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Centro de Material e Esterilização – CME

Profa. Me. Ercilia Ramalho


CENTRAL DE
MATERIAL E
ESTERILIZAÇÃO
(CME)
Profa. Me. Ercilia Ramalho

Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA-NC


CENTRO DE MATERIAL E
ESTERILIZAÇÃO (CME)

O Centro de Material e
Esterilização (CME) pode ser
definido como unidade de
apoio técnico, com a finalidade
de fornecer artigos
processados e proporcionar
condições para o atendimento
direto e assistência à saúde dos
indivíduos enfermos e sadios.
CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO (CME)

É na CME que se realiza o controle, o preparo, a


esterilização e a distribuição dos materiais hospitalares.

 É RESPONSÁVEL:
 Recepção;
 Limpeza;
 Acondicionamento;
 Esterilização;
 Guarda e distribuição de materiais para as unidades
do estabelecimento de saúde.
RESOLUÇÃO RDC Nº. 307, DE 14 DE NOVEMBRO DE 2002

A Resolução RDC nº. 307, de 14 de novembro de 2002 (dispõe sobre o Regulamento Técnico para
planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos
assistenciais de saúde), considera a CME uma unidade de apoio técnico, que tem como finalidade o
fornecimento de materiais médico-hospitalares adequadamente processados, proporcionando, assim,
condições para o atendimento direto e a assistência à saúde dos indivíduos enfermos e sadios, no
entanto, uma grande parcela dos hospitais públicos encontra-se em desacordo com esta determinação.
RESOLUÇÃO – RDC NO- 15, DE 15 DE MARÇO DE 2012

A determinação legal principal que o


CME deve seguir é a RESOLUÇÃO – RDC
No- 15, DE 15 DE MARÇO DE 2012 da
Agência Nacional de Vigilância
Sanitária – Anvisa – que dispõe sobre
requisitos de boas práticas para o
processamento de produtos para
saúde e dá outras providências.
 Pesquise mais

 Para saber mais sobre a estrutura física da Unidade de Central de


Material e Esterilização, estão disponibilizados os links abaixo para
acessar as resoluções RDC 50, de 21 de fevereiro de 2002 e RDC 15, de
15 de março de 2012.

 Disponíveis em:
<https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/legislaca
o/item/rdc-50-de-21-de-fevereiro-de-2002>;
<https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/legislaca
o/item/rdc-15-de-15-de-marco-de-2012>. Acessos em: 14 set. 2017.
RECURSOS HUMANOS NO CME

 De acordo com a RDC 15, de 15 de março de 2012, é fundamental que todas as etapas e fases do processamento
de produtos para a saúde sejam realizadas por profissionais técnicos de enfermagem, os quais possuem
regulamentação pelos conselhos de classe.

Art. 28 O CME e a empresa processadora devem possuir um Profissional Responsável de nível superior, para a
coordenação de todas as atividades relacionadas ao processamento de produtos para a saúde, de acordo com
competências profissionais definidas em legislação especifica.

Parágrafo único.
O responsável pelo CME deve atuar exclusivamente nesta unidade durante sua jornada de trabalho.
RECURSOS HUMANOS NO CME

Além do enfermeiro e dos profissionais de enfermagem, a unidade de


CME deve contar com auxiliar administrativo, tendo em vista a
necessidade de registros de todas as fases do processo realizado.

Este profissional é responsável pelo arquivamento e organização destes


documentos, além de auxiliar o enfermeiro na realização de atividades
administrativas gerais.
RECURSOS HUMANOS NO CME

 A equipe de enfermagem que atua no


CME deve ser treinada e qualificada
para o desempenho de suas funções, pois
as atividades a serem desenvolvidas
estão relacionadas a processos
complexos que requerem cuidado e
atenção primordialmente, além de
conhecimento técnico-científico.
RECURSOS HUMANOS NO CME

Os profissionais de enfermagem que atuam em CME devem receber capacitação específica


por meio de treinamentos e necessitam receber atualização constante.

Eles devem ter conhecimento sobre todos os processos realizado na unidade, bem como o
funcionamento dos equipamentos existentes, monitorando os processos através da utilização
de indicadores químicos, biológicos e físicos.

Devem conhecer sobre a rastreabilidade, armazenamento, distribuição e manutenção da


esterilidade do produto, além de conceitos básicos de microbiologia e classificação de
produtos para saúde.
PAPEL DO ENFERMEIRO NA
CENTRAL DE MATERIAL E
ESTERILIZAÇÃO

O enfermeiro é o profissional
que atualmente assume a
gestão da CME, devido ao
conhecimento técnico das
ações da assistência de
Enfermagem, visualizando a
utilização de todos os artigos
processados.
RESOLUÇÃO COFEN Nº 424/2012

Normatiza as atribuições dos


profissionais de enfermagem em
Centro de Material e Esterilização
(CME) e em empresas processadoras
de produtos para saúde.
Reflita

 Qual a importância do profissional Técnico de Enfermagem como integrante da


unidade de CME.
SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO
 Art. 30 O trabalhador do CME e da empresa processadora deve utilizar vestimenta privativa, touca e calçado fechado em
todas as áreas técnicas e restritas.

 Art. 31 O trabalhador do CME e da empresa processadora deve utilizar os seguintes Equipamentos de Proteção
Individual (EPI) de acordo com a sala/área, conforme anexo desta resolução.

