Você está na página 1de 91

Fundamentos de Enfermagem II

14 Necessidades Humanas Básicas

Índice
NHB Comer e Beber adequadamente...........................................................................................2
NHB Deslocar-se e manter uma postura desejável......................................................................6
NHB Evitar os perigos no ambiente e evitar magoar os outros.................................................11
Prevenção de quedas.......................................................................................................19
Precauções básicas do controlo da infeção.......................................................................26
Prevenção e controlo da infeção PBCI.............................................................................26
1-Colocação/isolamento dos doentes...................................................................................28
2-A Higiene das mãos...........................................................................................................29
3-A etiqueta respiratória.......................................................................................................30
4-EPI.....................................................................................................................................30
5-DESCONTAMINAÇÃO DO MATERIAL E EQUIPAMENTO......................................32
6-Controlo Ambiental...........................................................................................................35
7-Manuseamento seguro da roupa........................................................................................35
8-recolha segura de resíduos................................................................................................36
9-Praticas seguras na preparação e administração de injetaveis..........................................37
10-Exposição ao risco no local de trabalho..........................................................................37
Ferida..............................................................................................................................39
Ligaduras.........................................................................................................................48
A dor como estado patológico..........................................................................................51
Vacinas............................................................................................................................56
Terapêuticas.....................................................................................................................61
Vias de administração......................................................................................................65
NHB Comunicar com os outros expressando emoções, necessidades, medos......................66
NHB Manter o corpo limpo, com boa aparência e proteger os Tegumentos........................71
NHB Respirar normalmente........................................................................................................74
NHB Eliminar por todas as vias de eliminação...........................................................................82
NHB Manter a temperatura do corpo.........................................................................................87
A dor como estado patológico....................................................................................................91
NHB Praticar de acordo com a sua fé......................................................................................91
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

NHB Comer e Beber adequadamente

 Alimentação é utilizada pelo organismo como fonte de energia

 Enfermeiros como Promotores de Saúde influenciam as escolhas e comportamentos


de manutenção de uma adequada alimentação

 Enfermeiros como Promotores da Satisfação da NHB

Condições que afetam a NH “Comer e beber adequadamente”


• Idade
• Estado emocional
• Estado físico e intelectual
• Estado social, cultural e económico
• Condições do ambiente

Condições que afetam a NH “Comer e beber adequadamente”

Idade
(Recém-nascido, criança, jovem, adulto, idoso, pessoa em fim de vida)
 Maturidade do sistema digestivo(relaciona dacoma idade/ou com alterações
fisiológicas)
 Necessidades nutricionais diferentes (consoante idade, atividade física e ou
intelectual.)
 Períodos de rápido crescimento (infância e adolescência)
 Alterações do metabolismo (decorrentes da idade e/ou outra…)
 Alteração de atividades
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

Estado emocional
 Emoções(Ex: Ansiedade, stress, alegria …)
 Hábitos alimentares
 Imagem corporal
 Sentimentos associados ao ato de comer beber (amor, reconforto, punição)
 Atitudes associadas aos alimentos/Gostos e preferências individuais

Estado físico e intelectual


Capacidade para procurar e preparar alimentos
Capacidade para realizar os movimentos necessário à alimentação

Ex: movimentos do membro superior


(força muscular, amplitude articular, coordenação motora fina, …)

Capacidade para mastigar, deglutir os alimentos

A deglutição é um processo neuromuscular complexo, que exige comunicação


entre Sistema nervoso central e periférico e ações coordenadas entre

Fase oral
O bolo alimentar e voluntariamente formado na língua, empurrado contra o palato e para a
orofaringe. O Palato mole ajuda a impelir a entrada de alimentos na nasofaringe

Fase faríngea
Movimento da laringe para cima e o movimento do bolo alimentar para baixo provocam o
encerramento do epiglote impedindo a entrada de alimentos
no aparelho respiratório

Fase esofágica
Reflexos involuntários dos músculos esqueléticos e lisos Empurram o bolo alimentar através
do esófago

Estado da dentição
Capacidade digerir dos alimentos(estomago, intestino delgado, glândulas salivares, Pâncreas,
fígado e vesícula Biliar) Alergias/intolerâncias alimentares
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas
Conhecimentos sobre:
• Necessidades nutricionais;
• Alimentação adequada
• ingestão de Açúcar e gorduras; conhecimentos sobre:
• ingestãodesal«6g/dia;
• alimentos/nutrientes/confeção
• IMCentre18,5e25
• necessidade de nutrientes
• quantidade de alimentos adequados para manter um
peso saudável
• Dieta rica em leguminosas e fibras
• Ingestão diária de vegetais e fruta
• Utilização de ervas aromáticas na confeção…
• Confeção com pouca gordura e sal…

Estado social, cultural e económico


 Ambiente físico: lugar/horário das refeições
 Clima psicossocial durante a refeição
 Imagem corporal desejada
 Institucionalização/apoio domiciliário
 Isolamento/solidão
 Tipo de alimentos
 Capacidade económica(aquisição / transporte/ conservação)

Condições do ambiente
 Físico social
 Familiar
 Escolar
 Comunitário(acessibilidade)
 Macro(orientações DGS/Programas…)

Operacionalização do Processo de Enfermagem


COLHER OS DADOS
FONTES PRIMÁRIAS E FONTES SECUNDÁRIAS

 Caraterizar a forma como satisfaz a necessidade (padrão individual– Horário/Constituintes)


 Descrevera insatisfação da necessidade (casos e verifique)
 Identificar as razões inerentes à satisfação ou insatisfação da necessidade
 Identificar os conhecimentos relativos à satisfação ou insatisfação da Necessidade
 Crenças relacionadas com a satisfação ou insatisfação da necessidade
 Condições ambientais favoráveis e desfavoráveis à satisfação da necessidade
 Estados patológicos presentes que modificam a satisfação da necessidade
 Utilização de ajudas técnicas
 Avaliação do estado de consciência

NH Comer e Beber Adequadamente & Diagnósticos de Enfermagem


Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas
Relacionados com:

 Alterações de ambiente e rotina  Alterações anátomo-fisiológicas


 Atitudes/comportamentos inadequados  imobilidade ou Alterações na mobilidade
 Ausência/défice de conhecimentos  Alterações sensoriais
 Alterações patológicas  Alteração do estado nutricional
 Alterações no estado de consciência  Estado peri-operatório
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

NHB Deslocar-se e manter uma postura desejável


O movimento corporal
 O movimento é essencial para a capacidade dê interação da pessoa com o Meio ambiente,
 A realização de movimento (atividade) é uma necessidade intrínseca ao funcionamento
equilibrado do ser humano,
 A mobilidade física normal depende da integridade e funcionalidade em articulação das
estruturas componentes dos sistemas musculo esquelético e nervoso,
 Existe a necessidade de todo o ser humano se mover e mobilizar todas as partes do corpo, através
de movimentos coordenados e de manter uma boa postura.

O desenvolvimento da capacidade de manter o equilíbrio corporal é indispensável para o ser


humano, pois sem ele seria impossível realizar as atividades da vida diária, como correr, ou saltar,
devido à incapacidade de realizar os ajustes posturais necessários

O controlo postural possui dois objetivos comportamentais: a orientação e o equilíbrio postural


 A orientação postural está relacionada com o posicionamento e o alinhamento dos segmentos
corporais um em relação aos outros e em relação ao ambiente.
 O equilíbrio postural é o estado em que todas as forças que atuam sobre o corpo estão
determinadas para manter o corpo na posição e
orientação desejada.
 O equilíbrio é uma das capacidades motoras que
pode ser considerada a base para todo o
movimento, e é influenciado por estímulos visuais,
somatossensoriais e vestibulares.
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

A IMOBILIDADE
A imobilidade ocorre:

Quando uma pessoa é incapaz de se mobilizar, de mudar de posição de forma autónoma,

Ou

Quando a imobilidade pode resultar de um processo de doença ou de traumatismo ou pode ser prescrita
por razões terapêuticas (adquire correntemente a designação de repouso);

Em qualquer dos casos, apresenta riscos fisiológicos e psico-Emocionais conhecidos e previsíveis.

CONDIÇÕES QUE PODEM AFETAR A NHB

Avaliação da força muscular do Medical Research Council


A força é classificada numa escala de 0 a 5
Parâmetros físicos a avaliar Grau 0- Sem evidência de contração muscular (nenhum movimento é
observado)
▪ Força muscular Grau 1- Evidência de contração muscular, sem movimento articular
▪ Mobilidade Articular (apenas um esboço de movimento é visto ou sentido ou fasciculações são
▪ Coordenação neuromuscular observadas no músculo)
▪ Postura corporal e marcha Grau 2- Amplitude de movimento incompleta (há força muscular e
▪ Massa muscular movimentação
articular somente se a resistência da gravidade é removida)
Grau 3- Amplitude de movimento completa contra a gravidade (a
articulação pode
ser movimentada apenas contra gravidade e sem resistência do
examinador)
Grau 4- Amplitude de movimento completa contra a gravidade e
resistência
manual submáxima (a força muscular é reduzida, mas há contração
muscular contra a resistência).
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

Postura corporal e marcha


• alinhamento da coluna vertebral
• alinhamento dos membros superiores e inferiores
• postura e equilíbrio: em repouso, ao levantar-se, ao andar
• na posição de deitado, a capacidade de se mobilizar, levantar-se da cama, descer e subir para a cama
Coordenação neuromuscular:
Pedir movimentos alternativos rápidos como:
• tocar na ponta do nariz com o indicador e repetir…
• colocar o calcanhar direito sobre o joelho esquerdo e deixá-lo, deslizar pela perna

Idade ✓Utilização de produtos de apoio à marcha
✓Situações de saúde/doença (canadianas, bengala, andarilho…)
✓Terapêutica farmacológica (que possa interferir ✓Debilidade/astenia
coma capacidade de realizar movimento) ✓Mobilidade Articular
✓Atitude psicológica (motivacional) ✓Coordenação neuromuscular
✓Condições habitacionais (escadas, barreiras ✓Postura corporal e marcha
arquitetónicas) ✓Equilíbrio corporal
✓Hábitos de atividade física ✓Massa muscular
✓Conhecimentos

Permitem identificar:
• Condições Sempre Presentes ou Estados Patológicos que influenciam a forma como a pessoa desenvolve a
NHB Deslocar-se
• Interação da NHB Deslocar-se com outra(s),
• Nível de independência
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

NHB Evitar os perigos no ambiente e evitar magoar os outros

Objetivos

Analisar a Necessidade Humana Básica (NHB) Evitar os Perigos no ambiente evitar magoar os outros
constituinte do complexo da vida humana segundo o referencial teórico de enfermagem de Virgínia
Henderson

Desenvolver pensamento crítico para concretizar, as etapas do processo de enfermagem no âmbito da NHB
Evitar os Perigos no ambiente e evitar magoar os outros

O MODELO CONCEPTUAL DE VIRGÍNIA HENDERSON

O sujeito dos cuidados é o ser humano, considerado como ser biopsicossocial e espiritual, caracterizado
pelas suas 14 necessidades fundamentais (Phaneuf, 2001)

O objetivo dos cuidados de enfermagem no modelo de Virgínia Henderson em Primeiro é lugar ajudar a
pessoa satisfazer as suas necessidades de maneira ótima para atingir um melhor estado de saúde e elevá-la,
em seguida a reencontrar a sua independência face às suas necessidades(Phaneuf,2001).

Necessidade-Necessidade vital que a pessoa deve satisfazer afim de conservar o seu equilíbrio físico,
psicológico, social ou espiritual e de assegurar o seu desenvolvimento(Phaneuf,2001,p.40).
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

Estado patológicos (em contraste com doenças específicas) que modifica as necessidades básicas

A Necessidade Humana Básica de Evitar os perigos no ambiente e evitar magoar os outros

Necessidade para a pessoa de se proteger contra as agressões internas e externas com vista a manter a sua
integridade física e mental (Phaneuf, 2001).

 A segurança é uma necessidade básica de cada pessoa ao longo da sua vida.


 As pessoas estão constantemente expostas a perigos ambientais que põem em risco a sua
segurança e, embora a maioria sejam capazes de manter um ambiente seguro de forma
independente, fatores como a idade ou a doença podem reduzir a sua capacidade de proteção sem
assistência

Modo de funcionamento

Ao longo da vida, numerosas agressões ameaçam a integridade da pessoa.

Para satisfazer a necessidade de se proteger, é preciso poder exercer um certo controlo sobre si mesmo e
sobre o ambiente a fim de se precaver ou de se defender contra os perigos (Phaneuf, 2001)
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

CONDIÇÕES SEMPRE PRESENTES QUE INFLUENCIAM A SATISFAÇÃO DA NHB EVITAR OS PERIGOS


A IDADE

Cada fase do desenvolvimento humano apresenta os seus próprios riscos para a segurança.

Os bebés e as crianças são dependentes de outros para a sua segurança:

Ainda não aprenderam a distinguir entre segurança e perigo, pelo que estão constantemente expostos a riscos à
medida que exploram e aprendem sobre o ambiente

Idade pré-escolar
As crianças nesta idade são extraordinariamente ativas.
As suas capacidades cognitivas e motoras aumentam rapidamente, as medidas de segurança devem acompanhar a
aquisição de novas competências.
Vulneráveis a acidentes como:
Ingestão de substâncias tóxicas (medicamentos), produtos de limpeza, afogamento; asfixia;
Esta é a idade perfeita para a educação sobre regras e segurança (ex: atravessar as ruas, conhecerem os sinais de
trânsito, etc.)

Crianças em idade escolar


Fase em que são expostas anovas experiências
Começam a participar em mais atividades fora de casa, (praticar um desporto, ou andar de bicicleta, visitar amigos)
Os perigos de segurança decorrem das atividades que realizam.

