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Módulo de
Nutrição e Dietética
2021
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COMPONENTE CURRICULAR:
NUTRIÇÃO E DIETÉTICA
Higiene alimentar;
Nutrição e Patologias:
- Diabetes Mellitus
- Hipertensão Arterial Sistêmica
- Doenças Renais
Nutrição é a ciência que estuda os alimentos, seus nutrientes, bem como sua ação, interação e balanço em
relação à saúde e à doença, além dos processos pelos quais o organismo ingere, absorve, transporta, utiliza e
excreta os nutrientes (alimentos e outros materiais nutritivos). A nutrição como uma área clínica está
preocupada basicamente com as propriedades dos alimentos que constroem corpos saudáveis e promovem
a saúde.
Como a boa nutrição é essencial para a boa saúde e para a prevenção de doença, todos os indivíduos
envolvidos na área de saúde precisam ter um conhecimento completo da nutrição e das necessidades
nutricionais do corpo ao longo da vida. E mais, o estudo da nutrição precisa dar ênfase à promoção da saúde.
Alimentação é um ato cultura e social que possuem significados culturais, comportamentais e afetivos.
Está relacionado como fonte de prazer, ritual, uma linguagem simbólico-religiosa na qual os indivíduos
estabelecem as suas preferências e sentidos, essas relações humanas são mediadas pela comida.
Alimentação saudável é uma prática alimentar apropriada aos aspectos biológicos e socioculturais dos
indivíduos, bem como ao uso sustentável do meio ambiente.
LEIS DA ALIMENTAÇÃO:
De acordo com o nutrólogo argentino, Pedro Escudero em 1938, foram estabelecidas quatro leis da alimentação,
são elas: QUANTIDADE, QUALIDADE, HARMONIA e ADEQUAÇÃO.
• 1ª LEI: QUANTIDADE: Cada indivíduo tem a sua quantidade de energia (calorias) que deve consumir
diariamente, essa quantidade não deve ser ultrapassada. Os excessos devem ser evitados, priorizando
sempre consumir a quantidade de calorias recomendada para você.
Características: Cobrir exigências energéticas, manter em equilíbrio o seu balanço de nutrientes;
• 2ª LEI: QUALIDADE: A dieta deve ser composta por alimentos que forneçam todos os nutrientes necessários
ao indivíduo. O princípio dessa lei é alimentar-se com qualidade, suprindo as necessidades de proteínas,
carboidratos, lipídios, vitaminas e minerais diárias.
Características: Plano alimentar com todos os nutrientes e Alimentação saudável “prato colorido”.
• 3ª LEI: HARMONIA: Distribuir de forma harmônica os nutrientes, ingerindo todos os grupos de alimentos.
Comer somente frutas e verduras, por exemplo, não é sinônimo de uma boa alimentação. É preciso somar
todos os alimentos de maneira que possa existir um equilíbrio entre eles para suprir as necessidades
nutricionais.
Características: Proporção dos nutrientes entre si e Biodisponibilidade dos nutrientes.
• 4ª LEI: ADEQUAÇÃO: A dieta deve ser individual. Ela vai se adequar às necessidades de cada indivíduo,
portanto, muito cuidado com as dietas prontas. Sua alimentação deve estar adequada a sua condição
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fisiológica e a sua fase de vida. Por exemplo, a necessidade nutricional de uma gestante é diferente de um
idoso.
Características: Adequação as condições fisiológicas ou patológicas, hábitos alimentares, condições
socioeconômicas, idade, sexo, atividade física.
Nutrientes
Os nutrientes são substâncias ingeridas nos alimentos e possuem funções variadas no organismo.
A nutrição adequada exige que os indivíduos recebam determinados nutrientes essenciais —
carboidratos, gorduras, proteínas, vitaminas, minerais e água. Esses nutrientes são necessários para o
crescimento e função adequados; entretanto, o corpo não consegue conduzi-los em quantidade adequada, de
modo que precisam ser obtidos dos alimentos. Além disso, o sistema digestivo precisa funcionar
adequadamente para fazer uso desses nutrientes.
A digestão é o processo pelo qual os alimentos após ingeridos sofre transformações químicas, para
absorção até sua utilização pela célula.
Cada nutriente tem várias funções metabólicas especificas, mas nenhum atua isoladamente. Existem
relações metabólicas estreitas entre todos os nutrientes básicos, assim como com seus produtos metabólicos.
NUTRIENTES X FUNÇÃO
REGULADORES – são alimentos cujo sua função é de fornecer elementos que auxiliam as várias funções normais do
metabolismo orgânico como as vitaminas, minerais e fibras alimentares. Estes elementos estimulam e controlam as
trocas e processos nutritivos do organismo.
Ex: frutas, hortaliças, vísceras e cereais integrais. Quando vitaminas lipossolúveis e minerais são consumidas em
excesso podem ocasionar problemas, no entanto, as vitaminas hidrossolúveis são eliminadas através da urina).
CONSTRUTORES – sua função está destinada a formação, ao crescimento e à reparação do órgão desgastado pelo
trabalho (possui função de sustentação). Os alimentos proteicos têm elementos essências a formação de novos
tecidos, reparo e renovação de tecidos desgastados.
Ex: carnes, leite e derivados (quando alimentos ricos em proteínas são consumidos em excesso são depositados no
tecido adiposo sob a forma de ácidos graxos e glicose).
ENERGÉTICOS – quando queimados no tecido por processo metabólico, transformam-se em agua e gás carbônico
liberando energia química que é transformada em energia mecânica e calor. Para manter a temperatura corporal e
o funcionamento dos órgãos o organismo consome energia, mesmo que esteja em jejum ou repouso.
Ex: cereais, açucares, feculentos, mel, cana de açúcar, hortaliças, gorduras e frutas (se consumidos em excesso são
armazenados no fígado e no musculo sob a forma de glicogênio)
Nº 1: Faça pelo menos cinco refeições (café da manhã, almoço, jantar) e dois lanches saudáveis por dia. Não
pule as refeições.
Nº 2: Aumente e varie o consumo de frutas, legumes e verduras.
Nº 3: Coma feijão com arroz, 4 a 5 vezes por semana.
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Nº 4: Reduza o consumo de alimentos gordurosos, como carnes com gordura aparente, embutidos (salsicha,
presunto etc.), frituras e salgadinhos.
Nº 5: Reduza o consumo de sal. Tire o saleiro da mesa.
Nº 6: Reduza o consumo de doces, bolos, biscoitos e outros alimentos ricos em açúcar.
Nº 7: Reduza o consumo de álcool e refrigerante. Evite o consumo diário.
Nº 8: Aprecie a sua refeição. Coma devagar.
Nº 9: Mantenha o seu peso dentro dos limites saudáveis. Veja se seu IMC está entre 18,5 e 24,9 Kg/m².
Nº 10: Seja ativo. Pratique 30 minutos de atividade física todos os dias. Caminhe pelo seu bairro. Suba
escadas. Não passe muitas horas assistindo TV.
PIRÂMIDE ALIMENTAR
É um guia alimentar geral que demonstra como deve ser a alimentação diária para uma população saudável, acima
de 2 anos de idade.
O objetivo deste instrumento é orientar as pessoas para uma dieta mais saudável, visando à promoção da saúde, dos
bons hábitos alimentares e à melhoria do estado nutricional da população.
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Os distúrbios nutricionais são doenças decorrentes da carência de um ou mais nutrientes. As patologias aqui
apresentadas estão relacionadas entre as prioridades da atual Política de Alimentação e Nutrição do Governo Federal.
❖ ANEMIA
É uma condição hematológica, caracterizada por uma concentração anormalmente baixa de hemoglobina
sanguínea.
SINTOMAS:
- Fraqueza;
- Diminuição da capacidade respiratória;
- Tontura;
OBS: especialmente em crianças no período perinatal.
CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA
A classificação baseia-se no:
tamanho das células
• Macrocítica (grande)
• Normocítica (normal)
• Microcítica ( pequena)
Conteúdo de hemoglobina
• Hipocrômica (cor pálida)
• Normocrômica ( cor normal)
Anemia ferropriva:
Caracteriza-se:
• Pela produção de eritrócitos pequenos (microcíticos)
• Pela menor concentração de hemoglobina circulante.
