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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ESQUIZOTÍPICA

1. O que é o Transtorno de Personalidade Esquizotípica?


Esse transtorno é caracterizado por um padrão generalizado de desconforto intenso com
relacionamentos íntimos e com capacidade reduzida para isso, demonstra também
pensamento e percepções distorcidas e comportamento excêntrico (fora do padrão).

2. Quais são os principais sintomas desse transtorno?


Geralmente ocorrem no início da idade adulta, sendo alguns deles:
Afeto limitado
Tendência ao isolamento
Percepção distorcidas da realidade
Falta de amigos próximos
Capacidade baixa para relacionar-se
Pensamento mágico/superpoderes: apego a sexto sentido, clarividência, telepatia etc.
Ansiedade social alta devido medo paranoico
Comportamento excêntrico

3. Como o Transtorno de Personalidade Esquizotípica difere da esquizofrenia?


A principal diferença é a presença de delírios e alucinações (na esquizofrenia).
O Transtorno de Personalidade Esquizotipica é caracterizado por sintomas psicóticos,
mas sem o rompimento com a realidade (surtos). Pode ser indicativo de tendência a
desencadear esquizofrenia ou a pessoa pode permanecer apenas com os sintomas
menores.
Nos dois é importante o acompanhamento com psicólogo e psiquiatra, para mapear os
sintomas, aprender a lidar com os pensamentos e entrar com medicação quando
necessário.

4. Quais são as causas do Transtorno de Personalidade Esquizotípica?


São fatores genéticos que desempenham uma função importante no desenvolvimento do
transtorno de personalidade esquizotípica. Ele é mais comum entre parentes de primeiro
grau (pais, irmãos e filhos) da pessoa que têm esquizofrenia ou outro transtorno
psicótico.
O abuso de cannabis antes dos 14 anos também é um forte preditor de desenvolvimento
ulterior de TPE no início da vida adulta.

5. Como é feito o diagnóstico do Transtorno de Personalidade Esquizotípica?


O diagnóstico é feito baseado em sintomas específicos, incluindo desconforto intenso
com relacionamentos íntimos, pensamento e percepções distorcidas e comportamento
estranho.
Pode ser um antecedente da esquizofrenia. Está incluso no DSM-5 como uma das
doenças do espectro da esquizofrenia.

6. Quais são os tratamentos disponíveis para o Transtorno de Personalidade


Esquizotípica?
O Transtorno de personalidade esquizotípica é comumente tratado com fármacos.
Antipsicóticos atípicos diminuem a ansiedade e os sintomas psicóticos; os
antidepressivos também podem ajudar a diminuir a ansiedade nos pacientes com
transtorno de personalidade esquizotípica.
Terapia cognitivo-comportamental que focaliza a aquisição de habilidades sociais e o
tratamento da ansiedade pode ajudar. Essa terapia também pode aumentar a
conscientização dos pacientes de como seus próprios comportamentos podem ser
percebidos.

7. Esse transtorno é comum na população?


De acordo com o DSM-5, as taxas de prevalência de TPE variam de 0,631 a 4,6%5 em
amostragens colhidas na comunidade e 3,9% na população em geral. Aparentemente, a
prevalência é mais baixa nas populações clínicas, variando de 0 a 1,9%2, sendo que
uma amostragem de pacientes psiquiátricos ambulatoriais apresentou uma taxa de
0,6%.3 Os relatos indicam que a ocorrência de TPE é ligeiramente mais prevalente em
homens do que em mulheres.2,59

8. As pessoas com Transtorno de Personalidade Esquizotípica podem levar uma vida


normal?
Sim, muitos pacientes com transtorno de personalidade esquizotípica, mantém uma
personalidade esquizotípica estável durante toda a vida e se casam e trabalham, apesar
de seus hábitos peculiares.
O transtorno de personalidade esquizotípica pode manifestar-se pela primeira vez na
infância e adolescência, na forma de solidão, fracos relacionamentos sociais, ansiedade
social, baixo rendimento escolar, pensamentos e linguagem peculiares e fantasias
bizarras. São crianças que podem atrair aqueles colegas que o ridicularizam por parecer
“esquisito”.
9. O Transtorno de Personalidade Esquizotípica é hereditário?
Além da influência de fatores genéticos, também existem os fatores ambientais.

