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Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE

Agente Censitário Administrativo(ACA)

Língua Portuguesa
I - Compreensão de texto................................................................................................................................................... 1
II - Significação das palavras: sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos ................................................. 7
III - Pontuação. Estrutura e sequência lógica de frases e parágrafos.................................................................... 12
IV - Ortografia oficial; acentuação gráfica ................................................................................................................... 19
V - Concordância nominal e verbal ............................................................................................................................... 31
VI - Regência nominal e verbal; crase........................................................................................................................... 42
VII - Emprego dos verbos regulares, irregulares e anômalos ................................................................................. 47
VIII - Emprego e colocação dos pronomes .................................................................................................................. 56

Raciocínio Lógico
Avaliação da habilidade do candidato em entender a estrutura lógica de relações entre pessoas, lugares,
coisas e/ou eventos, deduzir novas informações e avaliar as condições usadas para estabelecer a estrutura
dessas relações .......................................................................................................................................................................... 1
As questões das provas poderão tratar das seguintes áreas: estruturas lógicas; lógica de argumentação;
diagramas lógicos; aritmética; álgebra e geometria básicas ........................................................................................ 10

Conhecimentos Específicos
Noções de Administração: I - Aspectos gerais da Administração. Organizações como sistemas abertos. ... 01
II - Funções administrativas: planejamento, organização, direção, coordenação e controle. ......................... 12
III - Motivação, comunicação e liderança. ................................................................................................................... 16
IV - Eficiência e funcionamento de grupos. O indivíduo na organização: papéis e interações. Trabalho em
equipe. Equipes de trabalho. ............................................................................................................................................... 21
V- Responsabilidade, coordenação, autoridade, poder e delegação. ................................................................... 25
VI - Qualidade na prestação de Serviços ..................................................................................................................... 28
VII - Noções de atendimento ao público. ..................................................................................................................... 32
VIII - Noções de documentação e arquivo ................................................................................................................... 36

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APOSTILAS OPÇÃO
Resumir - concentrar as ideias centrais e/ou secundárias em
um só parágrafo.

Parafrasear - reescrever o texto com outras palavras.

Exemplo
Título do Texto Paráfrases
I - Compreensão de texto
A integração do mundo.
“O Homem Unido” A integração da humanidade.
A união do homem.
Homem + Homem = Mundo.
A literatura é a arte de recriar através da língua escrita.
A macacada se uniu. (sátira)
Sendo assim, temos vários tipos de gêneros textuais, formas
de escrita; mas a grande dificuldade encontrada pelas pessoas
é a interpretação de textos. Muitos dizem que não sabem Condições Básicas para Interpretar
interpretar, ou que é muito difícil. Se você tem pouca leitura,
consequentemente terá pouca argumentação, pouca visão, pouco Faz-se necessário:
ponto de vista e um grande medo de interpretar. A interpretação - Conhecimento Histórico – literário (escolas e gêneros
é o alargamento dos horizontes. E esse alargamento acontece literários, estrutura do texto), leitura e prática.
justamente quando há leitura. Somos fragmentos de nossos - Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do texto)
escritos, de nossos pensamentos, de nossas histórias, muitas e semântico. Na semântica (significado das palavras) incluem-
vezes contadas por outros. Quantas vezes você não leu algo e se: homônimos e parônimos, denotação e conotação, sinonímia
pensou: “Nossa, ele disse tudo que eu penso”. Com certeza, várias e antonímia, polissemia, figuras de linguagem, entre outros.
vezes. Temos aí a identificação de nossos pensamentos com os - Capacidade de observação e de síntese.
pensamentos dos autores, mas para que aconteça, pelo menos - Capacidade de raciocínio.
não tenha preguiça de pensar, refletir, formar ideias e escrever
quando puder e quiser. Interpretar X Compreender
Tornar-se, portanto, alguém que escreve e que lê em nosso
país é uma tarefa árdua, mas acredite, valerá a pena para sua Interpretar Significa Compreender Significa
vida futura. Mesmo que você diga que interpretar é difícil,
você exercita isso a todo o momento. Exercita através de sua Explicar, comentar, julgar, Intelecção, entendimento,
leitura de mundo. A todo e qualquer tempo, em nossas vidas, tirar conclusões, deduzir. atenção ao que realmente está
interpretamos, argumentamos, expomos nossos pontos de vista. Tipos de enunciados: escrito.
Mas, basta o(a) professor(a) dizer “Vamos agora interpretar - através do texto, infere- Tipos de enunciados:
esse texto” para que as pessoas se calem. Ninguém sabe o que se que... - o texto diz que...
calado quer, pois ao se calar você perde oportunidades valiosas - é possível deduzir que... - é sugerido pelo autor que...
de interagir e crescer no conhecimento. Perca o medo de expor - o autor permite - de acordo com o texto, é correta
suas ideias. Faça isso como um exercício diário e verá que antes concluir que... ou errada a afirmação...
que pense, o medo terá ido embora. - qual é a intenção do - o narrador afirma...
autor ao afirmar que...
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas
entre si, formando um todo significativo capaz de produzir Erros de Interpretação
interação comunicativa (capacidade de codificar e decodificar).
É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de
Contexto – um texto é constituído por diversas frases. Em erros de interpretação. Os mais frequentes são:
cada uma delas, há certa informação que a faz ligar-se com - Extrapolação (viagem). Ocorre quando se sai do
a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a contexto, acrescentado ideias que não estão no texto, quer por
estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa interligação conhecimento prévio do tema quer pela imaginação.
dá-se o nome de contexto. Nota-se que o relacionamento entre - Redução. É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas
as frases é tão grande, que, se uma frase for retirada de seu a um aspecto, esquecendo que um texto é um conjunto de ideias,
contexto original e analisada separadamente, poderá ter um o que pode ser insuficiente para o total do entendimento do
significado diferente daquele inicial. tema desenvolvido.
- Contradição. Não raro, o texto apresenta ideias contrárias
Intertexto - comumente, os textos apresentam referências às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas e,
diretas ou indiretas a outros autores através de citações. Esse consequentemente, errando a questão.
tipo de recurso denomina-se intertexto.
Observação: Muitos pensam que há a ótica do escritor e
Interpretação de Texto - o primeiro objetivo de uma a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa prova de
interpretação de um texto é a identificação de sua ideia concurso o que deve ser levado em consideração é o que o autor
principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias, ou diz e nada mais.
fundamentações, as argumentações, ou explicações, que levem
ao esclarecimento das questões apresentadas na prova. Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que
relacionam palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si. Em
Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a: outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um pronome
Identificar - reconhecer os elementos fundamentais de relativo, uma conjunção (nexos), ou um pronome oblíquo átono,
uma argumentação, de um processo, de uma época (neste há uma relação correta entre o que se vai dizer e o que já foi dito.
caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem São muitos os erros de coesão no dia a dia e, entre eles, está o
o tempo). mau uso do pronome relativo e do pronome oblíquo átono. Este
depende da regência do verbo; aquele do seu antecedente. Não
Comparar - descobrir as relações de semelhança ou de se pode esquecer também de que os pronomes relativos têm
diferenças entre as situações do texto. cada um valor semântico, por isso a necessidade de adequação
ao antecedente. Os pronomes relativos são muito importantes
Comentar - relacionar o conteúdo apresentado com uma na interpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de
realidade, opinando a respeito. coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que existe
um pronome relativo adequado a cada circunstância, a saber:

Língua Portuguesa 1
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APOSTILAS OPÇÃO
Que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente. Mas Um texto para ser compreendido deve apresentar ideias
depende das condições da frase. seletas e organizadas, através dos parágrafos que é composto
Qual (neutro) idem ao anterior. pela ideia central, argumentação e/ou desenvolvimento e a
Quem (pessoa). conclusão do texto. Podemos desenvolver um parágrafo de
Cujo (posse) - antes dele, aparece o possuidor e depois, o várias formas:
objeto possuído. - Declaração inicial;
Como (modo). - Definição;
Onde (lugar). - Divisão;
Quando (tempo). - Alusão histórica.
Quanto (montante).
Serve para dividir o texto em pontos menores, tendo em
Exemplo: vista os diversos enfoques. Convencionalmente, o parágrafo
Falou tudo quanto queria (correto). é indicado através da mudança de linha e um espaçamento da
Falou tudo que queria (errado - antes do que, deveria margem esquerda. Uma das partes bem distintas do parágrafo é
aparecer o demonstrativo o). o tópico frasal, ou seja, a ideia central extraída de maneira clara e
Vícios de Linguagem – há os vícios de linguagem clássicos resumida. Atentando-se para a ideia principal de cada parágrafo,
(barbarismo, solecismo, cacofonia...); no dia a dia, porém, asseguramos um caminho que nos levará à compreensão do
existem expressões que são mal empregadas, e por força desse texto.
hábito cometem-se erros graves como:
- “Ele correu risco de vida”, quando a verdade o risco era de Os Tipos de Texto
morte.
- “Senhor professor, eu lhe vi ontem”. Neste caso, o pronome Basicamente existem três tipos de texto:
oblíquo átono correto é “o”. - Texto narrativo;
- “No bar: Me vê um café”. Além do erro de posição do - Texto descritivo;
pronome, há o mau uso. - Texto dissertativo.

Algumas dicas para interpretar um texto: Cada um desses textos possui características próprias de
construção, que veremos no tópico seguinte (Tipologia Textual).
- O autor escreveu com uma intenção - tentar descobrir qual
é, qual é a chave. É comum encontrarmos queixas de que não sabem
- Leia todo o texto uma primeira vez de forma despreocupada interpretar textos. Muitos têm aversão a exercícios nessa
- assim você verá apenas os aspectos superficiais primeiro. categoria. Acham monótono, sem graça, e outras vezes dizem:
- Na segunda leitura observe os detalhes, visualize em sua cada um tem o seu próprio entendimento do texto ou cada
mente o cenário, os personagens - Quanto mais real for a leitura um interpreta a sua maneira. No texto literário, essa ideia tem
na sua mente, mais fácil será para interpretar o texto. algum fundamento, tendo em vista a linguagem conotativa, os
- Duvide do(a) autor(a), leia as entrelinhas, perceba o que símbolos criados, mas em texto não literário isso é um equívoco.
o(a) autor(a) te diz sem escrever no texto. Diante desse problema, seguem algumas dicas para você
- Não tenha medo de opinar - Já vi terem medo de dizer o que analisar, compreender e interpretar com mais proficiência.
achavam e a resposta estaria correta se tivessem dito.
- Visualize vários caminhos, várias opções e interpretações, - Crie o hábito da leitura e o gosto por ela. Quando nós
só não viaje muito na interpretação. Veja os caminhos apontados passamos a gostar de algo, compreendemos melhor seu
pela escrita do(a) autor(a). Apegue-se aos caminhos que lhe são funcionamento. Nesse caso, as palavras tornam-se familiares
mostrados. a nós mesmos. Não se deixe levar pela falsa impressão de que
- Identifique as características físicas e psicológicas dos ler não faz diferença. Leia tudo que tenha vontade, com o tempo
personagens - Se um determinado personagem tem como você se tornará mais seleto e perceberá que algumas leituras
característica ser mentiroso, por exemplo, o que ele diz no foram superficiais e, às vezes, até ridículas. Porém elas foram o
texto poderá ser mentira não é mesmo? Analisar e identificar os ponto de partida e o estímulo para se chegar a uma leitura mais
personagens são pontos necessários para uma boa interpretação refinada. Existe tempo para cada momento de nossas vidas.
de texto. - Seja curioso, investigue as palavras que circulam em seu
- Observe a linguagem, o tempo e espaço, a sequência dos meio.
acontecimentos. O feedback conta muito na hora de interpretar. - Aumente seu vocabulário e sua cultura. Além da leitura, um
- Analise os acontecimentos de acordo com a época do texto, bom exercício para ampliar o léxico é fazer palavras cruzadas.
assim, certas contradições ou estranhamentos vistos por você - Faça exercícios de sinônimos e antônimos.
podem ser apenas a cultura da época sendo demonstrada. - Leia verdadeiramente.
- Leia quantas vezes achar que deve - Não entendeu? Leia de - Leia algumas vezes o texto, pois a primeira impressão pode
novo. Nem todo dia estamos concentrados e a rapidez na leitura ser falsa. É preciso paciência para ler outras vezes. Antes de
vem com o hábito. responder as questões, retorne ao texto para sanar as dúvidas.
- Atenção ao que se pede. Às vezes a interpretação está
Para ler e entender um texto é preciso atingir dois níveis de voltada a uma linha do texto e por isso você deve voltar ao
leitura: Informativa e de reconhecimento; parágrafo para localizar o que se afirma. Outras vezes, a questão
está voltada à ideia geral do texto.
Interpretativa: - Fique atento a leituras de texto de todas as áreas do
A primeira leitura deve ser feita cuidadosamente por ser conhecimento, porque algumas perguntas extrapolam ao que
o primeiro contato com o texto, extraindo-se informações e se está escrito. Veja um exemplo disso:
preparando para a leitura interpretativa. Durante a interpretação
grife palavras-chave, passagens importantes; tente ligar uma Texto:
palavra à ideia-central de cada parágrafo. A última fase de
interpretação concentra-se nas perguntas e opções de respostas. Pode dizer-se que a presença do negro representou
Marque palavras com não, exceto, respectivamente, etc, pois sempre fator obrigatório no desenvolvimento dos latifúndios
fazem diferença na escolha adequada. Retorne ao texto mesmo coloniais. Os antigos moradores da terra foram, eventualmente,
que pareça ser perda de tempo. Leia a frase anterior e posterior prestimosos colaboradores da indústria extrativa, na caça, na
para ter ideia do sentido global proposto pelo autor. pesca, em determinados ofícios mecânicos e na criação do gado.
Dificilmente se acomodavam, porém, ao trabalho acurado e
Organização do Texto e Ideia Central metódico que exige a exploração dos canaviais. Sua tendência
espontânea era para as atividades menos sedentárias e que

Língua Portuguesa 2
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APOSTILAS OPÇÃO
pudessem exercer-se sem regularidade forçada e sem vigilância Do total arrecadado. 60% ficavam com o sindicato da categoria
e fiscalização de estranhos. profissional, 15% iam para as federações, 5% para as
confederações.
(Sérgio Buarque de Holanda, in Raízes) (José Murilo de Carvalho, Cidadania no Brasil - o longo
caminho. RJ.
Infere-se do texto que os antigos moradores da terra eram: Civilização Brasileira, 2004. p. 121. com adaptações)
(A) os portugueses.
(B) os negros. Assinale a paráfrase correta e adequada do período:
(C) os índios.
(D) tanto os índios quanto aos negros. “A solução foi muito simples: de todos os trabalhadores,
(E) a miscigenação de portugueses e índios. sindicalizados ou não, era descontado anualmente, na folha de
pagamento, o salário de um dia de trabalho.”
(Aquino, Renato. Interpretação de textos, 2ª edição. Rio de
Janeiro: Impetus, 2003.) (A) Descontava-se um dia de trabalho do salário, na folha
de pagamento anual, dos sindicalizados ou não, de todos os
Resposta “C”. Apesar do autor não ter citado o nome dos trabalhadores, como solução fácil para a falta de recursos do
índios, é possível concluir pelas características apresentadas no imposto sindical.
texto. Essa resposta exige conhecimento que extrapola o texto.
(B) Para solucionar a escassez de recursos dos sindicatos,
- Tome cuidado com as vírgulas. Veja por exemplo a diferença a solução se encaminhou no sentido de serem descontados, de
de sentido nas frases a seguir: todos os trabalhadores, sindicalizados ou não, da folha anual de
(1) Só, o Diego da M110 fez o trabalho de artes. pagamento, o salário de um dia de trabalho.
(2) Só o Diego da M110 fez o trabalho de artes.
(3) Os alunos dedicados passaram no vestibular. (C) Para conseguirem sobreviver, os sindicatos adotaram
(4) Os alunos, dedicados, passaram no vestibular. uma solução simples de todos os trabalhadores, sindicalizados
(5) Marcão, canta Garçom, de Reginaldo Rossi. ou não – o desconto anual, na folha de pagamento, do salário de
(6) Marcão canta Garçom, de Reginaldo Rossi. um dia de trabalho.

Explicações: (D) Não foi complicada achar a solução. De todos os


(1) Diego fez sozinho o trabalho de artes. trabalhadores, sindicalizados ou não, descontava-se um dia de
(2) Apenas o Diego fez o trabalho de artes. trabalho, anualmente, juntamente com a folha de pagamento.
(3) Havia, nesse caso, alunos dedicados e não dedicados e
passaram no vestibular somente os que se dedicaram, restringindo (E) Foi simples a solução adotada – seria descontado
o grupo de alunos. anualmente, na folha de pagamento de todos os trabalhadores,
(4) Nesse outro caso, todos os alunos eram dedicados. sindicalizados ou não, o valor equivalente a um dia de trabalho.
(5) Marcão é chamado para cantar.
(6) Marcão pratica a ação de cantar. Resposta correta: E

Leia o trecho e analise a afirmação que foi feita sobre ele: Alternativa A: “Descontava-se um dia de trabalho do salário”
– a frase está incoerente, o dia de trabalho era descontado do
“Sempre fez parte do desafio do magistério administrar trabalhador, não do salário.
adolescentes com hormônios em ebulição e com o desejo natural
da idade de desafiar as regras. A diferença é que, hoje, em muitos Alternativa B: “(...) no sentido de serem descontados (...) o
casos, a relação comercial entre a escola e os pais se sobrepõe à salário de um dia” – problemas na concordância singular/plural.
autoridade do professor”. O salário de um dia deve ser descontado e não descontados.

Frase para análise. Alternativa C: a alternativa torna-se incorreta pela falta de


pontuação, vírgula, veja:
Desafiar as regras é uma atitude própria do adolescente “os sindicatos adotaram uma solução simples de todos os
das escolas privadas. E esse é o grande desafio do professor trabalhadores, sindicalizados ou não(...)” – incorreta
moderno.
“os sindicatos adotaram uma solução simples, de todos os
- Não é mencionado que a escola seja da rede privada. trabalhadores, sindicalizados ou não(...)” – correta
- O desafio não é apenas do professor atual, mas sempre fez
parte do desafio do magistério. Outra questão é que o grande Alternativa D: “Não foi complicada achar a solução” - Achar
desafio não é só administrar os desafios às regras, isso é parte do é complicado, o correto seria: “Não foi complicado achar a
desafio, há também os hormônios em ebulição que fazem parte solução”.
do desafio do magistério.
- A paráfrase pode ser construída de várias formas, veja
- Atenção ao uso da paráfrase (reescrita do texto sem algumas delas: substituição de locuções por palavras; uso de
prejuízo do sentido original). Veja o exemplo: sinônimos; mudança de discurso direto por indireto e vice-versa;
converter a voz ativa para a passiva; emprego de antonomásias
(RECEITA FEDERAL – AUDITOR FISCAL DA RECEITA ou perífrases (Rui Barbosa = A águia de Haia; o povo lusitano =
FEDERAL – ESAF/2012 - ADAPTADA) portugueses).
Texto para a questão:
Observe a mudança de posição de palavras ou de expressões
O último esteio importante da legislação sindical do Estado nas frases. Exemplos:
Novo foi o imposto sindical, criado em 1940. - Certos alunos no Brasil não convivem com a falta de
A despeito das vantagens concedidas aos sindicatos professores.
oficiais. muitos deles tinham dificuldade em sobreviver, por - Alunos certos no Brasil não convivem com a falta de
falta de recursos. O imposto sindical veio dar-lhes o dinheiro professores.
sem exigir esforço algum de sua parte. A solução foi muito - Os alunos determinados pediram ajuda aos professores.
simples: de todos os trabalhadores, sindicalizados ou não, era - Determinados alunos pediram ajuda aos professores.
descontado anualmente, na folha de pagamento, o salário de
um dia de trabalho. Os empregadores também contribuíam. Explicações:

Língua Portuguesa 3
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APOSTILAS OPÇÃO
- Certos alunos = qualquer aluno. I. Temos na oração, um verbo conjugado no modo imperativo.
- Alunos certos = aluno correto. II. O vocábulo “seu”, no caso, é um pronome possessivo.
- Alunos determinados = alunos decididos. III. A vírgula foi empregada para isolar o vocativo.
- Determinados alunos = qualquer aluno.
É correto o que se afirmou em:
Questões (A) I, apenas.
(B) I e III, apenas.
01. (PM/BA - Soldado da Polícia Militar - FCC - PM/BA - (C) II e III, apenas.
Soldado da Polícia Militar) (D) I, II e III.
Desde o desenvolvimento da linguagem, há 5.000 anos, a
espécie humana passou a ter seu caminho evolutivo direcionado 03. (MPE/RS - Técnico Superior de Informática - MPE)
pela cultura, cujos impulsos foram superando a limitação da
biologia e os açoites da natureza. Foi pela capacidade de pensar Um estudo feito pela Universidade de Michigan constatou que
e de se comunicar que a humanidade obteve os meios para o que mais se faz no Facebook, depois de interagir com amigos,
escapar da fome e da morte prematura. é olhar os perfis de pessoas que acabamos de conhecer. Se você
O atual empuxo tecnológico se acelerou de tal forma que gostar do perfil, adicionará aquela pessoa, e estará formado um
alguns felizardos com acesso a todos os recursos disponíveis vínculo. No final, todo mundo vira amigo de todo mundo. Mas,
na vanguarda dos avanços médicos, biológicos, tecnológicos não é bem assim. As redes sociais têm o poder de transformar
e metabólicos podem realisticamente pensar em viver em os chamados elos latentes (pessoas que frequentam o mesmo
boa saúde mental e física bem mais do que 100 anos. O ambiente social, mas não são suas amigas) em elos fracos - uma
prolongamento da vida saudável, em razão de uma velhice sem forma superficial de amizade. Pois é, por mais que existam
doenças, já foi só um exercício de visionários. Hoje é um campo exceções ______ qualquer regra, todos os estudos mostram que
de pesquisa dos mais sérios e respeitados. amizades geradas com a ajuda da Internet são mais fracas, sim,
Robert Fogel, o principal formulador do conceito da evolução do que aquelas que nascem e se desenvolvem fora dela.
tecnofísica, e outros estudiosos estão projetando os limites Isso não é inteiramente ruim. Os seus amigos do peito
dessa fabulosa caminhada cultural na qualidade de vida dos geralmente são parecidos com você: pertencem ao mesmo
seres humanos. Quando se dedicam a essa tarefa, os estudiosos mundo e gostam das mesmas coisas. Os elos fracos, não. Eles
esbarram, em primeiro lugar, nas desigualdades de renda e de transitam por grupos diferentes do seu e, por isso, podem lhe
acesso às inovações. Fazem parte das conjecturas dos estudiosos apresentar novas pessoas e ampliar seus horizontes - gerando
a questão ambiental e a necessidade urgente de obtenção e uma renovação de ideias que faz bem a todos os relacionamentos,
popularização de novas formas de energia menos agressivas ao inclusive às amizades antigas. O problema é que a maioria
planeta. das redes na Internet é simétrica: se você quiser ter acesso às
(Adaptado de Revista Veja, 25 de abril de 2012 informações de uma pessoa ou mesmo falar reservadamente com
p 141) ela, é obrigado a pedir a amizade dela. Como é meio grosseiro
dizer “não’ ________ alguém que você conhece, todo mundo acaba
... a espécie humana passou a ter seu caminho evolutivo adicionando todo mundo. E isso vai levando ________ banalização
direcionado pela cultura, cujos impulsos foram superando a do conceito de amizade.
limitação da biologia ... (1º parágrafo) É verdade. Mas, com a chegada de sítios como
O Twitter, ficou diferente. Esse tipo de sítio é uma
O sentido do segmento grifado acima está reproduzido com rede social completamente assimétrica. E isso faz com que
outras palavras, respeitando-se a lógica, a correção e a clareza, as redes de “seguidos” de alguém possam se comunicar de
em: maneira muito mais fluida. Ao estudar a sua própria rede no
(A) o caminho da evolução da humanidade, apesar das Twitter, o sociólogo Nicholas Christakis, da Universidade de
limitações biológicas, passam ainda hoje pelo desenvolvimento Harvard, percebeu que seus Amigos tinham começado a se
c cultural, que as possibilita. comunicar entre si Independentemente da mediação dele.
(B) o desenvolvimento cultural da humanidade permitiu Pessoas cujo único ponto em comum era o próprio Christakis
descobrir as causas de problemas que afetavam a saúde das acabaram ficando amigas. No Twitter, eu posso me interessar
pessoas, bem como combater as doenças. pelo que você tem a dizer e começar a te seguir. Nós não
(C) os problemas de origem física, como uma doença, nos conhecemos. Mas você saberá quando eu o retuitar ou
nem sempre foi possível resolvê-la, com base nos problemas mencionar seu nome no sítio, e poderá falar comigo. Meus
resultantes da biologia. seguidores também podem se interessar pelos seus tuítes e
(D) com o desenvolvimento da cultura humana, descobriu- começar a seguir você. Em suma, nós continuaremos não nos
se as leis da biologia e do ambiente que viviam, permitindo-os conhecendo, mas as pessoas que estão _______ nossa volta podem
evoluir com mais saúde. virar amigas entre si.
(E) as descobertas científicas da biologia veio permitir que
a humanidade fosse se tornando mais capaz de evoluir por um Considere as seguintes afirmações.
tempo mais longo e com saúde.
I. Através do uso do advérbio sim (L. 8), o autor valida a
02. (IBAM - Prefeitura de Praia Grande/SP - Agente assertiva de que as redes sociais tendem a transformar elos
Administrativo - IBAM) latentes (L. 05) em elos fracos (L. 06).
II. Por meio da frase Isso não é inteiramente ruim (L. 09),
A historieta a seguir deverá ser utilizada para resolver a o autor manifesta-se favorável à afirmação de que as melhores
questão a seguir. amizades são aquelas que descobrimos fora das redes sociais.
III. Mediante o emprego do segmento É verdade (L. 17), o
autor reitera sua opinião a respeito do caráter trivial que a
concepção de amizade vem assumindo nas redes sociais.

Quais estão corretas, de acordo com o texto?

(A) Apenas I.
(B) Apenas II.
(C) Apenas III.
Tendo por base a frase “Venha aqui, seu vagabundo”, analise (D) Apenas II e III.
as afirmações seguintes. (E) I, II e III.

Língua Portuguesa 4
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APOSTILAS OPÇÃO
04. (TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - Prova versão definido nas empresas.
1 - VUNESP) Leia a tira. (B) o desemprego aumenta em decorrência da qualificação
profissional.
(C) a formação de um profissional é, via de regra, questão
secundária na sua contratação.
(D) a qualificação profissional é um caminho para se
conseguir um emprego.
(E) o profissional deve ter qualificação inferior em relação às
pretensões da empresa.

07. (TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - Prova


versão 1 - VUNESP) De acordo com o texto “Saber é Trabalhar”
responda:
No segundo quadrinho, a fala da personagem revela: No contexto em que se insere o período – A outra é a
(A) hesitação. dificuldade que as empresas têm de encontrar mão de obra
(B) indiferença. qualificada para os postos de trabalho que estão abertos. – (3.º
(C) contradição. parágrafo), entende-se que a expressão
(D) raiva. “A outra” refere-se a:
(E) exaltação. (A) consequências.
(B) lógica.
05. (TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - Prova versão (C) pesquisa.
1 - VUNESP) (D) situação.
(E) metodologia.
Saber é trabalhar
08. (Prefeitura de Praia Grande/SP - Agente
Geralmente, numa situação de altos índices de desemprego, Administrativo - IBAM)
o trabalhador sente a necessidade de aprimorar a sua formação
para obter um posto de trabalho. As empresas buscam os O velho
mais qualificados em cada categoria e excluem os que não se Chico Buarque
encaixam no perfil pretendido. Nos últimos anos, essa não tem O velho sem conselhos
sido a lógica vigente no Brasil. Segundo a pesquisa de emprego De joelhos
urbano feita pelo Dieese (Departamento Intersindical de De partida
Estatística e Estudos Socioeconômicos) e pela Fundação Seade Carrega com certeza
(Sistema Estadual De Análise de Dados), os níveis de pessoas Todo o peso
sem emprego estão apresentando quedas sucessivas de 2005 Da sua vida
para cá. O desemprego em nove regiões metropolitanas medido A vida inteira, diz que se guardou
pela pesquisa era de 17,9% em 2005 e fechou em 11,9% em Do carnaval, da brincadeira
2010. Que ele não brincou.
A pesquisa do Dieese é um medidor importante, pois sua Me diga agora
metodologia leva em conta não só o desemprego aberto (quem O que é que eu digo ao povo
está procurando trabalho), como também o oculto (pessoas que O que é que tem de novo
desistiram de procurar ou estão em postos precários). Uma das Pra deixar
consequências dessa situação é apontada dentro da própria Nada
pesquisa, um aumento médio no nível de rendimentos dos Só a caminhada
trabalhadores ocupados. Longa, pra nenhum lugar.
A outra é a dificuldade que as empresas têm de encontrar
mão de obra qualificada para os postos de trabalho que estão Nos versos da música “O velho”, Chico Buarque de Holanda
abertos. A Fundação Dom Cabral apresentou, em março, a retrata a vida de um homem que:
pesquisa Carência de Profissionais no Brasil. A análise levou em (A) temia envelhecer.
conta profissionais dos níveis técnico, operacional, estratégico (B) não soube aproveitar a vida.
e tático. Do total, 92% das empresas admitiram ter dificuldade (C) foi apaixonado pelo carnaval.
para contratar a mão de obra de que necessitam. (D) tinha orgulho de suas conquistas.
(Língua Portuguesa, outubro de 2011, Adaptado)
09. (PM/BA - Soldado da Polícia Militar - FCC)
De acordo com o texto “Saber é Trabalhar” responda:
Minha jangada vai sair pro mar
O texto revela que, no Brasil, Vou trabalhar, meu bem querer
(A) as empresas estão mais rigorosas para selecionar os Se Deus quiser quando eu voltar do mar
mais qualificados. Um peixe bom eu vou trazer
(B) os índices de desemprego têm se elevado continuamente Meus companheiros também vão voltar
nas regiões metropolitanas. E a Deus do céu vamos agradecer
(C) os trabalhadores têm investido mais do que o necessário
em sua formação profissional. Os versos acima, de uma música de Dorival Caymmi, abordam
(D) as pesquisas sobre emprego são pouco consistentes e predominantemente,
confiáveis. (A) o trabalho dos pescadores, na busca de sua sobrevivência
(E) as empresas convivem com a carência de mão de obra cotidiana.
qualificada. (B) o respeito às condições ambientais como garantia da
preservação dos recursos da natureza.
06. (TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - Prova (C) a competição acirrada entre os pescadores pelos
versão 1 - VUNESP) A frase inicial do texto – Geralmente, numa melhores pontos de pesca,
situação… um posto de trabalho. – expressa as condições gerais (D) a religiosidade dos pescadores, em que se misturam
em uma situação de altos índices de desemprego. De acordo com elementos de origem africana.
essas condições, (E) a exploração a que estão sujeitos os trabalhadores que
dependem do mar para sobreviver.
(A) o perfil de profissional pretendido nem sempre é bem

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APOSTILAS OPÇÃO
10. (IFC - Analista de Tecnologia da Informação - IFC)

Texto 1

O futuro do trabalho
“[...]
Seja como for, é preciso resolver os problemas do
desemprego e da informalidade, que são mais acentuados nos
países subdesenvolvidos. O caminho é estabelecer políticas de
geração de empregos, além de garantir melhores condições para
os trabalhadores em ocupações precárias.
Uma das saídas é a redução da jornada de trabalho: as
pessoas trabalham menos para que se abram vagas para as
desempregadas. Outra estratégia é instituir programas de
formação profissional e de microcrédito para trabalhadores
autônomos, desempregados e pequenas empresas.”

Vestibular-Editora Abril, nov., 2002.

Texto 2

Conflito de gerações Disponível em: < http://revistaplaneta.terra.com.br/secao/


comportamento/viver-com-menos >
“- Marquinhos... Marquinhos! [...]
O filho tentou disfarçar, lá no fundo do quintal, tirando No texto, a repetição do verbo “querer” e a única ocorrência
meleca do nariz, mas, quando do verbo “precisar” colocam em evidência
a mãe chamava assim, era melhor ir. Na cozinha, a mãe ao (A) a oposição entre a variedade dos desejos dos indivíduos
lado da geladeira e as suas necessidades mínimas reais.
aberta, com uma garrafa e um saco plástico vazios nas mãos: (B) o significado indistinto entre os dois verbos que se
- Você comeu toda a salsicha?! traduz pelo excesso de vontade por algo implícito na imagem.
- Não é bem verdade...Eu só usei as salsichas pra acabar com (C) o dinamismo do enunciador expresso pelas múltiplas
a mostarda. Já necessidades apresentadas por ele para atender os diversos
estava até verde! Alguém ia acabar comendo estragado e setores de sua vida.
ficar doente. (D) a remissão ao gênero textual “bilhete” como forma de
[...] evitar que o interlocutor potencial se esqueça de comprar o
- Você tem resposta pra tudo, não?! produto pedido pelo enunciador.
- Não é bem verdade... é a senhora que sempre pergunta.
- Você é uma gentinha! Só uma gentinha, tá entendendo? Respostas
O filho ficou olhando praquela mãe batendo com o pé no
chão, bem nervosa 01. Resposta B
mesmo, mais alta que a geladeira e tudo. Aí foi obrigado a “Caminho evolutivo direcionado pela cultura em outras
dizer: palavras”: o desenvolvimento cultural
- É... isso eu acho que é verdade.”
02. Resposta B
BONASSI, Fernando. In: Folha de São Paulo, 23 nov. 2002. SEU = pode ser empregado como pronome possessivo ou
como pronome de tratamento (forma utilizada na questão
Ao analisar a linguagem e o discurso do texto 1 e do texto 2 acima).
respectivamente. Assinale a alternativa CORRETA:
Observe abaixo um pouco do que diz o dicionário Houaiss
(A) no texto 1, a linguagem é mais informal, seguindo à sobre a utilização da palavra SEU como pronome de tratamento:
norma padrão; utiliza-se ainda o discurso indireto, envolvendo Seu. senhor (‘tratamento respeitoso’) (Empregado diante de
questões sociais. No texto 2, percebe-se uma linguagem menos nome de pessoa, ou de outro axiônimo, ou de palavra designativa
informal e um discurso direto entre mãe e filho. de profissão.) (seu Joaquim) (seu doutor) (seu delegado). GRAM
(B) no texto 1, a linguagem é coloquial, seguindo à norma fem.: sinhá, sinha, siá, sia, senhora. Uso empregado também com
padrão; tem-se ainda o discurso indireto e direto, aplicado à valor afetivo (seu bobinho!), de forma jocosa (p. ex.: aposto que
interpretação do cotidiano. Já no texto 2, a linguagem é formal, seu Tiago saberá a resposta - sendo Tiago uma pessoa jovem) ou
ocorre ainda um diálogo entre mãe e filho. disfêmica (seu pateta!), ou, ainda, com matiz interjetivo (tinha
(C) no texto 1, a linguagem é mais formal, obedecendo à coragem de me enfrentar nada, seu!); nestes casos, há no Brasil
norma culta; consegue-se ainda identificar um discurso indireto, os fem. sua, senha, sinha.
aplicado interpretativamente às questões sociais. Já no texto 2,
além de uma linguagem informal, em que se notam repetições e 03. Resposta D
frases, ocorre, também, um diálogo entre mãe e filho. No número II o autor deixa claro no texto, que as amizades
(D) no texto 1, a linguagem é formal, segundo à norma culta; formadas por redes sociais não são duradoras nem possuem
tem-se ainda a presença do discurso direto que revela questões uma base sólida. Já no número III, a concepção de amizade
da comunidade. Já no texto 2, a linguagem é culta e o discurso é proveniente de redes sociais, esbarra em um ponto importante,
direto. aquela amizade de curtir fotos, comentários mas nada profundo
(E) no texto 1, a linguagem é menos formal, no entanto, segue com sentimento.
à norma culta; identifica-se ainda o discurso indireto, aplicado
à análise do cotidiano. No texto 2, a linguagem é coloquial e o 04. Resposta B
discurso é direto entre mãe e filho. Sim, o sentimento expresso no segundo quadrinho é de
indiferença, visto que ele não se importa se a grama do vizinho
11. (UEAP – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – CS é mais verde ou não.
UFG/2014)
05. Resposta E
Segundo o texto, cada vez menos os candidatos a uma vaga

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de emprego se especializam ou possuem um diferencial na hora Antônimos: são palavras de significação oposta. Exemplos:
de concorrer à uma vaga de emprego. - Ordem e anarquia.
- Soberba e humildade.
06. Resposta D - Louvar e censurar.
Aqueles que não possuem um diferencial, uma maior - Mal e bem.
qualificação, estão sujeitos a ficar sem emprego, pois não
possuem nada novo para oferecer às empresas. A antonímia pode originar-se de um prefixo de sentido
oposto ou negativo. Exemplos: bendizer/maldizer, simpático/
07. Resposta A antipático, progredir/regredir, concórdia/discórdia, explícito/
Consequência, pois antes já estava enumerado outros implícito, ativo/inativo, esperar/desesperar, comunista/
motivos para a falta de qualificação dos candidatos a um anticomunista, simétrico/assimétrico, pré-nupcial/pós-nupcial.
emprego.
Homônimos: são palavras que têm a mesma pronúncia, e às
08. Resposta B vezes a mesma grafia, mas significação diferente. Exemplos:
No trecho que ele diz: “A vida inteira, diz que se guardou do - São (sadio), são (forma do verbo ser) e são (santo).
carnaval, da brincadeira que ele não brincou”... com este trecho é - Aço (substantivo) e asso (verbo).
possível chegar a resposta “B” ele não aproveitou a vida.
Só o contexto é que determina a significação dos homônimos.
09. Resposta A A homonímia pode ser causa de ambiguidade, por isso é
Somente o o trecho: Se Deus quiser quando eu voltar do mar, considerada uma deficiência dos idiomas.
um peixe bom eu vou traxer”, já é possível perceber qual é a ideia O que chama a atenção nos homônimos é o seu aspecto
de sua canção. A volta dos pescadores depois de um período no fônico (som) e o gráfico (grafia). Daí serem divididos em:
mar. 1. Homógrafos Heterofônicos: iguais na escrita e diferentes
no timbre ou na intensidade das vogais.
10. Resposta C - Rego (substantivo) e rego (verbo).
No texto 1 o autor descreve um problema e apresenta a - Colher (verbo) e colher (substantivo).
solução, em uma linguagem mais culta. Já no texto 2 temos - Jogo (substantivo) e jogo (verbo).
um diálogo entre mãe e filho, o que não é necessário o uso da - Apoio (verbo) e apoio (substantivo).
linguagem formal. - Para (verbo parar) e para (preposição).
- Providência (substantivo) e providencia (verbo).
11. Resposta A - Às (substantivo), às (contração) e as (artigo).
A imagem representada por bilhetes contendo mensagens - Pelo (substantivo), pelo (verbo) e pelo (contração de
construídas a partir dos verbos “querer” e “precisar” são per+o).
colocadas lado a lado para criar o contraste/comparação entre
os desejos humanos e suas reais necessidades. 2. Homófonos Heterográficos: iguais na pronúncia e
diferentes na escrita.
- Acender (atear, pôr fogo) e ascender (subir).
II - Significação das palavras: - Concertar (harmonizar) e consertar (reparar, emendar).
- Concerto (harmonia, sessão musical) e conserto (ato de
sinônimos, antônimos, consertar).
- Cegar (tornar cego) e segar (cortar, ceifar).
- Apreçar (determinar o preço, avaliar) e apressar (acelerar).
Quanto à significação, as palavras são divididas nas seguintes - Cela (pequeno quarto), sela (arreio) e sela (verbo selar).
categorias: - Censo (recenseamento) e senso (juízo).
- Cerrar (fechar) e serrar (cortar).
Sinônimos: são palavras de sentido igual ou aproximado. - Paço (palácio) e passo (andar).
Exemplo: - Hera (trepadeira) e era (época), era (verbo).
- Alfabeto, abecedário. - Caça (ato de caçar), cassa (tecido) e cassa (verbo cassar =
- Brado, grito, clamor. anular).
- Extinguir, apagar, abolir, suprimir. - Cessão (ato de ceder), seção (divisão, repartição) e sessão
- Justo, certo, exato, reto, íntegro, imparcial. (tempo de uma reunião ou espetáculo).

Na maioria das vezes não é indiferente usar um sinônimo 3. Homófonos Homográficos: iguais na escrita e na
pelo outro. Embora irmanados pelo sentido comum, os pronúncia.
sinônimos diferenciam-se, entretanto, uns dos outros, por - Caminhada (substantivo), caminhada (verbo).
matizes de significação e certas propriedades que o escritor não - Cedo (verbo), cedo (advérbio).
pode desconhecer. Com efeito, estes têm sentido mais amplo, - Somem (verbo somar), somem (verbo sumir).
aqueles, mais restrito (animal e quadrúpede); uns são próprios - Livre (adjetivo), livre (verbo livrar).
da fala corrente, desataviada, vulgar, outros, ao invés, pertencem - Pomos (substantivo), pomos (verbo pôr).
à esfera da linguagem culta, literária, científica ou poética - Alude (avalancha), alude (verbo aludir).
(orador e tribuno, oculista e oftalmologista, cinzento e cinéreo).
A contribuição Greco-latina é responsável pela existência, Parônimos: são palavras parecidas na escrita e na pronúncia:
em nossa língua, de numerosos pares de sinônimos. Exemplos: coro e couro,
- Adversário e antagonista. cesta e sesta,
- Translúcido e diáfano. eminente e iminente,
- Semicírculo e hemiciclo. degradar e degredar,
- Contraveneno e antídoto. cético e séptico,
- Moral e ética. prescrever e proscrever,
- Colóquio e diálogo. descrição e discrição,
- Transformação e metamorfose. infligir (aplicar) e infringir (transgredir),
- Oposição e antítese. sede (vontade de beber) e cede (verbo ceder),
comprimento e cumprimento,
O fato linguístico de existirem sinônimos chama-se sinonímia, deferir (conceder, dar deferimento) e diferir (ser diferente,
palavra que também designa o emprego de sinônimos. divergir, adiar),
ratificar (confirmar) e retificar (tornar reto, corrigir),

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vultoso (volumoso, muito grande: soma vultosa) e vultuoso dos participantes. A tradição, infelizmente, vem se perdendo, em
(congestionado: rosto vultuoso). parte por falta de investimentos de recursos públicos, através
das secretarias de cultura, em parte pelo crescente afastamento
Polissemia: Uma palavra pode ter mais de uma significação. das gerações hodiernas em manifestações culturais tradicionais,
A esse fato linguístico dá-se o nome de polissemia. Exemplos: de forma que há apenas uma pessoa que ainda detém parte do
- Mangueira: tubo de borracha ou plástico para regar as conhecimento desta Contradança.
plantas ou apagar incêndios; árvore frutífera; grande curral de Outra interessante Festa, que vem perdendo, infelizmente,
gado. suas forças ao longo dos anos, é a Festa da Produção, durante a
- Pena: pluma; peça de metal para escrever; punição; dó. qual o município, através da Prefeitura Municipal e do Sindicado
- Velar: cobrir com véu; ocultar; vigiar; cuidar; relativo ao dos Produtores Rurais, expõe, discute e negocia os produtos
véu do palato. agropecuários da cidade, além de promover shows musicais no
Podemos citar ainda, como exemplos de palavras parque de exposições e atrações culturais em diferentes pontos
polissêmicas, o verbo dar e os substantivos linha e ponto, que da cidade. Infelizmente, como fora dito, esta festa também tem
têm dezenas de acepções. perdido suas forças, mas nada que não possa ser resolvido
com força de vontade e investimentos efetivos nos setores de
Sentido Próprio e Sentido Figurado: as palavras podem educação e cultura, principalmente.
ser empregadas no sentido próprio ou no sentido figurado. No distrito da Galena também existe uma festa tradicional
Exemplos: que é a Festa de Reis, em devoção aos Três Reis que visitaram
- Construí um muro de pedra. (sentido próprio). o menino Jesus após o seu nascimento, ela acontece a partir do
- Ênio tem um coração de pedra. (sentido figurado). dia 25 de dezembro, quando começa a visita da folia nas casas
- As águas pingavam da torneira, (sentido próprio). e nas fazendas e no dia 05 de janeiro (dia dos Santos Reis) o dia
- As horas iam pingando lentamente, (sentido figurado). da Festa, quando todos se reúnem para rezar e comemorar o dia
dos Santos Reis.
Denotação e Conotação: Observe as palavras em destaque
nos seguintes exemplos: (Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre)
- Comprei uma correntinha de ouro.
- Fulano nadava em ouro. 01. (Câmara Municipal de Presidente Olegário/MG
- Técnico em Informática – FUMARC) Pode-se inferir que
No primeiro exemplo, a palavra ouro denota ou designa “profano” e “sagrado” a que se refere o texto são ideias
simplesmente o conhecido metal precioso, tem sentido próprio, (A) similares.
real, denotativo. (B) sinonímicas.
No segundo exemplo, ouro sugere ou evoca riquezas, poder, (C) antagônicas.
glória, luxo, ostentação; tem o sentido conotativo, possui várias (D) próximas.
conotações (ideias associadas, sentimentos, evocações que
irradiam da palavra). TEXTO
1 As práticas judiciais e penais mobilizaram boa parte
Questões do debate sobre a Inquisição dos séculos XVI, XVII e XVIII. O
Santo Ofício afirmou-se desde cedo como um tribunal que se
HISTÓRIA E CULTURA DE PRESIDENTE OLEGÁRIO sobrepunha 4 a todos os privilégios de jurisdição existentes,
mas a afirmação do seu poder contra os interesses de Estados
O calendário de eventos da cidade de Presidente Olegário particulares suscitou protestos, nomeadamente em Veneza, em
conta com algumas festas, religiosas e profanas. O evento Nápoles e nos Países 7 Baixos. A prática de condenação na base
de maior tradição é a Festa de Nossa Senhora da Abadia de de testemunha singular deflagrou a grande controvérsia penal
Andrequicé, localidade situada cerca de 60 km da sede; esta do século XVIII.
festa acontece no mês de agosto, e a comemoração propriamente Francisco Bethencourt . Muito além do catolicismo.
dita tem lugar no dia 15 deste mês. É importante lembrar que a In: Revista de História, ano 7, n.º 73, out./2011 (com
Romaria de Andrequicé (festa irmã da Romaria de Água Suja), adaptações).
tem origens no final do século XIX, quando da doação do terreno
e início das celebrações e peregrinações em homenagem à Nossa 02. (Instituto Rio Branco - Diplomata - Bolsa-prêmio de
Senhora da Abadia. vocação para a Diplomacia - Objetiva – CESPE) A expressão
Nos dias hodiernos, a romaria conta com a presença de “todos os privilégios” (L.4) poderia ser substituída por todas
romeiros de diferentes partes do Estado de Minas Gerais e de as prerrogativas, sem prejuízo para o sentido do período em
filhos da terra residentes em outros estados e distritos. Ainda questão e sem a necessidade de ajustes gramaticais no texto.
no âmbito das festas religiosas, durante o mês de janeiro, o A) Certo
município conta com uma gama de Folias de Reis, realizadas B) Errado
em diferentes localidades rurais e no distrito sede. Em janeiro
acontece também a Festa em Louvor a São Sebastião, que TEXTO
tem lugar na localidade de Pissarrão. Até bem pouco tempo, 1 Olinda é conhecida no mundo inteiro pela fama dos seus
contávamos ainda com a Congada em Louvor a Nossa Senhora mamulengos e bonecos carnavalescos gigantes, que, sendo tão
do Rosário, festa bonita e interessante por sua natureza e populares, também participam dos festejos 4 da Semana Santa.
constituição mas que, por motivos outros, deixou de acontecer A origem da arte de fazer bonecos gigantes em Olinda remete
nesta cidade gloriosa e triste pelo esquecimento de algumas à Europa de séculos atrás, onde, durante a Idade Média, eram
tradições. criadas figuras 7 enormes e malignas para criticar a repressão
Outra tradição que malgradamente caiu no ocaso foi a bela da Inquisição. A criação e a execução dos bonecos constituem
Contradança dos Godinhos, folguedo iniciado em princípios do uma arte que, passada de geração para geração 10 familiar, é
século XX pela família que dá nome à dança e que transita entre preservada por iniciativas como a do Museu do Mamulengo.
o sagrado e o profano, constituindo um joguete em que homens Esse museu, além de realizar apresentações diárias, conta com
constituem pares nos quais a outra parte é um homem vestido de cerca de mil e quinhentas peças em seu 13 acervo.
mulher (talvez em protesto ao arraigado patriarcalismo católico
cristão do estado das Gerais), dançando ao som de uma sanfona, Priscila Gorzoni. Olinda e a tradição dos bonecos. In: Língua
baixos e um violão e ciceroneados por um palhaço. É interessante Portuguesa, ed. 21 (com adaptações).
notar que a profanação está justamente no vestir-se de mulher
e questionar os tabus estabelecidos pelos costumes civis e TEXTO
religiosos e a sagração, ou seja, a manutenção do sagrado nos Os telejornais, de grande audiência em todas as camadas
símbolos sagrados do catolicismo estampados nas vestimentas da população, nem sempre dedicam espaço à política. Nos

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jornais impressos de circulação nacional — considerados os clara, garantindo às pessoas o conhecimento permanente dessas
principais divulgadores da atividade legislativa e dos fatos de informações para que não venham a sofrer prejuízo de qualquer
natureza política —, o noticiário, naturalmente, não abrange natureza. Importa ressaltar que esse instrumento está aberto a
todas as atividades de plenário, das comissões e muito menos mudanças, para evitar a obsolescência e de modo a proporcionar
dos parlamentares individualmente. O espaço dedicado aos aos servidores uma dinâmica eficiente das atividades e a
assuntos políticos nos meios de comunicação é insuficiente para possibilidade de cooperação intelectual. O governo espera
dar ampla cobertura e adequada divulgação às atividades do que o manuseio deste manual possa servir como importante
Congresso. Jornalistas políticos de destaque, como o veterano instrumento de fortalecimento da conduta ética no trato dos
Villas Boas Corrêa, já se manifestaram de maneira incisiva a assuntos relacionados ao serviço público estadual, como fonte
respeito: “Acho que a imprensa merece seus puxões de orelha permanente de consulta para dirimir dúvidas e também como
porque não faz nenhum esforço para cobrir aquilo que ainda mecanismo facilitador dos procedimentos administrativos.
remanesce de importante no Congresso, como, por exemplo,
o trabalho das comissões...”, disse o jornalista, em depoimento Internet: <www.gestaodoservidor.ce.gov.br> (com
ao Centro de Pesquisas e Documentação da Fundação Getúlio adaptações).
Vargas, em 1995.
Sérgio Chacon. Congresso, imprensa e opinião pública: o 05. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa
caso da CPMI dos – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE) A
Sanguessugas, 2008. Internet:<www.bd.camara.gov.br> expressão “tendo em vista” poderia ser substituída por haja
(com adaptações). vista, sem prejuízo para os sentidos do texto, uma vez que ambas
as expressões estabelecem relação de causalidade entre ideias.
03. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa A) Certo
– Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE) O B) Errado
período “O espaço dedicado aos assuntos políticos nos meios
de comunicação é insuficiente para dar ampla cobertura e 06. (SAAE/SP - FISCAL LEITURISTA - VUNESP – 2014 -
adequada divulgação às atividades do Congresso” poderia ser adaptada)
deslocado para a posição inicial do parágrafo, sem prejuízo para
a organização e a coerência do texto. Reuso de água
A) Certo
B) Errado A água, um dia, pode acabar. A frase soa alarmista demais,
mas basta uma conversa com um especialista na área de
TEXTO recursos hídricos para perceber que o que parecia impossível
As universidades corporativas surgiram no mercado – não haver água limpa para todos – é cada vez uma realidade
educacional com o intuito de capacitar os funcionários de mais próxima. Entre as soluções está o seu reaproveitamento.
instituições e grandes empresas. No caso da Universidade do E é isso o que engenheiros, sanitaristas, biólogos, empresários
Parlamento Cearense (UNIPACE), um dos seus principais focos e o poder público têm debatido nos últimos anos: formas de
foi contribuir com a educação dos servidores públicos. Criada desenvolver processos produtivos mais limpos, com menor
em 2007, ela surgiu para aperfeiçoar a atuação do funcionalismo utilização de água e produção de esgoto também. A palavra da
estadual, promovendo atividades direcionadas à formação e vez nesta área é reuso, que, simplificando, é o aproveitamento de
qualificação profissional dos servidores e agentes políticos uma água que já foi utilizada. Por exemplo: usar a água do banho
vinculados às assembleias legislativas e às câmaras municipais para a rega de jardim ou aquela que foi utilizada em um processo
conveniadas. A presidente da UNIPACE, Patrícia Saboya, define de resfriamento industrial para lavagem de equipamentos. A
a educação como princípio da democratização de um povo, da vantagem disso? Redução nos gastos, na geração de esgotos e
manutenção da cultura e das tradições. Em consonância com o uma mudança cultural, que considera necessário usar água com
discurso do escritor e economista César Benjamin, que afirma: responsabilidade.
“O maior patrimônio de um país é seu próprio povo, e o maior Existem no Brasil muitas pesquisas sobre formas de reuso
patrimônio de um povo é a sua cultura”, ela acredita que a e bons especialistas. Só que muitos desses estudos ainda
cultura permite ao cidadão comum expressar melhor conceitos não saíram do papel e o país ainda engatinha nisso. Um dos
e sentimentos, conhecer bem a língua que fala, reconhecer sua entraves para tanto é que não existem, por enquanto, leis que
identidade e ampliar seu horizonte de direitos. O resultado estabeleçam os sistemas de reuso, suas regras e padrões de
disso, segundo a deputada, é um aumento de sua capacidade qualidade definidos. Essa água pode conter uma quantidade
de organização e de comunicar-se melhor consigo e com outros elevada de micro-organismos que trazem danos à saúde, como
povos, aprender novas técnicas. Enfim, ter acesso ao que de bactérias, vírus e afins. Os padrões usados, até o momento, são
melhor a humanidade produziu na ciência e na arte. De acordo os internacionais.
com a parlamentar, um dos objetivos da instituição é ampliar os Há diretrizes sobre o tema, mas nenhuma regra estabelecida
cursos de formação na área de políticas públicas para capacitar ou políticas de incentivo ao sistema – o que vale, ainda, é a
os servidores públicos ao melhor atendimento à população. consciência de cada um em optar por formas que poluam menos
Internet: <www.al.ce.gov.br> (com adaptações). e deem uma força para o meio-ambiente.
As iniciativas de reuso ainda estão quase que limitadas
04. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa à indústria, mas alguns novos condomínios residenciais já
– Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE) No mostram essa preocupação.
trecho “define a educação como princípio da democratização de O reuso em conjuntos residenciais funciona da seguinte
um povo, da manutenção”, o recurso de repetição do elemento forma: a água usada no banho e na máquina de lavar roupa,
“da” deve-se à preservação do paralelismo sintático na oração. por exemplo, é segregada; passa, então, para um sistema de
A) Certo tratamento e depois é direcionada para utilização na descarga
B) Errado sanitária e limpeza das áreas comuns. Comprovou-se que a
economia acontece, tanto em pagamento de água como em
TEXTO lançamento de esgoto.
O governo do estado do Ceará, por meio da Secretaria de
Planejamento e Gestão, apresenta a segunda edição, revisada, do (Ana Holanda. Reuso de água. Saneas- Associação dos
Manual do Servidor Público Estadual, com o objetivo de orientar Engenheiros da Sabesp- Edição Especial/vol. 02/n.°23/agosto
e facilitar o entendimento de assuntos relacionados à área de 2006. Adaptado).
pessoal no que concerne aos direitos e deveres, às concessões
e obrigações, tendo em vista as constantes alterações da Um dos entraves para tanto é que não existem, por enquanto,
legislação aplicável ao servidor. As informações inseridas no leis que estabeleçam [...] (2.º parágrafo)
documento apresentam-se de forma objetiva e em linguagem [...] a água usada no banho e na máquina de lavar roupa,

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por exemplo, é segregada; passa, então, para um sistema de abaixo são prototípicas de um fenômeno denominado em língua
tratamento e depois é direcionada para utilização na descarga portuguesa de:
sanitária e limpeza das áreas comuns. (4.º parágrafo) O ___ (acidente/incidente) que causou a ____ (delação/
As palavras destacadas podem ser substituídas, correta e dilação) do presidente da Amma revela uma __ (contravenção/
respectivamente, sem prejuízo do sentido do texto, por contraversão) dos magistrados por muito tempo no estado
(A) obstáculos; evaporada. do Maranhão. As ações consideradas ___ (imorais/amorais)
(B) proveitos; decantada. foram apreciadas pelo PCA, cujo relator, o conselheiro Felipe
(C) riscos; acumulada. L. Cavalcanti que, ____ (ao encontro de/de encontro a) lei, ___
(D) empecilhos; separada. (aferir/ auferir) resultados dignos de um ____ (censo/senso) de
(E) desígnios; descartada. justiça exemplar.
A) Sinônimos.
07. (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP - 2014) Leia o B) Homônimos homófonos.
trecho do primeiro parágrafo para responder à questão. C) Homônimos homógrafos.
Meu amigo lusitano, Diniz, está traduzindo para o francês D) Antônimos.
meus dois primeiros romances, Os Éguas e Moscow. Temos E) Parônimos.
trocado e-mails muito interessantes, por conta de palavras e
gírias comuns no meu Pará e absolutamente sem sentido para 12. (IF/PI - Programador Visual -  IFPI/2012)
ele. Às vezes é bem difícil explicar, como na cena em que alguém Observe as orações:
empina papagaio e corta o adversário “no gasgo”. I “O governo prepara decreto que muda a legislação de
concessões de rádio e TV” (início do texto).
A expressão por conta de, em destaque, tem sentido II Comprei um rádio novo para ouvir os jogos da copa.
equivalente ao de.
(A) a despeito de. Analisando as palavras destacadas, percebe-se,
(B) com o intuito de. especificamente, um caso de:
(C) em contrapartida a. A) Homônimos homófonos.
(D) em detrimento de B) Homônimos perfeitos.
(E) em virtude de. C) Homônimos homógrafos.
D) Parônimos.
08. (POLÍCIA CIVIL/SP - OFICIAL ADMINISTRATIVO - E) Antônimos.
VUNESP/2014) Considere a frase:
De 38 países pesquisados, o Brasil é o segundo mercado em 13. (IF/PI - Técnico de Laboratório - Informática
que as empresas têm mais dificuldade para encontrar talentos, -  IFPI/2012)
atrás apenas do Japão. Observe:
A expressão destacada pode ser corretamente substituída, “...molho de flores” (v 18) Eu sempre molho as plantas.
mantendo-se inalterado o sentido do texto original e de acordo Comparando as palavras destacadas acima, podemos afirmar
com a norma-padrão da língua portuguesa, por: que caracterizam, especificamente, um caso de:
(A) no qual.
(B) pelo qual. A) Homônimos homógrafos
(C) do qual B) Homônimos homófonos;
(D) com o qual. C) Homônimos perfeitos;
(E) em cujo o qual. D) Sinônimos;
E) Homônimos homófonos e parônimos ao mesmo tempo.
09. (PREFEITURA DE OSASCO/SP - MOTORISTA DE
AMBULÂNCIA – FGV/2014) 14. (Prefeitura de Nova Lima/MG - Procurador Municipal
- FUMARC/2011) Assinale a proposição CORRETA a respeito
Dificuldades no combate à dengue dos homônimos perfeitos:
A) “...O acordo será firmado através de palavras orais e
A epidemia da dengue tem feito estragos na cidade de São escritas”.
Paulo. Só este ano, já foram registrados cerca de 15 mil casos da “Acordo sempre no horário previsto”.
doença, segundo dados da Prefeitura. B) “Os juízes e os tribunais, em suas sentenças, acórdão e
As subprefeituras e a Vigilância Sanitária dizem que existe arestos, decidem mediante palavras”.
um protocolo para identificar os focos de reprodução do “A mãe não soube ensinar as sentenças à filha”.
mosquito transmissor, depois que uma pessoa é infectada. Mas C) “O que se critica, de agora em diante, não pode ficar
quando alguém fica doente e avisa as autoridades, não é bem impune”.
isso que acontece. “A crítica que ela fez ao tribunal não tinha respaldo”.
(Saúde Uol). D) “O estudante tropeça nas palavras, durante o discurso de
paraninfo”.
A palavra “epidemia” tem como melhor significado: “O tropeço do advogado, quando discursava, o levou ao chão”.
(A) doença que atinge grande número de pessoas.
(B) enfermidade que é tratada com vacinas. 15. Prefeitura do Rio de Janeiro/RJ - Guarda Municipal
(C) problema de saúde a ser tratado pelo poder público. - Prefeitura do Rio de Janeiro-RJ/2013) Sabendo-se que
(D) febre causada por motivo desconhecido. existem os homônimos mal e mau, verifica-se emprego
(E) doença trazida por mosquitos ou aranhas. CORRETO da palavra destacada em:
A) Muitos passam mau só de ver a promiscuidade.
10. Na oração: Em sua vida, nunca teve muito ......, B) Ele está confuso, porém não tem mau caráter.
apresentava-se sempre ...... no ..... de tarefas ...... . C) Nunca deseje o mau de seu próximo!
As palavras adequadas para preenchimento das lacunas são: D) Fizeram mau ao agir dessa forma!
(A) censo - lasso - cumprimento - eminentes
(B) senso - lasso - cumprimento - iminentes 16. (TJ/AM - Auxiliar Judiciário - FGV/2013)
(C) senso - laço - comprimento - iminentes
(D) senso - laço - cumprimento - eminentes Carrocinha de pipoca
(E) censo - lasso - comprimento – iminentes
Eu sei que a coisa é séria. Se o Kim Jong -Um disparar mesmo os
11. (TJ/PB - Analista Judiciário - UFCG/2008) As opções foguetes que está ameaçando disparar contra bases americanas na
que preenchem adequadamente os espaços do fragmento Ásia, teremos uma guerra nuclear com dimensões e consequências

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imprevisíveis. Mas lendo sobre o perigo iminente não pude deixar inconveniente: às vezes, leva-se algum tempo para se fazer a
de pensar na história do homem que foi atropelado por uma identificação. Uma vez feita, porém, que maravilha! – é só deixá-
carrocinha de pipoca. Era um homem cauteloso, que olhava para los falar. É como um sonho, uma história de aventuras, um filme
os dois lados antes de atravessar a rua e só atravessava no sinal, colorido.
e que dificilmente um carro pegaria. Mas que um dia não viu que 5 Há também os posudos. Os posudos ainda são mais
vinha uma carrocinha de pipoca, e paft. Já no ambulatório do engraçados que os mentirosos e geralmente acumulam as
hospital, onde lhe deram uns pontos no braço, o homem disse que funções. O que os torna mais engraçados é serem tão solenes. Os
tinha sido atropelado por um motoboy. Em casa, contou que tinha posudos funcionários são deslumbrantes! Como se sentam à sua
sido atropelado por um carro e só por sorte escapara da morte. mesa! Como consertam os óculos! Que coisas dizem! As coisas
Naquela noite, para os amigos que souberam do acidente e foram que dizem são poemas épicos com a fita posta ao contrário. Não
visitá-lo, especificou: tinha sido atropelado por um BMW. No dia se entende nada – mas que diapasão! Que delicadas barafundas!
seguinte disse aos colegas de trabalho que tinha sido atropelado Que sons! Que ritmos! Seus discursos e as palmas que os
por um caminhão e que não sofrera mais que um corte no braço, acompanham conseguem realizar o prodígio de serem a coisa
por milagre. E quando um dos colegas de trabalho comentou que mais cômica da terra pronunciada no tom mais sério, mais grave,
tinha visto o acidente e vira o homem ser atropelado por uma mais trágico – de modo que o ouvinte, que rebenta de rir por
carrocinha de pipoca, gritou: “Calúnia!” dentro, sofre uma atrapalhação emocional e consegue manter-
Por que me lembrei do homem que tinha vergonha de ter sido se estático, paralisado, equivocado.
atropelado por uma carrocinha de pipoca? Desde o fim da Guerra 6 Os posudos, porém, são menos agradáveis que os
Fria a possibilidade de um confronto nuclear entre duas potências, simples mentirosos. Os mentirosos têm um jeito frívolo, como
os Estados Unidos e a Rússia, diminuiu, mas os estoques de armas se andassem acompanhados de um criado que anunciasse: “Não
nucleares continuaram e sua proliferação também. Israel se creiam em nada do que o meu amo diz!” Mas os posudos levam
segura para não usar seus foguetes para destruir as bombas um séquito de criados, todos posudos também, que recolhem
nucleares que o Irã está ou não está construindo, Índia e Paquistão nas sacolas, grandes e pequenas gorjetas, porque uma das
vivem comparando seus respectivos arsenais nucleares como qualidades do posudo é andar sempre com muito dinheiro – que
guris comparam seus pipis, a França e a Inglaterra têm a bomba... não é seu!
Enfim, ainda se vive num frágil equilíbrio de terror possível,
exigindo de todos os nucleares um cuidado extremo, um cuidado (MEIRELES, Cecília. In www.pensador.uol.com.br)
de atravessar a rua sem serem atropelados pelo imprevisto. E aí
aparece o Kim Jong-Um empurrando uma carrocinha de pipoca “Como CONSERTAM os óculos!” (5º §).
em alta velocidade...
(Luiz Fernando Veríssimo, O Globo, 11/04/2013) Pelo sentido da frase acima, tem de ser usado o verbo
CONSERTAR, e não o seu homônimo CONCERTAR (harmonizar,
“Mas lendo sobre o perigo iminente...”. A palavra sublinhada participar de concerto).
tem como parônimo eminente, com o qual não pode ser
confundido. Das frases abaixo, aquela em que a lacuna deve ser
preenchida pelo segundo elemento do par de homônimos entre
Assinale a alternativa em que houve troca indevida entre parênteses é:
homônimos ou parônimos. A) O mentiroso era ____ de uma das pernas (coxo /cocho).
A) A guerra nuclear vai infringir sérios danos à espécie B) O posudo trabalhava na ____ de licitações (sessão / seção)
humana. – infligir C) Mentirosos e posudos não têm o ____ do ridículo (senso /
B) Não deve faltar bom senso aos governantes. – censo censo).
C) Muitos coreanos devem emigrar do país. – imigrar D) O lojista deveria ____ as portas quando percebesse o
D) Um pequeno incidente pode gerar uma catástrofe. – tumulto na rua (cerrar / serrar).
acidente E) O posudo recebia em ____ as suas propinas (cheque /
E) A ameaça de uma guerra vem ratificar o perigo das armas xeque).
nucleares. – retificar
Respostas
17. (UFF - Técnico em Contabilidade - COSEAC/2015)
01. Resposta C
Mundo Engraçado A alternativa “C” é a correta, pois define exatamente a
contrariedade de sentido entre “profano” e “sagrado”. Profano=
1 O mundo está cheio de coisas engraçadas; quem quiser tudo que é estranho à religião.
se distrair não precisa ir à Pasárgada do Bandeira, nem à minha
Ilha do Nanja; não precisa sair de sua cidade, talvez nem da sua 02. Resposta A
rua, nem da sua pessoa! (Somos engraçadíssimos, também, com Alternativa “A” privilégios=prerrogativas=concessões=vanta
tantas dúvidas, audácias, temores, ignorância, convicções...) gens dadas ao réu no mundo jurídico.
2 Abre-se um jornal – e tudo é engraçado, mesmo o que
parece triste. Cada fato, cada raciocínio, cada opinião nos faria 03. Resposta A
sorrir por muitas horas, se ainda tivéssemos horas disponíveis. A alternativa “A” é a correta, pois mesmo se deslocando o
3 Há os mentirosos, por exemplo. E pode haver coisa mais período para o início do parágrafo, o sentido será o mesmo e
engraçada que o mentiroso? Ele diz isto e aquilo, com a maior não afeta sua estrutura.
seriedade; fala-nos de seus planos; de seus amigos (poderosos,
influentes, ricos); queixa-se de algumas perseguições (que, aliás, 04. Resposta A
profundamente despreza); às vezes conta-nos que foi roubado A alternativa “A” é a correta porque ao se repetir a preposição
em algum quadro célebre ou numa pedra preciosa, oferecida à de ou sua combinação há a preservação do paralelismo sintático
sua bisavó pelo Primeiro Ministro da Cochinchina. O mentiroso na oração.
conhece as maiores personalidades do Mundo – trata-as até por
tu! Seus amores são a coisa mais poética do século. Suas futuras 05. Resposta B
viagens prometem ser as mais sensacionais, depois dessas A alternativa “B” é a correta porque “tendo em vista” =
banalidades de Ulisses e Simbad... Certamente escreverá o seu aspirando, destinando-se, intentando, planejando, pretendendo;
diário, mas não o publicará jamais, porque é preciso um papel “haja vista” = tendo em conta, tendo em vista, a julgar por.
que não existe, um editor que ainda não nasceu e um leitor que É uma expressão que tem uma estrutura semântica invariável,
terá de sofrer várias encarnações para ser digno de o entender. e permanece inalterada independentemente da frase onde está
4 Em geral os mentirosos são muito agradáveis, desde inserida.
que não se tome como verdade nada do que dizem. E esse é o A substituição de uma pela outra prejudicaria o entendimento

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do texto pois estabeleceria uma outra relação (consequência). A vírgula marca uma breve pausa e é obrigatória nos
seguintes casos:
06. Resposta D
Questão que exige que o candidato entenda o sentido 1° Inversão de Termos
da palavra em um contexto. Lendo o texto e realizando as Exemplo: Ontem, à medida que eles corrigiam as questões,
alterações adequadas, chega-se à conclusão de que “entrave” é eu me preocupava com o resultado da prova.
algo que atrapalha – poderia ser “obstáculo” ou “empecilho”; já
“água segregada” não poderia ser substituída por “evaporada”, 2° Intercalações de Termos
pois como a reaproveitaríamos? Portanto, chegamos à Resposta: Exemplo: A distância, que tudo apaga, há de me fazer
empecilhos e separada. esquecê-lo.

07. Resposta E 3° Inspeção de Simples Juízo


A expressão “por conta de” pode ser substituída por “em Exemplo: “Esse homem é suspeito”, dizia a vizinhança.
razão de, em virtude de”.
4° Enumerações
08. Resposta A - sem gradação: Coleciono livros, revistas, jornais, discos.
Eliminemos o item E, já que não deve haver artigo após o - com gradação: Não compreendo o
pronome “cujo”. Precisamos de uma preposição que substitua o ciúme, a saudade, a dor da despedida.
“em” – “no” = em + o, Portanto, a opção correta é “no qual”.

09. Resposta A 5° Vocativos, Apostos


Epidemia é o termo utilizado quando há um número elevado - vocativos: Queridos ouvintes, nossa programação passará
de pessoas com a mesma doença. por pequenas mudanças.
- apostos: É aqui, nesta querida escola, que nos
10. Resposta B encontramos.
Censo: conjunto de dados estatísticos que informa diferentes
características dos habitantes de uma cidade, um estado ou uma 6° Omissões de Termos
nação. - elipse: A praça deserta, ninguém àquela hora na rua.
Senso: qualidade de sensato; prudência. (omitiu-se o verbo “estava” após o vocábulo “ninguém”, ou seja,
ocorreu elipse do verbo estava)
Lasso: fatigado; esgotado. - zeugma: Na classe, alguns alunos são interessados; outros,
Laço: nó facilmente desatável. (são) relapsos. (supressão do verbo “são” antes do vocábulo
“relapsos”)
Comprimento: extensão de algo considerado de uma
extremidade à outra 7° Termos Repetidos
Cumprimento: ato ou efeito de cumprir; execução de algo Exemplo: Nada, nada há de me derrotar.
/ gesto ou palavra (oral ou escrita) que denota delicadeza,
cortesia, atenção para com outrem ou ainda agradecimento 8° Sequência de Adjuntos Adverbiais
Exemplo: Saíram do museu, ontem, por voltas das 17h.
Eminente: que se destaca por sua qualidade ou importância;
excelente, superior 2. Vírgula Proibida
Iminente: situação que está para acontecer dentro de pouco
tempo Não se separa por vírgula:

11. Resposta E - sujeito de predicado;


- objeto de verbo;
12. Resposta B - adjunto adnominal de nome;
- complemento nominal de nome;
13. Resposta C - oração principal da subordinada substantiva (desde que
esta não seja apositiva nem apareça na ordem inversa).
14. Resposta B
Dois Pontos
15. Resposta B
Usos dos Dois Pontos
16. Resposta A
- Antes de enumerações.
17. Resposta B. Exemplo: Compre três frutas hoje: maçã, uva e laranja.

- Iniciando citações.
III - Pontuação. Estrutura e Exemplo: “Segundo o folclórico Vicente
Mateus: ‘Quem está na chuva é para se queimar’”
sequência lógica de frases e .

- Antes de orações que explicam o enunciado anterior


Pontuação Exemplo: Não foi explicado o que deveríamos fazer: o que
nos deixa insatisfeitos.
Para a elaboração de um texto escrito deve-se considerar o
uso adequado dos sinais gráficos como: espaços, pontos, vírgula, - Depois de verbos que introduzem a fala.
ponto e vírgula, dois pontos, travessão, parênteses, reticências, Exemplo: “(...) e disse: aqui não podemos ficar!”
aspas e etc.
Tais sinais têm papéis variados no texto escrito e, se utilizados Ponto e Vírgula
corretamente, facilitam a compreensão e entendimento do texto.
Usos do Ponto e Vírgula
Vírgula Este sinal gráfico é utilizado para anunciar pausas mais
1. Aplicação da Vírgula fortes, para separar orações adversativas (enfatizando o

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contraste de ideias) e para separar os itens de enunciados.
Exemplos: - Após imperativos.
Exemplo: Corram!
Os dois rapazes estavam desesperados por dinheiro; Ernesto - Após interjeição.
não tinha dinheiro nem crédito. (pausa longa) Exemplos: Ai! / Ufa!

Sonhava em comprar todos os sapatos da loja; comprei, - Após expressões ou frases de caráter emocional.
porém, apenas um par. (separação da oração adversativa na qual Exemplo: Quantas pessoas!
a conjunção - porém - aparece no meio da oração)
Aspas
Enumeração com explicitação - Comprei alguns livros: de
matemática, para estudar para o concurso; um romance, para Aplicação das Aspas
me distrair nas horas vagas; e um dicionário, para enriquecer
meu vocabulário. - Isolam termos distantes da norma culta, como gírias,
neologismos, arcaísmos, expressões populares entre outros.
Enumeração com ponto e vírgula, mas sem vírgula, para Exemplo: Eles tocaram “flashback”, “tipo assim” anos 70 e
marcar distribuição - Comprei os produtos no supermercado: 80. Foi um verdadeiro “show”.
farinha para um bolo; tomates para o molho; e pão para o café
da manhã. - Delimitam transcrições ou citações textuais
Exemplo: Segundo Rui Barbosa: “A política afina o espírito.”
Parênteses
- Isolam estrangeirismos.
Usos dos Parênteses Exemplo: Os restaurantes “fast food” têm reinado na cidade.

- Isolar datas. Questões


Exemplo: Refiro-me aos soldados da Primeira Guerra
Mundial (1914-1918). 01. (CLIN – Auxiliar de Enfermagem do Trabalho –
COSEAC - 2015).
- Isolar siglas.
Exemplo: A taxa de desemprego subiu para 5,3% da Primavera
população economicamente ativa (PEA)...
1 A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba
- Isolar explicações ou retificações seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para
Exemplo: Eu expliquei uma vez (ou duas vezes) o motivo de recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras;
minha preocupação. e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda
circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para
Reticências a primavera que chega.

Aplicação das Reticências 2 Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro
da terra, nesse mundo confidencial das raízes, - e arautos sutis
- Indicam a interrupção de uma frase, deixando-a com acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no
sentido incompleto. espírito das flores.
Exemplo: Não consegui falar com a Laura... Quem sabe se eu
ligar mais tarde... 3 Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão
todos cor-de-rosa, como os palácios de Jaipur. Vozes novas de
- Sugerem prolongamento de ideias. passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua
Exemplo: “Sua tez, alva e pura como um floco de algodão, nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se
tingia-se nas faces duns longes cor-de-rosa...” (José de Alencar) pelos ares, - e certamente conversam: mas tão baixinho que não
se entende.
- Indicam dúvida ou hesitação.
Exemplo: Não sei... Acho que... Não quero ir hoje. 4 Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto
inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores,
- Indicam omissão de palavras ou frases no período. alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio
Exemplo: “Se o lindo semblante não se impregnasse de sol.
constantemente, (...) ninguém veria nela a verdadeira fisionomia
de Aurélia, e sim a máscara de alguma profunda decepção.” (José 5 Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as
de Alencar) árvores cobertas de folhas, - e só os poetas, entre os humanos,
sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos
Travessão bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem
dançar neste mundo cálido, de incessante luz.
Usos do Travessão
6 Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não
- Nos diálogos, para marcar a fala das personagens. se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da
Exemplo: As meninas gritaram: - Venham nos buscar! sua perpetuação.

- No meio de sentenças, para dar ênfase em informações. 7 Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia,
Exemplo: O garçom - creio que já lhe falei - está muito bem talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento
no novo serviço - é o que ouvi dizer. em que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem,
deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros
Ponto de Exclamação cantos e outros hábitos, - e os ouvidos que por acaso os ouvirem
não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora, se entendeu
Usos do Ponto de Exclamação e amou.

- Após vocativos. 8 Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos


Exemplo: Vem, Fabiano! atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos

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para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, (D) Em sua entrevista, Sua Excelência, o senador Formigão,
caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus declara que a crise continua, e ele, também, pois são inseparáveis.
sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás (E) Em sua entrevista Sua Excelência o Diretor-Presidente da
roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em empresa Formigão, declara que a crise continua; e ele também,
cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das pois, são inseparáveis.
gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E
flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor. 04. (IFC - Auxiliar administrativo - IFC). Assinale dentre
as alternativas a frase que apresenta pontuação adequada:
9 Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser (A) Mãe, venha até meu quarto.
lançado ao vento, - por fidelidade à obscura semente, ao que (B) Curitiba 27 de outubro de 2012.
vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da (C) O menino, sentia-se mal.
vida - e efêmera. (D) Onde estão os nossos: pais, vizinhos.
(E) Assim permite-se roupas, curtas.
(MEIRELES, Cecília. “Cecília Meireles - Obra em Prosa?
Vol. 1. Nova Fronteira: Rio de Janeiro, 1998, p. 366.) 05. (IFC - Auxiliar administrativo - IFC). Assinale a opção
em que o uso da vírgula é utilizado em uma expressão conclusiva.
“...e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda (A) O tempo está feio, isto é, choverá ainda esta manhã.
circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para (B) Daqui a pouco, iremos todos ao mercado.
a primavera que chega” (1º §) (C) O tempo está feio, portanto, choverá em breve.
(D) Gabriela, a bonita garota, está cheia de alegria.
No fragmento acima, as vírgulas foram empregadas para: (E) Cheios de esperança, os meninos saíram alegres.
(A) marcar termo adverbial intercalado.
(B) isolar oração adjetiva explicativa. 06. Indique a opção em que o trecho está incorreto
(C) enfatizar o termo sujeito em relação ao predicado. gramaticalmente.
(D) separar termo em função de aposto. (A) As transformações tecnológicas, já que não existe
sociedade civilizada sem lei, apenas tornam mais complexas
02. (PC – CE - Escrivão da Policia Civil de 1ª classe – as regras que, muitas vezes, incomodam e atrapalham,
VUNESP - 2015). Assinale a alternativa correta quanto ao uso da mas que continuarão sendo uma garantia fundamental de
vírgula, considerando-se a norma-padrão da língua portuguesa. desenvolvimento com justiça. 
(A) Os amigos, apesar de terem esquecido de nos avisar, que (B) Não existe sociedade civilizada sem lei e as transformações
demoraria tanto, informaram-nos de que a gravidez, era algo tecnológicas apenas tornam mais complexas as regras que,
demorado. muitas vezes, incomodam e atrapalham, mas que continuarão
(B) Os amigos, apesar de terem esquecido de nos avisar que sendo uma garantia fundamental de desenvolvimento com
demoraria tanto, informaram-nos de que a gravidez era algo justiça.
demorado (C) Não existe sociedade civilizada sem lei, por isso as
(C) Os amigos, apesar de terem esquecido, de nos avisar que transformações tecnológicas apenas tornam mais complexas
demoraria tanto, informaram-nos de que a gravidez era algo as regras que, muitas vezes, incomodam e atrapalham, mas,
demorado. no entanto, continuarão sendo uma garantia fundamental de
(D) Os amigos apesar de terem esquecido de nos avisar que, desenvolvimento com justiça. 
demoraria tanto, informaram-nos, de que a gravidez era algo (D) Não existe sociedade civilizada sem lei. As transformações
demorado. tecnológicas apenas tornam mais complexas as regras que,
(E) Os amigos, apesar de, terem esquecido de nos avisar que muitas vezes incomodam e atrapalham, mas que, continuarão
demoraria tanto, informaram-nos de que a gravidez, era algo sendo garantias fundamentais de desenvolvimento com justiça. 
demorado. (E) As transformações tecnológicas apenas tornam mais
complexas as regras que, muitas vezes, incomodam e atrapalham,
03. (TJ/SP - Assistente Social - VUNESP) Observe o texto mas que continuarão sendo uma garantia fundamental de
dos quadrinhos. desenvolvimento com justiça. Não existe sociedade civilizada
sem lei.

07. Uma outra maneira igualmente correta de reescrever-se


a frase “Os riscos da inflação podem ser calculados; e o prejuízo
financeiro deles, previsto”, mantendo-se o seu sentido original é:
(A) Podem ser calculados e previstos os riscos da inflação e
seu prejuízo financeiro.
(B) Os riscos da inflação e seu prejuízo financeiro podem ser
calculados e previstos.
(C) Podem ser calculados os riscos da inflação e pode ser
previsto seu prejuízo financeiro.
(D) Podem ser calculados os prejuízos financeiros e
calculados seus riscos inflacionários.
(E) Podem ser calculados os prejuízos financeiros advindos
dos riscos inflacionários.
Considerando a norma-padrão de pontuação e de emprego
dos pronomes de tratamento, assinale a alternativa que expressa 08. Está inteiramente adequada a pontuação da seguinte
com correção a notícia dada pelo repórter, à vista do texto dos frase:
quadrinhos. (A) A LRF permite, entre outras coisas que, a oposição e a
população, fiscalizem a administração das verbas públicas.
(A) Em sua entrevista, Sua Senhoria o vereador Formigão (B) Alegam alguns prefeitos, que encontram dificuldades,
declara que: a crise continua e ele, também – pois são para fazer frente aos gastos que a Constituição determina, nas
inseparáveis. áreas da saúde e da educação.
(B) Em sua entrevista, Vossa Senhoria o ministro Formigão (C) São graves as penas previstas para quem descumpre, por
declara que, a crise continua, e ele também: pois são inseparáveis. negligência ou má fé, as normas de responsabilidade fiscal da lei
(C) Em sua entrevista, Vossa Excelência o deputado promulgada em 2000.
Formigão, declara que a crise continua e ele, também; pois são (D) Fazem parte da LRF, as instruções que definem os limites
inseparáveis. para as despesas de pessoal, e as regras para a criação de dívidas.

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(E) Qualquer cidadão pode, graças à promulgação da LRF (D) Os parênteses, no 5º parágrafo, isolam uma afirmativa
entrar com ação judicial para fazê-la cumprir, conforme sua empregada como argumento que respalda a ressalva anterior,
regulamentação. referente à beleza e biodiversidade do Cerrado.
(E) A vírgula após a expressão campos cerrados, na 9ª linha,
09. Entre uma prosa e outra, “seo” Samuca, morador das pode ser corretamente substituída por um travessão, sem
cercanias do Parque Nacional Grande Sertão Veredas, no norte prejuízo do sentido original
de Minas Gerais, me presenteia com um achado da sabedoria
cabocla: “Pois é, não sei pra onde a Terra está andando, mas Respostas
certamente pra bom lugar não é. Só sei que donde só se tira
e não se põe, um dia tudo o mais tem que se acabar.” Samuel 01. Resposta D
dos Santos Pereira viveu seus 75 anos campeando livre entre O trecho que está entre vírgulas é um aposto explicativo. Ele
cerradões, matas de galeria, matas secas, campos limpos ou sujos remete-se ao termo “habitantes da mata” explicando quem estes
e campos cerrados, ecossistemas que constituem a magnífica são.
savana brasileira. “Ainda bem que existe o Parque”, exclama o
vaqueiro, “porque hoje tudo em volta de mim é plantação de soja 02. Resposta B
e pastagem pra gado.” A frase apresenta um inversão de termos, sua ordem
direta seria: Os amigos informaram-nos de que a gravidez era
Viajar pelo Cerrado do Centro-Oeste é viver a surpresa algo demorado, apesar de terem esquecido de nos avisar que
permanente. Na Serra da Canastra, em São Roque de Minas, demoraria tanto.
nascente do Rio São Francisco, podem-se avistar tamanduás Deste modo, quando há inversão dos termos de uma frase
bandeira, lobos-guarás e, com sorte, o pato-mergulhão, deve-se separá-lo por vírgulas.
ameaçado de extinção. Lá está também a maravilhosa Casca
D’Anta, primeira e mais alta cachoeira do Velho Chico, com 186 03. Resposta D
metros de queda livre. O pronome de tratamento Vossa Excelência e Sua Excelência
tem uso distinto.
No Jalapão, no Tocantins, o Cerrado é diferente, parece um Vossa Excelência = usar para falar com a autoridade. Sua
deserto com dunas de até 40 metros de altura. Mas, ao contrário Excelência = usar para falar da autoridade. Logo, não poderia
dos Lençóis Maranhenses, tem água em profusão, nascentes, ser a alternativa “b” ou “c”.
cachoeiras, lagoas, serras e chapadões. E uma fauna exuberante, a) O vereador Formigão é aposto explicativo, logo deveria
com 440 espécies de vertebrados. Nas veredas, os habitantes estar entre vírgulas, e não se admite usar travessão antes do
da comunidade quilombola de Mumbuca descobriram o capim- “pois”.
dourado, uma fibra que a criatividade local transformou em d) Correta
artigo de exportação. e) Se tiver adjunto adverbial deslocado, a vírgula é
obrigatória, exceto se for de curta extensão (formada por 1 ou
Em Goiás, no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, 2 palavras)
o viajante se extasia com a beleza das cachoeiras e das matas Portanto, o correto seria: “Em sua entrevista, Sua
de galeria, das piscinas naturais, das formações rochosas, dos Excelência...”
cânions do Rio Preto e do Vale da Lua. Perto do município de
Chapadão do Céu, também em Goiás, fica o Parque Nacional 04. Resposta A
das Emas, onde acontece o surpreendente espetáculo da A vírgula aqui, está corretamente empregada pois trata-se
bioluminescência, uma irradiação de luz azul esverdeada de um Vocativo, um “chamamento” .
produzida pelas larvas de vaga-lumes nos cupinzeiros. Pena
que todo o entorno do parque foi drenado para permitir a 05. Resposta C
plantação de soja. Agrotóxicos despejados por avião são levados “Portanto” é uma conjunção coordenada
pelo vento e contaminam nascentes e rios que atravessam essa conclusiva. O objetivo dela é trazer duas ideias,
unidade de conservação. Outra tristeza provocada pela ganância fazendo da segunda uma conclusão da primeira.
humana são as voçorocas das nascentes do Rio Araguaia, quase Outras do mesmo valor semântico: Logo, por isso, então...
cem, com quilômetros de extensão e dezenas de metros de
profundidade. Elas jogam milhões de toneladas de sedimentos 06. Resposta D
no rio, inviabilizando sua navegabilidade. A opção “D” apresenta uma falha de pontuação, já que o
adjunto adverbial “muitas vezes” interrompe uma sequência
Apesar de tanta beleza e biodiversidade (mais de 300 lógica. A gramática normativa até admite o adjunto adverbial
espécies de plantas locais são utilizadas pela medicina deslocado, contendo corpo pequeno, mas este deve aparecer
popular), o Cerrado do “seo” Samuca está minguando e tende entre vírgulas.
a desaparecer. O que percebo, como testemunha ocular, é que O fato de aparecer vírgula antes do adjunto adverbial
entra governo e sai governo e o processo de desertificação do “muitas vezes”, porém não aparecer vírgula após a ele faz com
país continua em crescimento assombroso. que a alternativa apresente um erro de pontuação.

Como disse Euclides da Cunha, somos especialistas em fazer 07. Resposta C


desertos. Só haverá esperança para os vastos espaços das Geraes, A segunda vírgula indica a omissão da locução “verbal pode
esse sertão do tamanho do mundo, celebrado pela genialidade ser”, podendo ser reescrita: “Os riscos da inflação podem ser
de João Guimarães Rosa, se abandonarmos nosso conformismo calculados, e o prejuízo financeiro deles pode ser previsto”.
e nossa proverbial omissão.
08. Resposta C
(Araquém Alcântara, fotógrafo. O Estado de S. Paulo, Especial Usamos a vírgula para isolar orações adjetivas explicativas.
H 4-5, 27 de setembro de 2009, com adaptações) As orações subordinadas adjetivas fazem o papel de um adjetivo,
ou seja, restringem ou explicam o sentido de um substantivo ou
Em relação ao emprego de sinais de pontuação no texto, está de um pronome da oração principal.
INCORRETO o que se afirma em:
(A) As aspas em “seo” (1ª linha) registram uma forma 09. Resposta B
coloquial de tratamento. Os dois pontos na 3ª linha sinalizam um provérbio caboclo,
(B) Os dois-pontos na 4ª linha sinalizam a introdução da fala no qual “seo” Samuca presenteia o escritor. O sinal “dois
de um interlocutor no texto. pontos” introduzem enumerações, sumários, explicações,
(C) As aspas em “Ainda bem que existe o Parque” (10ª linha) exemplificações, citações e afirmações.
assinalam o segmento que contém o assunto central do texto.

