Você está na página 1de 41

Microbiologia e Parasitologia

2022 - 2023

1
Processo de Infeção – TRANSMISSÃO DOS MICRORGANISMOS

Os microrganismos patogénicos de “sucesso” têm de conseguir sair de um hospedeiro


e ser transmitidos a novos hospedeiros

A transmissão depende de três fatores:

O número de microrganismos a deixar o hospedeiro já infetado

A estabilidade dos microrganismos no ambiente


(p.e. resistência à desidratação, produção de esporos)

Eficiência da infeção - número de microrganismos requeridos para infetar um novo


hospedeiro
(p.e. apenas 10 células de Shigella dysenteriae são suficientes para provocar infeção num
novo hospedeiro. Mas são necessárias 106 células de Salmonella para provocar uma
intoxicação alimentar)

2
Microbiologia e Parasitologia | 1ºAno | 1ºSemestre| 2022-2023
Processo de Infeção – TRANSMISSÃO DOS MICRORGANISMOS

Tipos de transmissão humano-humano dos microrganismos

Aerosol

Saliva

Aerossóis ou saliva Transmissão fecal – oral Transmissão venérea


(Não é facilmente (controlável com medidas de (envolvidos fatores sociais)
controlável) saúde pública)

3
Microbiologia e Parasitologia | 1ºAno | 1ºSemestre| 2022-2023
Processo de Infeção – TRANSMISSÃO DOS MICRORGANISMOS

Transmissão vertical e horizontal

Transmissão horizontal (p.e. gripe)

Indivíduo Ar, água


infectado comida

Contacto,
Vectores ...

Óvulos, esperma,
Amamentação, contacto
placenta

Primeira
geração
Transmissão vertical
(p.e. HIV)

Segunda
geração

4
Microbiologia e Parasitologia | 1ºAno | 1ºSemestre| 2022-2023
Processo de Infeção – TRANSMISSÃO DOS MICRORGANISMOS

Transmissão vertical e horizontal

5
Microbiologia e Parasitologia | 1ºAno | 1ºSemestre| 2022-2023
Processo de Infeção – TRANSMISSÃO DOS MICRORGANISMOS

Tipos de transmissão reservatório/vetor-humano

Artrópodes Vertebrados Vetor - Reservatório


(vetores) (reservatórios) vertebrado
(p.e. malária) (p.e. toxoplasmose) (p.e. febre amarela)

6
Microbiologia e Parasitologia | 1ºAno | 1ºSemestre| 2022-2023
Processo de Infeção – TRANSMISSÃO DOS MICRORGANISMOS

Transmissão a partir de animais (Zoonoses)

Mordidelas Vectores Contacto Fezes


Arranhões

Raiva Fungos dermatófitos


Febre da carraça Toxoplasmose
(Microsporum)

7
Microbiologia e Parasitologia | 1ºAno | 1ºSemestre| 2022-2023
Processo de Infeção – TRANSMISSÃO DOS MICRORGANISMOS

Transmissão a partir de animais (Zoonoses)

8
Microbiologia e Parasitologia | 1ºAno | 1ºSemestre| 2022-2023
Infeção; transmissão 12min.

https://www.youtube.com/watch?v=1QLgXzyXOH0

9
Microbiologia e Parasitologia | 1ºAno | 1ºSemestre| 2022-2023
ALGUNS CONCEITOS DE IMPORTÂNCIA EM EPIDEMIOLOGIA

GLOSSÁRIO

10
Microbiologia e Parasitologia | 1ºAno | 1ºSemestre| 2022-2023
GLOSSÁRIO

DOENÇA é uma condição anormal que afeta negativamente o organismo e a estrutura


ou função de parte ou de todo o organismo, e que não é causada por um traumatismo
físico externo. As doenças são frequentemente definidas como condições médicas que
são associadas a sintomas e sinais específicos. Uma doença pode ser causada por
fatores externos tais como agentes patogénicos ou por disfunções internas.

AGENTE PATOGÉNICO, também chamado de AGENTE INFECCIOSO ou


AGENTE ETIOLÓGICO, é um organismo capaz de desencadear uma doença
infecciosa nos seus hospedeiros sempre que esteja em circunstâncias
favoráveis. Podem ser bactérias, vírus, protozoários, fungos ou parasitas
helmintos. O agente patogénico pode multiplicar-se no organismo do seu
hospedeiro, podendo causar infeções e outro tipo de complicações.
11
Microbiologia e Parasitologia | 1ºAno | 1ºSemestre| 2022-2023
GLOSSÁRIO

INFEÇÃO é a invasão dos tecidos corporais de um organismo hospedeiro por parte de


microrganismos capazes de provocar doenças. Constitui portanto uma reação do
organismo hospedeiro à multiplicação destes microrganismos e eventual produção de
toxinas. As infeções são causadas por agentes infecciosos, como os vírus, priões,
bactérias, nemátodes, artrópodes (carraças, ácaros, pulgas e piolhos) e por fungos.