SINTOMAS: Palidez cutaneomucosa, fraqueza, fadiga e tonturas, quadros graves de taquicardia, falta de ar ao
pequenos esforços e má oxigenação tecidual.
HAVENDO A NECESSIDADE DE MENOS HEMÁCIAS PARA QUE HAJA A OXIGENAÇÃO DESSES TECIDOS
ANEMIA FALCIFORME
• Hemolítica crônica;
• Conhecida também por doença da hemoglobina S;
Caracteriza-se:
• Defeito da síntese de hemoglobina;
• Surgimentos de hemácias em forma de foice;
• Má transporte de oxigênio.
❖ HIPOVITAMINOSES
Hipovitaminose A – é a falta de vitamina A
Caracteriza- se:
• Acometer pessoas com nível social baixo;
• Não tem acesso a alimentação saudável;
• Ingerem quantidade insuficiente de nutrientes;
• Em crianças desencadeia retardo no crescimento;
• Aumento de risco de infecções.
PRINCIPAIS SINTOMAS: Cegueira noturna - Xerose - Xeroftalmia
Hipovitaminose B3 – também chamada de niacina. Provoca uma doença conhecida como pelagra
Acomete principalmente pessoas com dieta pobre em nutrientes.
PELAGRA – conhecida como doença dos três “D”, por causar dermatite, diarreia e demência.
Hipovitaminose E – em razão do seu alto poder antioxidante, está relacionada com o combate ao estresse
oxidativo. Sua deficiência provoca anemia hemolítica e outros problemas, como deficiência neurológica, diminuição
da imunidade e irritabilidade.
Hipovitaminose K – atua, principalmente, na coagulação do sangue; portanto, sua deficiência está relacionada
com o aumento do tempo de sangramentos sem que haja coagulação, ocasionando, assim, hemorragias.
❖ BÓCIO ENDêMICO:
O bócio é caracterizado pela hipertrofia da glândula tireoide, causada pela ausência de iodo na alimentação.
A principal fonte de iodo é o sal marinho, sendo que ele também é encontrado em alimentos cultivados em
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Indivíduos instruindo-se sobre a manutenção da saúde e a prevenção das doenças. Entretanto, a maioria das
pessoas ainda não pratica a quantidade recomendada de atividade física, o que as coloca em maior risco de
desenvolver distúrbios como cardiopatia, diabete e hipertensão. Você faz parte de uma equipe de saúde
responsável pela manutenção da saúde nutricional ótima do paciente, embora ele possa estar lutando contra
uma doença ou se recuperando de uma cirurgia. Também faz parte do seu trabalho enfatizara importância da
boa nutrição na manutenção da saúde e na recuperação da doença, de modo que o paciente possa continuar a
ter bons hábitos nutricionais quando não estiver mais sob seus cuidados.
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
A avaliação do estado nutricional de um indivíduo pode ser definida como um conjunto de ações e
procedimentos que tem por objetivo diagnosticar a magnitude, a gravidade e a natureza dos problemas
nutricionais.
ESTADO NUTRICIONAL
O estado nutricional de um indivíduo é o equilíbrio entre a ingestão e necessidade de nutrientes influenciados por
diversos fatores, dentre eles:
• Condições econômicas;
• Comportamento alimentar;
• Influências culturais;
• Alteração do apetite;
• Capacidade de consumir e absorver nutrientes adequadamente;
• Estresse fisiológico;
• Processos crônicos ou agudos de doenças;
• Crescimento, gravidez e estresse psicológico.
• O crescimento e desenvolvimento;
de determinados nutrientes possa ser prejudicial para a saúde do paciente, o consumo dos nutrientes essenciais deve
ser maior que as necessidades mínimas para permitir variações na saúde e na doença e para fornecer depósitos para
serem utilizados mais tarde.
Nutrição insatisfatória
A nutrição insatisfatória, ou desnutrição, é um estado de consumo nutricional inadequado ou excessivo. É
mais comum entre as pessoas que vivem na pobreza — sobretudo aqueles com necessidades nutricionais
maiores, como idosos, gestantes, crianças e lactentes. Essa condição ocorre também nos hospitais e nas
instituições de tratamento a longo prazo, porque, nessas situações, o paciente tem doenças que sobrecarregam
ainda mais a necessidade nutricional do corpo.
Não exagere
Em contrapartida, ocorre nutrição excessiva quando um paciente consome uma quantidade excessiva de
nutrientes. Por exemplo, a nutrição excessiva pode ocorrer nos pacientes que se auto prescrevem mega doses de
suplementos de vitaminas e minerais e naqueles que comem excessivamente. Essas práticas podem resultar em lesão
do tecido corporal ou em obesidade.
Para a classificação do estado nutricional, são adotados os seguintes conceitos, segundo o valor do Índice de Massa
Corporal do adulto.
❖ DESNUTRIÇÃO
É causada por um aporte de nutrientes inferior ao suprimento adequado, relacionado, em sua maior parte,
ao aporte de energia.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) a desnutrição pode ser classificada de acordo com o
índice de massa corporal (IMC), como na tabela abaixo.
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IMC (KG/M²) CLASSIFICAÇÃO
17 – 18,49 Desnutrição grau I
16 – 16,99 Desnutrição grau II
<16 Desnutrição grau III
TIPOS DE DESNUTRIÇÃO:
❖ OBESIDADE
É uma enfermidade crônica, que se caracteriza pelo acúmulo excessivo de gorduras e que representa um
comprometimento da saúde.
MACRONUTRIENTES:
- São nutrientes necessários ao organismo diariamente e em grandes quantidades.
- Constituem a maior parte na dieta, fornecem energia e componentes fundamentais para o crescimento e
manutenção do corpo.
- Fazem parte deste grupo carboidratos, proteínas e gorduras.
MICRONUTRIENTES:
- São nutrientes necessários para a manutenção do organismo, embora sejam requeridos em pequenas
quantidades, de miligramas a microgramas.
- Fazem parte deste grupo as vitaminas, os sais minerais e as fibras alimentares.
CARBOIDRATOS
Os carboidratos são moléculas orgânicas mais abundantes na natureza e são produzidas pelos vegetais.
Importante fonte de energia na dieta, compreendendo cerca de 50 a 70% das calorias da dieta.
FUNÇÕES DO CARBOIDRATO:
• Principal fonte de energia do corpo;
• Regulam o metabolismo proteico, poupando proteínas, para que não sejam utilizadas para a produção de
energia, mantendo –se em sua função de construção de tecidos.
• Determinam como as gorduras serão utilizadas para suprir uma fonte de energia imediata.
• Necessários para o funcionamento normal do sistema nervoso central.
• A celulose e outros carboidratos indigeríveis auxiliam na eliminação do bolo fecal.
• INTOLERÂNCIA A LACTOSE
A intolerância à lactose é um distúrbio digestivo causado pela incapacidade de digerir a lactose, o carboidrato
principal dos produtos lácteos.
Ela pode causar vários sintomas, incluindo inchaço, diarreia e cólicas abdominais.
Como a lactase é produzida na ponta das microvilosidades intestinais, frequentemente é a primeira enzima perdida
nas doenças intestinais;
PROTEÍNAS
É uma molécula complexa composta de aminoácidos, unidos entre si por ligações peptídicas.
As proteínas não são como os carboidratos que podem ser armazenados nas células, elas fazem parte da
estrutura biológica. De modo que, a construção e a manutenção do organismo humano dependem do fornecimento
dessas proteínas.
As proteínas são encontradas principalmente nas carnes, ovos, laticínios e leguminosas. Como cada alimento
possui particulares tipos de aminoácidos, é fundamental que o indivíduo tenha uma alimentação balanceada para
que ocorra a ingestão de diferentes tipos de proteínas.