 § 1º Para a descarga de secadoras e termodesinfetadoras e carga e descarga de autoclaves é obrigatória a utilização de


luvas de proteção térmica impermeável.
 § 2º Na sala de recepção e limpeza, o protetor facial pode substituir o uso de máscara e óculos.
 § 3º Quando não especificado, o equipamento de proteção deve ser compatível com o risco inerente à atividade.

 Art. 32 Os trabalhadores não devem deixar o local de trabalho com os equipamentos de proteção individual e as
vestimentas utilizadas em suas atividades.
SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO
RESOLUÇÃO COFEN Nº 424/2012

Normatiza as atribuições
dos profissionais de
enfermagem em Centro de
RESOLUÇÃO COFEN
Material e Esterilização
Nº 424/2012
(CME) e em empresas
processadoras de produtos
para saúde
RESOLUÇÃO COFEN Nº 424/2012

 Art. 1º Cabe aos Enfermeiros Coordenadores, Chefes ou Responsáveis por Centro de Material e
Esterilização (CME), ou por empresa processadora de produtos para saúde:

 I – Planejar, coordenar, executar, supervisionar e avaliar todas as etapas relacionadas ao


processamento de produtos para saúde, recepção, limpeza, secagem, avaliação da integridade e da
funcionalidade, preparo, desinfecção ou esterilização, armazenamento e distribuição para as unidades
consumidoras;
 II – Participar da elaboração de Protocolo Operacional Padrão (POP) para as etapas do processamento
de produtos para saúde, com base em referencial científico atualizado e normatização pertinente. Os
Protocolos devem ser amplamente divulgados e estar disponíveis para consulta;
 III – Participar da elaboração de sistema de registro (manual ou informatizado) da execução,
monitoramento e controle das etapas de limpeza e desinfecção ou esterilização, bem como da
manutenção e monitoramento dos equipamentos em uso no CME;
RESOLUÇÃO COFEN Nº 424/2012

 IV – Propor e utilizar indicadores de controle de qualidade do processamento de produtos


para saúde, sob sua responsabilidade;
 V – Avaliar a qualidade dos produtos fornecidos por empresa processadora terceirizada,
quando for o caso, de acordo com critérios preestabelecidos;
 VI – Acompanhar e documentar, sistematicamente, as visitas técnicas de qualificação da
operação e do desempenho de equipamentos do CME, ou da empresa processadora de
produtos para saúde;
 VII – Definir critérios de utilização de materiais que não pertençam ao serviço de saúde, tais
como prazo de entrada no CME, antes da utilização; necessidade, ou não, de
reprocessamento, entre outros;
RESOLUÇÃO COFEN Nº 424/2012

 VIII – Participar das ações de prevenção e controle de eventos adversos no serviço de


saúde, incluindo o controle de infecção;
 IX – Garantir a utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), de acordo
com o ambiente de trabalho do CME, ou da empresa processadora de produtos para
saúde;
 X – Participar do dimensionamento e da definição da qualificação necessária a os
profissionais para atuação no CME, ou na empresa processadora de produtos para
saúde;
 XI – Promover capacitação, educação permanente e avaliação de desempenho dos
profissionais que atuam no CME, ou na empresa processadora de produtos para
saúde;
RESOLUÇÃO COFEN Nº 424/2012

 XII – Orientar e supervisionar as unidades usuárias dos produtos


para saúde, quanto ao transporte e armazenamento dos mesmos;
 XIII – Elaborar termo de referência, ou emitir parecer técnico
relativo à aquisição de produtos para saúde, equipamentos e
insumos a serem utilizados no CME, ou na empresa processadora
de produtos para saúde;
 XIV – Atualizar-se, continuamente, sobre as inovações
tecnológicas relacionadas ao processamento de produtos para
saúde.
RESOLUÇÃO COFEN Nº 424/2012

Art. 2º Os Técnicos e Auxiliares de Enfermagem que


atuam em CME, ou em empresas processadoras de
produtos para saúde, realizam as atividades previstas nos
POPs, sob orientação e supervisão do Enfermeiro.
ESTRUTURA FÍSICA DA
CENTRAL DE MATERIAL
E ESTERILIZAÇÃO

A estrutura física da Central de


Materiais e Esterilização
possui determinações que
visam a garantia do bom
funcionamento, qualidade
nos processos e a segurança
no reprocessamento de
materiais.
ESTRUTURA FÍSICA DA CENTRAL DE MATERIAL E
ESTERILIZAÇÃO

TIPOS DE CME

 DESCENTRALIZADA : utilizada até o final da década de 40, neste tipo de central cada unidade ou conjunto
delas é responsável por preparar e esterilizar os materiais que utiliza;

 SEMI-CENTRALIZADA : teve início na década de 50, cada unidade prepara seus materiais, mas os
encaminha para serem esterilizados em um único local;

 CENTRALIZADA: utilizada atualmente, os materiais do hospital são processados no mesmo local, ou seja,
os materiais são preparados, esterilizados, distribuídos e controlados quantitativa e qualitativamente na CME.
ESTRUTURA FÍSICA DA CENTRAL DE MATERIAL E
ESTERILIZAÇÃO - AMBIENTES QUE DEVEM COMPOR UMA CME

Área de recepção e limpeza (setor sujo):