PATOGENICIDADE capacidade que um agente infeccioso possui para


desencadear a doença.

VIRULÊNCIA capacidade que um agente infecioso possui para desencadear uma


doença grave.

SURTO é um aumento repentino do número de casos de uma doença numa determinada


região. Para ser considerado surto, o aumento de casos deve ser maior que o esperado
pelas autoridades.
12
Microbiologia e Parasitologia | 1ºAno | 1ºSemestre| 2022-2023
GLOSSÁRIO

EPIDEMIA quando um surto acontece em diversas regiões.

PANDEMIA quando a epidemia se espalha por diversas regiões do planeta.

ENDEMIA quando uma doença ocorre com muita frequência num determinado local.

ZOONOSES doenças infecciosas naturalmente transmitidas entre o homem e os


animais. Os agentes infecciosos podem ser microrganismos diversos, como bactérias,
fungos, vírus, helmintos e outros. Podem ser classificadas como antropozoonozes, ou
seja doenças primárias nos animais e que podem igualmente ser transmitidas também ao
homem e as zooantroponoses, que são doenças primárias do homem e podem ser
transmitidas a animais.

VETOR todo o ser vivo capaz de transmitir um agente infeccioso de um hospedeiro


para outro.
13
Microbiologia e Parasitologia | 1ºAno | 1ºSemestre| 2022-2023
GLOSSÁRIO

INCIDÊNCIA: o número de novos casos surgidos numa determinada população num


determinado intervalo de tempo.

PREVALÊNCIA: representa o número de casos de uma doença numa população, durante


um período determinado de tempo.

MORTALIDADE: o número de óbitos em relação ao número de habitantes.

MORBILIDADE: taxa de portadores de determinada doença em relação à população


total estudada, num determinado local e num determinado momento.

14
Microbiologia e Parasitologia | 1ºAno | 1ºSemestre| 2022-2023
TIPOS DE INFEÇÕES BACTERIANAS

Tipo Descrição Exemplos

Infeção Causada por um microrganismo num Disenteria causada por


primária hospedeiro saudável. Doença com decurso Shigella dysenteriae;
característico Pneumonia causada por
Streptococcus pneumoniae

Infeção Causada por microrganismos que fazem parte Feridas infetadas e


oportunista da flora comensal e que se instalam por complicadas com
motivos de falha de imunidade; em condições Pseudomonas spp.
normais estes microrganismos não causam
doença

Infeção Invasão microbiana subsequente a uma Infeção pulmonar


secundária infeção primária. O decurso é variável. bacteriana a seguir a uma
infeção pulmonar de origem
viral
15
TIPOS DE INFEÇÕES BACTERIANAS

Tipo Descrição Exemplos

Infeção Infeção confinada a uma área limitada Infeção ocular unilateral


localizada

Infeção Surgimento rápido de sintomas e uma longa Meningite;


aguda recuperação com desaparecimento gradual Infeções gastrintestinais
dos sintomas. Na convalescença já não há
sintomas específicos da doença mas o doente
ainda não recuperou totalmente as suas
forças.

Infeção Infeção que não é resolvida num curto espaço Doença hipertensiva;
crónica de tempo, definido usualmente em três Diabetes mellitus;
meses. As doenças crónicas são doenças que Maioria das doenças
não põem em risco a vida da pessoa num autoimunes
prazo curto, logo não constituem emergências
médicas 16
Microbiologia e Parasitologia | 1ºAno | 1ºSemestre| 2022-2023
TIPOS DE INFEÇÕES BACTERIANAS

Tipo Descrição Exemplos

Infeção Infeção que foge ao controle e os agentes Septicémia que se segue a


generalizada patogénicos disseminam-se por todo o uma infeção urinária
organismo pela corrente sanguínea complicada; Septicémia que
(septicémia ou sépsis), que pode levar à se segue a uma pneumonia
morte grave

Infeção Infeção em que há produção de pus Staphylococcus aureus


piogénica Streptococcus pyogenes
Pseudomonas aeruginosa

Infeção Infeção que surge repentinamente e de curso Meningite causada por


fulminante muito rápido Neisseria meningitidis

17
Microbiologia e Parasitologia | 1ºAno | 1ºSemestre| 2022-2023
RELAÇÃO MICRORGANISMO HOSPEDEIRO

MECANISMOS DE DEFESA CONTRA A INFEÇÃO

18
Microbiologia e Parasitologia | 1ºAno | 1ºSemestre| 2022-2023
AS DEFESAS DO ORGANISMO

O homem e os animais são dotados de defesas imunitárias inatas e adaptativas

❖ Quando um agente patogénico infeta e invade o organismo, os mecanismos de defesa


locais podem ser suficientes para impedir a replicação e a disseminação dos agentes
infecciosos, impedindo assim o desenvolvimento da doença. Estes mecanismos fazem
parte da nossa imunidade inata.

