Você está na página 1de 9

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE

CAMPUS FLORESTA
CENTRO MULTIDISCIPLINAR
LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA, IMUNOLOGIA E PARASITOLOGIA

MATEUS PINHEIRO DE OLIVEIRA

JOACIR LUIZ PEREIRA GOMES

RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA VIRTUAL

CÉLULAS DO SISTEMA IMUNOLÓGICO: IDENTIFICAÇÃO E


CARACTERIZAÇÃO

CRUZEIRO DO SUL – AC
JANEIRO/2023
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE
CAMPUS FLORESTA
CENTRO MULTIDISCIPLINAR
LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA, IMUNOLOGIA E PARASITOLOGIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE
CAMPUS FLORESTA
CENTRO MULTIDISCIPLINAR
LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA, IMUNOLOGIA E PARASITOLOGIA

INTRODUÇÃO
O sistema imunológico é composto por diferentes células encontradas como
elementos circulantes no sangue e na linfa, como agregados nos órgãos
linfoides e, também, espalhadas em diferentes tecidos.

As principais células do sistema imunológico são os leucócitos, divididos de


acordo com a presença ou ausência de grânulos citoplasmáticos visíveis em
granulócitos e agranulócitos, respectivamente. Os granulócitos também são
conhecidos por apresentarem morfologia nuclear diferenciada. O uso de alguns
corantes divide os granulócitos em basófilos, eosinófilos e neutrófilos. Os
linfócitos e monócitos são agranulócitos e por apresentarem núcleo sem
segmentações são denominadas células mononucleares. A contagem total e
diferencial de leucócitos no sangue faz parte do hemograma completo e pode
auxiliar no diagnóstico de diferentes doenças.

A organização anatômica destas células e sua habilidade em circular e trocar


entre sangue, linfa e tecidos são de importância crucial para a geração de
respostas imunes. O sistema imune enfrenta numerosos desafios para gerar
respostas protetoras efetivas contra patógenos infecciosos. Primeiro, o sistema
deve ser capaz de responder rapidamente a pequeno número de muitos
microrganismos diferentes que podem ser introduzidos em qualquer local do
corpo. Segundo, na resposta imune adaptativa, muito poucos linfócitos
imaturos reconhecem especificamente e respondem a qualquer antígeno.
Terceiro, os mecanismos efetores do sistema imune adaptativo (anticorpos e
células T efetoras) podem ter que localizar e destruir células que servem a
papéis especializados nas respostas imunes inata e adaptativa incluem
fagócitos, células dendríticas, linfócitos específicos para antígeno e vários
outros leucócitos que agem para eliminar os antígenos.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE
CAMPUS FLORESTA
CENTRO MULTIDISCIPLINAR
LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA, IMUNOLOGIA E PARASITOLOGIA

OBJETIVOS
• Identificar as células sanguíneas;

• Identificar os leucócitos por seus aspectos morfológicos;

• Visualizar células que atuam no sistema imune.

MATERIAIS E MÉTODOS
Foram utilizados nessa prática os seguintes materiais:
• Lâmina;

• Micropipeta;

• Água deionizada;

• Alíquota de sangue;

• Fixador;

• Corantes ácidos e básicos;

• Microscópio.

As lâminas de esfregaço foram preparadas com uma pequena alíquota de


sangue que foi distendida. Após a secagem da amostra distendida para ajudar
na fixação das células à superfície da lâmina, providenciou-se a coloração para
diferenciação e visualização das diferentes células.

Comumente utiliza-se um conjunto Panótico contendo fixador, corante ácido e


corante básico. Foram utilizados três corantes, onde foram feitas cinco
imersões da lâmina no corante 1 em um movimento contínuo de cima para
baixo, e assim sucessivamente em todos os corantes. Após isso a lâmina foi
lavada com água deionizada recente para retirar o excesso de corante. Logo
após, levada para secar ao ar na vertical com o final da extensão para cima.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE
CAMPUS FLORESTA
CENTRO MULTIDISCIPLINAR
LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA, IMUNOLOGIA E PARASITOLOGIA

Por fim, foi utilizado o microscópio da Universidade federal do acre para a


visualização de alguns leucócitos.

Iniciamos a observação com a lente 10x, para facilitar a pesquisa das células.
Continuamos o aumento das lentes gradativamente até de 40x para realizar a
caracterização das células sanguíneas.

RESULTADOS: Observamos a lâmina através do microscópio e encontramos


resultados desejados e que gostaríamos. Foi possível ver hemácias em grande
quantidade em derredor de três tipos de leucócitos: Monócitos, Linfócitos e
Neutrófilos (jovens e maduros).

● Neutrófilo
Os neutrófilos representam 60 a 70% dos leucócitos, realizam
fagocitose, especialmente nos estágios iniciais da infecção. Apresentam
núcleo na forma de bastão (células mais jovens) ou com vários
segmentos (células mais maduras).

