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O Centro de Material e
Esterilização (CME) pode ser
definido como unidade de
apoio técnico, com a finalidade
de fornecer artigos
processados e proporcionar
condições para o atendimento
direto e assistência à saúde dos
indivíduos enfermos e sadios.
CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO (CME)
É RESPONSÁVEL:
Recepção;
Limpeza;
Acondicionamento;
Esterilização;
Guarda e distribuição de materiais para as unidades
do estabelecimento de saúde.
RESOLUÇÃO RDC Nº. 307, DE 14 DE NOVEMBRO DE 2002
A Resolução RDC nº. 307, de 14 de novembro de 2002 (dispõe sobre o Regulamento Técnico para
planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos
assistenciais de saúde), considera a CME uma unidade de apoio técnico, que tem como finalidade o
fornecimento de materiais médico-hospitalares adequadamente processados, proporcionando, assim,
condições para o atendimento direto e a assistência à saúde dos indivíduos enfermos e sadios, no
entanto, uma grande parcela dos hospitais públicos encontra-se em desacordo com esta determinação.
RESOLUÇÃO – RDC NO- 15, DE 15 DE MARÇO DE 2012
Disponíveis em:
<https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/legislaca
o/item/rdc-50-de-21-de-fevereiro-de-2002>;
<https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/legislaca
o/item/rdc-15-de-15-de-marco-de-2012>. Acessos em: 14 set. 2017.
RECURSOS HUMANOS NO CME
De acordo com a RDC 15, de 15 de março de 2012, é fundamental que todas as etapas e fases do processamento
de produtos para a saúde sejam realizadas por profissionais técnicos de enfermagem, os quais possuem
regulamentação pelos conselhos de classe.
Art. 28 O CME e a empresa processadora devem possuir um Profissional Responsável de nível superior, para a
coordenação de todas as atividades relacionadas ao processamento de produtos para a saúde, de acordo com
competências profissionais definidas em legislação especifica.
Parágrafo único.
O responsável pelo CME deve atuar exclusivamente nesta unidade durante sua jornada de trabalho.
RECURSOS HUMANOS NO CME
Eles devem ter conhecimento sobre todos os processos realizado na unidade, bem como o
funcionamento dos equipamentos existentes, monitorando os processos através da utilização
de indicadores químicos, biológicos e físicos.
O enfermeiro é o profissional
que atualmente assume a
gestão da CME, devido ao
conhecimento técnico das
ações da assistência de
Enfermagem, visualizando a
utilização de todos os artigos
processados.
RESOLUÇÃO COFEN Nº 424/2012
Art. 31 O trabalhador do CME e da empresa processadora deve utilizar os seguintes Equipamentos de Proteção
Individual (EPI) de acordo com a sala/área, conforme anexo desta resolução.
Art. 32 Os trabalhadores não devem deixar o local de trabalho com os equipamentos de proteção individual e as
vestimentas utilizadas em suas atividades.
SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO
RESOLUÇÃO COFEN Nº 424/2012
Normatiza as atribuições
dos profissionais de
enfermagem em Centro de
RESOLUÇÃO COFEN
Material e Esterilização
Nº 424/2012
(CME) e em empresas
processadoras de produtos
para saúde
RESOLUÇÃO COFEN Nº 424/2012
Art. 1º Cabe aos Enfermeiros Coordenadores, Chefes ou Responsáveis por Centro de Material e
Esterilização (CME), ou por empresa processadora de produtos para saúde:
TIPOS DE CME
DESCENTRALIZADA : utilizada até o final da década de 40, neste tipo de central cada unidade ou conjunto
delas é responsável por preparar e esterilizar os materiais que utiliza;
SEMI-CENTRALIZADA : teve início na década de 50, cada unidade prepara seus materiais, mas os
encaminha para serem esterilizados em um único local;
CENTRALIZADA: utilizada atualmente, os materiais do hospital são processados no mesmo local, ou seja,
os materiais são preparados, esterilizados, distribuídos e controlados quantitativa e qualitativamente na CME.
ESTRUTURA FÍSICA DA CENTRAL DE MATERIAL E
ESTERILIZAÇÃO - AMBIENTES QUE DEVEM COMPOR UMA CME
• a área para recepção dos materiais contaminados deve estar localizada dentro
da sala de recepção e limpeza.
• Ela deve ter ao menos uma bancada de tamanho suficiente para que seja
realizada a conferência destes materiais, garantindo a segurança do processo.
