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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO

ISCED – CABINDA

TRABALHO INVESTIGATIVO DE
EDUCAÇÃO PARA OS DIREITOS
HUMANOS

TEMA

OS GREGOS E ROMANOS

5º Grupo

Ano académico: 2º

Curso: Instrução Primária

Período: Pós-Laboral

CABINDA, DEZEMBRO DE 2022

I
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO
ISCED – CABINDA

TRABALHO INVESTIGATIVO DE
EDUCAÇÃO PARA OS DIREITOS
HUMANOS

TEMA

OS GREGOS E ROMANOS

Elaborado por:

Amélia Manso Lelo

Margarida Muila Luemba

Docente: Joaquim Paka Massanga

CABINDA, DEZEMBRO DE 2022

II
DEDICATÓRIA

Dedicamos este trabalho aos nossos pais, irmãos pela dedicação, força, coragem e apoio
que nos têm dado. Por estarem presentes em todos os momentos.

III
AGRADECIMENTO

Agradecemos a Deus, soberano e poderoso, pela vida, saúde e força.

Aos nossos pais que desde a tenra idade apostaram na nossa formação, ao Docente, aos
colegas e a todos que de forma directa ou indirecta têm dado os seus contributos.

IV
ÍNDICE

DEDICATÓRIA .................................................................................................................. III

AGRADECIMENTO .......................................................................................................... IV

INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 1

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................................ 2

1.1 - Os Gregos .................................................................................................................. 2

1.1.1 - Povos gregos ...................................................................................................... 2

1.1.2 - Deuses Gregos .................................................................................................... 2

1.1.3 - História da Grécia Antiga ................................................................................... 2

1.1.4 - Cidades Gregas ................................................................................................... 3

1.1.5 - Cultura grega ...................................................................................................... 3

1.1.6 - Sociedade Grega ................................................................................................. 3

1.2 - Romanos .................................................................................................................... 5

1.2.1 - Fundação de Roma ............................................................................................. 5

1.2.2 - Monarquia Romana (753 a.C. a 509 a.C.) .......................................................... 5

1.2.3 - República Romana (509 a.C. a 27 a.C.) ............................................................. 6

1.2.4 - A Expansão Romana .......................................................................................... 7

1.2.5 - Crise da República ............................................................................................. 7

1.2.6 - Império Romano (27 a.C. a 476) ........................................................................ 8

1.2.7 - Decadência do Império Romano ........................................................................ 8

1.2.8 - Curiosidades ....................................................................................................... 9

CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 10

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 11

V
INTRODUÇÃO

Os gregos foram um dos povos mais importantes da Antiguidade e sua civilização


influenciou todo o Ocidente. Desenvolveram formas de filosofia, política, arte e exportes,
que são utilizados até hoje. Seu território ocupava o continente europeu e quase 1000 ilhas
espalhadas pelo Mar Mediterrâneo. Comparando com a cidade de Roma nasceu como uma
pequena aldeia e se tornou um dos maiores impérios da Antiguidade. Situada na Península
Itálica, centro do Mediterrâneo europeu, Roma era o centro da vida política e económica da
região.

Feito isto, no decorrer do trabalho será apresentada matéria dessas duas grandezas que
mudaram o percurso da humanidade.

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1 - Os Gregos

1.1.1 - Povos gregos

Os gregos estavam constituídos de vários povos como os aqueus, jónios, dóricos, tribos
áticas, etc.

Consideravam que seu herói fundador era Heleno, um adivinho que é retractado na obra
"Odisseia" e chamavam a si mesmo de “helenos”. Este também era o nome de uma aldeia
situada no Noroeste da actual Grécia.

A palavra “Grécia” foi empregada pelos romanos e significa “terra dos gregos”.

1.1.2 - Deuses Gregos

Os habitantes da Grécia antiga eram politeístas e cultuavam vários deuses, semideuses e


heróis.

A religião cumpria o papel de unificar os diferentes povoados e tinha como objectivo formar
moralmente a sociedade. As lendas dos deuses serviam para ensinar valores aos cidadãos e
garantir o bom funcionamento da polis.

Cada tribo afirmava que havia sido fundada por um herói mítico e as festas dedicadas às
divindades eram um importante acontecimento social.

