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MÓDULO 02 – MICROBIOLOGIA

Faaaala, pessoal! Tudo certinho?

Vamos iniciar o estudo dos seres vivos, mas antes teremos uma aula de introdução, onde discutimos
conceitos importantes para o entendimento do conteúdo. Vamos juntos!

AULA 1 – INTRODUÇÃO À MICROBIOLOGIA: CONCEITOS IMPORTANTES

A microbiologia é a ciência que estuda microrganismos como as bactérias, protozoários, algas, alguns
fungos e os vírus. Estudamos a identificação,forma, fisiologia, metabolismo, modo de vida e suas relações
com outras espécies, sobretudo as doenças que eles podem causar.

Importância dos microrganismos

Lembre-se que a vida iniciou com um organismo muito simples semelhante as bactérias atuais. Durante
quase 2,5 bilhões de anos, a vida era restrita a microrganismos, e eles vivem até hoje em cada canto de
nosso planeta. Sem a vida microbiana, nós não estaríamos aqui. Veja algumas das importâncias deles:

- Saúde pública;
- Indústria de alimentos;
- Ecológica;
- Relação com outros seres vivos.

Esta aula serve de suporte para as aulas de microbiologia (e posteriormente parasitologia), principalmente
quando se tratar de doenças. Abaixo temos alguns conceitos e seus significados, eles estão organizados
em ordem alfabética e sempre que surgir uma dúvida, você pode voltar aqui. Os mais importantes estão
sublinhados.

Agente etiológico (ou patógeno): é o agente causador ou responsável por uma doença. Pode ser vírus,
bactéria, fungo, protozoário ou helminto.

Antígeno: é toda substância estranha ao organismo, que gera uma resposta imunológica.

Anticorpo: proteína que atua na defesa dos organismos. Neutraliza o antígeno.

Cisto (em microbiologia): é forma de resistência de certos protozoários.

Contaminação: presença do agente infeccioso em roupas, corpo, ambiente etc.

Endemia: prevalência de uma doença em uma região (malária é endêmica da Amazônia, por exemplo).

Epidemia: concentração elevada de uma doença sobre uma população, em um período de tempo, pode ser
em uma cidade, estado ou país.

Epidemiologia: estudo da distribuição e todos os fatores que determinam uma doença.

Fase aguda: é a fase da doença que surge após a infecção onde os sintomas clínicos são mais
nítidos (após essa fase a paciente cura, entra na fase crônica ou morre).

Fase crônica: surge após a fase aguda (caso não ocorra a cura ou a morte) onde os sintomas são menos
agressivos ou até ausentes.

Fômite: utensílios que podem veicular microrganismos patogênicos.

Fonte de infecção: pessoa, objeto ou local onde o agente infeccioso passa para um novo hospedeiro.
Hospedeiro: é o organismo que hospeda em seu corpo outro organismo (quem fica doente está
hospedando um patógeno).

Hospedeiro definitivo: hospeda o parasito na sua fase adulta (fase reprodutiva).


Hospedeiro intermediário: hospeda o parasito em sua fase imatura (assexuada)

Incidência (taxa de incidência): número de casos novos de uma determinada doença durante um
período definido.

Infecção: penetração e desenvolvimento do agente etiológico no animal, causando a doença (pode ser
inaparente, quando não apresenta sintoma).

Infestação: infecção por agentes macroscópicos como vermes ou insetos.

Letalidade: expressa o número de óbitos com relação a determinada doença ou fato, tendo como
referência uma população.

Morbidade: expressa o número de pessoas doentes (relacionado a uma doença específica) em uma
população.

Pandemia: é uma epidemia amplamente distribuída, pode se estender a vários países.

Parasitismo: é a associação entre seres vivos onde o parasita se beneficia prejudicando o hospedeiro.

Parasito: é o ser organismo que parasita o hospedeiro, pode ser:


• Ectoparasito: vive extremamente no corpo do hospedeiro.
• Endoparasito: vive dentro do corpo do hospedeiro.
• Hiperparasito: que parasita outro parasito:

Parasito acidental: é o que exerce o papel de parasito, porém habitualmente possui vida não-parasitária.

Parasito errático: parasita vivendo em um local incomum para ele.

Parasitóide: é um parasita que obrigatoriamente leva seu hospedeiro a morte.

Patogenicidade: é a maior ou menor habilidade de um agente etiológico provocar lesões.


Período de incubação: é o período decorrente entre a penetração do agente etiológico e o aparecimento
dos primeiros sintomas clínicos.

Período pré-patente: é o período que decorre entre a penetração do agente etiológico e o aparecimento
das primeiras formas detectáveis do agente etiológico.

Portador: hospedeiro infectado que alberga o agente etiológico, pode ser assintomático.

Prevalência: número total de casos de uma doença (casos antigos somados aos casos novos).

Prevenção: conjunto de medidas ou preparação antecipada de que visa prevenir.

Profilaxia: é o conjunto de medidas que visa a prevenção, erradicação ou controle de uma doença ou de
um fato prejudicial aos seres vivos;

Reservatório: é qualquer local, vegetal, animal ou humano onde vive e multiplica-se um agente
etiológico e do qual é capaz de atingir outros hospedeiros.

Sinantropia: é a capacidade de certos animais silvestres (mamíferos, aves, insetos) de frequentar e se


adaptar a habitações humanas;
Soro: faz imunização passiva, ou seja, entrega pronto os anticorpos.
Vacina: induz o sistema imunológico a uma defesa ativa, ficando células de memória que geram proteção
em longo prazo.

Vetor: é um artrópode, molusco ou veículo que transmite um parasito entre dois hospedeiros.
Vetor biológico: quando o agente etiológico se multiplica ou se desenvolve no vetor.
Vetor mecânico: quando o parasito não se multiplica ou se desenvolve no vetor, esse simplesmente serve
de transporte ao parasito.
Virulência: capacidade infecciosa de um micro-organismo.

Zoonoses: doenças que são naturalmente transmitidas entre humanos e animais vertebrados

Para referência e mais conceitos, acesse: http://www.parasitologia.org.br/estudos_glossario_A.php


AULA 2 – VÍRUS

CARACTERÍSTICAS GERAIS
Os vírus não possuem célula (são acelulares) e, portanto não têm metabolismo próprio. Motivo pelo qual
não se enquadram em nenhum dos cinco reinos. Como não possui célula, um vírus não consegue se
reproduzir sozinho, sendo dependente de um hospedeiro, essa característica torna o vírus um parasita
intracelular obrigatório. Eles literalmente usam a maquinaria da célula hospedeira para se reproduzir.
Vale ressaltar que os vírus podem parasitar não somente células animais, mas também de plantas, fungos,
protozoários e bactérias. Porém, perceba que os vírus são específicos quanto a célula que ele ataca.
Quando os vírus estão fora da célula (chamados então de vírion), apresentam características de matéria
inanimada, motivo pelo qual existe grande discussão se eles devem ou não ser considerados seres vivos.
Como os vírus são hospedeiros intracelulares obrigatórios, para se reproduzir eles causam danos na célula
hospedeira, por isso são chamados de agentes infecciosos. A infecção causada por vírus é chamada de
infecção viral. Essa infecção pode causa profundas alterações no metabolismo celular, em alguns casos a
célula hospedeira se reproduz sem controle e origina um tumor (não necessariamente um câncer). No
entanto, a maioria das células parasitadas por vírus acaba morrendo. As doenças causadas por vírus são
chamadas de viroses, falaremos das principais no final da aula. Vale lembrar que vírus não sofrem ação
de antibióticos. Mas por terem material genético sofrem mutações, ou seja, evoluem.

