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ASSISTÊNCIA EM

CLÍNICA CIRÚRGICA

ENF. LUANA M. OLIVEIRA


luanamairinso@gmail.com
INTRODUÇÃO
➢ Centro Cirúrgico: Local do hospital onde se destina a realizar o ato anestésico-cirúrgico pôr
uma equipe integrada que visa defender a vida do paciente com menor risco possível.

➢ Finalidades do Centro Cirúrgico: Local para se realizar intervenções cirúrgicas para devolver
o paciente à unidade de origem com a melhor condição possível / Servir como campo de estágio
para desenvolver habilidades e aprimorar conhecimentos / Desenvolver programas de pesquisa,
que contribuirão para melhoria da qualidade da assistência prestada ao cliente.

➢ Localização: O Centro Cirúrgico deve ter uma localização especial, onde a circulação de pessoal
seja reduzida, não haja ruídos,, de preferência próximo à unidades de internação cirúrgicas, ao
Pronto- Socorro e a Unidade de Terapia Intensiva - UTI.

➢ Divisão: Com vista a reduzir ao máximo o risco de infecções é necessário que o controle asséptico
seja realizado. Para isso, o Centro Cirúrgico é dividido em três áreas, são elas:

a) Área Não Restrita – área de circulação livre do centro cirúrgico estando incluída nessa área os
vestiários e o corredor de entrada.
b) Área Semi-Restrita – é aquela que permite a circulação de pessoal e de equipamentos de
maneira que não interfira nas rotinas de controle e manutenção da assepsia da área restrita. São
elas: expurgo, copa, sala de estar, secretarias, sala de preparo de material.
c) Área Restrita – não permite a circulação livre de pessoal, e possui rotinas próprias para o
controle e manutenção da assepsia. Ex. sala de operações (SO), lavabos, sala de recuperação pós-
anestésicas (RPA).
➢ Cirurgia: “Ramo da medicina que lida com enfermidades e condições que necessitam de
técnicas operatórias ou manuais”. Em geral, os meios cirúrgicos só são usados quando os
recursos médicos não auxiliam mais o paciente. A técnica sempre abrange a abertura do corpo
para remoção, reparo ou substituição de uma parte.

➢ Classificação: As cirurgias podem ser classificadas tanto pela finalidade que são realizadas e
pela necessidade, em termos de tempo, para serem realizadas e quanto ao seu potencial de
contaminação.

❑ Pela Finalidade:

Curativas – tem por objetivo livrar o paciente da doença que o acomete. Às vezes, é necessário
retirar uma parte ou todo o órgão sem maiores consequências para saúde do cliente, aumentando
a sobrevida do cliente. Ex: Tireiodectomia (retirada da tireoide, pela presença de um tumor
benigno ou malígno); Colecistectomia; Safenectomia.
Corretiva – realizada quando há necessidade de reparar alguma sequela. Ex: Queimaduras. Ou
pode ser denominada também de estética como nas situações de cirurgias plásticas. Ex:
Rinoplastias, Mamoplastia, Implante de silicones, Abdominoplastia, etc.
Paliativa – tem como objetivo atenuar ou buscar uma alternativa para aliviar o mal. Ex:
Gastrostomia (cirurgia realizada com finalidade de obter outra via de alimentação) é a abertura do
estômago e a introdução de uma sonda para alimentação, que é realizada quando o paciente não
pode se alimentar pela boca, pois o paciente é portador de câncer de esôfago.
❑ Pelo Tempo:

Cirurgia de Emergência – É aquela realizada imediatamente para salvar a vida, um


membro ou uma porção, tendo prioridade sobre qualquer outra operação programada. Ex:
Feridas causadas por PAF ou PAB, Ferimento traumático pôr esmagamento, Apêndice
supurado, etc.
Cirurgia de Urgência – É aquela que precisa ser realizada o mais rápido possível. Esse
tempo de espera é o necessário para que os exames pré-operatórios essenciais sejam
realizados, e se tente melhorar as condições físicas do paciente. É incluída à escala de
operações ao invés de substituir uma já programada. Ex: Curetagem pós-aborto,
Colecistectomia, etc.
Cirurgia Eletiva – É realizada de acordo coma conveniência do paciente ou do cirurgião.
Pode ser feita dias ou meses após o diagnóstico. Esta cirurgia é dividida em requerida e
estética. Ex. Histerectomia parcial ou total, Ligadura (LT), Hernioplastias, Bhartolinectomia,
Ooforectomias, Postectomia, etc.

❑ Pelo Potencial de Contaminação:

Limpa – Ausência de processo inflamatório e infeccioso e não há penetração no trato


respiratório, digestório e urinário.
Contaminada – Presença de inflamação aguda e microbiota bacteriana abundante.
Potencialmente Contaminada – Drenagem aberta ocorrendo penetração no trato
respiratório, digestório e urinário.
Infectada – Processo infeccioso, tecido necrótico, ferida de origem suja e corpo estranho.
Ferida Limpa Ferida Contaminada

Ferida Potencialmente Ferida Infectada


Contaminada
ENFERMAGEM NO PERÍODO PRÉ-OPERATÓRIO
 Este período estende-se desde o momento que o cliente é comunicado da
necessidade da cirurgia até sua chegada ao centro cirúrgico. É uma das funções
primordiais da enfermagem a assistência nesse período, com o objetivo de diminuir
a ansiedade do cliente assegurando uma adequada recuperação pós-cirúrgica. Este
período é dividido em dois momentos distintos, a saber:

a) Período Pré-operatório Mediato – corresponde ao período em que é


identificado, pelo médico, a necessidade do seu cliente ser submetido à uma
cirurgia. Este é o momento em que são realizados os exames pré-operatórios
necessários, para que o ato cirúrgico transcorra com segurança.

