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TÉCNICO EM ENFERMAGEM

COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE uma primeira noção do tema, extraindo informações


importantes e verificando a mensagem do escritor. No
TEXTOS
segundo tipo de leitura, é aconselhável grifar trechos

A interpretação de textos é primordial para a importantes, palavras-chaves e relacionar cada

resolução de questões e também para a produção de parágrafo com a ideia central do texto.

novos textos, como a redação para concursos. Ela está


Geralmente, um texto é organizado de acordo com
relacionada a leitura que um indivíduo tem de um texto
seus parágrafos, cada um seguindo uma linha de
e o que ele conseguiu extrair e entender de seu
raciocínio diferente e de acordo com os tipos de texto,
significado, captando a mensagem que o autor queria
que podem ser narrativo, descritivo e dissertativo. Cada
transmitir.
tipo desses, possui uma forma diferente de organização

Assim, é preciso entender que o texto é a unidade do conteúdo.

principal de organização de informações, ideias e


Os concursos apresentam questões interpretativas
conceitos. Ele sempre terá um interlocutor, ou seja, o
que têm por finalidade a identificação de um leitor
indivíduo que irá lê-lo.
autônomo. Portanto, o candidato deve compreender os

Nas provas de concursos públicos, o candidato níveis estruturais da língua por meio da lógica, além de

deve ter o hábito de fazer leituras diárias, pois é através necessitar de um bom léxico internalizado.

dela que o indivíduo terá um vocabulário mais amplo e


As frases produzem significados diferentes de
um conhecimento aprimorado da língua portuguesa.
acordo com o contexto em que estão inseridas. Torna-
Praticar a leitura, faz com que a interpretação seja mais
se, assim, necessário sempre fazer um confronto entre
aguçada e o concurseiro possa entender os enunciados
todas as partes que compõem o texto.
de outras questões no decorrer de sua prova. Ao
estudar, se houverem palavras não entendidas, procure Além disso, é fundamental apreender as
no dicionário. Ele será seu companheiro na hora das informações apresentadas por trás do texto e as
dúvidas. inferências a que ele remete. Este procedimento
justifica-se por um texto ser sempre produto de uma
Em questões que cobram a interpretação de textos
postura ideológica do autor diante de uma temática
como por exemplo aquelas que existem textos de
qualquer.
autores famosos ou de notícias, procure entender bem
o enunciado e verificar o que está sendo cobrado, pois Denotação e Conotação
é preciso responder o que exatamente está sendo
Sabe-se que não há associação necessária entre
cobrado no texto e não aquilo que o candidato pensa.
significante (expressão gráfica, palavra) e significado,
Ao ler um texto procure atingir dois níveis de por esta ligação representar uma convenção. É baseado
leitura: leitura informativa e de reconhecimento e neste conceito de signo linguístico (significante +
leitura interpretativa. No primeiro caso, deve-se ter
significado) que se constroem as noções de denotação de cada parágrafo. Este tipo de procedimento aguça a
e conotação. memória visual, favorecendo o entendimento.

O sentido denotativo das palavras é aquele Não se pode desconsiderar que, embora a
encontrado nos dicionários, o chamado sentido interpretação seja subjetiva, há limites. A preocupação
verdadeiro, real. Já o uso conotativo das palavras é a deve ser a captação da essência do texto, a fim de
atribuição de um sentido figurado, fantasioso e que, responder às interpretações que a banca considerou
para sua compreensão, depende do contexto. Sendo como pertinentes.
assim, estabelece-se, numa determinada construção
No caso de textos literários, é preciso conhecer a
frasal, uma nova relação entre significante e significado.
ligação daquele texto com outras formas de cultura,
Os textos literários exploram bastante as outros textos e manifestações de arte da época em que
construções de base conotativa, numa tentativa de o autor viveu. Se não houver esta visão global dos
extrapolar o espaço do texto e provocar reações momentos literários e dos escritores, a interpretação
diferenciadas em seus leitores. pode ficar comprometida. Aqui não se podem dispensar
as dicas que aparecem na referência bibliográfica da
Ainda com base no signo linguístico, encontra-se o
fonte e na identificação do autor.
conceito de polissemia (que tem muitas significações).
A última fase da interpretação concentra-se nas
Algumas palavras, dependendo do contexto,
perguntas e opções de resposta. Aqui são fundamentais
assumem múltiplos significados, como, por exemplo, a
marcações de palavras como não, exceto, errada,
palavra ponto: ponto de ônibus, ponto de vista, ponto
respectivamente etc. que fazem diferença na escolha
final, ponto de cruz. Neste caso, não se está atribuindo
adequada. Muitas vezes, em interpretação, trabalha-se
um sentido fantasioso à palavra ponto, e sim ampliando
com o conceito do "mais adequado", isto é, o que
sua significação através de expressões que lhe
responde melhor ao questionamento proposto. Por
completem e esclareçam o sentido.
isso, uma resposta pode estar certa para responder à

Como Ler e Entender Bem um Texto pergunta, mas não ser a adotada como gabarito pela
banca examinadora por haver uma outra alternativa
Basicamente, deve-se alcançar a dois níveis de mais completa.
leitura: a informativa e de reconhecimento e a
interpretativa. A primeira deve ser feita de maneira Ainda cabe ressaltar que algumas questões

cautelosa por ser o primeiro contato com o novo texto. apresentam um fragmento do texto transcrito para ser

Desta leitura, extraem-se informações sobre o a base de análise. Nunca deixe de retornar ao texto,

conteúdo abordado e prepara-se o próximo nível de mesmo que aparentemente pareça ser perda de tempo.

leitura. Durante a interpretação propriamente dita, A descontextualização de palavras ou frases, certas

cabe destacar palavras-chave, passagens importantes, vezes, são também um recurso para instaurar a dúvida

bem como usar uma palavra para resumir a ideia central no candidato. Leia a frase anterior e a posterior para ter
ideia do sentido global proposto pelo autor, desta
maneira a resposta será mais consciente e segura.

***
TIPOLOGIA TEXTUAL E GÊNEROS TEXTUAIS 4. Dissertação-Exposição

Apresenta um saber já construído e legitimado, ou


1. Narração
um saber teórico. Apresenta informações sobre
Modalidade em que se conta um fato, fictício ou
assuntos, expõe, reflete, explica e avalia idéias de modo
não, que ocorreu num determinado tempo e lugar,
objetivo. O texto expositivo apenas expõe ideias sobre
envolvendo certos personagens. Refere-se a objetos do
mundo real. Há uma relação de anterioridade e um determinado assunto. A intenção é informar,
esclarecer. Ex: aula, resumo, textos científicos,
posterioridade. O tempo verbal predominante é o
enciclopédia, textos expositivos de revistas e jornais,
passado. Estamos cercados de narrações desde as que
etc.
nos contam histórias infantis até às piadas do cotidiano.
É o tipo predominante nos gêneros: conto, fábula,
5. Dissertação-Argumentação
crônica, romance, novela, depoimento, piada, relato,
etc. Um texto dissertativo-argumentativo faz a defesa
de ideias ou um ponto de vista do autor. O texto, além
de explicar, também persuade o interlocutor,
2. Descrição
objetivando convencê-lo de algo. Caracteriza-se pela
Um texto em que se faz um retrato por escrito de
progressão lógica de ideias. Geralmente utiliza
um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A classe
linguagem denotativa. É tipo predominante em:
de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo,
sermão, ensaio, monografia, dissertação, tese, ensaio,
pela sua função caracterizadora. Numa abordagem mais
abstrata, pode-se até descrever sensações ou manifesto, crítica, editorial de jornais e revistas.

sentimentos. Não há relação de anterioridade e


6. Injunção/Instrucional
posterioridade. Significa "criar" com palavras a imagem
Indica como realizar uma ação. Utiliza linguagem
do objeto descrito. É fazer uma descrição minuciosa do
objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria,
objeto ou da personagem a que o texto se Pega. É um
empregados no modo imperativo, porém nota-se
tipo textual que se agrega facilmente aos outros tipos
em diversos gêneros textuais. Tem predominância em também o uso do infinitivo e o uso do futuro do

gêneros como: cardápio, folheto turístico, anúncio presente do modo indicativo. Ex: ordens; pedidos;
súplica; desejo; manuais e instruções para montagem
classificado, etc.
ou uso de aparelhos e instrumentos; textos com regras
de comportamento; textos de orientação (ex:
3. Dissertação
recomendações de trânsito); receitas, cartões com
Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar
votos e desejos (de natal, aniversário, etc.).
um assunto, discorrer sobre ele. Dependendo do
objetivo do autor, pode ter caráter expositivo ou OBS: Os tipos listados acima são um consenso entre
os gramáticos. Muitos consideram também que o tipo
argumentativo.
Predição possui características suficientes para ser
definido como tipo textual, e alguns outros possuem o Propaganda: é um gênero textual dissertativo-
mesmo entendimento para o tipo Dialogal. expositivo onde há a o intuito de propagar informações
sobre algo, buscando sempre atingir e influenciar o
7. Predição leitor apresentando, na maioria das vezes, mensagens
Caracterizado por predizer algo ou levar o que despertam as emoções e a sensibilidade do mesmo.
interlocutor a crer em alguma coisa, a qual ainda está
por ocorrer. É o tipo predominante nos gêneros: Bula de remédio: é um gênero textual descritivo,
previsões astrológicas, previsões meteorológicas, dissertativo-expositivo e injuntivo que tem por
previsões escatológicas/apocalípticas. obrigação fornecer as informações necessárias para o
correto uso do medicamento.
8. Dialogal / Conversacional
Caracteriza-se pelo diálogo entre os interlocutores. Receita: é um gênero textual descritivo e injuntivo
É o tipo predominante nos gêneros: entrevista, que tem por objetivo informar a fórmula para preparar
conversa telefônica, chat, etc. tal comida, descrevendo os ingredientes e o preparo
destes, além disso, com verbos no imperativo, dado o
GÊNEROS TEXTUAIS sentido de ordem, para que o leitor siga corretamente
as instruções.
Os Gêneros textuais são as estruturas com que se
compõem os textos, sejam eles orais ou escritos. Essas Tutorial: é um gênero injuntivo que consiste num
estruturas são socialmente reconhecidas, pois se guia que tem por finalidade explicar ao leitor, passo a
mantêm sempre muito parecidas, com características passo e de maneira simplificada, como fazer algo.
comuns, procuram atingir intenções comunicativas
semelhantes e ocorrem em situações específicas. Pode- Editorial: é um gênero textual dissertativo-
se dizer que se tratam das variadas formas de linguagem argumentativo que expressa o posicionamento da
que circulam em nossa sociedade, sejam eles formais ou empresa sobre determinado assunto, sem a obrigação
informais. Cada gênero textual tem seu estilo próprio, da presença da objetividade.
podendo então, ser identificado e diferenciado dos
demais através de suas características. Exemplos: Notícia: podemos perfeitamente identificar
características narrativas, o fato ocorrido que se deu em
Carta: quando se trata de "carta aberta" ou "carta um determinado momento e em um determinado lugar,
ao leitor", tende a ser do tipo dissertativo- envolvendo determinadas personagens. Características
argumentativo com uma linguagem formal, em que se do lugar, bem como dos personagens envolvidos são,
escreve à sociedade ou a leitores. Quando se trata de muitas vezes, minuciosamente descritos.
"carta pessoal", a presença de aspectos narrativos ou
descritivos e uma linguagem pessoal é mais comum. Reportagem: é um gênero textual jornalístico de
caráter dissertativo-expositivo. A reportagem tem, por
objetivo, informar e levar os fatos ao leitor de uma comove pode ser considerado como poético (até
maneira clara, com linguagem direta. mesmo uma peça ou um filme podem ser assim
considerados). Um subgênero é a prosa poética,
Entrevista: é um gênero textual marcada pela tipologia dialogal.
fundamentalmente dialogal, representado pela
conversação de duas ou mais pessoas, o entrevistador e GÊNEROS LITERÁRIOS:
o(s) entrevistado(s), para obter informações sobre ou
do entrevistado, ou de algum outro assunto. Gênero Narrativo:
Geralmente envolve também aspectos dissertativo-
expositivos, especialmente quando se trata de Na Antiguidade Clássica, os padrões literários
entrevista a imprensa ou entrevista jornalística. Mas reconhecidos eram apenas o épico, o lírico e o
pode também envolver aspectos narrativos, como na dramático. Com o passar dos anos, o gênero épico
entrevista de emprego, ou aspectos descritivos, como passou a ser considerado apenas uma variante do
na entrevista médica. gênero literário narrativo, devido ao surgimento de
concepções de prosa com características diferentes: o
História em quadrinhos: é um gênero narrativo romance, a novela, o conto, a crônica, a fábula. Porém,
que consiste em enredos contados em pequenos praticamente todas as obras narrativas possuem
quadros através de diálogos diretos entre seus elementos estruturais e estilísticos em comum e devem
personagens, gerando uma espécie de conversação. responder a questionamentos, como: quem? o que?
quando? onde? por quê? Vejamos a seguir:
Charge: é um gênero textual narrativo onde se faz
uma espécie de ilustração cômica, através de Épico (ou Epopeia)
caricaturas, com o objetivo de realizar uma sátira, crítica Os textos épicos são geralmente longos e narram
ou comentário sobre algum acontecimento atual, em histórias de um povo ou de uma nação, envolvem
sua grande maioria. aventuras, guerras, viagens, gestos heroicos, etc.
Poema: trabalho elaborado e estruturado em Normalmente apresentam um tom de exaltação, isto é,
versos. Além dos versos, pode ser estruturado em de valorização de seus heróis e seus feitos. Dois
estrofes. Rimas e métrica também podem fazer parte de exemplos são Os Lusíadas, de Luís de Camões, e
sua composição. Pode ou não ser poético. Dependendo Odisséia, de Homero.
de sua estrutura, pode receber classificações
específicas, como haicai, soneto, epopeia, poema Romance
figurado, dramático, etc. Em geral, a presença de É um texto completo, com tempo, espaço e
aspectos narrativos e descritivos são mais frequentes personagens bem definidos e de caráter mais
neste gênero. verossímil. Também conta as façanhas de um herói, mas
Poesia: é o conteúdo capaz de transmitir emoções principalmente uma história de amor vivida por ele e
por meio de uma linguagem, ou seja, tudo o que toca e uma mulher, muitas vezes, “proibida” para ele. Apesar
dos obstáculos que o separam, o casal vive sua paixão especialmente, quando aparece em seção ou artigo de
proibida, física, adúltera, pecaminosa e, por isso, jornal, revistas e programas da TV.
costuma ser punido no final. É o tipo de narrativa mais
comum na Idade Média. Ex: Tristão e Isolda. Crônica narrativo-descritiva
Apresenta alternância entre os momentos
Novela: narrativos e manifestos descritivos.
É um texto caracterizado por ser intermediário
entre a longevidade do romance e a brevidade do conto. Ensaio:
Como exemplos de novelas, podem ser citadas as obras É um texto literário breve, situado entre o poético
O Alienista, de Machado de Assis, e A Metamorfose, de e o didático, expondo ideias, críticas e reflexões morais
Kafka. e filosóficas a respeito de certo tema. É menos formal e
mais flexível que o tratado. Consiste também na defesa
Conto: é um texto narrativo breve, e de ficção, de um ponto de vista pessoal e subjetivo sobre um tema
geralmente em prosa, que conta situações rotineiras, (humanístico, filosófico, político, social, cultural, moral,
anedotas e até folclores. Inicialmente, fazia parte da comportamental, etc.), sem que se paute em
literatura oral. Boccacio foi o primeiro a reproduzi-lo de formalidades como documentos ou provas empíricas ou
forma escrita com a publicação de Decamerão. Diversos dedutivas de caráter científico. Exemplo: Ensaio sobre a
tipos do gênero textual conto surgiram na tipologia cegueira, de José Saramago e Ensaio sobre a tolerância,
textual narrativa: conto de fadas, que envolve de John Locke.
personagens do mundo da fantasia; contos de aventura,
que envolvem personagens em um contexto mais GÊNERO DRAMÁTICO:
próximo da realidade; contos folclóricos (conto
popular); contos de terror ou assombração, que se Trata-se do texto escrito para ser encenado no
desenrolam em um contexto sombrio e objetivam teatro. Nesse tipo de texto, não há um narrador
causar medo no expectador; contos de mistério, que contando a história. Ela “acontece” no palco, ou seja, é
envolvem o suspense e a solução de um mistério. representada por atores, que assumem os papéis das
personagens nas cenas.
Fábula: é um texto de caráter fantástico que busca
ser inverossímil. As personagens principais são não Tragédia
humanos e a finalidade é transmitir alguma lição de É a representação de um fato trágico, suscetível de
moral. provocar compaixão e terror. Aristóteles afirmava que a
tragédia era "uma representação duma ação grave, de
Crônica: é uma narrativa informal, breve, ligada à alguma extensão e completa, em linguagem figurada,
vida cotidiana, com linguagem coloquial. Pode ter um com atores agindo, não narrando, inspirando dó e
tom humorístico ou um toque de crítica indireta, terror". Ex: Romeu e Julieta, de Shakespeare.
Farsa Elegia
É uma pequena peça teatral, de caráter ridículo e É um texto de exaltação à morte de alguém, sendo
caricatural, que critica a sociedade e seus costumes; que a morte é elevada como o ponto máximo do texto.
baseia-se no lema latino ridendo castigat mores (rindo, O emissor expressa tristeza, saudade, ciúme, decepção,
castigam-se os costumes). A farsa consiste no exagero desejo de morte. É um poema melancólico. Um bom
do cômico, graças ao emprego de processos grosseiros, exemplo é a peça Roan e yufa, de william shakespeare.
como o absurdo, as incongruências, os equívocos, os
enganos, a caricatura, o humor primário, as situações Epitalâmia:
ridículas. É um texto relativo às noites nupciais líricas, ou
seja, noites românticas com poemas e cantigas. Um
Comédia bom exemplo de epitalâmia é a peça Romeu e Julieta
É a representação de um fato inspirado na vida e nas noites nupciais.
no sentimento comum, de riso fácil. Sua origem grega
está ligada às festas populares. Ode (ou hino):
É o poema lírico em que o emissor faz uma
Tragicomédia homenagem à pátria (e aos seus símbolos), às
Modalidade em que se misturam elementos divindades, à mulher amada, ou a alguém ou algo
trágicos e cômicos. Originalmente, significava a mistura importante para ele. O hino é uma ode com
do real com o imaginário. acompanhamento musical;

Poesia de cordel Idílio (ou écloga):


Texto tipicamente brasileiro em que se retrata, É o poema lírico em que o emissor expressa uma
com forte apelo linguístico e cultural nordestinos, fatos homenagem à natureza, às belezas e às riquezas que ela
diversos da sociedade e da realidade vivida por este dá ao homem. É o poema bucólico, ou seja, que
povo. expressa o desejo de desfrutar de tais belezas e riquezas
ao lado da amada (pastora), que enriquece ainda mais a
GÊNERO LÍRICO paisagem, espaço ideal para a paixão. A écloga é um
É certo tipo de texto no qual um eu lírico (a voz que idílio com diálogos (muito rara);
fala no poema e que nem sempre corresponde à do
autor) exprime suas emoções, ideias e impressões em Sátira
face do mundo exterior. Normalmente os pronomes e É o poema lírico em que o emissor faz uma crítica a
os verbos estão em 1ª pessoa e há o predomínio da alguém ou a algo, em tom sério ou irônico.
função emotiva da linguagem.
Acalanto
ou canção de ninar;
9. Acróstico
(akros = extremidade; stikos = linha), composição
lírica na qual as letras iniciais de cada verso formam uma
palavra ou frase;

Balada
Uma das mais primitivas manifestações poéticas,
são cantigas de amigo (elegias) com ritmo característico
e refrão vocal que se destinam à dança;

Canção (ou Cantiga, Trova)


Poema oral com acompanhamento musical;

Gazal (ou Gazel)


Poesia amorosa dos persas e árabes; odes do
oriente médio;

Haicai
Expressão japonesa que significa “versos cômicos”
(=sátira). E o poema japonês formado de três versos que
somam 17 sílabas assim distribuídas: 1° verso= 5 sílabas;
2° verso = 7 sílabas; 3° verso 5 sílabas;
Soneto
É um texto em poesia com 14 versos, dividido em
dois quartetos e dois tercetos, com rima geralmente em
a-ba-b a-b-b-a c-d-c d-c-d.

Vilancete:
São as cantigas de autoria dos poetas vilões
(cantigas de escárnio e de maldizer); satíricas, portanto.

***
ORTOGRAFIA HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS

Os Porquês Homônimos

1. Por que Vocábulos que se pronunciam da mesma forma, e


que diferem no sentido.
Por qual motivo / Por qual razão / O motivo pelo
qual / Pela qual • Homônimos perfeitos: vocábulos com
pronúncia e grafia idênticas (homófonos e homógrafos).
• Por que não me disse a verdade?
São: 3ª p. p. do verbo ser.
• Gostaria de saber por que não me disse a verdade.
• Eles são inteligentes.
• As causas por que discuti com ele são sérias demais.
São: sadio.
2. por quê = por que
• O menino, felizmente, está são.
Mas sempre bate em algum sinal de pontuação!
São: forma reduzida de santo.
• Você não veio por quê?
• São José é meu santo protetor.
• Não sei por quê.
Eu cedo essa cadeira para minha professora!
• Por quê? Você sabe bem por quê!
Eu nunca acordo cedo!

• Homônimos imperfeitos: vocábulos com


pronúncia igual (homófonos), mas com grafia diferente
(heterógrafos).

Cessão: ato de ceder, cedência

Seção: corte, subdivisão, parte de um todo

Sessão: Espaço de tempo em que se realiza uma


reunião
3. porque = pois
Parônimos
• Ele foi embora, porque foi demitido daqui.
Vocábulos ou expressões que apresentam
• Não vá, porque você é útil aqui. semelhança de grafia e pronúncia, mas que diferem no
sentido.
4. porquê = substantivo
Cavaleiro: homem a cavalo
Usado com artigos, pronomes adjetivos ou
numerais. Cavalheiro: homem gentil

• Ele sabe o porquê de tudo isso. Acender: pôr fogo a

Ascender: elevar-se, subir


• Este porquê é um substantivo.
Acessório: pertences de qualquer instrumento; que não
• Quantos porquês existem na Língua Portuguesa?
é principal
• Existem quatro porquês. Assessório: diz respeito a assistente, adjunto ou
assessor
Caçado: apanhado na caça Tachar: censurar, notar defeito em; pôr prego emTaxar
- determinar a taxa de
Cassado: anulado
Tráfego: trânsito
Censo: recenseamento Senso: juízo
Tráfico: negócio ilícito
Cerra: do verbo cerrar (fechar)
Acento: inflexão de voz, tom de voz, acento
Serra: instrumento cortante; montanha; do v. serrar
(cortar) Assento: base, lugar de sentar-se

Descrição: ato de descrever Concerto: sessão musical; harmonia

Discrição: qualidade de discreto Conserto: remendo, reparação

Descriminar: inocentar Deferir: atender, conceder

Discriminar: distinguir, diferenciar Diferir: ser diferente, distinguir, divergir, discordar

Emergir: sair de onde estava mergulhado Acerca de: Sobre, a respeito de.

Imergir: mergulhar - Falarei acerca de vocês.

Emigração: ato de emigrar A cerca de: A uma distância aproximada de.

