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2022 - 2023
Microbiologia e Parasitologia
Equipa pedagógica:
2. Conteúdo programático
2.1. Diferenciar organismos procariotas e eucariotas e conhecer as principais características
e diferenças.
2.2. Conhecer as características gerais das bactérias, fungos, protozoários, helmintas e vírus
(com destaque para a sua morfologia, metabolismo, crescimento e patogenicidade).
2.3. Conhecer os principais tipos de interação entre os agentes microbianos, o meio
ambiente e os seus hospedeiros (incluindo o Homem).
2.4. Conhecer o ciclo infeccioso dos agentes microbianos clinicamente mais relevantes.
2.5. Conhecer os principais métodos utilizados para o diagnóstico e controlo de
microrganismos infecciosos.
2.6. Conhecer os biocidas usados na profilaxia e controlo de agentes microbianos e
parasitários.
2.7 Reconhecer o impacto das boas práticas no controlo das infeções nosocomiais.
A Microbiologia é a área da Biologia que se dedica ao estudo dos microrganismos, ou seja, das
formas de vida que só podem ser vistas com a ajuda dum microscópio, como bactérias, vírus,
fungos, algas e protozoários. Alguns grupos podem ser visíveis a olho nu, quando se encontram
agrupados em forma de colónias da mesma espécie, como os fungos e as bactérias. Constitui uma
aqueles que são suscetíveis de causar doenças infecciosas e engloba as seguintes áreas:
• Bacteriologia,
• Virologia e
• Micologia
A Parasitologia é a área da Biologia que se dedica ao estudo dos parasitas, os seus hospedeiros
❑ Apenas uma minoria das espécies está envolvida em processos patológicos. A maioria
dos microrganismos desempenha funções vitais para a manutenção da vida no planeta
sendo os agentes primários de processos biogeoquímicos nos ciclos do carbono,
nitrogènio, fósforo, enxofre, ferro e outros minerais, processos críticos para a
sustentação da vida na Terra.
1796 – Edward Jenner: Primeira vacina contra a varíola humana a partir de material
infeccioso proveniente de lesões de varíola bovina (mais benigna) e aplicada com uma
agulha bifurcada. A palavra vacina provém de Variolae vaccinae – Varíola Bovina
infeccioso
retorná-la
1944 – Avery, MacLeod & McCartey: DNA é o material genético - o DNA das bactérias mortas seria o
responsável pela transmissão da virulência para as bactérias vivas
1866: Ernst Haeckel – Mapeou uma árvore genealógica que relaciona todas as formas de
Vida. Três Reinos: Animalia, Plantae, Protista (organismos simples: bactérias, protozoários,
fungos e algas)
Eucariontes
1969: Robert Whittaker – Estabeleceu 4
reinos:
- Animalia
Procariontes
- Plantae
- Fungi
- Protista
Eucariontes
Procariontes
❑ Procariontes ou Procariotas
1. Archaea
Também designadas de arqueobactérias diferenciam-se das bactérias por:
- paredes celulares constituídas de polissacarídeos, glicoproteínas ou proteínas, não
apresentando peptidoglicanos, substâncias presentes na constituição das paredes das bactérias;
- os lipídos que constituem as membranas celulares também são diferentes das membranas dos
demais seres vivos;
- a estrutura do RNA assemelha-se mais ao dos organismos eucariontes que das bactérias;
- a maioria das Archae são autotróficas quimiossintetizantes, enquanto as bactérias podem
apresentar diversos tipos de vida. Esta característica permite que elas vivam em locais
extremos, onde muitos outros organismos não sobreviveriam. Geralmente esses organismos
apresentam características que não só os permitem sobreviver nesses ambientes extremos.