ADOLESCÊNCIA 10 a 19 anos

• Fase de desenvolvimento difícil, passagem da dependência para a independência, emergir da sua própria
personalidade adulta decorrem alguns riscos relativos à segurança dos adolescentes.

• Processo stressante (lidar com a tensão e o desconforto emocional, pode levar a participar em comportamentos de
risco como fumar, beber álcool e/ou outros tipos de consumos ilícitos e também o risco de suicídio
• Altura em que podem obter a carta de condução, risco de acidentes lesões esportivas, inicio da atividade sexual -
risco de infeções sexualmente transmissíveis, gravidez não planeada e sofrimento emocional.

Aspetos a serem considerados em termos de segurança:


• O nível de responsabilidade, a capacidade de resistir à pressão dos colegas, a
segurança digital

Os adultos jovens- 20 a 24 anos


Nível de risco de acordo com assuas práticas de estilo de vida:

• Tipo de dieta (rica em gorduras), o tabagismo e a falta de exercício aumentam o risco de doenças espiratórias e
cardiovasculares e de cancro.

• Risco de acidentes rodoviários, suicídio,


Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas
• Os tipos de atividades de lazer praticadas, estão frequentemente associados a lesões neste grupo etário.

Adultos de meia-idade 45 a 59 anos


• Os riscos de lesões em adultos de meia-idade é afetada pelas mudanças de fatores fisiológicos e responsabilidades
pessoais e profissionais.

• Acidentes de trabalho são frequentes, sobretudo no sexo masculino, o risco acidente de viação continua a ser
significativo. (Australian Bureau of Statistics, 2005)

Pessoas Idosas e muito idosas


Um dos principais riscos são as lesões POR QUEDA devido:

 Às limitações da visão,
 Reflexos lentos e ossos frágeis,
ABUSO DE IDOSOS
 Alterações de memória,
Os prestadores de cuidados têm muitas vezes vergonha ou
 Desempenho psicomotor prejudicado.
demasiado embaraço para pedir ajuda, e os clientes não têm
Fatores de risco a lesões muitas vezes a coragem ou a privacidade necessária para fala
sobre o que lhes está a
 A função sensorial prejudicada, acontecer (Faye & Sellick 2003).
 Mudanças na função cognitiva,
 Sistema imunológico enfraquecido,
 Barreiras físicas,
 O uso inadequado de dispositivos de ajudas técnicas deslocar-se em meios de
 transportes inseguros,
 A falta de conhecimento sobre os perigos ambientais
 Abusos: psicológico, financeiro, sexual
 Negligência, maus-tratos em especial aos que sofrem de
 demência (Faye & Sellick 2003; OMS, 2015)

MOBILIDADE REDUZIDA

 A mobilidade permite que as pessoas se protejam contra muitos perigos ambientais e mantenham a sua
própria segurança
 A incapacidade de iniciar, coordenar ou realizar atividades motoras reduz a capacidade de se afastar
fisicamente de situações perigosas e de potenciais lesões,
 As pessoas que não têm estabilidade nos pés, por exemplo, devido a uma perturbação neurológica, a uma
doença debilitante ou aos efeitos da medicação, são mais vulneráveis a lesões por perda de equilíbrio e
quedas.

ALTERAÇÕES DA COGNIÇÃO OU CONSCIÊNCIA

 A diminuição da perceção ou da consciência pode reduzir a capacidade da pessoa de perceber,


interpretar e reagir a pessoas, objetos ou situações de forma a manter a segurança.
 O risco de ferimentos a si próprio ou a outros, aumenta significativamente se uma pessoa estiver confusa,
desorientada ou sofrer de lapsos de memória; pessoas sob a influência de substâncias químicas e pessoas
com demência ou doenças psiquiátricas graves.

AFEÇÃO DOS SENTIDOS

• É através dos sentidos que as pessoas recebem informações sobre o que as rodeia.
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas
• Qualquer alteração na eficiência de qualquer um dos cinco sentidos (paladar, olfato, audição, visão ou tato) pode
reduzir significativamente a capacidade das pessoas de detetarem e protegerem-se do perigo

ALTERAÇÕES DA COGNIÇÃO OU CONSCIÊNCIA

 Confusão
 Desorientação ou perdas de memória, (implica capacidade de compreender os riscos de doenças ou
acidentes que a ameaçam e de os evitar)
 As emoções tem um papel importante na integridade física ou mental de uma pessoa.
 Qualquer alteração na capacidade do cérebro em interpretar o ambiente, coloca a pessoa em maior risco de
sofrer danos.
 As alterações no funcionamento do cérebro também podem causar comportamentos que impedem uma
tomada de decisão clara e lógica, o que pode resultar em ameaça à própria segurança.

CAPACIDADE DE COMUNICAÇÃO AFECTADA

 As pessoas que não conseguem aperceber-se do perigo por interpretarem mal os sinais ambientais ou por
não compreenderem, verem ou ouvirem avisos ou instruções verbais ou escritas correm um maior risco de
sofrerem lesões.
 As pessoas que têm uma barreira linguística ou sofrem de qualquer deficiência de comunicação, como a
afasia, por exemplo, podem não ter a capacidade de comunicar os perigos que observam ou de pedir ajuda.
 Ansiedade, o medo, desgosto; a imagem que ela tem de si mesma e da sua identidade, nível de autoestima e
de autoconfiança.
 Acontecimentos difíceis vividos (luto, divórcio, perda de emprego), os mecanismos de defesa e de adaptação
utilizados, os problemas psicológicos(depressão, ideias suicidas, agressividade, fobias, etc.)

De natureza social espiritual e ambiental

• A família e o grupo social oferecem na maioria dos casos suporte e proteção, particularmente aos mais fracos, ou
seja, às crianças e às pessoas idosas.

• A vida em sociedade aumenta os riscos de contágio (infeções diversas e doenças transmitidas sexualmente).

Estatuto social ou cultural

• Na pessoa idosa, a solidão fator de risco físico e psicológico importante.

• A violência contra pessoas vulneráveis como crianças, mulheres, pessoas idosas ou a sua negligência.

• A prática religiosa ou com apego a certos objetos de culto pode ter uma dimensão de segurança

Ser cliente dos sistemas de cuidados de saúde coloca a pessoa mais vulnerável a riscos, devido:

 - Ambiente estranho e confuso para a pessoa,


 - A experiência é, em geral, pelo menos minimamente assustadora,
 - Os processos de pensamento e os mecanismos de enfrentamento são afetados pela doença e influenciam as
emoções,
 - As indicações da vida normal estão ausente (ex: cama sem grades laterais, setas de direção para a casa-de-
banho).

 Os cuidados de saúde são considerados uma área de alto risco para os clientes porque existe uma elevada
probabilidade de ocorrerem eventos adversos (incidentes que resultam em danos para o cliente) na
sequência de tratamentos ou procedimentos.
 A investigação estima que 3 a 16% dos doentes são vítimas de eventos adversos que poderiam ser evitados

Para pessoas de nacionalidade diferente, essa vulnerabilidade pode ser intensificada.


• A maioria dos eventos adversos é relacionada a falhas de comunicação.
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

O ajudar o doente e evitar perigos no ambiente e proteger os outros de perigos potenciais

Atualmente a segurança do doente é uma das dimensões fundamentais na qualidade dos cuidados

Exemplos de eventos adversos relacionadas com o profissional:

 As quedas do doente e fraturas de morte nos doentes hospitalizados


 A infeção hospitalar,
 As úlceras por pressão,  Erros e complicações cirúrgicas,
 Os erros de administração de  Falhas de comunicação entre profissionais de
medicação e na utilização de saúde,
equipamentos e materiais,  Troca de identificação do doente
 As infeções associadas aos cuidados de  Rápido declínio
saúde (IACS) são uma das principais causas  Falhas de diagnóstico
 Erros na transfusão de sangue

O que é segurança do doente?


De acordo com a OMS, a segurança do doente significa reduzir o risco de danos desnecessários associados aos
cuidados de saúde a um nível mínimo aceitável.

Esse “mínimo aceitável” diz respeito às noções coletivas de conhecimento atuais, aos recursos disponíveis em cada
situação e ao contexto do atendimento, comparado ao risco de o tratamento não ocorrer.

A OMS aponta que a segurança dos doentes é um princípio fundamental dos cuidados de saúde, pois cada etapa do processo
de prestação de cuidados possui certo grau de insegurança inerente.
A partir disso, surgem diversas medidas que devem ser tomadas a fim de reduzir ao máximo possível os riscos enfrentados
por quem precisa de cuidados de saúde (WHO, 2008)

A segurança do doente é definida como “Uma estrutura de atividades organizadas que cria culturas, processos,
procedimentos, comportamentos, tecnologias e ambientes nos cuidados de saúde que reduzem riscos de forma consistente e
sustentável, reduzem a ocorrência de danos evitáveis, tornam os erros menos prováveis e reduzem o impacto dos danos
quando ocorrem” (WHO, 2021)
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

Prevenção de quedas

PREVENÇÃO significativa morbilidade ou mortalidade, sendo uma das principais causas de internamento hospitalar.
O seu impacto pode ser enorme e com consequências pessoais, familiares e sociais, para além das implicações
financeiras para os serviços de saúde

Ocorrem em todas as faixas etárias, contudo, é na população mais idosa que a prevalência do risco de queda e os
danos daí resultantes têm sido maiores

 As quedas representam, portanto, um grave problema de saúde pública e requerem, na maioria das vezes,
cuidados médicos. A literatura internacional refere que as quedas são a causa subjacente de cerca de 10 a
15% de todos os episódios que acorrem aos serviços de urgência.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, entre 28 a 35% da população com idade igual ou superior a 65
anos de idade sofre anualmente uma queda, partir dos 80 anos

 As quedas são a segunda principal causa de morte no mundo por lesões não intencionais.
 •Estima-se que 684.000 pessoas em todo o mundo morrem de quedas a cada ano, com mais de
80% delas ocorrendo em países de baixa e médio rendimento.
 Ainda de acordo com a Organização Mundial da Saúde, a prevalência de quedas na população
residente em lares é superior àquela que vive na comunidade. Entre 30 a 50% da população
residente em instituições de
 cuidados continuados de longa duração sofre uma queda por ano e cerca de 40%experiência
mais do que uma queda
 A maioria dos diagnósticos relacionados com quedas nas admissões hospitalares são as fraturas
da anca, os traumatismos cranianos e as lesões dos membros superiores. Estima-se ainda que a
estadia hospitalar
 varie entre 4 a 15 dias e que cerca de 20% da população idosa com fratura da anca provocada
por um aqueda morra após um ano
 As quedas originam inevitavelmente estados de dependência: perda de autonomia, confusão,
imobilidade e sentimentos de medo, falta de confiança, que podem levar a quadros de
depressão, que conduzem a restrições variadas nas atividades da vida diária, no seu conjunto
Os fatores de risco associados às quedas podem ser multifatoriais e refletem bem a multiplicidade de
determinantes da saúde que, direta ou indiretamente, afetam o bem-estar das pessoas, em particular da
população idosa
• Estes fatores podem ser biológicos, como a idade e condições de saúde agudas ou crónicas. Tais como
alterações decorrentes do envelhecimento, implicando:
 Modificações posturais (tendência para flexão anterior do tronco por acentuação da
 cifose da coluna vertebral e consequente avanço do centro de gravidade)
 redução da capacidade motora, com consequência agravada na mobilidade geral
 alterações do equilíbrio, com a sua evidente diminuição
 reflexos ausentes ou fortemente lentificados
 capacidades sensoriais, nomeadamente a visão e a audição
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

 condições que podem ser os despoletadores mecânicos de episódios de queda


 Podem ser potenciados pela existência frequente de poli(co)morbilidades que implicam recurso
a respostas farmacológicas muito expressivas (polimedicação), agravando o risco de ocorrência
de efeitos adversos

Podem também ser:


 comportamentais (associados a deterioração cognitiva, estados de confusão,
 socioeconómicos, como o isolamento social, a fraca rede de apoio social, os baixos
rendimentos e
 ambientais, como é podem ser os perigos existentes no ambiente envolvente e a inexistência
de estruturas de apoio à mobilidade/acessibilidade, com uma forte implantação de barreiras à
mobilidade no espaço físico.

Quantos mais fatores de risco uma pessoa apresentar, maior será o seu risco de queda. Alguns fatores
de risco podem ser alterados, mas nem todos podem ser eliminados
• A prevenção de quedas deve incluir a avaliação criteriosa dos fatores de risco multifatoriais presentes,
a comunicação e a educação sobre o risco de quedas, a implementação de medidas ou ações preventivas
e/ou corretoras do ponto de vista institucional e a execução de intervenções individualizadas
• As intervenções individualizadas devem ser realizadas em relação aos doentes com maior risco de
queda

De facto, deve haver uma avaliação dos fatores de risco de todos os cidadãos:
• no momento de entrada em serviços prestadores de cuidados de saúde,
• sempre que seja clinicamente indicado, após qualquer alteração notória do seu estado clínico
• sempre que ocorra uma queda
• Torna-se também necessário que o resultado dessa avaliação seja comunicado à própria
pessoa, à família e à equipa prestadora de cuidados de saúde e que os doentes sejam
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

educados/habilitados sobre as melhores ações/estratégias a serem implementadas na


prevenção das quedas
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

COLHEITA DE DADOS À PESSOA ACERCA DA NHB EVITAR PERIGOS

Dados relevantes a colher pessoa / ambiente


 Acuidade dos sentidos (visão, audição),
 Estado de orientação, em relação à pessoa, ao tempo aos outros,
 Capacidade de compreensão,
 Estado de espírito: preocupação, tristeza, nervosismo, irritabilidade, euforia, impulsividade...
 Avaliar a dor: tipo, intensidade, localização, repercussões, ajuda necessária.
 Histórico pessoal a alergias: medicamentos, alimentos, ambiente.
 Perturbações sensoriais-preceptivas.
 Nível de consciência. Memória. Equilíbrio.
 Hábitos tóxicos: tabaco, álcool, drogas...
 Internamentos hospitalares.
 Acidentes. Quedas nos últimos 3 meses.
 Violência. Abuso.
 Sob anestesia, sedação ou procedimentos invasivos
 Medidas preventivas habituais: Estado vacinal,
 Dados subjetivos: Perceção de si próprio e da situação atual:
 Como se sente? O que sente que pode fazer? O que e quem o
 pode ajudar? Quais são as suas expectativas?
 Risco de violência dirigida aos outros?
 Adesão ao plano terapêutico. Atitude motivo do incumprimento.
 Medidas de segurança pessoal e ambiental adotadas.
 Condições do ambiente doméstico, familiar e social. (A prevenção é efetuada. Existência de
barreiras).
 Tratamentos.
 Automedicação?