Imigração: ato de imigrar - Mora a cerca de dez quadras do centro da cidade.

Eminente: excelente Há cerca de:

Iminente: sobranceiro; que está por acontecer - Faz aproximadamente.

Empossar: dar posse - Trabalha há cerca de cinco anos

Empoçar: formar poça Ao encontro de: a favor, para junto de. Ir ao encontro
dos anseios do povo.
Espectador: o que observa um ato
De encontro a: contra. As medidas vêm de encontro aos
Expectador: o que tem expectativa interesses do povo.

Flagrante: evidente

Fragrante: perfumado ACORDO ORTOGRÁFICO

Incipiente: que está em começo, iniciante Mudanças no alfabeto

Insipiente: ignorante O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram


reintroduzidas as letras k, w e y.
Mandado: ordem judicial
[...] J K L [...] V W X Y Z.
Mandato: período de permanência em cargo
Usadas em
Ratificar: confirmar Retificar: corrigir
a) em símbolos de unidades de medida: km
Tacha: tipo de prego; defeito; mancha moralTaxa - (quilômetro)/kg (quilograma)...
imposto
b) em nomes próprios de lugares originários de • autossuficiente / contrarregra / cosseno /
outras línguas e seus derivados: Kuwait, kuwaitiano… semirrígida / ultrassom microssistema / minissaia
/antissocial / semissubmersa / macrorregião
c) em nomes próprios de pessoas e seus /antirrábica / neorrealismo / semirreta / biorritmo /
derivados: Darwin, darwinismo... antirrugas

d) podem ser usadas em palavras estrangeiras de Com os prefixos circum- e pan-, usa-se o hífen
uso corrente: sexy, show, download, megabyte… diante de palavra iniciada por m, n e vogal.

Trema • circum-navegação / pan-americano

Não se usa mais o trema, que permanece apenas Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós,
nas palavras estrangeiras e em suas derivadas. pré, pró e vice usa-se sempre o hífen.

antiguidade / sequência / consequência / frequência / • ex-aluno / sem-terra / além-túmulo / aquém-mar /


tranquilo / cinquenta! recém-casado / pós-graduação / pré- vestibular /
pró-euro / vice-rei
Uso do hífen
• lugares: Brasil, Rio de Janeiro...
Sempre se usa o hífen diante de h:
• sentimentos: amor, ciúmes ...
• sub-habitação / proto-história / sobre-humano /
anti-higiênico / super-homem.
***

Prefixo Palavra REGRA


última letra igual à primeira letra SEPARA

• contra-ataque / semi-interno / anti-inflamatório /


micro-ondas / inter-racial / sub- bibliotecário/
super-romântico/ inter-regional

Obs. 1: com o prefixo sub-, usa-se o hífen também


diante de palavra iniciada por r: sub-região, sub-raça.
Prefixo Palavra REGRA
última letra da primeira JUNTAR
diferente letra

• antieducativo / autoescola / infraestrutura /


socioeconômico/ semiárido / agroexportador /
semianalfabeto / coautor / subúmido

Obs. 2: O prefixo co- aglutina-se com o segundo


elemento, mesmo quando este se inicia por o:
coordenar.
Prefixo Palavra REGRA

terminado em começar por R JUNTAR E


vogal ou S DOBRAR ESSAS
LETRAS
EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO
Apesar de gerar muitas dúvidas em sala de aula, as regras de acentuação gráfica são como andar de bicicleta: quem
aprende nunca mais esquece.

Em geral, temos um leque de palavras que usamos sempre e já sabemos acentuar de forma automática, sem pensar
muito. Mas é importante conhecer o que leva cada palavra a ser acentuada para saber o que fazer com as menos comuns.

O Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que entrou em vigor em 1º de janeiro de 2009, veio para
descomplicar a língua portuguesa falada em tantos países, mas reacendeu muitas dúvidas sobre o que mudou e o que
não.
***
CLASSES DE PALAVRAS qualidade tornam-se concretos no plural (riqueza X
riquezas).
As palavras são classificadas de acordo com as
funções exercidas nas orações. Muitos substantivos podem ser variavelmente
abstratos ou concretos, conforme o sentido em que se
empregam (a redação das leis requer clareza / na
Na língua portuguesa podemos classificar as
redação do aluno, assinalei vários erros).
palavras em:

Já no tocante ao gênero (masculino X feminino) os


• Substantivo
substantivos podem ser:
• Adjetivo
• biformes: quando apresentam uma forma para
• Pronome o masculino e outra para o feminino. (rato, rata ou
• Verbo conde X condessa).
• Artigo • uniformes: quando apresentam uma única
• Numeral forma para ambos os gêneros. Nesse caso, eles estão
• Advérbio divididos em:
• Preposição • epicenos: usados para animais de ambos os
• Interjeição sexos (macho e fêmea) - albatroz, badejo, besouro,
codorniz;
• Conjunção
• comum de dois gêneros: aqueles que designam
pessoas, fazendo a distinção dos sexos por palavras
Substantivo: determinantes - aborígine, camarada, herege,
manequim, mártir, médium, silvícola;
É a palavra variável que denomina qualidades, • sobrecomuns - apresentam um só gênero
sentimentos, sensações, ações, estados e seres em gramatical para designar pessoas de ambos os sexos -
geral. algoz, apóstolo, cônjuge, guia, testemunha, verdugo;

Quanto a sua formação, o substantivo pode ser Alguns substantivos, quando mudam de gênero,
primitivo (jornal) ou derivado (jornalista), simples mudam de sentido. (o cisma X a cisma / o corneta X a
(alface) ou composto (guarda-chuva). corneta / o crisma X a crisma / o cura X a cura / o guia X
a guia / o lente X a lente / o língua X a língua / o moral X
Já quanto a sua classificação, ele pode ser comum a moral / o maria-fumaça X a maria-fumaça / o voga X a
(cidade) ou próprio (Curitiba), concreto (mesa) ou voga).
abstrato (felicidade). Os nomes terminados em -ão fazem feminino em -
ã, -oa ou -ona (alemã, leoa, valentona).
Os substantivos concretos designam seres de
existência real ou que a imaginação apresenta como tal: Os nomes terminados em -e mudam-no para -a,
alma, fada, santo. Já os substantivos abstratos designam entretanto a maioria é invariável (monge X monja,
qualidade, sentimento, ação e estado dos seres: beleza, infante X infanta, mas o/a dirigente, o/a estudante).
cegueira, dor, fuga.
Quanto ao número (singular X plural), os
Os substantivos próprios são sempre concretos e substantivos simples formam o plural em função do
devem ser grafados com iniciais maiúsculas. final da palavra.

Certos substantivos próprios podem tornar-se • vogal ou ditongo (exceto -ÃO): acréscimo de -S
comuns, pelo processo de derivação imprópria (um (porta X portas, troféu X troféus);
judas = traidor / um panamá = chapéu).
• ditongo -ÃO: -ÕES / -ÃES / -ÃOS, variando em
cada palavra (pagãos, cidadãos, cortesãos, escrivães,
Os substantivos abstratos têm existência sacristães, capitães, capelães, tabeliães, deães, faisães,
independente e podem ser reais ou não, materiais ou guardiães).
não. Quando esses substantivos abstratos são de
Os substantivos paroxítonos terminados em -ão • alguns sufixos aumentativo: -ázio, -orra, -ola, -
fazem plural em -ãos (bênçãos, órfãos, gólfãos). Alguns az, -ão, -eirão, -alhão, -arão, arrão, -zarrão;
gramáticos registram artesão (artífice) - artesãos e • alguns sufixos diminutivo: -ito, -ulo-, -culo, -ote,
artesão (adorno arquitetônico) - artesões. -ola, -im, -elho, -inho, -zinho (o sufixo -zinho é
obrigatório quando o substantivo terminar em vogal
• -EM, -IM, -OM, -UM: acréscimo de -NS (jardim X tônica ou ditongo: cafezinho, paizinho);
jardins);
• -R ou -Z: -ES (mar X mares, raiz X raízes); O aumentativo pode exprimir desprezo (sabichão,
• -S: substantivos oxítonos acréscimo de -ES (país ministraço, poetastro) ou intimidade (amigão);
X países). Os não-oxítonos terminados em -S são enquanto o diminutivo pode indicar carinho (filhinho)
invariáveis, marcando o número pelo artigo (os atlas, os ou ter valor pejorativo (livreco, casebre).
lápis, os ônibus), cais, cós e xis são invariáveis;
• -N: -S ou -ES, sendo a última menos comum Algumas curiosidades sobre os substantivos:
(hífen X hifens ou hífenes), cânon > cânones;
• -X: invariável, usando o artigo para o plural Palavras masculinas:
(tórax X os tórax);
• -AL, EL, OL, UL: troca-se -L por -IS (animal X • ágape (refeição dos primitivos cristãos);
animais, barril X barris). Exceto mal por males, cônsul • anátema (excomungação);
por cônsules, real (moeda) por réis, mel por méis ou • axioma (premissa verdadeira);
meles; • caudal (cachoeira);
• IL: se oxítono, trocar -L por -S. Se não oxítonos, • carcinoma (tumor maligno);
trocar -IL por -EIS. (til X tis, míssil X mísseis). • champanha, clã, clarinete, contralto, coma,
Observação: réptil / reptil por répteis / reptis, projétil / diabete/diabetes (FeM classificam como gênero
projetil por projéteis / projetis; vacilante);
• sufixo diminutivo -ZINHO(A) / -ZITO(A): colocar • diadema, estratagema, fibroma (tumor
a palavra primitiva no plural, retirar o -S e acrescentar o benigno);
sufixo diminutivo (caezitos, coroneizinhos,
• herpes, hosana (hino); jângal (floresta da Índia);
mulherezinhas). Observação: palavras com esses sufixos
lhama, praça (soldado raso); praça (soldado raso);
não recebem acento gráfico.
proclama, sabiá, soprano (FeM classificam como
• metafonia: -o tônico fechado no singular muda
gênero vacilante); suéter, tapa (FeM classificam como
para o timbre aberto no plural, também variando em
gênero vacilante); teiró (parte de arma de fogo ou
função da palavra. (ovo X ovos, mas bolo X bolos).
arado); telefonema, trema, vau (trecho raso do rio).
• Observação: avôs (avô paterno + avô materno),
avós (avó + avó ou avô + avó).

Os substantivos podem apresentar diferentes


graus, porém grau não é uma flexão nominal. São três
graus: normal, aumentativo e diminutivo e podem ser
formados através de dois processos:

• analítico: associando os adjetivos (grande ou


pequeno, ou similar) ao substantivo;
• sintético: anexando-se ao substantivo sufixos
indicadores de grau (meninão X menininho).

Certos substantivos, apesar da forma, não


expressam a noção aumentativa ou diminutiva. (cartão,
cartilha).
Palavras femininas: • catalão - catalã;
• cavaleiro - cavaleira, amazona;
• abusão (engano); • charlatão - charlatã;
• alcíone (ave doa antigos); • coimbrão - coimbrã;
• aluvião, araquã (ave); • cônsul - consulesa;
• áspide (reptil peçonhento); • comarcão - comarcã;
• baitaca (ave); • cônego - canonisa;
• cataplasma, cal, clâmide (manto grego); • czar - czarina;
• cólera (doença); • deus - deusa, déia;
• derme, dinamite, entorce, fácies (aspecto); • diácono (clérigo) - diaconisa;
• filoxera (inseto e doença); • doge (antigo magistrado) – dogesa;
• gênese, guriatã (ave); • druida - druidesa;
• hélice (FeM classificam como gênero vacilante); • elefante – elefanta e aliá (Ceilão);
• jaçanã (ave); • embaixador - embaixadora e embaixatriz;
• juriti (tipo de aves); • ermitão - ermitoa, ermitã;
• libido, mascote, omoplata, rês, suçuarana • faisão - faisoa (Cegalla), faisã;
(felino); • hortelão (trata da horta) - horteloa;
• sucuri, tíbia, trama, ubá (canoa); • javali - javalina;
• usucapião (FeM classificam como gênero • ladrão - ladra, ladroa, ladrona;
vacilante);
• felá (camponês) - felaína;
• xerox (cópia).
• flâmine (antigo sacerdote) - flamínica;
• frade - freira;
Gênero vacilante:
• frei - sóror;
• gigante - giganta;
• acauã (falcão);
• grou - grua;
• inambu (ave);
• lebrão - lebre;
• laringe, personagem (Ceg. fala que é usada
indistintamente nos dois gêneros, mas que há • maestro - maestrina;
preferência de autores pelo masculino); • maganão (malicioso) - magana;
• víspora. • melro - mélroa;
• mocetão - mocetona;
Alguns femininos: • oficial - oficiala;
• padre - madre;
• abade - abadessa; • papa - papisa;
• abegão (feitor) - abegoa; • pardal - pardoca, pardaloca, pardaleja;
• alcaide (antigo governador) - alcaidessa, • parvo - párvoa;
alcaidina; • peão - peã, peona;
• aldeão - aldeã; • perdigão - perdiz;
• anfitrião - anfitrioa, anfitriã; • prior - prioresa, priora;
• beirão (natural da Beira) - beiroa; • mu ou mulo - mula;
• besuntão (porcalhão) - besuntona; • rajá - rani;
• bonachão - bonachona; • rapaz - rapariga;
• bretão - bretoa, bretã; • rascão (desleixado) - rascoa;
• cantador - cantadeira; • sandeu - sandia;
• cantor - cantora, cantadora, cantarina, • sintrão - sintrã;
cantatriz;
• sultão - sultana;
• castelão (dono do castelo) - castelã;
• tabaréu - tabaroa; • assembléia (parlamentares, membros de
• varão - matrona, mulher; associações);
• veado - veada; • atilho - espigas;
• vilão - viloa, vilã. • baixela - utensílios de mesa;
• banca - de examinadores, advogados;
Substantivos em -ÃO e seus plurais: • bandeira - garimpeiros, exploradores de
minérios;
• alão - alões, alãos, alães; • bando - aves, ciganos, crianças, salteadores;
• aldeão - aldeãos, aldeões; • boana - peixes miúdos;
• capelão - capelães; • cabido - cônegos (conselheiros de bispo);
• castelão - castelãos, castelões; • cáfila - camelos;
• cidadão - cidadãos; • cainçalha - cães;
• cortesão - cortesãos;
• cambada - caranguejos, malvados, chaves;
• ermitão - ermitões, ermitãos, ermitães;
• cancioneiro - poesias, canções;
• escrivão - escrivães;
• folião - foliões; • caterva - desordeiros, vadios;
• hortelão - hortelões, hortelãos; • choldra, joldra - assassinos, malfeitores;
• pagão - pagãos; • chusma - populares, criados;
• sacristão - sacristães; • conselho - vereadores, diretores, juízes
• tabelião - tabeliães; militares;
• tecelão - tecelões; • conciliábulo - feiticeiros, conspiradores;
• verão - verãos, verões; • concílio - bispos;
• vilão - vilões, vilãos;
• canzoada - cães;
• vulcão - vulcões, vulcãos.
• conclave - cardeais;
• congregação - professores, religiosos;
Alguns substantivos que sofrem metafonia no
plural: • consistório - cardeais;
• fato - cabras;
abrolho, caroço, corcovo, corvo, coro, despojo, • feixe - capim, lenha;
destroço, escolho, esforço, estorvo, forno, forro, fosso, • junta - bois, médicos, credores, examinadores;
imposto, jogo, miolo, poço, porto, posto, reforço, rogo, • girândola - foguetes, fogos de artifício;
socorro, tijolo, toco, torno, torto, troco.
• grei - gado miúdo, políticos;
• hemeroteca - jornais, revistas;
Substantivos só usados no plural:
• legião - anjos, soldados, demônios;
• malta - desordeiros;
anais, antolhos, arredores, arras (bens, penhor),
calendas (1º dia do mês romano), cãs (cabelos brancos), • matula - desordeiros, vagabundos;
cócegas, condolências, damas (jogo), endoenças • miríade - estrelas, insetos;
(solenidades religiosas), esponsais (contrato de • nuvem - gafanhotos, pó;
casamento ou noivado), esposórios (presente de • panapaná - borboletas migratórias;
núpcias), exéquias (cerimônias fúnebres), fastos (anais),
• penca - bananas, chaves;
férias, fezes, manes (almas), matinas (breviário de
• récua - cavalgaduras (bestas de carga);
orações matutinas), núpcias, óculos, olheiras, primícias
(começos, prelúdios), pêsames, vísceras, víveres etc., • renque - árvores, pessoas ou coisas enfileiradas;
além dos nomes de naipes. • réstia - alho, cebola;
• ror - grande quantidade de coisas;
Coletivos: • súcia - pessoas desonestas, patifes;
• talha -lenha;
• alavão - ovelhas leiteiras; • tertúlia - amigos, intelectuais;
• armento - gado grande (búfalos, elefantes); • tropilha - cavalos;
• vara - porcos. • locuções adjetivas: expressões formadas por
preposição e substantivo e com significado equivalente
Substantivos compostos: a adjetivos (anel de prata = anel argênteo / andar de
cima = andar superior / estar com fome = estar faminto).
Os substantivos compostos formam o plural da
seguinte maneira: São adjetivos eruditos:

• sem hífen formam o plural como os simples • açúcar - sacarino;


(pontapé/pontapés); • águia - aquilino;
• caso não haja caso específico, verifica-se a • anel - anular;
variabilidade das palavras que compõem o substantivo • astro - sideral;
para pluralizá-los. São palavras variáveis: substantivo, • bexiga - vesical;
adjetivo, numeral, pronomes, particípio. São palavras
• bispo - episcopal;
invariáveis: verbo, preposição, advérbio, prefixo;
• cabeça - cefálico;
• em elementos repetidos, muito parecidos ou
onomatopaicos, só o segundo vai para o plural (tico- • chumbo - plúmbeo;
ticos, tique-taques, corre-corres, pingue-pongues); • chuva - pluvial;
• com elementos ligados por preposição, apenas • cinza - cinéreo;
o primeiro se flexiona (pés-de-moleque); • cobra - colubrino, ofídico;
• são invariáveis os elementos grão, grã e bel • dinheiro - pecuniário;
(grão-duques, grã-cruzes, bel-prazeres); • estômago - gástrico;
• só variará o primeiro elemento nos compostos • fábrica - fabril;
formados por dois substantivos, onde o segundo limita • fígado - hepático;
o primeiro elemento, indicando tipo, semelhança ou
• fogo - ígneo;
finalidade deste (sambas-enredo, bananas-maçã)
• guerra - bélico;
nenhum dos elementos vai para o plural se
formado por verbos de sentidos opostos e frases • homem - viril;
substantivas (os leva-e-traz, os bota-fora, os pisa- • inverno - hibernal;
mansinho, os bota-abaixo, os louva-a-Deus, os ganha- • lago - lacustre;
pouco, os diz-que-me-diz); compostos cujo segundo • lebre - leporino;
elemento já está no plural não variam (os troca-tintas,
• lobo - lupino;
os salta-pocinhas, os espirra-canivetes);
• marfim - ebúrneo, ebóreo;
palavra guarda, se fizer referência a pessoa varia
• memória - mnemônico;
por ser substantivo. Caso represente o verbo guardar,
não pode variar (guardas-noturnos, guarda-chuvas). • moeda - monetário, numismático;
• neve - níveo;
Adjetivo: • pedra - pétreo;
• prata - argênteo, argentino, argírico;
É a palavra variável que restringe a significação do • raposa - vulpino;
substantivo, indicando qualidades e características • rio - fluvial, potâmico;
deste. Mantém com o substantivo que determina rocha - rupestre;
relação de concordância de gênero e número.
• sonho - onírico;
• sul - meridional, austral;
• adjetivos pátrios: indicam a nacionalidade ou a
• tarde - vespertino;
origem geográfica, normalmente são formados pelo
acréscimo de um sufixo ao substantivo de que se • velho, velhice - senil;
originam (Alagoas por alagoano). Podem ser simples ou • vidro - vítreo, hialino.
compostos, referindo-se a duas ou mais nacionalidades
ou regiões; nestes últimos casos assumem sua forma Quanto à variação dos adjetivos, eles apresentam
reduzida e erudita, com exceção do último elemento as seguintes características:
(franco-ítalo-brasileiro).
O gênero é uniforme ou biforme (inteligente X • doce - dulcíssimo;
honesto[a]). Quanto ao gênero, não se diz que um • dócil - docílimo;
adjetivo é masculino ou feminino, e sim que tem • fiel - fidelíssimo;
terminação masculina ou feminina.
• frio - frigidíssimo;
• humilde - humílimo;
No tocante a número, os adjetivos simples formam
o plural segundo os mesmos princípios dos substantivos • livre - libérrimo;
simples, em função de sua terminação (agradável X • magro - macérrimo;
agradáveis). Já os substantivos utilizados como • mísero - misérrimo;
adjetivos ficam invariáveis (blusas cinza). • negro - nigérrimo;
• pobre - paupérrimo;
Os adjetivos terminados em -OSO, além do • sábio - sapientíssimo;
acréscimo do -S de plural, mudam o timbre do primeiro
• sagrado - sacratíssimo;
-o, num processo de metafonia.
• são - saníssimo;
Quanto ao grau, os adjetivos apresentam duas • veloz - velocíssimo.
formas: comparativo e superlativo.
Os adjetivos compostos formam o plural da
O grau comparativo refere-se a uma mesma seguinte forma:
qualidade entre dois ou mais seres, duas ou mais
qualidades de um mesmo ser. Pode ser de igualdade: • têm como regra geral, flexionar o último
tão alto quanto (como / quão); de superioridade: mais elemento em gênero e número (lentes côncavo-
alto (do) que (analítico) / maior (do) que (sintético) e de convexas, problemas sócio-econômicos);
inferioridade: menos alto (do) que. • são invariáveis cores em que o segundo
elemento é um substantivo (blusas azulturquesa, bolsas
O grau superlativo exprime qualidade em grau branco-gelo);
muito elevado ou intenso. • não variam as locuções adjetivas formadas pela
expressão cor-de-... (vestidos cor-de-rosa);
O superlativo pode ser classificado como absoluto, • as cores: azul-celeste e azul-marinho são
quando a qualidade não se refere à de outros invariáveis;
elementos. Pode ser analítico (acréscimo de advérbio • em surdo-mudo flexionam-se os dois
de intensidade) ou sintético (-íssimo, -érrimo, -ílimo). elementos.
(muito alto X altíssimo)
Pronome:
O superlativo pode ser também relativo, qualidade
relacionada, favorável ou desfavoravelmente, à de
É palavra variável em gênero, número e pessoa que
outros elementos. Pode ser de superioridade analítico
substitui ou acompanha um substantivo, indicando-o
(o mais alto de/dentre), de superioridade sintético (o
como pessoa do discurso.
maior de/dentre) ou de inferioridade (o menos alto
de/dentre).
A diferença entre pronome substantivo e pronome
adjetivo pode ser atribuída a qualquer tipo de pronome,
São superlativos absolutos sintéticos eruditos da
podendo variar em função do contexto frasal. Assim, o
língua portuguesa:
pronome substantivo é aquele que substitui um
substantivo, representando-o. (Ele prestou socorro). Já
• acre - acérrimo; o pronome adjetivo é aquele que acompanha um
• alto - supremo, sumo; substantivo, determinando-o. (Aquele rapaz é belo). Os
• amável - amabilíssimo; pronomes pessoais são sempre substantivos.
• amigo - amicíssimo;
• baixo - ínfimo; Quanto às pessoas do discurso, a língua portuguesa
• cruel - crudelíssimo; apresenta três pessoas:
1ª pessoa - aquele que fala, emissor; enquanto lhe e lhes para verbos regidos das preposições
a ou para (não expressas).
2ª pessoa - aquele com quem se fala, receptor; 3ª
pessoa - aquele de que ou de quem se fala, referente. Apesar de serem usadas pouco, as formas mo, to,
no-lo, vo-lo, lho e flexões resultam da fusão de dois
Pronome pessoal: objetos, representados por pronomes oblíquos
(Ninguém mo disse = ninguém o disse a mim).
Indicam uma das três pessoas do discurso,
substituindo um substantivo. Podem também Os pronomes átonos o, a, os e as viram lo(a/s),
representar, quando na 3ª pessoa, uma forma nominal quando associados a verbos terminados em r, s ou z e
anteriormente expressa (A moça era a melhor viram no(a/s), se a terminação verbal for em ditongo
secretária, ela mesma agendava os compromissos do nasal.
chefe).
Os pronomes o/a (s), me, te, se, nos, vos
A seguir um quadro com todas as formas do desempenham função se sujeitos de infinitivo ou verbo
pronome pessoal: no gerúndio, junto ao verbo fazer, deixar, mandar, ouvir
e ver (Mandei-o entrar / Eu o vi sair / Deixei-as
chorando).

