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Resumo LPF - Módulo C

→Aula 1 - LPF: Princípios de micologia ● MICÉLIO - (forma saprófita).


clínica. Forma observada na natureza ou
quando cultivada a 25 graus C. A
conversão para a forma de
6. Determinar o mecanismo de interação levedura parece ser essencial para
entre os antimicóticos e outros a patogenicidade. Fungos
fármacos. dimórficos são identificados por
várias características morfológicas
ou bioquímicas, incluindo a
1. Definir fungos, leveduras, fungos aparência de seus corpos de
dimórficos e oportunistas. frutificação.
● Os esporos assexuais podem ser
Fungos são organismos eucariontes que grandes (macroconídios,
não contêm clorofila, mas possuem clamidosporos) ou pequenos
parede celular, estruturas filamentosas e (microconídios , blastosporos,
produzem esporos. Esses organismos artroconídios).
crescem como saprófitos e decompõem ● Artroconídios - São esporos que
matéria orgânica. se formam pelo simples
→Fungos patogênicos podem existir desmembramento das hifas
como leveduras ou como hifas. Uma septadas → diagnosticar (raspado
massa de hifas é chamada micélio. cutâneo): Dermatofitoses
Leveduras são microorganismos (impingens, ácido úrico, “frieira”,
unicelulares e micélios são estruturas onicomicoses). esporo importante
filamentosas multicelulares constituídas na disseminação da
de células tubulares com parede celular. COCCIDIOIDOMICOSE
As leveduras se reproduzem por ● Blastoconídio - esporo que se
brotamento ou cissiparidade. As formas forma por gemulação (brotamento)
miceliais se ramificam e o padrão de → leveduras
ramificação delas auxilia a identificação
morfológica.
Alguns fungos ocorrem tanto na forma de
leveduras como na forma de micélios.
Esses são chamados fungos DOENÇAS MICÓTICAS
dimórficos.
Há quarto tipos de doenças micóticas:

● Hipersensibilidade - uma reação


alégica a “mofos” e esporos.
Fungos Dimórficos
● Micotoxicoses – envenenamento
Os fungos dimórficos podem apresentar do homem ou animais por
duas formas : alimentos ou produtos alimentícios
contaminados por fungos que
● LEVEDURA - (forma parasitária ou produzem toxinas a partir de
patogênica). Essa forma é substratos de grãos.
usualmente encontrada em ● Micetismo – a ingestão de toxina
tecidos, exudatos, ou se cultivados (envenenamento por cogumelos).
em uma incubadora a 37 graus C. ● Infecção fúngica.- invasão tecidual
com resposta do hospedeiro.
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Tratemos apenas sobre o último tipo: devidos à exposição a um fator ambiental
fungos patogênicos que causam comum, não por transmissibilidade. A
infecções. Os fungos patogênicos mais maioria dos fungos que causam infecções
comuns não produzem toxinas, mas sistêmicas tem um nicho ecológico
causam modificações fisiológicas durante peculiar e característico na natureza. Esse
a infecção parasitária (ex. taxa metabólica habitat é específico para vários fungos
aumentada, vias metabólicas modificadas que serão discutidos posteriormente.
e modificação da estrutura da parede Nesse ambiente, fungos normalmente
celular). Os mecanismos que causam saprófitos, se proliferam e desenvolvem.
essas modificações, assim como a sua Esse ambiente também é fonte de
importância como um mecanismo de elementos fúngicos e ou esporos, onde
patogenicidade estão sendo descritos. humanos e animais, hospedeiros
acidentais, são expostos às partículas
A maioria dos fungos patogênicos são, infecciosas. É importante estar atento a
também, termotolerantes, e podem resistir essas associações para diagnosticar
ao efeito das espécies reativas de doenças micóticas. O médico deve ser
oxigênio liberadas durante a queima capaz de obter uma história completa do
respiratória fagocítica. Assim, os fungos paciente incluindo ocupação, habitos e
são capazes de suportar muitas defesas histórico de viagens. Esse tipo de
do organismo. Fungos são onipresentes informação é frequentemente necessário
na natureza e a maioria das pessoas está para levantar ou confirmar um diagnóstico
exposta a eles. O estabelecimento de diferencial. A incidência de infecções
uma infecção micótica normalmente micóticas está aumentando
depende do tamanho do inócuo e da dramaticamente, devido ao aumento da
resistência do hospedeiro. A severidade população de indivíduos susceptíveis.
da infecção parece depender do estado Exemplos destes são pacientes com
imunológico deste. Dessa forma, a AIDS, pacientes em terapias
demonstração de um fungo, por exemplo, imunossupressoras, e em uso de exames
em sangue retirado de um cateter diagnósticos invasivos e procedimentos
intravenoso podem corresponder à cirúrgicos (implantes de próteses).
colonização do cateter, a uma fungemia Doenças fúngicas são consideradas não
transitória (i.e., disseminação de fungo na contagiosas e de notificação não
corrente sanguínea) ou a uma real compulsória no sistema de estatísticas
infecção. O medico deve decidir qual é o nacionais de saúde pública.
estado do paciente baseado em
parâmetros clínicos, estado geral,
resultado de exames laboratoriais, etc. A
decisão não é trivial, uma vez que o CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA DAS
tratamento de infecções fúngicas MICOSES
sistêmicas requer o uso agressivo de
drogas com toxicidade considerável. A Doenças fúngicas podem ser discutidas
maioria dos agentes micóticos são de formas variadas. O método mais
saprófitos de solo e doenças micóticas, prático para estudantes de medicina é a
em geral, não são transmissíveis de taxonomia clínica, que divide os fungos
pessoa para pessoa (exceções ocasionais em:
são: Candida e alguns dermatófitos).
● Micoses superficiais
Surtos podem ocorrer, mas estes são
● Micoses subcutâneas
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● Micoses sistêmicas colaterais sobre o hospedeiro. Embora um
● Micoses oportunistas dos primeiros agentes quimioterápicos
(iodetos orais) fosse um antimicótico
As micoses superficiais (ou micoses usado em 1903, o desenvolvimento de
cutâneas) são doenças fungicas que tais agentes foi negligenciado em relação
estão confinadas às camadas externas da ao desenvolvimento de agentes
pele, das unhas ou dos cabelos (camadas antibacterianos. A toxicidade seletiva
queratinizadas) raramente invadindo necessária para inibir os
tecidos mais profundos ou vísceras. Os micro-organismos invasores com dano
fungos envolvidos são conhecidos como mínimo ao hospedeiro tem sido difícil de
dermatófitos. As micoses subcutâneas se estabelecer entre células eucarióticas.
estão confinadas ao tecido subcutâneo e
apenas raramente se tornam sistêmicas.
Elas formam lesões cutâneas profundas, REVISAR indução e inibição do sistema
ulceradas ou massas fúngicas P-450.
envolvendo, mais comumente, as
extremidades inferiores. Os organismos
causais são saprófitos de solo que são Os citocromos P450 são heme-proteínas
introduzidos por traumas nos pés ou envolvidas nas biotransformações de
pernas. As micoses sistêmicas podem vários compostos de origem endógena e
envolver vísceras profundas e se exógena. Biologicamente estas enzimas
tornarem amplamente disseminadas. promovem a modificação química de
Cada tipo de fungo tem predileção por várias moléculas exógenas lipofílicas, que
vários órgãos que serão descritos quando após isso se tornam mais solúveis e de
discutirmos as doenças individualmente. fácil excreção pelo organismo humano.
Porém uma conseqüência é que muitas
As micoses oportunistas são infecções moléculas, após sofrerem estas
devidas a fungos com baixa virulência modificações (biotransformação),
inerente. Os agentes etiológicos são tornam-se muito reativas, podendo causar
organismos que são comuns em todos os danos teciduais, além disso, como alguns
ambientes. xenobióticos têm a capacidade de induzir
ou inibir a produção de certos citocromos
TRATAMENTO P450, a exposição ou a utilização
simultânea de múltiplas drogas na
Células de mamíferos não contêm as terapêutica podem ter várias
enzimas que degradam os conseqüências, como a perda total ou
polissacarídeos da parede celular dos parcial do efeito farmacológico desejado e
fungos. Portanto, esses patógenos são danos teciduais no parênquima hepático
difíceis de erradicar pelos mecanismos de justificado pelo fato de ser o tecido onde
defesa do hospedeiro. Já que mamíferos estão presentes os principais citocromos
e fungos são ambos eucariotos, o meio processadores de xenobióticos e por ser
celular dos dois é similar. A membrana um dos locais mais ativos de
celular de todos os eucariotos contém biotransformação farmacológica.
esteróides, ergosterol na membrana
celular fúngica e colesterol na membrana
celular dos mamíferos. Assim, a maioria
das substâncias que podem prejudicar o Associação de antimicrobianos
fungo invasor terá graves efeitos -Eficácia: ↑
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-Efeitos colaterais:↓ ALVOS PARA AÇÃO DE
ANTIFÚNGICOS
Antibioticoterapia: →fuso mitótico
inibe a síntese do ácido fólico →síntese DNA
-sulfonamida (sulfametoxazol) - → membrana
(substancia análoga ao PABA) →parede
-trimetropina (trimetropin)- inibindo a →retículo endoplasmático
folatosintetáse PABA
A terapêutica exige um tratamento mais
a associação ocorre sinergismo: a resp tempo
oferecida pela associação de moléculas é
maior do que as moléculas oferecidas →Griseofulvina:
separadamente fuso mitótico
-liga-se a tubulina
𝛃 - lactâmicos: -uso oral limitado
possuem anel 𝛃-lactâmico -se liga bastante a queratina
a eficácia dos antibióticos é devida a -↓ eficácia leveduras, dimórficos
integridade do anel
- enzima produzida por bactérias →Flucitosina
𝛃-lactamase → assim são resistentes a síntese DNA
esse tipo de antibiótico -entra pela citosina permease → converte
para um análogo a uracila (5-fluorouracil)
dessa forma: -inibe timidilato sintase
*associado à anfotericina (aumenta a
associa-se um 𝛃-lactâmico + um inibidor capacitação (flurulacila)
de 𝛃-lactamase ( exemplo: ácido
carbâmico "clavulanato") →Anfotericina / nistatina
membrana
quanto mais o espectro maior a eficácia -afinidade por ergosterol
contra a infecções específicas -formam "poros" membrana
-permite o extravasamento das éls
-Classes: -matando

