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Transtornos Psicopatológicos - redução dos AVs

1. Para um diagnóstico mais preciso, é importante analisar os sintomas específicos dos


transtornos. Para se distinguir o Transtorno de Escoriação e a classificação de Outros
Transtornos Obsessivo-Compulsivos e Transtorno Relacionado Especificado com Transtorno
de Comportamento repetitivo focado no Corpo, precisamos verificar a existência de qual critério
diagnóstico diferencial?

As ideias obsessivas estão presentes no Transtorno Relacionado Especificado com Transtorno


de Comportamento Repetitivo
Focado no Corpo, enquanto no Transtorno de Escoriação, a característica é a impulsividade.

2. O DSM-V apresenta critério de diagnóstico para o Transtorno Obsessivo-compulsivo muito


semelhantes com CID-10. Além da presença das obsessões e compulsões, o sofrimento
clínico, investimento de tempo e ausência de causas fisiológicas, também é importante que o
paciente não preencha os critérios para:

Transtorno de ansiedade generalizada, esquizofrenia, autismo ou depressão

3. A fobia social é um transtorno de ansiedade no qual os sintomas são desencadeados em


situações de interação social. A respeito desse diagnóstico qual a questão central?!

Os indivíduos com fobia social se preocupam excessivamente com a avaliação dos outros e
com a possibilidade de passar por situações constrangedoras ou humilhantes. Não suportam
avaliações e julgamentos de terceiros.

4. O transtorno de ansiedade induzido por substância ou medicamento pode ser facilmente


confundido com um quadro de ansiedade primário, uma vez que os sintomas podem ser
similares. A diferença nesse transtorno é que os sintomas de ansiedade são desencadeados
por uma condição anterior. Qual?!

O uso de substâncias químicas/ naturais. Em um processo de diagnóstico diferencial é


fundamental uma investigação aprofundada do padrão de uso de substâncias do individuo para
verificar se a ansiedade faz parte de um quadro primário ou secundário. Os sintomas de
ansiedade tendem a diminuir após o controle da ingestão da substância ou medicamento que
causou inicialmente o transtorno.

5. [FEPESE/2019 - adaptada] Os traços de personalidade representam padrões de


pensamento, percepção, reação e relacionamento que permanecem relativamente estáveis ao
longo do tempo. FONTE: Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5.
Porto Alegre: Artmed, 2014. Sobre a definição dos Transtornos de Personalidade, segundo o
DSM-5, está incluído:

Transtorno de Personalidade Paranoide, Antissocial, Obsessivo-Compulsiva.

6. [VUNESP/2019] Ao final dos anos 60, alguns psiquiatras identificaram em alguns pacientes
uma síndrome que não se enquadrava nas critérios diagnósticas preexistentes. Analisando
vários pacientes com essa síndrome, quatro aspectos principais foram identificados: a raiva
como afeto principal ou o único afeto, déficit nas relações interpessoais, ausência de identidade
consistente do self e depressão difusa. Segundo o assunto fala-se de:

Transtornos De Personalidade Borderline.

7. Para o aprofundamento do conhecimento do TOC é necessário buscar-se subgrupos mais


homogêneos de pacientes. As peculiaridades da apresentação do TOC na infância e
adolescência sugerem que o início precoce dos sintomas delimitaria um subtipo de pacientes.
ROSARIO-CAMPOS, M. C. DO; MERCADANTE, M. T. Transtorno obsessivo-compulsivo.
Revista Brasileira de Psiquiatria, v. 22, n. suppl 2, p. 16¿19, dez. Podemos definir o conceito de
obsessão e compulsão como:
Obsessão: não consigo parar de pensar / Compulsão: não consigo parar de fazer

8. Dentre as características dos atos compulsivos no Transtorno Obsessivo-compulsivo temos


o comportamento estereotipado para evitar alguma tragédia danosa. No entanto, é uma
característica essencial, que este comportamento também seja:

Entendido como desagradável ao sujeito

9. Os transtornos somáticos representam uma classe de transtornos que podem causar muitos
prejuízos para os indivíduos em diversos âmbitos de suas vidas. Sobre os transtornos
somáticos, é CORRETO que:

O transtorno factício se caracteriza pela produção intencional de sinais e sintomas pela


existência de condições médicas autoinflingidas ou pelo agravamento intencional de condições
previamente existentes.

10. Em relação aos transtornos somáticos, o indivíduo acometido por esse tipo de transtorno
apresenta quadro emocional caracterizado por sintomas dolorosos sem relação fisiopatológica
que apresente alterações orgânicas. Quanto a esses transtornos, está correta a afirmar
abaixo?!

Um indivíduo com transtorno de somatização pode ser recorrentemente identificado buscando


auxílio em unidades gerais de atendimento à saúde, como hospitais e postos de saúde. SIM,
está correto .

11. Valentina tem cinquenta e dois anos e trabalha como recepcionista de uma repartição
pública. Os colegas de trabalho acham que Valentina é uma pessoa muito carrancuda, de mau
humor, que nunca vê o lado bom das coisas e que é muito difícil de agradar. Isso lhe gerou
alguns atritos com a equipe. Solteira e distante de sua família (a quem diz amar muito, mas não
mantém contato constante) Valentina resolveu procurar ajuda e já está fazendo psicoterapia há
oito meses. Ela relata para sua psicóloga que não gosta muito de seu trabalho, às vezes até
"pega um atestado" para ficar uns dias em casa, mas não costuma fazer muito isso. Ela cuida
de sua casa, mantém as contas em dia e realiza alimentação saudável. Valentina diz não ver
muita graça em sua vida, parece apenas seguir a diante, sem muitas esperanças. As vezes ela
vai ao cinema ou ao bingo com uma vizinha e diz gostar dessas atividades, apesar de não
poder fazer sempre. A paciente nega uso de substâncias, pensamentos de morte ou sintomas
psicóticos. A psicóloga de Valentina começa a pensar no diagnóstico CID10- F34.1 (Distimia).
Sobre essa hipótese diagnóstica, é verdadeira?

