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ENFERMAGEM
Aula 1 - Fundamentos da Microbiologia
Flora microbiana normal
Os microrganismos estão presentes em todo o meio ambiente, porém em um estado de
equilíbrio que não causam prejuízos, nem a natureza, nem ao homem, que possui em seu
próprio corpo distribuídos em órgãos como, a pele, a boca, no interior do sistema digestório e
até mesmo na genitália feminina, em um convívio pacífico.
É o que chamamos de Flora Microbiana normal, ou Flora Residente, que coloniza o
organismo humano, sem causar doença, pelo contrário, protege o organismo contra outros
microrganismos causadores de doenças. Quando ocorre qualquer alteração desta flora
microbiana, ela rapidamente se recupera.
A Flora Microbiana normal tem origem a partir do nascimento, pois o feto sadio é
estéril, mas no momento do nascimento, de acordo com o tipo de parto, já ocorre o contato com
a flora microbiana da mãe, na situação do parto normal. O tipo de alimentação imediatamente
após o nascimento também interfere na formação da flora e também o grau e o tipo de
exposição ao ambiente, de forma que algumas semanas após o nascimento o lactente já possui
um padrão de colonização semelhante ao do adulto.
Fatores ambientais como o tipo de dieta; a poluição ambiental; as condições sanitárias e
até mesmo os hábitos de higiene, influenciam as espécies que compõe a flora microbiana
residente, como:
Lactobacilos - vivem comumente no intestino dos indivíduos que consomem uma grande
quantidade de produtos laticínios;
Hemophilus influenzae - bactéria que coloniza as vias respiratórias dos indivíduos que
apresentam doença pulmonar obstrutiva crônica;
Pode ocorrer de em uma situação de desequilíbrio a bactéria da flora residente passa a causar
danos, como por exemplo, o Streptococcus pyogenes, que habita a garganta, pode levar a um
quadro de faringite estreptocócica (infecção da garganta)
As bactérias da flora normal também produzem bacteriocinas, mas contra as bactérias
invasoras. Normalmente a bactéria da flora normal vence, por estar em maior número, mas isso
pode se reverter dependendo da carga que infecta o individuo.
Odor da pele é resultado da interação das bactérias com as
nossas secreções.
Fatores de defesa do hospedeiro
Constituem a capacidade do hospedeiro resistir contra infecções, e podem ser divididos
em:
a) Fatores inespecíficos ou naturais – Que incluem idade, estresse físico e emocional, condição
nutricional; especificidade tecidual e defesas anatomofisiológicas que compreendem os
mecanismos constituídos por secreções, fluxos e movimentos e/ou microbiota normal ao nível
de trato respiratório, trato gastrointestinal, trato urogenital e conjuntiva, ou seja, de pele e
mucosas em geral.
b) Fatores específicos – Baseados na resposta imunológica do hospedeiro.
Estabelecimento de doenças infecciosas
A invasão e a multiplicação dos microrganismos que invadem o organismo é que
estabelecem a infecção. A aderência é um processo muito específico, envolvendo conexões do
tipo “chave–fechadura” entre a célula humana e o microrganismo. A permanência do
microrganismo próximo do local de invasão ou a sua disseminação a locais distantes depende
de fatores como, por exemplo, a produção de toxinas, enzimas ou outras substâncias. Alguns
microrganismos que invadem o corpo produzem toxinas, que são venenos que afetam células
próximas ou distantes.
As toxinas possuem componentes que se ligam especificamente a moléculas presentes
em determinadas células (células-alvo), onde causam doença. Algumas doenças infecciosas são
causadas por toxinas produzidas pelos microrganismos fora do corpo. Após a invasão, os
microrganismos devem multiplicar- se para produzir a infecção.
Podem ocorrer de 3 maneiras:
Os microrganismos continuam a se multiplicar e a superar as defesas do corpo. Esse
processo pode causar um dano suficiente para matar o indivíduo.
Em segundo lugar, pode ser obtido um estado de equilíbrio, produzindo uma infecção
crônica.
Em terceiro lugar, o indivíduo, com ou sem tratamento médico, pode erradicar o
microrganismo invasor. Esse processo restaura a saúde e, freqüentemente, provê uma
imunidade duradoura contra outra infecção causada pelo mesmo invasor.
Existem microrganismos causadores de doenças que apresentam propriedades que
aumentam a gravidade da doença e resistem aos mecanismos de defesa do corpo. Além de
produzirem alterações no sangue e em outros órgãos vitais.
