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Escola Superior de Enfermagem do Porto

Curso de Licenciatura em Enfermagem


4º Ano – Ano Letivo 2013/2014 D
Ensino Clínico: Saúde Mental e Psiquiatria
Serviço – C4 Internamento Agudos

ATIVIDADE TERAPÊUTICA
PLANEAMENTO DA ATIVIDADE 2: “O QUE SINTO EM Professora orientadora:
PINTURA E DESENHO!”
Isilda Ribeiro

Enfermeiras tutoras:
Enfª Fernanda
Enfª Cecília
Enfª Maria Inês

Trabalho realizado por


(Grupo 3):
Carla Costa | ep3914
Diana Carvalho | ep3452
Joana Carvalho | ep3466
Tânia Silva | ep3497
INTRODUÇÃO

No âmbito da unidade curricular do Ensino Clínico de Saúde Mental e Psiquiatria,


presente no plano curricular 2013/2014, do quarto ano, do Curso Licenciatura em
Enfermagem, da Escola Superior de Enfermagem do Porto, foi proposta a elaboração de
atividades terapêuticas em grupo com os utentes do serviço C4 – Internamento Agudos,
tendo em conta um foco de atenção em Enfermagem, mediante as necessidades dos
mesmos, tendo como objetivo a promoção e manutenção da saúde dos utentes em
internamento.
O tema e foco de atenção de Enfermagem selecionado para a realização das
atividades terapêuticas é as emoções. É um tema pertinente, uma vez que as emoções no
campo da saúde mental e psiquiatria é considerada uma área bastante complexa e de
grande interesse. Em psiquiatria, o foco emoções está integrado em cada utente que,
dependendo da sua patologia, da sua experiência de vida e história atual, expressa ou não
de forma diferente os seus pensamentos, emoções e sentimentos.
No decorrer do ensino clínico, verificou-se uma dificuldade acrescida em tentar
gerir e encorajar a expressão de emoções. Desta forma, com a atividade pretende-se que
os utentes expressem os seus sentimentos positivos, negativos e reprimidos, através do
desenho e da pintura reduzindo assim, a barreira criada pelo utente e promover a interação
e comunicação com outros utentes a até mesmo com os profissionais de saúde podendo
trazer benefícios a longo prazo.
Todo o processo desenvolvido para o planeamento de uma atividade requer por
parte do grupo a demonstração das competências necessárias para o desenvolvimento do
processo de pensamento em enfermagem. Assim, a atividade foi desenvolvida
inicialmente, com a justificação teórica, tendo como base fundamentação científica
credível. Seguidamente explica-se a atividade tendo em conta o público-alvo, objetivos,
focos de atenção em enfermagem, critérios de inclusão e de exclusão e avaliação dos
resultados. Por fim, é descrita a atividade tendo em conta todas as fases de planeamento,
duração, metodologia e intervenções.
No final é apresentada uma pequena conclusão em relação à atividades
apresentada e ao seu planeamento.
1. ENQUADRAMENTO TEÓRICO: ARTETERAPIA NA SAÚDE MENTAL

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a saúde mental é caracterizada por