Alguns meios de avaliação da intensidade da dor alguns exemplos de meios de avaliação:

Escala de avaliação da dor (adaptada às características da pessoa: Escala Visual Analógica (EVA), Escala
Numérica (EN), Escalas de Faces, Escala descritiva ou qualitativa, Échelle Douleur Inconfort Nouveau-Né
(EDIN), Neonatal Infant Pain Scale (NIPS) … Behavioral Pain Scale (BPS), Algoplus, Instrumentos
multidimensionais de autoavaliação

Escalas de risco de quedas (adequada às características das pessoas, ex: Escala de queda Morse, Escala
Hendrich II Fall Risk Model, Escala, a Stratify (St.Thomas Risk Assessment Tool in Falling elderly
inpatients)

Alguns meios de avaliação da pessoa face ao risco de desenvolvimento de úlceras por pressão

 A escala de Braden (Adulto e Pediátrica),


 A escala de Waterlow
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

Precauções básicas do controlo da infeção


Prevenção e controlo da infeção PBCI
Infeções associadas aos cuidados de saúde IACS
IACS--Infeção adquirida durante a prestação de cuidados, onde quer que estes sejam prestados
(…) e que não estava presente nem em incubação à data do contato inicial.

Incluem-se as infeções que ocorrem 48 horas após a alta e as infeções ocupacionais dos
profissionais de saúde.

IACS e incidência

Infeções das vias respiratórias As pessoas são o centro do fenómeno:


Infeções das vias urinarias
Infeções do local cirúrgico • Enquanto reservatórios e fontes de microrganismos;
Sépcis nosocomial • Enquanto transmissores;

• Enquanto recetores de microrganismos, e consequentemente novos


Fatores que afetam o risco de reservatórios.
transmissão os microrganismos

Relacionados com:
• Microrganismo/agente infecioso

• Fonte/reservatório

• Ambiente

• Suscetibilidade do hospedeiro
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

PREVENÇÃO E CONTROLO DAS INFEÇÕES ASSOCIADAS AOS CUIDADOS DE SAÚDE

OBJETIVO ESTRATÉGICO 5.2


Monitorizar a implementação de
práticas seguras METAS 2026:
90 % das instituições de saúde com estratégias definidas para a implementação de
práticas seguras nas seguintes áreas: (…), infeções associadas a cuidados de saúde, (…).
OBJETIVO ESTRATÉGICO 5.3:
Reduzir as infeções associadas aos cuidados de saúde e as resistências aos
antimicrobianos.

PRECAUÇÕES BÁSICAS DO CONTROLO DA INFEÇÃO (PBCI)


É o conjunto de procedimentos destinados a prevenir a transmissão cruzada de
microrganismos de um portador são ou doente, para outro, de forma direta ou indireta,
através de medidas aplicáveis a todos os intervenientes

Prevenção e controlo das IACS

• AMBIENTE
• PESSOAS

• Aplicam-se a todas as pessoas cuidadas independentemente de se conhecer o


seu estado infecioso
• Princípio subjacente: “Não há pessoas de risco, mas sim procedimentos de
risco”
• Destinam-se a garantir a segurança das pessoas cuidadas, dos profissionais de
Saúde e de outros que contatam os serviços de saúde
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

PIRAMIDE DE 10 PBCI - APLICADAS EM TODOS OS MOMENTOS DE CUIDADOS!

Na admissão da pessoa a unidade de saúde deve de ser avaliado o risco de transmissão de


agentes infeciosos

• Pessoas que representem um risco acrescido de transmissão de agentes infeciosos


devem de ser colocadas/mantidas num local que minimize o risco de transmissão
• Deslocações desnecessárias nas unidades de Saúde devem de ser evitadas
1-Colocação/isolamento dos doentes - tendo em conta se a pessoa é a fonte dos
microrganismos ou se é imunodeprimido (tentar colocá-lo com pessoas com menor risco
infecioso)
 Deve ser avaliado o risco de transmissão para se poder fazer a gestão dos espaços ou o
isolamento da pessoa
 Deslocações necessárias nas unidades de saúde devem ser evitadas

Isolamento:
É o estabelecimento de barreiras de modo a manter um espaço isento de
microrganismos ou extremamente rico em microrganismos (pessoas com doenças
infeciosas devem estar todas no mesmo espaço)de modo a suprimir a transmissão de
agentes infeciosos
Isolamento de proteção: De uma pessoa para outra(prestadores de cuidados, visitas,
etc.
A pessoa está com o seu sistema imunitário enfraquecido - proteger a pessoa
Isolamento de contenção: dos prestadores de cuidados para as outras pessoas
Pessoa infetada - conter as pessoas infetadas todas no mesmo espaço e proteger
quem está fora daquele espaço
Limpeza dos espaços - do mais limpo para o mais sujo!
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

As mãos são o principal veículo de transmissão das IACS


2-A Higiene das mãos reduz em 80% as IACS
QUANDO E COMO SE DEVE DE HIGIENIZAR AS MÃOS
Modelo conceitual da OMS… conceito dos « Cinco momentos»
• Antes do contato com o doente
• Antes de procedimentos asséticos
• Após risco e contacto de exposição a fluidos orgânicos
• Após o contato com o doente
• Após o contato com o ambiente envolvente do doente

Técnica de Higiene das Mãos- Princípios gerais


 Aplicar corretamente o produto a usar
 Friccionar as mãos respeitando a técnica, os tempos de contato ás áreas a abranger de acordo os
procedimentos a efetuar
 Ter especial atenção aos espaços interdigitais, polpas dos dedos, dedo polegar e punho
 Secar/deixar secar bem as mãos
 Evitar contaminar as mãos após a lavagem (EXª se a torneira for manual não tocar na mesma após a
lavagem
 Usar regularmente protetores da pele
 Se surgirem alterações cutâneas dirigir-se ao médico

Uma eficaz higienização das mãos implica


Unhas curtas, limpas, sem extensões ou outros artefactos e sem verniz
• Ausência de todos os adornos
• Cortes e abrasões cobertos com penso impermeável
• Exposição dos antebraços
Técnica de higiene das mãos

A sua seleção depende:

• Do tipo de flora que se pretende reduzir


• Do grau de contaminação previstos na prestação de cuidados
• Da suscetibilidade da pessoa cuidada
• Do tipo de procedimento a efetuar

FLORA MICROBIANA DAS MÂOS


FLORA RESIDENTE

Microrganismos que vivem e se multiplicam na pele em


maior número em torno e sob as unhas, viáveis por

longos períodos, mas de baixa virulência Gram- positivos

A flora residente é dificilmente removida pela ação mecânica


da lavagem das mãos, mas é inativada pelos antissépticos

Técnicas de higiene das mãos


SÃO TRÊS AS TÉCNICAS UTILIZADAS NA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
1-lavagem 2-fricção antissética 3-preparação cirúrgica
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

• remove a sujidade e a • remove e destrói a flora •remove e destrói a flora


flora transitória transitória transitória e a flora
residente
- USO DE SABA (SOLUÇÃO
ANTISEPTICA DE BASE
ALCOOLICA)

Quando utilizar a fricção antissética


A FRICÇÃO ANTISSÉTICA É A 1ª ESCOLHA PARA A
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
Desde que a mãos estejam visivelmente limpas ou
isentas de matéria orgânica a Fricção antissética deve
preceder a maioria dos procedimentos comuns na
prestação dos cuidados.

Quando proceder a lavagem das mãos


Esta encontra-se restrita as seguintes situações:
• Sempre que as mãos estejam visivelmente sujas
ou contaminadas com matéria orgânica.
• Após a prestação de cuidados a doentes com
Clostridium difficile
• Nas situações sociais antes e apos as refeições e
após a utilização do WC

3-A etiqueta respiratória é um conjunto de medidas a adotar com o objetivo de conter as secreções
respiratórias, e dessa forma minimizar a transmissão de agentes infeciosos por via aérea ou através de gotículas.

• Cobrir a boca ou o nariz ao espirrar ou tossir


• Usar um toalhete de uso único para conter as secreções e inutilizá-lo logo de seguida
• Em alternativa tossir ou espirrar para o braço
• Higienizar as mãos após o contacto com as secreções respiratórias
• Evitar tocar nas mucosas dos olhos, boca ou nariz
DEVEMOS DISPONIBILIZAR LENÇOS E SACOS PARA O UTENTE MANDAR FORA

4-EPI
São todos os equipamentos bem como quaisquer complementos ou acessórios destinados a serem
utilizados pelo trabalhador para se proteger dos riscos para a sua segurança e Saúde.

Quando se devem de utilizar os EPI


Não sendo possível aplicar as medidas de proteção de caracter coletivo ou organizacional, a utilização dos EPI deve de s
implementada, permitindo que o trabalhador desenvolva a sua tarefa de forma segura e responsável.
• Luvas;
• Avental;
• Bata de manga comprida;
• Proteção ocular/facial;
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

• Máscara cirúrgica; (EXISTEM MASCARAS QUE SÃO CINZENTAS - CARVÃO - PARA ABSORVER OS ODORES
ADSORVENTE DE ODOR!)
• Cobertura do cabelo;
• Calçado ou cobertura de calçado
Proteger o utente e o prestador de cuidados- luvas esterilizadas
Proteger o prestador de cuidados – luvas limpas
O uso de luvas não substitui a higienização das mãos (antes e após a sua utilização)
TAC - técnica asséptica cirúrgica - estéril - assepsia cirúrgica - visam que determinado item
esterilizado se mantenha esterilizado - calçar umas luvas cirúrgicas -calço evitando a sua
contaminação
TAM - técnica asséptica medica - limpa - conter num determinado local
aquilo que é material, pessoas que podem ser transmissores de
microrganismos

INDICAÇÕES PARA LUVAS ESTERILIZADAS


Qualquer procedimento cirúrgico; parto vaginal;
procedimentos radiológicos invasivos;
colocação de acessos venosos ou cateteres centrais;
preparação de nutrição parentérica total e de agentes de quimioterapia.
SITUAÇÕES CLÍNICAS COM INDICAÇÃO PARA LUVAS LIMPAS
Possibilidade de contacto com sangue, fluidos orgânicos, secreções, excreções e objetos visivelmente
contaminados por fluidos orgânicos.
EXPOSIÇÃO DIRECTA AO DOENTE: contacto com sangue; contacto
com membranas mucosas e com pele não integra; possível presença
de organismos perigosos e altamente infeciosos; Situações de
emergência ou epidemia; colocação e remoção de acessos
vasculares; derramamento de sangue; remoção de linha venosa;
exame pélvico ou vaginal; aspiração de sistemas abertos de tubos
endotraqueais.
EXPOSIÇÃO INDIRECTA AO DOENTE: esvaziamento de recipientes
com fluidos orgânicos; manipulação/ limpeza de instrumentos;
manipulação de resíduos; limpeza de fluidos corporais.

LUVAS NÃO INDICADAS (exceto para precauções de


CONTACTO) Sempre que não exista possibilidade de
exposição a sangue ou fluidos corporais, ou ambiente
contaminado
EXPOSIÇÃO DIRECTA AO DOENTE: avaliação da pressão
arterial, temperatura e pulso; administração de injeções SC
ou IM, lavar e vestir o doente; transportar o doente; cuidar
dos olhos e pavilhões auriculares (sem secreções), qualquer
manipulação de acesso vascular na ausência de extravasamento de sangue.
EXPOSIÇÃO INDIRECTA AO DOENTE: utilização do telefone; escrever nos registos do doente,
administração de medicação oral; distribuição e recolha dos tabuleiros das refeições; remoção e
substituição dos lençóis da cama; colocação de aparelhos de ventilação não invasiva e cânulas de
oxigénio; deslocação da mobília do doente.
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

Luvas esterilizadas como calçar

Luvas esterilizadas
• vem embalada, ver selagem e validade
• fricção antisséptica antes de calçar as luvas
Como calçar?

