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APOSTILA DIGITAL DE MICROBIOLOGIA APLICADA À

ENFERMAGEM
Aula 1 - Fundamentos da Microbiologia
Flora microbiana normal
Os microrganismos estão presentes em todo o meio ambiente, porém em um estado de
equilíbrio que não causam prejuízos, nem a natureza, nem ao homem, que possui em seu
próprio corpo distribuídos em órgãos como, a pele, a boca, no interior do sistema digestório e
até mesmo na genitália feminina, em um convívio pacífico.
É o que chamamos de Flora Microbiana normal, ou Flora Residente, que coloniza o
organismo humano, sem causar doença, pelo contrário, protege o organismo contra outros
microrganismos causadores de doenças. Quando ocorre qualquer alteração desta flora
microbiana, ela rapidamente se recupera.
A Flora Microbiana normal tem origem a partir do nascimento, pois o feto sadio é
estéril, mas no momento do nascimento, de acordo com o tipo de parto, já ocorre o contato com
a flora microbiana da mãe, na situação do parto normal. O tipo de alimentação imediatamente
após o nascimento também interfere na formação da flora e também o grau e o tipo de
exposição ao ambiente, de forma que algumas semanas após o nascimento o lactente já possui
um padrão de colonização semelhante ao do adulto.
Fatores ambientais como o tipo de dieta; a poluição ambiental; as condições sanitárias e
até mesmo os hábitos de higiene, influenciam as espécies que compõe a flora microbiana
residente, como:
Lactobacilos - vivem comumente no intestino dos indivíduos que consomem uma grande
quantidade de produtos laticínios;
Hemophilus influenzae - bactéria que coloniza as vias respiratórias dos indivíduos que
apresentam doença pulmonar obstrutiva crônica;

Regiões do corpo que possuem Flora Microbiana


 Pele (toda a pele, mas principalmente. axila, virilha, espaços interdigitais que tem
secreções (úmidos) e estão menos expostas) - Áreas pobremente colonizadas
 Trato gastrointestinal - Área densamente colonizada
 O estômago –Áreas com flora transitória devido ao pH
 Trato respiratório, trato geniturinário - Áreas densamente colonizadas

Pode ocorrer de em uma situação de desequilíbrio a bactéria da flora residente passa a causar
danos, como por exemplo, o Streptococcus pyogenes, que habita a garganta, pode levar a um
quadro de faringite estreptocócica (infecção da garganta)
As bactérias da flora normal também produzem bacteriocinas, mas contra as bactérias
invasoras. Normalmente a bactéria da flora normal vence, por estar em maior número, mas isso
pode se reverter dependendo da carga que infecta o individuo.
Odor da pele é resultado da interação das bactérias com as
nossas secreções.
Fatores de defesa do hospedeiro
Constituem a capacidade do hospedeiro resistir contra infecções, e podem ser divididos
em:
a) Fatores inespecíficos ou naturais – Que incluem idade, estresse físico e emocional, condição
nutricional; especificidade tecidual e defesas anatomofisiológicas que compreendem os
mecanismos constituídos por secreções, fluxos e movimentos e/ou microbiota normal ao nível
de trato respiratório, trato gastrointestinal, trato urogenital e conjuntiva, ou seja, de pele e
mucosas em geral.
b) Fatores específicos – Baseados na resposta imunológica do hospedeiro.
Estabelecimento de doenças infecciosas
A invasão e a multiplicação dos microrganismos que invadem o organismo é que
estabelecem a infecção. A aderência é um processo muito específico, envolvendo conexões do
tipo “chave–fechadura” entre a célula humana e o microrganismo. A permanência do
microrganismo próximo do local de invasão ou a sua disseminação a locais distantes depende
de fatores como, por exemplo, a produção de toxinas, enzimas ou outras substâncias. Alguns
microrganismos que invadem o corpo produzem toxinas, que são venenos que afetam células
próximas ou distantes.
As toxinas possuem componentes que se ligam especificamente a moléculas presentes
em determinadas células (células-alvo), onde causam doença. Algumas doenças infecciosas são
causadas por toxinas produzidas pelos microrganismos fora do corpo. Após a invasão, os
microrganismos devem multiplicar- se para produzir a infecção.
Podem ocorrer de 3 maneiras:
 Os microrganismos continuam a se multiplicar e a superar as defesas do corpo. Esse
processo pode causar um dano suficiente para matar o indivíduo.
 Em segundo lugar, pode ser obtido um estado de equilíbrio, produzindo uma infecção
crônica.
 Em terceiro lugar, o indivíduo, com ou sem tratamento médico, pode erradicar o
microrganismo invasor. Esse processo restaura a saúde e, freqüentemente, provê uma
imunidade duradoura contra outra infecção causada pelo mesmo invasor.
Existem microrganismos causadores de doenças que apresentam propriedades que
aumentam a gravidade da doença e resistem aos mecanismos de defesa do corpo. Além de
produzirem alterações no sangue e em outros órgãos vitais.
Alterações Sangüíneas são detectáveis pela contagem dos leucócitos que comumente se
encontram aumentadas, pois são liberadas em maior quantidade pela medula óssea durante uma
infecção. Os Neutrófilos são os primeiros a aumentarem e caso a infecção persista os
monócitos também aumentam, já os eosinófilos, são um tipo de leucócitos que só aumentam
nas reações alérgicas ou nas infestações parasitarias. Porém em determinadas infecções, como
no caso da febre tifóide a contagem leucocitária diminui devido ao fato da infecção ser tão
grave que a medula óssea não consegue produzir leucócito suficientemente rápido para
substituir aqueles destruídos no combate à invasão.
As infecções também produzem um aumento na freqüência cardíaca; alteração no
débito cardíaco e diminuição na pressão arterial devido a dilatação vascular. A freqüência
respiratória tende a aumentar, tornando o PH do sangue mais ácido.

