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Tudo o que você precisa saber sobre transtorno mental

O transtorno mental é um mal silencioso, que pode estar presente


em qualquer fase da vida de uma pessoa. Seus reflexos acontecem
no âmbito psicológico e podem ter reflexos físicos dependendo do
estágio da doença.

A importância que as discussões sobre esse tema vêm ganhando é


positiva para quebrar tabus e preconceitos. Se
antigamente pacientes com transtorno mental eram facilmente
excluídos do convívio social, hoje eles têm mais chances de serem
acolhidos. Além disso, também há mais opções de tratamento
disponíveis.

Ainda não há maneira comprovada de prevenir o transtorno mental.


Sabemos, porém, que investir no bem-estar individual e das
pessoas em volta ajuda a melhorar a qualidade de vida.

A seguir, vamos entender quais são as principais questões


relacionadas ao transtorno mental.

Afinal, o que é transtorno mental?


O transtorno mental é uma disfunção da atividade cerebral que
pode afetar o humor, o comportamento, o raciocínio, a forma de
aprendizado e maneira de se comunicar de um indivíduo.

Por não ter sintomas físicos claros, os transtornos mentais foram


ignorados por muitos anos durante a história da medicina e só nas
últimas décadas passaram a ser estudados de forma mais
aprofundada.

Quais são os tipos mais comuns de transtornos mentais?


Os tipos mais comuns de transtorno mental são:

 depressão: quadro clínico caracterizado por uma tristeza


duradoura e perda do interesse por atividades
cotidianas;
 transtorno de ansiedade: medo, preocupação ou
agitação em excesso caracterizam esse distúrbio;
 transtorno bipolar: alterações de humor que alternam
momentos de depressão com sintomas de obsessão
(mania);
 demência: grupo de sintomas que se manifesta no
comportamento e nas interações sociais;
 transtorno do déficit de atenção: dificuldade de atenção
ou concentração, hiperatividade e comportamento
impulsivo;
 esquizofrenia: transtorno que afeta a sensibilidade de
uma pessoa e sua capacidade de interagir com outras;
 transtorno obsessivo-compulsivo: pensamentos que
levam a comportamentos repetitivos;
 autismo: distúrbio de desenvolvimento que, desde a
infância, prejudica a capacidade de uma pessoa se
comunicar e interagir com outras a seu redor;
 estresse pós-traumático: ocorre após uma situação de
perda ou perigo, quando uma pessoa vive ou presencia
algum episódio assustador. Pode resultar em ondas de
ansiedade ou um ataque de pânico diante de gatilhos
que façam o indivíduo se lembrar da situação.

Como identificar um transtorno mental


Mudanças de comportamento ou de humor, dificuldade
de raciocínio ou concentração, problemas para conviver com outras
pessoas ou expressar ideias com coerência, todos esses podem ser
sinais de um transtorno mental.

No entanto, nem sempre os sintomas são claros, até mesmo para a


pessoa que sofre com esse mal.

O ideal é observar como o comportamento de um indivíduo evolui e


buscar ajuda profissional para um diagnóstico preciso.

Quais são as causas do transtorno mental?


Transtornos mentais são o segundo motivo mais frequente dos
atendimentos de urgência, de acordo com a Associação Brasileira
de Psiquiatria.
Não existe uma causa definida para esse tipo de distúrbio. Os
avanços científicos, porém, já permitem estabelecer uma relação
entre fatores genéticos e a incidência desses casos.

Também existem questões que podem desencadear um distúrbio


mental, como luto, traumas ou uma situações de estresse intenso.

Além disso, a baixa qualidade de vida de uma pessoa e o abuso de


drogas também podem ser agravantes.

Como se dá o diagnóstico de um transtorno mental?


O diagnóstico de um transtorno mental é feito por profissionais
especializados em saúde mental: psicólogos, psiquiatras ou
psicanalistas.

Dependendo da gravidade do caso, é necessário encaminhar o


paciente para médicos especialistas em determinados tipos de
transtorno, ou mesmo recorrer à internação.

Identificar uma doença mental não é fácil. É preciso observar o


paciente e como ele reage a determinados estímulos ou questões
que precisa enfrentar.

Só que como nem todas as pessoas reagem da mesma forma a


estímulos, também o paciente que sofre com algum transtorno
mental também reagirá. Por isso, o diagnóstico de problemas
mentais pode até levar anos para ser definido.

Assim, o ideal é um acompanhamento de longo prazo para observar


a evolução do comportamento da pessoa.

Quando procurar ajuda psiquiátrica?


Situações que afastam uma pessoa de seu convívio social habitual
são um sinal de alerta. Para quem tem distúrbios mentais, ser
privado dessa convivência pode ser a última alternativa para manter
a sua segurança e a dos indivíduos à sua volta.

Quando as mudanças de humor, a dependência ou vício se


agravam, é hora de procurar um psiquiatra. O tratamento do
paciente pode envolver a prescrição de medicamentos e, por isso, a
orientação de um especialista é essencial.

Como é o tratamento desse tipo de distúrbio?


O tratamento de uma pessoa que apresenta sintomas de um
transtorno mental varia conforme o diagnóstico e a gravidade dos
sintomas.

Em algumas situações, como mencionamos acima, medicamentos


são recomendados para estabilizar as funções cerebrais.

Porém, quando o paciente oferece algum risco à sua própria


integridade ou à dos outros, é necessário interná-lo para realizar o
tratamento.

O objetivo principal desse procedimento é fazer com que a pessoa


retorne ao seu convívio e tenha uma vida com mais qualidade.

É possível prevenir um transtorno mental?


“Mente sã, corpo são” é um aforismo dos tempos da Roma Antiga.
Esse é apenas um dos exemplos de como há muito tempo percebe-
se a relação entre a saúde mental e o bem-estar de um indivíduo.

No entanto, o transtorno mental ainda não foi completamente


compreendido pela medicina. Justamente por tratar-se de algo que
não se manifesta de forma física, tem apenas reflexos no dia a dia
de uma pessoa, é mais difícil analisar seus sintomas.

Grandes avanços já foram conquistados e hoje temos mais


consciência do quanto a alimentação saudável, a atividade física e
o convívio social influenciam nossa mente. Há, inclusive, alguns
estudos que incluem um quarto pilar para a vida saudável: as
questões relacionadas à espiritualidade.

Mas nenhum desses avanços é mais poderoso do que o diálogo.


Falar sobre sentimentos está se tornando uma prática cada vez
mais comum devido à maior conscientização sobre a saúde mental.
Para quem convive com uma pessoa que apresenta sinais desse
tipo de distúrbio, é importante ter em mente que os sinais nem
sempre são claros, até mesmo para o próprio paciente.

Por isso, é importante criar um ambiente em que a pessoa se sinta


à vontade para se abrir e falar sobre o que sente.

E, como já vimos, é fundamental recorrer a especialistas que sejam


capazes de dar um diagnóstico preciso e indicar o tratamento mais
adequado. Quanto mais cedo as providências forem tomadas, mais
chances o paciente tem de se recuperar e ter uma vida mais
saudável.

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