A forma você, atualmente, é usada no lugar da 2ª


pessoa (tu/vós), tanto no singular quanto no plural,
levando o verbo para a 3ª pessoa.

Já as formas de tratamento serão precedidas de


Vossa, quando nos dirigirmos diretamente à pessoa e de
Sua, quando fizermos referência a ela. Troca-se na
abreviatura o V. pelo S.

Quando precedidos de preposição, os pronomes


retos (exceto eu e tu) passam a funcionar como
Os pronomes pessoais apresentam variações de oblíquos. Eu e tu não podem vir precedidos de
forma dependendo da função sintática que exercem na preposição, exceto se funcionarem como sujeito de um
frase. Os pronomes pessoais retos desempenham, verbo no infinitivo (Isto é para eu fazer ≠ para mim
normalmente, função de sujeito; enquanto os oblíquos, fazer).
geralmente, de complemento.
Os pronomes acompanhados de só ou todos, ou
Os pronomes oblíquos tônicos devem vir regidos seguido de numeral, assumem forma reta e podem
de preposição. Em comigo, contigo, conosco e funcionar como objeto direto (Estava só ele no banco /
convosco, a preposição com já é parte integrante do Encontramos todos eles).
pronome.
Os pronomes me, te, se, nos, vos podem ter valor
Os pronomes de tratamento estão enquadrados reflexivo, enquanto se, nos, vos - podem ter valor
nos pronomes pessoais. São empregados como reflexivo e recíproco.
referência à pessoa com quem se fala (2ª pessoa),
entretanto, a concordância é feita com a 3ª pessoa. As formas si e consigo têm valor exclusivamente
Também são considerados pronomes de tratamento as reflexivo e usados para a 3ª pessoa. Já conosco e
formas você, vocês (provenientes da redução de Vossa convosco devem aparecer na sua forma analítica (com
Mercê), Senhor, Senhora e Senhorita. nós e com vós) quando vierem com modificadores
(todos, outros, mesmos, próprios, numeral ou oração
Quanto ao emprego, as formas oblíquas o, a, os, as adjetiva).
completam verbos que não vêm regidos de preposição;
Os pronomes pessoais retos podem desempenhar Pronome demonstrativo:
função de sujeito, predicativo do sujeito ou vocativo,
este último com tu e vós (Nós temos uma proposta / Eu Indicam posição de algo em relação às pessoas do
sou eu e pronto / Ó, tu, Senhor Jesus). discurso, situando-o no tempo e/ou no espaço. São:
este (a/s), isto, esse (a/s), isso, aquele (a/s), aquilo. Isto,
Quanto ao uso das preposições junto aos isso e aquilo são invariáveis e se empregam
pronomes, deve-se saber que não se pode contrair as exclusivamente como substitutos de substantivos.
preposições de e em com pronomes que sejam sujeitos
(Em vez de ele continuar, desistiu ≠ Vi as bolsas dele As formas mesmo, próprio, semelhante, tal (s) e o
bem aqui). (a/s) podem desempenhar papel de pronome
demonstrativo.
Os pronomes átonos podem assumir valor
possessivo (Levaram-me o dinheiro / Pesavam-lhe os Quanto ao emprego, os pronomes demonstrativos
olhos), enquanto alguns átonos são partes integrantes apresentam-se da seguinte maneira:
de verbos como suicidar-se, apiedar-se, condoer-se,
ufanar-se, queixar-se, vangloriar-se.
• uso dêitico, indicando localização no espaço -
este (aqui), esse (aí) e aquele (lá);
Já os pronomes oblíquos podem ser usados como • uso dêitico, indicando localização temporal -
expressão expletiva (Não me venha com essa). este (presente), esse (passado próximo) e aquele
(passado remoto ou bastante vago);
Pronome possessivo: • uso anafórico, em referência ao que já foi ou
será dito - este (novo enunciado) e esse (retoma
Fazem referência às pessoas do discurso, informação);
apresentando-as como possuidoras de algo. Concordam • o, a, os, as são demonstrativos quando
em gênero e número com a coisa possuída. equivalem a aquele (a/s), isto (Leve o que lhe pertence);
• tal é demonstrativo se puder ser substituído por
São pronomes possessivos da língua portuguesa as esse (a), este (a) ou aquele (a) e semelhante, quando
formas: anteposto ao substantivo a que se refere e equivalente
a "aquele", "idêntico" (O problema ainda não foi
1ª pessoa: meu(s), minha(s) nosso(a/s); resolvido, tal demora atrapalhou as negociações / Não
brigue por semelhante causa);
2ª pessoa: teu(s), tua(s) vosso(a/s); • mesmo e próprio são demonstrativos, se
precedidos de artigo, quando significarem "idêntico",
3ª pessoa: seu(s), sua(s) seu(s), sua(s). "igual" ou "exato". Concordam com o nome a que se
referem (Separaram crianças de mesmas séries);
Quanto ao emprego, normalmente, vem antes do • como referência a termos já citados, os
nome a que se refere; podendo, também, vir depois do pronomes aquele (a/s) e este (a/s) são usados para
substantivo que determina. Neste último caso, pode até primeira e segunda ocorrências, respectivamente, em
alterar o sentido da frase. apostos distributivos (O médico e a enfermeira estavam
calados: aquele amedrontado e esta calma / ou: esta
calma e aquele amedrontado);
O uso do possessivo seu (a/s) pode causar
• pode ocorrer a contração das preposições a, de,
ambiguidade, para desfazê-la, deve-se preferir o uso do
dele (a/s) (Ele disse que Maria estava trancada em sua em com os pronomes demonstrativos (Não acreditei no
casa - casa de quem?); pode também indicar que estava vendo / Fui àquela região de montanhas /
aproximação numérica (ele tem lá seus 40 anos). Fez alusão à pessoa de azul e à de branco);
• podem apresentar valor intensificador ou
Já nas expressões do tipo "Seu João", seu não tem
valor de posse por ser uma alteração fonética de depreciativo, dependendo do contexto frasal (Ele
Senhor. estava com aquela paciência / Aquilo é um marido de
enfeite);
• nisso e nisto (em + pronome) podem ser usados • algum, após o substantivo a que se refere,
com valor de "então" ou "nesse momento" (Nisso, ela assume valor negativo (= nenhum)
entrou triunfante - nisso = advérbio). (Computador algum resolverá o problema);
• cada deve ser sempre seguido de um
Pronome relativo: substantivo ou numeral (Elas receberam 3 balas cada
uma);
Retoma um termo expresso anteriormente • alguns pronomes indefinidos, se vierem depois
(antecedente) e introduz uma oração dependente, do nome a que estiverem se referindo, passam a ser
adjetiva. adjetivos. (Certas pessoas deveriam ter seus lugares
certos / Comprei várias balas de sabores vários)
Quanto ao emprego, observa-se que os relativos • bastante pode vir como adjetivo também, se
são usados quando: estiver determinando algum substantivo, unindo-se a
ele por verbo de ligação (Isso é bastante para mim);
• o antecedente do relativo pode ser • o pronome outrem equivale a "qualquer
demonstrativo o (a/s) (O Brasil divide-se entre os que pessoa";
lêem ou não); • o pronome nada, colocado junto a verbos ou
• como relativo, quanto refere-se ao antecedente adjetivos, pode equivaler a advérbio (Ele não está nada
tudo ou todo (Ouvia tudo quanto me interessava) contente hoje);
• quem será precedido de preposição se estiver • o pronome nada, colocado junto a verbos ou
relacionado a pessoas ou seres personificados adjetivos, pode equivaler a advérbio (Ele não está nada
expressos; contente hoje);
• quem = relativo indefinido quando é • existem algumas locuções pronominais
empregado sem antecedente claro, não vindo indefinidas - quem quer que, o que quer, seja quem for,
precedido de preposição; cada um etc.
• cujo (a/s) é empregado para dar a ideia de posse
e não concorda com o antecedente e sim com seu
consequente. Ele tem sempre valor adjetivo e não pode Pronome interrogativo:
ser acompanhado de artigo.
São os pronomes indefinidos que, quem, qual,
Pronome indefinido: quanto usados na formulação de uma pergunta direta
ou indireta. Referem-se à 3ª pessoa do discurso.
Referem-se à 3ª pessoa do discurso quando (Quantos livros você tem? / Não sei quem lhe contou).
considerada de modo vago, impreciso ou genérico,
representando pessoas, coisas e lugares. Alguns Alguns interrogativos podem ser adverbiais
também podem dar ideia de conjunto ou quantidade (Quando voltarão? / Onde encontrá-los? / Como foi
indeterminada. Em função da quantidade de pronomes tudo?).
indefinidos, merece atenção sua identificação.
Verbo:
São pronomes indefinidos de:
É a palavra variável que exprime um
• pessoas: quem, alguém, ninguém, outrem; acontecimento representado no tempo, seja ação,
• lugares: onde, algures, alhures, nenhures; estado ou fenômeno da natureza.
• pessoas, lugares, coisas: que, qual, quais, algo,
tudo, nada, todo (a/s), algum (a/s), vários (a), nenhum Os verbos apresentam três conjugações. Em
(a/s), certo (a/s), outro (a/s), muito (a/s), pouco (a/s), função da vogal temática, podem-se criar três
quanto (a/s), um (a/s), qualquer (s), cada. paradigmas verbais. De acordo com a relação dos
verbos com esses paradigmas, obtém-se a seguinte
Sobre o emprego dos indefinidos devemos atentar classificação:
para:
• regulares: seguem o paradigma verbal de sua gerúndio equipara-se ao adjetivo ou advérbio pelas
conjugação; circunstâncias que exprime.
• irregulares: não seguem o paradigma verbal da
conjugação a que pertencem. As irregularidades podem Quanto ao tempo verbal, eles apresentam os
aparecer no radical ou nas desinências (ouvir - seguintes valores:
ouço/ouve, estar - estou/estão);
• presente do indicativo: indica um fato real
Entre os verbos irregulares, destacam-se os situado no momento ou época em que se fala;
anômalos que apresentam profundas irregularidades. • presente do subjuntivo: indica um fato
São classificados como anômalos em todas as provável, duvidoso ou hipotético situado no momento
gramáticas os verbos ser e ir. ou época em que se fala;
• pretérito perfeito do indicativo: indica um fato
• defectivos: não são conjugados em real cuja ação foi iniciada e concluída no passado;
determinadas pessoas, tempo ou modo (falir - no • pretérito imperfeito do indicativo: indica um
presente do indicativo só apresenta a 1ª e a 2ª pessoa fato real cuja ação foi iniciada no passado, mas não foi
do plural). Os defectivos distribuem-se em três grupos: concluída ou era uma ação costumeira no passado;
impessoais, unipessoais (vozes ou ruídos de animais, só
• pretérito imperfeito do subjuntivo: indica um
conjugados nas 3ª pessoas) por eufonia ou possibilidade
fato provável, duvidoso ou hipotético cuja ação foi
de confusão com outros verbos;
iniciada mas não concluída no passado;
• abundantes - apresentam mais de uma forma
• pretérito mais-que-perfeito do indicativo:
para uma mesma flexão. Mais frequente no particípio,
indica um fato real cuja ação é anterior a outra ação já
devendo-se usar o particípio regular com ter e haver; já
passada;
o irregular com ser e estar (aceito/aceitado,
acendido/aceso - tenho/hei aceitado ≠ é/está aceito); • futuro do presente do indicativo: indica um
fato real situado em momento ou época vindoura;
• auxiliares: juntam-se ao verbo principal
ampliando sua significação. Presentes nos tempos • futuro do pretérito do indicativo: indica um
compostos e locuções verbais; fato possível, hipotético, situado num momento futuro,
mas ligado a um momento passado;
• certos verbos possuem pronomes pessoais
átonos que se tornam partes integrantes deles. Nesses • futuro do subjuntivo: indica um fato provável,
casos, o pronome não tem função sintática (suicidar-se, duvidoso, hipotético, situado num momento ou época
apiedar-se, queixar-se etc.); futura;
• formas rizotônicas (tonicidade no radical - eu
canto) e formas arrizotônicas (tonicidade fora do radical Quanto à formação dos tempos, os chamados
- nós cantaríamos). tempos simples podem ser primitivos (presente e
pretérito perfeito do indicativo e o infinitivo impessoal)
e derivados:
Quanto à flexão verbal, temos:
• número: singular ou plural;
São derivados do presente do indicativo:
• pessoa gramatical: 1ª, 2ª ou 3ª;
• tempo: referência ao momento em que se fala
• pretérito imperfeito do indicativo: TEMA do
(pretérito, presente ou futuro). O modo imperativo só presente + VA (1ª conj.) ou IA (2ª e 3ª conj.) + Desinência
tem um tempo, o presente; número pessoal (DNP);
• voz: ativa, passiva e reflexiva;
• presente do subjuntivo: RAD da 1ª pessoa
• modo: indicativo (certeza de um fato ou singular do presente + E (1ª conj.) ou A (2ª e 3ª conj.) +
estado), subjuntivo (possibilidade ou desejo de DNP;
realização de um fato ou incerteza do estado) e
imperativo (expressa ordem, advertência ou pedido).
Os verbos em -ear têm duplo "e" em vez de "ei" na
1ª pessoa do plural (passeio, mas passeemos).
As três formas nominais do verbo (infinitivo,
gerúndio e particípio) não possuem função
exclusivamente verbal. Infinitivo é antes substantivo, o
particípio tem valor e forma de adjetivo, enquanto o
São derivados do pretérito perfeito do indicativo: Quanto às formas nominais, elas são formadas da
seguinte maneira:
• pretérito mais-que-perfeito do indicativo:
TEMA do perfeito + RA + DNP; • pretérito • infinitivo composto: infinitivo pessoal ou
imperfeito do subjuntivo: TEMA do perfeito + SSE + impessoal do auxiliar + particípio do VP (Ter falado /
DNP; Teres falado);
• futuro do subjuntivo: TEMA do perfeito + R + • gerúndio composto: gerúndio do auxiliar +
DNP. particípio do VP (Tendo falado).
• São derivados do infinitivo impessoal:
• futuro do presente do indicativo: TEMA do O modo subjuntivo apresenta três pretéritos,
infinitivo + RA + DNP; sendo o imperfeito na forma simples e o perfeito e o
• futuro do pretérito: TEMA do infinitivo + RIA + mais-que-perfeito nas formas compostas. Não há
DNP; presente composto nem pretérito imperfeito composto
• infinitivo pessoal: infinitivo impessoal + DNP (- Quanto às vozes, os verbos apresentam a voz:
ES - 2ª pessoa, -MOS, -DES, EM)
• gerúndio: TEMA do infinitivo + -NDO; • ativa: sujeito é agente da ação verbal;
• particípio regular: infinitivo impessoal sem • passiva: sujeito é paciente da ação verbal;
vogal temática (VT) e R + ADO (1ª conjugação) ou IDO
(2ª e 3ª conjugação). A voz passiva pode ser analítica ou sintética:

Quanto à formação, os tempos compostos da voz • analítica: - verbo auxiliar + particípio do verbo
ativa constituem-se dos verbos auxiliares TER ou HAVER principal;
+ particípio do verbo que se quer conjugar, dito • sintética: na 3ª pessoa do singular ou plural + SE
principal. (partícula apassivadora);
• reflexiva: sujeito é agente e paciente da ação
No modo Indicativo, os tempos compostos são verbal. Também pode ser recíproca ao mesmo tempo
formados da seguinte maneira: (acréscimo de SE = pronome reflexivo, variável em
função da pessoa do verbo);
• pretérito perfeito: presente do indicativo do
auxiliar + particípio do verbo principal (VP) [Tenho Na transformação da voz ativa na passiva, a
falado]; variação temporal é indicada pelo auxiliar (ser na
• pretérito mais-que-perfeito: pretérito maioria das vezes), como notamos nos exemplos a
imperfeito do indicativo do auxiliar + particípio do VP seguir: Ele fez o trabalho - O trabalho foi feito por ele
(Tinha falado); (mantido o pretérito perfeito do indicativo) / O vento ia
• futuro do presente: futuro do presente do levando as folhas - As folhas iam sendo levadas pelas
indicativo do auxiliar + particípio do VP (Terei falado); folhas (mantido o gerúndio do verbo principal).
• futuro do pretérito: futuro do pretérito
indicativo do auxiliar + particípio do VP (Teria falado). Alguns verbos da língua portuguesa apresentam
problemas de conjugação. A seguir temos uma lista,
seguida de comentários sobre essas dificuldades de
No modo Subjuntivo a formação se dá da seguinte
conjugação.
maneira:

• Abolir (defectivo) - não possui a 1ª pessoa do


• pretérito perfeito: presente do subjuntivo do
singular do presente do indicativo, por isso não possui
auxiliar + particípio do VP (Tenha falado);
presente do subjuntivo e o imperativo negativo. (=
• pretérito mais-que-perfeito: imperfeito do banir, carpir, colorir, delinquir, demolir, descomedir-se,
subjuntivo do auxiliar + particípio do VP (Tivesse falado); emergir, exaurir, fremir, fulgir, haurir, retorquir, urgir)
• futuro composto: futuro do subjuntivo do • Acudir (alternância vocálica o/u) - presente do
auxiliar + particípio do VP (Tiver falado). indicativo - acudo, acodes... e pretérito perfeito do
indicativo - com u (= bulir, consumir, cuspir, engolir,
fugir) / Adequar (defectivo) - só possui a 1ª e a 2ª pessoa • Compilar (regular) - presente do indicativo -
do plural no presente do indicativo compilo, compilas, compila... - pretérito perfeito
• Aderir (alternância vocálica e/i) - presente do indicativo - compilei, compilaste...
indicativo - adiro, adere... (= advertir, cerzir, despir, • Construir (irregular e abundante) - presente do
diferir, digerir, divergir, ferir, sugerir) indicativo - construo, constróis (ou construis), constrói
• Agir (acomodação gráfica g/j) - presente do (ou construi), construímos, construís, constroem (ou
indicativo - ajo, ages... (= afligir, coagir, erigir, espargir, construem) - pretérito perfeito indicativo - construí,
refulgir, restringir, transigir, urgir) construíste...
• Agredir (alternância vocálica e/i) - presente do • Crer (irregular) - presente do indicativo - creio,
indicativo - agrido, agrides, agride, agredimos, agredis, crês, crê, cremos, credes, crêem - pretérito perfeito
agridem (= prevenir, progredir, regredir, transgredir) / indicativo - cri, creste, creu, cremos, crestes, creram -
Aguar (regular) - presente do indicativo - águo, águas..., imperfeito indicativo - cria, crias, cria, críamos, críeis,
- pretérito perfeito do indicativo - aguei, aguaste, aguou, criam
aguamos, aguastes, aguaram (= desaguar, enxaguar, • Falir (defectivo) - presente do indicativo -
minguar) falimos, falis - pretérito perfeito indicativo - fali, faliste...
• Aprazer (irregular) - presente do indicativo - (= aguerrir, combalir, foragir-se, remir, renhir)
aprazo, aprazes, apraz... / pretérito perfeito do • Frigir (acomodação gráfica g/j e alternância
indicativo - aprouve, aprouveste, aprouve, aprouvemos, vocálica e/i) - presente do indicativo - frijo, freges, frege,
aprouvestes, aprouveram frigimos, frigis, fregem - pretérito perfeito indicativo -
• Arguir (irregular com alternância vocálica o/u) - frigi, frigiste...
presente do indicativo - arguo (ú), arguis, argui, • Ir (irregular) - presente do indicativo - vou, vais,
arguimos, arguis, arguem - pretérito perfeito - argui, vai, vamos, ides, vão - pretérito perfeito indicativo - fui,
arguiste... foste... - presente subjuntivo - vá, vás, vá, vamos, vades,
• Atrair (irregular) - presente do indicativo - vão
atraio, atrais... / pretérito perfeito - atraí, atraíste... (= • Jazer (irregular) - presente do indicativo - jazo,
abstrair, cair, distrair, sair, subtrair) jazes... - pretérito perfeito indicativo - jazi, jazeste,
• Atribuir (irregular) - presente do indicativo - jazeu...
atribuo, atribuis, atribui, atribuímos, atribuís, atribuem • Mobiliar (irregular) - presente do indicativo -
- pretérito perfeito - atribuí, atribuíste, atribuiu... (= mobílio, mobílias, mobília, mobiliamos, mobiliais,
afluir, concluir, destituir, excluir, instruir, possuir, mobíliam - pretérito perfeito indicativo - mobiliei,
usufruir) Averiguar (alternância vocálica o/u) - presente mobiliaste... / Obstar (regular) - presente do indicativo -
do indicativo - averiguo (ú), averiguas (ú), averigua (ú), obsto, obstas... - pretérito perfeito indicativo - obstei,
averiguamos, averiguais, averiguam (ú) - pretérito obstaste...
perfeito - averiguei, averiguaste... - presente do • Pedir (irregular) - presente do indicativo - peço,
subjuntivo - averigue, averigues, averigue... (= pedes, pede, pedimos, pedis, pedem - pretérito perfeito
apaziguar) indicativo - pedi, pediste... (= despedir, expedir, medir)
• Cear (irregular) - presente do indicativo - ceio, / Polir (alternância vocálica e/i) - presente do indicativo
ceias, ceia, ceamos, ceais, ceiam - pretérito perfeito - pulo, pules, pule, polimos, polis, pulem - pretérito
indicativo - ceei, ceaste, ceou, ceamos, ceastes, cearam perfeito indicativo - poli, poliste...
(= verbos terminados em -ear: falsear, passear... - alguns • Precaver-se (defectivo e pronominal) - presente
apresentam pronúncia aberta: estréio, estréia...) do indicativo - precavemo-nos, precaveis-vos - pretérito
• Coar (irregular) - presente do indicativo - coo, perfeito indicativo - precavi-me, precaveste-te... /
côas, côa, coamos, coais, coam - pretérito perfeito - Prover (irregular) - presente do indicativo - provejo,
coei, coaste, coou... (= abençoar, magoar, perdoar) / provês, provê, provemos, provedes, provêem - pretérito
Comerciar (regular) - presente do indicativo - comercio, perfeito indicativo - provi, proveste, proveu... / Reaver
comercias... - pretérito perfeito - comerciei... (= verbos (defectivo) - presente do indicativo - reavemos, reaveis
em -iar , exceto os seguintes verbos: mediar, ansiar, - pretérito perfeito indicativo - reouve, reouveste,
remediar, incendiar, odiar) reouve... (verbo derivado do haver, mas só é conjugado
• Compelir (alternância vocálica e/i) - presente do nas formas verbais com a letra v)
indicativo - compilo, compeles... - pretérito perfeito • Remir (defectivo) - presente do indicativo -
indicativo - compeli, compeliste... remimos, remis - pretérito perfeito indicativo - remi,
remiste...
• Requerer (irregular) - presente do indicativo - • presente do subjuntivo: dê, dês, dê, demos,
requeiro, requeres... - pretérito perfeito indicativo - deis, dêem;
requeri, requereste, requereu... (derivado do querer, • pretérito perfeito do indicativo: dei, deste, deu,
diferindo dele na 1ª pessoa do singular do presente do demos, destes, deram;
indicativo e no pretérito perfeito do indicativo e • pretérito mais-que-perfeito do indicativo:
derivados, sendo regular) dera, deras, dera, déramos, déreis, deram;
• Rir (irregular) - presente do indicativo - rio, rir, • pretérito imperfeito do subjuntivo: desse,
ri, rimos, rides, riem - pretérito perfeito indicativo - ri, desses, desse, déssemos, désseis, dessem;
riste... (= sorrir)
• futuro do subjuntivo: der, deres, der, dermos,
• Saudar (alternância vocálica) - presente do derdes, derem.
indicativo - saúdo, saúdas... - pretérito perfeito
indicativo - saudei, saudaste...
Dizer
• Suar (regular) - presente do indicativo - suo,
suas, sua... - pretérito perfeito indicativo - suei, suaste,
• presente do indicativo: digo, dizes, diz,
sou... (= atuar, continuar, habituar, individuar, recuar,
situar) dizemos, dizeis, dizem;
• presente do subjuntivo: diga, digas, diga,
• Valer (irregular) - presente do indicativo - valho,
vales, vale... - pretérito perfeito indicativo - vali, valeste, digamos, digais, digam;
valeu... • pretérito perfeito do indicativo: disse, disseste,
disse, dissemos, dissestes, disseram;
Também merecem atenção os seguintes verbos • pretérito mais-que-perfeito do indicativo:
irregulares: dissera, disseras, dissera, disséramos, disséreis,
disseram;
• Pronominais: Apiedar-se, dignar-se, persignar- futuro do presente: direi, dirás, dirá, etc.;
se, precaver-se • futuro do pretérito: diria, dirias, diria, etc.;
• pretérito imperfeito do subjuntivo: dissesse,
Caber dissesses, dissesse, disséssemos, dissésseis, dissessem;
• futuro do subjuntivo: disser, disseres, disser,
• presente do indicativo: caibo, cabes, cabe, dissermos, disserdes, disserem;
cabemos, cabeis, cabem;
• presente do subjuntivo: caiba, caibas, caiba, Seguem esse modelo os derivados bendizer,
caibamos, caibais, caibam; condizer, contradizer, desdizer, maldizer, predizer.
• pretérito perfeito do indicativo: coube,
coubeste, coube, coubemos, coubestes, couberam; Os particípios desse verbo e seus derivados são
• pretérito mais-que-perfeito do indicativo: irregulares: dito, bendito, contradito, etc.
coubera, couberas, coubera, coubéramos, coubéreis,
couberam; Estar
• pretérito imperfeito do subjuntivo: coubesse,
coubesses, coubesse, coubéssemos, coubésseis, • presente do indicativo: estou, estás, está,
coubessem; estamos, estais, estão;
• futuro do subjuntivo: couber, couberes, • presente do subjuntivo: esteja, estejas, esteja,
couber, coubermos, couberdes, couberem. estejamos, estejais, estejam;
• pretérito perfeito do indicativo: estive,
Dar estiveste, esteve, estivemos, estivestes, estiveram;
• pretérito mais-que-perfeito do indicativo:
• presente do indicativo: dou, dás, dá, damos, estivera, estiveras, estivera, estivéramos, estivéreis,
dais, dão; estiveram;
• pretérito imperfeito do subjuntivo: estivesse, • presente do indicativo: vou, vais, vai, vamos,
estivesses, estivesse, estivéssemos, estivésseis, ides, vão;
estivessem; • presente do subjuntivo: vá, vás, vá, vamos,
• futuro do subjuntivo: estiver, estiveres, estiver, vades, vão;
estivermos, estiverdes, estiverem; • pretérito imperfeito do indicativo: ia, ias, ia,
íamos, íeis, iam;
Fazer • pretérito perfeito do indicativo: fui, foste, foi,
fomos, fostes, foram;
• presente do indicativo: faço, fazes, faz, • pretérito mais-que-perfeito do indicativo: fora,
fazemos, fazeis, fazem; foras, fora, fôramos, fôreis, foram;
• presente do subjuntivo: faça, faças, faça, • pretérito imperfeito do subjuntivo: fosse,
façamos, façais, façam; fosses, fosse, fôssemos, fôsseis, fossem;
• pretérito perfeito do indicativo: fiz, fizeste, fez, • futuro do subjuntivo: for, fores, for, formos,
fizemos, fizestes, fizeram; fordes, forem.
• pretérito mais-que-perfeito do indicativo:
fizera, fizeras, fizera, fizéramos, fizéreis, fizeram; Poder
• pretérito imperfeito do subjuntivo: fizesse,
fizesses, fizesse, fizéssemos, fizésseis, fizessem; • presente do indicativo: posso, podes, pode,
• futuro do subjuntivo: fizer, fizeres, fizer, podemos, podeis, podem;
fizermos, fizerdes, fizerem. • presente do subjuntivo: possa, possas, possa,
possamos, possais, possam;
Seguem esse modelo desfazer, liquefazer e • pretérito perfeito do indicativo: pude, pudeste,
satisfazer. pôde, pudemos, pudestes, puderam;
• pretérito mais-que-perfeito do indicativo:
Os particípios desse verbo e seus derivados são pudera, puderas, pudera, pudéramos, pudéreis,
irregulares: feito, desfeito, liquefeito, satisfeito, etc. puderam;
• pretérito imperfeito do subjuntivo: pudesse,
Haver pudesses, pudesse, pudéssemos, pudésseis, pudessem;
• futuro do subjuntivo: puder, puderes, puder,
• presente do indicativo: hei, hás, há, havemos, pudermos, puderdes, puderem.
haveis, hão;
• presente do subjuntivo: haja, hajas, haja, Pôr
hajamos, hajais, hajam;
• pretérito perfeito do indicativo: houve, • presente do indicativo: ponho, pões, põe,
houveste, houve, houvemos, houvestes, houveram; pomos, pondes, põem;
• pretérito mais-que-perfeito do indicativo: • presente do subjuntivo: ponha, ponhas, ponha,
houvera, houveras, houvera, houvéramos, houvéreis, ponhamos, ponhais, ponham;
houveram; • pretérito imperfeito do indicativo: punha,
pretérito imperfeito do subjuntivo: houvesse, punhas, punha, púnhamos, púnheis, punham;
houvesses, houvesse, houvéssemos, houvésseis, • pretérito perfeito do indicativo: pus, puseste,
houvessem; pôs, pusemos, pusestes, puseram;
• futuro do subjuntivo: houver, houveres, • pretérito mais-que-perfeito do indicativo:
houver, houvermos, houverdes, houverem. pusera, puseras, pusera, puséramos, puséreis, puseram;
• pretérito imperfeito do subjuntivo: pusesse,
Ir pusesses, pusesse, puséssemos, pusésseis, pusessem;
• futuro do subjuntivo: puser, puseres, puser,
pusermos, puserdes, puserem.
Todos os derivados do verbo pôr seguem • pretérito perfeito do indicativo: fui, foste, foi,
exatamente esse modelo: antepor, compor, contrapor, fomos, fostes, foram;
decompor, depor, descompor, dispor, expor, impor, • pretérito mais-que-perfeito do indicativo: fora,
indispor, interpor, opor, pospor, predispor, pressupor, foras, fora, fôramos, fôreis, foram;
propor, recompor, repor, sobrepor, supor, transpor são • pretérito imperfeito do subjuntivo: fosse,
alguns deles. fosses, fosse, fôssemos, fôsseis, fossem;
• futuro do subjuntivo: for, fores, for, formos,
Querer fordes, forem.
presente do indicativo: quero, queres, quer,
queremos, quereis, querem;
As segundas pessoas do imperativo afirmativo são:
• presente do subjuntivo: queira, queiras, queira, sê (tu) e sede (vós).
queiramos, queirais, queiram;
• pretérito perfeito do indicativo: quis, quiseste,
Ter
quis, quisemos, quisestes, quiseram;
• pretérito mais-que-perfeito do indicativo:
• presente do indicativo: tenho, tens, tem,
quisera, quiseras, quisera, quiséramos, quiséreis,
temos, tendes, têm;
quiseram;
• presente do subjuntivo: tenha, tenhas, tenha,
• pretérito imperfeito do subjuntivo: quisesse,
tenhamos, tenhais, tenham;
quisesses, quisesse, quiséssemos, quisésseis,
• pretérito imperfeito do indicativo: tinha,
quisessem;
tinhas, tinha, tínhamos, tínheis, tinham;
• futuro do subjuntivo: quiser, quiseres, quiser,
• pretérito perfeito do indicativo: tive, tiveste,
quisermos, quiserdes, quiserem;
teve, tivemos, tivestes, tiveram;
• pretérito mais-que-perfeito do indicativo:
Saber
tivera, tiveras, tivera, tivéramos, tivéreis, tiveram;
• pretérito imperfeito do subjuntivo: tivesse,
• presente do indicativo: sei, sabes, sabe,
tivesses, tivesse, tivéssemos, tivésseis, tivessem;
sabemos, sabeis, sabem;
• futuro do subjuntivo: tiver, tiveres, tiver,
• presente do subjuntivo: saiba, saibas, saiba,
tivermos, tiverdes, tiverem.
saibamos, saibais, saibam;
• pretérito perfeito do indicativo: soube,
soubeste, soube, soubemos, soubestes, souberam;
• pretérito mais-que-perfeito do indicativo:
soubera, souberas, soubera, soubéramos, soubéreis,
souberam;
• pretérito imperfeito do subjuntivo: soubesse,
soubesses, soubesse, soubéssemos, soubésseis,
soubessem;
• futuro do subjuntivo: souber, souberes, souber,
soubermos, souberdes, souberem.

Ser

• presente do indicativo: sou, és, é, somos, sois,


são;
•presente do subjuntivo: seja, sejas, seja,
sejamos, sejais, sejam;
• pretérito imperfeito do indicativo: era, eras,
era, éramos, éreis, eram;
Seguem esse modelo os verbos ater, conter, deter, • presente do subjuntivo: venha, venhas, venha,
entreter, manter, reter. venhamos, venhais, venham;
• pretérito imperfeito do indicativo: vinha,
Trazer vinhas, vinha, vínhamos, vínheis, vinham;
• pretérito perfeito do indicativo: vim, vieste,
• presente do indicativo: trago, trazes, traz, veio, viemos, viestes, vieram;
trazemos, trazeis, trazem; • pretérito mais-que-perfeito do indicativo:
• presente do subjuntivo: traga, tragas, traga, viera, vieras, viera, viéramos, viéreis, vieram;
tragamos, tragais, tragam; • pretérito imperfeito do subjuntivo: viesse,
• pretérito perfeito do indicativo: trouxe, viesses, viesse, viéssemos, viésseis, viessem;
trouxeste, trouxe, trouxemos, trouxestes, trouxeram; • futuro do subjuntivo: vier, vieres, vier, viermos,
• pretérito mais-que-perfeito do indicativo: vierdes, vierem;
trouxera, trouxeras, trouxera, trouxéramos, trouxéreis, • particípio e gerúndio: vindo.
trouxeram;
• futuro do presente: trarei, trarás, trará, etc.; Seguem esse modelo os verbos advir, convir,
• futuro do pretérito: traria, trarias, traria, etc.; desavir-se, intervir, provir, sobrevir.
• pretérito imperfeito do subjuntivo: trouxesse,
trouxesses, trouxesse, trouxéssemos, trouxésseis, O emprego do infinitivo não obedece a regras bem
trouxessem; definidas.
• futuro do subjuntivo: trouxer, trouxeres, O impessoal é usado em sentido genérico ou
trouxer, trouxermos, trouxerdes, trouxerem. indefinido, não relacionado a nenhuma pessoa, o
pessoal refere-se às pessoas do discurso, dependendo
Ver do contexto.
Recomenda-se sempre o uso da forma pessoal se
• presente do indicativo: vejo, vês, vê, vemos, for necessário dar à frase maior clareza e ênfase.
vedes, vêem;
• presente do subjuntivo: veja, vejas, veja, Usa-se o impessoal:
vejamos, vejais, vejam;
• pretérito perfeito do indicativo: vi, viste, viu, • sem referência a nenhum sujeito: É proibido
vimos, vistes, viram; fumar na sala;
• pretérito mais-que-perfeito do indicativo: vira, • nas locuções verbais: Devemos avaliar a sua
viras, vira, víramos, víreis, viram; situação;
• pretérito imperfeito do subjuntivo: visse, • quando o infinitivo exerce função de
visses, visse, víssemos, vísseis, vissem; complemento de adjetivos: É um problema fácil de
• futuro do subjuntivo: vir, vires, vir, virmos, solucionar;
virdes, virem. • quando o infinitivo possui valor de imperativo -
Ele respondeu: "Marchar!"
Seguem esse modelo os derivados antever,
entrever, prever, rever. Prover segue o modelo acima Usa-se o pessoal:
apenas no presente do indicativo e seus tempos
derivados; nos demais tempos, comporta-se como um • quando o sujeito do infinitivo é diferente do
verbo regular da segunda conjugação. sujeito da oração principal: Eu não te culpo por saíres
daqui;
Vir • quando, por meio de flexão, se quer realçar ou
identificar a pessoa do sujeito: Foi um erro responderes
• presente do indicativo: venho, vens, vem, dessa maneira;
vimos, vindes, vêm;
• quando queremos determinar o sujeito (usa-se se obrigatório (os [seus] planos foram descobertos, mas
a 3ª pessoa do plural): - Escutei baterem à porta. os meus ainda estão em segredo);
• omite-se o artigo definido antes de nomes de
Artigo parentesco precedidos de possessivo (A moça deixou a
casa a sua tia);
Precede o substantivo para determiná-lo, • antes de nomes próprios personativos, não se
mantendo com ele relação de concordância. deve utilizar artigo. O seu uso denota familiaridade, por
Assim, qualquer expressão ou frase fica isso é geralmente usado antes de apelidos. Os
substantivada se for determinada por artigo (O antropônimos são determinados pelo artigo se usados
'conhece-te a ti mesmo' é conselho sábio). Em certos no plural (os Maias, Os Homeros);
casos, serve para assinalar gênero e número (o/a • geralmente dispensado depois de cheirar a,
colega, o/os ônibus). saber a (= ter gosto a) e similares (cheirar a jasmim / isto
sabe a vinho);
Os artigos podem ser classificado em: • não se usa artigo diante das palavras casa (= lar,
moradia), terra (= chão firme) e palácio a menos que
essas palavras sejam especificadas (venho de casa /
• definido - o, a, os, as - um ser claramente
venho da casa paterna);
determinado entre outros da mesma espécie;
• na expressão uma hora, significando a primeira
• indefinido - um, uma, uns, umas - um ser
hora, o emprego é facultativo (era perto de / da uma
qualquer entre outros de mesma espécie;
hora). Se for indicar hora exata, à uma hora (como
qualquer expressão adverbial feminina);
Podem aparecer combinados com preposições
• diante de alguns nomes de cidade não se usa
(numa, do, à, entre outros).
artigo, a não ser que venham modificados por adjetivo,
locução adjetiva ou oração adjetiva (Aracaju, Sergipe,
Quanto ao emprego do artigo: Curitiba, Roma, Atenas);
• usa-se artigo definido antes dos nomes de
• não é obrigatório seu uso diante da maioria dos estados brasileiros. Como não se usa artigo nas
substantivos, podendo ser substituído por outra palavra denominações geográficas formadas por nomes ou
determinante ou nem usado (o rapaz ≠ este rapaz / Lera adjetivos, excetuam-se AL, GO, MT, MG, PE, SC, SP e SE;
numa revista que mulher fica mais gripada que homem).
• expressões com palavras repetidas repelem
Nesse sentido, convém omitir o uso do artigo em
artigo (gota a gota / face a face);
provérbios e máximas para manter o sentido
• não se combina com preposição o artigo que faz
generalizante (Tempo é dinheiro / Dedico esse poema a
homem ou a mulher?); parte de nomes de jornais, revistas e obras literárias,
bem como se o artigo introduzir sujeito (li em Os
• não se deve usar artigo depois de cujo e suas
Lusíadas / Está na hora de a onça beber água);
flexões;
• depois de todo, emprega-se o artigo para
• outro, em sentido determinado, é precedido de
conferir ideia de totalidade (Toda a sociedade poderá
artigo; caso contrário, dispensa-o (Fiquem dois aqui; os
participar / toda a cidade ≠ toda cidade). "Todos" exige
outros podem ir ≠ Uns estavam atentos; outros
artigo a não ser que seja substituído por outro
conversavam);
determinante (todos os familiares / todos estes
• não se usa artigo diante de expressões de familiares);
tratamento iniciadas por possessivos, além das formas
• repete-se artigo: a) nas oposições entre pessoas
abreviadas frei, dom, são, expressões de origem
e coisas (o rico e o pobre) / b) na qualificação antonímica
estrangeira (Lord, Sir, Madame) e sóror ou sóror;
do mesmo substantivo (o bom e o mau ladrão) / c) na
• é obrigatório o uso do artigo definido entre o distinção de gênero e número (o patrão e os operários /
numeral ambos (ambos os dois) e o substantivo a que o genro e a nora);
se refere (ambos os cônjuges);
• não se repete artigo: a) quando há sinonímia
• diante do possessivo (função de adjetivo) o uso indicada pela explicativa ou (a botânica ou fitologia) / b)
é facultativo; mas se o pronome for substantivo, torna- quando adjetivos qualificam o mesmo substantivo (a
clara, persuasiva e discreta exposição dos fatos nos Numeral indicando quantidade e artigo quando se
abalou). opõe ao substantivo indicando-o de forma indefinida.

Numeral: Quanto à flexão, varia em gênero e número:

Numeral é a palavra que indica quantidade, • variam em gênero:


número de ordem, múltiplo ou fração. Classifica-se
como cardinal (1, 2, 3), ordinal (primeiro, segundo, Cardinais: um, dois e os duzentos a novecentos;
terceiro), multiplicativo (dobro, duplo, triplo), todos os ordinais; os multiplicativos e fracionários,
fracionário (meio, metade, terço). Além desses, ainda quando expressam uma ideia adjetiva em relação ao
há os numerais coletivos (dúzia, par). substantivo.
Quanto ao valor, os numerais podem apresentar
valor adjetivo ou substantivo. Se estiverem • variam em número:
acompanhando e modificando um substantivo, terão
valor adjetivo. Já se estiverem substituindo um Cardinais terminados em -ão; todos os ordinais; os
substantivo e designando seres, terão valor substantivo. multiplicativos, quando têm função adjetiva; os
[Ele foi o primeiro jogador a chegar. (valor adjetivo) / Ele fracionários, dependendo do cardinal que os antecede.
será o primeiro desta vez. (valor substantivo)].
Os cardinais, quando substantivos, vão para o
Quanto ao emprego: plural se terminarem por som vocálico (Tirei dois dez e
três quatros).
• os ordinais como último, penúltimo,
antepenúltimo, respectivos... não possuem cardinais
Advérbio:
correspondentes.
É a palavra que modifica o sentido do verbo
• os fracionários têm como forma própria meio, (maioria), do adjetivo e do próprio advérbio
metade e terço, todas as outras representações de (intensidade para essas duas classes). Denota em si
divisão correspondem aos ordinais ou aos cardinais mesma uma circunstância que determina sua
seguidos da palavra avos (quarto, décimo, milésimo, classificação:
quinze avos);
• designando séculos, reis, papas e capítulos, • lugar: longe, junto, acima, ali, lá, atrás, alhures;
utiliza-se na leitura ordinal até décimo; a partir daí
• tempo: breve, cedo, já, agora, outrora,
usam-se os cardinais. (Luís XIV - quatorze, Papa Paulo II
imediatamente, ainda;
- segundo);
• modo: bem, mal, melhor, pior, devagar, a
maioria dos adv. com sufixo -mente;
Se o numeral vier antes do substantivo, será
obrigatório o ordinal (XX Bienal - vigésima, IV Semana • negação: não, qual nada, tampouco,
de Cultura - quarta); absolutamente;
• dúvida: quiçá, talvez, provavelmente,
• zero e ambos(as) também são numerais porventura, possivelmente;
cardinais. 14 apresenta duas formas por extenso • intensidade: muito, pouco, bastante, mais,
catorze e quatorze; meio, quão, demais, tão; • afirmação: sim,
• a forma milhar é masculina, portanto não existe
certamente, deveras, com efeito, realmente,
"algumas milhares de pessoas" e sim alguns milhares de efetivamente.
pessoas;
• alguns numerais coletivos: grosa (doze dúzias), As palavras onde (de lugar), como (de modo),
lustro (período de cinco anos), sesquicentenário (150 porque (de causa), quanto (classificação variável) e
anos); quando (de tempo), usadas em frases interrogativas
diretas ou indiretas, são classificadas como advérbios
• um: numeral ou artigo? Nestes casos, a
distinção é feita pelo contexto.
interrogativos (queria saber onde todos dormirão / pertinho). A repetição de um mesmo advérbio também
quando se realizou o concurso). assume valor superlativo (saiu cedo, cedo);
• quando os advérbios terminados em -mente
Onde, quando, como, se empregados com estiverem coordenados, é comum o uso do sufixo só no
antecedente em orações adjetivas são advérbios último (Falou rápida e pausadamente);
relativos (estava naquela rua onde passavam os ônibus • muito e bastante podem aparecer como
/ ele chegou na hora quando ela ia falar / não sei o modo advérbio (invariável) ou pronome indefinido (variável -
como ele foi tratado aqui). determina substantivo);
• otimamente e pessimamente são superlativos
As locuções adverbiais são geralmente constituídas absolutos sintéticos de bem e mal, respectivamente;
de preposição + substantivo - à direita, à frente, à • adjetivos adverbializados mantêm-se
vontade, de cor, em vão, por acaso, frente a frente, de invariáveis (terminaram rápido o trabalho / ele falou
maneira alguma, de manhã, de repente, de vez em claro).
quando, em breve, em mão (em vez de "em mãos") etc.
São classificadas, também, em função da circunstância
As palavras denotativas são séries de palavras que
que expressam.
se assemelham ao advérbio. A Norma Gramatical
Brasileira considera-as apenas como palavras
Quanto ao grau, apesar de pertencer à categoria denotativas, não pertencendo a nenhuma das 10 classes
das palavras invariáveis, o advérbio pode apresentar gramaticais. Classificam-se em função da ideia que
variações de grau comparativo ou superlativo. expressam:

Comparativo: • adição: ainda, além disso etc. (Comeu tudo e


ainda queria mais);
igualdade - tão + advérbio + quanto superioridade • afastamento: embora (Foi embora daqui);
- mais + advérbio + (do) que inferioridade - menos +
• afetividade: ainda bem, felizmente,
advérbio + (do) que
infelizmente (Ainda bem que passei de ano);
• aproximação: quase, lá por, bem, uns, cerca de,
Superlativo:
por volta de etc. (É quase 1h a pé);
• designação: eis (Eis nosso carro novo);
sintético - advérbio + sufixo (-íssimo) analítico -
• exclusão: apesar, somente, só, salvo,
muito + advérbio.
unicamente, exclusive, exceto, senão, sequer, apenas
etc. (Todos saíram, menos ela / Não me descontou
Bem e mal admitem grau comparativo de sequer um real);
superioridade sintético: melhor e pior. As formas mais
• explicação: isto é, por exemplo, a saber etc. (Li
bem e mais mal são usadas diante de particípios
vários livros, a saber, os clássicos);
adjetivados. (Ele está mais bem informado do que eu).
Melhor e pior podem corresponder a mais bem / mal • inclusão: até, ainda, além disso, também,
(adv.) ou a mais bom / mau (adjetivo). inclusive etc. (Eu também vou / Falta tudo, até água);
• limitação: só, somente, unicamente, apenas
Quanto ao emprego: etc. (Apenas um me respondeu / Só ele veio à festa);
• realce: é que, cá, lá, não, mas, é porque etc. (E
• três advérbios pronominais indefinidos de lugar você lá sabe essa questão?);
vão caindo em desuso: algures, alhures e nenhures, • retificação: aliás, isto é, ou melhor, ou antes etc.
substituídos por em algum, em outro e em nenhum (Somos três, ou melhor, quatro);
lugar; • situação: então, mas, se, agora, afinal etc.
• na linguagem coloquial, o advérbio recebe (Afinal, quem perguntaria a ele?).
sufixo diminutivo. Nesses casos, o advérbio assume
valor superlativo absoluto sintético (cedinho /
Preposição: • trás, atualmente, só se usa em locuções
adverbiais e prepositivas (por trás, para trás por trás de).
É a palavra invariável que liga dois termos entre si,
estabelecendo relação de subordinação entre o termo Quanto à diferença entre pronome pessoal
regente e o regido. São antepostos aos dependentes oblíquo, preposição e artigo, deve-se observar que a
(objeto indireto, complemento nominal, adjuntos e preposição liga dois termos, sendo invariável, enquanto
orações subordinadas). Divide-se em: o pronome oblíquo substitui um substantivo. Já o artigo
antecede o substantivo, determinando-o.
• essenciais (maioria das vezes são preposições):
a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, As preposições podem estabelecer as seguintes
para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás; relações: isoladamente, as preposições são palavras
• acidentais (palavras de outras classes que vazias de sentido, se bem que algumas contenham uma
podem exercer função de preposição): afora, conforme vaga noção de tempo e lugar. Nas frases, exprimem
(= de acordo com), consoante, durante, exceto, salvo, diversas relações:
segundo, senão, mediante, visto (= devido a, por causa
de) etc. (Vestimo-nos conforme a moda e o tempo / Os • autoria - música de Caetano
heróis tiveram como prêmio aquela taça / Mediante • lugar - cair sobre o telhado, estar sob a mesa
meios escusos, ele conseguiu a vaga / Vovó dormiu • tempo - nascer a 15 de outubro, viajar em uma
durante a viagem). hora, viajei durante as férias
• modo ou conformidade - chegar aos gritos,
As preposições essenciais regem pronomes votar em branco
oblíquos tônicos; enquanto preposições acidentais
• causa - tremer de frio, preso por vadiagem
regem as formas retas dos pronomes pessoais. (Falei
sobre ti/Todos, exceto eu, vieram). • assunto - falar sobre política
• fim ou finalidade - vir em socorro, vir para ficar
As locuções prepositivas, em geral, são formadas • instrumento - escrever a lápis, ferir-se com a
de advérbio (ou locução adverbial) + preposição - abaixo faca
de, acerca de, a fim de, além de, defronte a, ao lado de, • companhia - sair com amigos / meio - voltar a
apesar de, através de, de acordo com, em vez de, junto cavalo, viajar de ônibus
de, perto de, até a, a par de, devido a. • matéria - anel de prata, pão com farinha
• posse - carro de João
Observa-se que a última palavra da locução • oposição - Flamengo contra Fluminense
prepositiva é sempre uma preposição, enquanto a
• conteúdo - copo de (com) vinho
última palavra de uma locução adverbial nunca é
preposição. • preço - vender a (por) R$ 300, 00
• origem - descender de família humilde
Quanto ao emprego, as preposições podem ser • especialidade - formou-se em Medicina
usadas em: • destino ou direção - ir a Roma, olhe para frente.

• combinação: preposição + outra palavra sem Interjeição:


perda fonética (ao/aos);
• contração: preposição + outra palavra com São palavras que expressam estados emocionais do
perda fonética (na/àquela); falante, variando de acordo com o contexto emocional.
• não se deve contrair de se o termo seguinte for Podem expressar:
sujeito (Está na hora de ele falar);
• a preposição após, pode funcionar como • alegria - ah!, oh!, oba!
advérbio (= atrás) (Terminada a festa, saíram logo • advertência - cuidado!, atenção
após.); • afugentamento - fora!, rua!, passa!, xô!
• alívio - ufa!, arre! • condicionais: se, caso, contanto que, desde
• animação - coragem!, avante!, eia! que, salvo se, sem que (= se não), a menos que;
• aplauso - bravo!, bis!, mais um! • consecutivas (consequência, resultado, efeito):
• chamamento - alô!, olá!, psit! que (precedido de tal, tanto, tão etc. - indicadores de
intensidade), de modo que, de maneira que, de sorte
• desejo - oxalá!, tomara! / dor - ai!, ui!
que, de maneira que, sem que;
• espanto - puxa!, oh!, chi!, ué!
• conformativas (conformidade, adequação):
• impaciência - hum!, hem! conforme, segundo, consoante, como;
• silêncio - silêncio!, psiu!, quieto! • concessiva: embora, conquanto, posto que, por
muito que, se bem que, ainda que, mesmo que;
São locuções interjetivas: puxa vida!, não diga!, que • temporais: quando, enquanto, logo que, desde
horror!, graças a Deus!, ora bolas!, cruz credo! que, assim que, mal (= logo que), até que;
• finais - a fim de que, para que, que;
Conjunção: • proporcionais: à medida que, à proporção que,
ao passo que, quanto mais (+ tanto menos);
É a palavra que liga orações basicamente, • integrantes - que, se.
estabelecendo entre elas alguma relação (subordinação
ou coordenação). As conjunções classificam-se em:
As conjunções integrantes introduzem as orações
subordinadas substantivas, enquanto as demais iniciam
Coordenativas, aquelas que ligam duas orações orações subordinadas adverbiais. Muitas vezes a função
independentes (coordenadas), ou dois termos que de interligar orações é desempenhada por locuções
exercem a mesma função sintática dentro da oração. conjuntivas, advérbios ou pronomes.
Apresentam cinco tipos:

• aditivas (adição): e, nem, mas também, como ***


também, bem como, mas ainda;
• adversativas (adversidade, oposição): mas,
porém, todavia, contudo, antes (= pelo contrário), não
obstante, apesar disso;
• alternativas (alternância, exclusão, escolha):
ou, ou ... ou, ora ... ora, quer ... quer;
• conclusivas (conclusão): logo, portanto, pois
(depois do verbo), por conseguinte, por isso;
• explicativas (justificação): - pois (antes do
verbo), porque, que, porquanto.

Subordinativas - ligam duas orações dependentes,


subordinando uma à outra. Apresentam dez tipos:

• causais: porque, visto que, já que, uma vez que,


como, desde que;

Palavra que liga orações basicamente,


estabelecendo entre elas alguma relação (subordinação
ou coordenação). As conjunções classificam-se em:
comparativas: como, (tal) qual, assim como, (tanto)
quanto, (mais ou menos +) que;
EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE Quando é necessário unir dois sons idênticos e
CRASE formar uma crase?

CRASE: Assunto certo em qualquer concurso, a


Na Língua Portuguesa o uso do acento grave torna
crase é um tema bastante simples de ser entendido.
a pronúncia mais leve e sem muitas pausas.
Não se limite a decorar regras, entenda o que você está
estudando. Os exemplos são a forma mais simples de Fale em voz alta: Maria retornou a a casa de
você memorizar, preste atenção a eles. veraneio neste natal.

Você percebe um ligeiro desconforto e uma pausa


Etapa 1 – O que é crase? entre os dois as.

Crase nada mais é do que a fusão (união) de dois Agora pronuncie: Maria retornou a casa de
sons idênticos. veraneio neste natal.

Fica bem melhor, não é?


- Observe:
Então. Fazemos o seguinte: Deixamos apenas um a
Sant’ana é a contração de Santa + Ana.
e colocamos o acento grave para indicar que se trata de
Os dois As são unidos num único som.
dois as unidos!
- Outro exemplo:
Observe: Maria retornou à casa de veraneio neste
Quando falamos: Estava aberto o portão, unimos natal.
os sons dos dois Os.
Agora fale em voz alta: A casa azul ficou pronta!
- Veja isso:
Mesmo com dois sons idênticos juntos não houve
Iremos a a Bahia em breve! problemas quanto à pronúncia.

Os dois sons idênticos se unem formando a frase: Portanto a crase não é necessária.
Iremos à Bahia em breve!
Em que casos deve-se usar o acento grave para
Portanto: Crase é a união de dois sons idênticos
indicar uma crase?

Não confunda Crase com acento grave. O acento


Vamos analisar cada caso:
grave apenas indica que aquela letra é fusão (união) de
Crase de preposição a + artigo a/as
duas letras idênticas. a + a = crase…
A primeira conclusão lógica é: já que os artigos a e
as são femininos, a crase só será utilizada antes de
Como indicar que há uma crase? Usando o acento
palavras femininas. (Há apenas uma exceção que
grave:
apresentaremos mais tarde.)
Eu vou à Bahia… Quem não quer ir?
A regra geral diz: Usa-se crase…

* Se o termo regente exigir a preposição a: chegar


a, contrário a.
* Se o termo regido aceitar o artigo a/as: a escola, = Comprei a camisa azul. (conclusão: NÃO é crase)

2. Sou contrário a avareza. – Sou contrário ao


a ideia. (substantivo feminino) Deixemos um pouco a
gasto = Sou contrário à avareza.

regra de lado e pensemos o seguinte: (conclusão: é crase)

3. Comentei a ideia a patroa. – Comentei o assunto


Observe a frase: Pedro referiu-se à escola com ao patrão = Comentei a ideia à patroa. (conclusão: é
muito orgulho.
crase)
Escola é palavra feminina, portanto pede o artigo
4. Todos aderiram a greve. – Todos aderiram ao
a, caso fosse uma palavra masculina pediria o artigo o!
mutirão. = Todos aderiram à greve.

Observe, agora: Pedro referiu-se ao colégio com (conclusão: é crase)


muito orgulho.
5. Controlei a entrada dos passageiros. – Controlei
Note que a preposição a continua e o artigo o o embarque dos passageiros. =
aparece no lugar do artigo a, indicando que na frase
Controlei a entrada dos passageiros. (conclusão:
anterior se tratavam de dois as, portanto caso de NÃO é crase)
“crase”.
Caso do Ir e Vir

A dica é a seguinte:
Crase após os verbos ir e vir (verbos de movimento)
Troque a palavra feminina por uma palavra
masculina correspondente, se continuar apenas um a, Observe:
você não usa crase, mas se aparecer ao, significará que
são dois sons, portanto, use o sinal grave! Maria vai à Bahia.

Pedro vai a Brasília.


Veja na prática:
Qual a diferença entre as orações? Porque não
Cheguei a praia hoje cedo. (dúvida: é crase?)
houve crase na segunda?

A palavra Bahia pede artigo a, a palavra Brasília não
pede.
Cheguei ao parque hoje cedo. (trocando por uma
palavra masculina) Vamos para a dica!
═ Use o verbo vir no lugar do verbo ir… Maria veio da
Bahia. Pedro veio de Brasília.
Cheguei à praia hoje cedo. (concluímos que se trata
Notaram a diferença?
de crase) Outros exemplos:
Maria veio de + a Bahia. (preposição + artigo ‘a’)
Pedro veio de Brasília (apenas preposição).
1. Comprei a camisa azul. (dúvida: é crase?)
Na segunda oração não aparece o artigo ‘o’.
– Comprei o sapato azul. (trocando por uma
palavra masculina)
Ora… Quem vai ‘a’ e vem ‘da’ – crase há. Referiu-se a João ou Referiu-se ao João.

Quem vai ‘a’ e vem ‘de’ – Crase pra quê? Portanto, pode usar a crase ou não!

Outros Exemplos: - Antes de pronomes possessivos femininos:

1. Terezinha foi a ou à Itália? Referiu-se a tua mãe ou Referiu-se à tua mãe

- Terezinha veio da Itália. (macete) = Terezinha foi Referiu-se a teu pai ou Referiu-se ao teu pai
à Itália. (conclusão: há crase)
3. ‘Aquele’ em palavras masculinas

2. Fomos a ou à Brasília dos deputados?


Fui àquele comício. (Fui ao comício)
– Viemos da Brasília dos deputados. (macete)
Sou avesso àquele livro. (Sou avesso ao livro)
= Fomos à Brasília dos deputados. (conclusão: há
crase) Comprei aquele livro. (Comprei o livro – não há
preposição ‘a’, não há crase)
3. Fui a ou à Belém?
Macete:
– Vim de Belém. (macete)
“Aquele” é substituível por ‘o’,
= Fui a Belém. (conclusão: não há crase) Casos
“Àquele” é substituível por ‘ao’.
Especiais. Atente para a crase antes de palavra masculina!
Mas é apenas um caso!

1. Crase entre palavras repetidas


***
Observe:

Eles estavam frente a frente. Eles estavam lado a


lado.

Você pode lembrar-se de uma dica: Não use crase


entre palavras repetidas, ou simplesmente aplicar o
macete de trocar a palavra feminina por masculina.

2. Casos facultativos (você usa a crase se quiser)

- Antes de nomes próprios femininos: Referiu-se


à Luísa ou Referiu-se a Luísa

As duas formas acima estão corretas.

Note que você pode usar a regra trocando a palavra


feminina por uma masculina e verá que as duas formas
são possíveis:
SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO O período pode ser composto:

Frase, Oração e Período a. por coordenação - quando as orações são


independentes:
Frase
O diretor chegou, deu algumas ordens, saiu em
seguida.
É todo e qualquer enunciado, do mais simples ao
mais complexo, com sentido completo. A frase pode ser:
Choveu, porém continua quente.
1. nominal - a que não possui verbo:
b) por subordinação - quando as orações estão
subordinadas a uma principal:
Socorro!
Chame aquele menino que está brincando.
Que linda noite de verão!
Não sabemos se ele virá.
2. verbal - a que possui verbo:
TERMOS DA ORAÇÃO
Ajudem-no!
Sujeito
A noite está linda!
É o ser (pessoa, animal ou coisa) sobre o qual se faz
uma declaração:

Oração Ele está escrevendo cartas.

É o enunciado organizado em torno de um verbo. Núcleo do Sujeito


A principal característica da oração não é o sentido
completo (ainda que possa ter), mas sim o verbo:
O núcleo do sujeito é a palavra à qual está ligada a
declaração contida no predicado:
Ele estuda muito.(Uma oração)
Aquela casa branca foi vendida.
Ele quer que sejamos felizes.(Duas orações)
Classificação do Sujeito

1. SIMPLES - o que possui apenas um núcleo:


Período
Minha irmã foi ao mercado.
É todo e qualquer enunciado de sentido completo,
terminado por pausa gráfica forte e possuindo pelo
Vocês conhecem meu pai?
menos uma oração. O período pode ser:

2. DESINENCIAL, OCULTO ou ELÍPTICO - o que é


1. simples - o que só possui uma oração:
determinado pela desinência verbal:

Sentíamos o perfume das flores.


És um bom amigo. (= Tu).
2. composto - o que possui mais de uma oração:
Iremos à praia. ( = Nós).
Alguns cantavam e outros dançavam.
Quando ela chegou, não nos disse se tivera êxito.
3. COMPOSTO - o que possui mais de um núcleo: Observação: caso o verbo indicador de fenômeno
Pedro e Paulo chegaram agora. meteorológico seja empregado conotativamente, a
oração passará a ter sujeito normalmente.
O livro, o caderno, a caneta e a régua estão
naquela gaveta. A cidade anoitecia aos poucos (sujeito: a cidade).

4. INDETERMINADO - o que não se pode ou não se b. verbo haver quando sinônimo de existir ou
quer determinar. O verbo pode estar: acontecer, ou ainda indicando tempo:

a) na 3ª pessoa do plural - equivalente a eles, sem Havia pessoas no jardim.


informação a respeito da pessoa: Ele partiu há dois anos.

Quebraram a vidraça. Observação - o verbo existir não é impessoal:

Observação - na frase "Ela e o irmão saíram cedo; Existe um lustre na sala. / Existem lustres na sala.
só voltarão à noite", embora o verbo da segunda oração
esteja na 3ª pessoa do plural e o sujeito não esteja c. ser indicando hora, data, quantidade ou
expresso, sabemos qual é o sujeito, pois o pronome eles distância (único caso de oração sem sujeito em que o
nos remete a Ela e o irmão, sujeito da 1ª oração; trata- verbo pode ficar na 3ª pessoa do plural):
se apenas de um sujeito desinencial.
É uma hora. / São duas horas.
b. na 3ª pessoa do singular (intransitivo, transitivo
indireto ou de ligação) com o pronome SE, que será
É primeiro de outubro. / São vinte de dezembro.
índice de indeterminação do sujeito:

Vive-se bem aqui.

Precisa-se de operários. Daqui até lá é um quilômetro. / São muitos


quilômetros.
Observação - se o verbo for transitivo direto é voz
passiva, tem sujeito (simples ou composto) e é preciso d. ser, estar, ficar, continuar, fazer, ir, passar, etc.
fazer concordância: indicando fenômeno da natureza ou tempo decorrido:

5. ORAÇÃO SEM SUJEITO ou INEXISTENTE - É primavera.


quando a oração é uma simples anunciação de um
fenômeno, é a informação da ocorrência ou existência Estava tão quente!
de algo ou apenas a indicação de tempo, quantidade ou
distância. Fez frio. / Fez dois anos que ele partiu.

Nesse caso, a estruturação expressiva centra-se em Vai para cinco anos que nos conhecemos.
verbo considerado impessoal.
Já passa de um ano que trabalho lá.
Desta forma, nas situações abaixo os verbos são
considerados impessoais e, por conseguinte, a oração
e. verbos chegar e bastar seguidos da preposição
não tem sujeito:
de indicando ordem ou comando:

a) verbos que indicam fenômenos da natureza:


Chega de tanta conversa.

Anoiteceu.
Basta de reclamações.
Observação - na locução verbal o auxiliar assume a a. direto - é o verbo que se liga a seu complemento
flexão do verbo principal; sendo impessoal, a locução (objeto direto) sem o auxílio de preposição. São
será impessoal, pois a pessoalidade ou impessoalidade transitivos diretos:
é determinada por ele:
abrir
Existem tantas pessoas bondosas! / Devem existir
tantas pessoas bondosas! (Verbo pessoal) amar comprar

Há muitos meninos na praça. / Deve haver muitos


meninos na praça. (Verbo impessoal) ver, etc.

PREDICADO Ex.: O menino contava as balas.


b)indireto - é o verbo que se liga a seu
É a declaração que se faz sobre o ser: complemento (objeto indireto) com o auxílio de
Alguns garotos gostam de nadar. preposição. São transitivos indiretos:

Observação - nas orações com sujeito desinencial, acreditar concordar confiar crer precisar, etc.
indeterminado ou inexistente (oração sem sujeito), a
oração é formada apenas pelo predicado:
Ex.: Cremos em Deus.
Estou cansado.
c) direto e indireto - é o verbo que precisa de dois
Gritaram lá fora. complementos, um sem preposição (objeto direto) e o
outro com preposição (objeto indireto). São transitivos
diretos e indiretos:
Havia fila diante do cinema.

atear contar (= narrar) dar preferir, etc.


Predicação Verbal

Quanto à predicação o verbo pode ser: Ex.: Conte uma história às crianças.
intransitivo, transitivo ou de ligação.

1. INTRANSITIVO
3. DE LIGAÇÃO
É intransitivo o verbo que tem sentido completo,
não precisando, portanto, de complemento verbal
É o verbo cuja função é apenas ligar o sujeito a um
(objeto). São intransitivos:
estado, qualidade ou atributo. É claro que haverá
sempre, na oração um nome que representará o estado,
chorar dormir entrar voar, etc. a qualidade, ou o atributo. Esse termo chama-se
predicativo. Exs.:

Ex.: O bebê dormiu.


Ela é feliz.

2. TRANSITIVO
Ela é generosa.
É transitivo o verbo que não tem sentido completo
e por isso precisa de um complemento verbal (objeto). Ela é minha irmã. São verbos de ligação:
O verbo transitivo divide-se em direto, indireto e direto
e indireto:
andar continuar estar ficar parecer permanecer
ser tornar-se PREDICATIVO

Predicativo é o termo que indica estado, qualidade


Lembre-se de que o verbo só é de ligação se estiver ou atributo:
acompanhado de predicativo (estado, qualidade ou
atributo), caso contrário não terá a função de ligar o Ele viajou resfriado.
sujeito ao predicativo. Será então classificado como
Ele tornou-se culto.
intransitivo:

Ele é vendedor.
Ela continua contente (de ligação).

Classificação do Predicativo
Ela continua na escola (intransitivo).

Classificação do Predicado 1. predicativo do sujeito - é o que se refere ao


sujeito:
O predicado pode ser verbal, nominal ou verbo-
nominal: Minha prima está satisfeita.(Minha prima é
sujeito).
1. verbal - é aquele que tem como núcleo um
verbo (intransitivo ou transitivo): 2. predicativo do objeto - é o que se refere ao
objeto (direto ou indireto):
Maria brincava no parque no parque. (Intransitivo)
Encontrei minha prima satisfeita. (Minha prima é
Vocês já comeram o bolo? (Transitivo direto) objeto direto).

Acredito em você. (Transitivo indireto) Gosto de minha prima satisfeita. (Minha prima é
objeto indireto).
Entregue o embrulho a teu tio. (Transitivo direto e
indireto) COMPLEMENTOS DO VERBO

2. nominal - é aquele que tem verbo de ligação e Os complementos do verbo são dois: objeto direto
cujo núcleo é um nome, que se chama predicativo: e objeto indireto.

Elas são enfermeiras. I. OBJETO DIRETO - é o complemento de verbo


transitivo direto e um dos complementos do verbo
transitivo direto e indireto; normalmente está ligado ao
3. verbo-nominal - é aquele que tem dois núcleos: verbo sem preposição.
um verbo (intransitivo ou transitivo) e um nome
(predicativo): Ele quer uma xícara de chá. (Transitivo direto)

Ele chegou febril. Entreguei o presente a João. (Transitivo direto e


indireto)
Compramos a casa felizes.
O objeto direto pode ser: pleonástico, cognato ou
preposicionado.
Preciso de você otimista.