• a área para recepção dos materiais contaminados deve estar localizada dentro
da sala de recepção e limpeza.
• Ela deve ter ao menos uma bancada de tamanho suficiente para que seja
realizada a conferência destes materiais, garantindo a segurança do processo.
• Também é indispensável que contenham recipientes para descarte de
materiais perfurocortantes e resíduos biológicos.
• Os equipamentos utilizados para a limpeza dos materiais devem estar
instalados de forma que não prejudiquem a circulação no ambiente.
ESTRUTURA FÍSICA DA CENTRAL DE MATERIAL E
ESTERILIZAÇÃO - AMBIENTES QUE DEVEM COMPOR UMA CME

Área de preparo e esterilização (setor limpo):

• esta área deve dispor de equipamento para transporte dos materiais em


quantidade suficiente para atender a demanda de trabalho.
• Secadora automatizada e/ou ar comprimido medicinal, para que seja
realizada a secagem dos materiais, além de seladoras de embalagens.
• As bancadas devem ser ergonômicas assim como cadeiras ou bancos
que devem possuir altura regulável.
ESTRUTURA FÍSICA DA CENTRAL DE MATERIAL E
ESTERILIZAÇÃO - AMBIENTES QUE DEVEM COMPOR UMA CME

Sala de desinfecção química, quando


aplicável (setor limpo):
• deve conter em sua estrutura, bancada com duas cubas,
sendo uma delas destinada à limpeza e a outra para enxágue
com tamanho e profundidade que permitam a imersão total
do material ou equipamento, com distância suficientemente
adequada de maneira que não haja a transferência acidental
de líquidos de uma para a outra.
ESTRUTURA FÍSICA DA CENTRAL DE MATERIAL E
ESTERILIZAÇÃO - AMBIENTES QUE DEVEM COMPOR UMA CME

Área de monitoramento do processo de


esterilização (setor limpo):
• esta área deve ser dimensionada em conformidade com
a quantidade e dimensão dos equipamentos utilizados
para esterilização.
ESTRUTURA FÍSICA DA CENTRAL DE MATERIAL E
ESTERILIZAÇÃO - AMBIENTES QUE DEVEM COMPOR UMA CME

Área de armazenamento e distribuição de materiais


esterilizados (setor limpo):
• esta área deve conter, além de equipamento de transporte com rodízio,
escadas, quando necessário, e prateleiras ou cestos aramados.
• Ela deve ser dimensionada de acordo com a quantidade de materiais a
serem estocados e tamanho dos mobiliários utilizados para
armazenamento.
• Além disso, essa área deve estar centralizada em local privativo e de
acesso restrito, não devendo estar localizada em área de circulação.
• As prateleiras não devem ser constituídas de material poroso, que
impeça a limpeza e a utilização de produtos saneantes.
ESTRUTURA FÍSICA DA CENTRAL DE MATERIAL E
ESTERILIZAÇÃO - AMBIENTES QUE DEVEM COMPOR UMA CME
Área de armazenamento e distribuição de materiais
esterilizados (setor limpo) continuação:
• O fluxo de processamento dos materiais deve ser unidirecional, ou seja,
não deve haver cruzamento do material sujo e contaminado com as áreas
limpas.
• Desta forma também se faz necessário a existência de barreira física, já
que de acordo com a legislação é obrigatória a separação física da área de
recepção e limpeza das demais áreas.
• A área de limpeza que recebe instrumental cirúrgico e produtos
consignados deve possuir bancadas que permitam a conferência destes.
• Além disso, deve possuir ainda recipientes para descarte de materiais
perfurocortantes e de resíduo biológico.
ESTRUTURA FÍSICA DA CENTRAL DE MATERIAL E
ESTERILIZAÇÃO - AMBIENTES QUE DEVEM COMPOR UMA CME

Área de armazenamento e distribuição de materiais


esterilizados (setor limpo) continuação:
• Assim como o material sujo e contaminado não dever cruzar com as
demais áreas, não é permitido ao profissional que está realizando a
atividade de limpeza dos materiais e, portanto, está locado na área
contaminada, o trânsito pelas áreas limpas e vice-versa.
• Assim, o acesso de pessoas à Unidade também deve se restringir apenas
aos profissionais da área.
 Pesquise mais
 Para saber mais sobre a estrutura física da Unidade de Central de Material e Esterilização,
estão disponibilizados os links abaixo para acessar as resoluções RDC 50, de 21 de
fevereiro de 2002 e RDC 15, de 15 de março
 de 2012.

 Disponíveis em: <https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/


index.php/legislacao/item/rdc-50-de-21-de-fevereiro-de-2002>;
<https:/www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/legislacao/item/ rdc-15-de-
15-de-marco-de-2012>. Acessos em: 14 set. 2017.
ARTIGOS
HOSPITALARES

São materiais empregados


na assistência à saúde.
ARTIGOS HOSPITALARES

ARTIGOS ARTIGOS
DESCARTÁVE PERMANENTE
IS seringas, S aparelho de
abocath, pressão,
agulhas, termômetro,
eletrodos, etc. endoscópio, etc.
CLASSIFICAÇÃODOS ARTIGOS

SEMI- NÃO
CRÍTICO
CRÍTICO CRÍTICO
S
S S
ARTIGOS CRÍTICOS

 São aqueles que penetram através da pele, mucosas,


atingindo os tecidos sub-epiteliais, sistema vascular,
bem como todos os que estejam diretamente
conectados com este sistema e que possuem alto
risco para aquisição de infecção;

Ex:
 Agulhas
 Instrumentais cirúrgicos
 Cateteres urinários
 Bisturi.
ARTIGOS SEMI-
CRÍTICOS

São artigos que entram em


contato com a pele não-integra ou
com mucosas íntegras.