Sim. A hipótese diagnóstica está correta, a paciente não fecha critérios para o transtorno
depressivo maior, porém possuí
alguns sintomas depressivos e mantém sua funcionalidade.

12. A organizacão mundial de saúde estima que trezentos e vinte milhões de pessoas possuem
o diagnóstico de transtorno depressivo maior (TDM). O transtorno depressivo maior faz parte
do espectro dos transtornos de humor e possuí suas especificidades. Conhecer suas
características e critérios diagnósticos é a base para um bom trabalho do psicólogo. Sobre o
transtorno depressivo maior, descreva a o tratamento adequado:
- MEDICALIZAÇÃO. Neurologicamente a depressão está relacionada principalmente com os
neurotransmissores: serotonina, noradrenalina e dopamina..
- INVESTIGAÇÃO HEREDITÁRIAS. O transtorno depressivo maior pode possuir bases
hereditárias.
- TERAPIAS ALTERNATIVAS. A eletroconvulsoterapia (ECT) pode ser utilizada em casos
graves sem resposta terapêutica.
- PSICOEDUCAÇÃO. A psicoeducação é parte primordial do tratamento, consiste em
explicações claras ao paciente sobre seu quadro.

13. O DSM-5, assim como a CID-11, trazem a esquizofrenia, assim como outras patologias
com núcleos sintomáticos comuns sob a designação de "Transtornos do Espectro da
Esquizofrenia". Nesta nova designação, foram excluídas as diferenciações feitas para a
esquizofrenia nas outras versões de ambos os sistemas classificatórios (esquizofrenia
paranoide, esquizofrenia catatônica, esquizofrenia simples e esquizofrenia hebefrênica) e
mantidas as designações para os demais quadros psicóticos (Transtorno Esquizofreniforme,
Transtorno Esquizoafetivo, Transtorno Delirante, Transtorno Psicótico Breve e Transtorno da
Personalidade Esquizotípica). Acerca dos transtornos do espectro da esquizofrenia, o que se
destacam?

Dois sintomas negativos destacam-se na esquizofrenia: expressão emocional diminuída e


redução em atividades motivadas, assim como da autoiniciadas e de atividades com finalidade.
Sobre os critérios diagnósticos de transtorno esquizoafetivo, segundo o DSM-5, encontramos o
item que refere a seguinte indicação: ¿Em um período de doença ininterrupto, deve ocorrer um
episódio depressivo maior, maníaco ou misto em conjunto com sintomas típicos de
esquizofrenia.

14. (FAURGS - 2015). A designação "Transtornos Psicóticos" é atribuída a um grupo de


patologias cuja sintomatologia central apresenta a dinâmica de "desconectar o doente da
realidade vivida pelas demais pessoas de seu grupo social. Sobre os tipos de transtornos
psicóticos, considere as características abaixo e escreva em qual transtorno está inserido?!

I - A duração da psicose é maior do que um mês, e a duração dos sintomas é superior a seis
meses.
Esquizofrenia
II - Os sintomas duram pelo menos um dia e menos que um mês.
Transtorno psicótico breve
III - Os sintomas afetivos iniciam-se antes dos sintomas psicóticos.
Transtorno afetivo com sintomas psicóticos.

15. [IDCAP/2019 - adaptadal Transtornos de personalidade são observados quando tracos de


uma pessoa se tornam tão pronunciados, rígidos e mal-adaptativos que prejudicam o trabalho
e/ou funcionamento interpessoal. Essas mal-adaptações sociais podem causar sofrimento
significativo em pessoas com transtornos de personalidade e naqueles em volta delas.
Considere as afirmativas a seguir:
- Déficits sociais e interpessoais, marcado por desconforto agudo e reduzida capacidade para
relacionamentos íntimos, além de distorções cognitivas ou perceptivas e comportamento
excêntrico;
- Crenças bizarras ou pensamento mágico que influenciam o comportamento e não estão de
acordo com as normas da subcultura do indivíduo;
- Ansiedade social excessiva que não diminui com a familiaridade e tende a estar associada
com temores paranoides, em vez de julgamentos negativos acerca de si próprio. Qual
Transtorno da Personalidade que está sendo descrito segundo todas as afirmativas acima.

Transtorno da Personalidade Esquizotípica.

16. Uma paciente relata sempre ter tido muita dificuldade para tomar qualquer tipo de decisão
("Até sobre o que irei vestir, doutora! Perco muito tempo pensando, pedindo opinião... Isso
quando eu não peço que decidam por mim!"). Custa a conseguir fazer qualquer coisa por conta
própria, sente-se constantemente insegura e se preocupa com a possibilidade de "não ter
ninguém pra contar" Inclusive, ao descrever suas relações, fica evidente que ela não se sente à
vontade para expressar suas opiniões e vontades quando estas divergem do outro. Apresenta
ainda o padrão de emendar namoros, pois diz que "não consegue ficar só". Tomando por base
estas informações, marque a alternativa que apresenta o transtorno de personalidade poderia
ser pensado como hipótese de diagnóstico.

Transtornos da Personalidade Dependente.

17. Apesar de os casos mais típicos do transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) em geral não
serem de difícil identificação, trata-se de um quadro que faz fronteira com vários outros
transtornos mentais, o que pode dificultar o diagnóstico diferencial. TORRES, A. R. Diagnóstico
diferencial do transtorno obsessivo-compulsivo. Revista Brasileira de Psiquiatria, v. 23, n. suppl
2, p. 21¿23, out. 2001. O diagnóstico de Transtorno Obsessivo-compulsivo exige duas
condições de diagnóstico diferencial, isto é, o sujeito não pode exibir:

Espectro de esquizofrenia, nem a síndrome de Tourette; os sintomas de TOC devem preceder


aos sintomas depressivos (humor).

