríamos, traríeis, trariam IR
Imperativo traze, traga, tragamos, trazei, tragam Presente do indicativo vou, vais, vai, vamos, ides, vão
Presente do subjuntivo traga, tragas, traga, tragamos, tragais, Pretérito imperfeito ia, ias, ia, íamos, íeis, iam
tragam Pretérito perfeito fui, foste, foi, fomos, fostes, foram
Pretérito imperfeito trouxesse, trouxesses, trouxesse, trouxéssemos, Pretérito mais-que-perfeito fora, foras, fora, fôramos, fôreis, foram
trouxésseis, trouxessem Futuro do presente irei, irás, irá, iremos, ireis, irão
Futuro trouxer, trouxeres, trouxer, trouxermos, trouxerdes, Futuro do pretérito iria, irias, iria, iríamos, iríeis, iriam
trouxerem Imperativo afirmativo vai, vá, vamos, ide, vão
Infinitivo pessoal trazer, trazeres, trazer, trazermos, trazerdes, trazerem Imperativo negativo não vão, não vá, não vamos, não vades, não vão
Gerúndio trazendo Presente do subjuntivo vá, vás, vá, vamos, vades, vão
Particípio trazido Pretérito imperfeito fosse, fosses, fosse, fôssemos, fôsseis, fossem
Futuro for, fores, for, formos, fordes, forem
VER Infinitivo pessoal ir, ires, ir, irmos, irdes, irem
Presente do indicativo vejo, vês, vê, vemos, vedes, vêem Gerúndio indo
Pretérito perfeito vi, viste, viu, vimos, vistes, viram Particípio ido
Pretérito mais-que-perfeito vira, viras, vira, viramos, vireis, viram
Imperativo afirmativo vê, veja, vejamos, vede vós, vejam vocês OUVIR
Presente do subjuntivo veja, vejas, veja, vejamos, vejais, vejam Presente do indicativo ouço, ouves, ouve, ouvimos, ouvis, ouvem
Pretérito imperfeito visse, visses, visse, víssemos, vísseis, vissem Presente do subjuntivo ouça, ouças, ouça, ouçamos, ouçais, ouçam
Futuro vir, vires, vir, virmos, virdes, virem Imperativo ouve, ouça, ouçamos, ouvi, ouçam
Particípio visto Particípio ouvido

ABOLIR PEDIR
Presente do indicativo aboles, abole abolimos, abolis, abolem Presente do indicativo peço, pedes, pede, pedimos, pedis, pedem
Pretérito imperfeito abolia, abolias, abolia, abolíamos, abolíeis, aboliam Pretérito perfeito pedi, pediste, pediu, pedimos, pedistes, pediram
Pretérito perfeito aboli, aboliste, aboliu, abolimos, abolistes, aboliram Presente do subjuntivo peça, peças, peça, peçamos, peçais, peçam
Pretérito mais-que-perfeito abolira, aboliras, abolira, abolíramos, abolí- Imperativo pede, peça, peçamos, pedi, peçam
reis, aboliram Conjugam-se como pedir: medir, despedir, impedir, expedir
Futuro do presente abolirei, abolirás, abolirá, aboliremos, abolireis, abolirão
Futuro do pretérito aboliria, abolirias, aboliria, aboliríamos, aboliríeis, POLIR
aboliriam Presente do indicativo pulo, pules, pule, polimos, polis, pulem
Presente do subjuntivo não há Presente do subjuntivo pula, pulas, pula, pulamos, pulais, pulam
Presente imperfeito abolisse, abolisses, abolisse, abolíssemos, abolísseis, Imperativo pule, pula, pulamos, poli, pulam
abolissem
Futuro abolir, abolires, abolir, abolirmos, abolirdes, abolirem REMIR
Imperativo afirmativo abole, aboli Presente do indicativo redimo, redimes, redime, redimimos, redimis, redimem
Imperativo negativo não há Presente do subjuntivo redima, redimas, redima, redimamos,
Infinitivo pessoal abolir, abolires, abolir, abolirmos, abolirdes, abolirem redimais, redimam
Infinitivo impessoal abolir
Gerúndio abolindo RIR
Particípio abolido Presente do indicativo rio, ris, ri, rimos, rides, riem
O verbo ABOLIR é conjugado só nas formas em que depois do L do radical há Pretérito imperfeito ria, rias, ria, riamos, ríeis, riam
E ou I. Pretérito perfeito ri, riste, riu, rimos, ristes, riram
Pretérito mais-que-perfeito rira, riras, rira, ríramos, rireis, riram
AGREDIR Futuro do presente rirei, rirás, rirá, riremos, rireis, rirão
Presente do indicativo agrido, agrides, agride, agredimos, agredis, agridem Futuro do pretérito riria, ririas, riria, riríamos, riríeis, ririam
Presente do subjuntivo agrida, agridas, agrida, agridamos, agridais, Imperativo afirmativo ri, ria, riamos, ride, riam
agridam Presente do subjuntivo ria, rias, ria, riamos, riais, riam
Imperativo agride, agrida, agridamos, agredi, agridam Pretérito imperfeito risse, risses, risse, ríssemos, rísseis, rissem
Nas formas rizotônicas, o verbo AGREDIR apresenta o E do radical substituí- Futuro rir, rires, rir, rirmos, rirdes, rirem
do por I. Infinitivo pessoal rir, rires, rir, rirmos, rirdes, rirem
Gerúndio rindo
COBRIR Particípio rido
Presente do indicativo cubro, cobres, cobre, cobrimos, cobris, cobrem Conjuga-se como rir: sorrir
Presente do subjuntivo cubra, cubras, cubra, cubramos, cubrais,
cubram VIR
Imperativo cobre, cubra, cubramos, cobri, cubram Presente do indicativo venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm
Particípio coberto Pretérito imperfeito vinha, vinhas, vinha, vínhamos, vínheis, vinham
Conjugam-se como COBRIR, dormir, tossir, descobrir, engolir Pretérito perfeito vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram
Pretérito mais-que-perfeito viera, vieras, viera, viéramos, viéreis, vieram
FALIR Futuro do presente virei, virás, virá, viremos, vireis, virão
Presente do indicativo falimos, falis Futuro do pretérito viria, virias, viria, viríamos, viríeis, viriam
Pretérito imperfeito falia, falias, falia, falíamos, falíeis, faliam Imperativo afirmativo vem, venha, venhamos, vinde, venham
Pretérito mais-que-perfeito falira, faliras, falira, falíramos, falireis, faliram Presente do subjuntivo venha, venhas, venha, venhamos, venhais,
Pretérito perfeito fali, faliste, faliu, falimos, falistes, faliram venham
Futuro do presente falirei, falirás, falirá, faliremos, falireis, falirão Pretérito imperfeito viesse, viesses, viesse, viéssemos, viésseis, viessem
Futuro do pretérito faliria, falirias, faliria, faliríamos, faliríeis, faliriam Futuro vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem
Presente do subjuntivo não há Infinitivo pessoal vir, vires, vir, virmos, virdes, virem
Pretérito imperfeito falisse, falisses, falisse, falíssemos, falísseis, falissem Gerúndio vindo
Futuro falir, falires, falir, falirmos, falirdes, falirem Particípio vindo
Imperativo afirmativo fali (vós) Conjugam-se como vir: intervir, advir, convir, provir, sobrevir
Imperativo negativo não há
Infinitivo pessoal falir, falires, falir, falirmos, falirdes, falirem SUMIR
Gerúndio falindo Presente do indicativo sumo, somes, some, sumimos, sumis, somem
Particípio falido Presente do subjuntivo suma, sumas, suma, sumamos, sumais,
sumam
FERIR Imperativo some, suma, sumamos, sumi, sumam
Presente do indicativo firo, feres, fere, ferimos, feris, ferem Conjugam-se como SUMIR: subir, acudir, bulir, escapulir, fugir, consumir,
Presente do subjuntivo fira, firas, fira, firamos, firais, firam cuspir
Conjugam-se como FERIR: competir, vestir, inserir e seus derivados.

MENTIR ADVÉRBIO
Presente do indicativo minto, mentes, mente, mentimos, mentis, mentem
Presente do subjuntivo minta, mintas, minta, mintamos, mintais,
mintam Advérbio é a palavra que modifica a verbo, o adjetivo ou

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o próprio advérbio, exprimindo uma circunstância. - fracionário - quando indica fracionamento.

Os advérbios dividem-se em: Exemplos:


1) LUGAR: aqui, cá, lá, acolá, ali, aí, aquém, além, algures, Silvia comprou dois livros.
alhures, nenhures, atrás, fora, dentro, perto, longe, adian- Antônio marcou o primeiro gol.
te, diante, onde, avante, através, defronte, aonde, etc. Na semana seguinte, o anel custará o dobro do preço.
2) TEMPO: hoje, amanhã, depois, antes, agora, anteontem, O galinheiro ocupava um quarto da quintal.
sempre, nunca, já, cedo, logo, tarde, ora, afinal, outrora,
então, amiúde, breve, brevemente, entrementes, rara- QUADRO BÁSICO DOS NUMERAIS
mente, imediatamente, etc.
3) MODO: bem, mal, assim, depressa, devagar, como, Algarismos Numerais
debalde, pior, melhor, suavemente, tenazmente, comu- Roma- Arábi- Cardinais Ordinais Multiplicati- Fracionários
mente, etc. nos cos vos
I 1 um primeiro simples -
4) ITENSIDADE: muito, pouco, assaz, mais, menos, tão, II 2 dois segundo duplo meio
bastante, demasiado, meio, completamente, profunda- dobro
mente, quanto, quão, tanto, bem, mal, quase, apenas, III 3 três terceiro tríplice terço
IV 4 quatro quarto quádruplo quarto
etc.
V 5 cinco quinto quíntuplo quinto
5) AFIRMAÇÃO: sim, deveras, certamente, realmente, efe- VI 6 seis sexto sêxtuplo sexto
fivamente, etc. VII 7 sete sétimo sétuplo sétimo
6) NEGAÇÃO: não. VIII 8 oito oitavo óctuplo oitavo
7) DÚVIDA: talvez, acaso, porventura, possivelmente, IX 9 nove nono nônuplo nono
X 10 dez décimo décuplo décimo
quiçá, decerto, provavelmente, etc. XI 11 onze décimo onze avos
primeiro
Há Muitas Locuções Adverbiais XII 12 doze décimo doze avos
segundo
1) DE LUGAR: à esquerda, à direita, à tona, à distância, à XIII 13 treze décimo treze avos
frente, à entrada, à saída, ao lado, ao fundo, ao longo, de terceiro
fora, de lado, etc. XIV 14 quatorze décimo quarto quatorze avos
XV 15 quinze décimo quinto quinze avos
2) TEMPO: em breve, nunca mais, hoje em dia, de tarde, à XVI 16 dezesseis décimo sexto dezesseis
tarde, à noite, às ave-marias, ao entardecer, de manhã, avos
de noite, por ora, por fim, de repente, de vez em quando, XVII 17 dezessete décimo sétimo dezessete
avos
de longe em longe, etc. XVIII 18 dezoito décimo oitavo dezoito avos
3) MODO: à vontade, à toa, ao léu, ao acaso, a contento, a XIX 19 dezenove décimo nono dezenove
esmo, de bom grado, de cor, de mansinho, de chofre, a avos
XX 20 vinte vigésimo vinte avos
rigor, de preferência, em geral, a cada passo, às aves- XXX 30 trinta trigésimo trinta avos
sas, ao invés, às claras, a pique, a olhos vistos, de pro- XL 40 quarenta quadragésimo quarenta avos
pósito, de súbito, por um triz, etc. L 50 cinquenta quinquagési- cinquenta
mo avos
4) MEIO OU INSTRUMENTO: a pau, a pé, a cavalo, a mar- LX 60 sessenta sexagésimo sessenta avos
telo, a máquina, a tinta, a paulada, a mão, a facadas, a LXX 70 setenta septuagésimo setenta avos
picareta, etc. LXXX 80 oitenta octogésimo oitenta avos
5) AFIRMAÇÃO: na verdade, de fato, de certo, etc. XC 90 noventa nonagésimo noventa avos
C 100 cem centésimo centésimo
6) NEGAÇAO: de modo algum, de modo nenhum, em hipó- CC 200 duzentos ducentésimo ducentésimo
tese alguma, etc. CCC 300 trezentos trecentésimo trecentésimo
7) DÚVIDA: por certo, quem sabe, com certeza, etc. CD 400 quatrocen- quadringenté- quadringenté-
tos simo simo
D 500 quinhentos quingentésimo quingentésimo
Advérbios Interrogativos DC 600 seiscentos sexcentésimo sexcentésimo
Onde?, aonde?, donde?, quando?, porque?, como? DCC 700 setecentos septingenté- septingenté-
simo simo
DCCC 800 oitocentos octingentési- octingentési-
Palavras Denotativas mo mo
Certas palavras, por não se poderem enquadrar entre os CM 900 novecentos nongentésimo nongentésimo
M 1000 mil milésimo milésimo
advérbios, terão classificação à parte. São palavras que
denotam exclusão, inclusão, situação, designação, realce,
retificação, afetividade, etc.
Emprego do Numeral
1) DE EXCLUSÃO - só, salvo, apenas, senão, etc. Na sucessão de papas, reis, príncipes, anos, séculos,
2) DE INCLUSÃO - também, até, mesmo, inclusive, etc. capítulos, etc. empregam-se de 1 a 10 os ordinais.
3) DE SITUAÇÃO - mas, então, agora, afinal, etc. João Paulo I I (segundo) ano lll (ano terceiro)
4) DE DESIGNAÇÃO - eis. Luis X (décimo) ano I (primeiro)
5) DE RETIFICAÇÃO - aliás, isto é, ou melhor, ou antes, etc. Pio lX (nono) século lV (quarto)
6) DE REALCE - cá, lá, sã, é que, ainda, mas, etc.
Você lá sabe o que está dizendo, homem... De 11 em diante, empregam-se os cardinais:
Mas que olhos lindos! Leão Xlll (treze) ano Xl (onze)
Veja só que maravilha! Pio Xll (doze) século XVI (dezesseis)
Luis XV (quinze) capitulo XX (vinte)