Língua Portuguesa 15
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APOSTILAS OPÇÃO
Semântica Viajou para a Itália. (destino)
Para João, Flamengo é o melhor time do campeonato.
A semântica é o estudo do significado. Incide sobre a relação (conformidade)
entre significantes, tais como palavras, frases, sinais e símbolos, É proibida a venda de bebidas para menores de dezoito
e o que eles representam, a sua denotação. A semântica anos. (restrição)
linguística estuda o significado usado por seres humanos para
se expressar através da linguagem. Outras formas de semântica POR
incluem a semântica nas linguagens de programação, lógica Comprei o livro por cem reais. (preço)
formal, e semiótica. Distantes, os namorados falavam-se por internet. (meio)
Em sentido largo, pode-se entender semântica como um Viajamos por diversas cidades. (lugar)
ramo dos estudos linguísticos que se ocupa dos significados “Eu sei que vou te amar / por toda a minha vida” (tempo) –
produzidos pelas diversas formas de uma língua. Dentro dessa Vinícius de Moraes
definição ampla, pertence ao domínio da semântica tanto a
preocupação com determinar o significado dos elementos Conectores: são palavras ou expressões que servem para
constituintes das palavras (prefixo, radical, sufixo) como o das conectar (ligar, unir) vários segmentos
palavras no seu todo e ainda o de frases inteiras. Linguísticos, como exemplo: as frases no período, os
períodos no parágrafo e os parágrafos no texto.
Segundo o Professor Fabiano Sales, Preposição é uma classe
de palavras com o objetivo de ligar palavras e orações. Nessas Incluem-se no grupo de conectores as seguintes subclasses
ligações, as preposições podem, ou não, acrescentar valor gramaticais de palavras:
semântico ao período.
Preposições que são apenas uma exigência do termo - conjunções (e; pois...)
antecedente, isto é, que não acrescentam qualquer valor - locuções conjuncionais (além disso; no entanto...)
semântico, são chamadas de relacionais. As preposições - advérbios (depois; finalmente...)
relacionais introduzem o objeto indireto ou o complemento - locuções adverbiais (em seguida; por último...)
nominal. - algumas orações reduzidas – orações sem conjunção e com
o verbo numa forma nominal – gerúndio, infinitivo ou particípio
Exemplos: – (concluindo; para terminar; feito isto).
Necessito de chocolate. (de chocolate = objeto indireto)
Ele é essencial para o grupo. (para o grupo = complemento Funções:
nominal)
Adicionar / Enumerar: e; além disso; não só...mas também;
Preposições essenciais: a, ante, após, até, com, contra, de, depois; finalmente; seguidamente; em primeiro lugar; em
desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás. seguida; por um lado...por outro; adicionalmente; ainda; do
mesmo modo; pela mesma razão; igualmente; também; de
A novo;...
A persistirem os sintomas, o médico deve ser consultado.
(condição) Sintetizar / Concluir: logo; pois; assim; por isso; por
O filho puxou ao pai. (conformidade, semelhança) conseguinte; portanto; enfim; em conclusão; concluindo; em
Nas férias passadas, viajamos a Roma. (destino) suma;...
Candidatos, façam a prova a caneta. (instrumento)
Particularizar: especificamente; nomeadamente; por
COM exemplo; em particular;...
Os moradores perderam tudo o que tinham com as
enchentes. (causa) Explicar / Exemplificar: pois; porque; porquanto; por
Amanhã sairei com amigos. (companhia) causa de; uma vez que; especificamente; nomeadamente; isto é;
No próximo domingo, o Flamengo jogará com o Botafogo. ou seja; quer dizer; por exemplo; em particular; como se pode
(oposição) ver; é o caso de; é o que se passa com;...
A idosa bateu no ladrão com a bengala. (instrumento)
A moça estava atrasada; caminhava com pressa. (modo) Inferir: assim; consequentemente; daí; então; logo; pois;
Com certeza, iremos ao teatro no feriado. (afirmação) deste modo; portanto; em consequência; por conseguinte; por
No sistema capitalista, as pessoas somente sobrevivem com esta razão; por isso;...
recursos. (condição)
Substituir / Reformular: mais corretamente; mais
DE precisamente; ou melhor; quer dizer; dito de outro modo; por
Saí de casa. (origem) outras palavras;...
Falaram de você. (assunto)
Veio de táxi. (meio) Contrariar / Opor / Restringir: porém; contrariamente;
A menina chorou de raiva. (causa) em vez de; pelo contrário; por oposição; ainda assim; mesmo
Os siris andam de lado. (modo) assim; apesar de; contudo; no entanto; por outro lado;...
Voltemos de noite. (tempo)
Comprei um relógio de ouro. (matéria) Fim: para; para que; com o intuito de; a fim de; com o
Aquele livro é de Marcelo. (posse) objetivo de;...
Ontem, bebemos dois copos de vinho. (conteúdo)
Estou sob a mesa. (lugar) Dúvida: talvez; é provável; é possível; provavelmente;
O bicheiro caminhava de anel no dedo. (companhia) porventura;...

EM Certeza: é evidente que; certamente; decerto; com toda a


Hoje à noite, estarei em casa. (lugar) certeza; naturalmente; evidentemente;...
Formou-se em Direito. (especialidade)
O relógio é feito em ouro. (matéria) Hipótese / Condição: se; a menos que; supondo que;
Tenho que apresentar o tema em quinze minutos. (tempo) admitindo que; salvo se; exceto;...

PARA Chamar a atenção: note-se que; atente-se em; repare-se;


O bombeiro veio para socorrê-lo. (finalidade) veja-se; constate-se;...

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APOSTILAS OPÇÃO
Enfatizar: efetivamente; com efeito; na verdade; como Quando o adolescente sai escondido para uma festa ou
vimos;... responde a uma pergunta inocente dos pais com uma explosão
emocional, a culpa não é só dos hormônios. Descobertas
Opinar: a meu ver; estou em crer que; em nosso entender; científicas recente provam que não apenas o corpo, mas também
parece-me que;... a mente passa por grandes mudanças na adolescência. Do sexo
sem preservativo à imprudência na direção, os adolescentes
Reafirmar / Resumir: por outras palavras; ou melhor; ou assume comportamentos irresponsáveis em parte porque as
seja; em resumo; em suma;... estruturas mentais que inibem resposta intempestivas ainda não
se consolidaram. As alterações mais importantes por que passa
Semelhança: do mesmo modo; tal como; assim como; pela o cérebro nos últimos anos da adolescência têm lugar no córtex
mesma razão;... pré-frontal, área que é responsável pelo planejamento de longo
prazo e pelo controle das emoções. “Antes dessas mudanças, o
Organizadores do discurso: são as expressões que, mais do adolescente nem sempre está pronto para processar todas as
que conectar ideias, contribuem para a organização dos planos informações que precisa considerar quando toma uma decisão”,
textuais. explica o neurologista americano Paul Thompson, do Laboratório
de Neuromapeamento da Universidade da Califórnia.
Organizar no espaço: à direita; atrás; sobre; sob; de um Thompson faz parte de uma equipe de cientistas que vem
lado; no meio; naquele lugar;... mapeando o cérebro de cerca de 1000 adolescentes com técnicas
avançadas de tomografia. As descobertas são surpreendentes,
Organizar no tempo: depois; então; após; de seguida; especialmente se considerarmos que até há alguns anos era
seguidamente; dias mais tarde; agora; já; antes; até que; consenso científico que o cérebro completava seu crescimento
quando;... na infância e não se alterava mais. Hoje se sabe que várias
estruturas cerebrais seguem evoluindo durante a adolescência,
Organizar o plano textual: embora nem todas cresçam. A idade em que essas mudanças se
processam varia. O cérebro das meninas desenvolve-se cerca
- Abrir uma série: por um lado; de um lado; primeiramente; de dois anos mais cedo, mas homens e mulheres costumam
em primeiro lugar; para começar; começando;... emparelhar lá pelos 20 anos. De forma geral, no início da
adolescência ainda está em processo uma mudança que começa
- Acentuar a continuidade: por outro lado; de outro lado; entre 7 e 11 anos. É quando crescem certas regiões cerebrais
seguidamente; em segundo lugar;... ligadas à linguagem, como a área de Broca, uma pequena
estrutura dentro do córtex pré-frontal. O processo costuma
- Encerrar: por último; concluindo; para terminar; chegar ao fim antes dos 15 anos. No período de desenvolvimento,
em conclusão; em último lugar; em síntese; finalizando; notam-se grandes progressos no uso da escrita – é a idade ideal
recapitulando;... para aprender novas línguas. A mudança maior começa pelos
18 anos e pode avançar até os 25. Quando o córtex pré-frontal
Questões amadurece, consolidando o senso de responsabilidade que falta
a tanto adolescentes. “O córtex funciona como o presidente
01. A preposição DE traduz FINALIDADE no verso: de uma grande empresa, centralizando as decisões. É por isso
(A) “Andar e pilotar um pássaro de aço”; que às vezes o cérebro adolescente parece uma empresa sem
(B) “Todos os turistas são de Belo Horizonte”; presidente”, brinca Thompson.
(C) “Preparamo-nos para os festejos natalinos”; A ciência ainda não entendeu completamente essas
(D) “Após o terremoto, várias crianças morreram de alterações. O detalhe misterioso é que nem sempre o
desnutrição”; desenvolvimento cerebral se dá por crescimento, como acontece
com todos os outros órgãos de nosso corpo. Na verdade, muitas
02. Assinale a assertiva em que a preposição COM exprime a sinapses – ligações entre os neurônios – são simplesmente
mesma ideia que possui em “Surge a lua cheia para chorar com cortadas durante a adolescência. Supõe-se que esse processo
os poetas”. obedeça a uma certa economia de conexões: aquelas sinapses
(A) O menino machucou-se com a faca. que não são usadas simplesmente se perdem. Quem toca um
(B) Ela se afastou com um súbito choro. instrumento musical desde a infância vai desenvolver certas
(C) Tinha empobrecido com as secas. conexões neurais que se perderão em quem nunca chegou
(D) Deve-se rir com alguém, não de alguém. perto de uma partitura. De qualquer modo, a notícia de que o
(E) Ele se confundiu com a minha resposta. cérebro adolescente ainda não está “pronto” é alentadora. “Isso
significa que temos mais tempo de aprendizado do que antes
03. (UFRN – ADMINISTRADOR – COMPERVE/2015) pensávamos”, diz Thompson.
Considere o trecho:
“O desenvolvimento do cérebro é de natureza biológica e A noção semântica que a preposição de opera no título desse
cultural. O cérebro se forma, se desenvolve e amadurece com texto é a mesma a que ocorre em:
base na genética da espécie e pelas experiências de vida de cada (A) cadeira de ferro
um.” (B) cintura de ovo
Fonte: www.cartanaescola.com.br (C) pijama de Carlos
(D) caiu de joelhos
Há, entre os dois períodos, uma relação semântica de: (E) burro de carga
(A) condição, que poderia ser explicitada pelo conector
desde que. 05. (PREFEITURA DE CAMAÇARI/BA– FISIOTERAPEUTA
(B) explicação, que poderia ser explicitada pelo conector – AOCP/2014)
porque.
(C) oposição, que poderia ser explicitada pelo conector Falência múltipla
entretanto. Lya Luft
(D) concessão, que poderia ser explicitada pelo conector
ainda que. Um jornalista comentou recentemente num programa de
televisão que pediu a um médico seu amigo um diagnóstico do
04. (BANPARÁ – TÉCNICO BANCÁRIO – PAC/2014 - que está ocorrendo no Brasil: infecção, virose? A resposta foi
Adaptada) perfeita: “Falência múltipla dos órgãos”.
Nada mais acertado. Há quase dez anos realizo aqui na coluna
Cérebro de adolescente minhas passeatas: estas páginas são minha avenida, as palavras

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APOSTILAS OPÇÃO
são cartazes. Falo em relações humanas e seus dramas, porém (C) adição.
mais frequentemente nas coisas inaceitáveis na nossa vida (D) alternância.
pública. Esgotei a paciência dos leitores reclamando da péssima (E) explicação.
educação — milhares de alunos sem escola ou abrigados em
galpões e salinhas de fundo de igrejas, para chegarem aos 9, 10 06. (PC / PI – ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL – UESPI/2014)
anos sem saber ler nem escrever.
Professores desesperados tentando ensinar sem material A violência não é uma fantasia
básico, sem estrutura, salários vergonhosos, estímulo nenhum.
Universidades cujo nível é seguidamente baixado: em lugar de A violência nasce conosco. Faz parte da nossa bagagem
darem boas escolas a todas as crianças e jovens para que possam psíquica, do nosso DNA, assim como a capacidade de cuidar, de
entrar em excelentes universidades por mérito e esforço, ser solidário e pacífico. Somos esse novelo de dons. O equilíbrio
oferecem-lhes favorecimentos prejudiciais. ou desequilíbrio depende do ambiente familiar, educação,
Tenho clamado contra o horror da saúde pública, mulheres exemplos, tendência pessoal, circunstâncias concretas, algumas
parindo e velhos morrendo em colchonetes no corredor, escolhas individuais. Vivemos numa época violenta. Temos
consultas para doenças graves marcadas para vários meses medo de sair às ruas, temos medo de sair à noite, temos medo
depois, médicos exaustos trabalhando além dos seus limites, de ficar em casa sem grades, alarmes e câmeras, ou bons e
tentando salvar vidas e confortar os pacientes, sem condições treinados porteiros. As notícias da imprensa nos dão medo em
mínimas de higiene, sem aparelhamento e com salário geral. Não são medos fantasiosos: são reais. E, se não tivermos
humilhante. nenhum medo, estaremos sendo perigosamente alienados. A
Em lugar de importarmos não sei quantos mil médicos segurança, como tantas coisas, parece ter fugido ao controle de
estrangeiros, quem sabe vamos ser sensatos e oferecer condições instituições e autoridades.
e salários decentes aos médicos brasileiros que querem cuidar Nestes dias começamos a ter medo também dentro dos
de nós? shoppings, onde, aliás, há mais tempo aqui e ali vêm ocorrendo
Tenho reclamado das condições de transporte, como no furtos, às vezes assaltos, raramente noticiados. O que preocupa
recente artigo “Três senhoras sentadas”: transporte caro para são movimentos adolescentes que reivindicam acesso aos
o calamitoso serviço oferecido. “Nos tratam como animais”, shoppings para seus grupos em geral organizados na internet.
reclamou um usuário já idoso. A segurança inexiste, somos (...)
mortos ao acaso em nossas ruas, e se procuramos não sair de (Revista Veja. Editora ABRIL. Edição 2358 - ano 47 - nº 5. 29
casa à noite somos fuzilados por um bando na frente de casa às de janeiro de 2014. Por Lya Luft - p. 20)
10 da manhã.
E, quando nossa tolerância ou resignação chegou ao limite, se não tivermos nenhum medo, estaremos sendo
brota essa onda humana de busca de dignidade para todos. Não perigosamente alienados.
se trata apenas de centavos em passagens, mas de respeito.
As vozes dizem NÃO: não aos ônibus sujos e estragados, A relação sintático-semântica que se verifica entre as orações
impontuais, motoristas sobrecarregados; não às escolas principal e subordinada desse excerto é de:
fechadas ou em ruínas; não aos professores e médicos (A) causa
impotentes, estradas intransitáveis, medo dentro e fora de casa. (B) condição
Não a um ensino em que a palavra “excelência” chega a parecer (C) conformidade
abuso ou ironia. Não ao mercado persa de favores e cargos em (D) consequência
que transformam nossa política, não aos corruptos às vezes (E) explicação
condenados ocupando altos cargos, não ao absurdo número de
partidos confusos. Respostas
As reclamações da multidão nas ruas são tão variadas
quanto nossas mazelas: por onde começar? Talvez pelo prático, 01. Resposta C
e imediato, sem planos mirabolantes. Algo há de se poder fazer: A) A preposição “DE” indica matéria.
não creio que políticos e governo tenham sido apanhados B) A preposição “DE” indica origem.
desprevenidos, por mais que estivessem alienados em torres de C) Alternativa Correta: Preparamo-nos com a finalidade de
marfim. aproveitar as comemorações natalinas.
Infelizmente todo movimento de massas provoca e abriga D) A preposição “DE” indica causa.
sem querer grupos violentos e anárquicos: que isso não nos
prejudique nem invalide nossas reivindicações. 02. Resposta D
Não sei como isso vai acabar: espero que transformando o Na frase citada no enunciado do exercício a preposição “com”
Brasil num lugar melhor para viver. Quase com atraso, a voz das indica companhia, o mesmo ocorre na alternativa “D”: Deve-se
ruas quer lisura, ética, ações, cumprimento de deveres, realização rir na companhia de alguém.
dos mais básicos conceitos de decência e responsabilidade
cívica, que andavam trocados por ganância monetária ou ânsia 03. Resposta B
eleitoreira. A segunda oração estabelece uma relação de explicação com
Que sobrevenham ordem e paz. Que depois desse chamado relação a oração anterior, esclarecendo os motivos de se ter
à consciência de quem lidera e governa não se absolvam os afirmado que o cérebro é de natureza biológica e cultural.
mensaleiros, não se deixem pessoas medíocres ou de ética
duvidosa em altos cargos, acabem as gigantescas negociatas 04. Alternativa C
meio secretas, e se apliquem decentemente somas que poderão A preposição “DE” presente no título do texto estabelece
salvar vidas, educar jovens, abrir horizontes. uma relação de posse, o mesmo ocorre na alternativa “C”.
Sou totalmente contrária a qualquer violência, mas este
povo chegou ao extremo de sua tolerância, percebeu que tem 05. Resposta C
poder, não quer mais ser enganado e explorado: que não se Os vocábulos “não” e “nem” possuem valor negativo, ao serem
destrua nada, mas se abram horizontes reais de melhoria e colocados na mesma sentença, eles assumem semanticamente
contentamento. o sentido de adição, assim, não pode acontecer alguma coisa e
http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/tag/lya-luft/ nem outra.

Em “...que isso não nos prejudique nem invalide nossas 06. Resposta B
reivindicações”, as expressões destacadas estabelecem relação A conjunção “SE” que inicia a sentença tem a função de
semântica de: estabelecer a ideia de condição.
(A) contraste.
(B) negação.

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APOSTILAS OPÇÃO
/o/ e /u/ nem sempre é nítida. É principalmente desse fato que
IV - Ortografia oficial; nascem as dúvidas quando se escrevem palavras como quase,
intitular, mágoa, bulir, etc., em que ocorrem aquelas vogais.
acentuação gráfica
Escreve-se com a letra E:
Ortografia
- A sílaba final de formas dos verbos terminados em –uar:
A palavra ortografia é formada pelos elementos gregos orto continue, habitue, pontue, etc.
“correto” e grafia “escrita” sendo a escrita correta das palavras da - A sílaba final de formas dos verbos terminados em –oar:
língua portuguesa, obedecendo a uma combinação de critérios abençoe, magoe, perdoe, etc.
etimológicos (ligados à origem das palavras) e fonológicos - As palavras formadas com o prefixo ante– (antes, anterior):
(ligados aos fonemas representados). antebraço, antecipar, antedatar, antediluviano, antevéspera, etc.
Somente a intimidade com a palavra escrita, é que acaba - Os seguintes vocábulos: Arrepiar, Cadeado, Candeeiro,
trazendo a memorização da grafia correta. Deve-se também Cemitério, Confete, Creolina, Cumeeira, Desperdício, Destilar,
criar o hábito de consultar constantemente um dicionário. Disenteria, Empecilho, Encarnar, Indígena, Irrequieto,
Lacrimogêneo, Mexerico, Mimeógrafo, Orquídea, Peru, Quase,
Alfabeto Quepe, Senão, Sequer, Seriema, Seringa, Umedecer.

O alfabeto passou a ser formado por 26 letras. As letras “k”, Emprega-se a letra I:
“w” e “y” não eram consideradas integrantes do alfabeto (agora
são). Essas letras são usadas em unidades de medida, nomes - Na sílaba final de formas dos verbos terminados em –air/–
próprios, palavras estrangeiras e outras palavras em geral. oer /–uir: cai, corrói, diminuir, influi, possui, retribui, sai, etc.
Exemplos: km, kg, watt, playground, William, Kafka, kafkiano. - Em palavras formadas com o prefixo anti- (contra):
Vogais: a, e, i, o, u, y, w. antiaéreo, Anticristo, antitetânico, antiestético, etc.
Consoantes: b,c,d,f,g,h,j,k,l,m,n,p,q,r,s,t,v,w,x,z. - Nos seguintes vocábulos: aborígine, açoriano, artifício,
Alfabeto: a,b,c,d,e,f,g,h,i,j,k,l,m,n,o,p,q,r,s,t,u,v,w,x,y,z. artimanha, camoniano, Casimiro, chefiar, cimento, crânio, criar,
criador, criação, crioulo, digladiar, displicente, erisipela, escárnio,
Observações: feminino, Filipe, frontispício, Ifigênia, inclinar, incinerar,
A letra “Y” possui o mesmo som que a letra “I”, portanto, ela inigualável, invólucro, lajiano, lampião, pátio, penicilina,
é classificada como vogal. pontiagudo, privilégio, requisito, Sicília (ilha), silvícola, siri,
terebintina, Tibiriçá, Virgílio.
A letra “K” possui o mesmo som que o “C” e o “QU” nas
palavras, assim, é considerada consoante. Exemplo: Kuait / Kiwi. Grafam-se com a letra O: abolir, banto, boate, bolacha,
boletim, botequim, bússola, chover, cobiça, concorrência,
Já a letra “W” pode ser considerada vogal ou consoante, costume, engolir, goela, mágoa, mocambo, moela, moleque,
dependendo da palavra em questão, veja os exemplos: mosquito, névoa, nódoa, óbolo, ocorrência, rebotalho, Romênia,
tribo.
No nome próprio Wagner o “W” possui o som de “V”, logo, é
classificado como consoante. Grafam-se com a letra U: bulir, burburinho, camundongo,
chuviscar, cumbuca, cúpula, curtume, cutucar, entupir, íngua,
Já no vocábulo “web” o “W” possui o som de “U”, classificando- jabuti, jabuticaba, lóbulo, Manuel, mutuca, rebuliço, tábua,
se, portanto, como vogal. tabuada, tonitruante, trégua, urtiga.

Emprego da letra H Parônimos: Registramos alguns parônimos que se


diferenciam pela oposição das vogais /e/ e /i/, /o/ e /u/.
Esta letra, em início ou fim de palavras, não tem valor Fixemos a grafia e o significado dos seguintes:
fonético; conservou-se apenas como símbolo, por força da
etimologia e da tradição escrita. Grafa-se, por exemplo, hoje, área = superfície
porque esta palavra vem do latim hodie. ária = melodia, cantiga
arrear = pôr arreios, enfeitar
Emprega-se o H: arriar = abaixar, pôr no chão, cair
- Inicial, quando etimológico: hábito, hélice, herói, hérnia, comprido = longo
hesitar, haurir, etc. cumprido = particípio de cumprir
- Medial, como integrante dos dígrafos ch, lh e nh: chave, comprimento = extensão
boliche, telha, flecha, companhia, etc. cumprimento = saudação, ato de cumprir
- Final e inicial, em certas interjeições: ah!, ih!, hem?, hum!, costear = navegar ou passar junto à costa
etc. custear = pagar as custas, financiar
- Algumas palavras iniciadas com a letra H: hálito, harmonia, deferir = conceder, atender
hangar, hábil, hemorragia, hemisfério, heliporto, hematoma, diferir = ser diferente, divergir
hífen, hilaridade, hipocondria, hipótese, hipocrisia, homenagear, delatar = denunciar
hera, húmus; dilatar = distender, aumentar
- Sem h, porém, os derivados baianos, baianinha, baião, descrição = ato de descrever
baianada, etc. discrição = qualidade de quem é discreto
emergir = vir à tona
Não se usa H: imergir = mergulhar
- No início de alguns vocábulos em que o h, embora emigrar = sair do país
etimológico, foi eliminado por se tratar de palavras que entraram imigrar = entrar num país estranho
na língua por via popular, como é o caso de erva, inverno, e emigrante = que ou quem emigra
Espanha, respectivamente do latim, herba, hibernus e Hispania. imigrante = que ou quem imigra
Os derivados eruditos, entretanto, grafam-se com h: herbívoro, eminente = elevado, ilustre
herbicida, hispânico, hibernal, hibernar, etc. iminente = que ameaça acontecer
recrear = divertir
Emprego das letras E, I, O e U recriar = criar novamente
soar = emitir som, ecoar, repercutir
Na língua falada, a distinção entre as vogais átonas /e/ e /i/, suar = expelir suor pelos poros, transpirar

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APOSTILAS OPÇÃO
sortir = abastecer suscetibilidade, suscitar, víscera.
surtir = produzir (efeito ou resultado) - X: aproximar, auxiliar, auxílio, máximo, próximo,
sortido = abastecido, bem provido, variado proximidade, trouxe, trouxer, trouxeram, etc.
surtido = produzido, causado - XC: exceção, excedente, exceder, excelência, excelente,
vadear = atravessar (rio) por onde dá pé, passar a vau excelso, excêntrico, excepcional, excesso, excessivo, exceto,
vadiar = viver na vadiagem, vagabundear, levar vida de vadio excitar, etc.

Emprego das letras G e J Homônimos

Para representar o fonema /j/ existem duas letras; g e j. acento = inflexão da voz, sinal gráfico
Grafa-se este ou aquele signo não de modo arbitrário, mas de assento = lugar para sentar-se
acordo com a origem da palavra. Exemplos: gesso (do grego acético = referente ao ácido acético (vinagre)
gypsos), jeito (do latim jactu) e jipe (do inglês jeep). ascético = referente ao ascetismo, místico
cesta = utensílio de vime ou outro material
Escrevem-se com G: sexta = ordinal referente a seis
círio = grande vela de cera
- Os substantivos terminados em –agem, -igem, -ugem: sírio = natural da Síria
garagem, massagem, viagem, origem, vertigem, ferrugem, cismo = pensão
lanugem. Exceção: pajem sismo = terremoto
- As palavras terminadas em –ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio: empoçar = formar poça
contágio, estágio, egrégio, prodígio, relógio, refúgio. empossar = dar posse a
- Palavras derivadas de outras que se grafam com g: incipiente = principiante
massagista (de massagem), vertiginoso (de vertigem), insipiente = ignorante
ferruginoso (de ferrugem), engessar (de gesso), faringite (de intercessão = ato de interceder
faringe), selvageria (de selvagem), etc. interseção = ponto em que duas linhas se cruzam
- Os seguintes vocábulos: algema, angico, apogeu, auge, ruço = pardacento
estrangeiro, gengiva, gesto, gibi, gilete, ginete, gíria, giz, russo = natural da Rússia
hegemonia, herege, megera, monge, rabugento, sugestão,
tangerina, tigela. Emprego de S com valor de Z

Escrevem-se com J: - Adjetivos com os sufixos –oso, -osa: gostoso, gostosa,


gracioso, graciosa, teimoso, teimosa, etc.
- Palavras derivadas de outras terminadas em –já: laranja - Adjetivos pátrios com os sufixos –ês, -esa: português,
(laranjeira), loja (lojista, lojeca), granja (granjeiro, granjense), portuguesa, inglês, inglesa, milanês, milanesa, etc.
gorja (gorjeta, gorjeio), lisonja (lisonjear, lisonjeiro), sarja - Substantivos e adjetivos terminados em –ês, feminino
(sarjeta), cereja (cerejeira). –esa: burguês, burguesa, burgueses, camponês, camponesa,
- Todas as formas da conjugação dos verbos terminados em camponeses, freguês, freguesa, fregueses, etc.
–jar ou –jear: arranjar (arranje), despejar (despejei), gorjear - Verbos derivados de palavras cujo radical termina em –s:
(gorjeia), viajar (viajei, viajem) – (viagem é substantivo). analisar (de análise), apresar (de presa), atrasar (de atrás),
- Vocábulos cognatos ou derivados de outros que têm j: laje extasiar (de êxtase), extravasar (de vaso), alisar (de liso), etc.
(lajedo), nojo (nojento), jeito (jeitoso, enjeitar, projeção, rejeitar, - Formas dos verbos pôr e querer e de seus derivados: pus,
sujeito, trajeto, trejeito). pusemos, compôs, impuser, quis, quiseram, etc.
- Palavras de origem ameríndia (principalmente tupi- - Os seguintes nomes próprios de pessoas: Avis, Baltasar,
guarani) ou africana: canjerê, canjica, jenipapo, jequitibá, Brás, Eliseu, Garcês, Heloísa, Inês, Isabel, Isaura, Luís, Luísa,
jerimum, jiboia, jiló, jirau, pajé, etc. Queirós, Resende, Sousa, Teresa, Teresinha, Tomás, Valdês.
- As seguintes palavras: alfanje, alforje, berinjela, cafajeste, - Os seguintes vocábulos e seus cognatos: aliás, anis, arnês,
cerejeira, intrujice, jeca, jegue, Jeremias, Jericó, Jerônimo, jérsei, ás, ases, através, avisar, besouro, colisão, convés, cortês, cortesia,
jiu-jítsu, majestade, majestoso, manjedoura, manjericão, ojeriza, defesa, despesa, empresa, esplêndido, espontâneo, evasiva, fase,
pegajento, rijeza, sabujice, sujeira, traje, ultraje, varejista. frase, freguesia, fusível, gás, Goiás, groselha, heresia, hesitar,
- Atenção: Moji, palavra de origem indígena, deve ser escrita manganês, mês, mesada, obséquio, obus, paisagem, país, paraíso,
com J. Por tradição algumas cidades de São Paulo adotam a pêsames, pesquisa, presa, presépio, presídio, querosene, raposa,
grafia com G, como as cidades de Mogi das Cruzes e Mogi-Mirim. represa, requisito, rês, reses, retrós, revés, surpresa, tesoura,
tesouro, três, usina, vasilha, vaselina, vigésimo, visita.
Representação do fonema /S/
Emprego da letra Z
O fonema /s/, conforme o caso, representa-se por:
- Os derivados em –zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita:
- C, Ç: acetinado, açafrão, almaço, anoitecer, censura, cimento, cafezal, cafezeiro, cafezinho, avezinha, cãozito, avezita, etc.
dança, dançar, contorção, exceção, endereço, Iguaçu, maçarico, - Os derivados de palavras cujo radical termina em –z:
maçaroca, maço, maciço, miçanga, muçulmano, muçurana, cruzeiro (de cruz), enraizar (de raiz), esvaziar (de vazio), etc.
paçoca, pança, pinça, Suíça, suíço, vicissitude. - Os verbos formados com o sufixo –izar e palavras cognatas:
- S: ânsia, ansiar, ansioso, ansiedade, cansar, cansado, fertilizar, fertilizante, civilizar, civilização, etc.
descansar, descanso, diversão, excursão, farsa, ganso, hortênsia, - Substantivos abstratos em –eza, derivados de adjetivos
pretensão, pretensioso, propensão, remorso, sebo, tenso, e denotando qualidade física ou moral: pobreza (de pobre),
utensílio. limpeza (de limpo), frieza (de frio), etc.
- SS: acesso, acessório, acessível, assar, asseio, assinar, - As seguintes palavras: azar, azeite, azáfama, azedo, amizade,
carrossel, cassino, concessão, discussão, escassez, escasso, aprazível, baliza, buzinar, bazar, chafariz, cicatriz, ojeriza, prezar,
essencial, expressão, fracasso, impressão, massa, massagista, prezado, proeza, vazar, vizinho, xadrez.
missão, necessário, obsessão, opressão, pêssego, procissão,
profissão, profissional, ressurreição, sessenta, sossegar, sossego, Sufixo –ÊS e –EZ
submissão, sucessivo.
- SC, SÇ: acréscimo, adolescente, ascensão, consciência, - O sufixo –ês (latim –ense) forma adjetivos (às vezes
consciente, crescer, cresço, descer, desço, desça, disciplina, substantivos) derivados de substantivos concretos: montês (de
discípulo, discernir, fascinar, florescer, imprescindível, monte), cortês (de corte), burguês (de burgo), montanhês (de
néscio, oscilar, piscina, ressuscitar, seiscentos, suscetível, montanha), francês (de França), chinês (de China), etc.

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APOSTILAS OPÇÃO
- O sufixo –ez forma substantivos abstratos femininos Homônimos
derivados de adjetivos: aridez (de árido), acidez (de ácido),
rapidez (de rápido), estupidez (de estúpido), mudez (de mudo) Bucho = estômago
avidez (de ávido) palidez (de pálido) lucidez (de lúcido), etc. Buxo = espécie de arbusto
Cocha = recipiente de madeira
Sufixo –ESA e –EZA Coxa = capenga, manco
Tacha = mancha, defeito; pequeno prego; prego de cabeça
Usa-se –esa (com s): larga e chata, caldeira
- Nos seguintes substantivos cognatos de verbos terminados Taxa = imposto, preço de serviço público, conta, tarifa
em –ender: defesa (defender), presa (prender), despesa Chá = planta da família das teáceas; infusão de folhas do chá
(despender), represa (prender), empresa (empreender), ou de outras plantas
surpresa (surpreender), etc. Xá = título do soberano da Pérsia (atual Irã)
- Nos substantivos femininos designativos de títulos Cheque = ordem de pagamento
nobiliárquicos: baronesa, dogesa, duquesa, marquesa, princesa, Xeque = no jogo de xadrez, lance em que o rei é atacado por
consulesa, prioresa, etc. uma peça adversária
- Nas formas femininas dos adjetivos terminados em –ês:
burguesa (de burguês), francesa (de francês), camponesa (de Consoantes dobradas
camponês), milanesa (de milanês), holandesa (de holandês), etc.
- Nas seguintes palavras femininas: framboesa, indefesa, - Nas palavras portuguesas só se duplicam as consoantes C,
lesa, mesa, sobremesa, obesa, Teresa, tesa, toesa, turquesa, etc. R, S.
- Escreve-se com CC ou CÇ quando as duas consoantes soam
Usa-se –eza (com z): distintamente: convicção, occipital, cocção, fricção, friccionar,
- Nos substantivos femininos abstratos derivados de facção, sucção, etc.
adjetivos e denotando qualidade, estado, condição: beleza (de - Duplicam-se o R e o S em dois casos: Quando,
belo), franqueza (de franco), pobreza (de pobre), leveza (de intervocálicos, representam os fonemas /r/ forte e /s/
leve), etc. sibilante, respectivamente: carro, ferro, pêssego, missão, etc.
Quando a um elemento de composição terminado em vogal
Verbos terminados em –ISAR e -IZAR seguir, sem interposição do hífen, palavra começada com /r/
ou /s/: arroxeado, correlação, pressupor, bissemanal, girassol,
Escreve-se –isar (com s) quando o radical dos nomes minissaia, etc.
correspondentes termina em –s. Se o radical não terminar em
–s, grafa-se –izar (com z): avisar (aviso + ar), analisar (análise CÊ - cedilha
+ ar), alisar (a + liso + ar), bisar (bis + ar), catalisar (catálise É a letra C que se pôs cedilha. Indica que o Ç passa a ter som
+ ar), improvisar (improviso + ar), paralisar (paralisia + ar), de /S/: almaço, ameaça, cobiça, doença, eleição, exceção, força,
pesquisar (pesquisa + ar), pisar, repisar (piso + ar), frisar (friso frustração, geringonça, justiça, lição, miçanga, preguiça, raça.
+ ar), grisar (gris + ar), anarquizar (anarquia + izar), civilizar Nos substantivos derivados dos verbos: ter e torcer e seus
(civil + izar), canalizar (canal + izar), amenizar (ameno + izar), derivados: ater, atenção; abster, abstenção; reter, retenção;
colonizar (colono + izar), vulgarizar (vulgar + izar), motorizar torcer, torção; contorcer, contorção; distorcer, distorção.
(motor + izar), escravizar (escravo + izar), cicatrizar (cicatriz + O Ç só é usado antes de A, O, U.
izar), deslizar (deslize + izar), matizar (matiz + izar).
Emprego das iniciais maiúsculas
Emprego do X
- A primeira palavra de período ou citação. Diz um provérbio
- Esta letra representa os seguintes fonemas: árabe: “A agulha veste os outros e vive nua”. No início dos versos
Ch – xarope, enxofre, vexame, etc. que não abrem período é facultativo o uso da letra maiúscula.
CS – sexo, látex, léxico, tóxico, etc. - Substantivos próprios (antropônimos, alcunhas, topônimos,
Z – exame, exílio, êxodo, etc. nomes sagrados, mitológicos, astronômicos): José, Tiradentes,
SS – auxílio, máximo, próximo, etc. Brasil, Amazônia, Campinas, Deus, Maria Santíssima, Tupã,
S – sexto, texto, expectativa, extensão, etc. Minerva, Via-Láctea, Marte, Cruzeiro do Sul, etc.
- Não soa nos grupos internos –xce- e –xci-: exceção, exceder, - Nomes de épocas históricas, datas e fatos importantes, festas
excelente, excelso, excêntrico, excessivo, excitar, inexcedível, etc. religiosas: Idade Média, Renascença, Centenário da Independência
- Grafam-se com x e não com s: expectativa, experiente, do Brasil, a Páscoa, o Natal, o Dia das Mães, etc.
expiar, expirar, expoente, êxtase, extasiado, extrair, fênix, texto, - Nomes de altos cargos e dignidades: Papa, Presidente da
etc. República, etc.
- Escreve-se x e não ch: Em geral, depois de ditongo: caixa, - Nomes de altos conceitos religiosos ou políticos: Igreja,
baixo, faixa, feixe, frouxo, ameixa, rouxinol, seixo, etc. Excetuam- Nação, Estado, Pátria, União, República, etc.
se caucho e os derivados cauchal, recauchutar e recauchutagem. - Nomes de ruas, praças, edifícios, estabelecimentos,
Geralmente, depois da sílaba inicial en-: enxada, enxame, agremiações, órgãos públicos, etc: Rua do Ouvidor, Praça da Paz,
enxamear, enxaguar, enxaqueca, enxergar, enxerto, enxoval, Academia Brasileira de Letras, Banco do Brasil, Teatro Municipal,
enxugar, enxurrada, enxuto, etc. Excepcionalmente, grafam- Colégio Santista, etc.
se com ch: encharcar (de charco), encher e seus derivados - Nomes de artes, ciências, títulos de produções artísticas,
(enchente, preencher), enchova, enchumaçar (de chumaço), literárias e científicas, títulos de jornais e revistas: Medicina,
enfim, toda vez que se trata do prefixo en- + palavra iniciada Arquitetura, Os Lusíadas, O Guarani, Dicionário Geográfico
por ch. Em vocábulos de origem indígena ou africana: abacaxi, Brasileiro, Correio da Manhã, Manchete, etc.
xavante, caxambu, caxinguelê, orixá, maxixe, etc. Nas seguintes - Expressões de tratamento: Vossa Excelência, Sr. Presidente,
palavras: bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, lagartixa, lixa, Excelentíssimo Senhor Ministro, Senhor Diretor, etc.
lixo, mexer, mexerico, puxar, rixa, oxalá, praxe, vexame, xarope, - Nomes dos pontos cardeais, quando designam regiões: Os
xaxim, xícara, xale, xingar, xampu. povos do Oriente, o falar do Norte. Mas: Corri o país de norte
a sul. O Sol nasce a leste.
Emprego do dígrafo CH - Nomes comuns, quando personificados ou individuados: o
Amor, o Ódio, a Morte, o Jabuti (nas fábulas), etc.
Escreve-se com ch, entre outros os seguintes vocábulos:
bucha, charque, charrua, chavena, chimarrão, chuchu, cochilo, Emprego das iniciais minúsculas
fachada, ficha, flecha, mecha, mochila, pechincha, tocha.
- Nomes de meses, de festas pagãs ou populares, nomes

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APOSTILAS OPÇÃO
gentílicos, nomes próprios tornados comuns: maia, bacanais, Aprender: tomar conhecimento de: O menino aprendeu a
carnaval, ingleses, ave-maria, um havana, etc. lição.
- Os nomes a que se referem os itens 4 e 5 acima, quando Apreender: prender: O fiscal apreendeu a carteirinha do
empregados em sentido geral: São Pedro foi o primeiro papa. menino.
Todos amam sua pátria.
- Nomes comuns antepostos a nomes próprios geográficos: o À toa: é uma locução adverbial de modo, equivale a
rio Amazonas, a baía de Guanabara, o pico da Neblina, etc. (inutilmente, sem razão): Andava à toa pela rua.
- Palavras, depois de dois pontos, não se tratando de citação À toa: é um adjetivo (refere-se a um substantivo), equivale
direta: “Qual deles: o hortelão ou o advogado?”; “Chegam os a (inútil, desprezível). Foi uma atitude à toa e precipitada. (até
magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, incenso, mirra”. 01/01/2009 era grafada: à-toa)
- No interior dos títulos, as palavras átonas, como: o, a, com,
de, em, sem, grafam-se com inicial minúscula. Baixar: os preços quando não há objeto direto; os preços
Algumas palavras ou expressões costumam apresentar funcionam como sujeito: Baixaram os preços (sujeito) nos
dificuldades colocando em maus lençóis quem pretende falar supermercados. Vamos comemorar, pessoal!
ou redigir português culto. Esta é uma oportunidade para você Abaixar: os preços empregado com objeto direto: Os postos
aperfeiçoar seu desempenho. Preste atenção e tente incorporar (sujeito) de combustível abaixaram os preços (objeto direto) da
tais palavras certas em situações apropriadas. gasolina.
A anos: a indica tempo futuro: Daqui a um ano iremos à
Europa. Bebedor: é a pessoa que bebe: Tornei-me um grande
Há anos: há indica tempo passado: não o vejo há meses. bebedor de vinho.
Bebedouro: é o aparelho que fornece água. Este bebedouro
“Procure o seu caminho está funcionando bem.
Eu aprendi a andar sozinho
Isto foi há muito tempo atrás Bem-Vindo: é um adjetivo composto: Você é sempre bem
Mas ainda sei como se faz vindo aqui, jovem.
Minhas mãos estão cansadas Benvindo: é nome próprio: Benvindo é meu colega de classe.
Não tenho mais onde me agarrar.”
(gravação: Nenhum de Nós) Boêmia/Boemia: são formas variantes (usadas
normalmente): Vivia na boêmia/boemia.
Atenção: Há muito tempo já indica passado. Não há
necessidade de usar atrás, isto é um pleonasmo. Botijão/Bujão de gás: ambas formas corretas: Comprei um
botijão/bujão de gás.
Acerca de: equivale a (a respeito de): Falávamos acerca de
uma solução melhor. Câmara: equivale ao local de trabalho onde se reúnem os
Há cerca de: equivale a (faz tempo). Há cerca de dias vereadores, deputados: Ficaram todos reunidos na Câmara
resolvemos este caso. Municipal.
Câmera: aparelho que fotografa, tira fotos: Comprei uma
Ao encontro de: equivale (estar a favor de): Sua atitude vai ao câmera japonesa.
encontro da verdade.
De encontro a: equivale a (oposição, choque): Minhas Champanha/Champanhe (do francês): O champanha/
opiniões vão de encontro às suas. champanhe está bem gelado.

A fim de: locução prepositiva que indica (finalidade): Vou a Cessão: equivale ao ato de doar, doação: Foi confirmada a
fim de visitá-la. cessão do terreno.
Afim: é um adjetivo e equivale a (igual, semelhante): Somos Sessão: equivale ao intervalo de tempo de uma reunião: A
almas afins. sessão do filme durou duas horas.
Seção/Secção: repartição pública, departamento: Visitei hoje
Ao invés de: equivale (ao contrário de): Ao invés de falar a seção de esportes.
começou a chorar (oposição).
Em vez de: equivale a (no lugar de): Em vez de acompanhar- Demais: é advérbio de intensidade, equivale a muito, aparece
me, ficou só. intensificando verbos, adjetivos ou o próprio advérbio. Vocês
falam demais, caras!
Faça você a sua parte, ao invés de ficar me cobrando! Demais: pode ser usado como substantivo, seguido de artigo,
Quantas vezes usamos “ao invés de” quando queremos dizer equivale a os outros. Chamaram mais dez candidatos, os demais
“no lugar de”! devem aguardar.
Contudo, esse emprego é equivocado, uma vez que “invés” De mais: é locução prepositiva, opõe-se a de menos, refere-se
significa “contrário”, “inverso”. Não que seja absurdamente sempre a um substantivo ou a um pronome: Não vejo nada de
errado escrever “ao invés de” em frases que expressam sentido mais em sua decisão.
de “em lugar de”, mas é preferível optar por “em vez de”.
Observe: Em vez de conversar, preferiu Dia a dia: é um substantivo, equivale a cotidiano, diário, que
gritar para a escola inteira ouvir! (em lugar de) faz ou acontece todo dia. Meu dia a dia é cheio de surpresas. (até
Ele pediu que fosse embora ao invés de ficar e discutir o caso. 01/01/2009, era grafado dia-a-dia)
(ao contrário de) Dia a dia: é uma expressão adverbial, equivale a diariamente.
Use “ao invés de” quando quiser o significado de “ao O álcool aumenta dia a dia. Pode isso?
contrário de”, “em oposição a”, “avesso”, “inverso”.
Use “em vez de” quando quiser um sentido de “no lugar de” Descriminar: equivale a (inocentar, absolver de crime). O réu
ou “em lugar de”. No entanto, pode assumir o significado de “ao foi descriminado; pra sorte dele.
invés de”, sem problemas. Porém, o que ocorre é justamente o Discriminar: equivale a (diferençar, distinguir, separar). Era
contrário, coloca-se “ao invés de” onde não poderia. impossível discriminar os caracteres do documento. Cumpre
discriminar os verdadeiros dos falsos valores. /Os negros ainda
A par: equivale a (bem informado, ciente): Estamos a par das são discriminados.
boas notícias.
Ao par: indica relação (de igualdade ou equivalência entre Descrição: ato de descrever: A descrição sobre o jogador foi
valores financeiros – câmbio): O dólar e o euro estão ao par. perfeita.
Discrição: qualidade ou caráter de ser discreto, reservado:

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APOSTILAS OPÇÃO
Você foi muito discreto. Nem um: equivale a nem um sequer, nem um único; a palavra
“um” expressa quantidade: Nem um filho de Deus apareceu para
Entrega em domicílio: equivale a lugar: Fiz a entrega em ajudá-la.
domicílio. Nenhum: pronome indefinido variável em gênero e número;
Entrega a domicílio com verbos de movimento: Enviou as vem antes de um substantivo, é oposto de algum: Nenhum jornal
compras a domicílio. divulgou o resultado do concurso.

As expressões “entrega em domicílio” e “entrega a domicílio” Obrigada: As mulheres devem dizer: muito obrigada, eu
são muito recorrentes em restaurantes, na propaganda televisa, mesma, eu própria.
no outdoor, no folder, no panfleto, no catálogo, na fala. Convivem Obrigado: Os homens devem dizer: muito obrigado, eu
juntas sem problemas maiores porque são entendidas da mesma mesmo, eu próprio.
forma, com um mesmo sentido. No entanto, quando falamos de Onde: indica o lugar em que se está; refere-se a verbos que
gramática normativa, temos que ter cuidado, pois “a domicílio” exprimem estado, permanência: Onde fica a farmácia mais
não é aceita. Por quê? A regra estabelece que esta última locução próxima?
adverbial deve ser usada nos casos de verbos que indicam Aonde: ideia de movimento; equivale (para onde) somente
movimento, como: levar, enviar, trazer, ir, conduzir, dirigir-se. com verbo de movimento desde que indique deslocamento, ou
Portanto, “A loja entregou meu sofá a casa” não está correto. seja, a+onde. Aonde vão com tanta pressa?
Já a locução adverbial “em domicílio” é usada com os verbos
sem noção de movimento: entregar, dar, cortar, fazer. “Pode seguir a tua estrada
A dúvida surge com o verbo “entregar”: não indicaria o teu brinquedo de estar
movimento? De acordo com a gramática purista não, uma vez fantasiando um segredo
que quem entrega, entrega algo em algum lugar. o ponto aonde quer chegar...”
Porém, há aqueles que afirmam que este verbo indica sim (gravação: Barão Vermelho)
movimento, pois quem entrega se desloca de um lugar para
outro. Por ora: equivale a “por este momento”, “por enquanto”: Por
Contudo, obedecendo às normas gramaticais, devemos usar ora chega de trabalhar.
“entrega em domicílio”, nos atentando ao fato de que a finalidade Por hora: locução equivale a “cada sessenta minutos”: Você
é que vale: a entrega será feita no (em+o) domicílio de uma deve cobrar por hora.
pessoa.
Emprego do Porquê
Espectador: é aquele que vê, assiste: Os espectadores se
fartaram da apresentação.
Expectador: é aquele que está na expectativa, que espera Orações
alguma coisa: O expectador aguardava o momento da chamada. Interrogativas Exemplo:
(pode ser Por que devemos nos
Estada: permanência de pessoa (tempo em algum lugar): A substituído por: por preocupar com o meio
estada dela aqui foi gratificante. qual motivo, por ambiente?
Estadia: prazo concedido para carga e descarga de navios Por Que qual razão)
ou veículos: A estadia do carro foi prolongada por mais algumas Exemplo:
semanas. Os motivos por que
Equivalendo a “pelo
não respondeu são
Fosforescente: adjetivo derivado de fósforo; que brilha no qual”
desconhecidos.
escuro: Este material é fosforescente.
Fluorescente: adjetivo derivado de flúor, elemento químico, Exemplos:
refere-se a um determinado tipo de luminosidade: A luz branca Você ainda tem coragem
Final de frases
do carro era fluorescente. de perguntar por quê?
Por Quê e seguidos de
Você não vai? Por quê?
pontuação
Haja - do verbo haver - É preciso que não haja descuido. Não sei por quê!
Aja - do verbo agir - Aja com cuidado, Carlinhos. Exemplos:
A situação agravou-
Houve: pretérito perfeito do verbo haver, 3ª pessoa do Conjunção que se porque ninguém
singular. indica explicação reclamou.
Ouve: presente do indicativo do verbo ouvir, 3ª pessoa do ou causa Ninguém mais o espera,
singular. Porque porque ele sempre se
atrasa.
Levantar: é sinônimo de erguer: Ginês, meu estimado
cunhado, levantou sozinho a tampa do poço. Conjunção de
Exemplos:
Levantar-se: pôr de pé: Luís e Diego levantaram-se cedo e, Finalidade –
Não julgues porque não te
dirigiram-se ao aeroporto. equivale a “para
julguem.
que”, “a fim de que”.
Mal: advérbio de modo, equivale a erradamente, é oposto Função de Exemplos:
de bem: Dormi mal. (bem). Equivale a nocivo, prejudicial, substantivo – vem Não é fácil encontrar o
enfermidade; pode vir antecedido de artigo, adjetivo ou pronome: acompanhado de porquê de toda confusão.
A comida fez mal para mim. Seu mal é crer em tudo. Conjunção Porquê
artigo ou pronome Dê-me um porquê de sua
subordinativa temporal, equivale a assim que, logo que: Mal saída.
chegou começou a chorar desesperadamente.
Mau: adjetivo, equivale a ruim, oposto de bom; plural=maus; 1. Por que (pergunta)
feminino=má. Você é um mau exemplo (bom). Substantivo: Os 2. Porque (resposta)
maus nunca vencem. 3. Por quê (fim de frase: motivo)
4. O Porquê (substantivo)
Mas: conjunção adversativa (ideia contrária), equivale a Emprego de outras palavras
porém, contudo, entretanto: Telefonei-lhe mas ela não atendeu.
Mais: pronome ou advérbio de intensidade, opõe-se a menos: Senão: equivale a “caso contrário”, “a não ser”: Não fazia coisa
Há mais flores perfumadas no campo. nenhuma senão criticar.
Se não: equivale a “se por acaso não”, em orações adverbiais

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condicionais: Se não houver homens honestos, o país não sairá (A) I e III.
desta situação crítica. (B) II e III.
(C) II e IV.
Tampouco: advérbio, equivale a “também não”: Não (D) III e IV.
compareceu, tampouco apresentou qualquer justificativa.
Tão pouco: advérbio de intensidade: Encontramo-nos tão 03. (CRF-SC - Operador de Computador - IESES)
pouco esta semana.
Pra que serve um vereador?
Trás ou Atrás = indicam lugar, são advérbios.
Traz - do verbo trazer. por César Cerqueira
Disponível em Http://revistagalileu.globo.com/Revista/
Vultoso: volumoso: Fizemos um trabalho vultoso aqui. Common/0
Vultuoso: atacado de congestão no rosto: Sua face está EMI3171-1-PRA+QUE+SERVE+UM+VEREADOR. Html/Acesso
vultuosa e deformada. em 06 de outubro de 2012.

Questões (...) Mas se o prefeito e seus secretários planejam e coordenam


toda a administração da cidade, o que sobra ao vereador, esse
01. (TJ/SP - Assistente Social - VUNESP). Assinale a cargo que em 2012 será disputado por 440 mil pessoas? (Há
alternativa em que todas as palavras estão grafadas segundo a mais candidatos a vereador do que a soma de budistas e judeus
ortografia oficial. no Brasil segundo o Censo de 2010).
(A) Diante da paralização das atividades dos agentes dos A constituição de 1988 ajudou a defninir a função desses
correios, pede-se a compreenção de todos, pois ouve exceções políticos, apontando suas competências genéricas. Segundo
na distribuição dos processos. a Carta, as principais são legislar e fiscalizar. As leis que eles
(B) O revesamento dos funcionarios entre o Natal e o redigem e aprovam não podem contrariar as das esferas
Ano Novo será feito mediante sorteio, para que não ocorra superiores (estadual e federal), mas podem regulamentar
descriminação. algumas coisas importantes, como restrições a fumo em locais e
(C) Durante o período de recessão, os chefes serão regras para venda de carne moída. Mas outras nem tanto, como
encumbidos de controlar a imissão de faxes e copias xerox. o nome novo daquela rua que você nem sabe que existe. Na área
(D) A concessão de férias obedece a critérios legais, o mesmo de fiscalização, cabe a eles acompanhar gastos do município,
ocorrendo com os casos de rescisão contratual. avaliar ações do prefeito e cobrar trasnparência. Além disso,
(E) É certo que os cuidados com o educando devem dobrar eles devem atuar como administradores das próprias Câmaras,
durante a adolecencia, para que o jovem haja sempre de acordo e às vezes até como juízes, ao processar e julgar o prefeito e os
com a lei. próprios colegas em caso de irregularidades. Isso é o que diz a
lei.
02. (CIAAR - Capelão Militar Católico - CIAAR) No dia a dia, porém, a atividade que toma mais tempo
dos vereadores é o atendimento de pedidos dos indivíduos,
O “gilete” dos tablets comunidades e outros grupos de eleições. Sabe aquelas faixas
que dizem “Obrigado, vereador Fulano, por trazer o asfalto à
Num mundo capitalista como este em que vivemos, onde comunidade da Vila Ribeirinha”? Pode ser asfalto, mas também
as empresas concorrem para posicionar suas marcas e fixar pode ser emprego, remédios, óculos, dinheiro para pagar contas,
logotipos e slogans na cabeça dos consumidores, a síndrome do material de construção. Ou seja, atender a demandas específicas
“Gillette” pode ser decisiva para a perpetuação de um produto. É e imediatas, sejam individuais ou coletivas. Isso é o que a maioria
isso que preocupa a concorrência do iPad, tablet da Apple. dos vereadores tenta fazer – até porque é justamente isso que os
Assim como a marca de lâminas de barbear tornou-se eleitores esperam dele.
sinônimo de toda a categoria de barbeadores, eclipsando o Uma pesquisa publicada pelo luperj (Instituto Universitário
nome das marcas que ofereciam produtos similares, o mesmo de Pesquisa do rio de Janeiro) em 2009 mostra como um
pode estar acontecendo com o tablet lançado por Steve Jobs. O vereador da zona oeste do Rio construiu sua fama a partir da
maior temor do mercado é que as pessoas passem a se referir manutenção de “centros sociais” privados, com 80 funcionários
aos tablets como “iPad” em geral, dizendo “iPad da Samsung” ou cada um, que ofereciam desde cursos de lambaeróbica até
“iPad da Motorola”, e assim por diante. consultas médicas e jurídicas. O Brasil está cheio de exemplos
[...] O mesmo se deu com os lenços Kleenex, os curativos Band- assim. E como esas atividades não estão proibidas em lei – ao
aid e as fotocopiadoras Xerox. Resta saber se os consumidores se menos fora do período eleitoral -, é complicado dizer se isso é
habituarão com outros nomes para produto tecnológico. certo ou errado.
“Medir o clientelismo, a troca de benefícios entre pessoas
Disponível em: http//revistalingua.uol.com.br/textos/blog- com diferentes níveis de poder, é muito difícil. A fronteira ética
edgard/o-gilete-dos-tablets-260395-1.asp – Adaptado. neste caso é muito borrada, porque, por mais que isso possa ter
uma conotação negativa, o vereador é importante como canal
No texto I, a palavra “gilete” (com inicial minúscula e apenas para resolver problemas pontuais da população”, diz Felix Lopez,
uma letra “L” na segunda sílaba) compõe o título, ao passo cientísta político do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica
que no primeiro parágrafo tem-se a forma “Gillette” (com Aplicada). Ele lembra que, afinal, esse é o representante político
inicial maiúscula e duas letras “L” na segunda sílaba). Julgue as mais acessível ao cidadão comum.
afirmativas a respeito dessa diferença. “A maioria dos eleitores acha inadequado o vereador dizer:
“Meu papel é legislar e fiscalizar e não vou fazer isso que você
I. A diferença de grafia entre as duas formas é fruto de um está me pedindo”, afirma Lopez, coautor de um estudo que
erro de ortografia. analisou em detalhes a rotina de vereadores de 12 cidades
II. A diferença de grafia se dá devido “gilete”, do título, ser de Minas Gerais. Quando questionados sobre o que era mais
um nome comum e “Gillette”, do primeiro parágrafo, um nome importante em seu trabalho, 60% deles responderam que era
próprio. “atender a pedidos individuais ou coletivos de eleitores” (...).
III. Há diferença entre as formas por “Gillette” ser parte Não por acaso, 44% deles disseram que essa era a atividade que
do nome de um problema recorrente em economia chamado mais ocupa seu tempo de trabalho.
síndrome do “Gillette”. No estudo, os autores apontam três fatores que ajudam
IV. Há diferença entre as formas por “gilete” ser a designação a explicar esse perfil assistencialista do vereador. Um deles
de qualquer lâmina descartável de barbear e “Gillette”, uma é a natureza quase amadora da gestão municipal brasileira,
lâmina descartável de uma marca específica. baseada em redes de contato pessoal. Outro seria o tamanho
Estão corretas apenas as afirmativas relativamente pequeno dos municípios no país – nos 89% com

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menos de 50 mil habitantes, não existe mesmo tanta coisa sobre o 05. (IFC - Auxiliar administrativo - IFC). Assinale a opção
que legislar. Inclusive, a maior parte das câmaras nessas cidades em que todas as palavras são vocábulos de sentidos iguais ou
só tem uma ou duas sessões por semana. A última explicação aproximados:
seria o poder reduzido desses políticos: questões importantes, (A) Escopo; Intento; Mira; Tronco.
como a definição do orçamento, acabam na mão dos prefeitos. (B) Adiado; Adiantado; Delongado; Moroso.
Para compensar e mostrar serviço na Câmara, os vereadores (C) Dúctil; Madeira; Lenha; Brando.
acabam sugerindo e aprovando um grande volume de leis que (D) Branco; Níveo; Cândido; Alvo.
pouco ajudam a vida do cidadão (...) (E) Tangerina; Bergamota; Jambo; Mexerica.

Analise as proposições a seguir e em seguida assinale a 06. (TJ-SP - Escrevente Técnico Judiciário - Prova versão
alternativa correta: 1 - VUNESP)
I. O termo “isso”, destacado no terceiro parágrafo, retoma Que mexer o esqueleto é bom para a saúde já virou até
a expressão “pode ser asfalto, mas também pode ser emprego, sabedoria popular. Agora, estudo levanta hipóteses sobre
remédio, óculos, dinheiro para pagar contas, material de ........................ praticar atividade física..........................benefícios
construção”. para a totalidade do corpo. Os resultados podem levar a novas
II. No trecho: “Há mais candidatos a vereador do que a soma terapias para reabilitar músculos contundidos ou mesmo para
de budistas” temos a presença de palavras parônimas. .......................... e restaurar a perda muscular que ocorre com o
III. Em: “consultas médicas e jurídicas”, as duas palavras avanço da idade.
acentuadas recebem acento pelo mesmo motivo. (Ciência Hoje, março de 2012)
IV. O emprego dos parênteses no final do 1º parágrafo tem a As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e
função de indicar possibilidade alternativa de leitura. respectivamente, com:
(A) porque … trás … previnir
(A) Apenas as assertivas II, III e IV estão corretas. (B) porque … traz … previnir
(B) Apenas as assertivas II e III estão corretas. (C) porquê … tras … previnir
(C) Apenas as assertivas I e IV estão corretas. (D) por que … traz … prevenir
(D) Apenas a assertiva III está correta. (E) por quê … tráz … prevenir

04. (MPE-RS - Técnico em Informática - Sistemas - MPE) 07. (TJ-MG) Técnico Judiciário - Analista de Recursos
Humanos
A empresa de segurança móvel LookOut afirmou nesta
segunda-feira que algumas redes de publicidade recolheram Como o rei de um país chuvoso
secretamente informações pessoais de usuários de aplicativos
durante o ano passado e agora ________ acesso a milhões de (1) Um espectro ronda o mundo atual: o espectro do tédio.
smartphones em todo o mundo. Segundo a LookOut, essas Ele se manifesta de (2) diversas maneiras. Algumas de suas
práticas não regulamentadas estão em ________. Por essa razão, vítimas invadem o “shopping Center” e, (3) empunhando um
urge que desenvolvedores de aplicativos e anunciantes se cartão de crédito, comprometem o futuro do marido ou da
unam na busca de soluções para que o consumidor não fique mulher (4) e dos filhos. A maioria opta por ficar horas diante
vulnerável a esse tipo de invasão. A empresa afirma que mais da TV, assistindo a “reality (5) shows”, os quais, por razões que
de 80 milhões de aplicativos que foram baixados carregam me escapam, tornam interessante para seu (6) público a vida
uma forma de anúncios invasivos que podem pegar os dados comum de estranhos, ou seja, algo idêntico à própria rotina
pessoais dos usuários a partir de telefones ou instalar software considerada vazia, claustrofóbica.
sem o conhecimento deles. Algumas redes mais agressivas (8) O mal ataca hoje em dia faixas etárias que, uma ou duas
conseguem até mesmo coletar endereços de e-mail ou números gerações atrás, (9) julgávamos naturalmente imunizadas a seu
de telefone sem a permissão do usuário. As redes de publicidade contágio. Crianças sempre foram (10) capazes de se divertir
atuam como intermediárias, ligando um grande número de umas com as outras ou até sozinhas. Dotadas de cérebros (11)
anunciantes com editores de mídia. Os casos estão crescendo que, como esponjas, tudo absorvem e de um ambiente, qualquer
especialmente a partir da expansão da plataforma Android, do um, no qual tudo (12) é novo, tudo é infinito, nunca lhes faltam
Google, onde aplicativos como o Angry Birds são distribuídos informação e dados a processar. Elas (13) não precisam ser
gratuitamente financiados por meio de anúncios. As empresas entretidas pelos adultos, pois o que quer que estes façam ou
de publicidade estão acompanhando de perto como o setor de deixem de fazer lhes desperta, por definição, a curiosidade
anúncios móveis ________ representando uma oportunidade para natural e aguça seus (15) instintos analíticos. E, todavia, os pais
novos fluxos de receita. Todavia, com consumidores cada vez se veem cada vez mais compelidos a (16) inventar maneiras de
mais conscientes das questões de privacidade, algumas dizem distrair seus filhos durante as horas ociosas destes, um (17)
que práticas agressivas como essas poderiam ser ________ para o conceito que, na minha infância, não existia. É a ideia de que,
aumento da comercialização de smartphones. “Estamos vivendo se a família os (18) ocupar com atividades, os filhos terão mais
os primórdios da publicidade móvel, e os modelos são muito facilidades na vida.
similares aos da web, onde as práticas não são muito respeitosas”, Sendo assim, os pais, simplesmente, não deixam os filhos
disse Anne Bezançon, presidente da Placecast, que fornece pararem. (20) Se o mal em si nada tem de original e, ao que tudo
serviços baseados em localização de marketing, mas garante indica, surgiu, assim como (21) o medo, o nojo e a raiva, junto com
não vender as informações de seus 10 milhões de clientes. ―A nossa espécie ou, quem sabe, antes, também (22) é verdade que,
experiência móvel é muito mais íntima e pessoal — um telefone por milênios, somente uma minoria dispunha das precondições
é como se fosse uma extensão da pessoa. É o equivalente a necessárias para sofrer dele. (23) Falamos do homem cujas
alguém sussurrar em seu ouvido”, afirma Bezançon. refeições da semana dependiam do que (24) conseguiria caçar
na segunda-feira, antes de, na terça, estar (25) fraco o bastante
Adaptado de:< http://oglobo.globo.com/tecnologia/ para se converter em caça e de uma mulher que, de sol a sol,
empresa-deseguranca-alerta-para-ameaca-privacidade-em- (26) trabalhava com a enxada ou o pilão. Nenhum deles tinha
smartphones-5429137>. Acesso em: 09 de julho de 2012. tempo de sentir o tédio, (27) que pressupõe ócio abundante e
sistemático para se manifestar em grande (28) escala. Ninguém
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas lhe oferecia facilidades. Por isso é que, até onde a memória
no texto, nesta ordem. coletiva alcança, o problema quase sempre se restringia ao topo
(A) têm – ascensão – vem – desastrosas da pirâmide (30) social, a reis, nobres, magnatas, aos membros
(B) tem – ascenção – vêm – desastrozas privilegiados de sociedades que, (31) organizadas e avançadas,
(C) têm – ascensão – vem – desastrozas transformavam a faina abusiva da maioria no luxo de (32)
(D) têm – ascenção – veem – desastrozas pouquíssimos eleitos.
(E) tem – ascenção – vêm – dezastrosas (33) O tédio, portanto, foi um produto de luxo, e isso até

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tão recentemente que (34) Baudelaire, para, há século e meio, 12. (CAU SP – ASSISTENTE TÉCNICO CONTÁBIL –
descrevê-lo, comparou-se ao rei de um país (35) chuvoso, como MAKIYAMA/2014) Assinale a alternativa cuja oração NÃO
se experimentar delicadeza tão refinada elevasse socialmente apresenta erros de ortografia.
quem não passava de “aristocrata de espírito”. (A) Parece até que a garota foi flexada por um cupido...
(37) Coube à Revolução Industrial a produção em massa (B) Preciso providenciar o lisenciamento do meu carro.
daquilo que, (38) previamente, eram raridades reservadas a (C) A bandeija com trinta ovos custa cinco reais.
uma elite mínima. E, se houve um (39) produto que se difundiu (D) O camaleão é um répitil muito exótico.
com sucesso notável pelos mais inesperados andares e (40) (E) O botijão de água está com rachaduras.
recantos do edifício social, esse produto foi o tédio. Nem se
requer uma fartura de (41) Primeiro Mundo para se chegar 13. (ELETTROBRAS – LEITURISTA – IADES/2015)
à sua massificação. Basta, a rigor, que à (42) satisfação do Considerando as regras de ortografia, assinale a alternativa em
biologicamente básico se associe o cerceamento de outras (43) que a palavra está grafada corretamente.
possibilidades (como, inclusive, a da fuga ou da emigração), para (A) Dimencionar.
que o tempo (44) ocioso ou inútil se encarregue do resto. Foi (B) Assosciação.
assim que, após as emoções (45) fornecidas por Stalin e Hitler, (C) Capassitores.
os países socialistas se revelaram exímios (46) fabricantes (D) Xoque.
de tédio, único bem em cuja produção competiram à altura (E) Conversão.
com seus (47) rivais capitalistas. O tédio não é piada, nem um 14. (MPE SP – ANALISTA DE PROMOTORIA –
problema menor. Ele é central. Se (48) não existisse o tédio, não VUNESP/2015)
haveria, por exemplo, tantas empresas de (49) entretenimento e
tantas fortunas decorrentes delas. Seja como for, nem esta nem
(50) soluções tradicionais (a alta cultura, a religião organizada)
resolverão seus (51) impasses. Que fazer com essa novidade
histórica, as massas de crianças e jovens perpetuamente
desempregados, funcionários, gente aposentada e cidadãos em
geral ameaçados não pela fome, guerra ou epidemias, mas pelo
tédio, algo que ainda ontem afetava apenas alguns monarcas?

ASCHER, Nélson, Folha de S. Paulo, 9 abr. 2007, Ilustrada.


(Texto adaptado)

“O mal ataca hoje em dia faixas etárias que, uma ou duas


gerações atrás, julgávamos naturalmente imunizadas a seu
contágio.” (linhas 8-9).
A expressão destacada pode ser substituída sem alteração
significativa do sentido por:
(A) a uma ou duas gerações. Considerando a ortografia e a acentuação da norma-
(B) acerca de duas gerações. padrão da língua portuguesa, as lacunas estão, correta e
(C) há uma ou duas gerações. respectivamente, preenchidas por:
(D) por uma ou duas gerações. (A) mal ... por que ... intuíto
(B) mau ... por que ... intuito
08. Assinale a opção que completa corretamente as lacunas (C) mau ... porque ... intuíto
da frase abaixo: Não sei o _____ ela está com os olhos vermelhos, (D) mal ... porque ... intuito
talvez seja _____ chorou. (E) mal ... por quê ... intuito
(A) porquê / porque;
(B) por que / porque; Respostas
(C) porque / por que;
(D) porquê / por quê; 01. Resposta D
(E) por que / por quê. a) Diante da paralização das atividades dos agentes dos
correios, pede-se a compreenção de todos, pois ouve exceções na
09. (Unimep – SP) “Se você não arrumar o fogão, além de distribuição dos processos. (paralisação - compreensão - houve)
não poder cozinhar as batatas, há o perigo próximo de uma b) O revesamento dos funcionarios entre o Natal e o Ano Novo
explosão.” será feito mediante sorteio, para que não ocorra descriminação.
As palavras destacadas podem ser substituídas por: (revezamento - funcionários - discriminação)
(A) concertar – coser – iminente c) Durante o período de recessão, os chefes serão encumbidos
(B) consertar – cozer – eminente de controlar a imissão de faxes e copias xerox. (incumbidos -
(C) consertar – cozer – iminente emissão - cópias)
(D) concertar – coser – iminente d) A concessão de férias obedece a critérios legais, o mesmo
(E) consertar – coser – eminente ocorrendo com os casos de rescisão contratual.
e) É certo que os cuidados com o educando devem dobrar
10. (PREFEITURA DE SERTANEJA PR – AGENTE durante a adolecencia, para que o jovem haja sempre de acordo
ADMINISTRATIVO – UNIUV/2015) Assinale a alternativa em com a lei. (adolescência - aja)
que a ortografia está incorreta:
(A) Egrégio; 02. Resposta C
(B) Selvageria; A palavra “gilete” significa apenas uma lâmina de barbear, já
(C) Fascinante; a palavra “Gillette” está diretamente relacionada a uma marca
(D) Orquídia; de lâminas de barbear, escreve-se com letra maiúscula porque
(E) Umedecer. trata-se de um nome próprio.
11. (IF SP – TÉCNICO EM ENFERMAGEM – FUNDEP/2014) 03. Resposta D
Assinale a alternativa em que há ERRO de ortografia: As palavras a e há são HOMÓFONAS (Homo: IGUAIS; Fonas:
(A) Acesso permitido apenas aos funcionários do setor. SOM) ou seja, tem GRAFIAS DIFERENTES mas possuem o
(B) A exposição não deve exceder a dois segundos. MESMO SOM. O Há descrito no texto vem do verbo Haver, no
(C) O prazo de pagamento expira no último dia útil do mês. sentido de existir. e o “a” não é considerado uma palavra e sim é
(D) Embalamos refeições para viajem.

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APOSTILAS OPÇÃO
um artigo! Por isso a opção 2 está errada. Parônimos comparam vem antes de um ponto, seja final, interrogativo ou exclamação.
palavras, e não palavras e conjunções, palavras e artigo, etc. (Ex: Você não disse a verdade. Por quê? / 2º Exemplo: Não
entendo por quê.).
04. Resposta A - intuito
têm (ees) – ascensão – vem (ele)– desastrosas (na palavra in.tui.to
desastrosas não há a utilização da consoante z). (túi) sm (lat intuitu) 1 Escopo, fim. 2 Aquilo que se tem em
vista; plano, propósito.
05. Resposta D
Nesta alternativa todas as palavras significam algo claro, Acentuação Gráfica
branco.
Tonicidade
06. Resposta D
Por que - equivale a “por qual razão”; Num vocábulo de duas ou mais sílabas, há, em geral, uma
Traz - na oração o “traz” está no sentido de trazer, portanto que se destaca por ser proferida com mais intensidade que as
com Z sem acento pois acentua-se os monossílabos tônicos outras: é a sílaba tônica. Nela recai o acento tônico, também
apenas se estes terminarem com A, E, O (s). chamado acento de intensidade ou prosódico. Exemplos: café,
Trás - com S apenas se a oração der por entender que o “trás” janela, médico, estômago, colecionador.
está em sentido de posição posterior. O acento tônico é um fato fonético e não deve ser confundido
07. Resposta C com o acento gráfico (agudo ou circunflexo) que às vezes o
A alternativa “a” está incorreta, pois a preposição “a” assinala. A sílaba tônica nem sempre é acentuada graficamente.
não remete a tempo, como o verbo haver (existir e fazer). Exemplo: cedo, flores, bote, pessoa, senhor, caju, tatus, siri,
A alternativa “b” está incorreta, pois “a cerca de” significa abacaxis.
“aproximadamente”, “mais ou menos”, deixando o sentido em As sílabas que não são tônicas chamam-se átonas (=fracas), e
dúvida. Quanto à alternativa “d”, a preposição “por” muda o podem ser pretônicas ou postônicas, conforme apareçam antes
sentido afirmando que o mal ataca hoje em dia faixas etárias ou depois da sílaba tônica. Exemplo: montanha, facilmente,
que somente há uma ou duas gerações atrás, julgávamos... não heroizinho.
podendo ter acontecido em outras gerações. Confirmamos então
a veracidade da alternativa “c”. De acordo com a posição da sílaba tônica, os vocábulos com
mais de uma sílaba classificam-se em:
08. Resposta B
A partícula “o” é um pronome demonstrativo, equivalendo Oxítonos: quando a sílaba tônica é a última: café, rapaz,
a aquilo, e funciona como antecedente do pronome relativo: escritor, maracujá.
“Não sei aquilo pelo qual ela está com os olhos vermelhos”. A Paroxítonos: quando a sílaba tônica é a penúltima: mesa,
primeira impressão é a de que seria um artigo, mas não faria lápis, montanha, imensidade.
sentido preenchermos a lacuna com o substantivo “motivo” que Proparoxítonos: quando a sílaba tônica é a antepenúltima:
é sinônimo de “porquê”. A segunda lacuna dá claramente a ideia árvore, quilômetro, México.
de causa, logo deve ser utilizada a conjunção “porque”.
Monossílabos são palavras de uma só sílaba, conforme a
09. Resposta C intensidade com que se proferem, podem ser tônicos ou átonos.
Consertar – reparo, ato ou efeito de consertar.
Cozer – cozinhar. Monossílabos tônicos são os que têm autonomia fonética,
Iminente – que ameaça acontecer. sendo proferidos fortemente na frase em que aparecem: é, má,
si, dó, nó, eu, tu, nós, ré, pôr, etc.
10. Resposta D
E) Apesar do substantivo ser umidade, o adjetivo ser úmido Monossílabos átonos são os que não têm autonomia fonética,
o verbo é umedecer, assim como o seu particípio umedecido. sendo proferidos fracamente, como se fossem sílabas átonas do
Correção: orquídea vocábulo a que se apoiam. São palavras vazias de sentido como
artigos, pronomes oblíquos, elementos de ligação, preposições,
11. Resposta D conjunções: o, a, os, as, um, uns, me, te, se, lhe, nos, de, em, e, que.
VIAGEM = SUBSTANTIVO
VIAJAR = VERBO Acentuação dos Vocábulos Proparoxítonos

12. Resposta E Todos os vocábulos proparoxítonos são acentuados na vogal


A) palavra certa é FLECHADA tônica:
B) palavra certa é LICENCIAMENTO
C) palavra certa é BANDEJA - Com acento agudo se a vogal tônica for i, u ou a, e, o abertos:
D) palavra certa é RÉPTIL xícara, úmido, queríamos, lágrima, término, déssemos, lógico,
E) CORRETA binóculo, colocássemos, inúmeros, polígono, etc.
- Com acento circunflexo se a vogal tônica for fechada
13. Resposta E ou nasal: lâmpada, pêssego, esplêndido, pêndulo, lêssemos,
A) Dimensionar estômago, sôfrego, fôssemos, quilômetro, sonâmbulo etc.
B) Associação
C) Capacitores Acentuação dos Vocábulos Paroxítonos
D) Choque
Acentuam-se com acento adequado os vocábulos paroxítonos
14. Resposta D terminados em:
- Mal: pode substituir por bem; Mau: pode substituir por
bom. - ditongo crescente, seguido, ou não, de s: sábio, róseo,
- Porque: quando posso trocar por: pois; já que... planície, nódua, Márcio, régua, árdua, espontâneo, etc.
Porquê: é substantivo e tem significado de “o motivo”. Vem - i, is, us, um, uns: táxi, lápis, bônus, álbum, álbuns, jóquei,
precedido de um artigo! (Ex: Quero saber o porquê da discussão). vôlei, fáceis, etc.
Por que --> frases interrogativas = por qual razão; por qual - l, n, r, x, ons, ps: fácil, hífen, dólar, látex, elétrons, fórceps,
motivo. Utiliza-se para perguntas diretas (Ex: Por que você fez etc.
isso?) e indiretas (Ex: Quero saber o por que você fez isso). - ã, ãs, ão, ãos, guam, guem: ímã, ímãs, órgão, bênçãos,
Por quê = por qual razão; por qual motivo. A diferença é que enxáguam, enxáguem, etc.

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APOSTILAS OPÇÃO
Não se acentua um paroxítono só porque sua vogal tônica - côa(s) (do verbo coar) - para diferenciar de coa, coas (com
é aberta ou fechada. Descabido seria o acento gráfico, por + a, com + as);
exemplo, em cedo, este, espelho, aparelho, cela, janela, socorro, - pára (3ª pessoa do singular do presente do indicativo do
pessoa, dores, flores, solo, esforços. verbo parar) - para diferenciar de para (preposição);
- péla (do verbo pelar) e em péla (jogo) - para diferenciar de
Acentuação dos Vocábulos Oxítonos pela (combinação da antiga preposição per com os artigos ou
pronomes a, as);
Acentuam-se com acento adequado os vocábulos oxítonos - pêlo (substantivo) e pélo (v. pelar) - para diferenciar de
terminados em: pelo (combinação da antiga preposição per com os artigos o, os);
- a, e, o, seguidos ou não de s: xará, serás, pajé, freguês, vovô, - péra (substantivo - pedra) - para diferenciar de pera (forma
avós, etc. Seguem esta regra os infinitivos seguidos de pronome: arcaica de para - preposição) e pêra (substantivo);
cortá-los, vendê-los, compô-lo, etc. - pólo (substantivo) - para diferenciar de polo (combinação
- em, ens: ninguém, armazéns, ele contém, tu conténs, ele popular regional de por com os artigos o, os);
convém, ele mantém, eles mantêm, ele intervém, eles intervêm, - pôlo (substantivo - gavião ou falcão com menos de um ano)
etc. - para diferenciar de polo (combinação popular regional de por
com os artigos o, os);
Acentuação dos Monossílabos
Emprego do Til
Acentuam-se os monossílabos tônicos: a, e, o, seguidos ou
não de s: há, pá, pé, mês, nó, pôs, etc. O til sobrepõe-se às letras “a” e “o” para indicar vogal nasal.
Pode figurar em sílaba:
Acentuação dos Ditongos - tônica: maçã, cãibra, perdão, barões, põe, etc;
- pretônica: ramãzeira, balõezinhos, grã-fino, cristãmente,
Acentuam-se a vogal dos ditongos abertos éi, éu, ói, quando etc;
tônicos. - átona: órfãs, órgãos, bênçãos, etc.