Ex:
• Endoscópios gastrointestinais;
• Equipamento de terapia
respiratória;
• Espéculo vaginal;
ARTIGOS NÃO
CRÍTICOS
São aqueles que entram em contato
apenas com pele íntegra ou não
entram em contato com pacientes e
apresentam baixo risco de
transmissão de infecção;

Ex:
Comadres
Papagaios
Aparelho de pressão
Termômetro
Cubas
INDICAÇÃO

SEMI- NÃO-
CRÍTICOS
CRÍTICOS CRÍTICOS
Dependendo do grau de contaminação,
Esterilização não obrigatória; no
Indicação de esterilização podem ser submetidos à limpeza ou
mínimo desinfecção.
desinfecção de baixo ou médio nível.
LIMPEZA

A limpeza concorrente desta área


deve ser realizada diariamente, no
piso, nas pias, nas mesas e nos
Remoção de sujidade visível
balcões e, pelo menos uma vez por
orgânica e inorgânica e por
semana, a Limpeza terminal deve ser
conseguinte de sua carga microbiana.
feita incluindo os itens limpos
diariamente e mais as paredes, os
armários, os vidros e as janelas.
LIMPEZA

OBJETIVOS

Remover resíduos (químicos,


orgânicos, endotoxinas –
Remover ou reduzir a lipopolissacarídeos Da Garantir a eficácia do
Remover sujidades; quantidade de micro- parede celular de bactérias processo de desinfecção e
organismos; gram-negativas - biofilmes – esterilização.
cj. de células microbianas
associadas á superfície)
LIMPEZA MANUAL

Fricção com escovas e dos uso de soluções de limpeza;

Restringir aos artigos delicados, desmontáveis;

Preferencial solução enzimática - constituem combinações de detergentes e enzimas


utilizados comumente em instrumentos de difícil acesso e lumens estreitos;

Utilizar EPI apropriado: luva grossa de borracha antiderrapante de cano longo, avental, bota,
gorro, protetor facial, máscara e óculos de proteção;

Friccionar artigos sob a água para evitar aerossóis.


USO DE EPIS

É imprescindível o uso correto dos EPIs


para o desenvolvimento das técnicas de
limpeza e desinfecção.

São eles:
• Aventais impermeáveis,
• Luvas anti-derrapantes de cano longo,
• Óculos de proteção,
• Máscaras.
LIMPEZA MECÂNICA
Lavadora Ultra-Sônica:

• convertem ondas sonoras de ultra-alta frequência em vibrações mecânicas que se movem


na água, criando bolhas microscópicas. Ideal para artigos de conformação complexa.

Lavadora Pasteurizadora:

• inativação de bactérias patogênicas por meio de calor, relativamente a baixas


temperaturas (660C).

Lavadora Termodesinfetadora:

• limpam e desinfetam, por meio térmico ou químico (detergente é aplicado sob pressão
por meio de bicos ou braços rotativos)
PRODUTOS UTILIZADOS
Limpadores enzimáticos

• São compostos basicamente por enzimas, surfactantes e solubilizantes.


• A combinação balanceada desses elementos faz com produto possa remover a matéria
orgânica do material em curto período de tempo.
• Soluções enzimáticas apresentam excelente ação de limpeza, mas não possuem atividade
bactericida e bacteriostática.

Enzimas

• São substâncias produzidas que degradam a matéria orgânica presente no material.


• Uma vez produzidas pelas células, uma enzima pode ser isolada e irá manter suas
propriedades.
• As enzimas são classificadas em três maiores grupos funcionais dependendo do tipo de
substrato que irão afetar: proteases, lípases e amilases que atuam em substratos protéicos,
gorduras e carboidratos.
• Os agentes utilizados no
controle da multiplicação dos
microrganismos podem ser
físicos ou químicos .
DESINFECÇÃO

Consiste na inativação ou redução dos microorganismos presentes num


material inanimado ou em superfícies com exceção de esporos
bacterianos, por meios físicos ou químicos.

A desinfecção não implica na eliminação de todos os micro-


organismos viáveis, porém elimina a potencialidade infecciosa do
objeto, superfície ou local tratado.
CLASSIFICAÇÃO DA DESINFECÇÃO

Desinfecção de baixo nível:

• elimina bactérias, vírus e fungos; não tem ação contra


esporos, mas não elimina micobactérias e o bacilo da
tuberculose;
• O composto mais comumente utilizado é álcool etílico,
hipoclorito de sódio 0,025% - 30 minutos. EPI
CLASSIFICAÇÃO DA DESINFECÇÃO

Desinfecção de nível médio:

• Elimina bactérias, a maioria dos vírus,


fungos e micobactérias; não destrói esporos.
• Hipoclorito de sódio 1% - 30 minutos. EPI
CLASSIFICAÇÃO DA DESINFECÇÃO

Desinfecção de alto nível:

• Destrói todas as bactérias, micobactérias, fungos, vírus


e parte dos esporos.
• O enxágue deve ser feito com água estéril e a
manipulação deve seguir o uso de técnicas assépticas.
Amplo espectro.
CARACTERISTICA
IDEAL DE UM Ação rápida.
DESINFETANTE

Não ter interferência de fatores ambientais.