18. Juliana comparece a primeira sessão com sua psicóloga. Ela tem vinte e dois anos e está
cursando administração. Veio à consulta porque sua ginecologista a encaminhou com hipótese
diagnóstica CID-F32.1 (Episódio depressivo moderado). Sua mãe marcou, insistiu e a
acompanha na consulta. Juliana diz que nos últimos seis meses raramente vai as aulas, não vê
sentido em estudar, seja o que for. Sua mãe diz que ela não arruma o quarto, parou de ajudar
em casa e tem feito poucas refeições, emagreceu cinco quilos no último mês, passa o dia
"olhando para a tela da televisão" e muitas vezes "vira a madrugada assim. Quando a
psicóloga pergunta para Juliana se ela se sente triste a paciente dá uma resposta apática: "eu
não sinto nada, não ligo pra nada, não é tristeza, eu simplesmente não ligo". Ao ouvir esta
resposta a psicóloga fica em dúvida sobre a hipótese diagnóstica da ginecologista: pode
alguém que não sente tristeza estar com transtorno depressivo maior? Sobre o caso de Juliana
e a hipótese diagnóstica de episódio depressivo moderado o diagnóstico está correto?!

O diagnóstico está correto: nem todo depressivo identifica sentimentos de humor deprimido,
porém a anedonia está
presente junto com outros critérios.

19. Prefeitura de Santana de Parnaíba/SP - 2012 - Adaptada). Alterações dos estados afetivos
podem acontecer em qualquer um dos transtornos mentais hoje conhecidos e descritos pelos
sistemas de classificação diagnóstica (DSM-5 e CID-11, principalmente). Além disso, é comum
encontrarmos co-morbidades, fazendo com que o diagnóstico diferencial seja de extrema
importância para o reconhecimento clínico e conduta terapêutica. Com relação ao transtorno
esquizoafetivo é necessário que:

Dentro de um mesmo episódio do transtorno, delírios ou alucinações devem estar presentes


por, no mínimo, duas
semanas, na ausência de sintomas proeminentes de humor.

20. Existem casos nos quais observa-se mudanças na personalidade prévia de um indivíduo
por consequência fisiopatológica de alguma outra condição médica, como lúpus ou
traumatismo craniano. Escreva os exemplos corretos de subcategorias das Mudanças de
Personalidade devido a Outra Condição Médica.

Tipo lábil, tipo desinibido e tipo paranóide.

21. Transtorno de Acumulação é caracterizado pela dificuldade persistente de descartar ou se


desfazer de pertences. independente do seu valor real, em consequência de uma forte
percepção de necessidade de conserva-los e do sofrimento associado ao seu descarte. É
característico desse transtorno que :

O transtorno de acumulação contrasta com o comportamento normal de colecionar. que é


organizado e sistemático, mesmo que em alguns casos a quantidade real de pertences possa
Ser similar a quantidade acumulada por uma pessoa com transtorno de acumulação.

22. Estrelado por Leonardo DiCaprio, o filme : O Aviador; conta a história de Howard Hughes,
produtor, cineasta e pioneiro em aviacão nos Estados Unidos, que, após herdar a herança do
pai, se muda para Los Angeles para investir em seu primeiro filme: A trama mostra detalhes da
vida de Hughes, incluindo sua movimentada vida amorosa. suas extravagancias e
comportamentos ou os atos mentais exagerados, intrusivos e persistentes, que visavam
prevenir ou reduzir a ansiedade ou o sofrimento ou evitar algum evento ou situação temida por
ele: com comportamentos ou atos mentais sem uma conexao realista com o que visam
neutralizar ou evitar que o levam ao isolamento. A situação chega ao extremo quando ele se
tranca no quarto sem roupas, tentando evitar qualquer bactéria presente no ar, por isso tinha o
hábito de se afastar de tudo e todos. Neste caso. temos a descricao de um paciente com
quadro de:

Transtorno Obsessivo Compulsivo.

23. Os indivíduos que são preocupados com um ou mais defeitos ou falhas percebidas em sua
aparência física. que acreditam parecer feia, sem atrativos, anormal ou deformada. Esse é um
dos criérios diagnósticos de qual transtorno?

Transtorno Dismórfico Corporal

24. Analise o seguinte caso clínico: J.A. M, chega a uma emergencia de um grande hospital
geral e se queixa de sudore tremores, tontura, taquicardia e falta de ar que a deixa com a
sensacão que vai morrer. O exame detalhado não evidenciou nenhuma alteração cardíaca ou
neurológica. Relatou que esses sintomas estão cada vez mais frequentes e que já os sentiu
ando esta em casarazendo atividades rotineiras. A partir do relato apresentado pode-se afirmar
que se trata de sintomas relacionados a qual transtorno?!

Transtorno de Panico.

25. Os transtornos de ansiedade figuram, atualmente, entre os de maior prevalência entre os


brasileiros. Conforme o DSM-5. os transtornos de ansiedade diferenciam-se do medo ou da
ansiedade adaptativa por serem excessivos ou por persistirem além dos períodos apropriados
ao nível de desenvolvimento. A esse respeito, segundo o DSM-5, 03 opção que contenha
apenas transtornos de ansiedade.

Agorafobia, transtorno de pânico, mutismo seletivo

26. Sobre os Transtornos de Ansiedade, analise as assertivas e assinale a alternativa correta:


I. Os transtornos de ansiedade diferem entre si nos tipos de objetos e situações que induzem
ao medo e ansiedade.
II. Embora os transtornos de ansiedade tendem a ser altamente comórbidos entre si, podem
ser diferenciados pelo exame detalhado dos tipos de situações que são temidos ou evitados e
pelo conteúdo dos pensamentos ou crenças associadas.
III. Os transtornos de ansiedade se distinguem do medo ou ansiedade adaptativa por serem
excessivos ou persistirem além de períodos apropriados ao nível de desenvolvimento.
IV Cada transtorno de ansiedade é diagnosticado somente quando os sintomas não são
consequencia dos efeitos fisiológicos do uso de uma substancia/medicamento ou de outra
condição médica, ou quando não são mais bem explicados por outros transtornos mentais.
TODAS ESTÃO CORRETAS - As alternativas descrevem as condições diagnósticas que são
apresentadas no DSM-V. Os sintomas que caracterizam o medo e a ansiedade patológicos
diferem das sensações que experimentamos diariamente na nossa vida, pois não são
desencadeados pontualmente por eventos estressores. Nos casos diagnosticados de
transtornos de ansiedade, todas as respostas e reações são excessivas e/ou persistem por
muito tempo (cerca de seis meses ou mais), prejudicando a qualidade de vida do indivíduo.