a) Período Pré-operatório Imediato – corresponde desde a véspera da cirurgia


até o momento em que o cliente é recebido no centro cirúrgico.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PRÉ-OPERATÓRIO

 Receber o Paciente na Enfermaria:

1. Chamar o paciente pelo nome;


2. Mostrar a enfermaria e o leito em que o cliente ficará internado, identificando
onde é o banheiro e o posto de enfermagem;
3. Apresentar o cliente ao outros clientes que estão internados na mesma enfermaria
que ele;
4. Esclarecer dúvidas tanto do cliente quanto dos familiares, explicando o horário de
visitas, mostrando a enfermaria em que o cliente ficará internado;
5. Realizar o relatório de enfermagem no prontuário incluindo horário de entrada do
cliente no setor de internação, suas condições físicas, psicológicas, higiênicas;
6. Registrar no prontuário o peso, altura e sinais vitais;
7. Encaminhar o cliente para qualquer exame se houver necessidade, procedendo de
acordo com a rotina do setor;
8. Acompanhar o cliente e orientá-lo quanto ao exame a ser realizado;
9. Reunir e anexar ao prontuário todos os exames realizados como: USG, RX, ECG,
Exames Laboratoriais, TC, etc.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA VÉSPERA DA
CIRURGIA
 Jejum: O jejum corresponde a suspensão da alimentação por um período de tempo
antes do horário da cirurgia, para atender aos seguintes objetivos: prevenir
broncoaspiração por resíduos alimentares no período do ato anestésico; atrapalhar
a técnica cirúrgica, principalmente em cirurgias abdominais; evitar vômitos e
desconforto no pós-operatório; evitar flatus.

 Lavagem Intestinal: Usa-se lavagens repetidas vezes até que todo o conteúdo
fecal seja retirado através de técnicas assépticas de sondagem retal e enemas. Em
alguns casos específicos, deve-se realizar a limpeza mecânica do cólon.

 Esvaziamento Vesical: Deve estimular o cliente a micção espontânea antes der


ser encaminhado ao Centro Cirúrgico. Em algumas cirurgias há necessidade de se
realizar o cateterismo vesical, pois o tempo cirúrgico é longo, ou o cliente está em
estado grave ou para evitar lesão da bexiga durante o ato cirúrgico.

 Preparo da Pele: Este preparo deve acontecer em dois momentos: antes de


encaminhar o cliente para a cirurgia e antes de começar a incisão cirúrgica. Como
a pele é portadora de uma quantidade muito grande de microrganismos que podem
levar a infecção da incisão cirúrgica, atualmente recomenda-se que a tricotomia
seja feita o mais próximo possível do horário da cirurgia ou mesmo, no próprio
centro cirúrgico, minutos antes de começar a cirurgia.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO DIA DA
CIRURGIA
1. Conversar com o cliente diminuindo sua ansiedade;
2. Realizar a tricotomia conforme a rotina do setor;
3. Encaminhar o cliente ao banheiro para esvaziar a bexiga e o intestino, para
realizar a higiene bucal e tomar banho;
4. Conferir jejum;
5. Paramentar o cliente com roupa própria do centro cirúrgico: touca, camisola e
propés;
6. Remover jóias, próteses, esmaltes das unhas e pinturas faciais;
7. Verificar sinais vitais e comunicar qualquer alteração ao enfermeiro responsável;
8. Conferir e anexar em prontuário todos os exames pré-operatórios, bem como o
termo de consentimento livre e esclarecido devidamente assinado pelo cliente e
familiares;
9. Administrar a medicação pré-anestésica prescrita antes de encaminhá-lo ao
centro cirúrgico, conforme a rotina do setor;
10. Realizar o relatório de enfermagem de todos os cuidados de enfermagem
prestados ao cliente nessa etapa;
11. Colocar o paciente na maca, que por sua vez deverá ter grades laterais para
proteção e encaminhá-lo ao centro cirúrgico quando solicitado.
ENFERMAGEM NO PERÍODO TRANSOPERATÓRIO
(ESSE PERÍODO COMPREENDE DESDE O MOMENTO EM QUE O PACIENTE É
RECEBIDO NO CENTRO CIRÚRGICO ATÉ O MOMENTO EM QUE É ENCAMINHADO PARA
SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA – RPA.)

Após o Cliente Entrar na Auxiliando o


Sala de Cirurgia Anestesiologista
 Receber o cliente de forma  Auxiliar o anestesista a preparar
cordial, desde que esteja lúcido e o material para indução
anestésica;
orientado, conferindo sua
 Auxiliar o anestesista na punção
identificação no prontuário e a venosa e na monitorização
cirurgia a ser realizada, no mapa cardíaca do cliente;
cirúrgico;  Posicionar adequadamente o
 Transferi-lo da maca para a mesa paciente para indução anestésica.
(Raquidiana ou Peridural –
cirúrgica, solicitando ajuda do poderá ser posicionado sentado,
mesmo, desde que esteja lúcido e ou em decúbito lateral (D) ou (E),
orientado; com as pernas fletidas, com
joelhos de encontro ao abdômen e
 Evitar sair da sala cirúrgica e a cabeça também fletida, de
deixar o paciente sozinho; encontro ao tórax.
 Realizar a admissão de  Conversar sempre com o paciente
enfermagem do cliente no centro durante a realização do ato
anestésico;
cirúrgico.
 Cuidar para que o paciente não
fique exposto
desnecessariamente;
Auxiliando à Equipe Auxiliando o
Cirúrgica Instrumentador
 Auxiliar a equipe cirúrgica a se  Auxiliar o instrumentador a se
paramentar (vestir capotes paramentar;
cirúrgico, luvas);  Auxiliar o instrumentador
 Auxiliar a posicionar o paciente cirúrgico fornecendo-lhe todos os
de acordo com a cirurgia a ser materiais e instrumentais
realizada; necessários ao ato cirúrgico;
 Posicionar a placa de bisturi  Estar por perto do
elétrico no local apropriado para instrumentador para atender
prevenir queimadura e choque seus pedidos durante todo o
elétrico tanto no paciente quanto desenrolar do ato cirúrgico.
na equipe cirúrgica;
 Conectar a borracha do aspirador
e auxiliar o instrumentador a
posicionar as mesas contendo
instrumentais cirúrgicos.
1 - Cite as finalidades do Centro Cirúrgico e explique como é feita sua divisão, no que
visa à redução máxima quanto ao risco de infecções.