Os pais emprestaram o carro a Pedro preocupados


o carro a Pedro preocupados.
1. OBJETO DIRETO PLEONÁSTICO Casos em que é facultativo:

Por motivos puramente estilísticos, como, por a) com pronomes de tratamento:


exemplo, para chamar a atenção sobre o próprio objeto
direto, pode esse termo aparecer repetido na oração.
Estimo a Vossa Senhoria.
Não é exigência verbal, é apenas uma forma
enfática que pode ser retirada da oração sem qualquer b. quando o objeto direto precede o verbo:
ônus para o entendimento.
A esse pleonasmo é dado o nome de objeto direto Aos meninos não convidou.
pleonástico, justamente por ser a repetição do objeto
direto normal. c) quando o objeto direto é nome próprio de
pessoa:
Nesse caso, uma das formas é sempre um pronome
átono. Censuraram a Paulo.

Estas belas flores, comprei-as ontem. d. quando o objeto direto é composto, sendo o
primeiro núcleo um pronome átono:
Os livros, leio-os saboreando como fruta madura.
Respeita-me e a meus amigos.

e. quando há ideia de comparação:


2. OBJETO DIRETO COGNATO (ou INTERNO) Olhou-te como a um inimigo.

Pode o verbo intransitivo ser usado f. quando há ideia de partitivo:


transitivamente (sempre transitivo direto, jamais
indireto). A mudança de predicação só é possível se Beba do leite.
usarmos como objeto direto complemento
representado por substantivo do mesmo radical do
g. quando se quer enfatizar o objeto direto:
verbo (termo cognato) ou substantivo que pertença ao
mesmo grupo de ideias do verbo e é comum que tal
complemento venha acompanhado de expressão Ele sacou da arma.
qualificadora.
h. com pronomes indefinidos:
"E rir meu riso e derramar meu pranto."
Elogiamos a todos.
As crianças dormiam um sono tranqüilo.
i) com o pronome QUEM se ele não possuir
3. OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO antecedente:

Não é raro encontrar o objeto direto precedido de A quem encontraremos na festa?


preposição. Nesses casos, a preposição não é exigência
do verbo, mas necessidade estrutural do próprio termo j. com numerais:
núcleo do objeto direto.
Sempre trataste aos dois com o mesmo carinho.
Há casos em que o emprego do objeto direto
preposicionado é facultativo e outros em que é Casos em que é obrigatório:
obrigatório.
a) Com o nome Deus:
Louvamos a Deus. O nome completado pelo complemento nominal é
um adjetivo, advérbio ou substantivo e é sempre
b) quando houver ambigüidade de sentido: abstrato.

"A mãe ao próprio filho não conheça." (Camões) 1. completando substantivos:

c) quando os pronomes pessoais mim, ti, si, nós, As crianças têm necessidade de proteção.
vós, ele(s), ela(s) exercem função de objeto direto:
Foi realizada a venda da casa?
Ele chamou a ti.
2. completando adjetivos:
II. OBJETO INDIRETO - é o complemento de verbo
transitivo indireto ou um dos complementos do verbo Isso é benéfico ao país.
transitivo direto e indireto; representa o ser ou coisa a
que se destina a ação, ou em cujo proveito ou prejuízo Estão todos preocupados com você.
a ação se realiza.
3. completando advérbios:
Quando não representado por pronome átono, virá
obrigatoriamente regido de preposição exigida pelo Ele mora perto de Pedro.
verbo.
Sempre pensamos favoravelmente aos jovens.
Confie neles.
AGENTE DA PASSIVA
Entregue este bilhete a Maria.

É o termo que, na voz passiva analítica (com


O objeto indireto pode ser pleonástico.
auxiliar), designa o ser que realiza a ação verbal da qual
o sujeito é o paciente. O agente da passiva vem sempre
OBJETO INDIRETO PLEONÁSTICO
precedido de preposição:
Por uma questão de estilo ou quando se quiser
realçar o objeto indireto, costuma-se repetir esse Este quadro foi pintado por Renoir.
termo. Nesse caso, uma das formas é necessariamente
um pronome pessoal átono. Ao termo que repete o Ela é estimada de todos.
objeto indireto dá-se o nome de objeto indireto O motor é movido a gás.
pleonástico.
Observações:
A ele, dei-lhe todo o meu amor.
1. Nem sempre o agente da passiva está expresso:
Ofereci-lhes, a José e João, nossa ajuda.
A janela foi consertada ontem.

2. O agente da voz passiva sintética jamais está


Termos da Oração expresso:

COMPLEMENTO NOMINAL Vende-se um barco.

É o termo que completa o sentido de um nome


incompleto do mesmo modo como o objeto completa o
verbo. Vem sempre acompanhado de preposição.
Termos da Oração b) Os pronomes átonos, quando exercem função
de adjunto adnominal, têm valor de possessivos:
ADJUNTO ADNOMINAL
Corrigiu-nos os defeitos ( = Corrigiu nossos
É o termo de valor adjetivo que gira em torno de defeitos).
um núcleo substantivo ou substantivado de um outro
termo da oração. O adjunto adnominal pode pertencer: Tocou-te o rosto ( = Tocou teu rosto).

1. ao sujeito: c. O adjunto adnominal confunde-se


frequentemente com o complemento nominal, porém
Aquele livro é meu.
devemos nos lembrar de que este último completa

2. ao predicativo: nomes abstratos: Tenho uma caixa de joias. (Adjunto


adnominal) Tenho pavor de fantasmas.
Ela é tua amiga?

3. ao objeto direto:
***

Traga o jornal.

4. ao objeto indireto:

Gosto de sorvete de morango.

5. ao complemento nominal:

Ele tem adoração por esta moça.

6. ao agente da passiva:

A revista será lida por vários alunos.

7. ao aposto:

Aquele é Pedrinho, filho de Maria.

8. ao vocativo:
Meu Deus, ajuda-nos.

Observações:

a) Muitas vezes há mais de um adjunto adnominal


em torno do mesmo núcleo:

A menina morena é Marta.

Vendi meu carro branco.


PONTUAÇÃO
Pedro encontrou companheiros, novos vizinhos e
O sistema de pontuação é fundamental para a colegas de trabalho.
organização dos diferentes tipos de texto, contribuindo
para a coesão, coerência e clareza daquilo que se A palavra "novos" possui alto grau de coesão com
escreve. o termo "vizinhos", mas não com “companheiros”.

Os sinais de pontuação são um conjunto Verifica-se, pois, que a vírgula demarca uma
de sinais gráficos que indicam, em uma construção interrupção entre funções sintáticas ou orações
sintática, o maior ou menor grau de coesão entre independentes entre si, ou seja, funções sintáticas ou
estruturas e, em alguns casos, podem orações que possuem baixo grau de coesão entre si.
manifestar aspectos prosódicos (da fala) em um
⇒ Vírgula e período simples:
enunciado escrito. São eles:
a) Sujeito e predicado
1. Vírgula;
Não se separa o sujeito do predicado, haja vista
2. Ponto e vírgula;
serem termos essenciais à oração e possuírem alto grau
3. Ponto final; de coesão entre si.

• Ordem direta:
4. Ponto de exclamação;

5. Ponto de interrogação; O poeta é mentiroso.

6. Dois-pontos; Aquela senhora é educada.

• Ordem indireta:
7. Aspas;

8. Travessão; É mentiroso o poeta (o poeta = sujeito)

9. Parênteses. É educada aquela senhora (aquela senhora =


sujeito)

b) Complementos verbais (objeto direto e objeto


indireto)
♦ Vírgula
Não se separa por vírgula o verbo de seu
⇒ Regra geral
complemento (objeto).
A vírgula é um sinal de pontuação que manifesta
• Ordem direta:
baixo grau de coesão (ligação) entre estruturas vizinhas.
Repare que ela não gera baixo grau de coesão, mas sim
Nem deixou filhos...
manifesta um baixo grau de coesão já existente entre
estruturas sintáticas. • Ordem indireta:
Por exemplo: ... nem filhos deixou.
Pedro encontrou companheiros novos, vizinhos e (filhos = objeto direto)
colegas de trabalho.
• OBSERVAÇÃO: Separa-se, contudo, por vírgula
A palavra "novos" possui baixo grau de coesão o objeto quando houver objeto pleonástico.
com o termo "vizinhos" e alto grau de coesão com o
termo "companheiros”. Os meus filhos, eu os amei. (os = os meus filhos)
Ao homem, deu-lhe Deus a sabedoria.(lhes = ao f) Vocativo
homem)
Separa-se por vírgula o vocativo, qualquer que
seja a sua posição.

c) Adjunto adverbial João, faça-me um favor.

• Em ordem direta (em fim de frase), o adjunto ⇒ Vírgula e período composto por subordinação:
adverbial não recebe a vírgula:
a) Subordinadas substantivas:
Os corpos foram encontrados no mar. (no mar =
adjunto adverbial) - Apenas a oração subordinada substantiva
apositiva é separada por vírgulas.
• Em ordem indireta (no início ou no meio da
frase), o adjunto adverbial recebe a vírgula Ele só queria uma coisa, que todos fossem
obrigatoriamente se for uma locução adverbial (mais embora!
de uma palavra):
b) Subordinadas adjetivas:
No mar, os corpos foram encontrados.
• As adjetivas restritivas não recebem a vírgula:
Os corpos, no mar, foram encontrados.
Os copos que estavam sobre a mesa estão sujos.
• Em ordem indireta (no início ou no meio da
frase), o adjunto adverbial recebe a vírgula • As adjetivas explicativas são separadas por
facultativamente se for um advérbio: vírgula:

Ontem, todos saíram. Os livros, que são fontes de conhecimento, devem


ser preservados.
Ontem todos saíram.
c) Subordinadas adverbiais:
Os alunos, hoje, estudaram Língua Portuguesa.
• Em ordem indireta (oração subordinada +
Os alunos hoje estudaram Língua Portuguesa. oração principal), a vírgula é obrigatória:

d) Predicativo Quando chegaram à cidade, procuraram o


prefeito.
• Em ordem direta (em fim de frase),
o predicativo do sujeito não recebe a vírgula: • Em ordem direta (oração principal + oração
subordinada), a vírgula é facultativa:
A menina esperava o pai ansiosa. (ansiosa =
predicativo do sujeito) Procuraram o prefeito, quando chegaram à
cidade.
• Em ordem inversa (no início ou no meio da
frase), esse termo receberá a vírgula: Procuraram o prefeito quando chegaram à
cidade.
Ansiosa, a menina esperava o pai.
⇒ Vírgula e período composto por coordenação:
A menina, ansiosa, esperava o pai.
a) Coordenadas assindéticas
e) Aposto
Separam-se por vírgula as coordenadas
Separa-se por vírgula o aposto explicativo: assindéticas:

Goiânia, a capital de Goiás, é campeã em Abriu o site da banca, procurou seu nome, estava
qualidade de vida. aprovado!
b) Coordenadas sindéticas ⇒ Vírgula e local e data, em correspondências:

• As coordenadas sindéticas recebem a vírgula, Usa-se vírgula para separar local e data, em
exceto as aditivas: correspondências:

• Era um homem valente, mas tinha horror a Goiânia, 24 de março de 2019


baratas.(adversativa)
⇒ Vírgula e termos explicativos e conclusivos:
• Ora tocava música clássica, ora executava um
chorinho. (alternativas) • Há uma série de expressões no português que
possuem a finalidade de explicar, concluir e corrigir um
• Vem, pois a natureza tem pressa. (explicativa) termo anterior. Inseridos na frase, são separados por
vírgula.
• Tinha muitas passagens pela polícia, portanto
era o principal suspeito.(conclusiva) Nossa aula acaba agora, aliás, acaba às 11h e 30
min.
• Ele visitou os pais e voltou para casa. (aditiva)
• Algumas dessas expressões: além disso, isto é,
Nas coordenadas aditivas, a vírgula aparece a saber, aliás, digo, minto, ou melhor, ou antes,
quando os sujeitos são diferentes ou quando há a outrossim, demais, além disso, então, com efeito.
reiteração da conjunção (polissíndeto).
⇒ Vírgula e anacoluto:
Maria saiu de casa e foi ao trabalho. (Maria é
sujeito das duas orações) • O anacoluto (frase quebrada) é sempre
separado por vírgula.
Maria se casou, e Pedro ficou sozinho. (Os
sujeitos são diferentes: Maria e Pedro) Exemplo:

E canta, e ri, e dança, e alegra-se. (polissíndeto) A saúde, esse é um problema muito sério.

⇒ Vírgula e termos de mesma função sintática Observação:


(enumerações):
Anacoluto: período iniciado por uma palavra ou
A vírgula é utilizada para separar termos de locução, seguida de pausa (vírgula), que tem como
mesma função sintática (enumeração). continuação uma oração em que essa palavra ou
locução não se integra sintaticamente, embora esteja
Chegavam mãe, pais e filhos. integrada pelo sentido.

⇒ Vírgula e zeugma: Observação:

Utiliza-se a vírgula para demarcar o zeugma Anacoluto: período iniciado por uma palavra ou
verbal. locução, seguida de pausa (vírgula), que tem como
continuação uma oração em que essa palavra ou
Nós queremos paz; eles, guerra. locução não se integra sintaticamente, embora esteja
integrada pelo sentido.
• Observação:
♦ Ponto e vírgula
Zeugma: forma de elipse (omissão) que consiste
na supressão, em orações subsequentes, de um termo O ponto e vírgula é um sinal de pontuação que
expresso na primeira. indica grau de coesão menor que o representado pela
vírgula.
Exemplo:
Exemplo:
Cada criança escolheu um brinquedo; o menino,
um carro; a menina, uma boneca. João preparou-se muito para a prova; mas,
naquele dia, não estava bem.
Repare que o ponto e vírgula separa orações a) Para indicar a supressão de algumas palavras
coordenadas, e as vírgulas indicam que o adjunto em uma citação:
adverbial está deslocado. As orações coordenadas –
independentes sintaticamente entre si – possuem grau Como consta do conceito de sujeito, “...termo
de coesão menor que um adjunto adverbial deslocado. com o qual o verbo concorda”.

Nós queremos paz; eles, guerra. b) Para indicar uma interrupção da frase:

No segundo exemplo, o ponto e vírgula separa • Doutor, eu posso...


orações coordenadas; a vírgula, porém, indica zeugma
verbal. • Não! Fique quieto, por favor!

A função principal do ponto e vírgula é separar c) Para indicar hesitação, dúvida:


estruturas coordenadas que possuem vírgulas
internas. • Maria, fez o dever?

• Além da função supracitada, o ponto e vírgula é • Bem...eu...na verdade...não, mãe!


usado em enumerações em tópicos. Veja:
d) Para indicar que o sentido vai além do que
Um bom discurso apresenta: ficou dito:

1. clareza; Todos riam, se divertiam, estavam alegres...

2. lógica; ♦ Parênteses

3. empatia; a) Fazer indicações cênicas de textos de


teatro e indicações bibliográficas (rubrica):
4. riqueza lexical;
João:
5. informatividade;
(com um fósforo na mão)
6. interlocução.
- Colocarei fogo nestas velhas cartas.
♦ Dois-pontos
b) Fazer comentários e intercalações acessórias:
Os dois-pontos têm as seguintes funções:
"Acrescentemos que em português a alternância
a) Introduzir o discurso direto: vocálica pode ser o que podemos chamar
submorfêmica. Isto acontece, quando não é ela (como
E João disse: ao contrário, sucede em fiz em face de fazer) a marca
única da noção gramatical por expressar."
- Estou cansado!
Joaquim Mattoso Câmara Jr.
b) Introduzir uma citação:
Nesse caso, ao utilizar os parênteses, tem-se a
Segundo o Dicionário Houais, sujeito é: “termo intenção de indicar que o termo intercalado é
sobre o qual recai a predicação verbal e com o qual acessório, ou seja, não possui, segundo o autor, tanta
o verbo concorda”. importância ou destaque.

c) Esclarecer, comentar ou detalhar (enumerar) c) Introduzir a palavra sic (há erro no texto
um termo anterior: original):

Goiás e Vila, domingo passado: o Vila deu show! O poblema (sic) é a falta de emprego.

♦ Reticências
♦ Aspas Nesse caso, os travessões geram ênfase ao termo
intercalado, isto é, indicam que o elemento entre
a) Para indicar o início e o fim da citação: travessões possui destaque, relevância no contexto.

“Navegar é preciso, viver não é preciso.” "Em outros termos: a vogal nasal fica entendida
como um grupo de dois fonemas que se combinam na
Fernando Pessoa sílaba – vogal e elemento nasal."

b) Para destacar uma palavra ou para indicar Joaquim Mattoso Câmara Jr.
uma ironia ou qualquer sentido figurado (conotativo):
♦ Ponto de exclamação
O prefeito tem "aplicado" o dinheiro público; isso é
claro e notório. Sinal gráfico (!) que vem depois do termo que
expressa admiração, surpresa, alegria, dor, espanto,
c) Para introduzir o discurso direto: exaltação etc.

Com a raiva de um animal ferido, disse: “Quem Exemplo:


será o homem que me enfrentará?”
Saiam já daqui!
d) Para indicar que a palavra é um neologismo ou
um estrangeirismo ♦ Ponto de interrogação

Estados Unidos querem a “lulalização” dos líderes Sinal gráfico (?) que se coloca ao final de uma
de esquerda. frase interrogativa direta.

♦ Travessão Exemplo:

a) Indicar a mudança ou a fala no discurso direto: Por que todos estão rindo?

- Estamos cansados! Queremos parar!


***
- Não! A aula só acaba às 11h e 30 min.

b) Para introduzir intercalações em períodos que


possuem muitas vírgulas, comentários e explicações:
CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL c) Os dedos indicador e médio estavam feridos;

d) O dedo indicador e o médio estavam feridos.


Concordância nominal:

A construção: Estudo a cultura brasileira e


Na concordância nominal, os determinantes do portuguesa, embora provoque incerteza, é aceita por
substantivo (adjetivos, numerais, pronomes adjetivos e alguns gramáticos.
artigos) alteram sua terminação (gênero e número) No caso de numerais ordinais que se referem a
para se adequarem a ele, ou a pronome substantivo ou um único substantivo composto, podem ser usadas as
numeral substantivo, a que se referem na frase. seguintes construções:

O problema da concordância nominal ocorre a) Falei com os moradores do primeiro e segundo


quando o adjetivo se relaciona a mais de um andar./ (...) do primeiro e segundo andares.
substantivo, e surgem palavras ou expressões que
deixam em dúvida.
Adjetivos regidos pela preposição de, que se
referem a pronomes indefinidos, ficam normalmente
Observe estas frases: no masculino singular, podendo surgir concordância
atrativa.
– Aquele beijo foi dado num inoportuno lugar e hora.
– Aquele beijo foi dado num lugar e hora inoportuna. a) Sua vida não tem nada de sedutor;
– Aquele beijo foi dado num lugar e hora
inoportunos. (aqui fica mais claro que o adjetivo
refere-se aos dois substantivos) b) Os edifícios da cidade nada têm de elegantes.

• regra geral - a partir desses exemplos, pode-se Anexo, incluso, obrigado, mesmo, próprio - são
formular o princípio de que o adjetivo anteposto adjetivos ou pronomes adjetivos, devendo concordar
concorda com o substantivo mais próximo. Mas, se o com o substantivo a que se referem.
adjetivo estiver depois do substantivo, além da
possibilidade de concordar com o mais próximo, ele a) O livro segue anexo;
pode concordar com os dois termos, ficando no plural,
indo para o masculino se um dos substantivos for b) A fotografia vai inclusa;
masculino.
c) As duplicatas seguem anexas;
Um adjetivo anteposto em referência a nomes de
pessoas deve estar sempre no plural (As simpáticas
d) Elas mesmas resolveram a questão.
Joana e Marta agradaram a todos).

Mesmo = até, inclusive é invariável (mesmo eles


Quando o adjetivo tiver função de predicativo,
ficaram chateados) / expressão "em anexo" é
concorda com todos os núcleos a que se relaciona.
invariável.
(São calamitosos a pobreza e o desamparo / Julguei
insensatas sua atitude e suas palavras).
Meio, bastante, menos - meio e bastante, quando
se referem a um substantivo, devem concordar com
Quando um substantivo determinado por artigo é
esse substantivo. Quando funcionarem como
modificado por dois ou mais adjetivos, podem ser
advérbios, permanecerão invariáveis. "Menos" é
usadas as seguintes construções:
sempre invariável.

a) Estudo a cultura brasileira e a portuguesa;


a) Tomou meia garrafa de vinho;

b) Estudo as culturas brasileira e portuguesa;


b) Ela estava meio aborrecida;
c) Bastantes alunos foram à reunião; b) Vieram só os rapazes.

d) Eles falaram bastante; Só forma a expressão "a sós" (sozinhos).

e) Eram alunas bastante simpáticas; A locução adverbial "a olhos vistos" (=


visivelmente) - invariável (ela crescia a olhos vistos).
f) Havia menos pessoas vindo de casa.
Conforme = conformado (adjetivo - var.) /
Muito, pouco, longe, caro, barato - podem ser conforme = como (não flexiona).
palavras adjetivas ou advérbios, mantendo
concordância se fizerem referência a substantivos. a) Eles ficaram conformes com a decisão;

a) Compraram livros caros; b) Dançam conforme a música.

b) Os livros custaram caro; O (a) mais possível (invariável) / as, os mais


c) Poucas pessoas tinham muitos livros; possíveis (é uma moça a mais bela possível / são moças
as mais belas possíveis). Os particípios concordam
d) Leram pouco as moças muito vivas;
como adjetivos.
e) Andavam por longes terras;
a) A refém foi resgatada do bote;
f) Eles moram longe da cidade; b) Os materiais foram comprados a prazo;

g) Eram mercadorias baratas; c) As juízas tinham iniciado a apuração.

h) Pagaram barato aqueles livros. Haja vista - não se flexiona, exceto por
concordância atrativa antes de substantivo no plural
É bom, é proibido, é necessário - expressões sem preposição.

formadas do verbo ser + adjetivo Não variam se o


a) Haja vista (hajam vistas) os comentários feitos;
sujeito não vier determinado, caso contrário a
concordância será obrigatória. a) Água é bom; b) Haja vista dos recados do chefe.

Pseudo, salvo (= exceto) e alerta não se flexionam


b) A água é boa;

a) Eles eram uns pseudo-sábios;


c) Bebida é proibido para menores;

b) Salvo nós dois, todos fugiram;


d) As bebidas são proibidas para menores;

c) Eles ficaram alerta.


e) Chuva é necessário;
Os adjetivos adverbializados são invariáveis
f) Aquela chuva foi necessária.
(vamos falar sério / ele e a esposa raro vão ao cinema)

Só = sozinho (adjetivo. - var.) / só = somente,


Silepse com expressões de tratamento - usa-se
apenas (não flexiona).
adjetivo masculino em concordância ideológica com
um homem ao qual se relaciona a forma de tratamento
a) Só elas não vieram; que é feminina.
a) Vossa Majestade, o rei, mostrou-se generoso; • incompatível com;
• junto a, de;
b) Vossa Excelência é injusto. • preferível a;
• propenso a, para;
Regência nominal: • próximo a, de;
• respeito a, com, de, por, para;
Substantivos, adjetivos e advérbios podem, por • situado a, em, entre;
regência nominal, exigir complementação para seu • último a, de, em;
sentido precedida de preposição.
• único a, em, entre, sobre.