Ser ativo na presença de matéria orgânica.

Ser compatível com sabões, detergentes e outros


produtos químicos.

Atóxico ( não deve ser irritante para o usuário).


Compatível com diversos tipos de materiais(não ser corrosivos para as
superficiais metálicas e não deteriorar borrachas, plásticos e outros
materiais).
CARACTERISTICA
IDEAL DE UM Fácil manuseio
DESINFETANTE

Inodoro ou odor agradável

Econômico.

Solúvel em água.

Não poluente
 Prions
 Esporos bacterianos
RESISTÊNCIAS DOS
MICRORGANISMOS  Mycobacteria
 Vírus não lipídicos
 Fungos
 Bactérias vegetativas
 Vírus lipídicos

Existe variações nesta suscetibilidade


dependendo do germicida
ESTERILIZAÇÃO

Esterilização é o processo pelo Um artigo é considerado


qual os micro-organismos são estéril quando a probabilidade
mortos a tal ponto que não de sobrevivência dos micro-
seja mais possível detectá-los organismos que contaminam é
no meio de cultura padrão no menor do que 1:1.000.000
qual previamente haviam (GRAZIANO; SILVA;
proliferado. BIANCHI, 2000)
FATORES QUE AFETAM A EFICÁCIA DA ESTERILIZAÇÃO

A atividade dos agentes esterilizantes depende de inúmeros fatores:


• Número e localização de microrganismos
• Resistência inata dos microrganismos
• Concentração e potência do agente germicida
• Fatores físicos e químicos
• Matéria orgânica
• Duração da exposição
TIPOS DE EMBALAGENS

TECIDO DE ALGODÃO

• Estrutura produzida pelo entrelaçamento de um conjunto de fios dispostos no


sentido longitudinal, com outro no sentido transversal forma um ângulo de 900.
• Indicado: vapor saturado sob pressão ( validade 10 dias).
• Problema: baixa barreira microbiana, ausência de resistência à umidade, padrão
de alinhamento das fibras, baixa vida útil.

PAPEL CREPADO

• Composto de 100% de celulose - Eficiência diante da esterilização por vapor e


óxido de etileno - Validade: 60 dias no vapor e 12 meses no ETO.
EMBALAGENS

Permitir o transporte e o
armazenamento do artigo
odonto-médico-hospitalar e
mantê-lo estéril até o seu uso.
Contêineres
rígidos
(válvula e
filtro)
Tecido de Papel grau
algodão cirúrgico
VALIDAÇÃO A CADA
INSERÇÃO OU TROCA DE
EMBALAGEM
Penetrância
dificuldade
QUALIFICAÇÃO DE Filmes
s variadas Tyvek

DESEMPENHO: A CADA
NOVA CONFIGURAÇÃO
INTRODUZIDA Manta de Papel
SMS crepado
TIPOS DE
EMBALAGENS

• TECIDO DE ALGODÃO;
• SMS;
• PAPEL CREPADO.
TIPOS DE
EMBALAGENS
Papel grau cirúrgico
• Permeável ao agente
esterilizante e impermeável
aos microrganismos;
• Pode se apresentar com duas
faces de papel ou uma de
papel e a outra de filme
transparente;
• Esterilização à vapor (30
dias) e Óxido de Etileno.
TIPOS DE
EMBALAGENS

TyveK
• Constituída de poliolefinas
expandidas e mylar
(polietileno em tripla camada)
• Não contém celulose ( não
absorve o peróxido de
hidrogênio)
• Recomendado para o plasma
de peróxido de hidrogênio (01
ano)
Existem várias formas de realizar a esterilização.
PROCESSO DE
ESTERILIZAÇÃO

Porém, a decisão de qual processo utilizar deve ser


baseada no tipo de material e no risco de
contaminação.

Cada estabelecimento deve verificar qual método é o


mais adequado para cada procedimento (desinfecção de
nível baixo, médio ou alto, ou esterilização), de acordo
com o seu produto, garantindo a eliminação da maior
quantidade de micro-organismos.
ESTERILIZAÇÃO

Métodos físicos Métodos químicos

Calor
úmido (autoclavagem, Ácido Peracético
fervura e pasteurização)

Calor seco (estufa, Peróxido de


flambagem e hidrogênio (água
incineração) oxigenada)

Filtração Formaldeído

 Para a escolha do melhor método,


Radiação ionizante Glutaraldeído
deve-se levar em consideração,
além da compatibilidade do
material, a efetividade, toxicidade,
facilidade de uso, custos, entre
Óxido de Etileno (ETO)
outros.
MÉTODOS FÍSICOS DE ESTERILIZAÇÃO

Calor úmido (autoclavagem, fervura e pasteurização): provoca a desnaturação e


coagulação das proteínas e fluidificação dos lipídeos.

Não pode ser utilizado em materiais termossensíveis, nem para materiais que oxidam
com água.

A autoclavagem é muito utilizada nos vários setores de serviços da saúde por ser de
custo acessível e de fácil utilização.

Além disso, consegue esterilizar uma infinidade de materiais, inclusive tecidos e


soluções.
PASTEURIZAÇÃO: Desnaturação das proteínas
MÉTODOS FÍSICOS usado no tratamento do leite, cremes e certas
DE ESTERILIZAÇÃO bebidas alcoólicas( cerveja e vinho).