2 - Qual a diferença entre Centro Cirúrgico e Cirurgia?

3- As cirurgias podem ser classificadas tanto pela finalidade, pelo tempo para serem
realizadas e pelo potencial de contaminação. Explique cada uma delas.

4 - Defina Período Pré-operatório e explique o que vem a ser Pré-operatório Mediato e


Imediato.

5 - Cite 7 (sete) Cuidados de Enfermagem ao paciente no período pré-operatório.

6 - Diante dos Cuidados de Enfermagem na Véspera da Cirurgia, explique a importância


de se manter o cliente em jejum, a realização de lavagem intestinal, o esvaziamento
vesical e o preparo da pele.

7- Cite 7 (sete) Cuidados de Enfermagem ao cliente no dia da cirurgia.

8- O que vem a ser Período Transoperatório?

9- Cite 3 (três) atribuições do Técnico em Enfermagem no Período Transoperatório nas


seguintes situações: Admissão do cliente na sala de cirurgia; Auxiliar o Anestesista;
Auxiliar a Equipe Cirúrgica e Auxiliar o Instrumentador.
PARAMENTAÇÃO DO
PROFISSIONAL PARA
REALIZAÇÃO DO ATO
CIRÚRGICO
 Fatores importantes para manter a anti-sepsia na sala de
cirurgia incluem a limitada admissão de pessoas vestindo-se
apropriadamente, o limite de movimentos de pessoal na sala de
cirurgia, realização da técnica asséptica para lavagem das mãos
e braços, realização da técnica asséptica para secagem das mãos
e braços, colocação de luvas estéreis e o nível de conversa
reduzido ao mínimo.
PARAMENTAÇÃO DOS PROFISSIONAIS
COLOCANDO O AVENTAL

 Os aventais cirúrgicos são dobrados de maneira padrão,


aparecendo em primeiro lugar a parte dos ombros das
costas. Ele deve ser pego, levantado e desdobrado, longe do
corpo, sem contaminá-lo. Sacudir o avental para desdobrar
e abrir, sem tocar em nada ao redor e colocar os braços pela
manga e as mãos devem aparecer ou não pelos punhos,
dependendo do método de colocação de luvas a ser usado.

 O avental é amarrado por um assistente, sem tocar em


nada mais que as tiras.
ANTI-SEPSIA DAS MÃOS E BRAÇOS
 Anti-sepsia (lavagem) das mãos e braços
A finalidade da anti-sepsia é remover a sujeira e a gordura, a flora bacteriana
transitória, e uma porção da flora bacteriana residente das mãos e braços.

 Efeitos mecânicos da anti-sepsia:

a) a flora transitória das mãos pode ser completamente removida com 5 a


10 minutos de escovação com sabão desinfetante e água. Estas bactérias
podem ser mortas facilmente com desinfetantes.
b) a flora residente das mãos é reduzida em forma logarítimica com
escovação com sabão e água, isto é, reduzida pela metade a cada 6
minutos de escovação vigorosa.
c) a flora localizada superficialmente pode ser removida com regularidade,
porém a localizada profunda na pele não é significativamente afetada a
não ser após 15 minutos de escovação.
d) a regeneração das bactérias cutâneas inicia imediatamente após a pele
ser escovada e desinfetada. O crescimento é ao redor de 25% completo
em 24 horas, 73% em 3 dias e 100% em uma semana. Este crescimento é
acelerado quando são vestidos aventais e luvas.
ANTI-SEPSIA DAS MÃOS E BRAÇOS
MÉTODOS DE ESCOVAÇÃO

 Antes da escovação iniciar, o cirurgião e equipe devem estar


vestidos adequadamente e ter todas as jóias removidas dos
braços e dedos.

 Assim que a escovação iniciar, as mãos e braços não devem


tocar nada que não esteja estéril. Se isto ocorrer, deve-se
repetir as manobras desde o início.
SECAGEM DAS MÃOS
 As mãos e braços devem ser secas com toalha estéril, que
pode ser alcançada ou tirada do pacote cirúrgico.

 Pegar com uma mão por uma das pontas, longe do corpo e
desdobrar. Usar metade da toalha para secar cada mão.

 Iniciar pela ponta dos dedos, meio dos dedos, mão e ir


secando em direção ao cotovelo.