Segundo as novas regras os ditongos abertos “éi” e “ói” não Trema (o trema não é acento gráfico)
são mais acentuados em palavras paroxítonas: assembléia,
platéia, idéia, colméia, boléia, Coréia, bóia, paranóia, jibóia, Desapareceu o trema sobre o /u/ em todas as palavras
apóio, heróico, paranóico, etc. Ficando: Assembleia, plateia, do português: Linguiça, averiguei, delinquente, tranquilo,
ideia, colmeia, boleia, Coreia, boia, paranoia, jiboia, apoio, linguístico. Exceto em palavras de línguas estrangeiras: Günter,
heroico, paranoico, etc. Gisele Bündchen, müleriano.
Nos ditongos abertos de palavras oxítonas terminadas em
éi, éu e ói e monossílabas o acento continua: herói, constrói, dói, Questões
anéis, papéis, troféu, céu, chapéu.
01. (MPE/RS - Técnico Superior de Informática)
Acentuação dos Hiatos
Um estudo feito pela Universidade de Michigan constatou
A razão do acento gráfico é indicar hiato, impedir a que o que mais se faz no Facebook, depois de interagir
ditongação. Compare: caí e cai, doído e doido, fluído e fluido. com amigos, é olhar os perfis de pessoas que acabamos de
- Acentuam-se em regra, o /i/ e o /u/ tônicos em hiato com conhecer. Se você gostar do perfil, adicionará aquela pessoa, e
vogal ou ditongo anterior, formando sílabas sozinhas ou com estará formado um vínculo. No final, todo mundo vira amigo
s: saída (sa-í-da), saúde (sa-ú-de), faísca, caíra, saíra, egoísta, de todo mundo. Mas, não é bem assim. As redes sociais têm
heroína, caí, Xuí, Luís, uísque, balaústre, juízo, país, cafeína, o poder de transformar os chamados elos latentes (pessoas
baú, baús, Grajaú, saímos, eletroímã, reúne, construía, proíbem, que frequentam o mesmo ambiente social, mas não são suas
influí, destruí-lo, instruí-la, etc. amigas) em elos fracos – uma forma superficial de amizade.
- Não se acentua o /i/ e o /u/ seguidos de nh: rainha, fuinha, Pois é, por mais que existam exceções _______qualquer regra,
moinho, lagoinha, etc; e quando formam sílaba com letra que todos os estudos mostram que amizades geradas com a ajuda
não seja s: cair (ca-ir), sairmos, saindo, juiz, ainda, diurno, Raul, da Internet são mais fracas, sim, do que aquelas que nascem
ruim, cauim, amendoim, saiu, contribuiu, instruiu, etc. e se desenvolvem fora dela. Isso não é inteiramente ruim. Os
seus amigos do peito geralmente são parecidos com você:
De acordo com as novas regras da Língua Portuguesa não se pertencem ao mesmo mundo e gostam das mesmas coisas. Os
acentua mais o /i/ e /u/ tônicos formando hiato quando vierem elos fracos, não. Eles transitam por grupos diferentes do seu e,
depois de ditongo: baiúca, boiúna, feiúra, feiúme, bocaiúva, etc. por isso, podem lhe apresentar novas pessoas e ampliar seus
Ficaram: baiuca, boiuna, feiura, feiume, bocaiuva, etc. horizontes – gerando uma renovação de ideias que faz bem a
todos os relacionamentos, inclusive às amizades antigas. O
Os hiatos “ôo” e “êe” não são mais acentuados: enjôo, vôo, problema é que a maioria das redes na Internet é simétrica: se
perdôo, abençôo, povôo, crêem, dêem, lêem, vêem, relêem. você quiser ter acesso às informações de uma pessoa ou mesmo
Ficaram: enjoo, voo, perdoo, abençoo, povoo, creem, deem, leem, falar reservadamente com ela, é obrigado a pedir a amizade
veem, releem. dela. Como é meio grosseiro dizer “não” ________ alguém que você
conhece, todo mundo acaba adicionando todo mundo. E isso vai
Acento Diferencial levando ________ banalização do conceito de amizade. É verdade.
Mas, com a chegada de sítios como o Twitter, ficou diferente. Esse
Emprega-se o acento diferencial como sinal distintivo de tipo de sítio é uma rede social completamente assimétrica. E isso
vocábulos homógrafos, nos seguintes casos: faz com que as redes de “seguidores” e “seguidos” de alguém
possam se comunicar de maneira muito mais fluida. Ao estudar
- pôr (verbo) - para diferenciar de por (preposição). a sua própria rede no Twitter, o sociólogo Nicholas Christakis,
- verbo poder (pôde, quando usado no passado) da Universidade de Harvard, percebeu que seus amigos tinham
- é facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as começado a se comunicar entre si independentemente da
palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa mediação dele. Pessoas cujo único ponto em comum era o
a frase mais clara. Exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo? próprio Christakis acabaram ficando amigas. No Twitter, eu
posso me interessar pelo que você tem a dizer e começar a te
Segundo as novas regras da Língua Portuguesa não existe seguir. Nós não nos conhecemos. Mas você saberá quando eu o
mais o acento diferencial em palavras homônimas (grafia igual, retuitar ou mencionar seu nome no sítio, e poderá falar comigo.
som e sentido diferentes) como: Meus seguidores também podem se interessar pelos seus tuítes

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e começar a seguir você. Em suma, nós continuaremos não 04. (ANAC - Técnico Administrativo - CESPE)
nos conhecendo, mas as pessoas que estão ________ nossa volta A demanda por transporte aéreo doméstico de passageiros
podem virar amigas entre si. cresceu 7,65% em setembro desde ano em relação ao mês de
setembro de 2011. Trata-se do maior nível de demanda para
Adaptado de: COSTA, C. C.. Disponível em: o mês de setembro desde o início da série de medições, em
<http://super.abril.com.br/cotidiano/como-internet- 2000. De janeiro a setembro de 2012, a demanda acumulada
estamudando-amizade-619645.shtml>. apresentou crescimento de 7,30% e a oferta ampliou-se em
Acesso em: 1º de outubro de 2012. 5,52% em relação ao mesmo período de 2011. Entretanto,
a oferta (assentos-quilômetros oferecidos – ASK), no mês
Considere as seguintes afirmações sobre acentuação gráfica. de setembro, apresentou queda de 2,13%, após oito anos
consecutivos de crescimento, sendo essa a primeira redução de
I. A palavra têm recebe acento gráfico pela mesma regra que oferta para o mês de setembro desde 2003. A taxa de ocupação
prescreve o uso do acento em alguém. dos voos domésticos de passageiros alcançou 75,57% em
II. A palavra você é acentuada pela mesma regra que setembro de 2012, enquanto, no mesmo mês, em 2011, essa taxa
determina o uso do acento em saberá. foi de 68,71%, o que representou uma melhora de 9,99%. A taxa
III. A palavra tuítes, distintamente da palavra fluida, recebe de ocupação registrada é a mais alta para o mês de setembro
acento gráfico porque apresenta duas vogais contíguas que desde o início da série em 2000. De janeira a setembro de
pertencem a sílabas diferentes. 2012, a taxa de ocupação cresceu 1,69%, passando de 70,81%,
em 2011, para 72,01%, em 2012. A taxa de ocupação dos voos
Quais estão corretas internacionais operados por empresas brasileiras alcançou
(A) Apenas I. 82,80% em setembro de 2012, ao passo que, no mesmo mês,
(B) Apenas II. em 2011, a taxa foi de 82,60%, o que representa uma variação
(C) Apenas III. positiva de 0,23%. Entretanto, a demanda do transporte aéreo
(D) Apenas II e III. internacional de passageiros das empresas aéreas brasileiras
(E) I, II e III. apresentou redução de 2,43% em setembro de 2012 em relação
ao mesmo mês de 2011.
02. (TJ/AC - Analista Judiciário - Conhecimentos
Básicos - Cargos 1 e 2 - CESPE) http://www.anac.gov.br/Noticia.aspx?ttCD_CHAVE=765
A água, ingrediente essencial à vida, certamente é o
recurso mais precioso de que a humanidade dispõe. Embora Com relação às ideias e a aspectos linguísticos do texto
se observe pelo mundo tanta negligência e falta de visão com acima, julgue os próximos itens.
relação a esse bem vital, é de se esperar que os seres humanos As palavras “início” e “série” recebem acento gráfico com
procurem preservar e manter os reservatórios naturais desse base em regras gramaticais distintas.
líquido precioso. De fato, o futuro da espécie humana e de Certo ( )
muitas outras espécies pode ficar comprometido, a menos Errado ( )
que haja uma melhora significativa no gerenciamento dos
recursos hídricos. Entre esses fatores que mais têm afetado esse 05. (TJ/RR - Auxiliar Administrativo - CESPE)
recurso estão o crescimento populacional e a grande expansão
dos setores produtivos, como a agricultura e a indústria. Essa Mídias sociais
situação, responsável pelo consumo e também pela poluição
da água em escala exponencial, tem conduzido à necessidade O que você está lendo, fazendo, pensando, seguindo, vendo,
de reformulação do seu gerenciamento. No ambiente agrícola, ouvindo? Onde você está? Quem é você? Essas são algumas
as perspectivas de mudança decorrem das alterações do clima, perguntas que sdimentam e configuram aplicativos como
que afetarão sensivelmente não só a disponibilidade de água, Foursquare, Orkut, Facebook, Twitter, MSN, Skype, blogs e afins,
mas também a sobrevivência de diversas espécies de animais que promovem a expansão das relações interpessoais, mantendo
e vegetais. O atual estado de conhecimento técnico-científico e ampliando os laços sociais, a visibilidade pessoal e a propagação
nesse âmbito já permite a adoção e implementação de ténicas da informação. O uso desses aplicativos, que constituem as novas
direcionadas para o equilíbrio ambiental, porém o desafio está mídias sociais, ou redes sociais digitais, representam um novo
em colocá-las em prática, uma vez que isso implica mudança momento para as relações interpessoais, não só por modificar a
de comportamento e de atitude por parte do produtor, aliadas maneira como as pessoas se veem, consomem e se comunicam,
à necessidade de uma política pública que valorize a adoção mas também a forma como se comportam. Visualizar algo
dessas medidas. divertido ou curioso já não é suficiente. É preciso compartilhar
a informação, contas a novidae para o maior número possível de
Marco Antonio Ferreira Gomes e Lauro Charlet Pereira. Água amigos. Nesse sentido, as mídias sociais tornam-se Verdadeiras
no século XXI: desafios e oportunidade. Internet: www.agsolve. companheiras para quem deseja consumir Informação em
com.br (com adaptações) tempo real e, principalmente, dizer ao Mundo tudo aquilo que
As palavras “negligência”, “reservatórios”, “espécie” e lhe vier à cabeça.
“equilíbrio” apresentam acentuação gráfica em decorrência da
mesma regra gramatical. Wesley Moura. Mídias Sociais. In: Informativo Folha Verde,
Certo ( ) Brasília, nº 5, maio de 2012 com adaptações.
Errado ( )
Com relação aos sentidos e às estruturas linguísticas do
03. (TJ/SP - Assistente Social - VUNESP) Observe as texto, julgue os itens que se seguem.
palavras acentuadas, em destaque no seguinte texto: As palavras “mídias”, “número” e “possível” são acentuadas
A Itália empreende atualmente uma revolução em sua de acordo com a mesma regra gramatical.
indústria vinícola, apresentando modernos e dinâmicos vinhos, Certo ( )
não abandonando seu inigualável caráter gastronômico. Errado ( )
Assinale a alternativa cujas palavras são acentuadas,
respectivamente, segundo as regras que determinam a 06. (TJ/RR - Nível Médio - Conhecimentos Básicos -
acentuação das palavras destacadas no texto. CESPE)
(A) Saída; mostrará; hífen. A dependência do mundo virtual é inevitável, pois grande
(B) Comprá-la; político; nível. parte das tarefas do nosso dia a dia são transferidas para a
(C) Ócio; fenômeno; inútil. rede mundial de computadores. A vivência nesse mundo tem
(D) Dá-lo; anônima; estéril. consequências jurídicas e econômicas, assim como ocorre
(E) Eólica; órfã; ninguém. no mundo físico. Uma das questões suscitadas pelo uso da

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Internet diz respeito justamente aos efeitos dessa transposição palavras cosméticos, laboratórios e países (Os acentos gráficos
de fatos do mundo real para o mundo virtual, sobretudo no das palavras abaixo estão omitidos.).
que se refere à sua interpretação jurídica. Como exemplos (A) ilusorio, melancia, raiz
de situações problemáticas, podemos citar a aplicação das (B) parafrase, arrogancia, saude
normas comerciais e de consumo nas transações realizadas pela (C) rubrica, barbarie,
Internet, o recebimento indesejado de mensagens por email (D) catastrofe, metonimia, gratuito
(spam), a validade jurídica do documento eletrônico, o conflito (E) misantropo, cranio, ruim
de marcas com os nomes de domínio, a propriedade intelectual e
industrial, a privacidade, a responsabilidade dos provedores de 10. (IBAMA - Técnico Administrativo - CESPE)
acesso, de conteúdo e de terceiras na Web bem como os crimes
de informática. Poluição

Renato M. S. Opice Blum. Internet: www.ibpbrasil.com.br No meio da mata


(com adaptações) o monstro soltando
seus uivos de raiva
Os vocábulos “jurídicas”, “econômicas” e “físico” recebem veneno e poeira.
acento gráfico com base em regras gramaticais diferentes.
Certo ( ) Em volta, os arbustos
Errado ( ) cobertos de cinza,
virando farrapos
07. (CRF/SC - Contador - IESES) Assinale a alternativa com sem eira nem beira.
ERRO de acentuação.
(A) O ítem do acordo relacionado à acentuação gráfica foi Mais longe, as moradas
respeitado. com pele do pó,
(B) À medida que se distancia, o ímã deixa de atrair o metal. cadeias do homem,
(C) O advogado redargui com propriedade durante o júri de fazendo-o mais só.
seu cliente, o réu.
(D) Aquele guri pareceu não entender a rubrica do diretor. No céu, cabisbaixo,
o sol a dizer:
08. (CIAAR - Capelão Militar Católico - CIAAR) Marque “as leis do progresso,
a alternativa em que todas as palavras estão corretamente quem pode entener?!”
acentuadas.
(A) Árvore / difícil / país / tabú. Maria Dinorah. In: Ver de ver. São Paulo: FTD, 1992, p.10.
(B) Bônus / café / rúbrica / vírus.
(C) Álbuns / histórico / lápis / órfã. Em relação aos sentidos e aspectos gramaticais do poema
(D) Hífen / lâmpada / récorde / saída. acima, julgue os próximos itens.
As palavras “pó”, “só” e “céu” são acentuadas de acordo com
09. (EsSA - Sargento - Conhecimentos Gerais -Todas as a mesma regra de acentuação gráfica.
Áreas - EB/2012) Certo ( )
Errado ( )
01 Eu que nasci na Era da Fumaça: - trenzinho
vagaroso com vagarosas Respostas
paradas
em cada estaçãozinha pobre 01. Resposta D
05 para comprar As afirmativas que compõem a questão acima podem ser
pastéis respondidas sem que o candidato domine as “novas regras”.
pés-de-moleque Na afirmativa I, o verbo TER, na terceira pessoa do plural
sonhos recebe o acento circunflexo por causa da concordância; o motivo,
- principalmente sonhos! portanto, de acentuação dessa forma verbal não é o mesmo que
10 porque as moças da cidade vinham olhar o trem passar; justifica o acento em ALGUÉM, oxítona terminada em EM com
elas suspirando maravilhosas viagens mais de uma sílaba.
e a gente com um desejo súbito de ali ficar morando Na afirmativa II, VOCÊ e SABERÁ são acentuadas por serem
sempre...Nisto, oxítonas terminadas em E e A, respectivamente. Atendem as
o apito da locomotiva exigências da regra das oxítonas.
15 e o trem se afastando Na afirmativa III, a palavra TUÍGUES é acentuada porque
e o trem arquejando é preciso partir apresenta um hiato formado pelas vogais U e I, ao contrário de
é preciso chegar FLUIDA, que tem um ditongo crescente.
é preciso partir é preciso chegar... Ah, como esta vida é
urgente! 02. Resposta “CERTA”
20 ...no entanto Essas palavras são acentuadas por serem paroxítonas
eu gostava era mesmo de partir... terminadas em ditongo oral, seguidas ou não de “s”.
e - até hoje - quando acaso embarco
para alguma parte 03. Resposta C
acomodo-me no meu lugar terminada em ditongo; (Itália = Ócio)
25 fecho os olhos e sonho: Proparoxítona; (vinícola = fenômeno)
viajar, viajar Paroxítona terminada em L. (inigualável = inútil)
mas para parte nenhuma...
viajar indefinidamente... 04. Resposta ”ERRADA”
como uma nave espacial perdida entre as estrelas. I-NÍ-CIO = Paroxítona terminada em ditongo;
SÉ-RIE = Paroxítona terminada em ditongo.
(QUINTANA, Mário. Baú de Espantos. in: MARÇAL, Iguami Exemplos:
Antônio T. Antologia Escolar, Vol.1; BIBLIEX; p. 169.) História, ignorância, relógio, sábia, comentário, critério...
05. Resposta “ERRADA”
Assinale a alternativa cujos vocábulos exigem acento gráfico MÍDIAS = Paroxítona - acentua por ser terminada em ditongo
pelo mesmo motivo dos existentes, respectivamente, nas crecente

Língua Portuguesa 30
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NÚMERO = proparoxítona - acentuam-se todas vestidos decotados.” (Machado de Assis)
POSSÍVEL = paroxítona - acentua por ser terminada em L “Os arreios e as bagagens espalhados no chão, em roda.”
Portanto, são acentuadas por regras gramaticais diversas. (Herman Lima)
“Ainda assim, apareci com o rosto e as mãos muito
06. Resposta “ERRADA” marcados.” (Carlos Povina Cavalcânti)
Sãos regras iguais , pois as três palavras são “...grande número de camareiros e camareiras nativos.”
PROPAROXÍTONAS . (Érico Veríssimo)
E A REGRA NOS DIZ QUE TODAS AS PROPAROXÍTONAS
DEVEM SER ACENTUADAS ! - Com o substantivo mais próximo:
A Marinha e o Exército brasileiro estavam alerta.
07. Resposta A Músicos e bailarinas ciganas animavam a festa.
O ítem do acordo relacionado à acentuação gráfica foi “...toda ela (a casa) cheirando ainda a cal, a tinta e a barro
respeitado.” fresco.” (Humberto de Campos)
Palavras terminadas em “EM” pertencem às regras das “Meu primo estava saudoso dos tempos da infância e falava
OXÍTONAS! dos irmãos e irmãs falecidas.” (Luís Henrique Tavares)
EX: Contém , alguém , provém.
- Anteposto aos substantivos, o adjetivo concorda, em
08. Resposta C geral, com o mais próximo:
Álbuns = Paroxítona terminada em uns “Escolhestes mau lugar e hora...” (Alexandre Herculano)
Histórico = Todas as proparoxítonas são acentuadas; “...acerca do possível ladrão ou ladrões.” (Antônio Calado)
Lápis = Paroxítona terminada em is. Velhas revistas e livros enchiam as prateleiras.
Órfã = paroxítona terminada em ã . (ã tem som de AN, Velhos livros e revistas enchiam as prateleiras.
portanto deve ser acentuada).
Seguem esta regra os pronomes adjetivos: A sua idade,
09. Resposta B sexo e profissão.; Seus planos e tentativas.; Aqueles vícios e
Paráfrase - Proparoxítona ambições.; Por que tanto ódio e perversidade?; “Seu Príncipe
Arrogância - Paroxítona terminada em ditongo crescente e filhos”. Muitas vezes é facultativa a escolha desta ou daquela
Saúde - Acentuam-se o “i” e “u” tônicos quando formam concordância, mas em todos os casos deve subordinar-se às
hiato com a vogal anterior, estando eles sozinhos na sílaba ou exigências da eufonia, da clareza e do bom gosto.
acompanhados apenas de “s”, desde que não sejam seguidos por
“-nh”. - Quando dois ou mais adjetivos se referem ao mesmo
substantivo determinado pelo artigo, ocorrem dois tipos de
10. Resposta “ERRADA” construção, um e outro legítimos. Exemplos:
As palavras “pó” e “só” pertencem à regra dos monossílabos Estudo as línguas inglesa e francesa.
tônicos e a palavra “céu” dos ditongos abertos. Estudo a língua inglesa e a francesa.
Os dedos indicador e médio estavam feridos.
O dedo indicador e o médio estavam feridos.
V - Concordância nominal
- Os adjetivos regidos da preposição de, que se referem a
e verbal pronomes neutros indefinidos (nada, muito, algo, tanto, que,
etc.), normalmente ficam no masculino singular:
Sua vida nada tem de misterioso.
A concordância consiste no mecanismo que leva as palavras Seus olhos têm algo de sedutor.
a adequarem-se umas às outras harmonicamente na construção Todavia, por atração, podem esses adjetivos concordar com
frasal. É o princípio sintático segundo o qual as palavras o substantivo (ou pronome) sujeito:
dependentes se harmonizam, nas suas flexões, com as palavras “Elas nada tinham de ingênuas.” (José Gualda Dantas)
de que dependem.
“Concordar” significa “estar de acordo com”. Assim, na Concordância do adjetivo predicativo com o sujeito: a
concordância, tanto nominal quanto verbal, os elementos que concordância do adjetivo predicativo com o sujeito realiza-se
compõem a frase devem estar em consonância uns com os consoante as seguintes normas:
outros.
Essa concordância poderá ser feita de duas formas: - O predicativo concorda em gênero e número com o
gramatical ou lógica (segue os padrões gramaticais vigentes); sujeito simples:
atrativa ou ideológica (dá ênfase a apenas um dos vários A ciência sem consciência é desastrosa.
elementos, com valor estilístico). Os campos estavam floridos, as colheitas seriam fartas.
É proibida a caça nesta reserva.
Concordância Nominal: adequação entre o substantivo e os
elementos que a ele se referem (artigo, pronome, adjetivo). - Quando o sujeito é composto e constituído por
Concordância Verbal: variação do verbo, conformando-se substantivos do mesmo gênero, o predicativo deve concordar
ao número e à pessoa do sujeito. no plural e no gênero deles:
O mar e o céu estavam serenos.
Concordância Nominal A ciência e a virtude são necessárias.
“Torvos e ferozes eram o gesto e os meneios destes homens
Concordância do adjetivo adjunto adnominal: a sem disciplina,” (Alexandre Herculano)
concordância do adjetivo, com a função de adjunto adnominal,
efetua-se de acordo com as seguintes regras gerais: - Sendo o sujeito composto e constituído por substantivos
O adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo de gêneros diversos, o predicativo concordará no masculino
a que se refere. Exemplo: O alto ipê cobre-se de flores amarelas. plural:
O adjetivo que se refere a mais de um substantivo de gênero O vale e a montanha são frescos.
ou número diferentes, quando posposto, poderá concordar no “O céu e as árvores ficariam assombrados.” (Machado de
masculino plural (concordância mais aconselhada), ou com o Assis)
substantivo mais próximo. Exemplo: Longos eram os dias e as noites para o prisioneiro.
“O César e a irmã são louros.” (Antônio Olinto)
- No masculino plural:
“Tinha as espáduas e o colo feitos de encomenda para os - Se o sujeito for representado por um pronome de

Língua Portuguesa 31
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APOSTILAS OPÇÃO
tratamento, a concordância se efetua com o sexo da pessoa a O governo avisa que não serão permitidas invasões de
quem nos referimos: propriedades.
Vossa Senhoria ficará satisfeito, eu lhe garanto.
“Vossa Excelência está enganado, Doutor Juiz.” (Ariano Quando o núcleo do sujeito é, como no último exemplo, um
Suassuna) coletivo numérico, pode-se, em geral, efetuar a concordância
Vossas Excelências, senhores Ministros, são merecedores com o substantivo que o acompanha: Centenas de rapazes foram
de nossa confiança. vistos pedalando nas ruas; Dezenas de soldados foram feridos
Vossa Alteza foi bondoso. (com referência a um príncipe) em combate.

O predicativo aparece às vezes na forma do masculino Referindo-se a dois ou mais substantivos de gênero
singular nas estereotipadas locuções é bom, é necessário, é diferentes, o particípio concordará no masculino plural:
preciso, etc., embora o sujeito seja substantivo feminino ou Atingidos por mísseis, a corveta e o navio foram a pique; “Mas
plural: achei natural que o clube e suas ilusões fossem leiloados.”
Bebida alcoólica não é bom para o fígado. (Carlos Drummond de Andrade)
“Água de melissa é muito bom.” (Machado de Assis)
“É preciso cautela com semelhantes doutrinas.” (Camilo Concordância do pronome com o nome:
Castelo Branco)
“Hormônios, às refeições, não é mau.” (Aníbal Machado) - O pronome, quando se flexiona, concorda em gênero e
número com o substantivo a que se refere:
Observe-se que em tais casos o sujeito não vem determinado “Martim quebrou um ramo de murta, a folha da tristeza, e
pelo artigo e a concordância se faz não com a forma gramatical deitou-o no jazido de sua esposa”. (José de Alencar)
da palavra, mas com o fato que se tem em mente: “O velho abriu as pálpebras e cerrou-as logo.” (José de
Tomar hormônios às refeições não é mau. Alencar)
É necessário ter muita fé.
- O pronome que se refere a dois ou mais substantivos de
Havendo determinação do sujeito, ou sendo preciso realçar gêneros diferentes, flexiona-se no masculino plural:
o predicativo, efetua-se a concordância normalmente: “Salas e coração habita-os a saudade”” (Alberto de Oliveira)
É necessária a tua presença aqui. (= indispensável) “A generosidade, o esforço e o amor, ensinaste-os tu em toda a
“Se eram necessárias obras, que se fizessem e largamente.” sua sublimidade.” (Alexandre Herculano)
(Eça de Queirós) Conheci naquela escola ótimos rapazes e moças, com os
“Seriam precisos outros três homens.” (Aníbal Machado) quais fiz boas amizades.
“São precisos também os nomes dos admiradores.” (Carlos “Referi-me à catedral de Notre-Dame e ao Vesúvio
de Laet) familiarmente, como se os tivesse visto.” (Graciliano Ramos)

Concordância do predicativo com o objeto: A concordância Os substantivos sendo sinônimos, o pronome concorda com
do adjetivo predicativo com o objeto direto ou indireto o mais próximo: “Ó mortais, que cegueira e desatino é o nosso!”
subordina-se às seguintes regras gerais: (Manuel Bernardes)

- O adjetivo concorda em gênero e número com o objeto - Os pronomes um... outro, quando se referem a substantivos
quando este é simples: de gênero diferentes, concordam no masculino:
Vi ancorados na baía os navios petrolíferos. Marido e mulher viviam em boa harmonia e ajudavam-se
“Olhou para suas terras e viu-as incultas e maninhas.” um ao outro.
(Carlos de Laet) “Repousavam bem perto um do outro a matéria e o
O tribunal qualificou de ilegais as nomeações do ex-prefeito. espírito.” (Alexandre Herculano)
A noite torna visíveis os astros no céu límpido. Nito e Sônia casaram cedo: um por amor, o outro, por
interesse.
- Quando o objeto é composto e constituído por elementos
do mesmo gênero, o adjetivo se flexiona no plural e no gênero A locução um e outro, referida a indivíduos de sexos
dos elementos: diferentes, permanece também no masculino: “A mulher do
A justiça declarou criminosos o empresário e seus auxiliares. colchoeiro escovou-lhe o chapéu; e, quando ele [Rubião] saiu,
Deixe bem fechadas a porta e as janelas. um e outro agradeceram-lhe muito o benefício da salvação do
filho.” (Machado de Assis)
- Sendo o objeto composto e formado de elementos
de gênero diversos, o adjetivo predicativo concordará no O substantivo que se segue às locuções um e outro e nem
masculino plural: outro fica no singular. Exemplos: Um e outro livro me agradaram;
Tomei emprestados a régua e o compasso. Nem um nem outro livro me agradaram.
Achei muito simpáticos o príncipe e sua filha.
“Vi setas e carcás espedaçados”. (Gonçalves Dias) Outros casos de concordância nominal: Registramos aqui
Encontrei jogados no chão o álbum e as cartas. alguns casos especiais de concordância nominal:

- Se anteposto ao objeto, poderá o predicativo, neste caso, - Anexo, incluso, leso. Como adjetivos, concordam com o
concordar com o núcleo mais próximo: substantivo em gênero e número:
É preciso que se mantenham limpas as ruas e os jardins. Anexa à presente, vai a relação das mercadorias.
Segue as mesmas regras o predicativo expresso pelos Vão anexos os pareceres das comissões técnicas.
substantivos variáveis em gênero e número: Temiam que as Remeto-lhe, anexas, duas cópias do contrato.
tomassem por malfeitoras; Considero autores do crime o Remeto-lhe, inclusa, uma fotocópia do recibo.
comerciante e sua empregada. Os crimes de lesa-majestade eram punidos com a morte.
Ajudar esses espiões seria crime de lesa-pátria.
Concordância do particípio passivo: Na voz passiva, o
particípio concorda em gênero e número com o sujeito, como Observação: Evite a locução em anexo.
os adjetivos:
- A olhos vistos. Locução adverbial invariável. Significa
Foi escolhida a rainha da festa. visivelmente.
Foi feita a entrega dos convites. “Lúcia emagrecia a olhos vistos”. (Coelho Neto)
Os jogadores tinham sido convocados. “Zito envelhecia a olhos vistos.” (Autren Dourado)

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APOSTILAS OPÇÃO
- Só. Como adjetivo, só [sozinho, único] concorda em número - Meio. Usada como advérbio, no sentido de um pouco, esta
com o substantivo. Como palavra denotativa de limitação, palavra é invariável. Exemplos:
equivalente de apenas, somente, é invariável. A porta estava meio aberta.
Eles estavam sós, na sala iluminada. As meninas ficaram meio nervosas.
Esses dois livros, por si sós, bastariam para torná-los célebre. Os sapatos eram meio velhos, mas serviam.
Elas só passeiam de carro.
Só eles estavam na sala. - Bastante. Varia quando adjetivo, sinônimo de suficiente:
Não havia provas bastantes para condenar o réu.
Forma a locução a sós [=sem mais companhia, sozinho]: Duas malas não eram bastantes para as roupas da atriz.
Estávamos a sós. Jesus despediu a multidão e subiu ao monte Fica invariável quando advérbio, caso em que modifica um
para orar a sós. adjetivo:
As cordas eram bastante fortes para sustentar o peso.
- Possível. Usado em expressões superlativas, este adjetivo Os emissários voltaram bastante otimistas.
ora aparece invariável, ora flexionado: “Levi está inquieto com a economia do Brasil. Vê que se
“A volta, esperava-nos sempre o almoço com os pratos mais aproximam dias bastante escuros.” (Austregésilo de Ataíde)
requintados possível.” (Maria Helena Cardoso)
“Estas frutas são as mais saborosas possível.” (Carlos Góis) - Menos. É palavra invariável:
“A mania de Alice era colecionar os enfeites de louça mais Gaste menos água.
grotescos possíveis.” (ledo Ivo) À noite, há menos pessoas na praça.
“... e o resultado obtido foi uma apresentação com movimentos
os mais espontâneos possíveis.” (Ronaldo Miranda) Questões

Como se vê dos exemplos citados, há nítida tendência, no 01. (TJ/SC - Analista Jurídico – TJ/SC) Indique o uso
português de hoje, para se usar, neste caso, o adjetivo possível INCORRETO da concordância verbal ou nominal:
no plural. O singular é de rigor quando a expressão superlativa (A) Será descontada em folha sua contribuição sindical.
inicia com a partícula o (o mais, o menos, o maior, o menor, etc.) (B) Na última reunião, ficou acordado que se realizariam
Os prédios devem ficar o mais afastados possível. encontros semanais com os diversos interessados no assunto.
Ele trazia sempre as unhas o mais bem aparadas possível. (C) Alguma solução é necessária, e logo!
O médico atendeu o maior número de pacientes possível. (D) Embora tenha ficado demonstrado cabalmente a
ocorrência de simulação na transferência do imóvel, o pedido
- Adjetivos adverbiados. Certos adjetivos, como sério, claro, não pode prosperar.
caro, barato, alto, raro, etc., quando usados com a função de (E) A liberdade comercial da colônia, somada ao fato de D.
advérbios terminados em – mente, ficam invariáveis: João VI ter também elevado sua colônia americana à condição de
Vamos falar sério. [sério = seriamente] Reino Unido a Portugal e Algarves, possibilitou ao Brasil obter
Penso que falei bem claro, disse a secretária. certa autonomia econômica.
Esses produtos passam a custar mais caro. [ou mais barato]
Estas aves voam alto. [ou baixo] 02. (TJ/SC - Analista Jurídico – TJ/SC) Aponte a alternativa
em que NÃO ocorre silepse (de gênero, número ou pessoa):
Junto e direto ora funcionam como adjetivos, ora como (A) “A gente é feito daquele tipo de talento capaz de fazer a
advérbios: diferença.”
“Jorge e Dante saltaram juntos do carro.” (José Louzeiro) (B) Todos sabemos que a solução não é fácil.
“Era como se tivessem estado juntos na véspera.” (Autram (C) Essa gente trabalhadora merecia mais, pois acordam às
Dourado). cinco horas para chegar ao trabalho às oito da manhã.
“Elas moram junto há algum tempo.” (José Gualda Dantas) (D) Todos os brasileiros sabem que esse problema vem de
“Foram direto ao galpão do engenheiro-chefe.” (Josué longe...
Guimarães) (E) Senhor diretor, espero que Vossa Senhoria seja mais
compreensivo.
- Todo. No sentido de inteiramente, completamente,
costuma-se flexionar, embora seja advérbio: 03. (CEMIG/TELECOM – Técnico Administrativo -
Esses índios andam todos nus. FUMARC) A concordância nominal está INCORRETA em:
Geou durante a noite e a planície ficou toda (ou todo) branca. (A) A mídia julgou desnecessária a campanha e o
As meninas iam todas de branco. envolvimento da empresa.
A casinha ficava sob duas mangueiras, que a cobriam toda. (B) A mídia julgou a campanha e a atuação da empresa
desnecessária.
Mas admite-se também a forma invariável: (C) A mídia julgou desnecessário o envolvimento da empresa
Fiquei com os cabelos todo sujos de terá. e a campanha.
Suas mãos estavam todo ensanguentadas. (D) A mídia julgou a campanha e a atuação da empresa
desnecessárias.
- Alerta. Pela sua origem, alerta (=atentamente, de prontidão,
em estado de vigilância) é advérbio e, portanto, invariável: 04. Complete os espaços com um dos nomes colocados nos
Estamos alerta. parênteses.
Os soldados ficaram alerta. (A) Será que é ____ essa confusão toda? (necessário/
“Todos os sentidos alerta funcionam.” (Carlos Drummond necessária)
de Andrade) (B) Quero que todos fiquem ____. (alerta/ alertas)
“Os brasileiros não podem deixar de estar sempre alerta.” (C) Houve ____ razões para eu não voltar lá. (bastante/
(Martins de Aguiar) bastantes)
(D) Encontrei ____ a sala e os quartos. (vazia/vazios)
Contudo, esta palavra é, atualmente, sentida antes como (E) A dona do imóvel ficou ____ desiludida com o inquilino.
adjetivo, sendo, por isso, flexionada no plural: (meio/ meia)
Nossos chefes estão alertas. (=vigilantes)
Papa diz aos cristãos que se mantenham alertas. 05. (PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO – GUARDA
“Uma sentinela de guarda, olhos abertos e sentidos alertas, MUNICIPAL – FJG RIOI/2013) Quanto à concordância nominal,
esperando pelo desconhecido...” (Assis Brasil, Os Crocodilos, p. verifica-se ERRO em:
25) (A) O texto fala de uma época e de um assunto polêmicos.
(B) Tornou-se clara para o leitor a posição do autor sobre o

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APOSTILAS OPÇÃO
assunto. O correto seria: A mídia julgou a campanha e a atuação da
(C) Constata-se hoje a existência de homem, mulher e empresa desnecessárias
criança viciadas. O adjetivo concorda com os dois substantivos femininos:
(D) Não será permitido visita de amigos, apenas a de campanha e atuação da empresa
parentes.
04. a) necessária b) alerta c) bastantes d) vazia e) meio

06. (AL TO - ASSISTENTE LEGISLATIVO - PROGRAMAÇÃO 05. Resposta C


DE COMPUTADORES – CESGRANRIO) SUBSTANTIVO (homem)+ SUBSTANTIVO (mulher)+
Texto I SUBSTANTIVO (criança) +ADJETIVO
Caso exista um substantivo masculino, deverá prevalecer o
Conta-se que, certa vez, ligaram para Brasília uns cientistas adjetivo no masculino
americanos intrigados com o que viram em algumas fotos de
satélite. Eles queriam saber o que havia na região ao norte do 06. Resposta C
Distrito Federal, porque as imagens mostravam um brilho Alternativa A: precisa concordar com o mais próximo –
intenso naquelas coordenadas, algo muito incomum. Bem, esse telefonemas é masculino, portanto, “imagens e telefonemas
telefonema pode nem ter ocorrido, mas o certo é que a Chapada diários”
dos Veadeiros, a 230 quilômetros de Brasília, está sobre uma Alternativa B: garimpagem é substantivo feminino: “A
das mais generosas jazidas de cristal de que se tem notícia. garimpagem é proibida”
Os tais cientistas americanos, caso tenham ligado mesmo, não Alternativa C: Místicos: substantivo masculino
estavam descobrindo nenhuma América, pois durante longo Pesquisadoras: substantivo feminino
tempo a garimpagem do cristal movimentou a Chapada e seus O adjetivo “interessados” está posposto aos substantivos,
arredores. Esse minério translúcido servia como matéria-prima portanto, prevalece a forma masculina no plural.
para fabricação de componentes eletrônicos e de computador, Alternativa D: “Fotos e imagens eram AS MESMAS de sempre”
em vista de sua altíssima condutividade. Com o tempo, os Alternativa E: “a OLHOS vistos”
pesquisadores desenvolveram outros materiais em laboratório
e o cava-cava acabou. Os místicos falam que há uma gigantesca 07. Resposta D
placa de cristal sob toda a região. E sobre ela, como você pode “Elas não progredirão por si MESMAS”
imaginar, uma gigantesca massa de místicos. Atraídos pela
inegável atmosfera divinal da Chapada, que é um manancial 08. Resposta C
de água e luz (a solar, ok?) e com visuais que chamam à Na frase, o vocábulo “só” tem função de adjetivo, desta forma,
contemplação, milhares de terapeutas, psicólogos, massagistas e deve concordar com o substantivo “eles”. Assim: Eles estavam
líderes espirituais se mudaram para lá, o que faz de Alto Paraíso SÓS
e da vizinha vila de São Jorge um “território alto-astral” de fama
internacional. Concordância Verbal

RODRIGUES, Otávio. Viagem, Edição Especial (Ecoturismo) O verbo concorda com o sujeito, em harmonia com as
Ed. Abril - Edição 108-A. seguintes regras gerais:

Marque a frase em que a concordância nominal está correta. - O sujeito é simples: O sujeito sendo simples, com ele
(A) Imagens e telefonemas diárias intrigavam os concordará o verbo em número e pessoa. Exemplos:
pesquisadores.
(B) A garimpagem é proibido naquela região. Verbo depois do sujeito:
(C) Havia místicos e pesquisadoras interessados no lugar. “As saúvas eram uma praga.” (Carlos Povina Cavalcânti)
(D) Fotos e imagens eram a mesma de sempre. “Tu não és inimiga dele, não? (Camilo Castelo Branco)
(E) A cidade crescia rapidamente, a olho vistos. “Vós fostes chamados à liberdade, irmãos.” (São Paulo)

07. Aponte o erro de concordância nominal. Verbo antes do sujeito:


(A) Andei por longes terras. Acontecem tantas desgraças neste planeta!
(B) Ela chegou toda machucada. Não faltarão pessoas que nos queiram ajudar.
(C) Carla anda meio aborrecida. A quem pertencem essas terras?
(D) Elas não progredirão por si mesmo.
(E) Ela própria nos procurou. - O sujeito é composto e da 3ª pessoa

08. Assinale o erro de concordância nominal. O sujeito, sendo composto e anteposto ao verbo, leva
(A) – Muito obrigada, disse ela. geralmente este para o plural. Exemplos:
(B) Só as mulheres foram interrogadas. “A esposa e o amigo seguem sua marcha.” (José de Alencar)
(C) Eles estavam só. “Poti e seus guerreiros o acompanharam.” (José de Alencar)
(D) Já era meio-dia e meia. “Vida, graça, novidade, escorriam-lhe da alma como de uma
(E) Sós, ficaram tristes. fonte perene.” (Machado de Assis)
É licito (mas não obrigatório) deixar o verbo no singular:
Respostas - Quando o núcleo dos sujeitos são sinônimos:
“A decência e honestidade ainda reinava.” (Mário Barreto)
01. Resposta D “A coragem e afoiteza com que lhe respondi, perturbou-o...”
A alternativa “D” é a correta porque o correto é “...tenha (Camilo Castelo Branco)
ficado demonstrada cabalmente a ocorrência...”. “Que barulho, que revolução será capaz de perturbar esta
serenidade?” (Graciliano Ramos)
02. Resposta D
A alternativa “D” é a correta porque não houve silepse, pois - Quando os núcleos do sujeito formam sequência gradativa:
a concordância foi feita pelas classes gramaticais. As outras Uma ânsia, uma aflição, uma angústia repentina começou a
alternativas apresentaram concordância com a ideia, com o me apertar à alma.
significado que as palavras representam. (podem ser de gênero,
número, pessoa). Sendo o sujeito composto e posposto ao verbo, este poderá
concordar no plural ou com o substantivo mais próximo:
03. Resposta B “Não fossem o rádio de pilha e as revistas, que seria de

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APOSTILAS OPÇÃO
Elisa?” (Jorge Amado) “Ele com mais dois acercaram-se da porta.” (Camilo Castelo
“Enquanto ele não vinha, apareceram um jornal e uma Branco)
vela.” (Ricardo Ramos)
“Ali estavam o rio e as suas lavadeiras.” (Carlos Povina Pode se usar o verbo no singular quando se deseja dar
Cavalcânti) relevância ao primeiro elemento do sujeito e também quando o
... casa abençoada onde paravam Deus e o primeiro dos seus verbo vier antes deste. Exemplos:
ministros.” (Carlos de Laet) O bispo, com dois sacerdotes, iniciou solenemente a missa.
O presidente, com sua comitiva, chegou a Paris às 5h da
Aconselhamos, nesse caso, usar o verbo no plural. tarde.
“Já num sublime e público teatro se assenta o rei inglês com
- O sujeito é composto e de pessoas diferentes toda a corte.” (Luís de Camões)

Se o sujeito composto for de pessoas diversas, o verbo se - Núcleos do sujeito unidos por nem: Quando o sujeito é
flexiona no plural e na pessoa que tiver prevalência. (A 1ª pessoa formado por núcleos no singular unidos pela conjunção nem,
prevalece sobre a 2ª e a 3ª; a 2ª prevale sobre a 3ª): usa-se, comumente, o verbo no plural. Exemplos:
“Foi o que fizemos Capitu e eu.” (Machado de Assis) (ela e Nem a riqueza nem o poder o livraram de seus inimigos.
eu = nós) Nem eu nem ele o convidamos.
“Tu e ele partireis juntos.” (Mário Barreto) (tu e ele = vós) “Nem o mundo, nem Deus teriam força para me constranger
Você e meu irmão não me compreendem. (você e ele = a tanto.” (Alexandre Herculano)
vocês) “Nem a Bíblia nem a respeitabilidade lhe permitem
praguejar alto.” (Eça de Queirós)
Muitas vezes os escritores quebram a rigidez dessa regra:
- Ora fazendo concordar o verbo com o sujeito mais próximo, É preferível a concordância no singular:
quando este se pospõe ao verbo:
- Quando o verbo precede o sujeito:
“O que resta da felicidade passada és tu e eles.” (Camilo “Não lhe valeu a imensidade azul, nem a alegria das flores,
Castelo Branco) nem a pompa das folhas verdes...” (Machado de Assis)
“Faze uma arca de madeira; entra nela tu, tua mulher e teus Não o convidei eu nem minha esposa.
filhos.” (Machado de Assis) “Na fazenda, atualmente, não se recusa trabalho, nem
dinheiro, nem nada a ninguém.” (Guimarães Rosa)
- Ora preferindo a 3ª pessoa na concorrência tu + ele (tu + ele
= vocês em vez de tu + ele = vós): - Quando há exclusão, isto é, quando o fato só pode ser
atribuído a um dos elementos do sujeito:
“...Deus e tu são testemunhas...” (Almeida Garrett) Nem Berlim nem Moscou sediará a próxima Olimpíada. (Só
“Juro que tu e tua mulher me pagam.” (Coelho Neto) uma cidade pode sediar a Olimpíada.)
Nem Paulo nem João será eleito governador do Acre. (Só um
As normas que a seguir traçamos têm, muitas vezes, valor candidato pode ser eleito governador.)
relativo, porquanto a escolha desta ou daquela concordância
depende, frequentemente, do contexto, da situação e do clima - Núcleos do sujeito correlacionados: O verbo vai para o
emocional que envolvem o falante ou o escrevente. plural quando os elementos do sujeito composto estão ligados
por uma das expressões correlativas não só... mas também, não
- Núcleos do sujeito unidos por ou só como também, tanto...como, etc. Exemplos:
Não só a nação mas também o príncipe estariam pobres.”
Há duas situações a considerar: (Alexandre Herculano)
“Tanto a Igreja como o Estado eram até certo ponto
- Se a conjunção ou indicar exclusão ou retificação, o verbo inocentes.” (Alexandre Herculano)
concordará com o núcleo do sujeito mais próximo: “Tanto Noêmia como Reinaldo só mantinham relações
Paulo ou Antônio será o presidente. de amizade com um grupo muito reduzido de pessoas.” (José
O ladrão ou os ladrões não deixaram nenhum vestígio. Condé)
Ainda não foi encontrado o autor ou os autores do crime. “Tanto a lavoura como a indústria da criação de gado não o
demovem do seu objetivo.” (Cassiano Ricardo)
- O verbo irá para o plural se a ideia por ele expressa se referir
ou puder ser atribuída a todos os núcleos do sujeito: - Sujeitos resumidos por tudo, nada, ninguém: Quando o
“Era tão pequena a cidade, que um grito ou gargalhada forte sujeito composto vem resumido por um dos pronomes, tudo,
a atravessavam de ponta a ponta.” (Aníbal Machado) (Tanto um nada, ninguém, etc. o verbo concorda, no singular, com o
grito, como uma gargalhada, atravessavam a cidade.) pronome resumidor. Exemplos:
“Naquela crise, só Deus ou Nossa Senhora podiam acudir- Jogos, espetáculos, viagens, diversões, nada pôde satisfazê-
lhe.” (Camilo Castelo Branco) lo.
“O entusiasmo, alguns goles de vinho, o gênio imperioso,
Há, no entanto, em bons autores, ocorrência de verbo no estouvado, tudo isso me levou a fazer uma coisa única.”
singular: (Machado de Assis)
“A glória ou a vergonha da estirpe provinha de atos Jogadores, árbitro, assistentes, ninguém saiu do campo.
individuais.” (Vivaldo Coaraci)
“Há dessas reminiscências que não descansam antes que a - Núcleos do sujeito designando a mesma pessoa ou coisa:
pena ou a língua as publique.” (Machado de Assis) O verbo concorda no singular quando os núcleos do sujeito
“Um príncipe ou uma princesa não casa sem um vultoso designam a mesma pessoa ou o mesmo ser. Exemplos:
dote.” (Viriato Correia) “Aleluia! O brasileiro comum, o homem do povo, o João-
ninguém, agora é cédula de Cr$ 500,00!” (Carlos Drummond
- Núcleos do sujeito unidos pela preposição com: Usa- Andrade)
se mais frequentemente o verbo no plural quando se atribui “Embora sabendo que tudo vai continuar como está, fica
a mesma importância, no processo verbal, aos elementos do o registro, o protesto, em nome dos telespectadores.” (Valério
sujeito unidos pela preposição com. Exemplos: Andrade)
Manuel com seu compadre construíram o barracão. Advogado e membro da instituição afirma que ela é corrupta.
“Eu com outros romeiros vínhamos de Vigo...” (Camilo
Castelo Branco) - Núcleos do sujeito são infinitivos: O verbo concordará

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APOSTILAS OPÇÃO
no plural se os infinitivos forem determinados pelo artigo ou (Hernâni Cidade)
exprimirem ideias opostas; caso contrário, tanto é lícito usar o “Um e outro descendiam de velhas famílias do Norte.”
verbo no singular como no plural. Exemplos: (Machado de Assis)
O comer e o beber são necessários. Uma e outra família tinham (ou tinha) parentes no Rio.
Rir e chorar fazem parte da vida “Depois nem um nem outro acharam novo motivo para
Montar brinquedos e desmontá-los divertiam muito o diálogo.” (Fernando Namora)
menino.
“Já tinha ouvido que plantar e colher feijão não dava - Um ou outro: O verbo concorda no singular com o sujeito
trabalho.” (Carlos Povina Cavalcânti) (ou davam) um ou outro:
“Respondi-lhe que um ou outro colar lhe ficava bem.”
- Sujeito oracional: Concorda no singular o verbo cujo (Machado de Assis)
sujeito é uma oração: “Uma ou outra pode dar lugar a dissentimentos.” (Machado
Ainda falta / comprar os cartões. de Assis)
Predicado Sujeito Oracional “Sempre tem um ou outro que vai dando um vintém.”
(Raquel de Queirós)
Estas são realidades que não adianta esconder.
Sujeito de adianta: esconder que (as realidades) - Um dos que, uma das que: Quando, em orações adjetivas
restritivas, o pronome que vem antecedido de um dos ou
- Sujeito Coletivo: O verbo concorda no singular com o expressão análoga, o verbo da oração adjetiva flexiona-se, em
sujeito coletivo no singular. Exemplos: regra, no plural:
A multidão vociferava ameaças. “O príncipe foi um dos que despertaram mais cedo.”
O exército dos aliados desembarcou no sul da Itália. (Alexandre Herculano)
Uma junta de bois tirou o automóvel do atoleiro. “A baronesa era uma das pessoas que mais desconfiavam de
Um bloco de foliões animava o centro da cidade. nós.” (Machado de Assis)
“Areteu da Capadócia era um dos muitos médicos gregos que
Se o coletivo vier seguido de substantivo plural que o viviam em Roma.” (Moacyr Scliar)
especifique e anteceder ao verbo, este poderá ir para o plural, Ele é desses charlatães que exploram a crendice humana.
quando se quer salientar não a ação do conjunto, mas a dos
indivíduos, efetuando-se uma concordância não gramatical, mas Essa é a concordância lógica, geralmente preferida pelos
ideológica: escritores modernos. Todavia, não é prática condenável fugir
“Uma grande multidão de crianças, de velhos, de mulheres ao rigor da lógica gramatical e usar o verbo da oração adjetiva
penetraram na caverna...” (Alexandre Herculano) no singular (fazendo-o concordar com a palavra um), quando se
“Uma grande vara de porcos que se afogaram de escantilhão deseja destacar o indivíduo do grupo, dando-se a entender que
no mar...” (Camilo Castelo Branco) ele sobressaiu ou sobressai aos demais:
“Reconheceu que era um par de besouros que zumbiam no Ele é um desses parasitas que vive à custa dos outros.
ar.” (Machado de Assis) “Foi um dos poucos do seu tempo que reconheceu a
“Havia na União um grupo de meninos que praticavam esse originalidade e importância da literatura brasileira.” (João
divertimento com uma pertinácia admirável.” (Carlos Povina Ribeiro)
Cavalcânti)
Há gramáticas que condenam tal concordância. Por
- A maior parte de, grande número de, etc: Sendo o sujeito coerência, deveriam condenar também a comumente aceita
uma das expressões quantitativas a maior parte de, parte de, a em construções anormais do tipo: Quais de vós sois isentos de
maioria de, grande número de, etc., seguida de substantivo ou culpa? Quantos de nós somos completamente felizes? O verbo
pronome no plural, o verbo, quando posposto ao sujeito, pode fica obrigatoriamente no singular quando se aplica apenas ao
ir para o singular ou para o plural, conforme se queira efetuar indivíduo de que se fala, como no exemplo:
uma concordância estritamente gramatical (com o coletivo Jairo é um dos meus empregados que não sabe ler. (Jairo é o
singular) ou uma concordância enfática, expressiva, com a ideia único empregado que não sabe ler.)
de pluralidade sugerida pelo sujeito. Exemplos:
A maior parte dos indígenas respeitavam os pajés.” (Gilberto Ressalte-se, porém, que nesse caso é preferível construir a
Freire) frase de outro modo:
“A maior parte dos doidos ali metidos estão em seu perfeito Jairo é um empregado meu que não sabe ler.
juízo.” (Machado de Assis) Dos meus empregados, só Jairo não sabe ler.
“A maior parte das pessoas pedem uma sopa, um prato de
carne e um prato de legumes.” (Ramalho Ortigão) Na linguagem culta formal, ao empregar as expressões em
“A maior parte dos nomes podem ser empregados em foco, o mais acertado é usar no plural o verbo da oração adjetiva:
sentido definido ou em sentido indefinido.” (Mário Barreto) O Japão é um dos países que mais investem em tecnologia.
Gandhi foi um dos que mais lutaram pela paz.
Quando o verbo precede o sujeito, como nos dois últimos O sertão cearense é uma das áreas que mais sofrem com as
exemplos, a concordância se efetua no singular. Como se vê dos secas.
exemplos supracitados, as duas concordâncias são igualmente Heráclito foi um dos empresários que conseguiram superar
legítimas, porque têm tradição na língua. Cabe a quem fala ou a crise.
escreve escolher a que julgar mais adequada à situação. Pode-
se, portanto, no caso em foco, usar o verbo no plural, efetuando Embora o caso seja diferente, é oportuno lembrar que,
a concordância não com a forma gramatical das palavras, mas nas orações adjetivas explicativas, nas quais o pronome que é
com a ideia de pluralidade que elas encerram e sugerem à nossa separado de seu antecedente por pausa e vírgula, a concordância
mente. Essa concordância ideológica é bem mais expressiva que é determinada pelo sentido da frase:
a gramatical, como se pode perceber relendo as frases citadas de Um dos meninos, que estava sentado à porta da casa, foi
Machado de Assis, Ramalho Ortigão, Ondina Ferreira e Aurélio chamar o pai. (Só um menino estava sentado.)
Buarque de Holanda, e cotejando-as com as dos autores que Um dos cinco homens, que assistiam àquela cena
usaram o verbo no singular. estupefatos, soltou um grito de protesto. (Todos os cinco homens
assistiam à cena.)
- Um e outro, nem um nem outro: O sujeito sendo uma
dessas expressões, o verbo concorda, de preferência, no plural. - Mais de um: O verbo concorda, em regra, no singular. O
Exemplos: plural será de rigor se o verbo exprimir reciprocidade, ou se o
“Um e outro gênero se destinavam ao conhecimento...” numeral for superior a um. Exemplos:

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APOSTILAS OPÇÃO
Mais de um excursionista já perdeu a vida nesta montanha. “Os Lusíadas” imortalizaram Luís de Camões.
Mais de um dos circunstantes se entreolharam com espanto. Campinas orgulha-se de ter sido o berço de Carlos Gomes.
Devem ter fugido mais de vinte presos.
Tratando-se de títulos de obras, é comum deixar o verbo no
- Quais de vós? Alguns de nós: Sendo o sujeito um dos singular, sobretudo com o verbo ser seguido de predicativo no
pronomes interrogativos quais? quantos? Ou um dos indefinidos singular:
alguns, muitos, poucos, etc., seguidos dos pronomes nós ou vós, “As Férias de El-Rei é o título da novela.” (Rebelo da Silva)
o verbo concordará, por atração, com estes últimos, ou, o que é “As Valkírias mostra claramente o homem que existe por
mais lógico, na 3ª pessoa do plural: detrás do mago.” (Paulo Coelho)
“Quantos dentre nós a conhecemos?” (Rogério César “Os Sertões é um ensaio sociológico e histórico...” (Celso
Cerqueira) Luft)
“Quais de vós sois, como eu, desterrados...?” (Alexandre
Herculano) A concordância, neste caso, não é gramatical, mas ideológica,
“...quantos dentre vós estudam conscienciosamente o porque se efetua não com a palavra (Valkírias, Sertões, Férias
passado?” (José de Alencar) de El-Rei), mas com a ideia por ela sugerida (obra ou livro).
Alguns de nós vieram (ou viemos) de longe. Ressalte-se, porém, que é também correto usar o verbo no plural:
As Valkírias mostram claramente o homem...
Estando o pronome no singular (3ª pessoa) ficará o verbo: “Os Sertões são um livro de ciência e de paixão, de análise e
Qual de vós testemunhou o fato? de protesto.” (Alfredo Bosi)
Nenhuma de nós a conhece.
Nenhum de vós a viu? - Concordância do verbo passivo: Quando apassivado pelo
Qual de nós falará primeiro? pronome apassivador se, o verbo concordará normalmente com
o sujeito:
- Pronomes quem, que, como sujeitos: O verbo concordará, Vende-se a casa e compram-se dois apartamentos.
em regra, na 3ª pessoa, com os pronomes quem e que, em frases Gastaram-se milhões, sem que se vissem resultados
como estas: concretos.
Sou eu quem responde pelos meus atos. “Correram-se as cortinas da tribuna real.” (Rebelo da Silva)
Somos nós quem leva o prejuízo. “Aperfeiçoavam-se as aspas, cravavam-se pregos
Eram elas quem fazia a limpeza da casa. necessários à segurança dos postes...” (Camilo Castelo Branco)
“Eras tu quem tinha o dom de encantar-me.” (Osmã Lins)
Todavia, a linguagem enfática justifica a concordância com o Na literatura moderna há exemplos em contrário, mas que
sujeito da oração principal: não devem ser seguidos:
“Sou eu quem prendo aos céus a terra.” (Gonçalves Dias) “Vendia-se seiscentos convites e aquilo ficava cheio.”
“Não sou eu quem faço a perspectiva encolhida.” (Ricardo (Ricardo Ramos)
Ramos) “Em Paris há coisas que não se entende bem.” (Rubem
“És tu quem dás frescor à mansa brisa.” (Gonçalves Dias) Braga)
“Nós somos os galegos que levamos a barrica.” (Camilo
Castelo Branco) Nas locuções verbais formadas com os verbos auxiliares
poder e dever, na voz passiva sintética, o verbo auxiliar
A concordância do verbo precedido do pronome relativo concordará com o sujeito. Exemplos:
que far-se-á obrigatoriamente com o sujeito do verbo (ser) da Não se podem cortar essas árvores. (sujeito: árvores;
oração principal, em frases do tipo: locução verbal: podem cortar)
Sou eu que pago. Devem-se ler bons livros. (=Devem ser lidos bons livros)
És tu que vens conosco? (sujeito: livros; locução verbal: devem-se ler)
Somos nós que cozinhamos. “Nem de outra forma se poderiam imaginar façanhas
Eram eles que mais reclamavam. memoráveis como a do fabuloso Aleixo Garcia.” (Sérgio Buarque
de Holanda)
Em construções desse tipo, é lícito considerar o verbo ser “Em Santarém há poucas casas particulares que se possam
e a palavra que como elementos expletivos ou enfatizantes, dizer verdadeiramente antigas.” (Almeida Garrett)
portanto não necessários ao enunciado. Assim:
Sou eu que pago. (=Eu pago) Entretanto, pode-se considerar sujeito do verbo principal
Somos nós que cozinhamos. (=Nós cozinhamos) a oração iniciada pelo infinitivo e, nesse caso, não há locução
Foram os bombeiros que a salvaram. (= Os bombeiros a verbal e o verbo auxiliar concordará no singular. Assim:
salvaram.) Não se pode cortar essas árvores. (sujeito: cortar essas
Seja qual for a interpretação, o importante é saber que, neste árvores; predicado: não se pode)
caso, tanto o verbo ser como o outro devem concordar com o Deve-se ler bons livros. (sujeito: ler bons livros; predicado:
pronome ou substantivo que precede a palavra que. deve-se)

- Concordância com os pronomes de tratamento: Os Em síntese: de acordo com a interpretação que se escolher,
pronomes de tratamento exigem o verbo na 3ª pessoa, embora tanto é lícito usar o verbo auxiliar no singular como no plural.
se refira à 2ª pessoa do discurso: Portanto:
Vossa Excelência agiu com moderação. Não se podem (ou pode) cortar essas árvores.
Vossas Excelências não ficarão surdos à voz do povo. Devem-se (ou deve-se) ler bons livros.
“Espero que V.Sª. não me faça mal.” (Camilo Castelo Branco) “Quando se joga, deve-se aceitar as regras.” (Ledo Ivo)
“Vossa Majestade não pode consentir que os touros lhe “Concluo que não se devem abolir as loterias.” (Machado de
matem o tempo e os vassalos.” (Rebelo da Silva) Assis)

- Concordância com certos substantivos próprios no - Verbos impessoais: Os verbos haver, fazer (na indicação
plural: Certos substantivos próprios de forma plural, como do tempo), passar de (na indicação de horas), chover e outros
Estados Unidos, Andes, Campinas, Lusíadas, etc., levam o verbo que exprimem fenômenos meteorológicos, quando usados como
para o plural quando se usam com o artigo; caso contrário, o impessoais, ficam na 3ª pessoa do singular:
verbo concorda no singular. “Não havia ali vizinhos naquele deserto.” (Monteiro Lobato)
“Os Estados Unidos são o país mais rico do mundo.” “Havia já dois anos que nós não nos víamos.” (Machado de
(Eduardo Prado) Assis)
Os Andes se estendem da Venezuela à Terra do Fogo. “Aqui faz verões terríveis.” (Camilo Castelo Branco)

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APOSTILAS OPÇÃO
“Faz hoje ao certo dois meses que morreu na forca o tal O resto (ou o mais) são trastes velhos.
malvado...” (Camilo Castelo Branco) “A maior parte dessa multidão são mendigos.” (Eça de
Queirós)
- Também fica invariável na 3ª pessoa do singular o verbo
que forma locução com os verbos impessoais haver ou fazer: - Quando o predicativo é um pronome pessoal ou um
Deverá haver cinco anos que ocorreu o incêndio. substantivo, e o sujeito não é pronome pessoal reto:
Vai haver grandes festas. “O Brasil, senhores, sois vós.” (Rui Barbosa)
Há de haver, sem dúvida, fortíssimas razões para ele não “Nas minhas terras o rei sou eu.” (Alexandre Herculano)
aceitar o cargo. “O dono da fazenda serás tu.” (Said Ali)
Começou a haver abusos na nova administração. “...mas a minha riqueza eras tu.” (Camilo Castelo Branco)

- O verbo chover, no sentido figurado (= cair ou sobrevir Mas: Eu não sou ele. Vós não sois eles. Tu não és ele.
em grande quantidade), deixa de ser impessoal e, portanto
concordará com o sujeito: - Quando o predicativo é o pronome demonstrativo o ou a
Choviam pétalas de flores. palavra coisa:
“Sou aquele sobre quem mais têm chovido elogios e Divertimentos é o que não lhe falta.
diatribes.” (Carlos de Laet) “Os bastidores é só o que me toca.” (Correia Garção)
“Choveram comentários e palpites.” (Carlos Drummond de “Mentiras, era o que me pediam, sempre mentiras.” (
Andrade) Fernando Namora)
“E nem lá (na Lua) chovem meteoritos, permanentemente.” “Os responsórios e os sinos é coisa importuna em Tibães.”
(Raquel de Queirós) (Camilo Castelo Branco)

- Na língua popular brasileira é generalizado o uso de ter, - Nas locuções é muito, é pouco, é suficiente, é demais, é mais
impessoal, por haver, existir. Nem faltam exemplos em escritores que (ou do que), é menos que (ou do que), etc., cujo sujeito exprime
modernos: quantidade, preço, medida, etc.:
“No centro do pátio tem uma figueira velhíssima, com um “Seis anos era muito.” (Camilo Castelo Branco)
banco embaixo.” (José Geraldo Vieira) Dois mil dólares é pouco.
“Soube que tem um cavalo morto, no quintal.” (Carlos Cinco mil dólares era quanto bastava para a viagem.
Drummond de Andrade) Doze metros de fio é demais.

- Existir não é verbo impessoal. Portanto: - Na indicação das horas, datas e distância o verbo ser é
Nesta cidade existem (e não existe) bons médicos. impessoal (não tem sujeito) e concordará com a expressão
Não deviam (e não devia) existir crianças abandonadas. designativa de hora, data ou distância:
Era uma hora da tarde.
- Concordância do verbo ser: O verbo de ligação ser “Era hora e meia, foi pôr o chapéu.” (Eça de Queirós)
concorda com o predicativo nos seguintes casos: “Seriam seis e meia da tarde.” (Raquel de Queirós)
“Eram duas horas da tarde.” (Machado de Assis)
- Quando o sujeito é um dos pronomes tudo, o, isto, isso, ou
aquilo:
OBSERVAÇÕES:
“Tudo eram hipóteses.” (Ledo Ivo)
“Tudo isto eram sintomas graves.” (Machado de Assis)
- Pode-se, entretanto na linguagem espontânea, deixar o
Na mocidade tudo são esperanças.
verbo no singular, concordando com a ideia implícita de “dia”:
“Não, nem tudo são dessemelhanças e contrastes entre
“Hoje é seis de março.” (J. Matoso Câmara Jr.) (Hoje é dia seis
Brasil e Estados Unidos.” (Viana Moog)
de março.)
“Hoje é dez de janeiro.” (Celso Luft)
A concordância com o sujeito, embora menos comum, é
também lícita:
- Estando a expressão que designa horas precedida da locução
“Tudo é flores no presente.” (Gonçalves Dias)
perto de, hesitam os escritores entre o plural e o singular:
“O que de mim posso oferecer-lhe é espinhos da minha
“Eram perto de oito horas.” (Machado de Assis)
coroa.” (Camilo Castelo Branco)
“Era perto de duas horas quando saiu da janela.” (Machado
de Assis)
O verbo ser fica no singular quando o predicativo é formado
“...era perto das cinco quando saí.” (Eça de Queirós)
de dois núcleos no singular:
“Tudo o mais é soledade e silêncio.” (Ferreira de Castro)
- O verbo passar, referente a horas, fica na 3ª pessoa do
singular, em frases como: Quando o trem chegou, passava
- Quando o sujeito é um nome de coisa, no singular, e o
das sete horas.
predicativo um substantivo plural:
“A cama são umas palhas.” (Camilo Castelo Branco)
“A causa eram os seus projetos.” (Machado de Assis) - Locução de realce é que: O verbo ser permanece invariável
na expressão expletiva ou de realce é que:
“Vida de craque não são rosas.” (Raquel de Queirós)
Eu é que mantenho a ordem aqui. (= Sou eu que mantenho
Sua salvação foram aquelas ervas.
a ordem aqui.)
O sujeito sendo nome de pessoa, com ele concordará o verbo Nós é que trabalhávamos. (= Éramos nós que trabalhávamos)
As mães é que devem educá-los. (= São as mães que devem
ser:
Emília é os encantos de sua avó. educá-los.)
Os astros é que os guiavam. (= Eram os astros que os
Abílio era só problemas.
guiavam.)
Dá-se também a concordância no singular com o sujeito que:
Da mesma forma se diz, com ênfase:
“Ergo-me hoje para escrever mais uma página neste Diário
que breve será cinzas como eu.” (Camilo Castelo Branco) “Vocês são muito é atrevidos.” (Raquel de Queirós)
“Sentia era vontade de ir também sentar-me numa cadeira
- Quando o sujeito é uma palavra ou expressão de sentido junto do palco.” (Graciliano Ramos)
coletivo ou partitivo, e o predicativo um substantivo no plural: “Por que era que ele usava chapéu sem aba?” (Graciliano
“A maioria eram rapazes.” (Aníbal Machado) Ramos)
A maior parte eram famílias pobres.

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APOSTILAS OPÇÃO
Observação: O verbo ser é impessoal e invariável em Análise da construção dois: parecia: oração principal;
construções enfáticas como: as paredes estremeceram: oração subordinada substantiva
Era aqui onde se açoitavam os escravos. (= Aqui se açoitavam subjetiva.
os escravos.) Outros exemplos:
Foi então que os dois se desentenderam. (= Então os dois se “Nervos... que pareciam estourar no minuto seguinte.”
desentenderam.) (Fernando Namora)
“Referiu-me circunstâncias que parece justificarem o
- Era uma vez: Por tradição, mantém-se invariável a procedimento do soberano.” (Latino Coelho)
expressão inicial de histórias era uma vez, ainda quando seguida “As lágrimas e os soluços parecia não a deixarem
de substantivo plural: Era uma vez dois cavaleiros andantes. prosseguir.” (Alexandre Herculano)
“...quando as estrelas, em ritmo moroso, parecia
- A não ser: É geralmente considerada locução invariável, caminharem no céu.” (Graça Aranha)
equivalente a exceto, salvo, senão. Exemplos:
Nada restou do edifício, a não ser escombros. Usando-se a oração desenvolvida, parecer concordará no
A não ser alguns pescadores, ninguém conhecia aquela singular:
praia. “Mesmo os doentes parece que são mais felizes.” (Cecília
“Nunca pensara no que podia sair do papel e do lápis, a não Meireles)
ser bonecos sem pescoço...” (Carlos Drummond de Andrade) “Outros, de aparência acabadiça, parecia que não podiam
com a enxada.” (José Américo)
Mas não constitui erro usar o verbo ser no plural, fazendo-o “As notícias parece que têm asas.” (Oto Lara Resende) (Isto
concordar com o substantivo seguinte, convertido em sujeito da é: Parece que as notícias têm asas.)
oração infinitiva. Exemplos: Essa dualidade de sintaxe verifica-se também com o verbo
“As dissipações não produzem nada, a não serem dívidas e ver na voz passiva: “Viam-se entrar mulheres e crianças.” Ou
desgostos.” (Machado de Assis) “Via-se entrarem mulheres e crianças.”
“A não serem os antigos companheiros de mocidade,
ninguém o tratava pelo nome próprio.” (Álvaro Lins) - Concordância com o sujeito oracional: O verbo cujo
“A não serem os críticos e eruditos, pouca gente manuseia sujeito é uma oração concorda obrigatoriamente na 3ª pessoa
hoje... aquela obra.” (Latino Coelho) do singular:
Parecia / que os dois homens estavam bêbedos.
- Haja vista: A expressão correta é haja vista, e não haja Verbo sujeito (oração subjetiva)
visto. Pode ser construída de três modos: Faltava / dar os últimos retoques.
Hajam vista os livros desse autor. (= tenham vista, vejam-se) Verbo sujeito (oração subjetiva)
Haja vista os livros desse autor. (= por exemplo, veja)
Haja vista aos livros desse autor. (= olhe-se para, atente-se Outros exemplos, com o sujeito oracional em destaque:
para os livros) Não me interessa ouvir essas parlendas.
Anotei os livros que faltava adquirir. (faltava adquirir os
A primeira construção (que é a mais lógica) analisa-se deste livros)
modo. Esses fatos, importa (ou convém) não esquecê-los.
Sujeito: os livros; verbo hajam (=tenham); objeto direto: São viáveis as reformas que se intenta implantar?
vista.
A situação é preocupante; hajam vista os incidentes de - Concordância com sujeito indeterminado: O pronome
sábado. se pode funcionar como índice de indeterminação do sujeito.
Seguida de substantivo (ou pronome) singular, a expressão, Nesse caso, o verbo concorda obrigatoriamente na 3ª pessoa do
evidentemente, permanece invariável: A situação é preocupante; singular. Exemplos;
haja vista o incidente de sábado. Em casa, fica-se mais à vontade.
Detesta-se (e não detestam-se) aos indivíduos falsos.
- Bem haja. Mal haja: Bem haja e mal haja usam-se em frases Acabe-se de vez com esses abusos!
optativas e imprecativas, respectivamente. O verbo concordará Para ir de São Paulo a Curitiba, levava-se doze horas.
normalmente com o sujeito, que vem sempre posposto:
“Bem haja Sua Majestade!” (Camilo Castelo Branco) - Concordância com os numerais milhão, bilhão e trilhão:
Bem hajam os promovedores dessa campanha! Estes substantivos numéricos, quando seguidos de substantivo
“Mal hajam as desgraças da minha vida...” (Camilo Castelo no plural, levam, de preferência, o verbo ao plural. Exemplos:
Branco) Um milhão de fiéis agruparam-se em procissão.
São gastos ainda um milhão de dólares por ano para a
- Concordância dos verbos bater, dar e soar: Referindo-se manutenção de cada Ciep.
às horas, os três verbos acima concordam regularmente com o Meio milhão de refugiados se aproximam da fronteira do
sujeito, que pode ser hora, horas (claro ou oculto), badaladas ou Irã.
relógio: Meio milhão de pessoas foram às ruas para reverenciar os
“Nisto, deu três horas o relógio da botica.” (Camilo Castelo mártires da resistência.
Branco)
“Bateram quatro da manhã em três torres há um tempo...”
(Mário Barreto) Milhão, bilhão e milhar são substantivos masculinos. Por
“Tinham batido quatro horas no cartório do tabelião Vaz isso, devem concordar no masculino os artigos, numerais e
Nunes.” (Machado de Assis) pronomes que os precedem: os dois milhões de pessoas; os
“Deu uma e meia.” (Said Ali) três milhares de plantas; alguns milhares de telhas; esses
Passar, com referência a horas, no sentido de ser mais de, é bilhões de criaturas, etc.
verbo impessoal, por isso fica na 3ª pessoa do singular: Quando
chegamos ao aeroporto, passava das 16 horas; Vamos, já passa Se o sujeito da oração for milhões, o particípio ou o adjetivo
das oito horas – disse ela ao filho. podem concordar, no masculino, com milhões, ou, por atração,
no feminino, com o substantivo feminino plural: Dois milhões
- Concordância do verbo parecer: Em construções com o de sacas de soja estão ali armazenados (ou armazenadas)
verbo parecer seguido de infinitivo, pode-se flexionar o verbo no próximo ano. Foram colhidos três milhões de sacas de
parecer ou o infinitivo que o acompanha: trigo. Os dois milhões de árvores plantadas estão altas e
As paredes pareciam estremecer. (construção corrente) bonitas.
As paredes parecia estremecerem. (construção literária)

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APOSTILAS OPÇÃO
- Concordância com numerais fracionários: De regra, a A concordância realizou-se adequadamente em qual
concordância do verbo efetua-se com o numerador. Exemplos: alternativa?
“Mais ou menos um terço dos guerrilheiros ficou atocaiado (A) Os Estados Unidos é considerado, hoje, a maior potência
perto...” (Autran Dourado) econômica do planeta, mas há quem aposte que a China, em
“Um quinto dos bens cabe ao menino.” (José Gualda Dantas) breve, o ultrapassará.
Dois terços da população vivem da agricultura. (B) Em razão das fortes chuvas haverão muitos candidatos
que chegarão atrasados, tenho certeza disso.
Não nos parece, entretanto, incorreto usar o verbo no plural, (C) Naquela barraca vendem-se tapiocas fresquinhas, pode
quando o número fracionário, seguido de substantivo no plural, comê-las sem receio!
tem o numerador 1, como nos exemplos: (D) A multidão gritaram quando a cantora apareceu na
Um terço das mortes violentas no campo acontecem no sul janela do hotel!
do Pará.
Um quinto dos homens eram de cor escura. 02. (PM-BA - Soldado da Polícia Militar - FCC/2012)
“Se os cachorros correm livremente, por que eu não posso
- Concordância com percentuais: O verbo deve concordar fazer isso também?”, pergunta Bob Dylan em “New Morning”.
com o número expresso na porcentagem: Bob Dylan verbaliza um anseio sentido por todos nós, humanos
Só 1% dos eleitores se absteve de votar. supersocializados: o anseio de nos livrarmos de todos os
Só 2% dos eleitores se abstiveram de votar. constrangimentos artificiais decorrentes do fato de vivermos em
Foram destruídos 20% da mata. uma sociedade civilizada em que às vezes nos sentimos presos
“Cerca de 40% do território ficam abaixo de 200 metros.” a uma correia. Um conjunto cultural de regras tácitas e inibições
(Antônio Hauaiss) está sempre governando as nossas interações cotidianas com os
outros.
Em casos como o da última frase, a concordância efetua-se, Uma das razões pelas quais os cachorros nos atraem é o fato
pela lógica, no feminino (oitenta e duas entre cem mulheres), de eles serem tão desinibidos e livres. Parece que eles jogam
ou, seguindo o uso geral, no masculino, por se considerar a com as suas próprias regras, com a sua própria lógica interna.
porcentagem um conjunto numérico invariável em gênero. Eles vivem em um universo paralelo e diferente do nosso - um
universo que lhes concede liberdade de espírito e paixão pela
- Concordância com o pronome nós subentendido: O verbo vida enormemente atraentes para nós. Um cachorro latindo ao
concorda com o pronome subentendido nós em frases do tipo: vento ou uivando durante a noite faz agitar-se dentro de nós
Todos estávamos preocupados. (= Todos nós estávamos alguma coisa que também quer se expressar.
preocupados.) Os cachorros são uma constante fonte de diversão para
Os dois vivíamos felizes. (=Nós dois vivíamos felizes.) nós porque não prestam atenção as nossas convenções sociais.
“Ficamos por aqui, insatisfeitos, os seus amigos.” (Carlos Metem o nariz onde não são convidados, pulam para cima
Drummond de Andrade) do sofá, devoram alegremente a comida que cai da mesa. Os
cachorros raramente se refreiam quando querem fazer alguma
- Não restam senão ruínas: Em frases negativas em que senão coisa. Eles não compartilham conosco as nossas inibições. Suas
equivale a mais que, a não ser, e vem seguido de substantivo no emoções estão ã flor da pele e eles as manifestam sempre que
plural, costuma-se usar o verbo no plural, fazendo-o concordar as sentem.
com o sujeito oculto outras coisas. Exemplos: (Adaptado de Matt Weistein e Luke Barber. Cão que
Do antigo templo grego não restam senão ruínas. (Isto é: late não morde.
não restam outras coisas senão ruínas.) Trad. de Cristina Cupertino. S.Paulo: Francis, 2005. p 250)
Da velha casa não sobraram senão escombros.
“Para os lados do sul e poente, não se viam senão edifícios A frase em que se respeitam as normas de concordância
queimados.” (Alexandre Herculano) verbal é:
“Por toda a parte não se ouviam senão gemidos ou clamores.” (A) Deve haver muitas razões pelas quais os cachorros nos
(Rebelo da Silva) atraem.
Segundo alguns autores, pode-se, em tais frases, efetuar a (B) Várias razões haveriam pelas quais os cachorros nos
concordância do verbo no singular com o sujeito subentendido atraem.
nada: (C) Caberiam notar as muitas razões pelas quais os cachorros
Do antigo templo grego não resta senão ruínas. (Ou seja: não nos atraem.
resta nada, senão ruínas.) (D) Há de ser diversas as razões pelas quais os cachorros nos
Ali não se via senão (ou mais que) escombros. atraem.
As duas interpretações são boas, mas só a primeira tem (E) Existe mesmo muitas razões pelas quais os cachorros
tradição na língua. nos atraem.

- Concordância com formas gramaticais: Palavras no 03. (TST - Analista Judiciário - Contabilidade - FCC/2012)
plural com sentido gramatical e função de sujeito exigem o
verbo no singular: Uma pergunta
“Elas” é um pronome pessoal. (= A palavra elas é um
pronome pessoal.) Frequentemente cabe aos detentores de cargos de
Na placa estava “veiculos”, sem acento. responsabilidade tomar decisões difíceis, de graves
“Contudo, mercadores não tem a força de vendilhões.” consequências. Haveria algum critério básico, essencial, para
(Machado de Assis) amparar tais escolhas? Antonio Gramsci, notável pensador
e político italiano, propôs que se pergunte, antes de tomar a
- Mais de, menos de: O verbo concorda com o substantivo decisão: - Quem sofrerá?
que se segue a essas expressões: Para um humanista, a dor humana é sempre prioridade a se
Mais de cem pessoas perderam suas casas, na enchente. considerar.
Sobrou mais de uma cesta de pães.
Gastaram-se menos de dois galões de tinta. (Salvador Nicola, inédito)
Menos de dez homens fariam a colheita das uvas.
O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se no
Questões singular para preencher adequadamente a lacuna da frase:
(A) A nenhuma de nossas escolhas ...... (poder) deixar de
01. (Prefeitura de Praia Grande/SP - Agente corresponder nossos valores éticos mais rigorosos.
Administrativo - IBAM - 2012) (B) Não se ...... (poupar) os que governam de refletir sobre o

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APOSTILAS OPÇÃO
peso de suas mais graves decisões. Analise a frase a seguir: “30% da população apoiam”.
(C) Aos governantes mais responsáveis não ...... (ocorrer) Uma frase construída por uma porcentagem seguida de um
tomar decisões sem medir suas consequências. partitivo tanto pode ter sua concordância verbal realizada com a
(D) A toda decisão tomada precipitadamente ...... (costumar) porcentagem quanto com o partitivo. A esse respeito, assinale a
sobrevir consequências imprevistas e injustas. alternativa que mostra uma concordância inaceitável.
(E) Diante de uma escolha, ...... (ganhar) prioridade, (A) 1,4 dos uruguaios apoiam.
recomenda Gramsci, os critérios que levam em conta a dor (B) 1,3 da população apoia.
humana. (C) 2,2 da população apoiam.
(D) 3,3 dos uruguaios apoiam.
04. (TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Engenharia (E) 1,8 da população uruguaia apoiam.
Elétrica - FCC/2012)
Em um belo artigo, o físico Marcelo Gleiser, analisando a 07. (CPTM - Analista Administrativo Júnior -
constatação do satélite Kepler de que existem muitos planetas Makiyama/2012) Assinale a alternativa correta quanto à
com características físicas semelhantes ao nosso, reafirmou sua concordância.
fé na hipótese da Terra rara, isto é, a tese de que a vida complexa (A) Tratam-se de questões sociais.
(animal) é um fenômeno não tão comum no Universo. (B) Vendeu-se todos os ingressos.
Gleiser retoma as ideias de Peter Ward expostas de modo (C) Comentou-se as suas atitudes
persuasivo em “Terra Rara”. Ali, o autor sugere que a vida (D) Necessita-se de colaboradores.
microbiana deve ser um fenômeno trivial, podendo pipocar até (E) Avaliou-se os riscos
em mundos inóspitos; já o surgimento de vida multicelular na
Terra dependeu de muitas outras variáveis físicas e históricas, 08. Texto:
o que, se não permite estimar o número de civilizações ONU pede ampliação de programas sociais do Brasil SÃO
extra terráqueas, ao menos faz com que reduzamos nossas PAULO – Os programas adotados no governo federal ainda
expectativas. não são suficientes para lidar com problemas de desigualdade,
Uma questão análoga só arranhada por Ward é a da reforma agrária, moradia, educação e trabalho escravo, informou
inexorabilidade da inteligência. A evolução de organismos ontem a Organização das Nações Unidas (ONU). Comitê da
complexos leva necessariamente à consciência e à inteligência? entidade pelos direitos econômicos e sociais pede uma revisão
Robert Wright diz que sim, mas seu argumento é mais do Bolsa-Família, uma maior eficiência do programa e sua
matemático do que biológico: complexidade engendra “universalização”. Por fim, constata: a cultura da violência e da
complexidade, levando a uma corrida armamentista entre impunidade reina no País.
espécies cujo subproduto é a inteligência. A ONU sugere que o Brasil amplie o Bolsa-Família para
Stephen J. Gould e Steven Pinker apostam que não. Para camadas da população que não recebem os benefícios,
eles, é apenas devido a uma sucessão de pré-adaptações e incluindo os indígenas. E cobra a “revisão” dos mecanismos de
coincidências que alguns animais transformaram a capacidade acompanhamento do programa para garantir acesso de todas as
de resolver problemas em estratégia de sobrevivência. Se famílias pobres, aumentando ainda a renda distribuída.
rebobinássemos o filme da evolução e reencenássemos o Há duas semanas, o comitê sabatinou membros do governo
processo mudando alguns detalhes do início, seriam grandes as em Genebra, na Suíça. O documento com as sugestões é resultado
chances de não chegarmos a nada parecido com a inteligência. da avaliação dos peritos do comitê que inclui o exame de dados
(Adaptado de Hélio Schwartsman. Folha de S. passados pelo governo e por cinco relatórios alternativos
Paulo, 28/10/2012) apresentados por organizações não-governamentais (ONGs).
Os peritos reconhecem os avanços no combate à pobreza,
A frase em que as regras de concordância estão plenamente mas insistem que a injustiça social prevalece. Um dos pontos
respeitadas é: considerados como críticos é a diferença de expectativa de
(A) Podem haver estudos que comprovem que, no passado, vida e de pobreza entre brancos e negros. A sugestão da ONU
as formas mais complexas de vida - cujo habitat eram oceanos é que o governo tome medidas “mais focadas”. Na visão do
ricos em nutrientes - se alimentavam por osmose. órgão, a exclusão é decorrente da alta proporção de pessoas
(B) Cada um dos organismos simples que vivem na natureza sem qualquer forma de segurança social, muitos por estarem no
sobrevivem de forma quase automática, sem se valerem de setor informal da economia.
criatividade e planejamento.
(C) Desde que observe cuidados básicos, como obter energia (www.estadao.com.br/nacional/not_nac377078,0.htm.
por meio de alimentos, os organismos simples podem preservar 26.05.2009. Adaptado)
a vida ao longo do tempo com relativa facilidade.
(D) Alguns animais tem de se adaptar a um ambiente cheio de Observe as frases:
dificuldades para obter a energia necessária a sua sobrevivência I. Reina no País a violência e a impunidade.
e nesse processo expõe- se a inúmeras ameaças. II. Fazem duas semanas que o comitê da ONU sabatinou
(E) A maioria dos organismos mais complexos possui um membros do governo em Genebra, na Suíça.
sistema nervoso muito desenvolvido, capaz de se adaptar a III. De acordo com o relatório da ONU, cabe às autoridades
mudanças ambientais, como alterações na temperatura. brasileiras medidas mais austeras no combate à pobreza.
IV. Não apenas a revisão dos mecanismos de acompanhamento
05. (PRODEST/ES – ASSISTENTE ORGANIZACIONAL – do programa como também o aumento da renda distribuída são
VUNESP/2014) De acordo com a norma-padrão da língua cobrados pela ONU.
portuguesa, a concordância verbal está correta em:
(A) Ela não pode usar o celular e chamar um taxista, pois Quanto à concordância verbal, está correto apenas o contido
acabou os créditos. em:
(B) Esta empresa mantêm contato com uma rede de táxis (A) I.
que executa diversos serviços para os clientes. (B) IV.
(C) À porta do aeroporto, havia muitos táxis disponíveis para (C) I e III.
os passageiros que chegavam à cidade. (D) I e IV.
(D) Passou anos, mas a atriz não se esqueceu das calorosas (E) II, III e IV.
lembranças que seu tio lhe deixou.
(E) Deve existir passageiros que aproveitam a corrida de táxi Respostas
para bater um papo com o motorista.
01. Resposta C
06. (PREFEITURA DE JOÃO PESSOA/PB – AGENTE O verbo se flexiona para concordar com o seu sujeito, por
EDUCACIONAL – FGV/2014) isso alternativa C é a correta.

Língua Portuguesa 41
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APOSTILAS OPÇÃO
02. Resposta A das calorosas lembranças que seu tio lhe deixou.
Quando acompanhado de verbo auxiliar, o verbo impessoal (E) Deve (devem) existir passageiros que aproveitam a
transmite ao auxiliar a sua impessoalidade. corrida de táxi para bater um papo com o motorista.
EX.: Deverá haver feiras de artesanato na praça. A mais recente pesquisa, elaborada pelo Instituto...,
Vai fazer cinco anos que te vi.  mostrou que 38%... A PESQUISA MOSTROU (sujeito “pesquisa”
concordando com verbo “mostrar”). Essa é a real justificativa.
03. Resposta C
A questão diz respeito a concordância verbal, logo, nesse 06. Resposta E
tipo de questão, deve-se achar o sujeito pra analisar se o verbo (A) 1,4 dos uruguaios apoiam.
vai pro plural ou não, dessa forma: (B) 1,3 da população apoia.
a) A nenhuma de nossas escolhas ...... (poder) deixar de (C) 2,2 da população apoiam.
corresponder nossos valores éticos mais rigorosos. (D) 3,3 dos uruguaios apoiam.
Colocando na ordem direta: Nossos valores éticos PODEM (E) 1,8 da população uruguaia apoiam. = apoia (tanto o
deixar de corresponder a nenhuma de nossas escolhas. (Sujeito numeral quanto o substantivo estão no singular)
no plural, verbo no plural!)
b) Não se ...... (poupar) os que governam de refletir sobre o 07. Resposta D
peso de suas mais graves decisões. Necessita-se de novos colaboradores
Colocando na ordem direta: Não se POUPEM os que Está correto, pois o verbo necessitar é transitivo indireto
governam... (A sentença está na voz passiva, tendo como sujeito seu sujeito é indeterminado e “de novos colaboradores” é objeto
paciente “Os que governam”. Dessa forma, sujeito no plural, indireto, o qual não concorda com o sujeito.
verbo no plural!!)
c) Aos governantes mais responsáveis não ...... (ocorrer) 08. Resposta D
tomar decisões sem medir suas consequências. I – Quando o sujeito composto aparece posposto ao verbo,
Colocando na ordem direta: Tomar decisões sem medir suas este pode concordar com o núcleo mais próximo (no caso
consequências não OCORRE aos governantes mais responsáveis. “violência”)
(Sujeito oracional, verbo no singular! Aqui está o nosso gabarito!) II – Na indicação de tempo decorrido, o verbo “fazer” é
d) A toda decisão tomada precipitadamente ...... (costumar) impessoal, devendo, pois, ser conjugado na 3º pessoa do singular.
sobrevir consequências imprevistas e injustas. III – O verbo “caber” deve concordar com o núcleo do sujeito
Colocando na ordem direta: Consequências imprevistas (medidas), sendo, então, conjugado na 3º pessoa do plural.
e injustas COSTUMAM sobrevir a toda decisão tomada IV – A locução verbal foi flexionada para concordar com o
precipitadamente. (Consequências imprevistas e injustas é o sujeito composto, cujos núcleos são “revisão” e “aumento”.
sujeito, portanto, sujeito no plural, verbo no plural!)
e) Diante de uma escolha, ...... (ganhar) prioridade, recomenda
Gramsci, os critérios que levam em conta a dor humana. VI - Regência nominal e verbal;
Colocando na ordem direta: Os critérios que levam em conta
a dor humana GANHAM prioridade, diante de uma escolha, crase
recomenda Gramsci. (Os critérios que levam em conta a dor
humana é o sujeito, portanto, sujeito no plural, verbo no plural!) Regência Nominal

04. Resposta E Regência nominal é a relação de dependência que se


Segue alguns erros apontados: estabelece entre o nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e
a) Podem haver estudos que comprovem que, no passado, o termo por ele regido. Certos substantivos e adjetivos admitem
as formas mais complexas de vida - cujo habitat eram oceanos mais de uma regência. Na regência nominal o principal papel é
ricos em nutrientes - se alimentavam por osmose. ERRADA. Isso desempenhado pela preposição.
porque o “haver” está no sentido de existir e, portanto impessoal, No estudo da regência nominal, é preciso levar em conta
transferindo a sua impessoalidade para o seu auxiliar. que vários nomes apresentam exatamente o mesmo regime
b) Cada um dos organismos simples que vivem na natureza dos verbos de que derivam. Conhecer o regime de um verbo
sobrevivem de forma quase automática, sem se valerem de significa, nesses casos, conhecer o regime dos nomes cognatos.
criatividade e planejamento. ERRADA. A expressão “Cada um” Observe o exemplo:
pede verbo no singular, o correto seria VIVE Verbo obedecer e os nomes correspondentes: todos regem
c) Desde que observe cuidados básicos, como obter energia complementos introduzidos pela preposição “a”.
por meio de alimentos, os organismos simples podem preservar Obedecer a algo/ a alguém.
a vida ao longo do tempo com relativa facilidade. ERRADA. Eu Obediente a algo/ a alguém.
acredito que seja porque quem deve observar cuidados básicos Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados
são os organismos simples e portanto o verbo deveria estar no da preposição ou preposições que os regem. Observe-os
plural: Desde que observem... É isso? atentamente e procure, sempre que possível, associar esses
d) Alguns animais tem de se adaptar a um ambiente cheio de nomes entre si ou a algum verbo cuja regência você conhece.
dificuldades para obter a energia necessária a sua sobrevivência
e nesse processo expõe- se a inúmeras ameaças. ERRADO, o quê
ou quem tem de se adaptar? Alguns animais, portanto deveria Acessível A Este cargo não é acessível a todos
ser: Alguns animais têm de se.... A O acesso para a região ficou
e) A maioria dos organismos mais complexos possui um Acesso
PARA impossível
sistema nervoso muito desenvolvido, capaz de se adaptar a
mudanças ambientais, como alterações na temperatura. CERTO. A Todos estavam acostumados a
Acostumado
A expressão “a maioria” seguida de substantivo no plural aceita COM ouvílo
tanto verbo no plural quanto no singular.
Adaptado A Foi difícil adaptarme a esse clima
05. Resposta C COM Tinha um jeito afável para com os
(A) Ela não pode usar o celular e chamar um taxista, pois Afável
PARA COM turistas
acabou os créditos. = acabaram
(B) Esta empresa mantêm contato com uma rede de táxis que COM Ficaram aflitos com o resultado
Aflito
executa diversos serviços para os clientes. = mantém (singular) POR do teste
(C) À porta do aeroporto, havia muitos táxis disponíveis para A Sua saída não foi agradável à
os passageiros que chegavam à cidade. = correta Agradável
DE equipe
(D) Passou anos (passaram-se), mas a atriz não se esqueceu

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APOSTILAS OPÇÃO
Questões
A
Alheio Estavam alheios às críticas
DE
01. (AEB - CETRO- Assistente em C&T 3-I - Apoio
A Administrativo / 2014) Assinale a alternativa em que a
Aliado O rústico aliado com o moderno
COM preposição “a” não deva ser empregada, de acordo com a
O professor fez alusão à prova regência nominal.
Alusão A (A) A confiança é necessária ____ qualquer relacionamento.
final
(B) Os pais de Pâmela estão alheios ____ qualquer decisão.
A Ele demonstrava grande amor à (C) Sirlene tem horror ____ aves.
Amor
POR namorada (D) O diretor está ávido ____ melhores metas.
A (E) É inegável que a tecnologia ficou acessível ____ toda
Antipatia Sentia antipatia por ela população.
POR
A 02. Quanto a amigos, prefiro João.....Paulo,.....quem sinto......
Apto Estava apto para ocupar o cargo
PARA simpatia.
A (A) a, por, menos
Aversão Sempre tive aversão à política (B) do que, por, menos
POR
(C) a, para, menos
DE A certeza de encontrálo (D) do que, com, menos
Certeza
EM novamente a animou (E) do que, para, menos
O projeto está coerente com a
Coerente COM 03. Assinale a opção em que todos adjetivos podem ser
proposta
seguidos pela mesma preposição:
Essa nova versão é compatível (A) ávido, bom, inconsequente
Compatível COM
com meu aparelho (B) indigno, odioso, perito
Equivalente A Um quilo equivale a mil gramas (C) leal, limpo, oneroso
(D) orgulhoso, rico, sedento
Favorável A Sou favorável à sua candidatura (E) oposto, pálido, sábio

DE Tenho muito gosto em participar 04. “As mulheres da noite,......o poeta faz alusão a colorir
Gosto Aracaju,........coração bate de noite, no silêncio”. A opção que
EM desta brincadeira
completa corretamente as lacunas da frase acima é:
Grata a todos que me ensinaram (A) as quais, de cujo
Grato A
a ensinar (B) a que, no qual
A (C) de que, o qual
Horror Tinha horror a quiabo refogado (D) às quais, cujo
DE
(E) que, em cujo
A A medida foi necessária para
Necessárío
PARA acabar com tanta dúvida
05. (Prefeitura de Ibitinga SP - CONSESP-Escriturário /
As regras são passíveis de 2012) Com relação à Regência Nominal, indique a alternativa
Passível DE
mudanças em que esta foi corretamente empregada.
(A) A colocação de cartazes na rua foi proibida.
Preferível A Tudo era preferível à sua queixa (B) É bom aspirar ao ar puro do campo.
(C) Ele foi na Grécia.
A Os vencedores estavam próximos
Próximo (D) Obedeço o Código de Trânsito.
DE dos fãs

Residente EM Eles residem em minha cidade 06. Assinale a alternativa que contém as respostas corretas.
I. Visando apenas os seus próprios interesses, ele,
A involuntariamente, prejudicou toda uma família.
COM II. Como era orgulhoso, preferiu declarar falida a firma a
DE aceitar qualquer ajuda do sogro.
Respeito É necessário o respeito às leis
ENTRE III. Desde criança sempre aspirava a uma posição de
PARA COM destaque, embora fosse tão humilde.
POR IV. Aspirando o perfume das centenas de flores que
COM
enfeitavam a sala, desmaiou.
DE Ficaram satisfeitos com o
(A) II, III, IV
Satisfeito (B) I, II, III
EM desempenho do jogador
POR
(C) I, III, IV
(D) I, III
Semelhante A Essa questão é semelhante à outra (E) I, II

Pessoas que sofrem com insônia 07. Assinale o item em que há erro quanto à regência:
Sensível A podem ser mais (A) São essas as atitudes de que discordo.
sensíveis à dor (B) Há muito já lhe perdoei.
Minha casa está situada na (C) Ele foi acusadso por roubar aquela maleta.
Situado EM (D) Costumo obedecer a preceitos éticos.
Avenida Internacional
(E) A enfermeira assistiu irrepreensivelmente o doente.
Suspeito DE O suspeito do furto foi preso
08. Dentre as frases abaixo, uma apenas apresenta a regência
A nominal correta. Assinale-a:
Útil Esse livro é útil para os estudos
PARA (A) Ele não é digno a ser seu amigo.
(B) Baseado laudos médicos, concedeu-lhe a licença.
Vazio DE Minha vida está vazia de sonhos (C) A atitude do Juiz é isenta de qualquer restrição.
(D) Ele se diz especialista para com computadores
eletrônicos.

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APOSTILAS OPÇÃO
(E) A equipe foi favorável por sua candidatura. e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais). O
estudo da regência verbal permite-nos ampliar nossa capacidade
09. (TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - Prova versão expressiva, pois oferece oportunidade de conhecermos as
1 - VUNESP) Assinale a alternativa em que o período, adaptado diversas significações que um verbo pode assumir com a simples
da revista Pesquisa Fapesp de junho de 2012, está correto mudança ou retirada de uma preposição.
quanto à regência nominal e à pontuação.
(A) Não há dúvida que as mulheres ampliam, rapidamente, A mãe agrada o filho. (agradar significa acariciar, contentar)
seu espaço na carreira científica ainda que o avanço seja mais A mãe agrada ao filho. (agradar significa “causar agrado ou
notável em alguns países, o Brasil é um exemplo, do que em prazer”, satisfazer)
outros. Logo, conclui-se que “agradar alguém” é diferente de
(B) Não há dúvida que as mulheres ampliam rapidamente, “agradar a alguém”.
seu espaço na carreira científica, ainda que, o avanço seja mais
notável em alguns países (o Brasil é um exemplo) do que em O conhecimento do uso adequado das preposições é um
outros. dos aspectos fundamentais do estudo da regência verbal (e
(C) Não há dúvida de que, as mulheres, ampliam rapidamente também nominal). As preposições são capazes de modificar
seu espaço na carreira científica; ainda que o avanço seja mais completamente o sentido do que se está sendo dito.
notável, em alguns países, o Brasil é um exemplo!, do que em
outros. Cheguei ao metrô.
(D) Não há dúvida de que as mulheres, ampliam rapidamente Cheguei no metrô.
seu espaço, na carreira científica, ainda que o avanço seja mais
notável, em alguns países: o Brasil é um exemplo, do que em No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no segundo
outros. caso, é o meio de transporte por mim utilizado. A oração “Cheguei
(E) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapidamente no metrô”, popularmente usada a fim de indicar o lugar a que se
seu espaço na carreira científica, ainda que o avanço seja mais vai, possui, no padrão culto da língua, sentido diferente. Aliás, é
notável em alguns países – o Brasil é um exemplo – do que em muito comum existirem divergências entre a regência coloquial,
outros. cotidiana de alguns verbos, e a regência culta.