• abrir a embalagem
• colocar numa superfície higienizada para colocar as luvas
• embalagem num saco preto - resíduo urbano/hospitalar
• abrir do lado contrário das extremidades e virar as letras para mim
• contrariar as dobras e ver tamanho
• indicações de esquerda/direta e tamanho da luva e posição delas
• desdobrar os papelinhos
• calçar primeiro a mão não dominante
• retirar do campo (papel) e abrir o canhão da luva, mas pegar no meio da luva
• e colocar a outra
• colocar o campo num saco preto - resíduo hospitalar/urbano

Se tiver sangue:
• agarrar pelo fundo do canhão e descalçar a mão não dominante e fico com a luva na mão e tirar a
outra por dentro - saco branco - grupo de risco biológico

5-DESCONTAMINAÇÃO DO MATERIAL E EQUIPAMENTO


 Limpeza (equivalente a lavagem)
 Desinfeção
 Esterilização
MATERIAL CLINÍCO
 Uso único
 Numa única pessoa
 Reutilizável

Desinfeção

1. Destruição térmica ou química de microrganismos.


2. Destrói a maioria dos microrganismos dependendo do nível de desinfeção, mas não
necessariamente as formas esporuladas.
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

3. Agentes físicos e químicos, aplicados a ambiente inanimado, que destroem


microrganismo patogénicos ou outros microrganismos, podendo, contudo, não
destruir as formas esporuladas
Utilização dos desinfetantes
PRINCÍPIOS BÁSICOS:
1. Limpeza dos materiais;
2. Escolha do produto desinfetante;
3. Tempo de contato;
4. Concentração do soluto;
5. Precauções de utilização
ESTERILIZAÇÃO
Processo de destruição de todos os microrganismos patogénicos, incluindo os esporos.
Físicos: vapor saturado, calor seco, radiações ionizantes
Químicos: óxido de etileno, formaldeído, formaldeído gasoso e vapor de baixa temperatura, glutaraldeído, ácido
para cético, peróxido de hidrogénio e plasma de peróxido de hidrogénio
Esterilização POR VAPOR SATURADO

FASES DO PROCESSO

1 – Limpeza mecânica e/ou química


(inclui desincrustação da matéria orgânica)
2 – Secagem
3 – Empacotamento/Acondicionamento
4 – Autoclavagem
5 – Armazenamento

INDICADORES
DE ESTERILIZAÇÃO

A qualidade do processo de esterilização deve ser


assegurada desde a
validação dos equipamentos até à monitorização dos
parâmetros físicos,
químicos e biológicos do processo, através da utilização de indicadores
que comprovem a eficácia do mesmo.
BIOLÓGICOS
FÍSICOS
QUÍMICOS
Apenas a utilização combinada destes 3 tipos de indicadores permitem
garantir a segurança do processo de esterilização.

INDICADORES QUÍMICOS

São substâncias que reagem às condições de esterilização


(como temperatura, tempo e presença do agente esterilizante)
e
mudam de cor para indicar que os parâmetros do processo
foram atingidos.
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

Podem ser usados tanto externamente (nas


embalagens dos materiais) quanto internamente
(dentro dos pacotes ou bandejas)

6-Controlo Ambiental
Todos os profissionais devem ter conhecimento das suas responsabilidades o processo.

O ambiente de prestação de cuidados deve:

 estar livre de objetos e equipamentos desnecessários;


 ser limpo regularmente de acordo com as especificações.
 O derrame de sangue e fluídos orgânicos é considerado um evento de risco.
90% dos microrganismos estão presentes na “sujidade visível”

LIMPEZA

Processo de remoção da sujidade (visível ou percetível)


por processos manuais ou mecânicos e geralmente com recurso ao uso
de água e detergente.

7-Manuseamento seguro da roupa


TODA a roupa usada deve ser considerada contaminada;
 trocas de roupa com a menor agitação possível;
 triagem das roupas conforme normas da instituição as quais podem considerar o tipo de
tecido ou outras caraterísticas que requeiram tratamento especial (e não de acordo com o
seu grau de contaminação);
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

 recolha de roupa em sacos apropriados impermeáveis, reenchidos até 3/4 da sua capacidade,
fechados, manuseados suavemente e armazenados em local próprio até ao seu transporte para a
lavandaria.

lavagem à máquina (60º durante 30 minutos);


 Roupa Termo sensível - lavagem a baixa temperatura associada a ciclo de desinfeção química;
 Roupa lavada
> manusear o menos possível e com as mãos lavadas e secas;
> armazenamento em armários fechados, limpos e secos;
> distribuição da roupa em carros ou tabuleiros apropriados e exclusivos para o efeito
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

8-recolha segura de
resíduos
Despacho do MS Nº
242/96 de 13 de agosto

DR nº 187, II Série -
RESÍDUOS
HOSPITALARES

> Grupos I,II,III, IV


> Triagem e
acondicionamento na
fonte
> Armazenamento
específico
> Circuitos bem
definidos
SENSIBILIZAÇÃO E
SUPERVISÃO DE
OUTROS PROFISSIONAIS
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

9-Praticas seguras na preparação e administração de injetaveis


Conjunto de medidas que incluem as precauções básicas, para otimização a administração
de injetáveis e transfusões em segurança, para os utentes e para os profissionais de saúde.

10-Exposição ao risco no local de trabalho


PRECAUÇÕES BASEADAS NAS VIAS DE TRANSMISSÃO (PBVT)

Medidas adicionais a serem aplicadas a pessoas, em que se sabe ou se presume, que estejam infetadas ou
colonizadas

com microrganismos que não podem ser contido usando apenas as PBCI.

As medidas adicionais são:

 - complementares das PBCI mas não as substituem;


 - baseadas nas vias de transmissão dos agentes infeciosos

Transmição por contato, goticulas e vias aereas


(partículas > 5 μm) (partículas > 5 μm)
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

Alguns meios de avaliação do estado mental da pessoa:


Os 3 parâmetros de orientação:
• Pessoa (qual é seu nome?)
• Data/hora (qual é a data hoje?)
• Local (qual é o nome do local onde se encontra?

DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM FOCOS POSSÍVEIS LINGUAGEM / TERMINOLOGIA CIPE

TERMOS CIPE
10017439 A Medidas de segurança DEFINIÇÃO

Proteger: desempenhar atividades no sentido de


prevenir e evitar acidentes ou perigos
especificamente conhecidos por provocarem lesão
e prejuízo; desempenhar atividades orientadas para a
manutenção da segurança ambiental,
associada com o uso de dispositivos protetores
como luvas e capacete.
10015864 A Proteger DEFINIÇÃO Prevenir:
manter alguém ou alguma coisa a salvo ou
tomar precauções face a alguma coisa.
Exemplo de diagnóstico de enfermagem:

Foco: Lesão;

• Diagnóstico: Risco de lesão, (pode estar


relacionado com mobilidade alterada,
ou com alteração sensorial por exemplo visual
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

Ferida
Tipo de tecido com as caraterísticas específicas: lesão do tecido habitualmente associada
com agressão física ou mecânica, os estádios são graduados de acordo com a gravidade…

As feridas são habitualmente percecionadas como:

 Desagradáveis e desconfortáveis
 Aborrecidas, vagarosas, demoradas
 Mal cheirosas
 Aterradoras, nojentas e repulsivas
 Persistentes, assustadoras(associadas ao terror)
 Uma traição ao próprio corpo da pessoa

Existem outros termos do FOCO da prática de enfermagem relacionados com o termo


FERIDA
Tais com:
PELE ÚLCERA ARTERIAL CONTUSÃO INFEÇÃO
TECIDO ÚLCERA POR LACERAÇÃO
CICATRICIAL PRESSÃO INCISÃO
FISSURA FERIDA CIRÚRGICA, QUEIMADURA
MACERAÇÃO FERIDA QUEIMADURA POR
ÚLCERA TRAUMÁTICA FRIO
ÚLCERA VENOSA ESCORIAÇÃO NECROSE

CONTEÚDOS TEÓRICOS A MOBILIZAR…
 ANATOMOFISIOLOGIA
 NUTRIÇÃO
 MICROBIOLOGIA E PARASITOLOGIA
 PATOLOGIA GERAL
 FARMACOLOGIA

Fatores que influenciam o processo de cicatrização

Processo de cicatrização e o processo fisiológico através do qual o corpo substitui e recupera


a função do tecido danificado
 Idade  Fatores locais
 Estado geral (higiene, nutrição, hidratação,  Humidade
imunidade, patologias associadas, terapêutica…)  Temperatura
 Etiologia da ferida  presença de corpos estranhos
 Localização  Carga microbiana
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

Durante os cuidados de enfermagem no contexto de tratamento de feridas devemos sempre contemplar e


priorizar

A pessoa com feridas


As feridas da pessoa
O sucesso no processo de cuidados assenta numa criteriosa avaliação tanto da pessoa como da ferida
Devemos analisar e avaliar
 O estado geral da pessoa
 Estado geral da ferida

Quando se trata de uma ferida simples esta pode levar até 21 dias para cicatrizar, enquanto uma ferida complexa
pode levar meses e por vezes anos a cicatrizar.

Avaliação da ferida
Durante a avaliação de uma ferida devemos ter em conta os seguintes aspetos:

Localização Anatómica Dimensões da ferida devem sempre ser analisadas no seu


comprimento/largura e prefundidade.
Idade da ferida Podem haver feridas que não tem uma figura reta logo
Dimensões temos de usar o acetato que tem depois de ser arquivado
no processo da pessoa
Pele circundante para a profundidade usam-se uns cotonetes que se
introduzem até sentir resistência, e compara a
Bordos
profundidade com uma régua
Tecidos presentes
saber caracterizar a pele a volta da ferida quanto a cor ,
Exsudado temperatura, humidade ou eventual edema e quanto a
presença de locas ou fistulas sua integridade, tendo em conta a humidade, a pele pode
ficar macerada alterando a integridade da mesma,
Presença de corpos estranhos promovendo o aumento de tamanho da ferida
carga microbiana temos de o caracterizar sempre, na cor, odor, espessura e
constituintes
pode ser seroso(característico ), purulento(apresenta cheiro putrefato, e de cores entre o verde e o amarelo) ou
hemático podemos também ter serohematopurolento, hematoseropurolento, purolentohematosero, etc

a carga microbiana e a quantidade de microrganismos que se ligam a infeção.


Os bordos é a linha que separa o tecido bom do mau temos de referir se estes são regulares ou irregulares nestes
mais rápido ou mais lento o período de cicatrização
CARACTERIZAÇÃO DE UMA FERIDA:

Avaliação da Ferida:
Entender a causa da ferida, seja por trauma, agressão ou patologia, para determinar o
tratamento adequado.
Etiologia:
Relacionada à causa da ferida, é importante controlar para promover a cicatrização adequada.
Localização Anatômica:
Conhecimento anatómico é essencial para compreender a extensão e o potencial de
cicatrização da ferida.
Idade da Ferida:
Feridas complexas podem demorar mais para cicatrizar. Compreender se a ferida está em fase
inicial, de cicatrização ou crônica é crucial para o plano de tratamento.
Dimensões:
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

Comprimento, largura e profundidade da ferida são fundamentais para avaliar o progresso da


cicatrização. Fotografia digital ou acetato pode ser utilizada para registro e acompanhamento.
Tecidos:
1. Epitelização: Tecido rosa que cobre a área anteriormente ocupada pela ferida,
indicando o estágio final da cicatrização.
2. Granulação: Tecido altamente irrigado, semelhante a framboesa, que precede a
epitelização. É vulnerável a pequenos traumas e sangra facilmente.
3. Desvitalizado: Tecido esbranquiçado ou amarelado que não possui vida e não cicatriza.
4. Necrosado: Tecido acastanhado ou preto, seco ou úmido, que também não cicatriza e
pode ser comum em áreas como calcanhares ou região sacral.
Caracterização dos Tecidos:
É essencial caracterizar a zona de cada tecido presente na ferida e estimar a quantidade em
percentagem.
Pele Circundante:
Avaliação da cor, temperatura, sensibilidade, edema, umidade e integridade da pele ao redor
da ferida. A maceração da pele circundante pode ocorrer devido ao transbordamento de
umidade da ferida.
Bordos da Ferida:
Regulares indicam um processo de cicatrização mais rápido
Enquanto bordos irregulares podem sugerir um processo mais lento.
Exsudado:
Caracterização do tipo de exsudado presente na ferida, incluindo seroso, purulento, hemático,
serohematopurulento, entre outros. O odor também é uma característica importante a ser
observada.
Presença de Locas ou Fistulas:
Avaliação da presença de túneis ou trajetos sinuosos que podem indicar complicação na
cicatrização.
Presença de Corpos Estranhos:
Identificação e remoção de qualquer corpo estranho na ferida para promover a cicatrização
adequada.
Ao caracterizar uma ferida de forma detalhada, é possível desenvolver um plano de cuidados
específico e monitorar o progresso da cicatrização ao longo do tempo.

Dimensões de uma ferida


 Comprimento X largura
 Fotografia digital
 Acetato
 Planimetria digital
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

TECIDOS

apresenta-se em grânulos desvitalizado é amarelado,


este antecede o tecido de não tem vida
epitelização é altamente enquanto a ferida tiver este
irrigado pelo que é friavel tipo de tecido a ferida não
(sangra com pequenos cicatriza, estes tipos são
traumatismos é vermelho considerados corpos
estranhos a ferida
vivo

Uma ferida pode apresentar vários tipos de tecido ao mesmo tempo

Carga microbiana nas feridas

Contaminação– Existência de microrganismos da pele e do meio ambiente na ferida; controlo pelo sistema
imunitário do hospedeiro.

Colonização–Crescimento da população microbiana na ferida sem causar nenhum dano; controlo pelo
sistema imunitário do hospedeiro.

Colonização crítica– Crescimento da população microbiana não consegue ser controlado pelo sistema
imunitário do hospedeiro; há mudanças na ferida: a cicatrização foi interrompida ou retardada, o tecido pode
apresentar-se como pouco saudável, mas não há nenhum dos sinais habituais de infeção presente.