Dividem-se em:
a) Halófilos extremos
b) Termófilos extremos
c) Metanogénicos Microbiologia e Parasitologia | 1ºAno | 1ºSemestre| 2022-2023
Domínios: Eukaria, Bacteria, Archaea
❑ Procariontes ou Procariotas
2. Bacteria
❑ Eucariontes ou Eucariotas
Animalia Fungi
Protista Animalia
Plantae Protista
Microscópio ótico
Bactérias
Fungos
Células
sanguíneas
Bactérias
Células do sangue
Fungos
❑ FUNÇÕES
- Rigidez (Forma das células)
- Impedir lise osmótica
- Facor de patogenicidade
- Proteção contra substâncias tóxicas
❑ COMPOSIÇÃO:
- Bactérias: peptidoglicano; gram+/gram-
(Algumas exceções: Planctomycetes e Chlamydiales (glicoproteínas);
Micobactérias (Peptidoglicano+ácidos micólicos+arabinogalactano)
- Árqueas: heteropolissacáridos, (glico)proteínas
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Estrutura Bacteriana
Parede Celular
GRAM-NEGATIVAS
GRAM-POSITIVAS
Cápsula
❑ FUNÇÕES:
- Resistência à secura (dissecação)
- Aderência a superfícies (biofilmes) ou a outras células (p.e. tecido animal)
- Evita a fagocitose (factor de patogenicidade)
- Impede a ação de substâncias tóxicas e vírus
❑ CAMADA VISCOSA
❑ COMPOSIÇÃO: Polissacáridos (e.g. Streptococcus, Azotobacter, Escherichia, Pseudomonas);
Polipeptidos (e.g. Bacillus)
Membrana Plasmática
❑ FUNÇÕES:
- Fronteira do citoplasma (integridade celular)
- Transferência de massa (transporte de solutos)
- Metabolismo (cadeias de transporte electrões: resp./fotoss.)
- Receptores (quimiotactismo)
Hopanoide em vez de
colesterol, excepto
Mycoplasma
Bases púricas/pirimídicas
Fosfato
Pentoses (Ribose/Desoxiribose)
Ligação glicosídica
In Madigan et al.
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Estrutura Microbiana
Emparelhamento específico e
complementar entre as bases
púricas e pirimídicas (A – T e G – C)
assegura a complementaridade
entreque as 2 cadeias
Diferencia-se em
• RNA mensageiro (RNAm) – responsável pela
transferência de informação genética contida no
DNA (de como deve ser a sequência da proteína)
para os ribossomas, utilizando a sequência das
bases A-T-G-C.
• RNA de transporte (RNAt) – leva os AA
necessários ao ribossoma
• RNA ribossomal (RNAr) – parte constituinte onde
se realiza a síntese proteica, possuindo uma
atividade catalítica na ligação dos aminoácidos
• Pequenas moléculas de RNA que regulam a
produção e a atividade de outras proteínas ou
outros RNAs.
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Código genético
Código genético é a relação entre a sequência de bases no DNA e a sequência correspondente de
aminoácidos na proteína. É nele que está contida toda a informação que rege a sequência dos
aminoácidos codificada pelo encadeamento de nucleótidos.
Codões de iniciação
AUG - Metionina
❑ As bactérias reproduzem-se por divisão binária, em que uma célula parental divide-se,
originando duas células-filhas. O tempo de duplicação (geração) das bactérias varia de 20
minutos, como no caso de Escherichia coli, a mais de 24 horas, no caso de Mycobacterium
tuberculosis.
Microrganismo Td
Saccharomyces cerevisiae 2 h (30 ºC)
Escherichia coli 20-30 min (40 ºC)
Mycobacterium tuberculosis 12 h (37 ºC)
Euglena gracilis 11 h (25 ºC)
Paramecium caudatum 10 h (26 ºC)
❑ FASE lag: é uma fase de intensa atividade metabólica principalmente síntese de enzimas e de
moléculas variadas e as células não se dividem; pode durar de alguns minutos a muitas horas.
❑ FASE log (logarítmica): As células iniciam seu processo de divisão entrando no período de
crescimento. Durante esta fase, a reprodução celular encontra-se extremamente ativa, e o
tempo de geração atinge um valor constante, constituindo o período de maior atividade
metabólica da célula.
