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REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
COLÉGIO NGOIO

TRABALHO INVESTIGATIVO DE SAÚDE


MENTAL

TEMA

A ESQUIZOFRENIA

Elaborador por: Grupo nº 3


Turma: Única
Classe: 12ª
Curso: Enfermagem Geral
Período: Vespertino
Professor: Simão Linga

CABINDA, MARÇO DE 2021


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PARTICIPANTES DO GRUPO

Nº 27 – Josefina Comba
Nº 28 – Julieta Tiongo
Nº 43 – Pascoalina de Oliveira Guza
Nº 47 – Sara Camunto

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DEDICATÓRIA

Dedicamos este trabalho aos nossos pais ou encarregados de educação, irmãos pela
dedicação, força, coragem e apoio que nos têm dado. Por estarem presentes em todos
os momentos.

I
AGRADECIMENTO

Agradecemos a Deus, soberano e poderoso, pela vida, saúde e força.


Aos nossos pais ou encarregados de educação que desde a tenra idade apostaram na
nossa formação, ao professor Simão Linga, aos colegas e a todos que de forma directa
ou indirecta têm dado os seus contributos.

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Índice
DEDICATÓRIA ................................................................................................................ I
AGRADECIMENTO ....................................................................................................... II
INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 1
Objectivo geral. ............................................................................................................ 1
Objectivos específicos. ................................................................................................ 1
A ESQUIZOFRENIA ....................................................................................................... 2
2.1 - Principais tipos de esquizofrenia. ........................................................................ 2
2.2 - Causas da esquizofrenia. ..................................................................................... 3
2.3 - Sinais e sintomas de esquizofrenia. ..................................................................... 3
2.4 - Diagnostico .......................................................................................................... 4
2.5- Tratamentos da esquizofrenia. .............................................................................. 4
2.6 - Possíveis complicações de esquizofrenia ............................................................ 6
2.7 - Prevenção da esquizofrenia ................................................................................. 6
CONCLUSÃO.................................................................................................................. 7

III
INTRODUÇÃO

A esquizofrenia, um transtorno mental crónico com início entre o final da


adolescência e o início da idade adulta, é considerado um dos transtornos
mais debilitantes e dispendiosos tanto para o indivíduo como para a
sociedade.

Com base nisso, é apresentado os objectivos deste trabalho.

Objectivo geral.

Entender sobre os transtornos mentais mais comuns a esquizofrenia tem


causado em várias pessoas.

Objectivos específicos.

➢ Buscar as causas e como podemos tratar a esquizofrenia;


➢ Enumerar os principais sinais e sintomas provocados pela
esquizofrenia;
➢ Identificar os principais tipos de esquizofrenia e as complicações
possíveis.

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A ESQUIZOFRENIA

A esquizofrenia é um transtorno mental crónico e grave, caracterizada pela ocorrência


de delírios, alucinações e a chamada síndrome dissociativa, que provoca problemas
emocionais, de fala e do funcionamento do cérebro do paciente.

Esta doença afecta 1% da população mundial, é mais frequente em jovens, no final da


adolescência, apesar de poder surgir ao longo de outras idades.

Os fármacos antipsicóticos usados para tratar esquizofrenia tem eficácia


limitada e possuem efeitos adversos graves, tais como distúrbios
extrapiramidais (no caso dos típicos) e distúrbios metabólicos (no caso dos
atípicos). Mais preocupante ainda é a estimativa de que cerca de 30% dos
pacientes são refractários aos tratamentos. Recentemente tem sido
considerada a intervenção precoce em indivíduos com alto risco de
desenvolver esquizofrenia, com o objectivo de impedir a conversão destes
indivíduos para esquizofrenia plena. Dados clínicos e pré-clínicos apontam
a N-acetilcisteína (NAC) como um fármaco potencialmente útil para vários
distúrbios psiquiátricos, incluindo a esquizofrenia. NAC aumenta os níveis
cerebrais de glutationa e modula a transmissão de glutamato através do
antiporter cistina-glutamato.

2.1 - Principais tipos de esquizofrenia.

Principais tipos de esquizofrenia são:

Esquizofrenia Paranóide: é caracterizada pela ocorrência de delírios e alucinações


auditivas, isolamento social em que o portador também enfrenta problemas como falas
confusas, falta de emoção e tende de achar que está sendo perseguido por pessoas ou
espíritos.