→ 𝛃-lactâmico →Equinocandinas (caspofungina


-penicilinas : o que muda são os micafungina)
espectros de ação -liga-se a 1,3-𝛃-glicano
1. aminopenicilinas →destrói parede
2. benzilpenicilina
-cefalosporinas: →alilaminas (terbinafina) / benzilaminas
1. primeira geração INIBEM:(ESQUALENO-EPOXIDASE)
2. segunda geração (terbinafina) (butenafina)
3. terceira geração
4. quarta geração →imidazóis / triazóis
-monobactâmicos (miconazol cetoconazol) (fluconazol
-carbapenens itraconazol/ voriconazol)

(14- Ⲁ - DESMETILASE)
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Regulação da pressão arterial: O
Inibem a síntese do ergosterol sistema
renina-angiotensina-aldosterona
→ AULA 2- ANTI-HIPERTENSIVOS trata-se de uma série de reações
1. Revisar os receptores do sistema concebidas para ajudar a regular a
nervoso autônomo nos vasos sanguíneos pressão arterial.
e a aplicação de fármacos nestes
sistemas. Quando a pressão arterial cai (no caso da
-Colinérgico pressão sistólica, para 100 mm Hg ou
menos), os rins liberam a enzima renina
Agentes Alfa Agonista de ação central na corrente sanguínea.