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RECOMENDAÇÕES:
RDA: 0,8g/Kg de peso/dia (adulyos e idosos
DRIS (2002) : 10 a 35% do VET saudáveis)
FONTES DE PROTEÍNAS:
As proteínas podem ser encontradas em fontes vegetais (baixo valor biológico) e animais (alto teor
biológico). Com base na Pirâmide do Guia Alimentar, as fontes vegetais de proteína são:
• Pão, cereal, arroz grupo de massas (farinha de aveia, bolachas, pão integral);
• Grupo de vegetais (vegetais verde-escuros e amarelo-escuros);
• Grupo de leite, iogurte e queijos;
• Grupo, de carnes, aves, peixe, ovos.
• Cansaço fácil;
• Palidez e desânimo;
• Falta de resistência contra doenças;
• Difícil cicatrização;
• Síndrome de Kwashiorkor.
LIPÍDIOS
As gorduras (lipídios) são compostos orgânicos que se dissolvem no álcool e em outros solventes orgânicos, mas
não na água. São vulgarmente conhecidos como gorduras.
• São armazenados nas células de gordura, os adipócitos, que possuem distribuições características em
homens e mulheres.
• Atua como isolante térmico.
• Formam hormônios e vitaminas.
• São apolares.
• Insolúveis em agua.
• Solúveis em solventes orgânicos (éter, álcool e clorofórmio).
RECOMENDAÇÃO: O consumo de lipídeos não deve ser grande, mas devem estar presentes na alimentação.
_ 25 a 30% das calorias diárias
_ A ingestão de gordura trans não ultrapasse 2,2g por dia. O ideal é consumir o mínimo possível, dando preferência
a alimentos mais naturais e preparações caseiras para a obtenção de uma vida mais saudável.
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FONTES DE GORDURA
As principais fontes alimentares de lipídeos são as margarinas, milho, aveia, soja, gergelim, cevada, trigo
integral, centeio, óleo de canola, óleo de soja, óleo de peixes etc.
Prevenção de doença
A carência de gorduras, nas crianças pode provocar o aparecimento de lesões na pele e em adultos, altera a
quantidade de ácidos graxos essenciais no plasma sanguíneo.
O excesso de gordura causa:
• Aumento do colesterol
• Diarreia
• Aumento do peso corpóreo
• Fermentações que irritam as mucosas do aparelho digestivo, causando colites ou outras patologias. Existem
evidências avassaladoras de que as dietas ricas em gordura aumentam o risco à doença cardiovascular, obesidade e
determinados cânceres.
• Doença cardiovascular
Coronariopatia causada por aterosclerose é a principal causa de morte nos EUA. Nessa condição,
placas fibrosas gordurosas estreitam progressivamente da artéria coronária, reduzindo o volume do fluxo
de sangue. As placas são resultado de uma série de eventos complexos que parecem ser iniciados pelo
aumento da quantidade de LDL. O consumo de uma dieta, rica em gorduras saturadas eleva os níveis de
LDL mais do que qualquer outro componente da dieta.
VITAMINAS E MINERAIS
Vitaminas são nutrientes importantes para o nosso organismo. São de extrema importância para o bom
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• Suplementos vitamínicos
Os suplementos vitamínicos conseguem evitar doenças provocadas por deficiência, como escorbuto e
beribéri, que podem ocorrer quando o consumo nutricional é inadequado. Entretanto, ainda necessária a
realização de pesquisas para determinar se os suplementos vitamínicos podem ajudar e evitar a doença crônica.
Autoridades da saúde e da nutrição concordam que a melhor forma de obter os nutrientes é através dos
alimentos e não de suplementos. Os suplementos vitamínicos são limitados no que oferecemos e dificilmente se
comparam gama de vitaminas, minerais e fibras encontrados nos alimentos. As vitaminas também não possuem
as substancias químicas necessárias produzidas pelos vegetais contra as bactérias, vírus e fungos.
Atualmente, ainda não existe um comprimento que possa substituir suficientemente uma dieta saudável,
mas o uso de um suplemento multivitamínico balanceado que forneça não mais que 100% das necessidades diárias
de cada vitamina não é perigoso. Algumas populações e indivíduos especiais cujos alimentos não se enquadram
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SAIS MINERAIS
ANTI – OXIDANTES
VITAMINA E: frutas oleaginosas (amêndoas, avela, amendoim, castanha-do-pará), abacate, margarina, óleos e
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VITAMINA C: frutas cítricas (laranja, limão, morango, acerola), tomate, vegetais de cor verde (pimentão, couve,
brócolis);
BETA- CAROTENO: vegetais verdes (agrião, brócolis, couve) e alaranjados (abóbora, cenoura, damasco, mamão);
FIBRAS ALIMENTARES
As fibras são substancias que estão em alimentos de origem vegetal e que não são digeridas pelo organismo,
mas são fermentadas por algumas bactérias do intestino e por isso são boas para regular o intestino, ajudar a
emagrecer, a diminuir o colesterol e a controlar a diabetes.
FUNÇÕES:
As suas principais funções são regularizar o transito intestinal e auxiliar no controle da glicemia e da
obesidade, reduzir o colesterol, aumentar o bolo fecal, baixar o pH das fezes e prevenir o câncer de intestino e
outras doenças.
CLASSIFICAÇÃO
As fibras podem ser classificadas como:
FIBRAS SOLUVEIS – que são solúveis em agua, aumentam o volume das fezes, promovem maior saciedade
através do retardo do esvaziamento gástrico, dificultam a absorção de glicose, diminuem os níveis de
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FIBRAS INSOLÚVEIS – que não se dissolvem em água, aumentam o bolo fecal, favorecem o peristaltismo
e previnem a constipação intestinal. Diminuem também o tempo de transito intestinal.
Onde encontrar:
FIBRAS SOLÚVEIS: estão presentes em frutas, aveias, cevada e leguminosas (feijão, lentilha, soja, grão-de-bico etc.).
ÁGUA
O ideal é consumir mais de 02 litros de agua por dia. Essa quantidade aumenta em condições especiais como:
atividade física, trabalho em condições especiais, no sol, febre, entre outros.
A ingestão de agua deve ser independente da sede de forma constante.
E não adianta deixar para tomar de 02 a 03 litros de uma só vez. Isso porque o estomago não suporta e um indivíduo
não conseguirá tomar mais de um litro de uma só vez pois pode “passar mal’.
DICAS:
- Comece o dia tomando água;
- Beba água mesmo que não esteja com sede;
- Crie o hábito de tomar água no trabalho e levar para seu companheiro (a) mais próximo;
- Em dias quentes e no verão aumente o consumo de água;
- Cuidado com a qualidade da água que você bebe;
- Fiscalize a lavagem do reservatório de água de sua casa ou prédio.
- NÃO DESPERDICE ÁGUA.
HIGIENE ALIMENTAR
HIGIENE: segundo o dicionário, é um sistema de princípios ou regras que evita doenças e conserva a saúde. São
cuidados de asseio corporal e do ambiente de um modo de viver, de se vestir e de habitar.
HIGIENE ALIMENTAR
São todas as condições e medidas necessárias para garantir a segurança e a adequação dos alimentos em todas as
fases da cadeia alimentar.
➢ As condições inadequadas de Higiene e Segurança Alimentar podem originar vários problemas de saúde para
os consumidores.
➢ Em casos extremos, podem até mesmo, por em riscos a sua própria vida.
QUALIDADE, HIGIENE E SEGURANÇA NA PRODUÇÃO DE ALIMENTOS - A alimentação saudável é preciso ter higiene.
As contaminações dos alimentos podem resultar em Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA), elas podem
ser por intoxicações alimentares (causadas pela ingestão de alimentos contendo toxinas microbianas pré-formadas)
e infecções alimentares (causadas pela ingestão de alimentos contendo células viáveis de microrganismos
patogênicos.
Já quando os alimentos estão estragados podem ocorrer o desperdício.
Produtos de Higiene:
- Sanitizante (Hipoclorito de sódio) – cuja sua finalidade é sanitização de vegetais e frutas e ambientes.
- Sabão em pó – limpeza de ambiente (pisos, paredes)
- Detergente – limpeza de bandejas, pratos (utensílios), etc.