Respostas Abdicar: renunciar ao poder, a um cargo, título desistir. Pode


ser intransitivo (VI não exige complemento) / transitivo direto
01. Resposta D (TD) ou transitivo indireto (TI + preposição): D. Pedro abdicou
Correção: O diretor está ávido DE melhores metas. em 1831. (VI); A vencedora abdicou o seu direto de rainha.
(VTD); Nunca abdicarei de meus direitos. (VTI)
02. Resposta A
O verbo preferir é acompanhado pela preposição “A”. Abraçar: empregase sem preposição no sentido de apertar
nos braços: A mãe abraçoua com ternura. (VTD); Abraçouse a
03. Resposta D mim, chorando. (VTI)
Orgulhoso por
Rico por Agradar: empregase com preposição no sentido de
Sedento por contentar, satisfazer.(VTI): A banda Legião Urbana agrada aos
jovens. (VTI); Empregase sem preposição no sentido de acariciar,
04. Resposta D mimar: Márcio agradou a esposa com um lindo presente. (VTD)
“Às quais” retoma o termo “as mulheres”.
“Cujo” – pronome utilizado no sentido de posse, fazendo Ajudar: empregase sem preposição; objeto direto de pessoa:
referência ao termo antecedente e ao substantivo subsequente. Eu ajudavaa no serviço de casa. (VTD)

05. Resposta A Aludir: (=fazer alusão, referirse a alguém), empregase com


Alternativa B: Aspirar, sentido de inalar, sem preposição – preposição: Na conversa aludiu vagamente ao seu novo projeto.
aspirar o ar (VTI)
Alternativa C: Ir a algum lugar
AAlternativa D: Obedecer a algo / obedecer a alguém Ansiar: empregase sem preposição no sentido de causar
malestar, angustiar: A emoção ansiavame. (VTD); Empregase
06. Resposta A com preposição no sentido de desejar ardentemente por:
Frase incorreta: I. Visando apenas os seus próprios Ansiava por vêlo novamente. (VTI)
interesses, ele, involuntariamente, prejudicou toda uma família.
Correção: I. Visando apenas Aos seus próprios interesses, Aspirar: empregase sem preposição no sentido de respirar,
ele, involuntariamente, prejudicou toda uma família. cheirar: Aspiramos um ar excelente, no campo. (VTD) Empregase
com preposição no sentido de querer muito, ter por objetivo:
07. Resposta C Gincizinho aspira ao cargo de diretor da Penitenciária. (VTI)
Correção: Ele foi acusado de roubar aquela maleta.
08. Resposta C Assistir: empregase com preposição no sentido de ver,
Alternativa A: digno DE presenciar: Todos assistíamos à novela Almas Gêmeas. (VTI)
Alternativa B: baseado EM/SOBRE Nesse caso, o verbo não aceita o pronome lhe, mas apenas os
Alternativa D: especialista EM pronomes pessoais retos + preposição: O filme é ótimo. Todos
Alternativa E: favorável A querem assistir a ele. (VTI). Empregase sem / com preposição
no sentido de socorrer, ajudar: A professora sempre assiste
09. Resposta E os alunos com carinho. (VTD); A professora sempre assiste
Quem tem dúvida, tem dúvida “DE” alguma coisa (já elimina aos alunos com carinho. (VTI). Empregase com preposição no
a alternativa A e B) as mulheres ampliam. sentido de caber, ter direito ou razão: O direito de se defender
Não se separa o sujeito do verbo (elimina a alternativa C e D). assiste a todos. (VTI). No sentido de morar, residir é intransitivo
Só sobra alternativa E. e exige a preposição em: Assiste em Manaus por muito tempo.
(VI).
Regência Verbal
Atender: empregado sem preposição no sentido de
A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre receber alguém com atenção: O médico atendeu o cliente
os verbos e os termos que os complementam (objetos diretos pacientemente. (VTD). No sentido de ouvir, conceder: Deus

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atendeu minhas preces. (VTD); Atenderemos quaisquer pedido Implicar: empregase com preposição no sentido de ter
via internet. Empregase com preposição no sentido de dar implicância com alguém: Nunca implico com meus alunos.
atenção a alguém: Lamento não poder atender à solicitação de (VTI). Empregase sem preposição no sentido de acarretar,
recursos. (VTI). Empregase com preposição no sentido de ouvir envolver: A queda do dólar implica corrida ao over. (VTD); O
com atenção o que alguém diz: Atenda ao telefone, por favor; desestímulo ao álcool combustível implica uma volta ao passado.
Atenda o telefone. (preferência brasileira). (VTD). Empregase sem preposição no sentido de embaraçar,
comprometer: O vizinho implicouo naquele caso de estupro.
Avisar: avisar alguém de alguma coisa: O chefe avisou os (VTD). É inadequada a regência do verbo implicar em: Implicou
funcionários de que os documentos estavam prontos. (VTD); em confusão.
Avisaremos os clientes da mudança de endereço. (VTD). Já tem
tradição na língua o uso de avisar como OI de pessoa e OD de Informar: o verbo informar possui duas construções, VTD
coisa; Avisamos aos clientes que vamos atendêlos em novo e VTI: Informeio que sua aposentaria saiu. (VTD); Informeilhe
endereço. que sua aposentaria saiu. (VTI); Informouse das mudanças logo
cedo. (inteirarse, verbo pronominal)
Bater: empregase com preposição no sentido de dar
pancadas em alguém: Os irmãos batiam nele (ou batiamlhe) Investir: empregase com preposição (com ou contra) no
à toa; Nervoso, entrou em casa e bateu a porta; (fechou com sentido de atacar, é TI: O touro Bandido investiu contra Tião.
força); Foi logo batendo à porta; (bater junto à porta, para Empregado como verbo transitivo direto e índireto, no sentido
alguém abrir); Para que ele pudesse ouvir, era preciso bater na de dar posse: O prefeito investiu Renata no cargo de assessora.
porta de seu quarto; (dar pancadas). (VTDI). Empregase sem preposição no sentido também de
empregar dinheiro, é TD: Nós investimos parte dos lucros em
Casar: Marina casou cedo e pobre. (VI não exige pesquisas científicas. (VTD).
complemento). Você é realmente digno de casar com minha
filha. (VTI com preposição). Ela casou antes dos vinte anos. Morar: antes de substantivo rua, avenida, usase morar
(VTD sem preposição). O verbo casar pode vir acompanhado com a preposição em: D. Marina Falcão mora na Rua Dorival de
de pronome reflexivo: Ela casou com o seu grande amor; ou Ela Barros.
casouse com seu grande amor.
Namorar: a regência correta deste verbo é namorar
Chamar: empregase sem preposição no sentido de convocar; alguém e NÃO namorar com alguém: Meu filho, Paulo César,
O juiz chamou o réu à sua presença. (VTD). Empregase com ou namora Cristiane. Marcelo namora Raquel.
sem preposição no sentido de denominar, apelidar, construido
com objeto + predicativo: Chamouo covarde. (VTD) / Chamouo Necessitar: empregase com verbo transitivo direto ou
de covarde. (VID); Chamoulhe covarde. (VTI) / Chamoulhe de indireto, no sentido de precisar: Necessitávamos o seu apoio;
covarde. (VTI); Chamava por Deus nos momentos dificeis. (VTI). Necessitávamos de seu apoio. (VTDI).

Chegar: o verbo chegar exige a preposição a quando indica Obedecer / Desobedecer: empregase com verbo transitivo
lugar: Chegou ao aeroporto meio apressada. Como transitivo direto e indireto no sentido de cumprir ordens: Obedecia às
direto (VTD) e intransitivo (VI) no sentido de aproximar; irmãs e irmãos; Não desobedecia às leis de trânsito.
Chegueime a ele.
Pagar: empregase sem preposição no sentido de saldar
Contentarse: empregase com as preposições com, de, em: coisa, é VTI: Cida pagou o pão; Paguei a costura. Emprega-se
Contentamse com migalhas. (VTI); Contentome em aplaudir com preposição no sentido de remunerar pessoa, é VTI: Cida
daqui. pagou ao padeiro; Paguei à costureira. Empregase como verbo
transitivo direto e indireto, pagar alguma coisa a alguém: Cida
Custar: é transitivo direto no sentido de ter valor de, ser pagou a carne ao açougueiro. Por alguma coisa: Quanto pagou
caro. Este computador custa muito caro. (VTD). No sentido de pelo carro? Sem complemento: Assistiu aos jogos sem pagar.
ser difícil é TI. É conjugado como verbo reflexivo, na 3ª pessoa
do singular, e seu sujeito é uma oração reduzida de infinitivo: Pedir: somente se usa pedir para, quando, entre pedir e o
Custoume pegar um táxi; O carro custoume todas as economias. para, puder colocar a palavra licença. Caso contrário, dízse pedir
É transitivo direto e indireto (TDI) no sentido de acarretar: A que; A secretária pediu para sair mais cedo. (pediu licença);
imprudência custoulhe lágrimas amargas. (VTDI). A direção pediu que todos os funcionários comparecessem à
reunião.
Ensinar: é intransitivo no sentido de doutrinar, pregar:
Minha mãe ensina na FAI. (VTI). É transitivo direto no sentido Perdoar: empregase sem preposição no sentido de perdoar
de educar: Nem todos ensinam as crianças. (VTD). É transitivo coisa, é TD: Devemos perdoar as ofensas. (VTD). Empregase
direto e indireto no sentido de dar ínstrução sobre: Ensino os com preposição no sentido de conceder o perdão à pessoa, é TI:
exercícios mais dificeis aos meus alunos. (VTDI). Perdoemos aos nossos inimigos. (VTI). Empregase como verbo
transitivo direto e indireto no sentido de ter necessidade: A
Entreter: empregado como divertirse exige as preposições: mãe perdoou ao filho a mentira. (VTDI). Admite voz passiva:
a, com, em: Entretínhamonos em recordar o passado. Todos serão perdoados pelos pais.

Esquecer / Lembrar: estes verbos admitem as construções: Permitir: empregado com preposição, exige objeto indireto
Esqueci o endereço dele; Lembrei um caso interessante; de pessoa: O médico permitiu ao paciente que falasse. (VTI).
Esquecime do endereço dele; Lembreime de um caso Constróise com o pronome lhe e não o: O assistente permitiulhe
interessante. Esqueceu me seu endereço; Lembrame um caso que entrasse. Não se usa a preposição de antes de oração
interessante. Você pode observar que no 1º exemplo tanto o infinitiva: Os pais não lhe permite ir sozinha à festa do Peão. (e
verbo esquecer como lembrar, não são pronominais, isto é, não não de ir sozinha).
exigem os pronomes me, se, lhe, são transitivos diretos (TD).
Nos outros exemplos, ambos os verbos, esquecer e lembrar, Pisar: é verbo transitivo direto VTD: Tinha pisado o
exigem o pronome e a preposição de; são transitivos indiretos continente brasileiro. (não exige a preposição no).
e pronominais. No exemplo o verbo esquecer está empregado
no sentido de apagar da memória e o verbo lembrar está Precisar: empregase com preposição no sentido de ter
empregado no sentido de vir à memória. Na língua culta, os necessidade, é VTI: As crianças carentes precisam de melhor
verbos esquecer e lembrar quando usados com a preposição de, atendimento médico. (VTI). Quando o verbo precisar vier
exigem os pronomes. acompanhado de infinítivo, podese usar a preposição de; a

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língua moderna tende a dispensála: Você é rico, não precisa Visar: empregase sem preposição, como VTD, no sentido de
trabalhar muito. Usase, às vezes na voz passiva, com sujeito apontar ou pôr visto: O garoto visou o inocente passarinho; O
indeterminado: Precisase de funcionários competentes. (sujeito gerente visou a correspondência. Empregase com preposição,
indeterminado). Empregase sem preposição no sentido de como VTI, no sentido de desejar, pretender: Todos visam ao
indicar com exatidão: Perdeu muito dinheiro no jogo, mas não reconhecimento de seus esforços.
sabe precisar a quantia. (VTD).
Casos Especiais
Preferir: empregase sem preposição no sentido de ter
preferência. (sem escolha): Prefiro dias mais quentes. (VTD). Dar-se ao trabalho ou dar-se o trabalho? Ambas as
Preferir VTDI, no sentido de ter preferência, exige a preposição construções são corretas. A primeira é mais aceita: Dava-se ao
a: Prefiro dançar a nadar; Prefiro chocolate a doce de leite. Na trabalho de responder tudo em Inglês. O mesmo se dá com: dar-
linguagem formal, culta, é inadequado usar este verbo reforçado se ao / o incômodo; poupar-se ao /o trabalho; dars-e ao /o luxo.
pelas palavras ou expressões: antes, mais, muito mais, mil vezes
mais, do que. Propor-se alguma coisa ou propor-se a alguma coisa?
Propor-se, no sentido de ter em vista, dispor-se a, pode vir com
Presidir: empregase com objeto direto ou objeto indireto, ou sem a preposição a: Ela se propôs levá-lo/ a levá-lo ao circo.
com a preposição a: O reitor presidiu à sessão; O reitor presidiu
a sessão. Passar revista a ou passar em revista? Ambas estão corretas,
porém a segunda construção é mais frequente: O presidente
Prevenir: admite as construções: A paciência previne passou a tropa em revista.
dissabores; Preveni minha turma; Quero prevenilos;
Prevenimonos para o exame final. Em que pese a - expressão concessiva equivalendo a ainda
que custe a, apesar de, não obstante: “Em que pese aos inimigos
Proceder: empregase como verbo intransitivo no sentido do paraense, sinceramente confesso que o admiro.” (Graciliano
de ter fundamento: Sua tese não procede. (VI). Empregase Ramos)
com a preposição de no sentido de originarse, vir de: Muitos
males da humanidade procedem da falta de respeito ao próximo. Observações Finais
Empregase como transitivo indireto com a preposição a, no
sentido de dar início: Procederemos a uma investigação rigorosa. Os verbos transitivos indiretos (exceção ao verbo obedecer),
(VTI) não admitem voz passiva. Os exemplos citados abaixo são
considerados inadequados.
Querer: empregase sem preposição no sentido de desejar: O filme foi assistido pelos estudantes; O cargo era visado
Quero vêlo ainda hoje. (VTD). Empregase com preposição no por todos; Os estudantes assistiram ao filme; Todos visavam
sentido de gostar, ter afeto, amar: Quero muito bem às minhas ao cargo.
cunhadas Vera e Ceiça. Não se deve dar o mesmo complemento a verbos de regências
diferentes, como: Entrou e saiu de casa; Assisti e gostei da
Residir: como o verbo morar, o verbo responder, constróise peça. Corrijase para: Entrou na casa e saiu dela; Assisti à peça
com a preposição em: Residimos em Lucélia, na Avenida e gostei dela.
Internacional. Residente e residência têm a mesma regencia de As formas oblíquas o, a, os, as funcionam como complemento
residir em. de verbos transitivos diretos, enquanto as formas lhe, lhes
funcionam como transitivos indiretos que exigem a preposição
Responder: empregase no sentido de responder alguma a. Convidei as amigas. Convideias; Obedeço ao mestre. Obedeço
coisa a alguém: O senador respondeu ao jornalista que o projeto lhe.
do rio São Francisco estava no final. (VTDI). Empregase no
sentido de responder a uma carta, a uma pergunta: Enrolou, Questões
enrolou e não respondeu à pergunta do professor.
01. (IFC - Auxiliar Administrativo - IFC). Todas as
Reverter: empregase no sentido de regressar, voltar ao alternativas estão corretas quanto ao emprego correto da
estado primitivo: Depois de aposentarse reverteu à ativa. regência do verbo, EXCETO:
Empregase no sentido de voltar para a posse de alguém: As (A) Faço entrega em domicílio.
jóias reverterão ao seu verdadeiro dono. Empregase no sentido (B) Eles assistem o espetáculo.
de destinarse: A renda da festa será revertida em beneficio da (C) João gosta de frutas.
Casa da Sopa. (D) Ana reside em São Paulo.
(E) Pedro aspira ao cargo de chefe.
Simpatizar / Antipatizar: empregamse com a preposição
com: Sempre simpatizei com pessoas negras; Antipatizei com ela 02. Assinale a opção em que o verbo
desde o primeiro momento. Estes verbos não são pronominais, chamar é empregado com o mesmo sentido que
isto é, não exigem os pronomes me, se, nos, etc: Simpatizeime apresenta em __ “No dia em que o chamaram de Ubirajara,
com você. (inadequado); Simpatizei com você. (adequado) Quaresma ficou reservado, taciturno e mudo”:
(A) pelos seus feitos, chamaram-lhe o salvador da pátria;
Subir: Subiu ao céu; Subir à cabeça; Subir ao trono; Subir ao (B) bateram à porta, chamando Rodrigo;
poder. Essas expressões exigem a preposição a. (C) naquele momento difícil, chamou por Deus e pelo Diabo;
(D) o chefe chamou-os para um diálogo franco;
Suceder: empregase com a preposição a no sentido de (E) mandou chamar o médico com urgência.
substituir, vir depois: O descanso sucede ao trabalho.
03. (Consórcio Intermunicipal Grande ABC -CAIP-
Tocar: empregase no sentido de pôr a mão, tocar alguém, IMES -Procurador / 2015) A regência verbal está correta na
tocar em alguém: Não deixava tocar o / no gato doente. alternativa:
Empregase no sentido de comover, sensibilizar, usase com (A) Ela quer namorar com o meu irmão.
OD: O nascimento do filho tocouo profundamente. Empregase (B) Perdi a hora da entrevista porque fui à pé.
no sentido de caber por sorte, herança, é OI: Tocoulhe, por (C) Não pude fazer a prova do concurso porque era de menor.
herança, uma linda fazenda. Empregase no sentido de ser (D) É preferível ir a pé a ir de carro.
da competência de, caber: Ao prefeito é que toca deferir ou
indeferir o projeto. 04. Em todas as alternativas, o verbo grifado foi empregado
com regência certa, exceto em:

Língua Portuguesa 46
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APOSTILAS OPÇÃO
(A) a vista de José Dias lembrou-me o que ele me dissera. O verbo “apirar” é utilizado no sentido de “querer / ter por
(B) estou deserto e noite, e aspiro sociedade e luz. objetivo”, assim, ele precisa ser procedido pela preposição “A”.
(C) custa-me dizer isto, mas antes peque por excesso;
(D) redobrou de intensidade, como se obedecesse a voz do 05. Resposta D
mágico; Regência dos verbos: ESQUECER – LEMBRAR
(E) quando ela morresse, eu lhe perdoaria os defeitos. - Lembrar algo – esquecer algo
- Lembrar-se de algo – esquecer-se de algo (pronominal)
05. (UFES – UFES - Engenheiro Civil / 2015) A regência No 1º caso, os verbos são transitivos diretos, ou seja exigem
verbal está INCORRETA em: complemento sem preposição.
(A) Proibiram-no de fumar.
(B) Ana comunicou sua mudança aos parentes mais íntimos. 06. Resposta A
(C) Prefiro Português a Matemática. O verbo “aspirar” com o sentido de almejar é transitivo
(D) A professora esqueceu da chave de sua casa no carro da indireto e pede a preposição “A”.
amiga. Correções:
(E) O jovem aspira à carreira militar. Custa-me crer; implicará demissão; prefiro trabalhar a
estudar.
06. A regência verbal está correta em:
(A) A funcionária aspirava ao cargo de chefia. 07. Resposta D
(B) Custo a crer que ela ainda volte. Não se deve usar crase antes de verbos no infinitivo.
(C) Sua atitude implicará em demissão
(D) Prefiro mais trabalhar que estudar. 08. Resposta E
O verbo “assistir” no sentido de prestar assistência, ajudar,
07. (Prefeitura de Carlos Barbosa RS – OBJETIVA – socorrer: usa-se sem preposição.
Agente Administrativo / 2015) Assinalar a alternativa em que
a regência verbal está INCORRETA:
(A) A prefeitura ainda atendia naquele período outras 16 VII - Emprego dos verbos
crianças de cidades da região.
(B) Eles contrataram moradores da região, e nós oferecemos regulares, irregulares e anômalos
a escola para os filhos destes funcionários.
(C) A prefeitura decidiu ampliar ainda mais a oferta de vagas
comprando e restaurando o antigo prédio do hospital. Verbo é a palavra que indica ação, movimento, fenômenos da
(D) A menina aprendeu à mexer no teclado brincando em natureza, estado, mudança de estado. Flexiona-se em número
casa e aperfeiçoou à técnica na escola. (singular e plural), pessoa (primeira, segunda e terceira), modo
(indicativo, subjuntivo e imperativo, formas nominais: gerúndio,
08. (TRE RS – CONSULPLAN – Analista Judiciário - infinitivo e particípio), tempo (presente, passado e futuro) e
Administrativa) Assinale a alternativa em que a regência verbal apresenta voz (ativa, passiva, reflexiva). De acordo com a vogal
é INCORRETA: temática, os verbos estão agrupados em três conjugações:
(A) Os colegas de Antônio implicam com o seu jeito de andar.
(B) José prefere vinho a cerveja. 1ª conjugação – ar: cantar, dançar, pular.
(C) O policial visou toda a documentação do motorista. 2ª conjugação – er: beber, correr, entreter.
(D) Ela sempre se levanta cedo para aspirar o ar da manhã. 3ª conjugação – ir: partir, rir, abrir.
(E) Um advogado assistiu ao motorista que atropelou aquele
rapaz. O verbo pôr e seus derivados (repor, depor, dispor, compor,
impor) pertencem a 2ª conjugação devido à sua origem latina
Respostas poer.

01. Resposta B Elementos Estruturais do Verbo: As formas verbais


A frase correta seria “Eles assistem ao espetáculo” apresentam três elementos em sua estrutura: Radical, Vogal
O verbo “assistir” causa dúvidas porque pode ser transitivo Temática e Tema.
direto ou indireto. No primeiro caso não admitirá preposição, já
no segundo sim. Portanto, quando a pergunta (a quê?) for feita Radical: elemento mórfico (morfema) que concentra o
ao verbo, este será transitivo indireto e quando o complemento significado essencial do verbo. Observe as formas verbais da 1ª
do verbo vir de forma direta, será transitivo direto. conjugação: contar, esperar, brincar. Flexionando esses verbos,
Veja: nota-se que há uma parte que não muda, e que nela está o
a) A enfermeira assistiu o paciente. (Assistiu quem? O significado real do verbo.
paciente! Ou seja, a pergunta é respondida diretamente, sem cont é o radical do verbo contar;
intermediários, sem preposição) esper é o radical do verbo esperar;
b) João assistiu ao programa do Jô! (Assistiu a quê? Ao brinc é o radical do verbo brincar.
programa! Logo, preposição a + artigo o)
Se tiramos as terminações ar, er, ir do infinitivo dos verbos,
02. Resposta A teremos o radical desses verbos. Também podemos antepor
No trecho citado no enunciado da questão o verbo “chamar” prefixos ao radical: des nutr ir / re conduz ir.
foi empregado com o sentido de “apelidar / intitular”. O mesmo
sentido do verbo foi empregado na alternativa A. Vogal Temática: é o elemento mórfico que designa a qual
conjugação pertence o verbo. Há três vogais temáticas: 1ª
03. Resposta D conjugação: a; 2ª conjugação: e; 3ª conjugação: i.
Correções:
Alternativa: Ela quer namorar o meu irmão. Tema: é o elemento constituído pelo radical mais a vogal
Alternativa B: Perdi a hora da entrevista porque fui a pé . Não temática: contar: -cont (radical) + a (vogal temática) = tema. Se
se usa crase pelo fato de pé ser palavra masculina, e então o ‘a’ não houver a vogal temática, o tema será apenas o radical: contei
fica sendo somente preposição, sem artigo. = cont ei.
Alternativa C: Não pude fazer a prova do concurso porque
era menor de idade. Desinências: são elementos que se juntam ao radical,
ou ao tema, para indicar as flexões de modo e tempo,
04. Resposta B desinências modo temporais e desinências número

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APOSTILAS OPÇÃO
pessoais. 1ª Conjugação: -AR
Contávamos Presente: danço, danças, dança, dançamos, dançais, dançam.
Cont = radical
Pretérito Perfeito: dancei, dançaste, dançou, dançamos,
a = vogal temática
dançastes, dançaram.
va = desinência modo temporal
mos = desinência número pessoal Pretérito Imperfeito: dançava, dançavas, dançava,
dançávamos, dançáveis, dançavam.
Flexões Verbais: Flexão de número e de pessoa: o verbo
Pretérito Mais-Que-Perfeito: dançara, dançaras, dançara,
varia para indicar o número e a pessoa.
dançáramos, dançáreis, dançaram.
- eu estudo – 1ª pessoa do singular;
- nós estudamos – 1ª pessoa do plural; Futuro do Presente: dançarei, dançarás, dançará,
- tu estudas – 2ª pessoa do singular; dançaremos, dançareis, dançarão.
- vós estudais – 2ª pessoa do plural;
Futuro do Pretérito: dançaria, dançarias, dançaria,
- ele estuda – 3ª pessoa do singular;
dançaríamos, dançaríeis, dançariam.
- eles estudam – 3ª pessoa do plural.
2ª Conjugação: -ER
- Algumas regiões do Brasil, usam o pronome tu de forma
Presente: como, comes, come, comemos, comeis, comem.
diferente da fala culta, exigida pela gramática oficial, ou seja,
tu foi, tu pega, tu tem, em vez de: tu fostes, tu pegas, tu tens. O Pretérito Perfeito: comi, comeste, comeu, comemos,
pronome vós aparece somente em textos literários ou bíblicos. comestes, comeram.
Os pronomes: você, vocês, que levam o verbo na 3ª pessoa, é o
Pretérito Imperfeito: comia, comias, comia, comíamos,
mais usado no Brasil.
comíeis, comiam.
- Flexão de tempo e de modo – os tempos situam o fato ou
a ação verbal dentro de determinado momento; pode estar Pretérito Mais-Que-Perfeito: comera, comeras, comera,
em plena ocorrência, pode já ter ocorrido ou não. Essas três comêramos, comêreis, comeram.
possibilidades básicas, mas não únicas, são: presente, pretérito,
Futuro do Presente: comerei, comerás, comerá, comeremos,
futuro.
comereis, comerão.
O modo indica as diversas atitudes do falante com relação ao Futuro do Pretérito: comeria, comerias, comeria,
fato que enuncia. São três os modos: comeríamos, comeríeis, comeriam.

- Modo Indicativo: a atitude do falante é de certeza, precisão: 3ª Conjugação: -IR


o fato é ou foi uma realidade; Apresenta presente, pretérito
Presente: parto, partes, parte, partimos, partis, partem.
perfeito, imperfeito e mais que perfeito, futuro do presente e
futuro do pretérito. Pretérito Perfeito: parti, partiste, partiu, partimos, partistes,
- Modo Subjuntivo: a atitude do falante é de incerteza, de partiram.
dúvida, exprime uma possibilidade; O subjuntivo expressa uma
Pretérito Imperfeito: partia, partias, partia, partíamos,
incerteza, dúvida, possibilidade, hipótese. Apresenta presente,
partíeis, partiam.
pretérito imperfeito e futuro. Ex: Tenha paciência, Lourdes; Se
tivesse dinheiro compraria um carro zero; Quando o vir, dê Pretérito Mais-Que-Perfeito: partira, partiras, partira,
lembranças minhas. partíramos, partíreis, partiram.
- Modo Imperativo: a atitude do falante é de ordem, um
Futuro do Presente: partirei, partirás, partirá, partiremos,
desejo, uma vontade, uma solicitação. Indica uma ordem,
partireis, partirão.
um pedido, uma súplica. Apresenta imperativo afirmativo e
imperativo negativo Futuro do Pretérito: partiria, partirias, partiria, partiríamos,
partiríeis, partiriam.
Emprego dos Tempos do Indicativo
Emprego dos Tempos do Subjuntivo
- Presente do Indicativo: Para enunciar um fato
momentâneo. Ex: Estou feliz hoje. Para expressar um fato que Presente: é empregado para indicar um fato incerto ou
ocorre com frequência. Ex: Eu almoço todos os dias na casa de duvidoso, muitas vezes ligados ao desejo, à suposição: Duvido
minha mãe. Na indicação de ações ou estados permanentes, de que apurem os fatos; Que surjam novos e honestos políticos.
verdades universais. Ex: A água é incolor, inodora, insípida.
Pretérito Imperfeito: é empregado para indicar uma
- Pretérito Imperfeito: Para expressar um fato passado, não condição ou hipótese: Se recebesse o prêmio, voltaria à
concluído. Ex: Nós comíamos pastel na feira; Eu cantava muito universidade.
bem.
Futuro: é empregado para indicar um fato hipotético,
- Pretérito Perfeito: É usado na indicação de um fato passado pode ou não acontecer. Quando/Se você fizer o trabalho, será
concluído. Ex: Cantei, dancei, pulei, chorei, dormi... generosamente gratificado.

- Pretérito Mais-Que-Perfeito: Expressa um fato passado


anterior a outro acontecimento passado. Ex: Nós cantáramos no 1ª Conjugação –AR
congresso de música. Presente: que eu dance, que tu dances, que ele dance, que
nós dancemos, que vós danceis, que eles dancem.
- Futuro do Presente: Na indicação de um fato realizado
num instante posterior ao que se fala. Ex: Cantarei domingo no Pretérito Imperfeito: se eu dançasse, se tu dançasses, se
coro da igreja matriz. ele dançasse, se nós dançássemos, se vós dançásseis, se eles
dançassem.
- Futuro do Pretérito: Para expressar um acontecimento Futuro: quando eu dançar, quando tu dançares, quando
posterior a um outro acontecimento passado. Ex: Compraria ele dançar, quando nós dançarmos, quando vós dançardes,
um carro se tivesse dinheiro quando eles dançarem.

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APOSTILAS OPÇÃO
As regras que orientam o emprego da forma variável ou
2ª Conjugação -ER
invariável do infinitivo não são todas perfeitamente definidas.
Presente: que eu coma, que tu comas, que ele coma, que nós Por ser o infinitivo impessoal mais genérico e vago, e o infinitivo
comamos, que vós comais, que eles comam. pessoal mais preciso e determinado, recomenda-se usar este
último sempre que for necessário dar à frase maior clareza ou
Pretérito Imperfeito: se eu comesse, se tu comesses, se
ênfase.
ele comesse, se nós comêssemos, se vós comêsseis, se eles
comessem.
O Infinitivo Impessoal é usado:
Futuro: quando eu comer, quando tu comeres, quando ele
comer, quando nós comermos, quando vós comerdes, quando - Quando apresenta uma ideia vaga, genérica, sem se referir a
eles comerem. um sujeito determinado; Por exemplo: Querer é poder; Fumar
prejudica a saúde; É proibido colar cartazes neste muro.
3ª conjugação – IR - Quando tiver o valor de Imperativo; Por exemplo: Soldados,
marchar! (= Marchai!)
Presente: que eu parta, que tu partas, que ele parta, que nós
- Quando é regido de preposição e funciona como
partamos, que vós partais, que eles partam.
complemento de um substantivo, adjetivo ou verbo da oração
Pretérito Imperfeito: se eu partisse, se tu partisses, se anterior; Por exemplo: Eles não têm o direito de gritar assim; As
ele partisse, se nós partíssemos, se vós partísseis, se eles meninas foram impedidas de participar do jogo; Eu os convenci
partissem. a aceitar.
No entanto, na voz passiva dos verbos “contentar”, “tomar”
Futuro: quando eu partir, quando tu partires, quando ele
e “ouvir”, por exemplo, o Infinitivo (verbo auxiliar) deve ser
partir, quando nós partirmos, quando vós partirdes, quando
flexionado. Por exemplo: Eram pessoas difíceis de serem
eles partirem.
contentadas; Aqueles remédios são ruins de serem tomados; Os
CDs que você me emprestou são agradáveis de serem ouvidos.
Emprego do Imperativo
Nas locuções verbais; Por exemplo:
Imperativo Afirmativo:
- Queremos acordar bem cedo amanhã.
- Eles não podiam reclamar do colégio.
- Não apresenta a primeira pessoa do singular.
- Vamos pensar no seu caso.
- É formado pelo presente do indicativo e pelo presente do
subjuntivo.
Quando o sujeito do infinitivo é o mesmo do verbo da oração
- O Tu e o Vós saem do presente do indicativo sem o “s”.
anterior; Por exemplo:
- O restante é cópia fiel do presente do subjuntivo.
- Eles foram condenados a pagar pesadas multas.
- Devemos sorrir ao invés de chorar.
Presente do Indicativo: eu amo, tu amas, ele ama, nós
- Tenho ainda alguns livros por (para) publicar.
amamos, vós amais, eles amam.
Presente do subjuntivo: que eu ame, que tu ames, que ele
Quando o infinitivo preposicionado, ou não, preceder ou
ame, que nós amemos, que vós ameis, que eles amem.
estiver distante do verbo da oração principal (verbo regente),
Imperativo afirmativo: (X), ama tu, ame você, amemos nós,
pode ser flexionado para melhor clareza do período e também
amai vós, amem vocês.
para se enfatizar o sujeito (agente) da ação verbal. Por exemplo:
- Na esperança de sermos atendidos, muito lhe agradecemos.
Imperativo Negativo:
- Foram dois amigos à casa de outro, a fim de jogarem
futebol.
- É formado através do presente do subjuntivo sem a
- Para estudarmos, estaremos sempre dispostos.
primeira pessoa do singular.
- Antes de nascerem, já estão condenadas à fome muitas
- Não retira os “s” do tu e do vós.
crianças.
Presente do Subjuntivo: que eu ame, que tu ames, que ele
Com os verbos causativos “deixar”, “mandar” e “fazer” e seus
ame, que nós amemos, que vós ameis, que eles amem.
sinônimos que não formam locução verbal com o infinitivo que
Imperativo negativo: (X), não ames tu, não ame você, não
os segue; Por exemplo: Deixei-os sair cedo hoje.
amemos nós, não ameis vós, não amem vocês.
Com os verbos sensitivos “ver”, “ouvir”, “sentir” e sinônimos,
deve-se também deixar o infinitivo sem flexão. Por exemplo: Vi-
Além dos três modos citados, os verbos apresentam ainda
os entrar atrasados; Ouvi-as dizer que não iriam à festa.
as formas nominais: infinitivo – impessoal e pessoal, gerúndio
e particípio.
É inadequado o emprego da preposição “para” antes
dos objetos diretos de verbos como “pedir”, “dizer”, “falar” e
Infinitivo Impessoal: Exprime a significação do verbo
sinônimos;
de modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de
- Pediu para Carlos entrar (errado),
substantivo. Por exemplo: Viver é lutar. (= vida é luta); É
- Pediu para que Carlos entrasse (errado).
indispensável combater a corrupção. (= combate à)
- Pediu que Carlos entrasse (correto).
O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente
(forma simples) ou no passado (forma composta). Por exemplo:
Quando a preposição “para” estiver regendo um verbo, como
É preciso ler este livro; Era preciso ter lido este livro.
na oração “Este trabalho é para eu fazer”, pede-se o emprego do
Quando se diz que um verbo está no infinitivo impessoal, isso
pronome pessoal “eu”, que se revela, neste caso, como sujeito.
significa que ele apresenta sentido genérico ou indefinido, não
Outros exemplos:
relacionado a nenhuma pessoa, e sua forma é invariável. Assim,
- Aquele exercício era para eu corrigir.
considera-se apenas o processo verbal. Por exemplo: Amar é
- Esta salada é para eu comer?
sofrer; O infinitivo pessoal, por sua vez, apresenta desinências
- Ela me deu um relógio para eu consertar.
de número e pessoa.
Em orações como “Esta carta é para mim!”, a preposição
Observe que, embora não haja desinências para a 1ª e 3ª
está ligada somente ao pronome, que deve se apresentar oblíquo
pessoas do singular (cujas formas são iguais às do infinitivo
tônico.
impessoal), elas não deixam de referir-se às respectivas pessoas
do discurso (o que será esclarecido apenas pelo contexto da
Infinitivo Pessoal: É o infinitivo relacionado às três pessoas
frase). Por exemplo: Para ler melhor, eu uso estes óculos. (1ª
do discurso. Na 1ª e 3ª pessoas do singular, não apresenta
pessoa); Para ler melhor, ela usa estes óculos. (3ª pessoa)
desinências, assumindo a mesma forma do impessoal; nas

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APOSTILAS OPÇÃO
demais, flexiona-se da seguinte maneira: 1ª Conjugação –AR
2ª pessoa do singular: Radical + ES. Ex.: teres (tu) Infinitivo Impessoal: dançar.
1ª pessoa do plural: Radical + mos. Ex.: termos (nós)
Infinitivo Pessoal: dançar eu, dançares tu; dançar ele,
2ª pessoa do plural: Radical + dês. Ex.: terdes (vós)
dançarmos nós, dançardes vós, dançarem eles.
3ª pessoa do plural: Radical + em. Ex.: terem (eles)
Gerúndio: dançando.
Por exemplo: Foste elogiado por teres alcançado uma boa
Particípio: dançado.
colocação.
2ª Conjugação –ER
Quando se diz que um verbo está no infinitivo pessoal,
isso significa que ele atribui um agente ao processo verbal, Infinitivo Impessoal: comer.
flexionando-se.
Infinitivo pessoal: comer eu, comeres tu, comer ele,
comermos nós, comerdes vós, comerem eles.
O infinitivo deve ser flexionado nos seguintes casos:
Gerúndio: comendo.
- Quando o sujeito da oração estiver claramente expresso;
Particípio: comido.
Por exemplo: Se tu não perceberes isto...; Convém vocês irem
primeiro; O bom é sempre lembrarmos desta regra (sujeito
3ª Conjugação –IR
desinencial, sujeito implícito = nós).
- Quando tiver sujeito diferente daquele da oração principal; Infinitivo Impessoal: partir.
Por exemplo: O professor deu um prazo de cinco dias para
Infinitivo pessoal: partir eu, partires tu, partir ele,
os alunos estudarem bastante para a prova; Perdoo-te por
partirmos nós, partirdes vós, partirem eles.
me traíres; O hotel preparou tudo para os turistas ficarem à
vontade; O guarda fez sinal para os motoristas pararem. Gerúndio: partindo.
- Quando se quiser indeterminar o sujeito (utilizado na
Particípio: partido.
terceira pessoa do plural); Por exemplo: Faço isso para não me
acharem inútil; Temos de agir assim para nos promoverem; Ela
Conjugação dos Verbos Auxiliares
não sai sozinha à noite a fim de não falarem mal da sua conduta.
SER - Modo Indicativo
- Quando apresentar reciprocidade ou reflexibilidade de
ação; Por exemplo: Vi os alunos abraçarem-se alegremente;
Presente: eu sou, tu és, ele é, nós somos, vós sois, eles são.
Fizemos os adversários cumprimentarem-se com gentileza;
Pretérito Imperfeito: eu era, tu eras, ele era, nós éramos,
Mandei as meninas olharem-se no espelho.
vós éreis, eles eram.
Pretérito Perfeito Simples: eu fui, tu foste, ele foi, nós
Como se pode observar, a escolha do Infinitivo Flexionado
fomos, vós fostes, eles foram.
é feita sempre que se quer enfatizar o agente (sujeito) da ação
Pretérito Perfeito Composto: tenho sido.
expressa pelo verbo.
Mais-que-perfeito simples: eu fora, tu foras, ele fora, nós
- Se o infinitivo de um verbo for escrito com “j”, esse “j”
fôramos, vós fôreis, eles foram.
aparecerá em todas as outras formas. Por exemplo:
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tinha sido.
Enferrujar: enferrujou, enferrujaria, enferrujem,
Futuro do Pretérito simples: eu seria, tu serias, ele seria,
enferrujarão, enferrujassem, etc. (Lembre-se, contudo, que o
nós seríamos, vós seríeis, eles seriam.
substantivo ferrugem é grafado com “g”.).
Futuro do Pretérito Composto: terei sido.
Viajar: viajou, viajaria, viajem (3ª pessoa do plural do
Futuro do Presente: eu serei, tu serás, ele será, nós seremos,
presente do subjuntivo, não confundir com o substantivo
vós sereis, eles serão.
viagem) viajarão, viajasses, etc.
Futuro do Pretérito Composto: Teria sido.
- Quando o verbo tem o infinitivo com “g”, como em “dirigir” e
“agir” este “g” deverá ser trocado por um “j” apenas na primeira
SER - Modo Subjuntivo
pessoa do presente do indicativo. Por exemplo: eu dirijo/ eu ajo
- O verbo “parecer” pode relacionar-se de duas maneiras
Presente: que eu seja, que tu sejas, que ele seja, que nós
distintas com o infinitivo. Quando “parecer” é verbo auxiliar de
sejamos, que vós sejais, que eles sejam.
um outro verbo: Elas parecem mentir. Elas parece mentirem.
Pretérito Imperfeito: se eu fosse, se tu fosses, se ele fosse,
Neste exemplo ocorre, na verdade, um período composto.
se nós fôssemos, se vós fôsseis, se eles fossem.
“Parece” é o verbo de uma oração principal cujo sujeito é a oração
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse sido.
subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo “elas
Futuro Simples: quando eu for, quando tu fores, quando ele
mentirem”. Como desdobramento dessa reduzida, podemos ter
for, quando nós formos, quando vós fordes, quando eles forem.
a oração “Parece que elas mentem.”
Futuro Composto: tiver sido.
Gerúndio: O gerúndio pode funcionar como adjetivo ou
SER - Modo Imperativo
advérbio. Por exemplo: Saindo de casa, encontrei alguns amigos.
(Função de advérbio); Nas ruas, havia crianças vendendo doces.
Imperativo Afirmativo: sê tu, seja ele, sejamos nós, sede
(Função adjetivo)
vós, sejam eles.
Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em
Imperativo Negativo: não sejas tu, não seja ele, não sejamos
curso; na forma composta, uma ação concluída. Por exemplo:
nós, não sejais vós, não sejam eles.
Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro; Tendo trabalhado,
Infinitivo Pessoal: por ser eu, por seres tu, por ser ele, por
aprendeu o valor do dinheiro.
sermos nós, por serdes vós, por serem eles.
Particípio: Quando não é empregado na formação dos
SER - Formas Nominais
tempos compostos, o particípio indica geralmente o resultado de
uma ação terminada, flexionando-se em gênero, número e grau.
Formas Nominais
Por exemplo: Terminados os exames, os candidatos saíram.
Infinitivo: ser
Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma
Gerúndio: sendo
relação temporal, assume verdadeiramente a função de adjetivo
Particípio: sido
(adjetivo verbal). Por exemplo: Ela foi a aluna escolhida para
Infinitivo Pessoal : ser eu, seres tu, ser ele, sermos
representar a escola.

Língua Portuguesa 50
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APOSTILAS OPÇÃO
nós, serdes vós, serem eles. HAVER - Modo Subjuntivo e Imperativo

ESTAR - Modo Indicativo Modo Subjuntivo


Presente: que eu haja, que tu hajas, que ele haja, que nós
Presente: eu estou, tu estás, ele está, nós estamos, vós estais, hajamos, que vós hajais, que eles hajam.
eles estão. Pretérito Imperfeito: se eu houvesse, se tu houvesses, se
Pretérito Imperfeito: eu estava, tu estavas, ele estava, nós ele houvesse, se nós houvéssemos, se vós houvésseis, se eles
estávamos, vós estáveis, eles estavam. houvessem.
Pretérito Perfeito Simples: eu estive, tu estiveste, ele Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse havido.
esteve, nós estivemos, vós estivestes, eles estiveram. Futuro Simples: quando eu houver, quando tu houveres,
Pretérito Perfeito Composto: tenho estado. quando ele houver, quando nós houvermos, quando vós
Pretérito Mais-que-Perfeito Simples: eu estivera, tu houverdes, quando eles houverem.
estiveras, ele estivera, nós estivéramos, vós estivéreis, eles Futuro Composto: tiver havido.
estiveram.
Pretérito Mais-que-perfeito Composto: tinha estado Modo Imperativo
Futuro do Presente Simples: eu estarei, tu estarás, ele Imperativo Afirmativo: haja ele, hajamos nós, havei vós,
estará, nós estaremos, vós estareis, eles estarão. hajam eles.
Futuro do Presente Composto: terei estado. Imperativo Negativo: não hajas tu, não haja ele, não
Futuro do Pretérito Simples: eu estaria, tu estarias, ele hajamos nós, não hajais vós, não hajam eles.
estaria, nós estaríamos, vós estaríeis, eles estariam. Infinitivo Pessoal: por haver eu, por haveres tu, por haver
Futuro do Pretérito Composto: teria estado. ele, por havermos nós, por haverdes vós, por haverem eles.

ESTAR - Modo Subjuntivo e Imperativo HAVER - Formas Nominais

Presente: que eu esteja, que tu estejas, que ele esteja, que Infinitivo Impessoal: haver, haveres, haver, havermos,
nós estejamos, que vós estejais, que eles estejam. haverdes, haverem.
Pretérito Imperfeito: se eu estivesse, se tu estivesses, se Infinitivo Pessoal: haver
ele estivesse, se nós estivéssemos, se vós estivésseis, se eles Gerúndio: havendo
estivessem. Particípio: havido
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse estado
Futuro Simples: quando eu estiver, quando tu estiveres, TER - Modo Indicativo
quando ele estiver, quando nós estivermos, quando vós
estiverdes, quando eles estiverem. Presente: eu tenho, tu tens, ele tem, nós temos, vós tendes,
Futuro Composto: Tiver estado. eles têm.
Pretérito Imperfeito: eu tinha, tu tinhas, ele tinha, nós
Imperativo Afirmativo: está tu, esteja ele, estejamos nós, tínhamos, vós tínheis, eles tinham.
estai vós, estejam eles. Pretérito Perfeito Simples: eu tive, tu tiveste, ele teve, nós
Imperativo Negativo: não estejas tu, não esteja ele, não tivemos, vós tivestes, eles tiveram.
estejamos nós, não estejais vós, não estejam eles. Pretérito Perfeito Composto: tenho tido.
Infinitivo Pessoal: por estar eu, por estares tu, por estar ele, Pretérito Mais-que-Perfeito Simples: eu tivera, tu tiveras,
por estarmos nós, por estardes vós, por estarem eles. ele tivera, nós tivéramos, vós tivéreis, eles tiveram.
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tinha tido.
Formas Nominais Futuro do Presente Simples: eu terei, tu terás, ele terá, nós
Infinitivo: estar teremos, vós tereis, eles terão.
Gerúndio: estando Futuro do Presente: terei tido.
Particípio: estado Futuro do Pretérito Simples: eu teria, tu terias, ele teria,
nós teríamos, vós teríeis, eles teriam.
ESTAR - Formas Nominais Futuro do Pretérito composto: teria tido.

Infinitivo Impessoal: estar TER - Modo Subjuntivo e Imperativo


Infinitivo Pessoal: estar, estares, estar, estarmos, estardes,
estarem. Modo Subjuntivo
Gerúndio: estando Presente: que eu tenha, que tu tenhas, que ele tenha, que
Particípio: estado nós tenhamos, que vós tenhais, que eles tenham.
Pretérito Imperfeito: se eu tivesse, se tu tivesses, se ele
HAVER - Modo Indicativo tivesse, se nós tivéssemos, se vós tivésseis, se eles tivessem.
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse tido.
Presente: eu hei, tu hás, ele há, nós havemos, vós haveis, eles Futuro: quando eu tiver, quando tu tiveres, quando ele tiver,
hão. quando nós tivermos, quando vós tiverdes, quando eles tiverem.
Pretérito Imperfeito: eu havia, tu havias, ele havia, nós Futuro Composto: tiver tido.
havíamos, vós havíeis, eles haviam.
Pretérito Perfeito Simples: eu houve, tu houveste, ele Modo Imperativo
houve, nós houvemos, vós houvestes, eles houveram. Imperativo Afirmativo: tem tu, tenha ele, tenhamos nós,
Pretérito Perfeito Composto: tenho havido. tende vós, tenham eles.
Pretérito Mais-que-Perfeito Simples: eu houvera, tu Imperativo Negativo: não tenhas tu, não tenha ele, não
houveras, ele houvera, nós houvéramos, vós houvéreis, eles tenhamos nós, não tenhais vós, não tenham eles.
houveram. Infinitivo Pessoal: por ter eu, por teres tu, por ter ele, por
Pretérito Mais-que-Prefeito Composto: tinha havido. termos nós, por terdes vós, por terem eles.
Futuro do Presente Simples: eu haverei, tu haverás, ele
haverá, nós haveremos, vós havereis, eles haverão. VERBOS REGULARES:
Futuro do Presente Composto: terei havido.
Futuro do Pretérito Simples: eu haveria, tu haverias, ele Não sofrem modificação no radical durante toda conjugação
haveria, nós haveríamos, vós haveríeis, eles haveriam. (em todos os modos) e as desinências seguem as do verbo
Futuro do Pretérito Composto: teria havido. paradigma (verbo modelo)
AMAR: (radical: am) Amo, Amei, Amava, Amara, Amarei,

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APOSTILAS OPÇÃO
Amaria, Ame, Amasse, Amar. modos: 
Indicativo - indica uma certeza, uma realidade. Por exemplo:
COMER: (radical: com) Como, Comi, Comia, Comera, Comerei, Eu sempre estudo.
Comeria, Coma, Comesse, Comer. Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade. Por
exemplo: Talvez eu estude amanhã.
PARTIR: (radical: part) Parto, Parti, Partia, Partira, Partirei, Imperativo - indica uma ordem, um pedido. Por
Partiria, Parta, Partisse, Partir. exemplo: Estuda agora, menino.

VERBOS IRREGULARES: Formas Nominais

São os verbos que sofrem modificações no radical ou em Além desses três modos, o verbo apresenta ainda formas
suas desinências. que podem exercer funções de nomes (substantivo, adjetivo,
DAR: dou, dava, dei, dera, darei, daria, dê, desse, der advérbio), sendo por isso denominadas formas nominais.
Observe: 
CABER: caibo, cabia, coube, coubera, caberei, caberia, caiba, - a) Infinitivo Impessoal:  exprime a significação do verbo
coubesse, couber. de modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de
substantivo. Por exemplo: Viver é lutar. (= vida é luta)
AGREDIR: agrido, agredia, agredi, agredira, agredirei, É indispensável combater a corrupção. (= combate à)
agrediria, agrida, agredisse, agredir. O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente
(forma simples) ou no passado (forma composta). Por exemplo:
g) Pronominais: São aqueles verbos que se conjugam com É preciso ler este livro.
os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na mesma Era preciso ter lido este livro.
pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais
acidentais) ou apenas reforçando a ideia já implícita no próprio b) Infinitivo Pessoal:  é o infinitivo relacionado às três
sentido do verbo (reflexivos essenciais). Veja: pessoas do discurso. Na 1ª e 3ª pessoas do singular, não
- 1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os apresenta desinências, assumindo a mesma forma do impessoal;
pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São poucos: abster-se, nas demais, flexiona- -se da seguinte maneira:
ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos
verbos pronominais essenciais a reflexibilidade já está implícita 2ª pessoa do singular: Radical + ES Ex.: teres(tu)
no radical do verbo. Por exemplo: 1ª pessoa do plural: Radical + MOS Ex.: termos
Arrependi-me de ter estado lá. (nós)
A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem 2ª pessoa do plural: Radical + DES Ex.: terdes (vós)
um sentimento (arrependimento) que recai sobre ela mesma, 3ª pessoa do plural: Radical + EM Ex.: terem (eles)
pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o
pronome oblíquo átono é apenas uma partícula integrante do Por exemplo:
verbo, já que, pelo uso, sempre é conjugada com o verbo. Diz- Foste elogiado por teres alcançado uma boa colocação.
se que o pronome apenas serve de reforço da ideia reflexiva
expressa pelo radical do próprio verbo.   - c) Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo ou
Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e advérbio. Por exemplo: 
respectivos pronomes):  Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de
Eu me arrependo  advérbio)
Tu te arrependes  Nas ruas, havia crianças vendendo doces. (função adjetivo)
Ele se arrepende  Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em curso;
Nós nos arrependemos  na forma composta, uma ação concluída. Por exemplo:
Vós vos arrependeis  Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro.
Eles se arrependem Tendo trabalhado, aprendeu o valor do dinheiro.

 - 2. Acidentais:  são aqueles verbos transitivos diretos em que - d) Particípio: quando não é empregado na formação dos
a ação exercida pelo sujeito recai sobre o objeto representado por tempos compostos, o particípio indica geralmente o resultado
pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito; assim, o sujeito de uma ação terminada, flexionando-se em gênero, número e
faz uma ação que recai sobre ele mesmo. Em geral, os verbos grau. Por exemplo:
transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos podem ser Terminados os exames, os candidatos saíram.
conjugados com os pronomes mencionados, formando o que se Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma
chama voz reflexiva. Por exemplo: Maria se penteava. relação temporal, assume verdadeiramente a função de adjetivo
A reflexibilidade é acidental, pois a ação reflexiva pode (adjetivo verbal). Por exemplo:
ser exercida também sobre outra pessoa. Por exemplo: Maria Ela foi a aluna escolhida para representar a escola.
penteou-me.
  Tempos Verbais
Observações:
1- Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes Tomando-se como referência o momento em que se fala,
oblíquos átonos dos verbos pronominais não possuem função a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos tempos.
sintática. Veja:
2- Há verbos que também são acompanhados de pronomes
oblíquos átonos, mas que não são essencialmente pronominais, 1. Tempos do Indicativo
são os verbos reflexivos. Nos verbos reflexivos, os pronomes, - Presente - Expressa um fato atual. Por exemplo:
apesar de se encontrarem na pessoa idêntica à do sujeito, Eu estudo neste colégio.
exercem funções sintáticas. - Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num
Por exemplo: momento anterior ao atual, mas que não foi completamente
Eu me feri. = Eu(sujeito) - 1ª pessoa do singular me (objeto terminado. Por exemplo: Ele estudava as lições quando foi
direto) - 1ª pessoa do singular interrompido.
- Pretérito Perfeito (simples) - Expressa um fato ocorrido
Modos Verbais num momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado.
Por exemplo: Ele estudou as lições ontem à noite.
Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo - Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato que teve
verbo na expressão de um fato. Em Português, existem três início no passado e que pode se prolongar até o momento atual.

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APOSTILAS OPÇÃO
Por exemplo: Tenho estudado muito para os exames. cantaRAS vendeRAS partiRAS RA S
- Pretérito-Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato ocorrido cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
antes de outro fato já terminado. Por exemplo: Ele já tinha cantáRAMOS vendêRAMOS partíRAMOS RA MOS
estudado as lições quando os amigos chegaram. (forma cantáREIS vendêREIS partíREIS RE IS
composta) Ele já estudara as lições quando os amigos chegaram. cantaRAM vendeRAM partiRAM RA M
(forma simples)
- Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que deve Pretérito Imperfeito do Indicativo
ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento atual.
Por exemplo:  Ele estudará as lições amanhã. 1ª conjugação / 2ª conjugação / 3ª conjugação
- Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato que deve CANTAR VENDER PARTIR
ocorrer posteriormente a um momento atual, mas já terminado cantAVA vendIA partIA
antes de outro fato futuro. Por exemplo: Antes de bater o sinal, cantAVAS vendIAS partAS
os alunos já terão terminado o teste. CantAVA vendIA partIA
- Futuro do Pretérito (simples) - Enuncia um fato que pode cantÁVAMOS vendÍAMOS partÍAMOS
ocorrer posteriormente a um determinado fato passado. Por cantÁVEIS vendÍEIS partÍEIS
exemplo: Se eu tivesse dinheiro, viajaria nas férias. cantAVAM vendIAM partIAM
- Futuro do Pretérito (composto) - Enuncia um fato que
poderia ter ocorrido posteriormente a um determinado fato Futuro do Presente do Indicativo
passado. Por exemplo:  Se eu tivesse ganho esse dinheiro, teria
viajado nas férias. 1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
CANTAR VENDER PARTIR
2. Tempos do Subjuntivo cantar ei vender ei partir ei
- Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento cantar ás vender ás partir ás
atual. Por exemplo: É conveniente que estudes para o exame. cantar á vender á partir á
- Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado, mas cantar emos vender emos partir emos
posterior a outro já ocorrido. Por exemplo: Eu esperava que cantar eis vender eis partir eis
ele vencesse o jogo. cantar ão vender ão partir ão

Obs.: o pretérito imperfeito é também usado nas construções Futuro do Pretérito do Indicativo
em que se expressa a ideia de condição ou desejo. Por exemplo:
Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato. 1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
- Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato totalmente CANTAR VENDER PARTIR
terminado num momento passado. Por exemplo: Embora tenha cantarIA venderIA partirIA
estudado bastante, não passou no teste. cantarIAS venderIAS partirIAS
- Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que pode cantarIA venderIA partirIA
ocorrer num momento futuro em relação ao atual. Por exemplo: cantarÍAMOS venderÍAMOS partirÍAMOS
Quando ele vier à loja, levará as encomendas. cantarÍEIS venderÍEIS partirÍEIS
Obs.: o futuro do presente é também usado em frases que cantarIAM venderIAM partirIAM
indicam possibilidade ou desejo. Por exemplo: Se ele vier à loja,
levará as encomendas. Presente do Subjuntivo
- Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato posterior
ao momento atual mas já terminado antes de outro fato Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a
futuro. Por exemplo: Quando ele tiver saído do hospital, nós o desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do
visitaremos. indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1ª conjugação) ou
pela desinência -A (nos verbos de 2ª e 3ª conjugação).
Presente do Indicativo
1ª conj. / 2ª conj. / 3ª conju. / Des.Temp./Des.temp./Des. pessoal
1ª conjugação / 2ª conjugação / 3ª conjugação / Desinência 1ª conj. 2ª/3ª conj.
pessoal CANTAR VENDER PARTIR
CANTAR VENDER PARTIR cantE vendA partA E A Ø
cantO vendO partO O cantES vendAS partAS E A S
cantaS vendeS parteS S cantE vendA partA E A Ø
canta vende parte - cantEMOS vendAMOS partAMOS E A MOS
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS cantEIS vendAIS partAIS E A IS
cantaIS vendeIS partIS IS cantEM vendAM partAM E A M
cantaM vendeM parteM M
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo
Pretérito Perfeito do Indicativo
Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a
1ª conjugação / 2ª conjugação / 3ª conjugação / Desinência desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito,
pessoal obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse
CANTAR VENDER PARTIR tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de número
canteI vendI partI I e pessoa correspondente.
cantaSTE vendeSTE partISTE STE
cantoU vendeU partiU U 1ª conj. 2ª conj. 3ª conj. Des. temporal Desin. pessoal
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS 1ª /2ª e 3ª conj.
cantaSTES vendeSTES partISTES STES CANTAR VENDER PARTIR
cantaRAM vendeRAM partiRAM AM cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantaSSES vendeSSES partiSSES SSE S
Pretérito mais-que-perfeito cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantáSSEMOS vendêSSEMOS partíssemos SSE MOS
1ª conj. / 2ª conj. / 3ª conj. /Desin. Temp. /Desin. Pessoal cantáSSEIS vendêSSEIS partíSSEIS SSE IS
1ª/2ª e 3ª conj. cantaSSE vendeSSEM partiSSEM SSE M
CANTAR VENDER PARTIR - -
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø

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APOSTILAS OPÇÃO
Futuro do Subjuntivo 01. (BANCO DA AMAZÔNIA – TÉCNICO BANCÁRIO –
CESGRANRIO/2015) O verbo em destaque está conjugado de
Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência acordo com a norma-padrão em:
-STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, obtendo- (A) Pegue o outro elevador, por favor.
se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a (B) É preciso que você esteje atento a situações de perigo.
desinência temporal -R mais a desinência de número e pessoa (C) Será muito bom se você propor um outro acesso aos
correspondente. passageiros.
(D) Seje sempre bem-humorado com os passageiros.
1ª conj. / 2ª conj. / 3ª conj. / Des. temporal /Desin. pessoal (E) Gostaríamos de que você vesse esse filme.
1ª /2ª e 3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR 02. (TJ-SP - Escrevente Técnico Judiciário - Prova versão
cantaR vendeR partiR Ø 1 - VUNESP)
cantaRES vendeRES partiRES R ES Que mexer o esqueleto é bom para a saúde já virou até
cantaR vendeR partiR R Ø sabedoria popular. Agora, estudo levanta hipóteses sobre
cantaRMOS vendeRMOS partiRMOS R MOS ........................ praticar atividade física..........................benefícios
cantaRDES vendeRDES partiRDES R DES para a totalidade do corpo. Os resultados podem levar a novas
cantaREM vendeREM PartiREM R EM terapias para reabilitar músculos contundidos ou mesmo para
.......................... e restaurar a perda muscular que ocorre com o
Imperativo avanço da idade.

Imperativo Afirmativo (Ciência Hoje, março de 2012)

Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e
do indicativo a 2ª pessoa do singular (tu) e a segunda pessoa do respectivamente, com:
plural (vós) eliminando-se o “S” final. As demais pessoas vêm, (A) porque … trás … previnir
sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja:  (B) porque … traz … previnir
(C) porquê … tras … previnir
Pres. do Indicativo Imperativo Afirm. Pres. do Subjuntivo (D) por que … traz … prevenir
Eu canto --- Que eu cante (E) por quê … tráz … prevenir
Tu cantas CantA tu Que tu cantes
Ele canta Cante você Que ele cante 03. (IFC - Auxiliar Administrativo - IFC). Assinale a opção
Nós cantamos Cantemos nós Que nós cantemos em que o verbo se apresenta no modo subjuntivo:
Vós cantais CantAI vós Que vós canteis (A) A professora leu o livro Machadiano.
Eles cantam Cantem vocês Que eles cantem (B) Plante as orquídeas.
(C) Se Joaquim plantasse as hortênsias.
Imperativo Negativo (D) Maria assistiu ao programa do Jô ontem.
(E) João plantou as rosas.
Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a
negação às formas do presente do subjuntivo. 04. (IFC - Auxiliar Administrativo - IFC). Assinale a opção
em que o verbo está no pretérito imperfeito:
Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo
Que eu cante --- (A) Já amei o marido da minha melhor amiga.
Que tu cantes Não cantes tu (B) Miguel amava loucamente a vizinha.
Que ele cante Não cante você (C) Amaria ter um mordomo em minha casa.
Que nós cantemos Não cantemos nós (D) Amo homens com cabelos loiros.
Que vós canteis Não canteis vós (E) Amarei você eternamente.
Que eles cantem Não cantem eles
05. (PM/BA - Soldado da Polícia Militar - FCC)
Observações:
A relação do baiano Dorival Caymmi com a música teve
- No modo imperativo não faz sentido usar na 3ª pessoa início quando, ainda menino, cantava no coro da igreja com voz
(singular e plural) as formas ele/eles, pois uma ordem, pedido de baixo-cantante. Esse pontapé inicial foi o estímulo necessário
ou conselho só se aplicam diretamente à pessoa com quem se para a construção, já em terras cariocas, entre reis e rainhas
fala. Por essa razão, utiliza-se você/vocês. do rádio, de um estilo inconfundível quase sem seguidores na
- O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: sê (tu), música popular brasileira.
sede (vós). No Rio, em 1938, depois de pegar um lia (navios que faziam
transporte de passageiros do norte do país em direção ao sul) em
Infinitivo Impessoal busca de melhores oportunidades de emprego, Dorival Caymmi
chegou a pensar em ser jornalista e ilustrador. No entanto, para
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação felicidade de seu amigo Jorge Amado, acabou sendo cooptado
CANTAR VENDER PARTIR pelo mar de melodias e poesias que circulava em seu rico
processo de criação.
Infinitivo Pessoal A obra de Caymmi é equilibrada peta qualidade: melodia
e letra apresentam um grande poder de sintetizar o simples,
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação eternizar o regional, declarar em música as tradições de sua
CANTAR VENDER PARTIR amada Bahia, O mar, Itapoã, as festas do Bonfim e da Conceição
cantar vender partir da Praia, os fortes em ruínas, tudo sobrevive em Caymmi,
cantarES venderES partirES que cresceu ouvindo histórias nas praias da Bahia, junto aos
cantar vender partir pescadores, convivendo com o drama das mulheres que esperam
cantarMOS venderMOS partirMOS seus maridos voltarem (ou não) em saveiros e jangadas.
cantarDES venderDES partirDES
cantarEM venderEM partirEM (André Diniz Almanaque do samba Rio de Janeiro. Jorge
Zahar Ed , 2006 p 78)
Questões
... navios que faziam transporte de passageiros ...

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APOSTILAS OPÇÃO
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado por um desconhecido estudioso russo, Ivan Lermolieff, e
acima está em: fora um igualmente desconhecido Johannes Schwarze que
(A) ... Que esperam seus maridos ... os traduzira para o alemão. Os artigos propunham um novo
(B) esse pontapé inicial foi o estímulo necessário ... método para a atribuição dos quadros antigos, que suscitou
(C) ... Quando, ainda menino, cantava no coro da igreja ... entre os historiadores reações contrastantes e vivas discussões.
(D) ... Melodia e letra apresentam um grande poder ... Somente alguns anos depois, o autor tirou a dupla máscara
(E) ... Tudo sobrevive em Caymmi... na qual se escondera. De fato, tratava-se do italiano Giovanni
Morelli. E do “método morelliano” os historiadores da arte falam
06. (PM/BA - Soldado da Polícia Militar - FCC) correntemente ainda hoje.
De um início atribulado a uma carreira de sucessos, assim se Os museus, dizia Morelli, estão cheios de quadros atribuídos
resume a crônica de Capitães da Areia, hoje uma das obras mais de maneira incorreta. Mas devolver cada quadro ao seu
apreciadas pelos leitores de Jorge Amado, tanto no Brasil como verdadeiro autor é difícil: muitíssimas vezes encontramo- nos
no exterior. frente a obras não assinadas, talvez repintadas ou num mau
Publicado em 1937, pouco depois de implantado o Estado estado de conservação. Nessas condições, é indispensável poder
Novo, o livro teve a primeira edição apreendida e exemplares distinguir os originais das cópias. Para tanto, porém, é preciso
queimados em praça pública de Salvador por autoridades da não se basear, como normalmente se faz, em características
ditadura. Mas, como nova Fênix, ressurgiu das cinzas quando mais vistosas, portanto mais facilmente imitáveis, dos quadros.
nova edição, em 1944, marcou época na vida literária brasileira. Pelo contrário, é necessário examinar os pormenores mais
A partir de então, sucederam-se as edições, nacionais e em negligenciáveis, e menos influenciados pelas características da
nove idiomas estrangeiros, e as adaptações para rádio, teatro e escola a que o pintor pertencia: os lóbulos das orelhas, as unhas,
cinema. as formas dos dedos das mãos e dos pés. Com esse método,
Comovente documento sobre a vida dos meninos Morelli propôs dezenas e dezenas de novas atribuições em
abandonados nas ruas de Salvador, Jorge Amado a descreve alguns dos principais museus da Europa.
em páginas carregadas de uma beleza, dramaticidade e lirismo Apesar dos resultados obtidos, o método de Morelli foi
poucas vezes igualados na literatura universal. Dividido em três muito criticado, talvez também pela segurança quase arrogante
partes, o livro atinge um clímax inesquecível no capítulo “Canção com que era proposto. Posteriormente foi julgado mecânico,
da Bahia, Canção da Liberdade”, em que é narrada a emocionante grosseiramente positivista, e caiu em descrédito. Por outro lado,
despedida de um dos personagens da história, que se afasta é possível que muitos estudiosos que falavam dele com desdém
dos seus queridos Capitães da Areia “na noite misteriosa das continuassem a usá-lo tacitamente para as suas atribuições.
macumbas, enquanto os atabaques ressoam como clarins de O renovado interesse pelos trabalhos de Morelli é mérito de
guerra”. E. Wind, que viu neles um exemplo típico da atitude moderna
em relação à obra de arte - atitude que o leva a apreciar os
(Adaptado de: Texto de apresentação. Jorge Amado. pormenores, de preferência à obra em seu conjunto. Em
Capitães da Areia. 57. ed. Rio de Janeiro: Record, 1983) Morelli existiria, segundo Wind, uma exacerbação do culto pela
imediaticidade do gênio, assimilado por ele na juventude, em
Os verbos empregados nos mesmos tempo e modo estão contato com os círculos românticos berlinenses.
agrupados em:
(A) teve - descreve (Adaptado de Carlo Ginzburg. Mitos, emblemas, sinais:
(B) marcou - resume morfologia e história. Trad. Federico Carotti. S.Paulo:
(C) ressoam - teve Cia. das Letras, 1989, p.143-5)
(D) ressurgiu - atinge
(E) ressoam - resume ...e menos influenciados pelas características da escola a que
o pintor pertencia...
07. (IFC - Assistente Administrativo - IFC). Na frase: “Maria O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o grifado
plantou as rosas” o verbo está: na frase acima está em:
(A) No modo Indicativo (A) ...muitíssimas vezes encontramo-nos frente a obras não
(B) No modo Subjuntivo assinadas...
(C) No modo Imperativo (B) ...e caiu em descrédito.
(D) No modo Pretérito (C) ...muitos estudiosos que falavam dele com desdém...
(E) No modo Futuro (D) em morelli existiria, segundo wind, uma exacerbação do
culto pela imediaticidade do gênio...
08. (IFC - Analista de Tecnologia da Informação - IFC). A (E) ...e fora um igualmente desconhecido johannes schwarze
canção João e Maria, de Chico Buarque, usa o tempo linguístico que...
como uma construção da linguagem.
[...] Agora eu era o rei 10. (UFTM - Vestibular - Prova 1 - VUNESP)
Era o bedel e era também juiz Horóscopo
E pela minha lei
A gente era obrigado a ser feliz Áries - Não subestime a sua incapacidade
E você era a princesa que eu fiz coroar Touro - Fique tranquilo em relação à sua própria infelicidade
E era tão linda de se admirar Gêmeos - Uma semana vem, outra semana vai
Que andava nua pelo meu país Câncer - Alguém telefonará e você atenderá depois desligará
Leão - A solução dos seus problemas só lhe dará tranquilidade
Assinale a alternativa CORRETA quanto ao emprego dos Virgem - Nem que a tristeza lhe consuma, não morra, não
tempos verbais: esmoreça, sob hipótese alguma
(A) utiliza-se em lugar do presente o pretérito imperfeito. É ganhando que se ganha
(B) tem-se no lugar do presente o pretérito perfeito. É empatando que se empata
(C) aparece no lugar do presente o pretérito mais que É perdendo que se perde
perfeito. É nascendo que se nasce
(D) usa-se no lugar do presente o pretérito do subjuntivo. É morrendo que se morre
(E) tem-se no lugar do presente o imperativo negativo. É vivendo que se “veve”
Libra - A lua em Saturno quer dizer alguma coisa
09. (TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Engenharia Escorpião - Não seja impertinente, você terá nas mãos os dez
Elétrica - FCC) dedos de sempre
Entre 1874 e 1876, apareceu numa revista alemã uma Sagitário - Uma pessoa idosa não fará nenhuma diferença
série de artigos sobre a pintura italiana. Eles vinham assinados Capricórnio - No entanto, aquele alguém, que goza de saúde,

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APOSTILAS OPÇÃO
poderá pegar uma doença O pretérito imperfeito é usado: 
Aquário - No mais será tudo igual, pois o período propicia 1. Para falar de hábito ou acontecimento que ocorria com
Peixes - E tudo se encaminha para um fim de semana com frequência no passado: 
apenas dois dias.  Antigamente ela fazia exercícios todos os dias.
(www.vagalume.com.br) 2. Para indicar a continuidade de um acontecimento em
A canção imita o gênero horóscopo, termo que inclusive é relação a outro que ocorreu ao mesmo tempo no passado. 
o seu título. Desse gênero, uma marca linguística que nela se Quando o marido chegou, ela dormia. 
encontra é Enquanto ele lia o jornal, ela fazia ioga ao seu lado. 
(A) a inversão sintática, indicando os sentidos dúbios 3. Para falar do que era presente em um momento do passado
expressos nas estruturas frasais. que se está descrevendo. 
(B) a voz passiva, indicando a intencionalidade de se omitir “Faltava um ponto a meu adversário para ganhar. A mim,
o agente das ações verbais. faltavam-me não sei quantos: sei só que eram muitos.” (Álvares
(C) a ênfase em verbos e advérbios relativos ao tempo de Azevedo, 1965) 
passado, indicando ações concluídas.
(D) a frase nominal, indicando a prevalência de enunciados 05. Resposta C
de estado em relação aos de ação. Faziam - pretérito imperfeito (modo indicativo)
(E) o emprego do verbo no imperativo, indicando o sentido Cantava - pretérito imperfeito (modo indicativo).
de orientação às pessoas.
06. Resposta E”
11. (TJ/PB - Técnico Judiciário - Tecnologia da Ressoam - Tempo Presente, modo Indicativo
Informação - FAPERP). Resume - Tempo Presente, modo Indicativo
Nesse caso não importa a pessoa.

07. Resposta A
eu plantei
tu plantaste
ele plantou
nós plantamos
vós plantastes
eles plantaram
pretérito perfeito do indicativo

08. Resposta A
O verbo SER foi conjugado no pretérito imperfeito.
Pretérito imperfeito (Verbo SER)
eu era
tu eras
ele/ela era
nós éramos
vós éreis
Na tirinha, tem valor correspondente ao de futuro do eles/elas eram
pretérito do indicativo o tempo verbal da oração:
(A) “sabe de uma coisa”. 09. Resposta C
(B) “se eu desaparecesse amanhã”. A questão pede o Pretérito Imperfeito do Indicativo.
(C) “ninguém ia sentir sua falta”. A: Pretérito Perfeito do Indicativo
(D) “eu acho que não”. B: Pretérito Perfeito do Indicativo
C: Pretérito Imperfeito do Indicativo
Respostas D: Futuro do Pretérito
E: Pretérito Mais que Perfeito
01. Resposta A
Na alternativa “A” temos um interlocutor oculto “você”. A 10. Resposta E
pessoa “você” obedece a conjugação da terceira pessoa (ele/ela). O imperativo é o modo verbal pelo qual se expressa uma
Pegue você (imperativo – ordem, pedido) ordem, pedido, orientação ou conselho. Este modo pode ser
Correções: afirmativo ou negativo.
B) esteja
C) propuser 11. Resposta C
D) seja a) sabe = presente do indicativo
E) visse b) desaparecesse = imperfeito do subjuntivo
c) ia sentir = sentiria = futuro do pretérito do indicativo
02. Resposta D d) acho = presente do indicativo
Por que - equivale a “por qual razão”;
Traz -na oração o “traz” está no sentido de trazer, portanto
com Z sem acento pois acentua-se os monossílabos tônicos VIII - Emprego e colocação dos
apenas se estes terminarem com A, E, O (s). pronomes
Trás - com S apenas se a oração der por entender que o “trás”
está em sentido de posição posterior.
É a palavra que acompanha ou substitui o nome,
03. Resposta C relacionandoo a uma das três pessoas do discurso. As três
Leu - modo indicativo, tempo pretérito perfeito.  pessoas do discurso são:
Plante - modo imperativo, afirmativo. 1ª pessoa: eu (singular) nós (plural): aquela que fala ou
Plantasse - modo subjuntivo, tempo pretérito imperfeito. emissor;
Assistiu - modo indicativo, tempo pretérito perfeito. 2ª pessoa: tu (singular) vós (plural): aquela com quem se
Plantou - modo indicativo, tempo pretérito perfeito. fala ou receptor;
04. Resposta B 3ª pessoa: ele, ela (singular) eles, elas (plural): aquela de
quem se fala ou referente.

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APOSTILAS OPÇÃO
Dependendo da função de substituir ou acompanhar o É comum, na linguagem coloquial, usar o brasileiríssimo a
nome, o pronome é, respectivamente: pronome substantivo ou gente, substituindo o pronome pessoal nós: A gente deve fazer
pronome adjetivo. caridade com os mais necessitados.
Os pronomes são classificados em: pessoais, de tratamento, Os pronomes pessoais retos ele, eles, ela, elas, nós e vós
possessivos, demonstrativos, indefinidos, interrogativos e serão pronomes pessoais oblíquos quando empregados como
relativos. complementos de um verbo e vierem precedidos de preposição.
O conserto da televisão foi feito por ele. (ele= pronome oblíquo)
Pronomes Pessoais: Os pronomes pessoais dividemse em: Os pronomes pessoais ele, eles e ela, elas podem se contrair
- retos exercem a função de sujeito da oração: eu, tu, ele, nós, com as preposições de e em: Não vejo graça nele./ Já frequentei
vós, eles: a casa dela.
- oblíquos exercem a função de complemento do verbo Se os pronomes pessoais retos ele, eles, ela, elas estiverem
(objeto direto / objeto indireto) ou as, lhes. - Ela não vai conosco. funcionando como sujeito, e houver uma preposição antes
(elapronome reto / vaiverbo / conosco complemento nominal. deles, não poderá haver uma contração: Está na hora de ela
São: tônicos com preposição: mim, comigo, ti, contigo,si, consigo, decidir seu caminho. (ela sujeito de decidir; sempre com verbo
conosco, convosco; átonos sem preposição: me, te, se, o, a, lhe, no infinitivo)
nos, vos, os,pronome oblíquo) - Eu dou atenção a ela. (eupronome Chamamse pronomes pessoais reflexivos os pronomes
reto / douverbo / atençãonome / elapronome oblíquo) pessoais que se referem ao sujeito: Eu me feri com o canivete.
(eu 1ª pessoa sujeito / me pronome pessoal reflexivo)
Saiba mais sobre os Pronomes Pessoais Os pronomes pessoais oblíquos se, si e consigo devem ser
empregados somente como pronomes pessoais reflexivos e
- Colocados antes do verbo, os pronomes oblíquos da 3ª funcionam como complementos de um verbo na 3ª pessoa, cujo
pessoa, apresentam sempre a forma: o, a, os, as: Eu os vi saindo sujeito é também da 3ª pessoa: Nicole levantouse com elegância e
do teatro. levou consigo (com ela própria) todos os olhares. (Nicolesujeito,
- As palavras “só” e “todos” sempre acompanham os 3ª pessoa/ levantou verbo 3ª pessoa / se complemento 3ª pessoa
pronomes pessoais do caso reto: Eu vi só ele ontem. / levou verbo 3ª pessoa / consigo complemento 3ª pessoa)
- Colocados depois do verbo, os pronomes oblíquos da 3ª O pronome pessoal oblíquo não funciona como reflexivo
pessoa apresentam as formas: se não se referir ao sujeito: Ela me protegeu do acidente. (ela
o, a, os, as: se o verbo terminar em vogal ou ditongo oral: sujeito 3ª pessoa me complemento 1ª pessoa)
Encontreia sozinha. Vejoos diariamente. Você é segunda ou terceira pessoa? Na estrutura da fala,
o, a, os, as, precedidos de verbos terminados em: R/S/Z, você é a pessoa a quem se fala e, portanto, da 2ª pessoa. Por
assumem as formas: lo, Ia, los, las, perdendo, consequentemente, outro lado, você, como os demais pronomes de tratamento
as terminações R, S, Z. Preciso pagar ao verdureiro. = pagálo; Fiz senhor, senhora, senhorita, dona, pede o verbo na 3ª pessoa, e
os exercícios a lápis. = Filos a lápis. não na 2ª.
lo, la, los, las: se vierem depois de: eis / nos / vos Eis a prova Os pronomes oblíquos me, te, lhe, nos, vos, lhes (formas de
do suborno. = Eila; O tempo nos dirá. = nolo dirá. (eis, nos, vos objeto indireto, 0I) juntamse a o, a, os, as (formas de objeto
perdem o S) direto), assim: me+o: mo/+a: ma/+ os: mos/+as: mas: Recebi a
no, na, nos, nas: se o verbo terminar em ditongo nasal: m, ão, carta e agradeci aojovem, que ma trouxe. nos +o: nolo / + a: nola
õe: Deramna como vencedora; Põenos sobre a mesa. / + os: nolos / +as: nolas: Venderíamos a casa, se nola exigissem.
lhe, lhes colocados depois do verbo na 1ª pessoa do plural, te+ o: to/+ a: ta/+ os: tos/+ as: tas: Deite os meus melhores
terminado em S não modificado: Nós entregamoSlhe a cópia do dias. Deitos. lhe+ o: lho/+ a: lha/+ os: lhos/+ as:lhas: Ofereci lhe
contrato. (o S permanece) flores. Oferecilhas. vos+ o: volo/+ a: vola/+ os: volos/+ as: volas:
nos: colocado depois do verbo na 1ª pessoa do plural, perde - Pedivos conselho. Pedi volo.
o S: Sentamonos à mesa para um café rápido.
me, te, lhe, nos, vos: quando colocado com verbos transitivos No Brasil, quase não se usam essas combinações (mo, to, lho,
diretos (TD), têm sentido possessivo, equivalendo a meu, teu, nolo, volo), são usadas somente em escritores mais sofisticados.
seu, dele, nosso, vosso: Os anos roubaramlhe a esperança. (sua,
dele, dela possessivo) Pronomes de Tratamento: São usados no trato com as
as formas conosco e convosco são substituídas por: com + nós, pessoas. Dependendo da pessoa a quem nos dirigimos, do seu
com + vós. seguidos de: ambos, todos, próprios, mesmos, outros, cargo, idade, título, o tratamento será familiar ou cerimonioso:
numeral: Marianne garantiu que viajaria com nós três. Vossa Alteza-V.A.-príncipes, duques; Vossa Eminência-V.Ema-
o pronome oblíquo funciona como sujeito com os verbos: cardeais; Vossa Excelência-V.Ex.a-altas autoridades, presidente,
deixar, fazer, ouvir, mandar, sentir e ver+verbo no infinitivo. oficiais; Vossa Magnificência-V.Mag.a-reitores de universidades;
Deixeme sentir seu perfume. (Deixe que eu sinta seu perfume Vossa Majestade-V.M.-reis, imperadores; Vossa Santidade-V.S.-
me sujeito do verbo deixar Mandeio calar. (= Mandei que ele Papa; Vossa Senhoria-V.Sa-tratamento cerimonioso.
calasse), o= sujeito do verbo mandar. - São também pronomes de tratamento: o senhor, a senhora,
os pronomes pessoais oblíquos nos, vos, e se recebem o a senhorita, dona, você.
nome de pronomes recíprocos quando expressam uma ação - Doutor não é forma de tratamento, e sim título acadêmico.
mútua ou recíproca: Nós nos encontramos emocionados. Nas comunicações oficiais devem ser utilizados somente dois
(pronome recíproco, nós mesmos). Nunca diga: Eu se apavorei. fechos:
/ Eu jà se arrumei; Eu me apavorei. / Eu me arrumei. (certos) - Respeitosamente: para autoridades superiores, inclusive
Os pronomes pessoais retos eu e tu serão substituidos por para o presidente da República.
mim e ti após prepõsição: O segredo ficará somente entre mim - Atenciosamente: para autoridades de mesmahierarquia
e ti. oude hierarquia inferior.
É obrigatório o emprego dos pronomes pessoais eu e tu, - A forma Vossa (Senhoria, Excelência) é empregada quando
quando funcionarem como Sujeito: Todos pediram para eu se fala com a própria pessoa: Vossa Senhoria não compareceu à
relatar os fatos cuidadosamente. (pronome reto + verbo no reunião dos semterra? (falando com a pessoa)
infinitivo). Lembrese de que mim não fala, não escreve, não - A forma Sua (Senhoria, Excelência ) é empregada quando
compra, não anda. Somente o Tarzã e o Capitão Caverna dizem: se fala sobre a pessoa: Sua Eminência, o cardeal, viajouparaum
mim gosta / mim tem / mim faz. / mim quer. Congresso. (falando a respeito do cardeal)
As formas oblíquas o, a, os, as são sempre empregadas - Os pronomes de tratamento com a forma Vossa (Senhoria,
como complemento de verbos transitivos diretos ao passo Excelência, Eminência, Majestade), embora indiquem a 2ª
que as formas lhe, lhes são empregadas como complementos pessoa (com quem se fala), exigem que outros pronomes e o
de verbos transitivos indiretos: Dona Cecília, querida amiga, verbo sejam usados na 3ª pessoa. Vossa Excelência sabe que
chamoua. (verbo transitivo direto, VTD); Minha saudosa seus ministros o apoiarão.
comadre, Nircléia, obedeceulhe. (verbo transitivo indireto,VTI)

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APOSTILAS OPÇÃO
Pronomes Possessivos: São os pronomes que indicam posse pronomes demonstrativos o, a, os, as, mesmo, próprio,
em relação às pessoas da fala. semelhante, tal, equivalendo a aquele, aquela, aquilo. O próprio
Singular: 1ª pessoa: meu, meus, minha, minhas; 2ª pessoa: homem destrói a natureza; Depois de muito procurar, achei o
teu, teus, tua, tuas; 3ª pessoa: seu, seus, sua, suas; que queria; O professor fez a mesma observação; Estranhei
Plural: 1ª pessoa: nosso/os nossa/as, 2ª pessoa: vosso/os semelhante coincidência; Tal atitude é inexplicável.
vossa/as. 3ª pessoa: seu, seus, sua, suas. para retomar elementos já enunciados, usamos aquele (e
variações) para o elemento que foi referido em 1º Iugar e este (e
Emprego dos Pronomes Possessivos variações) para o que foi referido em último lugar. Pais e mães
vieram à festa de encerramento; aqueles, sérios e orgulhosos,
- O uso do pronome possessivo da 3ª pessoa pode provocar, estas, elegantes e risonhas.
às vezes, a ambiguidade da frase. João Luís disse que Laurinha dependendo do contexto os demonstrativos também servem
estava trabalhando em seu consultório. como palavras de função intensificadora ou depreciativa. Júlia fez
- O pronome seu toma o sentido ambíguo, pois pode referir o exercício com aquela calma! (=expressão intensificadora). Não
se tanto ao consultório de João Luís como ao de Laurinha. No se preocupe; aquilo é uma tranqueira! (=expressão depreciativa)
caso, usase o pronome dele, dela para desfazer a ambiguidade. - as formas nisso e nisto podem ser usadas com valor de então
- Os possessivos, às vezes, podem indicar aproximações ou nesse momento. A festa estava desanimada; nisso, a orquestra
numéricas e não posse: Cláudia e Haroldo devem ter seus trinta tocou um samba e todos caíram na dança.
anos. os demonstrativos esse, essa, são usados para destacar
- Na linguagem popular, o tratamento seu como em: Seu um elemento anteriormente expresso. Ninguém ligou para o
Ricardo, pode entrar!, não tem valor possessivo, pois é uma incidente, mas os pais, esses resolveram tirar tudo a limpo.
alteração fonética da palavra senhor
- Os pronomes possessivos podem ser substantivados: Dê Pronomes Indefinidos: São aqueles que se referem à 3ª
lembranças a todos os seus. pessoa do discurso de modo vago indefinido, impreciso: Alguém
- Referindose a mais de um substantivo, o possessivo disse que Paulo César seria o vencedor. Alguns desses pronomes
concorda com o mais próximo: Trouxeme seus livros e anotações. são variáveis em gênero e número; outros são invariáveis.
- Usamse elegantemente certos pronomes oblíquos: me, te, Variáveis: algum, nenhum, todo, outro, muito, pouco, certo,
lhe, nos, vos, com o valor de possessivos. Vou seguirlhe os passos. vários, tanto, quanto, um, bastante, qualquer.
(os seus passos) Invariáveis: alguém, ninguém, tudo, outrem, algo, quem,
- Devese observar as correlações entre os pronomes pessoais nada, cada, mais, menos, demais.
e possessivos. “Sendo hoje o dia do teu aniversário, apressome
em apresentarte os meus sinceros parabéns; Peço a Deus pela Emprego dos Pronomes Indefinidos
tua felicidade; Abraçate o teu amigo que te preza.”
- Não se emprega o pronome possessivo (seu, sua) quando Não sei de pessoa alguma capaz de convencêlo. (alguma,
se trata de parte do corpo. Veja: “Um cavaleiro todo vestido de equivale a nenhum)
negro, com um falcão em seu ombro esquerdo e uma espada em - Em frases de sentido negativo, nenhum (e variações)
sua, mão”. (usase: no ombro; na mão) equivale ao pronome indefinido um: Fiquei sabendo que ele não
é nenhum ignorante.
Pronomes Demonstrativos: Indicam a posição dos seres - O indefinido cada deve sempre vir acompanhado de um
designados em relação às pessoas do discurso, situandoos substantivo ou numeral, nunca sozinho: Ganharam cem dólares
no espaço ou no tempo. Apresentamse em formas variáveis e cada um. (inadequado: Ganharam cem dólares cada.)
invariáveis. Colocados depois do substantivo, os pronomes algum/
alguma ganham sentido negativo. Este ano, funcionário público
Em relação ao espaço: algum terá aumento digno.
Este (s), esta (s), isto: indicam o ser ou objeto que está Colocados antes do substantivo, os pronomes algum/
próximo da pessoa que fala. Exemplo: Este é o meu primeiro alguma ganham sentido positivo. Devemos sempre ter alguma
celular, amigos. esperança.
Certo, certa, certos, certas, vários, várias, são indefinidos
Esse (s), essa (s), isso: designam a pessoa ou a coisa próxima quando colocados antes do substantivo e adjetivos, quando
daquela com quem falamos ou para quem escrevemos. Exemplo: colocados depois do substantivo: Certo dia perdi o controle da
Senhor, quanto custa esse pacote de milho? situação. (antes do substantivo= indefinido); Eles voltarão no
dia certo. (depois do substantivo=adjetivo).
Aquele (s), aquela (s), aquilo: indicam o ser ou objeto que Todo, toda (somente no singular) sem artigo, equivale a
está longe de quem fala e da pessoa de quem se fala (3ª pessoa). qualquer: Todo ser nasce chorando. (=qualquer ser; indetermina,
Exemplo: Você pode me emprestar aquele livro de matemática? generaliza).
Outrem significa outra pessoa: Nunca se sabe o pensamento
Observação: de outrem.
Os pronomes “Aquele(s)”, “Aquela(s)” também podem indicar Qualquer, plural quaisquer: Fazemos quaisquer negócios.
afastamento temporal. Exemplos:
Aqueles belos tempos que não voltam mais. Locuções Pronominais Indefinidas: São locuções
Naquela época eram todas unidas. pronominais indefinidas duas ou mais palavras que equiva em
ao pronome indefinido: cada qual / cada um / quem quer que
Em relação ao tempo: seja / seja quem for / qualquer um / todo aquele que / um ou
Este (s), esta (s), isto: indicam o tempo presente em relação outro / tal qual (=certo) / tal e, ou qual /
ao momento em que se fala. Exemplo: Este mês termina o prazo
das inscrições para o vestibular da FAL. Pronomes Relativos: São aqueles que representam, numa 2ª
oração, alguma palavra que já apareceu na oração anterior. Essa
Esse (s), essa (s), isso: designam tempo no passado ou no palavra da oração anterior chamase antecedente: Comprei um
futuro. Exemplos: Onde você esteve essa semana toda? / Sei que carro que é movido a álcool e à gasolina. É Flex Power. Percebese
serei aprovado e, quando chegar esse momento, serei feliz! que o pronome relativo que, substitui na 2ª oração, o carro, por
isso a palavra que é um pronome relativo. Dica: substituir que
Aquele (s), aquela (s), aquilo: indicam um tempo distante por o, a, os, as, qual / quais.
em relação ao momento em que se fala. Exemplo: Bons tempos Os pronomes relativos estão divididos em variáveis e
aqueles em que brincávamos descalços na rua... invariáveis.
Variáveis: o qual, os quais, a qual, as quais, cujo, cujos, cuja,
dependendo do contexto, também são considerados cujas, quanto, quantos;

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APOSTILAS OPÇÃO
Invariáveis: que, quem, quando, como, onde. - Com o gerúndio precedido de preposição ou de negação:
Em se ausentando, complicou-se; Não se satisfazendo com os
Emprego dos Pronomes Relativos resultados, mudou de método.
- Com o infinito pessoal precedido de preposição: Por se
- O relativo que, por ser o mais usado, é chamado de relativo acharem infalíveis, caíram no ridículo.
universal. Ele pode ser empregado com referência à pessoa ou
coisa, no plural ou no singular: Este é o CD novo que acabei de Mesóclise
comprar; João Adolfo é o cara que pedi a Deus.
- O relativo que pode ter por seu antecedente o pronome Usa-se a mesóclise tão somente com duas formas verbais,
demonstrativo o, a, os, as: Não entendi o que você quis dizer. (o o futuro do presente e o futuro do pretérito, assim quando não
que = aquilo que). vierem precedidos de palavras atrativas. Exemplos:
- O relativo quem refere se a pessoa e vem sempre precedido
de preposição: Marco Aurélio é o advogado a quem eu me referi. Confrontar-se-ão os resultados.
- O relativo cujo e suas flexões equivalem a de que, do qual, Confrontar-se-iam os resultados.
de quem e estabelecem relação de posse entre o antecedente e o
termo seguinte. (cujo, vem sempre entre dois substantivos) Mas:
Não se confrontarão os resultados.
- O pronome relativo pode vir sem antecedente claro, Não se confrontariam os resultados.
explícito; é classificado, portanto, como relativo indefinido, e
não vem precedido de preposição: Quem casa quer casa; Feliz o Não se usa a ênclise com o futuro do presente ou com o
homem cujo objetivo é a honestidade; Estas são as pessoas de futuro do pretérito sob hipótese alguma. Será contrária à norma
cujos nomes nunca vou me esquecer. culta escrita, portanto, uma colocação do tipo:
- Só se usa o relativo cujo quando o conseqüente é diferente
do antecedente: O escritor cujo livro te falei é paulista. Diria-se que as coisas melhoraram. (errado)
- O pronome cujo não admite artigo nem antes nem depois Dir-se-ia que as coisas melhoraram. (correto)
de si.
- O relativo onde é usado para indicar lugar e equivale a: em Ênclise
que, no qual: Desconheço o lugar onde vende tudo mais barato.
(= lugar em que) Usa-se a ênclise nos seguintes casos:
- Quanto, quantos e quantas são relativos quando usados
depois de tudo, todos, tanto: Naquele momento, a querida - Imperativo Afirmativo: Prezado amigo, informe-se de
comadre Naldete, falou tudo quanto sabia. seus compromissos.