Os principais deuses gregos eram os 12 que moravam no monte Olimpo: Zeus, Hera,
Poseidon, Atena, Ares, Deméter, Apolo, Ártemis, Hefesto, Afrodite, Hermes e Dionísio.

1.1.3 - História da Grécia Antiga

Para fins de estudo, dividimos a história da Grécia Antiga em quatro períodos:

➢ Pré-Homérico (séculos XX - XII a.C.)

➢ Homérico (séculos XII - VIII a.C.)

➢ Arcaico (séculos VIII - VI a.C.)

➢ Clássico (séculos V - IV a.C.)

Durante o período Arcaico observamos o surgimento das cidades-estados gregas, o


desenvolvimento da filosofia e da arte grega que tanto influenciariam o mundo ocidental.

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1.1.4 - Cidades Gregas

Cada cidade grega possuía seu próprio sistema político e por isso foram chamadas de
cidades-estado.

Enquanto verificamos em Atenas o início da democracia, onde os cidadãos podiam participar


da política; em Esparta, por outro lado, vemos maior centralização do governo.

No entanto, as cidades-estados fazem alianças com outras cidades em caso de guerra.


Quando deviam enfrentar um inimigo comum, como foi o caso dos persas, as cidades gregas
se uniam.

1.1.5 - Cultura grega

Os gregos gostavam de teatro, poesia, música e dança.

As peças teatrais tinham uma função religiosa, pois eram encenadas durante as festas ao deus
Dionísio. Da mesma forma, cumpriam um papel moral, porque sempre passavam uma lição
para os espectadores.

Da mesma forma apreciavam a poesia épica, cantada pelos poetas, que se baseavam em obras
como a "Odisseia" e a "Ilíada". Estas eram recitadas nas festas domésticas ou públicas.

Os instrumentos musicais gregos mais comuns eram a lira, indispensável para recitar os
poemas, e flautas de diferentes tamanhos. A música grega chegou até os dias actuais através
dos modos das escalas musicais que os gregos utilizavam.

1.1.6 - Sociedade Grega

Embora houvesse diferenças em cada uma das cidades-estado, a sociedade grega era dividida
em homens livres, estrangeiros e escravos.

As mulheres não eram consideradas nesta contagem, pois mesmo se tivessem liberdade, não
possuíam direitos políticos.

Cidadãos

A sociedade grega era encabeçada pelos cidadãos nascidos na cidade. Em Atenas, por
exemplo, independente da quantidade de dinheiro, todo cidadão podia intervir nos assuntos
da cidade-estado.

Os cidadãos se reuniam na ágora para aprovar leis, julgar os delitos e decidir a guerra.

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Escravos

Os seres humanos eram escravizados durante as guerras ou para saldar alguma dívida. Eram
empregados em diversas tarefas, tanto nas domésticas como no comércio e agricultura.

Calcula-se que 40% da população de Atenas era composta de escravos que exerciam
profissões qualificadas como professores, médicos, pintores, escribas, secretários
particulares e muito mais.

Estrangeiros

Como cada cidade-estado era independente, o estrangeiro poderia ser alguém da cidade
vizinha. Não possuíam direitos políticos, nem terras e, por isso, dedicavam-se ao comércio
e à produção de bens.

Mulheres

As mulheres casavam-se aos 15 anos, numa cerimónia doméstica, diante do altar familiar. A
mulher se ocupava dos escravos, dos filhos e tecia as roupas necessárias para todos na casa.

Diferenças sociais

A divisão social ficava clara durante a guerra. Os ricos combatiam na cavalaria, pois tinham
condições para manter o animal.

Aqueles que não tinham meios, ingressavam na infantaria e lutavam a pé, armados de lança,
capacete e escudo; enquanto os pobres e condenados, remavam nas galeras dos barcos.

Economia Grega

As grandes cidades, como Atenas e Esparta, tinham sua própria moeda.

Atenas aproveitou as minas de prata da região de Laurion para cunhar sua moeda, que será
a mais valiosa da região. Desta maneira foi possível sustentar guerras com seus vizinhos.

