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A presente tradução foi efetuada pelo grupo Warriors Angels of Sin (WAS),
de modo a proporcionar ao leitor o acesso à obra, incentivando à posterior
aquisição. O objetivo do grupo é selecionar livros sem previsão de publicação
no Brasil, traduzindo-os e disponibilizando-os ao leitor, sem qualquer forma
de obter lucro, seja ele direto ou indireto.
Todo aquele que tiver acesso à presente tradução fica ciente de que o
download se destina exclusivamente ao uso pessoal e privado, abstendo-se de
o divulgar nas redes sociais bem como tornar público o trabalho de tradução
do grupo, sem que exista uma prévia autorização expressa do mesmo.
ou não sou?
Ela.
As pessoas podem pensar que sou jovem e ingênuo, mas é só uma máscara
que uso para enganá-los.
***
Este romance contém algumas cenas que podem ser perturbadoras. Por favor,
leia com cautela.
Dedicatória
Rowan, uma mulher jovem e bonita, acaba de fazer dezoito anos e é amiga
dos quatro irmãos Pearson ao lado. Hayden dezenove, Brock dezessete,
Nixon dezesseis e Camden quinze.
Rowan namorou brevemente Brock, teve uma paixão adolescente por Hayden
e é a melhor amiga de Nixon. Mas quando Eric Pearson, pai deles, coloca
seus olhos nela, ela permite que ele a seduza.
Jaxson Wheeler é um serial killer. A única coisa preciosa nesta terra para ele
é sua filha de dezoito anos, Rowan. Então, quando acredita que Rowan foi
corrompida por Eric, ele sabe que Eric precisa morrer. E por sua mão, assim
como fez com a esposa de Eric há muitos anos atrás, sem que ninguém
soubesse, a não ser Jaxson.
Irritado com a traição de sua filha, Jaxson foge só para voltar sete meses
depois para pegar o seu próprio troféu.
Capítulo Um
Nixon
Dezenove…
Eu sou um psicopata?
Tocando a lombada do livro, uma risada puxa meus lábios. Que título para
um psiquiatra ter em sua estante de livros. Eu sou um psicopata?
Eu me fiz esta pergunta muitas vezes, mas nunca pensei que comprar um
livro me daria a resposta.
Eu sou um psicopata?
los. Depois de vir aqui por mais de dois anos e meio, eu sei que nunca há uma
coisa fora do lugar ou uma partícula de sujeira em seu escritório. Ela é uma
aberração da limpeza.
quase.
— Você quer que eu saiba? — Sua voz é calma, como se suas palavras
fossem ditas através de um pano de seda. É um truque para me fazer confiar
nela.
— Eu não tive uma a princípio. Ele disse que se eu estava procurando no mar
de pessoas que eu amo em minha mente, então provavelmente não sou um
psicopata.
— Então você tem a sua resposta, — ela conclui, cruzando uma perna sobre a
outra. Sua saia repousa logo acima dos joelhos, dando-me um breve
vislumbre de sua calcinha no movimento. Não tenho certeza se é deliberado,
mas também não me importo. Eu estreito meu olhar no dela.
Suas mãos apertam seu bloco de notas. — Isso não faz de você um psicopata.
— Não faz? — Eu franzo a testa, segurando o meu sorriso quando seu olho
se contrai. Ela nunca foi capaz de me compreender.
E eu não preciso que ela responda a essa pergunta. Eu já sei que a resposta é
sim.
Sim, eu me importaria.
Eu me importaria muito.
Porque eu amo.
Eu a amo.
Nixon
Desde o inicio…
#1 Traço de um psicopata
Destemido
Os sons dos meus três irmãos rindo juntos atravessam o corredor até o meu
quarto. A irritação explode dentro de mim quando pulo da cama para fechar a
porta.
Eu quero calar todos eles. Eu odeio como eles simplesmente aceitam que
nosso pai esteja namorando uma garota com quem crescemos. Uma garota de
apenas dezoito anos. Uma garota que não é para ele. Eu posso ter apenas
dezesseis anos, mas no nosso caso, a idade não importa. Pertencemos um ao
outro.
Sabíamos que haveria competição entre nós por seu afeto, mas, Cristo,
nenhum de nós poderia prever que nosso pai a exibisse como seu brinquedo.
Ela quebrou meu maldito coração no dia em que os vi juntos. Eu pensei que
ela fosse diferente das outras garotas. Ela não se importava com dinheiro,
poder ou aparência. Ela gostava de rir, brincar, comer pizza e pedir suas
próprias batatas fritas em vez de roubar as minhas.
Ela não pedia atenção ou precisava de elogios para saciar seu ego. Vaidade
não é algo que ela possuía, apesar de ser a garota mais bonita em qualquer
sala.
Eu desejei ser o único a beijar seus lábios. Segurá-la em meus braços e
protegê-la da dureza do mundo. Eu ansiava que ela tirasse um pouco da
escuridão fria dentro de mim e acendesse sua luz. Ela e Brock tiveram um
namorico por um tempo, mas não era real - não era o que nós
compartilhamos.
Ela estar com Eric é um pesadelo que me mantém acordado durante a noite.
Os pensamentos dele arruinando-a, intoxicando sua mente e transformando-a
na mulher perturbada que minha mãe se tornou, me faz querer cravar uma
faca em seu peito e arrancar seu coração.
Eu quero jogar alvejante nos meus olhos e lavar as imagens deles juntos.
Ouvi-la gemer e chamar por ele – por ele! – dói . É uma dor que tenho que
reprimir e mascarar. Eu não os deixo ver o dano que me causam. Sempre
houve uma desconexão entre Eric e eu. Meus irmãos o chamam de pai, mas
ele nunca foi pai para mim. Até mesmo dizer a palavra me faz lembrar dele
forçando Rowan a chamá-lo de papai. Me deixa doente. E conhecendo-o,
saber o quanto sinto por Rowan só faria ele esfregar mais na minha cara. Ele
adora deixar todos saberem que está fazendo coisas repugnantes com ela.
Não posso acreditar no show que ele deu na festa mais cedo na frente de
todos. Fazendo Rowan dizer ao pai que ela tinha um novo papai agora. Quase
me fez explodir em um ataque de raiva frenética, mas eu me controlei,
ganhando meu tempo, deslizando minha máscara de tudo bem para todos
verem, para que não soubessem o que está acontecendo dentro da minha
mente. Ninguém pode me entender e é assim que eu gosto.
Paciência me é mais útil. Este é o longo jogo. Seu próprio pai, Jaxson
Wheeler, não é do tipo para ser feito de bobo, e por que me expor quando sei
que ele vai lidar com o meu problema por mim?
Eric empurrou sua sorte para longe esta noite. Ele acha que é intocável e, para
a maioria das pessoas, talvez ele seja. Mas Jaxson Wheeler? Ele não é a
maioria das pessoas.
Eric forçar Rowan a dizer a seu pai que ela não pertencia mais a ele, assinou
sua própria sentença de morte.
A cena toda me fez querer vomitar. O pai de Rowan não é do tipo que
simplesmente recebe ordens. Ele faz suas próprias regras e eu admiro isso
nele. Eu o observei ao longo dos anos - observei-o vigiar todos os outros.
Como eu, ele usa uma máscara. Ele esconde seu verdadeiro rosto e isso me
intriga.
Ele tenta se encaixar, mas sob a superfície, ele vê a todos, menos Rowan,
como irrelevantes. Eu vasculhei em seus olhos e encontrei a entidade
implacável atrás deles.
Checando meu celular, suspiro com os seis textos de Jackie, uma garota da
minha escola que quer que eu saia com ela. Ela é carente pra caralho. Eu a
odeio.
Procuro na escuridão, mas não vejo ninguém até que um clarão e o estalo de
um tiro ecoam pelo ar.
Thump.
Porra.
Meus pés estão se movendo antes que minha mente tenha tempo de perceber.
Eu saio correndo pela casa, pulando as escadas em três saltos.
— Que diabos foi isso? — Meus irmãos chamam de algum lugar da casa,
mas foda-se eles. Eu preciso chegar até Rowan.
A chuva é insana, fazendo com que seja quase impossível ver claramente.
Olhando através da torrente, percebo Jax Wheeler com uma arma estendida
em suas mãos, apontada e pronta. Ele está rosnando para...
Rowan. Ela está em uma pilha na grama, suas roupas grudadas em sua pele,
seu cabelo preso ao rosto, características gravadas em dor agonizante. Ela se
inclina para a frente em direção a algo no chão.
— Eu nunca deveria ter cortado você de sua mãe, — ele cospe para ela.
Eu reajo a seus soluços, ela parece tão quebrada, e avanço para ver o que ela
está olhando. É um buraco de um bom tamanho cavado no chão. Eu sigo sua
visão e o ar sai dos meus pulmões. Eric está com os olhos arregalados,
olhando para cima com um buraco de bala no crânio.
Porra.
Avançando, bato em Jaxson, levando-o ao chão. Seu corpo cai com um ruído
na lama. Porque é o que qualquer filho faria.
Erguendo o braço para trás, soco sua mandíbula, mas ele me empurra de cima
dele, usando seu tamanho para ganhar o controle sobre mim, então aponta a
arma para mim com um sorriso doentio em seus lábios.
Thump.
Eu me inclino para a frente, apesar do perigo. Eu posso ser menor, mas sou
mais rápido, e há essa adrenalina estranha fazendo as escolhas por mim. Eu
não estou assustado; Estou excitado.
Batendo na mão dele para sair da sua mira, o estampido se estilhaça pela
noite, disparando um tiro. Filho da puta. Pulo em cima dele, tentando acertar
outro golpe, mas ele me bate no nariz com a coronha da arma, me atordoando
e me fazendo cair para trás. Ele se levanta com facilidade. Olhos selvagens
rastreiam meus movimentos.
Rios quentes de sangue se misturam com a chuva enquanto o meu nariz vaza.
Sorrio de volta para ele quando seus olhos piscam largamente e caem em
Rowan.
O que é isso? Medo? Arrependimento?
Uma comoção segue atrás de mim quando meus irmãos todos correm para o
quintal até Rowan.
Não quero tirar os olhos de Jaxson, mas os súbitos apelos ansiosos para ela
ficar com eles roubam minha atenção.
— Pare o sangramento!
Minhas entranhas colidem e minhas mãos tremem. Ela está sangrando. Porra.
Porra. Não.
Cuide dela, Cam. — Peço ao meu irmão mais novo, e me levanto, começando
a perseguição.
Meus pés batem no asfalto, causando fisgadas em ambas as pernas, mas isso
não me atrapalha. O maldito velho está em forma pra caralho.
Depois de alguns minutos, ele diminui a velocidade e se vira para mim. Ele
nem está sem fôlego. Não há emoção em seu olhar vazio -
— Ele é meu pai, — eu rosno. — Você acha que eu não vou vingá-
Um sorriso arrogante ergue seus lábios. — Você não dá a mínima para ele. E
nós dois sabemos que ele não é seu pai. Talvez você devesse perguntar ao tio
Trevor se ele sabe quem é o seu verdadeiro pai.
Desgraçado.
Minha testa franze em suas palavras, mas eu escolho ignorá-las por agora.
— Eu sinto coisas por ela, mas nós dois sabemos que não amamos nada, —
eu digo, pedindo-lhe para confirmar.
Rowan
#2 traço de um psicopata
Destreza
Agonia.
sofrimento é uma ferida muito mais profunda que qualquer dor física. É
Estou tão sozinha, apesar de o hospital estar cheio. Todos os quatro rapazes
Pearson estão sentados em várias cadeiras em volta da minha cama, e eu não
posso murmurar uma palavra, mesmo que esteja gritando por dentro, porque
eles perderam a mãe e o pai pelas mãos do meu. Como eles ainda podem
querer estar aqui cuidando de mim?
Minha alma está tão devastada. Eu acho que não vou me recuperar disso.
Minha cicatriz é um lembrete constante do que perdi - e o que não perdi. O
bebê que geramos vive dentro do meu ventre.
O zumbido de um celular sacode Nixon de seu sono. Ele não saiu do meu
lado a semana inteira em que estive aqui. Hayden está segurando o telefone e
sai da sala para atender a ligação.
— Ei. — Cam sorri, pegando minha mão na dele. — Como você está se
sentindo hoje? Pronta para ir para casa? — Eu endureci com essas palavras.