ESTRUTURA DOS VÍRUS


- São constituídos de ácido nucléico (material genético) envolto por proteínas.
- As proteínas que envolvem o material genético formam o capsídeo, que é formado por subunidades
protéicas menores, os capsômeros. O capsídeo pode atuar na fixação dos vírus na célula-alvo.
- Ao considerar o capsídeo + ácido nucléico, chamamos de nucleocapsídeo.
- Alguns vírus possuem o envelope membranoso externo, de
constituição lipídica, que vem da membrana plasmática da célula
em que ele se multiplicou.
- Os vírus podem ser de DNA ou RNA (existe vírus que possui os
dois – citomegalovírus).
- A maioria dos vírus de DNA, possuem essa molécula em dupla-hélice, mas existem vírus de DNA de
fita simples.
- De forma semelhante, a maioria dos vírus de RNA apresenta essa molécula em fita simples, mas em
alguns vírus, o RNA é uma fita dupla (exemplo – rotavirus).
- Os vírus de RNA sofrem mais mutações que os de DNA, isso porque a enzima DNA polimerase é mais
eficiente. Está aí um dos motivos de ser mais difícil a confecção de vacinas para vírus de RNA.
- Alguns vírus de RNA utilizam uma famosa enzima chamada transcriptase reversa, ou seja, ele produz
DNA a partir do RNA, evento contrário ao que é “comum”. Esses vírus são classificados como retrovírus.
- Vírus que são transmitidos por artrópodes são chamados de arbovirus.
- Assista a aula de vírus e responda: o que é hemaglutinina e neuraminidase?
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Tipos de vírus quanto ao formato do capsideo:

REPLICAÇÃO VIRAL (reprodução)


- Um vírus fora da célula hospedeira é chamado de vírion.
Estratégias virais para entrar em uma célula hospedeira:
a) INJEÇÃO:
Os bacteriófagos, vírus que atacam bactérias, encaixam suas fibras
da cauda na membrana da bactéria e injetam seu material
genético, que entra “sozinho”. Cápsula fica fora da célula
hospedeira.

b) FUSÃO DO ENVELOPE
Os vírus envelopados, como o da AIDS, geralmente se
fundem a membrana plasmática da célula hospedeira e
assim ocorre a liberação do material genético para dentro da
célula. Pode ocorrer a liberação do nucleocapsídeo inteiro.
c) ENDOCITOSE
Alguns outros vírus, como o da gripe, entram por inteiro na célula hospedeira, por endocitose.

Ciclo reprodutivo dos vírus: bacteriófagos (ou fagos).


Veja a imagem e acompanhe os eventos a seguir.

O ciclo dos bacteriófagos é o mais


importante para você estudar. É o
que mais tem chances de cair, pois é
o mais conhecido.

- Inicia quando o vírus se prende na membrana plasmática da célula procariótica e injeta seu material
genético (no caso, DNA).
- O DNA viral passa a controlar a célula hospedeira fazendo-a produzir proteínas e DNA viral.
- Bacteriófagos e alguns outros vírus de DNA podem passar por dois processos em seu ciclo: lítico e
lisogênico.

- Ciclo lítico: culmina com a destruição celular, o material genético da bactéria é destruído, e o
material genético da célula passa a ser comandado pelo genoma viral. São produzidas diversas
cópias de DNA viral que se associam aos capsídeos recém fabricados, formando novos vírus. Eles
rompem a célula (morte celular) e vão em busca de novas células. Esses vírus são os chamados
virulentos.
Ciclo lisogênico:
não ocorre a morte celular, nesse tipo de ciclo o DNA viral se integra ao DNA da bactéria. Opa...
Olha que bela estratégia: a bactéria se divide e consequentemente divide o DNA viral. O material
genético depois de replicado na célula hospedeira (junto ao seu DNA) passa a ser chamado de
provírus e no caso do bacteriófago: prófago. Se o material genético fica livre no citoplasma da
célula, fica inativo e é chamado de epissomo.

Ciclo reprodutivo de um retrovírus: HIV (AIDS)


Veja a imagem e acompanhe os eventos a seguir.

- O ciclo tem início quando uma glicoproteína do envelope viral se liga a moléculas receptoras específicas
da célula hospedeira.
- Perceba que cada vírus tem afinidade com receptores celulares específicos, por isso um vírus HIV
atacará os linfócitos T auxiliares (também conhecidos por CD4). Essas células são importantes para a
defesa, mas quando vai tentar eliminar o vírus, ele aproveita e se reproduz. Por isso causa uma deficiência
imune na pessoa portadora.
- O vírus entra pela fusão do envelope na membrana plasmática da célula. O que entra é o nucleocapsídeo
(capsídeo + RNA).
- Ocorre a liberação do material genético viral (RNA) juntamente com a enzima transcriptase reversa.
- A enzima transcriptase reversa produz DNA com fita dupla, a partir do RNA viral. Esse DNA de fita
dupla irá migrar para o núcleo e se associar ao DNA da célula hospedeira.
- Nesse momento o provírus pode ficar inativo por algum tempo e se multiplicar com a célula.
- A célula irá começar a produzir RNA viral (a partir do DNA viral incorporado no material genético da
célula). Esse RNA poderá atuar como RNAmensageiro e traduzir (formar) mais RNA viral, dando origem
a novos vírus, que abandonarão a célula em busca de outras (geralmente a célula morre após esse
processo).

PARTÍCULAS SUBVIRAIS: VIRÓIDES, VIRUSOIDES E PRÍONS


- Viróides: minúsculos segmentos de RNA que ficam alojados no núcleo da célula hospedeira.
Distinguem-se dos vírus por não formarem envoltórios protéicos e não codificarem proteínas. No entanto
o RNA do viróide é capaz de se reproduzir. Foram encontrados até agora apenas em plantas, causam
grande prejuízo a agricultura. São transmitidos por meio das sementes passando para plantas
descendentes ou por lesões causadas por poda.

- Virusoides: mesmas características dos viroides, mas necessitam da ajuda de um vírus para se propagar.
Se multiplicam apenas quando a célula hospedeira está infectada por um determinado vírus.

- Príons: moléculas de proteínas infectantes, eles alteram a forma de outras proteínas, formando um
exército infectante dentro do animal doente. Doenças causadas por príons são conhecidas por encefalites
espongiformes, exemplo: “doença da vaca loca” ou em humanos a insônia familiar fatal (a pessoa morre
porque não consegue dormir).

AULA 3 – DOENÇAS CAUSADAS POR VÍRUS:

Principais doenças em humanos:


Vamos falar do que é mais importante entre as principais viroses. Lembre-se de acompanhar a apostila
com a aula, faça anotações complementares.

a) Aids (sida) – síndrome da imunodeficiência adquirida.