A renina se divide o angiotensinogênio,


Ação anti-hipertensiva: estímulo de
uma grande proteína que circula na
receptores alfa 2 que estão envolvidos
corrente sanguínea, em partes. Uma parte
nos mecanismos simpatoinibitórios.
é a angiotensina I.
Diminuem a atividade simpática e o
reflexo dos barorreceptores contribuindo A angiotensina I, que se mantém
para bradicardia relativa; reduz níveis relativamente inativa, é dividida em partes
plasmáticos de renina e retêm fluidos. pela enzima de conversão da
angiotensina (ECA). Uma parte é a
Representantes: metildopa, clonidina,
angiotensina II, um hormônio que é muito
guanabenzo, monoxidina e rilmenidina.
ativo.

Beta bloqueadores A angiotensina II faz com que as paredes


musculares das pequenas artérias
Ação anti-hipertensiva: diminuição do (arteríolas) se contraiam, aumentando a
DC e secreção de renina com pressão arterial. A angiotensina II também
readaptação dos barorreceptores e provoca a liberação do hormônio
diminuição das catecolaminas. aldosterona pelas glândulas adrenais e da
vasopressina (hormônio antidiurético) pela
Representantes: propranolol, atenolol, hipófise.
metoprolol, carvedilol.
A aldosterona e a vasopressina fazem
Alfabloqueadores com que os rins retenham sódio. A
aldosterona também faz com que os rins
Ação anti-hipertensiva: antagonistas excretam potássio. O aumento de sódio
competitivos dos receptores alfa 1 pós faz com que a água seja retida,
sinápticos levando a redução da RVP e do aumentando, assim, o volume de sangue
DC Representantes: doxazosina, e a pressão arterial.
prazosina e terazosina.

-Adrenérgico
beta 1
2. Descrever o sistema
renina-aldosterona-angiotensina e seu
controle na pressão arterial.
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Hipertensão Estágio 1:

● PAS 140 – 159 mmHg PAD 90 –


99 mmHg;

Hipertensão Estágio 2:

● PAS 160 – 179 mmHg PAD 100 –


109 mmHg;

Hipertensão Estágio 3:

● PAS ≥ 180 mmHg PAD ≥ 110


mmHg

3. Identificar o papel da hipertensão Hipertensão do Avental Branco:


arterial sistêmica na mortalidade dos caracterizada por valores anormais da PA
pacientes. no consultório, mas com valores normais
no MAPA ou MRPA.
Devido ao aumento das taxas de
obesidade e o envelhecimento da Hipertensão mascarada: caracterizada por
população, é estimado que um terço da valores normais de PA no consultório,
população tenha hipertensão até 2025. mas PA elevada no MAPA ou MRPA.
Atualmente cerca de 54% dos AVCs e
47% das doenças isquêmicas do coração 5. Descrever os alvos moleculares dos
no mundo são conseqüência da pressão anti-hipertensivos.
arterial elevada. -Diuréticos
-Agentes Alfa Agonista de ação central
4. Citar as diretrizes de tratamento para -Beta bloqueadores
hipertensão arterial e quais as variáveis -Alfabloqueadores
nela incluídas. -Vasodilatadores diretos
-Bloqueadores do Canais de Cálcio
● Consultório: PAS ≥ 140 e/ou PAD ≥ -Inibidores da ECA
90 mmHg; -Bloqueadores da Angiotensina
● MAPA: -Inibidores diretos da Renina
○ Vigília: PAS ≥ 135 e/ou -Antagonista AT1
PAD ≥ 85 mmHg;
○ Sono: PAS ≥ 120 e/ou
PAD ≥ 70 mmHg;
○ 24 hrs: PAS ≥ 130 e/ou
PAD ≥ 80 mmHg;
● MRPA: PAS ≥ 135 e/ou PAD ≥ 85
mmHg;

Pré-Hipertensão:

● Consultório: PAS entre 121 e 139


e/ou PAD entre 81 e 89 mmHg;
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Numa dose exagerada
(overdose) aparecem sintomas
de irritabilidade, agressividade,
delírios e alucinações. Pode
ocorrer também aumento de
temperatura e da pressão
arterial, taquicardia e
degeneração dos músculos
esqueléticos. Este excesso pode
levar até à morte, que ocorre por
convulsões, falência do coração
ou depressão do centro
controlador da respiração.
Se a droga for usada pela via
endovenosa ou respiratória os
efeitos são quase imediatos. Isto
porque ela vai direto para o
cérebro, sem passar pelo fígado,
onde é degradada. Isto provoca
aumento da probabilidade de
overdose. No caso da via
endovenosa, além do risco de
overdose, há também o perigo
de infecção através do uso de
seringas contaminadas,
6. Descrever a ação da cocaína. principalmente com o vírus da
AIDS, da hepatite e de outras doenças
A cocaína interfere na ação de transmissíveis.
substâncias que existem no nosso
cérebro, os "neurotransmissores", como a 7. Identificar as situações nas quais um
dopamina e a noradrenalina. A cocaína médico pode solicitar a realização de
eleva a quantidade dessas substâncias, testes para drogas de abuso.
porque ela inibe a recaptação pelo
neurônio, aumentando a concentração
desta substância na fenda sináptica, isto PA = Débito Cardíaco x Resistência
é, no espaço entre os neurônios nos quais Vascular Periférica
se processa a neurotransmissão. Com Interferência débito cardíaca:
isso, todas as funções que esses →Frequência cardíaca
neurotransmissores possuem ficam →Volume sistólico
amplificadas e podem também aparecer →contratilidade
ações que não existem nas →pré carga - conjunto de forças no
concentrações normais. Com a ingestão miocárdio pré contração
da cocaína ocorre uma sensação de →pós carga - conjunto de forças no
euforia e prazer. Ela produz aumento das momento da contração
atividades motoras e intelectuais, perda A tensão do sangue nas artérias
da sensação de cansaço, falta de apetite
e insônia.
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-Resistência Vascular Periférica: força que -captopril
a parede das artérias faz contra o fluxo do -enalapril
sangue -ramipril
-vasoconstrição -lisinopril
-vasodilatação -perindopril
-quinapril
-Beta bloqueadores:
-Antagonista AT1
promover o antagonismo dos receptores
beta, diminuir a FC Não interferem na eca, ou seja, não
provocam tosse
o que muda é na posologia
seletividade no receptor -losartan
-candesartan
-propranolol: tem na rede, não é seletivo -valsartan
-atenolol -telmisartan
-metoprolol: + seletivo -irbesartan
-pindolol
-carvedilol: + seletivo, receptores -Bloqueadores do Canais de Cálcio
vasculares (circ periférica)
-fibra cardíaca p/ contrair precisa
despolarizar, ou seja, bloqueando a
-Inibidores da ECA IECA entrada do cálcio a cél vai contrair menos

-nifedipino
-anlodipino
–diltiazem
-verapamil

-Diuréticos

inibir a reabsorção do sódio


diminui o volume sg
diminui vasoconstrição

-hidroclorotiazida
-clortalidona
-furosemida
-espironolactona
-amilorida
MECANISMO: bloqueia ECA → não
convertendo angiotensina 1 → 2 →AULA 3 - AVALIAÇÃO
HEMATOLÓGICA DAS INTOXICAÇÕES
o que muda é na posologia
pode causar tosse: acúmulo de Hemácia: formato por conta de ter +
bradicinina superfície de contato
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O Hemograma estuda as células Este termo deve ser usado quando o VCM
sanguíneas (hemácias, leucócitos e estiver abaixo da referência! VCM abaixo
plaquetas), bem como as patologias de 80 fentolitros(adultos).
ligadas ao sangue. Está composto pelo
eritrograma, leucograma e plaquetograma Macrocitose: Termo técnico utilizado para
as hemácias aumentadas de tamanho.
Eritrograma: composto por parâmetros
e índices hematimétricos. Este termo deve ser usado quando o VCM
estiver acima da referência. VCM acima
Os parâmetros são: de 100 fentolitros.(adultos)