Casa.
— Aqui, — diz Nixon, colocando um canudo nos meus lábios. Ele sempre
parece saber quando eu preciso de algo. — Se você não se importar, quero
que volte para a nossa...
— Nós — Nix continua, — queremos que você volte para a nossa, é onde
você pertence, — ele franze as sobrancelhas, procurando em meus olhos por
confirmação.
— Ótimo. Cam vai buscar sua receita com a enfermeira que está dando em
cima dele todo o tempo que estivemos aqui, — brinca Nix, piscando para
Cam que sorri.
— Ela é muito mulher. Ela parece ter uns cinquenta. — Brock estremece,
fazendo Cam sorrir ainda mais.
— Eu gosto delas com quilômetros rodados, se você sabe o que quero dizer.
— Os olhos de Cam brilham com malícia, ganhando um sorriso raro de
Nixon.
Ele se afastou com um puxão de Nixon em seu braço antes mesmo de se fazer
confortável. — Ela não precisa de você batendo em sua lesão,
Brock endurece, depois passa por ele para pegar meus pertences.
— Eu posso fazer isso, — eu tento dizer a ele, mas Nixon balança a cabeça e
pega a minha mão.
— Você precisa ter calma e nos deixar cuidar de você. Foi muito perto, Ro.
Nós poderíamos ter perdido você.
Há dor nos olhos dele, e não tenho certeza se ele já lidou com a morte de seu
pai. Nenhum deles o mencionou para mim, ou falou sobre como o corpo
decomposto de sua mãe foi retirado de um túmulo no meu quintal.
Eles acharam que ela os tivesse abandonado. Oh meu Deus, meu pai era um
monstro e eu nunca soube. Eu me odeio por ainda amá-lo, mas não importa o
quanto deseje não o fazer, não consigo parar. Ele é meu pai e me sinto tão
mal agora. Todo o meu ser está fragmentado, apenas mantido unido por um
fio fino.
— Por favor, não chore, Ro. Eu não suporto assistir, — Brock grunhe do
outro lado da sala.
— Então, porra, saia para que você não precise, — Nixon rosna para ele.
Brock deixa cair a minha bolsa e cruza os braços sobre o peito. —
Nixon se vira para ele e juro que vejo Brock se encolher. — Ela não precisa
que você diga que ela pode e não pode chorar porque isso deixa você
desconfortável.
Hayden coloca as mãos nos quadris e olha para Nixon, que encolhe os
ombros. — Que se foda. Nós não precisamos dele aqui de qualquer maneira.
Deixe-o ficar com sua namorada.
— Ele precisa do apoio de seu melhor amigo. Todos nós temos nosso próprio
processo. — Cam diz a ele. Hayden vira sua atenção para mim.
— Ok, Rowan, com você agora com dezoito anos, você pode escolher para
onde vai a partir daqui, — ele começa, mas é interrompido quando Nixon
pega a bolsa que Brock deixou cair.
Hayden assente e olha entre Nixon e eu. — Sua amiga está lá fora, Ro. Você
quer que eu diga a ela para encontrá-la em nossa casa?
Não posso enfrentar Suzanne agora, mas ela veio aqui todos os dias
esperando me ver. Eu aceno um sim, e ele acena de volta antes de sair do
quarto.
***
Meu coração troveja no meu peito quando Nix abre a porta do carro e oferece
sua mão para mim. Inalando algumas respirações, eu saio, emoção entalada
na minha garganta e queimando meus olhos.
Ser conduzida para dentro não me dá tempo para mudar de ideia e correr -
fugir de tudo e não parar até que meus pulmões cedam e meu coração pare de
bater.
— Nós pedimos à empregada para arrumar para você um dos quartos vagos,
mas você pode dormir onde quiser, — diz Camden, envergonhado, referindo-
se ao quarto de seu pai.
Deus, eu nunca parei para pensar sobre isso do ponto de vista deles. Tudo
com Eric aconteceu tão rápido - um turbilhão que arrancou o ar dos meus
pulmões e pensamento racional da minha mente. Eu era viciada nele, em ser
querida por ele. Ele era um fogo ardente, e ele
consumiu cada parte minha. O resto do mundo era apenas fumaça muito
densa para poder ver através dela. Eu estava perdida nele.
Eu sorrio, e parece tão estranho no meu rosto, que levo minha mão aos lábios.
Passando a mão pela boca, abro a porta e encontro Nixon esperando do lado
de fora. Pego a garrafa de água e a toalha que ele oferece.
Promessas são vazias. Eric fez promessas também. Agora ele está morto.
Nixon
#3 traço de um psicopata
Implacável
Eu gostaria de poder ver meu pai uma última vez para perguntar se ele se
arrepende de ter cutucado o urso da porta ao lado. Ser baleado teria sido uma
pílula amarga para ele engolir, mas foi provavelmente melhor para ele não ter
saído daquela sepultura respirando.
Eu sinto por meus irmãos, no entanto. Bem... Por Camden. Ele é jovem e, por
mais que eu queira ser um homem que ele possa admirar, a água turva nas
minhas veias me preocupa. E se alguém me empurrar longe demais? Eu
cheguei perto uma vez...
Suas sandálias estúpidas parecem ridículas, mas ele não dá a mínima para o
que alguém pensa, então guardo esse pensamento para mim mesmo.
Ele ofereceu para Cam e eu ir morar com ele, e apesar de Cam poder se
beneficiar com um homem como Trevor o criando, é tarde demais para mim.
Eu não preciso de uma figura paterna agora. Eu cresci e posso cuidar de mim
mesmo.
Cam não me deixaria. Eric nunca esteve por perto, então não é como se
estivéssemos de repente sozinhos. Mesmo quando ele estava presente, sua
mente estava ocupada. Nada mudou além de Hayden estar estressado e tentar
cumprir este novo papel ao qual foi forçado.
— Não é que eu não quisesse. Não é sobre você. Eu só não quero deixar
meus irmãos, — eu minto, e isso vem facilmente. Nossa espécie é uma
decepção para mim. Diga a eles o que querem ouvir, ofereça um elogio aqui e
ali, e eles serão fantoches.
— Eu sei, mas isso é importante, então leve isso a sério. Por favor?
— Tudo bem. — Eu levanto minhas mãos em sinal de rendição, e ele sorri
com um aceno de cabeça. Fantoche.
A porta se abre e uma mulher entra. Ela é jovem. Não jovem como eu, mas
mais nova que Trevor. Um rabo de cavalo apertado estica a pele do rosto para
cima, fazendo seus olhos parecerem como de gatos. Ela é linda. Um pouco
magra, contornos firmes e uma bunda plana, mas Hayden a chamaria de
fodível. Eu sorrio e a olho como se ela estivesse nua diante de mim - só para
colocá-la no limite. Não é um idiota usando suéter, afinal.
Eu não sei por que, mas fico impressionado sabendo que as pessoas se
sentem desconfortáveis ao meu redor. Talvez seja apropriado que eu esteja
aqui para ver um psiquiatra.
Seus olhos vagueiam para os meus depois de levantar dos meus lábios, e os
dela se inclinam em um sorriso. — Você deve ser Nixon.
Bem.
— Eu ouvi muito sobre você do seu tio. Ele vai esperar do lado de fora
enquanto temos nossas sessões. Você está bem com isso?
Ela fala comigo como se eu fosse uma criança e isso me irrita. Ela
provavelmente teria um dia de campo dissecando por que isso acontece. Eu
posso ter só dezessete anos, mas eu tenho sido um homem há muito mais
tempo do que deveria. O mundo é feio pra caralho e temos que crescer muito
mais rápido hoje em dia.
Uma vez que a porta se fecha atrás dele, eu viro meu olhar de volta para ela
para encontrá-la olhando diretamente para mim. — Eu sou a Dra.
— Meu vizinho matou Eric, meu pai, porque ele estava fodendo a filha do
vizinho.
Ela não se esquiva das minhas palavras grosseiras. Em vez disso, ela se
levanta e gesticula com a mão para eu me juntar a ela no canto da sala, onde
uma cadeira azul fica em frente a um sofá verde. As paredes estão cheias de
certificados emoldurados e algumas fotos da Dra. Winters cercada por outros
profissionais, todos usando sorrisos falsos.
A sala está abafada pra caralho. Há uma fumaça no ar, e quero pedir a ela
para abrir uma janela, mas me recuso a mostrar que isso está me
incomodando. Puxando minha camiseta do meu corpo, eu sopro um
pouco de ar contra a minha pele, depois a sigo e sento no sofá. É mais suave
do que eu pensava que seria. Eu quase afundo, me fazendo sentir pequeno e
consumido. Sento-me em linha reta e inclino-me para frente, então estou à
beira do precipício e não me afogando no tecido.
— Você ainda tem muita raiva dentro de você, — Winters afirma, mas ela faz
uma pausa por uma reação.
— Não.
— OK.
A perdi, como se ela fosse uma carteira que deixei cair no shopping.
— Mas as circunstâncias não foram o que você achou. Como você se sente
desde que soube a verdade? — Ela pergunta.
— Você quer? — Eu pergunto, olhando para ela, baixando os olhos para sua
virilha e levantando uma sobrancelha.
Sua calma vacila brevemente e ela passa a mão pela saia e limpa a testa.
— O que você quis dizer com 'ela se foi muito antes disso', — ela pergunta,
ignorando a minha pergunta.
para o qual ela talvez não esteja pronta. Ela não tem ideia que eu estou feliz
que Eric esteja morto e fiquei aliviado ao saber que minha mãe não tinha
fugido depois de tudo. Que ela não estava lá fora em algum lugar tornando
alguém mais miserável. Eu nem sempre tive essa escuridão dentro de mim.
Minha alma ficou manchada, sombria pela escuridão de
outras pessoas, seus pecados chovendo sobre mim como ácido, saturando-me,
infectando meu núcleo.
da escola, mas ela me diz que não posso sair do meu quarto porque não
quer ficar doente. Eu a ouço através das paredes. Está chorando de novo
abro a minha porta, querendo que ela não chore como de costume. O
tapete sob meus pés silencia os sons dos meus passos enquanto ando até
ao quarto dela. A porta está aberta e posso vê-la sentada em sua cama,
com as mãos cobrindo o rosto enquanto seu corpo treme. Ela parece tão
pequena. Eu chego ao seu queixo e tenho apenas oito anos. Ela sempre
me diz que não sabe de onde herdei minha altura, mas meu pai é alto,
então talvez seja dele. Eu me movo em sua direção, e ela funga e desliza
— Você acha que a mamãe está bonita hoje? — Ela se vira para
vez quando eu lhe disse que não gostava do seu top, ela gritou comigo, o
rasgou e pisou nele. Ela me lembra de quando meu irmão mais novo,
— Bem, seu pai não achou, — ela diz. — Ele tem uma garota nova
chegando tarde em casa. Eu fui tão jovem uma vez, e alegre, então ele
queria filhos e olhe para mim! — Ela grita, beliscando sua barriga. Eu
franzo a testa, sem entender. Olhar para o quê? E quem se importa que
e ela odeia isso. As mães dos meus amigos gostam de não ter que
trabalhar.
— Estou me sentindo melhor, — eu minto, esperando que ela pare
de se beliscar.
Um barulho soa do lado de fora, e ela olha de volta para a janela
quarto. — Fique em seu quarto até que eu diga que você pode sair. —
Minha cabeça dói e suas sacudidas fazem meu estômago doer mais.
— Sim.
até à minha janela e olho para fora para ver Robbie cortando a
grama. Ele mora na rua e papai o paga para fazer coisas pela casa
porque ele está economizando para uma faculdade chique. Às vezes ele
joga bola conosco, mas ele e Hayden tiveram uma briga sobre Hayden
ter beijado a irmã mais nova de Robbie. Ela é mais velha que Hayden,
mas ele ainda não deveria fazer isso com ela. Eu os vi se beijando uma
vez. Mamãe diz que Hayden é como nosso pai, mas acho que ele se
parece mais com mamãe. Estou entediado dentro do meu quarto e quero
minha mãe sai no gramado e Robbie sorri para ela. Ela esfrega a mão no
peito dele como a irmã de Robbie fez com Hayden e caminha até à casa
da piscina. Ele a segue e eles entram, mas ainda posso vê-los através das
janelas. Franzo a testa quando eles se beijam. Meu estômago fica ruim
de novo e acho que vou vomitar, então corro para o banheiro. A dor está
pior hoje. Eu queria que Cam não precisasse estar na escola. Ele é mais
novo que eu, mas ele me traria água e jogaria videogame comigo se
estivesse aqui. Quando volto para a janela, não sei se devo olhar ou não,
mas não entendo por que mamãe faria essas coisas com Robbie. Olho
para fora novamente, então rapidamente pulo para trás e fecho minhas
cortinas.