27. O TOC (Transtorno obsessivo-compulsivo) se caracteriza por uma dinâmica


psicopatológica no qual há presença de Obsessões e compulsões. O que respectivamente, é
notadamente intensificado e relevante de ser observado nas obsessões e nas compulsões?

Ideias e comportamentos

28. Os Transtornos de ANSIEDADE diferenciam do medo ou da ansiedade adaptativos por


serem EXCESSIVOS ou persistirem além de períodos apropriados ao nível de
desenvolvimento Eles diferem do medo ou da ansiedade provisórios com frequência induzidos
por estresse. por serem PERSISTENTES.

transtornos de ansiedade: são excessivos: e são persistentes.


29. A característica essencial desse transtorno é o medo ou ansiedade acentuado ou intenso
desencadeado pela exposição real ou prevista a diversas situações. O diagnóstico requer que
os sintomas ocorram em pelo menos duas das cinco situações seguintes: 1) usar transporte
público, como automóveis, ônibus, trens, navios ou aviões; 2) permanecer em espaços abertos,
como áreas de estacionamento, mercados ou pontes; 3) permanecer em locais fechados, como
lojas. teatros ou cinemas; 4) permanecer em uma fila ou ficar em meio a uma multidão; ou 5)
sair de casa sozinho (DSM-5). Estamos falando de qual transtornos?!

Da agorafobia - A principal característica do transtorno de agorafobia é a resposta de medo ou


de ansiedade diante de situação em que o indivíduo precisa se expor a determinados locais
(que podem ser abertos, fechados, transportes públicos, entre outros).

30. No transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), o pensamento e a vontade do sujeito estão


afetados de modo tão singular que eles servirão de base para o psicodiagnóstico. Como se
estabelece a alteração específica desse transtorno?

Para assegurar a classificação diagnóstica para o transtorno obsessivo-compulsivo é


importante compreender de que modo o pensamento, a vontade e a psicomotricidade são
afetados. Inicialmente, são descartadas as alterações mentais que tenham base no delírio
(espectro esquizofrênico) e na depressão. Em seguida, confirma-se a obsessão pelos
pensamentos persistentes, invasivos e incontroláveis e a compulsão, por meio ações
estereotipadas e motivadas por regras que devem ser seguidas para se evitar uma
consequência trágica.

31. O diagnóstico de transtorno acumulativo (TA) precisa excluir o espectro esquizofrênico e


qualquer forma de depressão. Além disso, é necessário que seus sintomas tenham surgido
antes desses dois, ainda que possam apresentar alguma forma de correlação. O TA também
se diferencia do transtorno obsessivo-compulsivo porque, no primeiro, não existem ideias
invasivas e nem a presença de comportamentos estereotipados. Apresenta os seguintes
critérios:
I. Tem dificuldade para se desfazer de objetos, independentemente do seu valor verdadeiro.
II. Os objetos dos quais não consegue se desfazer dificultam a locomoção em casa.
III. Dificuldade de organizar os pertences.
IV. Não apresenta delírio e nem depreciação de si mesmo.

32. Para assegurar a classificação diagnóstica para a tricotilomania e o transtorno de


escoriação é importante ter em vista que eles não são desencadeados pela obsessão, isto é,
pelos pensamentos invasivos, tal como no transtorno obsessivo-compulsivo, mas pelos estados
emocionais, fundamentando sua natureza impulsiva e não compulsiva.

33. Para assegurar a classificação diagnóstica diferencial para o transtorno dismórfico corporal
temos quatro critérios. São eles: exclusão de transtorno de somatização; exclusão de delírio;
exclusão de transtorno de ansiedade e pânico; e exclusão de transtorno depressivo anterior.
Nesse caso, se mantém a característica compulsiva que pode consistir em se olhar
constantemente no espelho ou se arrumar exaustivamente.

34. Para que um distúrbio seja classificado como um transtorno relacionado ao transtorno
obsessivo-compulsivo, além de preencher os critérios das ideias obsessivas e os
comportamentos repetitivos, se faz necessário uma causa fisiopatológica que sustente o
diagnóstico. Nesse caso, ele pode ser “induzido por substância/medicamento”, “devido a outra
condição médica” ou “especificado”.

35. O transtorno de comportamento repetitivo focado no corpo se diferencia da ansiedade e do


transtorno de escoriação porque não é impulsivo e possui as qualidades obsessivas presentes.
Os outros termos são oriundos do Glossário de conceitos culturais de sofrimento, no anexo do
DSM-5, sendo o shubo-kyofu uma variante do taijin kyofusho relacionado ao medo de ter o
corpo deformado; o koro, como uma variante da síndrome de dhat, que é o medo da inversão
dos órgão sexuais podendo levar à morte; e o jikoshu-kyofu, também uma variante do taijin
kyofusho, mas que se refere ao medo de ter um odor corporal desagradável.
36. A fobia social é um transtorno que pode trazer muitos prejuízos para o indivíduo por causa
de suas características sintomatológicas. No que diz respeito aos sentimentos e ao
comportamento, entende-se como sintoma e sinal de fobia social o medo de situações em que
você pode ser julgado, bem como o medo de interagir com pessoas desconhecidas e de
demostrar sua ansiedade e apreensão em eventos sociais.

37. O transtorno de ansiedade generalizada deve ter sintomas primários de ansiedade na


maioria dos dias por, pelo menos, várias semanas e usualmente por vários meses. Pacientes
com esses transtornos apresentam os seguintes sinais e sintomas: apreensão constante e
tensão motora, pensamentos catastróficos e hiperatividade autonômica.

38. Em relação ao transtorno de ansiedade induzido por substância ou medicamento, considere

que TODAS as afirmativas estão corretas.