Alterações Sangüíneas são detectáveis pela contagem dos leucócitos que comumente se
encontram aumentadas, pois são liberadas em maior quantidade pela medula óssea durante uma
infecção. Os Neutrófilos são os primeiros a aumentarem e caso a infecção persista os
monócitos também aumentam, já os eosinófilos, são um tipo de leucócitos que só aumentam
nas reações alérgicas ou nas infestações parasitarias. Porém em determinadas infecções, como
no caso da febre tifóide a contagem leucocitária diminui devido ao fato da infecção ser tão
grave que a medula óssea não consegue produzir leucócito suficientemente rápido para
substituir aqueles destruídos no combate à invasão.
As infecções também produzem um aumento na freqüência cardíaca; alteração no
débito cardíaco e diminuição na pressão arterial devido a dilatação vascular. A freqüência
respiratória tende a aumentar, tornando o PH do sangue mais ácido.
Relações Hospedeiro-Micróbio
Fisiologicamente a existência desta relação é tão real quanto na doença, que só é assim
caracterizado quando ocorre um desequilíbrio entre o hospedeiro e o microrganismo. A relação
também depende de múltiplos fatores inerentes tanto ao microrganismo, quanto ao hospedeiro:
Bactérias como microbiota normal (no organismo sadio, contribuem para equilíbrio
fisiológico);
Bactérias como agentes patogênicos (no organismo doente, infecções)
A gravidade e a localização da infecção podem variar de acordo com o hospedeiro,
devido ao seu estado de resistência e susceptibilidade, ou pode variar de acordo com a bactéria,
devido ao seu grau de patogenicidade e mecanismo de virulência.
Exercícios de Fixação
1 – Quando uma bactéria coloniza o organismo humano, protegendo ao invés de causar doença, recebe o nome de:
(a) Flora antimicrobiana normal
(b) Flora microbiana saprófita
(c) Flora microbiana normal
(d) Flora microbiana saprófita
2 - Em qual órgão do corpo a flora é transitória?
(a) Virilha
(b) Genitália feminina
(c) Axila
(d) Estômago
3 - Como são classificadas as bactérias que causam infecção no hospedeiro, em virtude do mesmo já estar doente?
(a) Patónas
(b) Clássicas
(c) Oportunistas
(d) Emergentes
4 – Quando uma bactéria invade o organismo humano, se multiplica, estabelecendo uma infecção, porém este
hospedeiro não apresenta nenhuma manifestação clínica, esta infecção recebe o nome de:
(a) Subclínica
(b) Sintomática
(c) Assintomática
(d) Susceptibilidade
5 – Identifique os elementos do sangue, cujo aumento detectável no exame de sangue, indica a existência de
infecção:
(a) Glóbulos brancos e plaquetas
(b) Glóbulos vermelhos e
(c) Leucócitos e Hematócrito
(d) Leucócitos, Neutrófilos e Eosinófilos
Principais doenças causadas por bactérias :
Tuberculose: Mycobacterium tuberculosis.
Hanseníase (lepra): (Mycobacterium lepra).
AULA 2 - Bactérias e os agravos a saúde Difteria: bacilo diftérico.
Coqueluche: Bordetella pertussis.
As bactérias são como perfume, não Pneumonia bacteriana: Streptococcus pneumoniae.
Escarlatina: Streptococcus pyogenes.
podemos vê-las, mais é impossível ignorar a sua Tétano: (Clostridium tetani).
presença. Elas resistem aos avanços da medicina Leptospirose: Leptospira interrogans.
e respondem por uma a quatro mortes que Tracoma: Chlamydia trachomatis.
ocorrem no mundo todo. Gonorréia ou blenorragia:, (Neisseria gonorrhoeae).
Estudaremos nesta aula as principais Sífilis: Treponema pallidum.
Meningite meningocócica: Neisseria meningitidis.
doenças bacterianas, importantes principalmente Cólera: Vibrio cholerae.
para pacientes dentro no processo hospitalar. Febre tifóide: Salmonella typhi.
Ao longo do curso de enfermagem outras
patologias serem estudas, mas podemos ver no quadro ao lado, uma relação mais ampla
dos problemas e agravos a saúde que as bactérias podem causar ao homem.
Estafilococos
São bactérias esféricas que formam colônias semelhantes a cachos de uva, sendo a
espécie mais freqüentemente envolvida nas infecções agudas em humanos e constituem um
grande desafio para a medicina, e por estarem presentes no meio ambiente, essas bactérias
habitam principalmente a pele e as mucosas, podendo também estar presentes no trato
respiratório, urinário e gastro-intestinal e o seu principal reservatório são as narinas.