- Ataca o sistema imune, a pessoa morre por outra infecção. Pode ficar muito tempo sem sintomas.
- Agente etiológico: retrovírus envelopado.
- Não tem cura nem vacina.
- Tratamento: coquetéis antirretrovirais.
- Por ser DST, a principal medida é utilização de preservativo.
b) Doenças virais que são transmitidas por Aedes aegypti.
Evitar o mosquito é a forma de prevenir todas essas doenças. Aí são sempre as mesmas medidas: evitar
criadouros para o mosquito (água limpa e parada), usar telas, repelentes etc.
- Dengue: existe vacina, mas a melhor forma de se prevenir é evitar o mosquito.
- Febre Amarela: causa danos no fígado (por isso a cor amarelada), pode matar. Tem vacina.
- Chikungunya: causa dores que podem durar meses. Não tem vacina.

- Zica: causa problemas no desenvolvimento do feto (microcefalia). Vacina ainda em testes.

c) Gripe:
- Ataca as vias respiratórias.
- Agente etiológico: vírus de RNA envelopado, chamado influenza.
- Por ser de RNA sofre muitas mutações, por isso existem variados tipos.
- Tem vacina.

d) Poliomielite (paralisia infantil):


- Tem vacina (gotinha).
- Ataca o sistema nervoso.
- Agente etiológico: vírus de RNA não envelopado.

e) Hepatites infecciosas
- Inflamação no fígado causada por vírus (existe infecções no fígado por outros motivos).
- Hepatite A: Transmissão fecal-oral.
- Hepatite B: Transmissão – DST, sangue, transplacentária.
- Hepatite C: Transmissão – DST, sangue.

f) Papiloma vírus humano HPV (candiloma acuminado ou crista de galo)


- É uma DST, mas pode ser transmitida também por objetos como toalhas.
- O maior bizú é saber que esse vírus é associado ao câncer de colo do útero e tem vacinação contra ele.

g) Outras viroses
Raiva, herpes, catapora, caxumba sarampo, rubéola, varíola.

Dica: pesquise sobre a descoberta da vacina pelo médico Edward Jenner.


AULA 4 - OS PROCARIONTES: BACTÉRIAS, CIANOBACTÉRIAS E ARQUEAS

Organismos de células procariontes pertencem a dois domínios: Archaea e Bactéria (veja módulo
anterior). Vamos estudar cada um deles.

DOMÍNIO BACTERIA
Lembre-se que esses organismos podem ser considerados como reino Monera. São as bactérias e as
cianobactérias.

BACTÉRIAS
CARACTERÍSTICAS GERAIS:
- Células muito simples (procarióticas).
- São unicelulares.
- Podem viver em colônias.
- Representantes: bactérias e cianobactérias.
- Autótrofos ou heterótrofos.
- Aeróbicas ou anaeróbicas.
Importância das bactérias:
- Saúde pública (doenças, produção de antibióticos, etc).
- Alimentos (iogurte, queijos, vinagre).
- Estética (toxina botulínica - botox).
- Microbiota.
- Fertilização do solo (ciclo do nitrogênio).
- Associação com outros seres vivos: fixação do nitrogênio direto para as leguminosas – bactérias do
gênero Rhizobium.
- Biotecnologia.

ESTRUTURA:
- Possui membrana plasmática, no seu interior tem o citoplasma.
- Não possui organelas (ribossomos são considerados organela por alguns autores).
- Como não possui organela, não possui núcleo.
- Mesossomo: dobramentos da membrana plasmática (estrutura ainda em discussão).
- possuem ribossomos, que são responsáveis pela produção de proteínas na célula.
- Material genético constituído por uma única molécula de DNA circular (portanto tem apenas um
cromossomo), encontrado na região conhecida por nucleoide.
- Plasmídeo: pequena molécula circular de DNA extra com função relacionada a resistência bacteriana.
Não é fundamental para a vida da bactéria.
- Além da membrana plasmática, as bactérias quase sempre possuem parede celular, que confere rigidez e
proteção para a célula, essa parede celular é constituída de peptídeoglicano.
- Muitas bactérias possuem flagelos, que permite a movimentação da célula. Esses flagelos são diferentes
dos flagelos de células eucarióticas, na sua base existe uma espécie de “motor molecular”, semelhante aos
motores elétricos e pode girar a uma incrível velocidade de 15 mil rotações por minuto, gerando o
movimento do flagelo.
- Algumas bactérias apresentam cápsula bacteriana, uma cobertura gelatinosa externa a membrana
plasmática. Dependendo da bactéria ela pode ser de polissacarídeos, proteínas ou ambos. Em algumas
bactérias patogênicas essa cápsula pode dificultar sua fagocitose e consequentemente aumentar sua
virulência, exemplo: Streptococcus pneumoniae (causam pneumonia), mas algumas linhagens dessa
bactéria não possuem cápsula, e não causam pneumonia.
- Pili (fímbrias): local por onde ocorre troca de material genético de bactérias.

Partes básicas de uma bactéria em duas perspectivas

CLASSIFICAÇÃO DAS BACTÉRIAS.


Quanto as formas mais frequentes:
- Coco: forma esférica – bactérias que causam pneumonia ou meningite.
- Bacilo: forma de bastão – bactérias causadoras da tuberculose e os lactobacilos.
- Espirilo: forma espiralada – bactéria causadora da sífilis.
- Vibrião: forma de vírgula – bactéria causadora da cólera.
Quanto aos agrupamentos mais frequentes:
- Diplococos: dois cocos unidos.
- Sarcina: oito cocos formando um cubo.
- Estreptococos: cocos alinhados formando uma cadeia
semelhante a colares.
- Estafilococos: cocos unidos como cacho de uva.
- Diplobacilos: Bacilos reunidos dois a dois.
- Estreptobacilos: bacilos alinhados em cadeia.

Alguns exemplos
de agrupamentos
de bactérias.

Quanto as características nutricionais


Podem ser autotróficas ou heterotróficas:
- Heterotróficas: obtém seu composto orgânico a partir de outros seres vivos. Nesse caso podem ser
consideradas parasitas (patogênicas) ou decompositoras.
-Autotrófica: sintetizam seu próprio material orgânico para dele produzir energia. Podem ter dois tipos:
fotossintetizantes ou quimiossintetizantes (rever aulas de fotossíntese e quimiossíntese para lembrar o
processo).
A combinação entre as duas características, permite a classificação das bactérias em quatro grandes
grupos, veja:
Entenda:
Fotoautotrófica – Produzem compostos orgânicos a partir da fotossíntese, na presença de luz.
Foto-heterotrófica – Precisam da luz para fonte de energia, mas não conseguem converter o CO2 em
moléculas orgânicas, então absorvem compostos orgânicos do meio. Essas bactérias normalmente vivem
em ambientes com pouco oxigênio como as Rhodopseudomonas.
Quimioautotrófica - Oxidação de compostos inorgânicos. Exemplo: Nitrosomonas e Nitrobacter.
Quimio-heterotróficas – São as mais comuns, absorvem compostos orgânicos do meio ambiente e com
reações químicas convertem elas em energia. Podem ser saprófagas (decompositoras) ou parasitas.
Saprófagas: importantes na reciclagem da matéria.
Parasitas: causam doença em organismos.