Frutas e vegetais:
1. Lavar as verduras, folha por folha, e os legumes e frutas, um a um, em agua corrente e potável.
2. Retirar as partes estragadas.
3. Mergulhá-los inteiros e com casca em solução clorada.
4. Enxaguar em agua corrente e potável.
5. Descascar e picar os alimentos de acordo com a preparação planejada, utilizando previamente utensílios
higienizados e desinfetados.
Cereais e leguminosas:
1. Escolher à seco.
2. Lavar em agua corrente.
3. Levar ao fogo.
Carnes
1. Retirar pequenas porções do refrigerador.
2. Eviatar manipular demasiadamente o alimento.
3. Deixar sob refrigeração até o momento do preparo.
4. Carnes congeladas – descongelas sob refrigeração.
Ovos
1. Lavar em agua corrente e potável, um a um, somente no momento em que serão usados.
2. Quebrar um a um separadamente e depois adiciona-lo a preparação.
3. Não servir alimentos onde os ovos permanecem crus. Utilizar maionese industrializada.
4. Não preparar ovos com gemas moles.
5. Ovo cozido – deixar que fique cozinhando po 7 mim, após levantar fervura.
Alimentos embalados:
1. Lavar as latas e caixinhas dos alimentos (leite) com bucha e sabão e enxague bem.
Depois de pronto, o alimento deve permanecer coberto com tampas ou filme plástico enquanto espera para ser
servido. NUNCA com panos de pratos.
ATENÇÃO COM AS TEMPERATURAS!!!!
Regras básicas:
- Descartar as luvas sempre que:
For ao banheiro;
Pegar em dinheiro;
Recolher o lixo;
Manipular um alimento cru e depois manipular o alimento cozido;
Atender ao telefone;
Abrir a geladeira;
Tossir, espirrar ou assoar o nariz;
Se pentear.
- Nas empresas é obrigatório que todo o cabeço esteja coberto por uma rede ou touca para se evitar a queda dos
mesmos nos alimentos. Não adianta deixar a franja ou um topete para fora da rede ou touca.
- As máscaras não devem ser usadas fora da área de atendimento, nem ficar penduradas no pescoço e/ou queixo.
• Devem ser descartadas nos locais apropriados, após o uso em cada turno devem ser removidas enquanto o
profissional estiver com luvas.
• Nunca coma as mãos nuas.
• Para sua remoção, devem o mínimo possível ser manuseadas e somente pelas bordas ou cordéis, tendo em
vista a contaminação.
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• As máscaras são utilizadas principalmente nas empresas que produzem ou preparam alimentos.
• São trocadas com maior ou menor frequência dependendo da qualidade das mesmas.
• A máscara torna-se úmida depois de 20 a 30 minutos de uso, agregando as fibras e permitindo a passagem
de grande quantidade de microrganismos, além de se tornar desconfortável e provocar prurido, ocasionando
maior contaminação das mãos decorrente do ato de coçar.
O uso de luvas descartáveis para manipulação é para proteger os alimentos e não o manipulador.
Não adianta ir ao banheiro, coçar a cabeça, mexer no lixo com as luvas e depois manipular os alimentos. As
luvas descartáveis, se estiverem sujas também carregam contaminantes para os alimentos.
NUTRIÇÃO E PATOLOGIAS
DIABETES MELLITUS
Diabetes mellitus (DM) corresponde a um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia resultante
dos defeitos na secreção de insulina, na ação da insulina ou em ambas.
CLASSIFICAÇÃO
Antes da instalação do diabetes, o indivíduo passa por um estágio de pré diabetes, em que os resultados do teste de
glicose em jejum ou de tolerância a glicose estão acima do normal, mas não são diagnóstico de diabetes.
Atualmente, a classificação de diabetes inclui quatro tipos: diabetes tipo 1, diabetes tipo 2, diabetes gestacional e
outros tipos específicos (síndromes genéticas especificas, cirurgia, fármacos, desnutrição, infecções ou outras
enfermidades).
Diabetes tipo 1 (DM1):
Forma presente em 5% a 10% dos casos, é o resultado da destruição de células beta pancreáticas com consequente
deficiência de insulina. Na maioria dos casos, essa destruição de células beta é mediada por autoimunidade, porém
existem casos em que não há evidências de processo autoimune, sendo, portanto, referidos como forma idiopática
de DM1.
Diabetes tipo 2 (DM2):
Forma presente em 30% a 95% dos casos e caracteriza-se por defeitos na ação e secreção de insulina. Em geral,
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ambos os defeitos estão presentes quando a hiperglicemia se manifesta, porém, pode haver predomínio de um deles.
O DM2 pode ocorrer em qualquer idade, mas é geralmente diagnosticado após os 40 anos e a maioria dos pacientes
com essa forma de DM apresenta sobrepeso ou obesidade. Os pacientes não dependem de insulina exógena para
sobreviver, porem podem necessitar de tratamento com insulina para obter controle metabólico adequado.
Diabetes gestacional:
Diabetes mellitus gestacional (DMG) é a intolerância aos carboidratos diagnosticada pela primeira vez durante a
gestação e que pode ou não persistir após parto. É o problema metabólico mais comum na gestação e tem
prevalência entre 3% e 25% das gestações, dependendo do grupo étnico, da população e do critério diagnostico
utilizado. Muitas vezes representa o aparecimento do diabetes mellitus tipo 2 (DM2) durante a gravidez.
Outros tipos específicos:
Síndromes genéticas especificais, cirurgia, fármacos, desnutrição, infecções ou outras enfermidades.
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
Os critérios aceitos para diagnostico de diabetes são:
- Sintomas de poliúria, polidipsia e perda ponderal de peso, acrescidos de glicemia casual acima de 200 mg/dL.
- Glicemia de jejum ≥126 mg/dL. Em caso de pequenas elevações da glicemia, o diagnostico deve ser confirmado pela
repetição do teste em outro dia.
- Glicemia de 2 horas, pós-sobrecarga de 75g de glicose, acima de 200 mg/dL.
Em 2009 foi proposta a utilização de hemoglobina glicada (HbA1c) como critério de diagnostico para o DM. A alegação
é que a medida da HbA1c avalia o grau de exposição à glicemia durante o tempo e os valores se mantêm estáveis
após a coleta.
Os valores de referência são os seguintes: Diabetes: HbA1c> 6,5%;
Indivíduos com alto risco para o desenvolvimento de diabetes: HbA1c entre 5,7 e 6,4%
TRATAMENTO NUTRICIONAL
Os objetivos da terapia nutricional para diabetes enfatizam o papel do estilo de vida na melhoria do controle
glicêmico, perfil lipídico e lipoproteico, e da pressão arterial. A melhoria da saúde por escolhas alimentares e prática
de atividade física é a base para todas as recomendações nutricionais para o tratamento do diabetes.
No entanto, a terapia nutricional pode apresentar particularidades em situações especiais na vida de indivíduos com
diabetes.
• Para jovens com diabetes tipo 1, prover aporte de energia adequado para assegurar o crescimento e
desenvolvimento normais, e integrar regimes de insulinoterapia aos hábitos alimentares e de atividade
física.
• Para indivíduos com diabetes tipo 2, facilitar as mudanças nos hábitos alimentares e de atividade física,
para que reduzam a resistência à insulina e melhorem o estado metabólico.
• Para mulheres grávidas e lactantes, prover aporte de energia e nutrientes adequados para resultados
satisfatórios.
• Para indivíduos tratados com insulina ou secretagogos de insulina, prover educação de autocuidado para
tratamento (e prevenção) de hipoglicemia, doenças agudas e problemas de glicose sanguínea relacionados
ao exercício físico.
• Para indivíduos em risco de diabetes, diminuir o risco por meio do encorajamento à prática de atividades
físicas e simulação de escolhas alimentares que facilitem perda de peso moderada ou pelo menos impeça
o ganho de peso.