NUMERAL Se o numeral aparece antes, é lido como ordinal.


XX Salão do Automóvel (vigésimo)
Numeral é a palavra que indica quantidade, ordem, múl- VI Festival da Canção (sexto)
tiplo ou fração. lV Bienal do Livro (quarta)
XVI capítulo da telenovela (décimo sexto)
O numeral classifica-se em:
- cardinal - quando indica quantidade. Quando se trata do primeiro dia do mês, deve-se dar pre-
- ordinal - quando indica ordem. ferência ao emprego do ordinal.
- multiplicativo - quando indica multiplicação. Hoje é primeiro de setembro
Não é aconselhável iniciar período com algarismos
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16 anos tinha Patrícia = Dezesseis anos tinha Patrícia Examinemos estes exemplos:
1º) Tristeza e alegria não moram juntas.
A título de brevidade, usamos constantemente os cardi- 2º) Os livros ensinam e divertem.
nais pelos ordinais. Ex.: casa vinte e um (= a vigésima pri- 3º) Saímos de casa quando amanhecia.
meira casa), página trinta e dois (= a trigésima segunda
página). Os cardinais um e dois não variam nesse caso No primeiro exemplo, a palavra E liga duas palavras da
porque está subentendida a palavra número. Casa número mesma oração: é uma conjunção.
vinte e um, página número trinta e dois. Por isso, deve-se
dizer e escrever também: a folha vinte e um, a folha trinta e No segundo a terceiro exemplos, as palavras E e QUAN-
dois. Na linguagem forense, vemos o numeral flexionado: a DO estão ligando orações: são também conjunções.
folhas vinte e uma a folhas trinta e duas.
Conjunção é uma palavra invariável que liga orações ou
ARTIGO palavras da mesma oração.

No 2º exemplo, a conjunção liga as orações sem fazer que


Artigo é uma palavra que antepomos aos substantivos uma dependa da outra, sem que a segunda complete o senti-
para determiná-los. Indica-lhes, ao mesmo tempo, o gênero do da primeira: por isso, a conjunção E é coordenativa.
e o número.
No 3º exemplo, a conjunção liga duas orações que se
Dividem-se em completam uma à outra e faz com que a segunda dependa da
• definidos: O, A, OS, AS primeira: por isso, a conjunção QUANDO é subordinativa.
• indefinidos: UM, UMA, UNS, UMAS.
Os definidos determinam os substantivos de modo preci- As conjunções, portanto, dividem-se em coordenativas e
so, particular. subordinativas.
Viajei com o médico. (Um médico referido, conhecido,
determinado). CONJUNÇÕES COORDENATIVAS
As conjunções coordenativas podem ser:
Os indefinidos determinam os substantivos de modo va- 1) Aditivas, que dão ideia de adição, acrescentamento:
go, impreciso, geral. e, nem, mas também, mas ainda, senão também,
Viajei com um médico. (Um médico não referido, desco- como também, bem como.
nhecido, indeterminado). O agricultor colheu o trigo e o vendeu.
Não aprovo nem permitirei essas coisas.
lsoladamente, os artigos são palavras de todo vazias de Os livros não só instruem mas também divertem.
sentido. As abelhas não apenas produzem mel e cera mas a-
inda polinizam as flores.
2) Adversativas, que exprimem oposição, contraste,
CONJUNÇÃO ressalva, compensação: mas, porém, todavia, contu-
do, entretanto, sendo, ao passo que, antes (= pelo
Conjunção é a palavra que une duas ou mais orações. contrário), no entanto, não obstante, apesar disso, em
todo caso.
Coniunções Coordenativas Querem ter dinheiro, mas não trabalham.
1) ADITIVAS: e, nem, também, mas, também, etc. Ela não era bonita, contudo cativava pela simpatia.
2) ADVERSATIVAS: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, Não vemos a planta crescer, no entanto, ela cresce.
senão, no entanto, etc. A culpa não a atribuo a vós, senão a ele.
3) ALTERNATIVAS: ou, ou.., ou, ora... ora, já... já, quer, quer, O professor não proíbe, antes estimula as perguntas
etc. em aula.
4) CONCLUSIVAS. logo, pois, portanto, por conseguinte, por O exército do rei parecia invencível, não obstante, foi
consequência. derrotado.
5) EXPLICATIVAS: isto é, por exemplo, a saber, que, porque, Você já sabe bastante, porém deve estudar mais.
pois, etc. Eu sou pobre, ao passo que ele é rico.
Hoje não atendo, em todo caso, entre.
Conjunções Subordinativas 3) Alternativas, que exprimem alternativa, alternância
1) CONDICIONAIS: se, caso, salvo se, contanto que, uma vez ou, ou ... ou, ora ... ora, já ... já, quer ... quer, etc.
que, etc. Os sequestradores deviam render-se ou seriam mor-
2) CAUSAIS: porque, já que, visto que, que, pois, porquanto, tos.
etc. Ou você estuda ou arruma um emprego.
3) COMPARATIVAS: como, assim como, tal qual, tal como, Ora triste, ora alegre, a vida segue o seu ritmo.
mais que, etc. Quer reagisse, quer se calasse, sempre acabava a-
4) CONFORMATIVAS: segundo, conforme, consoante, como, panhando.
etc. "Já chora, já se ri, já se enfurece."
5) CONCESSIVAS: embora, ainda que, mesmo que, posto (Luís de Camões)
que, se bem que, etc. 4) Conclusivas, que iniciam uma conclusão: logo, por-
6) INTEGRANTES: que, se, etc. tanto, por conseguinte, pois (posposto ao verbo), por
7) FINAIS: para que, a fim de que, que, etc. isso.
8) CONSECUTIVAS: tal... qual, tão... que, tamanho... que, de As árvores balançam, logo está ventando.
sorte que, de forma que, de modo que, etc. Você é o proprietário do carro, portanto é o responsá-
9) PROPORCIONAIS: à proporção que, à medida que, quan- vel.
to... tanto mais, etc. O mal é irremediável; deves, pois, conformar-te.
10) TEMPORAIS: quando, enquanto, logo que, depois que, etc. 5) Explicativas, que precedem uma explicação, um mo-
tivo: que, porque, porquanto, pois (anteposto ao ver-
VALOR LÓGICO E SINTÁTICO DAS CONJUNÇÕES bo).
Não solte balões, que (ou porque, ou pois, ou por-

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quanto) podem causar incêndios. 6) Consecutivas: que (precedido dos termos intensivos tal,
Choveu durante a noite, porque as ruas estão molha- tão, tanto, tamanho, às vezes subentendidos), de sorte
das. que, de modo que, de forma que, de maneira que, sem
que, que (não).
Observação: A conjunção A pode apresentar-se com Minha mão tremia tanto que mal podia escrever.
sentido adversativo: Falou com uma calma que todos ficaram atônitos.
Sofrem duras privações a [= mas] não se queixam. Ontem estive doente, de sorte que (ou de modo que) não
"Quis dizer mais alguma coisa a não pôde." saí.
(Jorge Amado) Não podem ver um cachorro na rua sem que o persigam.
Não podem ver um brinquedo que não o queiram com-
Conjunções subordinativas prar.
As conjunções subordinativas ligam duas orações, su- 7) Finais: para que, a fim de que, que (= para que).
bordinando uma à outra. Com exceção das integrantes, Afastou-se depressa para que não o víssemos.
essas conjunções iniciam orações que traduzem circunstân- Falei-lhe com bons termos, a fim de que não se ofendes-
cias (causa, comparação, concessão, condição ou hipótese, se.
conformidade, consequência, finalidade, proporção, tempo). Fiz-lhe sinal que se calasse.
Abrangem as seguintes classes: 8) Proporcionais: à proporção que, à medida que, ao pas-
1) Causais: porque, que, pois, como, porquanto, visto que, so que, quanto mais... (tanto mais), quanto mais... (tanto
visto como, já que, uma vez que, desde que. menos), quanto menos... (tanto mais), quanto mais...
O tambor soa porque é oco. (porque é oco: causa; o (mais), (tanto)... quanto.
tambor soa: efeito). À medida que se vive, mais se aprende.
Como estivesse de luto, não nos recebeu. À proporção que subíamos, o ar ia ficando mais leve.
Desde que é impossível, não insistirei. Quanto mais as cidades crescem, mais problemas vão
2) Comparativas: como, (tal) qual, tal a qual, assim como, tendo.
(tal) como, (tão ou tanto) como, (mais) que ou do que, Os soldados respondiam, à medida que eram chamados.
(menos) que ou do que, (tanto) quanto, que nem, feito (=
como, do mesmo modo que), o mesmo que (= como). Observação:
Ele era arrastado pela vida como uma folha pelo vento. São incorretas as locuções proporcionais à medida em
O exército avançava pela planície qual uma serpente que, na medida que e na medida em que. A forma correta é
imensa. à medida que:
"Os cães, tal qual os homens, podem participar das três "À medida que os anos passam, as minhas possibilida-
categorias." des diminuem."
(Paulo Mendes Campos) (Maria José de Queirós)
"Sou o mesmo que um cisco em minha própria casa."
(Antônio Olavo Pereira) 9) Temporais: quando, enquanto, logo que, mal (= logo
"E pia tal a qual a caça procurada." que), sempre que, assim que, desde que, antes que, de-
(Amadeu de Queirós) pois que, até que, agora que, etc.
"Por que ficou me olhando assim feito boba?" Venha quando você quiser.
(Carlos Drummond de Andrade) Não fale enquanto come.
Os pedestres se cruzavam pelas ruas que nem formigas Ela me reconheceu, mal lhe dirigi a palavra.
apressadas. Desde que o mundo existe, sempre houve guerras.
Nada nos anima tanto como (ou quanto) um elogio since- Agora que o tempo esquentou, podemos ir à praia.
ro. "Ninguém o arredava dali, até que eu voltasse." (Carlos
Os governantes realizam menos do que prometem. Povina Cavalcânti)
3) Concessivas: embora, conquanto, que, ainda que, 10) Integrantes: que, se.
mesmo que, ainda quando, mesmo quando, posto que, Sabemos que a vida é breve.
por mais que, por muito que, por menos que, se bem Veja se falta alguma coisa.
que, em que (pese), nem que, dado que, sem que (= em-
bora não). Observação:
Célia vestia-se bem, embora fosse pobre. Em frases como Sairás sem que te vejam, Morreu sem
A vida tem um sentido, por mais absurda que possa que ninguém o chorasse, consideramos sem que conjunção
parecer. subordinativa modal. A NGB, porém, não consigna esta
Beba, nem que seja um pouco. espécie de conjunção.
Dez minutos que fossem, para mim, seria muito tempo.
Fez tudo direito, sem que eu lhe ensinasse. Locuções conjuntivas: no entanto, visto que, desde
Em que pese à autoridade deste cientista, não podemos que, se bem que, por mais que, ainda quando, à medida
aceitar suas afirmações. que, logo que, a rim de que, etc.
Não sei dirigir, e, dado que soubesse, não dirigiria de
noite. Muitas conjunções não têm classificação única, imutável,
4) Condicionais: se, caso, contanto que, desde que, salvo devendo, portanto, ser classificadas de acordo com o sentido
se, sem que (= se não), a não ser que, a menos que, da- que apresentam no contexto. Assim, a conjunção que pode
do que. ser:
Ficaremos sentidos, se você não vier. 1) Aditiva (= e):
Comprarei o quadro, desde que não seja caro. Esfrega que esfrega, mas a nódoa não sai.
Não sairás daqui sem que antes me confesses tudo. A nós que não a eles, compete fazê-lo.
"Eleutério decidiu logo dormir repimpadamente sobre a 2) Explicativa (= pois, porque):
areia, a menos que os mosquitos se opusessem." Apressemo-nos, que chove.
(Ferreira de Castro) 3) Integrante:
5) Conformativas: como, conforme, segundo, consoante. Diga-lhe que não irei.
As coisas não são como (ou conforme) dizem. 4) Consecutiva:
"Digo essas coisas por alto, segundo as ouvi narrar." Tanto se esforçou que conseguiu vencer.
(Machado de Assis) Não vão a uma festa que não voltem cansados.