Tratamento de calor para o leite com exposição a


uma temperatura de cerca de 63ºC por 30 min.

A pasteurização atual usa temperaturas maiores,


no mínimo 72ºC, mas apenas 15 segundos .
MÉTODOS FÍSICOS Pateurização de alta temperatura e curto prazo( high-
DE ESTERILIZAÇÃO temperature, short-time,HTST).

Mata os patógenos e diminui as contagens bacterianas


totais, assim o leite se conserva bem sob refrigeração.

O leite pode ser esterilizado por tratamento de


temperatura ultra –elevada(ultra-high temperature,
UHT), para que possa ser armazenado sem refrigeração.
Fervura : Atua desnaturando as proteínas;
MÉTODOS FÍSICOS
DE ESTERILIZAÇÃO
Mata os patógenos bacterianos vegetativos e
fungos, e quase todos os vírus, dentro de 10 min.

Menos efetivo em endosporos.

Utilizado para utensílios como pratos, talheres,


jarras e alguns equipamentos
MÉTODOS FÍSICOS DE ESTERILIZAÇÃO

A esterilização por calor


úmido é efetuada em
Autoclavação: É um dos autoclaves, que consiste
métodos mais eficazes de numa câmara com vapor de
destruição de água saturado à pressão de 01
microrganismos. atm acima da pressão
atmosférica de ebulição da
água.
MÉTODOS FÍSICOS
DE ESTERILIZAÇÃO

Processos físicos
Esterilização por vapor saturado
sob pressão

Vapor: (esporos necessitam de


calor e umidade)
temperatura e pressão 121ºC a
134ºC e o tempo (15 a 30
minutos)
MÉTODOS FÍSICOS Normalmente usa-se 121ºC a 01 atm durante 15 min.
DE ESTERILIZAÇÃO

De modo a assegurar a morte de todas as formas de


vida bacteriana, incluindo a dos endósporos bacterianos
mais resistentes ao calor.

O método de autoclavação pode ser utilizado em


diversas situações: esterilizar roupas, instrumentos
médicos, odontológicos, cirúrgicos e materiais
reutilizáveis.
MÉTODOS FÍSICOS Esterilizar meios de culturas, soluções e reagentes
DE ESTERILIZAÇÃO que não contenham compostos termolábeis.

Descontaminação por autoclavação de roupas,


instrumentos médicos, cirúrgicos, diversos
materiais reutilizáveis ou descartáveis
potencialmente contaminados com microrganismos
viáveis deve ocorrer antes de serem higienizados e
descontaminação de Resíduos de Serviços de Saúde
antes de serem descartados para seu destino final.
MÉTODOS FÍSICOS Quanto maior a pressão na autoclave maior
DE ESTERILIZAÇÃO a temperatura .

Materiais sólidos e grandes requerem tempo


extra para alcançar a temperatura adequada,
pois, não desenvolvem correntes de
convecção eficientes como ocorrem nos
líquidos.
MÉTODOS FÍSICOS DE ESTERILIZAÇÃO

Esterilizar vidros secos, Uso de papel alumínio


curativos e similares deve ser evitado no
deve-se ter cuidado para preparo de materiais que
assegurar que o vapor serão esterilizados, uma
entre em contato com vez, que os mesmos são
todas as superfícies. imunes ao vapor.
PROCESSO FÍSICO-
AUTOCLAVE

• É altamente eficiente pelo seu


poder de penetração realizado
por autoclaves.
• O vapor saturado, ou seja, de
temperatura equivalente ao
ponto de ebulição da água, na
pressão atmosférica de 1 a
1.8, é o meio de esterilização
mais econômico para
materiais termo resistentes.
Mecanismo de ação:

• O processo baseia-se na transformação de água em vapor, sob a mesma temperatura.


• A atividade de esterilização tem como princípio de morte celular a termo coagulação das proteínas
bacterianas, através do calor, de modo que o MO perde suas funções vitais e morre.

Embalagens:

• algodão cru, papel grau cirúrgico, não tecido, papel crepado caixa metálica perfurada e Kraft.
Dispor os pacotes de modo vertical, para facilitar a entrada, circulação do vapor, bem como a
eliminação do ar.

Temperatura indicada:

• 121 a 132° C

Tempo de exposição:

• de acordo com a natureza do material (15 a 30 min.); 15 min. para materiais mais sensíveis ao calor
como luvas, extensões de borracha, entre outros e 30 min. para materiais mais resistentes ao calor
como instrumentais, vidros, roupas, entre outros.
MÉTODOS FÍSICOS DE ESTERILIZAÇÃO

Calor seco (estufa, flambagem e incineração): provoca a oxidação dos


constituintes celulares orgânicos.

Penetra nas substâncias de uma forma mais lenta que o calor úmido e por
isso exige temperaturas mais elevadas e tempos mais longos.

Não pode ser utilizado para materiais termossensíveis.


MÉTODOS FÍSICOS DE ESTERILIZAÇÃO

Chama direta:
Incineração: queima
queima os
até se tornarem
contaminantes até se
cinzas.
tornarem cinzas.

Método muito efetivo de


esterilização para copos de
papel, curativos contaminados,
Método efetivo de esterilização
carcaça de animais, sacos, panos
para alças de laboratórios.
de limpeza como outros
resíduos de laboratório com ou
sem descontaminação prévia.
MÉTODOS FÍSICOS DE ESTERILIZAÇÃO

Esterilização com ar quente(Fornos de Pasteur): Método muito efetivo de esterilização, mas


requer temperaturas elevadas e tempo excessivo (170ºC – 2 horas).