 Após uma mão e braço estarem secos, colocar a parte não


usada da toalha na mão seca e secar a outra mão e braço.
COLOCAÇÃO DE LUVAS PASSO A PASSO.
1. Colocar talco nas mãos, e com a mão esquerda segurar a
luva direita pela parte dobrada do punho, removendo do
pacote ou envelope sem tocar na parte de fora da luva.
2. Escorregar a mão direita para dentro da luva e deixar o
punho dobrado para baixo.
3. Pegar a luva esquerda com os dedos enluvados da mão
direita, por baixo do punho dobrado e escorregar a mão
esquerda para dentro da luva, puxando o punho da mesma
sobre o punho do avental.
4. Com a mão esquerda, finalizar de arrumar o punho da luva
direita, colocando os dedos enluvados da mão esquerda
debaixo da parte dobrada do punho da mão direita e desvirar
o punho sobre o punho do avental.
5. Ajustar as luvas de maneira que elas calcem
apropriadamente os dedos e a mão, limpando após o excesso
de talco da parte externa da luva.
6. Este método tem como desvantagem a facilidade para a
contaminação das luvas das luvas ao desdobrar o punho.
ALGUNS TIPOS DE
CIRURGIAS
CIRURGIAS
HISTERECTOMIA LIGADURA (LT)
COLECISTECTOMIA APENDICECTOMIA
HERNIORRAFIA HEMORRÓIDECTOMIA
CURETAGEM FISTULA ANAL
SÍNDROME DE
HIDROCELE
FURNIER
Os cistos ovarianos são
formações saculares
preenchidas por fluido que
se desenvolvem nos ovários
das mulheres. A maioria
dos cistos não causa
nenhum sintoma, mas
alguns podem acarretar
problemas como ruptura,
sangramento ou dor.
Nesses casos o tratamento
cirúrgico se faz necessário
para a remoção do(s)

CISTO OVARIANO
cisto(s).Os cistos ovarianos
afetam mulheres de todas
as idades. A vasta maioria
dos cistos ovarianos é
considerada funcional (ou
fisiológica). Em outras
palavras, eles não estão
relacionados a nenhuma
doença. A maioria dos
cistos ovarianos é benigna e
desaparece sozinha em
algumas semanas sem
nenhum tratamento. Os
cistos ocorrem mais
frequentemente durante o
período fértil da mulher.
Pode-se dividir os cistos
ovarianos em benignos e
malignos. O cisto pode ser
encontrado no câncer
ovariano, mas os cistos
ovarianos tipicamente
representam um processo
normal ou uma condição
benigna. São exemplos de
cistos benignos de ovário:

Síndrome do Ovário Cistoadenoma de Ovário


Policístico
ANORMALIDADES
E COMPLICAÇÕES NO
PÓS-OPERATÓRIO
➢ DOR:
É um dos primeiros sintomas a surgir no PO, diminuindo nos dias
subsequentes. Suas causas podem ser:
1. Existência de drenos, sondas e cateteres;
2. Posição adotada durante o ato cirúrgico;
3. Imobilidade prolongada;
4. Trauma cirúrgico;
5. Distúrbios psicológicos: atenção voltada para dor, estado de medo
e ansiedade, membro fantasma, etc.

➢ Cuidados de Enfermagem frente a Dor:


1. Avaliar e anotar intensidade, frequência e local da dor;
2. Promover mudança de decúbito e massagem de conforto quando
forem recomendadas;
3. Tranquilizar o paciente para tentar eliminar a causa da dor;
4. Verificar presença de retenção urinária e gases;
5. Afrouxar curativos apertados (se não houver contra-indicação);
6. Administrar analgésicos conforme prescrição médica;
➢ ALTERAÇÕES DA TEMPERATURA:
Quando o paciente retorna da SRPA – Sala de Recuperação Pós-
Anestésica apresenta hipotermia devido a depressão do sistema
nervoso decorrente da droga anestésica. Com o passar das horas,
poderá haver hipertermia, decorrente da agressão tissular provocada
pela incisão operatória.

➢ Procedimentos de Enfermagem:
 Na Hipotermia:
1. Aquecer o paciente;
2. Fechar as janelas;
3. Não aplicar bolsas de água morna;
4. Verificar sinais vitais principalmente a temperatura.

 Na Hipertermia:
1. Retirar cobertores;
2. Aplicar compressas frias em região da testa, axilas e virilhas;
3. Administrar antitérmico conforme prescrição médica;
4. Verificar sinais vitais principalmente a temperatura.
➢ NÁUSEAS E VÔMITOS:
Sinal comum após o cliente retornar à consciência, mas torna-se grave se persistir por
mais de três dias. Pode ocorrer devido ao acúmulo de líquido e restos de alimentos no
trato digestório, decorrente de diminuição do peristaltismo, efeito colateral das drogas
anestésicas e distensão abdominal.

➢ Procedimentos de Enfermagem:
1. Lateralizar a cabeça do paciente oferecendo-lhe uma cuba rim para tal
necessidade;
2. Aspirar o cliente para evitar broncoaspiração;
3. Oferecer água para bocejo e lavar a boca retirando os resíduos que ficaram;
4. Administrar antiemético e antinauseantes conforme prescrição médica.

➢ SEDE:
É a sensação de ressecamento da boca e faringe, decorrente da ação, inibidora de
secreções da Atropina, perdas sanguíneas, perda de líquidos através da sudorese
excessiva, hipertermia e cavidade exposta durante o ato operatório.

➢ Procedimentos de Enfermagem:
1. Umidificar os lábios com algodão umidecido com água e realizar higiene oral nos
pacientes impedidos de hidratar-se por VO;
2. Verificar tempo de jejum para manter uma hidratação VO ou EV;
3. Observar e registar sinais de desidratação através do turgor da pele, diurese,
sonolência e etc.
➢ CHOQUE:
Quadro grave, cujo prognóstico depende da rapidez do atendimento.