I. É recorrente a presença de ataques de pânico ou ansiedade proeminente que predominam

no quadro clínico.

II. Os sintomas de ansiedade se desenvolveram durante ou logo após a intoxicação ou

abstinência de substância ou após exposição a um medicamento.

III. A perturbação causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento

social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.

As asserções apresentadas configuram os principais critérios diagnósticos de um transtorno de


ansiedade induzido por substância ou medicamento. O que se observa principalmente nesses
pacientes é que o pânico ou a ansiedade é proveniente do consumo de alguma droga,
medicamento ou exposição a alguma toxina. Os sintomas geralmente ocorrem durante o uso
da substância, gerando uma condição de intoxicação ou no pós imediato, no período da
abstinência.

39. Em relação ao transtorno de ansiedade induzido por uma condição médica, considere que

TODAS as afirmativas estão corretas:

I. Doenças endócrinas (como hipertireoidismo) e distúrbios cardiovasculares (como arritmia)

podem incluir a ansiedade como um dos seus sintomas.

II. Para realização do diagnóstico, a perturbação não pode ser melhor explicada por outro

transtorno mental.

III. Para realização do diagnóstico, é necessário existir evidências, a partir da história, do

exame físico ou de achados laboratoriais, de que a perturbação é a consequência

fisiopatológica direta de outra condição médica.


As asserções apresentadas configuram os principais critérios diagnósticos de um transtorno de

ansiedade induzido por condição médica. Normalmente, os pacientes apresentam sintomas de

ansiedade ou ataques de pânico que aparecem por causa da descoberta (comprovada

clinicamente) de uma condição médica, incluindo diferentes doenças e alterações físicas.

40. Os transtornos somáticos giram em torno de sintomas físicos para os quais não se

consegue encontrar causas físicas. Assinale a alternativa que apresenta exemplos de

transtornos somáticos: Ansiedade e medo da doença.

Sintomas recorrentes em indivíduos com transtorno somático são a ansiedade e o medo em

relação a contrair determinada condição/doença e suas possíveis consequências, sendo muitas

vezes desproporcionais à realidade.

41. Em relação aos transtornos somáticos, o indivíduo acometido por esse tipo de transtorno

apresenta quadro emocional caracterizado por sintomas dolorosos sem necessariamente ter

uma relação detectada com alterações orgânicas. Quanto a esses transtornos, assinale a

alternativa correta:

O transtorno somático e diagnosticado quando a pessoa que se queixa de dor acredita estar

sofrendo de problema orgânico e busca, persistentemente, diagnóstico e tratamento medico,

não aceitando a negativa dos médicos quanto a possibilidade de haver doença física. - O

transtorno de sintoma somático promove pensamentos desproporcionais e persistentes sobre a

gravidade dos sintomas. O estado de ansiedade será persistentemente alto, gerando muita

atenção com a saúde e preocupações com doenças.

42. Estima-se que atualmente 320 milhões de pessoas ao redor do mundo tenham diagnóstico

de transtorno depressivo maior. No Brasil, quase 6% da população possuem o diagnóstico do

transtorno. Para que uma pessoa seja diagnosticada com depressão, é obrigatório que ela

apresente um ou dois sintomas específicos (e mais quatro de uma lista geral) por pelo menos

duas semanas, não sendo estes efeitos causados por substâncias, luto ou comorbidades.

Quais são os sintomas específicos do transtorno depressivo maior?


Humor deprimido a maior parte do tempo e/ou anedonia.

Segundo os critérios diagnósticos do DSM-V, é necessário que o paciente apresente, por duas

semanas consecutivas, humor deprimido a maior parte do tempo e/ou anedonia (falta de

prazer/sentido em desempenhar suas atividades). Pelo menos um desses dois sintomas deve

estar presente, juntamente com pelo menos mais quatro da lista geral.

Os sintomas psicóticos podem existir na depressão maior, mas não são um critério diagnóstico

obrigatório. Por outro lado, não existem episódios de mania no transtorno depressivo maior. Em

adição, o choro fácil pode ser uma característica do humor deprimido, podendo ser entendido

como um mesmo sintoma, mas não sendo um critério diagnóstico. Da mesma forma, a falta de

apetite pode ou não estar presente em um transtorno depressivo, não sendo um critério

diagnóstico obrigatório.

43. O tratamento para transtorno depressivo maior, assim como para todos os transtornos de

humor, inclui acompanhamento farmacológico, psicoterapia e psicoeducação constante.

Assinale a alternativa correta sobre psicoeducação.

Consiste em trazer informações claras ao paciente sobre o transtorno, ações da medicação,

efeitos colaterais, expectativas sobre o tratamento e formas de se envolver no processo. - A

psicoeducação é uma das peças-chave da psicoterapia, pois trabalha com a intensão de

instruir o paciente quanto ao seu transtorno, dizer o que é, quais os sintomas, explicar qual e

como será o tratamento, tudo isso de uma forma clara e objetiva, possibilitando o entendimento

e a compreensão de todo o cenário e processo de tratamento e também deve envolver os

familiares, que acompanharão de perto o tratamento. Esse processo é gradual e deve sempre

ser retomado com o paciente. A psicoeducação não foca apenas em eventos positivos, mas em

todos os aspectos do transtorno e tratamento que a pessoa irá realizar. Ela também não é um

processo de autoconhecimento, mas de conhecimento sobre o transtorno e o tratamento que

deve obrigatoriamente ser utilizada juntamente com psicoterapia e tratamento farmacológico e

não apenas após esses tratamentos.

44. A distimia ou transtorno depressivo persistente é um tipo de transtorno de humor que se

diferencia do transtorno depressivo maior pelo número de sintomas e pelo tempo de incidência.

Sobre a distimia, apenas estão corretas as afirmativas:


III – Dura mais tempo do que um episódio depressivo.

IV – Deve ser tratada com farmacologia, psicoterapia e psicoeducação.

A distimia pode ser explicada como um transtorno depressivo de sintomas mais brandos, mas

com maior tempo de sintomas. Não é caracterizada pela oscilação de humor e deve ser tratada

com farmacologia, psicoterapia e psicoeducação. A distimia não é um tipo de transtorno mais

grave do que a depressão clínica e nem se caracteriza por pensamentos suicidas.