Relações Hospedeiro-Micróbio
Fisiologicamente a existência desta relação é tão real quanto na doença, que só é assim
caracterizado quando ocorre um desequilíbrio entre o hospedeiro e o microrganismo. A relação
também depende de múltiplos fatores inerentes tanto ao microrganismo, quanto ao hospedeiro:
 Bactérias como microbiota normal (no organismo sadio, contribuem para equilíbrio
fisiológico);
 Bactérias como agentes patogênicos (no organismo doente, infecções)
A gravidade e a localização da infecção podem variar de acordo com o hospedeiro,
devido ao seu estado de resistência e susceptibilidade, ou pode variar de acordo com a bactéria,
devido ao seu grau de patogenicidade e mecanismo de virulência.

Patógeno = microorganismo capaz de causar dano.


Patogenicidade = capacidade de um microorganismo causar dano a um hospedeiro.
Virulência = grau de patogenicidade de um microorganismo.
 Primária - desenvolve infecção inicial por uma bactéria
Susceptibilidade =  secundária - desenvolve após infecção primária inicial por outro agente, seja po
bactéria/vírus/fungo) ,
 mista - causada por mais de um agente etiológico bactéria/vírus/fungo);
As bactérias causam infecções que podem ser classificadas como:
 Inaparentes (subclínicas), Latentes ou sintomáticas;
 Primária, secundária ou mista;
 Localizada ou generalizada;
 Superficial (pele) ou invasiva (Atingem órgãos internos - mais perigosas)
 Aguda ou crônica.

Podem ainda classificar as bactérias como patógenos da seguinte forma:


I. Clássicos ou convencionais - vacina diminui probabilidade de bactérias clássicas;
II. Oportunistas - Só causam doença na presença de outra doença no hospedeiro;
III. Emergentes - Infecções que já existiam, mas não haviam sido identificadas;
IV. Reemergentes - achava-se que os agentes estavam controlados, mas voltaram a causar
doença;

Um patógeno ideal deve ser capaz de infectar superfícies, se aderindo e colonizando,


multiplicar-se nas condições do organismo ou tecidos do hospedeiro, elaborar produtos que
causem danos aos tecidos do hospedeiro e interferir com os mecanismos de defesa do
hospedeiro
Cada etapa acima depende tanto da virulência da bactéria quanto da capacidade de defesa do
organismo. Sendo assim, infecção ocorre ou não em função desses fatores.
Tipos de contato inicial:
- Inalação
- Ingestão
- Contato sexual
- Feridas ou cortes
- Picadas de insetos
- Mordedura de animais

Exercícios de Fixação
1 – Quando uma bactéria coloniza o organismo humano, protegendo ao invés de causar doença, recebe o nome de:
(a) Flora antimicrobiana normal
(b) Flora microbiana saprófita
(c) Flora microbiana normal
(d) Flora microbiana saprófita
2 - Em qual órgão do corpo a flora é transitória?
(a) Virilha
(b) Genitália feminina
(c) Axila
(d) Estômago
3 - Como são classificadas as bactérias que causam infecção no hospedeiro, em virtude do mesmo já estar doente?
(a) Patónas
(b) Clássicas
(c) Oportunistas
(d) Emergentes
4 – Quando uma bactéria invade o organismo humano, se multiplica, estabelecendo uma infecção, porém este
hospedeiro não apresenta nenhuma manifestação clínica, esta infecção recebe o nome de:
(a) Subclínica
(b) Sintomática
(c) Assintomática
(d) Susceptibilidade
5 – Identifique os elementos do sangue, cujo aumento detectável no exame de sangue, indica a existência de
infecção:
(a) Glóbulos brancos e plaquetas
(b) Glóbulos vermelhos e
(c) Leucócitos e Hematócrito
(d) Leucócitos, Neutrófilos e Eosinófilos
Principais doenças causadas por bactérias :
Tuberculose: Mycobacterium tuberculosis.
Hanseníase (lepra): (Mycobacterium lepra).
AULA 2 - Bactérias e os agravos a saúde Difteria: bacilo diftérico.
Coqueluche: Bordetella pertussis.
As bactérias são como perfume, não Pneumonia bacteriana: Streptococcus pneumoniae.
Escarlatina: Streptococcus pyogenes.
podemos vê-las, mais é impossível ignorar a sua Tétano: (Clostridium tetani).
presença. Elas resistem aos avanços da medicina Leptospirose: Leptospira interrogans.
e respondem por uma a quatro mortes que Tracoma: Chlamydia trachomatis.
ocorrem no mundo todo. Gonorréia ou blenorragia:, (Neisseria gonorrhoeae).
Estudaremos nesta aula as principais Sífilis: Treponema pallidum.
Meningite meningocócica: Neisseria meningitidis.
doenças bacterianas, importantes principalmente Cólera: Vibrio cholerae.
para pacientes dentro no processo hospitalar. Febre tifóide: Salmonella typhi.
Ao longo do curso de enfermagem outras
patologias serem estudas, mas podemos ver no quadro ao lado, uma relação mais ampla
dos problemas e agravos a saúde que as bactérias podem causar ao homem.