➢ Procedimentos de Enfermagem:
1. Comunicar imediatamente o enfermeiro responsável pelo setor da presença de hipotensão arterial
e pulso filiforme;
2. Verificar sinais vitais principalmente a Pressão Arterial e Pulso;
3. Observar focos hemorrágicos, fazendo curativo compressivo, se necessário;
4. Verificar e manter um acesso venoso calibroso;
5. Aquecer o paciente e elevar os MMII nos casos de hipotensão;
6. Preparar e deixar próximo ao cliente o carro de emergência e materiais para intubação;
7. Realizar monitorização cardíaca seguido de oximetria de pulso.

➢ ALTERAÇÕES PULMONARES:
As principais complicações são: Atelectasia, broncopneumonia e embolia pulmonar.

➢ Procedimentos de Enfermagem:
1. Fazer tapotagem;
2. Estimular a movimentação no leito e a deambulação;
3. Incentivar a realizar exercício respiratório;
4. Estimular a tosse e expulsão de secreção pulmonar;
5. Manter hidratação adequada;
6. Administrar O² úmido e realizar nebulização conforme prescrição médica;
7. Verificar sinais vitais principalmente a respiração;
8. Administrar expectorantes e corticosteroides conforme prescrição médica;
9. Aspirar secreção endotraqueal.
Atelectasia Pulmonar – Aparecimento de
colabamento de alvéolos pulmonares, consequente
a obstrução do brônquio responsável pela aeração
deste seguimento, produzindo retração do tecido
vizinho.

Broncopneumonia – Doença infecciosa


caracterizada por infecção dos
brônquíolos e parênquima pulmonar,
em focos difusos.

Embolia Pulmonar – Consiste no bloqueio, por


coágulo, de uma ramificação da artéria
pulmonar, surgindo como consequência muito
séria, mas também muito rara, de operações
cirúrgicas e da trombose venosa profunda de
MMII.
➢ ALTERAÇÕES URINÁRIAS:
Pode ocorrer anúria, oligúria, infecção, retenção e incontinência urinária

➢ Procedimentos de Enfermagem:
1. Registrar e comunicar ao enfermeiro responsável pelo setor da presença
de abdome globoso, distendido e dolorido a palpação;
2. Encaminhar o cliente para o banheiro estimulando-o a urinar abrindo a
torneira, o chuveiro e a descarga do vaso sanitário;
3. Verificar sinais vitais principalmente a temperatura.
4. Solicitar a presença do enfermeiro responsável para realização de um
possível cateterismo vesical de alívio.

➢ ALTERAÇÕES GASTROINTESTINAIS:
Pode ocorrer constipação intestinal, distensão abdominal e obstrução
intestinal.

➢ Procedimentos de Enfermagem:
1. Registrar e comunicar ao enfermeiro responsável pelo setor da presença
de abdome globoso, distendido e dolorido a palpação;
2. Administrar laxantes e anticonstipantes conforme prescrição médica;
3. Realizar lavagem intestinal ou enemas conforme prescrição médica.
➢ ALTERAÇÕES DA FERIDA OPERATÓRIA:
❑ Hemorragia.
✓ Interna – um dado significativo é a formação de hematoma, que poderá interferir no
processo de cicatrização.
✓ Externo – é a saída de sangue através da ferida operatória.

➢ Procedimentos de Enfermagem:
1. Realizar curativo compressivo nos casos de sangramento externo;
2. Registrar e comunicar ao enfermeiro responsável pelo setor da presença de
hematoma e sangramento na ferida cirúrgica ou ao seu redor;
3. Observar e anotar sinais de choque hemorrágico (tontura, palidez, sudorese,
hipotensão, pele fria e pegajosa, etc.).

➢ INFECÇÕES:
As causas são várias, tais como a falta de assepsia na SO, preparo inadequado da pele,
técnica de curativo errada, falha na técnica cirúrgica, preparo inadequado dos
instrumentais cirúrgicos na CME – Central de Materiais Estéreis.

➢ Procedimentos de Enfermagem:
1. Administrar antibioticoterapia conforme prescrição médica;
2. Colher e encaminhar o material para cultura conforme solicitação médica;
3. Observar e registrar sinais de infecção: hiperemia, rubor, turgor;
4. Verificar sinais vitais principalmente a temperatura;
5. Realizar técnicas assépticas para realização de curativos;
6. Manter o local da ferida cirúrgica limpa, sem secreção, sujidade e coágulos.
➢ DEISCÊNCIA:
É uma abertura total ou parcial da incisão cirúrgica devido à infecção cirúrgica, distensão
abdominal, estado nutricional precário.

➢ Procedimentos de Enfermagem:
1. Realizar curativo compressivo conforme rotina do setor;
2. Realizar a lavagem ou irrigação no local da deiscência com SF 0,9%;
3. Comunicar imediatamente ao enfermeiro responsável pelo setor;
4. Registrar em prontuário do paciente;
5. Observar e anotar sinais de choque hemorrágico (tontura, palidez, sudorese,
hipotensão, pele fria e pegajosa, etc.);

➢ EVISCERAÇÃO:
Protrusão de vísceras para fora da cavidade abdominal, como consequência de deiscência
de uma sutura abdominal ou pós-trauma.

➢ Procedimentos de Enfermagem:

1. Comunicar imediatamente ao médico e ao enfermeiro responsável pelo setor;


2. Cobrir imediatamente os órgãos eviscerados com compressas estéreis e umidecidas
com soro fisiológico;
3. Manter o cliente calmo, em decúbito dorsal e com os joelhos flexionados;
4. Preparar novamente o cliente para uma nova cirurgia.
Distensão Abdominal Hemorragia

Infecção Evisceração

Deiscência
1. Diante das complicações no Pós-operatório, cite 5 (cinco) agentes causais para os
sintomas da dor.