um: “ estado de bem-estar no qual o indivíduo realiza as suas capacidades, pode fazer
face ao stress normal da vida, trabalhar de forma produtiva e frutífera e contribuir para a
comunidade em que se insere” ([cit. por] Câmara Municipal de Lisboa, 2012 p. 7). Sendo
assim, a Comissão das Comunidades Europeias (COM, 2005) defende que sem saúde
mental não existe saúde, uma vez que a saúde mental “abre aos cidadãos as portas da
realização intelectual e emocional, bem como da integração na escola, no trabalho e na
sociedade.” (COM, Comissão das Comunidades Europeias, 2005 p. 10)
O conceito de saúde mental atual ainda é bastante desvalorizado sendo que,
segundo a OMS (2001), se observa um aumento do número de doentes com perturbações
mentais ou comportamentais e um decréscimo do número de pessoas a receber tratamento
na área. A OMS destaca a importância da saúde mental desde a sua origem, sendo isso
refletido na própria definição de saúde: “estado de completo bem-estar físico, mental e
social e não simplesmente a ausência de doença”. (OMS, Organização Mundial de Saúde,
2001 p. 30)
Atualmente sabe-se que, grande parte das doenças físicas ou mentais são
influenciadas por um conjunto de fatores biológicos, psicológicos e sociais. Encontra-se
validado que as patologias mentais afetam qualquer faixa etária de qualquer país ou
género, causando sofrimento ao próprio indivíduo, às suas famílias e sociedades
envolventes. Segundo a linha de reflexão de Espinosa (1998, p. 17) “a doença mental
consiste, de forma empírica, num desequilíbrio psíquico que se pode manifestar através
de vários sinais e sintomas, e que dificulta o desenvolvimento da vida habitual da pessoa.”
Por esta razão, a promoção da saúde mental torna-se uma área de atenção fulcral e
essencial para que a sociedade possa continuar a crescer de forma saudável e equilibrada.
Hoje em dia, ter saúde mental é fundamental para o desenvolvimento de um corpo
saudável e, consequentemente, uma vida feliz e autêntica, que se sobrepõe ao stress do
dia-dia e da sociedade.
Segundo Smith et al. (2014), a saúde mental pode também ser denominada de
saúde emocional, uma vez que se refere ao bem-estar psicológico de um indivíduo. Isto
é, inclui a forma como a pessoa se sente relativamente a si mesma, a qualidade das
relações que estabelece e a sua capacidade de gerir os sentimentos e emoções aquando
das dificuldades. Os mesmos autores referem ainda que: “Ao ser emocional e
mentalmente saudável, não quer dizer que nunca se irá experienciar maus momentos ou
problemas emocionais.” (SMITH, et al., 2014). Isto sugere que algumas pessoas com
saúde mental preservada, têm a capacidade de ultrapassar as dificuldades, traumas e
stress, ao que os autores chamam de resilience. A resiliência define-se como a
“capacidade de reconhecer as emoções e expressá-las de forma apropriada, ajuda a evitar
a depressão, ansiedade ou outros estados de humor mais negativos. Outro fator-chave é
ter um grande grupo de apoio. Ao ter pessoas em redor que se possa confiar e incentivar,
poderá, eventualmente, ajudar a ultrapassar momentos difíceis. (SMITH, et al., 2014)
De acordo com Philippini (2004 cit por: MENDONÇA, 2013) “a arteterapia
consiste em um dispositivo terapêutico que reúne conhecimentos de diversas áreas,
constituindo-se como uma prática transdisciplinar, propondo resgatar o homem em sua
totalidade por meio de métodos de autoconhecimento e transformação.”
Para Almeida (2006), a arteterapia permite aos doentes exprimirem e
comunicarem as suas ideias e emoções, aumentando a sua auto-estima, expressão
emocional e diminuição da ansiedade.
A criação artística é uma atividade terapêutica, uma via de contato do doente com
suas emoções (CAVALCANTI, 2003). Proporciona à pessoa com transtorno mental,
inúmeras oportunidades, como a liberdade de expressão, sustentação da sua autonomia
criativa e aumento do conhecimento sobre o mundo, adequando seu desenvolvimento
emocional e social (MENDONÇA, 2013). É também um meio de estimulação à expressão
artística, ao qual os doentes possam se auto-observar, refletindo sobre o seu
desenvolvimento pessoal, aptidões, preocupações e conflitos (CARVALHO, 2001).
Silveira (1999, cit por: Almeida, 2006),

“Acreditava que, através do processo artístico, pode-se compreender o mundo


interno dos pacientes e suas diversas formas de expressão artística, compreendendo o
mundo interno dos pacientes, com suas imagens, músicas, danças e
dramatizações”…”As imagens percebidas ou criadas dispõem de grande valor
simbólico, comunicacional e expressivo. Elas surgem através da imaginação, oriundas
do consciente ou inconsciente. São reprodutoras de perceção e memória, que auxiliam
no desenvolvimento criador, interpretativo e na saúde mental das crianças e dos
adolescentes ou de qualquer outro indivíduo.”