Estafilococos
São bactérias esféricas que formam colônias semelhantes a cachos de uva, sendo a
espécie mais freqüentemente envolvida nas infecções agudas em humanos e constituem um
grande desafio para a medicina, e por estarem presentes no meio ambiente, essas bactérias
habitam principalmente a pele e as mucosas, podendo também estar presentes no trato
respiratório, urinário e gastro-intestinal e o seu principal reservatório são as narinas.
Quando ocorre uma quebra na solução de continuidade da pele, cria-se a oportunidade
para a agressão. A resposta do sistema de defesa resulta no surgimento dos fenômenos
vasomotores que irão gerar calor, tumoração, dor no local e produção de pus. Também podem
provocar conjuntivites, pneumonias, meningites, endocardites e até mesmo septicemia.
O tratamento das Infecções pode ser um pouco difícil, pois o estafilococos possuem
uma incrível habilidade de adaptação e conseguiram desenvolver mecanismos próprios,
produzindo enzimas que destroem as penicilinas, mas hoje no Brasil a Oxacilina é o antibiótico
mais utilizado, que possui grande poder bactericida sobre o microrganismo. Entretanto, com o
uso indiscriminado destas drogas, criando uma pressão de seleção de bactérias resistentes e
induzindo o desenvolvimento de mecanismos de resistência, fica cada vez mais difícil combater
estas doenças
O surgimento de estafilococos resistente a este tipo de tratamento é uma realidade
presente no ambiente hospitalar, e que estudares ainda nesta aula.

Estreptococos
São bactérias Gram-positivas em forma de cocos e se diferenciam dos estafilococos por
formarem cadeias e constituem a principal população de microrganismos da cavidade
oral.
São microrganismos envolvidos em diversas patologias:
 Faringite Estreptocócica - caracterizada por um curto período de incubação (2 a 3 dias),
febre alta (39 a 40ºC), calafrio, dor de cabeça e, freqüentemente, vômitos. As tonsilas ficam
avermelhadas podendo apresentar exsudado supurativo e os nódulos linfáticos cervicais
aumentam de tamanho tornando-se doloridos. Sugere-se que cerca de 20% dos casos são
assintomáticos (infecção subclínica).
 Piodermites Estreptocócica - Fazem parte deste grupo a erisipela e o impetigo.
 Pneumonias Estreptocócica - O Streptococcus pneumoniae é um dos agentes bacterianos
mais freqüentemente associados a infecções graves como pneumonia, meningite, septicemia e
otite média. Os pneumococos também têm sido relacionados a infecções oculares e,
ocasionalmente, isolados de fluido peritoneal, urina, secreção vaginal, exsudados de feridas
entre outros espécimes clínicos.
Os pneumococos são comumente encontrados no trato respiratório superior, podendo
desta forma ser aspirados para os alvéolos onde a bactéria prolifera e determina a reação
inflamatória característica da pneumonia. Isso só ocorre se a bactéria for capaz de escapar da
fagocitose. O indivíduo normal é geralmente bastante resistente à infecção pulmonar pelo
pneumococo devido a mecanismos de defesa que incluem o reflexo epiglotal, movimento ciliar,
reflexo da tosse, drenagem linfática e os macrófagos que patrulham os alvéolos. Assim, os
indivíduos que adquirem pneumonia estão com os mecanismos de defesa comprometidos
A penicilina é o antibiótico de escolha, porém em pacientes alérgicos o tratamento deve
ser realizado com a eritromicina.

impetigo São vesículas que progridem rapidamente para uma lesão recoberta por crosta espessa.
Aparentemente o microrganismo penetra pela pele através de lesões determinadas por trauma,
mordedura de insetos ou por dermatoses. O impetigo não costuma deixar cicatrizes por ser uma
infecção superficial e não atingir o tecido sub-epitelial. O impetigo ocorre com muita freqüência
em crianças no verão, sendo de localização preferencialmente facial, embora muitas vezes
predomine nas extremidades, espalhando-se para outras áreas do corpo por auto contaminação.
erisipela É uma infecção estreptocócica aguda de pele envolvendo a mucosas adjacentes algumas vezes.
Os locais mais freqüentemente comprometidos são a perna e a face. A lesão é dolorosa, de
coloração vermelha intensa, aparência lisa e brilhante e forma e extensão variáveis. Muitas
vezes a epiderme se descola, formando bolhas volumosas e tensas com conteúdo amarelo-
citrino não-purulento podendo evoluir para ulceração superficial. O mecanismo de transmissão
não é conhecido, mas a bactéria parece originar-se das vias aéreas superiores do próprio
paciente. A duração natural do processo é de alguns dias, raramente atingindo uma semana,
quando então começa o período de regressão da doença até o retorno da pele ao aspecto normal.
Podem ter como seqüelas a Febre reumática ou a Glomerulonefrite.