Segue uma lista de palavras e as preposições


Concordância verbal:
exigidas. Merecem atenção especial as palavras que
exigirem preposição A, por serem passíveis de
emprego de crase. * sujeito simples - verbo concorda com o sujeito
simples em pessoa e número.
• acostumado a, com;
• afável com, para; a) Uma boa Constituição é desejada por todos os
brasileiros;
• afeiçoado a, por;
• aflito com, por;
b) De paz necessitam as pessoas.
• alheio a, de;
• ambicioso de;
* sujeito coletivo (singular na forma com ideia de
• amizade a, por, com; plural) - verbo fica no singular, concordando com a
• amor a, por; palavra escrita não com a ideia.
• ansioso de, para, por;
• apaixonado de, por; O pessoal já saiu.
• apto a, para;
• atencioso com, para; Quando o verbo se distanciar do sujeito coletivo, o
• aversão a, por; verbo poderá ir para o plural concordando com a ideia
• ávido de, por; de quantidade (silepse de número) - a turma
• conforme a; concordava nos pontos essenciais, discordavam apenas
• constante de, em;
nos pormenores. * sujeito é um pronome de
• constituído com, de, por;
tratamento - verbo fica na 3ª pessoa.
• contemporâneo a, de;
• contente com, de, em, por;
• cruel com, para; a) Vossa Senhoria não é justo;
• curioso de;
b) Vossas Senhorias estão de acordo comigo.
• desgostoso com, de;
* expressão mais de + numeral - verbo concorda
• desprezo a, de, por; com o numeral.
• devoção a, por, para, com;
• devoto a, de; a) Mais de um candidato prometeu melhorar o
• dúvida em, sobre, acerca de; país;
• empenho de, em, por;
• falta a, com, para; b) Mais de duas pessoas vieram à festa.
• imbuído de, em;
• imune a, de; * mais de um + se (ideia de reciprocidade) -
• inclinação a, para, por; verbo no plural (Mais de um sócio se insultaram.).
* mais de um + mais de um - verbo no plural * quem (pronome relativo sujeito) - verbo na 3ª
(Mais de um candidato, mais de um representante pessoa do singular concordando com o pronome quem
faltaram à reunião.). ou concorda com o antecedente.

* expressões perto de, cerca de, mais de, menos a) Fui eu quem falou (falei).
de + sujeito no plural - verbo no plural. b) Fomos nós quem falou (falamos).

a) Perto de quinhentos presos fugiram. * que (pronome relativo sujeito) - verbo


concorda sempre com o antecedente.
b) Cerca de trezentas pessoas ganharam o
prêmio. Fomos nós que falamos.

c) Mais de mil vozes pediam justiça. * sujeito é pronome interrogativo ou indefinido


(núcleo) + de nós ou de vós - depende do pronome
d) Manos de duas pessoas fizeram isto. núcleo.

* nomes só usados no plural - a concordância • pronome-núcleo no singular - verbo no


depende da presença ou não de artigo. singular.

• sem artigo - verbo no singular (Minas Gerais a) Qual de nós votou conscientemente?
produz muito leite / férias faz bem).
• precedidos de artigo plural - verbo no plural b) Nenhum de vós irá ao cinema.
("Os Lusíadas" exaltam a grandeza do povo português /
as Minas Gerais produzem muito leite). • pronome-núcleo no plural - verbo na 3ª pessoa
do plural ou concordando com o pronome pessoal.
Para nomes de obras literárias, admite-se também
a concordância ideológica (silepse) com a palavra obra a) Quais de nós votaram (votamos)
implícita na frase ("Os Lusíadas" exalta a grandeza do conscientemente?
povo português).
b) Muitos de vós foram (fostes) insultados.
* expressões a maior parte, grande parte, a
maioria de (= sujeito coletivo partitivo) + adjunto * sujeito composto anteposto ao verbo - verbo no
adnominal no plural - verbo concorda com o núcleo do plural.
sujeito ou com o especificador (AA).
O anel e os brincos sumiram da gaveta.
a) A maior parte dos constituintes se retirou
(retiraram).
• com núcleos sinônimos - verbos no singular ou
plural (O rancor e o ódio cegou o amante. / O
b) Grande parte dos torcedores aplaudiu desalento e a tristeza abalaram-me.).
(aplaudiram) a jogada. • com núcleos em gradação - verbo singular ou
plural (um minuto, uma hora, um dia passa/passam
c) A maioria dos constituintes votou (votaram). rápido).
• dois infinitivos como núcleos - verbo no
Quando a ação só pode ser atribuída à totalidade singular (estudar e trabalhar é importante.).
e não separadamente aos indivíduos, usa-se o singular • dois infinitivos exprimindo ideia s opostas -
(um bando de soldados enchia o pavimento inferior). verbo no plural (Rir e chorar se alternam.).

* sujeito composto posposto - concordância


normal ou atrativa (com o núcleo mais próximo).
Discutiram / discutiu muito o chefe e o • ideia de exclusão - verbo no singular (José ou
funcionário. Pedro será eleito para o cargo / um ou outro conhece
seus direitos)
Se houver ideia de reciprocidade, verbo vai para o • ideia de inclusão ou antinomia - verbo no
plural (Estimam-se o chefe e o funcionário.). plural (matemática ou física exigem raciocínio lógico /
riso ou lágrimas fazem parte da vida)
Quando o verbo ser está acompanhado de • ideia explicativa ou alternativa - concordância
substantivo plural, o verbo também se pluraliza (Foram com sujeito mais próximo (ou eu ou ele irá / ou ele ou
vencedores Pedro e Paulo.). eu irei)

* sujeito composto de diferentes pessoas * expressão um dos que - verbo no singular (um)
gramaticais - depende da pessoa prevalente. ou plural (dos que).

• eu + outros pronomes - verbo na 1ª pessoa Ele foi um dos que mais falou/falaram.
plural (eu, tu e ele sairemos).
• tu + eles - verbo na 2ª pessoa do plural Se a expressão significar apenas um, verbo no
(preferência) ou 3ª pessoa do plural (tu e teu colega singular (é uma das peças de Nelson Rodrigues que
estudastes/estudaram?). será apresentada).

Se o sujeito estiver posposto, também vale a * sujeito é número percentual - observar a


concordância atrativa (saímos/saí eu e tu). posição do número percentual em relação ao verbo.

* sujeito composto resumido por um pronome- • verbo concorda com termo posposto ao
síntese (aposto) - concordância com o pronome. número (80% da população tinha mais de 18 anos / dez
por cento dos sócios saíram da empresa).
Risos, gracejos, piadas, nada a alegrava. • o verbo concorda com o número quando
estiver anteposto a ele (perderam-se 40% da lavoura).
* expressão um e outro - verbo no singular ou no • verbo no plural, se o número vier determinado
plural (Um e outro falava/ falavam a verdade.). por artigo ou pronome no plural (os 87% da produção
perderam-se / aqueles 30% do lucro obtido
Com ideia de reciprocidade - verbo no plural (Um desapareceram).
e outro se agrediram).
* sujeito é número fracionário - verbo concorda
* expressão um ou outro - verbo no singular (Um com o numerador.
ou outro rapaz virava a cabeça para nos olhar).
1/4 da turma faltou ontem. / 3/5 dos candidatos
foram reprovados.
* sujeito composto ligado por nem - verbo no
plural (Nem o conforto, nem a glória lhe trouxeram a
felicidade.). * sujeito composto antecedido de cada ou
nenhum - verbo na 3ª pessoa do singular.
Aparecendo pronomes pessoais misturados, leva-
se em conta a prioridade gramatical (nem eu, nem ela Cada criança, cada adolescente, cada adulto
fomos ao cinema). ajudava como podia. / nenhum político, nenhuma
cidade, nenhum ser humano faria isso.
* expressão nem um nem outro - verbo no
singular (Nem um nem outro comentou o fato.). * sujeito composto ligado por como, assim
como, bem como (formas correlativas) - deve-se
preferir o plural, sendo mas raro o singular.
* sujeito composto ligado por ou - faz-se em
função da ideia transmitida pelo ou.
Rio de Janeiro como Florianópolis são belas Em sentido figurado deixam de ser impessoais
cidades. / tanto uma, como a outra, suplicava-lhe o
perdão. (Choveram vaias para o candidato.) * haver = existir ou

* sujeito composto ligado por com - observar acontecer, fazer (tempo decorrido) é impessoal.
presença ou não de vírgulas.

• verbo no plural sem vírgulas (Eu com outros a) Havia vários alunos na sala (= existiam).
amigos limpamos o quintal.)
• verbo no singular com vírgulas, ideia de b) Houve bastantes acidentes naquele mês (=
aconteceram).
companhia (O presidente, com os ministros,
desembarcou em Brasília.) * sujeito indeterminado + c) Não a vejo faz uns meses (= faz).
SE, verbo no singular.
d) Deve haver muitas pessoas na fila (devem
existir).
Assistiu-se à apresentação da peça.
Considera-se errado o emprego do verbo ter por
* sujeito paciente ao lado de um verbo na voz haver quando tiver sentido de existir ou acontecer (J
passiva sintética - verbo concorda com o sujeito. há um lugar ali. / L tem um lugar ali.)

Discutiu-se o plano. / Discutiram-se os planos. Os verbos existir e acontecer são pessoais e


concordam com seu sujeito (Existiam sérios
* locução verbal constituída de: parecer + compromissos. / Aconteceram bastantes problemas
infinitivo - verbo parecer varia ou o infinitivo. naquele dia.)

a) As pessoas pareciam acreditar em tudo. * verbo fazer indicando tempo decorrido ou


fenômeno da natureza (impessoal).
b) As pessoas parecia acreditarem em tudo.
a) Fazia anos que não vínhamos ao Rio.
Com o infinitivo pronominal, flexiona-se apenas o
infinitivo (Elas parece zangarem-se com a moça.) b) Faz verões maravilhosos nos trópicos.

* verbos dar, bater e soar + horas - verbos têm * verbo ser - impessoal quando indica data hora
como sujeito o número que indica as horas. e distância, concordando com a expressão numérica ou
a palavra a que se refere (Eram seis horas. / Hoje é dia
a) Deram dez horas naquele momento. doze. / Hoje é ou são doze. / Daqui ao centro são treze
quilômetros.).
b) Meio-dia soou no velho relógio da igreja.
* verbos indicadores de fenômenos da natureza - * se estiver entre dois núcleos das classes a
verbo na 3ª pessoa singular por serem impessoais, seguir, em ordem, concordará, preferencialmente, com
extensivo aos auxiliares se estiverem em locuções a classe que tiver prioridade, independente de função
verbais. sintática.

a) Geia muito no Sul. * pronome pessoal → pessoa → substanTvo


concreto → substanTvo abstrato → pronome
indefinido, demonstrativo ou interrogativo.
b) Choveu por muitas noites no verão.
a) Tu és Maria.
b) Maria és tu. orações iniciadas pelos pronomes relativos (O ideal a
que aspira é nobre).
c) Tu és minhas alegrias.
• alguns verbos e seu comportamento:
d) Minhas alegrias és tu.
ACONSELHAR (TD e I)
e) Maria é minhas alegrias.
f) Minhas alegrias é Maria. Aconselho-o a tomar o ônibus cedo.

g) As terras são a riqueza. Aconselho-lhe tomar o ônibus cedo.

h) A riqueza são as terras. AGRADAR

i) Tudo são flores. * no sentido de acariciar ou contentar (pede


objeto direto - não tem preposição).

j) Emoções são tudo.


Agrado minhas filhas o dia inteiro.
Para agradar o pai, ficou em casa naquele dia.
* se o sujeito é palavra coletiva, o verbo
concorda com o predicativo (A maioria eram
adolescentes. / A maior parte eram problemas.).
* no sentido de ser agradável, satisfazer (pede
objeto indireto - tem preposição "a").

* sujeito indica peso, medida, quantidade + é


As medidas econômicas do Presidente nunca
pouco, é muito, é bastante, é suficiente, é tanto, verbo
agradam ao povo.
ser no singular (Três mil reais é pouco pelo serviço. /
Dez quilômetros já é bastante para um dia.).
AGRADECER
* silepse de pessoa - verbo concorda com um
elemento implícito. * TD e I, com a preposição A. O objeto direto
sempre será a coisa, e o objeto indireto, a pessoa.
a) A formosura de Páris e Helena foram causa da
destruição de Tróia. Agradecer-lhe-ei os presentes.

b) Os brasileiros somos improvisadores (ideia de Agradeceu o presente ao seu namorado.


inclusão de quem fala entre os brasileiros).
AGUARDAR (TD ou TI)
Regência verbal:
Eles aguardavam o espetáculo.
Dá-se quando o termo regente é um verbo e este
se liga a seu complemento por uma preposição ou não. Eles aguardavam pelo espetáculo.
Aqui é fundamental o conhecimento da transitividade
verbal. ASPIRAR

A preposição, quando exigida, nem sempre * No sentido sorver, absorver (pede objeto
aparece depois do verbo. Às vezes, ela pode ser direto - não tem preposição).
empregada antes do verbo, bastando para isso inverter
a ordem dos elementos da frase (Na rua dos Bobos, Aspiro o ar fresco de Rio de Contas.
residia um grande poeta). Outras vezes, ela deve ser
empregada antes do verbo, o que acontece nas
* No sentido de almejar, objetivar (pede objeto No sentido de deferir ou receber (em algum lugar)
indireto - tem preposição "a"). pede objeto direto

Ele aspira à carreira de jogador de futebol. No sentido de tomar em consideração, prestar


atenção pede objeto indireto com a preposição a.
Não admite a utilização do complemento lhe. No
lugar, coloca-se a ele, a ela, a eles, a elas. Também se Se o complemento for um pronome pessoal
observa a obrigatoriedade do uso de crase, quando for referente a pessoa, só se emprega a forma objetiva
TI seguido de substantivo feminino (que exija o artigo) direta (O diretor atendeu os interessados ou aos
interessados / O diretor atendeu-os)
ASSISTIR
CERTIFICAR (TD e I)
* No sentido de ver ou ter direito (TI - preposição
A). Admite duas construções: Quem certifica, certifica
algo a alguém ou Quem certifica, certifica alguém de
Assistimos a um bom filme. algo.

Assiste ao trabalhador o descanso semanal Observa-se a obrigatoriedade do uso de crase,


remunerado. quando o OI for um substantivo feminino (que exija o
artigo)
* No sentido de prestar auxílio, ajudar (TD ou TI -
Certifico-o de sua posse.
com a preposição A) Minha família sempre assistiu o
Certifico-lhe que seria empossado.
Lar dos Velhinhos.
Certificamo-nos de seu êxito no concurso.

Minha família sempre assistiu ao Lar dos Certificou o escrivão do desaparecimento dos
Velhinhos. autos.

* No sentido de morar é intransitivo, mas exige CHAMAR


preposição EM.
Aspirando a um cargo público, ele vai assistir em
* TD, quando significar convocar.
Brasília.

Chamei todos os sócios, para participarem da


Não admite a utilização do complemento lhe,
reunião.
quando significa ver. No lugar, coloca-se a ele, a ela, a
eles, a elas. Também se observa a obrigatoriedade do
uso de crase, quando for TI seguido de substantivo * TI, com a preposição POR, quando significar
feminino (que exija o artigo) invocar.

ATENDER Chamei por você insistentemente, mas não me


ouviu.
* Atender pode ser TD ou TI, com a preposição a.
* TD e I, com a preposição A, quando significar
repreender.
Atenderam o meu pedido prontamente.
Chamei o menino à atenção, pois estava
conversando durante a aula.
Atenderam ao meu pedido prontamente.
Chamei-o à atenção.
A expressão "chamar a atenção de alguém" não COGITAR
significa repreender, e sim fazer se notado (O cartaz
chamava a atenção de todos que por ali passavam) * Pode ser TD ou TI, com a preposição EM, ou com
a preposição DE.
* Pode ser TD ou TI, com a preposição A, quando Começou a cogitar uma viagem pelo litoral.
significar dar qualidade. A qualidade (predicativo do
objeto) pode vir precedida da preposição DE, ou não. Hei de cogitar no caso.

Chamaram-no irresponsável. O diretor cogitou de demitir-se.

Chamaram-no de irresponsável. COMPARECER (Intransitivo) Compareceram na

Chamaram-lhe irresponsável. sessão de cinema.

Chamaram-lhe de irresponsável.
Compareceram à sessão de cinema.
CHEGAR, IR (Intransitivo)
COMUNICAR (TD e I)
Aparentemente eles têm complemento, pois
quem vai, vai a algum lugar e quem chega, chega de. * Admite duas construções alternando algo e
Porém a indicação de lugar é circunstância (adjunto alguém entre OD e OI.
adverbial de lugar), e não complementação.
Comunico-lhe meu sucesso.
Esses verbos exigem a preposição A, na indicação
de destino, e DE, na indicação de procedência. Comunico meu sucesso a todos.

Quando houver a necessidade da preposição A, CUSTAR


seguida de um substantivo feminino
(que exija o artigo a), ocorrerá crase (Vou à Bahia) * No sentido de ser difícil será TI, com a
preposição A. Nesse caso, terá como sujeito aquilo que
* no emprego mais frequente, usam a é difícil, nunca a pessoa, que será objeto indireto.
preposição A e não EM.
Custou-me acreditar em Hipocárpio.
Cheguei tarde à escola.
Custa a algumas pessoas permanecer em silêncio.
Foi ao escritório de mau humor.
* no sentido de causar transtorno, dar trabalho
* se houver ideia de permanência, o verbo ir será TD e I, com a preposição A.
segue-se da preposição PARA.
Sua irresponsabilidade custou sofrimento a toda a
Se for eleito, ele irá para Brasília. família.

* quando indicam meio de transporte no qual se * no sentido de ter preço será intransitivo.
chega ou se vai, então exigem EM.
Estes sapatos custaram R$ 50,00.
Cheguei no ônibus da empresa.
DESFRUTAR E USUFRUIR (TD)
A delegação irá no voo 300.
Desfrutei os bens de meu pai.
Pagam o preço do progresso aqueles que menos o * TI com a preposição COM, quando significar
desfrutam. antipatizar.

ENSINAR - TD e I Ensinei-o a falar português. Não sei por que o professor implica comigo.

Emprega-se preferentemente sem a preposição


Ensinei-lhe o idioma inglês. EM (Magistério implica sacrifícios)

ESQUECER, LEMBRAR INFORMAR (TD e I)


* quando acompanhados de pronomes, são TI e
constroem-se com DE. Admite duas construções: Quem informa, informa
algo a alguém ou Quem informa, informa alguém de
Ela se lembrou do namorado distante. Você se algo.
esqueceu da caneta no bolso do paletó.
Informei-o de que suas férias terminou.
* constroem-se sem preposição (TD), se
desacompanhados de pronome. Informei-lhe que suas férias terminou.

Você esqueceu a caneta no bolso do paletó. Ela MORAR, RESIDIR, SITUAR-SE (Intransitivo)
lembrou o namorado distante.
* Seguidos da preposição EM e não com a
FALTAR, RESTAR E BASTAR preposição A, como muitas vezes acontece.
Moro em Londrina.
* Podem ser intransitivos ou TI, com a
preposição A. Resido no Jardim Petrópolis.

Muitos alunos faltaram hoje. Minha casa situa-se na rua Cassiano.

Três homens faltaram ao trabalho hoje. NAMORAR (TD)

Resta aos vestibulandos estudar bastante. Ela namorava o filho do delegado.

IMPLICAR O mendigo namorava a torta que estava sobre a


mesa.
* TD e I com a preposição EM, quando significar
envolver alguém. OBEDECER, DESOBEDECER (TI)

Implicaram o advogado em negócios ilícitos. Devemos obedecer às normas. / Por que não
obedeces aos teus pais?
* TD, quando significar fazer supor, dar a
entender; produzir como consequência, acarretar. • Verbos TI que admitem formação de voz
passiva:
Os precedentes daquele juiz implicam grande
honestidade. PAGAR, PERDOAR

Suas palavras implicam denúncia contra o São TD e I, com a preposição A. O objeto direto
deputado. sempre será a coisa, e o objeto indireto, a pessoa.

Paguei a conta ao Banco.


Perdôo os erros ao amigo. * Intransitivo, quando significar conduzir-se ou
ter fundamento.
As construções de voz passiva com esses verbos
são comuns na fala, mas agramaticais Suas palavras não procedem!

PEDIR (TD e I) Aquele funcionário procedeu honestamente.

* Quem pede, pede algo a alguém. Portanto é QUERER


errado dizer Pedir para que alguém faça algo.
* No sentido de desejar, ter a intenção ou
Pediram-lhe perdão. vontade de, tencionar (TD).

Pediu perdão a Deus. Quero meu livro de volta.

PRECISAR Sempre quis seu bem.

* No sentido de tornar preciso (pede objeto * No sentido de querer bem, estimar (TI -
direto). preposição A).

O mecânico precisou o motor do carro. Maria quer demais a seu namorado.

* No sentido de ter necessidade (pede a Queria-lhe mais do que à própria vida.


preposição de).
RENUNCIAR
Preciso de bom digitador.
* Pode ser TD ou TI, com a preposição A.
PREFERIR (TD e I)
* Não se deve usar mais, muito mais, antes, mil Ele renunciou o encargo.
vezes, nem que ou do que.
Ele renunciou ao encargo.
Preferia um bom vinho a uma cerveja.
RESPONDER
PROCEDER
* TI, com a preposição A, quando possuir apenas
* TI, com a preposição A, quando significar dar um complemento.
início ou realizar. Respondi ao bilhete imediatamente.

Os fiscais procederam à prova com atraso. Respondeu ao professor com desdém.

Procedemos à feitura das provas. Nesse caso, não aceita construção de voz passiva.

* TI, com a preposição DE, quando significar * TD com OD para expressar a resposta (respondeu o
derivar-se, originar-se ou provir.
quê?) Ele apenas respondeu isso e saiu.
O mau-humor de Pedro procede da educação que
recebeu.
REVIDAR (TI)
Esta madeira procede do Paraná.
Ele revidou ao ataque instintivamente.
SIMPATIZAR E ANTIPATIZAR (TI) * Verbos que podem ser usados como TD ou TI,
sem alteração de sentido: abdicar (de), acreditar (em),
* Com a preposição COM. Não são pronominais, almejar (por), ansiar (por), anteceder (a), atender (a),
portanto, não existe simpatizar-se, nem antipatizar-se. atentar (em, para), cogitar (de, em), consentir (em),
deparar (com), desdenhar (de), gozar (de), necessitar
(de), preceder (a), precisar (de), presidir (a), renunciar
Sempre simpatizei com Eleodora, mas antipatizo
(a), satisfazer (a), versar (sobre) - lista de Pasquale e
com o irmão dela.
Ulisses.

SOBRESSAIR (TI)
• as variáveis na conjugação de alguns verbos:

* Com a preposição EM. Não é pronominal,


Existem algumas variáveis na conjugação de
portanto, não existe sobressair-se.
alguns verbos. Os lingüistas chamam os desvios de
variáveis, enquanto os gramáticos tratam-nos como
Quando estava no colegial, sobressaía em todas as erros.
matérias.
verbo ver e derivados.
VISAR

Forma popular: se eu ver, se eu rever, se eu


* no sentido de ter em vista, objetivar (TI -
revesse.
preposição A) Não visamos a qualquer lucro.
Forma padrão: se eu vir, se eu revir, se eu revisse.

