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Fundamentos de Enfermagem II

14 Necessidades Humanas Básicas

Índice
NHB Comer e Beber adequadamente...........................................................................................2
NHB Deslocar-se e manter uma postura desejável......................................................................6
NHB Evitar os perigos no ambiente e evitar magoar os outros.................................................11
NHB Comunicar com os outros expressando emoções, necessidades, medos........................24
FERIDA....................................................................................................................................29
PRECAUÇÕES BÁSICAS DO CONTROLO DA INFEÇÃO................................................38
NHB Manter o corpo limpo, com boa aparência e proteger os Tegumentos............................39
NHB Respirar normalmente........................................................................................................39
NHB Eliminar por todas as vias de eliminação.......................................................................39
NHB Manter a temperatura do corpo.........................................................................................39
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14 Necessidades Humanas Básicas

NHB Comer e Beber adequadamente

 Alimentação é utilizada pelo organismo como fonte de energia

 Enfermeiros como Promotores de Saúde influenciam as escolhas e comportamentos


de manutenção de uma adequada alimentação

 Enfermeiros como Promotores da Satisfação da NHB

Condições que afetam a NH “Comer e beber adequadamente”


• Idade
• Estado emocional
• Estado físico e intelectual
• Estado social, cultural e económico
• Condições do ambiente

Condições que afetam a NH “Comer e beber adequadamente”

Idade
(Recém-nascido, criança, jovem, adulto, idoso, pessoa em fim de vida)
 Maturidade do sistema digestivo(relaciona dacoma idade/ou com alterações
fisiológicas)
 Necessidades nutricionais diferentes (consoante idade, atividade física e ou
intelectual.)
 Períodos de rápido crescimento (infância e adolescência)
 Alterações do metabolismo (decorrentes da idade e/ou outra…)
 Alteração de atividades
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Estado emocional
 Emoções(Ex: Ansiedade, stress, alegria …)
 Hábitos alimentares
 Imagem corporal
 Sentimentos associados ao ato de comer beber (amor, reconforto, punição)
 Atitudes associadas aos alimentos/Gostos e preferências individuais

Estado físico e intelectual


Capacidade para procurar e preparar alimentos
Capacidade para realizar os movimentos necessário à alimentação

Ex: movimentos do membro superior


(força muscular, amplitude articular, coordenação motora fina, …)

Capacidade para mastigar, deglutir os alimentos

A deglutição é um processo neuromuscular complexo, que exige comunicação


entre Sistema nervoso central e periférico e ações coordenadas entre

Fase oral
O bolo alimentar e voluntariamente formado na língua, empurrado contra o palato e para a
orofaringe. O Palato mole ajuda a impelir a entrada de alimentos na nasofaringe

Fase faríngea
Movimento da laringe para cima e o movimento do bolo alimentar para baixo provocam o
encerramento do epiglote impedindo a entrada de alimentos
no aparelho respiratório

Fase esofágica
Reflexos involuntários dos músculos esqueléticos e lisos Empurram o bolo alimentar através
do esófago

Estado da dentição
Capacidade digerir dos alimentos(estomago, intestino delgado, glândulas salivares, Pâncreas,
fígado e vesícula Biliar) Alergias/intolerâncias alimentares
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Conhecimentos sobre:
• Necessidades nutricionais;
• Alimentação adequada
• ingestão de Açúcar e gorduras; conhecimentos sobre:
• ingestãodesal«6g/dia;
• alimentos/nutrientes/confeção
• IMCentre18,5e25
• necessidade de nutrientes
• quantidade de alimentos adequados para manter um
peso saudável
• Dieta rica em leguminosas e fibras
• Ingestão diária de vegetais e fruta
• Utilização de ervas aromáticas na confeção…
• Confeção com pouca gordura e sal…

Estado social, cultural e económico


 Ambiente físico: lugar/horário das refeições
 Clima psicossocial durante a refeição
 Imagem corporal desejada
 Institucionalização/apoio domiciliário
 Isolamento/solidão
 Tipo de alimentos
 Capacidade económica(aquisição / transporte/ conservação)

Condições do ambiente
 Físico social
 Familiar
 Escolar
 Comunitário(acessibilidade)
 Macro(orientações DGS/Programas…)

Operacionalização do Processo de Enfermagem


COLHER OS DADOS
FONTES PRIMÁRIAS E FONTES SECUNDÁRIAS

 Caraterizar a forma como satisfaz a necessidade (padrão individual– Horário/Constituintes)


 Descrevera insatisfação da necessidade (casos e verifique)
 Identificar as razões inerentes à satisfação ou insatisfação da necessidade
 Identificar os conhecimentos relativos à satisfação ou insatisfação da Necessidade
 Crenças relacionadas com a satisfação ou insatisfação da necessidade
 Condições ambientais favoráveis e desfavoráveis à satisfação da necessidade
 Estados patológicos presentes que modificam a satisfação da necessidade
 Utilização de ajudas técnicas
 Avaliação do estado de consciência

NH Comer e Beber Adequadamente & Diagnósticos de Enfermagem


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Relacionados com:

 Alterações de ambiente e rotina  Alterações anátomo-fisiológicas


 Atitudes/comportamentos inadequados  imobilidade ou Alterações na mobilidade
 Ausência/défice de conhecimentos  Alterações sensoriais
 Alterações patológicas  Alteração do estado nutricional
 Alterações no estado de consciência  Estado peri-operatório
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NHB Deslocar-se e manter uma postura desejável


O movimento corporal
 O movimento é essencial para a capacidade dê interação da pessoa com o Meio ambiente,
 A realização de movimento (atividade) é uma necessidade intrínseca ao funcionamento
equilibrado do ser humano,
 A mobilidade física normal depende da integridade e funcionalidade em articulação das
estruturas componentes dos sistemas musculo esquelético e nervoso,
 Existe a necessidade de todo o ser humano se mover e mobilizar todas as partes do corpo, através
de movimentos coordenados e de manter uma boa postura.

O desenvolvimento da capacidade de manter o equilíbrio corporal é indispensável para o ser


humano, pois sem ele seria impossível realizar as atividades da vida diária, como correr, ou saltar,
devido à incapacidade de realizar os ajustes posturais necessários

O controlo postural possui dois objetivos comportamentais: a orientação e o equilíbrio postural


 A orientação postural está relacionada com o posicionamento e o alinhamento dos segmentos
corporais um em relação aos outros e em relação ao ambiente.
 O equilíbrio postural é o estado em que todas as forças que atuam sobre o corpo estão
determinadas para manter o corpo na posição e
orientação desejada.
 O equilíbrio é uma das capacidades motoras que
pode ser considerada a base para todo o
movimento, e é influenciado por estímulos visuais,
somatossensoriais e vestibulares.
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A IMOBILIDADE
A imobilidade ocorre:

Quando uma pessoa é incapaz de se mobilizar, de mudar de posição de forma autónoma,

Ou

Quando a imobilidade pode resultar de um processo de doença ou de traumatismo ou pode ser prescrita
por razões terapêuticas (adquire correntemente a designação de repouso);

Em qualquer dos casos, apresenta riscos fisiológicos e psico-Emocionais conhecidos e previsíveis.

CONDIÇÕES QUE PODEM AFETAR A NHB

Avaliação da força muscular do Medical Research Council


A força é classificada numa escala de 0 a 5
Parâmetros físicos a avaliar Grau 0- Sem evidência de contração muscular (nenhum movimento é
observado)
▪ Força muscular Grau 1- Evidência de contração muscular, sem movimento articular
▪ Mobilidade Articular (apenas um esboço de movimento é visto ou sentido ou fasciculações são
▪ Coordenação neuromuscular observadas no músculo)
▪ Postura corporal e marcha Grau 2- Amplitude de movimento incompleta (há força muscular e
▪ Massa muscular movimentação
articular somente se a resistência da gravidade é removida)
Grau 3- Amplitude de movimento completa contra a gravidade (a
articulação pode
ser movimentada apenas contra gravidade e sem resistência do
examinador)
Grau 4- Amplitude de movimento completa contra a gravidade e
resistência
manual submáxima (a força muscular é reduzida, mas há contração
muscular contra a resistência).
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Postura corporal e marcha


• alinhamento da coluna vertebral
• alinhamento dos membros superiores e inferiores
• postura e equilíbrio: em repouso, ao levantar-se, ao andar
• na posição de deitado, a capacidade de se mobilizar, levantar-se da cama, descer e subir para a cama
Coordenação neuromuscular:
Pedir movimentos alternativos rápidos como:
• tocar na ponta do nariz com o indicador e repetir…
• colocar o calcanhar direito sobre o joelho esquerdo e deixá-lo, deslizar pela perna

Idade ✓Utilização de produtos de apoio à marcha
✓Situações de saúde/doença (canadianas, bengala, andarilho…)
✓Terapêutica farmacológica (que possa interferir ✓Debilidade/astenia
coma capacidade de realizar movimento) ✓Mobilidade Articular
✓Atitude psicológica (motivacional) ✓Coordenação neuromuscular
✓Condições habitacionais (escadas, barreiras ✓Postura corporal e marcha
arquitetónicas) ✓Equilíbrio corporal
✓Hábitos de atividade física ✓Massa muscular
✓Conhecimentos

Permitem identificar:
• Condições Sempre Presentes ou Estados Patológicos que influenciam a forma como a pessoa desenvolve a
NHB Deslocar-se
• Interação da NHB Deslocar-se com outra(s),
• Nível de independência
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NHB Evitar os perigos no ambiente e evitar magoar os outros

Objetivos

Analisar a Necessidade Humana Básica (NHB) Evitar os Perigos no ambiente evitar magoar os outros
constituinte do complexo da vida humana segundo o referencial teórico de enfermagem de Virgínia
Henderson

Desenvolver pensamento crítico para concretizar, as etapas do processo de enfermagem no âmbito da NHB
Evitar os Perigos no ambiente e evitar magoar os outros

O MODELO CONCEPTUAL DE VIRGÍNIA HENDERSON

O sujeito dos cuidados é o ser humano, considerado como ser biopsicossocial e espiritual, caracterizado
pelas suas 14 necessidades fundamentais (Phaneuf, 2001)

O objetivo dos cuidados de enfermagem no modelo de Virgínia Henderson em Primeiro é lugar ajudar a
pessoa satisfazer as suas necessidades de maneira ótima para atingir um melhor estado de saúde e elevá-la,
em seguida a reencontrar a sua independência face às suas necessidades(Phaneuf,2001).