Quando ocorre uma quebra na solução de continuidade da pele, cria-se a oportunidade
para a agressão. A resposta do sistema de defesa resulta no surgimento dos fenômenos
vasomotores que irão gerar calor, tumoração, dor no local e produção de pus. Também podem
provocar conjuntivites, pneumonias, meningites, endocardites e até mesmo septicemia.
O tratamento das Infecções pode ser um pouco difícil, pois o estafilococos possuem
uma incrível habilidade de adaptação e conseguiram desenvolver mecanismos próprios,
produzindo enzimas que destroem as penicilinas, mas hoje no Brasil a Oxacilina é o antibiótico
mais utilizado, que possui grande poder bactericida sobre o microrganismo. Entretanto, com o
uso indiscriminado destas drogas, criando uma pressão de seleção de bactérias resistentes e
induzindo o desenvolvimento de mecanismos de resistência, fica cada vez mais difícil combater
estas doenças
O surgimento de estafilococos resistente a este tipo de tratamento é uma realidade
presente no ambiente hospitalar, e que estudares ainda nesta aula.
Estreptococos
São bactérias Gram-positivas em forma de cocos e se diferenciam dos estafilococos por
formarem cadeias e constituem a principal população de microrganismos da cavidade
oral.
São microrganismos envolvidos em diversas patologias:
Faringite Estreptocócica - caracterizada por um curto período de incubação (2 a 3 dias),
febre alta (39 a 40ºC), calafrio, dor de cabeça e, freqüentemente, vômitos. As tonsilas ficam
avermelhadas podendo apresentar exsudado supurativo e os nódulos linfáticos cervicais
aumentam de tamanho tornando-se doloridos. Sugere-se que cerca de 20% dos casos são
assintomáticos (infecção subclínica).
Piodermites Estreptocócica - Fazem parte deste grupo a erisipela e o impetigo.
Pneumonias Estreptocócica - O Streptococcus pneumoniae é um dos agentes bacterianos
mais freqüentemente associados a infecções graves como pneumonia, meningite, septicemia e
otite média. Os pneumococos também têm sido relacionados a infecções oculares e,
ocasionalmente, isolados de fluido peritoneal, urina, secreção vaginal, exsudados de feridas
entre outros espécimes clínicos.
Os pneumococos são comumente encontrados no trato respiratório superior, podendo
desta forma ser aspirados para os alvéolos onde a bactéria prolifera e determina a reação
inflamatória característica da pneumonia. Isso só ocorre se a bactéria for capaz de escapar da
fagocitose. O indivíduo normal é geralmente bastante resistente à infecção pulmonar pelo
pneumococo devido a mecanismos de defesa que incluem o reflexo epiglotal, movimento ciliar,
reflexo da tosse, drenagem linfática e os macrófagos que patrulham os alvéolos. Assim, os
indivíduos que adquirem pneumonia estão com os mecanismos de defesa comprometidos
A penicilina é o antibiótico de escolha, porém em pacientes alérgicos o tratamento deve
ser realizado com a eritromicina.
impetigo São vesículas que progridem rapidamente para uma lesão recoberta por crosta espessa.
Aparentemente o microrganismo penetra pela pele através de lesões determinadas por trauma,
mordedura de insetos ou por dermatoses. O impetigo não costuma deixar cicatrizes por ser uma
infecção superficial e não atingir o tecido sub-epitelial. O impetigo ocorre com muita freqüência
em crianças no verão, sendo de localização preferencialmente facial, embora muitas vezes
predomine nas extremidades, espalhando-se para outras áreas do corpo por auto contaminação.
erisipela É uma infecção estreptocócica aguda de pele envolvendo a mucosas adjacentes algumas vezes.
Os locais mais freqüentemente comprometidos são a perna e a face. A lesão é dolorosa, de
coloração vermelha intensa, aparência lisa e brilhante e forma e extensão variáveis. Muitas
vezes a epiderme se descola, formando bolhas volumosas e tensas com conteúdo amarelo-
citrino não-purulento podendo evoluir para ulceração superficial. O mecanismo de transmissão
não é conhecido, mas a bactéria parece originar-se das vias aéreas superiores do próprio
paciente. A duração natural do processo é de alguns dias, raramente atingindo uma semana,
quando então começa o período de regressão da doença até o retorno da pele ao aspecto normal.