Pronomes Interrogativos: São os pronomes em frases - Gerúndio não precedido da preposição “em” ou
ínterrogativas diretas ou indiretas. Os principais interrogativos de partícula negativa: Falando-se de comércio exterior,
são: que, quem, qual, quanto: progredimos muito.
Afinal, quem foram os prefeitos desta cidade? (interrogativa
direta, com o ponto de interrogação) Mas
Gostaria de saber quem foram os prefeitos desta cidade. Em se plantando no Brasil, tudo dá.
(interrogativa indireta, sem a interrogação) Não se falando em futebol, ninguém briga.
Ninguém me provocando, fico em paz.
Colocação dos Pronomes Oblíquos Átonos
- Infinitivo Impessoal: Não era minha intenção magoar-te.
Um dos aspectos da harmonia da frase refere-se à colocação Se o infinitivo vier precedido de palavra atrativa, ocorre tanto a
dos pronomes oblíquos átonos. Tais pronomes situam-se em próclise quanto a ênclise.
três posições: Espero com isto não te magoar.
- Antes do verbo (próclise): Não te conheço. Espero com isto não magoar-te.
- No meio do verbo (mesóclise): Avisar-te-ei.
- Depois do verbo (ênclise): Sente-se, por favor. - No início de frases ou depois de pausa: Vão-se os anéis,
ficam os dedos. Decorre daí a afirmação de que, na variante culta
Próclise escrita, não se inicia frase com pronome oblíquo átono. Causou-
me surpresa a tua reação.
Por atração: usa-se a próclise quando o verbo vem precedido
das seguintes partículas atrativas: O Pronome Oblíquo Átono nas Locuções Verbais
- Palavras ou expressões negativas: Não te afastes de mim.
- Advérbios: Agora se negam a depor. Se houver pausa (na - Com palavras atrativas: quando a locução vem precedida
escrita, vírgula) entre o advérbio e o verbo, usa-se a ênclise: de palavra atrativa, o pronome se coloca antes do verbo auxiliar
Agora, negam-se a depor. ou depois do verbo principal. Exemplo: Nunca te posso negar
- Pronomes Relativos: Apresentaram-se duas pessoas que se isso; Nunca posso negar-te isso. É possível, nesses casos, o uso
identificaram com rapidez. da próclise antes do verbo principal. Nesse caso, o pronome não
- Pronomes Indefinidos: Poucos se negaram ao trabalho. se liga por hífen ao verbo auxiliar: Nunca posso te negar isso.
- Conjunções subordinativas: Soube que me dariam a
autorização solicitada. - No início da oração ou depois de pausa: quando a locução
se situa no início da oração, não se usa o pronome antes do verbo
Com certas frases: há casos em que a próclise é motivada auxiliar. Exemplo: Posso-lhe dar garantia total; Posso dar-lhe
pelo próprio tipo de frase em que se localiza o pronome. garantia total. A mesma norma é válida para os casos em que
- Frases Interrogativas: Quem se atreveria a isso? a locução verbal vem precedida de pausa. Exemplo: Em dias de
- Frases Exclamativas: Quanto te arriscas com esse lua cheia, pode-se ver a estrada mesmo com faróis apagados;
procedimento! Em dias de lua cheia, pode ver-se a estrada mesmo com os faróis
- Frases Optativas (exprimem desejo): Deus nos proteja. apagados.
Se, nas frases optativas, o sujeito vem depois do verbo, usa-se a
ênclise: Proteja-nos Deus. - Sem atração nem pausa: quando a locução verbal não vem
precedida de palavra atrativa nem de pausa, admite-se qualquer
Com certos verbos: a próclise pode ser motivada também colocação do pronome.
pela forma verbal a que se prende o pronome. Exemplos:

Língua Portuguesa 59
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APOSTILAS OPÇÃO
A vida lhe pode trazer surpresas. Questões
A vida pode-lhe trazer surpresas.
A vida pode trazer-lhe surpresas. 01. (ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO
DE PERNAMBUCO/PE – ANALISTA LEGISLATIVO –
Observações ESPECIALIDADE CONTABILIDADE – FCC/2014) Considerada
a norma culta escrita, há correta substituição de estrutura
- Quando o verbo auxiliar de uma locução verbal estiver no nominal por pronome em:
futuro do presente ou no futuro do pretérito, o pronome pode vir (A) Agradeço antecipadamente sua Resposta // Agradeço-
em mesóclise em relação a ele: Ter-nos-ia aconselhado a partir. lhes antecipadamente.
(B) do verbo fabricar se extraiu o substantivo fábrica. // do
- Nas locuções verbais, jamais se usa pronome oblíquo átono verbo fabricar se extraiu-lhe.
depois do particípio. Não o haviam convidado. (correto); Não (C) não faltam lexicógrafos // não faltam-os.
haviam convidado-o. (errado). (D) Gostaria de conhecer suas considerações // Gostaria de
conhecê-las.
- Há uma colocação pronominal, restrita a contextos (E) incluindo a palavra ‘aguardo’ // incluindo ela.
literários, que deve ser conhecida: Há males que se não curam
com remédios. Quando há duas partículas atraindo o pronome 02. (SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO
oblíquo átono, este pode vir entre elas. Poderíamos dizer PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL/DF – TÉCNICO EM
também: Há males que não se curam com remédios. ELETRÔNICA – IADES/2014) Caso fosse necessário substituir
o termo destacado em “Basta apresentar um documento” por
- Os pronomes oblíquos átonos combinam-se entre si em um pronome, de acordo com a norma-padrão, a nova redação
casos como estes: deveria ser
me + o/a = mo/ma (A) Basta apresenta-lo.
te + o/a = to/ta (B) Basta apresentar-lhe.
lhe + o/a = lho/lha (C) Basta apresenta-lhe.
nos + o/a = no-lo/no-la (D) Basta apresentá-la.
vos + o/a = vo-lo/vo-la (E) Basta apresentá-lo.

Tais combinações podem vir: 03. (CEFET/RJ - REVISOR DE TEXTOS –


- Proclítica: Eu não vo-lo disse? CESGRANRIO/2014). Em qual período, o pronome átono que
- Mesoclítica: Dir-vo-lo-ei já. substitui o sintagma em destaque tem sua colocação de acordo
- Enclítica: A correspondência, entregaram-lha há muito com a norma-padrão?
tempo. (A) O porteiro não conhecia o portador do embrulho –
conhecia-o
Segundo a norma culta, a regra é a ênclise, ou seja, o pronome (B) Meu pai tinha encontrado um marinheiro na praça Mauá
após o verbo. Isso tem origem em Portugal, onde essa colocação – tinha encontrado-o.
é mais comum. No Brasil, o uso da próclise é mais frequente, por (C) As pessoas relatarão as suas histórias para o registro no
apresentar maior informalidade. Mas, como devemos abordar os Museu – relatá-las-ão.
aspectos formais da língua, a regra será ênclise, usando próclise (D) Quem explicou às crianças as histórias de seus
em situações excepcionais, que são: antepassados? – explicou-lhes.
(E) Vinham perguntando às pessoas se aceitavam a ideia de
- Palavras invariáveis (advérbios, alguns pronomes, um museu virtual – Lhes vinham perguntando.
conjunção) atraem o pronome. Por “palavras invariáveis”,
entendemos os advérbios, as conjunções, alguns pronomes 04. (SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DO
que não se flexionam, como o pronome relativo que, os pronomes DISTRITO FEDERAL/DF – ANALISTA – IADES/2014 -
indefinidos quanto/como, os pronomes demonstrativos isso, adaptada) De acordo com a norma-padrão e as questões
aquilo, isto. Exemplos: “Ele não se encontrou com a namorada.” gramaticais que envolvem o trecho “Frustrei-me por não ver o
– próclise obrigatória por força do advérbio de negação. Escola”, é correto afirmar que
“Quando se encontra com a namorada, ele fica muito feliz.” – (A) “me” poderia ser deslocado para antes do verbo que
próclise obrigatória por força da conjunção; acompanha.
(B) “me” deveria obrigatoriamente ser deslocado para antes
- Orações exclamativas (“Vou te matar!”) ou que expressam do verbo que acompanha.
desejo, chamadas de optativas (“Que Deus o abençoe!”) – (C) a ênclise em “Frustrei-me” é facultativa.
próclise obrigatória. (D) a inclusão do advérbio Não, no inı́cio da oração “Frustrei-
me”, tornaria a próclise obrigatória.
- Orações subordinadas – (“... e é por isso que nele se acentua (E) a ênclise em “Frustrei-me” é obrigatória.
o pensador político” – uma oração subordinada causal, como a
da questão, exige a próclise.). 05. (SABESP – TECNÓLOGO – FCC/2014). A substituição
do elemento grifado pelo pronome correspondente foi realizada
Emprego Proibido: de modo INCORRETO em:
(A) que permitiu à civilização = que lhe permitiu
- Iniciar período com pronome (a forma correta é: Dá-me um (B) envolveu diferentes fatores = envolveu-os
copo d’água; Permita-me fazer uma observação.); (C) para fazer a dragagem = para fazê-la
(D) que desviava a água = que lhe desviava
- Após verbo no particípio, no futuro do presente e no futuro (E) supriam a necessidade = supriam-na
do pretérito. Com essas formas verbais, usa-se a próclise (desde
que não caia na proibição acima), modifica-se a estrutura (troca 06. (PRODEST/ES – ASSISTENTE ORGANIZACIONAL
o “me” por “a mim”) ou, no caso dos futuros, emprega-se o – VUNESP/2014) Para atender à norma-padrão da língua
pronome em mesóclise. Exemplos: “Concedida a mim a licença, portuguesa e manter o sentido do texto, o trecho em destaque
pude começar a trabalhar.” (Não poderia ser “concedida-me” deve ser corretamente substituído por pronome como indicado
– após particípio é proibido - nem “me concedida” – iniciar na alternativa:
período com pronome é proibido). “Recolher-me-ei à minha (A) Eu escutava as conversas, as notícias do rádio, dormia...
insignificância” (Não poderia ser “recolherei-me” nem “Me → Eu escutava-nas, dormia...
recolherei”). (B) ... pouco a pouco, fui pedindo licença a meu amigo taxista
para um telefonema aqui... pouco a pouco, fui pedindo-lhe

Língua Portuguesa 60
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APOSTILAS OPÇÃO
licença para um telefonema aqui... 02. Resposta E
(C) ... passei a interromper meu precioso flanar nos táxis... → Apresentar o quê? O documento = objeto direto, sem
passei a interromper-lhe... preposição – então esqueçamos o “lhe” (para objeto indireto).
(D) ... e saio do carro com meu tio balançando a cabeça lá em Restaram-nos os itens A, D e E. Em D, o pronome está no feminino
cima. → e saio do carro com meu tio balançando-na lá em cima. (la), e o termo a ser substituído é masculino (um documento).
(E) Penso no meu tio e imagino o quanto se divertiria Descartemo-la. A acentuação dos verbos com pronome oblíquo
ouvindo os absurdos que falamos ao celular... → Penso no meu segue a regra de acentuação normalmente, desconsiderando-se
tio e imagino o quanto se divertiria ouvindo-se ao celular... o pronome, claro! = apresentá-lo (oxítona). Temos, então: “Basta
apresentá-lo”.
07. (EMDEC - ANALISTA DA MOBILIDADE URBANA I –
IBFC/2014). Na oração “movendo-nos com desembaraço”, a 03. Resposta C
posição do pronome átono é enclítica. Assinale a opção em que A) O porteiro não conhecia o portador do embrulho – não
o pronome também deveria estar empregado nessa mesma o conhecia
posição. B) Meu pai tinha encontrado um marinheiro na praça Mauá
(A) Nunca me convidam para os grandes eventos. – tinha o encontrado
(B) Embora te encontre, ainda sinto tua falta. C) As pessoas relatarão as suas histórias para o registro no
(C) Não encontrei a reposta que me indicaram. Museu – relatá-las-ão = correta
(D) Assim, se resolvem os problemas. D) Quem explicou às crianças as histórias de seus
antepassados? – explicou-lhes = quem lhes explicou
08. (TCE-RS - AUDITOR PÚBLICO EXTERNO - ENGENHARIA E) Vinham perguntando às pessoas se aceitavam a ideia de
CIVIL - CONHECIMENTOS BÁSICOS – FCC/2014). A educação um museu virtual = Vinham lhes perguntando.
para a cidadania é um objetivo essencial, mas comprometem
essa educação para a cidadania os que pretendem praticar 04. Resposta D
a educação para a cidadania sem dotar a educação para a “Frustrei-me por não ver o Escola”
cidadania da visibilidade das atitudes públicas. (A) “me” poderia ser deslocado para antes do verbo que
acompanha = Me frustrei = incorreta, pois não se inicia período
Evitam-se as repetições viciosas da frase acima se com pronome oblíquo (é a regra!).
substituindo os segmentos sublinhados, respectivamente, por: (B) “me” deveria obrigatoriamente ser deslocado para antes
(A) comprometem-lhe - praticá-la - dotar-lhe; do verbo que acompanha = respondi anteriormente! – na A
(B) comprometem ela - praticar-lhe - dotá-la; (C) a ênclise em “Frustrei-me” é facultativa. = incorreta.
(C) comprometem-na - praticá-la - dotá-la; Como não há partícula que justifique a próclise, utiliza-se ênclise
(D) comprometem a mesma - a praticar - lhe dotar; (D) a inclusão do advérbio Não, no inı́cio da oração “Frustrei-
(E) comprometem a ela - lhe praticar - a dotar; me”, tornaria a próclise obrigatória. = Não me frustrei = correta
(o advérbio de negação “atrairia” o pronome)
09. (MINISTÉRIO PÚBLICO/SP – AUXILIAR DE (E) a ênclise em “Frustrei-me” é obrigatória. = incorreta (em
PROMOTORIA – VUNESP/2014). Assinale a alternativa correta termos!). Se houvesse partícula que justificasse a próclise, a
quanto à colocação pronominal. ênclise seria descartada – por isso que não está correto afirmar
(A) Certamente delineou-se um cenário infernal com “obrigatória”.
assassinatos brutais.
(B) A frente que se opôs aos hutus foi liderada por Paul 05. Resposta D
Kagame. (A) que permitiu à civilização = que lhe permitiu = correta
(C) Se completam, em 2014, 20 anos do genocídio em (B) envolveu diferentes fatores = envolveu-os = correta
Ruanda. (C) para fazer a dragagem = para fazê-la = correta
(D) Kagame reconhece que as pessoas não livraram-se do (D) que desviava a água = que lhe desviava = que a desviava
vírus do ódio. (E) supriam a necessidade = supriam-na = correta
(E) Com Kagame como presidente, têm feito-se mudanças
em Ruanda. 06. Resposta B
(A) Eu escutava as conversas, as notícias do rádio, dormia...
10. (TRT-13ª REGIÃO/PB – TÉCNICO JUDICIÁRIO – → Eu escutava-nas, dormia
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO – FCC/2014) = eu as escutava
Durante toda a era moderna, nossos ancestrais avaliaram a (B) ... pouco a pouco, fui pedindo licença a meu amigo
virtude de suas realizações... taxista para um telefonema aqui... pouco a pouco, fui pedindo-
... cessem de obedecer à sentença de Steiner. lhe licença para um telefonema aqui... = correta
Esse novo espectro comprova a novidade... (C) ... passei a interromper meu precioso flanar nos táxis...
Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos → passei a interromper-lhe...
sublinhados acima foram corretamente substituídos por um = passei a interrompê-lo
pronome, na ordem dada, em: (D) ... e saio do carro com meu tio balançando a cabeça lá em
(A) avaliaram-nas − obedecê-la − comprova-na cima. → e saio do carro com meu tio balançando-na lá em cima.
(B) avaliaram-na − obedecer-lhe − comprova-a = meu tio balançando-a
(C) avaliaram-lhe − a obedecer − lhe comprova (E) Penso no meu tio e imagino o quanto se divertiria
(D) as avaliaram − obedece-a − comprova-lhe ouvindo os absurdos que falamos ao celular... → Penso no meu
(E) lhes avaliaram − obedece-lhe − a comprova tio e imagino o quanto se divertiria ouvindo-se ao celular...=
ouvindo-os
Respostas
07. Resposta D
01. Resposta D Correções à frente:
(A) Agradeço antecipadamente sua Resposta // Agradeço- (A) Nunca me convidam para os grandes eventos = correta.
lhes = agradeço-a (B) Embora te encontre, ainda sinto tua falta = correta.
(B) do verbo fabricar se extraiu o substantivo fábrica. // do (C) Não encontrei a reposta que me indicaram = correta.
verbo fabricar se extraiu-lhe. = extraiu-o (D) Assim, se resolvem os problemas = resolvem-se.
(C) não faltam lexicógrafos // não faltam-os. = não os faltam
(D) Gostaria de conhecer suas considerações // Gostaria de 08. Resposta C
conhecê-las. = correta Lembrando o alfabeto: J - K - L - MN = comprometeM-Na.
(E) incluindo a palavra ‘aguardo’ // incluindo ela. = Eliminaremos, assim, todas as alternativas, ficando apenas com
incluindo-a a correta! A dica, realmente, ajuda! Mas continuarei! Os verbos

Língua Portuguesa 61
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APOSTILAS OPÇÃO
“praticar” e “dotar” pedem objeto direto (sem preposição), então ————————————————————————
não pode ser o “lhe” (que é para objetos indiretos). Teremos
“praticá-la” e “dotá-la”. ————————————————————————

09. Resposta ————————————————————————


Correções:
(A) Certamente delineou-se = certamente se delineou
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(advérbio) ————————————————————————
(B) A frente que se opôs aos hutus foi liderada por Paul
Kagame = correta. ————————————————————————
(C) Se completam = completam-se (início de período)
(D) Kagame reconhece que as pessoas não livraram-se = não ————————————————————————
se livraram (advérbio de negação)
(E) Com Kagame como presidente, têm feito-se = têm-se feito ————————————————————————

10. Resposta B ————————————————————————


Durante toda a era moderna, nossos ancestrais avaliaram a
virtude de suas realizações... ————————————————————————
... cessem de obedecer à sentença de Steiner.
————————————————————————
Esse novo espectro comprova a novidade...
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Anotações ————————————————————————
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Língua Portuguesa 62
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APOSTILAS OPÇÃO
q: O Queijo não é bom.

Negação (símbolo ~): Quando usamos a negação de uma


proposição invertemos a afirmação que está sendo dada. Veja os
exemplos:

~p (não p): O Pão não é barato. (É a negação lógica de p)


~q (não q): O Queijo é bom. (É a negação lógica de q)
Se uma proposição é verdadeira, quando usamos a negação
vira falsa.
Se uma proposição é falsa, quando usamos a negação vira
verdadeira.

Regrinha para o conectivo de negação (~):


Avaliação da habilidade do
candidato em entender a P ~P
estrutura lógica de relações
V F
entre pessoas, lugares,
coisas e/ou eventos, deduzir F V
novas informações e avaliar
Conjunção (símbolo Λ): Este conectivo é utilizado para
as condições usadas para unir duas proposições formando uma terceira. O resultado
estabelecer a estrutura dessas dessa união somente será verdadeiro se as duas proposições (p
relações e q) forem verdadeiras, ou seja, sendo pelo menos uma falsa, o
resultado será falso. Ex.: p Λ q. (O Pão é barato e o Queijo não é
bom). ∧ = “e”. Regrinha para o conectivo de conjunção (Λ):
ESTRUTURAS LÓGICAS – VERDADE OU MENTIRA
P Q PΛQ
Na lógica, uma estrutura (ou estrutura de interpretação) é
um objeto que dá significado semântico ou interpretação aos V V V
símbolos definidos pela assinatura de uma linguagem. Uma V F F
estrutura possui diferentes configurações, seja em lógicas de
primeira ordem, seja em linguagens lógicas poli-sortidas ou F V F
de ordem superior. As questões de Raciocínio Lógico sempre F F F
vão ser compostas por proposições que provam, dão suporte,
dão razão a algo, ou seja, são afirmações que expressam um Disjunção (símbolo V): Este conectivo também serve para
pensamento de sentindo completo. Essas proposições podem unir duas proposições. O resultado será verdadeiro se pelo
ter um sentindo positivo ou negativo. menos uma das proposições for verdadeira. Ex: p v q. (Ou o
Pão é barato ou o Queijo não é bom.) V = “ou”. Regrinha para o
Exemplo 1: João anda de bicicleta. conectivo de disjunção (V):
Exemplo 2: Maria não gosta de banana.
Tanto o exemplo 1 quanto o 2 caracterizam uma afirmação/
proposição. P Q PVQ
V V V
A base das Estruturas Lógicas é saber o que é Verdade ou
Mentira (verdadeiro/falso). Os resultados das proposições V F V
sempre tem que dar verdadeiro. Há alguns princípios básicos: F V V

Contradição: Nenhuma proposição pode ser verdadeira e F F F


falsa ao mesmo tempo.
Condicional (símbolo →): Este conectivo dá a ideia de
Terceiro Excluído: Dadas duas proposições lógicas condição para que a outra proposição exista. “P” será condição
contraditórias somente uma delas é verdadeira. Uma proposição suficiente para “Q” e “Q” é condição necessária para “P”. Ex: P →
ou é verdadeira ou é falsa, não há um terceiro valor lógico (“mais Q. (Se o Pão é barato então o Queijo não é bom.) → = “se...então”.
ou menos”, meio verdade ou meio mentira). Ex. Estudar é fácil. Regrinha para o conectivo condicional (→):
(o contrário seria: “Estudar é difícil”. Não existe meio termo, ou
estudar é fácil ou estudar é difícil). P Q P→Q
Para facilitar a resolução das questões de lógica usam- V V V
se os conectivos lógicos, que são símbolos que comprovam a V F F
veracidade das informações e unem as proposições uma a outra
ou as transformam numa terceira proposição. Veja: F V V
(~) “não”: negação F F V
(Λ) “e”: conjunção
(V) “ou”: disjunção Bicondicional (símbolo ↔): O resultado dessas proposições
(→) “se...então”: condicional será verdadeiro se e somente se as duas forem iguais (as duas
(↔) “se e somente se”: bicondicional verdadeiras ou as duas falsas). “P” será condição suficiente
e necessária para “Q”. Exemplo: P ↔ Q. (O Pão é barato se e
Temos as seguintes proposições: somente se o Queijo não é bom.) ↔ = “se e somente se”. Regrinha
para o conectivo bicondicional (↔):
O Pão é barato. O Queijo não é bom.
A letra p representa a primeira proposição e a letra q, a
segunda. Assim, temos:
p: O Pão é barato.

Raciocínio Lógico 1
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APOSTILAS OPÇÃO
P Q P↔Q chefe de gabinete foi o mentor do esquema ou o vereador Vitor
participou do esquema”.
V V V
V F F ( ) Certo ( ) Errado

F V F 05. Considerando essa situação hipotética, julgue os itens


F F V seguintes, acerca de proposições lógicas. A premissa P2 pode ser
corretamente representada por R ∨ Q.
Questões
( ) Certo ( ) Errado
01. (ESAF - Receita Federal - Auditor Fiscal) A afirmação “A
06. Considerando essa situação hipotética, julgue os
menina tem olhos azuis ou o menino é loiro” tem como sentença
itens seguintes, acerca de proposições lógicas. A premissa
logicamente equivalente:
P3 é logicamente equivalente à proposição “O vereador Vitor
(A) se o menino é loiro, então a menina tem olhos azuis.
participou do esquema ou o chefe de gabinete não foi o mentor
(B) se a menina tem olhos azuis, então o menino é loiro.
do esquema”.
(C) se a menina não tem olhos azuis, então o menino é loiro.
(D) não é verdade que se a menina tem olhos azuis, então o
( ) Certo ( ) Errado
menino é loiro.
(E) não é verdade que se o menino é loiro, então a menina
07. Considerando essa situação hipotética, julgue os itens
tem olhos azuis.
seguintes, acerca de proposições lógicas. A partir das premissas
P1, P2 e P3, é correto inferir que o prefeito Pérsio não sabia do
02. (ESAF - Receita Federal - Auditor Fiscal) Se Anamara
esquema.
é médica, então Angélica é médica. Se Anamara é arquiteta,
então Angélica ou Andrea são médicas. Se Andrea é arquiteta,
( ) Certo ( ) Errado
então Angélica é arquiteta. Se Andrea é médica, então Anamara
é médica. Considerando que as afirmações são verdadeiras,
08. (CESPE - TRE-ES - Técnico) Entende-se por proposição
segue- se, portanto, que:
todo conjunto de palavras ou símbolos que exprimem um
(A) Anamara, Angélica e Andrea são arquitetas.
pensamento de sentido completo, isto é, que afirmam fatos ou
(B) Anamara é médica, mas Angélica e Andrea são arquitetas.
exprimam juízos a respeito de determinados entes. Na lógica
(C) Anamara, Angélica e Andrea são médicas.
bivalente, esse juízo, que é conhecido como valor lógico da
(D) Anamara e Angélica são arquitetas, mas Andrea é médica.
proposição, pode ser verdadeiro (V) ou falso (F), sendo objeto
(E) Anamara e Andrea são médicas, mas Angélica é arquiteta.
de estudo desse ramo da lógica apenas as proposições que atendam
ao princípio da não contradição, em que uma proposição não pode
03. (ESAF - Receita Federal - Auditor Fiscal) Se Ana é
ser simultaneamente verdadeira e falsa; e ao princípio do terceiro
pianista, então Beatriz é violinista. Se Ana é violinista, então
excluído, em que os únicos valores lógicos possíveis para uma
Beatriz é pianista. Se Ana é pianista, Denise é violinista. Se Ana
proposição são verdadeiro e falso. Com base nessas informações,
é violinista, então Denise é pianista. Se Beatriz é violinista,
julgue os itens a seguir. Segundo os princípios da não contradição
então Denise é pianista. Sabendo-se que nenhuma delas toca
e do terceiro excluído, a uma proposição pode ser atribuído um e
mais de um instrumento, então Ana, Beatriz e Denise tocam,
somente um valor lógico.
respectivamente:
(A) piano, piano, piano.
( ) Certo ( ) Errado
(B) violino, piano, piano.
(C) violino, piano, violino.
(CESPE - TRT-ES – Técnico Judiciário)
(D) violino, violino, piano.
(E) piano, piano, violino.
Texto para as questões 09 e 10.
(CESPE – TRE-RJ – Técnico Judiciário)
Proposições são frases que podem ser julgadas
como verdadeiras (V) ou falsas (F), mas não como V e F
Texto para as questões de 04 a 07.
simultaneamente. As proposições simples são aquelas que
não contêm nenhuma outra proposição como parte delas. As
O cenário político de uma pequena cidade tem sido
proposições compostas são construídas a partir de outras
movimentado por denúncias a respeito da existência de um
proposições, usando-se símbolos lógicos, parênteses e
esquema de compra de votos dos vereadores. A dúvida quanto
colchetes para que se evitem ambiguidades. As proposições são
a esse esquema persiste em três pontos, correspondentes às
usualmente simbolizadas por letras maiúsculas do alfabeto: A,
proposições P, Q e R:
B, C, etc. Uma proposição composta da forma A ∨ B, chamada
disjunção, deve ser lida como “A ou B” e tem o valor lógico F, se
P: O vereador Vitor não participou do esquema;
A e B são F, e V, nos demais casos. Uma proposição composta
Q: O Prefeito Pérsio sabia do esquema;
da forma A ∧ B, chamada conjunção, deve ser lida como “A e B”
R: O chefe de gabinete do Prefeito foi o mentor do esquema.
e tem valor lógico V, se A e B são V, e F, nos demais casos. Além
disso, A, que simboliza a negação da proposição A, é V, se A
Os trabalhos de investigação de uma CPI da Câmara
for F, e F, se A for V. Considere que cada uma das proposições
Municipal conduziram às premissas P1, P2 e P3 seguintes:
seguintes tenha valor lógico V.
P1: Se o vereador Vitor não participou do esquema, então o
I- Tânia estava no escritório ou Jorge foi ao centro da cidade.
Prefeito Pérsio não sabia do esquema.
II- Manuel declarou o imposto de renda na data correta e
P2: Ou o chefe de gabinete foi o mentor do esquema, ou o
Carla não pagou o condomínio.
Prefeito Pérsio sabia do esquema, mas não ambos.
III- Jorge não foi ao centro da cidade.
P3: Se o vereador Vitor não participou do esquema, então o
chefe de gabinete não foi o mentor do esquema.
09. A partir dessas proposições, é correto afirmar que a
proposição “Manuel declarou o imposto de renda na data correta
Considerando essa situação hipotética, julgue os itens
e Jorge foi ao centro da cidade” tem valor lógico V.
seguintes, acerca de proposições lógicas.
( ) Certo ( ) Errado
04. Das premissas P1, P2 e P3, é correto afirmar que “O

Raciocínio Lógico 2
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APOSTILAS OPÇÃO
10. A partir dessas proposições, é correto afirmar que a Ana pianista → Beatriz violinista. (F → F)
proposição. “Carla pagou o condomínio” tem valor lógico F. Ana violinista → Beatriz pianista. (V → V)
Ana pianista → Denise violinista. (F → F)
( ) Certo ( ) Errado Ana violinista → Denise pianista. (V → V)
Beatriz violinista → Denise pianista. (F → V)
Respostas
Proposições Simples quando aparecem na questão,
01. Resposta: C suponhamos que sejam verdadeiras (V). Como na questão não
há proposições simples, escolhemos outra proposição composta
Proposição Equivalente e supomos que seja verdadeira ou falsa.
P→Q ~Q → ~P
P→Q ~P ∨ Q 1º Passo: qual regra eu tenho que saber? Condicional (Se...
P→Q P é suficiente para Q
P→Q Q é necessário para P então).
2º Passo: Fazer o teste com as hipóteses possíveis até
A menina tem olhos azuis ou o menino é loiro. encontrar a resposta.
(~P) (∨ ) (Q)
Hipótese 1
Se a menina não tem olhos azuis, então o menino é loiro.
(~P) (→) (Q) - Se Ana é pianista, então Beatriz é violinista. (verdade)
V V - Como já sabemos, se a (verdade) aparecer primeiro, a
Sintetizando: Basta negar a primeira, manter a segunda e (falso) não poderá.
trocar o “ou” pelo “se então”. “A menina tem olhos azuis (M) ou o
menino é loiro (L)”. - Se Ana é violinista, então Beatriz é pianista. (verdade)
F F - Já sabemos que Ana é pianista e Bia é violinista, então
Está assim: M v L falso nelas.
Fica assim: ~M → L
- Se Ana é pianista, Denise é violinista. (verdade)
Se a menina não tem olhos azuis, então o menino é loiro. VV

02. Resposta: C - Se Ana é violinista, então Denise é pianista. (verdade)


Anamara médica → Angélica médica. (verdadeira → FF
verdadeira)
Anamara arquiteta → Angélica médica ∨ Andrea médica. - Se Beatriz é violinista, então Denise é pianista. (verdade)
(falsa → verdadeira ∨ verdadeira) V F - Apareceu a temida V F, logo a nossa proposição será
Andrea arquiteta → Angélica arquiteta. (falsa → falsa) falsa. Então descarte essa hipótese.
Andrea médica → Anamara médica. (verdadeira →
verdadeira) Hipótese 2

Como na questão não existe uma proposição simples, temos - Se Ana é pianista, então Beatriz é violinista. (verdade)
que escolher entre as existentes, uma proposição composta FV
e supor se é verdadeira ou falsa. Nesta questão analise as
proposições à medida que aparecem na questão, daí a primeira - Se Ana é violinista, então Beatriz é pianista. (verdade)
proposição sobre a pessoa assume o valor de verdade, as V F - A VF apareceu, então já podemos descartá-la, pois a
seguintes serão, em regra, falsas. Embora nada impeça que nossa proposição será falsa.
uma pessoa tenha mais de uma profissão, o que não deve ser
levado em consideração. Importante lembrar que todas as 04. Resposta: Certo
proposições devem ter valor lógico verdadeiro. Para encontrar É só aplicar a tabela verdade do “ou” (v).
a resposta temos que testar algumas hipóteses até encontrar a V v F será verdadeiro, sendo falso apenas quando as duas
que preencha todos os requisitos da regra. forem falsas.

- Se Anamara é médica, então Angélica é médica. (verdadeiro) A tabela verdade do “ou”. Vejam:
1. V V
2. F F p q p∨q
3. F V V V F
V F V
- Se Anamara é arquiteta, então Angélica ou Andrea são F V V
F F F
médicas. (verdadeiro)
1. F V V - Para ser falso Todos devem ser falsos. No 2º caso, os dois não podem ser verdade ao mesmo tempo.
2. V F V - A segunda sentença deu falso e a VF apareceu, então
descarta essa hipótese. Disjunção exclusiva (Ou... ou)
3. V V F - Aqui também ocorreu o mesmo problema da 2º Representado pelo v, ou ainda ou.
hipótese, também devemos descartá-la. Pode aparecer assim também: p v q, mas não ambos.

- Se Andrea é arquiteta, então Angélica é arquiteta. Regra: Só será verdadeira se houver uma das sentenças
(verdadeiro) verdadeira e outra falsa.
1. F F
2. Hipótese 1:
3.
P1: F → V = V (Não poderá aparecer VF).
- Se Andrea é médica, então Anamara é médica. (verdadeiro) P2: V F = V (Apenas um tem que ser verdadeiro).
1. V V P3: F → F = V
2.
3. Conclusões:
Vereador participou do esquema.
03. Resposta: B Prefeito não sabia.

Raciocínio Lógico 3
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APOSTILAS OPÇÃO
Chefe do gabinete foi o mentor. a questão está correta. As duas sentenças são “logicamente
equivalentes”.
Então:
O chefe de gabinete foi o mentor do esquema ou o vereador 07. Resposta: Errado
Vitor participou do esquema. A questão quer saber se o argumento “o Prefeito Pérsio não
V V = verdade, pois sabemos que para ser falso, todos devem sabia do esquema” é um argumento válido. Quando o argumento
ser falsos. é válido? Quando as premissas forem verdadeiras e a conclusão
obrigatoriamente verdadeira ou quando as premissas forem
Hipótese 2: falsas e a conclusão falsa. Quando o argumento não é válido?
P1: F → F = V Quando as premissas forem verdadeiras e a conclusão for falsa.
P2: F V = V Pra resolver essas questões de validade de argumento é melhor
P3: F →V = V começar de forma contrária ao comando da questão. Como a
questão quer saber se o argumento é válido, vamos partir do
Conclusões: princípio (hipótese) que é inválido. Fica assim:
Vereador participou do esquema.
Prefeito sabia. P1: P → ~Q verdade
Chefe de gabinete não era o mentor. P2: R (ou exclusivo) Q verdade
P3: P → ~R verdade
Então: Conclusão: O prefeito Pérsio não sabia do esquema. falso
O chefe de gabinete foi o mentor do esquema ou o vereador
Vitor participou do esquema. Se é falso que o Prefeito Pérsio não sabia, significa dizer que
F V = verdade. ele sabia do esquema. Então, pode-se deduzir que as proposições
~Q e Q são, respectivamente, falsa e verdadeira. Na segunda
05. Resposta: Errado premissa: Se Q é verdadeira, R será obrigatoriamente falsa, pois
Não se trata de uma Disjunção, trata-se de uma Disjunção na disjunção exclusiva só vai ser verdade quando apenas um
Exclusiva, cujo símbolo é . Também chamado de “Ou dos argumentos for verdadeiro. E se R é falso, significa dizer que
Exclusivo”. É o famoso “um ou outro mas não ambos”. Só vai ~R é verdadeiro. Fazendo as substituições:
assumir valor verdade, quando somente uma das proposições
forem verdadeiras, pois quando as duas forem verdadeiras a P1: P → ~Q Verdade
proposição será falsa. Da mesma forma se as duas forem falsas, a F→FV
proposição toda será falsa.
Por que P é falso? Na condicional só vai ser falso se a
Tabela verdade do “Ou Exclusivo”. primeira for verdadeira e a segunda for falsa. Como “sabemos”
que a premissa toda é verdadeira e que ~Q é falso, P só pode
p q assumir valor F.
p q
V V F P2: R (ou exclusivo) Q Verdade
V F V
F V V F (ou exclusivo) V V
F F F
Lembrando que na disjunção exclusiva, só vai ser verdade
Com a frase em P2 “mas não ambos” deixa claro que as
quando uma das proposições forem verdadeiras. Como sei que Q
duas premissas não podem ser verdadeiras, logo não é uma
é verdadeiro, R só pode ser falso.
Disjunção, mas sim uma Disjunção Exclusiva, onde apenas uma
das premissas pode ser verdadeira para que P2 seja verdadeira.
P3: P → ~R Verdade
F→VV
06. Resposta: Certo
Duas premissas são logicamente equivalentes quando elas
Se deduz que R é falso, logo ~R é verdadeiro. Consideramos
possuem a mesma tabela verdade:
inicialmente o argumento sendo não válido (premissas
verdadeiras e conclusão falsa). Significa dizer que a questão está
P R P→R errada. Não é correto inferir que o Prefeito Pérsio não sabia do
R→ P P∨R
P R esquema. Foi comprovado que ele sabia do esquema.
V V F F V V V
V F F V F F F 08. Resposta: Certo
F V V F V V V
F F V V V V V
Possuem a mesma tabela verdade,logo são equivalentes. Princípio da Não Contradição = Uma preposição será
V ou F não podendo assumir os 2 valores simultaneamente.
Representando simbolicamente as equivalências, temos o Representação: (P ∧ P). Exemplo: Não (“a terra é redonda”
seguinte: e “a terra não é redonda”).
(P → R) = ( P ∨ R) = ( R → P) Princípio do Terceiro Excluído = Uma preposição será V ou
F, não podendo assumir um 3o valor lógico. Representação: P ∨
As proposições dadas na questão: P. Exemplo: Ou este homem é José ou não é José.
P = O vereador Vitor não participou do esquema.
R = O chefe de gabinete do Prefeito foi o mentor do esquema. Uma proposição só poderá ser julgada verdadeira ou falsa,
nunca poderá ser as duas coisas ao mesmo tempo.
Premissa dada na questão: P3 = Se o vereador Vitor não
participou do esquema, então o chefe do gabinete não foi o 09. Resposta: Errado
mentor do esquema. Em linguagem simbólica, a premissa P3 fica Da proposição III “Jorge não foi ao centro da cidade” que é
assim: (P → R). verdadeira e a questão diz “Manuel declarou o imposto de renda
A questão quer saber se (P → R) é logicamente equivalente na data correta e Jorge foi ao centro da cidade” a segunda parte é
a proposição: “O vereador Vitor participou do esquema ou o falsa como o conectivo é “e” as duas teriam que ser verdadeiras
chefe de gabinete não foi o mentor do esquema”, que pode ser (o que não acontece). Vamos analisar cada proposição de cada
representada da seguinte forma: ( P ∨ R). Vemos que P3 tem premissa, tendo em mente que as premissas tem valor lógico
a seguinte equivalente lógica: (P → R) = ( P ∨ R). Negamos (V), daí tiramos um importante dado, sabemos que a premissa
a primeira sentença, mudamos o conectivo “→” para “∨”, e depois III é (V), portanto vamos atribuir o valor lógico (V) a proposição
mantemos a segunda sentença do mesmo jeito. Assim sendo, “e” e o valor lógico (F) a proposição “B”, agora vamos separar:

Raciocínio Lógico 4
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APOSTILAS OPÇÃO
(D) rainha, princesa, bruxa, fada.
A: Tânia estava no escritório (V) (E) fada, bruxa, rainha, princesa.
B: Jorge foi ao centro da cidade (F)
03. Um agente de viagens atende três amigas. Uma delas é
Diante das análises iniciais temos que a premissa A v B, tem loura, outra é morena e a outra é ruiva. O agente sabe que uma
valor lógico (V), mas que a proposição “B” tem valor lógico (F), delas se chama Bete, outra se chama Elza e a outra se chama
ou seja, A v (valor lógico F), para que essa premissa tenha o valor Sara. Sabe, ainda, que cada uma delas fará uma viagem a um
lógico (V), “A” tem que ter um valor lógico (V). país diferente da Europa: uma delas irá à Alemanha, outra irá
à França e a outra irá à Espanha. Ao agente de viagens, que
C: Manuel declarou o imposto de renda na data correta (V) queria identificar o nome e o destino de cada uma, elas deram as
D: Carla não pagou o condomínio (V) seguintes informações:
A loura: “Não vou à França nem à Espanha”.
O enunciado fala para considerar todas as premissas com A morena: “Meu nome não é Elza nem Sara”.
valor lógico (V), logo, a premissa C ∧ D para ter valor lógico (V), A ruiva: “Nem eu nem Elza vamos à França”.
ambas proposições devem ter valor lógico (V).
O agente de viagens concluiu, então, acertadamente, que:
E: Jorge não foi ao centro da cidade (V) (A) A loura é Sara e vai à Espanha.
(B) A ruiva é Sara e vai à França.
Diante das explicações, C ∧ B = (V) ∧ (F) = (F). (C) A ruiva é Bete e vai à Espanha.
(D) A morena é Bete e vai à Espanha.
10. Resposta: Certo (E) A loura é Elza e vai à Alemanha.
Considere que cada uma das proposições seguintes tenha
valor lógico V. Logo o que contraria essa verdade é falso. 04. Quatro casais reúnem-se para jogar xadrez. Como há
I- V + F = V apenas um tabuleiro, eles combinam que:
II- V + V = V - nenhuma pessoa pode jogar duas partidas seguidas;
III- V - marido e esposa não jogam entre si.

Portanto se no item II diz que Carla não pagou o condomínio Na primeira partida, Celina joga contra Alberto. Na segunda,
é verdadeiro, então o fato dela ter pago o condomínio é falso, Ana joga contra o marido de Júlia. Na terceira, a esposa de Alberto
pois está contradizendo o dito no item II. Os valores lógicos da joga contra o marido de Ana. Na quarta, Celina joga contra Carlos.
segunda proposição não são deduzíveis, mas sim informados no E na quinta, a esposa de Gustavo joga contra Alberto. A esposa
enunciado. de Tiago e o marido de Helena são, respectivamente:
(A) Celina e Alberto
II- Manuel declarou o imposto de renda na data correta (B) Ana e Carlos
e Carla não pagou o condomínio V e V. Portanto, se Carla não (C) Júlia e Gustavo
pagou o condomínio é Verdadeiro. Carla pagou o condomínio é (D) Ana e Alberto
Falso. Enunciado correto. (E) Celina e Gustavo

Questões Complementares 05. Três amigos, Beto, Caio e Dario, juntamente com suas
namoradas, sentaram-se, lado a lado, em um teatro, para assistir
01. Os carros de Artur, Bernardo e César são, não a um grupo de dança. Um deles é carioca, outro é nordestino, e
necessariamente nesta ordem, uma Brasília, uma Parati e um outro catarinense. Sabe-se, também, que um é médico, outro é
Santana. Um dos carros é cinza, um outro é verde, e o outro é engenheiro e outro é professor. Nenhum deles sentou-se ao lado
azul. O carro de Artur é cinza; o carro de César é o Santana; o da namorada, e nenhuma pessoa sentou-se ao lado de outra do
carro de Bernardo não é verde e não é a Brasília. As cores da mesmo sexo. As namoradas chamam-se, não necessariamente
Brasília, da Parati e do Santana são, respectivamente: nesta ordem, Lúcia, Samanta e Teresa. O médico sentou-se em
(A) cinza, verde e azul um dos dois lugares do meio, ficando mais próximo de Lúcia do
(B) azul, cinza e verde que de Dario ou do que do carioca. O catarinense está sentado
(C) azul, verde e cinza em uma das pontas, e a namorada do professor está sentada
(D) cinza, azul e verde à sua direita. Beto está sentado entre Teresa, que está à sua
(E) verde, azul e cinza esquerda, e Samanta. As namoradas de Caio e de Dario são,
respectivamente:
02. Fátima, Beatriz, Gina, Sílvia e Carla são atrizes de teatro (A) Teresa e Samanta
infantil, e vão participar de uma peça em que representarão, não (B) Samanta e Teresa
necessariamente nesta ordem, os papéis de Fada, Bruxa, Rainha, (C) Lúcia e Samanta
Princesa e Governanta. Como todas são atrizes versáteis, o (D) Lúcia e Teresa
diretor da peça realizou um sorteio para determinar a qual delas (E) Teresa e Lúcia
caberia cada papel. Antes de anunciar o resultado, o diretor
reuniu-as e pediu que cada uma desse seu palpite sobre qual 06. (ESAF - Fiscal do Trabalho) Três amigas encontram-se
havia sido o resultado do sorteio. em uma festa. O vestido de uma delas é azul, o de outra é preto, e
Disse Fátima: “Acho que eu sou a Governanta, Beatriz é a o da outra é branco. Elas calçam pares de sapatos destas mesmas
Fada, Sílvia é a Bruxa e Carla é a Princesa”. três cores, mas somente Ana está com vestido e sapatos de
Disse Beatriz: “Acho que Fátima é a Princesa ou a Bruxa”. mesma cor. Nem o vestido nem os sapatos de Júlia são brancos.
Disse Gina: “Acho que Silvia é a Governanta ou a Rainha”. Marisa está com sapatos azuis. Desse modo,
Disse Sílvia: “Acho que eu sou a Princesa”. (A) o vestido de Júlia é azul e o de Ana é preto.
Disse Carla: “Acho que a Bruxa sou eu ou Beatriz”. (B) o vestido de Júlia é branco e seus sapatos são pretos.
(C) os sapatos de Júlia são pretos e os de Ana são brancos.
Neste ponto, o diretor falou: “Todos os palpites estão (D) os sapatos de Ana são pretos e o vestido de Marisa é
completamente errados; nenhuma de vocês acertou sequer um branco.
dos resultados do sorteio”. Um estudante de Lógica, que a tudo (E) o vestido de Ana é preto e os sapatos de Marisa são azuis.
assistia, concluiu então, corretamente, que os papéis sorteados
para Fátima, Beatriz, Gina e Sílvia foram, respectivamente, 07. (ESAF - AFC-SFC) Os cursos de Márcia, Berenice e Priscila
(A) rainha, bruxa, princesa, fada. são, não necessariamente nesta ordem, Medicina, Biologia e
(B) rainha, princesa, governanta, fada. Psicologia. Uma delas realizou seu curso em Belo Horizonte, a
(C) fada, bruxa, governanta, princesa. outra em Florianópolis, e a outra em São Paulo. Márcia realizou

Raciocínio Lógico 5
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APOSTILAS OPÇÃO
seu curso em Belo Horizonte. Priscila cursou Psicologia. Berenice Bia votou naquela que votou na vizinha da esquerda de Bia, e
não realizou seu curso em São Paulo e não fez Medicina. Assim, assim por diante). Os votos de Ana, Bia, Clô, Déa e Ema foram,
cursos e respectivos locais de estudo de Márcia, Berenice e respectivamente, para,
Priscila são, pela ordem: (A) Ema, Ana, Bia, Clô, Déa.
(A) Medicina em Belo Horizonte, Psicologia em Florianópolis, (B) Déa, Ema, Ana, Bia, Clô.
Biologia em São Paulo. (C) Clô, Bia, Ana, Ema, Déa.
(B) Psicologia em Belo Horizonte, Biologia em Florianópolis, (D) Déa, Ana, Bia, Ema, Clô.
Medicina em São Paulo. (E) Clô, Déa, Ema, Ana, Bia.
(C) Medicina em Belo Horizonte, Biologia em Florianópolis,
Psicologia em São Paulo. Respostas
(D) Biologia em Belo Horizonte, Medicina em São Paulo,
Psicologia em Florianópolis. 01. Resposta “D”.
(E) Medicina em Belo Horizonte, Biologia em São Paulo, Temos as seguintes pessoas: Artur, Bernardo e César.
Psicologia em Florianópolis. Temos os seguintes carros: Brasília, Parati e Santana.
As cores dos carros são: cinza, verde, e azul.
08. (ESAF - MPU - Analista) Caio, Décio, Éder, Felipe e Gil
compraram, cada um, um barco. Combinaram, então, dar aos São feitas as seguintes afirmações verdadeiras:
barcos os nomes de suas filhas. Cada um tem uma única filha, e 1. O carro de Artur é cinza;
todas têm nomes diferentes. Ficou acertado que nenhum deles 2. O carro de César é o Santana;
poderia dar a seu barco o nome da própria filha e que a cada 3. O carro de Bernardo não é verde e não é a Brasília.
nome das filhas corresponderia um e apenas um barco. Décio e
Éder desejavam, ambos, dar a seus barcos o nome de Laís, mas A questão pede a associação entre cada carro e a sua cor.
acabaram entrando em um acordo: o nome de Laís ficou para Vamos fazer um quadro relacionando os nomes das pessoas com
o barco de Décio e Éder deu a seu barco o nome de Mara. Gil os modelos de carros, e outro quadro relacionando os nomes das
convenceu o pai de Olga a pôr o nome de Paula em seu barco pessoas com as cores dos carros e colocar um X nas células do
(isto é, no barco dele, pai de Olga). Ao barco de Caio, coube o quadro quando houver uma associação correta, e um N quando
nome de Nair, e ao barco do pai de Nair, coube o nome de Olga. incorreta.
As filhas de Caio, Décio, Éder, Felipe e Gil são, respectivamente,
(A) Mara, Nair, Paula, Olga, Laís. Artur Bernardo César
(B) Laís, Mara, Olga, Nair, Paula. Brasília
(C) Nair, Laís, Mara, Paula, Olga. Parati
Santana
(D) Paula, Olga, Laís, Nair, Mara.
(E) Laís, Mara, Paula, Olga, Nair. Artur Bernardo César
Cinza
09. (ESAF - MRE - Assistente de Chancelaria) Quatro Verde
Azul
meninas que formam uma fila estão usando blusas de
cores diferentes, amarelo, verde, azul e preto. A menina Em cada quadro, devemos ter somente um X em cada linha
que está imediatamente antes da menina que veste blusa e também somente um X em cada coluna. Sempre é assim! Pois
azul é menor do que a que está imediatamente depois da se tivermos, por exemplo, dois X na 1ª coluna do 1º quadro,
menina de blusa azul. A menina que está usando blusa verde isto significa que Artur tem dois carros. E se não tivermos X
é a menor de todas e está depois da menina nessa coluna, significa que Artur não tem carro. Ambas essas
de blusa azul. A menina de blusa amarela situações não interessam as questões do tipo associação.
está depois da menina que veste blusa Portanto, sempre que colocarmos um X em uma célula de um
preta. As cores das blusas da primeira e da quadro, automaticamente devemos colocar N nas outras células
segunda menina da fila são, respectivamente: da mesma linha e mesma coluna.
(A) amarelo e verde.
(B) azul e verde. 1º passo: O carro de Artur é cinza. Marcamos um X na célula
(C) preto e azul. correspondente a Artur e cinza. Automaticamente, marcamos N
(D) verde e preto. nas outras células da mesma linha e da mesma coluna.
(E) preto e amarelo. 2º passo: O carro de César é o Santana. Marcamos um X na
célula correspondente a César e Santana. Automaticamente,
10. (ESAF - MPU - Administrativa) Em marcamos N nas outras células da mesma linha e da mesma
torno de uma mesa quadrada, encontram-se coluna.
sentados quatro sindicalistas. Oliveira, o 3º passo: O carro de Bernardo não é verde e não é a Brasília!
mais antigo entre eles, é mineiro. Há também Marcamos um N na célula correspondente a Bernardo e verde, e
um paulista, um carioca e um baiano. Paulo outro N na célula correspondente a Bernardo e Brasília.
está sentado à direita de Oliveira. Norton, 4º passo: Cada linha e coluna devem conter uma célula
à direita do paulista. Por sua vez, Vasconcelos, marcada com X. Assim, marcamos X na célula vazia da linha (ou
que não é carioca, encontra-se à frente coluna) que tem N em todas as outras células.
de Paulo. Assim,
(A) Paulo é paulista e Vasconcelos é baiano. Depois, marcamos N para completar as linhas (ou colunas).
(B) Paulo é carioca e Vasconcelos é baiano. Conclusão: Artur tem uma Brasília cinza. Bernardo tem uma
(C) Norton é baiano e Vasconcelos é paulista. Parati azul. César tem um Santana verde.
(D) Norton é carioca e Vasconcelos é paulista.
(E) Paulo é baiano e Vasconcelos é paulista. Artur Bernardo César
Brasília X N N
11. (ESAF - MPU - Analista) Ana, Bia, Clô, Déa e Ema estão Parati N X N
Santana N N X
sentadas, nessa ordem e em sentido horário, em torno de uma
mesa redonda. Elas estão reunidas para eleger aquela que, Artur Bernardo César
entre elas, passará a ser a representante do grupo. Feita a Cinza X N N
votação, verificou-se que nenhuma fora eleita, pois cada uma Verde N N X
delas havia recebido exatamente um voto. Após conversarem Azul N X N
sobre tão inusitado resultado, concluíram que cada uma havia 02. Resposta “D”.
votado naquela que votou na sua vizinha da esquerda (isto é, Temos as seguintes pessoas: Fátima, Beatriz, Gina, Sílvia
Ana votou naquela que votou na vizinha da esquerda de Ana, e Carla. Temos os seguintes papéis da peça de teatro: Fada,

Raciocínio Lógico 6
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APOSTILAS OPÇÃO
Bruxa, Rainha, Princesa e Governanta. São feitas as seguintes as seguintes afirmações verdadeiras:
afirmações: 1. A loura: “Não vou à França nem à Espanha”.
Disse Fátima: “Acho que eu sou a Governanta, Beatriz é a 2. A morena: “Meu nome não é Elza nem Sara”.
Fada, Sílvia é a Bruxa e Carla é a Princesa”. (palpites errados) 3. A ruiva: “Nem eu nem Elza vamos à França”.
Daí, é verdade que: Fátima não é a Governanta, e Beatriz não é a
Fada, e Sílvia não é a Bruxa, e Carla não é a Princesa. Vamos fazer um quadro relacionando os nomes das amigas
Disse Beatriz: “Acho que Fátima é a Princesa ou a Bruxa”. com as tonalidades de cada uma, e outro quadro relacionando
(palpites errados) Daí, é verdade que: Fátima não é a Princesa e os destinos de viagem com as tonalidades. Não há necessidade
Fátima não é a Bruxa. de fazer um quadro relacionando os nomes das amigas com
Disse Gina: “Acho que Sílvia é a Governanta ou a Rainha”. os destinos de viagem, porque não há relação entre estes dois
(palpites errados) Daí, é verdade que: Silvia não é a Governanta últimos nas afirmações verdadeiras citadas acima. Mas pode
e Sílvia não é a Rainha. fazer mais este quadro se vocês desejarem.
Disse Sílvia: “Acho que eu sou a Princesa”. (palpite errado)
Daí, é verdade que: Sílvia não é a Princesa. Bete Elza Sara
Disse Carla: “Acho que a Bruxa sou eu ou Beatriz”. (palpites Loura
errados) Daí, é verdade que: Carla não é a Bruxa e Beatriz não é Morena
Ruiva
a Bruxa.
Alemanha França Espanha
A questão pede a associação entre os nomes das pessoas Loura
e os respectivos papéis de teatro. Vamos fazer um quadro Morena
relacionando os nomes das pessoas com os respectivos papéis Ruiva
de teatro. Agora vamos colocar um X nas células do quadro quando
houver uma associação correta, e um N quando incorreta.
Fátima Beatriz Gina Sílvia Carla Em cada quadro, devemos ter somente um X em cada linha e
Fada
Bruxa também somente um X em cada coluna.
Rainha 1º passo: A loura: “Não vou à França nem à Espanha”!
Princesa Marcamos um N na célula correspondente a loura e França,
Governanta
e outro N na célula correspondente a loura e Espanha. Daí, já
Agora vamos colocar um X nas células do quadro quando podemos marcar um X na célula vazia da 1ª linha do 2º quadro,
houver uma associação correta, e um N quando incorreta. No e consequentemente marcamos N para completar a 1ª coluna
quadro, devemos ter somente um X em cada linha e também do 2º quadro.
somente um X em cada coluna. Se tivermos, por exemplo, dois 2º passo: A morena: “Meu nome não é Elza nem Sara”!
X na 1ª coluna, significa que Fátima tem dois papéis. E se não Marcamos um N na célula correspondente à morena e Elza,
tivermos X nessa coluna, significa que Fátima não tem um papel e outro N na célula correspondente a morena e Sara. Daí, já
de teatro. podemos marcar um X na célula vazia da 2ª linha do 1º quadro,
1º passo: Fátima não é a Governanta, e Beatriz não é a e consequentemente marcamos N para completar a 1ª coluna
Fada, e Sílvia não é a Bruxa, e Carla não é a Princesa! Marcamos do 1º quadro.
um N na célula correspondente a Fátima e Governanta, outro 3º passo: A ruiva: “Nem eu nem Elza vamos à França”!
N na célula correspondente a Beatriz e Fada, outro N na célula Marcamos um N na célula correspondente à ruiva e França, e
correspondente a Sílvia e Bruxa, e finalmente um N na célula outro N na célula correspondente a Elza e França (na verdade
correspondente a Carla e Princesa. não fizemos esse quadro, então guarde este resultado). Observe
2º passo: Fátima não é a Princesa e Fátima não é a Bruxa! que podemos obter mais uma informação da afirmação
Marcamos um N na célula correspondente a Fátima e Princesa, e acima: A ruiva não é Elza! Assim, marcamos um N na célula
outro N na célula correspondente a Fátima e Bruxa. correspondente a ruiva e Elza. Daí, já podemos marcar um X nas
3º passo: Silvia não é a Governanta e Silvia não é a Rainha! células vazias das linhas e colunas.
Marcamos um N na célula correspondente a Silvia e Governanta,
e outro N na célula correspondente a Silvia e Rainha. Vamos completar com N as células das linhas e colunas que
4º passo: Silvia não é a Princesa! Marcamos um N na célula já tem X. Conclusão: Do 1º quadro temos: Bete é morena. Elza é
correspondente a Silvia e Princesa. loura. Sara é ruiva. Do 2º quadro temos: A loura vai à Alemanha.
5º passo: Carla não é a Bruxa e Beatriz não é a Bruxa! A morena vai à França. A ruiva vai à Espanha. Assim, temos: Bete
Marcamos um N na célula correspondente a Carla e Bruxa, e é morena e vai à França. Elza é loura e vai à Alemanha. Sara é
outro N na célula correspondente a Beatriz e Bruxa. ruiva e vai à Espanha.
6º passo: Cada linha e coluna devem conter uma célula
marcada com X. Assim, marcamos X na célula vazia da linha (ou Bete Elza Sara
coluna) que tem N em todas as outras células. Loura N X N
Morena X N N
Ruiva N N X
Depois, marcamos N para completar as linhas (ou colunas)
que já possui um X. Novamente, marcamos X na célula vazia Alemanha França Espanha
da linha (ou coluna) que tem N em todas as outras células. Loura X N N
Novamente, marcamos N para completar as linhas (ou colunas) Morena N X N
Ruiva N N X
que já possui um X. Novamente, marcamos X na célula vazia
da linha (ou coluna) que tem N em todas as outras células. 04. Resposta “A”.
Conclusão: Fátima é a Rainha. Beatriz é a Princesa. Gina é a Temos as seguintes mulheres: Celina, Ana, Júlia e Helena.
Bruxa. Sílvia é a Fada. Carla é a Governanta. Temos os seguintes homens: Alberto, Carlos, Gustavo e Tiago.
Eles combinam que:
Fátima Beatriz Gina Sílvia Carla - nenhuma pessoa pode jogar duas partidas seguidas;
Fada N N N X N - marido e esposa não jogam entre si.
Bruxa N N X N N
Rainha X N N N N
Princesa N X N N N Temos as seguintes partidas:
Governanta N N N N X
Mulheres Homens
03. Resposta “E”.
1ª Partida Celina X Alberto
Temos as seguintes amigas: Bete, Elza e Sara. Características 2ª Partida Ana X Marido de Júlia
de cor de cada uma delas: loura, morena e ruiva. Elas viajaram 3ª Partida Esposa de Alberto X Marido de Ana
4ª Partida Celina X Carlos
para os seguintes países: Alemanha, França e Espanha. São feitas 5ª Partida Esposa de Gustavo X Alberto

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APOSTILAS OPÇÃO
Primeiramente, vamos verificar qual o nome de mulher que contrariando o 4º passo. Então Beto só pode estar na 5ª posição.
mais aparece nas partidas acima. Celina e Ana aparecem mais Daí, Caio só pode ser o médico.
vezes. Então, vamos analisar quem pode ser o marido de Celina. 6º passo: Já temos condições de colocar as mulheres em seus
Análise para obter o nome do marido de Celina: lugares. Teresa está à esquerda de Beto, e Samanta à direita de
1º passo: Da 1ª partida temos que Alberto não pode ser Beto, sobrando a 2ª posição para Lúcia.
marido de Celina. Alberto - Carlos - Gustavo - Tiago.
2º passo: Da 4ª partida temos que Carlos não pode ser 1ª Partida 2ª Partida 3ª
marido de Celina. Carlos - Gustavo - Tiago. Homem Mulher Partida
3º passo: Como a Celina jogou a 4ª partida, então, pelo Homem
acordo entre os casais, ela não pode jogar a partida seguinte Dário Lúcia Caio
(5ª). Daí, Celina não é esposa de Gustavo. Gustavo - Tiago. Catarinense Namorada Médico
do
professor
Concluímos que: Tiago é o marido de Celina. Deste resultado,
a alternativa correta é A ou E. 4ª 5ª Partida 6ª
Partida Homem Partida
Agora, vamos verificar qual o nome do homem que mais Mulher Mulher
aparece nas partidas acima. Alberto é o que mais aparece. Então, Beto
vamos analisar quem pode ser a esposa de Alberto (Poderíamos Teresa Carioca Samanta
ter feito esta análise, antes da análise do marido de Celina). Professor
Análise para obter o nome da esposa de Alberto: Conclusão: Já temos condições de saber quem são as
1º passo: Como o Alberto jogou a 1ª partida, então, pelo namoradas de cada um dos amigos, com base na afirmação:
acordo entre os casais, ele não pode jogar a partida seguinte nenhum deles sentou-se ao lado da namorada.
(2ª). Daí, Alberto não é marido de Júlia. Ana - Júlia - Helena. Beto namora com Lúcia.
2º passo: Como a esposa de Alberto jogou a 3ª partida, então, Caio namora com Samanta.
pelo acordo entre os casais, ela não pode jogar a partida anterior Dário namora com Teresa.
(2ª). Daí, a esposa de Alberto não é Ana. Ana - Helena.
06. Resposta “C”.
Concluímos que: Helena é a esposa de Alberto. Portanto, a Numeremos as informações:
resposta é a alternativa A. (1) - Os vestidos têm cores azul, preto e branco.
(2) - Os sapatos têm cores azul, preto e branco.
05. Resposta “D”. (3) - Ana usa sapatos e vestidos da mesma cor.
Temos os seguintes amigos: Beto, Caio e Dario. As namoradas (4) - Nem o vestido nem os sapatos de Júlia são brancos.
são: Teresa, Samanta e Lúcia. As regiões dos três são: carioca, (5) - Marisa está com sapatos azuis.
nordestino e catarinense. As profissões dos três são: médico,
engenheiro e professor. As afirmações trazidas no enunciado Conclusões:
são: (6) - como nem o vestido nem os sapatos de Júlia são brancos
- Nenhum deles sentou-se ao lado da namorada, e nenhuma (4), e Marisa já tem sapatos azuis, então os sapatos de Júlia são
pessoa sentou-se ao lado de outra do mesmo sexo. pretos.
- O médico sentou-se em um dos dois lugares do meio, (7) - Sobram então os sapatos brancos para Ana.
ficando mais próximo de Lúcia do que de Dario ou do que do (8) - De (3) conclui-se que o vestido de Ana também é branco.
carioca. (mesma cor dos sapatos).
- O catarinense está sentado em uma das pontas, e a (9) - Como somente Ana tem sapatos e vestido da mesma cor,
namorada do professor está sentada à sua direita. o vestido de Marisa é preto e o de Júlia é Azul.
- Beto está sentado entre Teresa, que está à sua esquerda, e
Samanta. Façamos uma tabela para facilitar a visualização. O número
na célula corresponde ao número da informação ou da conclusão.
É importante que façamos um desenho das seis posições
que os casais ocupam. E consideraremos que todos estão Amigas Ana Júlia Marisa
Vestido Branco (8) Azul (9) Preto (9)
olhando na direção da seta mostrada abaixo. Sapatos Brancos (7) Pretos (6) Azuis (5)

1 ª 2 ª 3 ª 4 ª 5 ª 6 ª 07. Resposta “C”.


Partida Partida Partida Partida Partida Partida Informações:
(1) alunas: Márcia, Berenice e Priscila.
(2) cursos: Medicina, Biologia, Psicologia.
1º passo: Pela 3ª afirmação supracitada, e considerando o (3) cidades: Belo Horizonte, Florianópolis, São Paulo.
sentido da seta que nós definimos, o catarinense só pode estar (4) Márcia realizou seu curso em Belo Horizonte.
na 1ª posição, para que assim a namorada do professor fique a (5) Priscila cursou Psicologia.
sua direita. (6) Berenice não realizou seu curso em São Paulo e não fez
2º passo: Da 1ª afirmação, homens e mulheres devem sentar Medicina.
alternados. Como na 1ª posição está o catarinense, a partir dele (7) Como Berenice não fez seu curso em São Paulo e não fez
vamos alternando homens e mulheres. E como nenhum deles Medicina (6), sobram para ela: Florianópolis e Biologia.
sentou-se ao lado da namorada, então o professor só pode estar (8) Agora é só completar o quadro com a cidade e o curso
na 5ª posição. que faltam.
3º passo: Da 2ª afirmação, o médico sentou-se em um dos
dois lugares do meio, logo ele sentou-se na 3ª posição.
Personagens Márcia Berenice Priscila
4º passo: Ainda da 2ª afirmação, o médico está mais próximo
Curso Medicina (8) Biologia (7) Psicologia
de Lúcia do que de Dario ou do que do carioca. Logo, o carioca (5)
não é médico e só pode estar na 5ª posição, assim Dário, como
Cidade B . Florianópolis São Paulo (8)
não é médico e nem carioca, estará na 1ª posição, e Lúcia pode Horizonte(4) (7)
está na 2ª posição ou na 4ª posição.
5º passo: Da 4ª afirmação, Beto está sentado entre Teresa e
08. Resposta “E”.
Samanta, sendo que a primeira está à sua esquerda e a segunda
Informações:
à sua direita. Como Beto é homem, então ele pode está na 3ª
(1) Personagens: Caio, Décio, Éder, Felipe e Gil.
ou 5ª posição. Beto não pode estar na 3ª posição, porque sendo
(2) Filhas e nome dos barcos: Laís, Mara, Paula, Olga, Nair.
assim Lúcia não poderia estar nem na 2ª e nem na 4ª posição,
(3) Nenhum pode dar ao barco o nome de sua filha.

Raciocínio Lógico 8
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APOSTILAS OPÇÃO
(4) Ao barco de Décio foi dado o nome Laís. 10. Resposta “A”.
(5) Ao barco de Éder foi dado o nome de Mara. Personagens: Oliveira, Paulo, Norton e Vasconcelos.
(6) Éder também queria usar o nome Laís. Origens: Minas, São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia.
(7) Gil convenceu ao pai de Olga a pôr o nome de Paula em
seu barco.
(8) Ao barco de Caio coube o nome de Nair.
(9) Ao barco do pai de Nair coube nome de Olga.

Barcos Laís Mara


Donos Décio (4) Éder (5)

Filhas Mara (12) Paula (13)

Barcos Paula Olga Nair


Donos Felipe Gil (7) Caio (8)
(10)
Filhas Olga (7) Nair (9) Laís (11)
Conclusões: Informações:
(10) O dono do barco denominado Paula é Felipe, pois falta (1) Oliveira é mineiro.
apenas ele na lista dos donos. (2) Paulo está assentado à direita de Oliveira.
(11) A filha de Éder não é Laís (6), pois ele queria usar este (3) Norton está assentado à direita do Paulista.
nome. Como a filha de Décio também não é Laís, sobra a Laís (4) Vasconcelos não é carioca.
para filha de Caio. (5) Vasconcelos está à frente de Paulo.
(12) Faltam então as filhas Mara e Paula. Como Mara não
pode ser filha de Éder, ela é filha de Décio. Conclusões: Posicionemos inicialmente o Oliveira. Pela
(13) Em consequência, a filha de Décio é Paula. informação (2) pode-se posicionar também o Paulo e pela
informação (5) pode-se posicionar Vasconcelos.
Ordenando as filhas para Caio, Décio, Éder, Felipe e Gil, (6) Sobra então a posição à frente de Oliveira para Norton.
teremos respectivamente: Laís, Mara, Paula, Olga e Nair. (7) Pela informação (3) e a posição de Norton, conclui-se que
Paulo é Paulista.
09. Resposta “C”. (8) Como Vasconcelos não é carioca, somente Norton pode
Cores das blusas: amarelo, verde, azul e preto. ser carioca.
Informações: (9) Sobra então Vasconcelos que só pode ser baiano.
(1) A menina que está imediatamente antes da menina
que veste blusa azul é menor do que a que está imediatamente De acordo com as opões, a resposta é letra “A”.
depois da menina de blusa azul.
(2) A menina que está usando blusa verde é a menor de 11. Resposta “B”.
todas e está depois da menina de blusa azul. Personagens: Ana, Bia, Clô, Déa e Ema.
(3) A menina de blusa amarela está depois da menina que Informação: Cada uma votou em quem votou na sua vizinha
veste blusa preta. à esquerda.
Conclusões:
(4) de acordo com a informação (1) tem pelo menos uma
menina antes e uma depois da menina de blusa azul. Portanto
a menina de blusa azul ocupa a segunda ou a terceira posição.

Coloquemos então a de blusa azul na terceira posição.

Posição 4ª 3ª 2ª 1ª
Cor blusa Verde (5) Azul
(5) pela informação (2) a menina de blusa verde está depois
da de blusa azul.

Temos aí uma contradição, pois a menina que está antes da


menina de blusa azul é menor do que a que está imediatamente
depois da menina de blusa azul. Isto não é válido pois a menina Conclusões:
de blusa verde é a menor de todas. Assim, a menina de blusa azul (1) Ana votou em quem votou em Bia.
não pode estar na 3ª posição. Portanto ela está na 2ª posição. O (2) Bia votou em quem votou em Clô.
problema já está resolvido, pois a única opção onde a menina de (3) Clô votou em quem votou em Déa.
blusa azul aparece na 2ª posição é a letra “C”. Vamos continuar o (4) Déa votou em quem votou em Ema.
raciocínio para localizar as demais meninas. (5) Ema votou em quem votou em Ana.
(6) Da conclusão (1) Ana não pode ter votado em Bia e nem
Posição 4ª 3ª 2ª 1ª nela mesmo.
Cor blusa Verde Amarela Azul Preta
(6) (7) (7) Portanto, Ana só pode ter votado em Clô, ou Déa ou Ema.
Como Bia não pode ter votado nela mesmo, a opção “C” está
eliminada.
(6) A menina de blusa verde deve ocupar a 4ª posição, pois
Testemos a opção “A”. Ana teria votado em Ema (de acordo
ela está depois da de blusa azul e a imediatamente antes da de
com a opção). Nesse caso Ema teria votado em Bia que está à
blusa azul é menor do que a que está depois da de blusa azul.
esquerda de Ana. Mas pela opção, Ema teria votado em Déa.
(7) Como a menina de blusa amarela está depois da de blusa
Portanto, a opção “A” não é válida.
preta, a de blusa preta ocupa a 1ª posição e a de blusa amarela
Testemos a opção “B”. Ana teria votado em Déa (de acordo
ocupa da 3ª posição. Isto confirma a resposta: letra “C”.
com a opção). Nesse caso Déa teria votado em Bia que está à

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esquerda de Ana. Isto concorda com a ordem dada na opção o bicho.
“B”. Bia teria votado em Ema (de acordo com a opção). O que Se o Palmeiras não ganhar o jogo, todos os jogadores
está correto, pois Déa votou em quem votou na sua vizinha da receberão o bicho.
esquerda. Ema teria votado em Clô (de acordo com a opção). O __________________________
que é correto, pois Clô teria votado em Ana (única que falta a ∴Todos os jogadores receberão o bicho.
ser votada) e que está à esquerda de Ema. Portanto a opção
“B” está correta. Vejamos as outras opções, para completar o
Observação: No caso geral representamos os argumentos
raciocínio e ver se há ou não erro nas mesmas.
Opção “D”. Ana teria votado em Déa (de acordo com a escrevendo as premissas e separando por uma barra horizontal
opção). Mas Déa teria votado em Ema que não está à esquerda seguida da conclusão com três pontos antes. Veja exemplo:
de Bia. Isto contraria a condição de que Ana tenha votado em
quem votou na sua vizinha da esquerda. Portando a opção “D” Premissa: Todos os sais de sódio são substâncias solúveis
não é válida. em água.
Opção “E”. Ana teria votado em Clô (de acordo com a opção). Todos os sabões são sais de sódio.
Pelas condições Clô deveria ter votado em Bia. Mas não é o que ____________________________________
consta da opção. Portando a opção “E” também não é válida. Conclusão: ∴ Todos os sabões são substâncias solúveis em
água.
As questões das provas poderão
tratar das seguintes áreas: Os argumentos, em lógica, possuem dois componentes
básicos: suas premissas e sua conclusão. Por exemplo, em:
estruturas lógicas; lógica de
“Todos os times brasileiros são bons e estão entre os melhores
argumentação; diagramas times do mundo. O Brasiliense é um time brasileiro. Logo, o
lógicos; aritmética; álgebra e Brasiliense está entre os melhores times do mundo”, temos um
geometria básicas argumento com duas premissas e a conclusão.
Evidentemente, pode-se construir um argumento válido
O tópico de Estrutura Lógica foi tratado acima. a partir de premissas verdadeiras, chegando a uma conclusão
também verdadeira. Mas também é possível construir
ARGUMENTOS argumentos válidos a partir de premissas falsas, chegando a
conclusões falsas. O detalhe é que podemos partir de premissas
Um argumento é “uma série concatenada de afirmações falsas, proceder por meio de uma inferência válida e chegar a
com o fim de estabelecer uma proposição definida”. É um uma conclusão verdadeira. Por exemplo:
conjunto de proposições com uma estrutura lógica de maneira Premissa: Todos os peixes vivem no oceano.
tal que algumas delas acarretam ou tem como consequência Premissa: Lontras são peixes.
outra proposição. Isto é, o conjunto de proposições p1,...,pn Conclusão: Logo, focas vivem no oceano.
que tem como consequência outra proposição q. Chamaremos
as proposições p1,p2,p3,...,pn de premissas do argumento, e a Há, no entanto, uma coisa que não pode ser feita: a partir
proposição q de conclusão do argumento. Podemos representar de premissas verdadeiras, inferirem de modo correto e chegar
por: a uma conclusão falsa. Podemos resumir esses resultados numa
tabela de regras de implicação. O símbolo A denota implicação;
p1 A é a premissa, B é a conclusão.
p2
p3
Regras de Implicação
.
. Premissas Conclusão Inferência
. A B AàB
pn
∴q Falsas Falsa Verdadeira
Falsas Verdadeira Verdadeira
Exemplos: Verdadeiras Falsa Falsa
01. Verdadeiras Verdadeira Verdadeira
Se eu passar no concurso, então irei trabalhar.
Passei no concurso - Se as premissas são falsas e a inferência é válida, a conclusão
________________________ pode ser verdadeira ou falsa (linhas 1 e 2).
∴ Irei trabalhar - Se as premissas são verdadeiras e a conclusão é falsa, a
inferência é inválida (linha 3).
02. - Se as premissas e a inferência são válidas, a conclusão é
Se ele me ama então casa comigo. verdadeira (linha 4).
Ele me ama.
__________________________ Desse modo, o fato de um argumento ser válido não significa
∴ Ele casa comigo. necessariamente que sua conclusão seja verdadeira, pois pode
ter partido de premissas falsas. Um argumento válido que foi
03. derivado de premissas verdadeiras é chamado de argumento
Todos os brasileiros são humanos. consistente. Esses, obrigatoriamente, chegam a conclusões
Todos os paulistas são brasileiros. verdadeiras.
__________________________
∴ Todos os paulistas são humanos. Premissas: Argumentos dedutíveis sempre requerem certo
número de “assunções-base”. São as chamadas premissas. É a
04. partir delas que os argumentos são construídos ou, dizendo de
Se o Palmeiras ganhar o jogo, todos os jogadores receberão outro modo, é as razões para se aceitar o argumento. Entretanto,

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algo que é uma premissa no contexto de um argumento em b) Algumas ou todas as premissas falsas e uma conclusão
particular pode ser a conclusão de outro, por exemplo. As verdadeira. Exemplo:
premissas do argumento sempre devem ser explicitadas. A
omissão das premissas é comumente encarada como algo Todos os peixes têm asas. (F)
suspeito, e provavelmente reduzirá as chances de aceitação do Todos os pássaros são peixes. (F)
argumento. __________________________________
A apresentação das premissas de um argumento ∴ Todos os pássaros têm asas. (V)
geralmente é precedida pelas palavras “admitindo que...”,
“já que...”, “obviamente se...” e “porque...”. É imprescindível c) Algumas ou todas as premissas falsas e uma conclusão
que seu oponente concorde com suas premissas antes de falsa. Exemplo:
proceder à argumentação. Usar a palavra “obviamente” pode
gerar desconfiança. Ela ocasionalmente faz algumas pessoas Todos os peixes têm asas. (F)
aceitarem afirmações falsas em vez de admitir que não entenda Todos os cães são peixes. (F)
por que algo é “óbvio”. Não se deve hesitar em questionar __________________________________
afirmações supostamente “óbvias”. ∴ Todos os cães têm asas. (F)

Inferência: Uma vez que haja concordância sobre as Todos os argumentos acima são válidos, pois se suas
premissas, o argumento procede passo a passo por meio do premissas fossem verdadeiras então as conclusões também as
processo chamado “inferência”. Na inferência, parte-se de uma seriam. Podemos dizer que um argumento é válido quando todas
ou mais proposições aceitas (premissas) para chegar a outras as suas premissas são verdadeiras, acarreta que sua conclusão
novas. Se a inferência for válida, a nova proposição também também é verdadeira. Portanto, um argumento será não válido
deverá ser aceita. Posteriormente, essa proposição poderá ser se existir a possibilidade de suas premissas serem verdadeiras
empregada em novas inferências. Assim, inicialmente, apenas e sua conclusão falsa. Observe que a validade do argumento
se pode inferir algo a partir das premissas do argumento; ao depende apenas da estrutura dos enunciados. Exemplo:
longo da argumentação, entretanto, o número de afirmações
que podem ser utilizadas aumenta. Há vários tipos de inferência Todas as mulheres são bonitas.
válidos, mas também alguns inválidos. O processo de inferência Todas as princesas são mulheres.
é comumente identificado pelas frases “Consequentemente...” ou __________________________
“isso implica que...”. ∴ Todas as princesas são bonitas.

Conclusão: Finalmente se chegará a uma proposição que Observe que não precisamos de nenhum conhecimento
consiste na conclusão, ou seja, no que se está tentando provar. aprofundado sobre o assunto para concluir que o argumento é
Ela é o resultado final do processo de inferência e só pode ser válido. Vamos substituir mulheres bonitas e princesas por A, B e
classificada como conclusão no contexto de um argumento em C respectivamente e teremos:
particular. A conclusão respalda-se nas premissas e é inferida a
partir delas. Todos os A são B.
Todos os C são A.
A seguir está exemplificado um argumento válido, mas que ________________
pode ou não ser “consistente”. ∴ Todos os C são B.
1. Premissa: Todo evento tem uma causa.
2. Premissa: O universo teve um começo. Logo, o que é importante é a forma do argumento e não o
3. Premissa: Começar envolve um evento. conhecimento de A, B e C, isto é, este argumento é válido para
4. Inferência: Isso implica que o começo do universo quaisquer A, B e C, portanto, a validade é consequência da
envolveu um evento. forma do argumento. O atributo validade aplica-se apenas aos
5. Inferência: Logo, o começo do universo teve uma causa. argumentos dedutivos.
6. Conclusão: O universo teve uma causa.
Argumentos Dedutivos e Indutivos
A proposição do item 4 foi inferida dos itens 2 e 3. O item
1, então, é usado em conjunto com proposição 4 para inferir O argumento será dedutivo quando suas premissas
uma nova proposição (item 5). O resultado dessa inferência é fornecerem prova conclusiva da veracidade da conclusão, isto é,
reafirmado (numa forma levemente simplificada) como sendo o argumento é dedutivo quando a conclusão é completamente
a conclusão. derivada das premissas. Exemplo:

Validade de um Argumento Todo ser humano tem mãe.


Todos os homens são humanos.
Conforme citamos anteriormente, uma proposição é __________________________
verdadeira ou falsa. No caso de um argumento diremos que ∴ Todos os homens têm mãe.
ele é válido ou não válido. A validade de uma propriedade dos
argumentos dedutivos que depende da forma (estrutura) lógica O argumento será indutivo quando suas premissas não
das suas proposições (premissas e conclusões) e não do conteúdo fornecerem o apoio completo para retificar as conclusões.
delas. Sendo assim podemos ter as seguintes combinações para Exemplo:
os argumentos válidos dedutivos:
O Flamengo é um bom time de futebol.
a) Premissas verdadeiras e conclusão verdadeira. Exemplo: O Palmeiras é um bom time de futebol.
O Vasco é um bom time de futebol.
Todos os apartamentos são pequenos. (V) O Cruzeiro é um bom time de futebol.
Todos os apartamentos são residências. (V) ______________________________
__________________________________ ∴ Todos os times brasileiros de futebol são bons.
∴ Algumas residências são pequenas. (V)

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APOSTILAS OPÇÃO
Portanto, nos argumentos indutivos a conclusão possui vergonha dos colegas de trabalho.
informações que ultrapassam as fornecidas nas premissas.
Sendo assim, não se aplica, então, a definição de argumentos Este argumento é evidentemente válido e sua forma pode
válidos ou não válidos para argumentos indutivos. ser escrita da seguinte maneira:

Argumentos Dedutivos Válidos P ou q. ou Pvq


Se p então r p→r
Vimos então que a noção de argumentos válidos ou não
válidos aplica-se apenas aos argumentos dedutivos, e também
que a validade depende apenas da forma do argumento e não
dos respectivos valores verdades das premissas. Vimos também Argumentos Dedutivos Não Válidos
que não podemos ter um argumento válido com premissas
verdadeiras e conclusão falsa. A seguir exemplificaremos alguns Existe certa quantidade de artimanhas que devem ser
argumentos dedutivos válidos importantes. evitadas quando se está construindo um argumento dedutivo.
Elas são conhecidas como falácias. Na linguagem do dia a dia,
Afirmação do Antecedente: O primeiro argumento dedutivo nós denominamos muitas crenças equivocadas como falácias,
válido que discutiremos chama-se “afirmação do antecedente”, mas, na lógica, o termo possui significado mais específico: falácia
também conhecido como modus ponens. Exemplo: é uma falha técnica que torna o argumento inconsistente ou
inválido (além da consistência do argumento, também se podem
Se José for reprovado no concurso, então será demitido do criticar as intenções por detrás da argumentação).
serviço. Argumentos contentores de falácias são denominados
José foi aprovado no concurso. falaciosos. Frequentemente, parecem válidos e convincentes, às
___________________________ vezes, apenas uma análise pormenorizada é capaz de revelar a
∴ José será demitido do serviço. falha lógica. Com as premissas verdadeiras e a conclusão falsa
nunca teremos um argumento válido, então este argumento é
Este argumento é evidentemente válido e sua forma pode não válido, chamaremos os argumentos não válidos de falácias.
ser escrita da seguinte forma: A seguir, examinaremos algumas falácias conhecidas que
Se p, então q, ou p→q ocorrem com muita frequência. O primeiro caso de argumento
dedutivo não válido que veremos é o que chamamos de “falácia
da afirmação do consequente”. Exemplo:

Outro argumento dedutivo válido é a “negação do Se ele me ama então ele casa comigo.
consequente” (também conhecido como modus tollens). Obs.: Ele casa comigo.
_______________________
( ) ( )
p → q é equivalente a ¬q → ¬p . Esta equivalência é ∴ Ele me ama.
chamada de contra positiva. Exemplo:
Podemos escrever esse argumento como:
“Se ele me ama, então casa comigo” é equivalente a “Se ele Se p, então q, ou p→q
não casa comigo, então ele não me ama”;

Então vejamos o exemplo do modus tollens. Exemplo:


Este argumento é uma falácia, podemos ter as premissas
Se aumentarmos os meios de pagamentos, então haverá verdadeiras e a conclusão falsa.
inflação.
Não há inflação. Outra falácia que corre com frequência é a conhecida por
______________________________ “falácia da negação do antecedente”. Exemplo:
∴ Não aumentamos os meios de pagamentos.
Se João parar de fumar ele engordará.
Este argumento é evidentemente válido e sua forma pode João não parou de fumar.
ser escrita da seguinte maneira: ________________________
Se p, então q, ou p→q ∴ João não engordará.

