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1
Projeto Diretrizes
Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina
OBJETIVO:
Orientar e discutir o tratamento farmacológico e psicoterápico do TAS, lembrando
que esse transtorno ainda é subdiagnosticado e, portanto, pouco tratado, tendo um
início precoce, levando à doença crônica incapacitante e com prevalência estimada
de 13% da população. O diagnóstico e o tratamento precoce do TAS devem ser
sempre estimulados.
CONFLITO DE INTERESSE:
Os conflitos de interesse declarados pelos participantes da elaboração desta diretriz
estão detalhados na página 13.
Introdução
Embora esteja bem estabelecido que as tratarem os sintomas depressivos. Após a es-
comorbidades associadas ao TAS aumentam a colha terapêutica é importante que se procure
gravidade e prejuízo associado do TAS, o im- por sintomas residuais de ambas as condições,
pacto da depressão no tratamento dos pacientes no intuito de obter remissão completa dos
com TAS é pouco explorado na literatura. Em sintomas e evitar recaídas em médio e longo
um estudo que avaliou a eficácia da fluoxetina prazo6(B). O impacto da depressão em pacien-
e TCC no TAS, evidenciou-se que a presença tes com TAS está na presença de maior taxa
de sintomas depressivos em pacientes com TAS de abandono do tratamento5(A).
foi associada a quadro mais grave de TAS e pior
evolução do tratamento ao longo do tempo. 2. Qual é o impacto da comorbidade com
Além disso, pacientes que abandonaram o tra- abuso e dependência de álcool e drogas
tamento apresentavam maior taxa de sintomas ilícitas no tratamento de pacientes com
depressivos5(A). TAS?
Estudos que investigaram o papel da de- Pacientes com TAS apresentam risco
pressão na resposta dos pacientes com TAS aumentado de apresentarem comorbidade
e TCC demonstram que essa comorbidade com dependência ao álcool9(A), assim como
parece não afetar a resposta terapêutica em alta prevalência de uso de álcool e drogas
curto prazo 6,7(B). Em um desses estudos, ilícitas10(D). O uso de álcool é associado a
no entanto, pacientes com depressão de- maior frequência de comorbidades, como
monstraram ser mais propensos a recair dos transtornos de humor e de personalidade,
sintomas de TAS no seguimento, sugerindo a enquanto que o uso concomitante de álcool
necessidade de uma intervenção adicional para e drogas ilícitas aumenta ainda mais a proba-
manutenção dos ganhos da TCC em pacientes bilidade de incidência de outras comorbidades
com depressão6(B). A TCC para depressão em psiquiátricas e está associado a pensamentos
pacientes com comorbidade com TAS parece de morte e tentativas de suicídio10(D). Pa-
apresentar resultados satisfatórios para ambas cientes com TAS são mais propensos a usar
as condições8(A). o álcool em situações de desafeto, pressão ou
censura social11(A), com prevalência estimada
Recomendação desse uso em 3,3%10(D).
Recomenda-se, nos casos de TAS e comor-
bidade com depressão, que a opção terapêutica Pacientes com TAS e dependência ao álcool
seja útil no tratamento de ambas as condi- apresentam prejuízos funcionais em diversos
ções. Portanto, as opções de primeira escolha domínios, incluindo perda do suporte social,
para o TAS, como os inibidores seletivos da menor satisfação nas relações interpessoais e
recaptação de serotonina (ISRS), inibidores maior tendência à manifestação de doenças
da recaptação de serotonina e noradrenalina físicas. No TAS comórbido com álcool e dro-
(IRSN) e TCC8(A), têm evidências de indica- gas, há maior busca por profissionais de saúde
ção. Os benzodiazepínicos devem ser evitados e maior utilização de medicação para controle
como opção terapêutica nesses casos, por não dos sintomas. Assim, a necessidade de maior
assistência mental e física em pacientes com onde 68,4% dos pacientes sem comorbidades
TAS e dependência de álcool resultam em gran- e 70,6% dos pacientes com comorbidades
des custos pessoais e sociais11(A). A presença de obtiveram remissão do TAS. Os pacientes que
TAS não aumentou o risco para abuso de álcool permaneceram com as comorbidades após o
(OR=1,23, IC 95%, 0,97-1,57, p=0,09), tratamento, apresentavam menor suscetibili-
mas aumentou significativamente a chance de dade a apresentarem remissão dos sintomas do
dependência de álcool (OR=2,26, com IC 95% TAS13(B).
1,88-2,70, p<0,001)11(A).