Necessidade-Necessidade vital que a pessoa deve satisfazer afim de conservar o seu equilíbrio físico,
psicológico, social ou espiritual e de assegurar o seu desenvolvimento(Phaneuf,2001,p.40).
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Estado patológicos (em contraste com doenças específicas) que modifica as necessidades básicas

A Necessidade Humana Básica de Evitar os perigos no ambiente e evitar magoar os outros

Necessidade para a pessoa de se proteger contra as agressões internas e externas com vista a manter a sua
integridade física e mental (Phaneuf, 2001).

 A segurança é uma necessidade básica de cada pessoa ao longo da sua vida.


 As pessoas estão constantemente expostas a perigos ambientais que põem em risco a sua
segurança e, embora a maioria sejam capazes de manter um ambiente seguro de forma
independente, fatores como a idade ou a doença podem reduzir a sua capacidade de proteção sem
assistência

Modo de funcionamento

Ao longo da vida, numerosas agressões ameaçam a integridade da pessoa.

Para satisfazer a necessidade de se proteger, é preciso poder exercer um certo controlo sobre si mesmo e
sobre o ambiente a fim de se precaver ou de se defender contra os perigos (Phaneuf, 2001)
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CONDIÇÕES SEMPRE PRESENTES QUE INFLUENCIAM A SATISFAÇÃO DA NHB EVITAR OS PERIGOS


A IDADE

Cada fase do desenvolvimento humano apresenta os seus próprios riscos para a segurança.

Os bebés e as crianças são dependentes de outros para a sua segurança:

Ainda não aprenderam a distinguir entre segurança e perigo, pelo que estão constantemente expostos a riscos à
medida que exploram e aprendem sobre o ambiente

Idade pré-escolar
As crianças nesta idade são extraordinariamente ativas.
As suas capacidades cognitivas e motoras aumentam rapidamente, as medidas de segurança devem acompanhar a
aquisição de novas competências.
Vulneráveis a acidentes como:
Ingestão de substâncias tóxicas (medicamentos), produtos de limpeza, afogamento; asfixia;
Esta é a idade perfeita para a educação sobre regras e segurança (ex: atravessar as ruas, conhecerem os sinais de
trânsito, etc.)

Crianças em idade escolar


Fase em que são expostas anovas experiências
Começam a participar em mais atividades fora de casa, (praticar um desporto, ou andar de bicicleta, visitar amigos)
Os perigos de segurança decorrem das atividades que realizam.

ADOLESCÊNCIA 10 a 19 anos

• Fase de desenvolvimento difícil, passagem da dependência para a independência, emergir da sua própria
personalidade adulta decorrem alguns riscos relativos à segurança dos adolescentes.

• Processo stressante (lidar com a tensão e o desconforto emocional, pode levar a participar em comportamentos de
risco como fumar, beber álcool e/ou outros tipos de consumos ilícitos e também o risco de suicídio
• Altura em que podem obter a carta de condução, risco de acidentes lesões esportivas, inicio da atividade sexual -
risco de infeções sexualmente transmissíveis, gravidez não planeada e sofrimento emocional.

Aspetos a serem considerados em termos de segurança:


• O nível de responsabilidade, a capacidade de resistir à pressão dos colegas, a
segurança digital

Os adultos jovens- 20 a 24 anos


Nível de risco de acordo com assuas práticas de estilo de vida:

• Tipo de dieta (rica em gorduras), o tabagismo e a falta de exercício aumentam o risco de doenças espiratórias e
cardiovasculares e de cancro.

• Risco de acidentes rodoviários, suicídio,


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• Os tipos de atividades de lazer praticadas, estão frequentemente associados a lesões neste grupo etário.

Adultos de meia-idade 45 a 59 anos


• Os riscos de lesões em adultos de meia-idade é afetada pelas mudanças de fatores fisiológicos e responsabilidades
pessoais e profissionais.

• Acidentes de trabalho são frequentes, sobretudo no sexo masculino, o risco acidente de viação continua a ser
significativo. (Australian Bureau of Statistics, 2005)

Pessoas Idosas e muito idosas


Um dos principais riscos são as lesões POR QUEDA devido:

 Às limitações da visão,
 Reflexos lentos e ossos frágeis,
ABUSO DE IDOSOS
 Alterações de memória,
Os prestadores de cuidados têm muitas vezes vergonha ou
 Desempenho psicomotor prejudicado.
demasiado embaraço para pedir ajuda, e os clientes não têm
Fatores de risco a lesões muitas vezes a coragem ou a privacidade necessária para fala
sobre o que lhes está a
 A função sensorial prejudicada, acontecer (Faye & Sellick 2003).
 Mudanças na função cognitiva,
 Sistema imunológico enfraquecido,
 Barreiras físicas,
 O uso inadequado de dispositivos de ajudas técnicas deslocar-se em meios de
 transportes inseguros,
 A falta de conhecimento sobre os perigos ambientais
 Abusos: psicológico, financeiro, sexual
 Negligência, maus-tratos em especial aos que sofrem de
 demência (Faye & Sellick 2003; OMS, 2015)

MOBILIDADE REDUZIDA

 A mobilidade permite que as pessoas se protejam contra muitos perigos ambientais e mantenham a sua
própria segurança
 A incapacidade de iniciar, coordenar ou realizar atividades motoras reduz a capacidade de se afastar
fisicamente de situações perigosas e de potenciais lesões,
 As pessoas que não têm estabilidade nos pés, por exemplo, devido a uma perturbação neurológica, a uma
doença debilitante ou aos efeitos da medicação, são mais vulneráveis a lesões por perda de equilíbrio e
quedas.

ALTERAÇÕES DA COGNIÇÃO OU CONSCIÊNCIA

 A diminuição da perceção ou da consciência pode reduzir a capacidade da pessoa de perceber,


interpretar e reagir a pessoas, objetos ou situações de forma a manter a segurança.
 O risco de ferimentos a si próprio ou a outros, aumenta significativamente se uma pessoa estiver confusa,
desorientada ou sofrer de lapsos de memória; pessoas sob a influência de substâncias químicas e pessoas
com demência ou doenças psiquiátricas graves.

AFEÇÃO DOS SENTIDOS

• É através dos sentidos que as pessoas recebem informações sobre o que as rodeia.
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• Qualquer alteração na eficiência de qualquer um dos cinco sentidos (paladar, olfato, audição, visão ou tato) pode
reduzir significativamente a capacidade das pessoas de detetarem e protegerem-se do perigo

ALTERAÇÕES DA COGNIÇÃO OU CONSCIÊNCIA

 Confusão
 Desorientação ou perdas de memória, (implica capacidade de compreender os riscos de doenças ou
acidentes que a ameaçam e de os evitar)
 As emoções tem um papel importante na integridade física ou mental de uma pessoa.
 Qualquer alteração na capacidade do cérebro em interpretar o ambiente, coloca a pessoa em maior risco de
sofrer danos.
 As alterações no funcionamento do cérebro também podem causar comportamentos que impedem uma
tomada de decisão clara e lógica, o que pode resultar em ameaça à própria segurança.

CAPACIDADE DE COMUNICAÇÃO AFECTADA

 As pessoas que não conseguem aperceber-se do perigo por interpretarem mal os sinais ambientais ou por
não compreenderem, verem ou ouvirem avisos ou instruções verbais ou escritas correm um maior risco de
sofrerem lesões.
 As pessoas que têm uma barreira linguística ou sofrem de qualquer deficiência de comunicação, como a
afasia, por exemplo, podem não ter a capacidade de comunicar os perigos que observam ou de pedir ajuda.
 Ansiedade, o medo, desgosto; a imagem que ela tem de si mesma e da sua identidade, nível de autoestima e
de autoconfiança.
 Acontecimentos difíceis vividos (luto, divórcio, perda de emprego), os mecanismos de defesa e de adaptação
utilizados, os problemas psicológicos(depressão, ideias suicidas, agressividade, fobias, etc.)

De natureza social espiritual e ambiental

• A família e o grupo social oferecem na maioria dos casos suporte e proteção, particularmente aos mais fracos, ou
seja, às crianças e às pessoas idosas.

• A vida em sociedade aumenta os riscos de contágio (infeções diversas e doenças transmitidas sexualmente).

Estatuto social ou cultural

• Na pessoa idosa, a solidão fator de risco físico e psicológico importante.

• A violência contra pessoas vulneráveis como crianças, mulheres, pessoas idosas ou a sua negligência.