Esquizofrenia Hebefrénica: é também chamada de esquizofrenia desorganizada,


caracterizada por um comportamento mais infantil, de pensamentos e discursos
desconexos.

Esquizofrenia Catatónica: é aquela em que o paciente mostra um quadro de apatia. Pode


ficar na mesma posição por horas, causando também a redução da actividade motora,

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Esquizofrenia Simples: a esquizofrenia simples apresenta mudanças na personalidade.
O paciente prefere ficar isolado o que inibi seu convívio social, é disperso aos
acontecimentos do dia a dia e insensível no que diz respeito a afectos.

Esquizofrenia indiferenciada: é a forma de esquizofrenia que não apresenta


características particulares e pode desenvolver sintomas dos demais tipos.

Esquizofrenia residual: é aquela em que o paciente apresenta apenas sintomas isolados


após tratamento de quadros completos da esquizofrenia.

2.2 - Causas da esquizofrenia.

Ate hoje, não foi descoberta a causa exacta da esquizofrenia, mas a combinação de alguns
factores genéticos, cerebrais e do ambiente podem desencadear a doença e estes factores
são:

Factores hereditários: relacionada a alterações genética, em que parentes de primeiro


grau de um esquizofrénico têm mais chances de desenvolver a doença do que as pessoas
em geral. É o factor de risco mais significativo.

Factores ambientais: incluem experiências psicológicas negativas, abuso físico ou


sexual, complicações da gravidez e do parto, infecções virais e outras doenças que
possam ter alterado o desenvolvimento do sistema nervoso no período da gestação e pais
com idade avançada no momento da concepção.

Alterações neuro químicas: problemas com certas substâncias químicas do cérebro,


incluindo neurotransmissores chamados dopamina e glutamato, podem contribuir para a
esquizofrenia, assim como o uso de drogas ilícitas, que alteram a mente.

2.3 - Sinais e sintomas de esquizofrenia.

Os sinais e sintomas de diagnóstico de esquizofrenia segundo a Classificação


Internacional de Doenças (CID-IO), DSM-IV e V é preciso que haja a presença de um
dos seguintes sintomas.

➢ Alucinação e delírios persistentes;


➢ Alterações de comportamentos desde apatia, agressividade, agitação e risco de
suicídio;
➢ Pensamentos desorganizados (em que a pessoa fala coisas desconexas e sem
sentido);
➢ Falta de atenção, concentração e de autocuidado;
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➢ Dificuldades no aprendizado;
➢ Mania de perseguição inexplicável;
➢ Baixo funcionamento intelectual (capacidade de entender informações e usa-la
para tomar decisões);
➢ Redução do afecto (não reagir diante de situações tristes ou felizes);

2.4 - Diagnostico

Não existem exames capazes de detectar a ocorrência de esquizofrenia. Por conta disso,
o diagnóstico deve ser feito por um psiquiatra ou psicólogo que buscará em uma consulta
os sinais mais comuns da doença, como dificuldade em fazer contacto visual, problemas
de fala, falta de emoções, entre outros.

Para diagnosticar a doença de esquizofrenia os sintomas devem ser, de forma clara,


manifestar-se durante pelo menos um mês. Fazem parte dos sintomas típicos de
esquizofrenia.

a) Transtorno de Percepção: Alucinações, sendo as mais frequentes as auditivas,


b) Transtorno de Pensamento: Delírios de controle, de perseguição, etc.
c) Transtorno de Emoção: Retraimento emocional e social, excitação e irritabilidade
patológica.

d) Transtorno de Comportamento: Perda de interesse, apatia, falta de acção, podem


ocorrer tendências negativistas, estupor, mutismo, entre outros.

2.5- Tratamentos da esquizofrenia.

Para o tratamento da esquizofrenia, é necessária uma abordagem multidisciplinar com


acompanhamento de psiquiatra, psicólogo, assistente social e enfermeiro. Além disso, a
família do paciente exerce papel fundamental no tratamento. O tratamento
medicamentoso é igualmente indispensável. Ele é composto de antipsicóticos,
neurolépticos e uso de ansiolíticos ou antidepressivos. Os tratamentos de esquizofrenia
são particularmente rigorosos e devem ser mantidos ao longo de toda a vida, mesmo após
o desaparecimento de sintomas.