Ainda quanto as bactérias quimio-heterotróficas, elas podem ser:


- Bactérias aeróbias: só sobrevivem na presença de O2.
- Bactérias anaeróbias: sobrevivem apenas na ausência de O2. É o caso das famosas bactérias do gênero
Clostridium, causadoras do tétano e do botulismo,
- Bactérias anaeróbias facultativas: utilizam O2, mas sobrevivem na falta dele, fazendo fermentação.
REPRODUÇÃO DAS BACTÉRIAS
ASSEXUADA
a) Divisão binária – conhecida também por fissão, bipartição ou cissiparidade.
A bactéria duplica seu cromossomo e se divide ao meio, gerando duas bactérias novas com o mesmo
material genético da célula mãe. Em condições ideais algumas bactérias completam sua divisão
binária em 20 minutos. Em poucas horas uma colônia com milhares de bactérias pode ser formada,
todas são clones.

b) Esporulação (endósporos Bacterianos)


Em condições adversas, algumas bactérias produzem endósporos, uma forma de vida latente, ou seja, não
realiza reações metabólicas e sobrevive a condições adversas por muitos anos.
Esse processo é chamado de esporulação ou esporogênese. Ele ocorre com a duplicação do cromossomo
que se isola do resto da célula e é envolvido por uma membrana plasmática que em seguida é revestida
por uma parede espessa formando assim o endósporo. O restante da célula é degradado. Em condições
novamente favoráveis, o endósporo hidrata-se, sua parede se rompe e é formada uma nova célula.
SEXUADA - Recombinação genética em bactéria
a) Transformação: uma bactéria assimila DNA de outra. Essas bactérias conseguem adquirir trechos
de moléculas de DNA dispersos no meio e incorporá-los ao seu DNA. Elas ficam, então, com
constituição genética modificada e são chamadas de transformadas.

b) Transdução: envolve o vírus bacteriófago, que transfere fragmentos de DNA de uma bactéria para
outra, duratan te a infecção.

c) Conjugação: pedaços de DNA são passados diretamente de uma bactéria doadora (“macho”), para
uma receptora (“fêmea"). Isso acontece através do pili, que as bactérias "macho" possuem em sua
superfície.
COLORAÇÃO DE GRAM

Baseia-se na coloração que as bactérias podem adquirir com a técnica Gram.


Bactérias podem ser gram-positivas ou gram-negativas.

1°- É realizada a coloração primária utilizando o Cristal Violeta, no qual o corante púrpura irá impregnar
todas as células;
2° - A lâmina é lavada e recoberta com Iodo (mordente);
3° - Na próxima etapa, o esfregaço receberá uma solução descolorante de álcool-cetona, que irá remover
a cor púrpura apenas de bactérias Gram negativas;
4°- Por fim, após o enxágue da lâmina, a mesma será recoberta com Safranina.
Ao final de todas as etapas, o esfregaço será lavado e seco, para posterior análise em microscópio.
As bactérias Gram positivas, por possuírem uma parede celular mais espessa contendo peptidioglicanos,
não são descoradas ao entrarem em contato com o álcool-cetona, por isso retêm a coloração roxa/azul

Esta coloração tem uma grande importância médica, uma vez que é capaz de fornecer informações para o
tratamento de doenças, pois identifica o tipo de bactéria.

CIANOBACTÉRIAS

Cianobactérias são procariontes e possuem clorofila, portanto são todas autotróficas fotossintetizantes.
Mas cuidado para não confundir, por serem procariontes não possuem cloroplasto, a clorofila fica
dispersa no citoplasma em lamelas fotossintetizantes, que são ramificações da membrana plasmática.

Seus fósseis mais antigos são conhecidos por estromatólitos.

Estromatólitos são rochas


formadas pela decomposição de
substâncias como carbonatos,
produzido pelas cianobactérias
que viveram aproximadamente a
2,7 bilhões de anos.

As cianobactérias se reproduzem por fissão binária (assim como as bactérias - estudado anteriormente).
Em situações extremas, elas também podem formar esporos. Não se conhece nenhum tipo de reprodução
sexuada (recombinação genética) entre as cianobactérias.
DOMÍNIO ARCHAEA

ARQUEAS

Na classificação dos cinco reinos, as arqueas estão incluídas no reino Monera, mas como vimos na aula
sobre os três domínios, esses organismos são mais semelhantes bioquimicamente com os eucariontes, do
que com as bactérias. Por isso foi feito um domínio exclusivo para as arqueas, o domínio Archaea.

As arqueas são procariontes e não possuem peptidoglicano na parede celular. Elas são conhecidas por
viverem em ambientes extremos e, portanto, são chamadas de extremófilos. Vivem em locais com alta
temperatura como em fendas vulcânicas submarinas.

Classificação quanto ao comportamento:

- Halófilas: vivem em ambientes com alta concentração de sal, como no Mar Morto. A maioria das
arqueas halófilas são aeróbias fotossintetizantes.

- Termófilas: vivem em ambientes com alta temperatura, como em gêiseres ou fendas vulcânicas
submarinas. Elas realizam quimiossíntese.

- Metanogênicas: vivem em regiões pantanosas, lodos, esgotos e interior de tubos digestivos de animais
herbívoros e cupins, onde produzem metano. São anaeróbias estritas, utilizam CO2 para oxidar o H2,
produzindo metano.

AULA 5 – DOENÇAS CAUSADAS POR BACTÉRIAS

Lembre-se que a minoria das bactérias causam doenças. Para essas doenças você tem que saber que existe
o antibiótico. Para algumas doenças como o tétano e o botulismo, existe soro, que age rapidamente para
neutralizar a ação da toxina liberada por essas bactérias. Veremos a seguir as principais doenças causadas
por bactérias. É importante você acompanhar com a aula e fazer anotações, é recomendado também ler
mais sobre as diferentes doenças, atualize-se. 
TUBERCULOSE

- Causada pelo bacilo de Koch (Mycobacterium tuberculosis).

- Acomete o sistema respiratório.

- Tem cura, porém ainda é elevada a taxa de mortalidade. Antes da descoberta do antibiótico, essa doença
era um grande problema.

- Transmissão por gotículas de saliva, tosse e espirro.

- Tem vacina.

HANSENÍASE (LEPRA)

- Causada pelo bacilo de Hansen (Mycobacterium leprae), uma bactéria parasita intracelular obrigatória.

- O termo lepra é inadequado (sugestão do Ministério da Saúde).

- Baixa transmissibilidade.

- Contágio se da pela saliva, tosse ou espirro.

- Causa lesões cutâneas e pode comprometer nervos.

- Tem vacina.

- Pessoas doentes devem ser tratadas com antibióticos.

TÉTANO

- Doença grave causada pela bactéria Clostridium tetani (anaeróbia obrigatória, assim como todas as
outras do gênero Clostridium).

- Não é transmitido de pessoa a pessoa.

- Bactéria é encontrada principalmente no solo, em uma lesão profunda ela penetra e passa a se dividir,
pois encontra ambiente adequado na lesão (sem O2).

- Bactéria inicia sua multiplicação no tecido necrosado da pessoa e passa a liberar a toxina, que impede o
relaxamento muscular e causa a tetania.

- Sem tratamento mata na maioria das vezes.

- Tem vacina.
BOTULISMO

- Causada por uma bactéria do mesmo gênero que a do tétano (Clostridium botulinum), portanto ela é
anaeróbica obrigatória.

- Ela se multiplica em ambientes sem O2, como enlatados.