N0
td
2N0 2td
3td
22N0
ntd
23N0
2nN0
Meios de Cultura são preparados químicos utilizados em laboratório para a realização de diversos
tipos de análises laboratoriais e em cuja composição participam vários nutrientes que permitem o
crescimento dos microrganismos em condições artificiais.
O meio de cultura deverá conter os nutrientes, ou
seja deve ser adaptado às necessidades, dos
diferentes tipos de microrganismos.
O que se pretende?
• Diagnóstico clínico
• Propagar os microrganismos, pois por vezes,
Meios sólidos Meios líquidos
ocorrem em número reduzido na amostra
• Caraterizar e diferenciar os microrganismos
através da observação morfológica das suas
colónias e pela capacidade de produzirem
alterações químicas nos diferentes meios de
Meios de cultura em Meios de cultura em cultura.
Placas de Petri tubo
Água Substâncias
Fonte de O2 e H2
inibidoras
destilada, bi-destilada, Mesmos compostos
desionizada usados como fonte de Corantes,
carbono e energia antimicrobianos, sais
biliares
Agentes
Fonte de Carbono Fonte de Azoto
gelificantes
autotróficos N2 atmosférico, Conferem consistência
heterotróficos compostos inorgânicos aos meios de cultura:
Comercial - peptonas agar
Elementos Tampões
Fonte de Energia
essenciais
fototróficos micronutrientes Soluções químicas que
impedem a variação de
quimiotróficos aminoácidos, vitaminas, pH
purinas e pirimidinas
COMPOSIÇÃO COMPOSIÇÃO
Peptona de caseína (bovina) ........................................... 15g Peptona de caseína………………………………..... 15, g/L
Peptona de soja..................................................................5g Peptona de carne………………………………….. …1,5 g/L
Cloreto de sódio .................................................................5g Peptona de gelatina……………………………….....17,0 g/L
Agar ................................................................................. 15g Sais biliares (mistura)…………………………………1,5 g/L
Sangue (carneiro)...........................................................50 ml Lactose………………………………………………. 10,0 g/L
Água destilada.................................................................... 1L Cloreto de sódio……………………………………… 5,0 g/L
pH 7,3 Vermelho neutro…………………………………….. 0,03 g/L
Cristal Violeta………………………………………. 0,001 g/L
Ágar…………………………………………………… 13,5 g/L
BRAIN HEART INFUSION BROTH Água destilada………………………………………… q.s.p.
pH final 7,1 ± 0.20
COMPOSIÇÃO
Infusão cérebro-coração………………………………. 17,5 g/L
Peptona…………………………………………………...10,0g/L
Dextrose …………………………………………………..2,0 g/L
Cloreto de sódio…………………………………………. 5,0 g/L
Fosfato dissódico …………………………………………2,5 g/L
Água Destilada …………………………………………….q.s.p.