Valladares (2004) é da mesma opinião, referindo que a expressão da emoção e da


sensação através da arte é a própria expressão do inconsciente, pois ao produzir, o
indivíduo pode estabelecer uma linguagem com o meio. Assim, através da produção
artística poderá haver uma reinvenção do quotidiano e a aproximação do indivíduo doente
ao mundo social.
Para Withrow (2004), a prática do desenho é baseada no conceito de que as
emoções mais profundas são expressas na forma de imagens no inconsciente da mente.
Este fenómeno deve-se à dicotomia existente entre o “cérebro esquerdo” e o “cérebro
direito”. O primeiro, predominantemente relacionado com a comunicação verbal, é
analítico e crítico, e por isso, apenas refere aquilo que se pensa sentir. O segundo,
predominantemente relacionado com a comunicação visual (imagens), é simbólico e
emocional e refere o que realmente se sente. Por este motivo, quando os clientes falam
acerca das emoções, o que transmitem é, na maioria das vezes, filtrado pelo “cérebro
esquerdo”, decorrente das expectativas culturais e também, por vezes, da limitação das
palavras.
Wanderley (2002, cit por: SANTOS, 2008) refere que a “presença da arte, como
os ateliês de pintura e escultura, oficinas de dança, literatura, música, entre outros, nas
instituições psiquiátricas, facilita a expressão criativa do sujeito e pela qual os doentes
podem recorrer como uma forma de se comunicar com o mundo e de se reestruturarem
internamente”.
A pintura possibilita a fluidez dos sentimentos e o desenho ajuda o doente a se
organizar internamente (MENDONÇA, 2013). O uso do lápis, das cores, das mãos
pretende que o doente use a arte plástica para comunicar, para auxiliar no despertar das
sensações, aguçando a sensibilidade, a perceção e permitindo a vivência de momentos
mais soltos e lúdicos. [PHILIPPINI, 1996, p.3-4].
Mendonça (2013) refere igualmente que a experimentação e utilização dos
recursos materiais como a pintura e o desenho no ambiente terapêutico contribuem para
sensibilizar a perceção, a sensação, permitindo a vivência de momentos lúdicos, ao qual
os doentes podem experienciar o trabalho corporal como forma de se perceberem,
conhecerem e se integrarem.
2. ATIVIDADE TERAPÊUTICA: O QUE SINTO EM PINTURA OU
DESENHO!

2.1. OBJETIVOS

Os objetivos representam os resultados que se pretende atingir, sendo divididos


em gerais e específicos (Nunes, 2010).
Os objetivos gerais surgem como enunciados de intenções que descrevem os
resultados esperados, ou seja, indicam-nos o que se pretende que a população alvo adquira
após a conclusão do projeto. Por sua vez, os objetivos específicos são indicadores de
conhecimento e aptidões que os formandos devem adquirir á medida que o projeto é
desenvolvido (Nunes, 2010).

2.1.1. Objetivos gerais

Foram definidos os seguintes objetivos gerais:


 Promover a capacidade para desempenhar atividades de lazer;
 Promover e facilitar interação de grupo;
 Diminuir o isolamento social;
 Promover o bem-estar físico, mental e social;
 Promover o desenvolvimento da concentração;
 Promover a expressão de emoções através do desenho e da pintura.

2.1.2. Objetivos específicos

A avaliação de um objetivo geral só é possível se este for traduzido em termos


concretos e específicos (Mão de Ferro, 1999 cit. in Nunes 2010). Assim, pretendemos:
 Aumentar a autoestima, expressão emocional, fluidez dos sentimentos e
diminuição da ansiedade dos doentes;
 Desenvolver a capacidade de concentração por parte dos doentes;
 Promover a aproximação do utente ao mundo social;
 Gerar melhoria do bem-estar nos doentes, com maior satisfação e vontade de
viver.