Infeção– Crescimento da população microbiana provoca lesão tecidular; resposta do tecido à presença dos
microrganismos; 100 000 microrganismos por grama de tecido.
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

Infeção
Fatores que aumentam o risco de infeção:

Microrganismo: carga bacteriana, virulência…


Hospedeiro: carências nutricionais, patologias associadas,
hábitos de vida, terapêutica…
Leito da lesão: má perfusão, corpos estranhos, tecido
desvitalizado e necrosado,

Diagnóstico da infeção
Pelos sinais clínicos
Por culturas microbiológicas:
zaragatoa (tipos de microrganismos)
biópsia de tecido (nº de microrganismos por grama de tecido)

Sinais clínicos de infeção em feridas


Sinais tradicionais
(Cutting, 1994)
 Abcesso (edema)
 Celulite (a pele apresenta-se muito edemaciada e brilhante e tem uma textura frágil)
 Exsudado(existem vários tipos de exsudado)
 seroso com inflamação
 sero purulento
 Hemo purulento
 purulento
5 Sinais de infeção comuns
 rubor
 tumor
 calor
 dor
 perda de função

Sinais clínicos de infeção em feridas


Sinais adicionais
 Atraso na cicatrização
 Descoloração
 Tecido de granulação muito friável
 Dor/sensibilidade aumentada
 Bolsas no leito da ferida
 Colapso do tecido de epitelização
 Quebra do tecido neoformado
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

Princípios de cicatrização de feridas


 Controlar ou eliminar os fatores etiológicos;
 Dar apoio sistémico para reduzir cofatores reais e potenciais (suporte nutricional e hídrico,
controlo de doenças sistémicas…);
 Manter o ambiente fisiológico da ferida

Fases do processo de cicatrização

1. FASE INFLAMATÓRIA INICIAL- caracterizada por um aumento do exsudado, edema e


rubor pode durar de 1 a 4 dias define-se como LIMPEZA FISIOLÓGICA é a limpeza que
o nosso organismo faz
2. FASE PROLIFERATIVA OU DE GRANULAÇÃO pode ocorrer em simultâneo com a fase
inflamatória, DESENVOLVIMENTO DO TECIDO DE GRANULAÇÃO que permite a
reparação do tecido e do preenchimento do tecido em falta pode ter uma duração
entre 5 a 20 dias
3. termina com a FASE DE MATURAÇÃO que é a substituição do tecido granulação pelo
tecido de epitelização esta pode durar meses ou até anos

há fatores que influenciam o processo de cicatrização mais rápido na criança que no estado
final de vida ou no estado geral
- O SUCESSO PARA A CICATRIZAÇÃO OCORRA DEPENDE DE UMA CRITERIOSA AVALIAÇÃO DA PESSOA E DA
FERIDA OU DAS FERIDAS PARA DECIDIR AS MELHORES INTERVENÇÕES

A higiene é fundamental tal como uma adequada alimentação, a hidratação da pele, as


questões de imunidade também influencia o processo de cicatrização, bem como a terapêutica
que retarda o processo

Quando nos referimos á Etiologia da ferida esta refere-se à causa da mesma TEMOS DE
CONTROLAR A CAUSA PARA CONTRIBUIRMOS PARA O PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO

Manter o ambiente fisiológico da ferida


Plano de intervençã0

 Limpar a ferida (removendo os corpos estranhos)


 Prevenir e tratar a infeção manter o ambiente fisiológico da ferida - temperatura, humidade -
ajudar a natureza a fazer o que já faz bem (fase inflamatória)
 Gerir o exsudado (quanto baste)

 Promover a granulação(ajudar a que esta ocorra)


 Eliminar o espaço morto(preencher o espaço morto de modo a evitar que esta feche
sem estar preenchida)
 Controlar o odor
 Proteger os tecidos frágeis
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

Limpeza do leito da ferida Mecânica


Leito da ferida deve ser tratado a temperatura do corpo

A limpeza do leito das feridas deve efetuar-se de forma a não prejudicar o processo orgânico de limpeza
fisiológica, fazendo a menor força possível vou usar um soluto não-iónico (usar soro ou água da torneira se for
potável a 37ºc em jato) com o propósito deste remover o que lá possa existir. Não destrói as células e
permite a remoção de detritos orgânicos e inorgânicos e microrganismos

- Princípio da professora Fátima: não tocar em nada com a ferida que não gostássemos que nos tocassem nos
olhos

Através da força mecânica

Limpeza do leito da ferida Desbridamento


É um procedimento que se realiza com o objetivo de eliminar o tecido necrosado e
desvitalizado de uma ferida

Existem vários tipos de desbridamento tais como:


 Mecânico (com compressas)
 Cortante (com uma pinça e bisturi)
 Cirúrgico (por cirurgia controlado)
Enzimático(enzima sintética exterior do organismo colagenase (ulcerase) - pomada/gel e aplicado
em cima do tecido desvitalizado ou de necrose)
 Autolítico (Hidrogel) , no exsudado existente há enzimas com capacidade autolítica - têm a capacidade
de destruir o tecido desvitalizado e de necrose - nos ajudamos e potenciamos a ação das enzinas - vamos
selecionar um penso adequado que tem a capacidade de ser colocado na ferida e a natureza ir fazendo o
seu trabalho - hidrogel (gel de água - ajuda as enzimas a trabalhar)
 Larvar uso de larvas - mosca margot - produzidas em laboratorio - são necrofagas e comiam o tecido
Abordagem de feridas crónicas EWMA
Acrónimo TIME (Tissue, Infection, Moisture, Edge)

temos de atuar a todos os níveis ao mesmo tempo NA ABORDAGEM AS FERIDAS CRONICAS


OU COMPLEXAS

T –Gestão do tecido não viável


I –Controlo da inflamação e infeção
M –Controlo do exsudado
E –Estimulação dos bordos epiteliais

Ambiente ótimo para a ativação do processo natural de cicatrização


 Quente
 Húmido
 não tóxico.
pois através deste ambiente ativamos o processo fisiológico da infeção por isso é
necessário manter a ferida fechada assim a ferida vai cicatrizar sem deixar crosta
 Dor esta diminui por estar em meio húmido
 Menor nº de infeções
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

 Menor nº lesões cutâneas após remoção dos pensos Não acontece trauma no leito da
ferida
 Menor risco de transmissão de microrganismos
 Excisão autolítica do tecido(promove que as enzimas do exsudado façam o que sabem)

Penso
Objetivos:

 promover a cicatrização
 prevenir e controlar a infeção
 proteger de microrganismos
 absorver o excesso de exsudado
 proteger contra traumatismos
 promover conforto da pessoa e de quem a rodeia
Caraterísticas do penso ideal (Turner, 1982)
 Manter um ambiente húmido na  Ser impermeável aos
interface ferida/penso microrganismos
 Remover o excesso de exsudado  Ser livre de partículas e
 Permitir as trocas gasosas contaminantes tóxicos
 Manter a temperatura  Remover-se sem trauma na ferida

Caraterísticas do penso ideal (Marison, 1997)

 Não aderente;
 Impermeável a bactérias;
 Capaz de manter a humidade elevada na ferida enquanto
 remove o excesso de exsudado;
 Não tóxico e não alergénico;
 Capaz de proteger a ferida de outros traumatismos;
 Não necessitar de mudança frequente;
 Custo-efetividade;
 Tempo de vida longo;
 Disponível em ambiente hospitalar e na comunidade

A considerar na seleção do penso… quanto as características da ferida


 Cor
 Infeção
 Quantidade de exsudado
 Localização
 Forma
 Dimensões
 Pele perilesional
 Odor
Princípios a atender:
 sempre que possível após a higiene da pessoa - colocar o penso
 verificar a embalagem do penso (campo)
 evitar expor a ferida durante muito tempo
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

Ligaduras.
DEFINIÇÃO:
Tira de tecido ou outro material substituto, de comprimento, largura e forma diversas, que,
colocada de acordo com as suas indicações e a respetiva técnica, produz efeitos terapêuticos.

ELEMENTOS:
 Corpo
 Face externa
 Face interna
 Extremidade inicial
 Extremidade final
OBJECTIVOS:
 Fixar no local desejado, pensos, aplicações tópicas ou talas
 Fazer compressão
 Dar suporte a membros e articulações
 Corrigir deformidades
 Proteger áreas corporais
 Manter aquecida uma parte do corpo
 Imobilizar uma parte do corpo

CLASSIFICAÇÃO
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

A dor como estado patológico


…QUE AFETA, ENTRE OUTRAS, A NECESSIDADE BÁSICA «EVITAR PERIGOS NO AMBIENTE E
PROTEGER OS OUTROS DE PERIGOS POTENCIAIS CAUSADOS POR ELE»

Dor
Perceção comprometida:

 aumento da sensação corporal desconfortável,


 referência subjetiva de sofrimento,
 expressão facial característica,
 alteração do tónus muscular,
 comportamento de autoproteção,
 limitação do foco de atenção,
 alteração da perceção do tempo,
 fuga do contacto social,
 processo de pensamento comprometido,
 comportamento de distração,
 e perda de apetite.

FISIOLOGIA DA DOR

Independentemente da localização da lesão, é no cérebro que tomamos consciência da dor.


Antes de chegar ao cérebro, o sinal doloroso percorre todo o organismo, desde o local da
lesão até ao sistema nervoso central (SNC).

Existem 2 tipos de células nervosas responsáveis por este circuito:

✓neurónios aferentes - transmitem o sinal doloroso do local da lesão para o SNC;


✓neurónios eferentes - transmitem os sinais do SNC para os músculos, glândulas e órgãos
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

FATORES QUE INFLUENCIAM A PERCEÇÃO DA DOR

PSICOSSOCIAIS

 Género de quem observa


 Status e contexto
 Personalidade
 Humor
 Padrão de sono e doença mental

CULTURAIS

 Idioma/palavras
 Crença religiosa face à dor
 Avaliação social do estoicismo
 Atitude do doente face à dor

Conhecimento da pessoa acerca do diagnóstico

 Doença
 Resultado do tratamento
 Tipo de procedimento cirúrgico
 Grau do trauma

DEMOGRÁFICOS

 Género
 Idade
 Estilo de vida
 Peso PRINCÍPIOS DA AVALIAÇÃO E CONTROLO DA
DOR

(Ordem dos enfermeiros, 2008)


1. Toda a pessoa tem direito ao melhor controlo da dor;
2. A dor é uma experiência subjetiva, multidimensional, única e dinâmica;
3. A dor pode existir mesmo na ausência de causas identificadas;
4. A perceção e a expressão da dor variam na mesma pessoa e de pessoa para pessoa, de acordo
com as características individuais, a história de vida, o processo de saúde / doença e o contexto
onde se encontra inserida;
5. A competência para avaliação e controlo da dor exige formação contínua;
6. A avaliação da dor pressupõe a utilização de instrumentos de avaliação;
7. O controlo da dor requer uma abordagem multidisciplinar coordenada;
8. Os cuidadores principais e a família são parceiros ativos no controlo da dor;
9. A tomada de decisão sobre o controlo da dor requer a colaboração da pessoa, dos cuidadores e
da família;
10. A dor não controlada tem consequências imediatas e a longo prazo pelo que deve ser
prevenida;
11. Os enfermeiros têm o dever ético e legal de advogar uma mudança do plano de tratamento
quando o alívio da dor é inadequado;
12. Os enfermeiros devem participar na avaliação formal do processo e dos resultados no controlo
da dor ao nível organizacional;
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

13. 0s enfermeiros têm a responsabilidade de se articular com outros profissionais de saúde na


proposta de mudanças organizacionais que facilitem a melhoria das práticas de controlo da
dor;
14. Os enfermeiros devem defender a mudança das políticas e alocação de recursos que sustentem
o controlo efetivo da dor

A DGS instituiu a dor como 5º sinal vital

A equiparação da dor a 5º sinal vital significa que se considera como boa prática clínica, em
todos os serviços prestadores de cuidados de saúde, a avaliação e registo regular da
intensidade da dor, à semelhança do que já acontecia para os outros 4 sinais vitais.

Considera norma de boa prática:

✓ O registo sistemático da intensidade da Dor;


✓ A utilização para mensuração da intensidade da dor, de uma das escalas validadas
internacionalmente: escala visual analógica, escala numérica, escala qualitativa ou escala de
faces;
✓ A inclusão na folha de registo dos sinais e sintomas vitais (…) de espaço próprio para
registo da intensidade da Dor

REGRAS DE APLICAÇÃO DAS ESCALAS DE AVALIAÇÃO DA DOR


a) A avaliação da intensidade da dor pode efetuar-se com recurso a qualquer das escalas proposta
b) A intensidade da dor é sempre referida pela pessoa
c) Á semelhança dos outros sinais vitais, a intensidade da dor registada refere-se ao momento da
sua colheita
d) As escalas propostas aplicam-se a pessoas conscientes e colaborantes, com idades superioras a
3 anos
e) A escala utilizada para uma certa pessoa deve de ser sempre a mesma
f) Para uma correta avaliação da intensidade da dor é necessário a utilização de uma linguagem
comum entre o profissional de saúde e a pessoa que se traduz por uma padronização da escala
utilizar e pelo ensino prévio da sua utilização
g) É fundamental que o profissional de saúde assegure que a pessoa compreende corretamente o
significado e utilização da escala da dor.
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

INFORMAÇÃO A OBTER EXEMPLOS


EVOLUÇÃO DURAÇÃO E Há quanto tempo tem a dor? É uma dor continua, intermitente n, episódica?
PADRÃO
LOCALIZAÇÃO Onde é que doi? Descreva o local da dor, irradia?
(pode ser útil o uso de um diagrama corporal
QUALIDADE Como descreve a sua dor?
(ajuda a identificar as características de um tipo específico de dor. O cliente pode ser
estimulado a utilizar palavras que melhor descrevem a sua dor como moedeira,
queimadura, facada, formigueiro, etc.)
INTENSIDADE Qual a intensidade da dor? (utilize instrumentos de avaliação da intensidade da dor)

Formas habituais de De que forma a pessoa expressa habitualmente a dor? Comunica a sua dor a quem?
comunicar/ manifestar / Ex: silencio, linguagem própria, choro, gemido, fácies, etc.
expressar dor

Fatores de alívio e O que é que alivia/ ou agrava a sua dor?


agravamento
Estratégia de Coping O que faz quando tem dor?
Impacto nas atividades de De que forma a presença da dor afeta a sua vida?
vida (interferências no sono, repouso, trabalho, apetite, mobilidade, sexualidade, nas
atividades sociais e de lazer, humor, etc.)
Conhecimento/perceção A que atribui esta dor? O que espera do tratamento?
acerca da doença/ (explorar a precessão da pessoa, crenças acerca da dor e o que espera do seu controlo)
expetativas em relação a dor
e tratamento
Impacto emocional, Como é que a dor afeta o seu trabalho e a sua relação com os outros.
socioecónomico e espiritual A presença da dor afeta-o espiritualmente?
da dor Ex: interferência no emprego, atividades sociais, relacionamento com os outros,
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

Trabalho devemos de identificar preocupações, atitudes, estados de humor. Significado da dor e


Atividades de lazer sofrimento, razão de viver, mudança de papeis na sociedade e família confronto com a
Relações pessoais crenças acerca da vida e morte.
Características da dor

Estado emocional
Sintomas associados Que outros sintomas acompanham a sua dor? Qual a sua intensidade?
Identificar outros sintomas que acompanham a dor, tais como obstipação, fadiga,
náuseas, insónias, perda de apetite
Descrição do uso das Que tratamentos já realizou? Qual a sua eficácia? Teve efeitos secundários a
medidas farmacológicas e terapêutica?
não farmacológicas História detalhada da medicação, registar os efeitos secundários. Consumo de
analgésicos e sua eficácia. Técnicas não farmacológicas e seus efeitos.