A agricultura constituía no cultivo de uvas, para a fabricação do vinho; olivas, de onde se


extraía o azeite e grãos para o pão, como a cevada e o trigo. Muitos desses produtos eram
exportados para outras localidades ao longo do Mediterrâneo.

Existiam artesãos especializados em fabricar produtos em cerâmica, couro e metais.

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1.2 - Romanos

1.2.1 - Fundação de Roma

A fundação de Roma está envolta em lendas. Segundo a narrativa do poeta Virgílio, em sua
obra Eneida, os romanos descendem de Eneias, herói troiano, que fugiu para a Itália após a
destruição de Tróia pelos gregos, por volta de 1400 a.C.

Reza a lenda que os gémeos Rómulo e Remo, descendentes de Eneias, foram jogados no rio
Tibre, por ordem de Amúlio, usurpador do trono.

Detalhe da pintura de Rubens que retracta Rómulo e Remo amamentados por uma loba

Amamentados por uma loba e depois criados por um camponês, os irmãos voltam para
destronar Amúlio.

Os irmãos receberam a missão de fundar Roma, em 753 a.C. Rómulo, após


desentendimentos, assassinou Remo e se transformou no primeiro rei de Roma.

Na realidade, Roma formou-se da fusão de sete pequenas aldeias de pastores latinos e


sabinos situadas às margens do rio Tibre. Depois de conquistada pelos etruscos chegou a ser
uma verdadeira cidade-Estado.

1.2.2 - Monarquia Romana (753 a.C. a 509 a.C.)

Na Roma monárquica, a sociedade era formada basicamente por três classes sociais:

➢ os patrícios, a classe dominante, formada por nobres e proprietários de terra;

➢ os plebeus, que eram constituídos por comerciantes, artesãos, camponeses e


pequenos proprietários;

➢ os clientes, que viviam da dependência dos patrícios e os plebeus, e eram prestadores


de serviços.

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Na monarquia romana, o rei exercia funções executiva, judicial e religiosa.

Era assistido pela Assembleia Curiata, que estava formada por trinta chefes de famílias do
povo. Sua função mudou ao longo dos séculos, mas eram responsáveis por elaborar leis,
recursos jurídicos e ratificar a eleição do rei. Em certos períodos a Assembleia Curiata deteve
mais poder que o Senado.

O Senado, composto pelos patrícios, assessorava o rei e tinha o poder de vetar as leis
apresentadas pelo monarca.

As lendas narram os acontecimentos dos sete reinados da época. Durante o governo dos três
últimos, que eram etruscos, o poder político dos patrícios declinou.

As aproximações dos reis com a plebe descontentavam os patrícios. Em 509 a.C., o último
rei etrusco foi deposto e um golpe político marcou o fim da monarquia.

1.2.3 - República Romana (509 a.C. a 27 a.C.)

A implantação da república significou a afirmação do Senado, o órgão de maior poder


político entre os romanos. O poder executivo ficou a cargo das magistraturas, ocupadas pelos
patrícios.

A república romana foi marcada pela luta de classes entre patrícios e plebeus. Os patrícios
lutavam para preservar privilégios e defender seus interesses políticos e económicos,
mantendo os plebeus sob sua dominação.

Entre 449 e 287 a.C. os plebeus organizaram cinco revoltas que resultaram em várias
conquistas: Tribunos da plebe, Leis das XII tábuas, Leis Licínias e Lei Canuleia. Com essas
medidas, as duas classes praticamente se igualaram.

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1.2.4 - A Expansão Romana

Durante a Guerra Púnica foram utilizados elefantes como animais de combate

A primeira etapa das conquistas romanas foi marcada pelo domínio de toda a Península
Ibérica a partir do século IV a.C.

A segunda etapa foi o início das Guerras de Roma contra Cartago, chamadas Guerras Púnicas
(264 a 146 a.C.). Em 146 a.C. Cartago foi totalmente destruída. Em pouco mais de cem anos,
toda a bacia do Mediterrâneo já era de Roma.

1.2.5 - Crise da República

Na República romana, a escravidão era a base de toda produção e o número de escravos


ultrapassava os de homens livres. A violência contra os escravos causou dezenas de revoltas.

Uma das principais revoltas escravos foi liderada por Espártaco entre 73 a 71 a.C. À frente
das forças rebeldes, Espártaco ameaçou o poder de Roma.