- Recomenda-se que seja fracionado em seis refeições, sendo as três principais e três lanches. Quanto à forma do
preparo dos alimentos, deve-se dar preferência aos grelhados, assados, cozidos no vapor ou até mesmo crus. Os
alimentos diet, light ou zero podem ser indicados no contexto do plano alimentar e não utilizados de forma exclusiva.
Devem-se respeitar as preferências individuais e o poder aquisitivo do paciente e da família.
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
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A insulinoterapia no diabetes tipo 1 objetiva mimetizar a secreção fisiológica de insulina e alguns antidiabéticos orais
de uso em diabetes tipo 2 procuram corrigir ou otimizar estas duas fases, quando se encontram alteradas. Assim,
diversos esquemas terapêuticos podem ser propostos de forma individual, porém, sempre associados à terapia
nutricional, e, quando possível, à atividade física.
Insulinas humanizadas: Regular humana, NPH humana, ultralenta humana.
Análogos de Insulina: Lispro, Asparte, Glulisina, Glargina, Detemir.
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clinica multifatorial em que a pressão sistólica está ≥ 140mmHg
e a diastólica ≥90mmHg e estes níveis se sustentam.
Está associada com:
• Aumento de eventos cardiovasculares.
• Os fatores de risco incluem idade acima de 65 anos.
• Indivíduos negros
• Excessos de peso
• Obesidade
• Ingestão de sal
• Ingestão de álcool
• Sedentarismo
• Genética
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS:
Há uma relação quase linear entre o aumento de peso e hipertensão. Já a redução do peso e da circunferência
abdominal esta correlacionada com redução da pressão arterial (PA).
• Redução do consumo de sal: recomenda-se 5g de cloreto de sódio ou sal de cozinha (que corresponde a 2g
de sódio); apesar das diferenças individuais de sensibilidade, até reduções modestas na quantidade de sal
são, em geral, eficientes em reduzir a PA.
• Fibras: Consumir de 20 a 30g/dia, 5 a 10g devendo ser solúveis.
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• Ácidos graxos insaturados: óleo de oliva pode reduzir a PA, devido ao teor de ácido oleico, observa-se
também discreta redução da PA com a suplementação de ômega 3 em altas doses diárias e
predominantemente nos idoso.
• Álcool: não ultrapassar 30g de etanol ao dia, para homens, de preferência não habitualmente e 15g é
tolerada para as mulheres.
O estilo alimentar DASH tem importante impacto da redução da PA. A adoção de um estilo DASH inclui:
- Escolher alimentos que possuam pouca gordura saturada, colesterol e gordura total. Por exemplo, carne magra,
aves e peixes, utilizando-os em pequena quantidade.
- Comer muitas frutas e hortaliças, aproximadamente de oito a dez porções por dia (uma porção é igual a uma concha
média).
- Incluir duas ou três porções de laticínios desnatados ou semidesnatados por dia.
- Preferir os alimentos integrais, como pão, cereais e massas integrais ou de trigo integral.
- Comer oleaginosas (castanhas), sementes e grãos, de quatro a cinco porções por semana (uma porção é igual a 1/3
de xicara ou 40g de castanhas, duas colheres de sopa ou 14 g de sementes, ou ½ xicara de feijões ou ervilhas cozidas
e secas).
- Reduzir a adição de gorduras. Utilizar manteiga light e óleos vegetais insaturados (como azeite, soja, milho, canola).
- Evitar a adição de sal aos alimentos. Evitar também molhos e caldos prontos, além de produtos industrializados.
- Diminuir ou evitar o consumo de doces e bebidas com açúcar.
DOENÇAS RENAIS
As manifestações da doença renal são consequências diretas das porções mais afetadas do trato urinário. Estas
manifestações incluem:
1. Doenças glomerulares
2. Defeitos tubulares
3. Insuficiência renal aguda
4. Cálculos renais
5. Insuficiência renal crônica
1. DOENÇAS GLOMERULARES:
A síndrome nefrótica é uma condição caracterizada pela perda de grandes quantidades de proteína (> 3g/dia) na
urina. As manifestações clássicas da síndrome nefrótica incluem:
- Proteinuria (> 3g/dia)
- Hiperlipidemia
- Hipoalbunemia
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- Edema
A dieta do paciente com essa síndrome que mantem função renal normal deve ser hipossódica e normoproteica. A
ingestão de líquidos deve ser controlada.
3. INSUFICIENCIA RENAL AGUDA
A IRA é uma síndrome caracterizada por uma rápida perda da função renal, com acumulo de produtos finais do
metabolismo normalmente excretados pelos rins. Os níveis plasmáticos elevados de ureia, creatinina, íons de
hidrogênio, potássio e ácido úrico representam algumas das consequências metabólicas da IRA.
As intervenções nutricionais na IRA incluem:
• Se o paciente estiver em dialise ou se a função renal aumentar, a ingestão proteica diária deve ficar entre
1,2 a 1,3g/Kg. Se não estiver em dialise, as proteínas devem ser limitadas de 0,6 a 0,8g/Kg.
• A ingestão calórica pode começar com 35Kcal/kg e ser ajustada com base na monitoração dos parâmetros
da avaliação.
• A ingestão diária de sódio geralmente é limitada de 2 a 3g para evitar a retenção de líquidos e controlar a
hipertensão. Também pode ser necessário limitar a ingestão de potássio e fosforo. Os pacientes em dialise
geralmente não precisam fazer restrições dos eletrólitos.
• A restrição de líquidos geralmente é necessária aos pacientes que não estão em dialise e com ingestão
diária igual ao volume do debito urinário acrescido de 500ml. Com a dialise, a ingestão diária de líquidos
de 1,5 a 2,0L geralmente é adequada.
A formação de cálculos é um distúrbio complexo que consiste em saturação, supersaturação, nucleação, crescimento
de cristal ou agregação, retenção de cristal, e formação de cálculo na presença de promotores, inibidores e
complexos na urina.
Existem vários tipos de cálculos renais que diferem em composição e patogênese.
A dieta exerce papel relevante sobre a excreção de urinária tanto de promotores quanto de inibidores da formação
de cálculos. Entre os vários nutrientes implicados, destacam-se: cálcio, oxalato, sódio, potássio, vitamina C, proteína,
purinas, além da ingestão de líquidos.
As recomendações dietéticas gerais para nefrolitiase consistem em:
• Dieta individualizada de acordo com o distúrbio metabólico e habito alimentar
• Evitar a restrição de cálcio
• Ingestão de cálcio e oxalato devem estar em equilíbrio
• Adequar a ingestão de proteína animal
• Evitar alimentos ricos em purinas
• Evitar a ingestão de potássio
• Utilizar com cautela suplementos de vitamina C
• Ingerir líquidos para produzir ao menos 2L/dia de diurese
A DRC consiste na perda gradativa e progressiva da função renal, que é irreversível. As causas mais comuns da DRC
são diabetes e hipertensão. Outras causas incluem infecções, exposição a substancias nefrotóxicas e doenças imunes.
A DRC é dividia em 5 estágios a depender da taxa de filtração glomerular (TFG) para avaliar a função e a disfunção
renais. Conforme tabela abaixo:
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DIETOTERAPIA DO PACIENTE
A Dietoterapia é a terapia em saúde que consiste em utilizar os alimentos da maneira mais adequada à cura
e recuperação do paciente. Ela pode ser a terapia de base ou a terapia complementar, dependendo da patologia e
do estado nutricional do paciente. A classificação das dietas leva em consideração a patologia, seu valor calórico e
nutricional e sua consistência.