- Ao ingerir o alimento contaminado pela toxina a pessoa fica doente.

- Alta mortalidade, gera a paralisia flácida.

- Para prevenir: cuidado com enlatados estufados!

- A toxina botulínica é usada (controlada) para diminuir as rugas (botox), pois ela causa o relaxamento
muscular.

PNEUMONIA BACTERIANA

- Doença infecciosa que acomete o sistema respiratório.

- Pode ser provocada por diversas espécies de bactérias.

- A principal é a Streptococcus pneumoniae.

- Tem vacina.

- Contágio pela saliva, tosse, espirro.

- Importante evitar locais fechados.

MENINGITE BACTERIANA

- Infecção por bactérias nas meninges que protegem o sistema nervoso central.

- Meningite bacteriana é mais forte que a viral. É grave e pode matar ou causar sequelas.

- Pode ser causada por diversas espécies de bactérias. As mais comuns são Neisseria meningitidis,
Mycobacterium tuberculosis, Haemophilus influenzae e Streptococcus pneumoniae.

- Contágio se dá por gotículas de saliva, tosse e espirro.

- Tem vacina para as principais bactérias causadoras.

- Tratamento deve ser feito imediatamente utilizando antibióticos específicos.


CÓLERA

- Infecção intestinal causada pala bactéria Vibrio cholerae.

- Causa grave desidratação pela abundante diarréia. Podendo o doente eliminar até dois litros de água por
hora!

- Transmissão se dá pela ingestão de água ou alimentos contaminados.

- Higiene pessoal, saneamento básico e tratamento dos doentes estão entre as principais medidas de
profilaxia.

PESTE BULBÔNICA

- Causada pela bactéria Yersinia pestis.

- Doença histórica e muito grave, na idade Média matou um terço da população européia. Na época era
chamada de peste negra, devido a manchas escuras que causam na pele.

- A bactéria é transmitida pela picada de uma pulga (vetor), que pica ratos, fica com a bactéria e pica os
humanos, transmitindo.

- Tratamento feito com antibióticos.

- Melhor maneira de evitar é fazendo tratamento de esgoto e evitando lixos na cidade.

FEBRE MACULOSA

- Transmitida pela picada do carrapato-estrela (vetor).

- A chance de óbito pode chegar a 70%.

- Para evitar a doença, devemos evitar o contato com o carrapato.

Sabia que o professor Samuel Cunha esteve no programa É de Casa da rede globo falando sobre como
evitar picadas de carrapato? Assista e se aprofunde no assunto.

http://gshow.globo.com/tv/noticia/2016/10/biologo-explica-como-se-proteger-dos-carrapatos-no-e-de-
casa.html

LEPTOSPIROSE

- Zoonose com ampla distribuição.

- Roedores são os principais hospedeiros, mas acomete o homem, cães, coelhos etc.
- Transmissão principalmente pelo contato com a urina do gato.

- Problemas com enchentes.

- Evitar contato com água de enchentes, controle de roedores, consumir água potável.

SIFILIS

- É uma DST.

- Provoca lesões na pele e genitais.

- Evolução lenta, mas muito perigosa. A sífilis primária causa uma lesão chamada de cancro duro, que em
alguns dias some, mas a pessoa não está curada. Em alguns meses (ou até anos) aparece a sífilis
secundária, caracterizada por lesões na palma das mãos e pés. Se não tratada, ela desaparece, mas pode
voltar como sífilis terciária, acarretando lesões nos órgãos internos, inclusive no sistema nervoso.

- Usar preservativo é a prevenção mais adequada.

- Pode ser transmitida, também, por transfusão de sangue ou transplacentária.

Outras doenças bacterianas para você estudar: Gonorreia e desenteria bacteriana.

AULA 6 – PROTISTA (PROTOCTISTA) – PROTOZOÁRIOS

Características gerais

- O termo protozoário vem do grego protos (primitivo, primeiro) e zoon (animal).


- Microscópicos.
- Unicelulares.
- Heterotróficos.
- Maioria de vida livre e aquática (água doce, água salgada, regiões lodosas e terra úmida).
- Algumas espécies são parasitas.
- Alguns protozoários mantém relação de troca de benefícios com outros organismos.
- Reprodução predominante: assexuada. Mas podem ter reprodução sexuada (recombinação gênica).
- Digestão ocorre no interior de sua célula.

Classificação dos protozoários

Os protozoários apresentam diversos tipos de locomoção, e por isso sua classificação está baseada
principalmente nessa característica. Existe ainda uma grande discussão sobre a classificação desses
organismos. Essa apostila segue a classificação que mais se enquadra nos vestibulares do Brasil. Os
quatro grupos principais são

1. RIZÓPODES (Rhizopoda - amebas): se locomovem por pseudópodes.


2. CILIADOS (Ciliophora – paramécio): se locomovem por cílios.
3. FLAGELADOS (Mastigophora – Trypanosoma): se locomovem por flagelos.
4. ESPOROZOÁRIOS (Apicomplexa – Plasmódium): não possuem estrutura de locomoção.

Ainda existem outros dois grupos menos importantes em vestibular, mas que podem aparecer.
Vale ressaltar que esses últimos dois grupos podem estar classificados dentro do grupo dos
rizópodes, pois também emitem pseudópodes. São eles:
5. FORAMINÍFERA (Foraminíferos)
6. ACTINOPODA (radiolários e heliozoários)

Por terem grande diversidade e características únicas, vamos estudar cada um dos grupos separadamente
e, na próxima aula, falaremos das doenças que eles podem causar.

1. RIZÓPODES (Rhizopoda)

- Conhecidos também por Sarcodina.


- Composto pelas amebas.
- Se locomovem por pseudópodes.
- Podem ser de vida livre (mar ou água doce) ou parasitária, quando causam doença (amebíase em
humanos, por exemplo).

- Algumas espécies vivem no corpo humano (e de outros animais) sem causar prejuízo, para essa relação
damos o nome de comensalismo (estudaremos em ecologia).

- Algumas espécies formam carapaças (testas), são chamados então, genericamente de tecamebas,
considerados por uns como jóias microscópicas.

- Possuem uma importante estrutura chamada de vacúolo pulsátil (vacúolo contrátil) que tem por função
regular a quantidade de água e eliminar excretas.

- Reprodução predominante: divisão binária (divisão celular simples). No final dessa aula retomarei com
vocês como é essa divisão.
2. CILIADOS (Ciliophora)

- Conhecidos também por Ciliata.

- Se locomovem por cílios.

- Possuem mais de um núcleo por célula. Um deles é maior (macronúcleo), e um ou mais núcleos, os
menores (micronúcleo).

Macronúcleo: expressão dos genes, controle vital da célula.


Micronúcleo: processos sexuais da célula (falarei mais no final da aula).

- Maioria de vida livre.

- Poucas espécies parasitas (exemplo. Balantidium coli, que parasita o ser humano).

- Alguns ciliados vivem no tubo digestório de ruminantes.


- O principal exemplo de estudo é o Paramecium cautatum (protozoário na imagem acima).

- Sulco oral: depressão no citoplasma formando sulco oral, se estende e forma o citóstoma (estrutura
análoga a boca), que se abre para um canal interno da célula, a citofaringe, onde existe um tufo de cílios
que arrastam o alimento (bactérias, pequenas algas, leveduras etc).

