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Editora : LeLivros
Como a ciência está cada dia muito avançada nos dias de hoje, estudos sobre
as entidades clínicas oferecem um espectro amplo de dificuldades tanto doutrinárias
quanto técnicas. Quando procuramos identificar, particularizar ou classificar os
transtornos mentais, encontramos questões e problemas advindos da história da
medicina e da psiquiatria, da ideologia, da maneira de pensar, do ambiente social,
da cultura vigente e até das opções políticas. Na individuação das enfermidades ou
doenças temos duas maneiras básicas de classificação: o modelo biomédico e o
modelo psicossocial.
O psicopata do cotidiano tanto pode ser um líder místico que convence seus
seguidores ao suicídio coletivo quanto um garoto que depreda patrimônio público e
posta foto de seu ato na internet. Mas seus traços de personalidade também
aparecem nos motoristas que perdem a cabeça no trânsito, nos vizinhos que vão
parar na delegacia após uma discussão no condomínio ou nos pais e nas mães que
fazem chantagem emocional com os filhos até levá-los a tomar atitudes contrárias às
suas vontades. Em maior ou menor grau, esses indivíduos deixam marcas em
nossas vidas. Compreendê-los e aceitá-los parte de um simples princípio: eles são
assim, não entendem o problema e se recusam a tratá-lo. No máximo, após um
longo processo de autoconhecimento, conseguem entender o mecanismo de
repetição de suas atitudes e minimizar seus efeitos.
Fica fácil compreender que mesmo quem já teve o problema identificado continua
não aceitando sua condição. Pessoas que convivem com indivíduos que têm
transtornos de personalidade também aproveitam a capilaridade da rede para dividir
suas experiências e buscar apoio. Muitas se classificam como vítimas e fazem
relatos dramáticos de agressões e abusos físicos e psicológicos.
O TIPO SANGUÍNEO
O TIPO FLEUMÁTICO
O TIPO COLÉRICO
O TIPO MELANCÓLICO
por sua vez, tende a ser introspectivo, sensível e reflexivo. E, pelo lado negativo, é
pessimista, rancoroso e solitário.
No caráter, podemos dizer que ele está associado à consciência que a pessoa tem
de si, dos outros e do mundo que a rodeia. O caráter seria a porção apreendida,
influenciada pelo temperamento e, ao mesmo tempo, capaz de influenciá-lo.
Portanto, por mais força que o componente biológico tenha na formação da
personalidade, as experiências vividas e o aprendizado contribuem para a equação
final, sempre dinâmica.
OS TIPOS
PERTURBADOS E PERTURBADORES
ESQUIZÓIDE
Em termos clínicos, pessoas com o estilo esquizóide apresentam uma faixa restrita
de expressão emocional. Elas parecem frias, distantes e indiferentes em suas
relações com o mundo, seja em casa, no ambiente de trabalho ou na sociedade.
Preferem atividades solitárias à convivência em grupo, se expressam de forma
restrita em contextos interpessoais e não demonstram reação emocional quanto
elogiados ou criticados.
A expressão facial desse indivíduo é neutra. Mesmo ao narrar uma tragédia, ele
costuma manter o tom de voz inalterado e impessoal,A prevalência do transtorno de
personalidade esquizoide é maior no sexo masculino. Os traços aparecem a partir
da infância. A criança brinca sozinha no recreio, tem poucos amigos e um
rendimento escolar abaixo da média. As características tornam o indivíduo um alvo
fácil para provocações.
ESQUIZOTÍPICO
PARANOIDE
As pessoas com esse traço afastam de si toda a “maldade” e projetam sua raiva e
hostilidade em figuras externas, o que pode levá-los ao fanatismo. Com facilidade,
aderem a seitas esotéricas, nas quais encontram um público com quem compartilhar
suas crenças paranóides. Aos olhos de um leigo, parece difícil acreditar que alguém
embarque nessas crenças infundadas, mas a capacidade de convencimento de
pessoas com esse transtorno de personalidade vai mesmo além da imaginação.
Alguns podem se tornar líderes messiânicos, envolvendo-se em causas sociaiS
ANTISSOCIAL
Os indivíduos do estilo antissocial sabem enganar e não têm freios morais. Portanto,
para conviver com um deles e não cair na armadilha de segui-lo a qualquer custo,
acompanhe os versos da velha canção: “É preciso estar atento e forte.” Acredite,
não será fácil. Eles têm um poder de encantamento e uma vitalidade muito
atraentes, ainda mais para pessoas que demonstram fragilidade emocional
BORDERLINE
O traço borderline é mais comum entre as mulheres. Não há cura, mas o passar do
tempo atenua as características. Dos 30 aos 50 anos, grande parte dos indivíduos
com esse transtorno conquista maior estabilidade afetiva e profissional. Muitas
vezes, o problema está associado a outros transtornos, como bipolar, depressivo ou
por uso de substância. Também são comuns as relações com quadros de bulimia.
Várias características se confundem com traços de bipolaridade, principalmente no
que se refere ao humor instável e às atitudes impulsivas.
Não raras vezes, pessoas com este traço são tratadas como se tivessem
transtorno bipolar e vice-versa. A diferença básica está na forma como a
instabilidade se apresenta. Os borderlines têm um padrão de comportamento
específico desde o início da vida adulta. Ou seja, esse é o jeito que agem no mundo.
Já o bipolar sofre crises e surtos, o que de alguma forma pode ser controlado com
medicamentos. Em resumo, é mais fácil estabilizar alguém com transtorno bipolar.
HISTRIÔNICO
NARCISISTA
DEPENDENTE
EVITATIVO
OBSESSIVO-COMPULSIVO