Figura 1. Neutrófilo bastonete (núcleo azulado)


UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE
CAMPUS FLORESTA
CENTRO MULTIDISCIPLINAR
LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA, IMUNOLOGIA E PARASITOLOGIA

Figura 2. Neutrófilo segmentado ( núcleo azulado).

 Monócitos
Os monócitos apresentam-se ao microscópio de luz como células volumosas,
maiores que os neutrófilos, constituindo 3 a 8% dos leucócitos. Não possuem
uma definição na forma do núcleo e da própria célula. Quando migram do sangue
para os tecidos, os monócitos se diferenciam em macrófagos.

Figura 3. Monócito (núcleo arroxeado com citoplasma rosado )


UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE
CAMPUS FLORESTA
CENTRO MULTIDISCIPLINAR
LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA, IMUNOLOGIA E PARASITOLOGIA

Figura 4. Linfócito (núcleo grande com pouco citoplasma).

 Linfócitos

As células que se diferenciam na via linfocitária são conhecidas como linfócitos.


Os linfócitos podem se diferenciar em umas das distintas vias. Os linfócitos B ou
as células B se localizam na médula óssea e são capazes de sintetizar moléculas
de imunoglobulinas. Na verdade as células B e sua progenia mais diferenciada,
os plasmócitos, são as únicas células capazes de sintetizar imunoglobulinas.
Outras céulas da linhagem linfóide que se originam na médula óssea migram, se
diferenciam e são selecionadas dentro do ambiente do timo. Aquelas células
(timócitos) que deixam o timo são conhecidos como linfócitos derivada do timo o
linfócito T (células T).

Ao total foi encontrado 1 Monócito, 5 Linfócitos e 4 Neutrófilos, totalizando um


total de 10 leucócitos encontrados na lâmina amostral.

CONCLUSÃO
A organização anatômica das células e tecidos do sistema imune é importante
para a geração de respostas imune inata e adaptativa efetivas. Esta
organização permite a rápida distribuição das células imunes inatas, incluindo
neutrófilos, monócitos e linfócitos para os locais de infecção e possibilidade que
um pequeno número de linfócitos específicos para qualquer antígeno localize e
responda.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE
CAMPUS FLORESTA
CENTRO MULTIDISCIPLINAR
LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA, IMUNOLOGIA E PARASITOLOGIA

Através da visualização da lâmina pelo microscópio da Ufac conseguimos


observar hemácias, leucócitos que foram o objetivo do nosso estudo, além
também podermos ter conseguido identificar e diferenciar elas para o
nosso conhecimento acadêmico.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Imunologia celular e molecular / Abul K. Abbas, Andr. Baker, Alexandra Baker ;


[tradução de Tatiana Ferreira Robaina … et al]. - 8. ed. - Rio de Janeiro :
Elsevier, 2015 Morfologia dos eritrócitos. Alessandra Barone.

DOAN, Thao et al. Imunologia Ilustrada. Artmed EDITORA, 2008.


UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE
CAMPUS FLORESTA
CENTRO MULTIDISCIPLIANR
LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA, IMUNOLOGIA E PARASITOLOGIA
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
1. Qual a função dos grânulos presentes nos granulócitos?
Os grânulos podem conter vários mediadores inflamatórios e
antimicrobianos, possuem enzimas e outras substâncias que podem destruir
micróbios, como as bactérias, além de servirem como reserva energética ou
reserva de constituintes estruturais.
2. É possível distinguir células NK dos linfócitos através dos
procedimentos realizados nesta aula prática? Em caso negativo, como
isso poderia ser realizado? Morfologicamente não podemos distinguir na
microscopia ótica comum os linfócitos B dos linfócitos T e célula NK. Para
realizar essa distinção existe uma técnica chamada Imunofenotipagem por
Citometria de Fluxo. Esta técnica permite a identificação de células
específicas através da análise da presença ou ausência de antígenos que
podem estar expressos tanto na superfície quanto no interior dessa célula.
3. Qual célula leucocitária é encontrada em maior quantidade durante as
infecções helmínticas? Justifique objetivamente.
A célula leucocitária encontrada em maior quantidade durante as infecções
helmínticas são os basófilos, pois estes são células efetoras do sistema
imune inato que está associado a reações alérgicas e infecções por parasitas
helmintos.
4. O perfil de leucócitos pode variar quando temos uma infecção viral ou
bacteriana. Respectivamente, qual a alteração nos níveis e tipos
celulares de leucócitos pode ser verificada em cada uma das infecções
indicadas?
Respectivamente, como o perfil dos leucócitos pode variar, nas alterações
em infecções bacterianas têm-se leucocitose com neutrofilia, algumas vezes
com desvio à esquerda e, em infecções virais, poderemos ter linfocitose,
eventualmente linfopenia e presença de linfócitos atípicos.

Você também pode gostar