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Onde estavas, que não te vi?
5) Comparativa (= do que, como):
A luz é mais veloz que o som. CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL
Ficou vermelho que nem brasa.
6) Concessiva (= embora, ainda que):
Alguns minutos que fossem, ainda assim seria muito CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL
tempo. Concordância é o processo sintático no qual uma palavra
Beba, um pouco que seja. determinante se adapta a uma palavra determinada, por
7) Temporal (= depois que, logo que): meio de suas flexões.
Chegados que fomos, dirigimo-nos ao hotel.
8) Final (= pare que): Principais Casos de Concordância Nominal
Vendo-me à janela, fez sinal que descesse. 1) O artigo, o adjetivo, o pronome relativo e o numeral
9) Causal (= porque, visto que): concordam em gênero e número com o substantivo.
"Velho que sou, apenas conheço as flores do meu As primeiras alunas da classe foram passear no zooló-
tempo." (Vivaldo Coaraci) gico.
A locução conjuntiva sem que, pode ser, conforme a fra- 2) O adjetivo ligado a substantivos do mesmo gênero e
se: número vão normalmente para o plural.
1) Concessiva: Nós lhe dávamos roupa a comida, sem Pai e filho estudiosos ganharam o prêmio.
que ele pedisse. (sem que = embora não) 3) O adjetivo ligado a substantivos de gêneros e número
2) Condicional: Ninguém será bom cientista, sem que diferentes vai para o masculino plural.
estude muito. (sem que = se não,caso não) Alunos e alunas estudiosos ganharam vários prêmios.
3) Consecutiva: Não vão a uma festa sem que voltem 4) O adjetivo posposto concorda em gênero com o subs-
cansados. (sem que = que não) tantivo mais próximo:
4) Modal: Sairás sem que te vejam. (sem que = de mo- Trouxe livros e revista especializada.
do que não) 5) O adjetivo anteposto pode concordar com o substantivo
mais próximo.
Conjunção é a palavra que une duas ou mais orações. Dedico esta música à querida tia e sobrinhos.
6) O adjetivo que funciona como predicativo do sujeito
PREPOSIÇÃO concorda com o sujeito.
Meus amigos estão atrapalhados.
7) O pronome de tratamento que funciona como sujeito
Preposições são palavras que estabelecem um vínculo pede o predicativo no gênero da pessoa a quem se re-
entre dois termos de uma oração. O primeiro, um subordi- fere.
nante ou antecedente, e o segundo, um subordinado ou Sua excelência, o Governador, foi compreensivo.
consequente. 8) Os substantivos acompanhados de numerais precedi-
dos de artigo vão para o singular ou para o plural.
Exemplos: Já estudei o primeiro e o segundo livro (livros).
Chegaram a Porto Alegre. 9) Os substantivos acompanhados de numerais em que o
Discorda de você. primeiro vier precedido de artigo e o segundo não vão
Fui até a esquina. para o plural.
Casa de Paulo. Já estudei o primeiro e segundo livros.
10) O substantivo anteposto aos numerais vai para o plural.
Preposições Essenciais e Acidentais Já li os capítulos primeiro e segundo do novo livro.
As preposições essenciais são: A, ANTE, APÓS, ATÉ, 11) As palavras: MESMO, PRÓPRIO e SÓ concordam com
COM, CONTRA, DE, DESDE, EM, ENTRE, PARA, PERAN- o nome a que se referem.
TE, POR, SEM, SOB, SOBRE e ATRÁS. Ela mesma veio até aqui.
Eles chegaram sós.
Certas palavras ora aparecem como preposições, ora Eles próprios escreveram.
pertencem a outras classes, sendo chamadas, por isso, de 12) A palavra OBRIGADO concorda com o nome a que se
preposições acidentais: afora, conforme, consoante, durante, refere.
exceto, fora, mediante, não obstante, salvo, segundo, senão, Muito obrigado. (masculino singular)
tirante, visto, etc. Muito obrigada. (feminino singular).
13) A palavra MEIO concorda com o substantivo quando é
INTERJEIÇÃO adjetivo e fica invariável quando é advérbio.
Quero meio quilo de café.
Minha mãe está meio exausta.
Interjeição é a palavra que comunica emoção. As interjei- É meio-dia e meia. (hora)
ções podem ser: 14) As palavras ANEXO, INCLUSO e JUNTO concordam
- alegria: ahl oh! oba! eh! com o substantivo a que se referem.
- animação: coragem! avante! eia! Trouxe anexas as fotografias que você me pediu.
- admiração: puxa! ih! oh! nossa! A expressão em anexo é invariável.
- aplauso: bravo! viva! bis! Trouxe em anexo estas fotos.
- desejo: tomara! oxalá! 15) Os adjetivos ALTO, BARATO, CONFUSO, FALSO, etc,
- dor: aí! ui! que substituem advérbios em MENTE, permanecem in-
- silêncio: psiu! silêncio! variáveis.
- suspensão: alto! basta! Vocês falaram alto demais.
O combustível custava barato.
LOCUÇÃO INTERJETIVA é a conjunto de palavras que Você leu confuso.
têm o mesmo valor de uma interjeição. Ela jura falso.
Minha Nossa Senhora! Puxa vida! Deus me livre! Raios
te partam! 16) CARO, BASTANTE, LONGE, se advérbios, não variam,
Meu Deus! Que maravilha! Ora bolas! Ai de mim! se adjetivos, sofrem variação normalmente.

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Esses pneus custam caro. Quando a LIÇÃO é pronome relativo, há várias cons-
Conversei bastante com eles. truções possíveis.
Conversei com bastantes pessoas. • que: Fui eu que fiz a lição.
Estas crianças moram longe. • quem: Fui eu quem fez a lição.
Conheci longes terras. • o que: Fui eu o que fez a lição.

CONCORDÂNCIA VERBAL 14) Verbos impessoais - como não possuem sujeito, dei-
xam o verbo na terceira pessoa do singular. Acompa-
nhados de auxiliar, transmitem a este sua impessoali-
CASOS GERAIS dade.
Chove a cântaros. Ventou muito ontem.
Deve haver muitas pessoas na fila. Pode haver brigas e
1) O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa. discussões.
O menino chegou. Os meninos chegaram.
2) Sujeito representado por nome coletivo deixa o verbo
CONCORDÂNCIA DOS VERBOS SER E PARE-
no singular.
O pessoal ainda não chegou. CER
A turma não gostou disso.
Um bando de pássaros pousou na árvore. 1) Nos predicados nominais, com o sujeito representado por
3) Se o núcleo do sujeito é um nome terminado em S, o um dos pronomes TUDO, NADA, ISTO, ISSO, AQUILO,
verbo só irá ao plural se tal núcleo vier acompanhado os verbos SER e PARECER concordam com o predicati-
de artigo no plural. vo.
Os Estados Unidos são um grande país. Tudo são esperanças.
Os Lusíadas imortalizaram Camões. Aquilo parecem ilusões.
Os Alpes vivem cobertos de neve. Aquilo é ilusão.
Em qualquer outra circunstância, o verbo ficará no
singular. 2) Nas orações iniciadas por pronomes interrogativos, o
Flores já não leva acento. verbo SER concorda sempre com o nome ou pronome
O Amazonas deságua no Atlântico. que vier depois.
Campos foi a primeira cidade na América do Sul a ter Que são florestas equatoriais?
luz elétrica. Quem eram aqueles homens?
4) Coletivos primitivos (indicam uma parte do todo) segui-
dos de nome no plural deixam o verbo no singular ou 3) Nas indicações de horas, datas, distâncias, a concordân-
levam-no ao plural, indiferentemente. cia se fará com a expressão numérica.
A maioria das crianças recebeu, (ou receberam) prê- São oito horas.
mios. Hoje são 19 de setembro.
A maior parte dos brasileiros votou (ou votaram). De Botafogo ao Leblon são oito quilômetros.
5) O verbo transitivo direto ao lado do pronome SE con-
corda com o sujeito paciente. 4) Com o predicado nominal indicando suficiência ou falta, o
Vende-se um apartamento. verbo SER fica no singular.
Vendem-se alguns apartamentos. Três batalhões é muito pouco.
6) O pronome SE como símbolo de indeterminação do Trinta milhões de dólares é muito dinheiro.
sujeito leva o verbo para a 3ª pessoa do singular.
Precisa-se de funcionários. 5) Quando o sujeito é pessoa, o verbo SER fica no singular.
7) A expressão UM E OUTRO pede o substantivo que a Maria era as flores da casa.
acompanha no singular e o verbo no singular ou no plu- O homem é cinzas.
ral.
Um e outro texto me satisfaz. (ou satisfazem) 6) Quando o sujeito é constituído de verbos no infinitivo, o
8) A expressão UM DOS QUE pede o verbo no singular verbo SER concorda com o predicativo.
ou no plural. Dançar e cantar é a sua atividade.
Ele é um dos autores que viajou (viajaram) para o Sul. Estudar e trabalhar são as minhas atividades.
9) A expressão MAIS DE UM pede o verbo no singular.
Mais de um jurado fez justiça à minha música. 7) Quando o sujeito ou o predicativo for pronome pessoal, o
10) As palavras: TUDO, NADA, ALGUÉM, ALGO, NIN- verbo SER concorda com o pronome.
GUÉM, quando empregadas como sujeito e derem i- A ciência, mestres, sois vós.
deia de síntese, pedem o verbo no singular. Em minha turma, o líder sou eu.
As casas, as fábricas, as ruas, tudo parecia poluição.
11) Os verbos DAR, BATER e SOAR, indicando hora, a- 8) Quando o verbo PARECER estiver seguido de outro
companham o sujeito. verbo no infinitivo, apenas um deles deve ser flexionado.
Deu uma hora. Os meninos parecem gostar dos brinquedos.
Deram três horas. Os meninos parece gostarem dos brinquedos.
Bateram cinco horas.
Naquele relógio já soaram duas horas. REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL
12) A partícula expletiva ou de realce É QUE é invariável e
o verbo da frase em que é empregada concorda nor-
Regência é o processo sintático no qual um termo de-
malmente com o sujeito.
pende gramaticalmente do outro.
Ela é que faz as bolas.
Eu é que escrevo os programas.
A regência nominal trata dos complementos dos nomes
13) O verbo concorda com o pronome antecedente quando
(substantivos e adjetivos).
o sujeito é um pronome relativo.
Ele, que chegou atrasado, fez a melhor prova.
Exemplos:
Fui eu que fiz a lição

Língua Portuguesa 45 A Opção Certa Para a Sua Realização


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- acesso: A = aproximação - AMOR: A, DE, PARA, PARA COM
EM = promoção - aversão: A, EM, PARA, POR 14. ESQUECER E LEMBRAR
PARA = passagem • quando não forem pronominais, constrói-se com objeto
direto:
A regência verbal trata dos complementos do verbo. Esqueci o nome desta aluna.
Lembrei o recado, assim que o vi.
• quando forem pronominais, constrói-se com objeto indire-
ALGUNS VERBOS E SUA REGÊNCIA CORRETA to:
1. ASPIRAR - atrair para os pulmões (transitivo direto) Esqueceram-se da reunião de hoje.
• pretender (transitivo indireto) Lembrei-me da sua fisionomia.
No sítio, aspiro o ar puro da montanha.
Nossa equipe aspira ao troféu de campeã. 15. Verbos que exigem objeto direto para coisa e indireto
2. OBEDECER - transitivo indireto para pessoa.
Devemos obedecer aos sinais de trânsito. • perdoar - Perdoei as ofensas aos inimigos.
3. PAGAR - transitivo direto e indireto • pagar - Pago o 13° aos professores.
Já paguei um jantar a você. • dar - Daremos esmolas ao pobre.
4. PERDOAR - transitivo direto e indireto. • emprestar - Emprestei dinheiro ao colega.
Já perdoei aos meus inimigos as ofensas. • ensinar - Ensino a tabuada aos alunos.
5. PREFERIR - (= gostar mais de) transitivo direto e indireto • agradecer - Agradeço as graças a Deus.
Prefiro Comunicação à Matemática. • pedir - Pedi um favor ao colega.