• A prática religiosa ou com apego a certos objetos de culto pode ter uma dimensão de segurança

Ser cliente dos sistemas de cuidados de saúde coloca a pessoa mais vulnerável a riscos, devido:

 - Ambiente estranho e confuso para a pessoa,


 - A experiência é, em geral, pelo menos minimamente assustadora,
 - Os processos de pensamento e os mecanismos de enfrentamento são afetados pela doença e influenciam as
emoções,
 - As indicações da vida normal estão ausente (ex: cama sem grades laterais, setas de direção para a casa-de-
banho).

 Os cuidados de saúde são considerados uma área de alto risco para os clientes porque existe uma elevada
probabilidade de ocorrerem eventos adversos (incidentes que resultam em danos para o cliente) na
sequência de tratamentos ou procedimentos.
 A investigação estima que 3 a 16% dos doentes são vítimas de eventos adversos que poderiam ser evitados

Para pessoas de nacionalidade diferente, essa vulnerabilidade pode ser intensificada.


• A maioria dos eventos adversos é relacionada a falhas de comunicação.
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O ajudar o doente e evitar perigos no ambiente e proteger os outros de perigos potenciais

Atualmente a segurança do doente é uma das dimensões fundamentais na qualidade dos cuidados

Exemplos de eventos adversos relacionadas com o profissional:

 As quedas do doente e fraturas de morte nos doentes hospitalizados


 A infeção hospitalar,
 As úlceras por pressão,  Erros e complicações cirúrgicas,
 Os erros de administração de  Falhas de comunicação entre profissionais de
medicação e na utilização de saúde,
equipamentos e materiais,  Troca de identificação do doente
 As infeções associadas aos cuidados de  Rápido declínio
saúde (IACS) são uma das principais causas  Falhas de diagnóstico
 Erros na transfusão de sangue

O que é segurança do doente?


De acordo com a OMS, a segurança do doente significa reduzir o risco de danos desnecessários associados aos
cuidados de saúde a um nível mínimo aceitável.

Esse “mínimo aceitável” diz respeito às noções coletivas de conhecimento atuais, aos recursos disponíveis em cada
situação e ao contexto do atendimento, comparado ao risco de o tratamento não ocorrer.

A OMS aponta que a segurança dos doentes é um princípio fundamental dos cuidados de saúde, pois cada etapa do processo
de prestação de cuidados possui certo grau de insegurança inerente.
A partir disso, surgem diversas medidas que devem ser tomadas a fim de reduzir ao máximo possível os riscos enfrentados
por quem precisa de cuidados de saúde (WHO, 2008)

A segurança do doente é definida como “Uma estrutura de atividades organizadas que cria culturas, processos,
procedimentos, comportamentos, tecnologias e ambientes nos cuidados de saúde que reduzem riscos de forma consistente e
sustentável, reduzem a ocorrência de danos evitáveis, tornam os erros menos prováveis e reduzem o impacto dos danos
quando ocorrem” (WHO, 2021)
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PREVENÇÃO significativa morbilidade ou mortalidade, sendo uma das principais causas de internamento hospitalar. O seu impacto
pode ser enorme e com consequências pessoais, familiares e sociais, para além das implicações financeiras para os serviços de
saúde

Ocorrem em todas as faixas etárias, contudo, é na população mais idosa que a prevalência do risco de queda e os danos daí
resultantes têm sido maiores

 As quedas representam, portanto, um grave problema de saúde pública e requerem, na maioria das vezes, cuidados
médicos. A literatura internacional refere que as quedas são a causa subjacente de cerca de 10 a 15% de todos os
episódios que acorrem aos serviços de urgência.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, entre 28 a 35% da população com idade igual ou superior a 65 anos de idade
sofre anualmente uma queda, partir dos 80 anos

 As quedas são a segunda principal causa de morte no mundo por lesões não intencionais.
 •Estima-se que 684.000 pessoas em todo o mundo morrem de quedas a cada ano, com mais de 80% delas
ocorrendo em países de baixa e médio rendimento.
 Ainda de acordo com a Organização Mundial da Saúde, a prevalência de quedas na população residente em
lares é superior àquela que vive na comunidade. Entre 30 a 50% da população residente em instituições de
 cuidados continuados de longa duração sofre uma queda por ano e cerca de 40%experiência mais do que uma
queda
 A maioria dos diagnósticos relacionados com quedas nas admissões hospitalares são as fraturas da anca, os
traumatismos cranianos e as lesões dos membros superiores. Estima-se ainda que a estadia hospitalar
 varie entre 4 a 15 dias e que cerca de 20% da população idosa com fratura da anca provocada por um aqueda
morra após um ano
 As quedas originam inevitavelmente estados de dependência: perda de autonomia, confusão, imobilidade e
sentimentos de medo, falta de confiança, que podem levar a quadros de depressão, que conduzem a restrições
variadas nas atividades da vida diária, no seu conjunto
Os fatores de risco associados às quedas podem ser multifatoriais e refletem bem a multiplicidade de determinantes da
saúde que, direta ou indiretamente, afetam o bem-estar das pessoas, em particular da população idosa
• Estes fatores podem ser biológicos, como a idade e condições de saúde agudas ou crónicas. Tais como alterações
decorrentes do envelhecimento, implicando:
 Modificações posturais (tendência para flexão anterior do tronco por acentuação da
 cifose da coluna vertebral e consequente avanço do centro de gravidade)
 redução da capacidade motora, com consequência agravada na mobilidade geral
 alterações do equilíbrio, com a sua evidente diminuição
 reflexos ausentes ou fortemente lentificados
 capacidades sensoriais, nomeadamente a visão e a audição
 condições que podem ser os despoletadores mecânicos de episódios de queda
 Podem ser potenciados pela existência frequente de poli(co)morbilidades que implicam recurso a respostas
farmacológicas muito expressivas (polimedicação), agravando o risco de ocorrência de efeitos adversos

Podem também ser:


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 comportamentais (associados a deterioração cognitiva, estados de confusão,
 socioeconómicos, como o isolamento social, a fraca rede de apoio social, os baixos rendimentos e
 ambientais, como é podem ser os perigos existentes no ambiente envolvente e a inexistência de estruturas de
apoio à mobilidade/acessibilidade, com uma forte implantação de barreiras à mobilidade no espaço físico.

Quantos mais fatores de risco uma pessoa apresentar, maior será o seu risco de queda. Alguns fatores de risco
podem ser alterados, mas nem todos podem ser eliminados
• A prevenção de quedas deve incluir a avaliação criteriosa dos fatores de risco multifatoriais presentes, a comunicação
e a educação sobre o risco de quedas, a implementação de medidas ou ações preventivas e/ou corretoras do ponto de
vista institucional e a execução de intervenções individualizadas
• As intervenções individualizadas devem ser realizadas em relação aos doentes com maior risco de queda

De facto, deve haver uma avaliação dos fatores de risco de todos os cidadãos:
• no momento de entrada em serviços prestadores de cuidados de saúde,
• sempre que seja clinicamente indicado, após qualquer alteração notória do seu estado clínico
• sempre que ocorra uma queda
• Torna-se também necessário que o resultado dessa avaliação seja comunicado à própria pessoa, à família e
à equipa prestadora de cuidados de saúde e que os doentes sejam educados/habilitados sobre as melhores
ações/estratégias a serem implementadas na prevenção das quedas
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COLHEITA DE DADOS À PESSOA ACERCA DA NHB EVITAR PERIGOS

Dados relevantes a colher pessoa / ambiente


 Acuidade dos sentidos (visão, audição),
 Estado de orientação, em relação à pessoa, ao tempo aos outros,
 Capacidade de compreensão,
 Estado de espírito: preocupação, tristeza, nervosismo, irritabilidade, euforia, impulsividade...
 Avaliar a dor: tipo, intensidade, localização, repercussões, ajuda necessária.
 Histórico pessoal a alergias: medicamentos, alimentos, ambiente.
 Perturbações sensoriais-preceptivas.
 Nível de consciência. Memória. Equilíbrio.
 Hábitos tóxicos: tabaco, álcool, drogas...
 Internamentos hospitalares.
 Acidentes. Quedas nos últimos 3 meses.
 Violência. Abuso.
 Sob anestesia, sedação ou procedimentos invasivos
 Medidas preventivas habituais: Estado vacinal,
 Dados subjetivos: Perceção de si próprio e da situação atual:
 Como se sente? O que sente que pode fazer? O que e quem o
 pode ajudar? Quais são as suas expectativas?
 Risco de violência dirigida aos outros?
 Adesão ao plano terapêutico. Atitude motivo do incumprimento.
 Medidas de segurança pessoal e ambiental adotadas.
 Condições do ambiente doméstico, familiar e social. (A prevenção é efetuada. Existência de barreiras).
 Tratamentos.
 Automedicação?

Alguns meios de avaliação da intensidade da dor alguns exemplos de meios de avaliação:

Escala de avaliação da dor (adaptada às características da pessoa: Escala Visual Analógica (EVA), Escala Numérica (EN),
Escalas de Faces, Escala descritiva ou qualitativa, Échelle Douleur Inconfort Nouveau-Né (EDIN), Neonatal Infant Pain
Scale (NIPS) … Behavioral Pain Scale (BPS), Algoplus, Instrumentos multidimensionais de autoavaliação

Escalas de risco de quedas (adequada às características das pessoas, ex: Escala de queda Morse, Escala Hendrich II Fall
Risk Model, Escala, a Stratify (St.Thomas Risk Assessment Tool in Falling elderly inpatients)

Alguns meios de avaliação da pessoa face ao risco de desenvolvimento de úlceras por pressão

 A escala de Braden (Adulto e Pediátrica),


 A escala de Waterlow
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Alguns meios de avaliação do estado mental da pessoa:


Os 3 parâmetros de orientação:
• Pessoa (qual é seu nome?)
• Data/hora (qual é a data hoje?)
• Local (qual é o nome do local onde se encontra?

DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM FOCOS POSSÍVEIS LINGUAGEM / TERMINOLOGIA CIPE

TERMOS CIPE
10017439 A Medidas de segurança DEFINIÇÃO

Proteger: desempenhar atividades no sentido de


prevenir e evitar acidentes ou perigos
especificamente conhecidos por provocarem lesão
e prejuízo; desempenhar atividades orientadas para a
manutenção da segurança ambiental,
associada com o uso de dispositivos protetores
como luvas e capacete.
10015864 A Proteger DEFINIÇÃO Prevenir:
manter alguém ou alguma coisa a salvo ou
tomar precauções face a alguma coisa.
Exemplo de diagnóstico de enfermagem:

Foco: Lesão;

• Diagnóstico: Risco de lesão, (pode estar


relacionado com mobilidade alterada,
ou com alteração sensorial por exemplo visual)
Objetivo:
Desenvolver capacidade de pensamento crítico para concretizar, avaliação da Necessidade Humana Básica “Comunicar
com os outros expressando emoções, necessidades, medos…” e as etapas subsequentes do processo de enfermagem
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NHB Comunicar com os outros expressando emoções, necessidades,
medos
A COMUNICAÇÃO

É “um processo de criação e recriação de informação, de troca, partilha e de colocar em comum sentimentos e
emoções entre pessoas”

Definição da necessidade humana básica: Necessidade de a pessoa estabelecer laços com os outros, de criar relações
significativas com os seus próximos e de exercer a sua sexualidade (Phaneuf, 2001).

Modo de funcionamento:

• Um processo verbal e não verbal que permite entrar em relação com os outros, trocar sentimentos, opiniões,
experiências e informação, essencial ao equilíbrio do ser humano

Componente dos cuidados de enfermagem: Ajudar o doente a comunicar com os outros expressando as suas
necessidades e sentimentos

Um dos papéis mais difíceis para a enfermeira é o de ajudar os doentes a compreenderem-se a si próprios, alterarem
as condições que os tornam doentes e a aceitarem o que não pode ser mudado (Henderson, 2007, p. 55)

 A comunicação profissional envolve um nível de formalidade. É diferente da comunicação informal que se


pode manter com amigos e familiares

 Os princípios da comunicação
profissional incluem:

 Para ser profissional a mensagem deve ser adaptada ao destinatário, para isso é necessário conhecer a pessoa
ou grupo para adequar o conteúdo e a forma de comunicação.

O Modelo de comunicação de Interação


 É um processo no qual os participantes alternam
posições, como emissor e recetor e geram significado
enviando mensagens e recebem feedback (Schramm, 1997)
, este modelo incorpora feedback, o que torna a
comunicação um processo mais interativo e bidirecional.

 O enfermeiro e a pessoa alternam entre os papéis de emissor e recetor muito rapidamente e muitas vezes
sem pensamento consciente
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14 Necessidades Humanas Básicas

O modelo da abordagem de investigação relacional na comunicação

 Coloca em foco o diálogo interno da pessoa, o seu sistema social e o contexto mais amplo que influencia as
suas ações e as suas ações como enfermeiro (Doane & Varcoe, 2015).

Recorrer à investigação relacional envolve os seguintes elementos de comunicação:

A dimensão Intrapessoal– comunicar com o cliente de uma forma que lhe permita avaliar o que está a acontecer com
todas as pessoas envolvidas (o cliente, o enfermeiro e outras pessoas)

A dimensão Interpessoal– comunicar com pessoa de forma que permite avaliar o que está a acontecer ao redor das
pessoas e da situação envolvida.

A dimensão Contextual– comunicar com a pessoa de forma que permite avaliar o que está a acontecer entre todas as
pessoas envolvidas (Lapum, et al., 2020)

Alguns princípios a ter na comunicação com pessoas com deficiência auditiva e visual:

 Começar por minimizar quaisquer ruídos de fundo ou distrações, perguntar sobre o que funciona melhor para
a pessoa em termos de comunicação.
 Falar com uma voz clara, num um pouco mais alto, constante e mais profundo. Evitar gritar, pois pode
distorcer os sons e tornar as palavras mais difíceis de ouvir (Lapum, et al., 2020
 Usar um tom alto e evitar gritar, pois pode distorcer os sons e tornar as palavras mais difíceis de ouvir.
 Encarar a pessoa diretamente e articular claramente suas palavras para que ela possa ler nos lábios e atender
aos sinais não-verbais conforme necessário

A comunicação não verbal

 Muitas vezes é a forma como os enfermeiros respondem, e não o que dizem, que deixa uma impressão
duradoura nas pessoas, por isso é importante estar ciente de como se comunica através de comportamentos
não-verbais (Lapum, et al., 2020).

Estratégias na comunicação não verbal

 Os comportamentos não-verbais devem estar alinhados com os comportamentos verbais.

Atender à comunicação não verbal

 Posição: no mesmo nível vertical e com um ângulo ligeiro em relação ao outro. (Este posicionamento
transmite um espaço aberto, sem confronto e sem autoridade).
 Sempre que possível, evite ficar de pé sobre a pessoa. Se ela estiver sentada ou deitado na cama, ao sentar-se
transmite que tem tempo para ouvir a pessoa.

O uso do toque físico

 O toque pode ser terapêutico para com as pessoas, quando usado de forma adequada. Pode transmitir
empatia e compaixão.
 Mas também pode significar uma intrusão, invasão para as pessoas
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14 Necessidades Humanas Básicas

Imagem é a impressão que as pessoas tem de nós.


• O importante é que a nossa imagem seja um reflexo do que somos.

• A imagem deve ser uma expressão genuína de nós, mas essa expressão deve ser adequada à situação,

ao ambiente ou à cultura em que se está inserido

JANELA DE JOHARI-ÁREA CEGA


JANELA DE JOHARI-ÁREA LIVRE OU ▪ Esta é a área de informações sobre a
ABERTA pessoa
▪ É uma área de conhecimento comum na qual que é desconhecida por ela mesma, embora
são seja conhecida pelas outras pessoas.
conhecidas tanto pela pessoa em questão quanto ▪ É aquilo que os outros veem em nós e que
pelos outros. nós
▪ São conhecidas informações (positivas ou mesmos não somos capazes de ver
negativas).
▪ Nesta área ocorre uma efetiva troca de
informações; quanto maior é essa área mais JANELA DE JOHARI-ÁREA
DESCONHECIDA
▪ Desconhecida por nós mesmos e pelas outras
JANELA DE JOHARI-ÁREA OCULTA pessoas.
▪ Pode incluir qualquer tipo de dados, aquilo que
▪ Representa os aspetos que a pessoa conhece,
mas, consciente e deliberadamente, esconde dos outros ainda não foi explorado em nós, que permanece
por motivos diversos, tais como: latente ou inconsciente. ▪ Estão incluídas as
insegurança, status, medo da reação, medo do ridículo potencialidades, talentos e habilidades ignoradas,
etc., principalmente quando estão em grupo os impulsos e sentimentos mais profundos e
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Condições sempre presentes que afetam a NHB

A idade

 Recém-Nascido- O choro no nascimento


 Criança– O aumento das capacidades/formação de relacionamentos
 Jovem– Desenvolvimento de relacionamentos
 Adulto– Variedade de desempenhos/Profissão
 Meia-Idade- Perda gradual da atividade
 Idoso– Redução de capacidades e relacionamentos/interação social
 Moribundo–A ameaça da morte

Estado Físico e Intelectual

A comunicação supõe a integridade dos órgãos dos sentidos que permitem captar a informação vinda do
exterior. Certos problemas físicos podem dificultar a capacidade de se exprimir verbalmente, por exemplo
problemas neurológicos, do sistema nervoso, e outros

 Acuidade Visual
 Acuidade Auditiva
 Capacidade motora
 Desenvolvimento Cognitivo

Orientação

É um estado psíquico funcional em virtude do qual temos consciência plena, em cada momento de nossa
vida, da situação real em que nos encontramos

Tom de voz:
 A projeção
 A Articulação
 A repetição
 A velocidade
 O timbre

De natureza psicológica
A capacidade de comunicar depende também das aptidões cognitivas que permitem a pessoa captar mensagens ou
informações e responder-lhes. Certos problemas psicológicos podem alterar seriamente o ritmo da comunicação
verbal

Estado Emocional
O canal privilegiado de expressar as emoções é o rosto.