❖ Quando a imunidade inata é insuficiente para se opor à disseminação dos agentes


infecciosos, a imunidade adaptativa entra em ação, embora a sua eficiência máxima
seja só atingida num determinado espaço de tempo. Geralmente o sistema imunitário
adaptativo elimina o agente infeccioso invasor, permitindo a recuperação da doença.

❖ A imunidade adaptativa permite o armazenamento de células memória, de tal modo


que numa infeção subsequente com o mesmo agente infeccioso, a resposta é mais
rápida e eficaz.
Existe uma sinergia entre os dois tipos de resposta imunitária, sendo que a
imunidade adaptativa potencia a imunidade inata

19
Microbiologia e Parasitologia | 1ºAno | 1ºSemestre| 2022-2023
Características entre Imunidade Inata e Imunidade Adquirida/Adaptativa

20
Microbiologia e Parasitologia | 1ºAno | 1ºSemestre| 2022-2023
MECANISMOS DE DEFESA CONTRA A INFEÇÃO

IMUNOGÉNIOS

Qualquer agente capaz de induzir uma resposta imunitária

Composto estranho

Elevado peso molecular (proteínas; lipoproteínas; polissacáridos;


proteínas da membrana; toxinas)

Capacidade de ser degradado


(para interagir, p.e., com recetores das células T)

ANTIGÉNIOS

Qualquer agente capaz de se ligar especificamente a componentes da resposta imunitária


(p.e. células T e anticorpos)

21
Microbiologia e Parasitologia | 1ºAno | 1ºSemestre| 2022-2023
MECANISMOS DE DEFESA CONTRA A INFEÇÃO

Todos os imunogénios são antigénios mas...

Existem compostos incapazes de induzir uma resposta


imunitária por si só, mas que se ligam a componentes do
sistema imunitário induzidos especificamente contra eles
(p.e. substâncias de baixo peso molecular – antibióticos e
outras drogas)
Determinante
Proteína (antigénio)
antigénico

Determinantes antigénicos são


pequenas sequências de
aminoácidos, açúcares ou outros Determinante
antigénico

compostos. Podem ainda Determinante


antigénico

corresponder a locais resultantes de


Anticorpos
conformações estruturais
(determinantes conformacionais) 22
Microbiologia e Parasitologia | 1ºAno | 1ºSemestre| 2022-2023
MECANISMOS DE DEFESA CONTRA A INFEÇÃO

Imunidade celular (mediada por células)

Resposta imunitária mediada por células

Imunidade humoral

Resposta imunitária envolvendo anticorpos (ou imunoglobulinas)

Anticorpos (ou imunoglobulinas)

Proteínas solúveis formadas durante uma resposta imunitária e que


se ligam especificamente a um determinado antigénio.

Estão presentes no soro e noutras secreções.

23
Microbiologia e Parasitologia | 1ºAno | 1ºSemestre| 2022-2023
MECANISMOS DE DEFESA CONTRA A INFEÇÃO

Os anticorpos, ou outros recetores específicos do sistema


ANTICORPOS imunitário, não interagem com toda a extensão dos antigénios,
mas sim com os chamados determinantes antigénicos, ou
epitopos.

Determinante
Proteína (antigénio)
antigénico

Determinante
antigénico

Determinante
antigénico

Anticorpos

24
Microbiologia e Parasitologia | 1ºAno | 1ºSemestre| 2022-2023
MECANISMOS DE DEFESA CONTRA A INFEÇÃO

SUBTIPOS DE ANTICORPOS

25
Microbiologia e Parasitologia | 1ºAno | 1ºSemestre| 2022-2023
MECANISMOS DE DEFESA CONTRA A INFEÇÃO

Propriedades da resposta imunitária específica

Especificidade
Cada novo microrganismo invasor interage com o sistema imunitário antes que
ocorra uma resposta imunitária. Essa resposta é dirigida contra antigénios
presentes nesse agente patogénico particular

Memória
Uma segunda exposição ao mesmo antigénio produz uma resposta imunitária
mais rápida (princípio da vacinação)

Tolerância
Incapacidade de gerar uma resposta imunitária contra antigénios próprios

26
Microbiologia e Parasitologia | 1ºAno | 1ºSemestre| 2022-2023
MECANISMOS DE DEFESA CONTRA A INFEÇÃO

ORIGEM DOS COMPONENTES DO SISTEMA IMUNITÁRIO

Os componentes do sistema imunitário que têm a sua origem na medula óssea circulam no
organismo através da corrente sanguínea e sistema linfático

Todas as células sanguíneas derivam de


células progenitoras, (células-tronco
hematopoiéticas da medula), que se
diferenciam em células progenitoras
mielóides e linfóides.