45. O transtorno disfórico pré-menstrual acomete cerca de 8% das mulheres cis em idade

reprodutiva, é caracterizado por irritabilidade, dores, inchaços, humor deprimido, sentimentos

de menos valia, cansaço, ansiedade, apatia, oscilações de humor e insônia.Qual é a diferença

entre transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM) e tensão pré-menstrual (TPM)?

A TPM apresenta um número menor de sintomas sem grandes comprometimentos da rotina da

paciente, o TDPM apresenta incapacidade e comprometimentos.

TPM e TDPM possuem sintomas similares, porém no TDPM estes sintomas são mais graves e

representam grande comprometimento da rotina da paciente. Não existem sintomas psicóticos

e o tratamento para ambos consiste em farmacoterapia, psicoeducação e psicoterapia.

Importante destacar que não existem sintomas psicóticos no Transtorno Disfórico Pré-

Menstrual. Os sintomas de Transtorno Disfórico Pré-Menstrual podem durar no máximo três

semanas, cessando ao início ou final do ciclo menstrual. A TPM pode durar de dez a quinze

dias.

46. O transtorno afetivo bipolar (TAB) é caracterizado por profundos ciclos de alteração de

humor, sendo considerado um transtorno grave e crônico. Existe uma importante sub divisão

entre transtorno afetivo bipolar tipo I e transtorno afetivo bipolar tipo II. Qual a principal

diferença entre TAB I e TAB II?

Na TAB tipo I é preciso que o paciente tenha tido pelo menos um quadro maníaco, enquanto na

TAB tipo II os episódios são hipomaníacos.


A principal diferença entre TAB I e TAB II é a presença de pelo menos um episódio maníaco na

TAB I e a presença de pelo menos um episódio hipomaníaco na TAB II, não estão relacionadas

com o número de episódios. Portanto, é incorreto afirmar que o TAB tipo I tem sintomas mais

graves do que a TAB tipo II. Por outro lado, a mania envolve um processo psicótico de euforia,

quando podem surgir sentimentos de grandeza.

47. A ciclotimia ou transtorno ciclotímico é um transtorno de humor caracterizado pelo longo

tempo de incidência dos sintomas e pelas oscilações de humor. Sobre a ciclotimia, estão

corretas as afirmações:

I – Consiste em um formato mais brando do transtorno afetivo bipolar.

II – Pode durar anos, sem que o paciente receba um diagnóstico.

III – Não apresenta episódios maníacos e nem sintomas psicóticos.

IV – Os ciclos distímicos e hipertímicos costumam durar quatro dias.

O transtorno ciclotímico consiste em um formato mais brando do transtorno afetivo bipolar,

pode durar anos sem que o paciente receba um diagnóstico e não apresenta episódios

maníacos e nem sintomas psicóticos. Os ciclos distímicos e hipertímicos costumam durar

quatro dias.

48. Analise o seguinte fragmento clínico:

Um homem de 26 anos chega acompanhado por um de seus vizinhos em uma Unidade de

Atenção Básica à Saúde por apresentar comportamentos bizarros e perigosos. Há pelo menos

um ano, apresenta delírios e alucinações auditivas. Acredita que os vizinhos e familiares

conspiram contra a sua vida e que diariamente é informado pelo plano espiritual de que, de

fato, isso está acontecendo. Não consegue explicar como certas coisas acontecem com ele,

mas afirma escutar pessoas comentando seu comportamento, mesmo quando está

completamente sozinho e algumas dessas vozes, principalmente a de um homem, costuma lhe

dar ordens. Esses sintomas o levaram a ter um comportamento antissocial e irregular. Ele nega

uso de drogas, bebidas alcóolicas ou doenças. No exame do estado mental, foi observado

negligência no cuidado com a aparência e na higiene, além de verificar-se atividade intensa de

delírio (com características persecutórias). O afeto estava embotado e o pensamento

desorganizado. A hipótese diagnóstica levantada foi esquizofrenia.


Qual dos seguintes sintomas destacados do fragmento clínico pode ser associado aos

sintomas negativos das síndromes consideradas psicóticas?

O embotamento afetivo. - O embotamento afetivo é o sintoma, dentre os destacados,

característico de sintomas negativos por permitir identificar o estado afetivo real do paciente no

momento da avaliação.

49. Dentre as condições médicas abaixo listadas, qual costuma ser mais frequentemente

associada aos quadros de transtornos do espectro da esquizofrenia?

Esclerose múltipla. - A esclerose múltipla é uma das doenças/condições clínicas neurológicas

associadas a manifestações de sintomas característicos das síndromes do espectro da

esquizofrenia.

50. Leia com atenção o seguinte fragmento clínico:

Joshua é um homem de 43 anos que fica parado diariamente nas escadarias de um banco

local, na esquina de uma rua movimentada. Todos os dias ele usa um boné de time de futebol,

uma camiseta amarela, veste calções e tênis cor de laranja. Chova ou faça sol, dia após dia,

Joshua mantém seu posto no banco. Às vezes, ele fica conversando com pessoas imaginárias.

Sem provocação, ele soluça tristemente. De vez em quando, ele explode em acessos de

gargalhada. A polícia e os assistentes sociais continuam a levá-lo para abrigos destinados a

sem-teto, mas Joshua dá um jeito de voltar para a rua antes que possa receber tratamento. Ele

tem insistido repetidamente que essas pessoas não têm o direito de incomodá-lo.”

(WHITBOURNE; HALGIN, 2015, p. 141)

Considerando essa ocorrência como a de um quadro de esquizofrenia, identifique a alternativa

correta, tendo em vista o fragmento clínico:

Choros e risos imotivados, assim como conversar com pessoas imaginárias, podem ser

considerados como sintomas psicóticos com características positivas (sintomas positivos),

apoiando o diagnóstico de esquizofrenia. - Choros e risos imotivados são considerados

sintomas positivos que revelam as características destoantes das alterações do humor na

esquizofrenia. São entendidos como positivos ou produtivos porque revelam informações

importantes sobre o paciente, tendo em vista o diagnóstico.