• Também é indispensável que contenham recipientes para descarte de
materiais perfurocortantes e resíduos biológicos.
• Os equipamentos utilizados para a limpeza dos materiais devem estar
instalados de forma que não prejudiquem a circulação no ambiente.
ESTRUTURA FÍSICA DA CENTRAL DE MATERIAL E
ESTERILIZAÇÃO - AMBIENTES QUE DEVEM COMPOR UMA CME
ARTIGOS ARTIGOS
DESCARTÁVE PERMANENTE
IS seringas, S aparelho de
abocath, pressão,
agulhas, termômetro,
eletrodos, etc. endoscópio, etc.
CLASSIFICAÇÃODOS ARTIGOS
SEMI- NÃO
CRÍTICO
CRÍTICO CRÍTICO
S
S S
ARTIGOS CRÍTICOS
Ex:
Agulhas
Instrumentais cirúrgicos
Cateteres urinários
Bisturi.
ARTIGOS SEMI-
CRÍTICOS
Ex:
• Endoscópios gastrointestinais;
• Equipamento de terapia
respiratória;
• Espéculo vaginal;
ARTIGOS NÃO
CRÍTICOS
São aqueles que entram em contato
apenas com pele íntegra ou não
entram em contato com pacientes e
apresentam baixo risco de
transmissão de infecção;
Ex:
Comadres
Papagaios
Aparelho de pressão
Termômetro
Cubas
INDICAÇÃO
SEMI- NÃO-
CRÍTICOS
CRÍTICOS CRÍTICOS
Dependendo do grau de contaminação,
Esterilização não obrigatória; no
Indicação de esterilização podem ser submetidos à limpeza ou
mínimo desinfecção.
desinfecção de baixo ou médio nível.
LIMPEZA
OBJETIVOS
Utilizar EPI apropriado: luva grossa de borracha antiderrapante de cano longo, avental, bota,
gorro, protetor facial, máscara e óculos de proteção;
São eles:
• Aventais impermeáveis,
• Luvas anti-derrapantes de cano longo,
• Óculos de proteção,
• Máscaras.
LIMPEZA MECÂNICA
Lavadora Ultra-Sônica:
Lavadora Pasteurizadora:
Lavadora Termodesinfetadora:
• limpam e desinfetam, por meio térmico ou químico (detergente é aplicado sob pressão
por meio de bicos ou braços rotativos)
PRODUTOS UTILIZADOS
Limpadores enzimáticos
Enzimas
Econômico.
Solúvel em água.
Não poluente
Prions
Esporos bacterianos
RESISTÊNCIAS DOS
MICRORGANISMOS Mycobacteria
Vírus não lipídicos
Fungos
Bactérias vegetativas
Vírus lipídicos
TECIDO DE ALGODÃO
PAPEL CREPADO
Permitir o transporte e o
armazenamento do artigo
odonto-médico-hospitalar e
mantê-lo estéril até o seu uso.
Contêineres
rígidos
(válvula e
filtro)
Tecido de Papel grau
algodão cirúrgico
VALIDAÇÃO A CADA
INSERÇÃO OU TROCA DE
EMBALAGEM
Penetrância
dificuldade
QUALIFICAÇÃO DE Filmes
s variadas Tyvek
DESEMPENHO: A CADA
NOVA CONFIGURAÇÃO
INTRODUZIDA Manta de Papel
SMS crepado
TIPOS DE
EMBALAGENS
• TECIDO DE ALGODÃO;
• SMS;
• PAPEL CREPADO.
TIPOS DE
EMBALAGENS
Papel grau cirúrgico
• Permeável ao agente
esterilizante e impermeável
aos microrganismos;
• Pode se apresentar com duas
faces de papel ou uma de
papel e a outra de filme
transparente;
• Esterilização à vapor (30
dias) e Óxido de Etileno.
TIPOS DE
EMBALAGENS
TyveK
• Constituída de poliolefinas
expandidas e mylar
(polietileno em tripla camada)
• Não contém celulose ( não
absorve o peróxido de
hidrogênio)
• Recomendado para o plasma
de peróxido de hidrogênio (01
ano)
Existem várias formas de realizar a esterilização.
PROCESSO DE
ESTERILIZAÇÃO
Calor
úmido (autoclavagem, Ácido Peracético
fervura e pasteurização)
Filtração Formaldeído
Não pode ser utilizado em materiais termossensíveis, nem para materiais que oxidam
com água.