6. INFORMAR - transitivo direto e indireto. 16. IMPLICAR - no sentido de acarretar, resultar, exige obje-
Informei-lhe o problema. to direto:
O amor implica renúncia.
7. ASSISTIR - morar, residir: • no sentido de antipatizar, ter má vontade, constrói-se
Assisto em Porto Alegre. com a preposição COM:
• amparar, socorrer, objeto direto O professor implicava com os alunos
O médico assistiu o doente. • no sentido de envolver-se, comprometer-se, constrói-se
• PRESENCIAR, ESTAR PRESENTE - objeto direto com a preposição EM:
Assistimos a um belo espetáculo. Implicou-se na briga e saiu ferido
• SER-LHE PERMITIDO - objeto indireto
Assiste-lhe o direito. 17. IR - quando indica tempo definido, determinado, requer a
preposição A:
8. ATENDER - dar atenção Ele foi a São Paulo para resolver negócios.
Atendi ao pedido do aluno. quando indica tempo indefinido, indeterminado, requer
• CONSIDERAR, ACOLHER COM ATENÇÃO - objeto PARA:
direto Depois de aposentado, irá definitivamente para o Mato
Atenderam o freguês com simpatia. Grosso.

9. QUERER - desejar, querer, possuir - objeto direto 18. CUSTAR - Empregado com o sentido de ser difícil, não
A moça queria um vestido novo. tem pessoa como sujeito:
• GOSTAR DE, ESTIMAR, PREZAR - objeto indireto O sujeito será sempre "a coisa difícil", e ele só poderá
O professor queria muito a seus alunos. aparecer na 3ª pessoa do singular, acompanhada do
pronome oblíquo. Quem sente dificuldade, será objeto
10. VISAR - almejar, desejar - objeto indireto indireto.
Todos visamos a um futuro melhor. Custou-me confiar nele novamente.
• APONTAR, MIRAR - objeto direto Custar-te-á aceitá-la como nora.
O artilheiro visou a meta quando fez o gol.
• pör o sinal de visto - objeto direto Confronto e reconhecimento de frases corretas e
O gerente visou todos os cheques que entraram naquele incorretas.
dia.
Basta verificar a ortografia, acentuação, concordância, re-
gência.
11. OBEDECER e DESOBEDECER - constrói-se com objeto
Ex:
indireto
Devemos obedecer aos superiores. Ele moreu honte. (errado)
Desobedeceram às leis do trânsito. Ele morreu ontem. (correto)

12. MORAR, RESIDIR, SITUAR-SE, ESTABELECER-SE COLOCAÇÃO PRONOMINAL


• exigem na sua regência a preposição EM
O armazém está situado na Farrapos. Palavras fora do lugar podem prejudicar e até impedir a
Ele estabeleceu-se na Avenida São João. compreensão de uma ideia. Cada palavra deve ser posta na
posição funcionalmente correta em relação às outras, assim
13. PROCEDER - no sentido de "ter fundamento" é intransiti- como convém dispor com clareza as orações no período e
vo. os períodos no discurso.
Essas tuas justificativas não procedem.
• no sentido de originar-se, descender, derivar, proceder, Sintaxe de colocação é o capítulo da gramática em que
constrói-se com a preposição DE. se cuida da ordem ou disposição das palavras na construção
Algumas palavras da Língua Portuguesa procedem do das frases. Os termos da oração, em português, geralmente
tupi-guarani são colocados na ordem direta (sujeito + verbo + objeto
• no sentido de dar início, realizar, é construído com a direto + objeto indireto, ou sujeito + verbo + predicativo). As
preposição A. inversões dessa ordem ou são de natureza estilística (realce
O secretário procedeu à leitura da carta. do termo cuja posição natural se altera: Corajoso é ele! Me-
donho foi o espetáculo), ou de pura natureza gramatical,
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sem intenção especial de realce, obedecendo-se, apenas a Pronomes átonos com o verbo no gerúndio. O pronome
hábitos da língua que se fizeram tradicionais. átono costuma vir enclítico ao gerúndio (João, afastando-se
um pouco, observou...). Nas locuções verbais, virá enclítico
Sujeito posposto ao verbo. Ocorre, entre outros, nos se- ao auxiliar (João foi-se afastando), salvo quando este estiver
guintes casos: (1) nas orações intercaladas (Sim, disse ele, antecedido de expressão que, de regra, exerça força atrativa
voltarei); (2) nas interrogativas, não sendo o sujeito pronome sobre o pronome (palavras negativas, pronomes relativos,
interrogativo (Que espera você?); (3) nas reduzidas de infini- conjunções etc.) Exemplo: À medida que se foram afastan-
tivo, de gerúndio ou de particípio (Por ser ele quem é... Sen- do.
do ele quem é... Resolvido o caso...); (4) nas imperativas
(Faze tu o que for possível); (5) nas optativas (Suceda a paz Colocação dos possessivos. Os pronomes adjetivos pos-
à guerra! Guie-o a mão da Providência!); (6) nas que têm o sessivos precedem os substantivos por eles determinados
verbo na passiva pronominal (Eliminaram-se de vez as espe- (Chegou a minha vez), salvo quando vêm sem artigo defini-
ranças); (7) nas que começam por adjunto adverbial (No do (Guardei boas lembranças suas); quando há ênfase (Não,
profundo do céu luzia uma estrela), predicativo (Esta é a amigos meus!); quando determinam substantivo já determi-
vontade de Deus) ou objeto (Aos conselhos sucederam as nado por artigo indefinido (Receba um abraço meu), por um
ameaças); (8) nas construídas com verbos intransitivos numeral (Recebeu três cartas minhas), por um demonstrati-
(Desponta o dia). Colocam-se normalmente depois do verbo vo (Receba esta lembrança minha) ou por um indefinido
da oração principal as orações subordinadas substantivas: é (Aceite alguns conselhos meus).
claro que ele se arrependeu.
Colocação dos demonstrativos. Os demonstrativos,
Predicativo anteposto ao verbo. Ocorre, entre outros, nos quando pronomes adjetivos, precedem normalmente o subs-
seguintes casos: (1) nas orações interrogativas (Que espécie tantivo (Compreendo esses problemas). A posposição do
de homem é ele?); (2) nas exclamativas (Que bonito é esse demonstrativo é obrigatória em algumas formas em que se
lugar!). procura especificar melhor o que se disse anteriormente:
"Ouvi tuas razões, razões essas que não chegaram a con-
Colocação do adjetivo como adjunto adnominal. A pos- vencer-me."
posição do adjunto adnominal ao substantivo é a sequência
que predomina no enunciado lógico (livro bom, problema Colocação dos advérbios. Os advérbios que modificam
fácil), mas não é rara a inversão dessa ordem: (Uma simples um adjetivo, um particípio isolado ou outro advérbio vêm, em
advertência [anteposição do adjetivo simples, no sentido de regra, antepostos a essas palavras (mais azedo, mal con-
mero]. O menor descuido porá tudo a perder [anteposição servado; muito perto). Quando modificam o verbo, os advér-
dos superlativos relativos: o melhor, o pior, o maior, o me- bios de modo costumam vir pospostos a este (Cantou admi-
nor]). A anteposição do adjetivo, em alguns casos, empresta- ravelmente. Discursou bem. Falou claro.). Anteposto ao
lhe sentido figurado: meu rico filho, um grande homem, um verbo, o adjunto adverbial fica naturalmente em realce: "Lá
pobre rapaz). longe a gaivota voava rente ao mar."
Colocação dos pronomes átonos. O pronome átono pode Figuras de sintaxe. No tocante à colocação dos termos
vir antes do verbo (próclise, pronome proclítico: Não o vejo), na frase, salientem-se as seguintes figuras de sintaxe: (1)
depois do verbo (ênclise, pronome enclítico: Vejo-o) ou no hipérbato -- intercalação de um termo entre dois outros que
meio do verbo, o que só ocorre com formas do futuro do se relacionam: "O das águas gigante caudaloso" (= O gigan-
presente (Vê-lo-ei) ou do futuro do pretérito (Vê-lo-ia). te caudaloso das águas); (2) anástrofe -- inversão da ordem
normal de termos sintaticamente relacionados: "Do mar
Verifica-se próclise, normalmente nos seguintes casos: lançou-se na gelada areia" (= Lançou-se na gelada areia do
(1) depois de palavras negativas (Ninguém me preveniu), de mar); (3) prolepse -- transposição, para a oração principal,
pronomes interrogativos (Quem me chamou?), de pronomes de termo da oração subordinada: "A nossa Corte, não digo
relativos (O livro que me deram...), de advérbios interrogati- que possa competir com Paris ou Londres..." (= Não digo
vos (Quando me procurarás); (2) em orações optativas que a nossa Corte possa competir com Paris ou Londres...);
(Deus lhe pague!); (3) com verbos no subjuntivo (Espero que (4) sínquise -- alteração excessiva da ordem natural das
te comportes); (4) com gerúndio regido de em (Em se apro- palavras, que dificulta a compreensão do sentido: "No tempo
ximando...); (5) com infinitivo regido da preposição a, sendo que do reino a rédea leve, João, filho de Pedro, moderava"
o pronome uma das formas lo, la, los, las (Fiquei a observá- (= No tempo [em] que João, filho de Pedro, moderava a
la); (6) com verbo antecedido de advérbio, sem pausa (Logo rédea leve do reino). ©Encyclopaedia Britannica do Brasil
nos entendemos), do numeral ambos (Ambos o acompanha- Publicações Ltda.
ram) ou de pronomes indefinidos (Todos a estimam).
Ocorre a ênclise, normalmente, nos seguintes casos: (1) Colocação Pronominal (próclise, mesóclise,
quando o verbo inicia a oração (Contaram-me que...), (2) ênclise)
depois de pausa (Sim, contaram-me que...), (3) com locu-
ções verbais cujo verbo principal esteja no infinitivo (Não Por Cristiana Gomes
quis incomodar-se). É o estudo da colocação dos pronomes oblíquos átonos (me,
Estando o verbo no futuro do presente ou no futuro do te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes) em relação ao verbo.
pretérito, a mesóclise é de regra, no início da frase (Chama- Os pronomes átonos podem ocupar 3 posições: antes do
lo-ei. Chama-lo-ia). Se o verbo estiver antecedido de palavra verbo (próclise), no meio do verbo (mesóclise) e depois do
com força atrativa sobre o pronome, haverá próclise (Não o verbo (ênclise).
chamarei. Não o chamaria). Nesses casos, a língua moderna
rejeita a ênclise e evita a mesóclise, por ser muito formal. Esses pronomes se unem aos verbos porque são “fracos” na
pronúncia.
Pronomes com o verbo no particípio. Com o particípio
desacompanhado de auxiliar não se verificará nem próclise PRÓCLISE
nem ênclise: usa-se a forma oblíqua do pronome, com pre-
Usamos a próclise nos seguintes casos:
posição. (O emprego oferecido a mim...). Havendo verbo
auxiliar, o pronome virá proclítico ou enclítico a este. (Por (1) Com palavras ou expressões negativas: não, nunca,
que o têm perseguido? A criança tinha-se aproximado.) jamais, nada, ninguém, nem, de modo algum.