51. Assinale a alternativa que apresenta as características clínicas associadas ao diagnóstico

de transtorno psicótico breve:

A duração dessa ocorrência clínica é de pelo menos um dia, e inferior a um mês, com eventual

retorno completo a um nível de funcionamento dentro dos parâmetros da normalidade. - A

consideração em relação ao diagnóstico do transtorno psicótico breve está relacionada à

dimensão temporal, devendo este apresentar sintomas característicos do espectro da

esquizofrenia em um período curto de tempo (dias ou semana), não chegando a completar um

mês de forma ininterrupta.

52. Tendo em vista o transtorno esquizofreniforme, analise as afirmativas a seguir:

I. Para o diagnóstico, devem estar presentes dois ou mais sintomas psicóticos, de forma

ininterrupta, por um período de pelo menos seis meses ou mais.

II. Caso sejam constatadas doenças ou associação dos sintomas com a ingestão de

substâncias psicoativas, o diagnóstico de transtorno esquizofreniforme deve ser descartado.

III. Caso seja necessária a emissão de um parecer diagnóstico de transtorno esquizofreniforme,

anterior ao tempo necessário para a recuperação do paciente, este deve vir acompanhado do

qualificador “provisório”.

IV. Para o diagnóstico é necessário que os sintomas que satisfazem os critérios para um

episódio de humor estejam presentes na maior parte da duração total das fases ativa e residual

da doença.

É correto o que se afirma nas afirmativas II e III. - Apenas as afirmativas II e III podem ser

consideradas corretas, pois apresentam os critérios diagnósticos para o transtorno

esquizofreniforme, segundo o DSM-5. Na afirmativa I, são expostos os critérios diagnósticos

para a esquizofrenia, e na afirmativa IV, os critérios para o transtorno esquizoafetivo.

53. Analise o seguinte relato apresentado por Whitbourne & Halgin (2015):

Na época em que desenvolveu um transtorno psicológico, Edward tinha 26 anos e trabalhava

para uma cadeia de lojas de conveniência. Embora a família e os amigos sempre o tenham

considerado incomum, ele nunca tinha apresentado sintomas psicóticos. Isso tudo mudou
quando ele se tornou cada vez mais perturbado ao longo de vários meses. Sua mãe pensou

que ele estivesse apenas “estressado” devido a seus problemas financeiros, mas Edward não

parecia preocupado com essas questões. Ele gradualmente desenvolveu delírios paranoides e

passou a se preocupar com a leitura da Bíblia. O que trouxe sua perturbação à atenção de

seus supervisores foi o fato de ele ter feito um pedido ao escritório distrital de 6 mil pães. Ele

tinha rabiscado em cima do formulário do pedido, “Jesus multiplicará os pães”. Quando

supervisores questionaram esse pedido inadequado, Edward ficou enraivecido e insistiu em

que eles estavam conspirando para impedi-lo de combater a fome mundial. Temas paranoides

e comportamentos bizarros também apareceram nas relações de Edward com sua esposa e

seus filhos. Após dois meses de comportamento cada vez mais perturbado, o chefe de Edward

exigiu que ele procurasse um psiquiatra. Com repouso e doses relativamente baixas de

medicamento antipsicótico, ele retornou ao funcionamento normal após algumas semanas de

hospitalização.” Qual diagnóstico está ilustrado por esse fragmento clínico?

Transtorno esquizoafetivo. - O fragmento clínico ilustra a ocorrência de um transtorno

esquizoafetivo, tendo em vista a ocorrência de sintomas psicóticos, sobretudo a do delírio e a

desorganização do comportamento, acrescidos de sintomas de alterações do humor com as

características da mania.

54. Analise o seguinte fragmento clínico:

O Sr. Arronson era um executivo muito bem-sucedido em uma grande empresa. Era inteligente,

trabalhador e um pouco competitivo. (...) estava feliz em seu casamento, tinha dois filhos e era

bem apreciado por seus amigos e colegas. (...) Certo dia, chegou ao escritório antes da sua

secretária. Aproximadamente às 9h, um técnico da empresa telefônica chegou para instalar um

telefone novo no seu escritório. A secretária não sabia que o Sr. Arronson já estava no

escritório, então mandou o técnico entrar sem anunciá-lo. Quando a porta do escritório abriu e

o Sr. Arronson viu um homem desconhecido carregando uma pesada caixa de metal e usando

uma jaqueta com o emblema da companhia telefônica, ele abriu a gaveta de sua mesa, tirou

um revólver calibre 38 e atirou contra o técnico! (...) O Sr. Arronson trabalhava em um negócio

competitivo no qual havia alguma “espionagem empresarial”, mas suas crenças eram

claramente delirantes. (...) Quando o técnico entrou no escritório sem ser anunciado

carregando uma valise de metal preta, o Sr. Arronson pensou que eles estavam vindo pegá-lo
e atirou em autodefesa.” (HOLMES, D. S. Psicologia dos Transtornos Mentais. Porto Alegre:

Artmed, 2001, p. 249)

Tendo em vista o transtorno delirante, indique o subtipo para o qual o conteúdo do delírio

aponta:

Persecutório - O conteúdo da narrativa do fragmento clínico aponta para o subtipo persecutório.

O texto apresenta de forma clara e direta que o Sr. Arronson, apesar de manter um excelente

funcionamento laboral e familiar, nutria fortes ideias persecutórias. Estava tão convicto da

perseguição que estruturou uma rede de recursos, desde a arma até as caminhonetes

espalhadas pela cidade, para defender-se e efetuar uma fuga frente ao esperado confronto.