Atua através da oxidação

Usado para vidros vazios, instrumentos, agulhas e seringas de vidro.


MÉTODOS FÍSICOS
DE ESTERILIZAÇÃO
Calor seco (estufa) – Não recomendável
• Caiu em desuso, pois as pesquisas colocam
em dúvida a sua efetividade.
• O processo de esterilização ocorre com o
aquecimento dos artigos por irradiação do
calor das paredes laterais e base da estufa,
com conseqüente destruição dos
microorganimospor desidratação das
células.
• O calor seco tem baixo poder de
penetração, pois se faz de forma irregular e
vagarosa, necessitando de longos ciclos de
exposição.
Materiais:

• Termo resistente, como: instrumentais, materiais inoxidáveis, óleos e pós.

Embalagem:

• Caixa de aço inoxidável de paredes finas ou de alumínio. Lacrar as caixas com fita de
indicador químico.

Temperatura e tempo de exposição:

• Varia de acordo com o tipo de material e com a validação especifica. Para instrumentais
recomenda-se 205° C por 120 min. E para óleos e pós 160° C por 120 min.

Cuidados recomendados:

• Evitar o centro da estufa (pontos frios), deixar espaço entre as caixas e não encostá-las
na parede.
MÉTODOS FÍSICOS DE ESTERILIZAÇÃO

Filtração

É a passagem de um A filtração é usada para


líquido ou gás através de esterilizar os materiais
um material semelhante a sensíveis ao calor, como
uma tela, com poros alguns meios de cultura,
pequenos o suficiente para enzimas, vacinas e
reter os microrganismos. soluções antibióticas.
MÉTODOS FÍSICOS DE ESTERILIZAÇÃO

Filtros de membrana
Filtros HEPA (high
compostos de substâncias
efficiency particulate air)
como ésteres de celulose
removem quase todos os
ou polímeros plásticos,
microrganismos maiores
tornaram-se populares para
que cerca de 0,3
uso industrial e
micrometros de diâmetros.
laboratorial.
MÉTODOS FÍSICOS DE ESTERILIZAÇÃO

Filtração

É a passagem de um A filtração é usada para


líquido ou gás através de esterilizar os materiais
um material semelhante a sensíveis ao calor, como
uma tela, com poros alguns meios de cultura,
pequenos o suficiente para enzimas, vacinas e
reter os microrganismos. soluções antibióticas.
MÉTODOS FÍSICOS DE ESTERILIZAÇÃO

Radiação ionizante: destrói o DNA formando radicais super-reativos (superóxidos),


matando ou inativando os micro-organismos (quando são incapazes de se reproduzir).

Muitos materiais são compatíveis com esse tipo de esterilização, pois não há aumento da
temperatura nesse processo.

Caso dos materiais termossensíveis e tecidos biológicos para transplantes.

Apesar de parecer, a radiação não é transmitida para os produtos processados.

É um processo livre de resíduos e ecológico, pois não gera emissões tóxicas ou resíduos,
além de não causar impactos na qualidade do ar ou da água.
MÉTODOS FÍSICOS DE ESTERILIZAÇÃO

Radiação Ionizantes
: não disseminados na
esterilização de
rotina.

Usados para
Atuam destruindo o
esterilizar produtos
DNA por raios gama
farmacêuticos e
e feixes de elétrons de
suprimentos médicos
alta energia.
e dentários.
MÉTODOS FÍSICOS DE ESTERILIZAÇÃO

Não Ionizante:
radiação não muito
penetrante.

Atuação ocorre
Usado para controle lesando o DNA pela
de ambiente luz UV com
fechado. lâmpada
UV( germicida).
 Destacaremos dois tipos delas:
MÉTODOS FÍSICOS
DE ESTERILIZAÇÃO
 Radiação Gama: a energia é gerada por
fontes de Cobalto 60.
 Esse processo tem alto poder de
penetração, permitindo que os produtos
sejam esterilizados já na embalagem final,
sem necessidade de manipulação.
MÉTODOS FÍSICOS DE ESTERILIZAÇÃO

 E-beam (feixe de elétrons): utilizado preferencialmente para o processamento de


produtos de alto volume/baixa densidade, como seringas médicas, ou produtos de
baixo volume/alto valor, como dispositivos cardiotorácicos.
 Além disso, pode ser utilizado para produtos biológicos e tecidos.
 Podem ser esterilizados na embalagem final, pois a radiação E-beam também possui
alto poder de penetração.
 A grande vantagem desse tipo de radioesterilização é que necessita menor tempo de
exposição, evitando rompimentos e efeitos de envelhecimento a longo prazo que
podem acontecer com polipropileno quando submetido à radiação prolongada.
Radiação não-ionizante (luz UV): altera a
replicação do DNA no momento da
MÉTODOS FÍSICOS
reprodução.
DE ESTERILIZAÇÃO
Muito utilizado em lâmpadas germicidas
encontradas em centros cirúrgicos,
enfermarias, berçários, capelas de fluxo
laminar.
Tem como desvantagens: baixo poder de
penetração e efeitos deletérios sobre a pele
e olhos, causando queimaduras graves.
MÉTODOS
QUÍMICOS DE
ESTERILIZAÇÃO
Dentre os métodos químicos, alguns
deles podem ser utilizados tanto para
desinfectar como para esterilizar,
dependendo do tempo de exposição e
concentração do agente.
Os mais utilizados para produtos laboratoriais e
MÉTODOS hospitalares são:
QUÍMICOS DE
ESTERILIZAÇÃO Ácido Peracético: tem ação rápida, baixa
toxicidade e é biodegradável. Porém, danifica
metais.
Uma grande vantagem é ser efetivo mesmo na
presença de matéria orgânica (ou seja, os materiais
não precisam ser previamente limpos).
Em compensação, os materiais devem ser utilizados
imediatamente após a esterilização por esse método,
por isso não é muito utilizado.
MÉTODOS QUÍMICOS DE ESTERILIZAÇÃO