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- Nada me perturba. OBS: se o gerúndio vier precedido de preposição ou de
- Ninguém se mexeu. palavra atrativa, ocorrerá a próclise:
- De modo algum me afastarei daqui.
- Ela nem se importou com meus problemas. - Em se tratando de cinema, prefiro o suspense.
- Saiu do escritório, não nos revelando os motivos.
(2) Com conjunções subordinativas: quando, se, porque,
COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS LOCUÇÕES VERBAIS
que, conforme, embora, logo, que.
- Quando se trata de comida, ele é um “expert”. Locuções verbais são formadas por um verbo auxiliar +
- É necessário que a deixe na escola. infinitivo, gerúndio ou particípio.
- Fazia a lista de convidados, conforme me lembrava dos AUX + PARTICÍPIO: o pronome deve ficar depois do verbo
amigos sinceros. auxiliar. Se houver palavra atrativa, o pronome deverá ficar
(3) Advérbios antes do verbo auxiliar.

- Aqui se tem paz. - Havia-lhe contado a verdade.


- Sempre me dediquei aos estudos. - Não (palavra atrativa) lhe havia contado a verdade.
- Talvez o veja na escola. AUX + GERÚNDIO OU INFINITIVO: se não houver palavra
OBS: Se houver vírgula depois do advérbio, este (o advér- atrativa, o pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar ou
bio) deixa de atrair o pronome. do verbo principal.

- Aqui, trabalha-se. Infinitivo


- Quero-lhe dizer o que aconteceu.
(4) Pronomes relativos, demonstrativos e indefinidos. - Quero dizer-lhe o que aconteceu.
- Alguém me ligou? (indefinido) Gerúndio
- A pessoa que me ligou era minha amiga. (relativo) - Ia-lhe dizendo o que aconteceu.
- Isso me traz muita felicidade. (demonstrativo) - Ia dizendo-lhe o que aconteceu.
(5) Em frases interrogativas. Se houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá antes do
verbo auxiliar ou depois do verbo principal.
- Quanto me cobrará pela tradução?
Infinitivo
(6) Em frases exclamativas ou optativas (que exprimem
- Não lhe quero dizer o que aconteceu.
desejo). - Não quero dizer-lhe o que aconteceu.
- Deus o abençoe! Gerúndio
- Macacos me mordam! - Não lhe ia dizendo a verdade.
- Deus te abençoe, meu filho! - Não ia dizendo-lhe a verdade.
(7) Com verbo no gerúndio antecedido de preposição EM.
Figuras de Linguagem
- Em se plantando tudo dá.
- Em se tratando de beleza, ele é campeão. Figuras sonoras
(8) Com formas verbais proparoxítonas Aliteração
- Nós o censurávamos. repetição de sons consonantais (consoantes).
MESÓCLISE Cruz e Souza é o melhor exemplo deste recurso. Uma das
Usada quando o verbo estiver no futuro do presente (vai características marcantes do Simbolismo, assim como a
acontecer – amarei, amarás, …) ou no futuro do pretérito (ia sinestesia.
acontecer mas não aconteceu – amaria, amarias, …) Ex: "(...) Vozes veladas, veludosas vozes, / Volúpias dos
- Convidar-me-ão para a festa. violões, vozes veladas / Vagam nos velhos vórtices velozes /
- Convidar-me-iam para a festa. Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas." (fragmento de Violões
que choram. Cruz e Souza)
Se houver uma palavra atrativa, a próclise será obrigatória.
Assonância
- Não (palavra atrativa) me convidarão para a festa.
repetição dos mesmos sons vocálicos.
ÊNCLISE
Ex: (A, O) - "Sou um mulato nato no sentido lato mulato
Ênclise de verbo no futuro e particípio está sempre errada. democrático do litoral." (Caetano Veloso)
(E, O) - "O que o vago e incóngnito desejo de ser eu mesmo
- Tornarei-me……. (errada)
de meu ser me deu." (Fernando Pessoa)
- Tinha entregado-nos……….(errada)
Paranomásia
Ênclise de verbo no infinitivo está sempre certa.
o emprego de palavras parônimas (sons parecidos).
- Entregar-lhe (correta)
- Não posso recebê-lo. (correta) Ex: "Com tais premissas ele sem dúvida leva-nos às primí-
cias" (Padre Antonio Vieira)
Outros casos:
- Com o verbo no início da frase: Entregaram-me as cami- Onomatopéia
sas.
- Com o verbo no imperativo afirmativo: Alunos, comportem- criação de uma palavra para imitar um som
se. Ex: A língua do nhem "Havia uma velhinha / Que andava
- Com o verbo no gerúndio: Saiu deixando-nos por instantes. aborrecida / Pois dava a sua vida / Para falar com alguém. /
- Com o verbo no infinitivo impessoal: Convém contar-lhe E estava sempre em casa / A boa velhinha, / Resmungando
tudo.

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sozinha: / Nhem-nhem-nhem-nhem-nhem..." (Cecília Meire- Polissíndeto
les)
repetição de conectivos na ligação entre elementos da frase
Linguagem figurada ou do período.

Elipse Ex: O menino resmunga, e chora, e esperneia, e grita, e


maltrata. "E sob as ondas ritmadas / e sob as nuvens e os
omissão de um termo ou expressão facilmente subentendi- ventos / e sob as pontes e sob o sarcasmo / e sob a gosma
da. Casos mais comuns: e o vômito (...)" (Carlos Drummond de Andrade)
a) pronome sujeito, gerando sujeito oculto ou implícito: ire- Anacoluto
mos depois, compraríeis a casa?
b) substantivo - a catedral, no lugar de a igreja catedral; termo solto na frase, quebrando a estruturação lógica. Nor-
Maracanã, no ligar de o estádio Maracanã malmente, inicia-se uma determinada construção sintática e
c) preposição - estar bêbado, a camisa rota, as calças ras- depois se opta por outra.
gadas, no lugar de: estar bêbado, com a camisa rota, com as Eu, parece-me que vou desmaiar. / Minha vida, tudo não
calças rasgadas. passa de alguns anos sem importância (sujeito sem predica-
d) conjunção - espero você me entenda, no lugar de: espero do) / Quem ama o feio, bonito lhe parece (alteraram-se as
que você me entenda. relações entre termos da oração)
e) verbo - queria mais ao filho que à filha, no lugar de: queria
mais o filho que queria à filha. Em especial o verbo dizer em Anáfora
diálogos - E o rapaz: - Não sei de nada !, em vez de E o
repetição de uma mesma palavra no início de versos ou
rapaz disse:
frases.
Zeugma
Ex: "Olha a voz que me resta / Olha a veia que salta / Olha a
omissão (elipse) de um termo que já apareceu antes. Se for gota que falta / Pro desfecho que falta / Por favor." (Chico
verbo, pode necessitar adaptações de número e pessoa Buarque)
verbais. Utilizada, sobretudo, nas or. comparativas. Ex: Al-
Obs.: repetição em final de versos ou frases é epístrofe;
guns estudam, outros não, por: alguns estudam, outros não
repetição no início e no fim será símploce. Classificações
estudam. / "O meu pai era paulista / Meu avô, pernambuca-
propostas por Rocha Lima.
no / O meu bisavô, mineiro / Meu tataravô, baiano." (Chico
Buarque) - omissão de era Silepse
Hipérbato é a concordância com a ideia, e não com a palavra escrita.
Existem três tipos:
alteração ou inversão da ordem direta dos termos na oração,
ou das orações no período. São determinadas por ênfase e a) de gênero (masc x fem): São Paulo continua poluída (= a
podem até gerar anacolutos. cidade de São Paulo). V. Sª é lisonjeiro
b) de número (sing x pl): Os Sertões contra a Guerra de
Ex: Morreu o presidente, por: O presidente morreu.
Canudos (= o livro de Euclides da Cunha). O casal não veio,
Obs1.: Bechara denomina esta figura antecipação. estavam ocupados.
Obs2.: Se a inversão for violenta, comprometendo o sentido c) de pessoa: Os brasileiros somos otimistas (3ª pess - os
drasticamente, Rocha Lima e Celso Cunha denominam-na brasileiros, mas quem fala ou escreve também participa do
sínquise processo verbal)
Obs3.: RL considera anástrofe um tipo de hipérbato
Antecipação
Anástrofe
antecipação de termo ou expressão, como recurso enfático.
anteposição, em expressões nominais, do termo regido de Pode gerar anacoluto.
preposição ao termo regente.
Ex.: Joana creio que veio aqui hoje.
Ex: "Da morte o manto lutuoso vos cobre a todos.", por: O O tempo parece que vai piorar
manto lutuoso da morte vos cobre a todos.
Obs.: Celso Cunha denomina-a prolepse.
Obs.: para Rocha Lima é um tipo de hipérbato
Figuras de palavras ou tropos
Pleonasmo
(Para Bechara alterações semânticas)
repetição de um termo já expresso, com objetivo de enfatizar
Metáfora
a ideia.
emprego de palavras fora do seu sentido normal, por analo-
Ex: Vi com meus próprios olhos. "E rir meu riso e derramar
gia. É um tipo de comparação implícita, sem termo compara-
meu pranto / Ao seu pesar ou seu contentamento." (Vinicius
tivo.
de Moraes), Ao pobre não lhe devo (OI pleonástico)
Ex: A Amazônia é o pulmão do mundo. Encontrei a chave do
Obs.: pleonasmo vicioso ou grosseiro - decorre da ignorân-
problema. / "Veja bem, nosso caso / É uma porta entreaber-
cia, perdendo o caráter enfático (hemorragia de sangue,
ta." (Luís Gonzaga Junior)
descer para baixo)
Obs1.: Rocha Lima define como modalidades de metáfora:
Assíndeto
personificação (animismo), hipérbole, símbolo e sinestesia. ?
ausência de conectivos de ligação, assim atribui maior rapi- Personificação - atribuição de ações, qualidades e sentimen-
dez ao texto. Ocorre muito nas or. coordenadas. tos humanos a seres inanimados. (A lua sorri aos enamora-
dos) ? Símbolo - nome de um ser ou coisa concreta assu-
Ex: "Não sopra o vento; não gemem as vagas; não murmu- mindo valor convencional, abstrato. (balança = justiça, D.
ram os rios." Quixote = idealismo, cão = fidelidade, além do simbolismo
universal das cores)
Obs2.: esta figura foi muito utilizada pelos simbolistas

Língua Portuguesa 49 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Catacrese Ex: Ele enriqueceu por meios ilícitos. (roubou), Você não foi
feliz nos exames. (foi reprovado)
uso impróprio de uma palavra ou expressão, por esqueci-
mento ou na ausência de termo específico. Obs.: Rocha Lima propõe uma variação chamada litote -
afirma-se algo pela negação do contrário. (Ele não vê, em
Ex.: Espalhar dinheiro (espalhar = separar palha) / "Distrai-se lugar de Ele é cego; Não sou moço, em vez de Sou velho).
um deles a enterrar o dedo no tornozelo inchado." - O verbo Para Bechara, alteração semântica.
enterrar era usado primitivamente para significar apenas
colocar na terra. Hipérbole
Obs1.: Modernamente, casos como pé de meia e boca de exagero de uma ideia com finalidade expressiva
forno são considerados metáforas viciadas. Perderam valor
estilístico e se formaram graças à semelhança de forma Ex: Estou morrendo de sede (com muita sede), Ela é louca
existente entre seres. pelos filhos (gosta muito dos filhos)
Obs2.: Para Rocha Lima, é um tipo de metáfora Obs.: Para Rocha Lima, é uma das modalidades de metáfo-
Metonímia ra.