- Quando o alimento passa para citofaringe é envolvido por uma membrana formando o fagossomos, que
fica circulando no citoplasma.

- O fagossomos se funde com o lisossomo e forma o vacúolo digestório.

- Após a digestão o vacúolo com os resíduos é chamado de vacúolo residual e é eliminado por uma região
chamada citopígeo (ou citoprocto)

Veja as estruturas por outra imagem:

- Regulação osmótica feita por dois grandes vacúolos contráteis (ou pulsáteis), um em cada extremidade
da célula. Esses vacúolos além de eliminar a água, eliminam substâncias desnecessárias para a célula
exercendo, portanto, papel de osmorregulação e também de excreção.
- Quando em perigo, o paramécio elimina explosivamente os tricocistos, como forma de defesa.

3. FLAGELADOS (Mastigophora ou Zoomastigophora)

- Também chamados de Flagellata.

- Sua locomoção se dá pela presença de flagelos.

- Geralmente possuem um ou dois flagelos (podem ter dezenas).

- O flagelo não é uma novidade evolutiva no grupo (exemplo: algumas algas também possuem), por isso
alguns sistemas mais modernos subdivide esse grupo em outros.

- Podem viver no mar ou em água doce (vida livre), onde nadam com o flagelo para capturar alimento
por fagocitose (exemplo, Boda ou Streblomastix).

- Podem ser sésseis (fixados no substrato), nesse caso o flagelo cria correntes liquidas atraindo assim
partículas de alimento (exemplo Monosiga ou Codosiga – esses apresentam uma espécie de funil que
auxilia a captura do alimento).

- Diversas espécies causam doenças (falaremos delas na próxima aula).

- Alguns vivem em tubo digestório de baratas e cupins, fazendo uma relação de troca de benefícios
(mutualismo) – exemplo Trichonympha. Os protozoários ganham abrigo e proteção, os insetos ganham
nutrientes da digestão da celulose pelos protozoários.
4. ESPOROZOÁRIOS (Apicomplexa)

- Antigamente chamados de Sporozoa, pois muitos representantes do grupo possuem estágio do ciclo de
vida que ocorre a formação de esporos.

- Filo constituído de protozoários parasitas.


Complexo Apical
- Não possuem estrutura de locomoção.

- Te liga que em alguma fase do ciclo de vida, esses protozoários


possuem o complexo apical (por isso o nome do grupo), estrutura
importante na penetração desse protozoário nos células
hospedeiras.

- Representantes mais conhecidos: Plasmodium spp. espécies causadoras da malária, doença parasitária
que mais mata no mundo. E Toxoplasma gondii, que causa a toxoplasmose. Falaremos deles na próxima
aula.

5. FORAMNÍFERA (foraminíferos)

- Possuem uma carapaça externa constituída de carbonato de cálcio, quitina ou fragmentos calcários ou
silicosos que o protozoário seleciona da areia.
- Carapaça possui numerosas perfurações, pelas quais são projetados os pseudópodes, que são finos e
delicados e servem para captura de alimento.

- Maioria marinho: muitas espécies fazem parte do plâncton, outras vivem no fundo dos mares ou sobre
algas e animais.

- Foram abundantes no passado, suas carapaças formam depósitos no fundo do oceano e originam as
rochas sedimentarias calcárias (vasas). Pirâmides do Egito foram construídas com essas rochas,
compostas por calcário de foraminíferos Nummulites, hoje extintos, mas comuns nos mares a 100
milhões de anos.

- A presença de determinados foraminíferos está relacionada a rochas sedimentares que contém petróleo!
Ao encontrar certos tipos de carapaças de foraminíferos durante as perfurações, é indicativo de petróleo.
Bizu!

6. ACTINOPODA (radiolários e heliozoários)

- Conhecidos por actinópodes.

- Apresentam pseudópodes finos (axópodes) sustentados em um eixo central que se projetam como raios
de sol em torna da célula.
- Existem dois grupos de actinópodes: radiolários e heliozoários.

Radiolários

- Exclusivamente marinhos.
- Constituem o plâncton.
- Muito abundantes.
- Possuem uma cápsula esférica central

Heliozoários

- São esféricos.

- Diferenciam dos radiolários por não apresentarem uma cápsula esférica central.

- Algumas espécies são de água doce, capturam alimento por fagocitose, realizada por seus finos
pseudópodes.
REPRODUÇÃO DOS PROTOZOÁRIOS

Reprodução assexuada

Divisão binária

- Maioria dos protozoários de vida livre.

- Cresce e se divide, formando dois novos indivíduos.

Divisão múltipla

Alguns sarcodíneos e apicomplexos fazem esse tipo de reprodução assexuada. Ocorre a multiplicação do
núcleo por sucessivas mitoses até a célula se fragmentar e dar origem a diversos protozoários.

Reprodução sexuada

Conjugação

- Ocorre no paramécio, protozoário ciliado.

- Não ocorre o aumento do número de indivíduos, mesmo assim é considerada por muitos autores como
reprodução sexuada, pois promove a recombinação genética entre indivíduos.

- Dois paramécios de sexos diferentes se aproximam e estabelecem uma ponte citoplasmática, o


micronúcleo de cada um sofre meiose formando 4 micronúcleos haplóides (3 se degeneram). O
micronúcleo haplóide que permanece, se duplica e um deles passa pela ponte citoplasmática, ocorrendo
uma troca (fertilização recíproca). Após isso os protozoários se separam e os micronúcleo se fundem,
ocorrendo a mistura do material genético. Perceba que cada paramécio passa a se dividir por fissão
binária, gerando maior variabilidade genética na população.

AULA 7 - DOENÇAS CAUSADAS POR PROTOZOÁRIOS

Principais doenças causadas por Rizópodes

Amebíase

- Infecção causada pelo protozoário Entamoeba histolistica, é capaz de encistar (forma cistos que
suportam condições adversas).

- É uma das principais causas de mortes parasitária no mundo.

- O ciclo biológico inicia com a ingestão dos cistos desse protozoário por alimento e água contaminada.
No intestino os cistos se rompem e liberam quatro amebas que se alimentam no intestino sem trazer
grande prejuízo (sem sintomas, muitas vezes). Mas em algumas situações o protozoário pode penetrar na
mucosa intestinal, gerando ulcerações e atingindo órgãos como o fígado, pulmão e até o cérebro. Os
sintomas podem variar de diarréia até hemorragias.

- Para prevenção, devemos nos lembrar de como se contrai.

- Lave as mãos e os alimentos, beba água potável e é importante o saneamento básico.


Principais doenças causadas por Flagelados

Giardíase

- Causada por um protozoário da espécie Giardia lamblia, capaz de formar


cistos.

- A infecção ocorre normalmente pela ingestão de cistos presentes em água


contaminada. A transmissão também pode ocorrer pelo contato com
animais domésticos infectados.

- A acidez do estômago faz os cistos se romperem e ocorre a liberação dos protozoários.

- Os protozoários permanecem no intestino delgado, onde se alimentam e reproduzem.

- Alguns deles viram cistos e saem com as fezes, dando continuidade ao ciclo.

- A giardíase pode provocar má absorção de nutrientes, diarréia, perda de peso, e dores abdominais.
Algumas vezes pode ser assintomática.