As expressões faciais desempenham diversas funções, tais como, expressão das emoções e das atitudes interpessoais,
o envio de sinais inerentes à interação em curso

 Ansiedade  Perceção de si próprio


 Stress
 Medo
 Agitação
 Sofrimento pela separação dos familiares
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Estado Social, Cultural e Económico

O no seio da família ou do grupo social, existem hábitos relacionais que favorecem a comunicação ou a
prejudicam. Certas culturas valorizam as relações calorosas e abertas, enquanto outras estimulam mais o
individualismo e a distância em relação aos outros.
 Rede Social de Suporte
 Preconceito
 Crenças e valores
 Contacto visual/gestualidade
 Estatuto socioeconómico
 Toque

ALGUNS DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM


POSSIVEIS
NHB “ COMUNICAR COM OS OUTROS

Que podem estar relacionados com:


▪ Alterações de ambiente e hábitos,
▪ Atitudes/comportamentos inadequados,
▪ Alterações patológicas,
▪ Alteração na comunicação verbal,
▪ Alteração na perceção,
▪ Isolamento/Solidão
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FERIDA
Tipo de tecido com as caraterísticas específicas: lesão do tecido habitualmente associada com agressão
física ou mecânica, os estádios são graduados de acordo com a gravidade…

As feridas são habitualmente percecionadas como:

 Desagradáveis e desconfortáveis
 Aborrecidas, vagarosas, demoradas
 Mal cheirosas
 Aterradoras, nojentas e repulsivas
 Persistentes, assustadoras(associadas ao terror)
 Uma traição ao próprio corpo da pessoa

Existem outros termos do FOCO da prática de enfermagem relacionados com o termo FERIDA
Tais com:
PELE ÚLCERA VENOSA ESCORIAÇÃO QUEIMADURA POR
TECIDO CICATRICIAL ÚLCERA ARTERIAL CONTUSÃO FRIO
FISSURA ÚLCERA POR PRESSÃO LACERAÇÃO NECROSE
MACERAÇÃO FERIDA CIRÚRGICA, INCISÃO INFEÇÃO
ÚLCERA FERIDA TRAUMÁTICA QUEIMADURA

Conteúdos teóricos a mobilizar…

 Anatomofisiologia
 Nutrição
 Microbiologia e parasitologia
 Patologia Geral
 Farmacologia

Fatores que influenciam o processo de cicatrização

Processo de cicatrização e o processo fisiológico através do qual o corpo substitui e recupera a função do
tecido danificado
 Idade  Fatores locais
 Estado geral (higiene, nutrição, hidratação, imunidade,  Humidade
patologias associadas, terapêutica…)  Temperatura
 Etiologia da ferida  presença de corpos estranhos
 Localização  Carga microbiana

Durante os cuidados de enfermagem no contexto de tratamento de feridas devemos sempre contemplar e priorizar
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A pessoa com feridas
As feridas da pessoa

O sucesso no processo de cuidados assenta numa criteriosa avaliação tanto da pessoa como da ferida
Devemos analisar e avaliar
 O estado geral da pessoa
 Estado geral da ferida

Quando se trata de uma ferida simples esta pode levar até 21 dias para cicatrizar, enquanto que uma ferida complexa pode levar
meses e por vezes anos a cicatrizar.

Avaliação da ferida
Durante a avaliação de uma ferida devemos ter em conta os seguintes aspetos:

Localização Anatómica Dimensões da ferida devem sempre ser analisadas no seu


comprimento/largura e prefundidade.
Idade da ferida Podem haver feridas que não tem uma figura reta logo temos de usar o
Dimensões acetato que tem depois de ser arquivado no processo da pessoa
para a profundidade usam-se uns cotonetes que se introduzem até sentir
Pele circundante resistência, e compara a profundidade com uma régua
Bordos
saber caracterizar a pele a volta da ferida quanto a cor , temperatura,
Tecidos presentes humidade ou eventual edema e quanto a sua integridade, tendo em
conta a humidade, a pele pode ficar macerada alterando a integridade da
Exsudado mesma, promovendo o aumento de tamanho da ferida
presença de locas ou fistulas
temos de o caracterizar sempre, na cor, odor, espessura e constituintes
Presença de corpos estranhos pode ser seroso(característico ), purulento(apresenta cheiro putrefato, e
de cores entre o verde e o amarelo) ou hemático podemos também ter
carga microbiana serohematopurolento,hematoseropurolento,purolentohematosero, etc

a carga microbiana e a quantidade de microrganismos que se ligam a infeção.


Os bordos é a linha que separa o tecido bom do mau temos de referir se estes são regulares ou irregulares nestes mais rápido ou
mais lento o período de cicatrização

Dimensões de uma ferida


 Comprimento X largura
 Fotografia digital
 Acetato
 Planimetria digital
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TECIDOS

apresenta-se em grânulos desvitalizado é amarelado,


este antecede o tecido de não tem vida
epitelização é altamente enquanto a ferida tiver este
irrigado pelo que é friavel tipo de tecido a ferida não
(sangra com pequenos cicatriza, estes tipos são
traumatismos é vermelho considerados corpos
estranhos a ferida
vivo

Uma ferida pode apresentar vários tipos de tecido ao mesmo tempo

Carga microbiana nas feridas

Contaminação– Existência de microrganismos da pele e do meio ambiente na ferida; controlo pelo sistema imunitário do
hospedeiro.

Colonização–Crescimento da população microbiana na ferida sem causar nenhum dano; controlo pelo sistema imunitário
do hospedeiro.

Colonização crítica– Crescimento da população microbiana não consegue ser controlado pelo sistema imunitário do
hospedeiro; há mudanças na ferida: a cicatrização foi interrompida ou retardada, o tecido pode apresentar-se como pouco
saudável, mas não há nenhum dos sinais habituais de infeção presente.

Infeção– Crescimento da população microbiana provoca lesão tecidular; resposta do tecido à presença dos
microrganismos; 100 000 microrganismos por grama de tecido.
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Infeção
Fatores que aumentam o risco de infeção:

Microrganismo: carga bacteriana, virulência…


Hospedeiro: carências nutricionais, patologias associadas,
hábitos de vida, terapêutica…
Leito da lesão: má perfusão, corpos estranhos, tecido
desvitalizado e necrosado,

Diagnóstico da infeção
Pelos sinais clínicos
Por culturas microbiológicas:
zaragatoa (tipos de microrganismos)
biópsia de tecido (nº de microrganismos por grama de tecido)

Sinais clínicos de infeção em feridas


Sinais tradicionais
(Cutting, 1994)
 Abcesso (edema)
 Celulite (a pele apresenta-se muito edemaciada e brilhante e tem uma textura frágil)
 Exsudado(existem vários tipos de exsudado)
 seroso com inflamação
 sero purulento
 Hemo purulento
 purulento
5 Sinais de infeção comuns
 rubor
 tumor
 calor
 dor
 perda de função

Sinais clínicos de infeção em feridas


Sinais adicionais
 Atraso na cicatrização
 Descoloração
 Tecido de granulação muito friável
 Dor/sensibilidade aumentada
 Bolsas no leito da ferida
 Colapso do tecido de epitelização
 Quebra do tecido neoformado
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Princípios de cicatrização de feridas
 Controlar ou eliminar os fatores etiológicos;
 Dar apoio sistémico para reduzir cofatores reais e potenciais (suporte nutricional e hídrico, controlo de
doenças sistémicas…);
 Manter o ambiente fisiológico da ferida

fases do processo de cicatrização


1. limpeza fisiológica é a limpeza que o nosso organismo faz
2. fase proliferativa ou de granulação há um desenvolvimento do tecido de granulação que permite a
reparação do tecido e do preenchimento do tecido tem uma duração de cinco dias
3. termina com a fase de maturação que é a substituição do tecido granulado pelo tecido epitelial pode
durar meses ou até anos
há fatores que influenciam o processo de cicatrização mais rápido na criança que no estado final de
vida ou no estado geral
A higiene é fundamental tal como uma adequada alimentação, a hidratação da pele, as questões de imunidade
também influencia o processo de cicatrização, bem como a terapêutica que retarda o processo
Quando nos referimos á Etiologia da ferida esta é a causa da mesma
Manter o ambiente fisiológico da ferida
Plano de intervençã0

 Limpar a ferida (remover os corpos estranhos)


 Prevenir e tratar a infeção
 Gerir o exsudado (quanto baste)
 Promover a granulação(ajudar a que esta ocorra)
 Eliminar o espaço morto(preencher o espaço morto de modo a evitr que esta feche sem estar
preenchida)
 Controlar o odor
 Proteger os tecidos frágeis

Limpeza do leito da ferida Mecânica


Leito da ferida deve ser tratado a temperatura do corpo

A limpeza do leito das feridas deve efetuar-se de forma a não prejudicar o processo orgânico de limpeza fisiológica

Através da força mecânica

Deve de ser irrigada com soluto não iónico aquecido a 37 graus, também se pode usar a água da torneira
em jato com o propósito deste remover o que lá possa existir. Não destrói as células e permite a remoção
de detritos orgânicos e inorgânicos e microrganismos

Limpeza do leito da ferida Desbridamento


É um procedimento que se realiza com o objetivo de eliminar o tecido necrosado e desvitalizado de uma
ferida
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Existem vários tipos de desbridamento tais como:
 Mecânico (com compressas)
 Cortante (com uma pinça e bisturi)
 Cirúrgico (por cirurgia controlado)
 Enzimático
 Autolítico (Hidrogel)
 Larvar

Abordagem de feridas crónicas


Acrónimo TIME (Tissue, Infection, Moisture, Edge)

temos de atuar a todos os níveis ao mesmo tempo NA ABORDAGEM AS FERIDAS CRONICAS OU


COMPLEXAS

T –Gestão do tecido não viável


I –Controlo da inflamação e infeção
M –Controlo do exsudado
E –Estimulação dos bordos epiteliais