Tenho apenas oito anos, mas sei que o que estão fazendo é feio e
Rowan
#4 traço de um psicopata
Falta de consciência
O cheiro de todas as lindas flores expostas para Eric paira no ar, e acho que
nunca mais cheirarei uma rosa sem pensar nele depois disso.
Brock foi quem sentiu mais. Ele não vem para casa com muita frequência e
passa a maior parte do tempo com Ethan, seu melhor amigo. Eu olho para ele
e meus olhos se fecham. A dor é tão fresca em seu rosto jovem. Lágrimas
queimam os meus olhos quando percebo a mandíbula tensa fixada no rosto de
Hayden. Ele tem muita pressão sobre ele agora. Eu quero ser capaz de ajudá-
lo, mas não posso fazer nada.
Dói só de respirar. Cada dia é mais doloroso que o anterior, porque sinto falta
deles...
Eric despertou a mulher dentro de mim. Estava aprendendo sobre amor e eu
mesma, e então ele foi arrancado de mim pelo único outro homem que eu já
amei. Perdi os dois naquele dia.
Minha vida inteira foi uma mentira. O homem que me colocava para dormir à
noite tinha um monstro dentro dele. Eu procuro cada memória, tentando
encontrar um sinal de quem ele realmente era, mas não há nada.
Uma mão quente desliza na minha, e sei sem olhar que é Nixon. Ele é minha
força agora. Ele sempre esteve lá por mim. Nossa amizade é uma que estimo
e aprecio mais do que ele jamais poderia saber. Antes que as coisas
acontecessem com Eric, sempre achei que me casaria com um dos garotos
Pearson.
Brock sempre disse que seria meu namorado até que eu encontrasse um
namorado de verdade. Ele disse que poderíamos ter todas as primeiras vezes
juntos para tirá-las do caminho. Seria melhor fazer essas coisas com alguém
que conhecemos e confiamos, ele me disse. Eu tinha meus olhos fixos em
Hayden Pearson, no entanto. Mas ele partiu meu coração me beijando e
fingindo que eu não existia no dia seguinte, então eu concordei em namorar
Brock, até que encontrasse um namorado de verdade.
Mas Nixon... Nixon sempre foi minha alma gêmea, meu melhor amigo. Nós
combinamos como hambúrgueres e batatas fritas. Ele nunca tornou isso
sexual; ele apenas sabe que minha alma está ligada a ele e nós precisamos um
do outro. Sua alma gêmea não é sempre aquela por quem você se apaixona.
Pode ser um irmão, uma irmã, um amigo, até um animal de estimação. A
minha é um garoto da porta ao lado.
Nós éramos o trovão e a chuva, uma tempestade impecável. Ele sempre
protegeu meu coração e me defendeu contra os idiotas na escola, mas ele não
pode me salvar dessa dor, não importa o quão desesperadamente ele tente. Eu
não o mereço. Roubei tudo dele.
Meu coração se despedaça quando uma lágrima escorre de seus olhos azuis
aço, tão parecidos com os de seu pai. Porque isso é tão difícil? Trevor o
recebe em um abraço quando ele desce, e choros suaves vibram através do ar,
como o zumbido de mil asas de abelha.
Nixon
#5 traço de um psicopata
Lá está ela, uma mancha na tela, mas ela é real, os batimentos cardíacos
fortes. Uma garota. Rowan vai ser mãe de uma garotinha. Sua mão aperta a
minha e ela funga, limpando as lágrimas dos olhos.
Ela aponta para a tela e descreve cada parte do minúsculo humano crescendo
dentro de Rowan. — Parabéns. Eu vou te dar um minuto.
Nós conversamos sobre um menino ou uma menina, mas isso torna muito
mais real. O pequeno arredondamento do estômago de Rowan me faz sorrir.
Ela deveria estar maior com quase cinco meses, mas de acordo com a
enfermeira, ela está carregando nas costas. Seja o que for que isso signifique.
Sua gravidez foi boa. A náusea diminuiu e ela luta com dores no quadril, mas
isso é por causa do ferimento que ela sofreu com a bala perdida.
— Então, uma pequena Rowan correndo por aí. Aposto que ela vai ser um
punhado. — Eu pisco e ela ri, depois chora. Essas mudanças de humor
sempre me pegam desprevenido. — Você vai ser ótima, — eu asseguro a ela.
— Você não está sozinha nisso.
Ela acena com a cabeça. — Eu sei, eu sei, é só muita coisa, sabe? Eu pensei
que estaria na faculdade agora, não grávida de cinco meses, vivendo com
quatro meninos. — Ela bufa, então seus olhos se arregalam de vergonha. As
coisas mudaram entre nós ultimamente. Antes de tudo isso, ela bufar rindo na
minha frente teria sido normal, mas agora ela está mais ciente de que eu sou...
Macho?
— A vida não termina aqui, Ro. Certo, seu caminho mudou de rumo, isso não
significa que você não pode fazer todas as coisas que você queria fazer. Na
verdade, insisto que ainda vá para a faculdade. Você é muito talentosa e
teimosa para ser mantida ou servida, — eu provoco, e ela morde o lábio, me
fazendo querer puxá-lo de seus dentes e morder com os meus.
— Bom em quê?
Ela cora e nervosamente brinca com uma mecha de seu cabelo castanho
escuro.
— Em ser você, ser o que eu preciso. Eu preciso de alguém em dias como
este, e você sempre está lá. Como tive a sorte de ter um amigo como você na
minha vida?
O comentário sobre amigo doeu um pouco. Nós deveríamos ser muito mais
que amigos. Ele tirou isso de mim – de nós.
la.
***
A Dra. Winters gosta de fazer joguinhos. Nos meses de verão, este escritório
era insuportável com o calor, mas ela não ligou aquela porra de ar.
— Você está com frio? — Ela pergunta, apontando para onde estou
esfregando os estúpidos arrepios se espalhando por toda a minha pele. Eu
pareço um frango defumado. Obrigado, Doc.
— Não, — eu minto.
A vadia provavelmente está desejando que ele venha aqui quando eu sair e
dobre seu traseiro magro sobre a mesa.
Qual é a atração por aqueles velhos filhos da puta?
— Da última vez que você esteve aqui, eu perguntei sobre a noite em que sua
mãe presumivelmente se foi.
Nada. Tudo. Por que ela quer dissecar minhas memórias? O que ela consegue
com isso? Por que ela não pode simplesmente examinar alguns papéis e me
deixar usar essas sessões para recuperar o sono que estou perdendo tentando
acompanhar a escola e os compromissos de Rowan?
— Nixon, o que é que você não quer falar? — Ela olha para mim como se
pudesse ler minha mente, e eu quero empurrá-la para fora da minha cabeça.
Ela é a porra de uma carona em uma viagem que ela não vai aguentar.
meus pais não pudessem conviver, a menos que outras pessoas estejam
por perto. Eu os odeio.
Música toca nos alto-falantes que o papai instalou e eles fazem
muito barulho.
Eu não sei por que ele gosta de fazer as coisas sozinho. Ele está
banho. Seu corpo está mudando, e eu me preocupo que ela não queira
meu irmão.
exibindo?
vezes. Eu queria que fosse apenas Cam e eu. Então talvez mamãe não
com que aparecesse, e meu estômago se agita. Ela está gritando com
— Nix, eles vão ficar bem, amigo, — diz tio Trevor, chegando e
Eu não quero jogar bola. Eu sei que eles discutirão a noite toda
assim que todos saírem. Talvez eu possa ir para casa com o tio Trevor?
Isso não é justo para Camden. Ele odeia vê-los discutindo mais do
que eu.
Eu olho para trás para a piscina para ver se meu irmãozinho está
Rowan vem e diz a ela que é hora de sair. Ela geme, mas faz o que ele
manda.
Seu pai tem uma cara assustadora quando acha que ninguém está
olhando. Eu faria o que ele mandasse também se ele fosse meu pai.
antes de se virar para mim. — Tchau, Nix. Cam entrou para fazer xixi. —
Ela sorri e meu estômago revira. Ela é minha melhor amiga. Eu não me
que é alguma coisa. Talvez ela tenha tomado uma de suas pílulas
mágicas novamente.
banheiro, então eu sei que deve ser mamãe ou Camden lá, mas não soa
como eles.
Não há razão para isso, mas meu estômago está doendo.
Tem um homem aqui. Ele sempre foi convidado para essas festas
porque a mamãe diz que ele é importante. Ela sempre diz que ele
grita para mim, como se tivesse permissão para me dizer o que fazer.
Eu pego a porta antes que ele possa fechá-la e a bato contra seu
pulso com toda a força que meu corpo de quase 11 anos consegue reunir.
abre e cai no chão. Sua salsicha salta ao redor enquanto ele luta para
que ele pare de se mexer, pare de olhar para nós, pare de viver.
O homem para e lança seus olhos nojentos para meu irmão, que
no chão, mas eu saio correndo, puxando Cam comigo antes que ele
jogar todos os vasos desta casa nele. Fechando a porta atrás de mim, eu
cabeça.
pare. Você não pode dizer isso sobre homens como ele, Nixon. Você deve
ter se enganado.
Como ela pode dizer isso?
— Mãe? — Eu sussurro.
Apenas olho para ela. Quero gritar para ela acreditar em mim, me
amar, ficar comigo, mas minha garganta seca tão rápido que não posso
Winters.
Eu dou de ombros.
Como se eu quisesse que ela encontrasse um destino pior do que o que meu
irmão passou. Acho que isso se tornou realidade.
Meus pensamentos voltam para aquele idiota. Ele é importante agora. Mamãe
estava certa sobre isso. A política é sempre gerida pelos idiotas depravados
da nossa sociedade. Interessa a Camden e precisamos de mais pessoas como
ele nos escritórios do governo. Pessoas boas.
Camden nunca mencionou isso depois daquela noite. Ele era jovem. Eu
esperava que ele fosse jovem o suficiente para esquecer, mas ele dormia na
minha cama de vez em quando até aos treze anos.
Nossos irmãos mais velhos nunca souberam. Vantagens de ter uma casa
grande e membros da família egocêntricos. — Nixon? Como aquilo fez você
se sentir?
Rowan
#6 traço de um psicopata
Duas caras
Um bocejo me escapa, e meu ouvido está vermelho de ficar ao telefone com
Suzanne pelos últimos quarenta minutos.
— eu aplaco com um suspiro enquanto uso minha mão livre para esfregar
sobre o meu estômago crescente.
— Você deveria pedir a um desses garotos lindos para trazer-lhe uma bebida,
— ela geme sonhadoramente.
— Você é uma pervertida. — Eu reviro meus olhos, mas ela não pode me ver
de qualquer maneira. Ela está certa, no entanto. Todos os garotos Pearson têm
a bela aparência do pai.
— Suz, — eu gemo.
— Eu sei, eu sei. Eles estão fora dos limites, — ela zomba. — Já ouviu falar
que compartilhar é cuidar? — Ela ri.
— Tchau, Suzanne.
***
Ele foi jogado nas profundezas do Four Father's Freight. Eu quero dizer que o
seu pai não esperaria que ele assumisse tanto tão cedo, mas temo a resposta
que vou receber dele.
Seus olhos encontram os meus, e sua mão para de passar a manteiga em seu
pão.
— Ei. — Ele franze a testa, olhando para o meu estômago crescente. Eu sinto
que vou explodir e ainda tenho alguns meses pela frente.
Sua testa está franzida tão apertada, que juro que haverá um vinco deixado lá
por dias.
Um sorriso de verdade surge em meus lábios dessa vez. — Ele colocou, mas
Camden rouba as bebidas quando está envolvido em seus jogos de vídeo e
não reabastece.
Eu pego a garrafa que ele oferece e rio. — Foi por isso que não contei a ele.
— Atencioso da sua parte. Espero que isso não signifique que você está
finalmente passando para Cam. Um pouco jovem, você não acha?