Abscessos
Caracteriza-se pelo acúmulo de secreção purulenta em qualquer parte do organismo em
conseqüência do deslocamento ou da desintegração de tecidos, e tem inicio a partir de uma
pequena lesão infectada do tecido, onde de maneira geral o organismo consegue bloqueara
infecção, evitando a sua disseminação. Os glóbulos brancos, que são a defesa do organismo
contra alguns tipos de infecção, migram através das paredes dos vasos sangüíneos na área da
infecção e se reúnem dentro do tecido lesado. É durante esse processo que se forma o pus, um
acúmulo de líquido, glóbulos brancos vivos ou mortos, tecido necrosado e bactérias.
O abscesso é visível, por seu aspecto hiperemiado, edemaciado e doloroso, porém em
determinadas áreas do corpo podem não ser tão evidentes, causando danos significativos.

Exemplos de Abscessos:
 Abscesso dentário – Consiste na coleção de pús resultante de uma infecção bacteriana na
polpa do dente. Geralmente é uma complicação da cárie dentária, podendo também resultar de
um trauma, onde a presença de uma porta de entrada no esmalte do dente propicia o
desenvolvimento da infecção que pode atingir desde a raiz até o osso da mandíbula.
 Abscesso na pele - Denominado abscesso cutâneo ou subcutâneo, e caracteriza-se pelo
processo descrito em uma ou mais camadas da pele. Consiste em uma lesão localizada, que
surge em seguida a uma infecção bacteriana, geralmente por estafilococos e desenvolvem a
partir de um ferimento pequeno ou mesmo como complicação de uma folículite ou furunculose.
Os abscessos podem obstruir e prejudicar o funcionamento dos tecidos mais profundos,
além de poderem se disseminar sistemicamente, causando complicações graves quando ocorrer
através da corrente sangüínea.

MRSA
Methicillin-resistant Staphylococcus aureus, ou Estafilococos aureus resistente a
meticilina – como estudamos no inicio desta aula, o estafilococos são bactérias comumente
transportadas na pele ou no nariz de pessoas saudáveis e nem sempre causa doença e quando
causam, são aqueles descritos no inicio desta aula. Mas o MRSA é diferente dos outros
Estafilococos por não ser destruídos por qualquer antibiótico, e como sua disseminação ocorre por
contato direto com a pele, como no aperto de mãos, ou por contato com objetos contaminados como
toalhas e termômetros, as complicações podem ser graves, em se tratando de pacientes
hospitalizados
Entre a sintomatologia apresentada pelo paciente colonizado com o MRSA, pode haver
febre alta, edema, quentura e dor em torno da ferida, cefaléia e fadiga.
A lavagem básica das mãos regularmente, é a melhor maneira para evitar o contágio e a
disseminação de todo e qualquer microrganismo, inclusive o MRSA. Já os pacientes hospitalizados
que apresentem a infecção deverão realizar seu tratamento com restrição de contato rigoroso, para
evitar a disseminação da bactéria por toda a unidade de saúde

KPC
Em outubro de 2010, os noticiários começaram a Deu no noticiário sobre a bactéalar
sobre a super bactéria, resistente a antibióticos. O que muitas pessoas não sabem é que a KPC
já havia sido isolada desde de 2003, e com o aumento do número de casos letais, a mídia
começou a informar sobre o assunto.
A Klebsiella pneuomonaie carbapenemase, é uma bactéria
Gram-negativas (enterobactérias), que produz uma enzima que
inativa os antibióticos, inclusive os utilizados como último recurso em
terapia antimicrobiana, como é o caso da Vancomicina e do
Imipeném, indicada para o tratamento do MRSA.
A KPC produz uma enzima (carbapenemase) que inativa
todos os antibióticos beta-lactâmicos, incluindo os carbapenêmicos, os
quais são usados em muitas infecções graves como último recurso
terapêutico.
Todos os casos registrados são de pessoas que estão ou estiveram internadas
recentemente, o que nos leva acreditar que assim como o MRSA, a KPC pode se tornar o maior
problema das Unidades de Saúde, uma vez que fora do ambiente hospitalar a bactéria não
oferece perigo. Outra semelhança entre as bactérias é a forma de transmissão através do contato
direto
Os sintomas são Entre os sintomas mais comuns podemos citar a febre, dores na bexiga
(em caso de infecção urinária), tosse (se for uma infecção respiratória). São sintomas
semelhantes as infecções comuns, ou seja, não existe nenhum sintoma característico.
O tratamento mais eficaz, consiste na associação de três antibióticos, o que o torna
extremamente dispendioso e bastante agressivo para paciente debilitados.
Gangrena
Caracteriza-se por uma infecção grave dos tecidos, causada pela bactéria Clostridium
perfringens, que em condições anaeróbicas (pouco oxigênio), produz toxinas que causam
necrose do tecido e sintomas associados.
A gangrena gasosa geralmente ocorre nos locais traumatizados ou em ferida cirúrgica
recente, iniciando-se repentinamente com um edema no local da lesão, extremamente doloroso,
de cor pálida passando para um vermelho-acastanhado. Pressionando-se a área inchada, pode-
se sentir uma sensação crepitante, revelando a presença do gás no tecido. Os bordos da área
infectada expandem-se rapidamente, destruindo todo o tecido.
Os sintomas sistêmicos surgem desde o início da infecção e consistem em sudorese,
febre e ansiedade. Se o paciente não receber tratamento, evolui para o choque, síndrome
caracteriza por queda da pressão sangüínea (hipotensão), insuficiência renal, coma e por fim,
óbito.