Peróxido de
hidrogênio (água Sua ação é mais eficaz em
oxigenada): em capilares hemodializadores e
concentração de 3% e 6% lentes de contato, mas esse
tem ação rápida, é processo não é muito
biodegradável e atóxico, mas utilizado.
tem alta ação corrosiva.
Formaldeído: pode ser utilizado na forma
MÉTODOS gasosa e líquida e, para ter ação esporicida,
QUÍMICOS DE necessita de um longo tempo de exposição.
ESTERILIZAÇÃO
É indicado para cateteres, drenos e tubos,
laparoscópios, artroscópios e
ventriloscópios, enxertos de acrílico.

Por ser carcinogênico e irritante das


mucosas, seu uso está mais restrito.
MÉTODOS QUÍMICOS DE ESTERILIZAÇÃO

Glutaraldeído: líquido com potente ação biocida e pode ser utilizado em materiais


termossensíveis, mas necessita de um longo tempo de exposição para ser esporicida.

É muito utilizado por ter baixo custo e baixo poder corrosivo, porém é irritante das
vias aéreas; pode causar queimaduras na pele, membrana e mucosas; e materiais
porosos podem reter o produto.

Enxertos de acrílico, cateteres, drenos e tubos de poliestireno são os materiais


rotineiramente esterilizados por esse processo.
MÉTODOS QUÍMICOS DE ESTERILIZAÇÃO

 Óxido de Etileno (ETO): é um gás vastamente utilizado na esterilização de materiais


laboratoriais e hospitalares de uso único por causa do seu bom custo/benefício.
 Sua ação se dá pela reação com uma proteína no núcleo da célula, impedindo a
reprodução.
 Todos os produtos devem ser colocados em embalagens permeáveis a gases para
permitir que o ETO penetre.
 Seu uso não danifica os materiais e pode ser utilizado em vários tipos de materiais,
inclusive os termossensíveis.
 Contudo, ele é altamente tóxico, carcinogênico e teratogênico.
CONTROLE DO
PROCESSO DE
ESTERILIZAÇÃO:
MONITORAMENTO
FÍSICO, QUÍMICO E
BIOLÓGICO.

Profa. Me. Ercilia Ramalho


Conferir segurança ao processo
MONITORAR A
ESTERILIZAÇÃO...

Reduzir taxas de infecção do sitio


cirúrgico

Agregar credibilidade à Instituição


 CME – garantir que os requisitos necessários para a utilização do material
no paciente, sejam cumpridos, controlados e documentados.

 “ O controle da esterilização envolve todos os métodos de monitoração


física, química e biológica, requerendo documentação sistemática de sua
aplicação, tanto para assegurar a eficácia da esterilização utilizada no
serviço quanto para documentar as etapas do processo. Consiste na
observação sistematizada, detalhada e documentada de todas as rotinas e
procedimentos relativos ao processamento de artigos.”

SOBECC, 2007. 4ª edição.


INDICADOR QUÍMICO
ANSI/AAMI ST 79:2006/A1:2008

 Dispositivos usados para monitorar a presença ou o alcance de um ou mais


parâmetros requeridos para um processo de esterilização satisfatório ou para uso em
testes específicos de equipamentos de esterilização.
 Classe 1 – Indicador de Processo
 Classe 2 – Teste de Bowie & Dick
 Classe 3 – Indicador Único Parâmetro
 Classe 4 – Indicador Multi parâmetro
 Classe 5 – Indicadores Integradores
 Classe 6 – Indicadores Emuladores
ROTINA DE MONITORIZAÇÃO
 Ciclo padrão para aquecimento
 Ciclo específico com pacote pronto Bowie&Dick
 Registros de Temperatura, Tempo e Pressão – impressora
 1º ciclo com carga com IB e IQ em pacote desafio
 IQ nas cargas subsequentes em pacote desafio
 IQ dentro de todos os pacotes críticos
 IB em todas as cargas contendo implantes
 Indicador de processo em todos os pacotes
 Manutenção preventiva semanal
 Registro dos resultados dos indicadores em impresso próprio.
Ambiente: Limpo, arejado, seco e restrito à equipe do setor.

CONDIÇÕES DE
Invólucro - permanecer íntegro e ser pouco manuseado para
ESTOCAGEM
evitar que os pacotes rasguem ou solte o lacre;

Estocado em armários fechados com prateleiras e de acordo


com a data de vencimento da esterilização;

A validade de esterilização vincula-se ao risco de


recontaminação, tipo e configuração do material de
embalagem, número de vezes que é manipulado antes do uso;
Estocar separadamente dos não estéreis para reduzir o nível de
contaminantes externos.
Obrigada!

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