2.2. FOCOS DE ATENÇÃO EM ENFERMAGEM

Foco Principal:

 Emoção – “Processo psicológico: sentimentos conscientes ou subconscientes,


agradáveis ou dolorosos, expressos ou não expressados; podem aumentar com o
stress ou com a doença” (CIPE 2.0)

Focos secundários:

 Isolamento social – “Status comprometido” (CIPE 2.0)


 Concentração – “Cognição: atenção focalizada e atividade mental para armazenar
e recordar o conhecimento” (CIPE 2.0)
 Comunicação – “Comportamento Interativo: Dar e receber informações utilizando
comportamentos verbais e não-verbais, face a face ou com meios tecnológicos
sincronizados ou não sincronizados” (CIPE 2.0)
 Capacidade para desempenhar atividades de lazer – “Capacidade de desempenho”
(CIPE 2.0)
 Auto-estima – “Auto-imagem: opinião que cada um tem de si próprio e visão do
seu mérito e capacidades, verbalização das crenças sobre si próprio, confiança em
si, verbalização de auto-aceitação e de autolimitação, desafiando as imagens
negativas sobre si, aceitação do elogio e do encorajamento, bem como da crítica
construtiva.” (CIPE 2.0)
 Bem – estar – “Saúde: Imagem mental de se sentir bem, de equilíbrio;
contentamento, amabilidade ou alegria e conforto, usualmente demonstrada por
tranquilidade consigo próprio e abertura para as outras pessoas ou satisfação com a
independência” (CIPE 2.0).

2.3. PÚBLICO-ALVO

A atividade dirige-se aos utentes internados no serviço de internamento agudos C4.


Para a realização da atividade integram os utentes com capacidades para comunicar verbal
ou não verbal e expressão de emoções diminuída, com baixa autoestima, humor alterado,
sentimentos de tristeza, com alteração da capacidade de executar atividades recreativas
por diminuição de energia.
Porém, existem fatores que devem estar presentes no momento da atividade tais como:
a vontade para participar na atividade, o interesse pela realização desta, encorajamento e
disponibilidade e, por fim a ausência de alterações cognitivas e condições físicas e
psicológicas mínimas necessárias para o desenvolvimento da atividade.

2.4. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO

Como critérios de inclusão apresentam-se:

 Características necessárias: capacidades para comunicar verbal ou não verbal e


expressão de emoções diminuída, com baixa autoestima, humor alterado,
sentimentos de tristeza, com alteração da capacidade de executar atividades
recreativas.
 Apresentar motricidade fina.
 Após questionado, verbalizar vontade em participar na atividade.

2.5. CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO

Como critérios de exclusão apresentam-se:

 Alteração na motricidade grossa e fina;


 Alteração da concentração
 Comportamento inadequado: agitação

2.6. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE


Nesta atividade pretende-se que os utentes expressem as suas emoções, sentimentos
e pensamentos através do desenho e da pintura. Para a execução da atividade, é distribuída
uma folha branca e irá ser colocada à disposição, lápis de carvão, lápis de cor, marcadores
de feltro e lápide de cera. De seguida, é pedido aos utentes desenhem e pintem algo que
demonstre o modo como se sentem, as suas emoções no momento.
Durante a realização da atividade, toda a equipa de intervenção irá passar por
todos os participantes e auxiliar sempre que necessário e vai questionando os participantes
o que está representado na folha, o que realmente significa para eles e as razões para terem
realizado o desenho daquela forma e o porquê das cores selecionadas.
No final da tarefa, quem quiser pode apresentar o seu desenho e explicar o que
significa. Por fim, os desenhos são encadernados e ficam no serviço com os enfermeiros.
Para a realização da avaliação das atividades com os utentes, iremos pedir a sua
colaboração para focar os pontos-chave das atividades.

2.7. AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS

Após a realização de uma atividade terapêutica existe a necessidade de avaliar a sua


efetividade. Para isso, consideramos essencial a avaliação feita pelo público que
participou na atividade, bem como o recurso a indicadores que ajudam a perceber se, num
curto período de tempo, o utente sofreu alguma alteração.