pH final 7,4 ± 0,2
1 2
3
1- Agar sangue n/inoculado
2- Staphylococcus aureus
(hemólise +)
3 – Staphylococcus spp
(hemólise -) Haemophylus - satelitismo
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Tipos de Meios de Cultura (Consistência)
Meios líquidos
a) Sem agar
b) Não permitem separar colónias
c) São utilizados como meios de
enriquecimento, para repicagens, para
provas bioquímicas
Meios semi-sólidos
a) 0,8% a 0,5% agar
b) Utilizados para verificação da mobilidade
dos microrganismos e como meios de
conservação
Meios sólidos
a) 1 a 2% de agar
b) Utilizados para isolamento primário de
culturas, bem como para separar colónias
❑ Estria ❑ Incorporação
❑ Superfície
❑ Em picada ❑ Rampa
Anaerobiose
O2 ≤0,1%
CO2 >15%
Microaerofilia
O2 (6% a 12%)
CO2 (5% a 8%)
Placas em incubação em atmosfera normal
O2
Jarras de anaerobiose/microaerofilia
Anaerobiose
O2 ≤0,1%
CO2 >15%
Microaerofilia
O2 (6% a 12%)
CO2 (5% a 8%) Microbiologia e Parasitologia | 1ºAno | 1ºSemestre| 2022-2023
Atmosfera gasosa para o Crescimento Microbiano
Condições de incubação – Concentração de CO2
A maioria das bactérias, bolores e leveduras são inibidas, mas não são destruídos em
atmosfera com 5 a 50 % de CO2 (v/v). Uma concentração de 10%, reduz até 50% as
contagens totais de microrganismos. No entanto há algumas bactérias que necessitam de
CO2 para o seu crescimento. Exemplo: Brucella abortus (agente causal da Brucelose Bovina)
CONCENTRAÇÃO DE OXIGÉNIO
TEMPERATURA
(P >> 1 atm)
❑ Meios sólidos
• Uma colónia é composta por um grande número de células bacterianas que crescem à
superfície ou em profundidade, possibilitando a sua visualização a olho nú
• Uma colónia inicia-se a partir duma ou mais células que depois se multiplicam
exponencialmente
Conceitos fundamentais
Desinfeção
Utilização de substâncias físicas ou químicas com vista à remoção parcial ou total de agentes
patogénicos potenciais em objetos ou superfícies. Os esporos bacterianos e alguns
microrganismos resistentes (Mycobacterium tuberculosis, vírus e fungos) poderão permanecer
viáveis
Antisépsia
Utilização de substâncias químicas com vista à inibição ou eliminação parcial de agentes
patogénicos na pele ou em tecidos vivos
MÉTODOS FÍSICOS
Esterilização pelo calor
• Água em ebulição:
É o vapor de água livre (100ºC/20 min.). Destrói as formas vegetativas e alguns endósporos
(dependendo da temperatura e da espécie de microrganismo). A maioria dos endósporos e
alguns vírus, como o do Hepatite podem sobreviver até 30 minutos na fervura. Não é um
método de esterilização apenas permite o controle do crescimento microbiano.
PROCESSOS DE ESTERILIZAÇÃO
Processos físicos: Calor seco
(Elimina os microrganismos p.e. por oxidação dos constituintes celulares)
Reguladores de temperatura/tempo
Estufa de esterilização
(Câmara p.e. a 160 ºC durante 2 horas, usada p.e. para esterilizar material de vidro)
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Controlo do Crescimento dos Microrganismos
❑ Métodos físicos
• O calor húmido sob a forma de vapor com pressão tem um maior poder de penetração que o
calor seco e prevê a eliminação das formas vegetativas dos organismos procariotas, vírus e
fungos e seus esporos. A elevada temperatura causa desnaturação proteica. A morte dos
microrganismos é rápida, mas é influenciada:
a) temperatura
b) duração da autoclavagem
c) tamanho do autoclave
d) fluxo de vapor
Autoclaves horizontais
PROCESSOS DE ESTERILIZAÇÃO
Autoclave
Câmara estanque saturada em vapor de água e normalmente a 121ºC/1 ATM, usada para esterilizar
meios de cultura, materiais e descontaminação de materiais contaminados
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Controlo do Crescimento dos Microrganismos
❑ Métodos físicos
Bacillus stearotermophilus
Fitas com indicador químico que têm como finalidade evidenciar externamente a
exposição das embalagens à esterilização, permitindo a identificação visual daquelas
que já passaram pelo processo de esterilização.
Características:
• Resistentes às temperaturas de autoclavagem (até 134 °C)
• é indicada para uso hospitalar para fechar embalagens que vão ser submetidas ao
processo de esterilização a vapor.