substituição de um nome por outro em virtude de haver entre Ironia


eles associação de significado. utilização de termo com sentido oposto ao original, obtendo-
Ex: Ler Jorge Amado (autor pela obra - livro) / Ir ao barbeiro se, assim, valor irônico.
(o possuidor pelo possuído, ou vice-versa - barbearia) / Bebi Obs.: Rocha Lima designa como antífrase
dois copos de leite (continente pelo conteúdo - leite) / Ser o
Cristo da turma. (indivíduo pala classe - culpado) / Comple- Ex: O ministro foi sutil como uma jamanta.
tou dez primaveras (parte pelo todo - anos) / O brasileiro é Gradação
malandro (sing. pelo plural - brasileiros) / Brilham os cristais
(matéria pela obra - copos). apresentação de ideias em progressão ascendente (clímax)
ou descendente (anticlímax)
Antonomásia, perífrase
Ex: "Nada fazes, nada tramas, nada pensas que eu não
substituição de um nome de pessoa ou lugar por outro ou saiba, que eu não veja, que eu não conheça perfeitamente."
por uma expressão que facilmente o identifique. Fusão entre
nome e seu aposto. Prosopopéia, personificação, animismo
Ex: O mestre = Jesus Cristo, A cidade luz = Paris, O rei das é a atribuição de qualidades e sentimentos humanos a seres
selvas = o leão, Escritor Maldito = Lima Barreto irracionais e inanimados.
Obs.: Rocha Lima considera como uma variação da metoní- Ex: "A lua, (...) Pedia a cada estrela fria / Um brilho de alu-
mia guel ..." (Jõao Bosco / Aldir Blanc)
Sinestesia Obs.: Para Rocha Lima, é uma modalidade de metáfora.
interpenetração sensorial, fundindo-se dois sentidos ou mais PROVA SIMULADA I
(olfato, visão, audição, gustação e tato).
Ex.: "Mais claro e fino do que as finas pratas / O som da tua 01. Assinale a alternativa correta quanto ao uso e à grafia
voz deliciava ... / Na dolência velada das sonatas / Como um das palavras.
perfume a tudo perfumava. / Era um som feito luz, eram (A) Na atual conjetura, nada mais se pode fazer.
volatas / Em lânguida espiral que iluminava / Brancas sono- (B) O chefe deferia da opinião dos subordinados.
ridades de cascatas ... / Tanta harmonia melancolizava." (C) O processo foi julgado em segunda estância.
(Cruz e Souza) (D) O problema passou despercebido na votação.
(E) Os criminosos espiariam suas culpas no exílio.
Obs.: Para Rocha Lima, representa uma modalidade de
metáfora 02. A alternativa correta quanto ao uso dos verbos é:
(A) Quando ele vir suas notas, ficará muito feliz.
Anadiplose
(B) Ele reaveu, logo, os bens que havia perdido.
é a repetição de palavra ou expressão de fim de um membro (C) A colega não se contera diante da situação.
de frase no começo de outro membro de frase. (D) Se ele ver você na rua, não ficará contente.
(E) Quando você vir estudar, traga seus livros.
Ex: "Todo pranto é um comentário. Um comentário que a-
margamente condena os motivos dados." 03. O particípio verbal está corretamente empregado em:
Figuras de pensamento (A) Não estaríamos salvados sem a ajuda dos barcos.
(B) Os garis tinham chego às ruas às dezessete horas.
Antítese (C) O criminoso foi pego na noite seguinte à do crime.
aproximação de termos ou frases que se opõem pelo senti- (D) O rapaz já tinha abrido as portas quando chegamos.
do. (E) A faxineira tinha refazido a limpeza da casa toda.

Ex: "Neste momento todos os bares estão repletos de ho- 04. Assinale a alternativa que dá continuidade ao texto
mens vazios" (Vinicius de Moraes) abaixo, em conformidade com a norma culta.
Nem só de beleza vive a madrepérola ou nácar. Essa
Obs.: Paradoxo - ideias contraditórias num só pensamento,
substância do interior da concha de moluscos reúne ou-
proposição de Rocha Lima ("dor que desatina sem doer"
tras características interessantes, como resistência e
Camões)
flexibilidade.
Eufemismo (A) Se puder ser moldada, daria ótimo material para a
confecção de componentes para a indústria.
consiste em "suavizar" alguma ideia desagradável (B) Se pudesse ser moldada, dá ótimo material para a
confecção de componentes para a indústria.

Língua Portuguesa 50 A Opção Certa Para a Sua Realização


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(C) Se pode ser moldada, dá ótimo material para a confec- ques, colaborando com o meio ambiente.
ção de componentes para a indústria. (C) Laboratórios de análise clínica tem investido em institu-
(D) Se puder ser moldada, dava ótimo material para a tos, desenvolvendo projetos na área médica.
confecção de componentes para a indústria. (D) Havia algumas estatísticas auspiciosas e outras preo-
(E) Se pudesse ser moldada, daria ótimo material para a cupantes apresentadas pelos economistas.
confecção de componentes para a indústria. (E) Os efeitos nocivos aos recifes de corais surge para
quem vive no litoral ou aproveitam férias ali.
05. O uso indiscriminado do gerúndio tem-se constituído
num problema para a expressão culta da língua. Indi- 11. A frase correta de acordo com o padrão culto é:
que a única alternativa em que ele está empregado (A) Não vejo mal no Presidente emitir medidas de emer-
conforme o padrão culto. gência devido às chuvas.
(A) Após aquele treinamento, a corretora está falando (B) Antes de estes requisitos serem cumpridos, não rece-
muito bem. beremos reclamações.
(B) Nós vamos estar analisando seus dados cadastrais (C) Para mim construir um país mais justo, preciso de mai-
ainda hoje. or apoio à cultura.
(C) Não haverá demora, o senhor pode estar aguardando (D) Apesar do advogado ter defendido o réu, este não foi
na linha. poupado da culpa.
(D) No próximo sábado, procuraremos estar liberando o (E) Faltam conferir três pacotes da mercadoria.
seu carro.
(E) Breve, queremos estar entregando as chaves de sua 12. A maior parte das empresas de franquia pretende ex-
nova casa. pandir os negócios das empresas de franquia pelo con-
tato direto com os possíveis investidores, por meio de
06. De acordo com a norma culta, a concordância nominal entrevistas. Esse contato para fins de seleção não só
e verbal está correta em: permite às empresas avaliar os investidores com rela-
(A) As características do solo são as mais variadas possí- ção aos negócios, mas também identificar o perfil dese-
vel. jado dos investidores.
(B) A olhos vistos Lúcia envelhecia mais do que rapida- (Texto adaptado)
mente. Para eliminar as repetições, os pronomes apropriados
(C) Envio-lhe, em anexos, a declaração de bens solicitada. para substituir as expressões: das empresas de fran-
(D) Ela parecia meia confusa ao dar aquelas explicações. quia, às empresas, os investidores e dos investidores,
(E) Qualquer que sejam as dúvidas, procure saná-las logo. no texto, são, respectivamente:
(A) seus ... lhes ... los ... lhes
07. Assinale a alternativa em que se respeitam as normas (B) delas ... a elas ... lhes ... deles
cultas de flexão de grau. (C) seus ... nas ... los ... deles
(A) Nas situações críticas, protegia o colega de quem era (D) delas ... a elas ... lhes ... seu
amiquíssimo. (E) seus ... lhes ... eles ... neles
(B) Mesmo sendo o Canadá friosíssimo, optou por perma-
necer lá durante as férias. 13. Assinale a alternativa em que se colocam os pronomes
(C) No salto, sem concorrentes, seu desempenho era me- de acordo com o padrão culto.
lhor de todos. (A) Quando possível, transmitirei-lhes mais informações.
(D) Diante dos problemas, ansiava por um resultado mais (B) Estas ordens, espero que cumpram-se religiosamente.
bom que ruim. (C) O diálogo a que me propus ontem, continua válido.
(E) Comprou uns copos baratos, de cristal, da mais malís- (D) Sua decisão não causou-lhe a felicidade esperada.
sima qualidade. (E) Me transmita as novidades quando chegar de Paris.

Nas questões de números 08 e 09, assinale a alternati- 14. O pronome oblíquo representa a combinação das fun-
va cujas palavras completam, correta e respectivamente, as ções de objeto direto e indireto em:
frases dadas. (A) Apresentou-se agora uma boa ocasião.
(B) A lição, vou fazê-la ainda hoje mesmo.
08. Os pesquisadores trataram de avaliar visão público (C) Atribuímos-lhes agora uma pesada tarefa.
financiamento estatal ciência e tecnologia. (D) A conta, deixamo-la para ser revisada.
(A) à ... sobre o ... do ... para (E) Essa história, contar-lha-ei assim que puder.
(B) a ... ao ... do ... para
(C) à ... do ... sobre o ... a 15. Desejava o diploma, por isso lutou para obtê-lo.
(D) à ... ao ... sobre o ... à Substituindo-se as formas verbais de desejar, lutar e
(E) a ... do ... sobre o ... à obter pelos respectivos substantivos a elas correspon-
dentes, a frase correta é:
09. Quanto perfil desejado, com vistas qualidade dos can- (A) O desejo do diploma levou-o a lutar por sua obtenção.
didatos, a franqueadora procura ser muito mais criterio- (B) O desejo do diploma levou-o à luta em obtê-lo.
sa ao contratá-los, pois eles devem estar aptos comer- (C) O desejo do diploma levou-o à luta pela sua obtenção.
cializar seus produtos. (D) Desejoso do diploma foi à luta pela sua obtenção.
(A) ao ... a ... à (E) Desejoso do diploma foi lutar por obtê-lo.
(B) àquele ... à ... à
(C) àquele...à ... a 16. Ao Senhor Diretor de Relações Públicas da Secretaria
(D) ao ... à ... à de Educação do Estado de São Paulo. Face à proximi-
(E) àquele ... a ... a dade da data de inauguração de nosso Teatro Educati-
vo, por ordem de , Doutor XXX, Digníssimo Secretário
10. Assinale a alternativa gramaticalmente correta de acor- da Educação do Estado de YYY, solicitamos a máxima
do com a norma culta. urgência na antecipação do envio dos primeiros convi-
(A) Bancos de dados científicos terão seu alcance amplia- tes para o Excelentíssimo Senhor Governador do Esta-
do. E isso trarão grandes benefícios às pesquisas. do de São Paulo, o Reverendíssimo Cardeal da Arqui-
(B) Fazem vários anos que essa empresa constrói par- diocese de São Paulo e os Reitores das Universidades