Na terapêutica farmacológica, pacientes com
Recomendação TAS e transtorno do pânico (TP) comórbido
A presença de TAS é fator de risco para receberam tranilcipromina, um inibidor da mo-
dependência de álcool, independente da presen- noamina oxidase (IMAO), durante 12 semanas,
ça de depressão ou ansiedade e para qualquer com doses de 30 mg/dia ou 60 mg/dia. Não
idade e gênero, devendo merecer mais atenção houve diferença na eficácia da medicação na
no diagnóstico desse fator de vulnerabilidade redução de ataques de pânico, onde o grupo de
potencial9(A). Na maioria (80%) dos indiví- 30 mg/dia teve os ataques de pânico reduzidos
duos com essa comorbidade, o TAS precedeu em 69,6% e o grupo de 60 mg/dia em 74,8%.
a dependência do álcool, e o impacto dessa A dose de 60 mg se mostrou mais eficaz na
comorbidade aumenta os custos pessoais e diminuição de sintomas de ansiedade social (30
sociais11(A). mg=−17,9 ± 14,7 e 60mg −35,0 ± 14,8).
Dessa forma, apesar da dosagem maior ter
3. Qual é o impacto da comorbidade com sido necessária para a melhora do TAS, o TP
outros transtornos de ansiedade no comórbido não pareceu afetar o desfecho do
tratamento de pacientes com TAS? tratamento farmacológico do TAS14(A).
além de fornecer um ambiente menos ame- 0,91 ± 0,2229(B) até 0,59 ± 0,1028(B). Os
drontador para o paciente, porém, apesar da sua sintomas do TAS também foram reduzidos
maior eficácia, deve-se considerar o contexto de nesses tratamentos.
aplicação, no qual realizar uma terapia em grupo
pode significar um custo mais baixo e maior Devido ao importante papel que uma parte
número de pacientes atendidos. dos pais de crianças com TAS exerce sobre o
quadro, como solucionar os problemas pelos
Recomendação filhos e reforçar a esquiva social, alguns estudos
Os formatos de TCC se mostram eficazes demonstraram que o envolvimento dos fami-
para o tratamento do TAS, porém quando liares no tratamento produz resultados mais
comparadas, a terapia individual se mostra mais eficazes25,28(B).
eficaz20(B). É importante levar em consideração
o contexto de aplicação destas, já que, por exem- Em estudos somente com adolescentes, a
plo, em um contexto onde há muita necessidade TCC mostrou-se mais eficaz no tratamento dos
de tratamento, realizar uma terapia em grupo sintomas do TAS e de comorbidades frequentes,
apresenta um custo mais baixo e evita deixar como a depressão, quando comparada à terapia
pacientes em lista de espera. de suporte educacional-familiar30(B). O trata-
mento psicológico que combina treinamento
6. Qual é o tratamento psicoterápico do em habilidades sociais, reestruturação cognitiva
TAS em crianças e adolescentes? e exposição gradativa é apontado como o mais
eficaz para crianças, adolescentes e adultos.
Estudos evidenciam que o tratamento psico-
terápico mais eficaz com crianças e adolescentes Recomendação
com TAS é o cognitivo-comportamental. Ao O tratamento cognitivo-comportamental
comparar vários tipos de TCC para tratamento é apontado como o tratamento psicoterápico
com crianças com TAS não houve diferenças mais eficaz para o TAS infantil/adolescente,
significativas entre tratamento individual ou em produzindo melhora significativa em parâmetros
grupo, e o envolvimento dos pais foi eficaz nas do TAS26(A).
duas formas de terapia25(B).
o grupo com a droga ativa apresentou taxas de de dependência e também coloca essa medicação
resposta (58% vs. 33%, NNT=4) e remissão como uma opção de segunda linha no trata-
(31% vs. 16%, NNT=7) superiores, tanto em mento do TAS.
baixas doses (75 mg/dia) como em altas doses
(150 mg e 225 mg/dia)49(A). Outros estudos Bloqueadores
encontraram resultados similiares50-52(A), apon-
tando que a venfalaxina é uma medicação eficaz, Embora muito utilizados na prática
segura e bem tolerada no tratamento do TAS. clínica, os bloqueadores (atenolol, pindolol,
propranolol) não apresentam evidência de
IMAO superioridade no tratamento do TAS em
relação ao placebo. A recomendação de seu
A fenelzina, um IMAO irreversível, de- uso limita-se a situações de performance,
monstrou-se bastante eficaz no tratamento do que não fazem parte da rotina do indivíduo,
TAS53(B), porém deve ser usada com cautela, visando reduzir sintomas somáticos associados
devido ao risco de reação hipertensiva grave à ansiedade de desempenho58(A).
quando a dieta rígida não é controlada pelo
paciente54(B). Em ensaios clínicos, os IMAOS, Recomendação
juntamente com BZD e ISRS, se mostraram Os ISRS - sertralina, paroxetina, fluvoxa-
superiores no tratamento do TAS, porém a mina e escitalopram e os IRSN (venlafaxina)
maior evidência de tolerabilidade e eficácia foi são utilizados como primeira escolha para o
associada aos ISRS55(A). tratamento do TAS31(A). Os benzodiazepínicos
(clonazepam) devem ser usados com cautela (e
BZD apenas em pacientes sem história de depen-
dência), como uma segunda opção terapêutica,
Os BZDs (clonazepam, bromazepam, alpra- assim como os IMAO (fenelzina), pela presença
zolam) são usados frequentemente no tratamen- de efeitos adversos no caso de não aderência às
to dos transtornos ansiosos. O clonazepam, nas recomendações dietéticas56(A). Os bloqueado-
doses entre 0,5 e 3 mg/dia, mostrou-se efetivo res devem ser utilizados apenas nas situações
no tratamento do TAS, com taxas de resposta de circunscritas de performance31(A).