TIPOS DE DIETAS
De acordo com a consistência, as dietas podem ser classificadas em:
a) Dieta normal – aquela que não apresenta restrições quanto à consistência dos alimentos. Podem ser
oferecidos alimentos sólidos ou líquidos, de acordo com a preferência do paciente;
b) Dieta branda – dieta na qual o teor de celulose é diminuído. Sua consistência geral é abrandada
pela cocção. Não são permitidas frituras, e os alimentos são servidos preferencialmente cozidos. Os vegetais
devem ser sempre cozidos sem casca, e as frutas, sem casca ou em forma de suco. Não devem ser oferecidos
alimentos que contenham cereais integrais. É indicada quando for preciso facilitar o trabalho mecânico de digestão
dos alimentos;
c) Dieta pastosa – dieta que segue os mesmos princípios da dieta branda, mas os alimentos devem
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As dietas que têm o padrão dietético normal alterado são classificadas como dietas especiais. Elas: podem
ser:
• Aumentadas em macro ou em micronutrientes: hipercalóricas (desnutrição ou estados
hipercatabólicos), hiperprotéicas (estados hipercatabólicos ou de excreção aumentada), hiperférricas (de anemia
ferropriva), hipercalêmicas (patologias renais) etc.;
• Reduzidas em macro ou em micronutrientes: hipoglicídicas (diabetes), hipolipídicas (aterosclerose
e alterações na circulação sanguínea de gorduras), hipossódicas (hipertensão) etc.
A nutrição enteral é aquela que não utiliza a via oral normal para a entrada dos alimentos. Esta se faz por
meio de sondas introduzidas diretamente no estômago ou no intestino do paciente. Os pacientes que recebem
dieta por sonda ficam temporária ou permanentemente impedidos de receber alimentação por via oral, mas seu
trato gastrointestinal deve estar em condições de realizar o mecanismo de digestão. É importante lembrar que
as sondas para alimentação são diferentes das sondas para excreção.
VIAS DE ACESSO:
- Duração prevista da TNE → Grau de risco de aspiração e deslocamento de sonda → Estado clinico do paciente →
Trato intestinal funcionante ou parcialmente funcionante → Contraindicações anatômicas → Intervenção cirúrgica
prevista.
POSIÇÃO GASTTICA X PILORICA: a sonda nasogástrica é modo mais comum de acessar o trato intestinal, mais fácil,
de menor custo e bem tolerada pela maioria dos pacientes, além de utilizar os processos digestivos, hormonais e
bactericidas normais do estomago. Apesar de um dos principais fatores sobre a decisão entre posicionamento
gástrico ou pós- pilórico da sonda seja o risco de aspiração pulmonar, não há dados conclusivos que confirmem a
relação entre nutrição gástrica e aspiração pulmonar, sendo a posição pós- pilórica reservada somente para aqueles
pacientes com maior risco de aspiração.
SISTEMA ENTERAL ABERTO: sempre que há necessidade de manipulação da dieta antes de sua administração.
TIPOS DE DIETAS:
As dietas devem ser sempre completas, ou seja, capazes de fornecer ao paciente todos os nutrientes
necessários à sua sobrevivência e recuperação.
Elas podem ser:
• Naturais ou caseiras - quando são utilizados alimentos in natura para a sua preparação.
Normalmente se utilizam sucos de frutas coados e sopas liquidificadas. E importante, nesse tipo de
procedimento que se verifique se o valor nutricional da dieta está correto e se as técnicas higiênicas estão
sendo obedecidas;
• Industriais – preparadas industrialmente e podem ser apresentadas na forma liquida
pronta para uso ou em pó, em sistema aberto ou fechado. As dietas industriais têm a vantagem de
exigirem menor manipulação, apresentando menor risco de contaminação, especialmente se sua
apresentação for líquida e pronta para o consumo.
• Mista – preparada com alimentos, porem adicionada de módulos nutricionais ou
formulações industrializadas, ou ainda quando se faz alternância entre a administração de formulas
caseiras e industrializadas ao longo do dia.
ADMINISTRAÇÃO DA DIETA:
A dieta deve ser administrada de forma higiênica devendo ser feita assepsia tanto do local quanto dos
utensílios e frascos. Os frascos não devem ser reaproveitados, e a dieta deve ser preparada em horário próximo ao
consumo, caso isso não seja possível, ela deve permanecer sob refrigeração até o momento próximo do consumo.
O gotejamento dá dieta deve ser lento, de acordo com a capacidade gástrica e digestiva do paciente,
para evitar o refluxo e gases e a diarreia.
A administração da dieta por sonda é de responsabilidade de quem cuida do paciente, ou seja, da equipe
de enfermagem ou do acompanhante. No caso de ser o acompanhante o responsável, ele deve ser orientado
quanto ao gotejamento e à prática asséptica.
Após a administração da dieta, deve ser oferecida água filtrada ao paciente.
CUIDADOS: observar sempre se a dieta atende ao que foi prescrito, se está no volume correto e no horário correto
e se aparentemente não possui nenhuma irregularidade quanto à consistência e coloração.
COMPLICAÇÕES:
Podem ocorrer complicações mecânicas – lesão da mucosa nasal e irritação nasofaríngea, esofagite,
obstrução e aspiração pulmonar; gastrintestinais – cólicas, náuseas, vômitos e diarreia; metabólicas – encefalopatia
metabólica, hiperglicemia, glicosúria.
• Orientar o paciente, a família ou o responsável legal quanto à utilização e ao controle da nutrição enteral;
• Preparar o paciente, o material e o local para o acesso enteral;
• Prescrever os cuidados de enfermagem na terapia de nutrição enteral, em nível hospitalar, ambulatorial
e domiciliar;
• Realizar ou assegurar a colocação da sonda oro/nasogástrica;
• Assegurar a manutenção da via de administração;
• Receber a dieta e assegurar sua conservação até a completa administração;
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A nutrição parenteral é a alimentação que fornece todos os nutrientes necessários ao paciente por via
venosa. Ela deve ser utilizada quando o trato gastrointestinal não está apto a receber alimentos, ou seja, no
agravamento do quadro do paciente que recebe nutrição enteral ou em casos de obstruções severas do tubo
gastrointestinal, pancreatites, fístulas, traumatismos, intervenções cirúrgicas, pós-operatórios, doenças
inflamatórias intestinais, síndromes disabsortivas, septicemias, queimaduras graves e extensas, ventilação mecânica
prolongada.
A dieta parenteral deve ser calculada e preparada por farmacêutico e administrada pela equipe de
enfermagem.
Escolha de acesso em NP: depende da necessidade nutricional do paciente, acesso venoso disponível, o volume,
a composição e a concentração da solução utilizada, além do tempo previsto para a terapia.
COMPLICAÇÕES EM NP:
• Pneumotórax
• Embolismo gasoso, embolização do cateter
MECÂNICAS ou relacionadas • Trombose venosa, oclusão do cateter
ao cateter • Localização irregular da ponta do cateter.
• Flebites, hemotórax, hidrotórax
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GESTAÇÃO
importância: condições ambientais e alimentação da mãe: ingestão de nutrientes, ganho de peso e fator
emocional.
Ao final das 12 primeiras semanas (1º trimestre), o feto pesará aproximadamente 300g. sendo que essa é
uma fase de intensa hiperplasia celular. Entre a 13ª e 27ª semanas ocorre um equilíbrio entre a hiperplasia e a
hipertrofia celulares, chegando, o feto a pesa a cerca de 1000g no final do período. A partir da 28ª semana, o
processo de hipertrofia passa a ser predominante, sendo que no final do período gestacional o feto pesará em torno
de 3000g.
O ganho de peso no período gestacional deve ser determinado de acordo como estado nutricional pré-
gestacional. Em gestantes eutróficas, indicado é um aumento de 9 a 13 kg Gestantes com baixo peso pré-gestacional
podem ter um ganho de peso de até 18 kg, enquanto o ganho de peso ideal para gestantes obesas varia de 6 a 9 kg.
É importante lembrar que o ganho de peso da gestante compreende, além do peso do feto, que pode ser de até 4
kg, o peso dos estoques, placenta e aumento das mamas.
A subnutrição e a desnutrição gestacional estão relacionadas a bebês com baixo peso ao nascer (BPN). A
obesidade gestacional, também está relacionada ao baixo peso ao nascer, além de levar a um menor aproveitamento
e absorção do ácido fólico o (folato).