Exercícios de Fixação
1 – A Penicilina é o antibiótico mais importante no controle das infecções. Qual o antibiótico utilizado nos
indivíduos que são alérgicos a Penicilina:
(a) Amicacina
(b) Eritromicina
(c) Amoxicilina
(d) Vancomicina
2 – Qual a doença bacteriana considerada muito grave, que recentemente foi responsável por um surto epidêmico,
nos hospitais?
(a) Gripe suína
(b) Dengue
(c) MRSA
(d) Infecção por kpc
3 - A secreção presente em uma ferida, formada pelo acúmulo de líquido, glóbulos brancos vivos ou mortos,
tecido necrosado e bactérias, denomina-se:
(a) Sangue
(b) Pús
(c) Seroma
(d) Infecção
4 – A bactéria que não precisa de oxigênio para se multiplicar é chamada:
(a) Aeróbica
(b) Anaeróbica
(c) Patogênica
(d) Saprófita
5 – Medida mais importante para evitar infecção, junto a pacientes hospitalizados:
(a) Antibioticoterapia
(b) Lavar as mãos
(c) Repouso
(d) Restrição de contato
AULA 3 - Vírus e os agravos a saúde
http://www.youtube.com/watch?v=_a3kQnRZqZ4&feature=fvw

Os vírus são seres invisíveis ao olho nú, constituídos apenas por duas classes de
substâncias químicas - o ácido nucléico ( DNA ou RNA) e proteína. São seres acelulares e
100% parasitas, ou seja, todos os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios. O vírus invade
uma célula e faz com que ela trabalhe quase que exclusivamente para produzir novos vírus.
Desta forma a infecção viral geralmente causa profundas alterações no metabolismo celular,
podendo levar à morte das células afetadas.
Até o momento, poucas drogas se mostraram eficazes em destruir os vírus sem causar
sérios efeitos colaterais. Os antibióticos não servem para combater os vírus. Alguns tipos de
remédios servem apenas para tratar os sintomas das infecções virais. As vacinas são utilizadas
como método de prevenção, pois estimulam o sistema imunológico das pessoas a produzirem
anticorpos contra determinados tipos de vírus.
Apartir de agora estaremos estudando algumas viroses importantes para a saúde pública,
e que deve ser de conhecimento de todo profissional de enfermagem.

Influenza
Este é o agente etiológico da gripe, que causa uma doença respiratória aguda contagiosa
em humanos, e denominado de Myxovirus influenzae, e pertence à família Orthomyxoviridae.
Possuem grande habilidade em causar epidemias anuais e recorrentes devido à sua alta
variabilidade e grande capacidade de adaptação.

Estão divididos em Influenza A, B e C, mas somente os tipos A e B são de interesse em


humanos. São classificados de acordo com o tipo de nucleoproteína que possuem. Já os
subtipos, de acordo com variações nas glicoproteínas de superfície do vírus, chamadas
Hemaglutinina (HA) e Neuraminidase (NA). Assim, com relação aos subtipos de
hemaglutinina podem ser H1, H2, H3 até H16, e para a neuraminidase, N1, N2 até N9.
O material genético (RNA) resulta em altas taxas de mutações durante a sua fase de
replicação no interior das células do hospedeiro, principalmente em relação à hemaglutinina e
neuraminidase. Desta forma surgem novas variações do vírus, atiingindo a população qua ainda
não possui imunidade, já que a cada ano ele sofre variação.
A transmissão do vírus Influenza se dá através das secreções respiratórias contendo os
vírus, propagados por pequenas partículas de aerossol geradas durante o ato de espirrar, tossir
ou falar. Sendo que um único indivíduo infectado capaz de transmitir a doença para um grande
número de indivíduos susceptíveis. Uma vez que o vírus é inalado e chega nos pulmões, ele se
replica nas células epiteliais do trato respiratório e, à partir deste local se mistura às secreções
respiratórias, podendo assim infectar outras pessoas. Os surtos epidêmicos de Influenza
ocorrem, aproximadamente a cada 3 anos, predominantemente no inverno.
No ano de 2009,ocorreu uma Pandemia da doença respiratória, pelo vírus Influenza A
(H1N1) de origem suína, classificado pela OMS (Organização Mundial de Saúde), elevado ao
grau 6.
As manifestações clínicas aparecem subitamente. Inicialmente, os sintomas são cefaléia,
calafrios e tosse seca. Logo após, aparece a febre, a qual varia 38-40°C, e pode durar cerca de 3
dias e, após o seu desaparecimento podem ser evidenciados os sintomas respiratórios, tais como
secreção nasal, espirros e tosse. É importante considerar que uma infecção viral pode ser a
porta de entrada de muitas infecções bacterianas, inclusive as causadoras de pneumonias,
encefalopatias e miopatias.
Medidas Preventivas:
Lavagem das mãos com água e sabão, antes e após a qualquer procedimento, inclusive
antes de tocar os olhos, boca e nariz e após tossir, espirrar;
Proteger com lenços (preferencialmente descartáveis) a boca e nariz ao tossir ou
espirrar, para evitar disseminação de aerossóis;
Indivíduos com gripados devem evitar entrar em contato com outras pessoas
suscetíveis, evitando também aglomerações e ambientes fechados;
Manter os ambientes ventilados;
Indivíduos que sejam casos suspeitos ou confirmados devem ficar em repouso, utilizar
alimentação balanceada e aumentar a ingestão de líquidos;
Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal;