● RBC : Número total de hemácias; ● Hipocromia:


● HEMATÓCRITO: Percentagem da ● → Redução da coloração do
hemácia no volume total de eritrócito.
sangue; ● Pode ser citado quando ocorre a
● HEMOGLOBINA: Proteína diminuição do HCM (*) e/ou do
responsável pela oxigenação do CHCM.
sangue. ● Qualquer condição que provoca
microcitose pode vir acompanhada
Os índices hematimétricos são: de hipocromia
● Policromasia:
● VCM: Volume Corpuscular ● Presença de reticulócitos em
Médio;Indica o tamanho das sangue periférico (hemograma).
hemácias ● O termo é usado para descrever
● HCM: Hemoglobina Corpuscular hemácias com cores diferentes.
Média; Expressa a cor das ● O significado clínico é que a
hemácias; medula está mandando a célula
● CHCM: Concentração da precursora da hemácia para o
Hemoglobina Corpuscular Média; sangue periférico.
Expressa a cor das hemácias; ● Anisocromia
● RDW: Índice Geral de ● Pecilocitoses ou Poiquilocitoses:
Anisocitose.Expressam as ● Qualquer formato anormal da
diferenças de tamanho que podem hemácia caracteriza uma
existir entre as hemácias na poiquilocitose ou pecilocitose.
lâmina do paciente. Elevado
(acima de 15%. Não tem Algumas PECILOCITOSES:
importância clínica quando abaixo
da referência. ● Esferócitos
● Dacriócitos (lágrima)
Nomenclatura usada no eritrograma ● Codócitos ( hemácias em alvo)
● Estomatócito
● Anisocitoses por microcitose ou ● Drepanócito (hemácia em “foice”)
macrocitose: ● Eliptócitos
● Esquizócitos
Microcitose: Termo técnico usado para ● Principais causas de
descrever as hemácias diminuídas de poiquilocitoses ou pecilocitoses:
tamanho. ● Anemias carenciais e hemolíticas;
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● Hepatopatias; acrescidas de outras alterações de
● Patologias gástricas; forma, características da anemia
● Neoplasias; ferropriva.
● Trauma ou choque celular.
Anemia Megaloblástica e
características do eritrograma:

O hemograma no diagnóstico das


● Hemoglobina e hematócritos
anemias:
diminuídos;
● VCM e HCM aumentados!
As anemias são caracterizadas pela
● RDW : Acima do valor de
redução da concentração de hemoglobina
referência!
no sangue .
● Anisocitose por macrocitose,
policromasia, hemácias jovens
Anemia ferropênica e suas
(eritoblastos)
características do eritrograma:
ANEMIA DE DOENÇAS CRÔNICAS:
● Hemoglobina e hematócritos
Ocorre sempre associada a infecções
abaixo do valor de referência;
crônicas como tuberculose, HIV,
● VCM e HCM abaixo do valor de
neoplasias, doenças inflamatórias como o
referência;
Lúpus e artrite reumatóide, doenças
● RDM acima do valor de referência;
inflamatórias intestinais, doenças renais,
● Presença de microcitose,
dentre outras.
hipocromia e na maioria dos casos
pecilocitoses por eliptócitos e
● É definida como uma anemia
células em alvo.
hipoproliferativa e é o tipo mais
● Com a diminuição da hemácia e
frequente entre pacientes
diminuição da concentração da
● hospitalizados.
hemoglobina, o morfologista
● Laboratorialmente pode
descreverá a microcitose e
apresentar-se por hipoferremia na
hipocromia presentes na lâmina do
presença de estoques adequados
paciente!
de ferro.
● Como ocorrerá diferença no
● Neste tipo de anemia, os índices
tamanho das hemácias, o RDW
hematimétricos estão normais!(*)
estará aumentado também
Apenas a hemoglobina e
caracterizando uma anisocitose!
hematócritos estão diminuídos!
● Na anemia em estágio inicial os
índices ainda estão normais!
Quem caracteriza uma anemia é a
● A única maneira de descobrir a
HEMOGLOBINA!
anemia é solicitando a dosagem
de ferritina, que é a proteína de
Mulheres adultas: Hemoglobina =12g/dl.
reserva do ferro!
● No início da depleção do Classificação das anemias
ferro,observamos uma população
mista, com hemácias normocíticas Pela contagem reticulocitária
e microcíticas. Com o progredir da
deficiência, aumenta a população
de hemácias microcíticas,
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● Hipoproliferativas: carenciais – Estado inflamatório ou neoplásico que
sem reticulocitose. Ex.: anemia promove a liberação de várias
ferropriva citocinas que levam:
● Hiperproliferativas: com
reticulocitose ● Redução de vida média das
● Pela morfologia das hemácias hemácias (< 80 d)
(VCM) ● Redução da produção de
● Macrocítica eritropoetina
● Normocítica ● Aprisionamento do ferro em seus
● Microcítica locais de depósito (macrófago/
● Pelo nível de hemoglobina baço/ ferritina)
(HCM) ● Principais interleucinas: IL-1, IL-6,
● Normocrômica TNF-α, IFN-gama
● Hipocrômica ● IL-6: estimula produção hepática
de hepcidina
● IL-1: estimula síntese de
lactoferrina (mais ávida por ferro
Metabolismo do ferro
do que a transferrina)
● IFN-gama: apoptose dos
Quantidade corporal total de Fe
receptores de eritropoetina
Ferritina:

● Apoferritina – proteína sintetizada Anemia falciforme


no fígado – liga-se ao Fe – ferritina
● Ferritina: compartimento ● Herança genética
armazenador de Fe ● Mutação no gene da β-globina
● Armazenamento de Fe na mucosa ● É classificada como anemia
intestinal, macrófagos do baço, hemolítica crônica
células da MO ● Vasculopatia
● Doença vasoclusiva
● Danos agudos e crônicos
disseminados
Anemia ferropriva
● Redução da expectativa de vida
● Formação da HbS que se
● Anemia carencial: deficiência de
polimeriza quando desoxigenada
ferro
● Nunca será o diagnóstico final
● Principal causa: perda crônica de
sangue de pequena monta
● Mulheres na menacme
APLASIA MEDULAR

Anemia de doença crônica O que é ?


A aplasia medular, ou anemia aplástica, é
Patogênese
uma doença rara da medula óssea em
que há diminuição da produção das
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células sanguíneas, que são normais na -Analgésicos e analgésicos
sua forma e funcionamento.
Sintomas:
-Depressão respiratória
Qual é a causa?
Hipoventilação , apnéia
Na maioria dos casos é uma situação -Depressão neurológica: sonolência,
adquirida, geralmente de causa torpor e coma
Convulsões: intoxicação por morfina,
imunológica que leva à diminuição das meperidina
células estaminais que são as células
Receptores:
precursoras das células do sangue. A
-Localização: SNP, SNC, TGI
causa desta alteração imunológica é -Diferem entre si quanto às propriedades
geralmente desconhecida; em alguns farmacológicas e distribuição
-ⲙ - micron
casos está relacionada com determinadas maioria dos efeitos analgésicos
infecções, contacto prolongado com depressão respiratória, euforia, sedação e
dependência
produtos químicos, como alguns solventes
-𝜅 - kappa
e pesticidas, medicamentos, e, em casos Analgesia em nível medular
raros, pode surgir durante a gravidez. -𝛅 - delta
mais importantes na periferia
O tratamento de doenças malignas com
Mecanismo de ação dos receptores
quimioterapia ou radiações causa
Receptores acoplados a proteína G →
igualmente uma aplasia medular, que é Agem inibindo a adenil ciclase →↓AMP →
Provocam abertura dos canais de K e
temporária.
inibem os de Ca na membrana →
Hiperpolarização ↓ excitabilidade ↓
→As alterações leucocitárias mais
propagação potencial de ação ↓ liberação
frequentes em processos infecciosas são
neurotransmissor, ou seja, ↓ sensação de
presença de granulações tóxicas,
dor
vacuolização e/ou presença de corpos de
Döhle
Sintomas:
-miose puntiforme bilateral
-Calor, rubor facil ou prurido
–AULA 4 - SÍNDROMES -Náusea, vômito
TOXICOLÓGICAS AGUDAS Retardo, esvaziamento gástrico
Constipação
● Síndrome narcóticos: -Hipotensão arterial, taqui ou bradicardia
Definição: arritmia
Opiáceos: são substâncias (alcalóides) -rabdomiólise
derivados do ópio, como morfina e
algumas semi-sintéticas como a codeína Tratamento:
-Opióide: são todas as drogas naturais ou Naloxone
sintéticas com propriedades semelhantes
à morfina incluindo peptídeos endógenos ● Síndrome simpatomimética
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Definição: descarboxilase. Abertura dos canais de
-Anorexígenos, estimulantes alucinógenos Cloreto
-Efeito adrenérgicos:
-↑ de liberação de catecolaminas - Principais agentes:
adrenalina, dopamina e epinefrina - -Benzodiazepinas
(anfetaminas) -Barbitúricos
-bloqueio da recaptação (cocaína) -Álcool etílico
-interferência no metabolismo (inibidores Sintomas:
de MAO- monoaminoxidase - não terá -Disartria, sonolência
degradação de catecolaminas) -Torpor
-estimulação direta de receptores -Coma
(adrenalina) -Depressão respiratória
→SNC Miose
→Cardiovascular -Hipotensão
Bradicardia
Receptores: -hipotermia
alfa e beta -convulsões