27
Microbiologia e Parasitologia | 1ºAno | 1ºSemestre| 2022-2023
MECANISMOS DE DEFESA CONTRA A INFEÇÃO

Célula-tronco pluripotente
Hematopoiese (medula óssea)

Precursor Precursor linfóide


mielóide comum

Maturação na
Maturação medula óssea
Plaquetas no timo

Células T Células B

Monócitos Células brancas, ou


Mastócitos leucócitos, envolvidas
na fagocitose
Leucócitos polimorfonucleares Circulam na corrente
(neutrófilos, basófilos e eosinófilos) sanguínea
Células de
‘memória’
Macrófagos Plasmócitos

28
Microbiologia e Parasitologia | 1ºAno | 1ºSemestre| 2022-2023
MECANISMOS DE DEFESA CONTRA A INFEÇÃO

Célula-tronco pluripotente
Hematopoiese (medula óssea)

Precursor Precursor linfóide


mielóide comum

Maturação na
Maturação medula óssea
Plaquetas no timo

Produto da diferenciação das


Células T Células B
células B; memória do sistema
imunitário Monócitos
Mastócitos
Maturação na medula óssea

Leucócitos polimorfonucleares
(neutrófilos, basófilos e eosinófilos)
Células de
‘memória’
Macrófagos Plasmócitos

29
Microbiologia e Parasitologia | 1ºAno | 1ºSemestre| 2022-2023
MECANISMOS DE DEFESA CONTRA A INFEÇÃO

Célula-tronco pluripotente
Hematopoiese (medula óssea)

Precursor Precursor linfóide


mielóide comum

Maturação na
Maturação medula óssea
Plaquetas no timo

Células T Células B

Monócitos
Mastócitos

Leucócitos polimorfonucleares
(neutrófilos, basófilos e eosinófilos)
Células de
‘memória’
Macrófagos Plasmócitos
30
Microbiologia e Parasitologia | 1ºAno | 1ºSemestre| 2022-2023
MECANISMOS DE DEFESA CONTRA A INFEÇÃO

Timo
É uma glândula linfóide primária
Órgãos linfóides primários especializada, onde linfócitos
T amadurecem.

Locais onde ocorrem as primeiras etapas da diferenciação dos Timo

linfócitos B e T e a primeira expressão dos recetores


específicos de antigénios (p.e. anticorpos) – Medula óssea e
timo Medula
óssea

Órgãos linfóides secundários


Baço

Locais onde ocorre a proliferação e diferenciação


Nódulos linfáticos
dependente do contacto com antigénios dos linfócitos B e T
maduros – Nódulos linfáticos, Baço e MALT
(agrupamentos de células linfóides, instalados junto às
superfícies das mucosas, que protegem as superfícies
digestiva, respiratória e urogenital)
31
Microbiologia e Parasitologia | 1ºAno | 1ºSemestre| 2022-2023
MECANISMOS DE DEFESA CONTRA A INFEÇÃO

Tecido linfóide associado à mucosa (MALT) Nódulos


Sistema que liga estruturas linfáticas dos tratos Timo linfáticos

respiratório e gastrointestinal. Inclui amígdalas,


apêndice e as placas de Peyer do intestino delgado

Tecido linfóide Baço


Medula óssea associado à
mucosa (MALT)
Local da hematopoiese, onde células-tronco
pluripotentes dão origem aos elementos Medula óssea
celulares do sangue (p.e. eritrócitos,
monócitos, plaquetas e linfócitos)

Baço
Órgão ligado ao sistema sanguíneo que filtra
substâncias estranhas em circulação no sangue.
Composto de polpa branca (rica em linfócitos) e de
polpa vermelha (rica em eritrócitos e macrófagos)

32
Microbiologia e Parasitologia | 1ºAno | 1ºSemestre| 2022-2023
MECANISMOS DE DEFESA CONTRA A INFEÇÃO

Nódulos linfáticos
Nódulos
Órgão onde linfócitos B e T maduros contactam Timo
linfáticos
com antigénios que chegam a partir dos vasos
linfáticos. Tal como o baço em relação ao sistema
sanguíneo, os nódulos linfáticos filtram Tecido Baço
linfóide
substâncias estranhas em circulação na linfa. associad Medula óssea
o à
mucosa
(MALT)

Canal aferente
(entrada de células
e antigénios)

Paracórtex
Células T
Medula
Plasmócitos Córtex
APC e Células B
Timo
Canal eferente É uma glândula linfóide primária
(saída de células
e anticorpos)
especializada, onde linfócitos
T amadurecem.