RECOMENDAÇÕES PARA A PRÁTICA PROFISSIONAL

3.1 PRESTAÇÃO DE CUIDADOS


3.1.1 Avaliação da dor
3.1.2 Controlo da dor
3.1.3 Ensino à pessoa/cuidador principal/família
3.1.4 DOCUMENTAÇÃO
3.2 FORMAÇÃO
3.3 POLÍTICAS ORGANIZACIONAIS
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

Vacinas
As vacinas são produtos imunobiologicos constituídos por microrganismo, parte destes ou
produtos derivados, que depois de inoculados no individuo saudável produzem uma resposta
similar a da infeção natural, induzindo imunidade sem risco para o vacinado.
1793 - Referência a inoculações contra a varíola (Edward Jenner)
1952 (?) - Último caso de varíola em Portugal
1965 - 1 Programa Nacional de Vacinação Universal, gratuito para o utilizador
Patrocinado pela Fundação Calouste Gulbenkian e outros mecenas
Vacinas contra: poliomielite, difteria, tétano, tosse convulsa, tuberculose e varíola
1970/71 - Esquema vacinal do PNV foi revisto e atualizado
1974 - Introduzida vacina contra o sarampo
1980 - Erradicação da varíola
1984 - Introduzida vacina contra a rubéola (sexo feminino)
1985 – Esquema vacinal do PNV foi revisto e atualizado
1987 - Último caso de poliomielite provocada por vírus selvagem em PortugalIntroduzidas vacinas
contra a parotidite e a rubéola
Atualização do esquema
1990 - Esquema vacinal do PNV foi revisto e atualizado
1993 - Introduzida vacina contra hepatite B (11 – 13 anos)
2000 - Introduzidas vacinas contra Haemophilus influenzae tipo b e a hepatite B
Atualização do esquema vacinal
2001 - Atualização do esquema vacinal Introdução de reforços da vacina da difteria durante toda a
vida, combinada com a Vacina contra o tétano (Td)
2002 - Eliminação da Poliomielite na Europa
2003 - Inquérito Serológico Nacional (2001- 2002) - Elevado grau de imunização da
população portuguesa
2006 - Programa Nacional de Vacinação 2006
Introduzida vacina contra doença Meningocócica C
2008 - Introduzida vacina contra infeções pelo vírus do Papiloma Humano (HPV)
2011 - Programa nacional de vacinação 2012
2014 - Alteração do esquema vacinal com a vacina contra o HPV
2015 - Introdução da vacina contra infeções por Streptococcus pneumoniae
2016 - Programa nacional de vacinação 2017
2020 - Programa nacional de vacinação 2020
Foi evoluindo ao longo dos tempos

➢ Introduzidas novas vacinas considerando:


a epidemiologia das doenças evitáveis pela vacinação;
 o seu impacto;
 o aparecimento de novas vacinas;
 o aparecimento de novas apresentações das vacinas.
Despacho nº 12434/2019, do Secretário de Estado da Saúde, de 6 de dezembro de 2019,
publicado no Diário da República nº 250- 2ª série, de 30 de dezembro de 2019

 aprovou o PNV 2020


 estabeleceu a sua entrada em vigor em 1 de outubro de 2020
 determinou a substituição do PNV 2017
Norma nº 018/2020 de 27/09/2020. Entidade responsável: Direção Geral da Saúde – Comissão
Técnica de Vacinação
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

Proteger os indivíduos e a população em geral contra as


doenças com maior potencial para constituírem ameaças à
saúde individual e pública para as quais há proteção eficaz
por vacinação.
* A nível individual pretende-se:
que a pessoa vacinada fique imune à doença ou, nos casos em
que isso não é possível, que tenha uma forma mais ligeira da
doença quando contactar com o agente infecioso que a causa.
* A nível da população pretende-se:
eliminar, controlar ou minimizar o impacto da doença na
comunidade, sendo necessário que a percentagem de pessoas
vacinadas na população seja a mais elevada possível.

Coordenado nacionalmente pela DGS;

➢ Descentralizado e gerido autonomamente a nível regional e local,


sendo aplicado sobretudo pela rede pública de serviços de saúde;
➢ Suportado por um forte referencial científico, técnico e normativo,
corporizado num esquema vacinal que constitui uma “receita universal”
que dá acesso a vacinas eficazes, seguras e de qualidade.

Instituições que colaboram com a DGS:


 Unidades Locais de Saúde (anteriores ARS, ACES
e Hospitais do SNS)
 Hospitais privados
 Serviços Partilhados do Ministério de Saúde,
E.P.E.
 Administração Central do Sistema de Saúde, I.P.
 Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos
de Saúde, I.P.
 Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo
Jorge, I.P

PNV 2020 - Esquema cronológico recomendado


Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

PROGRAMA NACIONAL DE VACINAÇÃO 2020

ORIENTAÇÕES GERAIS VACINAÇÃO COM Td Idade ≥ 18 anos


(excetuando a grávida) –
Todas as doses são válidas, independentemente do tempo que tenha decorrido desde a última
dose e do tipo de vacina administrada (monovalente ou combinada);

Todas as oportunidades de vacinação devem ser aproveitadas para completar ou atualizar o


esquema vacinal;
Os reforços com Td (vacina contra o tétano e difteria, doses reduzidas):
Primeiro - aos 10 anos de idade;
Posteriores - aos 25, 45, 65 anos de idade, e
Posteriormente, de 10 em 10anos;
Em esquemas atualizados ≥ 18 anos de idade, a dose seguinte deve ser administrada com
um intervalo de 20 anos.
≥ 65 anos - vacinação de todas as pessoas que tenham feito a última dose de Td há ≥ 10 anos;
as doses seguintes são administradas de 10 em 10 anos.
Os adultos que nunca foram vacinados contra o tétano, cujo estado vacinal se desconheça
ou com primo vacinação incompleta devem ser vacinados até completarem 3 doses de Td
(primovacinação).
Nesta situação recomenda-se:
- Intervalo de 4 a 6 semanas entre a 1ª e a 2ª doses;
- Intervalo de 6 a 12 meses entre a 2ª e a 3ª doses;
- Depois, a continuação dos esquemas recomendados para os reforços com Td durante toda a
vida;
Em adultos que vão viajar para local onde se preveja que a vacina contra o tétano não está
disponível, é aconselhável administrar a vacina Td antes de viajar, se o último reforço foi
administrado há ≥ 10 anos.
Mulheres em idade fértil devem ter registo de, pelo menos, 3 doses de vacina antitetânica
antes da 1ª gravidez.
A vacinação contra o tétano na presença de feridas potencialmente tetanogénicas é
fundamental
contágio por Clostridium tetani. (p. 62)
Mulheres em idade fértil devem ter registo de, pelo menos, 3 doses de vacina antitetânica
antes da 1ª gravidez.
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

ORIENTAÇÕES GERAIS VACINAÇÃO COM VASPR- Idade ≥ 18 anos (excetuando a


grávida)

≥ 18 anos e nascidos ≥ 1970 que não tenham história credível de sarampo nem tenham sido
vacinados contra o sarampo, devem receber uma dose de VASPR na primeira oportunidade
de vacinação;

Mulheres em idade fértil (≥ 18 anos de idade):

- Vacinar de forma a terem 2 doses de vacina contra a rubéola VAR ou VASPR (exceto se a
serologia atestar imunidade contra a rubéola);

- Com registo de 2 doses de vacina contra a rubéola, mas com serologia negativa pode ser
administrada, se apresentada prescrição fundamentada pela serologia negativa, uma 3ª dose
de VASPR;

- Devem ser informadas, devido, principalmente, à componente contra a rubéola, do risco


teórico de malformações no feto se estiverem grávidas no momento da vacinação com VASPR
ou se engravidarem no período de 4 semanas após esta vacina,

Circunstâncias especiais
Os profissionais de saúde, bem como outros indivíduos com circunstâncias especiais, em
relação a algumas das vacinas do PNV, têm indicações diferentes da população em geral.

➢ Os profissionais de saúde, devem estar vacinados com :

• 3 doses de VHB, num esquema de 0, 1 e 6 meses – 2ª dose 1 mês após a 1º dose e 3º dose 6
meses após a 2º dose;

• 2 doses de VASPR, com intervalo mínimo de 4 semanas;

➢ Aos profissionais de saúde que prestam cuidados a pessoas potencialmente excretoras do


vírus da poliomielite, nomeadamente as provenientes de áreas de risco, recomenda-se a vacina
VIP

➢Outras vacinas, fora do âmbito do PNV, necessárias para a proteção de profissionais de


saúde contra riscos biológicos, efetuam-se no âmbito dos Serviços de Saúde Ocupacional
respeitando a legislação em vigor.

Pessoas com alterações imunitárias (DGS, 2020, p. 44);

✓ Pessoas com terapêutica com produtos contendo imunoglobulinas (DGS, 2020, p. 53);
✓ Pessoas com alterações da coagulação (DGS, 2020, p. 55);
✓ Viajantes (DGS, 2020, p. 55);
✓ Pessoas com necessidade de profilaxia após exposição (DGS, 2020, p. 59);
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

✓ Grupos com risco acrescido para doença invasiva pneumocócica (Norma nº 011/2015 de
23/06/2015 atualizada a 01/11/2021)
✓ Cidadãos estrangeiros no contexto de proteção temporária (Norma nº 003/2022 de
19/03/2022)
✓ Vacinação contra infeção humana por vírus Monkeypox (Norma nº 006/2022 de
12/07/2022, atualizada a 04/08/2023)

Vacinação viajantes
A vacinação de viajantes deve ser personalizada considerando:
• Idade;
• História clínica e vacinal da pessoa;
• País de destino;
• Tipo de viagem;
• Duração da viagem/estadia, permanência/visita em áreas urbanas ou rurais;
• Requisitos legais de cada país (vacinação);
• Período disponível antes da partida.
As vacinas contra a poliomielite (VIP), o sarampo, parotidite epidémica e rubéola
(VASPR) e o tétano e difteria (Td) são administradas aos viajantes no âmbito do PNV
(gratuitamente), independentemente da idade;
• Pode ser necessário administrar doses suplementares de vacinas incluídas no PNV ou alterar o
esquema
recomendado, de modo a conferir proteção antes da viagem;
• Podem ser administradas outras vacinas para proteção dos viajantes, que não são gratuitas

PROGRAMA NACIONAL DE VACINAÇÃO 2020


Registos
 Esquema cronológico recomendado
 Esquemas cronológicos de recurso
 Idades mínimas e intervalos entre a
administração de vacinas
 Locais anatómicos de administração
das vacinas
 Vacinação de grupos de risco ou em
circunstâncias especiais
 Segurança das vacinas (precauções,
contraindicações, falsas
contraindicações, reações adversas,
farmacovigilância)
 Caraterísticas das vacinas
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

«As vacinas que integram o PNV foram aprovadas tendo em atenção a sua qualidade, eficácia
e segurança.

No entanto, há que ter em atenção que a efetividade e a segurança dependem também das
condições de transporte, de conservação e de administração das vacinas, bem como das
interações da vacina com o indivíduo vacinado.»

Aos enfermeiros compete divulgar o programa, motivar as famílias e aproveitar todas as


oportunidades para vacinar as pessoas suscetíveis, nomeadamente através da identificação e
aproximação a grupos com menor acessibilidade aos serviços de saúde.

 O rigor e empenho dos enfermeiros no cumprimento do PNV são indispensáveis para


manter a confiança dos cidadãos na vacinação, com os resultantes ganhos de saúde.
 A formação e permanente atualização são fundamentais, devendo ser uma
preocupação constante dos serviços de saúde

Terapêuticas
Regulamento do Exercício Profissional dos Enfermeiros

 Intervenções autónomas - As iniciadas pela prescrição do enfermeiro onde o


enfermeiro tem a responsabilidade pela prescrição da intervenção e sua
implementação

 Intervenções interdependentes - As iniciadas por outros técnicos da equipa –


onde o enfermeiro tem a responsabilidade pela implementação técnica da
intervenção

Enfermeiros têm autonomia para decidir sobre a sua implementação, tendo por base os seus
conhecimentos técnico-científicos, a identificação da problemática da pessoa, os benefícios, os
riscos e problemas potenciais que da implementação podem advir, atuando sempre no melhor
interesse da pessoa assistida

Código Deontológico dos Enfermeiros Deveres em geral

Artigo 97.º “ Os membros efetivos da Ordem estão obrigados a:

a) Exercer a profissão com adequados conhecimentos científicos e técnicos, com o respeito


pela vida, pela dignidade humana e pela saúde e bem-estar da população, adotando todas
as medidas que visem melhorar a qualidade dos cuidados e serviços de enfermagem (OE,
2015)

Regulamento do Exercício Profissional dos Enfermeiros “

▪ “o enfermeiro, para administrar qualquer medicamento, tem que conhecer a sua indicação,
cuidados a ter, eventuais efeitos secundários e segurança do mesmo;

▪ No Artigo 9.º, n.º4 , e) Compete aos enfermeiros proceder «à administração da terapêutica


prescrita, detetando os seus efeitos e atuando em conformidade, devendo, em situação de
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

emergência, agir de acordo com a qualificação e os conhecimentos que detêm, tendo como
finalidade a manutenção ou recuperação das funções vitais.