A educação visa ao progresso do povo. * No verbo vir e derivados.

sentido de apontar arma ou dar visto (TD) Ele visava a


Forma popular: se eu vir, seu eu intervir, eu
cabeça da cobra com cuidado.
intervi, ele interviu, eles proviram. Forma padrão: seu

Ele visava os contratos um a um. eu vier, se eu intervier, eu intervim, ele interveio, eles

provieram. ter e seus derivados.


Se TI não admite a utilização do complemento lhe.
No lugar, coloca-se a ele (a/s)
Forma popular: quando eu obter, se eu mantesse,
São estes os principais verbos que, quando TI, não
aceitam LHE/LHES como complemento, estando em ele deteu.
seu lugar a ele (a/s) - aspirar, visar, assistir (ver), aludir,
referir-se, anuir.
Forma padrão: quando eu obtiver, se eu
Avisar, advertir, certificar, cientificar, comunicar,
informar, lembrar, noticiar, notificar, prevenir são TD e mantivesse, ele deteve.
I, admitindo duas construções: Quem informa, informa
algo a alguém ou Quem informa, informa alguém de
algo. pôr e seus derivados.
Os verbos transitivos indiretos na 3ª pessoa do
singular, acompanhados do pronome se, não admitem
plural. É que, neste caso, o se indica sujeito Forma popular: quando eu compor, se eu
indeterminado, obrigando o verbo a ficar na terceira
pessoa do singular. (Precisa-se de novas esperanças / disposse, eles disporam.
Aqui, obedece-se às leis de ecologia)
Forma padrão: quando eu compuser, se eu

dispusesse, eles dispuseram. reaver.

Forma popular: eu reavi, eles reaveram, ela reavê.

Forma padrão: eu reouve, eles reouveram, ela


reouve.

***
REGÊNCIA NOMINAL Verbos Transitivos Diretos

A regência nominal estuda os casos em que um São verbos que indicam que o sujeito pratica a
nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) exige um ação, sofrida por outro elemento, denominado objeto
outro termo que lhe complete o sentido. Normalmente, direto. Por essa razão, uma das maneiras mais fáceis de
o complemento de um nome vem iniciando por uma se analisar se um verbo é transitivo direto é passar a
preposição. oração para a voz passiva, pois somente verbo transitivo
O fato de um nome ou um verbo exigir direto admite tal transformação, além de obedecer,
determinada preposição ou não exigir prende-se ao uso pagar e perdoar, que, mesmo não sendo VTD, admitem
que os falantes do idioma vão fazendo da língua. Assim, a passiva.
com o passar do tempo, determinadas formas vão O objeto direto pode ser representado por um
sendo incorporadas pela língua culta, isto é, pela língua substantivo ou palavra substantivada, uma oração
gramaticalmente correta enquanto outras formas (oração subordinada substantiva objetiva direta) ou por
consideradas incorretas vão sendo rejeitadas, embora um pronome oblíquo.
continuem, em sua maioria, a ser aceitas pela língua Os pronomes oblíquos átonos que funcionam
popular usadas por ela. como objeto direto são os seguintes: me, te, se, o, a,
No que se refere à regência nominal, quase não há nos, vos, os, as.
diferença de usos, se compararmos a língua popular. Os pronomes oblíquos tônicos que funcionam
Por esse motivo - e também pelo fato de ser um assunto como objeto direto são os seguintes: mim, ti, si, ele, ela,
pouco exigido nos exames vestibulares - vamos oferecer nós, vós, eles, elas. Como são pronomes oblíquos
a você apenas uma pequena lista onde estão tônicos, só são usados com preposição, por isso se
relacionados alguns nomes e as preposições que ele classificam como objeto direto preposicionado.
exigem. Vamos à lista, então, dos mais importantes verbos
transitivos diretos: Há verbos que surgirão em mais de
alheio A , DE hostil A, PARA uma lista, pois têm mais de um significado e mais de
apto A, PARA imune A uma regência.
contente COM, DE , POR impossível DE Aspirar será VTD, quando significar sorver,
cruel COM, PARA inútil A, PARA absorver.
dedicado A junto A, DE
– Como é bom aspirar a brisa da tarde.
fácil DE, PARA propenso A, PARA

Visar será VTD, quando significar mirar ou dar visto.

REGÊNCIA VERBAL – O atirador visou o alvo, mas errou o tiro.


– O gerente visou o cheque do cliente.
A regência estuda a relação existente entre os
termos de uma oração ou entre as orações de um
Agradar será VTD, quando significar acariciar ou
período. A regência verbal estuda a relação de
contentar.
dependência que se estabelece entre os verbos e seus
complementos. Na realidade o que estudamos na
– O Gilson ficou agarrando a menina por horas.
regência verbal é se o verbo é transitivo direto,
– Para agradar o pai, ficou em casa naquele dia
transitivo indireto, transitivo direto e indireto ou
intransitivo e qual a preposição relacionada com ele.
.
Vamos, então, aos verbos.
Querer será VTD, quando significar desejar, ter a
intenção ou vontade de, tencionar.

– Sempre quis seu bem.


– Quero que me digam quem é o culpado.

Chamar será VTD, quando significar convocar.


– Chamei todos os sócios, para participarem da O objeto indireto pode ser representado por um
reunião. substantivo, ou palavra substantivada, uma oração
(oração subordinada substantiva objetiva indireta) ou
por um pronome oblíquo.
Implicar será VTD, quando significar fazer supor, Os pronomes oblíquos átonos que funcionam
dar a entender; produzir como consequência, acarretar. como objeto indireto são os seguintes: me, te, se, lhe,
nos, vos, lhes.
– Os precedentes daquele juiz implicam grande Os pronomes oblíquos tônicos que funcionam
honestidade. como objeto indireto são os seguintes: mim, ti, si, ele,
– Suas palavras implicam denúncia contra o ela, nós, vós, eles, elas.
deputado. Vamos à lista, então, dos mais importantes verbos
transitivos indiretos: Há verbos que surgirão em mais de
uma lista, pois têm mais de um significado e mais de
Desfrutar e Usufruir são VTD sempre. uma regência.

– Desfrutei os bens deixados por meu pai.


– Pagam o preço do progresso aqueles que menos
o desfrutam. (e não desfrutam dele, como foi Verbos Transitivos Indiretos, com a prep. a:
escrito no tema da redação da UEL em julho de
1996) Aspirar será VTI, com a prep. a, quando significar
almejar, objetivar.

Namorar é sempre VTD. Só se usa a preposição – Aspiramos a uma vaga naquela universidade.
com, para iniciar Adjunto Adverbial de Companhia. Esse
verbo possui os significados de inspirar amor a,
galantear, cortejar, apaixonar, seduzir, atrair, olhar com Visar será VTI, com a prep. a, quando significar
insistência e cobiça, cobiçar. almejar, objetivar.

– Joanilda namorava o filho do delegado. – Sempre visei a uma vida melhor.


– O mendigo namorava a torta que estava sobre a
mesa.
– Eu estava namorando este cargo há anos. Agradar será VTI, com a prep. a, quando significar
ser agradável; satisfazer.

Compartilhar é sempre VTD. – Para agradar ao pai, estudou com afinco o ano
todo.
– Berenice compartilhou o meu sofrimento.

Querer será VTI, com a prep. a, quando significar


Esquecer e Lembrar serão VTD, quando não forem estimar.
pronominais, ou seja, caso não sejam usados com
pronome, não serão usados também com preposição. – Quero aos meus amigos, como aos meus irmãos.

– Esqueci que havíamos combinado sair.


– Ela não lembrou o meu nome. Assistir será VTI, com a prep. a, quando significar
ver ou ter direito.

Verbos Transitivos Indiretos – Gosto de assistir aos jogos do Santos.


– Assiste ao trabalhador o descanso semanal
remunerado.
São verbos que se ligam ao complemento por meio
de uma preposição. O complemento é denominado
objeto indireto.
Custar será VTI, com a prep. a, quando significar ser Verbos Transitivos Indiretos, com a prep. com:
difícil. Nesse caso o verbo custar terá como sujeito
aquilo que é difícil, nunca a pessoa, que será objeto Simpatizar e Antipatizar sempre são VTI, com a
indireto. prep. com. Não são verbos pronominais, portanto não
existe o verbo simpatizar-se, nem antipatizar-se.
– Custou-me acreditar em Hipocárpio. e não Eu
custei a acreditar... – Sempre simpatizei com Eleodora, mas antipatizo
com o irmão dela.

Proceder será VTI, com a prep. a, quando significar


dar início. Implicar = será VTI, com a prep. com, quando
significar antipatizar.
– Os fiscais procederam à prova com atraso.
– Não sei por que o professor implica comigo.

Obedecer e desobedecer são sempre VTI, com a


prep. a. Verbos Transitivos Indiretos, com a prep. de:

– Obedeço a todas as regras da empresa.


Esquecer-se e lembrar-se serão VTI, com a prep.
de, quando forem pronominais, ou seja, somente
Revidar é sempre VTI, com a prep. a. quando forem usados com pronome, poderão ser
usados com a prep. de.
– Ele revidou ao ataque instintivamente.
– Esqueci-me de que havíamos combinado sair.
– Ela não se lembrou do meu nome.
Responder será VTI, com a prep. a, quando possuir
apenas um complemento.
Proceder será VTI, com a prep. de, quando
– Respondi ao bilhete imediatamente. significar derivar-se, originar-se.
– Respondeu ao professor com desdém.
– Esse mau-humor de Pedro procede da educação
que recebeu.
Caso tenha dois complementos, será VTDI, com a
prep. a.
Verbos Transitivos Indiretos, com a prep. em:

Alguns verbos transitivos indiretos, com a prep. a,


não admitem a utilização do complemento lhe. No Consistir é sempre VTI, com a prep. em. Esse verbo
lugar, deveremos colocar a ele, a ela, a eles, a elas. significa cifrar-se, resumir-se ou estar firmado, ter por
Dentre eles, destacam-se os seguintes: base, ser constituído por.
Aspirar, visar, assistir(ver), aludir, referir-se, anuir.
Quando houver, na oração, um verbo transitivo – O plano consiste em criar uma secretaria
indireto, com a prep. a, seguido de um substantivo especial.
feminino, que exija o artigo a, ocorrerá o fenômeno
denominado crase, que deve ser caracterizado pelo
acento grave (à ou às). Sobressair é sempre VTI, com a prep. em. Não é
verbo pronominal, portanto não existe o verbo
– Assisti à peça das meninas do terceiro colegial. sobressair-se.

– Quando estava no colegial, sobressaía em todas


as matérias.
Verbos Transitivos Indiretos, com a prep. por: Agradecer, Pagar e Perdoar são VTDI, com a prep.
Torcer é VTI, com a prep. por. Pode ser também a. O objeto direto sempre será a coisa, e o objeto
verbo intransitivo. Somente neste caso, usa-se com a indireto, a pessoa.
prep. para, que dará início a Oração Subordinada
Adverbial de Finalidade. Para ficar mais fácil, memorize – Agradeci a ela o convite.
assim: Torcer por + substantivo ou pronome. Torcer – Paguei a conta ao Banco.
para + oração (com verbo).

– Estamos torcendo por você. Perdôo os erros ao amigo.


– Estamos torcendo para você conseguir seu Pedir é VTDI, com a prep. a. Sempre deve ser
intento. construído com a expressão Quem pede, pede algo a
alguém. Portanto é errado dizer Pedir para que alguém
faça algo.
Chamar será VTI, com a prep. por, quando significar
invocar. – Pedimos a todos que tragam os livros.

– Chamei por você insistentemente, mas não me


ouviu. Preferir é sempre VTDI, com a prep. a. Com esse
verbo, não se deve usar mais, muito mais, mil vezes,
nem que ou do que.
Verbos Transitivos Diretos e Indiretos
– Prefiro estar só a ficar mal-acompanhado.

São os verbos que possuem os dois complementos


- objeto direto e objeto indireto. Avisar, advertir, certificar, cientificar, comunicar,
informar, lembrar, noticiar, notificar, prevenir são VTDI,
admitindo duas construções: Quem informa, informa
Chamar será VTDI, com a prep. a, quando significar algo a alguém ou Quem informa, informa alguém de
repreender. algo.

– Chamei o menino à atenção, pois estava – Advertimos aos usuários que não nos
conversando durante a aula. Chamei-o à esponsabilizamos por furtos ou roubos.
atenção.
– Advertimos os usuários de que não nos
responsabilizamos por furtos ou roubos.
Obs.: A expressão Chamar a atenção de alguém
não significa repreender, e sim fazer se notado. Por
exemplo: O cartaz chamava a atenção de todos que por Quando houver, na oração, um verbo transitivo
ali passavam. direto e indireto, com a prep. a, seguido de um
substantivo feminino, que exija o artigo a, ocorrerá o
fenômeno denominado crase, que deve ser
Implicar será VTDI, com a prep. em, quando caracterizado pelo acento grave (à ou às).
significar envolver alguém.
Advertimos às alunas que não poderiam usar a
– Implicaram o advogado em negócios ilícitos. sala fora do horário de aula.

Custar será VTDI, com a prep. a, quando significar


causar trabalho, transtorno. Verbos Intransitivos

– Sua irresponsabilidade custou sofrimento a toda


a família. São os verbos que não necessitam de
complementação. Sozinhos, indicam a ação ou o fato.
Assistir será intransitivo, quando significar morar. Verbos de regência oscilante

– Assisto em Londrina desde que nasci. VTD ou VTI, com a prep. a:

Assistir pode ser VTD ou VTI, com a prep. a,


Custar será intransitivo, quando significar ter quando significar ajudar, prestar assistência. Minha
preço. família sempre assistiu o Lar dos Velhinhos.

– Estes sapatos custaram R$50,00. – Minha família sempre assistiu ao Lar dos
Velhinhos.

Proceder será intransitivo, quando significar ter


fundamento. Chamar pode ser VTD ou VTI, com a prep. a,
quando significar dar qualidade. A qualidade pode vir
– Suas palavras não procedem! precedida da prep. de, ou não.

– Chamaram-no irresponsável.
Morar, residir e situar-se sempre são intransitivos. – Chamaram-no de irresponsável.
– Chamaram-lhe irresponsável.
– Moro em Londrina; resido no Jardim Petrópolis; – Chamaram-lhe de irresponsável.
– Minha casa situa-se na rua Denise de Souza.
– Deitar-se e levantar-se são sempre intransitivos.
– Deito-me às 22h e levanto-me às 6h. Atender pode ser VTD ou VTI, com a prep. a.

– Atenderam o meu pedido prontamente.


Ir, vir, voltar, chegar, cair, comparecer e dirigir-se – Atenderam ao meu pedido prontamente.
são intransitivos. Aparentemente eles têm
complemento, pois Quem vai, vai a algum lugar. Porém
a indicação de lugar é circunstância, e não Anteceder pode ser VTD ou VTI, com a prep. a.
complementação. Classificamos como Adjunto
Adverbial de Lugar. Alguns gramáticos classificam como – A velhice antecede a morte.
Complemento Circunstancial de Lugar. – A velhice antecede à morte.
Esses verbos exigem a prep. a, na indicação de
destino, e de, na indicação de procedência.
Presidir pode ser VTD ou VTI, com a prep. a.
Só se usa a prep. em, na indicação de meio,
instrumento. – Presidir o país.
– Presidir ao país.
– Cheguei de Curitiba há meia hora.
– Vou a São Paulo no avião das 8h.
Renunciar pode ser VTD ou VTI, com a prep. a.

Quando houver, na oração, um verbo intransitivo, – Nunca renuncie seus sonhos.


com a prep. a, seguido de um substantivo feminino, que – Nunca renuncie a seus sonhos.
exija o artigo a, ocorrerá o fenômeno denominado
crase, que deve ser caracterizado pelo acento grave (à
ou às). Satisfazer pode ser VTD ou VTI, com a prep. a.

– Vou à Bahia. – Não satisfaça todos os seus desejos.


– Não satisfaça a todos os seus desejos.
VTD ou VTI, com a prep. de: – Como o pai desse garoto consente tantos
agravos?
Precisar e necessitar podem ser VTD ou VTI, com a – Consentimos em que saíssem mais cedo.
prep. de.

– Precisamos pessoas honestas. VTD ou VTI, com a prep. por:


– Precisamos de pessoas honestas.
Ansiar pode ser VTD ou VTI, com a prep. por.

Abdicar pode ser VTD ou VTI, com a prep. de, e – Ansiamos dias melhores.
também VI. – Ansiamos por dias melhores.

– O Imperador abdicou o trono.


– O Imperador abdicou do trono. Almejar pode ser VTD ou VTI, com a prep. por, ou
– O Imperador abdicou. VTDI, com a prep. a.

– Almejamos dias melhores.


Gozar pode ser VTD ou VTI, com a prep. de. – Almejamos por dias melhores.
– Almejamos dias melhores ao nosso país.
– Ele não goza sua melhor forma física.
– Ele não goza de sua melhor forma física.
VI ou VTI, com a prep. a:

VTD ou VTI, com a prep. em: Faltar, Bastar e Restar podem ser VI ou VTI, com a
prep. a.
Acreditar e crer podem ser VTD ou VTI, com a prep.
em. – Muitos alunos faltaram hoje.
– Três homens faltaram ao trabalho hoje.
– Nunca cri pessoas que falam muito de si próprias. – Resta aos vestibulandos estudar bastante.
– Nunca cri em pessoas que falam muito de si
próprias.
Na última frase apresentada não há erro algum,
como à primeira vista possa parecer. A tendência é de o
Atentar pode ser VTD ou VTI, com a prep. em, ou aluno concordar o verbo estudar com a palavra
com as prep. para e por. vestibulando, construindo a oração assim: Resta os
vestibulandos estudarem. Porém essa construção está
– Em suas redações atente a ortografia. totalmente errada, pois o verbo é transitivo indireto,
– Deram-se bem os que atentaram nisso. portanto, resta a alguém. Então vestibulandos funciona
– Não atentes para os elementos supérfluos. como objeto indireto e não como sujeito. Nenhum
– Atente por si, enquanto é tempo. verbo concorda com o objeto indireto.

Quando houver, na oração, um verbo transitivo


Cogitar pode ser VTD ou VTI, com a prep. em, ou indireto, com a prep. a, seguido de um substantivo
com a prep. de. feminino, que exija o artigo a, ocorrerá o fenômeno
denominado crase, que deve ser caracterizado pelo
– Começou a cogitar uma viagem pelo litoral acento grave (à ou às).
brasileiro.
– Hei de cogitar no caso. – Assisti à peça das meninas do terceiro colegial.
– O diretor cogitou de demitir-se.

Consentir pode se VTD ou VTI, com a prep. em.


VI ou VTD

Pisar pode ser VI ou VTD. Quando for VI, admitirá a


prep. em, iniciando Adjunto Adverbial de Lugar.

– Pisei a grama para poder entrar em casa.


– Não pise no tapete, menino!

***
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS • rio (curso de água) e rio (verbo rir);
• caminho (itinerário) e caminho (verbo
caminhar).
O significado das palavras é estudado pela
semântica, a parte da gramática que estuda não só o
sentido das palavras como as relações de sentido que as Exemplos de palavras homófonas:
palavras estabelecem entre si: relações de sinonímia,
antonímia, paronímia, homonímia. • cem (100) e sem (indica falta)
• senso (sentido) e censo (levantamento
Compreender essas relações nos proporciona o estatístico)
alargamento do nosso universo semântico,
contribuindo para uma maior diversidade vocabular e Exemplos de palavras homógrafas:
maior adequação aos diversos contextos e intenções
comunicativas. • colher (talher) e colher (apanhar);
• acerto (correção) e acerto (verbo
SINONÍMIA E ANTONÍMIA acertar);

A sinonímia indica a capacidade das palavras Leia mais sobre palavras homônimas, palavras
apresentarem significados semelhantes. homófonas e palavras homógrafas.
A antonímia indica a capacidade das palavras
apresentarem significados opostos. Assim, através da A paronímia se refere a palavras que são escritas e
sinonímia e da antonímia as palavras estabelecem pronunciadas de forma parecida, mas que apresentam
relações de proximidade e contrariedade. significados diferentes.

Exemplos de palavras sinônimas: Exemplos de palavras parônimas:

• importante: significativo, considerável,


• Comprimento (tamanho) e
prestigiado, indispensável, fundamental cumprimento (saudação);
• necessário: essencial, fundamental,
• Imigrar (entrar num novo país) e
forçoso, obrigatório, imprescindível emigrar (sair do seu país).

Exemplos de palavras antônimas: Leia mais sobre paronímia.

• dedicado: desinteressado, desapegado,


POLISSEMIA E MONOSSEMIA
faltoso, desaplicado, relapso
• pontual: atrasado, retardado, durável,
genérico, irresponsável A polissemia indica a capacidade de uma palavra
apresentar uma multiplicidade de significados,
conforme o contexto frásico em que ocorre.
Leia mais sobre sinonímia e antonímia. A monossemia indica que determinadas palavras
apresentam apenas um significado.
HOMONÍMIA E PARONÍMIA
Exemplos de palavras polissêmicas:
A homonímia se refere à capacidade das palavras
serem homônimas (som igual, escrita igual, significado • Cabeça (parte do corpo humano e líder
diferente), homófonas (som igual, escrita diferente, do grupo, com origem comum na palavra em
significado diferente) ou homógrafas (som diferente, latim capitia);
escrita igual, significado diferente). • Letra (símbolo de escrita e documento
substituto de dinheiro, com origem comum na
Exemplos de palavras homônimas: palavra em latim littera).
Exemplos de palavras monossêmicas: • papagaio, gaivota, bem-te-vi, arara,
coruja,...
• Estetoscópio (instrumento médico);
• Eneágono (polígono com nove ângulos). Saiba mais sobre hiperonímia e hiponímia.

Leia mais sobre polissemia e monossemia. FORMAS VARIANTES

DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO As formas variantes se referem a palavras que


possuem mais do que uma grafia correta, sem que haja
A denotação indica a capacidade das palavras alteração do seu significado.
apresentarem um sentido literal e objetivo.
A conotação indica a capacidade das palavras Exemplos de formas variantes:
apresentarem um sentido figurado e simbólico.
• abdome e abdômen;
Exemplos de palavras com sentido denotativo: • bêbado e bêbedo;
• embaralhar e baralhar;
• O navio atracou no porto. • enfarte e infarto;
• A anta é um mamífero. • louro e loiro.

Exemplos de palavras com sentido conotativo: ***

• Você é o meu porto.


• Pense pela sua própria cabeça, sua
anta!

Leia mais sobre denotação e conotação.

HIPERONÍMIA E HIPONÍMIA

A hiperonímia e a hiponímia indicam a capacidade


das palavras estabelecerem relações hierárquicas de
significado. Um hiperônimo, palavra superior com um
sentido mais abrangente, engloba um hipônimo,
palavra inferior com sentido mais restrito.

Fruta é hiperônimo de morango.

Morango é hipônimo de fruta.

Exemplos de hiperônimos:

• ferramenta
• ave

Exemplo de hipônimos:

• martelo, serrote, alicate, enxada, chave


de fenda,...

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