Observe que temos a forma:


Se p, então q, ou p→q
Existe também um tipo de argumento válido conhecido pelo
nome de dilena. Geralmente este argumento ocorre quando
alguém é forçado a escolher entre duas alternativas indesejáveis.
Exemplo: Este argumento é uma falácia, pois podemos ter as premissas
verdadeiras e a conclusão falsa.
João se inscreve no concurso de MS, porém não gostaria de
sair de São Paulo, e seus colegas de trabalho estão torcendo por Os argumentos dedutivos não válidos podem combinar
ele.Eis o dilema de João: verdade ou falsidade das premissas de qualquer maneira com
a verdade ou falsidade da conclusão. Assim, podemos ter, por
Ou João passa ou não passa no concurso. exemplo, argumentos não válidos com premissas e conclusões
Se João passar no concurso vai ter que ir embora de São verdadeiras, porém, as premissas não sustentam a conclusão.
Paulo. Exemplo:
Se João não passar no concurso ficará com vergonha diante
dos colegas de trabalho. Todos os mamíferos são mortais. (V)
_________________________ Todos os gatos são mortais. (V)
∴ Ou João vai embora de São Paulo ou João ficará com ___________________________

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APOSTILAS OPÇÃO
∴ Todos os gatos são mamíferos. (V) Se Débora fala dinamarquês, Elton fala espanhol. Mas Elton fala
espanhol se e somente se não for verdade que Francisco não fala
Este argumento tem a forma: francês. Ora, Francisco não fala francês e Ching não fala chinês.
Logo,
Todos os A são B. (A) Iara não fala italiano e Débora não fala dinamarquês.
Todos os C são B. (B) Ching não fala chinês e Débora fala dinamarquês.
_____________________ (C) Francisco não fala francês e Elton fala espanhol.
∴ Todos os C são A. (D) Ana não fala alemão ou Iara fala italiano.
(E) Ana fala alemão e Débora fala dinamarquês.
Podemos facilmente mostrar que esse argumento é não
válido, pois as premissas não sustentam a conclusão, e veremos 02. Sabe-se que todo o número inteiro n maior do que 1
então que podemos ter as premissas verdadeiras e a conclusão admite pelo menos um divisor (ou fator) primo.Se n é primo,
falsa, nesta forma, bastando substituir A por mamífero, B por então tem somente dois divisores, a saber, 1 e n. Se n é uma
mortais e C por cobra. potência de um primo p, ou seja, é da forma ps, então 1, p, p2,
..., ps são os divisores positivos de n. Segue-se daí que a soma
Todos os mamíferos são mortais. (V) dos números inteiros positivos menores do que 100, que têm
Todas as cobras são mortais. (V) exatamente três divisores positivos, é igual a:
__________________________ (A) 25
∴ Todas as cobras são mamíferas. (F) (B) 87
(C) 112
Podemos usar as tabelas-verdade, definidas nas estruturas (D) 121
lógicas, para demonstrarmos se um argumento é válido ou falso. (E) 169
Outra maneira de verificar se um dado argumento P1, P2, P3,
...Pn é válido ou não, por meio das tabelas-verdade, é construir 03. Ou Lógica é fácil, ou Artur não gosta de Lógica. Por outro
a condicional associada: (P1 ∧ P2 ∧ P3 ...Pn) e reconhecer se lado, se Geografia não é difícil, então Lógica é difícil. Daí segue-se
essa condicional é ou não uma tautologia. Se essa condicional que, se Artur gosta de Lógica, então:
associada é tautologia, o argumento é válido. Não sendo (A) Se Geografia é difícil, então Lógica é difícil.
tautologia, o argumento dado é um sofisma (ou uma falácia). (B) Lógica é fácil e Geografia é difícil.
(C) Lógica é fácil e Geografia é fácil.
Tautologia: Quando uma proposição composta é sempre (D) Lógica é difícil e Geografia é difícil.
verdadeira, então teremos uma tautologia. Ex: P (p,q) = ( p ∧ (E) Lógica é difícil ou Geografia é fácil.
q) ↔ (p V q). Numa tautologia, o valor lógico da proposição
04. Três suspeitos de haver roubado o colar da rainha foram
composta P (p,q,s) = {(p ∧ q) V (p V s) V [p ∧ (q ∧ s)]} → p será levados à presença de um velho e sábio professor de Lógica. Um
sempre verdadeiro. dos suspeitos estava de camisa azul, outro de camisa branca
e o outro de camisa preta. Sabe-se que um e apenas um dos
Há argumentos válidos com conclusões falsas, da mesma suspeitos é culpado e que o culpado às vezes fala a verdade e às
forma que há argumentos não válidos com conclusões vezes mente. Sabe-se, também, que dos outros dois (isto é, dos
verdadeiras. Logo, a verdade ou falsidade de sua conclusão suspeitos que são inocentes), um sempre diz a verdade e o outro
não determinam a validade ou não validade de um argumento. sempre mente. O velho e sábio professor perguntou, a cada um
O reconhecimento de argumentos é mais difícil que o das dos suspeitos, qual entre eles era o culpado. Disse o de camisa
premissas ou da conclusão. Muitas pessoas abarrotam textos de azul: “Eu sou o culpado”. Disse o de camisa branca, apontando
asserções sem sequer produzirem algo que possa ser chamado para o de camisa azul: “Sim, ele é o culpado”. Disse, por fim, o de
de argumento. Às vezes, os argumentos não seguem os padrões camisa preta: “Eu roubei o colar da rainha; o culpado sou eu”.
descritos acima. Por exemplo, alguém pode dizer quais são suas O velho e sábio professor de Lógica, então, sorriu e concluiu
conclusões e depois justificá-las. Isso é válido, mas pode ser um corretamente que:
pouco confuso. (A) O culpado é o de camisa azul e o de camisa preta sempre
Para complicar, algumas afirmações parecem argumentos, mente.
mas não são. Por exemplo: “Se a Bíblia é verdadeira, Jesus foi (B) O culpado é o de camisa branca e o de camisa preta
ou um louco, ou um mentiroso, ou o Filho de Deus”. Isso não sempre mente.
é um argumento, é uma afirmação condicional. Não explicita (C) O culpado é o de camisa preta e o de camisa azul sempre
as premissas necessárias para embasar as conclusões, sem mente.
mencionar que possui outras falhas. (D) O culpado é o de camisa preta e o de camisa azul sempre
Um argumento não equivale a uma explicação. Suponha diz a verdade.
que, tentando provar que Albert Einstein cria em Deus, alguém (E) O culpado é o de camisa azul e o de camisa azul sempre
dissesse: “Einstein afirmou que ‘Deus não joga dados’ porque diz a verdade.
acreditava em Deus”. Isso pode parecer um argumento relevante,
mas não é. Trata-se de uma explicação da afirmação de Einstein. 05. O rei ir à caça é condição necessária para o duque sair do
Para perceber isso, deve-se lembrar que uma afirmação da castelo, e é condição suficiente para a duquesa ir ao jardim. Por
forma “X porque Y” pode ser reescrita na forma “Y logo X”. O que outro lado, o conde encontrar a princesa é condição necessária
resultaria em: “Einstein acreditava em Deus, por isso afirmou e suficiente para o barão sorrir e é condição necessária para a
que ‘Deus não joga dados’”. Agora fica claro que a afirmação, que duquesa ir ao jardim. O barão não sorriu. Logo:
parecia um argumento, está admitindo a conclusão que deveria (A) A duquesa foi ao jardim ou o Conde encontrou a princesa.
estar provando. Ademais, Einstein não cria num Deus pessoal (B) Se o duque não saiu do castelo, então o Conde encontrou
preocupado com assuntos humanos. a princesa.
(C) O rei não foi à caça e o Conde não encontrou a princesa.
Questões (D) O rei foi à caça e a duquesa não foi ao jardim.
(E) O duque saiu do castelo e o rei não foi à caça.
01. Se Iara não fala italiano, então Ana fala alemão. Se Iara fala
italiano, então ou Ching fala chinês ou Débora fala dinamarquês.

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06. (FUNIVERSA - 2012 - PC-DF - Perito Criminal) Cinco (A) é terça, ou quinta ou sexta-feira, ou Jane não fez o almoço.
amigos encontraram-se em um bar e, depois de algumas (B) Pedro não teve aula de natação e não é segunda-feira.
horas de muita conversa, dividiram igualmente a conta, a qual (C) Carlos levou Pedro até a escolinha para Jane fazer o
fora de, exatos, R$ 200,00, já com a gorjeta incluída. Como se almoço.
encontravam ligeiramente alterados pelo álcool ingerido, (D) não é segunda, nem quarta, mas Pedro teve aula de
ocorreu uma dificuldade no fechamento da conta. Depois que apenas uma das modalidades esportivas.
todos julgaram ter contribuído com sua parte na despesa, o total (E) não é segunda, Pedro não teve aulas, e Jane não fez o
colocado sobre a mesa era de R$ 160,00, apenas, formados por almoço.
uma nota de R$ 100,00, uma de R$ 20,00 e quatro de R$ 10,00.
Seguiram-se, então, as seguintes declarações, todas verdadeiras: 10. (VUNESP - 2011 - TJM-SP) Se afino as cordas, então
o instrumento soa bem. Se o instrumento soa bem, então toco
Antônio: — Basílio pagou. Eu vi quando ele pagou. muito bem. Ou não toco muito bem ou sonho acordado. Afirmo
Danton: — Carlos também pagou, mas do Basílio não sei ser verdadeira a frase: não sonho acordado. Dessa forma,
dizer. conclui-se que
Eduardo: — Só sei que alguém pagou com quatro notas de (A) sonho dormindo.
R$ 10,00. (B) o instrumento afinado não soa bem.
Basílio: — Aquela nota de R$ 100,00 ali foi o Antônio quem (C) as cordas não foram afinadas.
colocou, eu vi quando ele pegou seus R$ 60,00 de troco. (D) mesmo afinado o instrumento não soa bem.
Carlos: — Sim, e nos R$ 60,00 que ele retirou, estava a nota (E) toco bem acordado e dormindo.
de R$ 50,00 que o Eduardo colocou na mesa.
Respostas
Imediatamente após essas falas, o garçom, que ouvira
atentamente o que fora dito e conhecia todos do grupo, dirigiu- 01. (P1) Se Iara não fala italiano, então Ana fala alemão.
se exatamente àquele que ainda não havia contribuído para a (P2) Se Iara fala italiano, então ou Ching fala chinês ou
despesa e disse: — O senhor pretende usar seu cartão e ficar Débora fala dinamarquês.
com o troco em espécie? Com base nas informações do texto, o (P3) Se Débora fala dinamarquês, Elton fala espanhol.
garçom fez a pergunta a (P4) Mas Elton fala espanhol se e somente se não for verdade
(A) Antônio. que Francisco não fala francês.
(B) Basílio. (P5) Ora, Francisco não fala francês e Ching não fala chinês.
(C) Carlos.
(D) Danton. Ao todo são cinco premissas, formadas pelos mais diversos
(E) Eduardo. conectivos (Se então, Ou, Se e somente se, E). Mas o que importa
para resolver este tipo de argumento lógico é que ele só será
07. (ESAF - 2012 - Auditor Fiscal da Receita Federal) válido quando todas as premissas forem verdadeiras, a conclusão
Caso ou compro uma bicicleta. Viajo ou não caso. Vou morar em também for verdadeira. Uma boa dica é sempre começar pela
Passárgada ou não compro uma bicicleta. Ora, não vou morar em premissa formada com o conectivo e.
Passárgada. Assim,
(A) não viajo e caso. Na premissa 5 tem-se: Francisco não fala francês e Ching
(B) viajo e caso. não fala chinês. Logo para esta proposição composta pelo
(C) não vou morar em Passárgada e não viajo. conectivo e ser verdadeira as premissas simples que a compõe
(D) compro uma bicicleta e não viajo. deverão ser verdadeiras, ou seja, sabemos que:
(E) compro uma bicicleta e viajo.
Francisco não fala francês
08. (FCC - 2012 - TST - Técnico Judiciário) A declaração Ching não fala chinês
abaixo foi feita pelo gerente de recursos humanos da empresa
X durante uma feira de recrutamento em uma faculdade: “Todo Na premissa 4 temos: Elton fala espanhol se e somente
funcionário de nossa empresa possui plano de saúde e ganha se não for verdade que Francisco não fala francês. Temos uma
mais de R$ 3.000,00 por mês”. Mais tarde, consultando seus proposição composta formada pelo se e somente se, neste caso,
arquivos, o diretor percebeu que havia se enganado em sua esta premissa será verdadeira se as proposições que a formarem
declaração. Dessa forma, conclui-se que, necessariamente, forem de mesmo valor lógico, ou ambas verdadeiras ou ambas
(A) dentre todos os funcionários da empresa X, há um grupo falsas, ou seja, como se deseja que não seja verdade que Francisco
que não possui plano de saúde. não fala francês e ele fala, isto já é falso e o antecedente do se e
(B) o funcionário com o maior salário da empresa X ganha, somente se também terá que ser falso, ou seja: Elton não fala
no máximo, R$ 3.000,00 por mês. espanhol.
(C) um funcionário da empresa X não tem plano de saúde ou
ganha até R$ 3.000,00 por mês. Da premissa 3 tem-se: Se Débora fala dinamarquês, Elton
(D) nenhum funcionário da empresa X tem plano de saúde fala espanhol. Uma premissa composta formada por outras
ou todos ganham até R$ 3.000,00 por mês. duas simples conectadas pelo se então (veja que a vírgula
(E) alguns funcionários da empresa X não têm plano de subentende que existe o então), pois é, a regra do se então é
saúde e ganham, no máximo, R$ 3.000,00 por mês. que ele só vai ser falso se o seu antecedente for verdadeiro e
o seu consequente for falso, da premissa 4 sabemos que Elton
09. (CESGRANRIO - 2012 - Chesf - Analista de Sistemas) não fala espanhol, logo, para que a premissa seja verdadeira só
Se hoje for uma segunda ou uma quarta-feira, Pedro terá aula poderemos aceitar um valor lógico possível para o antecedente,
de futebol ou natação. Quando Pedro tem aula de futebol ou ou seja, ele deverá ser falso, pois F Î F = V, logo: Débora não fala
natação, Jane o leva até a escolinha esportiva. Ao levar Pedro dinamarquês.
até a escolinha, Jane deixa de fazer o almoço e, se Jane não faz o
almoço, Carlos não almoça em casa. Considerando-se a sequência Da premissa 2 temos: Se Iara fala italiano, então ou Ching
de implicações lógicas acima apresentadas textualmente, se fala chinês ou Débora fala dinamarquês. Vamos analisar o
Carlos almoçou em casa hoje, então hoje consequente do se então, observe: ou Ching fala chinês ou

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Débora fala dinamarquês. (temos um ou exclusivo, cuja regra é,
o ou exclusivo, só vai ser falso se ambas forem verdadeiras, ou
ambas falsas), no caso como Ching não fala chinês e Débora não
fala dinamarquês, temos: F ou exclusivo F = F. Se o consequente
deu falso, então o antecedente também deverá ser falso para que
a premissa seja verdadeira, logo: Iara não fala italiano.
(P2) Todo animal de 4 patas tem asas. Indica que se tem
Da premissa 1 tem-se: Se Iara não fala italiano, então Ana 4 patas então o animal tem asas, ou seja, posso afirmar que o
fala alemão. Ora ocorreu o antecedente, vamos reparar no conjunto dos animais de 4 patas é um subconjunto do conjunto
consequente... Só será verdadeiro quando V Î V = V pois se o de animais que tem asas.
primeiro ocorrer e o segundo não teremos o Falso na premissa
que é indesejado, desse modo: Ana fala alemão.

Observe que ao analisar todas as premissas, e tornarmos


todas verdadeiras obtivemos as seguintes afirmações:

Francisco não fala francês


Ching não fala chinês (C) Todo cavalo tem asas. Indica que se é cavalo então tem
Elton não fala espanhol asas, ou seja, posso afirmar que o conjunto de cavalos é um
Débora não fala dinamarquês subconjunto do conjunto de animais que tem asas.
Iara não fala italiano
Ana fala alemão.

A única conclusão verdadeira quando todas as premissas


foram verdadeiras é a da alternativa (A), resposta do problema.

02. Resposta: B.
O número que não é primo é denominado número composto. Observe que ao unir as premissas, a conclusão sempre se
O número 4 é um número composto. Todo número composto verifica. Toda vez que fizermos as premissas serem verdadeiras,
pode ser escrito como uma combinação de números primos, a conclusão também for verdadeira, estaremos diante de um
veja: 70 é um número composto formado pela combinação: 2 x 5 argumento válido. Observe:
x 7, onde 2, 5 e 7 são números primos. O problema informou que
um número primo tem com certeza 3 divisores quando puder
ser escrito da forma: 1 p p2, onde p é um número primo.

Observe os seguintes números:


1 2 22 (4)
1 3 3² (9)
1 5 5² (25)
1 7 7² (49) Desse modo, o conjunto de cavalos é subconjunto do
1 11 11² (121) conjunto dos animais de 4 patas e este por sua vez é subconjunto
dos animais que tem asas. Dessa forma, a conclusão se verifica,
Veja que 4 têm apenas três divisores (1, 2 e ele mesmo) e ou seja, todo cavalo tem asas. Agora na questão temos duas
o mesmo ocorre com os demais números 9, 25, 49 e 121 (mas premissas e a conclusão é uma das alternativas, logo temos um
este último já é maior que 100) portanto a soma dos números argumento. O que se pergunta é qual das conclusões possíveis
inteiros positivos menores do que 100, que têm exatamente três sempre será verdadeira dadas as premissas sendo verdadeiras,
divisores positivos é dada por: 4 + 9 + 25 + 49 = 87. ou seja, qual a conclusão que torna o argumento válido. Vejamos:
Ou Lógica é fácil, ou Artur não gosta de Lógica (P1)
03. Resposta: B. Se Geografia não é difícil, então Lógica é difícil. (P2)
O Argumento é uma sequência finita de proposições lógicas Artur gosta de Lógica (P3)
iniciais (Premissas) e uma proposição final (conclusão). A
validade de um argumento independe se a premissa é verdadeira Observe que deveremos fazer as três premissas serem
ou falsa, observe a seguir: verdadeiras, inicie sua análise pela premissa mais fácil, ou
seja, aquela que já vai lhe informar algo que deseja, observe a
Todo cavalo tem 4 patas (P1) premissa três, veja que para ela ser verdadeira, Artur gosta de
Todo animal de 4 patas tem asas (P2) Lógica. Com esta informação vamos até a premissa um, onde
Logo: Todo cavalo tem asas (C) temos a presença do “ou exclusivo” um ou especial que não aceita
ao mesmo tempo que as duas premissas sejam verdadeiras ou
Observe que se tem um argumento com duas premissas, falsas. Observe a tabela verdade do “ou exclusivo” abaixo:
P1 (verdadeira) e P2 (falsa) e uma conclusão C. Veja que este
argumento é válido, pois se as premissas se verificarem a P q pVq
V V F
conclusão também se verifica: (P1) Todo cavalo tem 4 patas. V F V
Indica que se é cavalo então tem 4 patas, ou seja, posso afirmar F V V
que o conjunto dos cavalos é um subconjunto do conjunto de F F F
animais de 4 patas. Sendo as proposições:
p: Lógica é fácil
q: Artur não gosta de Lógica
p v q = Ou Lógica é fácil, ou Artur não gosta de Lógica (P1)

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Observe que só nos interessa os resultados que possam que sempre fala a verdade. O de camisa branca é o culpado que
tornar a premissa verdadeira, ou seja, as linhas 2 e 3 da tabela ora fala a verdade e ora mente (no problema ele está dizendo
verdade. Mas já sabemos que Artur gosta de Lógica, ou seja, a a verdade). O de camisa preta é inocente e afirma que roubou,
premissa q é falsa, só nos restando a linha 2, quer dizer que para logo ele é o inocente que está sempre mentindo.
P1 ser verdadeira, p também será verdadeira, ou seja, Lógica é
fácil. Sabendo que Lógica é fácil, vamos para a P2, temos um se O resultado obtido pelo sábio aluno deverá ser: O culpado é
então. o de camisa azul e o de camisa preta sempre mente (Alternativa
A).
Se Geografia não é difícil, então Lógica é difícil. Do se então
já sabemos que: 05. Resposta: C.
Geografia não é difícil - é o antecedente do se então. Uma questão de lógica argumentativa, que trata do uso do
Lógica é difícil - é o consequente do se então. conectivo “se então” também representado por “→”. Vamos a um
exemplo:
Chamando: Se o duque sair do castelo então o rei foi à caça. Aqui estamos
r: Geografia é difícil tratando de uma proposição composta (Se o duque sair do
~r: Geografia não é difícil (ou Geografia é fácil) castelo então o rei foi à caça) formada por duas proposições
p: Lógica é fácil simples (duque sair do castelo) (rei ir à caça), ligadas pela
(não p) ~p: Lógica é difícil presença do conectivo (→) “se então”. O conectivo “se então”
liga duas proposições simples da seguinte forma: Se p então q,
~r → ~p (lê-se se não r então não p) sempre que se verificar ou seja:
o se então tem-se também que a negação do consequente gera a → p será uma proposição simples que por estar antes do
negação do antecedente, ou seja: ~(~p) → ~(~r), ou seja, p → r então é também conhecida como antecedente.
ou Se Lógica é fácil então Geografia é difícil. → q será uma proposição simples que por estar depois do
então é também conhecida como consequente.
De todo o encadeamento lógico (dada as premissas → Se p então q também pode ser lido como p implica em q.
verdadeiras) sabemos que: → p é conhecida como condição suficiente para que q ocorra,
Artur gosta de Lógica ou seja, basta que p ocorra para q ocorrer.
Lógica é fácil → q é conhecida como condição necessária para que p
Geografia é difícil ocorra, ou seja, se q não ocorrer então p também não irá ocorrer.
Vamos agora analisar as alternativas, em qual delas a Vamos às informações do problema:
conclusão é verdadeira: 1) O rei ir à caça é condição necessária para o duque sair do
a) Se Geografia é difícil, então Lógica é difícil. (V → F = F) a castelo. Chamando A (proposição rei ir à caça) e B (proposição
regra do “se então” é só ser falso se o antecedente for verdadeiro duque sair do castelo) podemos escrever que se B então A ou B →
e o consequente for falso, nas demais possibilidades ele será A. Lembre-se de que ser condição necessária é ser consequente
sempre verdadeiro. no “se então”.
b) Lógica é fácil e Geografia é difícil. (V ^ V = V) a regra do 2) O rei ir à caça é condição suficiente para a duquesa ir ao
“e” é que só será verdadeiro se as proposições que o formarem jardim. Chamando A (proposição rei ir à caça) e C (proposição
forem verdadeiras. duquesa ir ao jardim) podemos escrever que se A então C ou A
c) Lógica é fácil e Geografia é fácil. (V ^ F = F) → C. Lembre-se de que ser condição suficiente é ser antecedente
d) Lógica é difícil e Geografia é difícil. (F ^ V = F) no “se então”.
e) Lógica é difícil ou Geografia é fácil. (F v F = F) a regra do 3) O conde encontrar a princesa é condição necessária e
“ou” é que só é falso quando as proposições que o formarem suficiente para o barão sorrir. Chamando D (proposição conde
forem falsas. encontrar a princesa) e E (proposição barão sorrir) podemos
escrever que D se e somente se E ou D ↔ E (conhecemos este
04. Resposta: A. conectivo como um bicondicional, um conectivo onde tanto o
Com os dados fazemos a tabela: antecedente quanto o consequente são condição necessária e
Camisa azul Camisa branca Camisa Preta suficiente ao mesmo tempo), onde poderíamos também escrever
E se e somente se D ou E → D.
“ eu sou culpado” “ sim, ele(decamisa “Eu roubei o colar 4) O conde encontrar a princesa é condição necessária
azul) é o culpado” da rainha;o culpa- para a duquesa ir ao jardim. Chamando D (proposição conde
do sou eu” encontrar a princesa) e C (proposição duquesa ir ao jardim)
podemos escrever que se C então D ou C → D. Lembre-se de que
Sabe-se que um e apenas um dos suspeitos é culpado e ser condição necessária é ser consequente no “se então”.
que o culpado às vezes fala a verdade e às vezes mente. Sabe- A única informação claramente dada é que o barão não
se, também, que dos outros dois (isto é, dos suspeitos que são sorriu, ora chamamos de E (proposição barão sorriu). Logo
inocentes), um sempre diz a verdade e o outro sempre mente. barão não sorriu = ~E (lê-se não E).
Dado que ~E se verifica e D ↔ E, ao negar a condição
I) Primeira hipótese: Se o inocente que fala verdade é o de necessária nego a condição suficiente: esse modo ~E → ~D
camisa azul, não teríamos resposta, pois o de azul fala que é (então o conde não encontrou a princesa).
culpado e então estaria mentindo. Se ~D se verifica e C → D, ao negar a condição necessária
nego a condição suficiente: ~D → ~C (a duquesa não foi ao
II) Segunda hipótese: Se o inocente que fala a verdade é o jardim).
de camisa preta, também não teríamos resposta, observem: Se Se ~C se verifica e A → C, ao negar a condição necessária
ele fala a verdade e declara que roubou ele é o culpado e não nego a condição suficiente: ~C → ~A (então o rei não foi à caça).
inocente. Se ~A se verifica e B → A, ao negar a condição necessária
nego a condição suficiente: ~A → ~B (então o duque não saiu
III) Terceira hipótese: Se o inocente que fala a verdade é o do castelo).
de camisa branca achamos a resposta, observem: Ele é inocente
e afirma que o de camisa branca é culpado, ele é o inocente Observe entre as alternativas, que a única que afirma uma

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proposição logicamente correta é a alternativa C, pois realmente ~p → v
deduziu-se que o rei não foi à caça e o conde não encontrou a
princesa. Não morar em passárgada implica casar. Não morar em
passárgada implica viajar.
06. Resposta: D.
Como todas as informações dadas são verdadeiras, então 08. Resposta: C.
podemos concluir que: A declaração dizia:
1 - Basílio pagou; “Todo funcionário de nossa empresa possui plano de saúde e
2 - Carlos pagou; ganha mais de R$ 3.000,00 por mês”. Porém, o diretor percebeu
3 - Antônio pagou, justamente, com os R$ 100,00 e pegou que havia se enganado, portanto, basta que um funcionário não
os R$ 60,00 de troco que, segundo Carlos, estavam os R$ 50,00 tenha plano de saúde ou ganhe até R$ 3.000,00 para invalidar,
pagos por Eduardo, então... negar a declaração, tornando-a desse modo FALSA. Logo,
4 - Eduardo pagou com a nota de R$ 50,00. necessariamente, um funcionário da empresa X não tem plano
de saúde ou ganha até R$ 3.000,00 por mês.
O único que escapa das afirmações é o Danton.
Outra forma: 5 amigos: A,B,C,D, e E. Proposição composta no conectivo “e” - “Todo funcionário
Antônio: - Basílio pagou. Restam A, D, C e E. de nossa empresa possui plano de saúde e ganha mais de R$
Danton: - Carlos também pagou. Restam A, D, e E. 3.000,00 por mês”. Logo: basta que uma das proposições seja
Eduardo: - Só sei que alguém pagou com quatro notas de R$ falsa para a declaração ser falsa.
10,00. Restam A, D, e E.
Basílio: - Aquela nota de R$ 100,00 ali foi o Antônio. Restam 1ª Proposição: Todo funcionário de nossa empresa possui
D, e E. plano de saúde.
Carlos: - Sim, e nos R$ 60,00 que ele retirou, estava a nota 2ª Proposição: ganha mais de R$ 3.000,00 por mês.
de R$ 50,00 que o Eduardo colocou. Resta somente D (Dalton)
a pagar. Lembre-se que no enunciado não fala onde foi o erro da
declaração do gerente, ou seja, pode ser na primeira proposição
07. Resposta: B. e não na segunda ou na segunda e não na primeira ou nas duas
1°: separar a informação que a questão forneceu: “não vou que o resultado será falso.
morar em passárgada”. Na alternativa C a banca fez a negação da primeira
2°: lembrando-se que a regra do ou diz que: para ser proposição e fez a da segunda e as ligaram no conectivo “ou”,
verdadeiro tem de haver pelo menos uma proposição verdadeira. pois no conectivo “ou” tanto faz a primeira ser verdadeira ou a
3°: destacando-se as informações seguintes: segunda ser verdadeira, desde que haja uma verdadeira para o
- caso ou compro uma bicicleta. resultado ser verdadeiro.
- viajo ou não caso. Atenção: A alternativa “E” está igualzinha, só muda o
- vou morar em passárgada ou não compro uma bicicleta. conectivo que é o “e”, que obrigaria que o erro da declaração
fosse nas duas.
Logo:
- vou morar em pasárgada (F) A questão pede a negação da afirmação: Todo funcionário
- não compro uma bicicleta (V) de nossa empresa possui plano de saúde “e” ganha mais de R$
- caso (V) 3.000,00 por mês.
- compro uma bicicleta (F) Essa fica assim ~(p ^ q).
- viajo (V) A negação dela ~pv~q
- não caso (F)
~(p^q) ↔ ~pv~q (negação todas “e” vira “ou”)
Conclusão: viajo, caso, não compro uma bicicleta.
A 1ª proposição tem um Todo que é quantificador universal,
Outra forma: para negá-lo utilizamos um quantificador existencial. Pode ser:
c = casar um, existe um, pelo menos, existem...
b = comprar bicicleta No caso da questão ficou assim: Um funcionário da empresa
v = viajar não possui plano de saúde “ou” ganha até R$ 3.000,00 por mês.
p = morar em Passárgada A negação de ganha mais de 3.000,00 por mês, é ganha até
3.000,00.
Temos as verdades:
c ou b 09. Resposta: B.
v ou ~c Sendo:
p ou ~b Segunda = S e Quarta = Q,
Pedro tem aula de Natação = PN e
Transformando em implicações: Pedro tem aula de Futebol = PF.
~c → b = ~b → c
~v → ~c = c → v V = conectivo ou e → = conectivo Se, ... então, temos:
~p → ~b S V Q → PF V PN

Assim: Sendo Je = Jane leva Pedro para a escolinha e ~Je = a negação,


~p → ~b ou seja Jane não leva Pedro a escolinha. Ainda temos que ~Ja =
~b → c Jane deixa de fazer o almoço e C = Carlos almoça em Casa e ~C =
c→v Carlos não almoça em casa, temos:

Por transitividade: PF V PN → Je
~p → c Je → ~Ja

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~Ja → ~C “lotados de condicionais”, sendo assim o F passa para trás.
Assim: I = F
Em questões de raciocínio lógico devemos admitir que todas Novamente: A → I
as proposições compostas são verdadeiras. Ora, o enunciado diz (F)
que Carlos almoçou em casa, logo a proposição ~C é Falsa.
O FALSO passa para trás. Com isso, A = FALSO. ~A =
~Ja → ~C Verdadeiro = As cordas não foram afinadas.

Para a proposição composta ~Ja → ~C ser verdadeira, então Outra forma: partimos da premissa afirmativa ou de
~Ja também é falsa. conclusão; última frase:
~Ja → ~C Não sonho acordado será VERDADE
Admita todas as frases como VERDADE
Na proposição acima desta temos que Je → ~Ja, contudo Ficando assim de baixo para cima
já sabemos que ~Ja é falsa. Pela mesma regra do conectivo Se,
... então, temos que admitir que Je também é falsa para que a Ou não toco muito bem (V) ou sonho acordado (F) = V
proposição composta seja verdadeira. Se o instrumento soa bem (F) então toco muito bem (F) = V
Na proposição acima temos que PF V PN → Je, tratando PF Se afino as cordas (F), então o instrumento soa bem (F) = V
V PN como uma proposição individual e sabendo que Je é falsa,
para esta proposição composta ser verdadeira PF V PN tem que A dica é trabalhar com as exceções: na condicional só dá
ser falsa. falso quando a primeira V e a segunda F. Na disjunção exclusiva
Ora, na primeira proposição composta da questão, temos (ou... ou) as divergentes se atraem o que dá verdade. Extraindo
que S V Q → PF V PN e pela mesma regra já citada, para esta as conclusões temos que:
ser verdadeira S V Q tem que ser falsa. Bem, agora analisando Não toco muito bem, não sonho acordado como verdade.
individualmente S V Q como falsa, esta só pode ser falsa se as Se afino as corda deu falso, então não afino as cordas.
duas premissas simples forem falsas. E da mesma maneira Se o instrumento soa bem deu falso, então o instrumento
tratamos PF V PN. não soa bem.

Representação lógica de todas as proposições: Joga nas alternativas:


(A) sonho dormindo (você não tem garantia de que sonha
S V Q → PF V PN dormindo, só temos como verdade que não sonho acordado,
(f) (f) (f) (f) pode ser que você nem sonhe).
F F (B) o instrumento afinado não soa bem deu que: Não afino
as cordas.
PF V PN → Je (C) Verdadeira: as cordas não foram afinadas.
F F (D) mesmo afinado (Falso deu que não afino as cordas) o
instrumento não soa bem.
Je → ~Ja (E) toco bem acordado e dormindo, absurdo. Deu não toco
F F muito bem e não sonho acordado.

~Ja → ~C DIAGRAMAS LÓGICOS


F F
Os diagramas lógicos são usados na resolução de vários
Conclusão: Carlos almoçou em casa hoje, Jane fez o almoço problemas. Uma situação que esses diagramas poderão ser
usados, é na determinação da quantidade de elementos que
e não levou Pedro à escolinha esportiva, Pedro não teve aula de
apresentam uma determinada característica.
futebol nem de natação e também não é segunda nem quarta.
Agora é só marcar a questão cuja alternativa se encaixa nesse
esquema.

10. Resposta: C.
Dê nome:
A = AFINO as cordas;
I = INSTRUMENTO soa bem;
T = TOCO bem;
S = SONHO acordado.

Montando as proposições:
1° - A → I
2° - I → T Assim, se num grupo de pessoas há 43 que dirigem carro, 18
3° - ~T V S (ou exclusivo) que dirigem moto e 10 que dirigem carro e moto. Baseando-se
nesses dados, e nos diagramas lógicos poderemos saber: Quantas
Como S = FALSO; ~T = VERDADEIRO, pois um dos termos pessoas têm no grupo ou quantas dirigem somente carro ou ainda
deve ser verdadeiro (equivale ao nosso “ou isso ou aquilo, quantas dirigem somente motos. Vamos inicialmente montar
escolha UM”). os diagramas dos conjuntos que representam os motoristas de
~T = V motos e motoristas de carros. Começaremos marcando quantos
T=F elementos tem a intersecção e depois completaremos os outros
I→T espaços.
(F)

Em muitos casos, é um macete que funciona nos exercícios

Raciocínio Lógico 18
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APOSTILAS OPÇÃO

Marcando o valor da intersecção, então iremos subtraindo


esse valor da quantidade de elementos dos conjuntos A e B.
A partir dos valores reais, é que poderemos responder as
205
perguntas feitas. Fora dos diagramas teremos 150 elementos que não são
leitores de nenhum dos três jornais.
Na região I, teremos: 70 - 40 = 30 elementos.
Na região II, teremos: 65 - 40 = 25 elementos.
Na região III, teremos: 105 - 40 = 65 elementos.
Na região IV, teremos: 300 - 40 - 30 - 25 = 205 elementos.
Na região V, teremos: 250 - 40 -30 - 65 = 115 elementos.
Na região VI, teremos: 200 - 40 - 25 - 65 = 70 elementos.

Dessa forma, o diagrama figura preenchido com os seguintes


elementos:

a) Temos no grupo: 8 + 10 + 33 = 51 motoristas.


b) Dirigem somente carros 33 motoristas.
c) Dirigem somente motos 8 motoristas.

No caso de uma pesquisa de opinião sobre a preferência


quanto à leitura de três jornais. A, B e C, foi apresentada a
seguinte tabela:

Jornais Leitores
A 300
Com essa distribuição, poderemos notar que 205 pessoas
B 250 leem apenas o jornal A. Verificamos que 500 pessoas não leem o
C 200 jornal C, pois é a soma 205 + 30 + 115 + 150. Notamos ainda que
700 pessoas foram entrevistadas, que é a soma 205 + 30 + 25 +
AeB 70 40 + 115 + 65 + 70 + 150.
AeC 65
Diagrama de Euler
BeC 105
A, B e C 40 Um diagrama de Euler é similar a um diagrama de Venn, mas
não precisa conter todas as zonas (onde uma zona é definida
Nenhum 150 como a área de intersecção entre dois ou mais contornos).
Assim, um diagrama de Euler pode definir um universo de
Para termos os valores reais da pesquisa, vamos inicialmente discurso, isto é, ele pode definir um sistema no qual certas
montar os diagramas que representam cada conjunto. A intersecções não são possíveis ou consideradas. Assim, um
colocação dos valores começará pela intersecção dos três diagrama de Venn contendo os atributos para Animal, Mineral e
conjuntos e depois para as intersecções duas a duas e por último quatro patas teria que conter intersecções onde alguns estão em
às regiões que representam cada conjunto individualmente. ambos animal, mineral e de quatro patas. Um diagrama de Venn,
Representaremos esses conjuntos dentro de um retângulo que consequentemente, mostra todas as possíveis combinações ou
indicará o conjunto universo da pesquisa. conjunções.

Diagramas de Euler consistem em curvas simples fechadas

Raciocínio Lógico 19
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APOSTILAS OPÇÃO
(geralmente círculos) no plano que mostra os conjuntos. representa o conjunto universo daquele particular contexto (já
Os tamanhos e formas das curvas não são importantes: a se buscou a existência de um conjunto universo que pudesse
significância do diagrama está na forma como eles se sobrepõem. abranger todos os conjuntos possíveis, mas Bertrand Russell
As relações espaciais entre as regiões delimitadas por cada curva mostrou que tal tarefa era impossível). A ideia de conjunto
(sobreposição, contenção ou nenhuma) correspondem relações universo é normalmente atribuída a Lewis Carroll. Do mesmo
teóricas (subconjunto interseção e disjunção). Cada curva de modo, espaços internos comuns a dois ou mais conjuntos
Euler divide o plano em duas regiões ou zonas estão: o interior, representam a sua intersecção, ao passo que a totalidade dos
que representa simbolicamente os elementos do conjunto, e espaços pertencentes a um ou outro conjunto indistintamente
o exterior, o que representa todos os elementos que não são representa sua união.
membros do conjunto. Curvas cujos interiores não se cruzam John Venn desenvolveu os diagramas no século XIX,
representam conjuntos disjuntos. Duas curvas cujos interiores ampliando e formalizando desenvolvimentos anteriores de
se interceptam representam conjuntos que têm elementos Leibniz e Euler. E, na década de 1960, eles foram incorporados
comuns, a zona dentro de ambas as curvas representa o conjunto ao currículo escolar de matemática. Embora seja simples
de elementos comuns a ambos os conjuntos (intersecção dos construir diagramas de Venn para dois ou três conjuntos,
conjuntos). Uma curva que está contido completamente dentro surgem dificuldades quando se tenta usá-los para um número
da zona interior de outro representa um subconjunto do mesmo. maior. Algumas construções possíveis são devidas ao próprio
Os Diagramas de Venn são uma forma mais restritiva de John Venn e a outros matemáticos como Anthony W. F. Edwards,
diagramas de Euler. Um diagrama de Venn deve conter todas Branko Grünbaum e Phillip Smith. Além disso, encontram-se em
as possíveis zonas de sobreposição entre as suas curvas, uso outros diagramas similares aos de Venn, entre os quais os de
representando todas as combinações de inclusão / exclusão Euler, Johnston, Pierce e Karnaugh.
de seus conjuntos constituintes, mas em um diagrama de Euler
algumas zonas podem estar faltando. Essa falta foi o que motivou Dois Conjuntos: considere-se o seguinte exemplo: suponha-
Venn a desenvolver seus diagramas. Existia a necessidade de se que o conjunto A representa os animais bípedes e o conjunto
criar diagramas em que pudessem ser observadas, por meio de B representa os animais capazes de voar. A área onde os dois
suposição, quaisquer relações entre as zonas não apenas as que círculos se sobrepõem, designada por intersecção A e B ou
são “verdadeiras”. intersecção A-B, conteria todas as criaturas que ao mesmo
Os diagramas de Euler (em conjunto com os de Venn) são tempo podem voar e têm apenas duas pernas motoras.
largamente utilizados para ensinar a teoria dos conjuntos
no campo da matemática ou lógica matemática no campo da
lógica. Eles também podem ser utilizados para representar
relacionamentos complexos com mais clareza, já que representa
apenas as relações válidas. Em estudos mais aplicados esses
diagramas podem ser utilizados para provar / analisar
silogismos que são argumentos lógicos para que se possa
deduzir uma conclusão.

Diagramas de Venn

Designa-se por diagramas de Venn os diagramas usados em Considere-se agora que cada espécie viva está representada
matemática para simbolizar graficamente propriedades, axiomas por um ponto situado em alguma parte do diagrama. Os
e problemas relativos aos conjuntos e sua teoria. Os respetivos humanos e os pinguins seriam marcados dentro do círculo A, na
diagramas consistem de curvas fechadas simples desenhadas parte dele que não se sobrepõe com o círculo B, já que ambos
sobre um plano, de forma a simbolizar os conjuntos e permitir a são bípedes mas não podem voar. Os mosquitos, que voam mas
representação das relações de pertença entre conjuntos e seus têm seis pernas, seriam representados dentro do círculo B e fora
elementos (por exemplo, 4 {3,4,5}, mas 4 ∉ {1,2,3,12}) e relações da sobreposição. Os canários, por sua vez, seriam representados
de continência (inclusão) entre os conjuntos (por exemplo, {1, na intersecção A-B, já que são bípedes e podem voar. Qualquer
3} ⊂ {1, 2, 3, 4}). Assim, duas curvas que não se tocam e estão animal que não fosse bípede nem pudesse voar, como baleias ou
uma no espaço interno da outra simbolizam conjuntos que serpentes, seria marcado por pontos fora dos dois círculos.
possuem continência; ao passo que o ponto interno a uma curva Assim, o diagrama de dois conjuntos representa quatro
representa um elemento pertencente ao conjunto. áreas distintas (a que fica fora de ambos os círculos, a parte
Os diagramas de Venn são construídos com coleções de de cada círculo que pertence a ambos os círculos (onde há
curvas fechadas contidas em um plano. O interior dessas curvas sobreposição), e as duas áreas que não se sobrepõem, mas estão
representa, simbolicamente, a coleção de elementos do conjunto. em um círculo ou no outro):
De acordo com Clarence Irving Lewis, o “princípio desses - Animais que possuem duas pernas e não voam (A sem
diagramas é que classes (ou conjuntos) sejam representadas por sobreposição).
regiões, com tal relação entre si que todas as relações lógicas - Animais que voam e não possuem duas pernas (B sem
possíveis entre as classes possam ser indicadas no mesmo sobreposição).
diagrama. Isto é, o diagrama deixa espaço para qualquer relação - Animais que possuem duas pernas e voam (sobreposição).
possível entre as classes, e a relação dada ou existente pode - Animais que não possuem duas pernas e não voam (branco
então ser definida indicando se alguma região em específico é - fora).
vazia ou não-vazia”. Pode-se escrever uma definição mais formal
do seguinte modo: Seja C = (C1, C2, ... Cn) uma coleção de curvas Essas configurações são representadas, respectivamente,
fechadas simples desenhadas em um plano. C é uma família pelas operações de conjuntos: diferença de A para B, diferença
independente se a região formada por cada uma das interseções de B para A, intersecção entre A e B, e conjunto complementar de
X1 X2 ... Xn, onde cada Xi é o interior ou o exterior de Ci, é não- A e B. Cada uma delas pode ser representada como as seguintes
vazia, em outras palavras, se todas as curvas se intersectam de áreas (mais escuras) no diagrama:
todas as maneiras possíveis. Se, além disso, cada uma dessas
regiões é conexa e há apenas um número finito de pontos de
interseção entre as curvas, então C é um diagrama de Venn para
n conjuntos.
Nos casos mais simples, os diagramas são representados
por círculos que se encobrem parcialmente. As partes
referidas em um enunciado específico são marcadas com uma
cor diferente. Eventualmente, os círculos são representados
como completamente inseridos dentro de um retângulo, que

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Diferença de A para B: A\B

Complementar de B em U: BC = U \ B
Diferença de B para A: B\A Três Conjuntos: Na sua apresentação inicial, Venn focou-
se sobretudo nos diagramas de três conjuntos. Alargando
o exemplo anterior, poderia-se introduzir o conjunto C dos
animais que possuem bico. Neste caso, o diagrama define sete
áreas distintas, que podem combinar-se de 256 (28) maneiras
diferentes, algumas delas ilustradas nas imagens seguintes.

Intersecção de dois conjuntos: AB

Diagrama de Venn mostrando todas as intersecções possíveis


entre A, B e C.

Complementar de dois conjuntos: U \ (AB)

Além disso, essas quatro áreas podem ser combinadas de


16 formas diferentes. Por exemplo, pode-se perguntar sobre
os animais que voam ou tem duas patas (pelo menos uma das
características); tal conjunto seria representado pela união de A
e B. Já os animais que voam e não possuem duas patas mais os
que não voam e possuem duas patas, seriam representados pela
diferença simétrica entre A e B. Estes exemplos são mostrados
nas imagens a seguir, que incluem também outros dois casos.
União de três conjuntos: ABC

União de dois conjuntos: AB

Intersecção de três conjuntos: ABC

Diferença Simétrica de dois conjuntos: AB

A \ (B C)

Complementar de A em U: AC = U \ A

Raciocínio Lógico 21
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APOSTILAS OPÇÃO
(B C) \ A

Proposições Categóricas

- Todo A é B
- Nenhum A é B
- Algum A é B e Todo A é B. É falsa.
- Algum A não é B Algum A é B. É falsa.
Algum A não é B. É verdadeira.
Proposições do tipo Todo A é B afirmam que o conjunto A
é um subconjunto do conjunto B. Ou seja: A está contido em B. 3. Se a proposição Algum A é B é verdadeira, temos as quatro
Atenção: dizer que Todo A é B não significa o mesmo que Todo B é representações possíveis:
A. Enunciados da forma Nenhum A é B afirmam que os conjuntos
A e B são disjuntos, isto é, não tem elementos em comum. 1 2
Atenção: dizer que Nenhum A é B é logicamente equivalente a
dizer que Nenhum B é A.
Por convenção universal em Lógica, proposições da forma A B A B
Algum A é B estabelecem que o conjunto A tem pelo menos um
elemento em comum com o conjunto B. Contudo, quando dizemos
que Algum A é B, pressupomos que nem todo A é B. Entretanto, no
sentido lógico de algum, está perfeitamente correto afirmar que
“alguns de meus colegas estão me elogiando”, mesmo que todos 3 4
eles estejam. Dizer que Algum A é B é logicamente equivalente B
a dizer que Algum B é A. Também, as seguintes expressões são
equivalentes: Algum A é B = Pelo menos um A é B = Existe um A A = B
A
que é B.
Proposições da forma Algum A não é B estabelecem que o
conjunto A tem pelo menos um elemento que não pertence ao
conjunto B. Temos as seguintes equivalências: Algum A não é B
= Algum A é não B = Algum não B é A. Mas não é equivalente a Nenhum A é B. É falsa.
Algum B não é A. Nas proposições categóricas, usam-se também Todo A é B. Pode ser verdadeira (em 3 e 4) ou falsa (em 1 e 2).
as variações gramaticais dos verbos ser e estar, tais como é, são, Algum A não é B. Pode ser verdadeira (em 1 e 2) ou falsa (em
está, foi, eram, ..., como elo de ligação entre A e B. 3 e 4) – é indeterminada.
- Todo A é B = Todo A não é não B. 4. Se a proposição Algum A não é B é verdadeira, temos as
- Algum A é B = Algum A não é não B. três representações possíveis:
- Nenhum A é B = Nenhum A não é não B.
- Todo A é não B = Todo A não é B.
- Algum A é não B = Algum A não é B. 1 2
- Nenhum A é não B = Nenhum A não é B.
- Nenhum A é B = Todo A é não B. A B A B
- Todo A é B = Nenhum A é não B.
- A negação de Todo A é B é Algum A não é B (e vice-versa).
- A negação de Algum A é B é Nenhum A não é B (e vice-
versa).

Verdade ou Falsidade das Proposições Categóricas

Dada a verdade ou a falsidade de qualquer uma das


proposições categóricas, isto é, de Todo A é B, Nenhum A é B,
Algum A é B e Algum A não é B, pode-se inferir de imediato a
verdade ou a falsidade de algumas ou de todas as outras. Todo A é B. É falsa.
Nenhum A é B. Pode ser verdadeira (em 3) ou falsa (em 1 e
1. Se a proposição Todo A é B é verdadeira, então temos as 2 – é indeterminada).
duas representações possíveis: Algum A é B. Ou falsa (em 3) ou pode ser verdadeira (em 1 e
2 – é ideterminada).

1 2
B Questões
A = B 01. Represente por diagrama de Venn-Euler
A
(A) Algum A é B
(B) Algum A não é B
(C) Todo A é B
(D) Nenhum A é B
Nenhum A é B. É falsa.
02. (Especialista em Políticas Públicas Bahia - FCC)
Algum A é B. É verdadeira.
Considerando “todo livro é instrutivo” como uma proposição
Algum A não é B. É falsa.
verdadeira, é correto inferir que:
(A) “Nenhum livro é instrutivo” é uma proposição
2. Se a proposição Nenhum A é B é verdadeira, então temos
necessariamente verdadeira.
somente a representação:
(B) “Algum livro é instrutivo” é uma proposição
necessariamente verdadeira.
(C) “Algum livro não é instrutivo” é uma proposição
verdadeira ou falsa.

Raciocínio Lógico 22
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APOSTILAS OPÇÃO
(D) “Algum livro é instrutivo” é uma proposição verdadeira (C) 59
ou falsa. (D) 63
(E) “Algum livro não é instrutivo” é uma proposição (E) 65
necessariamente verdadeira.
10. Em uma universidade são lidos dois jornais, A e B. Exa-
03. Dos 500 músicos de uma Filarmônica, 240 tocam tamente 80% dos alunos leem o jornal A e 60% leem o jornal B.
instrumentos de sopro, 160 tocam instrumentos de corda e 60 Sabendo que todo aluno é leitor de pelo menos um dos jornais,
tocam esses dois tipos de instrumentos. Quantos músicos desta encontre o percentual que leem ambos os jornais.
Filarmônica tocam: (A) 40%
(A) instrumentos de sopro ou de corda? (B) 45%
(B) somente um dos dois tipos de instrumento? (C) 50%
(C) instrumentos diferentes dos dois citados? (D) 60%
(E) 65%
04. (TTN - ESAF) Se é verdade que “Alguns A são R” e que Respostas
“Nenhum G é R”, então é necessariamente verdadeiro que:
(A) algum A não é G; 01.
(B) algum A é G. (A)
(C) nenhum A é G;
(D) algum G é A;
(E) nenhum G é A;

05. Em uma classe, há 20 alunos que praticam futebol mas


não praticam vôlei e há 8 alunos que praticam vôlei mas não
praticam futebol. O total dos que praticam vôlei é 15. Ao todo, (B)
existem 17 alunos que não praticam futebol. O número de
alunos da classe é:

06. Um colégio oferece a seus alunos a prática de um ou mais


dos seguintes esportes: futebol, basquete e vôlei. Sabe-se que,
no atual semestre:
- 20 alunos praticam vôlei e basquete.
- 60 alunos praticam futebol e 55 praticam basquete.
- 21 alunos não praticam nem futebol nem vôlei.
- o número de alunos que praticam só futebol é idêntico ao (C)
número de alunos que praticam só vôlei.
- 17 alunos praticam futebol e vôlei.
- 45 alunos praticam futebol e basquete; 30, entre os 45, não
praticam vôlei.

O número total de alunos do colégio, no atual semestre, é


igual a:
(A) 93
(B) 110
(C) 103 (D)
(D) 99
(E) 114

07. Numa pesquisa, verificou-se que, das pessoas entrevista-


das, 100 liam o jornal X, 150 liam o jornal Y, 20 liam os dois jor-
nais e 110 não liam nenhum dos dois jornais. Quantas pessoas
foram entrevistadas?
(A) 220
(B) 240 02. Resposta: B
(C) 280
(D) 300
(E) 340

08. Em uma entrevista de mercado, verificou-se que 2.000


pessoas usam os produtos C ou D. O produto D é usado por 800
pessoas e 320 pessoas usam os dois produtos ao mesmo tempo.
Quantas pessoas usam o produto C?
(A) 1.430 A opção A é descartada de pronto: “nenhum livro é instru-
(B) 1.450 tivo” implica a total dissociação entre os diagramas. E estamos
(C) 1.500 com a situação inversa. A opção “B” é perfeitamente correta. Per-
(D) 1.520 cebam como todos os elementos do diagrama “livro” estão inse-
(E) 1.600 ridos no diagrama “instrutivo”. Resta necessariamente perfeito
que algum livro é instrutivo.
09. Sabe-se que o sangue das pessoas pode ser classificado
em quatro tipos quanto a antígenos. Em uma pesquisa efetuada 03. Seja C o conjunto dos músicos que tocam instrumentos
num grupo de 120 pessoas de um hospital, constatou-se que 40 de corda e S dos que tocam instrumentos de sopro. Chamemos
delas têm o antígeno A, 35 têm o antígeno B e 14 têm o antígeno de F o conjunto dos músicos da Filarmônica. Ao resolver este
AB. Com base nesses dados, quantas pessoas possuem o antíge- tipo de problema faça o diagrama, assim você poderá visualizar
no O? o problema e sempre comece a preencher os dados de dentro
(A) 50 para fora.
(B) 52

Raciocínio Lógico 23
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APOSTILAS OPÇÃO
Passo 1: 60 tocam os dois instumentos, portanto, após fazer-
mos o diagrama, este número vai no meio.
Passo 2:
a)160 tocam instrumentos de corda. Já temos 60. Os que só
tocam corda são, portanto 160 - 60 = 100
b) 240 tocam instrumento de sopro. 240 - 60 = 180

Vamos ao diagrama, preenchemos os dados obtidos acima:

Teste das alternativas:


Teste da alternativa “A” (algum A não é G). Observando os
desenhos dos círculos, verificamos que esta alternativa é verda-
deira para os dois desenhos de A, isto é, nas duas representações
há elementos em A que não estão em G. Passemos para o teste da
próxima alternativa.
Com o diagrama completamente preenchido, fica fácil acha- Teste da alternativa “B” (algum A é G). Observando os de-
ra as respostas: Quantos músicos desta Filarmônica tocam: senhos dos círculos, verificamos que, para o desenho de A que
a) instrumentos de sopro ou de corda? Pelos dados do pro- está mais a direita, esta alternativa não é verdadeira, isto é, tem
blema: 100 + 60 + 180 = 340 elementos em A que não estão em G. Pelo mesmo motivo a alter-
b) somente um dos dois tipos de instrumento? 100 + 180 = nativa “D” não é correta. Passemos para a próxima.
280 Teste da alternativa “C” (Nenhum A é G). Observando os de-
c) instrumentos diferentes dos dois citados? 500 - 340 = 160 senhos dos círculos, verificamos que, para o desenho de A que
está mais a esquerda, esta alternativa não é verdadeira, isto é,
04. Esta questão traz, no enunciado, duas proposições cate- tem elementos em A que estão em G. Pelo mesmo motivo a alter-
góricas: nativa “E” não é correta. Portanto, a resposta é a alternativa “A”.
- Alguns A são R
- Nenhum G é R 05. Resposta: E.

Devemos fazer a representação gráfica de cada uma delas


por círculos para ajudar-nos a obter a resposta correta. Vamos
iniciar pela representação do Nenhum G é R, que é dada por dois
círculos separados, sem nenhum ponto em comum.

n = 20 + 7 + 8 + 9
n = 44

Como já foi visto, não há uma representação gráfica única 06. Resposta: D.
para a proposição categórica do Alguns A são R, mas geralmente
a representação em que os dois círculos se interceptam (mostra- n(FeB) = 45 e n(FeB -V) = 30 → n(FeBeV) = 15
da abaixo) tem sido suficiente para resolver qualquer questão. n(FeV) = 17 com n(FeBeV) = 15 → n(FeV - B) = 2
n(F) = n(só F) + n(FeB-V) + n(FeV -B) + n(FeBeV)
60 = n(só F) + 30 + 2 + 15 → n(só F) = 13

n(sóF) = n(sóV) = 13
n(B) = n(só B) + n(BeV) + n(BeF-V) → n(só B) = 65 - 20 – 30
= 15
n(nem F nem B nem V) = n(nem F nem V) - n(solo B) = 21-
15 = 6
Agora devemos juntar os desenhos das duas proposições ca- Total = n(B) + n(só F) + n(só V) + n(Fe V - B) + n(nemF nemB
tegóricas para analisarmos qual é a alternativa correta. Como a nemV) = 65 + 13 + 13 + 2 + 6 = 99.
questão não informa sobre a relação entre os conjuntos A e G,
então teremos diversas maneiras de representar graficamente
os três conjuntos (A, G e R). A alternativa correta vai ser aque-
la que é verdadeira para quaisquer dessas representações. Para
facilitar a solução da questão não faremos todas as representa-
ções gráficas possíveis entre os três conjuntos, mas sim, uma (ou
algumas) representação(ões) de cada vez e passamos a analisar
qual é a alternativa que satisfaz esta(s) representação(ões), se
tivermos somente uma alternativa que satisfaça, então já acha-
mos a resposta correta, senão, desenhamos mais outra repre-
sentação gráfica possível e passamos a testar somente as al-
ternativas que foram verdadeiras. Tomemos agora o seguinte
desenho, em que fazemos duas representações, uma em que o
conjunto A intercepta parcialmente o conjunto G, e outra em que 07. Resposta: E
não há intersecção entre eles.

Raciocínio Lógico 24
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APOSTILAS OPÇÃO
Todo número natural tem um antecessor, com exceção do
zero, que é o menor número natural.
Ex: O sucessor de 8 é 9; o antecessor de 19 é 18.

O conjunto formado por 0, 2, 4, 6, 8, 10, 12... é chamada


conjunto dos números naturais pares. O conjunto formado por
1, 3, 5, 7, 9, 11, ...é chamada conjunto dos números naturais
ímpares

Começamos resolvendo pelo que é comum: 20 alunos gos- Representação na reta numérica:
tam de ler os dois.
Leem somente A: 100 – 20 = 80
Leem somente B: 150 – 20 = 130
Totaliza: 80 + 20 + 130 + 110 = 340 pessoas.

08. Resposta: D
O zero é o menor número natural. A reta numérica natural é
infinita, não existe o maior número natural.

Valor absoluto e valor relativo

O valor absoluto de um número não depende da posição em


que o número se encontra, representa um valor sozinho. Por
exemplo: O valor absoluto do algarismo 9 no número 986 é 9.
Somente B: 800 – 320 = 480 O valor relativo de um número depende da posição em que
Usam A = total – somente B = 2000 – 480 = 1520. o algarismo se encontra. Por exemplo, o algarismo 9 no número
986 ocupa a casa das centenas. Assim, seu valor relativo é 900.
09. Resposta: C Ex: Observe o números 1236 e os valores relativos e absolutos
de seus algarismos:
Valor absoluto do 1 é 1, do 2 é 2, do 3 é 3 e do 6 é 6
Valor relativo 1 é 1 000, do 2 é 200, do 3 é 30 e do 6 é 6

Adição
A primeira operação fundamental na Matemática é a adição.
Esta operação nada mais é que o ato de adicionar algo. É reunir
todos os valores ou totalidades de algo.
Começa-se resolvendo pelo AB, então somente A = 40 – 14 = A adição é chamada de operação. A soma dos números
26 e somente B = 35 – 14 = 21. chamamos de resultado da operação.
Somando-se A, B e AB têm-se 61, então o O são 120 – 61 = Ex: 10 + 5 = 15
59 pessoas. 10 e 5 são as parcelas; 15 é a soma ou resultado da operação
de adição. A operação realizada acima se denomina, então,
10. Resposta: A A adição de dois ou mais números é indicada pelo sinal +.
- Jornal A → 0,8 – x
- Jornal B → 0,6 – x
- Intersecção → x

Então fica:

(0,8 - x) + (0,6 - x) + x = 1
- x + 1,4 = 1
- x = - 0,4
x = 0,4.

Resposta “40% dos alunos leem ambos os jornais”. Subtração

Aritmética A subtração é o ato ou efeito de subtrair algo. É diminuir


Conjunto dos Números Naturais – N alguma coisa. O resultado desta operação de subtração
São todos os números inteiros positivos, incluindo o zero. É denomina-se diferença ou resto.
representado pela letra maiúscula N. Ex : 9 – 5 = 4
Essa igualdade tem como resultado a subtração.
N = {0,1,2,3,4,5,6,7,8,9,10, …} Os números 9 e 5 são os termos da diferença 9-5. Ao número
9 dá-se o nome de minuendo e 5 é o subtraendo.
O zero corresponde à ausência de unidades. A sucessão dos
números naturais começa pelo zero e cada número é obtido
acrescentando-se uma unidade ao anterior. Não existe o maior
número natural, ou seja, a sucessão dos números naturais é
infinita. Se excluirmos o zero teremos um novo conjunto: o

conjunto dos números naturais não nulos, que se indica por N .

N = {1, 2, 3, 4, 5...}

Na sucessão de números naturais, dois ou mais números que Multiplicação


se seguem são chamados consecutivos.
Ex: 7, 8 e 9 são números naturais consecutivos. É a ação de multiplicar. Denomina-se a operação matemática,
que consiste em repetir um número, chamado multiplicando,

Raciocínio Lógico 25
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APOSTILAS OPÇÃO
tantas vezes quantas são as unidades de outro, chamado Expoente = 3
multiplicador, para achar um terceiro número que representa o Potência = 125 [Resultado da operação]
produto dos dois. Lê-se: Cinco elevado à terceira potência.
Definindo ainda, multiplicação é a adição de parcelas iguais,
onde o produto é o resultado da operação multiplicação; e os Potências especiais:
fatores são os números que participam da operação. 1. O número um elevado a qualquer número é sempre igual
5 . 8 = 40 onde 5 e 8 são os fatores e 40 é o produto . a1
5
Ex: 1 = 1

2. Zero elevado a qualquer número é sempre igual a zero.


6
Ex: 0 = 0

3. Qualquer número (diferente de zero) elevado a zero é


sempre igual a 1.
0
Ex: 5 = 1
Divisão
4. Potências de base 10 é igual a 1 seguido de tantos zeros
É o ato de dividir ou fragmentar algo. É a operação na quanto estiver indicando no expoente.
4
matemática em que se procura achar quantas vezes um número Ex: 10 = 10000 ( 4 zeros pois o expoente é 4)
contém em outro ou mesmo pode ser definido como parte de um
todo que se dividiu. 5. Qualquer número elevado a 1 é igual a ele mesmo.
1
A divisão dá o nome de operação e o resultado é chamado Ex: 8 = 8
de Quociente.
1) A divisão exata Propriedades da potenciação
Veja: 8 : 4 é igual a 2, onde 8 é o dividendo, 2 é o quociente, 4
é o divisor, 0 é o resto 1º ) Multiplicação de potências de mesma base.
A prova do resultado é: 2 x 4 + 0 = 8 Para escrever o produto de potências de mesma base,
2) A divisão não exata conservamos a base e somamos os expoentes
Observe este exemplo: 9 : 4 é igual a resultado 2, com resto
1, onde 9 é dividendo, 4 é o divisor, 2 é o quociente e 1 é o resto. Ex:35.32.33=35+2+3=310
A prova do resultado é: 2 x 4 + 1 = 9
2º ) Potência de potência.

(22)3 = = 26 = 64

(22)4 = = 28 = 256

Para escrever a potência elevada a outro expoente, conserva-


se a base e multiplicam-se os expoentes.
 
Potenciação
3º ) Divisão de potências de mesma base
É uma multiplicação de fatores iguais
128 : 126 = 128 – 6 = 122 
Ex
5
2 : 2 3 = 2 5−3 = 2 2
Para escrever o quociente de potências de mesma base,
conservamos a base e subtraímos os expoentes.
Observação: Quociente significa o resultado de uma divisão.

4º) Potência negativa


A base fica no denominador.

2-1=1/2

Radiciação

Observe os termos da radiciação:


 

Base=2
Expoente = 4
Potência = 16 [Resultado da operação]  
Lê-se: Dois elevado à quarta potência. Onde :
 
Ex n = representa o termo da radiciação chamado Radical. É o
53 = 5.5.5= 125 (3 fatores iguais) índice.
Base=5  

Raciocínio Lógico 26
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APOSTILAS OPÇÃO
X = representa o termo da radiciação chamado de radicando. conjunto N.
 
Temos que radiciação de números naturais é a operação Z= {... -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3...}
inversa da potenciação. Observe abaixo :  Os subconjuntos de Z são:
Z* = {... -3, -2, -1, 1, 2, 3...}
*= excluir o zero do conjunto.
Z+ = {0, 1, 2, 3, 4...}
  Z _= {... -3, -2, -1, 0}
Em termos mais precisos, dado um número Z *+= {1, 2, 3, 4...}
natural  a denominado radicando e dado um número Z *-= {..., -3, -2, -1}
natural  n denominado índice da raiz, é possível determinar
Relação de ordem nos números inteiros
outro número  b, denominado raiz enésima de a, representada
Quando estabelecemos uma relação de ordem entre dois
pelo símbolo  , tal que b elevado a n seja igual a a. números, estamos identificando se eles são iguais, ou qual deles
  é o maior. Observe a reta numérica.

Este é o símbolo de raiz ou sinal de raiz ou simplesmente


radical. Dados dois números inteiros, o maior é o que estiver à
Ex: 25 = 5 porque 5 2 =5.5=25 direita.
Ex: -1 é maior que -3, 4 é maior que zero
3 3
27 = 3 porque 3 = 3.3.3=27
Módulo ou valor absoluto
5
5
32 = 2 porque 2 = 2.2.2.2.2=32 É o número sem considerar o seu sinal. Para indicar módulo
escrevemos o número entre barras.
Regras: Ex: − 3 = 3 +5 =5

1. Potência de uma Raiz: Quando o índice da potência Números opostos ou simétricos


apresenta o mesmo índice da raiz.
São números com o mesmo valor absoluto e sinais contrários.
Ex: +4 e -4 são números opostos ou simétricos.

Adição e subtração de números inteiros
2. Raiz de uma potência= Potência de uma raiz
Para juntar números com sinais iguais, adicionamos os
valores absolutos e conservamos o sinal
Quando os números têm sinais diferentes, subtraímos os
valores absolutos e conservamos o sinal do maior.
3. Raiz de uma raiz: Quando uma raiz é raiz ou radicando de Ex:
outra raiz, multiplica-se os índices +5+7 = +12
-5 -7 = -12
+5 –7 = -2
-5 +7 = +2

Multiplicação e divisão de números inteiros


4. Multiplicação de raízes com o mesmo índice
Para multiplicar ou dividir números inteiros efetuamos a
operação indicada e usamos a regra de sinais abaixo:

+ + = + Sinais iguais, resultado positivo
5. Divisão de raízes com o mesmo índice: - - = +
+ - = - Sinais diferentes, resultado negativo
- + = -

Ex:
(+4) . (+5) = +20 (+30) : (+6 ) = +5
(-3) . (-6 ) = +18 (- 20) : (-5 ) = +4
(+8) . (-3 ) = -24 (+18) : (-3 ) = -6
6. Produto entre um número real positivo e uma raiz: (-6 ) . (+5 ) = -30 ( - 15) : (+5) = -3

Potenciação e radiciação de números inteiros

Potenciação
3
é uma multiplicação de fatores iguais.
Ex: 2 = 2.2.2=8
7. Potência de expoente fracionário negativo: 2 é a base,3 é o expoente e 8 é a potência
Estamos trabalhando com números inteiros, portanto pode
aparecer base negativa e positiva.
Ex: 2
(+3) 3 = (+3) . (+3) = +9
(+2 )2 = (+2) . (+2) . (+2) = +8
(-2 ) 3 = (-2 ) . (-2 ) = +4
Conjunto dos Números Inteiros: z (-2 ) = (-2 ) . (-2 ) . (-2) = -8
Se a base é positiva o resultado é sempre positivo.
É o conjunto formado pelos números inteiros positivos, zero Se a base é negativa e o expoente é par o resultado é positivo.
e números inteiros negativos. O conjunto Z é uma ampliação do
Se a base é negativa e o expoente é ímpar o resultado é

Raciocínio Lógico 27
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APOSTILAS OPÇÃO
negativo Carla
Importante: Todo número elevado à zero é sempre igual a 1
Raiz quadrada de um número quadrado perfeito é um 1ª partida ganhou 520 pontos
número positivo cujo quadrado é igual ao número dado.
2 2ª Partida Perdeu 220 pontos
Ex: 25 =5, pois 5 =25
3ª Partida Perdeu 485 pontos
OBS:
4ª Partida Ganhou 635 pontos
1. Para multiplicar 3 ou mais números inteiros, multiplicamos
os valores absolutos de todos os números e contamos os sinais
negativos. Se o números de negativos for ímpar e resultado terá Mateus
sinal negativo, se for par o resultado será positivo.
Ex: 1ª partida Perdeu280 pontos
(-3). (-5).(+2).(-1) = -30 → 3 negativos(impar), resultado 2ª Partida Ganhou 675 pontos
negativo.
(-2). (-3).(+6).(-1).( -2) = +72 → 4 negativos(par), 3ª Partida Ganhou 295 pontos
resultado positivo. 4ª Partida Perdeu 115 pontos
2. Para eliminar parênteses usamos a mesma regra de sinais
da multiplicação e da divisão. Ao término dessas quatro partidas,
Ex: (A) Carla perdeu por uma diferença de 150 pontos.
-(+4) = -4 (B) Mateus perdeu por uma diferença de 175 pontos.
-(-5) = +5 (C) Mateus ganhou por uma diferença de 125 pontos.
(D) Carla e Mateus empataram.
Expressões Numéricas em Z
05 (EMTU – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO - CAIPIMES) No
Para resolver uma expressão numérica devemos obedecer a estoque havia 9 dúzias de frascos de detergente. Em um mês
seguinte ordem: foram gastos 18 frascos. Se essa média se mantiver o restante
1º) Resolver as potenciações e radiciações na ordem em que dará para mais ______ meses.
aparecem (A) 6
2º) Resolver as multiplicações e divisões na ordem em que (B) 4
elas aparecem (C) 5
3º) Resolver as adições e subtrações na ordem em elas (D) 7
aparecem
Há expressões em que aparecem os sinais de associação que 06 (SESI/PA – VIGIA – FIDESA) Na revisão de editoração
devem ser eliminados na seguinte ordem: de um livro de 276 páginas, constatou-se que a numeração das
1º) ( ) parênteses páginas foi feita até a página de número 72, ficando as demais
2º) [ ] colchetes sem números. O editor corrigiu o erro, numerando as páginas
3º) { } chaves que faltavam. O número de algarismos utilizados para numerar
as páginas não numeradas inicialmente foi de:
Questões (A) 486.
(B) 585.
01 (PREF. CAMPINAS – AGENTE DE APOIO À SAÚDE – (C) 609.
FARMÁCIA – CETRO) Um médico receitou a um paciente que (D) 627.
tomasse certo comprimido a cada 4 horas durante 15 dias. Se
uma caixa desse medicamento vem com 6 comprimidos, então, 07. (CÂMARA DE CANITAR/SP – RECEPCIONISTA – INDEC)
para este tratamento, serão necessárias Em uma banca de revistas existe um total de 870 exemplares dos
(A) 6 caixas. mais variados temas. Metade das revistas é da editora A, dentre
(B) 12 caixas. as demais, um terço são publicações antigas. Qual o número de
(C) 15 caixas. exemplares que não são da Editora A e nem são antigas?
(D) 30 caixas. (A) 320
(B) 290
02. (PREF. ÁGUAS DE CHAPECÓ – OPERADOR DE (C) 435
MÁQUINAS – ALTERNATIVE CONCURSOS) Em uma loja, as (D) 145
compras feitas a prazo podem ser pagas em até 12 vezes sem
juros. Se João comprar uma geladeira no valor de R$ 2.100,00 08. (SANEAR – FISCAL - FUNCAB) Um pedreiro cobriu o
em 12 vezes, pagará uma prestação de: piso de sua sala retangular de 6 x 5 m com azulejos de dimensões
(A) R$ 150,00 50 x 50 cm.
(B) R$175,00 Considere que:
(C) R$200,00 Os azulejos são vendidos em caixas contendo dez unidades.
(D) R$ 225,00 O valor de cada caixa de azulejo é R$ 35,00.
Calcule o valor total pago por ele só com a compra dos
03 (CREFITO/SP – ALMOXARIFE – VUNESP) O sucessor do azulejos.
dobro de determinado número é 23. Esse mesmo determinado (A) R$ 360,00
número somado a 1 e, depois, dobrado será igual a: (B) R$ 400,00
(A) 24 (C) R$ 420,00
(B) 22 (D) R$ 480,00
(C) 20 (E) R$ 520,00
(D) 18
(E) 16 09 (SAP/SP - AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIA
DE CLASSE I – VUNESP) Observe a sequência de figuras com
04 (SEPLAG - POLÍCIA MILITAR/MG - ASSISTENTE bolinhas.
ADMINISTRATIVO - FCC) Em um jogo de tabuleiro, Carla e
Mateus obtiveram os seguintes resultados:

Raciocínio Lógico 28
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APOSTILAS OPÇÃO
05. Resposta: C.
12.9=108 frascos
108-18=90 frascos
90/18=5 meses

06. Resposta: B.
99-73=26+1=27 números com 2 algarismos
27.2=54 algarismos
276-100=176+1=177 números
177.3=531 algarismos
54+531=585
Mantendo-se essa lei de formação, o número de bolinhas na
13ª posição (P13) será de 07. Resposta: B.
(A) 91. editora A: 870/2=435 revistas
(B) 74. publicações antigas: 435/3=145 revistas
(C) 63.
(D) 58.
(E) 89.

10 (PREF. CUIABÁ – AGENTE DE MANUTENÇÃO – O número de exemplares que não são da Editora A e nem são
FUNCAB) Durante a reforma de um prédio, um grupo de 5 antigas são 290.
Agentes de Manutenção transporta 30 caixas, cada uma delas
contendo 10 azulejos. As caixas são transportadas do caminhão 08. Resposta: C.
para o depósito e posteriormente 3 pedreiros se encarregaram A sala=6.5=30m²
de transportá-las do depósito para a obra. (Considere o mesmo A azulejo=50x50=2500cm²=0,25m²
número de caixas para cada pedreiro). O número total de
azulejos transportados por cada um desses 3 pedreiros será:
(A) 60 unidades.
(B) 100 unidades.
(C) 120 unidades.
(D) 150 unidades. Como cada caixa contém 10 unidades, será preciso 12 caixas.
(E) 200 unidades. 35.12=420
11 (FESC – AGENTE DE APOIO SOCIOEDUCATIVO – 09. Resposta: A.
VUNESP) Para não esquecer a senha de seu cartão de crédito, P(13)=13+12+11+10+9+8+7+6+5+4+3+2+1=91 bolinhas
que é formada por quatro algarismos, uma pessoa escreveu os
números do seguinte modo: 10. Resposta: B.
10.30=300 azulejos
300/3=100 unidades

11. Resposta: C.

Sabendo-se que o valor de x é dado pela expressão


, a senha dessa pessoa é:
(A) 9756.
(B) 7956.
(C) 6759.
1º número 5+1=6
(D) 6957.
2º número 5+2=7
(E) 5679.
3º número 5
Respostas
4º número 10-1=9
01. Resposta: C.
Os números fracionários e números decimais pertencem ao
Como o dia tem 24 horas, o paciente vai tomar 24/4=6
Conjunto dos Números Racionais: Q
comprimidos diários
O conjunto dos números racionais é um conjunto
6.15=90 comprimidos
que engloba os números inteiros (Z), números decimais
1 caixa----6 comprimidos
finitos (por exemplo, 743,8432 ) e os números decimais
x--------90
infinitos  periódicos  (que repete uma sequência de algarismos
x=15 caixas
da parte decimal infinitamente), como “12,050505…”, são
02. Resposta: B. ∗
também conhecidas como dízimas periódicas.
Os n° racionais são representados pela letra Q.
Todo número racional pode ser escrito na forma ∗ , com a
Cada prestação será de R$ 175,00
eb≠ 0
03. Resposta: A. Numa fração temos numerador e denominador.
Se o sucessor é 23, o dobro do número é 22, portanto o Numerador é o n° que fica acima do traço de fração e
número é 11. denominador é o n° que colocamos abaixo de traço de fração.
(11+1)⋅2=24 Ex:
5/8 5 é o numerador e 8 é o denominador.
04. Resposta: C.
Leitura de fração
Carla: 520-220-485+635=450 pontos
Quando o denominador é 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 lemos assim:
Mateus: -280+675+295-115=575 pontos 1
/2: um meio.
Diferença: 575-450=125 pontos 2
/3: dois terços.
3
/4: três quartos.

Raciocínio Lógico 29
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APOSTILAS OPÇÃO
4
/5: quatro quintos.
5
/6: cinco sextos.
/7: seis sétimos. −1 8 7
+ =
6
Ex: 1.
/8: sete oitavos. 3 3 3
7
2.
8
/9: oito nonos.
Para denominadores a partir 10, devemos ler o numerador, o 6 3 24 15 9
denominador e acrescentar o termo “avos”. − = − =
Exemplos: 5 4 20 20 20
1
/12: um doze avos. .( o mmc entre 5 e 4 é 20)
2
/20: dois vinte avos.
3
/74: três setenta e quatro avos. Multiplicação e divisão com números fracionários

Tipos de frações: Para multiplicar números racionais na forma de fração,


devemos multiplicar os numeradores, multiplicar os
Fração própria é aquela que o numerador é menor que o denominadores, usar a regra de sinais quando necessário e
denominador. quando possível fazer a simplificação.
4 3 12
Ex: , , Ex: − � = − (nesse caso o resultado é uma fração
5 7 35
Fração imprópria é aquela que o numerador é maior que o
irredutível, pois não pode ser simplificada)
denominador.
Para dividir números racionais na forma de fração, devemos
multiplicar a primeira fração pelo inverso da segunda, usando
Ex: , ,
também a regra de sinais e a simplificação do resultado quando
Fração aparente é aquela que o numerador é múltiplo do possível.
denominador. 3 2 3 3 9
Ex: : = � =
5 3 5 2 10
Ex: 10/2
10 é divisível por 2 ou 10 é múltiplo de 2, logo 5 3 5 2 10 5
− ∶ = − � =− =−
podemos dividir 10 por 2 que é 5, então a fração10/2 = 5. 4 2 4 3 12 6

A fração 10/2 é uma fração aparente. Números decimais

Frações equivalentes são frações que representam a Os números decimais exatos e as dízimas periódicas também
mesma parte de um todo. Um mesmo número racional pode ser pertencem ao conjunto Q
representado por diferentes frações, todas equivalentes entre si.
Ex: Todas essas frações representam um meio: Adição com decimais

Na adição com decimais devemos escrever as parcela


colocando vírgula embaixo de vírgula, e resolver a operação.

Ex: 12,40+3,65

Simplificação de frações: Para simplificar uma fração


dividimos o numerador e o denominador pelo mesmo n°.
Podemos simplificar várias vezes uma mesma fração.

Ex: Vamos simplificar a fração


Dividimos numerador e denominador por 2 que fica
Dividimos novamente numerador e denominador por 3 que
fica 3/2
A fração é uma fração irredutível, que não dá mais pra ser
simplificada.
Uma fração pode ser transformada em um número decimal Subtração com decimais
exato ou periódico. Para transformar uma fração em um n°
decimal devemos dividir o numerador pelo denominador da
fração. 1
Ex: = 0,5
2
3
− = −0,75
4
1
= 0,333... (dízima periódica)
3
Adição e subtração com números fracionários
Multiplicação com decimais
Para adicionar ou subtrair números racionais na forma
de fração devemos observar os seus denominadores. Se Na multiplicação de números decimais, multiplicamos os
os denominadores são iguais, efetuamos as operações e números sem considerar a vírgula e colocamos a vírgula no
conservamos o mesmo denominador. Se os denominadores são resultado contando as casas decimais dos dois fatores
diferentes, reduzimos ao mesmo denominador usando o mmc e Ex: 2,35 x 4,3 = 10,105 (no resultado temos 3 casas decimais
depois procedemos como no caso anterior. pois são 2 casas no fator 2,35 e uma casa no fator 4,3)

Raciocínio Lógico 30
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APOSTILAS OPÇÃO
512
Assim, a geratriz de 5,1717... é a fração .
9
3) Seja a dízima 1, 23434...

O número 234 é a junção do ante período com o período.


Neste caso temos um dízima periódica é composta, pois existe
uma parte que não se repete e outra que se repete. Neste caso
temos um ante período (2) e o período (34). Ao subtrairmos
Divisão com decimais deste número o ante período(234-2), obtemos 232, o
numerador. O denominador é formado por tantos dígitos 9 – que
Na divisão igualamos as casas decimais, cortamos as vírgulas correspondem ao período, neste caso 99(dois noves) – e pelo
e resolvemos a divisão . dígito 0 – que correspondem a tantos dígitos tiverem o ante
Ex período, neste caso 0(um zero).
30: 2,5

611
Simplificando por 2, obtemos x = , a fração geratriz da
dízima 1, 23434... 495
Conjunto do Números Reais: R

O conjunto dos números reais é a união do conjunto dos


números racionais e o conjunto dos números irracionais. É
importante lembrar que o conjunto dos números racionais
Representação Fracionária dos Números Decimais
é formado pelos seguintes conjuntos: Números Naturais e
Números Inteiros. Vamos exemplificar os conjuntos que unidos
1º) Transformamos o número em uma fração cujo numerador formam os números reais. Veja:
é o número decimal sem a vírgula e o denominador é composto Números Naturais (N): {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12,
pelo numeral 1, seguido de tantos zeros quantas forem as casas 13, 14, 15, , ....}
decimais do número decimal dado: Números Inteiros (Z): {..., –8, –7, –6, –5, –4, –3, – 2, –1, 0, 1,
2, 3, 4, 5, .....}
0,8=8/10 Números Racionais (Q): {...1/2, 3/4, 0,25, –5/4,...}
Números Irracionais (I): {...√2, √3, –√5,
4,8=48/10 1,32365498....,3,141592...}. 
0,08=8/100 Podemos concluir que o conjunto dos
números reais é a união dos seguintes conjuntos:
0,008=8/1000
N U Z U Q U I = R ou Q U I = R
2º) Devemos achar a fração geratriz da dízima dada; para O conjunto dos números reais contém os números racionais
tanto, vamos apresentar o procedimento através de alguns (naturais, inteiros e fracionários) e os números irracionais e é
exemplos: representado pela letra R.
OBS: Quando relacionamos elementos e conjuntos usamos
Exemplos: os símbolos ∈
1) Seja a dízima 0, 333.... ( pertence) ou ∉ ( não pertence) e quando relacionamos
conjunto com conjunto usamos os símbolos ⊂ (está contido) ou
Veja que o período que se repete é apenas 1(formado pelo ⊄ (não está− 3contido).
3) então vamos colocar um 9 no denominador e repetir no Ex: 2 Z
numerador o período. -2 ∉ N
N ⊂ Z
I ⊄ Q
Aplicam-se ao conjunto dos n° Reais as mesma operações de
propriedades dos demais conjuntos citados ( N, Z, Q, I )

Questões
2) Seja a dízima 5, 1717....
01 (TRT – 15ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL
O período que se repete é o 17, logo dois noves no DE JUSTIÇA AVALIADOR – FCC) Renato dividiu dois números
denominador (99). Observe também que o 5 é a parte inteira, inteiros positivos em sua calculadora e obteve como resultado
logo ele vem na frente: a dízima periódica 0,454545... . Se a divisão tivesse sido feita na
outra ordem, ou seja, o maior dos dois números dividido pelo
menor deles, o resultado obtido por Renato na calculadora teria
sido
(A) 0,22.
(B) 0,222...
(C) 2,22.
(D) 2,222...
(E) 2,2.

Raciocínio Lógico 31
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APOSTILAS OPÇÃO
02 (SEPLAG - POLÍCIA MILITAR/MG - ASSISTENTE 08. (SEPLAG - POLÍCIA MILITAR/MG - ASSISTENTE
ADMINISTRATIVO - FCC) Um atleta, participando de uma prova ADMINISTRATIVO - FCC) Parte de uma estrada está dividida em
de triatlo, percorreu 120 km da seguinte maneira: 1/10 em cinco trechos iguais por postos de combustíveis. De acordo com
corrida, 7/10 de bicicleta e o restante a nado. Esse atleta, para a figura abaixo, o carro estacionado no posto A está localizado
completar a prova, teve de nadar: no quilômetro 250,4 e o B está no quilômetro 376. O carro C está
(A) 18 km. localizado no quilômetro:
(B) 20 km.
(C) 24 km.
(D) 26 km.

03 (UFABC/SP – TECNÓLOGO-TECNOLOGIA DA (A) 350,88


INFORMAÇÃO – VUNESP) Um jardineiro preencheu (B) 325,76
parcialmente, com água, 3 baldes com capacidade de 15 litros (C) 300,64
cada um. O primeiro balde foi preenchido com 2/3 de sua (D) 275,52
capacidade, o segundo com 3/5 da capacidade, e o terceiro, com
um volume correspondente à média dos volumes dos outros 09. (PM/SP – CABO – CETRO) Para certo crime, com pena
dois baldes. A soma dos volumes de água nos três baldes, em de reclusão de seis a vinte anos, poderá ocorrer a diminuição
litros, é da pena de um sexto a um terço. Supondo que ao infrator tenha
(A) 27. sido aplicada a diminuição mínima sobre a pena máxima, a pena
(B) 27,5 atribuída a ele é de:
(C) 28 (A) 14 anos e 4 meses.
(D) 28,5. (B) 15 anos e 3 meses.
(E) 29 (C) 16 anos e 8 meses.
(D) 17 anos e 2 meses.
04. (FUNDAÇÃO CASA – AGENTE DE APOIO OPERACIONAL
– VUNESP) De um total de 180 candidatos, 2/5 estudam inglês, 10. (CPTM – AUDITOR JÚNIOR – MAKIYAMA) O depósito
2/9 estudam francês, 1/3estuda espanhol e o restante estuda da papelaria do Tio Ciro é em forma de paralelepípedo reto
alemão. O número de candidatos que estuda alemão é:
retângulo com uma altura máxima de 2,5m. Tio Ciro comprou
(A) 6 pacotes de papel com 500 folhas cada um e pretende armazená-
(B) 7 los em pilhas. Cada folha de papel tem espessura de 0,1mm.
(C) 8 Ignorando a espessura do papel utilizado para embrulhar os
(D) 9 pacotes, podemos afirmar que a quantidade máxima de pacotes
(E) 10 que Tio Ciro conseguirá armazenar em cada pilha é de:
(A) 40
05 (FUNDAÇÃO CASA – AGENTE DE APOIO OPERACIONAL (B) 50
– VUNESP) Dois irmãos dividiram igualmente entre si uma (C) 60
herança. (D) 70
Após um ano, um deles, com aplicações financeiras, havia (E) 80
triplicado o valor recebido, enquanto o outro havia gasto grande Respostas
parte, reduzindo o valor recebido a sua terça parte.
Em relação ao valor que coube a cada um na herança, o irmão 01. Resposta: E.
que aplicou tinha a mais do que aquele que gastou o equivalente
a
(A) 2/3
(B) 4/3
(C) 5/3
(D) 7/3 99x=45
(E) 8/3
Se fosse invertido
06. (PETROBRAS - TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO E
CONTROLE JÚNIOR – CESGRANRIO) Ao comprar seis balas e
um bombom, Júlio gastou R$ 1,70. Se o bombom custa R$ 0,80,
qual é o preço de cada bala?
(A) R$ 0,05. 02. Resposta: C.
(B) R$ 0,15.
(C) R$ 0,18.
(D) R$ 0,30
(E) R$ 0,50

07 (FUNDAÇÃO CASA – AGENTE DE APOIO


SOCIOEDUCATIVO – VUNESP) Em 6 meses, do total de um
grupo de adolescentes, 1/3 teve atendimento médico-hospitalar
duas vezes. Do restante, 1/2 teve atendimento médico- 03. Resposta: D.
hospitalar somente uma vez e 60 adolescentes não precisaram Primeiro balde:
de atendimento médico-hospitalar nesse período. Desse modo,
pode-se afirmar que o número total de adolescentes desse grupo
que teve atendimento médico-hospitalar apenas uma vez nesse
período foi Segundo balde:
(A) 45.
(B) 50
(C) 60
(D) 80 Terceiro balde:
(E) 90
A soma dos volumes é : 10+9+9,5=28,5 litros

Raciocínio Lógico 32
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APOSTILAS OPÇÃO

04. Resposta: C.

m.m.c.(3,5,9)=45 Álgebra
Equação do 1º Grau

Veja estas equações, nas quais há apenas uma incógnita:


O restante estuda alemão: 2/45
3x – 2 = 16 (equação de 1º grau)

2y3 – 5y = 11 (equação de 3º grau)


05. Resposta: E. 2 1
Herança: x 1 – 3x + 5
=x+ (equação de 1º grau)
2
O método que usamos para resolver a equação de 1º grau
é isolando a incógnita, isto é, deixar a incógnita sozinha em um
06. Resposta: B. dos lados da igualdade. Para conseguir isso, há dois recursos:
1,70-0,80=0,90 - inverter operações;
- efetuar a mesma operação nos dois lados da igualdade.
Ele gastou R$ 0,90 em balas.
Exemplo1

Resolução da equação 3x – 2 = 16, invertendo operações.


Cada bala custa R$ 0,15.
Procedimento e justificativa: Se 3x – 2 dá 16, conclui-se
07. Resposta: C. que 3x dá 16 + 2, isto é, 18 (invertemos a subtração). Se 3x é
Restante das meninas para ter atendimento somente uma igual a 18, é claro que x é igual a 18 : 3, ou seja, 6 (invertemos a
vez: multiplicação por 3).

Registro

3x – 2 = 16
Ou seja, 1/3 das meninas precisaram de atendimento uma 3x = 16 + 2
vez. 3x = 18
1/3 duas vezes e 60 meninas não precisaram de atendimento 18
x= 3
Perceba que 60 meninas corresponde a 1/3, pois assim da
3/3(total) das meninas. x=6

Exemplo 2
Como precisamos saber quantas meninas tiveram
atendimento somente uma vez e corresponde a 1/3, são 60 2 1
Resolução da equação 1 – 3x + 5 = x + 2 , efetuando a mesma
meninas
operação nos dois lados da igualdade.
08. Resposta: B.
Procedimento e justificativa: Multiplicamos os dois lados
da equação por mmc (2;5) = 10. Dessa forma, são eliminados
A diferença entre A e B é de 125,6
os denominadores. Fazemos as simplificações e os cálculos
necessários e isolamos x, sempre efetuando a mesma operação
nos dois lados da igualdade. No registro, as operações feitas
nos dois lados da igualdade são indicadas com as setas curvas
verticais.