Assim, para a avaliação da atividade terapêutica é necessário ter em conta:


 A postura do utente;
 O comportamento do utente face os intervenientes e à atividade (interesse e
envolvimento demonstrado);
 A opinião do utente sobre a atividade desenvolvida – desde os pontos altos e
baixo, se foi proveitosa para eles e possíveis sugestões para melhoria.

E um conjunto de Indicadores NOC, por nós selecionados, de acordo com os objetivos


da atividade e os focos de atenção de Enfermagem inerentes à atividade de forma a contribuir
para uma mais eficaz avaliação da mesma.
Os indicadores a utilizar são os seguintes:
 Indicador NOC – Participação em jogos (Expressão de emoções através da
pintura e do desenho); [ANEXO I]
 Ficha de Avaliação De Características de Comportamento dos Pacientes em
Relação ao Arteterapeuta (Enfermeiro) - avaliação do comportamento do doente
[adaptado por Valladares, (2003)]; [ANEXO II]
 Indicador NOC – Comunicação: Capacidade Expressiva; [ANEXO III]
 Indicador NOC – Capacidade para Interagir Socialmente; [ANEXO IV]
 Indicadores NOC – Bem-Estar Emocional; [ANEXO V]
 Indicadores NOC – Auto – Estima. [ANEXO VI]
3. PLANIFICAÇÃO DA ATIVIDADE TERAPÊUTICA

Planificação da Atividade Terapêutica


 Tema: O que sinto em pintura e desenho! – Desenho livre
 Local de realização da atividade: sala de atividades do serviço C4
 Data: 19-06-2014 (quinta-feira)
 Horário: 17 horas
 Duração prevista: 40 minutos
 Público-alvo: utentes do Serviço C4 internamento de agudos
 Equipa de Intervenção: Grupo de alunos estagiários do 4º ano do Curso de Licenciatura em Enfermagem da Escola Superior de
Enfermagem do Porto
Fase Conteúdo Intervenções Duração Metodologia
Preparação Gerir  Dispor mesa e - -
Prévia ambiente cadeiras;
físico  Verificar
luminosidade da
sala;
 Dispor folhas
brancas e lápis
de cor,
marcadores de
feltro e lápis de
cera na mesa.
Introdução Apresentação  Realizar breve 5 Método Expositivo e Interativo
da equipa de apresentação da Minutos
intervenção; equipa de
intervenção;
Apresentação  Explicar atividade
da atividade a terapêutica aos
ser participantes;
desenvolvida.  Explicar os
objetivos da
atividade
terapêutica.
Desenvolvimento  Incentivar os 15 Método Expositivo
Motivar a participantes a Minutos Participativo
participação desenhar algo que Prático
na atividade tenha significado
terapêutica ou o que estão a
sentir no
Atividade momento;
terapêutica  Supervisionar os
participantes
durante a
atividade
terapêutica;
 Questionar os
Encorajar participantes o
reflexão e que está
discussão dos representado na
desenhos folha (significados
e cores
selecionadas)
 Solicitar aos
participantes a
descrever os
desenhos perante
o grupo [atividade
não obrigatória]
 Encorajar os
participantes a
expressarem os
sentimentos
representados nos
desenhos perante
o grupo [atividade
não obrigatória];
Conclusão Breve resumo  Solicitar a 10 Método Expositivo e Interativo
da atividade colaboração dos Minutos
terapêutica; participantes para
focar pontos-
Avaliação da chave da atividade
atividade  Incentivar os
terapêutica; participantes a
comentar sobre a
atividade
realizada: aspetos
positivos,
negativos e
maiores
dificuldades
sentidas.
Recursos Materiais:
Tipo de Material:
Afia
Borracha
Cadeiras
Mesas
Folhas Brancas A4
Lápis de Carvão
Lápis de Cor
Marcadores de Feltro
Lápis de cera
CONCLUSÃO