Não esterilizado
Esterilizado
Não esterilizado
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Controlo do Crescimento dos Microrganismos
• Processo térmico de redução do número de microrganismos pela exposição mais ou menos breve a uma
temperatura relativamente alta. Tem como objetivo principal a destruição de microrganismos patogénicos
associados ao alimento, aumentando o período de vida do alimento, reduzindo as alterações
microbiológicas e enzimáticas. Existem três tipos:
Métodos muito utilizados na indústria de alimentos que só podem ser submetidos ao calor em condições
controlados para não desnaturar os nutrientes.
1 2 3
4 5 6
7 8 9 10
7
1 2 3
4 5 6
Leveduras Fungos
Bactérias n/esporuladas
Símbolo de radiação
não ionizante
1 2 3
4 5 6
c) FILTRAÇÃO
Utilizada para realizar a esterilização de materiais sensíveis ao calor, como por
exemplo soro, soluções químicas, água, etc
Filtros HEPA (High Efficiency Particulate Air)
Membranas Filtrantes (0,22µm – 0,45µm)
c) FILTRAÇÃO (continuação)
Sistema de Ultrafiltração
e) ULTRASONS
São sons de frequência superior àquela que o ouvido humano pode escutar,
aproximadamente 20000Hz. O procedimento de limpeza opera-se por meio de
um processo denominado de cavitação, o qual consiste na formação de bolhas
microscópicas geradas pelo contacto entre a água, o uso da solução
desinfetante adequada e a frequência do ultrassom. Para além da imagiologia,
os ultrassons são muito utilizados na esterilização de equipamentos e
instrumentos cirúrgicos vários. Promove a remoção de partículas em locais de
difícil acesso e evita o desgaste dos utensílios
Banho de ultrasons
MÉTODOS QUÍMICOS
Controlo do Crescimento dos Microrganismos
❑ Métodos químicos
São utilizadas substâncias químicas de origem natural ou sintética, para eliminar ou inibir o
crescimento dos microrganismos. A resposta dos microrganismos aos agentes químicos
❑ temperatura,
❑ fase de multiplicação
Exemplos: hipoclorito de sódio (lixívia), soluções alcoólicas diluídas (p.e. etanol 70%),
detergentes
DESINFETANTES
Desinfetantes de superfície e
instrumentos cirúrgicos
Remoção da
matéria orgânica
antes da desinfeção
• Peróxido de hidrogénio: é um composto oxidante bactericida que mata a grande parte dos
microrganismos a uma concentração entre 3 e 6% e os esporos a uma concentração entre 10 e
25%. É utilizado para desinfetar próteses cirúrgicas, implantes plásticos e lentes de contacto.
Atuam sobre o DNA e lípidos
• Clorohexidina: têm uma amplo espetro de ação embora iniba os microrganismos mais
lentamente que os álcoois. É utilizado como agente antisséptico local e na composição de
sabonetes, desodorizantes e pastas de dentes
Alteram a seletividade/permeabilidade da membrana citoplasmática
ANTISÉTICOS
PROCESSOS DE ESTERILIZAÇÃO
Formaldeído e glutaraldeído: pertencem ao grupo dos aldeídos e podem ser utilizados como
desinfetantes potentes ou agentes esterilizantes. O formaldeído é um gás e dissolvido em
água (37%) origina a formalina. O seu efeito é aumentado pela combinação (20% formalina +
70% álcool).
Atenção efeito tóxico do formaldeído (pele, membranas mucosas) e glutaraldeído (embora
menos tóxico para os tecidos), mas tóxico para a pele.