A autoclavagem é muito utilizada nos vários setores de serviços da saúde por ser de
custo acessível e de fácil utilização.
Processos físicos
Esterilização por vapor saturado
sob pressão
Embalagens:
• algodão cru, papel grau cirúrgico, não tecido, papel crepado caixa metálica perfurada e Kraft.
Dispor os pacotes de modo vertical, para facilitar a entrada, circulação do vapor, bem como a
eliminação do ar.
Temperatura indicada:
• 121 a 132° C
Tempo de exposição:
• de acordo com a natureza do material (15 a 30 min.); 15 min. para materiais mais sensíveis ao calor
como luvas, extensões de borracha, entre outros e 30 min. para materiais mais resistentes ao calor
como instrumentais, vidros, roupas, entre outros.
MÉTODOS FÍSICOS DE ESTERILIZAÇÃO
Penetra nas substâncias de uma forma mais lenta que o calor úmido e por
isso exige temperaturas mais elevadas e tempos mais longos.
Chama direta:
Incineração: queima
queima os
até se tornarem
contaminantes até se
cinzas.
tornarem cinzas.
Embalagem:
• Caixa de aço inoxidável de paredes finas ou de alumínio. Lacrar as caixas com fita de
indicador químico.
• Varia de acordo com o tipo de material e com a validação especifica. Para instrumentais
recomenda-se 205° C por 120 min. E para óleos e pós 160° C por 120 min.
Cuidados recomendados:
• Evitar o centro da estufa (pontos frios), deixar espaço entre as caixas e não encostá-las
na parede.
MÉTODOS FÍSICOS DE ESTERILIZAÇÃO
Filtração
Filtros de membrana
Filtros HEPA (high
compostos de substâncias
efficiency particulate air)
como ésteres de celulose
removem quase todos os
ou polímeros plásticos,
microrganismos maiores
tornaram-se populares para
que cerca de 0,3
uso industrial e
micrometros de diâmetros.
laboratorial.
MÉTODOS FÍSICOS DE ESTERILIZAÇÃO
Filtração
Muitos materiais são compatíveis com esse tipo de esterilização, pois não há aumento da
temperatura nesse processo.
É um processo livre de resíduos e ecológico, pois não gera emissões tóxicas ou resíduos,
além de não causar impactos na qualidade do ar ou da água.
MÉTODOS FÍSICOS DE ESTERILIZAÇÃO
Radiação Ionizantes
: não disseminados na
esterilização de
rotina.
Usados para
Atuam destruindo o
esterilizar produtos
DNA por raios gama
farmacêuticos e
e feixes de elétrons de
suprimentos médicos
alta energia.
e dentários.
MÉTODOS FÍSICOS DE ESTERILIZAÇÃO
Não Ionizante:
radiação não muito
penetrante.
Atuação ocorre
Usado para controle lesando o DNA pela
de ambiente luz UV com
fechado. lâmpada
UV( germicida).
Destacaremos dois tipos delas:
MÉTODOS FÍSICOS
DE ESTERILIZAÇÃO
Radiação Gama: a energia é gerada por
fontes de Cobalto 60.
Esse processo tem alto poder de
penetração, permitindo que os produtos
sejam esterilizados já na embalagem final,
sem necessidade de manipulação.
MÉTODOS FÍSICOS DE ESTERILIZAÇÃO
Peróxido de
hidrogênio (água Sua ação é mais eficaz em
oxigenada): em capilares hemodializadores e
concentração de 3% e 6% lentes de contato, mas esse
tem ação rápida, é processo não é muito
biodegradável e atóxico, mas utilizado.
tem alta ação corrosiva.
Formaldeído: pode ser utilizado na forma
MÉTODOS gasosa e líquida e, para ter ação esporicida,
QUÍMICOS DE necessita de um longo tempo de exposição.
ESTERILIZAÇÃO
É indicado para cateteres, drenos e tubos,
laparoscópios, artroscópios e
ventriloscópios, enxertos de acrílico.
É muito utilizado por ter baixo custo e baixo poder corrosivo, porém é irritante das
vias aéreas; pode causar queimaduras na pele, membrana e mucosas; e materiais
porosos podem reter o produto.
CONDIÇÕES DE
Invólucro - permanecer íntegro e ser pouco manuseado para
ESTOCAGEM
evitar que os pacotes rasguem ou solte o lacre;