Terminado o planeamento da atividade terapêutica é apresentada uma breve


conclusão da progressão do trabalho, bem como da sua importância para o
desenvolvimento enquanto futuros profissionais de saúde em relação à área de Saúde
Mental e Psiquiatria.
Com a realização deste plano de intervenção foi possível contactar com uma estrutura
de trabalho diferente e, desta forma, compreende-se a necessidade e importância da
realização de um planeamento prévio para que a atividade a realizar tenha uma elevada
probabilidade de ser executada e apresentar bons resultados.
Assim, este trabalho veio capacitar e dotar o grupo de uma sensibilidade extra, no
que diz respeito à temática das emoções como foco de atenção em Enfermagem associado
ao desenho e à pintura. É percetível a importância da fundamentação teórica elaborada
para compreender o papel da emoção e expressão de sentimentos que podem ser
transmitidos, neste caso através da pintura e do desenho.
Todo o planeamento elaborado exigiu uma seleção criteriosa pois o objetivo era o
interesse do público-alvo e sua adesão na atividade. Desta forma, conclui-se que o
planeamento foi concluído eficazmente.
Durante o planeamento houve alguma dificuldade na procura de fundamentação
teórica relativa à importância do desenho e da pintura na saúde mental e psiquiatria.
Porém esta dificuldade foi ultrapassada.
Por fim, a avaliação da atividade irá ser realizada após implementação e execução da
atividade no serviço.
BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA, Cátia Valesca Lima. 2006. Arteterapia em Educação e Saúde. O Olhar


da Imagem em Arteterapia. s.l. : Pós-Graduação "Lato Sensu". Projeto a Vez do
Mestre, 2006.

CAVALCANTI, Ana Maria Tavares, et al. 2003. Pode a arte ser terapêutica?
Reflexões a partir do trabalho desenvolvido com pacientes da “terceira idade” no
ateliê da vida do Instituto de Psiquiatria da UFRJ – IPUB. s.l. : Rev. Ter. Ocup.
Univ. São Paulo, 2003. Vols. v. 14, n. 3, p. 118-22.

CARVALHO, Marcelo da Rocha. 2001. Terapia Cognitiva e Comportamental


através da Arteterapia. São Paulo : Apresentação do 3º Congresso das Terapias
Cognitivas , 2001.
MENDONÇA, Gisele Aparecida Mezabarba. 2013. ARTETERAPIA NO CAPS:
UMA NOVA FORMA DE CUIDAR. s.l. : Pós-Graduação em Atenção Psicossocial
na Saúde, 2013.

NUNES, Lucília et al. 2010. Metodologia de Projeto: Colectânea descritiva de


etapas. s.l. : Revista Percursos, 2010.

PHILIPPINI, Angela. 1996. “Materialidade e Arterapia”, . Pomar : Revistas de


Arteterapia “Imagens da Transformação” , 1996. Vol. Volume III.

WITHROW, R. L. 2004. The use of colour in art therapy. . Spring : Journal of


humanistic counseling, education and development, 2004. Vols. Volume 43, p.33-
40.
ANEXOS
ANEXO I
Indicador NOC – Participação em Jogos

Nome: Cama:
Serviço:

PARTICIPAÇÃO Inadequada Pouco Moderada/ Substancial/ Total/


EM JOGOS Adequada Adequada Adequada Adequada

Definição - Uso de actividades, quando necessário, para diversão, entretenimento e


desenvolvimento.
INDICADORES:
Participação em 1 2 3 4 5
jogos
Adequação dos 1 2 3 4 5
jogos
Expressões de 1 2 3 4 5
diversão durante o
jogo
Uso de habilidades 1 2 3 4 5
sociais durante o
jogo
Uso de habilidades 1 2 3 4 5
físicas durante o
jogo
Uso da imaginação 1 2 3 4 5
durante o jogo
Expressão de 1 2 3 4 5
emoções durante o
jogo
Uso do role-play 1 2 3 4 5
Outros 1 2 3 4 5

(especificar)
ANEXO II

24
Ficha de Avaliação De Características de Comportamento dos
Pacientes em Relação ao Arteterapeuta

(Valladares, 2005)