Um suspiro deixa meus pulmões. Largo a garrafa e recuo quando ela bate no
chão de ladrilhos, errando meus pés por centímetros.
Sua cabeça não está no lugar no momento e há coisas que eu vou deixar
passar, mas isso? Insinuar sempre que estou trilhando meu caminho através
deles como se fossem sobremesas em um menu é cruel.
— Isso é um golpe baixo. — Eu atiro meus olhos para ele. Ele está me
olhando tão fixamente que não consigo respirar. Meus pulmões se contraem,
causando dor.
ele zomba.
Ele sempre me disse que eu era muito jovem, e quando Brock me pediu para
ser sua namorada, Hayden deu em cima de mim. Era tudo que eu queria, mas
não era idiota. Eu vivi tempo suficiente para saber exatamente o que ele
estava pensando e como usava as garotas como se elas estivessem lá para sua
diversão. Meu coração não podia lidar com isso na época - e definitivamente
não agora.
— Eu nunca deveria ter deixado ele ter você. Aconteceu tão rápido... Nós
falhamos, Ro. Nós falhamos por você estar com ele.
— Deveria ter sido eu. — Ele se inclina para frente, tomando minhas
bochechas em suas palmas e empurrando seus lábios nos meus. Meus olhos
se expandem para o tamanho de um pires e parece que meus pés afundaram
no chão. Eu não posso me mexer. O choque me mantém refém e leva alguns
segundos para perceber o que diabos está acontecendo.
Eu empurro seu peito e ele tropeça para trás. Apontando meu dedo para ele,
eu balanço minha cabeça. — Nunca mais faça isso de novo.
Desgraçado.
***
— Você não comeu muito, — aponta Lucy. Dizem que o tempo cura todas as
feridas, mas não acredito que seja verdade. Já faz meses e ainda é difícil
respirar.
Eles não localizaram meu pai, o que deixou os garotos irritados e procurando
por ele. O pensamento deles encontrá-lo me apavora. Hayden está com tanta
raiva, que jurou matá-lo, mas todos os cenários levam a nenhum lugar bom.
Eu não sei o que quero. Justiça pelos meninos, por Eric, mas que justiça,
prisão? Morte? Meu estômago se agita enquanto os pensamentos giram em
torno de minha mente, me atormentando.
— Rowan, você precisa manter sua força. Você está comendo por dois, —
ela aponta o óbvio, como se o enorme caroço à minha frente não fosse um
lembrete constante desse fato.
Eu aprecio o tempo que ela me dá, e nos tornamos próximas desde que... Eric
foi assassinado.
Trevor tenta apoiar o máximo possível os meninos, então, por sua vez, Lucy
apoia a todos nós também. Ela é divertida de estar por perto. Ela não parece
mais velha do que eu, mas isso pode ser porque não me sinto com meus
dezoito anos. Eu me sinto cansada e desgastada pela vida.
Eu dou de ombros. — Sempre houve essa coisa mal resolvida entre nós, mas
as coisas são complicadas.
Ela acena com a cabeça muito rápido, parecendo uma daquelas bonecas
havaianas que ela colocou no painel do seu carro. — E quanto a Nixon? —
Ela respira, completamente estupefata.
Nixon tem sido incrível, ele é meu melhor amigo, mas ele não me vê de um
jeito romântico.
Eu e Nixon?
Agora é a minha vez de quase engasgar. Ela é louca. Nixon não está
apaixonado por mim. Ele é meu melhor amigo. Ele é bom demais para uma
garota como eu.
Não. Não.
Por que ela teve que implantar essas ideias na minha cabeça?
— Apenas tenha cuidado. Esses garotos já passaram por muito. Eles não
precisam brigar por seu afeto.
As palavras de Hayden ontem à noite ainda estão cruas. É isso que eles
pensam? É nisso que Nixon acredita? É nisso que todo mundo acredita?
Deus, estou causando atrito entre eles? Eu deveria ir embora. Oh Deus, eu
não posso deixá-los.
— O que você fez quando Hayden beijou você? — Ela morde a unha, um
sorriso sorrateiro puxando seus lábios, como se fôssemos apenas duas amigas
compartilhando fofocas. Eu queria que a vida fosse assim tão fácil.
— Eu o empurrei, — eu respondo honestamente, limpando o suor do meu
copo com a ponta do dedo. Minha pele parece sensível e a carne lateja do
frio.
— Eu sei. — Ela estende a mão e esfrega a palma da mão sobre o meu braço.
Eu relaxo um pouco, mas meus pensamentos internos são uma enorme caixa
de caos.
Sempre houve essa coisa entre Hayden e eu, mas Nixon nunca me procurou
romanticamente - e ele é muito diferente dos garotos normais da nossa idade.
Eu nunca olhei para ele como alguém que poderia ser mais do que meu
melhor amigo. Eu não sou cega para sua aparência ou a paz que sinto quando
estou em sua companhia, mas ser algo mais...
Não.
— Vamos, Rowan. As aulas acabaram e nós duas sabemos que Nix ficará
preocupado se você não estiver lá quando ele chegar. — Ela pisca para mim,
em seguida, empurra seu prato para longe e vasculha sua bolsa por dinheiro.
— Ele não está apaixonado por mim, — eu rosno, mas mais para mim do que
para ela. Eu não mencionei que ele já me mandou uma mensagem e eu
respondi que estou com ela.
***
A música explode por toda a casa quando abro a porta da frente. Lucy me
deixou e se ofereceu para entrar, mas quando ela viu a caminhonete de Nixon
na garagem, um sorriso estúpido tomou conta de seu rosto. Eu disse a ela
para ir transar. A última coisa que eu precisava era que ela causasse uma
atmosfera desconfortável entre todos nós.
Nixon trouxe uma garota para casa com ele? Ele tem uma namorada agora?
Ele não mencionou uma garota, e a última vez que ele teve uma namorada,
Hayden a seduziu, e Nixon apenas deu de ombros como se ela não quisesse
dizer nada para ele de qualquer maneira.
Não preciso pensar em Nixon dessa maneira. Eu preciso muito dele para
arruinar nossa amizade com sentimentos inapropriados estúpidos.
Os grunhidos se transformam em gemidos e quase vomito. Eu sei que ele não
é um anjo, e eu nunca lhe pediria que fosse, mas se ele trouxe uma garota
aqui, vai doer - o que é insano. Eu não tenho direitos sobre ele, nem sei por
que isso machucaria. Oh Deus, o que diabos está acontecendo comigo?
Minha mão paira sobre a maçaneta da porta da sala de onde os ruídos estão
vindo, então me assusto e quase me mijo quando Nixon aparece no corredor
apenas em uma toalha. Meus olhos vão dele para a porta onde os gemidos
ganharam entusiasmo.
— Hayden, — uma voz familiar cantarola, e minha boca se abre quando meu
estômago se agita. Nix começa a avançar, mas eu já abaixei a maçaneta e
deixei a porta se abrir.
Ela olha para ele por cima do ombro, completamente consumida pelo
momento e nem mesmo me nota de pé aqui.
Eu fecho meus olhos, minha alma encolhendo por ela - por mim. Eu sei que
isso é porque eu recusei seus avanços na noite passada. Essa é minha
punição. Um “eu vou te mostrar”.
Muito bem, Hayden, você realmente me mostrou. Nós não vemos esse lado
de Hayden há algum tempo. Nixon agarra meu pulso, chamando minha
atenção para ele. Seu cabelo está molhado e grudado ao lado de seu rosto.
Seus olhos verdes perfuram os meus, fazendo meu coração pular.
— Por que você está negando que tem sentimentos por mim? — Ele rosna,
marchando em minha direção. Nixon não tirou a mão do meu pulso e aperta
um pouco toda vez que Hayden fala.
Risos, altos, vibram a tensão no ar. — Isso é besteira e você sabe disso.
A mão de Nixon deixa meu pulso e ele inclina a cabeça, como se essas
palavras o machucassem tanto quanto a mim.
— Porque ela é minha melhor amiga e você a tratou como merda agora.
Ele se vira para mim e fica tão perto que posso sentir sua respiração enquanto
exala.
Ele está muito perto, tão perto, que preciso de algum espaço para respirar e
manter meu foco. Eu me afasto dele, mas ele avança até minhas costas
baterem na parede.
— Por que você realmente se importa? — Ele exige. Meus olhos se dirigem
para Nixon e meu coração martela minhas costelas. Há um brilho em seus
olhos que eu nunca vi antes. Eu não posso desviar o olhar dele. Fogo, paixão,
raiva?
Ele franze o rosto em uma careta. — Eu mal estive dentro dela. Nem conta.
Bastardo.
Ele se inclina, seus lábios salpicando cuspe no meu rosto enquanto ele tenta
acabar comigo.
O álcool sai dele em ondas, e eu recuo por suas palavras cruéis, mas em
poucos segundos, ele é empurrado para longe de mim. Nixon ergue o
braço para trás e acerta-o com o punho fechado, um ruído doentio soando
quando se conecta com seu queixo e o manda para o chão, amontoado.
Choque lava o rosto de Hayden, acendendo seus olhos e ampliando-os. Ele
começa a se levantar, mas está vacilante, pego totalmente desprevenido por
seu irmão mais novo.
— Seu maldito bastardo! — Ele ruge, mas Nixon chuta o pé dele, dando
outro soco no queixo de Hayden, fazendo sua cabeça ir para trás e bater no
piso de cerâmica com um ruído, roubando sua consciência, nocauteando-o.
— Durma, — Nixon diz a ele, seu tom tão calmo, como se ele simplesmente
o tivesse deitado em um sofá com um cobertor e uma enfermeira noturna.
Ele se vira para mim, a toalha quase escorregando de seus estreitos quadris.
Eles estavam na piscina.
— Ele ficou muito tempo no sol e bebeu demais. Ignore o que ele disse.
Minha boca se abre, e minha língua se esforça para formar palavras. Não
sobrou saliva. Eu preciso de uma bebida.
Droga.
— Cam! — Ele grita atrás dele, que joga sua mochila no chão e toma as
escadas de dois em dois, sem olhar para trás ou responder.
Balançando a cabeça e colocando as mãos nos quadris, Trevor exala uma
respiração derrotada.
— Sim, isso foi o que pensei. Alguns atletas o encurralaram por causa de
uma garota, por incrível que pareça. Eu achei que Cam gostasse de garotos
até que isso acontecesse, — Trevor declara, quase me fazendo cuspir minha
água.
— Por que diabos você acharia isso? — O tom em sua voz é mortal, fazendo
minha pele esquentar.
Trevor levanta as mãos em defesa. — Acalme-se. Eu não sabia que você era
homofóbico. Merda.
— Eu não dou a mínima se as pessoas são gays, mas insinuar que Cam é só
porque ele não está mergulhando seu pau em todas as mulheres com um
pulso é um insulto a ele e aos gays.
— Como diabos você tem dezessete anos? — Trevor balança a cabeça em
descrença.
— Como diabos você tem cinquenta com esses calçados? — Nixon rebate.
Assim que ele termina sua frase, um Hayden parecendo sonolento se junta a
nós, apoiando uma das mãos na cabeça e a outra em volta do estômago como
se ele estivesse prestes a vomitar. Eu me afasto de todos, incerta do que está
prestes a acontecer.
— Bem, você parece uma merda, e a escola não conseguiu entrar em contato
com você hoje, — Trevor o informa. — Você implorou para ter sua guarda.
Saltou através de todos os malditos obstáculos. E quando precisou, você não
estava lá. — Quando Hayden não responde, Trevor continua. — Você não
esteve no escritório hoje, porquê?
Nixon bufa. — Não é a bunda dela que vai estar em chamas se ele continuar
fodendo tudo o que pisca sua racha para ele.
Racha? Agradável.
— Estou bem aqui, — eu revelo, mas ele me acena com um, — Sim, sim.
Depois que ele se vai, Hayden aponta um dedo para Nixon, que apenas lhe
oferece um sorriso em troca.
— Tente essa merda de novo, e eu não vou ser responsável pelo que faço, —
ele avisa.
— Não será responsável pelo quê? Ser nocauteado como uma cadela? —
Nixon atormenta.
— Se vocês vão agir como idiotas ignorantes, podem fazer isso lá fora? —
Eu abro a geladeira e pego um pedaço de frango fresco.