SORO CASEIRO
Em um copo com 200 ml de água filtrada e fervida, dilua um
punhado de açúcar e uma pitada de três dedos de sal. Misture e
prove. O soro deve ter um sabor semelhante a lágrima.
Rotavírus
O rotavírus é um gênero de vírus de RNA, cuja principal característica é a grande
resistência e alta contagiosidade do vírus.
A infecção pelo rotavírus se caracteriza por diarréia grave e freqüentemente
acompanhada de febre e vômito. Considerado o mais importante agente causador de
gastrenterites e óbitos em crianças menores de cinco anos, em todo mundo.
A transmissão fecal-oral ocorre pelo contato direto através de água ou alimentos, bem
como objetos e superfícies contaminados. Devendo ser tratado com a hidratação, uma vez que a
desidratação é o sintoma mais grave das infecções intestinais.
A prevenção das infecções por rotavírus é difícil, mas a manutenção das medidas
básicas de higiene, principalmente na orientação das crianças, são muito importantes para
prevenção deste distúrbio. O aleitamento materno é outro ponto importante para prevenção,
pois a mãe confere imunidade para o lactente, não apenas para o rotavírus, mas para muitas
outras patologias infecciosas.

O Retrovírus, possui como principal característica é a possuir a enzima


transcriptase reversa, capaz de produzir a molécula de DNA a partir do
RNA
HIV
Human immunodeficiency vírus, ou Vírus da Imunodeficência Humana, responsável por causar
a AIDS, (síndrome da imunodeficiência adquirida). Patologia que atua no sistema imunológico
do corpo, destruindo os linfócitos T, responsável por combater a infecção, incapacitando o
organismo de se defender. Desta forma este organismo fica propenso as chamadas infecções
oportunistas, pois tiram vantagens da fraqueza do organismo, daí a justificativa por se dizer que
ninguém morre de AIDS e sim de uma infecção da qual o organismo não teve condições de
defender-se.
O mecanismo de transmissão da AIDS se dá através do contato com o sangue e fluídos
corporais de pessoas contaminas:
 Transfusão sangüínea;
 Compartilhar agulhas;
 Acidentes biológicos;
 Contato sexual, sem uso de preservativos;
 Através da circulação materno-fetal ou aleitamento materno.
Como o HIV proporciona ao portador do vírus predisposição a infecções oportunistas, os
sintomas são em conseqüência do tipo de infecção que o individuo desenvolve. Porém as
manifestações clínicas associadas a AIDS, são os seguintes:
 Febre continua, com duração prolongada e sem causa aparente, acompanhada de
calafrios e sudorese;
 Perda de peso e anorexia;
 Fadiga;
 Mialgia e artralgia intensa;
 Enfartamento ganglionar ou linfonódulos;
 Diarréia prolongada, sem causa aparente;
Dentre as complicações que mais acometem os pacientes com AIDS, inclui-se a
Pneumonia, herpes, tuberculose e o Sarcoma de Kaposi.
Uma vez diagnosticado o vírus, o tratamento visa a manutenção do bom funcionamento do
sistema imunológico do paciente, através do monitoramento das células CD4 e o teste de
carga viral, além do tratamento medicamentoso antiviral com o chamado “coquetel”, prescrito
de acordo com o exame laboratorial do paciente.
anorexia – Perda de apetite
Mialgia – Dor muscular
Artralgia – Dor nas articulações
CD4 – Células que fazem parte dos glóbulos brancos que funcionam como indicadores de como está
funcionando o sistema imunológico da pessoa HIV positivo

Sarcoma de Kaposi - doença sistêmica multifocal maligna, que tem origem no endotélio vascular e
que tem uma evolução clínica muito variável. A manifestação mais freqüente desta doença é o
aparecimento de lesões cutâneas, mas também pode haver envolvimento das mucosas, sistema linfático
e vísceras, em particular do pulmão e tubo digestivo.