O ambiente ótimo para a ativação do processo natural de cicatrização é quente, húmido e não tóxico.
pois através deste ambiente ativamos o processo fisiológico da infeção por isso é necessário manter a
ferida fechada assim a ferida vai cicatrizar sem deixar crosta
 Dor esta diminui por estar em meio humido
 <nº de infeções
 <nº lesões cutâneas após remoção dos pensos Naõ acontece trauma no leito da ferida
 < risco de transmissão de microrganismos
 excisão autolítica do tecido(promove que as enzimas do exsudado façam o que sabem)

Penso
Objetivos:

 promover a cicatrização
 prevenir e controlar a infeção
 absorver o excesso de exsudado
 proteger contra traumatismos
 promover conforto da pessoa e de quem a rodeia

Caraterísticas do penso ideal (Turner, 1982)


 Manter um ambiente húmido na interface  Ser impermeável aos microrganismos
ferida/penso  Ser livre de partículas e contaminantes
 Remover o excesso de exsudado tóxicos
 Permitir as trocas gasosas  Remover-se sem trauma na ferida
 Manter a temperatura
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Caraterísticas do penso ideal (Marison, 1997)

 Não aderente;
 Impermeável a bactérias;
 Capaz de manter a humidade elevada na ferida enquanto
 remove o excesso de exsudado;
 Não tóxico e não alergénico;
 Capaz de proteger a ferida de outros traumatismos;
 Não necessitar de mudança frequente;
 Custo-efetividade;
 Tempo de vida longo;
 Disponível em ambiente hospitalar e na comunidade

A considerar na seleção do penso… quanto as características da ferida


 Cor
 Infeção
 Quantidade de exsudado
 Localização
 Forma
 Dimensões
 Pele perilesional
 Odor
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PRECAUÇÕES BÁSICAS DO CONTROLO DA INFEÇÃO


PREVENÇÃO E CONTROLO DA INFEÇÃO

Infeções associadas aos cuidados de saúde IACS


IACS--Infeção adquirida durante a prestação de cuidados, onde quer que estes sejam prestados (…) e que
não estava presente nem em incubação à data do contato inicial.

Incluem-se as infeções que ocorrem 48 horas após a alta e as infeções ocupacionais dos profissionais de
saúde.
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IACS e incidência

Infeções das vias respiratórias As pessoas são o centro do fenómeno:


Infeções das vias urinarias • como reservatórios e fontes de
Infeções do local cirúrgico microrganismos;
Sépcis nosocomial • como transmissores;
• como recetores de microrganismos, e
consequentemente novos reservatórios.
Fatores que afetam o risco de
transmissão os microrganismos

Relacionados com:
• Microrganismo/agente infecioso

• Fonte/reservatório

• Ambiente

• Suscetibilidade do hospedeiro

PREVENÇÃO E CONTROLO DAS INFEÇÕES ASSOCIADAS AOS CUIDADOS DE SAÚDE

OBJETIVO ESTRATÉGICO 5.2


Monitorizar a implementação de práticas seguras
METAS 2026:
90 % das instituições de saúde com estratégias definidas para a implementação de práticas seguras
nas seguintes áreas: (…), infeções associadas a cuidados de saúde, (…).
OBJETIVO ESTRATÉGICO 5.3:
Reduzir as infeções associadas aos cuidados de saúde e as resistências aos antimicrobianos.
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PRECAUÇÕES BÁSICAS DO CONTROLO DA INFEÇÃO (PBCI)


É o conjunto de procedimentos destinados a prevenir a transmissão cruzada de microrganismos de um
portador são ou doente, para outro, de forma direta ou indireta, através de medidas aplicáveis a todos os
intervenientes

• Aplicam-se a todas as pessoas cuidadas independentemente de se conhecer o seu estado


infecioso
• Princípio subjacente: “Não há pessoas de risco, mas sim procedimentos de risco”
• Destinam-se a garantir a segurança das pessoas cuidadas, dos profissionais de Saúde e de
outros que contatam os serviços de saúde
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Na admissão da pessoa a unidade de saúde deve de ser avaliado o risco de transmissão de agentes infeciosos

• Pessoas que representem um risco acrescido de transmissão de agentes infeciosos devem de ser
colocadas/mantidas num local que minimize o risco de transmissão
• Deslocações desnecessárias nas unidades de Saúde devem de ser evitadas

Modelo conceitual da OMS… conceito dos «Cinco momentos»

• antes do contato com o doente


• antes de procedimentos asséticos
• após risco de exposição a fluidos orgânicos
• após o contato com o doente
• após o contato com o ambiente envolvente do doente

Técnica de Higiene das Mãos- Princípios gerais


 Aplicar corretamente o produto a usar
 Friccionar as mãos respeitando a técnica, os tempos de contato ás áreas a abranger de acordo os procedimentos a efetuar
 Ter especial atenção aos espaços interdigitais, polpas dos dedos, dedo polegar e punho
 Secar/deixar secar bem as mãos
 Evitar contaminar as mãos após a lavagem (EXª se a torneira for manual não tocar na mesma após a lavagem • Usar
regularmente protetores da pele
 Se surgirem alterações cutâneas dirigir-se ao médico

Uma eficaz higienização das mãos implica


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14 Necessidades Humanas Básicas
Unhas curtas, limpas, sem extensões ou outros artefactos e sem verniz
• Ausência de todos os adornos
• Cortes e abrasões cobertos com penso impermeável
• Exposição dos antebraços

Tecnica de higiene das mãos

A sua seleção depende:

• Do tipo de flora que se pretende reduzir


• Do grau de contaminação previstos na prestação de cuidados
• Da suscetibilidade da pessoa cuidada
• Do tipo de procedimento a efetuar

FLORA MICROBIANA DAS MÂOS


FLORA RESIDENTE
Microrganismos que vivem e se multiplicam na pele Em FLORA TRANSITÓRIA
maior número em torno e sob as unhas, viáveis por Microrganismos transitoriamente presentes na pele
longos períodos, mas de baixa virulência Encontram-se a superfície da pele
Gram- positivos Viáveis por curtos períodos, mas de alta virulência
A flora residente é dificilmente removida pela ação mecânica São gram-negativos, estafilococos
da lavagem das mãos, mas é inativada pelos antissépticos São facilmente removíveis pela ação mecânica da
lavagem das mãos
Técnicas de higiene das mãos
São três as técnicas utilizadas na higienização das mãos
1-lavagem 2-fricção antissética 3-preparação cirurgica
• remove a sujidade e a flora • remove e destroi a flora transitória •remove e destroi a flora
transitória transitória e a flora residente

Quando utilizar a fricção antissética


A fricção antissética é a 1ª escolha para a higienização
das mãos
Desde que a mãos estejam visivelmente limpas ou
isentas de matéria orgânica a Fricção antissética deve
preceder a maioria dos procedimentos comuns na
prestação dos cuidados.

Quando proceder a lavagem das mãos


Esta encontra-se restrita as seguintes situações:
• Sempre que as mãos estejam visivelmente sujas
ou contaminadas com matéria orgânica.
• Após a prestação de cuidados a doentes com
Clostridium difficile
• Nas situações sociais antes e apos as refeições e
após a utilização do WC
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A etiqueta respiratória é um conjunto de medidas a adotar com o objetivo de conter as secreções respiratórias, e des
minimizar a transmissão de agentes infeciosos por via aérea ou através de gotículas.

• Cobrir a boca ou o nariz ao espirrar ou tossir


• Usar um toalhete de uso único para conter as secreções e inutilizá-lo logo de seguida
• Em alternativa tossir ou espirrar para o braço
• Higienizar as mãos após o contacto com as secreções respiratórias
• Evitar tocar nas mucosas dos olhos, boca ou nariz

EPI
São todos os equipamentos bem como quaisquer complementos ou acessórios destinados a serem utilizados pelo trab
proteger dos riscos para a sua segurança e Saúde.

Quando se devem de utilizar os EPI


Não sendo possível aplicar as medidas de proteção de caracter coletivo ou organizacional, a utilização dos E
implementada, permitindo que o trabalhador desenvolva a sua tarefa de forma segura e responsável.
• Luvas;
• Avental;
• Bata de manga comprida;
• Proteção ocular/facial;
• Máscara cirúrgica;
• Cobertura do cabelo;
• Calçado ou cobertura de calçado

Proteger o utente e o prestador de cuidados- luvas esterilizadas


Proteger o prestador de cuidados – luvas limpas

O uso de luvas não substitui a higienização das mãos


(antes e após a sua utilização)

INDICAÇÕES PARA LUVAS ESTERILIZADAS


Qualquer procedimento cirúrgico; parto vaginal;
procedimentos radiológicos invasivos;
colocação de acessos venosos ou cateteres centrais;
preparação de nutrição parentérica total e de agentes de quimioterapia.

SITUAÇÕES CLÍNICAS COM INDICAÇÃO PARA LUVAS LIMPAS


Possibilidade de contacto com sangue, fluidos orgânicos, secreções, excreções e objetos visivelmente
contaminados por fluidos orgânicos.
EXPOSIÇÃO DIRECTA AO DOENTE: contacto com sangue; contacto com
membranas mucosas e com pele não integra; possível presença de
organismos perigosos e altamente infeciosos; Situações de emergência ou
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epidemia; colocação e remoção de acessos vasculares; derramamento de sangue; remoção de linha venosa;
exame pélvico ou vaginal; aspiração de sistemas abertos de tubos endotraqueais.
EXPOSIÇÃO INDIRECTA AO DOENTE: esvaziamento de recipientes com fluidos orgânicos; manipulação/
limpeza de instrumentos; manipulação de resíduos; limpeza de fluidos corporais.