55. Os transtornos do espectro da esquizofrenia são definidos por anormalidades que afetam

uma ou mais funções psíquicas, sendo as mais afetadas as relacionadas à sensopercepção

(alucinações), ao juízo (delírios), ao pensamento (desorganizado), à linguagem (discurso

desorganizado) e à psicomotricidade (comportamento motor grosseiramente desorganizado ou

anormal, incluindo a catatonia). Muitas combinações sintomáticas podem acontecer,

consequentemente, apresentações variadas de doenças com dinâmicas semelhantes, que para

serem diferenciadas, necessitam explicitar critérios para a classificação diagnóstica. Sendo

assim, qual dos critérios diagnósticos abaixo listados está relacionado ao transtorno da

personalidade esquizotípica?

Um padrão difuso de déficits sociais e interpessoais marcado por desconforto agudo e

capacidade reduzida para relacionamentos íntimos, além de distorções cognitivas ou

perceptivas e comportamento excêntrico, que surge no início da vida adulta e está presente em

vários contextos. - Segundo o DSM-5, o primeiro e principal critério diagnóstico para o

transtorno da personalidade esquizotípica é “um padrão difuso de déficits sociais e

interpessoais marcado por desconforto agudo e capacidade reduzida para relacionamentos

íntimos, além de distorções cognitivas ou perceptivas e comportamento excêntrico, que surge

no início da vida adulta e está presente em vários contextos”.

56. Sobre a experiência subjetiva do indivíduo com transtorno da personalidade paranoide, é

correto afirmar que enxerga sentido oculto em comentários e eventos com frequência. - O

padrão de desconfiança e de suspeita em relação ao outro é a característica essencial do

transtorno da personalidade paranoide. As suspeitas não costumam ser embasadas, os


ataques percebidos não são vistos pelos outros, não confia por supor intenção malévola nos

demais (e não por temer algo sobre si) e guarda rancor de modo recorrente

57. “Paciente chega para o atendimento com vestes claramente descombinadas, trazendo

consigo um regador que parece cumprir função de bolsa, visto que carrega nele sua carteira e

celular. Comenta ter percebido que as recepcionistas falavam sobre a sua mãe, mas não

consegue explicar o porquê. Parece ter ficado ansioso com isso, pois volta a tocar no assunto

em outros momentos da consulta, piscando os olhos mais rapidamente e com força quando o

faz”. O presente trecho poderia ser encontrado no prontuário de um paciente com qual dos

transtornos a seguir?

Transtorno da personalidade esquizotípica - A aparência excêntrica, a suspeita que criou em

cima de algo que viu (de que sua mãe era o assunto da conversa entre as duas recepcionistas)

e a ansiedade visivelmente crescente relacionada a esse evento, bem como a estereotipia com

os olhos – todos esses elementos ratificam o diagnóstico de transtorno da personalidade

esquizotípica.

58. A qual transtorno da personalidade corresponde a seguinte descrição: Instabilidade

emocional intensa; sentimentos crônicos de vazio; relacionamentos pessoais intensos e muito

instáveis, oscilando em curtos períodos de uma grande "paixão" ou "amizade" para "ódio" e

"rancor" profundos; atos repetitivos de autolesão, envolvendo-se em atuações perigosas (uso

de muitas drogas, dirigir embriagado em alta velocidade etc.)?

Borderline - O critério de instabilidade é muito característico do transtorno da personalidade

borderline. Aqui falamos de instabilidade tanto na expressão e vivência das emoções, como no

comportamento e nos relacionamentos. Em geral, podemos considerar também como muito

característico desse transtorno a sensação e queixa de um vazio existencial somado à

manifestação de impulsividade.

59. Uma paciente atendida pelo Serviço de Psicologia Aplicada de uma universidade

demonstra excessiva emotividade, que se manifestou no início da idade adulta. É visível o

desconforto que sente em situações nas quais não é o centro das atenções, quando as

pessoas de seu interesse ou amigos não respondem às suas atitudes de sedução. Exibe ainda

a tendência de considerar seus relacionamentos mais íntimos do que realmente são com as

pessoas ao redor. Fica incomodada com a inadequação, gerando uma exagerada


dramatização das emoções e dos sentimentos e uma comunicação muito alterada e agressiva.

Na descrição apresentada, identificam-se critérios para caracterização do transtorno da

personalidade histriônica. - Excessiva emotividade, almejar ser o foco de atenção, forçar uma

intimidade que não existe e apresentar discursos inflados são características típicas do

transtorno da personalidade histriônica.

60. Buscar urgentemente um novo relacionamento após um rompimento é um comportamento

característico do transtorno da personalidade dependente. - Por se sentir desconfortável ou

desamparado quando sozinho, devido a temores exagerados de ser incapaz de cuidar de si

mesmo, o indivíduo com transtorno da personalidade dependente busca rapidamente

preencher a vaga de seu “cuidador”. Com isso, ela costuma apresentar o padrão de emendar

relacionamentos.

61. Um homem de aproximadamente 30 anos relata, em sua primeira entrevista com uma

psicóloga, o seguinte: "Busquei ajuda, pois minha vida está muito confusa. Perco muito tempo

me preocupando com ordem, coisas perfeitamente arrumadas, faço listas das coisas para não

me atrapalhar e acabo perdendo tanto tempo que não consigo terminar o que comecei. Sempre

fui uma pessoa para quem, antes do lazer, vem o trabalho e tudo o que for de

responsabilidade. Consegui minhas coisas com muito esforço e por isso não as jogo fora

facilmente. Minha mulher reclama que guardo o que não preciso". A partir da queixa

apresentada, qual hipótese diagnóstica deve estar sendo considerada pela psicóloga?

Transtorno da personalidade obsessivo-compulsiva. - A partir do relato, podemos observar a

presença de três comportamentos típicos de indivíduos com transtorno da personalidade

obsessivo-compulsiva: o excesso de preocupação com ordem, organização e listas (“acabo

perdendo tanto tempo, que não consigo terminar o que comecei”; a contínua priorização do

trabalho (“sempre fui uma pessoa para quem, antes do lazer, vem o trabalho e tudo o que for

de responsabilidade”) e o apego aparentemente não justificável por coisas (“minha mulher

reclama que guardo o que não preciso”). Por isso, a psicóloga deve estar considerando esse

tipo de transtorno como provável diagnóstico.

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