10. Quais são os principais desafios enfrentados por pessoas com esse transtorno?
Seus pensamentos inusitados ou paranoicos;
Dificuldade em formar relacionamentos e extrema ansiedade diante de situações sociais

11. Como a terapia cognitivo-comportamental pode ajudar no tratamento?


A TCC vai investigar a fundo as habilidades sociais de forma que elas possam, pouco a
pouco, sendo introduzidas na vida do paciente.
O Paciente vai aprendendo a refletir sobre suas próprias crenças, e buscar evidências
concretas para sustentá-las.

12. O Transtorno de Personalidade Esquizotípica pode ser confundido com autismo?


Pode acontecer essa confusão sim, devido os dois terem características de baixa
interação social.
O que os diferencia é, o Autismo se apresenta bem no início da vida, caracterizado por
alteração da interação social, da comunicação (verbal e não verbal) e comportamento
inibido e repetitivo.
Enquanto o Transtorno Esquizotípico faz parte do Transtorno do Espectro da
Esquizofrenia, e se apresenta no início na vida adulta.
Embora ambos apresentem algum nível de dificuldade nas interações sociais, o
Transtorno Esquizotípico tem pelo menos outros 5 sintomas que não estão presentes no
Autismo como: comportamento excêntrico, ideias delirantes, afeto retraído,
desconfiança paranoide, crenças bizarras, pensamento mágico etc.

13. Quais são as estratégias para lidar com a desconfiança excessiva comum nesse
transtorno?
Usando a escuta ativa para analisar quais interpretações distorcidas da realidade o
paciente tem, isso fará entender o motivo de determinada desconfiança que o causa o
sofrimento psíquico.

14. A medicação é sempre necessária no tratamento?


A medicação é necessária porque geralmente o transtorno vem acompanhado com
outras comorbidades psiquiátricas (ansiedade, depressão), e ele vai aliviar o sofrimento,
e controlar os comportamentos indesejados.
15. Quais são os riscos de não tratar o Transtorno de Personalidade Esquizotípica?
Aumento do isolamento, e aumento do sofrimento Psíquico por não estar sendo
controlados os sintomas quando tratado.

16. Como amigos e familiares podem oferecer apoio a alguém com esse transtorno?
Mesmo um paciente que não mantenha o vínculo social ativo, é importante a
participação de amigos e familiares no tratamento, a noção de pertencimento é valiosa,
principalmente para pacientes com Transtorno da Personalidade Esquizotípico.

17. Quais são as perspectivas a longo prazo para pessoas com Transtorno de
Personalidade Esquizotípica?
Melhoria as relações sociais, buscando conforto do paciente para que ao passar do
tempo no tratamento aquilo que antes o incomodava não incomode mais na mesma
intensidade que antes.

18. O Transtorno de Personalidade Esquizotípica pode ser curado?


Não, ele acompanha o paciente a vida toda, porém, quando tratado os sintomas são
controlados.

19. Quais recursos estão disponíveis para ajudar pessoas com esse transtorno e suas
famílias?
A busca por Psicólogo e Psiquiatra para o diagnóstico, e posteriormente a distribuição
de medicamentos necessários para o transtorno também é um recurso importante ao
paciente.

20. Como podemos combater o estigma em relação ao Transtorno de Personalidade


Esquizotípica?
Qualquer transtorno de Personalidade é complexo e podem afetar profundamente a vida
daqueles que os vivenciam. Em vez de julgar ou rotular, é fundamental oferecer apoio e
compreensão. O estigma em torno dos transtornos de personalidade muitas vezes
impede que as pessoas busquem ajuda. No entanto, com tratamento adequado e apoio,
muitos indivíduos podem aprender a gerenciar melhor seus sintomas e levar uma vida
mais leve.
Uma forma colaboração são empresas que incluem em seu quadro de colaboradores
pessoas com transtornos e todos nós temos o dever de oferecer apoio emocional,
flexibilidade e compreensão, pois faremos a diferença.
A cada 100 pessoas, 17 vão ter pensamentos suicidas, 5 vão planejar o suicídio, 3 irão
tentar e 1 será atendida no pronto-socorro

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