Principais drogas utilizadas no coquetel, também


denominadas ARV (Antiretrovirais)
INIBIDORES DA TRANSCRIPTASE REVERSA
ZIDOVUDINA (AZT) - cápsula de 100mg
ESTAVUDINA (D4T) - cápsula de 30mg
DIDANOSINA (DDI) - comprimido de 25 e 100mg
LAMIVUDINA (3TC) - comprimido de 150mg
ABACAVIR (ABC) - comprimido de 300mg
BIOVIR (AZT+3TC) - comprimido de 150 e 300mg
INIBIDORES DA TRANSCRIPTASE REVERSA
NEVIRAPINA (NVP) - comprimido de 200mg
EFAVIRENZ (EFV) - comprimido de 200mg
INIBIDORES DA PROTEASE
INDINAVIR (IDV) - cápsula de 400mg
NELFINAVIR (NFV) - comprimido de 250mg
SAQUINAVIR (SQV) - cápsula de 200mg
RITONAVIR (RTV) - cápsula de 100mg
AMPRENAVIR (APV) - cápsula de 150mg
LOPINAVIR (NPV) + RITONAVIR (RTV)
Hepatites Virais
Inflamação aguda do fígado causada por um dos 5 vírus da hepatite (tipos A, B.C.D.E),
que tem inicio súbito e dura na maioria dos casos, poucas semanas.
Os sintomas incluem anorexia, mal-estar geral, náuseas, vômitos, podendo ocorrer dor
articulares, urticária acompanhada de prurido. A seguir o paciente evolui para um quadro de
icterícia, podendo apresentar fezes descoradas e urina cor de Coca-cola. Estes sintomas tendem
a desaparecer ao final de 4 semanas, desde que o paciente faça repouso completo e tratamento
sintomático, com dieta hipolípidica.

Tipos Transmissão Características


Hepatite A Fecal-oral Forma branda, comum nos países em
desenvolvimento, raramente necessita de
internação e a prevenção deve ser com a lavagem
das mãos e dos alimentos e saneamento.
Hepatite B Sexual e Parenteral É a mais grave, podendo cronificar. Considerada
sangue, procedimentos doença ocupacional importante para os
invasivos, solução de profissionais de saúde. A prevenção se dá através
continuidade e mãe para da vacina que faz parte do Programa Nacional de
filho Vacinação.
Hepatite C Parenteral, sangue e Possui alto risco de se tornar crônica, porém na
hemoderivados e sexual maioria dos casos é assintomática.
Hepatite D Sexual e Parenteral Só acomete indivíduos portadores do VHB,
sangue, procedimentos geralmente apresenta quadro grave, ou até mesmo
invasivos, solução de fulminante, mas dificilmente crônico.
continuidade e mãe para
filho
Hepatite E Fecal-oral Especialmente grave nas gestantes, porém pouco
comum no Brasil.

Icterícia – Amarelidão de pele, mucosas e escleróticas.

Exercícios de Fixação
1 – O vírus da gripe muda anualmente. Identifique o tipo de vírus responsável por uma pandemia no ano de 2009:
(a) Influenza (B) H1N1
(b) Influenza (A) H1N1
(c) Influenza (B) H2N6
(d) Influenza (A) H1N6
2 – Vírus mucosas cujo principal sintoma, é diarréia intensa:
(a) Retrovírus
(b) Rotavírus
(c) Enterovírus
(d) Piconovirus
3 – Vírus da hepatite, mais grave, com grande capacidade para causar infecção crônica
(a) VHA
(b) VHB
(c) VHC
(d) VHD
4 – Termo técnico que corresponde a coloração amarelada da pele, das mucosas e da esclerótica:
(a) Hepatite
(b) Prurido
(c) Anorexia
(d) Icterícia
5 – Infecção oportunista, cujo agente etiológico faz farte da flora microbiana normal, muito comum no
paciente com AIDS:
(a) Hepatite
(b) Desinteria
(c) Sarcoma de Kaposi
(d) Candidíase
Micologia é o nome dado ao estudo dos fungos

AULA 4 - Fungos e os agravos a saúde


Os fungos são formas de vida bastante simples, mais muito prejudiciais para a saúde,
seres vivos eucariontes, estão presentes em vegetais mortos, animais em decomposição, mas
também temos aqueles presentes alimentos e outros dos quais podemos extrair substancias
benéficas a saúde.
O mofo é um tipo de fungo, que fica suspenso no ar, responsáveis por alergias
importantes. Outro problema ocasionado pelos fungos são as micoses que podem ser
classificadas em superficiais e cutâneas; sistêmicas ou profundas e as oportunistas.
Classificação das micoses
 Micoses superficiais e cutâneas
 Micoses sistêmicas ou profundas
 Micoses oportunistas

Micoses Acometem a epiderme e demais


superficiais e tecidos queratinizados, popularmente
cutâneas conhecido como tinha:
Tinha do Couro Cabeludo
Tinha da Barba
Tinha do Corpo
Tinha Crural (Inguinal)
Tinha dos Pés (Pé-de-atleta) Tinha das Unhas (onicomicoses) e “pé-de-atleta”
Tinha das Mãos
Tinha das Unhas (onicomicoses)

Tinha do Corpo
Micoses Acometem órgãos internos do corpo
sistêmicas ou ou se difundem pela circulação
profundas sanguínea.
Histoplasmose
Paracoccidioidomicose
Cromomicose,
Esporotricose
Zigomicose

Paracoccidioidomicose e Histoplasmose

Esporotricose
Micoses Criptococose
oportunistas Aspergilose (acomete os pulmões)
Candidíase

Criptococose e Candidíase

As micoses superficiais são geralmente assintomáticas, despertando maior interesse a


indústria de cosméticos, são de fácil diagnóstico e tratamento. A micose mais comum e que
mais incomoda a população é a chamada Psoríase Versicolor, comumente chamada micose de
praia ou Pano branco.