— O que ela está fazendo? — Eu ouço Hayden perguntar.
— Eu não tenho ideia, mas espero que não seja cozinhar, porque ela é uma
merda, — responde Nixon.
Nixon
#7 traço de um psicopata
Narcisismo
Cam não desceu para jantar. Esse menino ama comida. Eu bato na porta dele
e abro quando ele não responde.
Vou para o meu quarto e coloco o prato de comida que levei para ele na
cômoda. É então que vejo o volume nas minhas cobertas e ouço seus roncos
suaves. Minhas costas se endireitam e o punho aperta. Ele só faz isso quando
está chateado. Eu deveria ter vindo e verificado quando Trevor saiu, mas eu
me distraí com Rowan.
Sentando na beira da minha cama, eu cutuco seu ombro. Quando ele se move
para me encarar, ele está grogue e há uma contusão roxa se formando sob
seus olhos. — Que porra aconteceu? — Eu exijo, querendo sua versão dos
acontecimentos, não a merda diluída que Trevor me deu.
Ele não olha para mim e eu odeio isso. Saí da escola cedo porque odeio
trigonometria e mal podia esperar para chegar em casa para Ro. Ela não
estava aqui e, em vez disso, tive que assistir a Hayden se fazer de tolo com
Suzanne.
Eu não concordo com Rowan culpando-o por ela estar disposta a transar com
ele. É preciso dois e todo aquele maldito lixo, mas ele só estava usando-a
para provar algo - uma merda que fez meu sangue ferver. Ele falhou, no
entanto. E pela primeira vez desde que Eric morreu,
vi a vida nos olhos de Rowan. Não por Hayden - não, ela estava olhando para
mim. Um zumbido vibra no meu peito toda vez que penso no desejo em seus
olhos. Era puro desejo do caralho.
Cam se virando sob a coberta chama minha atenção de volta para ele.
todas elas viram geleia quando ele mostra seu sorriso na direção delas.
Garotos como Grayson deveriam ser mais espertos antes de foder com meu
irmão, mas parece que uma lição é necessária.
— Você bateu de volta? — Eu tento manter minha voz calma, mas estou com
raiva. Realmente zangado. Eu quero quebrar as coisas -
Eu sempre dei a Cam um lado meu que ninguém mais vê. Com Rowan é o
mesmo. Ela consegue uma parte de mim só para ela, porque são as únicas
duas pessoas que não me imaginei matando antes. Eles precisam de mim e eu
preciso deles. É um pensamento preocupante admitir para mim mesmo que
me importo e preciso de pessoas.
— Eu vou lidar com isso sozinho, Nix, — Cam diz atrás de mim. É
abafado pela comida que ele está jogando em sua boca. Eu paro para deixá-lo
terminar. — Eu posso não gostar de usar meus punhos, mas eu tenho minhas
maneiras. — Ele pisca e eu rio. O filho da puta está certo. Ele é o cérebro da
família.
***
Eu olho para uma morena que está olhando para mim. Ela está falando
comigo?
Fechando a porta do meu armário, eu passo por ela, mas ela agarra meu
braço.
Eu não recuo, mas me faz querer empurrá-la para o chão. Eu odeio pessoas
me tocando. Pessoas que não são meu povo. Pessoas que não são ela.
Porra. Eu odeio quão confusa as linhas estão se tornando com Rowan. Nós só
precisamos admitir o inevitável. Ela é minha e eu sou dela. Fim. É como
sempre deveria ter sido.
Cada instinto que tenho me diz que devemos ficar juntos, mas é uma porra
tão complicada, mais turva do que meus pensamentos já obscuros.
Meus irmãos podem não estar abertos à ideia, e se há uma coisa que eu sei
sobre Rowan, é que ela se importa com o que eles pensam. Até mesmo
Hayden. Ela se culpa pelo que seu pai fez e anda na ponta dos pés pela casa,
como se estivesse com medo de que todos nós acordássemos um dia e
chegássemos a essa conclusão. Ela não tem ideia do quanto é amada por
todos nós. Seus sentimentos podem não ser tão intensos e poderosos quanto
os meus, mas todos a amam. Nós crescemos juntos. E o que passamos juntos
forma um laço maior que qualquer outra coisa.
— Eu não vou a bailes. — Porra, quantas dessas coisas eles têm no ano?
— Todo mundo sabe que você não vai a bailes ou qualquer coisa relacionada
à escola, incluindo garotas do ensino médio.
números, computadores, qualquer coisa. Ele está passando por uma fase em
que só assiste as notícias, e eu estou apenas esperando que ele anuncie que
vai ser presidente um dia. Eu não duvidaria dele.
Passo por ela e jogo seu cartão na primeira lixeira que encontro.
Não sou do tipo que segue as regras, mas não passei anos neste buraco para
perder minha chance de me formar na hora final.
Eu ergo meu pé para trás e arremesso para frente, colidindo com o queixo
dele. Seus dentes batem tão alto, que um garoto atrás dele se encolhe e salta
para trás quando a cabeça de Grayson se move para trás com tanta força que
ele cai do banco.
Masters recua e tenta fugir, mas ele é empurrado para a frente por alguns dos
caras que têm juízo para não deixá-lo passar por eles.
Ele está desmaiado. Eu aponto meu dedo para Grayson, que está
choramingando e cobrindo sua mandíbula fodida.
digo a ele, e então fecho a porta várias vezes, até que a mão dele se assemelha
a um pedaço de carne passada pelo moedor.
Se eles forem corajosos o suficiente, eles me expulsarão, mas tudo o que será
preciso é uma doação para a escola para deixar minha lousa limpa. Limpando
os respingos de sangue dos meus dedos, eu sorrio. Vale cada centavo.
***
Hayden está tentando atingir Rowan do jeito errado. Ele está desfilando
mulheres pela casa como se fossem prostitutas pagas. E elas podem ser pelo
que sabemos.
Suas travessuras ecoam pela casa esta noite, onde eu planejei uma noite de
cinema com Ro. Ela está tão cansada ultimamente e não gosta de sair muito.
Ela está convencida de que as pessoas estão falando sobre ela, e elas
provavelmente estão, mas quem se importa? Eu limparia o mundo de todos os
seus habitantes se isso a satisfizesse, mas sua alma já está pesada demais. Ela
se culpa por não enxergar o que seu pai era. Se ela soubesse que eu vi dentro
dele, a dor que eu veria em seus olhos me mataria.
Um riso irrompe do lado de fora da sala, e toda vez que Rowan os ouve, ela
recua. Eu odeio que ela costumava ter uma queda por Hayden. Ele é como
Eric e não é digno de sua paixão.
— Ela está ativa esta noite. A comida mexicana estava muito apimentada? —
Pergunto. Eu temperei moderadamente porque as especiarias lhe dão azia,
apesar dela amá-las no momento.
— Não, estava incrível. Ela está apenas incômoda, eu acho. Eu sei como ela
se sente, — ela geme, levantando o top para esfregar o estômago nu. Ele
ondula como se um alienígena estivesse prestes a explodir através de sua
carne.
Seu sutiã está em exibição, e ela está coberta de pequenas contusões feitas
por alguém chupar sua pele. Ela desliza até parar quando nos vê e seus olhos
se arregalam.
— Nix, — a menina arrulha meu nome como uma carícia, como se fosse
íntima e conhecesse partes minhas que ela não conhece. É então que percebo
que é a garota da escola que estava em cima de Cam no corredor. Assim que
penso nele, ele aparece.
Rowan solta um suspiro com o comentário dele. Cam tem usado o porão
como seu próprio espaço, e Hayden continua fazendo piadas sobre ele
prender as mulheres lá embaixo. É um pouco familiar demais para Rowan, e
Cam pode ser um pouco estranho, mas não é prejudicial.
Nixon
#8 traço de um psicopata
Sem culpa
Hayden está adequado e preparado quando eu desço para fazer o café da
manhã. Ele está lendo um jornal e bebendo uma caneca de café. É
— Bom dia.
No escritório. Porra, ele parece Eric. É uma loucura o quanto ele se adaptou
ao papel. Eu sempre achei que ele seria o imprevisível – iria embora para
longe de nós em uma Harley com um vai se foder jogado sobre seu ombro -
mas aqui está ele, pegando o touro pelos chifres. Tem dias em que ele desliza
de volta para o Hayden com o qual todos nós crescemos, o Hayden que fode
pequenas ruivas para machucar seus melhores amigos, mas ele tem direito a
escorregar.
É por causa dele que Cam e eu estamos aqui. Ele sabe quando está sendo um
idiota e aceita quando um de nós precisa colocá-lo em seu lugar.
Devemos começar a pagar aluguel e comida para Ethan por ele. — Eu quebro
alguns ovos em uma tigela e bato-os.
Apontando o dedo e andando para trás, ele diz: — Eu vou trazer a comida,
você coloca Brock e Cam na mesa. — Ele pega o casaco e se dirige para a
porta.
— E Rowan, — eu grito.
Ele dá alguns passos para trás, para poder me olhar do canto da parede
saliente que separa a cozinha da área de estar.
— Não me entenda mal, Nix. Eu preciso falar com você três sobre o
testamento sem ela presente.
— Porquê?
— Esse não é o ponto, só não dificulte por uma vez. Por favor. —
Estreitando meus olhos, eu aceno uma vez.
***
Papel de parede marrom, móveis verdes e azuis... Espero que a Dra.
Oh, pareço, doutora? Porra, eu ficarei feliz quando não tiver que vir aqui. Eu
não gosto de estar sob o controle de ninguém, e com Eric fora, eu tenho
regras que preciso seguir para ter certeza de que vou conseguir ficar firme.
Dezoito não pode vir rápido o bastante. A melhor parte desse número mágico
é receber minha herança. Trevor e Levi tentaram dar sua opinião sobre
quando todos nós receberíamos o dinheiro do nosso pai, mas não dependia
deles. O bom e velho Eric tinha um testamento. Nossos fundos fiduciários
não são nada comparados ao dinheiro da herança que cada um receberá
quando atingirmos a idade mágica. Hayden recebeu as ações de Eric na
empresa, com o desejo de Eric que Brock se tornasse mais tarde parte do
império, enquanto Cam e eu recebemos propriedades e apenas dinheiro -
mais dinheiro do que poderíamos precisar.
Eric sabia que eu não tinha interesse em me tornar parte do Four Fathers
Freight. E Cam ia governar a porra do mundo um dia. Ele nunca seria feliz
sentado atrás de uma mesa fazendo algo que não tem propósito. Cam quer
causar impacto.
Eu meio que esperava encontrar uma nota em seu testamento anunciando que
ele não era o meu verdadeiro pai e me deserdando. É
estranho sempre sentir que você não pertence a alguém enquanto vive com
sua rejeição.
Se Eric questionasse meu sangue, ele não me deixaria usar seu nome e não
me daria a mesma quantia de ativos que deu a cada um dos meus irmãos.
Eric não fez alterações no testamento no ano passado, então Rowan não
estava nele. Ela nunca terá que se preocupar com dinheiro, no entanto. Ela
tem seu próprio fundo fiduciário. E quando a casa ao lado for liberada, deve
pertencer a ela também.
— Conte-me sobre Rowan, — diz Winters, como se ela pudesse ler minha
mente.
— Tenho certeza que sim, — ela concorda. — E você e seus irmãos são
muito próximos. Será que será o mesmo com a recém-chegada?
— Isso é diferente.
Porra, eu gostaria de poder enfiar isso de volta na minha boca. Suas pupilas
dilatam e ela desloca sua caneta sobre o papel brevemente.
— Diferença de idade.
Boa tentativa.
— Parece como sempre foi. De uma forma ou de outra, Rowan sempre esteve
lá.
— E quando você leva namoradas para a casa? Isso causa algum problema
para Rowan?
— Nada.
Sike1, cadela.
— E você?
— Eu?
Namorada é uma tarefa, uma que não tenho tempo para fazer. A única garota
que já deixei me chamar de namorado me traiu e me fez quase perder a noção
da realidade.
são meu irmãozinho e ela, Rowan, minha melhor amiga e a garota que
acabei de ver beijando Eric.
Náusea foi minha primeira reação, seguida por ódio não diluído
por Eric.