Registro

1 – 3x + 2/5 = x + 1 /2
10 – 30x + 4 = 10 x + 5
-30x -10x = 5 – 10 – 4
09. Resposta: C. -40x = -9 (-1)
Pena máxima: 20 anos 40x = 9
Diminuição mínima: um sexto x = 9/40
x = 0,225

Há também um processo prático, bastante usado, que se


baseia nessas ideias e na percepção de um padrão visual.
1 ano-----12 meses - Se a + b = c, conclui-se que a = c + b.
0,67----x
X=8 meses Na primeira igualdade, a parcela b aparece somando no lado
esquerdo; na segunda, a parcela b aparece subtraindo no lado
A pena atribuída é de 16 anos e 8 meses direito da igualdade.
- Se a . b = c, conclui-se que a = c + b, desde que b ≠ 0.
10. Resposta: B.
0,1.500=50 mm =0,05 m Na primeira igualdade, o número b aparece multiplicando no
lado esquerdo; na segunda, ele aparece dividindo no lado direito
da igualdade.

Raciocínio Lógico 33
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APOSTILAS OPÇÃO
Quantos gramas de bolo Pedro comeu?
O processo prático pode ser formulado assim: (A) 55
- Para isolar a incógnita, coloque todos os termos com (B) 60
incógnita de um lado da igualdade e os demais termos do outro (C)75
lado. (D) 80
- Sempre que mudar um termo de lado, inverta a operação. (E) 90
Exemplo
5( x + 2 ) ( x + 2 )(
. x − 3) x 2

05 (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESGRANRIO)
Resolução da equação = , usando Mauro precisava resolver alguns exercícios de Matemática. Ele
o processo prático. 2 3 3
resolveu 1/5 dos exercícios no primeiro dia. No segundo dia,
Procedimento e justificativa: Iniciamos da forma habitual, resolveu 2/3 dos exercícios restantes e, no terceiro dia, os 12
multiplicando os dois lados pelo mmc (2;3) = 6. A seguir, últimos exercícios. Ao todo, quantos exercícios Mauro resolveu?
passamos a efetuar os cálculos indicados. Neste ponto, passamos (A) 30
a usar o processo prático, colocando termos com a incógnita à
esquerda e números à direita, invertendo operações. (B) 40
(C) 45
Registro (D) 75
(E) 90
5(x + 2 ) (x + 2 )(
. x − 3) x2
− =−
2 3 3 Respostas
01. Resposta: C.
5( x + 2 ) (x + 2)(. x − 3) = 6. x
2
Acertos: x
6. − 6.
2 3 3 Erros:60-x
5x-(60-x)=210
15(x + 2) – 2(x + 2)(x – 3) = – 2x2 5x-60+x=210
15x + 30 – 2(x2 – 3x + 2x – 6) = – 2x2 6x=270
15x + 30 – 2(x2 – x – 6) = – 2x2
15x + 30 – 2x2 + 2x + 12 = – 2x2 X=45
17x – 2x2 + 42 = – 2x2
17x – 2x2 + 2x2 = – 42 02. Resposta: D.
17x = – 42 Mesada: x
Durante oito meses ele conseguiu guardar :
42
x= −
17
Note que, de início, essa última
x2
equação aparentava ser de
2º grau por causa do termo − no seu lado direito. Entretanto,
3
depois das simplificações, vimos que foi reduzida a uma equação X=80
de 1º grau (17x = – 42). Mesada é de R$ 80,00.

Questões 03. Resposta: C.


Neto: x
01 (UFOP/MG – ADMINISTRADOR DE EDIFICIOS – UFOP) Pai: 3x
Um professor, ao corrigir uma prova de múltipla escolha com 60 Vô:6x
questões, definiu que a cada resposta correta o aluno acumularia 6 anos
5 pontos e perderia 1 ponto a cada resposta errada ou questão x+6+3x+6+6x+6=118
não respondida. 10x=118-18
Quantas questões um aluno que totalizou 210 pontos 10x=100
acertou? X=10
(A) 15
(B) 30 Neto: 10 anos
(C) 45
(D) 50 Vô: 60 anos
Diferença: 60-10=50 anos
02 (FUNDAÇÃO CASA – AGENTE DE APOIO OPERACIONAL
– VUNESP) Para comprar uma bicicleta no valor de R$ 240,00, 04. Resposta: D.
um jovem juntou durante oito meses 1/4 da mesada que recebe 100 g------270 kcal
de seu pai. No dia em que iria comprar a bicicleta, sua mãe Xg-------378
colaborou com R$ 60,00, mas, mesmo assim, ainda lhe faltavam X=140 g
R$ 20,00. A mesada que seu pai lhe dá é de
(A) R$ 68,00. Pedro e Vitor comeram juntos 140 g
(B) R$ 72,00. Vitor : x
(C) R$ 76,00. Pedro: x+20
(D) R$ 80,00. X+x+20=140
(E) R$ 84,00. 2x=120
X=60
03 (FUNDAÇÃO CASA – AGENTE DE APOIO OPERACIONAL
– VUNESP) Hoje, a minha idade é o dobro da idade de meu filho
Pedro: x+20=60+20=80g
e a idade de meu filho é o triplo da idade de meu neto. Se daqui a
6 anos a soma de nossas idades for de 118 anos, eu tenho, a mais
do que o meu neto, Resposta: “D”.
(A) 45 anos.
(B) 48 anos. 05. Resposta: C.
(C)50 anos. Exercícios: x
(D) 54 anos.
(E) 60 anos. 1º dia:

04 (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESGRANRIO) 2º dia:


Cem gramas de certo bolo têm 270 kcal. Pedro comeu 20 g de
bolo a mais que Vitor e, ao todo, os dois ingeriram 378 kcal. 3º dia: 12

Raciocínio Lógico 34
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APOSTILAS OPÇÃO
Logo, S = {0, 9} e os números 0 e 9 são as raízes da equação.
No primeiro e no segundo dia resolveram
11 4
𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑: 1 − 15 = 15 𝑥𝑥 - A equação é da forma ax2 + c = 0.
4
15
𝑥𝑥= 12 x2 – 16 = 0 Fatoramos o primeiro membro, que é uma
𝑥𝑥 = 45 diferença de dois quadrados.
(x + 4) . (x – 4) = 0
Equação do 2º Grau
x+4=0 x–4=0
Denomina-se equação do 2º grau na incógnita x toda equação x=–4 x=4
da forma ax2 + bx + c = 0, em que a, b, c são números reais e a ≠ 0.
Nas equações de 2º grau com uma incógnita, os números Logo, S = {–4, 4}.
reais expressos por a, b, c são chamados coeficientes da
equação: Fórmula de Bhaskara
- a é sempre o coeficiente do termo em x2.
- b é sempre o coeficiente do termo em x. Usando o processo de Bhaskara e partindo da equação
- c é sempre o coeficiente ou termo independente. escrita na sua forma normal, foi possível chegar a uma fórmula
que vai nos permitir determinar o conjunto solução de qualquer
Equação completa e incompleta: equação do 2º grau de maneira mais simples.
- Quando b ≠ 0 e c ≠ 0, a equação do 2º grau se diz completa. Essa fórmula é chamada fórmula resolutiva ou fórmula de
Bhaskara.
Exemplos

5x2 – 8x + 3 = 0 é uma equação completa (a = 5, b = – 8, c = 3).


y2 + 12y + 20 = 0 é uma equação completa (a = 1, b = 12, c =
20). Nesta fórmula, o fato de x ser ou não número real vai
depender do discriminante  ; temos então, três casos a
- Quando b = 0 ou c = 0 ou b = c = 0, a equação do 2º grau se estudar.
diz incompleta.
1º caso: / é um número real positivo (  > 0).
Exemplos Neste caso, é um número real, e existem dois valores
reais diferentes para a incógnita x, sendo costume representar
x2 – 81 = 0 é uma equação incompleta (a = 1, b = 0 e c = – 81). esses valores por x’ e x”, que constituem as raízes da equação.
10t2 +2t = 0 é uma equação incompleta (a = 10, b = 2 e c = 0).
5y2 = 0 é uma equação incompleta (a = 5, b = 0 e c = 0).

Todas essas equações estão escritas na forma ax2 + bx + c =


0, que é denominada forma normal ou forma reduzida de uma
equação do 2º grau com uma incógnita.
Há, porém, algumas equações do 2º grau que não estão
escritas na forma ax2 + bx + c = 0; por meio de transformações
convenientes, em que aplicamos o princípio aditivo e o
multiplicativo, podemos reduzi-las a essa forma.

Exemplo: Pelo princípio aditivo.


2x2 – 7x + 4 = 1 – x2
2x2 – 7x + 4 – 1 + x2 = 0
2x2 + x2 – 7x + 4 – 1 = 0 2º caso:  é zero (  = 0).
3x2 – 7x + 3 = 0
Neste caso, é igual a zero e ocorre:
Exemplo: Pelo princípio multiplicativo.

4(x – 4) – x(x – 4) = 2x2


4x – 16 – x2 + 4x = 2x2
– x2 + 8x – 16 = 2x2
– x2 – 2x2 + 8x – 16 = 0
– 3x2 + 8x – 16 = 0

Resolução das equações incompletas do 2º grau com uma Observamos, então, a existência de um único valor real para
incógnita. a incógnita x, embora seja costume dizer que a equação tem duas
- A equação é da forma ax2 + bx = 0. raízes reais e iguais, ou seja:

x2 + 9 = 0 colocamos x em evidência
x . (x – 9) = 0

x=0 ou x–9=0
x=9 3º caso:  é um número real negativo (  < 0).
Neste caso, não é um número real, pois não há no

Raciocínio Lógico 35
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APOSTILAS OPÇÃO
conjunto dos números reais a raiz quadrada de um número
negativo.
Dizemos então, que não há valores reais para a incógnita x,
ou seja, a equação não tem raízes reais.
A existência ou não de raízes reais e o fato de elas serem
duas ou uma única dependem, exclusivamente, do discriminante
 = b2 – 4.a.c; daí o nome que se dá a essa expressão.
03. Resposta: B.
Na equação ax2 + bx + c = 0 x²-6x+8=0
-  = b2 – 4.a.c
- Quando  ≥ 0, a equação tem raízes reais.
- Quando  < 0, a equação não tem raízes reais.
-  > 0 (duas raízes diferentes).
-  = 0 (uma única raiz).

Exemplo: Resolver a equação x2 + 2x – 8 = 0 no conjunto R.


temos: a = 1, b = 2 e c = – 8
 = b2 – 4.a.c = (2)2 – 4 . (1) . (–8) = 4 + 32 = 36 > 0

Como  > 0, a equação tem duas raízes reais diferentes,


dadas por:
Dobro da menor raiz: 2⋅2=4

Função do 1˚ Grau

Dados dois conjuntos A e B, não-vazios, função é uma


relação binária de A em B de tal maneira que todo elemento x,
pertencente ao conjunto A, tem para si um único correspondente
y, pertencente ao conjunto B, que é chamado de imagem de x.

Então: S = {-4, 2}.

Questões

01 (PREF. JUNDIAI/SP – ELETRICISTA – MAKIYAMA) Para


que a equação (3m-9)x²-7x+6=0 seja uma equação de segundo
grau, o valor de m deverá, necessariamente, ser diferente de:
(A) 1.
(B) 2.
(C) 3. Notemos que, para uma relação binária dos conjuntos A e B,
(D) 0. nesta ordem, representarem uma função é preciso que:
(E) 9.
- Todo elemento do conjunto A tenha algum correspondente
02 (CÂMARA DE CANITAR/SP – RECEPCIONISTA – INDEC) (imagem) no conjunto B;
Qual a equação do 2º grau cujas raízes são 1 e 3/2? - Para cada elemento do conjunto A exista um único
(A) x²-3x+4=0 correspondente (imagem) no conjunto B.
(B) -3x²-5x+1=0
(C)3x²+5x+2=0 Assim como em relação, usamos para as funções, que são
(D) 2x²-5x+3=0 relações especiais, a seguinte linguagem:

03 (CÂMARA DE CANITAR/SP – RECEPCIONISTA – INDEC) Domínio: Conjunto dos elementos que possuem imagem.
O dobro da menor raiz da equação de 2ºgrau dada por x²-6x=-8 Portanto, todo o conjunto A, ou seja, D = A.
é:
(A) 2 Contradomínio: Conjunto dos elementos que se colocam
(B) 4 à disposição para serem ou não imagem dos elementos de A.
(C) 8 Portanto, todo conjunto B, ou seja, CD = B.
(D) 12
Respostas Conjunto Imagem: Subconjunto do conjunto B formado por
todos os elementos que são imagens dos elementos do conjunto
01. Resposta: C. A, ou seja, no exemplo anterior: Im = {a, b, c}.
3m-9≠0
3m≠9 Exemplo
m≠3
Consideremos os conjuntos A = {0, 1, 2, 3, 5} e B = {0, 1, 2, 3,
02. Resposta: D. 4, 5, 6, 7, 8}.

Como as raízes foram dadas, para saber qual a equação: Vamos definir a função f de A em B com f(x) = x + 1.
x²-Sx+P=0
Tomamos um elemento do conjunto A, representado por
x, substituímos este elemento na sentença f(x), efetuamos as
operações indicadas e o resultado será a imagem do elemento
x, representada por y.

Raciocínio Lógico 36
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APOSTILAS OPÇÃO

f: A  B F(x) é sobrejetora
y = f(x) = x + 1 G(X) não é sobrejetora,
Tipos de Função Bijetora: Quando apresentar as características de função
injetora e ao mesmo tempo, de sobrejetora, ou seja, elementos
Injetora: Quando para ela elementos distintos do domínio distintos têm sempre imagens distintas e todos os elementos
apresentam imagens também distintas no contradomínio. do contradomínio são imagens de pelo menos um elemento do
domínio.

Função crescente: A função f(x), num determinado


Reconhecemos, graficamente, uma função injetora quando, intervalo, é crescente se, para quaisquer x1 e x2 pertencentes a
uma reta horizontal, qualquer que seja interceptar o gráfico da este intervalo, com x1<x2, tivermos f(x1)<f(x2).
função, uma única vez.

x1<x2 → f(x1)<f(x2)
G(x) não é injetora, pois intercepta o gráfico mais de uma vez
F(x) é injetora Função decrescente: Função f(x), num determinado
intervalo, é decrescente se, para quaisquer x1 e x2 pertencente a
Sobrejetora: Quando todos os elementos do contradomínio este intervalo, com x1 < x2, tivermos f(x1)>f(x2).
forem imagens de pelo menos um elemento do domínio.

Reconhecemos, graficamente, uma função sobrejetora


quando, qualquer que seja a reta horizontal que interceptar o x1<x2 → f(x1)>f(x2)
eixo no contradomínio, interceptar, também, pelo menos uma
vez o gráfico da função. Função constante: A função f(x), num determinado
intervalo, é constante se, para quaisquer x1 < x2, tivermos f(x1)
= f(x2).

Raciocínio Lógico 37
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APOSTILAS OPÇÃO

Gráficos de uma Função

A apresentação de uma função por meio de seu gráfico é


muito importante, não só na Matemática como nos diversos
ramos dos estudos científicos.
Consideremos a função f(x) = ax + b com a ≠ 0, em que x0 é a
Exemplo raiz da função f(x).

Consideremos a função real f(x) = 2x – 1. Vamos construir


uma tabela fornecendo valores para x e, por meio da sentença
f(x), obteremos as imagens y correspondentes.

x y = 2x – 1
–2 –5
–1 –3
0 –1
1 1
2 3
3 5 Conclusão: O gráfico de uma função do 1º grau é uma reta
Transportados os pares ordenados para o plano cartesiano, crescente para a > 0 e uma reta decrescente para a < 0.
vamos obter o gráfico correspondente à função f(x).
Zeros da Função do 1º grau:

Chama-se zero ou raiz da função do 1º grau y = ax + b o valor


de x que anula a função, isto é, o valor de x para que y seja igual
à zero.
Assim, para achar o zero da função y = ax + b, basta resolver
a equação ax + b = 0.

Exemplo

Determinar o zero da função:


y = 2x – 4.
2x – 4 = 0
Exemplo para a > 0 2x = 4
Consideremos f(x) = 2x – 1.
4
x=
2
x=2

O zero da função y = 2x – 4 é 2.

No plano cartesiano, o zero da função do 1º grau é


representado pela abscissa do ponto onde a reta corta o eixo x.

x y (x,y)
1 –2 (1, –2)
3 2 (3,2)

Exemplo para a < 0


Consideremos f(x) = –x + 1.

Raciocínio Lógico 38
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APOSTILAS OPÇÃO
gráfico:

Observe que a reta y = 2x – 4 intercepta o eixo x no ponto - Para x = 2 temos y = 0;


(2,0), ou seja, no ponto de abscissa 2, que é o zero da função. - Para x > 2 temos y > 0;
Conhecido o zero de uma função do 1º grau e lembrando - Para x < 2 temos y < 0.
a inclinação que a reta pode ter, podemos esboçar o gráfico da
função. Relação Binária
Estudo do sinal da função do 1º grau: Par Ordenado
Estudar o sinal da função do 1º grau y = ax + b é determinar Quando representamos o conjunto (a, b) ou (b, a) estamos,
os valores reais de x para que: na verdade, representando o mesmo conjunto. Porém, em alguns
casos, é conveniente distinguir a ordem dos elementos.
- A função se anule (y = 0); Para isso, usamos a idéia de par ordenado. A princípio,
- A função seja positiva (y > 0);
trataremos o par ordenado como um conceito primitivo e vamos
- A função seja negativa (y < 0).
utilizar um exemplo para melhor entendê-lo. Consideremos
um campeonato de futebol e que desejamos apresentar, de
Exemplo
cada equipe, o total de pontos ganhos e o saldo de gols. Assim,
para uma equipe com 12 pontos ganhos e saldo de gols igual
Estudar o sinal da função y = 2x – 4 (a = 2 > 0).
a 18, podemos fazer a indicação (12, 18), já tendo combinado,
a) Qual o valor de x que anula a função? previamente, que o primeiro número se refere ao número de
pontos ganhos, e o segundo número, ao saldo de gols.
y=0 Portanto, quando tivermos para outra equipe a informação
2x – 4 = 0 de que a sua situação é (2, -8) entenderemos, que esta equipe
2x = 4 apresenta 2 pontos ganhos e saldo de gols -8. Note que é
importante a ordem em que se apresenta este par de números,
4 pois a situação (3, 5) é totalmente diferente da situação (5,3).
x=
2 Fica, assim, estabelecida a idéia de par ordenado: um par de
x=2 valores cuja ordem de apresentação é importante.

A função se anula para x = 2. Observações: (a, b) = (c, d) se, e somente se, a = c e b = d


(a, b) = (b, a) se, o somente se, a = b
b) Quais valores de x tornam positiva a função?
Produto Cartesiano
y>0
2x – 4 > 0 Dados dois conjuntos A e B, chamamos de produto cartesiano
2x > 4 A x B ao conjunto de todos os possíveis pares ordenados, de tal
maneira que o 1º elemento pertença ao 1º conjunto (A) e o 2º
4 elemento pertença ao 2º conjunto (B).
x>
2
x>2 A x B= {(x, y ) / x ∈ A e y ∈ B}
A função é positiva para todo x real maior que 2. Quando o produto cartesiano for efetuado entre o conjunto
A e o conjunto A, podemos representar A x A = A2. Vejamos,
por meio de o exemplo a seguir, as formas de apresentação do
c) Quais valores de x tornam negativa a função?
produto cartesiano.
y<0
Exemplo
2x – 4 < 0
2x < 4
Sejam A = {1, 4, 9} e B = {2, 3}. Podemos efetuar o produto
4 cartesiano A x B, também chamado A cartesiano B, e apresentá-
x<2 lo de várias formas.
x<2 a) Listagem dos elementos
A função é negativa para todo x real menor que 2. Apresentamos o produto cartesiano por meio da listagem,
quando escrevemos todos os pares ordenados que constituam o
Podemos também estudar o sinal da função por meio de seu conjunto. Assim, no exemplo dado, teremos:

Raciocínio Lógico 39
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APOSTILAS OPÇÃO
função, precisamos limitar o conjunto de partida, eliminando
A e B = {(1, 2),(1, 3),(4, 2),(4, 3),(9, 2),(9, 3)} do conjunto dos números reais os elementos que, para essa
sentença, não apresentam imagem. Nesse caso, bastaria
Vamos aproveitar os mesmo conjuntos A e B e efetuar o estabelecermos como domínio da função f(x) o conjunto D = {x
produto B e A (B cartesiano A): B x A = {(2, 1),(2, 4),(2, 9),(3, ∈ R/x ≥ 1}.
1),(3, 4),(3, 9)}. Para determinarmos o domínio de uma função, portanto,
basta garantirmos que as operações indicadas na sentença são
Observando A x B e B x A, podemos notar que o produto possíveis de serem executadas. Dessa forma, apenas algumas
cartesiano não tem o privilégio da propriedade comutativa, ou situações nos causam preocupação e elas serão estudadas a
seja, A x B é diferente de B x A. Só teremos a igualdade A x B = B seguir.
x A quando A e B forem conjuntos iguais.
f ( x) f(x)≥(n ∈ N*)
2n
1ª y=
Observação: Considerando que para cada elemento do 1
conjunto A o número de pares ordenados obtidos é igual ao 2ª y= f ( x( ⇒ f(x)≠0
número de elementos do conjunto B, teremos: n(A x B) = n(A) Vejamos alguns exemplos de determinação de domínio de
x n(B). uma função real.

b) Diagrama de flechas Exemplos

Apresentamos o produto cartesiano por meio do diagrama Determine o domínio das seguintes funções reais.
de flechas, quando representamos cada um dos conjuntos no
diagrama de Euler-Venn, e os pares ordenados por “flechas” - f(x)=3x2 + 7x – 8
que partem do 1º elemento do par ordenado (no 1º conjunto) e D=R
chegam ao 2º elemento do par ordenado (no 2º conjunto).
- f(x)= x + 7
Considerando os conjuntos A e B do nosso exemplo, o
x – 7 ≥ 0→ x ≥ 7
produto cartesiano A x B fica assim representado no diagrama
D = {x ∈ R/x ≥ 7}
de flechas:
- f(x)= 3
x +1
D=R

Observação: Devemos notar que, para raiz de índice impar,


o radicando pode assumir qualquer valor real, inclusive o valor
negativo.
3
- f(x)=
x +8
x + 8 > 0 → x > -8
D = {x ∈ R/x > -8}
x+5
- f(x)=
x −8
c) Plano cartesiano
x–5≥0→x≥5
Apresentamos o produto cartesiano, no plano cartesiano, x–8≥0→x≠8
quando representamos o 1º conjunto num eixo horizontal, e D = {x ∈ R/x ≥ 5 e x ≠ 8}
o 2º conjunto num eixo vertical de mesma origem e, por meio
de pontos, marcamos os elementos desses conjuntos. Em cada Questões
um dos pontos que representam os elementos passamos retas
(horizontais ou verticais). Nos cruzamentos dessas retas, 01 (FUNDAÇÃO CASA – AGENTE EDUCACIONAL –
teremos pontos que estarão representando, no plano cartesiano, VUNESP) Para o desenvolvimento do adolescente no seu
processo socioeducativo, o autoconhecimento é fundamental
cada um dos pares ordenados do conjunto A cartesiano B (B x A).
e ter consciência do próprio corpo, por exemplo, é muito
importante. Considere que a figura representa a relação entre o
peso de uma pessoa, em kg, e a idade dela em anos

Domínio de uma Função Real

Para uma função de R em R, ou seja, com elementos no


conjunto dos números reais e imagens também no conjunto A partir da figura, é correto concluir que, quando essa pessoa
dos números reais, será necessária, apenas, a apresentação da estava com 13 anos e 6 meses, o peso dela, em kg, era
sentença que faz a “ligação” entre o elemento e a sua imagem. (A) 43.
Porém, para algumas sentenças, alguns valores reais não (B) 44.
apresentam imagem real. (C) 45.
Por exemplo, na função f(x) = ( x − 1) , o número real 0 não (D) 46.
apresenta imagem real e, portanto, f(x) características de (E) 47.

Raciocínio Lógico 40
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APOSTILAS OPÇÃO
02 (PREF. JUNDIAI/SP – ELETRICISTA – MAKIYAMA) Em Exemplo
determinado estacionamento cobra-se R$ 3,00 por hora que o
veículo permanece estacionado. Além disso, uma taxa fixa de - y = x2 – 5x + 4, sendo a = 1, b = –5 e c = 4
R$ 2,50 é somada à tarifa final. Seja t o número de horas que - y = x2 – 9, sendo a = 1, b = 0 e c = –9
um veículo permanece estacionado e T a tarifa final, assinale a - y = x2, sendo a = 1, b = 0 e c = 0
seguir a equação que descreve, em reais, o valor de T:
(A) T=3t Representação gráfica da Função do 2º grau
(B) T=3t + 2,50
(C) T=3t + 2.50t Exemplo
(D) T=3t + 7,50
(E) T=7,50t + 3 Se a função f de R em R definida pela equação y = x2 – 2x
– 3. Atribuindo à variável x qualquer valor real, obteremos em
03 (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESGRANRIO) correspondência os valores de y:
O gráfico abaixo apresenta o consumo médio de oxigênio, em
função do tempo, de um atleta de 70 kg ao praticar natação.

Considere que o consumo médio de oxigênio seja diretamente


proporcional à massa do atleta. Qual será, em litros, o consumo
médio de oxigênio de um atleta de 80 kg, durante 10 minutos de
prática de natação?
(A) 50,0
(B) 52,5
(C) 55,0
(D) 57,5 Para x = –2 temos y = (–2)2 – 2(–2) –3 = 4 + 4 – 3 = 5
(E) 60,0 Para x = –1 temos y = (–1)2 – 2(–1) –3 = 1 + 2 – 3 = 0
Para x = 0 temos y = (0)2 – 2(0) –3 = – 3
Para x = 1 temos y = (1)2 – 2(1) –3 = 1 – 2 – 3 = –4
Respostas Para x = 2 temos y = (2)2 – 2(2) –3 = 4 – 4 – 3 = –3
Para x = 3 temos y = (3)2 – 2(3) –3 = 9 – 6 – 3 = 0
01 Resposta: C. Para x = 4 temos y = (4)2 – 2(4) –3 = 16 – 8 – 3 = 5
13 anos e 6 meses=13,5 anos
x y (x,y)
–2 5 (–2,5)
X=45
–1 0 (–1,0)
02. Resposta: B. 0 –3 (0, –3)
3 deve ser multiplicado por t, pois depende da quantidade 1 –4 (1, –4)
de tempo, e acrescentado 2,50 fixo 2 –3 (2, –3)
T=3t+2,50
3 0 (3,0)
03 Resposta: E. 4 5 (4,5)
A proporção de oxigênio/tempo:
O gráfico da função de 2º grau é uma curva aberta chamada
parábola.
O ponto V indicado na figura chama-se vértice da parábola.
4x=210
X=52,5 litros de oxigênio em 10 minutos para uma pessoa Concavidade da Parábola
de 70 kg
No caso das funções do 2º grau, a parábola pode ter sua
52,5litros----70kg concavidade voltada para cima (a > 0) ou voltada para baixo (a
x-------------80kg < 0).
x=60 litros

Função do 2º Grau

Chama-se função do 2º grau ou função quadrática toda


função f de R em R definida por um polinômio do 2º grau da
forma f(x) = ax2 + bx + c ou y = ax2 + bx + c , com a, b e c reais e
a ≠ 0. a>0 a<0

Raciocínio Lógico 41
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APOSTILAS OPÇÃO
Podemos por meio do gráfico de uma função, reconhecer o
seu domínio e o conjunto imagem.

Consideremos a função f(x) definida por A = [a, b] em R.

Coordenadas do vértice da parábola

A parábola que representa graficamente a função do 2º grau


apresenta como eixo de simetria uma reta vertical que intercepta
Domínio: Projeção ortogonal do gráfico da função no eixo x. o gráfico num ponto chamado de vértice.
Assim, D = [a, b] = A As coordenadas do vértice são:

−b −∆
xV = yV =
2a e 4a

Vértice (V)

Conjunto Imagem: Projeção ortogonal do gráfico da função


no eixo y. Assim, Im = [c, d].

O Conjunto Imagem de uma função do 2º grau está associado


ao seu ponto extremo, ou seja, à ordenada do vértice (yv).

Exemplo
Zeros da Função do 2º grau
Vamos determinar as coordenadas do vértice da parábola da
As raízes ou zeros da função quadrática f(x) = ax2 + bx + c são seguinte função quadrática: y = x2 – 8x + 15.
os valores de x reais tais que f(x) = 0 e, portanto, as soluções da
equação do 2º grau. Cálculo da abscissa do vértice:
ax + bx + c = 0
2 − b − (− 8) 8
xV = = = =4
2a 2(1) 2
A resolução de uma equação do 2º grau é feita com o auxílio Cálculo da ordenada do vértice:
da chamada “fórmula de Bhaskara”. Substituindo x por 4 na função dada:
−b± ∆
x= Onde = b2 – 4.a.c yV = (4)2 – 8(4) + 15 = 16 – 32 + 15 = –1
2.a
Logo, o ponto V, vértice dessa parábola, é dado por V (4, –1).
As raízes (quando são reais), o vértice e a intersecção com o
eixo y são fundamentais para traçarmos um esboço do gráfico de Valor máximo e valor mínimo da função do 2º grau
uma função do 2º grau.
- Se a > 0, o vértice é o ponto da parábola que tem ordenada
mínima. Nesse caso, o vértice é chamado ponto de mínimo e a
ordenada do vértice é chamada valor mínimo da função;
- Se a < 0, o vértice é o ponto da parábola que tem ordenada
máxima. Nesse caso, o vértice é ponto de máximo e a ordenada
do vértice é chamada valor máximo da função.

Raciocínio Lógico 42
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APOSTILAS OPÇÃO
Zeros da função: Esboço do gráfico:

Construção do gráfico da função do 2º grau


Para x < 2 ou x > 4 temos y > 0
- Determinamos as coordenadas do vértice;
Para x = 2 ou x = 4 temos y = 0
- Atribuímos a x valores menores e maiores que xv e
Para 2 < x < 4 temos y < 0
calculamos os correspondentes valores de y;
- Construímos assim uma tabela de valores; y = x2 – 6x + 8
- Marcamos os pontos obtidos no sistema cartesiano;  = (–6)2 – 4(1)(8)
- Traçamos a curva.  = 36 – 32 = 4
∆= 4=2
Exemplo 6+2 8
= =4
2 2
y = x2 – 4x + 3 6±2
x=
2
Coordenadas do vértice: 6−2 4
= =2 Para 2 < x < 4 temos y < 0
2 2
− b − (− 4 ) 4
xV = = = =2 V (2, –1)
2a 2(1) 2 Questões
yV = (2)2 – 4(2) + 3 = 4 – 8 + 3 = –1
01 (PM/SP – OFICIAL – VUNESP) Na figura, tem-se o gráfico
de uma parábola.
Tabela:

Para x = 0 temos y = (0)2 – 4(0) + 3 = 0 – 0 + 3 = 3


Para x = 1 temos y = (1)2 – 4(1) + 3 = 1 – 4 + 3 = 0
Para x = 3 temos y = (3)2 – 4(3) + 3 = 9 – 12 + 3 = 0
Para x = 4 temos y = (4)2 – 4(4) + 3 = 16 – 16 + 3 = 3

x y (x,y)
0 3 (0,3)
1 0 (1,0)
2 –1 (2,–1)Vértice
Os vértices do triângulo AVB estão sobre a parábola, sendo
3 0 (3,0) que os vértices A e B estão sobre o eixo das abscissas e o vértice
4 3 (4,3) V é o ponto máximo da parábola. A área do triângulo AVB, cujas
medidas dos lados estão em centímetros, é, em centímetros
Gráfico: quadrados, igual a
(A) 8.
(B) 9.
(C) 12.
(D) 14.
(E) 16.

02 (IPEM – TÉCNICO EM METROLOGIA E QUALIDADE –


VUNESP) A figura ilustra um arco decorativo de parábola AB
sobre a porta da entrada de um salão:

Estudos do sinal da função do 2º grau

Estudar o sinal de uma função quadrática é determinar os


valores reais de x que tornam a função positiva, negativa ou nula. Considere um sistema de coordenadas cartesianas com
centro em O, de modo que o eixo vertical (y) passe pelo ponto
Exemplo mais alto do arco (V), e o horizontal (x) passe pelos dois pontos
de apoio desse arco sobre a porta (A e B).
y = x2 – 6x + 8 Sabendo-se que a função quadrática que descreve esse arco é

Raciocínio Lógico 43
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APOSTILAS OPÇÃO
f(x) = – x²+ c, e que V = (0; 0,81), pode-se afirmar que a distância - o número 24 e os seus divisores naturais:
, em metros, é igual a D+ (24) = {1, 2, 3, 4, 6, 8, 12, 24}.
(A) 2,1.
(B) 1,8. Podemos descrever, agora, os divisores comuns a 18 e 24:
(C) 1,6. D+ (18) D+ (24) = {1, 2, 3, 6}.
(D) 1,9.
(E) 1,4. Observando os divisores comuns, podemos identificar o
maior divisor comum dos números 18 e 24, ou seja: MDC (18,24)
03 (PARANAEDUCAÇÃO – MOTORISTA – UEL/COPS) = 6.
Considere o gráfico da função f a seguir.
Outra técnica para o cálculo do MDC:

Decomposição em fatores primos

Para obtermos o mdc de dois ou mais números por esse


processo, procedemos da seguinte maneira:

- Decompomos cada número dado em fatores primos.


- O mdc é o produto dos fatores comuns obtidos, cada um
deles elevado ao seu menor expoente.

Exemplo

Com base no gráfico, assinale a alternativa correta. Achar o mdc entre 300 e 504.
(A) f(-2) < 0
(B) f(0) = -3
(C) f(1/2) > 0
(D) f(1) = 1
(E) f(2) < 0

Respostas

01. Resposta: A.
As raízes são -1 e 3

Sendo função do 2º grau: -(x²-Sx+P)=0(concavidade pra


baixo a<0) 300 = 22 . 3 . 52
-x²+Sx-P=0 504 = 23 . 32 . 7
S=-1+3=2 mdc (300, 504) = 22 . 3 = 4 . 3 = 12
P=-1⋅3=-3
MMC
-
O mínimo múltiplo comum de dois ou mais números é o
menor número positivo que é múltiplo comum de todos os
números dados. Consideremos:

- O número 6 e os seus múltiplos positivos:


M*+ (6) = {6, 12, 18, 24, 30, 36, 42, 48, 54, ...}
Base: -1até 0 e 0 até 3
Base: 1+3=4
- O número 8 e os seus múltiplos positivos:
M*+ (8) = {8, 16, 24, 32, 40, 48, 56, 64, ...}

Podemos descrever, agora, os múltiplos positivos comuns:


02 Resposta: B. M*+ (6) M*+ (8) = {24, 48, 72, ...}
C=0,81, pois é exatamente a distância de V
F(x)=-x²+0,81 Observando os múltiplos comuns, podemos identificar o
0=-x²+0,81 mínimo múltiplo comum dos números 6 e 8, ou seja: MMC (6,8)
X²=0,81 = 24
X=±0,9
A distância AB é 0,9+0,9=1,8 Outra técnica para o cálculo do MMC:
03 Resposta: B. Decomposição isolada em fatores primos
f(-2)>0 Para obter o mmc de dois ou mais números por esse
f(0)=-3 processo, procedemos da seguinte maneira:
F(1/2)<0
F(1)<0 - Decompomos cada número dado em fatores primos.
F(2)=0 - O mmc é o produto dos fatores comuns e não-comuns, cada
um deles elevado ao seu maior expoente.
MDC – O máximo divisor comum de dois ou mais números Exemplo
é o maior número que é divisor comum de todos os números
dados. Consideremos: Achar o mmc entre 18 e 120.

- o número 18 e os seus divisores naturais:


D+ (18) = {1, 2, 3, 6, 9, 18}.

Raciocínio Lógico 44
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APOSTILAS OPÇÃO
06 (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESGRANRIO)
Seja x um número natural tal que o mínimo múltiplo comum
entre x e 36 é 360, e o máximo divisor comum entre x e 36 é 12.
Então, a soma dos algarismos do número x é
(A) 3
(B) 5
(C) 9
(D) 16
(E) 21
Respostas

18 = 2 . 32 01 Resposta: B.
120 = 23 . 3 . 5 Para saber quantas semanas, temos que achar o mmc(3,4,7)
mmc (18, 120) = 23 . 32 . 5 = 8 . 9 . 5 = 360
Questões
01 (SAP/SP - AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIA
DE CLASSE I – VUNESP) Uma pizzaria funciona todos os dias
da semana e sempre tem promoções para seus clientes. A cada
4 dias, o cliente tem desconto na compra da pizza de calabresa;
a cada 3 dias, na compra de duas pizzas, ganha uma mini pizza
doce, e uma vez por semana tem a promoção de refrigerantes. Se
hoje estão as três promoções vigentes, esse ocorrido voltará a
acontecer daqui a quantas semanas? M.m.c. (3,4,7)=2.2.3.7=84
(A) 40. A promoção volta a acontecer 84 dias
(B) 12. 1 semana—7 dias
(C) 84. x-----------84
(D) 22.
(E) 7. x=12 semanas

02 (PGE/BA – ASSISTENTE DE PROCURADORIA – FCC) O 02 Resposta: B.


número de times que compõem a liga de futebol amador de um
bairro, que é menor do que 50, permite que as equipes sejam
divididas em grupos de 4,6 ou 8 componentes, sem que sobrem
times sem grupo. Tendo apenas essas informações, é possível
concluir que a liga é composta por x ou por y times. A soma x+y
é igual a
(A) 96
(B) 72
(C) 60
(D) 120
(E) 80
03 (DAE AMERICANAS/SP – ANALISTA ADMINSTRATIVO O m.m.c.(4,6,8)=24
– SHDIAS) O menor múltiplo comum de 60 e 75 é: Depois do 24, o número 48 é o próximo múltiplo e menor
(A) 150. que 50
(B) 300. X+y=24+48=72
(C) 450.
(D) 600. 03 Resposta: B.
04 (SEAP – AGENTE DE ESCOLTA E VIGILÂNCIA
PENITENCIÁRIA – VUNESP) Um funcionário de um depósito de
louças está formando pilhas nas prateleiras, todas com a mesma
quantidade de pratos, e percebeu que com os pratos disponíveis
seria possível formar pilhas com 12, ou com 10, ou com 14
pratos em cada uma das pilhas, não sobrando nenhum prato. O
menor número de pratos que esse funcionário está arrumando
nas prateleiras é
(A) 420.
(B) 460.
(C) 380.
(D) 360.
(E) 500. M.m.c.(60,75)=2.2.3.5.5=300
05 (UFABC/SP – TRADUTOR E INTÉRPRETE DE 04 Resposta: A.
LINGUAGENS DE SINAIS – VUNESP) Três consultores de uma
empresa prestam serviços em diversas cidades do país. Eles
passam a maior parte do tempo nessas cidades e retornam à Vamos achar o m.m.c.(10, 12, 14)
sede da empresa por apenas um dia, ao término de cada serviço.
Paulo sempre retorna à sede da empresa a cada 3 dias, Pedro
sempre retorna a cada 8 dias, e Plínio sempre retorna a cada 12
dias. Sabendo-se que no dia 1 de agosto esses três funcionários
estavam na sede da empresa, o número de vezes em que os três
voltarão a se encontrar na sede da empresa, até o dia 20 de
dezembro, será
(A) 4.
(B) 5.
(C) 6.
(D) 7.
(E) 8.
m.m.c.(10,12,14)=420

Raciocínio Lógico 45
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APOSTILAS OPÇÃO
05 Resposta: B.

m.m.c.(3, 8, 12)=24 Os ângulos ABC e DÊF têm mesma medida, logo são
congruentes.
A cada 24 dias, eles se encontram. .
Agosto=31 dias Bissetriz de um ângulo
Setembro=30 dias
Outubro=31 dias Bissetriz de um ângulo é a semirreta que divide o ângulo
Novembro =30 dias em dois ângulos de mesma medida, isto é, em dois ângulos
Dezembro=20 dias congruentes.

Soma dos dias dos meses=31+30+31+30+20=142 dias

06 Resposta: A.
𝑥𝑥 ∙ 36 = 𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚(𝑥𝑥, 36) ∙ 𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚(𝑥𝑥, 36)
36𝑥𝑥 = 360 ∙ 12
𝑥𝑥 = 120
Soma: 1+2+0=3

Geometria Básica Ângulos complementares e suplementares


Ângulo Dois ângulos são complementares quando a soma de suas
Um ângulo é uma figura formada por duas semirretas de medidas é 90 º.
mesma origem. Sabendo que a medida de um ângulo agudo, em graus, é x, a
medida do complemento desse ângulo é dada por ( 90 – x).

→ →
Os lados são as semirretas OA e OB , ambas de origem em O
e infinitas. O ponto O é o vértice do ângulo AÔB. Os ângulos a e b são complementares (b é o complemento de
O instrumento usado para medir ângulo é o transferidor, que a, e a é o complemento de b.)
tem como unidade o grau. Dois ângulos são suplementares quando a soma de suas
Um ângulo cuja medida é: medidas é 180º.
- igual a 90º é um ângulo reto Sabendo que y é a medida de um ângulo, em graus, então a
- maior que 90º e menor que 180º é um ângulo obtuso medida do suplemento desse ângulo é dada por ( 180 – y).
- menor que 90º e maior que 0º é um ângulo agudo
- igual a 180º é um ângulo raso ou de meia volta

Os ângulos a e b são suplementares. O ângulo a é agudo e o


ângulo b é obtuso.

Ângulos consecutivos

Dois ângulos são chamados consecutivos se um dos lados de


um deles coincide com um dos lados do outro.

Ângulos congruentes

Dois ângulos cujas medidas são iguais são congruentes

Raciocínio Lógico 46
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APOSTILAS OPÇÃO


Os ângulos AÔC e AÔB são consecutivos. O lado OB é comum 2. Retângulo e Paralelogramo: A = b . h (b é a base e h é a
aos dois ângulos. altura)

Ângulos adjacentes

São ângulos que possuem um lado comum, mas não existe


ponto comum entre eles.

D.d
3. Losango : A = ( D é a medida da diagonal maior e d é
2
a diagonal menor)


Os ângulos AÔB e BÔC são adjacentes. O lado O
B é comum
aos dois ângulos e não existe ponto interno comum aos dois
ângulos.

Ângulos Opostos pelo vértice

Dois ângulos são opv quando os lados de um deles são


semirretas opostas aos lados do outro. Ângulos opv são 4. a) Triângulo : A = b.h (b é a medida da base e h é a altura)
congruentes. 2

a2 3
b) Triângulo equilátero: A = 4 ( a é a medida do lado)
Lembrar que o triângulo equilátero tem os três lados de
Os ângulos AÔB e CÔD são opv. mesma medida.
A geometria plana, também chamada geometria elementar
ou Euclidiana, teve início na Grécia antiga. Esse estudo analisava
as diferentes formas de objetos.
Na geometria plana as formas geométricas mais conhecidas
são os triângulos, quadriláteros (quadrado, retângulo, trapézio,
paralelogramo), círculo e circunferência, e, alguns polígonos que
recebem nomes especiais de acordo com o n° de lados.
Na geometria espacial estudamos as figuras que possuem
mais de duas dimensões. Essas figuras recebem o nome de
sólidos geométricos e são conhecidos como: prisma (cubo, c) Triângulo qualquer em que sabemos as medidas dos três
paralelepípedo), pirâmides, cone, cilindro, esfera. lados e não conhecemos a altura: A = p ( p − a )( p − b)( p − c)
O espaço ocupado por uma figura plana é a sua área (p é o semi perímetro, ou seja, a metade do perímetro; a, b, c são
que estudaremos a seguir com as fórmulas para cada forma as medidas dos lados do triângulo).
geométrica. p = a+b+c
Perímetro e área de figuras planas 2
Perímetro é a soma de todos os lados de qualquer figura
plana. È o contorno da figura. No caso da circunferência
temos uma fórmula: C = 2 π . r , onde C é o comprimento da
circunferência, r é o raio da circunferência e π = 3,14.
Área é a medida da superfície da figura plana. Para calcular a
área de uma figura precisamos saber a sua fórmula. As fórmulas
das figuras planas mais usadas são:
2
1. Quadrado : A= l . l ou A = l ( l é a medida do lado )
( B + b). h
5. Trapézio : A = (B é a medida da base maior, b
2
é a base menor e h é a altura)

Raciocínio Lógico 47
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APOSTILAS OPÇÃO
pela fórmula C = 2. π.R (C: comprimento; considere π igual a 3,1
nessa questão; R : raio da roda). O número mínimo de voltas
completas (desconsidere qualquer arrasto ou patinar da roda)
para que uma dessas rodas percorra 1 km, é
(A) 248.
(B) 620.
(C) 800.
(D) 404.
(E) 992.
Respostas
6. Hexágono regular : Um hexágono regular é formado por
6 triângulos equiláteros, portanto a área de um hexágono é 6 01. Resposta: B.
vezes a área de cada um desses triângulos.
A = 3.a 2 . 3 ( a é a medida do lado do hexágono) lado: x
2 x²=A
(x+3)²=A+39
x²+6x+9=A+39
Substituindo:
A+6x+9=A+39
6x=30
x=5
diagonal do quadrado:

02. Resposta: B.

Círculo e circunferência
Circunferência é apenas o contorno. Ex: aliança, bambolê
Círculo é cheio , podemos calcular a área do círculo, ou seja,
a superfície ocupada. Ex: pizza.
Para calcular o comprimento de uma circunferência usamos Área=10m²
a fórmula: Com a faixa:
C = 2. π . r ( r é a medida do raio e π vale 3,14)
Para calcular a área do círculo usamos a fórmula:
A = π .r ( r é a medida do raio e π vale 3,14)
2

Área=11,44m²
Aumento:11,44-10=1,44m²
10----100%
1,44---x
X=14,4%
Questões
03. Resposta: D.
01 (CREA/PR – AGENTE ADMINISTRATIVO – FUNDATEC) C=2πr=2.3,1.0,4=2,48m
Acrescendo 3cm ao lado de um quadrado, a área aumentará em 1km=1000m
39cm². Nesse sentido, a medida da diagonal do quadrado inicial 1000:2,48=404
é
(A) 5cm Volume do cubo
(B) 5√2 cm O volume de um cubo é determinado através do produto da
(C) 6cm área da base pela altura, como já sabemos as arestas do cubo
(D) 10√2cm possuem medidas iguais, então temos que
(E) 8cm V = Ab .h ou V = a . a . a → V = a³. Observe:

02 (METRO/SP - AGENTE DE SEGURANÇA METROVIÁRIA


I - FCC) Para aumentar a área de um tapete retangular de 2 m
por 5 m foi costurada uma faixa em sua volta de exatos 10 cm
de largura e que manteve o formato retangular do tapete. A
porcentagem de aumento da área do tapete é igual a
(A) 12,2.
(B) 14,4.
(C) 20,4.
(D) 10,2.
(E) 10,4.
As unidades mais usadas para expressar capacidade são as
03 (METRO/SP - AGENTE DE SEGURANÇA METROVIÁRIA seguintes: m³ (metro cúbico), cm³ (centímetro cúbico), dm³ (de-
I - FCC) O raio de uma roda de trem mede, aproximadamente, 0,4 címetro cúbico). Onde respeitam as seguintes relações:
m. Sabendo que o comprimento de uma circunferência é dado 1 m³ = 1000 litros
1 dm³ = 1 litro

Raciocínio Lógico 48
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APOSTILAS OPÇÃO
Volume do cilindro A área total de um cone ou pirâmide é dada pela soma da
área da base com a área da lateral. A T = A L + A B
Todo cilindro possui uma base no formato de circunferência O volume do cone ou da pirâmide é um terço do produto da
de raio r e uma altura h. Seu volume é dado através da área da base pela altura. V = (A B .h): 3
multiplicação entre a área da base no formato circular e a Uma vez que a determinação de áreas e volumes tem um
medida da altura h. Observe: grande interesse prático, torna-se conveniente agrupá-las e
Área da base circular → Ab = π . r² relacioná-las num quadro-resumo:
Área da lateral → = 2π r h
Área total do cilindro → = 2 π r² + 2 π r h → = 2 π r (r + h)
Área Total Volume
Volume
V = Ab . h → V = π . r² . h Prisma At = Al + 2Ab V = Ab . h
Cilindro
Pirâmide At = Al + Ab V = (Ab . h) / 3
Cone

Questões

01 (SANEAGO – AGENTE DE INFORMÁTICA – IBEG)


Considere um chocolate com formato de cilindro circular reto,
com as medidas apresentadas na figura abaixo:

Área e volume do prisma

Chamamos de área lateral ( A L ) de um prisma à soma de


todas as áreas de suas faces laterais. A área total ( A t ) de um
prisma é a soma da área lateral com as áreas das bases . A t = A
∈+ O2 .volume
AB
de um prisma é obtido pelo produto da área da Após a primeira mordida, o chocolate restante apresenta
base e a medida da altura do prisma. V = A B . h ainda a forma de cilindro com 2/3 da altura. Com base nas
Ex: Determine a área da base, área lateral, a área total e o informações acima, assinale a alternativa correta:
volume de um prisma reto de altura 12 cm e cuja base é um
(A) O volume do chocolate apresentado na figura é
triângulo retângulo de catetos 6cm e 8 cm.
Resolução: Lembre-se : a área de um triângulo retângulo é superior a 42π cm³
(B) O volume do cilindro obtido após a mordida é inferior
cateto.cateto a 25 π cm³
2 (C) O volume do cilindro obtido após a mordida é 1/3 do
2
2 volume do cilindro apresentado na figura.
Cálculo da hipotenusa: a = 6 +8 2 = 36 + 64 = 100
(D) O volume do chocolate apresentado na figura vale 40
a= 100 = 10 cm π cm³
(E) A área da base do cilindro obtido após a mordida é 1/3
6.8 2 da área da base do cilindro apresentado na figura.
AB= = 24 cm
2
A L = 8 . 12 + 6 . 12 + 10 . 12 ⇒ A L = 288 cm
2 02 (SAP/SP - AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIA
A T = AL + 2. AB ⇒ A T = 288 + 2. 24 ⇒ A T = 336 cm DE CLASSE I – VUNESP) Uma piscina tem a forma de um
2
3
bloco retangular de base quadrada. Sua altura mede 2,8 m e o
V=AB .h ⇒ V = 24 . 12 ⇒ V = 288 cm lado da base quadrada mede 11 m. A piscina deve conter, no
máximo, ¾ de água para que as pessoas possam entrar e essa
Área e volume do paralelepípedo reto-retângulo
não transbordar. Assim sendo, a quantidade máxima de litros de
água que essa piscina pode conter é
A área total de superfície externa de um paralelepípedo reto-
(A) 338,8.
retângulo é a soma das áreas dos 6 retângulos congruentes 2 a 2.
(B) 220,5.
(C) 400,5.
(D) 308,0.
(E) 254,1.

03 (SEJUS/ES – AGENTE PENITENCIÁRIO – VUNESP)


A quantidade de certo líquido, correspondente a 3/4 de um
litro, será colocado em um recipiente de modo que ele fique
completamente cheio. Para isso foram selecionados 3 recipientes
com formas geométricas e medidas internas descritas a seguir:
A T = 2 (ab + bc + ac ) I. Um paralelepípedo reto retângulo de dimensões:
O volume do é o produto da área da base pela altura ou o comprimento 15 cm, largura 2,5 cm e altura 20 cm.
produto das 3 medidas ( altura, comprimento e largura) II. Um cilindro reto de raio da base 5 cm e altura 10 cm. (use
V = A B . h ou V = a . b . c π = 3)
3 III. Um cubo de aresta igual a 5 cm.
Caso particular : O volume do cubo de aresta a é: V = a
2
A área de um cubo é 6 vezes a área de cada face. A = 6.a
Dos 3 recipientes oferecidos, atende ao que foi proposto
Área e volume da pirâmide e do cone (A) I e II, apenas.
(B) I, II e III.
(C) I, apenas.

Raciocínio Lógico 49
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APOSTILAS OPÇÃO
(D) I e III, apenas.
(E) II e III, apenas.

04 (IPEM – TÉCNICO EM METROLOGIA E QUALIDADE


– VUNESP) O rompimento de uma adutora ocasionou o
vazamento de 1,08 x 107 litros de água em uma hora. Para melhor Anotações
dimensionar o fato, considere reservatórios iguais, com formato
de cilindros retos, de 8 m de diâmetro e de altura (h) igual a 15
m, e que o rompimento da adutora tenha despejado, em uma
hora, a quantidade de litros de água necessária para encher ————————————————————————
completamente n desses reservatórios, inicialmente vazios.
Desse modo, e usando π = 3, é correto afirmar que ————————————————————————
(A) n = 22.
(B) n = 15. ————————————————————————
(C) n = 20.
(D) n = 25. ————————————————————————
(E) n = 18.
————————————————————————
05 (HGA/SP – OFICIAL DE SAÚDE – CETRO) Um recipiente,
————————————————————————
em forma de paralelepípedo reto, tem 30cm de comprimento,
20cm de largura e 9cm de altura. ————————————————————————
Logo, é correto afirmar que, nesse recipiente, cabem
(A) 0,054 litros de água. ————————————————————————
(B) 0,54 litros de água.
(C) 5,4 litros de água. ————————————————————————
(D) 54 litros de água.
(E) 540 litros de água. ————————————————————————

Respostas ————————————————————————

01. Resposta: D. ————————————————————————


————————————————————————
V= π r²h
V=40 π cm³ ————————————————————————
Depois da mordida ————————————————————————
————————————————————————
————————————————————————
02. Resposta: E.
————————————————————————
————————————————————————
————————————————————————
Mas, como pode ter 3/4 do volume: ————————————————————————
————————————————————————
03. Resposta: A. ————————————————————————
¾ litro=750 ml
————————————————————————
I V=15.2,5.20=750 cm³=750 ml
————————————————————————
II V= πr².h=3.5².10=750 cm³=750 ml
————————————————————————
III V=a³=5³=125 cm³
————————————————————————
04. Resposta: B.
————————————————————————
V= πr².h
V= π.4².15=720 m³ ————————————————————————
1m³-1000litros
720m³=720000 litros=7,2.105 litros ————————————————————————
————————————————————————
————————————————————————
05. Resposta: C. ————————————————————————
V=30.20.9=5400 cm³=5400 ml=5,4 litros ————————————————————————
————————————————————————
————————————————————————

Raciocínio Lógico 50
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APOSTILAS OPÇÃO
Existem três tipos tradicionais básicos de estrutura organi-
zacional: a organização linear, a organização funcional e a orga-
nização linha-staff.

Organização Linear
É a estrutura organizacional mais simples e antiga, baseada
na autoridade linear. A autoridade linear é uma decorrência do
princípio da unidade de comando: significa que cada superior
tem autoridade única e absoluta sobre seus subordinados e que
Noções de Administração e Situações não a reparte com ninguém.
Gerenciais: I - Aspectos gerais da Ad- A organização linear ou estrutura linear tem suas origens na
ministração. Organizações como siste- organização dos antigos exércitos e na organização eclesiástica
mas abertos dos tempos medievais. Entre o superior e os subordinados exis-
tem linhas diretas e únicas de autoridade (que significa o direito
organizacional de exigir o cumprimento de ordens e execução de
tarefas) e de responsabilidade (que significa o dever ou incum-
Noções Básicas de Administração: Conceitos Básicos; Ti- bência de seguir ordens e executar tarefas). Devido a estas linhas
pos de Organização. de autoridade e responsabilidade ocorre a cadeia escalar.

As mudanças no ambiente organizacional estão cada vez Organização Funcional


mais frequentes, por isso as empresas precisam adaptar-se as A organização funcional é a estrutura organizacional que
variações e oscilações tanto do ambiente interno como externo. aplica o princípio funcional ou princípio da especialização das
Muitas dessas mudanças são inesperadas e ocorrem em fases de funções. O staff ou assessoria funcional decorre desse princípio,
extrema dificuldade das empresas, tornando o processo decisó- que separa, distingue e especializa. Na antiguidade, o staff era
rio ainda mais difícil, Assim, conforme surgem novas exigências constituído de chefes homéricos que aconselhavam os reis da
do mercado, as empresas também anseiam novas necessidades, Grécia e do conselho dos sábios que assessoravam os reis anglo-
para que seja possível acompanhar o dinamismo do mercado. saxões.
Esse processo composto por mudanças do ambiente externo Mais recentemente, nota-se que à medida que as empresas
e adaptações do ambiente interno faz com que as empresas tor- crescem e o seu ambiente se torna mutável e competitivo, au-
nem-se cada vez mais complexas, com processos cada vez mais menta consideravelmente a necessidade de órgãos especializa-
burocráticos. dos capazes de proporcionar conselhos e inovações rápidas e
Para entender de maneira clara o conceito e prática da Admi- substanciais. Essa flexibilidade indispensável à organização
nistração nas empresas, devemos compreender o significado de competitiva e inovadora é um dos principais fracassos da estru-
Organização, que neste caso, podemos entender como um grupo tura linear. Esta somente funciona em um ambiente estável e ro-
de pessoas ou indivíduos que se reúnem e interagem entre si, tineiro.
com um objetivo em comum. Taylor foi um dos defensores da organização funcional ao de-
Segundo Maximiano1, a Organização é uma combinação de frontar-se com o excessivo e variado volume de atribuições con-
esforços individuais que tem por finalidade realizar propósitos centradas nos mestres de produção de uma siderúrgica ameri-
coletivos. cana que adotava a organização linear. Achava que a especializa-
A Administração é o processo de conjugar recursos humanos ção do operário deveria ser acompanhada pela especialização
e materiais de forma a atingir fins desejados, através de uma or- dos supervisores e da gerência por meio da estrutura funcional.
ganização. É um processo de tomar decisões sobre objetivos e
recursos. Organização Linha-staff
Portanto, uma organização é um sistema que transforma re- Com o crescimento e complexidade das tarefas das empresas,
cursos em objetivos (produtos e serviços). Uma organização é a estrutura linear mostrou-se insuficiente para proporcionar efi-
composta pelo que também chamamos de inputs e outputs, ou ciência e eficácia. As unidades e posições de linha (que têm auto-
seja, toda organização possui os recursos diversos, tais como: ridade linear) passaram a se concentrar no alcance dos objetivos
tecnológicos, humanos, materiais, financeiros entre outros, que principais da empresa e a delegar autoridade sobre serviços es-
posteriormente passam por um processo de transformação que pecializados e atribuições marginais a outras unidades e posi-
são convergidos em objetivos, e claro os produtos ou serviços ções da empresa. Assim, as unidades e posições de linha se livra-
que são ofertados pela organização. ram de uma série de atividades e tarefas para se dedicarem ex-
clusivamente aos objetivos básicos da empresa, como produzir,
Sendo assim podemos definir uma organização como um vender etc. As demais unidades e posições da empresa que rece-
conjunto de recursos e sistemas que visam realizar um ou mais beram aqueles encargos passaram a denominar-se assessoria
objetivos, e que para alcança-los necessita das competências e (staff), cabendo-lhes a prestação de serviços especializados e de
habilidades dos profissionais envolvidos, que neste caso podem consultoria técnica, influenciando indiretamente o trabalho dos
ser considerados como os stakeholders, considerados como to- órgãos de linha por meio de sugestões, recomendações, consul-
dos aqueles indivíduos que estão envolvidos no negócio, os acio- toria, prestação de serviços como planejamento, controle, levan-
nistas, investidores, pesquisadores, fornecedores, concorrentes, tamentos, relatórios etc. Assim, os órgãos de staff assessoram os
clientes, funcionários, etc. órgãos de linha por meio de sua especialização técnica. Enquanto
Por meio dos processos, a organização transforma os recur- os especialistas de staff se aprofundam em um determinado
sos para produzir os resultados. Um processo é um conjunto ou campo de atividades, os gerentes de linha tornam-se os detento-
sequência de atividades interligadas, com começo, meio e fim, res da hierarquia da organização.
que utiliza os recursos, como trabalho humano e equipamentos,
para fornecer produtos e serviços.

1MAXIMIANO, A. C. Introdução à administração. 4. ed. São Paulo: Atlas,


1995.
Conhecimentos Específicos 1

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APOSTILAS OPÇÃO
Característica das Organizações - Preservam o conhecimento: as organizações com as univer-
A Organização é uma associação de pessoas para atingir uma sidades, museus e corporações são essenciais porque guardam e
finalidade definida e predeterminada, ou seja, sua missão. As protegem a maior parte do conhecimento que nossa civilização
pessoas que compõem a organização são seus sócios, dirigentes, juntou e registrou.
funcionários e voluntários, com objetivos e responsabilidades di- - Proporcionam carreiras: as organizações proporcionam aos
ferenciados, mas articulados em torno da missão da entidade. seus empregados uma fonte de sobrevivência.
Em razão de que o homem, isoladamente, não tem condições de
satisfazer todas as suas necessidades (necessidade é a falta ou As empresas
privação de alguma coisa de desejo do homem). Assim, por meio O objetivo principal das empresas é a produção de bens e ser-
da organização, é possível perseguir e alcançar objetivos, que se- viços que serão oferecidos no mercado de consumo.
riam intangíveis para uma pessoa. Cada empresa constitui uma criação particular, pois tem as
Toda organização quando criada é fundamentada com base suas próprias características, seus recursos, seus objetivos, etc.
em um propósito e primeiramente precisamos identificar se essa As empresas não são autônomas nem autossuficientes. Elas pre-
organização é de produtos (fabricação de carros, móveis, etc.) ou cisam ser administradas por pessoas qualificadas e são orienta-
serviços (assistência técnica, salão de beleza, etc.). das para o lucro: Lucro (retorno financeiro que excede o custo).
As organizações podem ser públicas ou privadas, com ou sem Assumem riscos, que neste caso os riscos envolvem tempo,
fins lucrativos, permanentes ou temporárias. dinheiro, recursos e esforços. As empresas não trabalham em
Organização pública é aquela mantida pelo poder público, condição de certeza, como já comentado anteriormente.
isto é, por qualquer nível de governo, federal, estadual ou muni- As empresas são dirigidas por uma filosofia de negócios: Os
cipal. administradores tomam decisões que se relacionam com merca-
Organização privada é a mantida pela iniciativa privada, isto dos, custos, preços, concorrência, governos, etc.
é, por pessoas, sócias da organização. Também existe a organiza- Segundo Chiavenato2, “É uma organização que utiliza recur-
ção mista, onde esforços públicos são combinados com privados. sos a fim de atingir determinados objetivos. É uma organização
Organização com fins lucrativos é aquela cujo objetivo é ge- social por ser uma associação de pessoas que trabalham em con-
rar lucro a partir das atividades por ela desenvolvidas, para dis- junto para a exploração de algum negócio.”
tribuí-los aos seus sócios.
Organização sem fins lucrativos não tem objetivo de lucro, A importância da Administração nas empresas
mas outras finalidades, como amparar os necessitados, desen- Nos dias atuais, a Administração nas empresas desempenha
volver atividades sociais (esportes, lazer), congregar pessoas. A um papel fundamental para o bom desempenho organizacional,
ausência da finalidade de lucro não impede que a organização levando em consideração o atual cenário do mercado, que é ex-
venda mercadorias ou preste serviços remunerados, mas o lucro tremamente volátil e vive em constante mudanças. Sendo assim
dessas atividades deve reverter somente para a organização, ja- a função da administração representa uma um fator substancial
mais para seus proprietários. para qualquer negócio, pois a Administração oferece ferramen-
Organização permanente é aquela constituída por prazo in- tas que servem de apoio ao administrador e fazem com que o
determinado, em princípio para sempre, sem que isso impeça processo decisório torne-se mais rápido, mais seguro, mais oti-
seu desaparecimento. Organização temporária é a constituída mizado, menos custoso, etc.
com uma finalidade específica, para desaparecer tão logo essa O profissional que utiliza a administração como meio de vida
atividade tenha sido concluída. A Petrobras é uma organização executa tarefas desde o nível hierárquico de supervisão elemen-
mista, permanente, com finalidade lucrativa. Um consórcio de tar até o nível de dirigente máximo da organização, assim como
empresas de engenharia constituído para construir uma estrada pode atuar em diferentes frentes como a Administração da Pro-
é uma organização privada, temporária, com finalidade lucrativa. dução, Administração Financeira, Administração de Recursos
Um hospital municipal e uma associação de moradores são orga- Humanos, Administração de Materiais, Administração de Esto-
nizações permanentes, sem fins lucrativos, o primeiro público e ques, Administração Mercadológica e Administração Geral. Em
segunda privada. cada nível ou em cada frente da Administração de empresas há
As organizações são instituições que compõem a sociedade uma dinâmica diferente, pois há um conjunto de variáveis con-
moderna. Elas podem ser: organizações lucrativas (as empresas) troláveis e incontroláveis. Isso afirma que não existe duas orga-
ou organizações não lucrativas (exército, igreja, os serviços pú- nizações iguais, assim como não existe duas pessoas idênticas.
blicos, as entidades filantrópicas, etc). Cada organização possui uma identidade pessoal que é pecu-
A nossa sociedade moderna e industrializada se caracteriza liar à sua gestão, ou seja, cada organização possui seus objetivos,
por ser uma sociedade composta de organizações. O homem mo- seu ramo de atividade, um ou mais produtos ou serviços que
derno passa a maior parte do tempo dentro de organizações, das oferta, uma missão e visão que cabe à sua cultura organizacional,
quais depende para nascer, viver, aprender, trabalhar, ganhar o seus pontos fortes e fracos, assim como cada uma possui amea-
seu salário, curar suas doenças, obter todos os produtos e servi- ças e oportunidades inerentes ao seu negócio, sua política em-
ços de que necessita etc. presarial, sua situação tecnológica e financeira, entre outros.
Qualquer organização é composta de: duas ou mais pessoas, Isso só confirma que cada organização é única, mas que todas
que interagem entre si, através de relações recíprocas, para atin- necessitam de uma administração eficiente e eficaz para conse-
gir objetivos comuns. guir agregar bons resultados.
Vale considerar também que as organizações não podem ser
Importância das Organizações estáticas, já que elas mesmas são compostas de seres humanos e
- Servem à sociedade: as organizações são instituições sociais são voltadas para um mercado consumidor em constante muta-
que refletem alguns valores e necessidades culturalmente acei- ção, além de operar em um ambiente externo altamente dinâ-
tos. mico.
- Realizam Objetivos: as organizações coordenam os esforços A evolução necessária das organizações traduz-se numa per-
de diferentes indivíduos, nos permitindo alcançar metas que, de manente readaptação das mesmas, para que possam atender às
outra forma, seriam muito mais difíceis ou até mesmo impossí- dinâmicas externas e internas.
veis de serem atingidas.

2Chiavenato, Idalberto. (2000). Teoria geral da administração. Vol I. 5.


ed. São Paulo: Campus
Conhecimentos Específicos 2

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APOSTILAS OPÇÃO
Devido à esse conjunto de particularidades que uma organi- nicação, interação, coordenação, liderança, motivação, desenvol-
zação possui é necessário que cada organização trace estratégias vimento pessoal, resolução de problemas, resiliência, capacidade
exclusivas às suas necessidades, de forma a gerar inovação e de arguição, etc.
competitividade. As habilidades humanas compõem a gestão participativa de
É preciso entender o contexto no qual a empresa opera. O uma empresa, também chamada de empowerment, a gestão par-
ambiente é todo universo que envolve externamente a empresa. ticipativa envolve a interação de diversas áreas e consequente-
É tudo fora dela, isto é, é a própria sociedade outras empresas e mente de um emaranhado de profissionais que juntos partici-
organizações, clientes, fornecedores, concorrentes, agências re- pam do processo de tomada de decisão, e dessa forma trabalham
guladoras. Isso porque as empresas não vivem no vácuo, não es- o incentivo da criação de ideias, sugestões de melhorias, possí-
tão isoladas não são totalmente auto- suficientes. Assim, as em- veis mudanças ou alterações estruturais, os profissionais são en-
presas funcionam dentro de um contexto de onde obtém recur- corajados a participar, e dessa forma podem contribuir muito
sos e informações para subsistência e funcionamento. mais, uma vez que “dois cérebros pensando é muito melhor que
Ressalta-se que as empresas constituem organizações inven- apena um”. Essa gestão envolve muitos profissionais e de certa
tadas pelo homem para se adaptarem constantemente às mu- forma faz com que as habilidades humanas sejam trabalhadas e
danças ambientais e alcançar objetivos. A empresa é eficaz, so- desenvolvidas nesse ponto.
brevive e cresce quando consegue se adaptar às mudanças am-
bientais e alcança seus objetivos. Habilidades Conceituais
São necessárias para todos os administradores, mas substan-
Habilidades necessárias ao Administrador ciais aos administradores que fazem parte do nível estratégico,
O profissional que atua na Administração de uma empresa, é ou seja, da Alta Administração. Pois essas habilidades requer o
avaliado por suas habilidades técnicas mas principalmente por raciocínio rápido e eficiente, úteis principalmente para a tomada
suas habilidades comportamentais, que são as técnicas estão li- de decisão.
gadas ao saber fazer, às competências de domínio da função, e as É a capacidade de ter uma visão sistêmica, ter um olhar crí-
comportamentais estão ligadas com os fatores motivacionais, tico e perceber como é a dinâmica de uma organização, como é
psicológicos e emocionais do indivíduo. Ou seja, o profissional estruturada, como é organizada, em outras palavras é enxergar
da Administração não é apenas avaliado pelos seus conhecimen- as relação que cada área estabelece entre si.
tos tecnológicos da Administração mas por seu modo de agir, Segundo Griffin3, as habilidades conceituais do administra-
pensar e tomar decisões, por suas habilidades, competências, ati- dor (gestor) dependem de sua capacidade de raciocinar, pois
tudes, comportamentos, personalidade e filosofia de trabalho. precisam da capacidade mental de entender a organização como
um todo e o âmbito em que ela se insere para compreender como
Figura 02: Habilidades do profissional em Administração. suas partes se encaixam e como enxergá-las, isso possibilita ra-
ciocinar estrategicamente, perceber o todo e tomar decisões com
uma visão mais ampla, servindo para a organização inteira.

Funções Organizacionais
As funções organizacionais são as tarefas especializadas que
as pessoas e os grupos executam, para que a organização consiga
realizar seus objetivos. Segundo Maximiano, as funções mais im-
portantes de qualquer organização são analisadas sucintamente
a seguir: produção (ou operações), marketing, pesquisa e desen-
volvimento, finanças e recursos humanos. A coordenação de to-
das essas funções especializadas é o papel da administração ge-
ral.
Ou seja, são as tarefas especializadas que as pessoas e os gru-
pos dentro de uma organização executam. As funções mais es-
senciais dentro de uma organização são as descritas abaixo:
Fonte: Adaptado de Maximiano, 2004.
Operações (Produção)
Habilidades Técnicas O objetivo de produção é fornecer o produto ou serviço da
São habilidades relacionadas com o uso de conhecimento es- organização. Um sistema de operações produtivas utiliza e trans-
pecializado e facilidade na execução de técnicas ligadas com o forma recursos para fornecer bens e serviços aos clientes, usuá-
trabalho e com os procedimentos de execução. Um exemplo tí- rios ou público-alvo.
pico são as habilidades em contabilidade, programadores de No fornecimento de produtos, matérias-primas são transfor-
computadores, engenharia, enfermagem, etc. Ou seja, é necessá- madas por pessoas e uso de máquina. Por exemplo: fabricação
rio ter uma formação profissional para ser possível desempe- de pães e automóveis.
nhar tal função, pois exige um conhecimento e experiência espe- Na prestação de serviços, os clientes são processados e trans-
cífico na área. formados. Por exemplo: pacientes tratados em hospitais e alunos
São as habilidades conhecidas como know how (saber como educados nas escolas.
fazer), ou seja é difícil executar uma tarefa sem ter a habilidade Há três tipos principais de processos produtivos:
técnica prévia exigida. - Produção em massa: é o fornecimento de grande número de
produtos e serviços, que podem ser simples ou complexos.
Habilidades Humanas - Produção por processo contínuo: é o fornecimento virtual-
São as habilidades ligadas ao trabalho em equipe, ou seja, que mente ininterrupto de um único produto ou serviço, como gaso-
envolve pessoas e referem-se a facilidade de relacionamento in- lina, corantes, açúcar ou transmissão de programas de televisão.
terpessoal e grupal. Neste caso, envolve as habilidades de comu- - Produção unitária e em pequenos lotes: é o fornecimento de
produtos e serviços sob encomenda, simples ou complexos.

3GRIFFIN, Ricky W, e MOORHEAD, Gregor. Fundamentos do Comporta-


mento Organizacional. 1a ed, São Paulo, Ática, 2006.
Conhecimentos Específicos 3

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APOSTILAS OPÇÃO
- Avaliação de desempenho: informação sobe o desempenho
Marketing das pessoas e definição de ações que permitam o aprimoramento
A função de marketing é estabelecer e manter a ligação entre do desempenho.
a organização e seus clientes, consumidores, usuários ou pú- - Remuneração ou compensação: definição de mecanismo de
blico-alvo. A função de marketing abrange atividades de: recompensas para as pessoas por seu trabalho.
- Pesquisa: identificação de interesses, necessidades e ten- - Higiene, saúde e segurança: proteção das pessoas que tra-
dências do mercado. balham para a organização.
- Desenvolvimento de produtos: criação de produtos e servi- - Administração de pessoal: realização de atividades buro-
ços, inclusive seus nomes, marcas e preços. cráticas, com registro de pessoal, manutenção de arquivos e
- Distribuição: desenvolvimento dos canais de distribuição e prontuários, contagem de tempo de serviço, preparação de fo-
gestão dos pontos de venda. lhas de pagamento e acompanhamento de carreiras.
- Preço: políticas comerciais e estratégias de preço. - Funções pós-emprego: recolocação, aposentadoria e outros
- Promoção: comunicação com o público-alvo, por meio de tipos de benefícios para ex-funcionários.
propaganda, publicidade e promoção nos pontos de venda.
- Vendas. Pesquisa e Desenvolvimento
A função de pesquisa e desenvolvimento (P&D) é transfor-
Finanças mar as informações de marketing em produtos e serviços. Tem
A função financeira cuida do dinheiro da organização. Abran- também outras funções, como a identificação e a introdução de
gem também as decisões de: novas tecnologias e melhoramentos nos processos produtivos,
- Investimento: avaliação e escolha de alternativas de aplica- para reduzir custos.
ção de recursos.
- Financiamento: identificação e escolha de alternativas de Funções Organizacionais não tradicionais
fontes de recursos. Além das funções organizacionais já expostas, existem outras
- Controle: acompanhamento e avaliação dos resultados fi- funções menos recorrentes como:
nanceiros da organização.
- Destinação dos resultados: seleção de alternativas para Área Técnica: As áreas técnicas executam serviços de espe-
aplicação dos resultados financeiros da organização. cializados dentro das organizações. As áreas técnicas possuem
atribuições variadas, entre elas a manutenção dos sistemas de
Função Contábil4: informação; atendimento a um público específico (como área
A Contabilidade controla a evolução do patrimônio da em- técnica de graduação ou pós – graduação em universidades; ser-
presa, através da contabilidade é possível calcular e registrar to- viços de assistência técnica etc.
das as operações comerciais e financeiras realizadas em certo Segurança: Apesar do setor de Recursos humanos gerir a se-
período, produzindo relatórios que são usados para fornecer aos gurança local, muitas vezes o setor de segurança (composto pe-
seus usuários (internos e externos) informações úteis e relevan- los seguranças, supervisores e vigilantes, que de fato operacio-
tes para análise da situação econômica e patrimonial da em- nalizam a segurança local) ocorre como um departamento autô-
presa. nomo.
As principais funções da Contabilidade são5: registrar, or- Muitas empresas terceirizam o setor de segurança para uma
ganizar, demonstrar, analisar e acompanhar as modificações do empresa especializada.
patrimônio em virtude da atividade econômica ou social que a Administrativa: A área administrativa possui o maior leque
empresa exerce no contexto econômico. de atribuições dentro de uma organização. Em geral, quando não
Registrar: todos os fatos que ocorrem e podem ser represen- existe um setor especializado em uma organização mas a função
tados em valor monetário; organizacional correspondente existe e é necessária, tal função é
Organizar: um sistema de controle adequado à empresa; atribuída a administrativa.
Demonstrar: com base nos registros realizados, expor perio- Um exemplo são as microempresas na qual um mesmo ges-
dicamente por meio de demonstrativos, a situação econômica, tor possui múltiplas funções
patrimonial e financeira da empresa; As funções organizacionais administrativas podem ser: Com-
Analisar: os demonstrativos podem ser analisados com a fi- pras, manutenção do patrimônio, contabilidade, finanças, recur-
nalidade de apuração dos resultados obtidos pela empresa; sos humanos, atendimento aos clientes etc.
Acompanhar: a execução dos planos econômicos da empresa,
prevendo os pagamentos a serem realizados, as quantias a serem Eficiência e Eficácia
recebidas de terceiros, e alertando para eventuais problemas. O desempenho de uma organização é medido pela sua efici-
ência ou eficácia. Mas o que significa isso?
Recursos Humanos ou Departamento Pessoal - Eficiência: indica que a organização utiliza a menor quanti-
Em recursos humanos o objetivo é encontrar, atrair e manter dade possível de recursos para produzir mais, em outras pala-
as pessoas de que a organização necessita. Isso envolve ativida- vras, ser econômico.
des que começam antes de uma pessoa ser empregada da orga- - Eficácia: indica que a organização realiza seus objetivos.
nização e vão até depois que a pessoa se desliga. Recursos huma- Quanto mais alto o grau de realização dos objetivos, mais a orga-
nos têm outras funções como: nização é eficaz.
- Planejamento de mão de obra: definição da quantidade de O princípio geral da eficiência é o da relação entre esforço e
pessoas necessárias para trabalhar na organização e das compe- resultado. Quanto menor o esforço necessário para produzir um
tências que elas devem ter. resultado, mais eficiente é o processo. Para analisar a eficiência
- Recrutamento e seleção: localização e aquisição de pessoas de um sistema (ou processo), deve-se considerar inicialmente,
para a organização. de forma isolada, dois critérios: produtividade e qualidade.
- Treinamento e desenvolvimento: transformação dos poten-
ciais das pessoas em competências.

4http://atitudeenegocios.com/funcao-da-contabilidade/
5http://www.covrecontabilidade.cnt.br/2011/08/logo-estaremos-no-
ar.html
Conhecimentos Específicos 4

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APOSTILAS OPÇÃO
1. Produtividade: é definida como a relação entre os recur- Para ilustrar a teoria dos sistemas: o corpo humano é um
sos utilizados e os resultados obtidos (ou produção). Todo o sis- conjunto de sistemas, como o sistema digestivo, sistema respira-
tema tem um índice de produtividade, que se verifica com a con- tório, sistema nervoso, sistema sensorial, etc. A interação e o
tagem da quantidade produzida por unidade de recursos. Então bom funcionamento desse sistema é essencial para a saúde hu-
produtividade é a relação entre resultados obtidos e recursos mana.
utilizados. Ex.: Quantidade de produtos por trabalhador, alunos Da mesma forma, as organizações são sistemas. As áreas da
por professor, vendas por metro quadrado. De forma geral, organização são subsistemas, como a área financeira, área de re-
quanto mais elevada a quantidade de resultados obtidos com a cursos humanos, área de pesquisa e desenvolvimento, etc. A
mesma unidade de recursos, mais produtivo o sistema é. A pro- forma como essas áreas interagem implicará no desempenho da
dutividade pode aumentar porque a produção aumenta e, ao organização.
mesmo tempo, porque diminui o volume de recursos emprega- Tal como os sistemas do corpo humano, o sistema organiza-
dos. cional é interdependente, por exemplo, no corpo humano, o pro-
cesso de digestão começa no sistema digestivo e termina no sis-
2. Qualidade: no contexto do estudo da eficiência, a quali- tema excretor ou sistema urinário, um depende do outro. Na or-
dade representa a coincidência entre o produto ou serviço e sua ganização, a área de pesquisa e desenvolvimento deve trabalhar
qualidade planejada. Quanto mais alto o número de itens apro- de forma conjunta (interdependente) com a área financeira, para
veitáveis em relação ao total de itens produzidos, mais qualidade saber se o produto desenvolvido é viável financeiramente; com
(e eficiência) o sistema tem. Falta de conformidade, ou falta de a engenharia de produção para transformar os atributos do novo
qualidade, significa que o produto ou serviço precisa ser refeito. produto em requisitos técnicos, com os recursos humanos para
Ou descartado, se for impossível consertá-lo. A falta de qualidade saber se há pessoal suficiente ou com a especialização necessária
acarreta os custo da não qualidade, como os seguintes: reclama- para produção, entre outros.
ções e perda de clientes; projeção de imagem pública compro- Como as partes da organização são interdependentes não há
metedora; reposições e consertos que devem ser efetuados sem como uma área da empresa ter sucesso se a outra não acompa-
custo para o cliente, se o produto estiver no período de garantia, nhá-la, por exemplo, se a área de recursos humanos não contra-
etc. tar pessoal suficiente ou com a qualificação necessária, todas as
No que diz respeito à Eficácia, Maximiano, conclui que a efi- áreas da empresa podem ser prejudicadas.
cácia é a relação entre resultados e objetivos. Não adianta muito O termo “holismo”, parte do princípio que o sistema é um
produzir resultados de maneira eficiente, se não forem os resul- todo, e que a mudança em uma parte da organização afeta as ou-
tados corretos. A diferença entre eficiência e eficácia pode ser tras partes, por isso, o administrador deve ter uma visão do todo
ilustrada pela história das duas principais empresas automobi- da organização, para saber como suas partes interagem e quais
lística do mundo: Ford e General Motors. são suas interdependências, e assim, tomar suas decisões.
Embora Henry Ford fosse um mestre da eficiência, foi a GM Quando o sistema busca o equilíbrio constantemente, usa-se o
que se transformou na maior e mais bem-sucedida empresa do termo “homeostase”.
ramo. Esse desempenho é o resultado de sua orientação para o
mercado e não apenas para o processo produtivo. Enquanto a A Teoria dos Sistemas apresenta as organizações como siste-
Ford tinha uma estratégia de fazer eficientemente o mesmo mas abertos, isto é, realizam trocas continuamente com o meio
carro, a GM orientou-se para fazer um carro para cada tipo de ambiente. O meio ambiente, é o ambiente externo, o ambiente no
cliente. Portanto eficácia significa: qual a organização está inserida. Com o meio ambiente a organi-
- Grau de coincidência dos resultados em relação aos objeti- zação troca matéria-prima, energia, informações, etc. Dessa
vos; forma, um sistema ou organização possui entradas, saídas e feed-
- Capacidade de um sistema, processo, produto ou serviço de back:
resolver um problema; Entradas: tudo o que o sistema recebe tudo o que entra do
- Fazer as coisas certas; ambiente externo para a organização poder funcionar.
- Sobrevivência. Saídas: o que o sistema produz, as saídas podem ser bens,
Para avaliar o grau de eficácia de um sistema, é necessário serviços, informações, energia etc.
saber quais são os objetivos e quais os resultados de fato alcan- Feedback: é o retorno sobre o que foi produzido, de modo
çados. Ex: Há várias empresas que querem vender seus automó- que o sistema possa se corrigir ou modificar.
veis, sabonetes e computadores. A mais eficaz é aquela que con- A Teoria dos Sistemas mostrou que os sistemas fechados têm
segue transformar um grande número de pessoas em seus clien- a tendência de se desintegrar. Por exemplo, uma empresa que
tes, obter lucro e sobreviver com isso. não analisa o ambiente externo, têm a tendência de perder com-
Competitividade petitividade, até falir. Para explicar essa tendência, a Teoria dos
As empresas têm natureza competitiva – elas concorrem en- Sistemas tomou emprestado da termodinâmica o termo entro-
tre si, disputando a preferência dos mesmos clientes e consumi- pia, que aplicado às organizações refere-se à tendência da orga-
dores. O sucesso de uma pode significar o fracasso de outra. Para nização caminhar para a desordem e declínio.
serem competitivas, as empresas precisam ter desempenho me- Atualmente, as organizações são vistas como sistemas aber-
lhor que outras que disputam os mesmos clientes. Uma empresa tos complexos, no qual as partes se interrelacionam e interagem
é competitiva quando tem alguma vantagem sobre os seus con- constantemente com o meio ambiente. Nos sistemas abertos, os
correntes, que a faz ser preferida pelos clientes ou mais apta em objetivos podem ser alcançados de várias maneiras, de acordo
alguma forma de relacionamento com o ambiente. com a equifinalidade. Por equifinalidade entende-se que um sis-
São inúmeras vantagens competitivas que uma empresa tema pode atingir um estado final igual, ainda que suas origens
pode ter. As mais importantes são: qualidade, custo baixo, velo- iniciais sejam distintas.
cidade, inovação e flexibilidade. Alcançar essas vantagens de-
pende do entendimento e da correta aplicação dos conceitos de Características das Organizações como Sistemas Aber-
eficiência e eficácia. tos6
As organizações possuem as características de sistemas
Organização como um sistema Aberto - Conceitos da Te- abertos, que serão listados a seguir:
oria dos Sistemas 1. Comportamento probabilístico e não-determinístico

6 CHIAVENATO, Idalberto. Teoria Geral da Administração. 2008.


Conhecimentos Específicos 5

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APOSTILAS OPÇÃO
Como todos os sistemas sociais, as organizações são sistemas As organizações têm fronteiras que as diferenciam dos ambi-
abertos influenciados por mudanças em seus ambientes, chama- entes. As fronteiras variam quanto ao grau de permeabilidade:
das variáveis externas. O ambiente inclui variáveis desconheci- são linhas de demarcação que podem deixar passar maior ou me-
das e incontroláveis. Por tal razão, as consequências dos siste- nor intercâmbio com o ambiente. As transações entre organiza-
mas sociais são probabilísticas e não-determinísticas e seu com- ção e ambiente são feitas pelos elementos situados nas fronteiras
portamento é, na maioria das vezes, imprevisível. As organiza- organizacionais, isto é, na periferia da organização. A permeabi-
ções são complexas e respondem a diversas variáveis ambientais lidade das fronteiras define o grau de abertura do sistema em re-
que não são totalmente compreensíveis. lação ao ambiente. É por meio da fronteira que existe a interface.
Interface é a área ou canal entre os diferentes componentes de
2. As organizações como partes de uma sociedade maior um sistema através do qual a informação é transferida ou o in-
e constituídas de partes menores tercâmbio de energia, matéria ou informação é realizado.
As organizações são observadas como sistemas dentro de ou-
tros sistemas. Os sistemas são "complexos de elementos coloca- Departamentalização e Estruturas Organizacionais7
dos em constante interação". Essa focalização incide mais sobre Podemos conceituar que a estrutura organizacional é forma
as relações entre os elementos interagentes cuja interação pro- como a empresa se organiza internamente, como articula suas
duz uma totalidade que não pode ser compreendida pela simples atividades e seus negócios, em outras palavras, é a dinâmica de
análise das várias partes tomadas isoladamente. uma empresa no mercado, como ela desenvolve suas capacida-
des para melhor atender o público interno (colaboradores) e ex-
3. Interdependência das partes terno (clientes, fornecedores, acionistas, investidores, etc).
A organização é um sistema social que possui partes inde- Segundo Stoner8, a estrutura organizacional: é a forma pela
pendentes e inter-relacionadas. "O sistema organizacional com- qual as atividades de uma organização são divididas, organiza-
partilha com os sistemas biológicos a propriedade de interde- das e coordenadas.
pendência de suas partes, de modo que a mudança em uma das É preciso enfatizar que a estrutura organizacional precisa ser
partes provoca impacto sobre as outras. A organização não é um flexível para se ajustar conforme as modificações e exigências do
sistema mecânico no qual uma das partes pode ser trocada ou ambiente externo, de forma que a empresa possa suprir suas ne-
alterada sem um efeito concomitante sobre as outras partes. De- cessidades e alcançar certa competitividade.
vido à diferenciação provocada pela divisão do trabalho, as par- A forma como a estrutura organizacional será construída é
tes precisam ser coordenadas através de meios de integração e chamada de Departamentalização.
de controle. A estrutura organizacional não é algo estático, esta irá se
moldar conforme as necessidades da empresa, está sujeita às va-
4. Homeostase ou "estado firme" riações controláveis e incontroláveis do universo à sua volta, de-
A organização alcança um estado firme - ou seja, um estado pendem de muitos fatores tais como: fatores tecnológicos, fato-
de equilíbrio - quando satisfaz dois requisitos: a unidirecionali- res políticos-legais, fatores sociais e culturais, fatores demográ-
dade e o progresso. ficos, fatores geográficos, fatores humanos, fatores operacionais
a. Unidirecionalidade ou constância de direção. estratégicos, etc. Ou seja, uma empresa precisa estar atenta ao
Mesmo com a ocorrência das mudanças do ambiente ou da que acontece à sua volta para que assim seja possível manter sua
organização, os mesmos resultados são atingidos.O sistema con- atuação no mercado com sucesso. Uma empresa que não acom-
tinua orientado para o mesmo fim, usando outros meios. panha as tendências e variações do mercado, consequentemente
b. Progresso em relação ao fim. O sistema mantém, em relação ocasiona perdas e prejuízos significativos à sua gestão.
ao fim desejado, um grau de progresso dentro dos limites defini- Portanto dentro do processo de Administração, a importân-
dos como toleráveis. O grau de progresso pode ser melhorado cia da Estrutura Organizacional concentra-se na forma de orga-
quando a empresa alcança o resultado com menor esforço, com nização principalmente, nas linhas das preocupações gerenciais,
maior precisão e sob condições de variabilidade pois consiste em conceber as unidades que vão compor a em-
presa, distinguindo as funções operacionais necessárias e poste-
Esses dois requisitos para alcançar o estado de homeostase- riormente buscar integrar a rede de relações básicas entre as
unidirecionalidade e progresso - exigem liderança e comprome- unidades que compõem uma empresa.
timento das pessoas com o objetivo final a ser alcançado. Vale ressaltar que toda empresa possui dois tipos de estru-
Além do mais, a organização - como um sistema aberto - pre- tura organizacional, que se enquadram dentro dos aspectos for-
cisa conciliar dois processos opostos, ambos imprescindíveis mais e informais, mas que também são chamados de estrutura
para a sua sobrevivência, a saber: mecânica que está ligada à estrutura formal e orgânica aten-
a. Homeostasia. É a tendência do sistema em permanecer es- dendo respectivamente à estrutura informal. Vejamos abaixo
tático ou em equilíbrio, mantendo inalterado o seu status quo in- maiores explicações a respeito de ambos conceitos.
terno.
b. Adaptabilidade. É a mudança do sistema no sentido de Estrutura Mecânica: nesse tipo de estrutura as empresas se
ajustar-se aos padrões requeridos em sua interação com o ambi- organizam por especialidades ou o que podemos de chamar tam-
ente externo, alterando o seu status quo interno para alcançar bém de habilidades. A hierarquia é bastante evidente e exerce
um equilíbrio frente a novas situações. influência sobre o processo de tomada de decisão, portanto a
centralização torna-se um elemento respeitado, já que todas as
5. Fronteiras ou limites informações e acontecimentos devem ser transmitidos pelos su-
Fronteira é a linha que demarca e define o que está dentro e periores imediatos. A estrutura mecânica é norteada por muitas
o que está fora do sistema ou subsistema. regras, normas e controles, fazendo com que a cultura organiza-
Nem sempre a fronteira existe fisicamente. Os sistemas soci- cional seja focada no cumprimento de burocracias.
ais têm fronteiras que se superpõem. Um indivíduo X pode ser Portanto, esta estrutura pode ser considerada como conser-
membro de duas organizações, concomitantemente: o sistema A vadora e centralizadora, o funcionário é visto como uma má-
e o B. quina que deve produzir conforme a capacidade da empresa, e
caso ocorra algo com esse funcionário e surja a necessidade de

7Chiavenato, Idalberto -Os novos Paradigmas – Como as mudanças es- 8STONER, James & FREMAN, Edward. Administração. Rio de Janeiro:
tão mexendo com as empresas – Editora Atlas – 1998. Prentice Hall, 1992.