Principais Agentes: ● Síndrome extrapiramidal


-Anfetaminas →Bloqueio de receptores dopaminérgica:
-Ecstasy (dopamina regula movimentação, controle
-Cocaína da contração muscular)
-teofilina
-Descongestionantes nasais Principais agentes:
-Efedrina, Pseudoefedrina -Fenotiazínicos : Clorpromazina,
-Cafeína Tioridazina
-Butirofenonas: haloperidol
Sintomas: -Antieméticos: metoclopramida,
-Midríase bromoprida
-Hipertermia
-agitação psicomotora Sintomas
-paranóia Distonias
-sudorese -Crise ecológica
-paranóia -Espasmos de mandíbula e gargantas,
-palpitações, dor precordial espasmo ou protrusão de lábios e língua
-taquicardia, arritmias nos casos graves -Distorções faciais, caretas, tiques,
-Hipertensão arterial movimentos mastigatórios
-Torcicolo, opistótono, contrações
Tratamento: musculares dos membros superiores,
Descontaminação gastrointestinal postura bizarra
-Inibindo o snc Parkinsonismo
Diazepam -Face de máscara
-Fala lenta e monótona
● Síndrome Hipnótico-sedativa -Rigidez, catatonia, gesticulação
Rebaixamento do nível de consciência diminuída
Potencialização:Gaba sintetizado a partir -tremores
do glutamato, por ação glutamato -movimento de rolar dos dedos
Resumo LPF - Módulo C
-oscilações rítmicas de extremidades

Acatisia
-Desejo incoercível de se mexer
-incapacidade de sentar
-mov de pernas e sacudidas de joelho qnd
em posição sentada
-ansiedade

Tratamento:
-Descontaminação, se indicação
-Biperideno

● Sintoma serotoninérgicas:
Neurotransmissor regula: humor, sono e
atividade sexual, apetite, função
neuroendócrina
-Atua na hemostasia , excitação
musculatura lisa, controle cardíaco,
respiratória e motor

excessiva estimulação dos receptores


serotoninérgicos centrais e periféricos

Causas: Iatrogenia, interação


medicamentosa, intoxicação
→Mudança do estado mental
→Funções motoras e autonômicas

Principais agentes:
-inibição da monoaminoxidase (MAO)
-Estimulação do receptor pós sináptico da
serotonina: LSD
-↑ da resposta pós sináptica à estimulação
causada pela serotonina: lítio

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