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DISCIPLINA DE PATOLOGIA

MÉTODOS DE ESTUDO EM
PATOLOGIA

Prof. Luis Ricardo Peroza


1) ESTUDO MORFOLÓGICO -

 Os estudos morfológicos são aqueles em que a estrutura cellular/tecidual é


analisada.
 Exames citológicos
• Diagnóstico principalmente de neoplasias malignas e suas lesões
precursoras (ex:. Exame colpocitológico).
• Também são úteis na detecção de agentes infecciosos e parasitários.

• Material para análise:

1- Raspados de pele ou de mucosas; 2- Secreções 3- Líquidos; 4- Punção


aspirativa (lesões nodulares de diversos órgãos: tireóide, mama, linfonodos,
etc.)

O exame citológico procura dar


informações adicionais (ex.: achado
de microrganismo) ou, quando
positivo para câncer, seu tipo
citológico.
Coleta deve ser realizada na margem
de transição entre a úlcera e o tecido
adjacente

Coleta superficial pode conter


somente material necrótico-
inflamatório.

Suspeita de
micose
1) ESTUDO MORFOLÓGICO -

 Devemos saber como proceder com diferentes tipos de amostras


celulares.
 Ex. 1: Secreções ricas em muco (escarro ou material do tubo
gastrointestinal) ou em proteínas (líquidos serosos): Podem ser
guardados em geladeira até por 1 dia antes de enviar ao laboratório.
 Ex. 2: Líquidos pobres em proteínas ou em muco (líquor, urina,
etc.): Só podem ser mantidos em geladeira por poucas horas.
1) ESTUDO MORFOLÓGICO -
 Exames Anatomopatológicos - geralmente análise de tecido pós
biópsia.
❑ Biópsias: Feitas para diagnóstico e/ou tratamento, são de dois tipos
principais:
1) Ablativas ou excisionais: retirada de toda a lesão.
2) Incisionais: Retirada apenas de parte da lesão, para diagnóstico.
• Tipos particulares de biópsia diagnóstica: Curetagem, biópsias
endoscópicas, etc.

Lesão ulcerada
1) ESTUDO MORFOLÓGICO -

❑ Peças cirúrgicas: provenientes de procedimentos para tratamentos


cirúrgicos de diversas doenças, inclusive neoplásicas. Podem ser
simples ou compostas.
▪ O fixador universal é o formaldeído a 4% (ou formol bruto a 10%).
• Todo material para exame citológico ou anatomopatológico deve ser
acompanhado de requisição conténdo:

-Dados do paciente
-Informes clínicos
-Resultados de exames complementares
-Hipóteses diagnósticas
1) ESTUDO MORFOLÓGICO -
▪ No laboratório:

o Á peça é submetida à exame macroscópico;


o Desidratação gradativa em alcoóis;
o Xilol (clareamento);
o Inclusão em parafina;
o Cortes do fragmento com o micrótomo;
o Cortes desparafinizados e corados;
o Corante universal: Hematoxilina-eosina;
2) IMUNO-HISTOQUÍMICA (IH)
 É o método que utiliza anticorpos específicos para detecção
de antígenos presentes em células e tecidos.
 O produto da reação (antígeno-anticorpo) é examinado em
microscópio em preparados citológicos, em cortes
histológicos.
 Além de antígenos celulares e teciduais presentes em
amostras biológicas, a IH é utilizada para identificar
elementos estranhos como microrganismos (fungos, vírus,
bactérias, etc.).
 É essencialmente qualitativa.
 Para o reconhecimento, os anticorpos devem estar marcados
com algum produto (sobstâncias fluorescentes ou enzimas).

I. Fluorescência – o anticorpo possui uma


fluorescência [produz luz quando se liga ao antígeno].
I. Enzimática – o anticorpo possui uma enzima
[produz cor quando se liga ao antígeno].
2) IMUNO-HISTOQUÍMICA (IH)
APLICAÇÕES

o Diagnóstico de agentes infecciosos.


o Classificação precisa de neoplasias: Ex.: Pesquisas de receptores para
hormônios nas neoplasias (ex.: pesquisa de HER2 no câncer de mama).
3) CULTURA CELULAR

 Consite na manutenção e na multiplicação in vitro de células


vivas.
 São mantidas em recipientes apropriados, em suspensão ou
aderidas a uma superfície, ficando banhadas por um meio de
cultura conténdo componentes variados: Aminoácidos,
vitaminas, sais, etc., e em geral, complementados com soro
(bovino, fetal, humano, etc.).

Fatores de crescimento, hormônios


(insulina, h. do crescimento, etc. ).
3) CULTURA CELULAR

o Manuseio em Cabine de Fluxo Laminar


o Frascos com as células devem ser mantidos em estuda de CO2.
o Meio de cultura deve ser trocado frequentemente: Remoção de
produtos do metabolismo celular
3) CULTURA CELULAR
APLICAÇÕES
 Tipo único celular, de composição conhecida, sem outros tipos
celulares e participação de fatores externos.
 Porém as informações obtidas devem ser interpretadas com a
devida reserva.
 A principal utilidade consiste em analisar o metabolismo e o
comportamento celular.
 Importantes na virologia.
 Produção de anticorpos.
5) MORFOMETRIA

+/++/+++ Análise
semiquantitativa de
inflamação

Soffwares capazes de
medir e quantificar as
células, possibilitando
análise quantitativa.
6) REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE (PCR)

o A técnica baseia-se na amplificação de sequências específicas de


DNA, se repetindo em inúmeros ciclos.

Ao final de uma reação, com 35 ciclos de


amplificação e cerca de 2 horas de duração, uma
única molécula de DNA dá origem a 10 bilhões
de cópias, permitindo sua visualização e
manipulação.

Termociclador
Eletroforese em gel de agarose

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