Para equilibrar as forças políticas, em 60 a.C., o Senado indicou três líderes políticos ao
consulado, Pompeu, Crasso e Júlio César, que formaram o primeiro Triunvirato.

Após a morte de Júlio César, foi instituído o segundo Triunvirato constituído por Marco
António, Otávio Augusto e Lépido.

As disputas de poder eram frequentes. Otávio recebeu do senado o título de Prínceps


(primeiro cidadão) foi a primeira fase do império disfarçado de República.

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1.2.6 - Império Romano (27 a.C. a 476)

Mapa dos territórios dominados pelo Império Romano por volta de 70 d.C.

O imperador Otávio Augusto (27 a.C. a 14) reorganizou a sociedade romana. Ampliou a
distribuição de pão e trigo e de divertimentos públicos - a política do pão e circo.

Depois de Augusto, várias dinastias se sucederam. Entre os principais imperadores estão:

➢ Tibério (14 a 37);

➢ Calígula (37 a 41);

➢ Nero (54 a 68);

➢ Tito (79 a 81);

➢ Trajano (98 a 117);

➢ Adriano (117-138);

➢ Marco Aurélio (161 a 180).

1.2.7 - Decadência do Império Romano

A partir de 235, o Império começou a ser governado pelos imperadores-soldados, cujo


principal objectivo era combater as invasões.

Do ponto de vista político, o século III caracterizou-se pela volta da anarquia militar. Num
período de apenas meio século (235 a 284) Roma teve 26 imperadores, dos quais 24 foram
assassinados.

Com a morte do imperador Teodósio, em 395, o Império Romano foi dividido entre seus
filhos Honório e Arcádio.

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Honório ficou com o Império Romano do Ocidente, capital Roma, e Arcádio ficou com
o Império Romano do Oriente, capital Constantinopla.

Em 476, o Império Romano do Ocidente desintegrou-se e o imperador Rómulo Augusto foi


deposto. O ano de 476 é considerado pelos historiadores o marco divisório da Antiguidade
para a Idade Média.

Da poderosa Roma, restou apenas o Império Romano do Oriente, que se manteria até 1453.

1.2.8 - Curiosidades

➢ Devido à expansão territorial, durante o império, os romanos passaram a representar


25% da população mundial.

➢ Os canhotos eram vistos como pessoas de má-sorte e não confiáveis. Esta crença
permaneceu até pouco tempo, quando as crianças eram obrigadas a escrever com a
mão direita.

➢ Os romanos prezavam muito pela higiene. As classes abastadas tinham água


encanada em casa e os pobres possuíam fontes perto de suas residências. Igualmente,
iam regularmente aos banhos públicos.

➢ A urina era aproveitada para diversos fins por conta do ácido e outros componentes:
usavam para clarear os dentes, lavar a roupa e fazer moedas.

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CONCLUSÃO

De acordo o percurso do trabalho, concluímos que a Grécia fez importante contribuições ao


campo da arte, da literatura e da filosofia: seus escultores e arquitectos, poetas e dramaturgos,
filósofos e legisladores lançaram as bases longínquas de toda a cultura ocidental; suas
colónias estenderam-se até o mar Negro, norte da Africa e sul da Itália e frança , mas a
constante rivalidade, sobretudo entre Esparta e Atenas ,acabou enfraquecendo a civilização
grega permitindo a sua conquista por Felipe da Macedónia em 338 a.C e que, por outro lado,
concluímos também que os Romanos durante os seus doze séculos de existência, a sua
civilização transitou da monarquia para uma república oligárquica até se tornar num vasto
império que dominou a europa ocidental e ao redor de todo o mar mediterrâneo através da
conquista e assimilação cultural.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ciencia [Os grandes descobrimentos da arqueologia: história, aventura e ciência]. Barcelona
(em espanhol). [S.l.]: Planeta DeAgostini. 320 páginas. ISBN 978-84-395-0690-4

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Bennet, John (1996). Oxford Classical Dictionary (em inglês). Oxford: [s.n.] ISBN 978-
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Braick, Patrícia Ramos; Mota, Myriam Becho (2006). História das cavernas ao terceiro
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