LUVAS NÃO INDICADAS (exceto para precauções de CONTACTO) Sempre que não exista possibilidade de
exposição a sangue ou fluidos corporais, ou ambiente
contaminado
EXPOSIÇÃO DIRECTA AO DOENTE: avaliação da pressão
arterial, temperatura e pulso; administração de injeções SC
ou IM, lavar e vestir o doente; transportar o doente; cuidar
dos olhos e pavilhões auriculares (sem secreções), qualquer
manipulação de acesso vascular na ausência de extravasamento de sangue.
EXPOSIÇÃO INDIRECTA AO DOENTE: utilização do telefone; escrever nos registos do doente, administração
de medicação oral; distribuição e recolha dos tabuleiros das refeições; remoção e substituição dos lençóis
da cama; colocação de aparelhos de ventilação não invasiva e cânulas de oxigénio; deslocação da mobília do
doente.

Luvas esterilizadas como calçar

MATERIAL CLINÍCO
 Uso único
 Numa única pessoa
 Reutilizável
DESCONTAMINAÇÃO DO MATERIAL E EQUIPAMENTO
 Limpeza
 Desinfeção
 Esterilização
Desinfeção

Destruição térmica ou química de microrganismos.


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Destrói a maioria dos microrganismos dependendo do nível de desinfeção, mas não necessariamente as formas

Agentes físicos e químicos, aplicados a ambiente inanimado, que destroem microrganismo patogénicos ou outro
podendo, contudo, não destruir as formas esporuladas

Utilização dos desinfetantes

PRINCÍPIOS BÁSICOS:
1. Limpeza dos materiais;
2. Escolha do produto desinfetante;
3. Tempo de contato;
4. Concentração do soluto;
5. Precauções de utilização

ESTERILIZAÇÃO
Processo de destruição de todos os microrganismos patogénicos, incluindo os esporos.

Físicos: vapor saturado, calor seco, radiações ionizantes


Químicos: óxido de etileno, formaldeído, formaldeído gasoso e vapor de baixa temperatura, glutaraldeído, ácido pa
peróxido de hidrogénio e plasma de peróxido de hidrogénio

ESTERILIZAÇÃO POR VAPOR SATURADO

FASES DO PROCESSO

1 – Limpeza mecânica e/ou química (inclui desincrustação da


matéria orgânica)
2 – Secagem
3 – Empacotamento/Acondicionamento
4 – Autoclavagem
5 – Armazenamento

INDICADORES
DE ESTERILIZAÇÃO

A qualidade do processo de esterilização deve ser assegurada


desde a
validação dos equipamentos até à monitorização dos parâmetros
físicos,
químicos e biológicos do processo, através da utilização de
indicadores
que comprovem a eficácia do mesmo.
BIOLÓGICOS
FÍSICOS
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QUÍMICOS
Apenas a utilização combinada destes 3 tipos de indicadores permitem
garantir a segurança do processo de esterilização.

INDICADORES QUÍMICOS

São substâncias que reagem às condições de esterilização


(como temperatura, tempo e presença do agente esterilizante) e
mudam de cor para indicar que os parâmetros do processo
foram atingidos.
Podem ser usados tanto externamente (nas
embalagens dos materiais) quanto internamente
(dentro dos pacotes ou bandejas)

Todos os profissionais devem ter conhecimento das suas responsabilidades o processo.

O ambiente de prestação de cuidados deve:

 estar livre de objetos e equipamentos desnecessários;


 ser limpo regularmente de acordo com as especificações.
 O derrame de sangue e fluídos orgânicos é considerado um evento de risco.
90% dos microrganismos estão presentes na “sujidade visível”

LIMPEZA

Processo de remoção da sujidade (visível ou percetível)


por processos manuais ou mecânicos e geralmente com recurso ao uso
de água e detergente.

TODA a roupa usada deve ser considerada contaminada;


 trocas de roupa com a menor agitação possível;
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 triagem das roupas conforme normas da instituição as quais podem considerar o tipo de tecido ou
outras caraterísticas que requeiram tratamento especial (e não de acordo com o seu grau de
contaminação);
 recolha de roupa em sacos apropriados impermeáveis, reenchidos até 3/4 da sua capacidade, fechados,
manuseados suavemente e armazenados em local próprio até ao seu transporte para a lavandaria.

lavagem à máquina (60º durante 30 minutos);


 Roupa termo-sensível - lavagem a baixa temperatura associada a ciclo de desinfeção química;
 Roupa lavada
> manusear o menos possível e com as mãos lavadas e secas;
> armazenamento em armários fechados, limpos e secos;
> distribuição da roupa em carros ou tabuleiros apropriados e exclusivos para o efeito
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Despacho do MS Nº
242/96 de 13 de agosto

DR nº 187, II Série -
RESÍDUOS
HOSPITALARES

> Grupos I,II,III, IV


> Triagem e
acondicionamento na
fonte
> Armazenamento
específico
> Circuitos bem
definidos
SENSIBILIZAÇÃO E
SUPERVISÃO DE
OUTROS PROFISSIONAIS
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Conjunto de medidas que incluem as precauções básicas, para otimização a administração de injetáveis e
transfusões em segurança, para os utentes e para os profissionais de saúde.

PRECAUÇÕES BASEADAS NAS VIAS DE TRANSMISSÃO (PBVT)

Medidas adicionais a serem aplicadas a pessoas, em que se sabe ou se presume, que estejam infetadas ou coloniza
microrganismos que não podem ser contido usando apenas as PBCI.

As medidas adicionais são:

 - complementares das PBCI mas não as substituem;


 - baseadas nas vias de transmissão dos agentes infeciosos

Transmição por contato, goticulas e vias aereas


(partículas > 5 μm) (partículas > 5 μm)
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NHB Manter o corpo limpo, com boa aparência e proteger os Tegument

Condições sempre presentes que afetam a Necessidade Humana Básica

 Idade (recém-nascido, criança, jovem, adulto, meia-idade, idoso, moribundo);


 Temperamento, estado emocional ou estado de espírito;
 Capacidade física e intelectual;
 Estatuto social e cultural;
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3) Capacidade física e intelectual;

-Diferenças físicas individuais e sexuais

-Capacidade para se higienizar

 Movimento das mãos


 Amplitude de movimentos
 Alterações do equilíbrio
 Alterações da acuidade visua

-Condição/estilo do cabelo (tipo: seco ou oleoso); caspa, piolhos, rotinas de lavar o cabelo)

-Estado das mãos e unhas (higiene ,condição)

-Estado da boca e dentes (estado de higiene e rotinas de limpeza, hidratação, hálito, dentes:
número/condição/prótese

Perceção e conhecimento.

-Nível de conhecimentos.

- Capacidade intelectual (conceito de higiene,conhecimentos sobre higiene/saúde)

- Atitudes associadas /gostos e preferências-Constrangimentos /pudor…- Imagem corpora

4) Estatuto social e cultural

 Isolamento e solidão
 Clima psicossocial
 Influências culturais / regras de higiene
 Influências religiosas/ regras em higiene
 Valores / normas sociais para as rotinas/vestuário
 Significado da higiene e limpeza na família e na cultura
Associado a estes,  Rendimento pessoal para artigos de
higiene pessoa
vertente económica:
Condições do ambiente
 Capacidade económica …
 Adequação das  Exposição a substâncias que
instalações/rendimentos lesam a pele
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 Existência de instalações para os  (Banho/duche /água
cuidados de higiene fria/quente)-
 Exposição ao clima …

Exemplos de Diagnósticos de enfermagem

Relacionados com:

•Alterações de ambiente e rotina


•Atitudes/comportamentos inadequados
•Ausência/défice de conhecimentos
•Alterações patológicas
•Alterações no estado de consciência…

NHB Respirar normalmente


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Condições que afetam a NHB Respirar Normalmente

 Idade (recém-nascido, criança, jovem, adulto, meia-idade, idoso, moribundo);


 Temperamento, estado emocional ou estado de espírito;
 Capacidade física e intelectual;

Estatuto social e cultural;


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Condições sempre presentes que afetam a Necessidade Humana Básica

1. Idade (recém-nascido, criança, jovem, adulto, meia-idade, idoso, moribundo). Exemplos de aspetos
a considerar:
2. Temperamento, estado emocional ou estado de espírito
 estado de espírito
 estado afetivo/emoções
 autoestima/ imagem corpora

3. Capacidade física e intelectual;


 Capacidade para respirar
 Capacidade de coordenação movimentos
 Perceção e conhecimento:

4. Estatuto social e cultural;

 Normas sociais
 Responsabilidade social e coletiva
 Políticas de saúde
 Política do trabalho
 Políticas do ambiente
 Despesa/receita
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SISTEMA RESPIRATÓRIO (Dados Objetivos):

Forma como satisfaz:

 caraterísticas da respiração:
 Frequência (nº ciclos respiratórios/min), Ritmo e Amplitude
 Respiração predominante: boca, nariz, abdominal ou torácica
 Sons respiratórios audíveis
 Presença de tosse, expetoração

Outros dados (subjetivos):

 Hábitos tabágicos
 Frequência de ambientes poluídos
 O que sabe sobre os cuidados com
a respiração
 Identifica as razões para as alterações
 Terapêutica específica habitual
 Estratégias e mecanismos de coping
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A tosse é provocada por estímulos:

 Inflamatórios
 Mecânicos
 Químicos
 Térmicos

Fisiologia da Pulsação

2.Avaliar o pulso Pulso


Dilatação e contração alternadas
Forma como satisfaz:
duma artéria, quando a onda
 características do pulso: sanguínea é impelida através dela
pela contração do ventrículo
 nº batimentos
esquerdo
cardíacos/min, local, ritmo,
amplitude, intensidade
 hemograma
 pressão arterial
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CLASSIFICAÇÃO DA PA
NORMOTENSÃO -PA dentro dos valores
normais( padrão)

HIPOTENSÃO - Valores de PA abaixo dos normais


(padrão)

HIPERTENSÃO PRIMÁRIA OU ESSENCIAL -


Quando a causa é desconhecida

HIPERTENSÃO SECUNDÁRIA -Quando a causa


é conhecida
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NHB Eliminar por todas as vias de eliminação

NECESSIDADE HUMANAFUNDAMENTAL ELIMINAR POR TODAS AS VIAS DE ELIMINAÇÃO

É uma Necessidade que todos os indivíduos realizam com regularidade durante toda a vida, em que a
privacidade e o conforto físico devem ser assegurados, durante a defecação e a micção e os produtos de
eliminação são por norma vedados à observação pública
~

Eliminação Fecal
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OBSTIPAÇÃO– Emissão de fezes duras e moldadas,


diminuição da frequência e da quantidade, diminuição dos ruídos

intestinais, dor e distensão abdominal

FECALOMA– É um tipo de obstipação, em que existe ausência


de

emissão e vezes, evacuação dolorosa, sensação de

pressão e preenchimento retal. Existência de massa palpável


ou

coleção de fezes endurecidas no reto.

Incontinência Fecal – é um tipo de eliminação intestinal (…): fluxo involuntário e defecação


incontrolada de fezes, associada a um relaxamento inadequado (…) relacionada com esforço ou défices
musculoesqueléticos e doenças

1A. 1.1.1.9.2 Eliminação Vesical tipo de eliminação com as características específicas: fluxo e excreção da URINA
por meio de micção, habitualmente 4-6 vezes durante o período diurno com uma quantidade média excretada de
aproximadamente 1000 a 2000 ml nas 24H, em condições dietéticas normais
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ELIMINAÇÃO PELA PELE


As glândulas sudoríparas, consideradas anexos da pele, são órgãos importante na retenção ou eliminação de calor, de
água e de eletrólitos.

▪ Pode-se perder com o suor grandes quantidades de cloreto de sódio.

▪ Outras substâncias perdidas incluem ureia, ácido láctico e iões de potássio

Condições que afetam a NH“ELIMINAR”


Idade
 Maturidade do aparelho urinário e digestivo
 Maturidade do SNC e periférico
 Alteração da atividade
 Gravidez
Estado emocional

• Emoções(Agitação /ansiedade/stress)
• Atitudes associadas à satisfação da NH

Estado físico e intelectual


• Conhecimentos e perceção importante a pessoa saber identificar os sinais de alerta nas alterações ao seu
padrão de eliminação
• Capacidade para se deslocar/movimentar desde a capacidade antes e depois da eliminação
• Estados patológicos qualquer alteração nos sistemas de eliminação

Estado físico e intelectual


• Capacidade física de usar os dispositivos
Relação estreita com as Necessidades Comer e Beber,
• Género: posição adotada para eliminar
deslocar-se e manter postura, manter o corpo limpo …
proteger os tegumentos ( IMPORTANTE)

Estado Social, cultural e económico


• Hábitos (horários, locais, …)
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• Capacidade económica (aquisição de ajudas técnicas e condições habitacionais)
• Características da profissão

Condições do Ambiente
• Ambiente Físico e Social (local para eliminar, privacidade…)
• Comunitário (Infraestruturas sociais)

Operacionalização do Processo de Enfermagem


Avaliação inicial

COLHER OS DADOS
Fontes primárias

Fontes secundárias
A ênfase durante a colheita de dados (mobilizando as diferentes fontes de informação e IBEs) deve incidir:

 na descoberta do padrão normal da pessoa,


 no que pode e não pode fazer deforma independente,
 nos conhecimentos relativos à satisfação/insatisfação das necessidades.
 Padrão e alteração ao padrão
 Crenças
 Conhecimentos
 Condições do ambiente
 Estados Patológicos
 Forma como satisfaz a NH (capacidade para se deslocar para
satisfazer a necessidade, bem como, a capacidade para cuidar
da sua higiene e despir/vestir
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NHB Manter a temperatura do corpo


num nível normal, adequando a roupa e modificando o ambiente

 Necessidade da pessoa de manter a  Promover a saúde através de atividades que


temperatura corporal dentro dos limites permitam manter a temperatura dentro de
normais (perante frio ou calor), adequando a limites normais, atuar antes das alterações de
roupa e modificando o ambiente. temperatura corporal relacionadas com
doenças e prevenir complicações derivadas
destas

FISIOLOGIA DA TEMPERATURA

Centro de regulação de temperatura corporal


A termorregulação é conduzida pelo hipotálamo, que regula o aumento e a
diminuição da temperatura em resposta às necessidades do organismo para
atingir a homeostase e a compensação, enfrentando alterações da temperatura
ambiental.

Produção de Calor

Todos os processos metabólicos do corpo humano produzem calor.

A produção adicional resulta:

• Do movimento muscular e esquelético;


• Da atividade muscular reflexa – tremores;
• Da estimulação do SNC – eleva os pelos da pele.
• A temperatura do corpo pode ainda ser mantida evitando perdas
desnecessárias de calor através da pele.

Perda de Calor

Acontece quando as células do Hipotálamo anterior percebem a temperatura corporal acima do ponto de
limiar, os impulsos são enviados para a redução da temperatura corporal acionando os mecanismos de
Perda de Calor:
• Vasodilatação – Favorece a perda de calor através da pele ao trazer mais sangue para a superfície corporal
para as veias superficiais;
• Sudorese – Existe maior produção de suor, existindo perda de calor por evaporação
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Condições que afetam a NHB Manter a temperatura do corpo num nível normal, adequando
a roupa e modificando o ambiente

Idade (recém-nascido, criança, jovem, adulto, meia-idade, idoso);


• Recém-nascidos- têm capacidade limitada de termorregulação
• Idoso- Termorregulação encontra-se afetada, a produção reduzida de células produtoras de calor, a redução
da água corporal total, a resposta tardia e reduzida vasoconstrição e vasodilatação, menor ritmo de sudação e
metabólico, estilo de vida sedentário Estatuto social e cultural;
• Hábitos de vestuário - Modas/tendências
• Princípios religiosos
• Capacidade económica para aquisição de roupas/calçado adequado/Aquecimento e arrefecimento
adequados das habitações

Temperamento, estado emocional ou estado de espírito;

• Stress físico ou emocional eleva a temperatura do corpo através de estímulos


hormonais e neurais. Aumenta o metabolismo.

Capacidade física e intelectual;


• Exercício físico aumenta o metabolismo e os movimentos esqueléticos produzem calor;
• Drogas sociais (álcool - provoca hiperemia de superfície e depois baixa a temperatura
por vasodilatação gástrica e periférica; Cafeína - aumenta a taxa de metabolismo, assim
como fumo do cigarro);
• Níveis hormonais - existem oscilações de temperatura associadas ao ciclo de fertilidade
feminina

SISTEMATIZAÇÃO DA COLHEITA DE DADOS


A pessoa tem consciência da sua temperatura corporal (temperatura do seu corpo)?
• O que a pessoa sabe (conhecimentos) sobre o controlo da temperatura do seu corpo?
• Toma medidas para evitar riscos de subida ou descida excessiva de temperatura corporal?
• Tem consciência dos fatores de termorregulação?
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• Existem dificuldades económicas que comprometam a satisfação/insatisfação da NHB manter a
temperatura do corpo?
• Características ambientais favoráveis/desfavoráveis à satisfação da necessidade?

Febre - Considera-se a subida de, pelo menos, 1°C acima da média da temperatura basal
diária individual, em função do local de medição.
• Na ausência do conhecimento da temperatura basal individual, considera-se febre
perante os seguintes valores de temperatura:

VALORES DE REFERÊNCIA PARA A


TEMPERATURA
Temperatura axilar: 35,8°C a 37°C
Temperatura bucal: 36,3°C a 37,4°C
Temperatura retal: 37°C a 38°C
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Outros dados significativos:

• Coloração da pele
• Humidade da pele
• Temperatura da pele ao toque
• Respiração – Frequência e características
• Pulso – Frequência e características
• Orientação espácio-temporal
• Nível de consciência
• Tremores (de frio)
• Perceção de calor ou frio
• Perceção de conforto/desconforto

Exemplos de intervenções de enfermagem


– CIPE versão 2015
• Ensinar sobre gestão da febre;
• Ensinar sobre medição da temperatura corporal;
• Avaliar hipotermia;
• Medir temperatura corporal;
• Gerir febre;

Intervenções de enfermagem
Cuidados de enfermagem para ajudar a pessoa/
cuidador / comunidade a manter
a temperatura do corpo dentro dos limites normais:
Ações: Instruir / realizar
• Manter sempre as condições do ambiente no nível de conforto;
• Uso de roupas adequadas à estação do ano e à temperatura ambiente, mantendo-as secas;
• Proteger os olhos e pele da exposição solar intensa ou as extremidades (mãos, pés) do frio;
• Ingestão de nutrientes / líquidos adequados à temperatura ambiente e atividade física da pessoa;
• Monitorização de líquidos ingeridos e eliminado

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