Ele é velho e nojento. Rowan acabou de completar dezoito anos -
dezoito. Ela pode ser legal, mas ele é um maldito pervertido. Fim.
mim. A saia que ela está usando mostra mais coxa do que o adequado
para o ensino médio, e seus seios são empurrados por um sutiã pequeno
noite?
duas pessoas possam jogar esse jogo. Talvez, se eu tentar conseguir com
seu nome?
— Roxy, — ela afirma, como se eu já devesse saber disso. Bem,
Roxy, você vai ser uma distração enquanto eu deixo essa paixão estúpida
***
Eu pisco e olho para Roxy, que está sentada na minha cama. Estou
ela é carente como o inferno. Balançando sua bunda, ela geme da fricção
que está criando. Suas mãos se apoiam nos meus quadris e seus olhos se
internet. Chegou hoje e eu não tive tempo de brincar com ele. Eu disse a
falso pra caralho e me faz querer amordaçá-la para que não possa falar,
rir, respirar...
— Ok, — ela suspira, saindo de cima mim.
ela não possa voltar, mas vou me contentar com uma bebida e mandá-la
para casa encerrando a noite.
Meninas são taradas. As pessoas sempre assumem que os meninos
são, e na verdade nós somos, mas porra, Roxy é como uma ninfomaníaca
às vezes. É um trabalho difícil fingir atração por alguém todo o tempo do
caralho.
Eu posso ouvi-la do lado de fora do meu quarto conversando com
patética da parte dela. Ela está desesperada para ser pega. Eu envolvo
que ela corra novamente, mas ela não o faz. — Você quer chupar o pau
vêm para abrir meu short, e minha mão vai para o canivete no meu
bolso.
Eu o abro e imagino segurá-lo contra o seu pescoço, deixando a
Ela olha para mim e cruza os braços sobre os seios como se agora
fosse uma puritana.
Eu aceno com a cabeça para o meu irmão. — Ela adora se
molhar. Vá com ele. — E assim, passo por eles na cozinha para pegar
uma bebida.
— Nix? — Roxy chama por mim, mas eu a ignoro. Eu terminei com
ela. Tentar usá-la como uma distração é inútil. Ela só me faz querer
matar algo. Principalmente ela.
Presente.
— Eu não gosto de namorar. Eu fingi que Rowan era minha namorada uma
vez.
— Porque o pai dela suspeitava do tempo que ela passava em nossa casa.
Não foi para proteger Eric de ser um pervertido; foi para impedi-la de ter
problemas com o pai. Ele a teria impedido de sair de casa se
soubesse que ela estava vendo Eric. Ele poderia ter feito suas malas e a
afastado dele - de mim. Eu não podia permitir que ele tivesse tempo para
planejar. Nós precisávamos de mais tempo. Teve que ser no momento da
descoberta, então ele reagiu na hora, matando Eric, sem tirar minha Rowan
de mim.
Eu sabia que perder Eric a machucaria. Ela estava apaixonada, e é normal que
as garotas passem por isso, mas ela está superando agora, e estamos todos
melhor sem Eric por perto.
Capítulo Dez
Rowan
#9 traço de um psicopata
Impulsivo
Inspire e expire. Dentro e fora, repasso repetidamente em minha mente
sentada na banheira. Estico meu braço para tentar pegar meu celular
novamente no balcão, mas ele está fora de alcance. Murmuro através da dor
quando meu estômago se contrai novamente.
Droga, eu deveria ter esperado até que um dos garotos estivesse em casa
antes de entrar na banheira.
Minhas pernas oscilam quando tento ficar de pé. Elas parecem geleia. A dor
queima o meu quadril e tudo parece muito tenso.
— Porra, — eu gemo, então ouço a porta da frente bater. Ecoa por toda a
casa, e o alívio me inunda.
Um grito me escapa, e eu envolvo uma mão sobre meus seios para cobri-los.
— Por que diabos você toma banho quando ninguém está aqui? —
Ele parece chateado, mas eu não tenho tempo para me preocupar com sua
superproteção.
— Cale a boca e me ajude, — eu gemo. Agarrando uma toalha, ele pega meu
braço para me ajudar a ficar de pé. — Eu não posso ficar de pé. Minhas
pernas continuam doendo, — eu soluço.
Mas estou preocupada, não estou pronta para ser mãe. Isso não deveria ser
assim. Tudo me atinge de uma vez. Lágrimas escorrem pelo meu rosto e meu
coração se contrai.
Ele se move com facilidade comigo em seus braços, levando-me para o meu
quarto e me colocando na cama. Eu pego a toalha que ele colocou sobre o
ombro e cubro meu corpo enquanto ele vasculha minha cômoda por algumas
roupas.
Ele está focado e me vestindo como se eu fosse uma criança. Meias, calça de
moletom, nenhuma calcinha, seguido por um suéter sobre minha cabeça e ele
passando cada um dos meus braços através das cavas.
— Obrigada, Nix. Por estar aqui — tropeço em um soluço.
***
Mas meu corpo apenas se recusou a fazer o seu trabalho, então minha
saudável Erica foi entregue em uma sala cirúrgica.
Dor, aguda e constante, irrita o meu quadril. Acabei de ter um bebê tirado do
meu ventre há menos de quatro horas, mas é o quadril idiota que está me
incomodando.
Este dia deveria ser tão diferente, mas aqui estou eu, uma mãe solteira sem
família de verdade.
Os filhos de Eric cuidam de mim, mas não elimina o estranho buraco oco que
sinto dentro de mim desde que perdi o pai deles e o meu. Eu quero odiar meu
pai pelo que ele fez, e eu odeio, mas isso não apaga o amor que ainda sinto
por ele. É uma coisa tão estranha de se sentir. Odiar e amar em igual medida.
Olho para o meu celular e franzo a testa. Ainda nada de Lucy. Ela prometeu
que estaria aqui para o nascimento da minha filhinha, mas ela não apareceu, e
não a visitou desde então. Envio mensagem para Trevor perguntando se ele
teve noticias dela, mas dez minutos se passaram e ele ainda não respondeu.
— Ela está aqui no hospital. Eles estão tentando descobrir o que está em seu
sistema, mas ela ainda está viva.
— Ro, isso não é tudo, — diz Nixon em um tom que nunca o ouvi usar antes.
É quase medo. Camden se move para a cama e pega minha mão, apertando-a.
Penso em seus olhos azuis aço idênticos aos do pai e minha garganta engasga
com um soluço.
Recomeçar.
Ela se foi.
Ela se foi.
Ela se foi...
Capítulo Onze
Nixon
Hayden me informa. Seu cabelo está bagunçado dele passar as mãos por ele.
— Porque tem que ficar, — eu ofereço em vez disso, antes de fechar o espaço
entre Hayden e eu. — Eu preciso que você fique lá com ela, e não a deixe até
que eu esteja de volta.
— Hay. — Eu coloco minha mão em seu peito e olho diretamente nos olhos
dele. — Por favor, apenas fique com ela e não saia desse quarto
— Trevor está devastado sobre Lucy, — Brock sufoca. Ethan, seu melhor
amigo, agarra seu ombro para oferecer apoio e diz: — Vamos ficar por
Rowan, por Lucy, por todos eles.
Eu aceno de acordo.
— Volto em breve.
***
Entro em casa, vou direto para o escritório de Eric e abro o cofre dele.
Ele sabe que estou vindo, então tentar ser sorrateiro é inútil. Eu ando até lá. A
grama cresceu e o lugar parece abandonado depois de ficar vazio durante
meses.
Ela parece muito com sua mãe. E matar um bebê não é o estilo dele.
O lugar cheira como sempre fez quando eu entro. Achei que poderia estar
mofado, mas cheira a limpeza, como sândalo.
Assim que meu pé atinge o último degrau, um raio de luz vem da porta do
porão.
Ainda assim, porões são assustadores quando você sabe que um assassino
está lá embaixo. Sempre achei que tinha esses traços dentro de mim - o
desejo - mas as coisas mudaram para mim desde que Eric se foi
- desde que descobri o que realmente aconteceu com a nossa mãe - desde que
recebemos Rowan de volta. Há essa raiva dentro de mim, mas é mais uma
defesa, para proteger as pessoas que me interessam. Isso me faz normal,
certo? Tem que ser.
Empurrando a porta, desço as escadas, e minha frequência cardíaca acelera
quando Jaxson aparece com Erica embalada em seus braços.
— Este é o lugar onde sua mãe tentou se prostituir, — ele anuncia antes de
meus pés baterem no último degrau.
— Não estou aqui para falar sobre a vagabunda que minha mãe era. Eu já sei.
— Eu sorrio, examinando o bebê sem demonstrar que estou fazendo
exatamente isso.
Ele sorri de volta para mim com os dentes à mostra. — Ela é a razão pela
qual você é o que é? — Pergunta ele, movendo-se em torno da mesa
posicionada no centro do espaço.
— ele relembra.
Meu celular toca, interrompendo o momento. Ele olha para o meu bolso e
levanta uma sobrancelha. — Você quer atender isso?
— Quem?
— Lucy. — Há uma urgência em seu tom que faz meu estômago doer.
— Foi você quem fez aquilo com ela? — Pergunto, incrédulo.
— Onde ela está? — Ele exige novamente, e seu tom é mortal. Normalmente,
eu o provocaria, mas seu comportamento não dá espaço para brincadeiras e
Erica ainda está em seu poder.
— Hospital. Ela está morrendo e eles não sabem o que ela tomou, ou recebeu.
Eu dou um passo em direção a ele, e ele não se move. Ele está muito
confortável e confiante de estar aqui, mesmo como um fugitivo procurado.
— Eles são patéticos. Eu entrei pela sua casa. Sempre odiei esse portão que
você construiu, mas parece ter se mostrado útil neste caso.
— Lucy, Lucy, Lucy. Vejo que a polícia esteve aqui embaixo. — Ele muda
de assunto.
Seus olhos caem na minha arma, mas ele a ignora, como se eu estivesse
segurando ar.
Toc, toc.
Toc, toc.
Bem, merda.
Meu queixo cai quando dou um passo à frente e passo minha mão pelas
fotografias, espalhando-as na mesa.
— Eu estive em sua casa, vi onde Rowan dorme, o berçário que você montou
para o bebê.
— Ela pertence a nós, e eu acho que você sabe disso, — afirmo, balançando a
foto na minha mão. — Isto... Isto vai matar Rowan. — Eu balanço a cabeça,
olhando de volta para as dezenas de mulheres. —
— Você acha que eu sou como você? — pergunto de repente. Todos os meus
pensamentos de nós sendo iguais se chocam contra mim. Eu me tornarei
como ele? Matar mulheres para… o quê? Adrenalina? Senso de poder?
— Se você está procurando no mar de pessoas que você ama em sua mente
agora, então você provavelmente não é um psicopata. — Ele limita-se a olhar
para mim.
— Dê-me o bebê e eu vou deixar você sair daqui, — eu ofereço, e seus lábios
se torcem num sorriso.
— Ou você pode colocar a arma no chão e eu vou deixar você sair daqui, —
ele responde.
— Meninas precisam de seus pais, e ela vai precisar de um pai. Você vai
cuidar de ambas. Eu sei que você vai.
Eu aceno com a cabeça confirmando. Sim, vou, até meu último suspiro.
— Por que você a levou então? — Eu pergunto.
— Para passar algum tempo com ela. Eu não podia arriscar ficar no hospital.
Eu sou um homem procurado. — Ele sorri, como se estivesse feliz com esse
fato.
Ele gesticula com a cabeça acenando para a arma que estou segurando e a
mesa. — Coloque a arma na mesa e empurre-a para mim.
— Você não pode segurar isso e o bebê, Nixon. Faça uma escolha.
Ele pega e anda até mim, entregando Erica. O alívio em sentir seu peso nos
meus braços faz meus olhos se fecharem brevemente.
Tomando-a em meus braços, trago seu pequeno corpo macio contra meu
peito.
Uma calma toma conta de mim e sinto que posso respirar pela primeira vez
desde que encontrei Rowan em trabalho de parto.
— Não deixe Rowan encontrar isto. — Ele fala sobre as fotos, mas eu já
planejei queimá-las na churrasqueira.
Não me movo por uns bons dez segundos, apenas me agarrando a Erica como
um salva vidas.
***
— Eu não podia simplesmente atirar nele, Hay. Ele estava segurando a porra
do bebê.