Psoríase Versicolor, embora conhecida como micose de praia, o agente etiológico faz parte
da flora cutânea das pessoas, e geralmente após exposição ao sol, a área com maior
concentração do fungo não se bronzeia. Ocorrem na maioria dos casos nas áreas mais
oleosas da pele, como a face, o pescoço e a região superior do tronco, com uma discreta
descamação da pele e muito raramente pode apresentar prurido.
O tratamento é simples, podendo ser oral ou tópico.

AULA 5 - Princípios de diagnóstico

Métodos de microscopia aplicados a bacteriologia (Coloração de gram e Ziehlneelsen)

Exercícios de Fixação
1 – Exemplo de um fungo não prejudicial a saúde, utilizado inclusive na culinária:
(a) Iogurte
(b) Bolor
(c) Cogumelo
(d) Organelas
2 – A onicomicoses, é uma infecção fungica que acomete qual estrutura do corpo?
(a) Couro cabeludo
(b) Unhas
(c) Pés
(d) Virilha
3 – Micose que se difunde pela corrente sanguinea:
(a) Superficial
(b) Sistêmica
(c) Oportunista
(d) Dérmica
4 – Prurido è um termo técnico que significa:
(a) Inchaço
(b) Vermelhidão
(c) Coceira
(d) Dor
5 – Tipo de fungo responsável por alérgias, e que pode causar infecção do trato respiratório:
(a) Mofo
(b) Bolor
(c) Levedo
(d) leveduras
Aula 5 – Princípios de diagnóstico

Métodos de microscopia aplicados a bacteriologia - Coloração de gram


A técnica de Gram ou coloração de Gram consiste em um procedimento que tem por
objetivo distinguir os dois principais grupos de bactérias pela microscopia óptica, que faz a
diferenciação com base na composição química e integridade da sua parede celular.
Utilizando-se um corante violeta especial, a bactéria que adquirir uma coloração roxa,
será gram positiva e a que adiquirir uma coloração rósea será gram negativa. Isto ocorre porque
a gram positiva ganha coloração roxa uma vez que sua parede celular, formada por
peptidoglicano, absorve a tinta, enquanto que as bactériaa gram negativa é rósea porque, apesar
de também ter parede celular, esta fica fica abaixo de uma membrana adicional, parecida com a
mebrana plasmática, característica deste grupo de bactérias, e por isso não faz a absorção do
corante.
Bactérias Gram-positivo Bactérias Gram-negativo
(apresentam cor púrpura) (apresentam cor vermelha)

Métodos de microscopia aplicados a bacteriologia - Técnica de Ziehl-Neelsen


Algumas bactérias são resistentes à técnica de coloração de Gram, como é o caso do agente
causador da hanseníase e da tuberculose, porém estas mesma bactéria resistem fortemente a
coloração, não perdendo nem com álcool absoluto, sendo denominas bactérias álcool-resistente.
O método de Ziehl- Neelsen tem como objetivo evidenciar esta resistência, através da aplicação
de ácido diluído em álcool que aplicados sobre as bactérias, vai descorá-las, exceto ácido-
álcool resistentes, que permanecem coradas de vermelho pela fucsina. Assim, ao serem
observadas após coloração e contraste, com azul de metileno, encontraremos as bactérias:

 Ácido-álcool resistentes: coradas de vermelho.


 Não ácido-álcool resistentes: coradas de azul.
Meios de cultura
É uma técnica para cultivar os microrganismos através de preparos contendo os
nutrientes necessários para o crescimento do microrganismo.
O meio de cultura deve ser puro para proporcionar um meio livre de organismo vivo
contaminante, por este motivo a manipulação de culturas puras deve ser feita sobb técnicas de
assepsia.
Podemos classificar os meios de cultura em:
 Estado físico – os meios de cultura podem ser líquidos ou sólidos, e este última utiliza-se uma
substância chamada Agar contido numa placa de Petri
 Composição química – depende da espécie a ser cultivada e conhecer o seu habitat natural,
ajuda a conhecer suas necessidades nutricionais. Utilizam-se basicamente dois tipos de
composição química, os sintéticos ou definidos, onde se conhece o tipo de bactéria a ser
cultivado, e os complexos, onde se utiliza ingredientes como peptonas e o meio LB, pois são
apropriados ao cultivo de diversos tipos de microrganismos.
 Objetivos funcionais – Podem ser seletivos ou diferenciais, para seleção e crescimento de um
determinado microrganismo ou na identificação de uma espécie em particular.

Antibiograma
Também chamado Teste de sensibilidade, consiste em um exame laboratorial que tem
por objetivo identificar o agente etiológico e o antibiótico específico para o qual o agente em
questão é sensível ou resistente.
O exame é realizado através da análise de um fluído corporal, que na temperatura
adequada, por um período de tempo que varia de 3 a 4 dias, quando é possível observar o
crescimento a olho nu, quando então se aplicam os antibióticos sobre as colônias e determina-
se qual a bactéria é resistente e qual é sensível.
Fluídos Corporais – Sangue, urina, expectoração, liquor, esperma, muco
cervical, etc.

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