- A prevenção se dá por hábitos de higiene, como lavar as mãos e os alimentos, beber água potável, tratar
os doentes e saneamento básico.
Tricomoníase

- É uma DST.

- Causada por um protozoário da espécie Trichomonas vaginalis.

- No homem a doença geralmente é assintomática. Na mulher pode causar corrimentos de odor fétido,
irritação e dor ao urinar.

- As respostas inflamatórias podem causar problemas de fertilidade e riscos na gravidez, além de tornar a
mulher mais vulnerável a outras infecções por alterar o PH vaginal.

- Para prevenir, usar preservativo.

Leishmaniose

- O parasita necessita de dois hospedeiros para completar o seu ciclo.

- Um deles é o mosquito do gênero Lutzomyia sp., popularmente conhecido por mosquito-palha. O outro
hospedeiro é um mamífero, geralmente roedores, canídeos e primatas.

- Dependendo da espécie do protozoário a leishmaniose pode ser tegumentar ou visceral.

Leishmaniose visceral ataca principalmente o baço e o fígado. Pode levar a morte. É transmitida pela
picada do mosquito. Os cães também são atacados por essa doença.

Leishmaniose tegumentar (conhecida também por úlcera de bauru) causa lesão na pele em forma de
úlceras com bordas

elevadas e fundo granuloso. Pode causar lesões deformantes no septo nasal (se você tiver interesse
procure por imagens na internet). A transmissão também ocorre pela picada do mosquito-palha.
- Para prevenir essa doença devemos evitar o mosquito, usando repelentes e evitar que formem poças da
água, que é onde o mosquito pode se reproduzir (meio difícil essa). Podemos evitar que o mosquito entre
em nossas casas usando tela nas portas e janelas. A aplicação de inseticida pode ser feita por instituições
especializadas, nas áreas atingidas por essa doença. Lembre-se que o uso de inseticida nunca é uma boa
medida, pois prejudica outras espécies, polui rios e pode prejudicar nossa saúde também.

Doença de Chagas

- Causada pelo protozoário flagelado da espécie


Trypanossomoa cruzi.

- Doença ocorre apenas na América (por isso é


conhecida também por tripanossomíase americana).

- Necessário dois hospedeiros, um mamífero e um


inseto do gênero Triatoma, popularmente chamado
de barbeiro.

- O barbeiro é hematófago, ou seja, se alimenta de sangue. Quando ingere sangue contaminado de um


vertebrado ele fica contaminado. O protozoário vai até o intestino do inseto e se multiplica por divisão
binária. Quando o barbeiro pica outro animal (um humano, por exemplo) ele se enche de sangue e acaba
defecando, junto às fezes do barbeiro saem os protozoários. Quando a pessoa coça, transfere os
protozoários das fezes do barbeiro para a ferida aberta da picada. Assim fica doente.

- Te liga que o nome desse inseto é chamado popularmente de barbeiro porque ele pica normalmente a
região do rosto, enquanto a pessoa dorme (hábito noturno). Eles são atraídos pelo CO2 liberado pela
respiração da pessoa.

- Outros tipos de transmissão podem ocorrer, como por transfusão de sangue contaminado, pela passagem
do protozoário por via placentária, leite materno ou ainda pela ingestão do parasita que ocorre geralmente
junto ao suco de açaí ou cana-de-açúcar, pois é um local onde pode estar presente o barbeiro
contaminado, que é dilacerado junto com a bebida.

- O protozoário quando entra na corrente sanguínea da pessoa começa a se multiplicar intensamente. Isso
causa febre e edemas localizados, essa fase é chamada de aguda. Após um período o protozoário se
instala na musculatura do hospedeiro e pode ficar anos sem ter nenhum sintoma, nesse período a doença
está na fase crônica e pode ficar assintomática pelo resto da vida.

- Caso o protozoário volte a se multiplicar intensamente nas células musculares pode causar lesões como
o aumento no coração, no intestino ou no esôfago, principalmente.

- A prevenção se dá principalmente ao combater o vetor. Impedir que ele chegue nas residências é a
melhor maneira, para isso as casas devem ter construções adequadas, evitando fendas nas paredes, que é
onde o barbeiro se esconde durante o dia. Analisar o sangue dos doadores também é importante.
Veja o ciclo resumido (a) e detalhado (b) da doença de chagas:

a.

b.
Principais doenças causadas por Esporozoários

Malária

- Causada por protozoários apicomplexos do gênero Plasmodium.

- É a doença parasitária que mais mata no mundo, com estimativas de 1 milhão de óbitos por ano (quase
todos na África, onde existe a forma mais forte da doença).

- No Brasil a doença é praticamente restrita a região amazônica, o Plasmodium vivax causa a malária
conhecida por febre terça benigna, ou seja, ocorrem casos febris a cada 48 horas, vai e volta. O
Plasmodium malariae gera a febre quartã benigna, com crises de febre a cada 72 horas.

- O Plasmodium mais forte é o P. falciparum, causado a febre terçã maligna, com acessos febris
irregulares entre 36 e 48 horas, essa é a que mais mata.

- Os parasitas na forma de esporozoítos se concentram nas glândulas salivares do mosquito do gênero


Anopheles. Quando o mosquito pica é inoculado o parasita no hospedeiro, que vão até o fígado e se
multiplicam assexuadamente por divisão múltipla (chamado nesse caso, também, de esquizogonia),
liberando protozoários na forma de merozoítos. Estes vão até as hemácias e se nutrem da hemoglobina,
quando rompem as hemácias liberam toxinas e causam a febre. Dependendo da espécie o intervalo é de
48h ou 72h, como visto anteriormente.

Febre terçã
- Alguns merozoítos no sangue, se diferenciam em gametócitos e quando sugados fazem reprodução
sexuada no corpo do mosquito, continua seu ciclo e fica apto a infectar um novo hospedeiro.

- A melhor maneira de prevenir a malária é usando repelentes, mosquiteiros e telas em portas e janelas,
evitando assim o contato com o mosquito Anopheles.

Toxoplasmose

- Causada pelo protozoário Toxoplasma gondii.

- Hospedeiros: gatos e outros felinos.

- Ser humano contrai a doença ingerindo os cistos maduros no ambiente, alimento (como carne) ou água.
Pode ser transmitido de mãe para feto.

- O problema maior ocorre em pacientes com imunidade baixa.

- Pode causar cegueira, problemas cardíacos e neurológicos.


- Se a mulher desenvolver a doença na gravidez pode ser muito grave, causando aborto ou má formação
do feto.

- Normalmente felinos contraem a doença comendo ratos contaminados.

- Os gatos não são os vilões. Raramente uma pessoa contrai a doença pelos cistos eliminados pelas fezes
dos gatos. O principal meio de contágio é pela ingestão de carne mal passada.

Bizu extra: Pesquise também sobre a doença do sono (tripanossomíase africana)


AULA 8 – PROTISTA (PROTOCTISTA) – ALGAS

- São eucariontes fotossintetizantes (possuem cloroplastos).

- Os maiores produtores de O2 na Terra.

- Avascular (não possui vasos condutores).

- Grande diversidade: unicelulares ou pluricelulares.

- Diferem das plantas por não apresentarem embriões dependentes do organismo materno para sua
nutrição.

- São encontradas em rios, lagos, mares, regiões árticas, em associação com diversos organismos e em
ambientes terrestres, que possuem alguma umidade.