Ele passa a mão pelo cabelo e senta, depois se levanta. — Você não deveria
ter deixado ele fugir.
Sim, porque ele teria feito essa merda de maneira diferente. Se Hayden
tivesse aparecido lá, ele não teria fugido. Ele estaria no deserto que aquele
quintal se tornou.
— Dê-lhe um tempo, — Cam grita, chocando a todos nós. — Nossa irmã está
sendo alimentada por sua mãe graças a Nixon. Não eu, nem você nem Brock
- Nixon a trouxe para casa. — Ele joga os braços em volta dos meus ombros
e me abraça. — Obrigado por trazê-la para casa.
Tossindo para anunciar sua presença, Trevor parece ter sido atingido por um
caminhão de dez toneladas e arrastado por oito quarteirões. Há uma garota no
corredor com ele, os olhos inchados de lágrimas.
Como ele pode assistir seu melhor amigo criando uma criança que é dele?
Não é como se eu fosse a porra de uma criança feliz. Eu odiava meus pais
voláteis.
Hayden passa por mim e vai ficar ao lado da garota que eu não reconheço,
mas ele claramente reconhece.
Porra, eu não queria fazer isso na frente dos meus irmãos, mas foda-se eles.
Foda-se ele.
Um coro de — Que porra é essa? — Vem dos meus irmãos, mas não de
Trevor. Ele parece aflito com a pergunta.
Eu zombo. Nós nos parecemos, porra. Ele deve ver isso. Meus irmãos devem
ver isso. Eric tinha que ter visto isso.
— Eu pareço com você, e sempre soube no fundo que Eric não era meu pai.
Hayden empurra Trevor para fora do caminho e agarra meu rosto nas palmas
das mãos. — Mamãe não trairia. Ela estava sempre acusando papai de
traição. Você se parece com o irmão da mamãe e papai nos testou mesmo
assim. — Hayden descansa a cabeça na minha.
— Mamãe não tem um irmão, — interrompe Brock.
Hayden me solta com uma expiração. — Sim, ela tem. Ele é apenas um
pedaço de merda que não mantinha contato desde que ela era uma criança, de
qualquer forma, não é esse o ponto do caralho. Nix tenho a prova de que você
é filho de Eric.
— Como diabos você sabe essa merda? — Brock faz a pergunta para qual
quero a resposta.
Filho da puta.
— Eu não posso acreditar que você pensou que eu fosse seu pai, Nix, gostaria
que você tivesse me perguntado isso mais cedo, então eu poderia ter te
tranquilizado. Eu amava minha esposa e seu pai. Eu nunca os teria traído
dessa maneira. Ou você.
Minhas pernas cedem, e eu caio no banco atrás de mim, deixando cair minha
cabeça em minhas mãos. Eu honestamente não esperava esse resultado. Todo
esse tempo achei que Eric não era meu pai.
— Você está bem? — Cam pergunta, vindo se sentar ao meu lado. Eu estou?
— Estou exausto.
***
— Não, oficial, ele não fez contato, — Rowan informa pela centésima vez.
— Ele matou pessoas que me importam e roubou minha filha. Você acha que
eu o estou protegendo? — Ela rosna.
Eu queimei a evidência da verdadeira identidade de Jaxson Wheeler.
Assassino em série.
Ela se preocupa constantemente que seu pai venha roubar Erica. Qualquer
som, batida na porta a assusta e ela corre para pegar o bebê.
Ela esteve em casa por um dia antes de levar o bebê para o seu quarto, depois
as duas para o meu. Nós nos tornamos uma unidade. Uma máquina de bebê.
Uma família.
Eu sei que vou ter que livrar o mundo de Jaxson Wheeler, no entanto. Ele não
vai se manter longe. Como eu, ele ama algo muito precioso para ficar longe.
Mas ela não é dele. Ela é minha. E farei qualquer coisa para mantê-
***
— O que é isso?
— Um cartão de aniversário.
— Isso não está cruzando algum tipo de linha ética? — Eu pego o cartão dela
e coloco na mesa.
Eu sei que não tenho que continuar com o planejado. Eu tenho dezoito anos
agora. Eu poderia dizer a ela para comer merda e sair daqui para nunca mais
voltar, mas é o que ela espera que eu faça, e se eu for sincero, vir aqui me
ajuda. Isso me faz sentir normal. Quão fodido é isso?
— Ótimo.
Ela quer saber se eu persisti nas coisas com Rowan. Eu planejei engarrafar
essas emoções e desejos e enterrá-los profundamente para que eu pudesse ser
o que ela precisava agora, mas foi Rowan quem se tornou carente por mais.
Winters não pode mascarar seu choque com este anúncio. Ela deixa cair a
caneta que está segurando, depois se atrapalha para pegá-la de volta.
— Não, Brock.
Rowan
2 meses depois…
Quando ele mudou minha cama para cá, ele teve que arranjar uma cama de
solteiro porque as duas queens ocupavam muito espaço. Sorrio ao pensar em
tudo o que Nixon faz para nos deixar confortáveis e seguras.
As vozes baixas no andar de baixo viajam até nós, então fecho a porta,
acendo a luz noturna de Erica e canto sua canção de ninar.
Pegando seu monitor, desço quando Nixon está chegando em casa. O lugar
está zumbindo com corpos para uma festa de Hayden.
Ele domina qualquer sala em que esteja, mesmo usando roupas casuais.
Lambendo os lábios, seu olhar se move dos meus olhos para a minha boca, e
eu tento ignorar as batidas do meu coração e a dor surda se formando no meu
intestino.
Estou com muito medo de fazer um movimento, caso esteja tudo na minha
cabeça e ele esteja apenas sendo Nixon, meu melhor amigo. Cada instinto me
diz que é muito mais, mas se eu arruinar isso com um erro tão grande, eu não
sobreviveria.
Nunca conheci ninguém para deixar Nixon Pearson de joelhos, como Erica.
Ela o envolveu em volta de seu pequeno dedinho e sinto pena de qualquer um
que a fizer infeliz. Seu amor por essa garota é feroz, e ele tem três irmãos
todos na fila para protegê-la, coração e alma.
— Eu deveria ir dar-lhe um beijo de boa noite? — Ele coloca isso como uma
pergunta, mas nós dois sabemos que não importa o que eu diga. Ele vai dar
ao nosso bebê um beijo de boa noite.
— Você está linda por sinal. Cortou o cabelo? — ele pergunta, se esticando
para pegar um baguete de um buffet de comida disposto.
Só mais uma coisa que eu amo nesse garoto. Ele percebe pequenas coisas e
sempre sabe quando eu preciso de um elogio. — Só tomei banho.
Seus dedos seguram meu queixo, inclinando minha cabeça para eu olhar para
ele. — Quer pedir comida e assistir a um filme?
Eu o amo.
— Rowan, estou comendo uma baguete agora. Uma maldita baguete. Porque
toda aquela porcaria de peixe em conchas parece com vômito de bebê.
Uma risada ressoa no meu peito. — São ostras. Elas deveriam ser um
afrodisíaco...
Silêncio.
Nós dois apenas olhamos um para o outro, minhas bochechas ficando rosadas
e o estômago em nós.
— Não seria a primeira vez que provo vômito de bebê. — Ele pisca, pegando
um prato e carregando-o, antes de pegar minha mão e me levar para cima.
Minhas emoções sempre foram conflitantes sobre ele, mas depois do que ele
fez com Lucy, e sem razão aparente, só me deixou odiando o DNA correndo
em minhas veias.
— OK.
Meu corpo inteiro está hiperconsciente dele, até mesmo um escovar sutil de
sua pele na minha quando ele passa por mim quase me faz gemer.
Examino alguns dos novos filmes que ele adicionou e escolho algo leve e
engraçado para tentar tirar minha mente da sarjeta e esfriar minha pele.
Carne... tudo isso... só... bem ali. — Eu... er... ah... erm, — eu gaguejo.
— Não havia toalhas. — Ele não cobre seu pau com as mãos. Em vez disso,
ele olha para dentro de mim, não para mim.
Meus dentes afundam no meu lábio e eu puxo a camisa da minha cabeça, mas
não faço um movimento para colocá-la. Nós nos encaramos enquanto seu pau
engrossa. Esse é todo o convite que preciso.
Sim. Está acontecendo. Eu não posso continuar negando cada momento que
penso em fazer isso com ele. Empurro minhas calças para baixo em um ato
descarado, mostrando uma confiança que não sinto.
Minha mão se move para cobrir as estrias na parte inferior do meu estômago,
mas ele levanta a mão e sussurra: — Não.
Isso é Nixon e eu. Nós sempre tivemos essa química entre nós, mas agora ela
evoluiu para muito mais. Acho que quando ele realmente me tocar, posso
entrar em combustão.
Eu levo as mãos para trás e solto meu sutiã, deixando cair pelos meus braços
no chão.
Seus olhos varrem a pele recém-exposta, e ele passa a língua sobre o lábio
inferior, fazendo minhas coxas apertarem.
Ele se move então, seus passos comendo o pequeno espaço entre nós, até que
há apenas uma lacuna minúscula impedindo nossos corpos de serem
consumidos pelo outro. Ele agarra a parte de trás do meu pescoço, me
puxando para ele, e seus lábios batem contra os meus enquanto minha pelve
se inclina para cima, precisando de contato com a dele. Meus seios roçam em
seu peito, a necessidade dolorida endurece meus mamilos, nosso contato
inflama o que se torna inegável. Fomos feitos para ficar juntos. Nada antes
disso é importante. Nós somos o agora
- o para sempre.
É tudo. TUDO.
Um suspiro soa dos meus lábios quando seu pau entra em contato com a
minha fenda.
Pele na pele.
Carne na carne.
Alma na alma.
Suas mãos assumem o comando, acariciando minha pele com possessividade.
Seus dentes beliscam e mordem enquanto sua língua varre a minha pele,
arrastando beijos pelo meu pescoço.
Ele cheira a floresta depois de uma chuva, e eu estou intoxicada por ele.
Lambo e acaricio seu pescoço com meus lábios, provando-o. Eu nunca quero
parar.
As palmas das mãos fortes descem até a minha bunda e ele hesita, apoiando a
testa na minha.
— Tem certeza de que está pronta para isso, Ro? Porque uma vez que você
for minha, baby, você será minha para sempre.
— Por que esperamos tanto tempo? — Eu gemo, torcendo meus quadris. Ele
controla meus movimentos enquanto sua boca devora meus mamilos.
Nixon
— Ela nem vai se lembrar disso, — diz Camden quando um dos balões com
o número “um” estourou.
— Estará no filme para sempre, Cam. Para sempre significa que tem que ser
perfeito.
Ele bufa e ri. — Eu disse tentar arranjar um namorado. — Ele bate a mão no
meu ombro e vai ajudar Brock a pendurar o banner.
Lucy já chegou. Meus olhos procuram pela sala por uma muito grávida Lucy
enquanto beijo a bochecha de Ro. — Eu vou buscá-lo.
Duas vezes esta manhã com seus orgasmos. — Sua pequena ingestão de ar
faz meu pau endurecer, e eu debato se poderíamos nos esgueirar para outra
rodada, mas há muitas pessoas aqui, e eu tenho um presente para pegar.
Bato na bunda de Ro com um tapinha de amor e caminho até Lucy, que está
sentada no colo de Trevor, o braço dele enrolado em torno de sua barriga
saliente, protegendo seu bebê crescendo lá.
Seu rosto desmorona e ela levanta a mão. — Merda, eu anotei isso e ainda me
esqueci de trazê-lo. — Tem tinta rabiscada na palma da sua mão, e eu
escondo um sorriso quando Trevor revira os olhos. Eu me lembro do estágio
de exaustão da gravidez.
— Estacione na garagem e use essa entrada para ter acesso à casa principal.
Os portões se abrirão automaticamente se você pegar o carro dela, o que está
bloqueando a entrada de qualquer maneira.
— Aposto mil dólares que você move o carro dela e leva o seu próprio.
— Ohhh, — Lucy gargalha.
Eu roubo as chaves e grito para Ro: — Tio Trevor está adicionando um extra
nas economias de Erica.
***
O carro dela pode ser rosa, mas tem vidros escurecidos, e é de cinco marchas,
o que é simplesmente foda.