Esquema da estrutura de um nódulo linfático

33
Microbiologia e Parasitologia | 1ºAno | 1ºSemestre| 2022-2023
MECANISMOS DE DEFESA CONTRA A INFEÇÃO

Imunidade específica

A imunidade específica envolve os Linfócitos B e T,


originários de uma mesma célula precursora na medula óssea.

As Células B amadurecem na medula óssea em mamíferos e


na Bursa de Fabricius em aves

Responsáveis pela interação com antigénios, produção


de anticorpos (Plasmócitos) e memória do sistema Bursa Fabricius
imunitário (Células de memória)

Distinguem-se das células T pela presença de recetores


de imunoglobulina na sua superfície e reconhecem os
antigénios na sua conformação nativa

Concentram-se nos nódulos linfáticos onde contactam


com antigénios 34
Microbiologia e Parasitologia | 1ºAno | 1ºSemestre| 2022-2023
Imunidade específica

As Células T amadurecem no timo

Têm recetores específicos para antigénios na sua


superfície (TCRs)

O antigénio é apresentado aos TCRs por uma célula


apresentadora de antigénios (p.e. macrófago)

O antigénio reconhecido pelos TCRs não está na sua


forma nativa. São pequenos péptidos derivados do
imunogénio intacto que foi degradado nos lisossomas
dos fagócitos

35
Microbiologia e Parasitologia | 1ºAno | 1ºSemestre| 2022-2023
Imunidade específica

Diferentes tipos funcionais de


Células T Medula óssea

Duas grandes subpopulações de células T


distinguem-se pela presença de proteínas
específicas à superfície: CD4 e CD8
Receptor da célula T
Timo

Células auxiliares TH1


(TH1 inflamatórias)

Responsáveis pelo recrutamento e


ativação de células não
específicas (p.e. fagócitos)
TH1 (Células T
inflamatórias) TC (Células T
TH2 (Células T citotóxicas)
auxiliares)

Células auxiliares TH2


Células TC (citotóxicas)
Matam células estranhas que apresentem um
Ativam as células B a produzir
determinado antigénio excretando, p.e. as
largas quantidades de anticorpos
citocinas.
36
Microbiologia e Parasitologia | 1ºAno | 1ºSemestre| 2022-2023
37
Microbiologia e Parasitologia | 1ºAno | 1ºSemestre| 2022-2023
MECANISMOS DE DEFESA CONTRA A INFEÇÃO

Fagócitos

Leucócitos polimorfonucleares (PMNs)


(Células móveis; Tempo de vida reduzido;
Predominantemente no sangue e medula óssea;
Podem aparecer em tecidos sujeitos a infeção)

Monócitos
Células circulantes que se diferenciam em macrófagos;
Presentes nos sistemas sanguíneo e linfático

Macrófagos
Células grandes, que ingerem e eliminam a maioria dos
agentes patogénicos e antigénios; Cooperam com
linfócitos na produção de uma resposta imunitária
específica; São APCs - Células apresentadoras de
antigénios; Fixam-se a superfícies; Abundantes no tecido
linfóide e baço

38
Microbiologia e Parasitologia | 1ºAno | 1ºSemestre| 2022-2023
Fagocitose

Bactérias Núcleo
Lisossomas

Fagócito
Os fagócitos aderem aos microrganismos, a sua
Fagossoma
membrana invagina e ingere as células estranhas
Fagolisossoma
num complexo (fagossoma) que, eventualmente, Subprodutos
da digestão
se funde com os lisossomas (fagolisossoma)

39
Microbiologia e Parasitologia | 1ºAno | 1ºSemestre| 2022-2023
Imunodiagnóstico

40
Microbiologia e Parasitologia | 1ºAno | 1ºSemestre| 2022-2023
Antigénios e anticorpos

https://www.youtube.com/watch?v=qCRwuxDpthY
3.30 min
https://www.youtube.com/watch?v=zQGOcOUBi6s
6.30 min

41
Microbiologia e Parasitologia | 1ºAno | 1ºSemestre| 2022-2023

Você também pode gostar