Os cuidados na administração de terapêutica, relacionam-se com o cuidado individualizado


preconizado pelo modelo teórico e pelo processo de enfermagem à pessoa/família de forma a
prestar cuidados individualizados e seguros.

OS ENFERMEIROS NECESSITAM POSSUIR CONHECIMENTOS CIENTÍFICOS


ATUALIZADOS
RELATIVOS:
 À farmacologia dos medicamentos administrados;
 Às implicações legais envolvidas na preparação e administração de medicamentos;
 Às técnicas de preparação e administração seguras

Mobilizar conhecimentos relativos a:

 ✓Nome genérico e comercial;


 ✓Grupo farmacológico;
 ✓Posologia e intervalos de administração;
 ✓Vias de administração;
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

 ✓Efeito terapêutico;
 ✓Sinergismo
 ✓Antagonismo
 ✓Efeitos secundários mais comuns;
 ✓Efeitos tóxicos;
 ✓Contraindicações e incompatibilidade com outros medicamentos, alimentos e
bebidas.
 ✓Preparação e administração
 ✓Cuidados de enfermagem

Recolher informação mobilizando diferentes fontes:


 ▪ Prontuário Terapêutico;
 ▪ Simposium Terapêutico;
 ▪ Índice® Nacional Terapêutico;
 ▪ Guia Farmacológico para enfermeiros
 ▪ Guia prático de preparação e administração de terapêutica
parentérica e entérica

SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO DE TERAPÊUTICA


Em regime de internamento

SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO DE
TERAPÊUTICA
Visa garantir a disponibilidade do medicamento,
onde e quando necessário, e garantir o
cumprimento dos procedimentos legais.
Pretende-se com um processo eficiente uma
melhor gestão dos medicamentos e uma maior
segurança das pessoas, associada a uma
diminuição de erros relacionados com a
administração
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

DISTRIBUIÇÃO NÃO PERSONALIZADA DISTRIBUIÇÃO PERSONALIZADA


Distribuição individual diária em dose unitária
Distribuição por Reposição de Stocks
Trata-se de um processo organizado, no qual os
Nivelados
medicamentos são distribuídos no número correto
 Consiste na reposição de stocks (armário do de doses unitárias devidamente
medicamento), baseando-se na existência de um identificadas/etiquetadas para cada uma das
nível qualitativo e quantitativo de gavetas/caixas, correspondentes a cada pessoa de
medicamentos. acordo com a prescrição médica, num determinado
intervalo de tempo (habitualmente 24h)
 Os níveis são previamente acordados entre a
Distribuição individual diária em unidose.
Farmácia hospitalar e os Serviços Clínicos.
Acresce ao sistema de distribuição em dose unitária
o fornecimento de acordo com o horário de
prescrição de cada pessoa.

PRESCRIÇÃO DE TERAPÊUTICA
A prescrição de medicamentos é efetuada nos aplicativos informáticos / eletrónicos por
Denominação Comum Internacional (DCI) obedecendo a Normas nacionais e
internacionais do Serviço Nacional de Saúde e INFARMED.

A PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS É REALIZADA HABITUALMENTE NO


SISTEMA DE INFORMAÇÃO PARTILHADO E EM USO EM CADA UNIDADE DE
SAÚDE
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

EX: SCLÍNICO, GLINTT, A REPORTAÇÃO DA MESMA OCORRE PARA A ÁREA DE


INFORMAÇÃO E REGISTOS DE ENFERMAGEM

No âmbito da intervenção autónoma dos enfermeiros, estes devem confirmar, pelo menos os
nove
“certos” sempre antes da preparação e administração da medicação de forma a garantir a
segurança da
pessoa durante todo o processo e a minimização da ocorrência de erros

A hipótese de um erro de medicação pode ocorrer em qualquer um dos processos do


Sistema de
Medicação, sendo que durante o processo de administração de medicamentos pode existir
uma
maior probabilidade de ocorrência e erro do que nos restantes, pois envolve mais passos e
múltiplas
manipulações
IMPLEMENTAR REGRAS DE SEGURANÇA

A INTERVENÇÃO DO ENFERMEIRO
NO ESTABELECIMENTO DE REGRAS DE SEGURANÇA NA
PREPARAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE
TERAPÊUTICA FARMACOLÓGICA
Nove “certos” na preparação e administração da terapêutica farmacológica
Pessoa certa Confirmar a hora de administração da medicação e
Verificar a pulseira de identificação e sempre que administrá-la dentro do intervalo preconizado;
possível validar o nome com a pessoa realizando Preparação certa
uma identificação positiva Preparar a medicação corretamente, tendo em conta
Medicamento certo a forma de apresentação do medicamento, o
Confirmar a prescrição médica e o medicamento a solvente, quantidade adequada e as questões
administrar; relativas à prevenção de infeção;
Pessoa certa Conhecimento certo
Verificar a pulseira de identificação e sempre que Conhecer o medicamento a administrar, a ação, os
possível validar o nome com a pessoa realizando seus efeitos secundários, interações
uma identificação positiva; medicamentosas, incompatibilidades, margem
Dose certa terapêutica e farmacocinética;
Confirmar a dose do medicamento a administrar; Educação certa
Via certa Realizar ensinos à pessoa sobre a medicação a
Confirmar a via de administração da medicação administrar, esclarecendo dúvidas apresentadas
Hora certa
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

Vias de administração
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

Desenvolver capacidade de pensamento crítico para concretizar, avaliação da Necessidade Humana


Básica “Comunicar com os outros expressando emoções, necessidades, medos…” e as etapas
subsequentes do processo de enfermagem

NHB Comunicar com os outros expressando


emoções, necessidades, medos

A COMUNICAÇÃO

É “um processo de criação e recriação de informação, de troca, partilha e de colocar em comum


sentimentos e emoções entre pessoas”

Definição da necessidade humana básica: Necessidade de a pessoa estabelecer laços com os outros, de
criar relações significativas com os seus próximos e de exercer a sua sexualidade (Phaneuf, 2001).

Modo de funcionamento:

• Um processo verbal e não verbal que permite entrar em relação com os outros, trocar sentimentos,
opiniões, experiências e informação, essencial ao equilíbrio do ser humano

Componente dos cuidados de enfermagem: Ajudar o doente a comunicar com os outros expressando
as suas necessidades e sentimentos

Um dos papéis mais difíceis para a enfermeira é o de ajudar os doentes a compreenderem-se a si


próprios, alterarem as condições que os tornam doentes e a aceitarem o que não pode ser mudado
(Henderson, 2007, p. 55)

 A comunicação profissional envolve um nível de formalidade. É diferente da comunicação


informal que se pode manter com amigos e familiares

 Os princípios da comunicação
profissional incluem:

 Para ser profissional a mensagem deve ser adaptada ao destinatário, para isso é necessário
conhecer a pessoa ou grupo para adequar o conteúdo e a forma de comunicação.

O Modelo de comunicação de Interação


 É um processo no qual os participantes alternam
posições, como emissor e recetor e geram significado
enviando mensagens e recebem feedback (Schramm, 1997)
, este modelo incorpora feedback, o que torna a
comunicação um processo mais interativo e bidirecional.

 O enfermeiro e a pessoa alternam entre os papéis de emissor e recetor muito rapidamente e


muitas vezes sem pensamento consciente
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

O modelo da abordagem de investigação relacional na comunicação

 Coloca em foco o diálogo interno da pessoa, o seu sistema social e o contexto mais amplo que
influencia as suas ações e as suas ações como enfermeiro (Doane & Varcoe, 2015).

Recorrer à investigação relacional envolve os seguintes elementos de comunicação:

A dimensão Intrapessoal– comunicar com o cliente de uma forma que lhe permita avaliar o que está a
acontecer com todas as pessoas envolvidas (o cliente, o enfermeiro e outras pessoas)

A dimensão Interpessoal– comunicar com pessoa de forma que permite avaliar o que está a acontecer
ao redor das pessoas e da situação envolvida.

A dimensão Contextual– comunicar com a pessoa de forma que permite avaliar o que está a acontecer
entre todas as pessoas envolvidas (Lapum, et al., 2020)

Alguns princípios a ter na comunicação com pessoas com deficiência auditiva e visual:

 Começar por minimizar quaisquer ruídos de fundo ou distrações, perguntar sobre o que
funciona melhor para a pessoa em termos de comunicação.
 Falar com uma voz clara, num um pouco mais alto, constante e mais profundo. Evitar gritar, pois
pode distorcer os sons e tornar as palavras mais difíceis de ouvir (Lapum, et al., 2020
 Usar um tom alto e evitar gritar, pois pode distorcer os sons e tornar as palavras mais difíceis de
ouvir.
 Encarar a pessoa diretamente e articular claramente suas palavras para que ela possa ler nos
lábios e atender aos sinais não-verbais conforme necessário

A comunicação não verbal

 Muitas vezes é a forma como os enfermeiros respondem, e não o que dizem, que deixa uma
impressão duradoura nas pessoas, por isso é importante estar ciente de como se comunica
através de comportamentos não-verbais (Lapum, et al., 2020).

Estratégias na comunicação não verbal

 Os comportamentos não-verbais devem estar alinhados com os comportamentos verbais.

Atender à comunicação não verbal

 Posição: no mesmo nível vertical e com um ângulo ligeiro em relação ao outro. (Este
posicionamento transmite um espaço aberto, sem confronto e sem autoridade).
 Sempre que possível, evite ficar de pé sobre a pessoa. Se ela estiver sentada ou deitado na
cama, ao sentar-se transmite que tem tempo para ouvir a pessoa.

O uso do toque físico


Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

 O toque pode ser terapêutico para com as pessoas, quando usado de forma adequada. Pode
transmitir empatia e compaixão.
 Mas também pode significar uma intrusão, invasão para as pessoas

Imagem é a impressão que as pessoas tem de nós.


• O importante é que a nossa imagem seja um reflexo do que somos.

• A imagem deve ser uma expressão genuína de nós, mas essa expressão deve ser adequada à situação,

ao ambiente ou à cultura em que se está inserido

JANELA DE JOHARI-ÁREA CEGA


JANELA DE JOHARI-ÁREA LIVRE OU ▪ Esta é a área de informações sobre a
ABERTA pessoa
▪ É uma área de conhecimento comum na qual que é desconhecida por ela mesma, embora
são seja conhecida pelas outras pessoas.
conhecidas tanto pela pessoa em questão quanto ▪ É aquilo que os outros veem em nós e que
pelos outros. nós
▪ São conhecidas informações (positivas ou mesmos não somos capazes de ver
negativas).
▪ Nesta área ocorre uma efetiva troca de
informações; quanto maior é essa área mais JANELA DE JOHARI-ÁREA
DESCONHECIDA
▪ Desconhecida por nós mesmos e pelas outras
JANELA DE JOHARI-ÁREA OCULTA pessoas.
▪ Pode incluir qualquer tipo de dados, aquilo que
▪ Representa os aspetos que a pessoa conhece,
mas, consciente e deliberadamente, esconde dos outros ainda não foi explorado em nós, que permanece
por motivos diversos, tais como: latente ou inconsciente. ▪ Estão incluídas as
insegurança, status, medo da reação, medo do ridículo potencialidades, talentos e habilidades ignoradas,
etc., principalmente quando estão em grupo os impulsos e sentimentos mais profundos e
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

Condições sempre presentes que afetam a NHB

A idade

 Recém-Nascido- O choro no nascimento


 Criança– O aumento das capacidades/formação de relacionamentos
 Jovem– Desenvolvimento de relacionamentos
 Adulto– Variedade de desempenhos/Profissão
 Meia-Idade- Perda gradual da atividade
 Idoso– Redução de capacidades e relacionamentos/interação social
 Moribundo–A ameaça da morte

Estado Físico e Intelectual

A comunicação supõe a integridade dos órgãos dos sentidos que permitem captar a
informação vinda do exterior. Certos problemas físicos podem dificultar a capacidade de se
exprimir verbalmente, por exemplo problemas neurológicos, do sistema nervoso, e outros

 Acuidade Visual
 Acuidade Auditiva
 Capacidade motora
 Desenvolvimento Cognitivo

Orientação

É um estado psíquico funcional em virtude do qual temos consciência plena, em cada


momento de nossa vida, da situação real em que nos encontramos

Tom de voz:
 A projeção
 A Articulação
 A repetição
 A velocidade
 O timbre

De natureza psicológica
A capacidade de comunicar depende também das aptidões cognitivas que permitem a pessoa captar
mensagens ou informações e responder-lhes. Certos problemas psicológicos podem alterar seriamente o
ritmo da comunicação verbal

Estado Emocional
O canal privilegiado de expressar as emoções é o rosto.
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

As expressões faciais desempenham diversas funções, tais como, expressão das emoções e das atitudes
interpessoais, o envio de sinais inerentes à interação em curso

 Ansiedade  Perceção de si próprio


 Stress
 Medo
 Agitação
 Sofrimento pela separação dos familiares

Estado Social, Cultural e Económico

O no seio da família ou do grupo social, existem hábitos relacionais que favorecem a


comunicação ou a prejudicam. Certas culturas valorizam as relações calorosas e abertas,
enquanto outras estimulam mais o individualismo e a distância em relação aos outros.
 Rede Social de Suporte
 Preconceito
 Crenças e valores
 Contacto visual/gestualidade
 Estatuto socioeconómico
 Toque

ALGUNS DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM


POSSIVEIS
NHB “ COMUNICAR COM OS OUTROS
EXPRESSANDO
EMOÇÕES, NECESSIDADES, MEDOS…

Que podem estar relacionados com:


▪ Alterações de ambiente e hábitos,
▪ Atitudes/comportamentos inadequados,
▪ Alterações patológicas,
▪ Alteração na comunicação verbal,
▪ Alteração na perceção,
▪ Isolamento/Solidão
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

NHB Manter o corpo limpo, com boa aparência e proteger


os Tegumentos
Condições sempre presentes que afetam a Necessidade Humana Básica

 Idade (recém-nascido, criança, jovem, adulto, meia-idade, idoso, moribundo);


 Temperamento, estado emocional ou estado de espírito;
 Capacidade física e intelectual;
 Estatuto social e cultural;
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

3) Capacidade física e intelectual;

-Diferenças físicas individuais e sexuais

-Capacidade para se higienizar

 Movimento das mãos


 Amplitude de movimentos
 Alterações do equilíbrio
 Alterações da acuidade visual

-Condição/estilo do cabelo (tipo: seco ou oleoso); caspa, piolhos, rotinas de lavar o cabelo)

-Estado das mãos e unhas (higiene ,condição)

-Estado da boca e dentes (estado de higiene e rotinas de limpeza, hidratação, hálito, dentes:
número/condição/prótese

Perceção e conhecimento.