2. Cite 5 (cinco) Cuidados de Enfermagem ao cliente acometido pela dor.

3. Porquê motivo o cliente apresenta hipotermia ao retorno da SRPA – Sala de


Recuperação Pós-anestésica? Cite 4 (quatro) Cuidados de Enfermagem ao cliente que
apresenta hipotermia e hipertermia.

4. Porquê motivo os sinais de vômito e náuseas são comuns após o cliente retornar a
consciência após ter sido submetido a uma cirurgia.

5. Cite 5 (cinco) Cuidados de Enfermagem ao cliente que apresenta sinais de náuseas e


vômito.

6. Explique por que na maiorias dos casos o cliente submetido a uma cirurgia, sente
sede.

7. Cite 5 (cinco) Cuidados de Enfermagem ao cliente que apresenta sinais de Choque


8. Diante das complicações pulmonares como atelectasia, broncopneumonia e embolia
pulmonar, cite 6 (seis) Cuidados de Enfermagem ao cliente acometido por alterações
pulmonares.

9. Cite 5 (cinco) Cuidados de Enfermagem ao cliente que apresenta incontinência


urinária e constipação intestinal.

10. Quais são os motivos pelos quais a ferida operatória pode apresentar: Infecções,
Deiscência e Evisceração? Cite 4 (quatro) Cuidados de Enfermagem para cada uma
delas.
TRICOTOMIA

Consiste no preparo da pele do paciente e tem como


finalidade evitar infecções e promover boa cicatrização da
ferida operatória, devendo ser realizada duas horas antes
da cirurgia.
CIRURGIAS
GASTROINTESTINA
IS
OSTOMIAS
É o termo com que se designa a intervenção cirúrgica
cujo objetivo é criar comunicação de uma víscera para o meio
externo, através da parede abdominal. Em qualquer órgão oco
pode ser confeccionada uma ostomia e, dependendo do
segmento do corpo exteriorizado, recebem nomes
diferenciados. Portanto, existem as traqueostomias,
esofagostomias, gastrostomias, jejunostomias,, entre outras, e
com finalidades e indicações variadas.
Esta nova abertura recebe o nome de estoma ou
ostoma. A palavra “estoma” deriva do termo grego e significa
“boca” ou “abertura”.
Colostomia e Ileostomia são os estomas intestinais
mais comuns, e definidos, respectivamente, como abertura do
cólon ou íleo na parede abdominal, objetivando o desvio do
conteúdo intestinal para o meio externo.
➢ Colostomia – É uma porção do cólon exteriorizada, através da parede
abdominal, criando uma abertura com o objetivo de proporcionar a saída das
fezes. As evacuações são constantes, de consistência líquida. Não há controle
voluntário.

➢ Classificação:
I. Temporária – São aquelas em que se pode, posteriormente, restabelecer a
continuidade do trato intestinal, uma vez que se tenha resolvido o problema
que levou à confecção da ostomia.
II. Definitivas ou Permanentes – São aquelas em que não se pode restabelecer o
trânsito intestinal, já que o segmento distal do intestino foi extirpado.
Geralmente são terminais, porém podem ser laterais em casos de cirurgia
paliativa.

➢ Segundo a localização anatômica as colostomias podem ser:


I. Colostomia Ascendente ou Direita – São aquelas efetuadas ao nível do cólon
ascendente e localizadas no quadrante superior direito do abdômen.
II. Colostomia Transversa ou Transversostomia – São aquelas efetuadas ao
nível do cólon transverso e localizadas geralmente no ponto médio entre o
rebordo costal e o umbigo.
III. Colostomia Descendente ou Esquerda - São aquelas efetuadas no cólon
descendente e situadas no quadrante superior esquerdo do abdômen.
IV. Sigmóidostomia – São confeccionadas no cólon sigmóide e situadas no
quadrante inferior esquerdo do abdômen.
➢ Ileostomia – É uma porção do íleo exteriorizada através da
parede abdominal, criando assim uma abertura, com o objetivo de
proporcionar a saída de excretos intestinais. A incidência das
evacuações é constante e a consistência das fezes é líquida. Não há
controle voluntário. A localização da ileostomia se dá através do
segmento do íleo, zona do abdômen, quadrante inferior direito.

➢ Classificação:
I. Ileostomia Definitiva – resultado de uma amputação total do
cólon e do reto panproctocolectomia. Realiza-se a partir do íleo
terminal, dependendo da afecção inflamatória que contém a
patologia.
II. Ileostomia Temporária – utilizada em cirurgias programadas
como prevenção da anastomose ileoanal com reservatório, para
diminuir o risco de infecções e deiscência de suturas.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM PACIENTES
COLOSTOMIZADOS E ILEOSTOMIZADOS NO PÓS-OPERATÓRIO

1. Realizar sinais vitais frequentemente;


2. Avaliar intensidade, frequência e local da dor;
3. Administrar analgésicos conforme prescrição médica;
4. Observar e anotar sinais de complicações precoces e tardias;
5. Observar e anotar características do estoma;
6. Observar e anotar características da pele ao redor do estoma;
7. Oferecer ingesta hídrica;
8. Realizar cuidados com a higienização e troca da bolsa;
9. Observar e anotar hidratação (turgor da pele, ingestão e excreção de
líquido, peso);
10. Esvaziar a bolsa sempre que necessário, não deixando encher de fezes;
11. Manter o paciente em repouso nas primeiras 72 horas do pós-operatório.
➢ Gastrostomia – É uma sonda introduzida cirurgicamente no
estômago através de um orifício na parede abdominal, podendo ser
definitiva ou temporária com o objetivo de administrar alimentos e
líquidos nos pacientes impossibilitados de deglutir, como nos casos
de obstrução de esôfago.