- Podem ser classificadas quanto ao habitat:

Planctônicas: livres e flutuantes na água (fazem parte do plâncton).

Bentônicas: aderidas a algum substrato.

- Os tipos de pigmentos fotossintetizantes das algas também são importantes para sua classificação (Além
das clorofilas possuem, xantofilas, carotenos etc. – mascarando a cor verde da clorofila e sobressaindo
outras cores como marrom, amareladas ou avermelhadas).

- Algas multicelulares formam estruturas chamadas de talo, que lembram caules, mas não são! Em
algumas algas o talo pode ter 60 metros.

Importância econômica das algas:

- Alimentação (sushi, por exemplo).

- Em indústria, fornecendo espessantes usados para alimentos, cosméticos e tecidos.

- Ágar-ágar, usado na produção de cápsulas de medicamentos ou para cultura de bactérias.

- Carragenina, usada em tintas, cosméticos e alguns laticínios.

- Algumas são utilizadas na produção de biodiesel.


Importância ecológica das algas:

- Cadeia alimentar: fitoplâncton, produtores!

- Produção de O2.

Vamos falar dos principais grupos.

1. Euglenas (Euglenophyta)

- Se movimentam.

- Fazem fotossíntese.

- Unicelulares.

- De água doce.

- Possuem vacúolo pulsátil.

- Possui dois flagelos, mas apenas um é mais longo e atua na locomoção.

- Não possui parede celular o que confere maior agilidade.

- Na ausência de luz, capturam seu alimento e vive como heterótrofas.


2. Dinoflagelados (Dinophyta)

- Unicelulares.

- Se movimentam pelo batimento dos dois flagelos no interior de sulcos.

- São constituintes do plâncton.

- Existem aproximadamente 3 mil espécies.

- Cerca de 20% das espécies produzem toxinas.

- Quando existe muita disponibilidade de nutrientes, causado por exemplo por poluição, algumas espécies
de dinoflagelados se proliferam muito, e como possuem pigmento vermelho, causam a famosa maré
vermelha.

- Nesse caso as toxinas liberadas podem matar peixes e animais.

- Algumas espécies de corais podem conter dinoflagelados vivendo em endossimbiose, chamados de


zooxantelas. As algas produzem nutrientes pela fotossíntese, o que possibilita o crescimento dos corais
em águas tropicais pobres em nutrientes.

- Alguns dinoflagelados podem produzir bioluminescência.


3. DIATOMÁCEAS (Bacillariophyta)

- São unicelulares.

- Possuem parede celular ornamentosa (enfeitada) composta por sílica.

- A parede celular é formada por duas metades que se encaixam, uma maior e outra menor. Quando
unidas, são chamadas de carapaças ou frústula.

- Durante a divisão uma das células-filha fica com a carapaça maior e a outra com a carapaça menor. Por
isso uma das linhagens sempre diminui de tamanho a cada geração, chegando a um ponto que não pode
mais se reproduzir assexuadamente. Dessa forma se divide por meiose, formando gametas que após a
fecundação forma uma nova diatomácea que agora cresce até o tamanho original.

- Existem muitas espécies, cerca de 100 mil.

CRIPTOFITAS E CRISÓFITAS

- Fazem parte do fitoplâncton.

- São pequenos e unicelulares.

- São flagelados.

- Crisófitas também são chamadas de algas douradas, são unicelulares e podem viver em colônias. Possui
pigmento fucoxantina em abundância, tendo a cor dourada, que reflete as cores do arco-íris. Algumas
possuem parede celular de celulose com minerais. Algumas são ornamentais.
ALGAS PARDAS (Phaeophyta ou feófitas)

- São todas marinhas e multicelulares.

- Além da clorofila, possuem pigmento fucoxantina, que dá a cor marrom típica ao grupo.

- Algumas possuem bolsas cheias de ar que flutuam e permite que elas fiquem eretas.

- Podem ter 60 metros, como os kelps (formando “florestas de kelps”). Lembre-se que elas não possuem
caule, mas sim talos.

- Geralmente encontradas no Hemisfério Norte.

ALGAS VERMELHAS (Rodophyta ou rodófitas)

- Geralmente marinhas.

- Maioria multicelular.

- Além da clorofila, possuem pigmentos que dão a cor avermelhada.

- Algumas espécies depositam carbonato de cálcio em suas paredes, sendo conhecidas por coralináceas,
que fazem parte dos recifes.
ALGAS VERDES (Chlorophyta ou clorófitas)

- Unicelulares ou multicelulares.

- Quando unicelulares, podem vivem em colônias.

- Maioria de água doce, mas algumas são marinhas.

- Podem viver em mutualismo com outros organismos. O mais famoso


são os liquens, uma associação entre algas e fungos. Os fungos ganham
alimento, as algas verdes proteção contra desidratação ou contra
herbívoros, por exemplo. Podem fazer associação com os corais e alguns
animais também.
REPRODUÇÃO

- Pode ser assexuada e sexuada.

1- Assexuada:

Nos unicelulares:

a) Divisão binária: uma célula se divide em duas.

Nos multicelular:

b) Fragmentação do talo: uma parte do talo se fragmenta, cai no substrato e da origem a outra alga.

c) Zoosporia (esporulação): formação de células flageladas (zoósporos) que se liberam da alga e nadam
até chegarem a locais favoráveis, se fixam e ali crescem. Ex. clorófitas.
2- Sexuada

a) Ciclo haplobionte haplonte (meiose zigótica): o organismo adulto é haplóide, exemplo:


Chlamydomonas sp.

Dois adultos n se fundem e formam uma célula diplóide (2n), contidas no interior de um envoltório, o
zigósporo. A célula dentro do zigósporo sofre meiose e origina quatro células haplóides. O envoltório é
liberado e cada uma das 4 células haplóides dão origem e um indivíduo adulto, que pode repetir o
processo ou se dividir assexuadamente.

b) Conjugação

Ocorre em espécies de algas filamentosas (algumas). Alguns filamentos se diferenciam, transformando-se


em gametas masculinos, outros filamentos em gametas femininos. Entre esses gametas formam-se tubos
por onde é transferido todo o material celular do gameta masculino, para o feminino. A fecundação
origina o zigoto, que se libera do filamento materno e se multiplica, produzindo um novo talo.
c) Alternância de geração (diplobionte)

- Ocorre em algumas algas multicelulares

- Nesse tipo de reprodução ocorre a alternância entre indivíduos adultos haplóides (n) e diplóides (2n),
por isso alternância de geração.

- Usaremos de exemplo a alga verde Ulva sp. Que apresenta dois tipos de talo, que embora sejam
parecidos, um deles possui células haplóides e o outro diplóides.

- os talos diplóides são chamados de esporófitos. Algumas das suas células sofrem meiose originando
células haplóides, chamadas de esporos.

- Os esporos se libertam do talo diplóide e em condições adequadas germinam, produzindo um talo inteiro
haplóide, chamado de gametófito.

- Na maturidade algumas células do gametófito se diferenciam e sofrem mitose, originando dezenas de


gametas haplóides flagelados, que se fundem e formam zigotos diplóides. Quando o zigoto se desenvolve
forma o talo diplóide e o ciclo reinicia.

- Veja o esquema abaixo:

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