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Micoses: que são processos infecciosos fúngicos com quadros patológicos (Figura 2);
Alergias: que são reações imunológicas do tipo imediato, pelo contato ou inalação de fungos;
Os fungos patogênicos que causam infecções compreendem aquele grupo de fungos que são vistos
com detalhes somente ao microscópio (fungos microscópicos). Eles são divididos em três grupos:
fungos leveduriformes ou leveduras como, por exemplo, Candida e Cryptococcus, fungos
filamentosos como, por exemplo, mofos ou bolores, por exemplo, dermatófitos e Aspergillus, e
fungos dimórficos como, por exemplo, Paracoccidioides e Histoplasma (Figura 3).
COMPONENTES DE UM FUNGO
A célula fúngica contém uma série de organelas também observadas em outras células eucarióticas
assim como aquelas que lhes são específicas (Figura 4). A estrutura mais externa de uma célula
fúngica é a cápsula, que é de natureza polissacarídica, embora esteja ausente na maioria das espécies
de fungos. Assim, a sua detecção é útil para a identificação taxonômica de algumas espécies de
fungos.
A maioria dos fungos apresenta uma parede celular, que confere a célula fúngica grande resistência.
Essa parede tem uma composição complexa e é constituída principalmente por quitina, glucana e
manana ou galactomanana.
A membrana plasmática fúngica contém um componente chamado ergosterol, muito parecido com o
colesterol das células animais, e que confere estabilidade à membrana plasmática.
Prof Jairo Ivo dos Santos – Disciplina de Micologia Clínica – ACL 5137
ERGOSTEROL
O ergosterol é essencial para o fungo exercer várias funções biológicas e para sua própria
sobrevivência. É um alvo para ação de vários antifúngicos como derivados azólicos e derivados
poliênicos.
Os derivados poliênicos são constituídos pela anfotericina B e nistatina. Estes antifúngicos ligam-se
ao ergosterol já formado, mudando a permeabilidade (poros) da membrana e fazendo com que a célula
fúngica perca íons, comprometendo a sua viabilidade.
PAREDE CELULAR
A parede celular fúngica é uma folha laminada e rígida, de composição complexa, que envolve a
maioria dos fungos. Dá proteção e firmeza às estruturas fúngicas. Apresenta três camadas:
O segundo teste é o Platelia™ Aspergillus EIA da Biorad (Figura 6). Ela faz a detecção específica de
galactomanana, que é um componente da parede fúngica. É indicado para diagnóstico da aspergilose
invasiva.
Com relação às suas características nutricionais e fisiológicas, os fungos são heterotróficos e obtêm
os nutrientes por absorção. Eles necessitam, para o seu metabolismo, de fontes de carbono,
geralmente açúcares, como a glicose. Necessitam também de fontes de nitrogênio, como peptídeos
(comercialmente conhecidas como peptonas) e oligonutrientes (ou micronutrientes), como sais
minerais e vitaminas.
Os fungos suportam grandes variações de pH, na faixa de 4,5 a 9,0 e, algumas espécies são osmófilas
(suportam altas concentrações de açúcares) enquanto que outras são halófilas (suportam altas
concentrações salinas).
Nas condições in vitro, a temperatura ótima de crescimento é de 20 a 30 ºC, com média de 25 ºC. O
tempo de crescimento de uma colônia de um fungo patogênico, varia de 1 a 4 semanas.
Reprodução parassexuada, no qual recombinação genética sem meiose, por meio de fusão de células
fúngicas e seus núcleos, amplifica a variabilidade genética, embora seja de baixa frequência.
A maior parte das micoses não são diagnosticadas com segurança apenas pelo exame clínico.
Geralmente, deve ser realizado exame laboratorial, cujas etapas são: coleta do material biológico do
paciente, realização dos exames laboratoriais apropriados e emissão do resultado. Para a coleta do
material, normalmente, um profissional médico faz a solicitação (Figura 7).
Prof Jairo Ivo dos Santos – Disciplina de Micologia Clínica – ACL 5137
Deve ser realizado o exame micológico direto, geralmente analisado após clarificação do material. O
exame micológico direto confirma se o caso é uma micose ou não. Entretanto, ele geralmente não
permite identificar taxonomicamente o fungo.
Isso é feito pelo cultivo dos fungos em meios nutricionais apropriados. Os meios mais utilizados são
o ágar Sabouraud dextrose, contendo ou não inibidores, como cloranfenicol e cicloheximida. As
colônias que crescem, geralmente apresentam características que permitem a sua identificação
Prof Jairo Ivo dos Santos – Disciplina de Micologia Clínica – ACL 5137
O exame micológico deve ser emitido com os resultados do exame micológico direto e da cultura,
assim como outros tipos de exames que se fizerem necessários (Figura 8).
Um resultado de exame micológico é exemplificado pela figura 9. Observa-se na figura que o exame
micológico direto de material colhido da unha do hálux revelou a presença de filamentos micelianos
no material examinado, enquanto que a semeadura do material, em meios de cultura, mostrou o
crescimento de colônias de Trichophyton rubrum, que é uma espécie de dermatófito.