Podem ter como seqüelas a Febre reumática ou a Glomerulonefrite.
Abscessos
Caracteriza-se pelo acúmulo de secreção purulenta em qualquer parte do organismo em
conseqüência do deslocamento ou da desintegração de tecidos, e tem inicio a partir de uma
pequena lesão infectada do tecido, onde de maneira geral o organismo consegue bloqueara
infecção, evitando a sua disseminação. Os glóbulos brancos, que são a defesa do organismo
contra alguns tipos de infecção, migram através das paredes dos vasos sangüíneos na área da
infecção e se reúnem dentro do tecido lesado. É durante esse processo que se forma o pus, um
acúmulo de líquido, glóbulos brancos vivos ou mortos, tecido necrosado e bactérias.
O abscesso é visível, por seu aspecto hiperemiado, edemaciado e doloroso, porém em
determinadas áreas do corpo podem não ser tão evidentes, causando danos significativos.
Exemplos de Abscessos:
Abscesso dentário – Consiste na coleção de pús resultante de uma infecção bacteriana na
polpa do dente. Geralmente é uma complicação da cárie dentária, podendo também resultar de
um trauma, onde a presença de uma porta de entrada no esmalte do dente propicia o
desenvolvimento da infecção que pode atingir desde a raiz até o osso da mandíbula.
Abscesso na pele - Denominado abscesso cutâneo ou subcutâneo, e caracteriza-se pelo
processo descrito em uma ou mais camadas da pele. Consiste em uma lesão localizada, que
surge em seguida a uma infecção bacteriana, geralmente por estafilococos e desenvolvem a
partir de um ferimento pequeno ou mesmo como complicação de uma folículite ou furunculose.
Os abscessos podem obstruir e prejudicar o funcionamento dos tecidos mais profundos,
além de poderem se disseminar sistemicamente, causando complicações graves quando ocorrer
através da corrente sangüínea.
MRSA
Methicillin-resistant Staphylococcus aureus, ou Estafilococos aureus resistente a
meticilina – como estudamos no inicio desta aula, o estafilococos são bactérias comumente
transportadas na pele ou no nariz de pessoas saudáveis e nem sempre causa doença e quando
causam, são aqueles descritos no inicio desta aula. Mas o MRSA é diferente dos outros
Estafilococos por não ser destruídos por qualquer antibiótico, e como sua disseminação ocorre por
contato direto com a pele, como no aperto de mãos, ou por contato com objetos contaminados como
toalhas e termômetros, as complicações podem ser graves, em se tratando de pacientes
hospitalizados
Entre a sintomatologia apresentada pelo paciente colonizado com o MRSA, pode haver
febre alta, edema, quentura e dor em torno da ferida, cefaléia e fadiga.
A lavagem básica das mãos regularmente, é a melhor maneira para evitar o contágio e a
disseminação de todo e qualquer microrganismo, inclusive o MRSA. Já os pacientes hospitalizados
que apresentem a infecção deverão realizar seu tratamento com restrição de contato rigoroso, para
evitar a disseminação da bactéria por toda a unidade de saúde
KPC
Em outubro de 2010, os noticiários começaram a Deu no noticiário sobre a bactéalar
sobre a super bactéria, resistente a antibióticos. O que muitas pessoas não sabem é que a KPC
já havia sido isolada desde de 2003, e com o aumento do número de casos letais, a mídia
começou a informar sobre o assunto.
A Klebsiella pneuomonaie carbapenemase, é uma bactéria
Gram-negativas (enterobactérias), que produz uma enzima que
inativa os antibióticos, inclusive os utilizados como último recurso em
terapia antimicrobiana, como é o caso da Vancomicina e do
Imipeném, indicada para o tratamento do MRSA.
A KPC produz uma enzima (carbapenemase) que inativa
todos os antibióticos beta-lactâmicos, incluindo os carbapenêmicos, os
quais são usados em muitas infecções graves como último recurso
terapêutico.
Todos os casos registrados são de pessoas que estão ou estiveram internadas
recentemente, o que nos leva acreditar que assim como o MRSA, a KPC pode se tornar o maior
problema das Unidades de Saúde, uma vez que fora do ambiente hospitalar a bactéria não
oferece perigo. Outra semelhança entre as bactérias é a forma de transmissão através do contato
direto
Os sintomas são Entre os sintomas mais comuns podemos citar a febre, dores na bexiga
(em caso de infecção urinária), tosse (se for uma infecção respiratória). São sintomas
semelhantes as infecções comuns, ou seja, não existe nenhum sintoma característico.