Leva vinte minutos para atravessar a cidade até sua nova casa. Trevor surtou
quando Jaxson entrou na última vez e insistiu em uma casa com máxima
segurança. O portão está entreaberto quando eu chego, abrindo totalmente
quando me viro para ele. Os cabelos na parte de trás do meu pescoço ficam
em pé quando olho em volta e vejo um caminhão preto estacionado na rua
algumas casas acima.
Depois de dois toques, a voz dele ressoa pela linha, como se ele estivesse
tentando falar sobre o barulho. — E aí, mano?
Silêncio, e então, — Porra pergunta estranha, mas por acaso, sim. Temos
alguns negócios na costa oeste e ele é o único que pode lidar com esse
cliente. Porquê?
Eu abro a porta do carro e olho em volta da garagem por qualquer coisa que
eu possa usar como uma arma.
Trevor é muito organizado. Este lugar tem tudo trancado em armários. Porra.
Vou ter que usar a força do meu próprio corpo para dominá-lo se ele estiver
aqui. Eu cresci muito desde o nosso último embate. Tenho muito mais a
perder do que ele, o que me dá razão para dominá-lo. Acabar com ele de uma
vez por todas.
Ele ainda é forte, o filho da puta. Virando-me para encará-lo, meus olhos se
estreitam na agulha em sua mão.
— Aposto que não. Tem algo planejado apenas para vocês dois? —
Eu aceno para a mão dele. — Ela está grávida, você sabe, — eu atiro.
Seu rosto vacila. Ele não sabia, porra. Eu uso sua distração e avanço para ele.
Ele foi pego de surpresa. Eu o acerto com um punho fechado em
sua mandíbula e pego a agulha com a outra mão em movimentos rápidos e
precisos.
Ele tropeça para frente, mas essa merda é boa e funciona rápido. Ele cai,
batendo no chão com uma repugnante paulada.
Seus olhos se arregalam e sua mão se contrai, se erguendo até mim antes de
cair de volta, como se fosse muito pesada para segurar.
— Porque eu não posso correr o risco de você vir atrás do que é meu, — eu
digo a ele honestamente. Essa é a última coisa que quero fazer, mas ele nunca
ficaria longe.
Jaxson Wheeler
Olhando para o teto branco, tento levantar meus braços, mas eles não se
movem. Sei que eles não vão, eu projetei essa droga desta forma por uma
razão, mas o instinto para sobreviver é forte dentro de mim, então eu cerro a
mandíbula e me esforço mais.
Eu vim aqui pela minha doce Lucy. Consegui ficar longe por algum tempo,
mas voltar aqui para deixar um presente de aniversário para minha neta me
fez lembrar sobre o que eu tive que desistir da última vez que estive aqui.
Talvez esse fosse o destino de Nixon, seu papel em minha vida - não ser
como eu, mas me impedir.
Agora, meu próprio veneno está correndo em minhas veias, e os olhos verdes
de um menino que eu poderia ter matado duas vezes, estão debruçados sobre
mim, meu futuro em suas mãos.
— Você deveria ter ficado longe, — ele diz.
Eu quero dizer que ele sabe que isso nunca aconteceria. Sou puxado para cá
pelo sangue que corre nas veias de uma garota que ele ama. Minha filha.
Minha Rowan.
Ela finalmente está com o homem certo. Um homem digno dela. Olhe para
ele. Ele me derrubou, de todas as pessoas. Eu sou um Deus entre os mortais.
Levei anos para aprimorar minha calma, mas Nixon já está anos à minha
frente.
— Tenho certeza do que você tinha em mente hoje à noite, Jax, mas eu não
posso deixar você seguir com isso. Lucy está muito próxima de Rowan - de
nós, — ele me diz, sem tensão ou conflito em seu tom.
Deslizando as mãos sob minhas axilas, ele começa a me arrastar para trás
através de algumas portas duplas e me coloca ao lado de uma mesa e
cadeiras.
— Rowan está feliz. Ela finalmente está feliz, e eu não posso deixar você
mudar isso.
Felicidade é algo que eu deveria querer para ela, mas tudo dentro de mim diz
que quero vingança, retribuição pelo que foi tirado de mim -
incluindo Rowan. Ela permitiu que Eric a seduzisse e ela o escolheu sobre
mim. O assassino dentro de mim quer que ela pague com sangue, mas minha
força de vontade é mais forte que os impulsos.
la. Eu a criei, dei tudo a ela, seria uma pena aquilo tudo ir com sua pulsação
em um impulso de raiva.
— É estranho, porque eu sei o que você é, e eu costumava pensar que éramos
iguais. — Nixon grunhe de algum lugar à minha direita. Ele parece tenso,
como se estivesse fazendo trabalho pesado.
— Mas nós não somos nada parecidos. Você mata pessoas por satisfação.
Uma coisa sexual — ele diz, voltando à vista. — Eu mato por necessidade -
para manter as pessoas que eu amo seguras.
Ele mais uma vez agarra minhas axilas e gira meu corpo adormecido até que
vejo um laço surgir, pendurado em uma luminária no teto. Você vai me
matar? Me foder? Eu quero rugir.
Duvido.
— Mas isso vai aguentar seu peso. Você vê, foram colocadas vigas de
madeira
especialmente
porque
Lucy
queria
Não faça isso! Eu grito repetidamente em minha cabeça enquanto ele começa
a puxar a corda que se estende e meu corpo começa a se mover para cima.
Seus músculos incham quando ele rosna, usando toda a sua força para subir
meu corpo. A corda cava minha pele, e eu posso senti-la cortando, graças à
minha droga projetada. Ela adormece a função motora e muscular, mas não
impede a sensação do toque. Foi como idealizei isso, assim minhas garotas
poderiam me sentir nelas – dentro delas.
A porra da minha cabeça vai ser arrancada dos ombros antes que ele me
suspenda completamente.
Meus pés batem em uma cadeira e meu corpo se inclina para frente e para
trás. Eu não tenho controle para subir nela.
ela soluça.
— Não, não está. É o meu pai. Tem que ser. Oh Deus, ele vai levá-la, não é?
— Eu também te amo.
Uma calma me domina quando a realização desponta, eu não vou sair desta
casa respirando. Eu fui derrotado por um garoto – um fodido menino. Estou
feliz que tenha sido ele. Ninguém mais é digno dessa honra, e a prisão não é
algo para o qual eu seja feito.
Deveria ser você. Eu quero dizer a ele. Dizer-lhe que está tudo bem, eu
entendo. Porque eu realmente entendo. Rowan deveria estar com um homem
que mataria por ela. É apropriado. Ela nasceu em uma poça de sangue de sua
mãe, a morte é seu presente e maldição.
Minha visão borra e a água se forma em meus olhos. Não consigo respirar.
Meus instintos tentam ofegar, sugar ar em meus pulmões em chamas,
alcançar a corda, mas não posso fazer nada além de sentir minha vida
enfraquecer. Meus pulmões se fecham e a escuridão obscurece minha visão.
Estou morrendo.
Ele me matou.
Nixon Pearson.
Filho.
Pai.
Protetor.
Capítulo Quinze
Brock
Quando Nixon convenceu Lucy a ficar mais um pouco, meus pés coçaram
para sair, para que pudéssemos voltar para cá e ter o lugar para nós mesmos.
Ethan convidou uma antiga namorada para se juntar a nós, mas ela não estará
aqui até mais tarde.
Ethan nem sequer deixa o carro parar antes de sair pela porta e subir dois
degraus de cada vez até à porta da frente.
— Você quer começar sem ela? — Eu sorrio, puxando minha camiseta sobre
a minha cabeça e chutando minhas botas.
— Porra. Porra.
Eu sigo sua linha de visão, meu coração trovejando nas minhas costelas.
Jax Wheeler está pendurado em uma corda no meio da sala de jantar. Uma
cadeira caída embaixo dele, os olhos esbugalhados, a pele azulada.
Ele merecia mais do que isso - mais do que isso -, mas vê-lo ali pendurado,
sua língua saindo pela boca, me dá uma sensação de paz. Acabou.
Epílogo
Rowan
Deixá-la para seu primeiro dia inteiro de creche foi o momento mais difícil da
minha vida.
Nós passamos por muito, os assassinatos do seu pai e da sua mãe, o suicídio
do meu pai pela culpa de matá-los e tentar prejudicar Lucy, mas ele nunca
falhou comigo - nem uma vez.
Ela poderia ter cinco filhos por tudo o que ele sabia, mas ele tem um sentido
para essas coisas, e quando Nix volta sua atenção para você, boa ou ruim,
você fica sem palavras.
Inclinando-se, ele passa os lábios por minha testa e solta a minha mão. — Eu
vou pegar o balão. Ela vai amar, quase tanto quanto eu te amo.
A maturidade tem sido boa para ele. Ele ganhou mais alguns centímetros de
altura e largura dos ombros. Porra, ele é construído como um viking, e eu não
consigo o suficiente dele. Eu não estou nem brava com elas o checando,
porque ele é meu, e não posso culpá-las por serem atraídas para ele como
uma mariposa para a chama.
Um coro de conversas soa assim que as educadoras começam a sair com as
crianças.
segurar e nunca os deixar ir. Mas eu nunca deixei que isso impedisse Erica de
ficar perto de outras crianças e vivenciasse a vida. Esses problemas são meus,
não dela.
Agitando minha mão, espero que ela venha correndo para mim com
entusiasmo, mas, em vez disso, ela está fazendo beicinho procurando na
multidão de pais.
— Papai! Papai! — Ela grita. Nixon a envolve em seus braços e a ataca com
beijos, o balão balançando por cima de suas cabeças.
Erica é a garota do papai, sem dúvida, e Nix sempre deu a ela um pai e muito
mais. Quando ela o chamou de papai, caí de joelhos e chorei. Nós sempre o
chamamos de Nixy, mas depois de passar algumas
horas por dia em uma creche preparando-se para seus dias integrais, ela só
saiu e o chamou de papai de uma tarde aleatória de quinta-feira.
Vendo todas as outras crianças usando esse termo para os homens assumindo
o papel de pai em suas vidas, ela apenas decidiu o que era Nix para ela e
nunca mais parou desde então.
***
Nixon
Olhando para Ro, e então no espelho para Erica, que está batendo no balão,
respiro fácil e viro o carro para a nossa antiga rua. Saímos da casa dos
Pearson há mais de um ano e compramos nossa própria casa, apenas nós três,
apesar de eu tentar convencer Cam a morar com a gente. Ele recusou,
dizendo que Hayden precisava de cuidados. Eles também se mudaram para
um lugar mais adequado para dois jovens.
Ro chama minha atenção quando ela olha para o relógio pela quarta vez
desde que pegamos Erica na creche.
Mal sabe ela, que já combinei com Suzanne para pegar qualquer trabalho
escolar que ela possa precisar para o fim de semana.
Ro é uma mãe incrível, mas ela é muito mais do que isso, e não conseguir ir
para a faculdade, mexeu com sua cabeça. Ela não quis nenhum de seus
fundos ou herança, e nunca se contentou em não ganhar seu próprio dinheiro
e ter uma carreira.
Abrindo a porta do carro, eu o contorno para tirar Erica primeiro, depois abro
a porta de Ro. Sua boca está aberta, e uma lágrima cai em sua bochecha.
Uma área com assentos e uma árvore foi plantada na terra que costumava ser
a nossa casa, em respeito à nossa mãe. Ela pode ter tido seus problemas, mas
você só tem uma em sua vida e ela passou a ser nossa.
— Isso sempre estará aqui se você precisar vir ou decidir trazer Erica quando
ela estiver crescida.
Ela funga e se afasta para que Erica não possa ver as lágrimas.
— Este é o nosso passado, e isso não vai mudar, mas você e Erica...
Você é meu futuro - meu para sempre. Sempre foi você para mim, Ro. —
Eu caio de joelhos, e seus olhos se expandem tão largamente que fazem suas
outras características parecerem pequenas.
— Erica, eu prometo ser o melhor papai que você poderia querer ou precisar.
Eu prometo manter você em segurança e nunca deixar você namorar. Você é
minha para sempre e sempre, sempre.
Deslizo o anel no dedo de Erica e ela sorri para mim, segurando o anel feito
de minúsculos pequenos diamantes decorando a faixa.
— Nix, — ela respira. — Você sabe que vamos estragar nossa amizade? —
Ela funga e ri ao mesmo tempo.