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Paulistas, para que essas autoridades possam se pro- (E) I, III e IV.
gramar e participar do referido evento.
Atenciosamente, 21. O Meretíssimo Juiz da 1.ª Vara Cível devia providenciar
ZZZ a leitura do acórdão, e ainda não o fez. Analise os itens
Assistente de Gabinete. relativos a esse trecho:
De acordo com os cargos das diferentes autoridades, I. as palavras Meretíssimo e Cível estão incorretamente
as lacunas são correta e adequadamente preenchidas, grafadas;
respectivamente, por II. ainda é um adjunto adverbial que exclui a possibilidade
(A) Ilustríssimo ... Sua Excelência ... Magníficos da leitura pelo Juiz;
(B) Excelentíssimo ... Sua Senhoria ... Magníficos III. o e foi usado para indicar oposição, com valor adversa-
(C) Ilustríssimo ... Vossa Excelência ... Excelentíssimos tivo equivalente ao da palavra mas;
(D) Excelentíssimo ... Sua Senhoria ... Excelentíssimos IV. em ainda não o fez, o o equivale a isso, significando
(E) Ilustríssimo ... Vossa Senhoria ... Digníssimos leitura do acórdão, e fez adquire o respectivo sentido
de devia providenciar.
17. Assinale a alternativa em que, de acordo com a norma Está correto o contido apenas em
culta, se respeitam as regras de pontuação. (A) II e IV.
(A) Por sinal, o próprio Senhor Governador, na última en- (B) III e IV.
trevista, revelou, que temos uma arrecadação bem (C) I, II e III.
maior que a prevista. (D) I, III e IV.
(B) Indagamos, sabendo que a resposta é obvia: que se (E) II, III e IV.
deve a uma sociedade inerte diante do desrespeito à
sua própria lei? Nada. 22. O rapaz era campeão de tênis. O nome do rapaz saiu
(C) O cidadão, foi preso em flagrante e, interrogado pela nos jornais.
Autoridade Policial, confessou sua participação no refe- Ao transformar os dois períodos simples num único
rido furto. período composto, a alternativa correta é:
(D) Quer-nos parecer, todavia, que a melhor solução, no (A) O rapaz cujo nome saiu nos jornais era campeão de
caso deste funcionário, seja aquela sugerida, pela pró- tênis.
pria chefia. (B) O rapaz que o nome saiu nos jornais era campeão de
(E) Impunha-se, pois, a recuperação dos documentos: as tênis.
certidões negativas, de débitos e os extratos, bancários (C) O rapaz era campeão de tênis, já que seu nome saiu
solicitados. nos jornais.
(D) O nome do rapaz onde era campeão de tênis saiu nos
18. O termo oração, entendido como uma construção com jornais.
sujeito e predicado que formam um período simples, se (E) O nome do rapaz que saiu nos jornais era campeão de
aplica, adequadamente, apenas a: tênis.
(A) Amanhã, tempo instável, sujeito a chuvas esparsas no
litoral. 23. O jardineiro daquele vizinho cuidadoso podou, ontem,
(B) O vigia abandonou a guarita, assim que cumpriu seu os enfraquecidos galhos da velha árvore.
período. Assinale a alternativa correta para interrogar, respecti-
(C) O passeio foi adiado para julho, por não ser época de vamente, sobre o adjunto adnominal de jardineiro e o
chuvas. objeto direto de podar.
(D) Muito riso, pouco siso – provérbio apropriado à falta de (A) Quem podou? e Quando podou?
juízo. (B) Qual jardineiro? e Galhos de quê?
(E) Os concorrentes à vaga de carteiro submeteram-se a (C) Que jardineiro? e Podou o quê?
exames. (D) Que vizinho? e Que galhos?
(E) Quando podou? e Podou o quê?
Leia o período para responder às questões de números
19 e 20. 24. O público observava a agitação dos lanterninhas da
plateia.
O livro de registro do processo que você procurava era Sem pontuação e sem entonação, a frase acima tem
o que estava sobre o balcão. duas possibilidades de leitura. Elimina-se essa ambi-
guidade pelo estabelecimento correto das relações en-
19. No período, os pronomes o e que, na respectiva se- tre seus termos e pela sua adequada pontuação em:
quência, remetem a (A) O público da plateia, observava a agitação dos lanter-
(A) processo e livro. ninhas.
(B) livro do processo. (B) O público observava a agitação da plateia, dos lanter-
(C) processos e processo. ninhas.
(D) livro de registro. (C) O público observava a agitação, dos lanterninhas da
(E) registro e processo. plateia.
(D) Da plateia o público, observava a agitação dos lanterni-
20. Analise as proposições de números I a IV com base no nhas.
período acima: (E) Da plateia, o público observava a agitação dos lanterni-
I. há, no período, duas orações; nhas.
II. o livro de registro do processo era o, é a oração princi-
pal; 25. Felizmente, ninguém se machucou.
III. os dois quê(s) introduzem orações adverbiais; Lentamente, o navio foi se afastando da costa.
IV. de registro é um adjunto adnominal de livro. Considere:
Está correto o contido apenas em I. felizmente completa o sentido do verbo machucar;
(A) II e IV. II. felizmente e lentamente classificam-se como adjuntos
(B) III e IV. adverbiais de modo;
(C) I, II e III. III. felizmente se refere ao modo como o falante se coloca
(D) I, II e IV. diante do fato;

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IV. lentamente especifica a forma de o navio se afastar; mantinha mais ou menos do mesmo tamanho, todos os
V. felizmente e lentamente são caracterizadores de subs- indicadores sociais brasileiros melhoraram. Há mais crianças
tantivos. em idade escolar frequentando aulas atualmente do que em
Está correto o contido apenas em qualquer outro período da nossa história. As taxas de anal-
(A) I, II e III. fabetismo e mortalidade infantil também são as menores
(B) I, II e IV. desde que se passou a registrá-las nacionalmente. O Brasil
(C) I, III e IV. figura entre as dez nações de economia mais forte do mun-
(D) II, III e IV. do. No campo diplomático, começa a exercitar seus múscu-
(E) III, IV e V. los. Vem firmando uma inconteste liderança política regional
na América Latina, ao mesmo tempo que atrai a simpatia do
26. O segmento adequado para ampliar a frase – Ele com- Terceiro Mundo por ter se tornado um forte oponente das
prou o carro..., indicando concessão, é: injustas políticas de comércio dos países ricos.
(A) para poder trabalhar fora.
(B) como havia programado. Apesar de todos esses avanços, a miséria resiste.
(C) assim que recebeu o prêmio. Embora em algumas de suas ocorrências, especialmente
(D) porque conseguiu um desconto. na zona rural, esteja confinada a bolsões invisíveis aos olhos
(E) apesar do preço muito elevado. dos brasileiros mais bem posicionados na escala social, a
miséria é onipresente. Nas grandes cidades, com aterrori-
27. É importante que todos participem da reunião. zante frequência, ela atravessa o fosso social profundo e se
O segmento que todos participem da reunião, em rela- manifesta de forma violenta. A mais assustadora dessas
ção a manifestações é a criminalidade, que, se não tem na pobre-
É importante, é uma oração subordinada za sua única causa, certamente em razão dela se tornou
(A) adjetiva com valor restritivo. mais disseminada e cruel. Explicar a resistência da pobreza
(B) substantiva com a função de sujeito. extrema entre milhões de habitantes não é uma empreitada
(C) substantiva com a função de objeto direto. simples.
(D) adverbial com valor condicional. Veja, ed. 1735
(E) substantiva com a função de predicativo.
31. O título dado ao texto se justifica porque:
28. Ele realizou o trabalho como seu chefe o orientou. A A) a miséria abrange grande parte de nossa população;
relação estabelecida pelo termo como é de B) a miséria é culpa da classe dominante;
(A) comparatividade. C) todos os governantes colaboraram para a miséria co-
(B) adição. mum;
(C) conformidade. D) a miséria deveria ser preocupação de todos nós;
(D) explicação. E) um mal tão intenso atinge indistintamente a todos.
(E) consequência.
32. A primeira pergunta - ''Como entender a resistência da
29. A região alvo da expansão das empresas, _____, das miséria no Brasil, uma chaga social que remonta aos
redes de franquias, é a Sudeste, ______ as demais re- primórdios da colonização?'':
giões também serão contempladas em diferentes pro- A) tem sua resposta dada no último parágrafo;
porções; haverá, ______, planos diversificados de a- B) representa o tema central de todo o texto;
cordo com as possibilidades de investimento dos pos- C) é só uma motivação para a leitura do texto;
síveis franqueados. D) é uma pergunta retórica, à qual não cabe resposta;
A alternativa que completa, correta e respectivamente, E) é uma das perguntas do texto que ficam sem resposta.
as lacunas e relaciona corretamente as ideias do texto,
é: 33. Após a leitura do texto, só NÃO se pode dizer da misé-
(A) digo ... portanto ... mas ria no Brasil que ela:
(B) como ... pois ... mas A) é culpa dos governos recentes, apesar de seu trabalho
(C) ou seja ... embora ... pois produtivo em outras áreas;
(D) ou seja ... mas ... portanto B) tem manifestações violentas, como a criminalidade nas
(E) isto é ... mas ... como grandes cidades;
C) atinge milhões de habitantes, embora alguns deles não
30. Assim que as empresas concluírem o processo de apareçam para a classe dominante;
seleção dos investidores, os locais das futuras lojas de D) é de difícil compreensão, já que sua presença não se
franquia serão divulgados. coaduna com a de outros indicadores sociais;
A alternativa correta para substituir Assim que as em- E) tem razões históricas e se mantém em níveis estáveis
presas concluírem o processo de seleção dos investi- nas últimas décadas.
dores por uma oração reduzida, sem alterar o sentido
da frase, é: 34. O melhor resumo das sete primeiras linhas do texto é:
(A) Porque concluindo o processo de seleção dos investi- A) Entender a miséria no Brasil é impossível, já que todos
dores ... os outros indicadores sociais melhoraram;
(B) Concluído o processo de seleção dos investidores ... B) Desde os primórdios da colonização a miséria existe no
(C) Depois que concluíssem o processo de seleção dos Brasil e se mantém onipresente;
investidores ... C) A miséria no Brasil tem fundo histórico e foi alimentada
(D) Se concluído do processo de seleção dos investido- por governos incompetentes;
res... D) Embora os indicadores sociais mostrem progresso em
(E) Quando tiverem concluído o processo de seleção dos muitas áreas, a miséria ainda atinge uma pequena par-
investidores ... te de nosso povo;
E) Todos os indicadores sociais melhoraram exceto o
A MISÉRIA É DE TODOS NÓS indicador da miséria que leva à criminalidade.
Como entender a resistência da miséria no Brasil, uma
chaga social que remonta aos primórdios da colonização? 35. As marcas de progresso em nosso país são dadas com
No decorrer das últimas décadas, enquanto a miséria se apoio na quantidade, exceto:

Língua Portuguesa 53 A Opção Certa Para a Sua Realização


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A) frequência escolar; Quem nunca viu um menor abandonado? A cinco pas-
B) liderança diplomática; sos, na casa de sucos de frutas, vários casais de jovens
C) mortalidade infantil; tomavam sucos de frutas, alguns mastigavam sanduíches.
D) analfabetismo; Além, na esquina da praça, o carro da radiopatrulha estacio-
E) desempenho econômico. nado, dois boinas-pretas conversando do lado de fora. Nin-
guém tomava conhecimento da existência do menino.
36. ''No campo diplomático, começa a exercitar seus mús-
culos.''; com essa frase, o jornalista quer dizer que o Segundo as estatísticas, como ele existem nada menos
Brasil: que 25 milhões no Brasil, que se pode fazer? Qual seria a
A) já está suficientemente forte para começar a exercer reação do menino se eu o acordasse para lhe dar todo o
sua liderança na América Latina; dinheiro que trazia no bolso? Resolveria o seu problema? O
B) já mostra que é mais forte que seus países vizinhos; problema do menor abandonado? A injustiça social?
C) está iniciando seu trabalho diplomático a fim de marcar (....)
presença no cenário exterior;
D) pretende mostrar ao mundo e aos países vizinhos que Vinte e cinco milhões de menores - um dado abstrato,
já é suficientemente forte para tornar-se líder; que a imaginação não alcança. Um menino sem pai nem
E) ainda é inexperiente no trato com a política exterior. mãe, sem o que comer nem onde dormir - isto é um menor
abandonado. Para entender, só mesmo imaginando meu
37. Segundo o texto, ''A miséria é onipresente'' embora: filho largado no mundo aos seis, oito ou dez anos de idade,
A) apareça algumas vezes nas grandes cidades; sem ter para onde ir nem para quem apelar. Imagino que ele
B) se manifeste de formas distintas; venha a ser um desses que se esgueiram como ratos em
C) esteja escondida dos olhos de alguns; torno aos botequins e lanchonetes e nos importunam cutu-
D) seja combatida pelas autoridades; cando-nos de leve - gesto que nos desperta mal contida
E) se torne mais disseminada e cruel. irritação - para nos pedir um trocado. Não temos disposição
sequer para olhá-lo e simplesmente o atendemos (ou não)
38. ''...não é uma empreitada simples'' equivale a dizer que para nos livrarmos depressa de sua incômoda presença.
é uma empreitada complexa; o item em que essa equi- Com o sentimento que sufocamos no coração, escrevería-
valência é feita de forma INCORRETA é: mos toda a obra de Dickens. Mas estamos em pleno século
A) não é uma preocupação geral = é uma preocupação XX, vivendo a era do progresso para o Brasil, conquistando
superficial; um futuro melhor para os nossos filhos. Até lá, que o menor
B) não é uma pessoa apática = é uma pessoa dinâmica; abandonado não chateie, isto é problema para o juizado de
C) não é uma questão vital = é uma questão desimportan- menores. Mesmo porque são todos delinquentes, pivetes na
te; escola do crime, cedo terminarão na cadeia ou crivados de
D) não é um problema universal = é um problema particu- balas pelo Esquadrão da Morte.
lar;
E) não é uma cópia ampliada = é uma cópia reduzida. Pode ser. Mas a verdade é que hoje eu vi meu filho dor-
mindo na rua, exposto ao frio da noite, e além de nada ter
39. ''...enquanto a miséria se mantinha...''; colocando-se o feito por ele, ainda o confundi com um monte de lixo.
verbo desse segmento do texto no futuro do subjuntivo, Fernando Sabino
a forma correta seria:
A) mantiver; 41 Uma crônica, como a que você acaba de ler, tem como
B) manter; melhor definição:
C) manterá; A) registro de fatos históricos em ordem cronológica;
D) manteria; B) pequeno texto descritivo geralmente baseado em fatos
E) mantenha. do cotidiano;
C) seção ou coluna de jornal sobre tema especializado;
40. A forma de infinitivo que aparece substantivada nos D) texto narrativo de pequena extensão, de conteúdo e
segmentos abaixo é: estrutura bastante variados;
A) ''Como entender a resistência da miséria...''; E) pequeno conto com comentários, sobre temas atuais.
B) ''No decorrer das últimas décadas...'';
C) ''...desde que se passou a registrá-las...''; 42 O texto começa com os tempos verbais no pretérito
D) ''...começa a exercitar seus músculos.''; imperfeito - vinha, faltavam - e, depois, ocorre a mu-
E) ''...por ter se tornado um forte oponente...''. dança para o pretérito perfeito - olhei, vi etc.; essa mu-
dança marca a passagem:
PROTESTO TÍMIDO A) do passado para o presente;
Ainda há pouco eu vinha para casa a pé, feliz da minha B) da descrição para a narração;
vida e faltavam dez minutos para a meia-noite. Perto da C) do impessoal para o pessoal;
Praça General Osório, olhei para o lado e vi, junto à parede, D) do geral para o específico;
antes da esquina, algo que me pareceu uma trouxa de rou- E) do positivo para o negativo.
pa, um saco de lixo. Alguns passos mais e pude ver que era
um menino. 43 ''...olhei para o lado e vi, junto à parede, antes da es-
quina, ALGO que me pareceu uma trouxa de roupa...'';
Escurinho, de seus seis ou sete anos, não mais. Deitado o uso do termo destacado se deve a que:
de lado, braços dobrados como dois gravetos, as mãos pro- A) o autor pretende comparar o menino a uma coisa;
tegendo a cabeça. Tinha os gambitos também encolhidos e B) o cronista antecipa a visão do menor abandonado co-
enfiados dentro da camisa de meia esburacada, para se mo um traste inútil;
defender contra o frio da noite. Estava dormindo, como podia C) a situação do fato não permite a perfeita identificação
estar morto. Outros, como eu, iam passando, sem tomar do menino;
conhecimento de sua existência. Não era um ser humano, D) esse pronome indefinido tem valor pejorativo;
era um bicho, um saco de lixo mesmo, um traste inútil, a- E) o emprego desse pronome ocorre em relação a coisas
bandonado sobre a calçada. Um menor abandonado. ou a pessoas.