25
ANEXO III

26
Indicador NOC – Comunicação: Capacidade Expressiva

Nome: Cama:
Serviço:

Comunicação
Extremamente te Substancialmente Moderada Pouco Nada
: capacidade Comprometida Comprometida mente Comprometida Comprometida
Comprometida
expressiva

Definição - Capacidade de exprimir e interpretar mensagens verbais e não verbais


INDICADORES:
Uso da 1 2 3 4 5
linguagem escrita

Uso da 1 2 3 4 5
linguagem oral:
vocal
Uso da 1 2 3 4 5
linguagem oral:
esofágica
Uso de discurso 1 2 3 4 5
claro
Uso de figuras e 1 2 3 4 5
desenhos
Uso de 1 2 3 4 5
linguagem
simbólica
Uso de 1 2 3 4 5
linguagem não
verbal
Dirige mensagens 1 2 3 4 5
apropriadamente

Outro 1 2 3 4 5

(especificar)
ANEXO IV

28
Indicador NOC – Capacidade para Interagir Socialmente

Nome: Cama:
Serviço:

CAPACIDADE PARA Nenhum Limitado Moderado Substancial Elevado


INTERAGIR
SOCIALMENTE
Definição - Uso individual de comportamentos de interacção efectivos.
INDICADORES:
Dar-se a conhecer 1 2 3 4 5
Receptividade 1 2 3 4 5
Cooperação 1 2 3 4 5
Sensibilidade 1 2 3 4 5
Assertividade 1 2 3 4 5
Confrontação 1 2 3 4 5
Autenticidade 1 2 3 4 5
“CALOR 1 2 3 4 5
HUMANO”
Atitude equilibrada 1 2 3 4 5
Relaxamento 1 2 3 4 5
Compromisso 1 2 3 4 5
Confiança 1 2 3 4 5
Compromisso 1 2 3 4 5
Outro 1 2 3 4 5

(especificar)

29
ANEXO V

30
Indicadores NOC – Bem-Estar Emocional

Nome: Cama:
Serviço:

Raramente Algumas Muitas Sempre


Bem-estar Emocional Vezes Vezes
Capacidade para exprimir emoções 1 2 3 4
Embotamento afectivo 1 2 3 4
Confiança em si mesmo 2 3 4
1
Ambivalência afectiva 1 2 3 4
Sentimento de Esperança 1 2 3 4
Felicidade 1 2 3 4
Labilidade Emocional 1 2 3 4
Outro 1 2 3 4
(especificar)

31
ANEXO VI

32
Indicadores NOC – Auto – Estima

Nunca Raramente Demonstra Demonstra Demonstra


Auto-Estima Demonstra Demonstra Algumas Muitas Sempre
Vezes Vezes
Definição – Juízo pessoal de valorização própria.
Indicadores:
Verbalização de auto-aceitação 1 2 3 4 5
Aceitação de auto-limitações 1 2 3 4 5
Mantém contacto ocular 1 2 3 4 5
Mantém postura direita 1 2 3 4 5
Auto-descrição 1 2 3 4 5
Preocupação pelos outros 1 2 3 4 5
Comunicação aberta 1 2 3 4 5
Realização pessoal de papéis 1 2 3 4 5
significativos
Manutenção do auto-cuidado 1 2 3 4 5
Balanço da participação da 1 2 3 4 5
escuta em grupos
Nível de confiança 1 2 3 4 5
Aceitação por parte dos 1 2 3 4 5
outros
Expectativas de resposta 1 2 3 4 5
pelos outros
Aceitação de críticas 1 2 3 4 5
construtivas
Vontade de confrontar 1 2 3 4 5
outros
Descrição de sucesso no 1 2 3 4 5
trabalho ou escola
Descrição de sucesso em 1 2 3 4 5
grupos sociais
Descrição de orgulho 1 2 3 4 5
próprio
Sentimentos de auto- 1 2 3 4 5
valorização
Outro 1 2 3 4 5
(especificar)

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