Óxido de etileno
A esterilização é feita em autoclave própria e deve ser manuseado com material de proteção
devido à toxicidade do gás
• Facilmente controlável/mensurável
• Baixo custo
OBJETIVO
1ª etapa: Limpeza rigorosa dos instrumentos cirúrgicos e que constitui uma das etapas
mais importantes do processo de esterilização. Nesta etapa toda a sujidade deve ser bem
removida, porque a contaminação microbiana forma uma barreira protegendo os
microrganismos e impedindo a penetração dos agentes esterilizantes
BIOSEGURANÇA
BIOSEGURANÇA
❑ Poder patogénico/Virulência
❑ Modo de transmissão
❑ Frequência de ocorrência de casos numa determinada região/país
❑ Existência ou não de tratamento preventivo e ou curativo
https://ehs.virginia.edu/Biosafety-Riskgroups.html
Legislação Nacional
Decreto-Lei n.º 55/2015, de 17 de abril: Aprova o regime de utilização confinada de
microrganismos geneticamente modificados (MGM) e de organismos geneticamente
modificados (OGM), tendo em vista a proteção da saúde humana e do ambiente, transpondo
para a ordem jurídica interna a Diretiva n.º 2009/41/CE, do Parlamento Europeu e do
Conselho, de 6 de maio de 2009, relativa à utilização confinada de microrganismos
geneticamente modificados.
...
...
...
...
Bibliografia aconselhada
Bibliografia aconselhada
WHO Laboratory Biosafety Manual
https://www.phe.gov/s3/BioriskManagement/biosafety/Pages/Risk-Groups.aspx
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TIPOS DE RESÍDUOS
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TRATAMENTO DE RESÍDUOS
❑ Resíduos do Grupo III – são resíduos de risco biológico e que deverão ser
autoclavados. São essencialmente constituídos por material reutilizável que
após lavagem e preparação são novamente esterilizados na zona limpa para
posterior utilização. São recolhidos em Saco branco com símbolo de risco
biológico
• Embora um microrganismo possa não estar associado a doença humana ou animal, pode em
determinadas situações como por exemplo imunodeficiência ou doenças crónicas debilitantes
ser lesivo. Assim, deveremos partir sempre do princípio que a amostra ou a cultura poderá ser
perigosa.
ANÁLISE RESULTADOS
Zaragatoa
Tipo de amostra
Local da infeção
Outras
Fluido Tecido Zaragatoa
amostras
Ap. Urinário
urina Biópsia renal
(bexiga)
Ap. Digestivo
Lavagens, Bílis, Pus Biópsia de fígado
(intestino, fígado, Zaragatoa retal fezes
Aspirado peritoneal ou do intestino
abdómen)
Ap. Respiratório
(Olhos, orofaringe, Lavagens, expetoração, Zaragatoa nasal ou
garganta, pulmões, fluido pleural, lavagem Biópsia pulmonar perinasal, garganta,
brônquios, espaço broncoalveolar auricular, ocular
pleural)
Sistema Nervoso
Central Líquido
(meninges, encefalite, cerebroraquidiano, Biópsia cerebral
outros processos pus
cerebrais)
Tipo de amostra
Local da infeção
Outras
Fluido Tecido Zaragatoa
amostras
Aparelho urogenital Biópsia testicular, Uretral, cervical, Microscopia
masculino/feminino próstata,endométrio vaginal direta
Pus, líquido
Ossos e articulações Ossos recolhidos no ato
sinovial
(osteomielite, artrite) cirúrgico
(articular)
Sepsis Esfregaços
Febre de origem sanguíneos para
Sangue Válvula cardíaca recolhida
desconhecida parasitas da
no ato cirúrgico
Endocardite malária
• A colheita de amostras para análise microbiológica deverá ser feita respeitando as regras
de ASSÉPSIA, para evitar a contaminação com microrganismos externos. Uso de
material esterilizado preferencialmente de uso único, material de proteção individual,
antisséticos e desinfetantes
• O paciente deve estar elucidado sobre as instruções de colheita (ex. urina, expetoração)
• A colheita das amostras deverá ser feita com cuidado evitando desconforto ao paciente
• As amostras deverão ser de boa qualidade e quantidade adequada
• Sempre que possível as amostras deverão ser recolhidas antes da aplicação de
terapêutica, nomeadamente terapêutica antimicrobiana
• As amostras deverão ser acompanhadas de um formulário com os dados completos do
paciente (letra legível) e as análises requeridas pelo clínico
Perigo biológico