O tratamento mais eficaz, consiste na associação de três antibióticos, o que o torna
extremamente dispendioso e bastante agressivo para paciente debilitados.
Gangrena
Caracteriza-se por uma infecção grave dos tecidos, causada pela bactéria Clostridium
perfringens, que em condições anaeróbicas (pouco oxigênio), produz toxinas que causam
necrose do tecido e sintomas associados.
A gangrena gasosa geralmente ocorre nos locais traumatizados ou em ferida cirúrgica
recente, iniciando-se repentinamente com um edema no local da lesão, extremamente doloroso,
de cor pálida passando para um vermelho-acastanhado. Pressionando-se a área inchada, pode-
se sentir uma sensação crepitante, revelando a presença do gás no tecido. Os bordos da área
infectada expandem-se rapidamente, destruindo todo o tecido.
Os sintomas sistêmicos surgem desde o início da infecção e consistem em sudorese,
febre e ansiedade. Se o paciente não receber tratamento, evolui para o choque, síndrome
caracteriza por queda da pressão sangüínea (hipotensão), insuficiência renal, coma e por fim,
óbito.
Exercícios de Fixação
1 – A Penicilina é o antibiótico mais importante no controle das infecções. Qual o antibiótico utilizado nos
indivíduos que são alérgicos a Penicilina:
(a) Amicacina
(b) Eritromicina
(c) Amoxicilina
(d) Vancomicina
2 – Qual a doença bacteriana considerada muito grave, que recentemente foi responsável por um surto epidêmico,
nos hospitais?
(a) Gripe suína
(b) Dengue
(c) MRSA
(d) Infecção por kpc
3 - A secreção presente em uma ferida, formada pelo acúmulo de líquido, glóbulos brancos vivos ou mortos,
tecido necrosado e bactérias, denomina-se:
(a) Sangue
(b) Pús
(c) Seroma
(d) Infecção
4 – A bactéria que não precisa de oxigênio para se multiplicar é chamada:
(a) Aeróbica
(b) Anaeróbica
(c) Patogênica
(d) Saprófita
5 – Medida mais importante para evitar infecção, junto a pacientes hospitalizados:
(a) Antibioticoterapia
(b) Lavar as mãos
(c) Repouso
(d) Restrição de contato
AULA 3 - Vírus e os agravos a saúde
http://www.youtube.com/watch?v=_a3kQnRZqZ4&feature=fvw
Os vírus são seres invisíveis ao olho nú, constituídos apenas por duas classes de
substâncias químicas - o ácido nucléico ( DNA ou RNA) e proteína. São seres acelulares e
100% parasitas, ou seja, todos os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios. O vírus invade
uma célula e faz com que ela trabalhe quase que exclusivamente para produzir novos vírus.
Desta forma a infecção viral geralmente causa profundas alterações no metabolismo celular,
podendo levar à morte das células afetadas.
Até o momento, poucas drogas se mostraram eficazes em destruir os vírus sem causar
sérios efeitos colaterais. Os antibióticos não servem para combater os vírus. Alguns tipos de
remédios servem apenas para tratar os sintomas das infecções virais. As vacinas são utilizadas
como método de prevenção, pois estimulam o sistema imunológico das pessoas a produzirem
anticorpos contra determinados tipos de vírus.
Apartir de agora estaremos estudando algumas viroses importantes para a saúde pública,
e que deve ser de conhecimento de todo profissional de enfermagem.
Influenza
Este é o agente etiológico da gripe, que causa uma doença respiratória aguda contagiosa
em humanos, e denominado de Myxovirus influenzae, e pertence à família Orthomyxoviridae.
Possuem grande habilidade em causar epidemias anuais e recorrentes devido à sua alta
variabilidade e grande capacidade de adaptação.
SORO CASEIRO
Em um copo com 200 ml de água filtrada e fervida, dilua um
punhado de açúcar e uma pitada de três dedos de sal. Misture e
prove. O soro deve ter um sabor semelhante a lágrima.
Rotavírus
O rotavírus é um gênero de vírus de RNA, cuja principal característica é a grande
resistência e alta contagiosidade do vírus.
A infecção pelo rotavírus se caracteriza por diarréia grave e freqüentemente
acompanhada de febre e vômito. Considerado o mais importante agente causador de
gastrenterites e óbitos em crianças menores de cinco anos, em todo mundo.