O tratamento com medicamentos, terapias psicossociais e hospitalização podem ajudar


a controlar a doença.

O tratamento de esquizofrenia deve levar em consideração três objectivos fundamentais:

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a) Redução ou eliminação dos sintomas;
b) Maximização da qualidade de vida e funções adaptativas;
c) Prevenção, promoção e reconhecimento de sintomas co-mórbidos.
Medicamentos antipsicóticos: neste caso no tratamento, tem sido usado duas classes de
medicamentos antipsicóticos que são:

a) Os antipsicóticos de primeira geração (convencionais, mais antigos) haloperidol,


clorpromazina; tioridazina, pimozide e outros) e tem a sua acção principal no
antagonismo dopaminergico no sistema mesolimbico e nigroestriatal no cérebro. São
mais eficazes na redução dos sintomas positivos do que dos sintomas negativos.

b) Os antipsicóticos da segunda geração (mais recente) (olanzapina, risperidona,


quetiapina, ziprasidona, clozapina e outros) têm a acção nos sintomas positivos e
negativos e a ocorrência de efeitos colaterais é menor. Por outras palavras, um
caminho terapêutico que evoluiu muito nos últimos anos.

Psicoterapia: a terapia com um psicólogo, psicoterapia pode ajudar o paciente a


entender os factores do dia a dia que desencadeiam a esquizofrenia, reduz seus sintomas
e trabalhar os eventos que o levaram a desenvolver este problema.

Hospitalização: durante período de crises ou períodos de sintomas graves, a


hospitalização pode ser necessária para garantir a segurança, alimentação adequada, sono
adequado e higiene básica do paciente.

Terapia electroconvulsiva: em casos de pacientes que não respondem à terapia


medicamentosa, recorre-se a terapia electro-convulsoterapia (ECT), tratamento
realizado, após uma minuciosa avaliação clínica e psiquiátrica, onde o paciente, sob
anestesia geral, é submetido a pequenas correntes eléctricas que passam pelo cérebro,
desencadeando intencionalmente uma breve convulsão.

Esta intervenção que é utilizada na maioria dos países e considerada a mais eficaz para
pacientes com transtornos psicóticos graves, depressão grave, esquizofrenia e outros.

Em suma, a esquizofrenia não tem cura. No entanto, o avanço dos tratamentos e sua
obediência estrita garantem a possibilidade de uma vida tranquila para o paciente, com
redução das ocorrências de crises e dos sintomas.

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2.6 - Possíveis complicações de esquizofrenia.

Se não for tratado, a esquizofrenia pode resultar em problemas emocionais,


comportamentais e de saúde graves, assim como problemas jurídicos e financeiros que
afectam quase totalmente a vida da pessoa. As complicações que a esquizofrenia pode
causar incluem:

➢ Isolamento social e suicídio;


➢ Ansiedade, depressão e fobias;
➢ Consumo excessivo de álcool e abuso de drogas ou medicamentos de prescrição;
➢ Ser vítima de comportamento agressivo;
➢ Improdutividade nos estudos e no trabalho;
➢ Conflitos familiares;
➢ Perda de dinheiro.

2.7 - Prevenção da esquizofrenia.

Não há como evitar o desenvolvimento da esquizofrenia em si. O que se pode tentar


evitar é o reaparecimento dos sintomas da doença. Para isso o paciente deve seguir a
dosagem e os horários específicos da medicação receitada pelo psiquiatra, caso contrário,
todos os sintomas retornarão.

6
CONCLUSÃO

É concluído que:

A esquizofrenia na sua maioria, a integração processa-se de um modo muito difícil e por


vezes até chega a ser impossível, visto que se trata de uma doença de foro mental bastante
instável. Assim, destacamos o facto, de que como qualquer outro doente, os indivíduos
esquizofrénicos não têm culpa da doença que sofrem e o seu comportamento é baseado
naquilo que acham correcto e aceitável, “no seu mundo”, o que muitas vezes não está de
acordo com a realidade. Por isso, deixamos aqui o apelo para que se ponham no lugar
destes doentes, que como alguns outros não têm hipótese de cura.

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