ADAPTAÇÕES FISIOLÓGICAS
Durante o período gestacional, o organismo da mulher passa por várias adaptações fisiológicas, entre
as quais podemos citar:
• Ajuste no metabolismo dos macronutrientes, passando a utilizar mais os carboidratos como fonte de
energia, mobilizando menos os seus estoques de gordura;
• Aumento da sensibilidade e vascularização dos centros respiratórios, o que causa uma hiperventilação,
decorrente da ação da progesterona e do estrogênio;
• Substituição da respiração abdominal pela torácica, causando uma respiração ofegante;
• Mudanças no olfato e no paladar, alterando as preferências pelos alimentos.
- Náuseas e vômitos;
- Alterações no apetite;
- Constipação (devido ao relaxamento da musculatura intestinal decorrente do aumento da ação da
progesterona) e hemorróidas;
- Pirose (devido ao aumento da pressão do útero sobre o estômago e ao relaxamento do esfíncter esofágico
inferior);
- Pica (vontade de se alimentar de substâncias não-nutritivas, como terra, cimento, cal, sabão);
- Edema no final do dia e câimbras;
- Infecções urinárias (devido à deficiência na filtração renal).
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
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• Calorias: aumentar o consumo calórico a partir do 2º trimestre, evitando-se o consumo exagerado de alimentos
altamente calóricos.
• Proteínas: aumentar o consumo em 10g/dia.
• Cálcio: fazer suplementação a fim de prevenir a DHEG, distúrbio hipertensivo específico da gestação; não
suplementar, caso exista nefrolitíase.
• Ácido fólico: suplementar e combinar com a ingestão de vitamina B 12' a fim de prevenir distúrbios do tubo neural
(espinha bífida, anencefalia, hidrocefalia) e anemia megaloblástica.
• Ferro: suplementar até o final da gestação, pois será o responsável pela formação da massa eritrocitária fetal.
• Vitamina A: não deve ser suplementada, pois o excesso pode causar alterações na formação do feto.
• Vitamina C: ingerir no máximo 2g/dia.
• Zinco: a deficiência pode causar má-formação fetal, mas a alta ingestão concorre com a absorção do ferro.
• Cafeína: restringir o consumo de café e chá preto/mate a 3 xícaras por dia.
• Edulcorantes: evitar o uso, especialmente de sacarina, que é permeável à p l a c e n t a .
A gestação é um período cercado de crenças, a maioria delas sem fundamentação científica. O fato de a
gestante apresentar "desejos" é um fator psicológico e não justificativa científica. As aversões alimentares podem
aparecer e devém ser, respeitadas, desde que não afetem o estado nutricional da gestante nem o do feto.
LACTAÇÃO
É o período que a criança se amamenta, podendo ser aleitamento materno ou artificial. A Organização
Mundial de Saúde (OMS) aconselha o aleitamento materno exclusivo até 6 meses de idade e o aleitamento
complementar até os 2 anos de idade. A produção do leite pela mãe depende do estímulo de sucção pelo bebê e
da ocorrência dos hormônios prolactina e ocitocina.
O leite secretado nos 3 primeiros dias após o parto é chamado colostro, rico em vitaminas e
imunoglobulinas, e é essencial para a adaptação da criança ao mundo externo. A partir do 15º dia, a mulher já
produz o leite chamado maduro, que é de fácil digestão e contém ferro de alta disponibilidade.
O leite materno também apresenta mudanças de composição durante a mamada – o leite do começo
(anterior) é mais aquoso, enquanto o leite do final (posterior) é mais rico em calorias e gordura.
Durante a lactação, a mulher deve aumentar sua ingestão calórica em aproximadamente 500 kcal/dia,
aumentar a ingestão de proteínas para 15 g/dia nos 6 primeiros meses e para 12 g/dia nos outros meses. A ingestão
correta dos outros nutrientes deve ser observada.
A restrição alimentar da mãe deve ser evitada, pois isto pode alterar seu estado nutricional e afetar
a correta produção de leite. Alimentos como chocolate, ovos e frutas cítricas não têm interferência
comprovada na produção do leite nem de cólicas no bebê. O consumo de café deve ser restrito a 3 vezes ao
dia. A ingestão de álcool deve ser evitada.
O consumo de água deve ser estimulado, pois é fundamental para a produção do leite. Também o consumo
da carne de peixe e aves deve ser estimulado, na frequência de 3 vezes, por semana.
Nessa fase, o profissional deve continuar um trabalho de incentivo ao aleitamento materno, observando
os princípios e recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). Incentivar a boa alimentação da
mãe para garantir o suprimento adequado de leite faz parte das atribuições tanto do nutricionista quanto do
enfermeiro ou técnico que acompanham a lactante.
LACTÂNCIA
Lactente é o termo que designa a criança que se amamenta, enquanto a mãe é denominada lactante. A criança
de até seis meses de idade que mama exclusivamente no seio, não precisa de nenhum tipo de alimentação
complementar, o que exclui da dieta chás e água.
Em situações, em que, a mãe não pode amamentar, o leite formulado (industrializado) deve ser oferecido,
sendo o leite de vaca a última opção, devido ao fato de ser de difícil digestão e por possuir micronutrientes de
baixa biodisponibilidade.
CÓLICA DO LACTENTE
A cólica do lactente é multifatorial e depende da condição emocional da mãe e do ambiente que cerca a
criança, da sua resposta adaptativa à vida extra-uterina e ao processo de amadurecimento e o trato
gastrintestinal. Por esses fatores, ela é autolimitada.
Em casos em que as cólicas são intensas ou frequentes, o profissional que acompanha a mãe deve observar se
a pega do bebê no seio está correta, se a criança, não está engolindo ar, se o esvaziamento da mama está
adequado, se o intervalo entre as mamadas não está muito curto e se a criança arrota após a amamentação.
A criança ao nascer ainda é um ser imaturo fisiologicamente. Alguns aspectos que evidenciam essa
imaturidade são: a baixa produção de lactase, que em alguns se estende até 12 meses de vida, e a baixa produção
de amilase, que normalmente dura até os 6 meses de vida. Além disso, a capacidade gástrica do bebê é pequena,
limitando o volume das refeições (mamadas). A criança só será considerada organicamente madura aos 12
meses de idade, quando poderá ter refeições iguais às da família.
ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR
A alimentação complementar ao leite materno deve ser introduzida a partir dos 6 meses de idade. Essa
alimentação já foi erroneamente chamada de alimentação de desmame, termo em desuso, uma vez que a criança
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continuará mamando. O termo que pode corretamente denominar esse período é alimentação de transição.
A introdução dos alimentos deve ser gradual, iniciando-se com frutas amassadas, em seguida com legumes
em forma de sopa. A carne deve ser introduzida juntamente com os legumes, inclusive a carne de peixe, desde que
não haja casos de alergias alimentares na família. É recomendado que a gema de ovo cozida seja introduzida a partir
do 7° mês de vida, enquanto a clara só deve ser oferecida aos 12 meses. É importante oferecer água à criança logo
que forem introduzidos os alimentos complementares.
Os alimentos devem ser sempre amassados, de acordo com a capacidade de mastigação e deglutição da criança.
Deve-se evitar liquidificar os alimentos, pois dificultam o processo de desenvolvimento buco- maxilo-facial.
A extensão do aleitamento exclusivo por mais tempo que o recomendado, pode trazer prejuízos à criança
em seu desenvolvimento, sendo responsável por casos importantes de desnutrição.
Recomendações Nutricionais: Oferecer alimentos que contenham macro e micronutrientes em
quantidades adequadas; evitar a ingestão de doces de qualquer espécie e o consumo excessivo de sal.
INFÂNCIA
A infância é a fase que compreende o período entre 1 e 10 anos de idade. Nessa fase, além de ter seu
crescimento e desenvolvimento físico e mental, a criança estará formando seus hábitos alimentares e adquirindo
autonomia alimentar; por isso, oferecer alimentos em quantidade suficiente e de boa qualidade é essencial.
- Enfermidades.
No início da infância ocorre uma diminuição na velocidade de crescimento, o que pode causar uma
diminuição no apetite. O apetite também se toma inconstante, podendo ocorrer até mesmo a falta dele
(inapetência). Deve-se observar se essa inapetência é orgânica, causada pela carência de nutrientes, ou
comportamental, quando a criança usa a alimentação como forma de chamar a atenção dos pais, professores e
cuidadores.