➢ Cuidados de Enfermagem no Pós-Operatório:

1. Realizar higienização do local com água e sabão neutro e logo


após realizar curativo local;
2. Anotar e comunicar ao enfermeiro responsável intercorrências
tais como: obstrução da sonda, vazamento, sinais de infecção ao
redor da pele, saída da sonda pela cavidade abdominal;
3. Administrar a dieta conforme prescrição médica ou da
nutricionista;
4. Lavar a sonda introduzindo água, logo após a administração da
dieta para evitar obstrução e mantê-la limpa;
5. Colocar o paciente sentado ou em posição de Fowler no momento
da administração da dieta;
6. As medicações VO deverão ser administradas pela sonda e logo
após deverá ser realizada a limpeza da sonda introduzindo um
pouco de água.
➢ Colecistectomia: É a remoção da vesícula biliar, após a
ligadura do canal e da artéria cística, realizada na maioria dos
casos de colecistite aguda e crônica.

➢ Cuidados de Enfermagem no Pós-Operatório:

I. Realizar curativo diário no local da incisão cirúrgica;


II. Administrar analgésico, antibioticoterapia e antináuseantes
conforme prescrição médica;
III. Manter acesso venoso calibroso;
IV. Verificar sinais vitais;
V. Avaliar e anotar intensidade, frequência e local nos casos de
dor;
VI. Oferecer dieta conforme prescrição médica ou da
nutricionista;
VII. Encaminhar o paciente ao banho ou realizar o banho no leito
conforme as condições do paciente;
VIII. Após 12 horas de pós-operatório, estimular a deambulação.
➢ Apendicectomia: Geralmente é realizada em
caráter de emergência, esta cirurgia tem como
objetivo evitar a ruptura ou perfuração iminente do
apêndice.

➢ Cuidados de Enfermagem no Pós-Operatório:

I. Realizar curativo diário no local da incisão cirúrgica;


II. Administrar analgésico, antibioticoterapia e antináuseantes
conforme prescrição médica;
III. Manter acesso venoso calibroso;
IV. Verificar sinais vitais;
V. Avaliar e anotar intensidade, frequência e local nos casos de
dor;
VI. Oferecer dieta conforme prescrição médica ou da
nutricionista;
VII. Encaminhar o paciente ao banho ou realizar o banho no leito
conforme as condições do paciente;
VIII. Após 12 horas de pós-operatório, estimular a deambulação.
➢ Esplenectomia: Retirada cirúrgica do baço indicada em
certas afecções sanguíneas ou circulatórias ou quando o volume do
baço se torna um incômodo mecânico no abdômen.

➢ Hemorróidectomia: É a excisão e ligação de veias dilatadas,


na região anal, no sentido de aliviar o desconforto e controlar
sangramentos.

➢ Fístula Anal: É um minúsculo trajeto fibroso e tubular, que se


estende para dentro do canal anal a partir de uma abertura
localizada junto ao ânus, onde pus ou fezes podem vazar através
desta abertura cutânea.

➢ Fissura Anal: É uma laceração (úlcera) longitudinal no canal


anal, causada habitualmente por traumatismos incluindo os partos.
CIRURGIA
TORÁCICA
➢ Drenagem de Tórax: É uma intervenção crucial para melhoria da troca
gasosa e da respiração no período pós-operatório, onde um dreno torácico é
inserido no espaço pleural, para coletar (drenar) líquido seroso, pus, sangue
ou ar, para que a função cárdio-pulmonar normal possam ser restaurados e
mantidos.

➢ Cuidados de Enfermagem no Pós-Operatório:

I. Anotar e Realizar curativo diário no local da punção;


II. Manter o nível de água esterilizada ou SF 0,9% no nível de vedação conforme
indicativo no recipiente de drenagem;
III. Durante a troca do sistema de drenagem, fazer o clampeamento do sistema antes de
removê-lo, identificando a hora, data e o profissional que realizou;
IV. Realizar mudança de decúbito e orientar o cliente para tal realização com
frequência;
V. Orientar o paciente sobre exercícios respiratórios;
VI. Manter o sistema de drenagem abaixo do nível do tórax;
VII. Observar e anotar as características da drenagem: coloração, quantidade e
consistência.
VIII. PROIBIDO, cortar, furar ou dobrar o sistema de drenagem.

OBS: O mecanismo de respiração normal opera sobre o princípio da pressão


negativa; isto é, a pressão na cavidade torácica normalmente é menor que a
pressão atmosférica, fazendo com que o ar se mova para dentro dos pulmões
durante a inspiração. Sempre que o tórax é aberto, existe uma perda da pressão
negativa, o que pode resultar no colapso do pulmão.
1. O que significa o termo Ostomia?

2. Diferencie Colostomia de Ileostomia.

3. Cite 5 (cinco) Cuidados de Enfermagem ao


cliente Colostomizado e Ileostomizado no Pós-
operatório.

4. Defina Gastrostomia e cite 5 (cinco) Cuidados


de Enfermagem ao cliente submetido a este
procedimento cirúrgico.