-Nível de conhecimentos.

- Capacidade intelectual (conceito de higiene,conhecimentos sobre higiene/saúde)

- Atitudes associadas /gostos e preferências-Constrangimentos /pudor…- Imagem corpora

4) Estatuto social e cultural

 Isolamento e solidão
 Clima psicossocial
 Influências culturais / regras de higiene
 Influências religiosas/ regras em higiene
 Valores / normas sociais para as rotinas/vestuário
 Significado da higiene e limpeza na família e na cultura
Associado a estes, Condições do ambiente

vertente económica:  Exposição a substâncias


que lesam a pele
 Capacidade económica …
 Existência de instalações
 Adequação das
para os cuidados de
instalações/rendimentos
higiene
 Rendimento pessoal para
 (Banho/duche /água
artigos de higiene pessoa
fria/quente)-
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

 Exposição ao clima …

Exemplos de Diagnósticos de enfermagem

Relacionados com:

•Alterações de ambiente e rotina


•Atitudes/comportamentos inadequados
•Ausência/défice de conhecimentos
•Alterações patológicas
•Alterações no estado de consciência…
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

NHB Respirar normalmente


Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

Condições que afetam a NHB Respirar Normalmente

 Idade (recém-nascido, criança, jovem, adulto, meia-idade, idoso, moribundo);


 Temperamento, estado emocional ou estado de espírito;
 Capacidade física e intelectual;

Estatuto social e cultural;

Condições sempre presentes que afetam a Necessidade Humana Básica

1. Idade (recém-nascido, criança, jovem, adulto, meia-idade, idoso, moribundo).


Exemplos de aspetos a considerar:
2. Temperamento, estado emocional ou estado de espírito
 estado de espírito
 estado afetivo/emoções
 autoestima/ imagem corpora

3. Capacidade física e intelectual;


 Capacidade para respirar
 Capacidade de coordenação movimentos
 Perceção e conhecimento:

4. Estatuto social e cultural;

 Normas sociais
 Responsabilidade social e coletiva
 Políticas de saúde
 Política do trabalho
 Políticas do ambiente
 Despesa/receita
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

SISTEMA RESPIRATÓRIO (Dados Objetivos):


Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

Forma como satisfaz:

 caraterísticas da respiração:
 Frequência (nº ciclos respiratórios/min), Ritmo e Amplitude
 Respiração predominante: boca, nariz, abdominal ou torácica
 Sons respiratórios audíveis
 Presença de tosse, expetoração

Outros dados (subjetivos):

 Hábitos tabágicos
 Frequência de ambientes poluídos
 O que sabe sobre os cuidados com
a respiração
 Identifica as razões para as alterações
 Terapêutica específica habitual
 Estratégias e mecanismos de coping
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

tosse é provocada por estímulos:

 Inflamatórios
 Mecânicos
 Químicos
 Térmicos
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

Fisiologia da Pulsação
2.Avaliar o pulso Pulso
Forma como satisfaz: Dilatação e contração alternadas
duma artéria, quando a onda
 características do pulso: sanguínea é impelida através dela
 nº batimentos pela contração do ventrículo
cardíacos/min, local, ritmo, esquerdo
amplitude, intensidade
 hemograma
 pressão arterial
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

CLASSIFICAÇÃO DA PA
NORMOTENSÃO -PA dentro dos valores
normais( padrão)

HIPOTENSÃO - Valores de PA abaixo dos normais


(padrão)

HIPERTENSÃO PRIMÁRIA OU ESSENCIAL -


Quando a causa é desconhecida

HIPERTENSÃO SECUNDÁRIA -Quando a causa


é conhecida
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

NHB Eliminar por todas as vias de eliminação


NECESSIDADE HUMANAFUNDAMENTAL ELIMINAR POR TODAS AS VIAS DE ELIMINAÇÃO

É uma Necessidade que todos os indivíduos realizam com regularidade durante toda a vida, em que a
privacidade e o conforto físico devem ser assegurados, durante a defecação e a micção e os produtos de
eliminação são por norma vedados à observação pública

Eliminação Fecal

OBSTIPAÇÃO– Emissão de fezes duras e moldadas, diminuição da frequência e da quantidade,


diminuição dos ruídos intestinais, dor e distensão abdominal

FECALOMA– É um tipo de obstipação, em que existe ausência de emissão e vezes, evacuação


dolorosa, sensação de pressão e preenchimento retal. Existência de massa palpável ou coleção de fezes
endurecidas no reto.

Incontinência Fecal – é um tipo de eliminação intestinal (…): fluxo involuntário e defecação incontrolada
de fezes, associada a um relaxamento inadequado (…) relacionada com esforço ou défices
musculoesqueléticos e doenças
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas
1A. 1.1.1.9.2 Eliminação Vesical tipo de eliminação com as características específicas: fluxo e excreção da
URINA por meio de micção, habitualmente 4-6 vezes durante o período diurno com uma quantidade média
excretada de aproximadamente 1000 a 2000 ml nas 24H, em condições dietéticas normais
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

ELIMINAÇÃO PELA PELE


As glândulas sudoríparas, consideradas anexos da pele, são órgãos importante na retenção ou eliminação de calor,
de água e de eletrólitos.

▪ Pode-se perder com o suor grandes quantidades de cloreto de sódio.

▪ Outras substâncias perdidas incluem ureia, ácido láctico e iões de potássio

Condições que afetam a NH“ELIMINAR”


Idade
 Maturidade do aparelho urinário e digestivo
 Maturidade do SNC e periférico
 Alteração da atividade
 Gravidez
Estado emocional

• Emoções(Agitação /ansiedade/stress)
• Atitudes associadas à satisfação da NH

Estado físico e intelectual


• Conhecimentos e perceção importante a pessoa saber identificar os sinais de alerta nas alterações ao seu
padrão de eliminação
• Capacidade para se deslocar/movimentar desde a capacidade antes e depois da eliminação
• Estados patológicos qualquer alteração nos sistemas de eliminação

Estado físico e intelectual


• Capacidade física de usar os dispositivos
• Género: posição adotada para eliminar

Estado Social, cultural e económico


Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas
• Hábitos (horários, locais, …)
• Capacidade económica (aquisição de ajudas técnicas e condições habitacionais)
• Características da profissão

Condições do Ambiente
• Ambiente Físico e Social (local para eliminar, privacidade…)
• Comunitário (Infraestruturas sociais)

Operacionalização do Processo de Enfermagem


Avaliação inicial

COLHER OS DADOS
Fontes primárias

Fontes secundárias

A ênfase durante a colheita de dados (mobilizando as diferentes fontes de informação e IBEs) deve incidir:

 na descoberta do padrão normal da pessoa,


 no que pode e não pode fazer deforma independente,
 nos conhecimentos relativos à satisfação/insatisfação das necessidades.
 Padrão e alteração ao padrão
 Crenças
 Conhecimentos
 Condições do ambiente
 Estados Patológicos
 Forma como satisfaz a NH (capacidade para se deslocar para
satisfazer a necessidade, bem como, a capacidade para cuidar
da sua higiene e despir/vestir
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

NHB Manter a temperatura do corpo


Manter a temperatura do corpo tem uma relação estreita com as Necessidades Comer e Beber, deslocar-se e manter postura,
manter o corpo limpo … proteger os tegumentos ( IMPORTANTE)
 Necessidade da pessoa de manter a  Promover a saúde através de atividades que
temperatura corporal dentro dos limites permitam manter a temperatura dentro de
normais (perante frio ou calor), adequando a limites normais, atuar antes das alterações
roupa e modificando o ambiente. de temperatura corporal relacionadas com
doenças e prevenir complicações derivadas
destas

FISIOLOGIA DA TEMPERATURA

Centro de regulação de temperatura corporal


A termorregulação é conduzida pelo hipotálamo, que regula o aumento e a
diminuição da temperatura em resposta às necessidades do organismo para
atingir a homeostase e a compensação, enfrentando alterações da temperatura
ambiental.

Produção de Calor

Todos os processos metabólicos do corpo humano produzem calor.

A produção adicional resulta:

• Do movimento muscular e esquelético;


• Da atividade muscular reflexa – tremores;
• Da estimulação do SNC – eleva os pelos da pele.
• A temperatura do corpo pode ainda ser mantida evitando perdas
desnecessárias de calor através da pele.
Perda de Calor

Acontece quando as células do Hipotálamo anterior percebem a temperatura corporal acima do ponto de
limiar, os impulsos são enviados para a redução da temperatura corporal acionando os mecanismos de
Perda de Calor:
• Vasodilatação – Favorece a perda de calor através da pele ao trazer mais sangue para a superfície
corporal
para as veias superficiais;
Sudorese – Existe maior produção de suor, existindo perda de calor por evaporação
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

Condições que afetam a NHB Manter a temperatura do corpo num nível normal, adequando a
roupa e modificando o ambiente

Idade (recém-nascido, criança, jovem, adulto, meia-idade, idoso);

• Recém-nascidos- têm capacidade limitada de termorregulação


• Idoso- Termorregulação encontra-se afetada, a produção reduzida de células produtoras de calor, a
redução da água corporal total, a resposta tardia e reduzida vasoconstrição e vasodilatação, menor ritmo
de sudação e metabólico, estilo de vida sedentário Estatuto social e cultural;
• Hábitos de vestuário - Modas/tendências
• Princípios religiosos
• Capacidade económica para aquisição de roupas/calçado adequado/Aquecimento e arrefecimento
adequados das habitações

Temperamento, estado emocional ou estado de espírito;

• Stress físico ou emocional eleva a temperatura do corpo através de estímulos


hormonais e neurais. Aumenta o metabolismo.

Capacidade física e intelectual;


• Exercício físico aumenta o metabolismo e os movimentos esqueléticos produzem calor;
• Drogas sociais (álcool - provoca hiperemia de superfície e depois baixa a temperatura
por vasodilatação gástrica e periférica; Cafeína - aumenta a taxa de metabolismo, assim
como fumo do cigarro);
• Níveis hormonais - existem oscilações de temperatura associadas ao ciclo de fertilidade
feminina
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

SISTEMATIZAÇÃO DA COLHEITA DE DADOS


A pessoa tem consciência da sua temperatura corporal (temperatura do seu corpo)?
• O que a pessoa sabe (conhecimentos) sobre o controlo da temperatura do seu corpo?
• Toma medidas para evitar riscos de subida ou descida excessiva de temperatura corporal?
• Tem consciência dos fatores de termorregulação?
• Existem dificuldades económicas que comprometam a satisfação/insatisfação da NHB manter a
temperatura do corpo?
• Características ambientais favoráveis/desfavoráveis à satisfação da necessidade?
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

Febre - Considera-se a subida de, pelo menos, 1°C acima da média da temperatura basal
diária individual, em função do local de medição.
• Na ausência do conhecimento da temperatura basal individual, considera-se febre
perante os seguintes valores de temperatura:

VALORES DE REFERÊNCIA PARA A


TEMPERATURA
Temperatura axilar: 35,8°C a 37°C
Temperatura bucal: 36,3°C a 37,4°C
Temperatura retal: 37°C a 38°C

VALORES DE REFERÊNCIA PARA A

Outros dados significativos:

• Coloração da pele
• Humidade da pele
• Temperatura da pele ao toque
• Respiração – Frequência e características
• Pulso – Frequência e características
• Orientação espácio-temporal
• Nível de consciência
• Tremores (de frio)
• Perceção de calor ou frio
• Perceção de conforto/desconforto

Exemplos de intervenções de enfermagem


– CIPE versão 2015
• Ensinar sobre gestão da febre;
• Ensinar sobre medição da temperatura corporal;
• Avaliar hipotermia;
• Medir temperatura corporal;
• Gerir febre;

Intervenções de enfermagem
Cuidados de enfermagem para ajudar a pessoa/
cuidador / comunidade a manter
a temperatura do corpo dentro dos limites normais:
Ações: Instruir / realizar
• Manter sempre as condições do ambiente no nível de conforto;
• Uso de roupas adequadas à estação do ano e à temperatura ambiente, mantendo-as secas;
• Proteger os olhos e pele da exposição solar intensa ou as extremidades (mãos, pés) do frio;
• Ingestão de nutrientes / líquidos adequados à temperatura ambiente e atividade física da pessoa;
• Monitorização de líquidos ingeridos e eliminado
Fundamentos de Enfermagem II
14 Necessidades Humanas Básicas

A dor como estado patológico

NHB Praticar de acordo com a sua fé

Você também pode gostar