A transmissão fecal-oral ocorre pelo contato direto através de água ou alimentos, bem
como objetos e superfícies contaminados. Devendo ser tratado com a hidratação, uma vez que a
desidratação é o sintoma mais grave das infecções intestinais.
A prevenção das infecções por rotavírus é difícil, mas a manutenção das medidas
básicas de higiene, principalmente na orientação das crianças, são muito importantes para
prevenção deste distúrbio. O aleitamento materno é outro ponto importante para prevenção,
pois a mãe confere imunidade para o lactente, não apenas para o rotavírus, mas para muitas
outras patologias infecciosas.
Sarcoma de Kaposi - doença sistêmica multifocal maligna, que tem origem no endotélio vascular e
que tem uma evolução clínica muito variável. A manifestação mais freqüente desta doença é o
aparecimento de lesões cutâneas, mas também pode haver envolvimento das mucosas, sistema linfático
e vísceras, em particular do pulmão e tubo digestivo.
Exercícios de Fixação
1 – O vírus da gripe muda anualmente. Identifique o tipo de vírus responsável por uma pandemia no ano de 2009:
(a) Influenza (B) H1N1
(b) Influenza (A) H1N1
(c) Influenza (B) H2N6
(d) Influenza (A) H1N6
2 – Vírus mucosas cujo principal sintoma, é diarréia intensa:
(a) Retrovírus
(b) Rotavírus
(c) Enterovírus
(d) Piconovirus
3 – Vírus da hepatite, mais grave, com grande capacidade para causar infecção crônica
(a) VHA
(b) VHB
(c) VHC
(d) VHD
4 – Termo técnico que corresponde a coloração amarelada da pele, das mucosas e da esclerótica:
(a) Hepatite
(b) Prurido
(c) Anorexia
(d) Icterícia
5 – Infecção oportunista, cujo agente etiológico faz farte da flora microbiana normal, muito comum no
paciente com AIDS:
(a) Hepatite
(b) Desinteria
(c) Sarcoma de Kaposi
(d) Candidíase
Micologia é o nome dado ao estudo dos fungos
Tinha do Corpo
Micoses Acometem órgãos internos do corpo
sistêmicas ou ou se difundem pela circulação
profundas sanguínea.
Histoplasmose
Paracoccidioidomicose
Cromomicose,
Esporotricose
Zigomicose
Paracoccidioidomicose e Histoplasmose
Esporotricose
Micoses Criptococose
oportunistas Aspergilose (acomete os pulmões)
Candidíase
Criptococose e Candidíase
Psoríase Versicolor, embora conhecida como micose de praia, o agente etiológico faz parte
da flora cutânea das pessoas, e geralmente após exposição ao sol, a área com maior
concentração do fungo não se bronzeia. Ocorrem na maioria dos casos nas áreas mais
oleosas da pele, como a face, o pescoço e a região superior do tronco, com uma discreta
descamação da pele e muito raramente pode apresentar prurido.
O tratamento é simples, podendo ser oral ou tópico.
Exercícios de Fixação
1 – Exemplo de um fungo não prejudicial a saúde, utilizado inclusive na culinária:
(a) Iogurte
(b) Bolor
(c) Cogumelo
(d) Organelas
2 – A onicomicoses, é uma infecção fungica que acomete qual estrutura do corpo?
(a) Couro cabeludo
(b) Unhas
(c) Pés
(d) Virilha
3 – Micose que se difunde pela corrente sanguinea:
(a) Superficial
(b) Sistêmica
(c) Oportunista
(d) Dérmica
4 – Prurido è um termo técnico que significa:
(a) Inchaço
(b) Vermelhidão
(c) Coceira
(d) Dor
5 – Tipo de fungo responsável por alérgias, e que pode causar infecção do trato respiratório:
(a) Mofo
(b) Bolor
(c) Levedo
(d) leveduras
Aula 5 – Princípios de diagnóstico
Antibiograma
Também chamado Teste de sensibilidade, consiste em um exame laboratorial que tem
por objetivo identificar o agente etiológico e o antibiótico específico para o qual o agente em
questão é sensível ou resistente.
O exame é realizado através da análise de um fluído corporal, que na temperatura
adequada, por um período de tempo que varia de 3 a 4 dias, quando é possível observar o
crescimento a olho nu, quando então se aplicam os antibióticos sobre as colônias e determina-
se qual a bactéria é resistente e qual é sensível.
Fluídos Corporais – Sangue, urina, expectoração, liquor, esperma, muco
cervical, etc.