5. Defina Colecistectomia e cite 5 Cuidados de


Enfermagem ao cliente submetido a este
procedimento cirúrgico.
6. Defina Apendicectomia e cite 5 (cinco)
Cuidados de Enfermagem ao cliente submetido
a este procedimento cirúrgico.

7. Defina:
Esplenectomia:
Hemorróidectomia:
Fístula Anal:
Fissura Anal:

8. Em que consiste a Drenagem de Tórax? Cite


5 Cuidados de Enfermagem ao cliente
submetido a este procedimento cirúrgico.

9. Explique por que é PROIBIDO, cortar, furar


ou dobrar o sistema de drenagem.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
I) Associe a 2ª coluna de acordo com a 1ª:

a) Alterações Urinárias ( ) É um dos primeiros sintomas a surgir no PO, diminuindo nos dias
subsequentes. As causas mais comuns são: Trauma cirúrgico; existência de drenos, sondas e cateteres; imobilidade prolongada;
posição adotada durante o ato cirúrgico.

b) Deiscência ( ) Quando o paciente retorna da SRPA – Sala de Recuperação Pós- Anestésica apresenta
hipotermia devido a depressão do sistema nervoso decorrente da droga anestésica.

c) Infecções ( ) Sinal comum após o cliente retornar à consciência, mas torna-se grave se persistir por
mais de três dias. Pode ocorrer devido ao acúmulo de líquido e restos de alimentos no trato digestório, decorrente de diminui ção do
peristaltismo, efeito colateral das drogas anestésicas e distensão abdominal.

d) Alterações da Ferida Operatória ( ) Sensação de ressecamento da boca e faringe, decorrente da ação, inibidora de secreções
da Atropina, perdas sanguíneas, perda de líquidos através da sudorese excessiva, hipertermia e cavidade exposta durante o ato
operatório.

e) Dor ( ) Pode ocorrer anúria, oligúria, infecção, retenção e incontinência urinária.

f) Evisceração ( ) Pode ocorrer constipação intestinal, distensão abdominal e obstrução intestinal.

g) Sede ( ) Hemorragia: Interna – um dado significativo é a formação de hematoma, que poderá


interferir no processo de cicatrização. Externa – é a saída de sangue através da ferida operatória.

h) Náuseas e Vômitos ( ) As causas são várias, tais como a falta de assepsia na SO, preparo inadequado da pele,
técnica de curativo errada, falha na técnica cirúrgica, preparo inadequado dos instrumentais cirúrgicos na CME – Central de
Materiais Estéreis.

i) Alterações da Temperatura ( ) É uma abertura total ou parcial da incisão cirúrgica devido à infecção cirúrgica,
distensão abdominal, estado nutricional precário.

j) Alterações Gastrointestinais ( ) Protrusão de vísceras para fora da cavidade abdominal, como consequência de
deiscência de uma sutura abdominal ou pós-trauma.
II) Complete corretamente as lacunas a seguir:

1. , É uma intervenção cirúrgica cujo objetivo é criar comunicação de uma


víscera para o meio externo, através da parede abdominal.

2. , É uma porção do cólon exteriorizada, através da parede abdominal,


criando uma abertura com o objetivo de proporcionar a saída das fezes.
, É uma exteriorização do segmento do íleo na zona do abdômen,
localizado no quadrante inferior direito, através da parede abdominal, para criar
uma abertura com o objetivo de proporcionar a saída de excretos intestinais.

3. , É uma sonda introduzida cirurgicamente no estômago através de um


orifício na parede abdominal, podendo ser definitiva ou temporária com o objetivo
de administrar alimentos e líquidos nos pacientes impossibilitados de deglutir.

4. , É a remoção da vesícula biliar, após a ligadura do canal e da artéria


cística, realizada na maioria dos casos de colecistite aguda e crônica.

5. , Esta cirurgia tem como objetivo evitar a ruptura ou perfuração


iminente do apêndice.

6. , É a retirada cirúrgica do baço indicada em certas afecções


sanguíneas ou circulatórias ou quando o volume do baço se torna um incômodo
mecânico no abdômen.
III) “Após ser submetido a uma Apendicectomia, o cliente N.A.M de 35 anos foi transferido da SO – Sala de
Operações para SRPA – Sala de Recuperação Pós-Anestésica, ficando em observação como protocolo, caso
haja alguma intercorrência diante do ato cirúrgico-anestésico. Passado algumas horas, o mesmo foi
novamente avaliado pelo anestesiologista e liberado para internação no setor de Clínica Cirúrgica sem
nenhuma intercorrência apresentada pelo cliente até o momento.” No dia seguinte, dado como primeiro dia
de pós-operatório o técnico de enfermagem do setor observou que o cliente não conseguia urinar desde o
retorno da SO, apresentando abdome distendido e dolorido a palpação, náuseas, vômitos, Tax: 38.5ºC,
sangramento e hematoma no local da ferida operatória.”
❖ A partir do caso clínico apresentado pelo cliente, cite 10 (quinze) Cuidados de Enfermagem específicos,
em que o Técnico em Enfermagem prontamente desenvolverá para intervir diante dos sinais e
sintomas apresentados pelo cliente.

Após a avaliação e conduta do cirurgião responsável diante deste caso clínico, o profissional de
enfermagem notou que houve uma preocupação do médico quanto ao risco de infecção. Explique os
motivos desta preocupação e defina as complicações que podem resultar a partir de uma infecção na
ferida operatória.

IV) Cite 10 (dez) Cuidados de Enfermagem no Pós-operatório ao cliente Colostomizado ou Ileostomizado e


Cite 5 (cinco) Complicações Precoces (pós-operatório mediato ou imediato) e 3 (três) Complicações
Tardias.

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