A alimentação irá depender ainda do amadurecimento orgânico e da capacidade gástrica e motora da
criança. A partir dos 12 meses de idade a criança já pode receber alimentação igual à da família.
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS: Por ser uma idade de intensa atividade orgânica, algumas necessidades devem
ser atendidas:
• Proteínas: a ingestão de proteínas deve acompanhar o crescimento, sendo que irá gradativamente diminuir em
relação a gramas por quilo de peso, aumentando, entretanto, seu valor absoluto.
• Cálcio: responsável pela formação de ossos e dentes, será responsável pelo aumento da densidade óssea. Sua
absorção é facilitada pela ingestão de vitamina D e lactose. Deve-se continuar oferecendo leite para a
criança, após a retirada do leite materno, e incentivar o uso de copos e colheres, em vez de mamadeiras.
• Ferro: devido à intensa formação de células eritrocitárias, a ingestão adequada permite uma circulação
sanguínea adequada, o que será essencial ao crescimento e desenvolvimento normais.
Período compreendido entre os 12 e 21 anos de idade, onde ocorre uma transformação fisiológica, psicológica e
cognitiva, durante a qual a criança se torna adulto. É considerada, a etapa, final da manutenção orgânica e psíquica
do indivíduo.
A puberdade é um período de crescimento e desenvolvimento acelerado durante o qual a criança se transforma
fisicamente em adultos e se torna capaz de reprodução sexual, onde se observa uma maior produção de hormônios
reprodutivos.
A adolescência é a fase em que haverá a confirmação ou a contestação dos hábitos adquiridos na infância. Nela,
adquire-se a autonomia alimentar, pois o adolescente passa a ser “responsável” pela sua alimentação. A
influência dos pais aparece em terceiro plano, após a dos colegas e a da mídia
Durante a adolescência, as necessidades de proteínas variam com o grau de maturação física. A ingestão
inadequada pode levar a alterações no crescimento e desenvolvimento do adolescente, podendo levar a um retardo
ou diminuição da estatura ou peso.
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
• Cálcio: A ingestão deve atender ao que é recomendado, pois é na adolescência que ocorre o pico da
mineralização óssea, ou seja, é a etapa em que os ossos irão armazenar a máxima quantidade de cálcio possível
para ser utilizado na vida adulta. A deficiência de cálcio nessa idade pode ser o principal determinante da
osteoporose no adulto.
• Ferro: É importante devido ao aumento da massa muscular e do volume sanguíneo. Deve-se observar o
aumento das necessidades na mulher a partir da menarca.
• Frutas e verduras: Para atender às necessidades de vitaminas e minerais desta fase, deve-se incentivar o
consumo de frutas e verduras, assim como de alimentos variados e que não contenham excesso de gordura, de
açúcar e de corantes.
A vida adulta constitui um tempo ideal para tomar decisões e fazer um planejamento positivo para a saúde
e prevenção de doenças. Na transição, desde a adolescência até a fase adulta, a saúde e o bem-estar podem
alcançar uma nova importância.
É aquela em que vivemos o ciclo "normal" da nossa fisiologia. Não estamos mais em fase de crescimento e
ainda não chegamos a velhice. É o período em que temos a estabilidade do número de células adiposas, mas
também é quando elas aumentam os seus estoques de gordura, causando assim um ganho de peso em regiões
específicas (abdômen, quadril).
Os cuidados com a alimentação devem levar em consideração que estamos na fase em que
determinaremos nossa longevidade e nossa qualidade de vida. A alimentação deve seguir as 4 Leis: Qualidade,
Quantidade, Harmonia e Adequação.
Embora não seja uma fase de alterações orgânicas, o indivíduo passa por diversas alterações psicológicas,
decorrentes de mudanças, casamento, filhos, estudos, e essas mudanças trazem uma carga de estresse muito
elevada, que pode afetar a estrutura alimentar do adulto.
Observar a carga de estresse e estar atento a restrições e compulsões alimentares nesse período é muito
importante.
ADULTO JOVEM: necessidade de maior ingestão de alguns nutrientes para alcançar o potencial genético de
formação da massa óssea adequada (Cálcio e vitamina D)
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ADULTO DE MEIA IDADE: diminuição do gasto energético, tendência ao aumento de peso e DCNT’s.
DISTÚRBIOS NUTRICIONAIS PRESENTES NO ADULTO: obesidade, hipertensão arterial, diabetes mellitos e doenças
cardiovasculares.
A população idosa, que compreende indivíduos a partir dos 60 anos de idade, está aumentando. Esse
aumento é decorrente de avanços no campo da Medicina, os quais elevam a expectativa de vida, e de leis
que protegem o indivíduo e permitem que ele se ausente do trabalho e mantenha sua qualidade de vida.
O envelhecimento é um processo caracterizado por alterações morfológica, fisiológicas, bioquímicas e
psicológicas que levam a uma diminuição da capacidade de adaptação do indivíduo ao meio ambiente, que
termina por leva-lo a morte.
É influenciado pelos fatores genéticos e ambientais, bem como pelo reflexo do estilo de vida adotado nas
fases anteriores da vida.
O envelhecimento consiste na perda paulatina da capacidade de adaptação do organismo devido à
interação de fatores intrínsecos (genéticos) e extrínsecos (ambientais). Principais alterações fisiológicas no
envelhecimento.
FATORES QUE PODEM AFETAR A INGESTAO DIETÉTICA NOS IDOSOS E O ESTADO NUTRICIONAL
• Perda de rendimento (pobreza);
• Isolamento social;
• Doenças que reduzem o apetite, diminuindo a absorção ou utilização dos alimentos, ou a necessidade de
nutrientes;
• Drogas que afetam a ingestão, absorção e utilização dos alimentos, ou a excreção de nutrientes;
• Ignorância sobre uma boa nutrição ou preparação alimentar;
• Hábitos e tabus inadequados;
• Alterações no paladar;
• Hipocloridria;
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• Problemas dentários;
• Depressão ou problemas mentais;
• Habilidade física para comprar alimentos e prepara-los;
• Alcoolismo
LOCAL/
CONDIÇÃO ALTERAÇÕES
Massa magra e na massa mineral → do número de fibras musculares, de tecido
MÚSCULOS muscular e o tamanho dos músculos → atrofia muscular, reduzindo a atividade muscular;
Massa mineral;
↑ na proporção da gordura corporal e tecido conjuntivo.
A diminuição da massa magra pode ser devido a um efeito secundário produzido por
mudanças hormonais, mudanças no metabolismo de proteínas, e mudanças na ingestão
energética ou na atividade física.
Os ossos tornam-se porosos;
OSSOS Há perda de cálcio;
Predisposição a osteoporose e maior frequência de fraturas;
SENSORIAL:
1. Paladar;
2. Ocorre atrofia das papilas gustativas:
- sensibilidade ao gosto de doce e salgado;
- Agrava-se com os medicamentos.
CAVIDADE ORAL 3. Do fluxo salivar (tanto quantitativa e qualitativamente – ocorre redução da
secreção de mucina e ptialina);
Fatores agravantes:
• Respirar pela boca;
• Próteses dentarias mal adaptadas;
• Uso de algumas drogas que podem levar a secura da boca (anti-hipertensivos
causam xerostomia).
Disfagia; hérnia hiatal, divertículos e esofagite por regurgitação no Idoso.
ESÔFAGO
1. da secreção acida e de pepsina;
2. Motilidade e o esvaziamento gástrico.
ESTÔMAGO Estudos demonstram que 2 fatores interferem no esvaziamento gástrico: o pH
intragástrico e a capacidade da musculatura antraL.
A hipocloridria:
• Absorção do ferro não-heme e cálcio;
• Crescimento bacteriano excessivo (devido a da secreção acida) → menor ação
dos sais biliares, mal absorção de gordura e diarreia;
INTESTINO • Fator intrínseco pode levar a menor absorção de vit. B12 → pode ocorrer
DELGADO anemia megaloblástica;
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