Língua Portuguesa 54 A Opção Certa Para a Sua Realização


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44 ''Ainda há pouco eu vinha para casa a pé,...''; veja as
quatro frases a seguir: RESPOSTAS – PROVA I
I - Daqui há pouco vou sair. 01. D 11. B 21. B 31. D 41. D
I - Está no Rio há duas semanas. 02. A 12. A 22. A 32. B 42. B
III - Não almoço há cerca de três dias. 03. C 13. C 23. C 33. A 43. C
IV - Estamos há cerca de três dias de nosso destino. 04. E 14. E 24. E 34. A 44. E
As frases que apresentam corretamente o emprego do 05. A 15. C 25. D 35. B 45. A
verbo haver são: 06. B 16. A 26. E 36. C 46. A
A) I - II 07. D 17. B 27. B 37. C 47. D
B) I - III 08. E 18. E 28. C 38. A 48. C
C) II - IV 09. C 19. D 29. D 39. A 49. B
D) I - IV 10. D 20. A 30. B 40. B 50. C
E) II - III
PROVA SIMULADA II
45 O comentário correto sobre os elementos do primeiro
parágrafo do texto é: 01. Ache o verbo que está erradamente conjugado no pre-
A) o cronista situa no tempo e no espaço os acontecimen- sente do subjuntivo:
tos abordados na crônica; a ( ) requera ; requeras ; requera ; requeiramos ; requeirais ;
B) o cronista sofre uma limitação psicológica ao ver o requeram
menino b ( ) saúde ; saúdes ; saúde ; saudemos ; saudeis ; saúdem
C) a semelhança entre o menino abandonado e uma trou- c ( ) dê ; dês ; dê ; demos ; deis ; dêem
xa de roupa é a sujeira; d ( ) pule ; pules ; pule ; pulamos ; pulais ; pulem
D) a localização do fato perto da meia-noite não tem im- e ( ) frija ; frijas ; frija ; frijamos ; frijais ; frijam
portância para o texto;
E) os fatos abordados nesse parágrafo já justificam o título 02. Assinale a alternativa falsa:
da crônica. a ( ) o presente do subjuntivo, o imperativo afirmativo e o
imperativo negativo são tempos derivados do presente do
46 Boinas-pretas é um substantivo composto que faz o indicativo;
plural da mesma forma que: b ( ) os verbos progredir e regredir são conjugados pelo
A) salvo-conduto; modelo agredir;
B) abaixo-assinado; c ( ) o verbo prover segue ver em todos os tempos;
C) salário-família; d ( ) a 3.ª pessoa do singular do verbo aguar, no presente do
D) banana-prata; subjuntivo é : ágüe ou agúe;
E) alto-falante. e ( ) os verbos prever e rever seguem o modelo ver.
47 A descrição do menino abandonado é feita no segundo 03. Marque o verbo que na 2ª pessoa do singular, do presen-
parágrafo do texto; o que NÃO se pode dizer do pro- te do indicativo, muda para "e" o "i" que apresenta na penúl-
cesso empregado para isso é que o autor: tima sílaba?
A) se utiliza de comparações depreciativas; a ( ) imprimir
B) lança mão de vocábulo animalizador; b ( ) exprimir
C) centraliza sua atenção nos aspectos físicos do menino; c ( ) tingir
D) mostra precisão em todos os dados fornecidos; d ( ) frigir
E) usa grande número de termos adjetivadores. e ( ) erigir
48 ''Estava dormindo, como podia estar morto''; esse seg- 04. Indique onde há erro:
mento do texto significa que: a ( ) os puros-sangues simílimos
A) a aparência do menino não permitia saber se dormia ou b ( ) os navios-escola utílimos
estava morto; c ( ) os guardas-mores agílimos
B) a posição do menino era idêntica à de um morto; d ( ) as águas-vivas aspérrimas
C) para os transeuntes, não fazia diferença estar o menino e ( ) as oitavas-de-final antiqüíssimas
dormindo ou morto;
D) não havia diferença, para a descrição feita, se o menino 05. Marque a alternativa verdadeira:
estava dormindo ou morto; a ( ) o plural de mau-caráter é maus-caráteres;
E) o cronista não sabia sobre a real situação do menino. b ( ) chamam-se epicenos os substantivos que têm um só
gênero gramatical para designar pessoas de ambos os se-
49 Alguns textos, como este, trazem referências de outros xos;
momentos históricos de nosso país; o segmento do tex- c ( ) todos os substantivos terminados em -ão formam o
to em que isso ocorre é: feminino mudando o final em -ã ou -ona;
A) ''Perto da Praça General Osório, olhei para o lado e d ( ) os substantivos terminados em -a sempre são femini-
vi...''; nos;
B) ''...ou crivados de balas pelo Esquadrão da Morte''; e ( ) são comuns de dois gêneros todos os substantivos ou
C) ''...escreveríamos toda a obra de Dickens''; adjetivos substantivados terminados em -ista.
D) ''...isto é problema para o juizado de menores'';
E) ''Escurinho, de seus seis ou sete anos, não mais''. 06. Identifique onde há erro de regência verbal:
a ( ) Não faça nada que seja contrário dos bons princípios.
50 ''... era um bicho...''; a figura de linguagem presente b ( ) Esse produto é nocivo à saúde.
neste segmento do texto é uma: c ( ) Este livro é preferível àquele.
A) metonímia; d ( ) Ele era suspeito de ter roubado a loja.
B) comparação ou símile; e ( ) Ele mostrou-se insensível a meus apelos.
C) metáfora;
D) prosopopeia; 07. Abaixo, há uma frase onde a regência nominal não foi
E) personificação. obedecida. Ache-a:

Língua Portuguesa 55 A Opção Certa Para a Sua Realização


PORTUGUÊS –

APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos


a ( ) Éramos assíduos às festas da escola.
b ( ) Os diretores estavam ausentes à reunião. 16. Identifique o termo acessório da oração:
c ( ) O jogador deu um empurrão ao árbitro. a ( ) adjunto adverbial
d ( ) Nossa casa ficava rente do rio. b ( ) objeto indireto
e ( ) A entrega é feita no domicílio. c ( ) sujeito
d ( ) predicado
08. Marque a afirmativa incorreta sobre o uso da vírgula: e ( ) agente da passiva
a ( ) usa-se a vírgula para separar o adjunto adverbial ante-
posto; 17. Qual a afirmativa falsa sobre orações coordenadas?
b ( ) a vírgula muitas vezes pode substituir a conjunção e; a ( ) as coordenadas quando separadas por vírgula, se ligam
c ( ) a vírgula é obrigatória quando o objeto pleonástico for pelo sentido geral do período;
representado por pronome oblíquo tônico; b ( ) uma oração coordenada muitas vezes é sujeito ou com-
d ( ) a presença da vírgula não implica pausa na fala; plemento de outra;
e ( ) nunca se deve usar a vírgula entre o sujeito e o verbo. c ( ) as coordenadas sindéticas subdividem-se de acordo
com o sentido e com as conjunções que as ligam;
09. Marque onde há apenas um vocábulo erradamente escri- d ( ) as coordenadas conclusivas encerram a dedução ou
to: conclusão de um raciocínio;
a ( ) abóboda ; idôneo ; mantegueira ; eu quiz e ( ) no período composto por coordenação, as orações são
b ( ) viço ; sócio-econômico ; pexote ; hidravião independentes entre si quanto ao relacionamento sintático.
c ( ) hilariedade ; caçoar ; alforje ; apasiguar
d ( ) alizar ; aterrizar ; óbulo ; teribintina
e ( ) chale ; umedescer ; páteo ; obceno RESPOSTAS

10. Identifique onde não ocorre a crase: 01. A 06. A 11. B 16. A
a ( ) Não agrade às girafas com comida, diz o cartaz. 02. C 07. A 12. D 17. B
b ( ) Isso não atende às exigências da firma. 03. D 08. C 13. D
c ( ) Sempre obedeço à sinalização. 04. B 09. B 14. C
d ( ) Só visamos à alegria. 05. E 10. A 15. B
e ( ) Comuniquei à diretoria a minha decisão.

11. Assinale onde não ocorre a concordância nominal:


a ( ) As salas ficarão tão cheias quanto possível.
b ( ) Tenho bastante dúvidas.
c ( ) Eles leram o primeiro e segundo volumes.
d ( ) Um e outro candidato virá.
e ( ) Não leu nem um nem outro livro policiais.

12. Marque onde o termo em destaque está erradamente


empregado:
a ( ) Elas ficaram todas machucadas.
b ( ) Fiquei quite com a mensalidade.
c ( ) Os policiais estão alerta.
d ( ) As cartas foram entregues em mãos.
e ( ) Neste ano, não terei férias nenhumas.

13. Analise sintaticamente o termo em destaque:


"A marcha alegre se espalhou na avenida..."
a ( ) predicado
b ( ) agente da passiva
c ( ) objeto direto
d ( ) adjunto adverbial
e ( ) adjunto adnominal

14. Marque onde o termo em destaque não representa a


função sintática ao lado:
a ( ) João acordou doente. (predicado verbo-nominal)
b ( ) Mataram os meus dois gatos. (adjuntos adnominais)
c ( ) Eis a encomenda que Maria enviou. (adjunto adverbial)
d ( ) Vendem-se livros velhos. (sujeito)
e ( ) A idéia de José foi exposta por mim a Rosa. (objeto
indireto)

15. Ache a afirmativa falsa:


a ( ) usam-se os parênteses nas indicações bibliográficas;
b ( ) usam-se as reticências para marcar, nos diálogos, a
mudança de interlocutor;
c ( ) usa-se o ponto-e-vírgula para separar orações coorde-
nadas assindéticas de maior extensão;
d ( ) usa-se a vírgula para separar uma conjunção colocada
no meio da oração;
e ( ) usa-se o travessão para isolar palavras ou frases, des-
tacando-as.

Língua Portuguesa 56 A Opção Certa Para a Sua Realização

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