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Nome: Francisca Matos Lima Araújo

Complemento

O sistema complemento é um mecanismo de defesa do sistema imunológico contra uma


variedade de células patológicas, evita danos autoimunes, removendo deste modo complexos
e eliminando células que sofram apoptose. (Frontiers | Complement System Part I – Molecular
Mechanisms of Activation and Regulation, sem data; Merle et al., 2015).
Para além disso descobriu-se que o complemento coordena as respostas imunes inatas e
adaptativas, a manutenção da homeostase do homeostasia do ser vivo e na angiogénese.
No complemento a sua ativação ocorre através de 1 das 3 vias distintas, a via clássica, via
lectina e via alternativa. O início destas vias é distinto entre elas, no entanto convergem na
etapa da clivagem e ativação de C3 levando assim a uma possível via terminal comum e à
geração de enzimas convertase C3 e C5 que aumentam a cascata de ativação. (Dunkelberger &
Song, 2010)
Falando mais em concreto de cada uma das vias de ativação do sistema complemento e
começando pela via alternativa sabe-se que esta é iniciada pela conversão de C3 para C3 ativo
que juntamente com o fator B ativo, vai formar a convertase C3 alternativa que por sua vez vai
estimular a clivagem de C3 em loop de feedback positivo. A via clássica por sua vez é ativada
por anticorpos (IgM/ IgG) formando através da ativação de C2 e C4 a C3 convertase clássica.
Por último temos a via lectina, esta é iniciada pela ligação de MBL a estruturas de açúcar
havendo de seguida a ativação de C2 e C4 por MASP1/ MASP2, originando a lectina C3
convertase. (Wouters & Zeerleder, 2015)
O complemento através das suas vias de ativação tem um procedimento que deve realizar,
segundo os erros que está a detetar no organismo. No entanto, o sistema nem sempre
apresenta um bom funcionamento seja por atividade insuficiente ou excessiva, podendo estes
erros estar relacionados a diversas patologias.(Dragon-Durey et al., 2013)
Com o passar dos anos foi se aprofundando cada vez mais o estudo sobre o sistema
complemento, com estes conseguiu-se descubrir que o complemento para além de funcionar
no meio extracelular, também trabalha no meio intracelular ativo, denominado complossoma.
(Liszewski et al., 2013) Este foi descoberto através do aparecimento das proteínas C3 e C5, no
espaço intracelulares das células T, onde é necessário o complossoma para a expressão de
transportadores de nutrientes. (Kolev et al., 2015)
Com o avançar do tempo foi-se identificando este clopossoma numa diversidade de
populações de células, incluindo células T, monócitos, macrófagos, neutrófilos, células
tumorais, células epiteliais e outras células imunes e não imunes. (Xiao et al., 2023), (Lubbers
et al., 2017), (Hansen et al., 2019), (Liszewski & Kemper, 2019), (Kunz & Kemper, 2021)
Bibliografia:
Dragon-Durey, M.-A., Blanc, C., Marinozzi, M. C., van Schaarenburg, R. A., & Trouw, L. A. (2013).

Autoantibodies against complement components and functional consequences. Molecular

Immunology, 56(3), 213–221. https://doi.org/10.1016/j.molimm.2013.05.009

Dunkelberger, J. R., & Song, W.-C. (2010). Complement and its role in innate and adaptive immune

responses. Cell Research, 20(1), 34–50. https://doi.org/10.1038/cr.2009.139

Frontiers | Complement System Part I – Molecular Mechanisms of Activation and Regulation. (sem data).

Obtido 30 de março de 2023, de

https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fimmu.2015.00262/full

Hansen, C. B., Willer, A., Bayarri-Olmos, R., Kemper, C., & Garred, P. (2019). Expression of complement

C3, C5, C3aR and C5aR1 genes in resting and activated CD4+ T cells. Immunobiology, 224(2),

307–315. https://doi.org/10.1016/j.imbio.2018.12.004

Kolev, M., Dimeloe, S., Le Friec, G., Navarini, A., Arbore, G., Povoleri, G. A., Fischer, M., Belle, R., Loeliger,

J., Develioglu, L., Bantug, G. R., Watson, J., Couzi, L., Afzali, B., Lavender, P., Hess, C., & Kemper,

C. (2015). Complement Regulates Nutrient Influx and Metabolic Reprogramming during Th1

Cell Responses. Immunity, 42(6), 1033–1047. https://doi.org/10.1016/j.immuni.2015.05.024

Kunz, N., & Kemper, C. (2021). Complement Has Brains—Do Intracellular Complement and

Immunometabolism Cooperate in Tissue Homeostasis and Behavior? Frontiers in Immunology,

12. https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fimmu.2021.629986

Liszewski, M. K., & Kemper, C. (2019). Complement in Motion: The Evolution of CD46 from a

Complement Regulator to an Orchestrator of Normal Cell Physiology. The Journal of

Immunology, 203(1), 3–5. https://doi.org/10.4049/jimmunol.1900527

Liszewski, M. K., Kolev, M., Le Friec, G., Leung, M., Bertram, P. G., Fara, A. F., Subias, M., Pickering, M. C.,

Drouet, C., Meri, S., Arstila, T. P., Pekkarinen, P. T., Ma, M., Cope, A., Reinheckel, T., Rodriguez

de Cordoba, S., Afzali, B., Atkinson, J. P., & Kemper, C. (2013). Intracellular complement

activation sustains T cell homeostasis and mediates effector differentiation. Immunity, 39(6),

1143–1157. https://doi.org/10.1016/j.immuni.2013.10.018

Lubbers, R., van Essen, M. F., van Kooten, C., & Trouw, L. A. (2017). Production of complement

components by cells of the immune system. Clinical and Experimental Immunology, 188(2),

183–194. https://doi.org/10.1111/cei.12952
Merle, N. S., Noe, R., Halbwachs-Mecarelli, L., Fremeaux-Bacchi, V., & Roumenina, L. T. (2015).

Complement System Part II: Role in Immunity. Frontiers in Immunology, 6.

https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fimmu.2015.00257

Wouters, D., & Zeerleder, S. (2015). Complement inhibitors to treat IgM-mediated autoimmune

hemolysis. Haematologica, 100(11), 1388–1395.

https://doi.org/10.3324/haematol.2015.128538

Xiao, F., Guo, J., Tomlinson, S., Yuan, G., & He, S. (2023). The role of the complosome in health and

disease. Frontiers in Immunology, 14, 1146167. https://doi.org/10.3389/fimmu.2023.1146167

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