78,3% versus 20% do grupo placebo. No geral,
o clonazepam foi bem tolerado, porém o grupo
em uso do mesmo apresentou mais tonturas e 8. Qual é o tratamento medicamentoso
instabilidade postural que o grupo placebo56(A). do TAS em crianças e adolescentes?
Da mesma forma, o bromazepam mostrou- Infelizmente, pouca atenção tem sido dada
se efetivo em um estudo de 12 semanas57(A). ao uso de medicação no TAS em crianças e
O único ensaio clínico que avaliou eficácia do adolescentes. Alguns estudos abertos com ISRS
alprazolam falhou em mostrar eficácia dessa têm mostrado resultados promissores, apontan-
medicação2(A). O risco de abuso e dependência do os ISRS como medicações de primeira linha
contraindica seu uso em pacientes com história de tratamento do TAS nessa população.
Um período mínimo de 24 semanas após também se mostrou eficaz para os dois tipos
remissão dos sintomas fóbicos sociais tem sido de TAS, com dosagem média de 150 mg/dia,
considerado para evitar possíveis recaídas64,65(A), em um estudo duplo cego de 12 semanas47(A).
porém períodos mais prolongados podem ser
necessários. No TAS circunscrito, para o tratamento
da ansiedade de performance, frequentemente
Recomendação são recomendados os bloqueadores e benzodia-
Recomenda-se período mínimo de manuten- zepínicos, que melhoram a sintomatologia fi-
ção do tratamento medicamentoso em pacientes siológica do TAS no momento da exposição, e
com TAS por 24 semanas64,65(A), porém poucos não em longo prazo. Porém, faz-se importante
estudos abordam o tratamento em longo prazo. lembrar que essas medicações não tratam as
comorbidades frequentemente associadas ao
TAS e devem ser usadas com cautela, pelo
10. Há diferenças no tratamento do TAS risco de dependência (BZD)69(A).
circunscrito e generalizado?
Recomendação
Das poucas pesquisas que avaliaram as dife- No tratamento psicoterápico do TAS, per-
renças nos resultados do tratamento psicoterápico cebe-se que a gravidade da sintomatologia fóbica
em pacientes com os subtipos de TAS, todos social do grupo TAS generalizado é um preditor
foram realizados com TCC em grupo. Em um negativo para a remissão de prejuízos da vida do
estudo realizado, o subtipo circunscrito respon-
indivíduo, embora este se beneficie significati-
deu significativamente melhor a TCC do que o
vamente e apresente melhoras importantes pela
subtipo generalizado (79% versus 47%), embora
terapia comportamental66(B). No tratamento
os dois tenham apresentado melhora66(B); já em
farmacológico, o pequeno número de estudos
outro, os subtipos não diferiram quanto à melho-
não permite o desenvolvimento de conclusão.
ra geral, porém o subtipo circunscrito terminou
a terapia com melhor índice de funcionamento
(grau de comprometimento pelo TAS)67(B). 11. Há diferenças na resposta terapêutica
no TAS de início precoce e no de início
tardio?
Os estudos farmacológicos são, em sua
grande maioria, conduzidos com pacientes com
o TAS de subtipo generalizado, uma vez que Poucos estudos abordam a influência da ida-
selecionar pacientes com apenas uma limitação de de início do TAS na resposta terapêutica. Um
social que procurem os serviços de saúde não é estudo brasileiro não encontrou diferenças entre
comum. Em uma revisão da literatura, a partir pacientes com TAS de início precoce (<18
da avaliação de três ensaios duplo-cegos de 12 anos) e de início tardio (≥18 anos) na resposta
semanas controlados com paroxetina (20-50 medicamentosa70(B). No entanto, os pacientes
mg/dia), não foram encontradas diferenças com início precoce apresentaram prevalência
nas respostas ao tratamento entre o grupo cir- aumentada do subtipo generalizado e maior
cunscrito e generalizado68(A). A fluvoxamina número de comorbidades psiquiátricas70(B).
Recomendação Recomendação
Parece não existir diferenças entre o TAS Recomenda-se boa avaliação do mutismo
de início precoce e de início tardia com relação seletivo e acompanhamento para afastar forma
à terapêutica70(B). mais grave e precoce do TAS72(B).
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