Conhecimentos Específicos 6

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APOSTILAS OPÇÃO
afastá-lo de suas funções, para a empresa é como se uma peça de inovadoras e dife-
uma máquina tivesse quebrado, porém que pode ser substituída renciadas
por outra peça. Ou seja, a visão do gestor frente ao seu funcioná- Alto grau de cen- Descentralização,
rio é restrita e totalmente operacional. Para o gestor o funcioná- CENTRALIZAÇÃO tralização, a to- decisão e respon-
rio apenas faz o papel de execução, neste caso o gestor ainda não E PROCESSO DE- mada de decisão sabilidade com-
percebe a relação estratégica que os funcionários possuem com CISÓRIO se dá na alta dire- partilhada
o desempenho organizacional. A variabilidade humana é vista ção
como fontes de ineficiências e inconsistências. Organização bu- Organização flexí-
Quanto às características e condições mecanicistas – hierar- rocrática e con- vel, proativa, ino-
quia clara e objetiva; definições claras de cargos e funções; esta- IGUALDADE OR-
servadora, com vadora, com pou-
belecimento de regras e normas de conduta; divisão de tarefas; GANIZACIONAL
grandes níveis hi- cos níveis hierár-
poder de autoridade do superior imediato; cumprimento de bu- erárquicos quicos
rocracias; gestão mais autocrática; atividades objetivas e recom- Fonte: Burns e Stalker (1960) e Silva (2005).
pensas monetárias.
Existe uma relação muito ajustada sobre a estrutura organi-
Estrutura Orgânica: nesse tipo de estrutura o trabalho ou zacional e os processos organizacionais, e pode variar de acordo
as atividades são divididas em equipes, onde a divisão das tare- com os processos que norteiam a gestão empresarial, pois é a es-
fas é realizada de maneira democrática, não há o recebimento trutura que vai caracterizar a organização e definir como os pro-
constante de ordens pois os funcionários são estimulados a te- cessos ocorrem e se desenrolam dentro da dinâmica de mercado.
rem maior responsabilidade e autonomia. A variabilidade hu- Para que a organização tenha a sua gestão eficiente é preciso
mana é vista como um estímulo para o processo de tomada de que a complexidade, especialização, e incertezas (entre outros
decisão. fatores que circulam uma estrutura organizacional) sejam anali-
Os funcionários possuem mais autoconfiança para darem sados para que a estrutura se adapte melhor às variações do am-
ideias, opiniões, sugestões de melhorias ou de mudanças. Essa biente. Por isso, as análises do ambiente tanto interna quanto ex-
gestão mais democrática é um grande incentivo para otimização ternamente permitem que a empresa elabore uma análise de
de tempo, redução de desperdícios e perdas, bem como maior suas potencialidades, bem como de suas deficiências, e dessa
agilidade na resolução de problemas ou de situações inusitadas. forma consiga delinear melhor suas estratégias e objetivos orga-
Uma vez que cada funcionário dentro de suas competências e ha- nizacionais.
bilidades específicas pode contribuir para possíveis melhorias Assim sendo, para que a empresa tenha uma estrutura ade-
nos processos e fluxos de informações da empresa. Não há uma quada as suas tarefas ela deve levar em consideração a situação
rigidez no cumprimento de regras e normas, justamente para atual da organização e também alguns aspectos, como natureza
que a gestão seja conduzida por um comportamento mais demo- das atividades, controle interno, execução, etc.
crático, liberal e flexível, de forma a instigar a presença de novas Benefícios de uma estrutura adequada:
ideias e novas atitudes. - Identificação das tarefas necessárias;
A organização que possui a estrutura orgânica é marcada - Organização das funções e responsabilidades;
pela constante presença do espírito de equipe e cooperação com - Informações, recursos, e feedback aos empregados;
relação às tarefas designadas. Todos participam de maneira sis- - Medidas de desempenho compatíveis com os objetivos;
têmica, pois em conjunto torna-se muito mais fácil, mais dinâ- - Condições motivadoras.
mico, além de ter a certeza que será feito um trabalho de quali-
dade, uma vez que teve a participação de várias pessoas o que Para isso existem alguns tipos de estruturas que podem co-
induz ao conhecimento ampliado. laborar com todas as questões de complexidade, especialização,
Quanto às características e condições orgânicas: gestão par- tamanho da organização, grau de incerteza e relações de funções.
ticipativa (empowerment), ou seja, oportunidades de todos opi-
narem, de darem ideias; tarefas divisíveis; empregados motiva- Além da estrutura mecânica e orgânica, outra importante di-
dos; sistemas subjetivos de recompensas; tarefas e metas vagas; visão refere-se à estrutura forma e informal de uma organização.
trabalho em equipe; maior responsabilidade e autonomia no
processo de tomada de decisão; otimização de processos e ativi- A estrutura informal surge de uma interação social entre
dades. diversas pessoas, ou seja, surge voluntariamente quando um
grupo de pessoas estão reunidas em um ambiente e trocam ob-
Diferenças Entre a Estrutura Mecânica e a Estrutura Orgânica jetivos em comum. Neste caso, representa as relações que não
estão formalmente estruturadas em um organograma9. Na ver-
FATORES ESTRUTURA ME- ESTRUTURA OR- dade, a estrutura informal é composta por relações não-docu-
CÂNICA GÂNICA mentadas e não estruturadas entre os indivíduos, uma vez que
Forte divisão do Nem sempre há surgem na informalidade e portanto não são reconhecidas pela
DIVISÃO DO TRA-
trabalho, tarefas divisão do traba- hierarquia da organização, já que surgem, muitas vezes, em de-
BALHO
específicas lho corrência de necessidades pessoais entre os funcionários. Algu-
A divisão do tra- Cargos generalis- mas características da Estrutura Informal:
balho e as especi- tas, vários indiví-
ficidades das ati- duos participam Estão nas pessoas
ESPECIALIZAÇÃO
vidades favore- da execução das Neste caso, a informalidade surge da interação entre diferen-
cem a especializa- tarefas tes pessoas que convivem em um mesmo ambiente e que trocam
ção dos cargos informações, ideias, experiência e vivências e desta forma conse-
Elevada padroni- Baixa padroniza- gue identificar características em comum e que trazem maior
PADRONIZAÇÃO zação das ativida- ção, atividades aproximação ou familiaridade entre um indivíduo e outro.
des e processos

9Segundo Chiavenato, o organograma é espécie de diagrama ou figura organização, ou simplesmente a distribuição dos setores, unidades fun-
que é usada para representar as relações hierárquicas dentro de uma cionais e cargos, organização das filiais a comunicação entre os colabo-
radores.
Conhecimentos Específicos 7

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APOSTILAS OPÇÃO
Sempre existirão
Presidência
As relações informais sempre existirão dentro de uma em-
presa, pois por mais que se defina cargos e funções, tarefas, pro-
cessos e fluxos, as pessoas sempre compartilharão de momentos Vice-
onde terão maior abertura para uma discussão mais pessoal e Presidência
menos profissional. Dessa forma, as pessoas que compõem uma
empresa podem estabelecer um contato mais solto, mais íntimo Diretoria
e dessa forma desenvolverem uma permanência do ambiente in-
formal mesmo dentro de um ambiente repleto de regras e nor-
mas a serem cumpridas.
Departamento Departamento
A autoridade flui na maioria das vezes na horizontal.
A estrutura horizontal flui de maneira mais flexível, uma vez
que não há uma estrutura hierárquica (de cargos e funções) rígi- Divisão Divisão Divisão Divisão
das a ser cumprida. As pessoas possuem autonomia e flexibili-
dade para o processo de tomada de decisão, sendo assim a reso-
lução de problemas Setor Setor

Enquanto a estrutura informal surge da interação social das


pessoas, o que significa que se desenvolve espontaneamente Seção Seção
quando as pessoas se reúnem e representam relações que usual-
mente não aparecem no organograma, a Estrutura Formal é Figura 1: Organograma de estrutura departamental Linear
aquela representada pelo organograma.
A estrutura formal é deliberadamente planejada e formal-
mente representada, em alguns aspectos, pelo seu organograma. A Estrutura Linear apresenta as seguintes vantagens e des-
Trata-se do conjunto ordenado de responsabilidades, autorida- vantagens:
des, comunicações e decisões das unidades organizacionais de
uma empresa Vantagens Desvantagens
-É representada pelo organograma da empresa e seus aspec- Clara definição das respon- A chefia centraliza as de-
tos básicos. sabilidades; cisões;
-Reconhecida juridicamente de fato e de direito. As equipes são prepara-
-É estruturada e organizada. Maior velocidade na tomada
das para seguir ordens, não
-Não é estática. de decisões;
para inovar;
-Deve ser planejada e delineada de forma a alcançar os obje- Estrutura facilmente com-
tivos institucionais (Delinear = Criar, aprimorar). Lentidão nas comunica-
preendida pelos integrantes
ções;
da organização;
O Planejamento deve estar voltado para os seguintes objeti- Pouca especialização dos
vos: Fácil implantação. líderes nas funções da organi-
-Identificar as tarefas físicas e mentais que precisam ser de- zação.
sempenhadas.
-Agrupar as tarefas em funções que possam ser bem desem-
Estrutura Funcional
penhadas e
Características
-Atribuir sua responsabilidade a pessoas ou grupos.
-Agrupa pessoas que exercem funções em uma determinada
área, na organização.
-Proporcionar aos empregados de todos os níveis:
-Especialização das funções.
a) Informação.
-A estrutura funcional é adequada para pequenas e médias
b) Recursos para o trabalho.
empresas. Quando há muito crescimento da empresa, torna-se
c) Medidas de desempenho compatíveis com objetivos e me-
ineficaz a comunicação e o controle organizacional, e torna a ma-
tas.
nutenção das diversas áreas muito dispendiosa.
d) Motivação.
-Indicada para empresas estáveis
Tipos de Estruturas Organizacionais Formais: (Formas
de departamentalização)

Estrutura Linear, Militar ou Tipo Linha


Características:
-Chefia - fonte exclusiva de autoridade;
-as ordens seguem a via hierárquica;
-Cada empregado recebe ordens e se reporta exclusivamente
com um chefe imediato a ele;
-As comunicações entre órgãos são efetuadas exclusiva-
mente através das linhas no organograma;
-As decisões são centralizadas na cúpula da organização

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APOSTILAS OPÇÃO

Chefe Vantagens Desvantagens


Executivo Mistura a estrutura funcio-
nal (mantendo a especializa-
Pode haver conflitos entre a
ção) com a linear (mantendo
área especializada (staff) e os
a autoridade). Traz as vanta-
executores (linha);
Marketing Administração Área técnica gens desses dois tipos de es-
trutura;
Altos custos de se manter
uma assessoria dentro da em-
Gestão de Produção de
Publicidade
Pessoas Cadeiras Atividade conjunta entre presa;
linha e staff. Pouca especialização de
quem realmente toma as de-
cisões (linha).
Gestão de Produção de
Promoção
Materiais mesas
Estrutura virtual
Podemos imaginar uma organização sem estrutura ou es-
paço físico, com poucos, muitos ou nenhum empregado. Depen-
Preço / Praça dendo do grau de virtualidade esse tipo de estrutura pode existir
nessas condições, fazendo negócios, estabelecendo parcerias,
Figura 2: Organograma de estrutura departamental Funcio- vendendo e criando necessidades a seus clientes, disponibili-
nal zando bens e produtos e tendo por base pessoas, tecnologias da
informação e processo, independente do lugar do planeta que
Vantagens e desvantagens da Estrutura Funcional possa estar.
A organização virtual é a possibilidade que o mundo dos ne-
Vantagens Desvantagens gócios encontrou para cortar radicalmente os custos fixos e tra-
Maior especialização dos balhar com custos variáveis que são apropriados a cada caso. E
Dificulta a interdiscipli-
funcionários (sabem mais so- seu ciclo de atuação se constitui em um grande processo.
naridade das funções;
bre suas respectivas áreas); Podendo ser consideradas como um acontecimento tempo-
Aumenta o relaciona- ral, em alguns casos, e não querendo confundi-las com estrutura
Diminui a visão global da orientada a projeto, as novas tecnologias da informação possibi-
mento entre empregados
empresa; litam o surgimento desse tipo de estrutura. A ideia da virtuali-
dentro de um mesmo setor;
Dificulta a tomada de de- dade pode chegar ao extremo de criar uma organização para
Autoridade baseada no cisão; existir num tempo e espaço determinado, deixando de existir tão
conhecimento (e não na pura Líderes têm menos po- logo o objeto do contrato seja concluído. Ela pode existir dentro
e simples hierarquia). der hierárquico, o que leva a de uma rede de computadores ou na internet.
perda de autoridade.
Características de Estrutura: terceirização
Estrutura Linha-Staff A ideia de terceirização, de acordo com Ferreira (2004), é:
-Fusão das estruturas (funcional e da linear). Cada órgão se transferir à terceiros, atividade ou departamento que não faz
reporta a apenas um órgão superior, porém, também recebe as- parte de sua atividade principal de atuação. Tendo sua origem do
sessoria e serviços especializados de diversos órgãos de staff; inglês outsourcing, foi desenvolvida procurando transferir para
-Separação entre órgãos operacionais (executivos) e órgãos terceiros todas as atividades que não fossem parte da competên-
de apoio (assessores) - órgãos especializados aconselham os cia básica da organização. Foi no início dos anos 1990 que a ter-
chefes de linha ceirização tornou-se a grande vedete de suporte a todas as estru-
-conquanto hajam duas fontes de autoridade, apenas a dos turas, na esperança em resolver todos os problemas existentes,
chefes das unidades de linha se projeta diretamente sobre cada com custos baixos e elevando a qualidade.
empregado. Com a busca de maior produtividade e eficiência por conta
da globalização, a terceirização ganhou campo e até o que se
achava impossível terceirizar, como áreas de apoio – recruta-
Diretoria mento, seleção, treinamento, documentação, manutenção, con-
Geral trole ambiental, linhas de montagem entre outras – que pare-
ciam manter-se junto à estrutura, foram terceirizadas.
Auditoria
Conselho Interna
Executivo Características de Estrutura: molecularidade
O destaque dado à terceirização e ao aspecto molecular -
como características, é que são condições estruturais mais pre-
Gerência Gerência de Gerência de Gerência de
sentes nas estruturas organizacionais. No primeiro caso, - tercei-
Financeira Produção Marketing RH
rização, é uma característica presenciada no cotidiano pela mai-
oria das empresas, o que torna esta prática alvo de avaliação e
Figura 3: Organograma de estrutura departamental tipo Li-
percepção de sua forma de atuar; o aspecto molecular merece
nha-Staff
um destaque pela possibilidade que temos em perceber o quanto
esta condição está presente em todas as estruturas. Como obser-
Vantagens e desvantagens da Estrutura Linha-Staff:
vamos sobre a nossa participação em organização e o quanto elas
estão presentes, praticamos o sentido molecular assim como so-
mos alvo desta prática, pois este conceito assim se define porque
o mercado é o núcleo. Isto é, não é resultante de uma simples pi-
râmide achatada ou virada de cabeça para baixo; mas, sim, pa-
rece com uma molécula onde o mercado é o núcleo. Neste ponto,

Conhecimentos Específicos 9

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APOSTILAS OPÇÃO
todos os possíveis recursos se unem aos processos gerenciais in-
terligados a fim de criar um tipo de empreendimento totalmente 03. (Técnico do CNMP – Administração - FCC CNMP –
novo. 2015) A estrutura organizacional por Projetos apresenta como
vantagem:
Vale observar que devido à competição de mercados, as es- (A) possibilita economia pelo uso racional dos equipamen-
truturas organizacionais tendem a ficar cada vez mais enxutas. tos.
(B) predispõe todos os participantes da organização para a
Outras formas de departamentalização tarefa de satisfazer os clientes.
(C)forma efetiva para conseguir resultados em problemas
Até aqui foram visualizados as formas de departamentaliza- complexos.
ção por meio das estruturas organizacionais mais tradicionais. (D)economias de escala pelo uso integrado de pessoas, má-
Porém, existem outras formas, uma vez que os departamentos quinas e produção em massa.
são as unidades de trabalho responsáveis por uma função ou por (E)permite fixar a responsabilidade pelo desempenho no
um conjunto de funções. É um meio de se obter homogeneidade comportamento regional ou local.
de tarefas em cada órgão. Escolher homogeneidade das ativida-
des, agrupando os componentes da organização em departamen- 04. (UFPB Assistente Administrativo - INSTITUTO AOCP
tos e divisões. – 2014) Assinale a alternativa que apresenta o tipo de estrutura
organizacional que tem por essência a combinação das formas
Entre outros tipos de departamentalização podemos citar: de departamentalização funcional e de produto ou projeto na
mesma estrutura organizacional.
- Por produtos ou serviços. (A)Estrutura organizacional linha e staff.
- Por localização geográfica. (B)Estrutura organizacional horizontalizada.
- Por clientes. (C)Estrutura organizacional verticalizada.
- Por fases do processo (ou processamento). (D)Estrutura organizacional matricial.
- Por projetos. (E)Estrutura organizacional informal.
Questões
05. (UFT Assistente em Administração - COPESE – UFT –
01. (Adaptada ESAF- MPOG – EPPGG/2015). Assinale 2014) Um Assistente em Administração, integrante de uma co-
como verdadeira (V) ou falsa (F) as afirmativas a respeito dos missão responsável para realizar estudos do funcionamento ad-
tipos tradicionais de organização. ministrativo de uma Universidade Federal Brasileira, participou
( ) A estrutura funcional é caracterizada por uma autoridade dos trabalhos para definição do que deve ser feito, ou seja, os re-
funcional ou subdividida de acordo com as funções exercidas por sultados e intenções futuras a serem alcançados por essa insti-
cada um dentro da organização. tuição de ensino, e como deve ser feito, correspondendo aos re-
( ) Na estrutura linha-staff a especialização é substituída por cursos e ações necessários para alcance dos resultados.
uma abordagem holística da organização onde cada departa- Neste trabalho, o servidor percebeu que a universidade es-
mento é simultaneamente operação e assessoria. tava estruturada em um aspecto piramidal, em decorrência da
( ) A estrutura linear é baseada na autoridade linear, que sig- centralização da autoridade no topo da organização - na reitoria
nifica que cada superior tem autoridade única e absoluta sem re- - demonstrando claramente a unidade de comando e o escalona-
parti-la com ninguém. mento hierárquico. Constatou ainda que apresentava uma de-
( ) Na estrutura linha-staff as áreas responsáveis pelos obje- partamentalização constituída da agregação de tarefas de acordo
tivos vitais da empresa estão ligadas em linha enquanto os ór- com as funções principais desenvolvidas dentro da universidade.
gãos de assessoria não possuem uma autoridade linear. Esse assistente, em seu setor de trabalho e quando não es-
( ) A estrutura linear é caracterizada por uma ênfase na es- tava na comissão, era responsável pela análise de processos ad-
pecialização. Cada órgão contribui com sua especialidade para a ministrativos para concessão de bolsas de auxílio estudantil, que
organização sem diluição da unidade de comando. compreendia a conferência dos documentos presentes nos pro-
Escolha a opção correta. cessos administrativos, e, ao listar todos os processos, verificou
(A) V, F, V, V, V que uma bolsa era requerida por sua esposa, fato que exigiu um
(B) F, V, F, V, F posicionamento do Assistente.
(C) V, V, F, F, V Qual o tipo de estrutura organizacional da universidade?
(D) V, F, V, V, F (A) Linear
(E) F, F, V, V, V (B) Matricial
(C) Virtual
02. (Técnico do CNMP – Administração - FCC CNMP – (D) Rede
2015) Sobre estrutura organizacional, é correto afirmar:
(A) O grau de descentralização é outra decisão importante no 06. (FSC - Assistente Técnico Administrativo – CEPERJ –
delineamento da estrutura; quanto mais centralização maior 2014) A estrutura organizacional que promove a retenção do
será a falta de coordenação e controle. processo decisório na cúpula da organização é denominada es-
(B) A formalização, explicitada em manuais de organização trutura:
que descrevem níveis de autoridades e responsabilidades dos (A)facilitada
vários departamentos, assegura que, na operação, não exista a (B)matricial
estrutura informal. (C)indelegada
(C) A unidade de comando, princípio da administração clás- (D)centralizada
sica, é aplicada em todos os tipos de estrutura quando feito pro- (E)monocrática
cesso de departamentalização.
(D) A definição precisa de direitos e obrigações dos membros 07. (ESAF – DNIT/Técnico Administrativo/2013) Julgue
da organização traduzidas em funções bem delineadas é uma ca- as afirmativas e selecione a opção correta.
racterística de organizações mecanicistas. I. A estrutura organizacional é o gráfico que representa as
(E) Um dos pontos a observar na estrutura é a amplitude de unidades da organização.
controle. Quanto menor a amplitude de controle, menor o nú- II. Hierarquia é sinônimo de cadeia de comando. O poder de
mero de níveis hierárquicos. dirigir desce de cada
Conhecimentos Específicos 10

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nível para o imediatamente inferior, que tem a obrigação de pessoal de linha. A quinta afirmativa está incorreta. Os líderes da
obedecer. estrutura linear não têm especialização nas funções básicas da
III. A estratégia organizacional orienta a definição da estru- administração. Isso é característica da estrutura funcional.
tura organizacional.
(A) Somente I está correta. 02. Resposta: D
(B) Somente II está correta. Na alternativa A, quanto maior a descentralização, maior a
(C) Somente I e III estão corretas. quantidade de pessoas para tomar decisão e supervisionar ou-
(D) Somente II e III estão corretas. tras, isto que dizer, maior é a coordenação e o controle. No caso
(E) Todas as opções estão corretas. da alternativa B organização/estrutura informal é inevitável e
não é previsível em planejamento. Já na alternativa C existe au-
08. (Sergipe Gás - Assistente Técnico Administrativo - toridade nas estruturas: Matricial / Projetos. Na alternativa E,
FCC/2013). Estrutura Organizacional é: quanto menor a amplitude de controle, a organização tende a fi-
(A) O conjunto de tarefas desempenhado por uma ou mais car mais hierarquizada (AGUDO-ESTREITA).
pessoas, servindo como base para a departamentalização.
(B) A posição hierárquica que uma pessoa ocupa na empresa 03.Resposta: B
e o conjunto de atribuições a ela conferido. Segundo Chiavenato, a departamentalização por projeto tem
(C) A forma pela qual as atividades de uma organização são como “principal vantagem é a enorme concentração de diferen-
divididas, organizadas e coordenadas. tes recursos em uma atividade complexa e que exige pontos de-
(D) A cadeia de comando que se inicia nos gestores de topo e finidos de início e término, com datas e prazos definidos.”
segue até os trabalhadores não gestores, passando sucessiva-
mente por todos os níveis organizacionais. 04. Resposta: D
(E) A guia de conduta, estável e de longo prazo, estabelecida A estrutura matricial é um modelo misto, que comporta ao
para dirigir a tomada de decisões. mesmo tempo uma estrutura funcional com uma estrutura hori-
zontal, que normalmente se refere a um projeto, uma divisão es-
09. (Transpetro - Administrador - Cesgranrio/2012). 01. pecífica ou um produto.
A estrutura de uma organização deve ser estabelecida de acordo 05. Resposta: A
com os objetivos e as estratégias determinadas pela alta admi- De maneira geral as estruturas piramidais (conforme o enun-
nistração. Para definir a estrutura, é necessário que se avaliem a ciado), são lineares.
rotina e os procedimentos que darão suporte às atividades para
que os objetivos sejam alcançados. As empresas constituem or- 06: Resposta: D
ganizações de dois tipos: a organização formal e a informal. A es- A Estrutura centralizada fornece a retenção de informação
trutura organizacional requer principalmente uma organização: por parte dos tomadores de decisão
(A) formal, que é aquela planejada e resultado das relações
pessoais do corpo funcional. 07. Resposta: D
(B) formal, que é instável porque está sujeita ao controle da R: A afirmativa “I” está errada. Lembrando a diferença entre
direção da empresa. organograma e estruturas organizacionais: o organograma é a
(C) formal, que enfatiza as relações de autoridade e respon- representação gráfica de uma estrutura organizacional. O con-
sabilidade. ceito dado pela questão é o conceito de A afirmativa “II” está
(D) informal, que pode ser extinta porque não faz parte do certa, pois em uma hierarquia, o subordinado tem de obedecer,
organograma. mesmo, principalmente em um contexto de “cadeia de co-
(E) informal, que é aquela que se desenvolve espontanea- mando”, como afirma a questão. A afirmativa “III” está certa tam-
mente e está retratada no organograma bém. Como a estrutura organizacional é definida pela alta cúpula
da organização, então obviamente ela é orientada pela estratégia
10. (TRT-PE - Analista Judiciário FCC/2012). Na estrutura organizacional.
organizacional de tipo linear
(A) a autoridade é baseada na especialização e no conheci- 08. Resposta: C
mento, e não na hierarquia. R: O item “a” está errado. O conceito dele está relacionado à
(B) entre o superior e os subordinados existem linhas diretas função de uma pessoa dentro da organização, não à estrutura or-
e únicas de autoridade e responsabilidade. ganizacional. Além disso, departamentalização não serve como
(C) os órgãos de linha estão diretamente relacionados com base para a estrutura organizacional, e sim o contrário: quem dá
os objetivos vitais da empresa. base para a departamentalização é a estrutura organizacional.
(D) a hierarquia é flexível e mutável, capaz de se adaptar ra- Ou seja, primeiro vem a estrutura organizacional e, depois, a de-
pidamente às necessidades de cada projeto. partamentalização. O item “b” está errado. É um conceito relaci-
(E) combinam-se a departamentalização funcional e por pro- onado ao cargo da pessoa dentro da organização, ou seja, per-
jeto, sacrificando o princípio da unidade de comando. cebe-se quando a alternativa trata a respeito da pessoa, e não so-
bre a estrutura organizacional. O item “c” está certo. Tem-se as-
Respostas sim, o conceito de organização como “a forma pela qual as ativi-
dades de uma organização são divididas, organizadas e coorde-
01. Resposta: D nadas”. É necessário ter uma noção geral deste conceito, porque,
R: A primeira afirmativa está certa. A estrutura funcional di- se aplicado a outros contextos, poderá ser identificado. O item
vide a organização em várias áreas ou departamentos, cada um “d” está errado. O conceito expresso trata de hierarquia e não de
com uma função diferente (contábil, de compras e de comunica- estrutura organizacional. O item “e” está errado. Ele se refere à
ção, por exemplo). A segunda afirmativa está errada. Há especi- política de liderança da organização.
alização, na estrutura linha-staff, mais especificamente na parte
de staff (assessoria). Lembre-se de que a estrutura linha-staff 09.Resposta: C
pega as características das estruturas funcional e linear. A ter- A estrutura organizacional é uma característica das organi-
ceira afirmativa está correta. As grandes características da estru- zações formais, o que nos possibilita descartar os itens “d” e “e”.
tura linear são a unidade de comando e a hierarquia. A quarta O item “a” está errado. A estrutura organizacional não é plane-
afirmativa está correta. Os órgãos de assessoria são especializa- jada das relações pessoais do corpo funcional. Quem decide a es-
dos em suas áreas, mas quem realmente toma as decisões é o
Conhecimentos Específicos 11

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trutura organizacional é a alta administração, ou seja, são os ní- um planejamento de suas atividades no futuro, para que a em-
veis mais altos da empresa que tomam as decisões quanto a este presa consiga enxergar quais ações serão necessárias para con-
tema. O item “b” está errado. Não há como conceber a ideia de seguir alcançar os objetivos propostos. Sendo assim, o planeja-
que uma empresa mude cotidianamente a sua estrutura organi- mento está substancialmente ligado às prospecções futuras de
zacional. A letra “c” está correta. A estrutura organizacional é for- uma organização, para o alcance de uma melhor posição no mer-
mal e enfatiza as relações de autoridade e responsabilidade (tais cado competitivo. Por isso, é necessário que uma organização
como hierarquia, cadeia de comando, cargos etc). planeje seus planos e ações para que, dessa forma, consiga mini-
mizar custos e desperdícios.
10. Resposta: B O planejamento aloca todos os recursos materiais, humanos,
Para lembrar o conceito da organização linear basta fazer financeiros, tecnológicos, informacionais, entre outros, para que
uma ligação com o exemplo das organizações militares: são ba- a empresa possa esboçar seus objetivos, traçar novas estratégias
seadas na hierarquia e na unidade de comando (cada pessoa tem e projetar planos que possam trazer maior organização, respon-
um único superior). O item “a” está errado. Uma das maiores ca- sabilidade, comprometimento de toda equipe que está envolvida
racterísticas da organização do tipo linear é a hierarquia. O item com essa função administrativa, bem como anteceder-se de situ-
“b” está correto. É o conceito da unidade de comando, o qual se ações de imprevistos.
relaciona diretamente com a estrutura linear. O item “c” está er- Os planos servem como base para o planejamento e possuem
rado. Órgãos de linha são aqueles correlacionados na estrutura um papel muito importante, pois por meio dos planos as em-
do tipo linha-staff, não na estrutura linear, uma vez que os órgãos presa podem:
de linha, na estrutura linha-staff, são os que têm poder de co- - Planificar sugestões, ideias em conjuntos com demais cola-
mando e decisão (duas das características que marcam a estru- boradores ou equipes;
tura linear). O item “d” está errado. A hierarquia, na organização - Avaliar o ambiente; - Delinear hipóteses;
linear, é extremamente rígida. Esta é uma das características - Definir atividades e quem serão os responsáveis;
mais presentes neste tipo de estrutura. O item “e” está errado. - Preparar treinamentos para melhor desenvolver os talen-
Pelos atributos do item, infere-se que ele se refere à departamen- tos;
talização matricial, não à estrutura linear. - Permite um sistemático controle dos objetivos: como,
quando, quem, onde e para quê está sendo executado;
Assim, como a escala hierárquica que coordena a autonomia
II - Funções administrativas: plane- e responsabilidades de uma organização, o planejamento tam-
jamento, organização, direção, co- bém possui uma divisão que ocorre entre as escalas de nível es-
ordenação e controle. tratégico, tático e operacional.
Planejamento estratégico, tático, operacional

Processo Administrativo e suas funções


O processo organizacional ou também chamado de processo
administrativo explica as funções administrativas de uma or-
ganização, como é feito o planejamento para que consiga manter
a eficiência e a eficácia de seus negócios e manter a competitivi-
dade no mercado onde atua. Tal processo citado constitui quatro
funções administrativas que são primordiais para um excelente
resultado organizacional, são eles:

Planejar - Organizar – Dirigir/Coordenar - Controlar.

É válido ressaltar que segundo Chiavenato10, “quando essas


funções são consideradas em um todo integrado formam o pro-
cesso administrativo, entretanto quando consideradas isolada-
mente constituem apenas funções administrativas”.
Essas funções devem ser coordenadas para que possa haver
uma sequência na execução de cada uma delas, embora não haja
uma regra e muitas vezes sejam executadas simultaneamente,
pois traduzem uma interação dinâmica.

Basicamente pela figura somos capazes de identificar os ob-


jetivos que cada função possui, fica evidente que apenas uma
função ser executada não trará o resultado esperado à gestão de Fonte: Chiavenato, 2010.
uma organização, é necessário que seja respeitado o ciclo e a
constante verificação se cada função está sendo executada de A figura acima representa a configuração do planejamento
forma correta e se todos os recursos estão sendo aproveitados em níveis de decisões diferenciados. Partindo de uma análise
de forma sustentável. mais abrangente e desdobrando para análises mais detalhadas e
focadas. Essa organização do planejamento por níveis hierárqui-
Planejamento cos torna a preparação da etapa do planejamento mais dinâmica
O administrador é um profissional que necessita ter uma vi- e participativa, pois diferentes níveis ficam envolvidos nas ativi-
são sistêmica para que consiga tomar decisões estratégicas com dades, cada um contribuindo com suas habilidades e autonomia.
maior segurança e previsibilidade. Para tanto, é preciso que haja

10Chiavenato, Idalberto. Administração Geral e Pública. Provas e Con-


cursos. 3ª edição – Barueri, SP: Manole, 2012.
Conhecimentos Específicos 12

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Organização para que haja sucesso o processo organizacional. Por isso a Co-
Esse termo pode ter diversos significados dependendo da municação foi um elemento colocado separadamente mesmo es-
frase ou tema que é colocado, neste caso o sentido de organiza- tando contido dentro da função Direção.
ção que trataremos será o ato de organizar propriamente dito, A Direção é uma função administrativa que se relaciona dire-
de estruturar e integrar os recursos necessários à execução dos tamente com os colaboradores, portanto é uma função muito
objetivos e metas traçados na função administrativa planeja- mais pessoal do que as outras funções.
mento. Dentro do processo de Comunicação existem alguns fatores
Organização pode ser compreendida como o processo admi- que são imprescindíveis de serem citados como Elementos da
nistrativo que visa à estruturação de uma entidade (empresa), Comunicação: Emissor e Receptor, Canais de Comunicação, Men-
para Chiavenato11 “organizar consiste em determinar as ativida- sagens, Códigos e Interpretação, Obstáculos à Comunicação, a
des específicas e necessárias ao alcance dos objetivos planeja- Voz e suas Funções.
dos, de forma a agrupar as atividades em uma estrutura lógica Ao conceituar a Comunicação, podemos destacar que se-
(departamentalização); designar tais atividades às específicas gundo Philip Kotler, o processo de comunicação possui nove va-
posições e pessoas (cargos e tarefas)”. riáveis. O emissor e o receptor representam as partes envolvidas
Ou seja, a organização é a função responsável por ordenar as na comunicação (quem emite e quem recebe a mensagem). A
atividades estipuladas nos planos previamente elaborados, é o mensagem e o meio representam as principais ferramentas de
momento onde as tarefas serão fragmentadas por equipes ou de- comunicação: o que se diz e de que forma o receptor tem acesso
partamentos para serem preparadas para a próxima função a ser à informação. A Codificação, a decodificação, a resposta e o feed-
executada, a Direção. back (retorno) são os elementos que dizem respeito ao processo
de comunicação em si. E o ruído corresponde a todos os fatores
Direção que possam interferir na mensagem que se pretende transmitir.
A direção corresponde à terceira função administrativa que
faz parte do processo organizacional ou administrativo. A dire- Controle
ção está relacionada com o direcionamento que os objetivos tra- O Controle em Administração pode assumir vários significa-
çados anteriormente terão para conseguir alcançar a execução e dos:
consequente sucesso. É a direção que proporcionará um norte a) Controle como função restritiva e coercitiva: Utilizado no
aos objetivos e planos, é responsável por interpretar o que foi sentido de coibir ou limitar certos tipos de desvios indesejáveis
definido na função do Planejamento e instruir as equipes de ou de comportamento não aceitos. Neste sentido, o controle
como colocar em prática a fim de garantir que tudo seja execu- apresenta um caráter negativo, sendo muitas vezes interpretado
tado conforme o planejado sem perder o foco. como inibição, delimitação e manipulação. É o chamado controle
Segundo Chiavenato12 “como tempo é dinheiro, quando se social aplicado nas organizações e na sociedade para inibir o in-
trata de negócios, a má ou morosa interpretação dos planos pode dividualismo e a liberdade das pessoas.
provocar elevados custos. O bom administrador é aquele que b) Controle como um sistema automático de regulação: Utili-
pode explicar e comunicar as coisas às pessoas que precisam zado no sentido de manter automaticamente um grau constante
fazê-las bem e prontamente, orientando-as sanando todas as dú- de fluxo de funcionamento de um sistema.
vidas possíveis, além de impulsioná-las, liderá-las e motivá-las O mecanismo de controle detecta desvios e proporciona au-
adequadamente”. O que Chiavenato explica é que a função de Di- tomaticamente ação corretiva para voltar à normalidade.
reção não tem mero papel operacional, em outras palavras, não Quando algo está sob controle significa que está dentro do nor-
é simplesmente apontar a direção à uma equipe e dizer siga em mal.
frente. Mas ser capaz de executar o papel de um verdadeiro líder, c) Controle como função administrativa: É o controle por
e esse papel não é único e exclusivo do gerente ou do executivo, parte do processo administrativo, como o planejamento, organi-
do coordenador, mas de toda equipe, todos dentro do seu cargo zação e direção. Trataremos do controle sob o terceiro ponto de
e função podem ser líderes, todos podem contribuir para o dire- vista, ou seja, o controle como a quarta função administrativa e
cionamento dos objetivos e atividades. que depende do planejamento, da organização e da direção para
formar o processo administrativo. A finalidade do controle é as-
Podemos classificar alguns propósitos para essa função: segurar que os resultados do que foi planejado, organizado e di-
rigido se ajustem tanto quanto possível aos objetivos previa-
- Guiar as atividades e responsabilidades; mente estabelecidos. A essência do controle reside na verificação
- Conduzir a equipe quando há dificuldades e dúvidas; se a atividade controlada está ou não alcançando os objetivos ou
- Desenvolver o foco na equipe, para que todos estejam ali- resultados desejados. O controle consiste fundamentalmente em
nhados ao mesmo objetivo; um processo que guia a atividade exercida para um fim previa-
- Permitir uma comunicação transparente e eficaz; mente determinado.
- Aumentar o nível da qualidade do trabalho, por meio da mo-
tivação; Trataremos o controle sob o ponto de vista do terceiro signi-
- Estimular a participação com sugestões, novas ideias e es- ficado, isto é, como parte do processo administrativo. Assim, o
tratégias. controle é a função administrativa que monitora e avalia as ati-
- Entre outros. vidades e resultados alcançados para assegurar que o planeja-
mento, a organização e a direção seja, bem-sucedidas.
A função Direção é considerada como uma função interpes- Tal como o planejamento, a organização e a direção, o con-
soal, pois é uma função que lida com a Comunicação. A função trole é uma função administrativa que se distribui entre todos os
comunicação embora não esteja em um quadrante específico níveis organizacionais, como indica o quadro abaixo:
apresentado na figura do ciclo administrativo, está contido den-
tro da função Direção, o destaque do estudo para esse subtópico
surge, pois a comunicação é um dos elementos mais importantes

11Chiavenato, Idalberto. Introdução à teoria da Administração, 6ª Ed. – 12Chiavenato, Idalberto. Administração Geral e Pública. Provas e Con-
Rio de Janeiro: Campus, 2000. cursos. 3ª edição – Barueri, SP: Manole, 2012.

Conhecimentos Específicos 13

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APOSTILAS OPÇÃO
Controle nos três nível organizacionais Controle de sim/não: é um tipo de controle capaz de inter-
romper uma ação a fim de definir aquilo que será seguido, as con-
Nível dições para isso e os ajustes/procedimentos necessários.
Tipo de
Organi- Conte- Ampli- Controle pós-ação: ocorre após uma ação já ter sido execu-
Planeja- Tempo
zacio- údo tude tada, com o objetivo de verificar se o resultado foi alcançado e
mento
nal tem como objetivo gerar feedback (retroalimentação do sis-
Direcio- tema).
Genérico
Institu- Estraté- nado a Macroori-
e Sinté- Os Controles Organizados
cional gico Longo entado
tico Em todos as organizações, a administração cria mecanismos
Prazo
Menos para controlar todos os aspectos possíveis da vida organizacio-
Direcio- Aborda nal. Em geral, os controles organizados servem para:
Inter- genérico
nado a cada uni- - Padronizar o desempenho, por meio de inspeções, pesqui-
mediá- Tático e Mais
Médio dade orga- sas, supervisão, procedimentos escritos ou programas d produ-
rio deta-
Prazo nizacional ção.
lhado
Microori- - Padronizar a qualidade dos produtos e serviços oferecidos
Direcio- entado pelo organização, mediante treinamento de pessoal, inspeções,
Deta- verificações, controle estatístico de qualidade e sistemas de re-
Operaci- Operacio- nado a aborda
lhado e compensas e incentivos.
onal nal Curto cada ope-
Analítico - Proteger os bens organizados de abusos, desperdícios ou
Prazo ração em
separado roubos, por meio de exigência de registros inscritos, inspeções,
levantamentos, procedimentos de auditoria e divisão de respon-
Assim, quando falamos de controle, queremos dizer que o ní- sabilidades.
vel institucional efetua o controle estratégico, o nível intermedi- - Limitar a quantidade de autoridade que está sendo exercida
ário faz os controles táticos, e o nível operacional, os controles pelas várias posições ou níveis organizacionais, mediantes des-
operacionais, cada qual dentro de sua área de competência. Os crição de cargos, diretrizes e políticas, regras e regulamentos e
três níveis se interligam e se entrelaçam intimamente. Contudo, sistemas de auditoria.
o processo é exatamente o mesmo para todos os níveis: monito- - Avaliar e dirigir o desempenho das pessoas, por meio de sis-
rar e avaliar incessantemente as atividades e operações da orga- temas de avaliação do desempenho do pessoal, supervisão di-
nização. reta, vigilância e registro, incluindo informações sobre índices,
como produção por empregado ou perdas com refugo por em-
Os três níveis de controle pregado etc.
- Prevenir para garantir o alcance dos objetivos organizacio-
nais, pela articulação de objetos em um planejamento, uma vez
que eles ajudam a definir o escopo apropriado e a direção do
comportamento das pessoas para o alcance dos resultados dese-
jados.

O Processo de Controle:
A finalidade do controle é assegurar que os resultados do que
foi planejado, organizado e dirigido se ajustem tanto quanto pos-
sível aos objetos previamente estabelecidos. A essência do con-
trole consiste em verificar se a atividade controlada está ou não
alcançando os objetivos ou resultados desejados. Nesse sentido,
o controle consiste basicamente de um processo que guia a ativi-
dade exercida para um fim brevemente determinado.

O processo de controle apresenta quatro etapa ou fase:


- Estabelecimento de objetivos ou padrões de desempenho
- Avaliação ou mensuração do desempenho atual
- Comparação do desempenho atual com os objetos ou pa-
drões estabelecidos
O controle está presente, em maior ou menor grau, em quase - Tomada de ação corretiva para corrigir possíveis desvios ou
todas as formas de ação organizacional. Os administradores pas- anormalidades
sam boa parte de seu tempo observado, revendo e avaliando o
desempenho de pessoas, unidades organizacionais, máquinas e
equipamentos, produtos e serviços, em todos os três níveis orga-
nizacionais.

Tipos De Controle
O processo de controle também pode ser classificado pela
sua incidência no processo administrativo, conforme a seguir:
Controle pré-ação: aborda à análise dos recursos (financei-
ros, humanos e materiais) disponíveis para projetar se será pos-
sível implementar algo conforme o planejado.
Controle de direção: tal controle ocorre durante a execução
prevista por um planejamento e auxilia na execução, uma vez
que pode detectar desvios e corrigi-los ainda dentro do processo.

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As Quatros Etapas do Processo de Controle cultura orientada a resultados e para ajudar a fortalecer as insti-
tuições públicas.

Questões

01. (DPE/MT - Assistente Administrativo - FGV/2015)


Em relação aos processos administrativos nas organizações, as-
sinale a afirmativa incorreta.
(A) Prever é traçar um programa de ação.
(B) Organizar significa distribuir tarefas.
(C)Comandar é distribuir/orientar pessoas.
(D) Coordenar é harmonizar os esforços individuais.
(E) Controlar é estimular iniciativas autônomas.

02. (DPE-MT Assistente Administrativo – FGV – 2015) Em


relação aos processos administrativos nas organizações, assinale
Estabelecimentos de Objetivos ou Padrões
a afirmativa incorreta.
(A) Prever é traçar um programa de ação.
O primeiro passo do processo de controle estabelecer previ-
(B) Organizar significa distribuir tarefas.
amente os objetivos ou padrões que se deseja alcançar ou man-
(C) Comandar é distribuir/orientar pessoas.
ter. Os objetivos como já vimos anteriormente servem de pontos
(D) Coordenar é harmonizar os esforços individuais.
de referência para o desempenho ou resultados de uma organi-
(E) Controlar é estimular iniciativas autônomas.
zação, unidade organizacional ou atividade individual. O padrão
é um nível de atividade estabelecido para servir como um mo-
03. (IF-SC: Técnico Administrativo - IF-SC – 2014) Assi-
delo para a avaliação do desempenham organizacional. Um pa-
nale a alternativa que CORRESPONDE às principais Funções Ad-
drão significa um nível de realização ou de desempenho que se
ministrativas que compõem a área da Administração.
pretende tomar como referência. Os padrões funcionam como
(A) Gestão de Pessoas, Controle, Planejamento e Produção.
marcos que determinam se a atividade organizacional é ade-
(B) Marketing, Planejamento, Controle e Produção.
quada ou inadequada ou como normas que proporcionam a com-
(C) Financeira, Marketing, Direção e Organização.
preensão do que se deverá fazer.
(D) Planejamento, Gestão de Pessoas, Organização e Marke-
ting.
Existem vários tipos de padrões utilizados para avaliar e con-
(E) Planejamento, Organização, Direção e Controle.
trolar os diferentes recursos da organização.
04. (UFMT Analista Administrativo - INSTITUTO AOCP –
- Padrões de quantidade: como números de empregados, vo-
2014) O processo administrativo pode ser visualizado como um
lume de produção, total e vendas, porcentagem de rotação de es-
sistema aberto, no qual as funções administrativas são elemen-
toque, índice de acidentes etc.
tos interdependentes e interativos, com influências recíprocas
- Padrões de qualidade: como padrões de qualidade de pro-
acentuadas. Assinale a alternativa que mostra o papel da função
dução, índice de manutenção das maquinas e equipamentos,
direção como processo no nível intermediário de atuação da or-
qualidade dos produtos e serviços oferecidos pela organização.
ganização.
- Padrões de tempo: como permanecia media do empregado
(A) Determinação de objetivos e colocação de recursos.
na organização, tempo padrão de produção, tempo de processa-
(B) Políticas e diretrizes de direção e condução do pessoal.
mento dos pedidos dos clientes etc.
(C) Desenho da estrutura organizacional com definição de
- Padrões de custo: como custo de estocagem de matéria-
rotinas e procedimentos.
prima, custo de um processamento de um pedido, custo de uma
(D) Chefia, supervisão, motivação do pessoal e avaliação de
requisição de um material, custo de uma ordem de serviço, cus-
desempenho departamental.
tos diretos e indiretos na produção etc.
(E) Gerência e aplicação de recursos com vistas à ação em-
Os padrões definem o que se deve ser medido em termos de
presarial e à liderança.
quantidade, qualidade, tempo e custos dentro de uma organiza-
ção e quais os instrumentos de medidas adequados.
05. (Petrobras - Enfermeiro(a) do Trabalho Júnior – CES-
GRANRIO/2014) No processo administrativo, são funções do
Avaliação
controle:
A avaliação como técnica administrativa ajuda a melhorar a
(A) o controle pré-ação, o controle concorrente e o controle
gestão porque produz informações necessárias para identificar
por feedback
e entender as causas dos acertos e fracassos, os problemas dos
(B) o controle gráfico, o controle documental e o controle por
desempenhos individual e coletivo, dentro de um contexto de
relatórios
planejamento.
(C) o controle da qualidade, o controle da quantidade e o con-
Entretanto, se é necessário enxergar estes níveis como um
trole dos custos
sistema, necessariamente deve-se identificar suas interconexões
(D) o controle formativo, o controle somativo e o controle
e, sobretudo a articulação entre os níveis, ou seja, a avaliação do
avaliativo
desempenho de um funcionário (nível micro) tem que está rela-
(E) o autocontrole, a auditoria interna e a auditoria de resul-
cionado com a maneira com que suas ações possibilitam o cum-
tados
primento da missão organizacional (nível médio). Estas por sua
vez, devem se relacionar com as ações de governo para imple-
06. (INSTITUTO AOC - Analista Administrativo - Adap-
mentar as políticas públicas (nível macro).
tada UFGD/2014) Assinale a alternativa que apresenta uma de-
Desta maneira, os níveis mais desagregados da avaliação
finição de processo administrativo.
contribuem para o ajustamento das ações definidas no nível ma-
(A) É o processo de planejar, implementar, controlar e ava-
cro do planejamento público. O uso adequado da informação,
liar estratégias.
portanto, garante a viabilidade do sistema para promover uma
(B) É o processo de prever os objetivos pretendidos.

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(C) É o processo de tomar decisões sobre a utilização de re-
cursos para realizar objetivos. 06. Resposta: E.
(D) É o processo que possibilita o uso racional dos recursos Segundo Chiavenato, “quando essas funções são considera-
disponíveis. das em um todo integrado formam o processo administrativo,
(E) É o processo que integra o conjunto de funções-chave da entretanto quando consideradas isoladamente constituem ape-
administração. nas funções administrativas”.

07. Resposta: C.
07. (CEPERJ - Técnico de Nível Superior - FSC/2014) No O primeiro passo do processo de controle estabelecer previ-
processo administrativo, a atividade de controle apresenta como amente os objetivos ou padrões que se deseja alcançar ou man-
primeira etapa: ter. Os objetivos como já vimos anteriormente servem de pontos
(A) a avaliação do desempenho atual de referência para o desempenho ou resultados de uma organi-
(B) a elaboração de indicadores zação, unidade organizacional ou atividade individual. O padrão
(C) o estabelecimento de objetivos e padrões de desempenho é um nível de atividade estabelecido para servir como um mo-
(D) a tomada de ações corretivas delo para a avaliação do desempenham organizacional. Um pa-
(E) a comparação do desempenho atual com a execução drão significa um nível de realização ou de desempenho que se
pretende tomar como referência. Os padrões funcionam como
08. (Colégio Pedro II - Técnico de Nível Superior - INSTI- marcos que determinam se a atividade organizacional é ade-
TUTO AOCP/2013) O processo administrativo é formado por quada ou inadequada ou como normas que proporcionam a com-
funções básicas da Administração. Quais são elas? preensão do que se deverá fazer.
(A) Planejamento e direção
(B) Controle e direção. 08. Resposta: D.
(C) Planejamento, organização e trabalho. O Processo Administrativo é composto por quatro funções
(D) Planejamento, organização, controle e direção. administrativas que são primordiais para um excelente resul-
(E) Controle e direção do trabalho. tado organizacional, são eles:
- Planejar;
Respostas - Organizar;
- Dirigir;
01. Resposta: E. - Controlar.
Controlar não é estimular iniciativas autônomas, e sim asse-
gurar que os resultados do que foi planejado, organizado e diri-
gido se ajustem tanto quanto possível aos objetos previamente III - Motivação, comunicação
estabelecidos. A essência do controle consiste em verificar se a
atividade controlada está ou não alcançando os objetivos ou re-
e liderança.
sultados desejados.
Liderança
02. Resposta: E. Liderança é a arte de comandar pessoas, atraindo seguidores
Retomar a teoria referente ao subcapítulo “controle” nas fun- e influenciando de forma positiva mentalidades e comportamen-
ções administrativas, itens a, b e c. tos. A capacidade de gerir e conduzir pessoas rumo a grandes re-
sultados é uma tarefa que exige uma habilidade de liderança bem
03. Resposta: E. desenvolvida.
Conforme a teoria apresentada, as funções fundamentais da A liderança pode surgir de forma natural, quando uma pes-
administração são: Planejamento, Organização, Direção e Con- soa se destaca no papel de líder, sem possuir forçosamente um
trole. cargo de liderança. É um tipo de liderança informal. Quando um
líder é eleito por uma organização e passa a assumir um cargo de
04. Resposta: E autoridade, exerce uma liderança formal.
No nível institucional, denomina-se direção, no nível inter- A liderança é o elemento promotor da gestão, responsável
mediário é chamada de gerência e no nível operacional recebe o pela orientação, estímulo e comprometimento para o alcance e
nome de supervisão de primeira linha. Assim, quando falamos de melhoria dos resultados organizacionais e deve atuar de forma
direção, queremos dizer que no nível institucional o presidente aberta, democrática, inspiradora e motivadora das pessoas, vi-
e os diretores dirigem pessoas, no nível intermediário os geren- sando ao desenvolvimento da cultura da excelência, à promoção
tes dirigem pessoas e no nível operacional os supervisores diri- de relações de qualidade e à proteção do interesse público. É
gem pessoas. Cada qual dentro de sua área de competência. Con- exercida pela alta administração, entendida como o mais alto ní-
tudo, o processo é exatamente o mesmo para todos: lidar com as vel gerencial e assessoria da organização.
pessoas subordinadas através da comunicação, liderança e moti- Por isso, é fundamental que toda empresa possua um líder de
vação excelência. Um bom líder consegue administrar sua equipe de
forma efetiva, delegar tarefas, estipular prazos e inspirar profis-
05. Resposta: A. sionais a darem o seu melhor em qualquer atividade. Tudo isso
O primeiro passo do processo de controle estabelecer previ- por meio do bom exemplo de suas ações e comportamentos.
amente os objetivos ou padrões que se deseja alcançar ou man-
ter. Weber distinguiu três tipos de sociedade e autoridade:
O controle é responsável por avaliar e dirigir o desempenho
das pessoas, por meio de sistemas de avaliação do desempenho 1. Tradicional: também chamada de feudal ou patrimonial,
do pessoal, supervisão direta, vigilância e registro, incluindo in- a aceitação da autoridade se baseia na crença de que a legitimi-
formações sobre índices, como produção por empregado ou per- dade é baseada na tradição e nos costumes, na qual os subordi-
das com refugo por empregado etc. Prevenir para garantir o al- nados aceitam como legítimas as ordens superiores que emanam
cance dos objetivos organizacionais, pela articulação de objetos dos costumes e hábitos tradicionais ou de fatos históricos ime-
em um planejamento, uma vez que eles ajudam a definir o escopo moriais;
apropriado e a direção do comportamento das pessoas para o al- Na sociedade tradicional (tribo, clã, família) predominam as
cance dos resultados desejados. características conservacionistas, patriarcais e patrimonialistas
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a autoridade que a preside é dita tradicional, na qual a obediên- Segundo Bruce W. Tuckman, durante o desenvolvimento da
cia é justificada pela tradição, pelo hábito ou pelo costume13. equipe, as pessoas começam a se sentir parte do time e percebem
2. Carismática: a aceitação advém da lealdade e confiança que podem fazer mais e serem mais eficientes em seu trabalho
nas qualidades normais de quem governa. Em presença de um se aceitarem os pontos de vista dos outros. Os membros da
líder ou chefe que personifique um carisma invulgar ou excepci- equipe já aprenderam a resolver suas diferenças e estão se tor-
onal, qualquer subordinado aceitará a legitimidade da sua auto- nando mais flexíveis e mais conscientes em relação às suas ex-
ridade. pectativas. Neste momento, começam a criar seus próprios ape-
Na sociedade carismática (partidos políticos, grupos revolu- lidos (e dos outros) e aprendem a se divertirem juntos.
cionários, nações em revolução), geralmente existem caracterís- Enquanto o time está amadurecendo, os membros podem
ticas místicas, arbitrárias e personalísticas; a autoridade caris- descobrir que a equipe não está atendendo a todas as expectati-
mática que a preside é justificada pela influência de um líder de- vas. Eles podem começar a se sentir frustrados e ter dificuldades
tentor de qualidades que o destacam. em responder às diferentes opiniões e conflitos. É importante
3. Burocrática ou Racional-Legal: a aceitação da autori- que os membros da equipe recebam ajuda para lidarem com os
dade se baseia na crença, na legalidade das leis e regulamentos. desentendimentos. Uma redefinição dos objetivos, papéis e tare-
Esta autoridade pressupõe um tipo de dominação legal que vai fas da equipe podem ajudar os membros a passar por esta fase
buscar a sua legitimidade no caráter prescritivo e normativo da de turbulência e progredir para um passo mais concreto, rumo
lei; ao desenvolvimento.
As sociedades burocráticas (as grandes empresas, os estados A equipe aprende a desenvolver um ambiente aberto e con-
modernos, os exércitos) são caracterizadas pelo predomínio de fiável, no qual membros se sentem satisfeitos com o progresso
normas impessoais racionalmente definidas. O tipo de autori- da equipe e se sentem confiantes com suas contribuições indivi-
dade (burocrática ou racional-legal) é justificado pela técnica, duais e com as de seus colegas de trabalho. Este time desenvol-
pela justiça, pela lei e pela meritocracia. A autoridade racional- veu uma atitude “vamos à luta” e os membros desejam se ajudar
legal prevalece nas sociedades ocidentais. mutuamente na execução das tarefas e nas responsabilidades. As
conquistas são medidas e comemoradas.
Para que as pessoas possam trabalhar satisfatoriamente em A formação e o desenvolvimento de equipes tem uma relação
equipe elas precisam de liderança. A liderança constitui uma ne- direta com a liderança. A liderança deve ser considerada em fun-
cessidade típica do trabalho em equipe. Para fazer a equipe fun- ção dos relacionamentos que existem entre as pessoas em uma
cionar e produzir resultados, o gerente precisa desempenhar determinada estrutura social, e não pelo exame de uma série de
muitas funções ativadoras. Dentre estas funções, sobressai a li- traços individuais.
derança. O gerente deve saber como conduzir as pessoas, isto é, Os líderes devem gerar sonhos, por isso, devem ter a capaci-
como liderar as pessoas e administrar as diferenças entre elas. A dade de criar uma visão que possa ser transformada em reali-
liderança é necessária em todas as atividades e em todos os tipos dade e que incentive as pessoas a mudar e a tornar o clima orga-
de organização humana, principalmente nas empresas. nizacional mais agradável.
Ao traduzir os objetivos fixados e convertê-los em programas O clima organizacional é um fenômeno resultante da intera-
de ação, a gerência assume o papel de direcionar e conjugar es- ção dos elementos da cultura, como preceitos, caráter, tecnolo-
forços, comunicar, liderar, motivar, avaliar e recompensar as gia. Decorre do peso dos efeitos de cada um desses elementos
pessoas dentro da organização. O gerente não lida apenas com culturais, valores, políticas, tradições, estilos gerenciais, compor-
capital ou dinheiro, com máquinas ou equipamentos, mas traba- tamentos, expressões dos indivíduos envolvidos no processo e
lha, sobretudo com pessoas. É através das pessoas que o gerente também resultante do conjunto de instrumentos, conhecimentos
consegue a execução das tarefas, a alocação dos recursos mate- e processos operacionais da organização.
riais e financeiros, a produção de bens ou serviços, bem como o O clima organizacional influencia direta e indiretamente nos
alcance dos objetivos organizacionais. Daí a sobrevivência e o su- comportamentos, na motivação, na produtividade do trabalho e
cesso da empresa. Ao lidar com pessoas, a principal habilidade e também na satisfação das pessoas envolvidas com a organização.
ferramenta gerencial que emerge é a liderança. Um ambiente de trabalho onde há motivação e reconhecimento
Diante de uma era de informatização, o conhecimento de mu- proporciona um maior engajamento por parte dos colaborado-
danças cada vez mais corriqueiras e da globalização, se torna res. Se a empresa dá espaço para os colaboradores desenvolve-
fundamental que dentro das organizações, mudanças entre as rem suas ideias e projetos, a produtividade dos colaboradores
relações pessoais e o desenvolvimento dos colaboradores sejam tende a aumentar.
atendidas de forma criativa e imediata. Quando a empresa estabelece uma comunicação eficiente,
O trabalho individual há certo tempo vem dando espaço para clara e objetiva isso também influencia muito no clima organiza-
a realização de tarefas em grupo. Isto ocorre porque, as empre- cional. A comunicação interna é um dos fatores que mais propor-
sas demandam cada vez mais de conhecimentos diferenciados cionam insatisfação no ambiente de trabalho. Sendo assim a em-
para a obtenção dos resultados almejados, o que leva a formação presa precisa investir em canais de comunicação que possam ser
de equipes de pessoas que completam os diferentes departa- utilizados por todos, desde o nível operacional até o nível estra-
mentos organizacionais14. tégico. A empresa jamais pode excluir qualquer colaborador do
Para que a equipe se desenvolva e alcance níveis de alto de- processo de comunicação, de forma a estabelecer favoritismo na
sempenho, é necessário que se crie um ambiente de diálogo transmissão de informações. A comunicação deve ser uma ferra-
aberto e saudável. Isso acaba gerando uma relação de transpa- menta democrática, de fácil uso e para todos.
rência entre todos, gerando um ambiente ético e honesto. Por- Dessa forma pode-se entender que clima organizacional é o
tanto, uma equipe de alto desempenho mantém o enfoque nos reflexo das motivações comportamentos e relações estabeleci-
resultados, nos objetivos comuns, tanto do indivíduo como das das entre os agentes organizacionais além de ser um fator que
organizações, a administração por princípios para a tomada de influencia estas mesmas variáveis. Quando os colaboradores es-
decisões e soluções de problemas, o trabalho em equipe, a inte- tão insatisfeitos com determinada questão no trabalho isso in-
gração das habilidades, o reforço do compromisso total, o uso terferirá na sua produtividade e consequentemente no clima que
produtividade das diferenças de pensamento e o desenvolvi- envolve a empresa. Bem como, quando os colaboradores estão
mento do indivíduo através do fazer, saber fazer e saber estar.

13 Chiavenato (2003) 14 Morais (2011)


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satisfeitos e motivados a produtividade aumenta, além de pro- Cada pessoa tem as suas aspirações pessoais, os seus objeti-
mover o bem-estar geral e ainda contagiar os demais colabora- vos, as suas preferências, as suas características de personali-
dores à volta. dade, os seus talentos e habilidades. Cada pessoa é única e ímpar.
Ao constituírem uma equipe de trabalho, as pessoas se destacam
Tipos de clima organizacional pelas diferenças individuais.
Existem inúmeros tipos e subtipos de clima organizacionais, Segundo (Chiavenato 2004), quando há baixa motivação en-
portanto a classificação de somente alguns deles se deve a um tre os membros, seja por frustração ou por barreiras à satisfação
fator meramente didático e sistemático. Sendo assim, Edela das necessidades individuais, o clima organizacional tende a bai-
(1978) os classificou como: xar. Algumas causas do clima organizacional baixo são:
- Clima desumano, onde é dada excessiva importância à tec- -Apatia;
nologia; -Insatisfação;
- Clima tenso, onde há forte pressão ao cumprimento de nor- -Depressão;
mas rígidas; -Inconformidade;
- Clima burocrático em que os resultados podem levar as pu- -Agressividade.
nições e/ou demissões e por último;
- O clima de tranquilidade e confiança, onde existe plena acei- Existem pelo menos três fatores que as pessoas desejam na
tação dos afetos, sem descuidar se de preceitos e do trabalho. organização que contribuem para um clima altamente positivo:

É importante ressaltar que não é tarefa fácil pesquisar e ana- 1. Equidade: consiste na adaptação da regra existente à situ-
lisar o clima e a cultura das organizações, pois isto exige o conhe- ação concreta, observando-se os critérios de justiça e igualdade.
cimento da tecnologia indispensável para tal. Esta tecnologia en- Significa o uso da imparcialidade para reconhecer o direito de
globa a postura do pesquisador, o conhecimento de uma meto- cada um, usando a equivalência para se tornarem iguais, e vem
dologia, a escolha de técnicas apropriadas à investigação, a sele- do latim “equitas”. A equidade adapta a regra para um determi-
ção adequada das categorias de análise, o esclarecimento dos ob- nado caso específico, a fim de deixá-la mais justa. No sentido de
jetivos da pesquisa e o reconhecimento, da gerencia e colabora- perceber que os superiores de qualquer nível são justos na sua
dores, no que se refere à importância da pesquisa para uma in- relação com a estrutura social, seja com relação à remuneração,
tervenção pontual e eficaz. Outro ponto que deve ser analisado seja com relação às avaliações realizadas ou a eventuais conflitos
ao realizar a pesquisa são os fatores externos à organização que interpessoais. O clima organizacional será tão melhor quão me-
fatalmente influenciam os clientes internos e, consequente- lhor for à resposta de superiores a estas questões. A Grécia foi
mente, no clima e na cultura da organização. considerada o berço da equidade, porque ela não excluía o di-
Ao considerar os fatores externos à organização, na pesquisa reito escrito, apenas o tornava mais democrático, e teve também
do clima e cultura organizacionais, é necessário obter informa- um papel importante no direito romano.
ções pertinentes e percepções do mercado do qual a organização
faz parte. No entanto, antes de escolher os focos a serem incluí- 2. Realização: Estar bem na organização, ser considerado,
dos na avaliação é necessário considerar os objetivos do pesqui- respeitado no trabalho que executa e estar numa organização
sador e da organização ao solicitar a pesquisa. E somente a partir com responsabilidade social que respeite as leis, principalmente
disto é que os focos deverão ser selecionados para a avaliação. aquelas que atingem a população mais diretamente, como, por
A seleção dos itens pertinentes à pesquisa poderá ser discu- exemplo, as questões ambientais. Há estudos que colocam a rea-
tida com os gestores da organização. Ao escolher e elaborar os lização como sendo fator altamente relevante para as pessoas
instrumentos de pesquisa é necessário considerar o grau de es- que ocupam posições superiores e não para as pessoas que têm
colaridade dos colaboradores, o tempo disponível para realizá- atribuições de pequeno, quando têm algum poder decisório. Isso
la e fazer o teste dos instrumentos com alguns funcionários para pode ser verdade se a realização significa crescer na carreira, na
corrigir possíveis falhas. A pesquisa deve atingir o máximo de empresa, ter salários com reajustes acima de percentuais inflaci-
funcionários para não gerar angústia tanto no grupo que partici- onários etc.
pou quanto no que não fez parte da mesma.
Realizado o diagnóstico do clima organizacional, são sugeri- 3. Companheirismo: Independentemente dos conflitos natu-
das medidas a serem implementadas na organização, pois sabe- rais existentes na organização, as pessoas, no geral, buscam uma
se que a produtividade da mesma é também o resultado da mo- relação amistosa, porque assim têm maiores possibilidades de
tivação e estado de espírito dos indivíduos que dela fazem parte. manutenção da sua posição interna na estrutura organizacional.
De nada adianta realizar uma pesquisa se não houver uma devo-
lução para todos os envolvidos no processo de coleta de dados e O conhecimento do clima da organização pode ser obtido
se os seus resultados não forem utilizados para elaborar um através de pesquisas efetuadas junto aos colaboradores, utili-
plano de ação com intuito de mudar os pontos negativos encon- zando-se consultoria externa ou mesmo interna. As pesquisas
trados durante a análise. sobre clima organizacional devem ser concentradas nas percep-
Com esta medida garante-se também maior comprometi- ções que o indivíduo tem do ambiente de trabalho, e não das ver-
mento e seriedade dos colaboradores, de forma a reorganizar dadeiras experiências compartilhadas dos membros da organi-
uma cultura organizacional pautada em valores e princípios que zação. Deve também abordar aspectos relacionados ao relacio-
possam orientar a postura e comportamento dos colaboradores, namento das pessoas, do tipo de liderança exercido pelos super-
dentro e fora das organizações. visores, da satisfação na execução do trabalho, qualidade dos
serviços prestados, alimentação, limpeza e segurança no traba-
Motivação lho.
Em termos de comportamento, a motivação pode ser concei- É de grande importância que os funcionários da organização
tuada como o esforço e tenacidade exercidos pela pessoa para seja informados sobre os resultados. A administração deve uti-
fazer algo ou alcançar algo. A motivação é um dos inúmeros fato- lizá-los, dando uma atenção especial aos pontos fracos e apli-
res que contribuem para o bom desempenho no trabalho. A ra- cando ações que promovam mudanças positivas no clima e no
zão pela qual se focaliza tão insistentemente a motivação é que comportamento organizacional.
ela é mais facilmente influenciável do que as demais caracterís- O treinamento e desenvolvimento é um procedimento estra-
ticas das pessoas como traços de personalidade, aptidões, habi- tégico e de reconhecimento do valor das pessoas, sendo a moti-
lidades etc. vação e a retenção contribuições importantes.

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É necessário identificar as competências que o funcionário A mensagem que será passada pelo transmissor provém de
tem, e aquelas que ele precisará desenvolver para atender as ex- uma fonte de informação, onde através de sinais e com influência
pectativas de um devido cargo. As avaliações contribuem para da fonte de ruído, a mesma é direcionada ao receptor, onde esta,
realocação de cargos, mudanças evolutivas ou até mesmo demis- por sua vez, participa da ação como destinatário final. A finali-
são. Cada organização precisa identificar as competências bási- dade desse modelo é melhorar a comunicação entre as pessoas,
cas e fundamentais para se ter sucesso, conhecida como compe- ou seja, melhorar a transmissão das mensagens-sinais.
tências essências15. Se levar em conta a comunicação humana (verbal, oral, es-
A estratégia de treinamento e desenvolvimento torna-se ex- crita) verifica-se que a há defeitos que precisam ser sanados na
tremamente importante no processo de aprendizagem que proposta de Shannon, pois ela é caracteriza como: simplificação
busca suprir as novas demandas que surgem nos mais diversos excessiva da comunicação verbal; modelo linear de comunica-
setores da economia. Levando em conta que o capital humano é ção; caráter mecanicista do modelo.
um importante recurso em uma organização e que a capacitação O ato de comunicar pode ser compreendido como uma forma
deste recurso ocorre com a estratégia de treinamento e desen- de compartilhar experiências, sentimentos ou ideias. Considere-
volvimento cabe as organizações estabelecerem estratégias que mos alguns elementos básicos da comunicação, como: a situação
elevem os recursos humanos ao potencial de suprimento dos co- onde ocorre e como proporciona um efeito transformador; os in-
nhecimentos, resultando em produtividade e melhores resulta- terlocutores que dela participam; as mensagens que elas com-
dos para a empresa. Operar tecnologias de maneira adequada partilham; os signos e os meios que utilizam para representar e
pode reduzir custos com manutenções inesperadas, melhorar o transmitir.
clima organizacional e a satisfação do pessoal em operação. Para transmissão de informações ou mensagens os princi-
Investir no capital humano pode ser um grande caminho pais meios de comunicação utilizados são: telefone, fax, internet,
para alcançar vantagens em relação aos concorrentes. As novas intranet, correio eletrônico, comunicados, avisos, cartas, memo-
gerações possuem características fortemente diversificadas e di- randos, entre outros.
ferentes de gerações anteriores. Esses diferenciais são perceptí- Os canais são linhas de comunicações entre indivíduos para
veis no relacionamento, na comunicação, no uso de tecnologias, a transmissão de informações relacionadas com as tarefas admi-
na interação com o ambiente de trabalho, na realização de ativi- nistrativas. Dá-se o nome de rede para o conjunto de canais exis-
dades em equipe, no tempo de permanência em uma determi- tentes ou em potencial num grupo de pessoas ou departamento.
nada organização. A Revolução da Informação caracterizada pelo surgimento
Grandes corporações estão ligadas aos desafios e as necessi- da Era da Informação, personalizada pela evolução da informá-
dades que surgirão em um futuro próximo com relação a atuação tica nas tecnologias de comunicação está influenciando os mode-
das novas gerações nas empresas. Empresas hoje realizam estu- los de gestão, onde o uso de sistemas de informação atua como
dos e pesquisas para que nos próximos 10, 20 ou 30 anos possam agente facilitador de mudança juntamente com o com comporta-
estar preparadas para os novos colaboradores e a dinâmica que mento das pessoas.
vem mudando o perfil das pessoas em meio a um mundo rápido, A necessidade de se promover mudanças no modelo de ges-
dinâmico, cheio de expectativas e explosão de informações. tão é inevitável, os velhos paradigmas não se adaptam ao mundo
globalizado, onde não há lugar para uma gestão centralizadora,
Comunicação lenta, burocrática e tradicionalista.
A palavra Comunicação deriva do latim communicare, cujo Grandes linguísticos lançaram propostas que procuraram
significado é tornar comum, partilhar, associar, trocar opiniões, complementar a comunicação verbal, o modelo da teoria da in-
conferenciar. Tem o sentido de participação, em interação, em formação e a teoria da comunicação. Sempre há na comunicação
troca de mensagens, em emissão ou recebimento de informação um remetente, onde este envia uma mensagem a um destinatá-
nova. É um processo, um acontecimento, uma interação ou um rio, e para que esta mensagem seja transmitida de forma eficaz,
encontro entre duas intencionalidades. requer a presença de um contexto.
A comunicação é a troca de informações entre indivíduos. É Uma contribuição relevante mais conhecida da proposta de
uma forma de tornar comum mensagens ou informações. Cons- Jakobson na variação linguística está relacionada com a questão
titui um dos processos fundamentais da experiência humana e da variedade de funções da linguagem (variar as diversas fun-
da organização social proporcionando informação e compreen- ções e não prender em apenas funções informativas). As funções
são as pessoas, dando-lhes a motivação e cooperação necessárias ressaltadas por Jakobson são: Emotiva (centrada no remetente);
para agir. Referencial (centrada no contexto); Poética (centrada na mensa-
A comunicação se manifesta de diferentes maneiras sendo a gem); Fática (centrada no contato); Metalinguística (centrada no
favor ou contra a vontade dos indivíduos. A comunicação faz código); Conativa (centrada no destinatário).
parte da vida de cada pessoa, está impregnada de significados, A teoria da Nova Comunicação surge na década de 1950. Os
que necessitam ser interpretados. Implica em trocas, atos e ações modelos da teoria da informação já apresentados são lineares,
compartilhadas, pressupõe interação, diálogo e respeito mútuo ou seja, tratam da transmissão da mensagem entre um transmis-
do falar e deixar falar, do ouvir e do escutar, do entender e fazer- sor/receptor, sem levar em conta que pode haver reciprocidade
se entender e principalmente do querer entender. É sempre a entre ambos, ou que pode haver uma circularidade no diálogo,
busca da relação e do compartilhamento. característico da comunicação humana. Esse novo modelo surgiu
A comunicação é muito relevante na vida da sociedade, a para criar esse estilo circular na comunicação.
ponto de considerar que todos já se acostumaram a viver se co- Para não ser considerado um caráter mecanicista, nos mode-
municando. Nos estudos da linguagem, um modelo linguístico los de comunicação, os sujeitos devem ser considerados compe-
conhecido como “esquema de comunicação”, proposto por C.F. tentes (envolvendo destinador e o destinatário – termos menos
Shannon, foi considerado mais aceito entre os linguísticos. Esse restritivos que emissor – receptor) e apresentarem qualidades
esquema se fundamenta em um emissor e um receptor (onde (modais (comunicar-se) – semânticas (determinam a comunica-
ambos têm como função separar a codificação e decodificação da ção)) permitindo assim que haja comunicação.
emissão e da recepção), em um canal (um meio que serve para Para analisar as qualidades modais, é necessário conhecer o
transmitir a mensagem de um ponto a outro), em uma mensa- “fazer comunicativo”, que é entendido como fazer-saber, do des-
gem (uma sequência de sinais no momento da comunicação), e tinador, e um adquirir-saber, do destinatário. O destinador
em fontes de ruídos (diminuem a eficácia da comunicação).

15 Chiavenato (2005)
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exerce, portanto, dois fazeres: o “fazer emissivo” e o “fazer per- 03. (BDMG - Analista de Desenvolvimento – FU-
suasivo”. Em contrapartida, o destinatário realiza o “fazer recep- MARC/2011). Com relação à Gestão de Pessoas, pode-se afirmar
tivo” e o “fazer interpretativo”. como corretas as afirmativas abaixo, EXCETO:
Nenhum tipo de comunicação é neutro ou ingênuo e as rela- (A) A delegação permite ao líder planejar e estabelecer metas
ções entre sujeitos são marcadamente ideológicas e que os dis- e prazos.
cursos que circulam entre eles são marcados por coerções soci- (B) A avaliação do desempenho deve ser um processo dinâ-
ais. mico, bidirecional, interativo e, sobretudo, criativo.
A Comunicação Interna engloba todas as práticas e processos (C) Uma das características comum dos líderes de mudanças
comunicativos de uma determinada organização com o seu pú- é a motivação sobre os outros e não a sua própria motivação.
blico interno (funcionários, colaboradores, acionistas). Sendo es- (D) No gerenciamento de pessoas, deve-se estruturar as ta-
tabelecida de forma correta, além de resultados positivos nas refas e atribuições de cada um dos membros da equipe, através
áreas administrativas, mercadológica e econômica, consegue do desenho dos cargos.
tornar o ambiente de trabalho mais harmonioso e agradável para
todos que constituem a empresa. Criar um planejamento estra- 04. (MPU - Analista do Ministério Público da União -
tégico, padronizando seus veículos de comunicação, a organiza- Adaptada CESPE/2015) - Considerando a relação entre o ambi-
ção consegue passar informações importantes, de forma organi- ente profissional e os indivíduos que o compõe, julgue o item se-
zada, clara e objetiva para seu público interno, evitando o surgi- guinte: A satisfação pessoal no trabalho está relacionada ao
mento de suposições e comentários errôneos, deixando os funci- modo como o desempenho individual afeta a autoestima do pro-
onários seguros e motivados, estabelecendo uma imagem har- fissional.
mônica e clara que transmite confiabilidade e credibilidade. ( ) Certo ( ) Errado
Neste processo de reestruturação, são vários os recursos que
a organização pode utilizar para que esta Comunicação Interna 05. (ANTT - Analista Administrativo – CESPE/2013) – Ob-
comece a funcionar trazendo resultados positivos com o passar serve o fragmento do texto: “É difícil separar o comportamento
do tempo, como: a criação de uma intranet única, a utilização de das pessoas do das organizações. As organizações funcionam por
jornal mural e jornal interno, realizando pesquisas de satisfação meio das pessoas, que dela fazem parte e que decidem e agem
e clima interno para tomar conhecimento da imagem que a orga- em seu nome. Diversos termos são utilizados para definir as pes-
nização possui na cabeça de seus colaboradores. soas que trabalham nas organizações, sendo esses termos em-
Os colaboradores de uma organização querem ter conheci- pregados para definir como as organizações encaram as pessoas,
mento dos negócios da empresa, das decisões que ela toma, da dado que essa denominação reflete o grau de importância que as
situação que ela se encontra. A falta de informação, de uma co- pessoas têm para a organização”.
municação entre empresários e funcionários acaba gerando des- Idalberto Chiavenato. Gestão de pessoas: o novo papel dos re-
motivação e falta de comprometimento. Torna-se fundamental cursos humanos nas organizações. 3.ª Ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
comunicar a missão da empresa, seus valores, metas e objetivos 2008, p. 5 (com adaptações).
ao público interno, pois quanto maior for seu envolvimento com
a organização, maior será o seu comprometimento. Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial,
A Comunicação Interna compreende os procedimentos co- julgue o item subsequente, relativo à gestão de pessoas: Os fun-
municacionais que ocorrem na Organização. “Visa proporcionar cionários constituem um dos principais ativos das organizações
meios de promover maior integração dentro da organização me- e a gestão de pessoas, ao ser bem executada, é a função que per-
diante o diálogo, a troca de informações, experiências e a parti- mite a colaboração eficaz das pessoas e o alcance dos objetivos
cipação de todos os níveis”16. organizacionais e individuais.
( ) Certo ( ) Errado
Questões
06. (TRT - 17ª Região (ES) - Analista Judiciário - Psicolo-
01. (AL-SP - Agente Técnico Legislativo Especializado – gia – Adaptada CESPE/2015) Percepções sobre o clima de uma
FCC) No contexto de uma gestão de pessoas por competências, organização são de aprendizagem do indivíduo.
exercer a liderança é ( ) Certo ( ) Errado
(A) tomar decisões individualmente, focado nas tarefas que
devem ser executadas com a maior competência possível. 07. (TCE-RS - Auditor Público Externo - FMP-RS) A avalia-
(B) compartilhar as decisões, envolvendo os colaboradores ção de desempenho é um sistema formal de gerenciamento que
por meio da consulta ou da delegação de tarefas a partir das com- provê a avaliação da qualidade do desempenho individual e/ou
petências de cada um. institucional em uma organização. Assim, ela pode visar apenas
(C) deixar que cada colaborador decida o que deve fazer com ao indivíduo ou também às equipes, às áreas e à organização. No
base nas suas competências individuais. nível do indivíduo, a avaliação de desempenho permite:
(D) persuadir os colaboradores de que suas decisões são as (A) maior alinhamento das unidades da organização com
melhores e devem ser executadas sem questionamentos. suas metas e objetivos estratégicos.
(E) seguir com rigor as diretrizes do planejamento, definindo (B) o desenvolvimento de uma visão sistêmica por parte dos
com clareza as atribuições de cada colaborador. indivíduos em relação à organização.
(C) obter subsídios para a progressão na carreira, com base
02. (PRODEST-ES- Assistente Organizacional - Área Ad- em competências e desempenho, entre outros benefícios.
ministrativa – VUNESP/2014) O estilo de liderança em que o (D) o desenvolvimento do espírito de equipe.
líder é focado apenas nas tarefas é conhecido como: (E) a percepção da interdependência entre áreas e pessoas.
(A) liderança por ideal.
(B) liderança autocrática. 08. (TRT - 17ª Região (ES) - Analista Judiciário - Psicolo-
(C) liderança democrática. gia – CESPE Adaptada/2015). A conceituação de clima organi-
(D) liderança liberal. zacional é constituída por duas dimensões, que são a insatisfação
(E) liderança paternalista. e a satisfação do indivíduo com a organização.
( ) Certo ( ) Errado

16 SCROFERNEKER (2006, p. 47)


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obrigações das partes envolvidas. A Gestão de Pessoas é uma re-
09. (ANAC - Analista Administrativo - Área 1 - CESPE - lação de duradoura simbiose entre pessoas e organizações (CHI-
2012) A cultura organizacional consiste em um fenômeno mul- AVENATO, 2010). A GP refere-se às políticas e práticas (ações)
tidimensional e multinível. necessárias para administrar o trabalho das pessoas. As pessoas
( ) Certo ( ) Errado são parceiras da organização. Todo processo produtivo somente
se realiza com a participação conjunta de diversos parceiros,
10. (FBN - Assistente Técnico – Administrativo – cada qual contribuindo com algum recurso para a organização.
FGV/2013) Quando um líder eficaz conecta os liderados, ele tem Quando falamos em pessoas como parceiras, isso não se limita
como meta: apenas aos seus clientes internos, seus colaboradores, mas in-
(A) dividir a equipe. cluem fornecedores; acionistas e investidores; além de clientes e
(B) aumentar sua popularidade. consumidores.
(C) substituir os superiores.
(D) atingir os resultados. 06. Resposta: Certo
O item está CERTO. A percepção na organização pode ser in-
Respostas fluenciada pelos métodos, políticas e cultura que a organização
possui, juntamente com a realidade de vida, expectativas e inte-
01. Resposta: B resses que cada funcionário tem. Apesar de cada pessoa pensar
A liderança está mais ligada à capacidade de influenciar o e perceber as coisas de maneiras diferentes, a empresa pode es-
comportamento dos outros para que eles realizem (com von- tabelecer meios dentro da organização que colaborem com uma
tade!) ações que vão além dos próprios interesses individuais. percepção positiva por parte dos funcionários sobre a empresa
Pode-se dizer que liderar é fazer com que as pessoas tenham em que trabalham.
vontade de realizar aquilo que o líder acredita que deve ser feito.
07. Resposta: C
02. Resposta: B. Observem que todos os itens estão corretos com relação à
Decisão por imposição pessoal (autoridade). Quem está diri- avaliação de desempenho dentro do âmbito das organizações.
gindo decide sozinho, usando do poder do cargo ou do poder de Mas a questão pede no nível individual, portanto, obter subsídios
liderança autocrática. Fazendo-se a distinção entre decisão efici- para a progressão na carreira, com base em competências e de-
ente e decisão eficaz, pode-se afirmar que a decisão por autori- sempenho, entre outros benefícios é o que está focado para o
dade pode ser uma decisão eficiente – a melhor decisão é tomada agente, o funcionário, empregado ou servidor.
sem perda de tempo – desde que quem decide seja uma pessoa
capaz e bem informada. Na maioria das vezes, a decisão por au- 08. Resposta: Errado
toridade não é a mais eficaz, isto é, não obtém os melhores resul- O item está INCORRETO. Não se trata de satisfação ou insa-
tados, porque não provoca a motivação dos membros do grupo tisfação do funcionário. Clima Organizacional é um conjunto de
que devem executar algo que não decidiram. Em algumas opor- propriedades mensuráveis do ambiente de trabalho percebido,
tunidades, porém, a decisão isolada de quem dirige torna-se ne- direta ou indiretamente pelos indivíduos que vivem e trabalham
cessária, como, por exemplo, nos casos em que a decisão deve ser neste ambiente e que influencia a motivação e o comportamento
tomada com urgência. dessas pessoas.

03. Resposta: C 09. Resposta: Certo.


As demais alternativas contém relação com a gestão de pes- A cultura organizacional envolve todos os níveis da organi-
soas, apenas a alternativa “C” está incorreta, pois o líder deve zação, já que se trata de sua própria essência, sua forma de agir.
motivar os outros, demonstrando primeiramente sua própria Então é multidimensional e multinível.
motivação.
10. Resposta: D
04. Resposta: Errado O líder busca alternativas para atingir da melhor maneira
Na atualidade, as empresas têm percebido que fatores como possível os seus resultados, sendo que os demais itens não são
satisfação e envolvimento do trabalhador têm contribuído signi- objetivos de um líder.
ficativamente para elevar as taxas de produção. Portanto, é ne-
cessário o discernimento da diferença entre esses dois conceitos:
Com relação à satisfação, Robbins (1999) diz que o termo satis- IV - Eficiência e funcionamento de
fação no trabalho refere-se à atitude geral do indivíduo em rela- grupos. O indivíduo na organização:
ção a seu emprego. Uma pessoa com um alto nível de satisfação papéis e interações.
no trabalho tem atitudes positivas em relação ao emprego, ao Trabalho em equipe. Equipes de
passo que uma pessoa que está insatisfeita com seu trabalho tem trabalho.
atitudes negativas quanto ao emprego. Por fim, segundo Zanelli
(2004), os vínculos do indivíduo com o trabalho normalmente O indivíduo na organização: papéis e interações
são a satisfação e o envolvimento com as tarefas. Já os vínculos
com a organização são comprometimento, reciprocidade e per- As pessoas são as principais ferramentas da empresa. Por
cepção de justiça. esse motivo o gestor de pessoas deve estar atento a cada colabo-
rador que emprega e nas necessidades dos seus colaboradores.
05. Resposta: Certo Os indivíduos podem aumentar ou diminuir as fraquezas e forças
O item está CERTO. As pessoas passam boa parte de suas vi- dentro de uma organização. Isso depende da forma em que essas
das trabalhando dentro de organizações. Na verdade, cada uma pessoas são tratadas. Segundo Chiavenato: “Para que os objeti-
das partes depende da outra. Uma relação de mútua dependên- vos de Gestão de Pessoas sejam alcançados, é necessário que as
cia na qual há benefícios e esforços recíprocos, ou seja, direitos e pessoas sejam tratadas como elementos básicos para a eficácia
organizacional”.17

CHIAVENATO, I. Gestão de Pessoas: e o novo papel dos recursos hu-


17

manos nas organizações. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.


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Time: pessoas que executam a tarefa do outro (se necessá-
Grupos e Equipes - Eficiência e Funcionamento rio) e todos reconhecem as diferenças entre elas e suas funções.
O trabalho em equipe não é um desafio fácil e simples, pois
Mais evoluída do que o agrupamento e o grupo, a equipe é somos competitivos e estamos acostumados a trabalhar indivi-
um grupo de trabalho cujos membros sabem interagir de forma dualmente. Para trabalharmos em equipe, precisamos exercer o
assertiva e produtiva, somando seus talentos individuais e li- aprendizado coletivo.
dando de forma positiva com suas diferenças, atingindo assim Cabe ressaltar que a maioria das atitudes positivas ou nega-
um alto nível de desempenho. E ainda são inúmeras as empresas tivas, somente são tomadas quando os homens estão em grupo,
que denominam Equipe seu grupo ou agrupamento de colabora- pois sozinhos estas não se manifestam. Desta forma, o sucesso
dores internos. Não é tarefa fácil desenvolver Equipes, pois de uma organização é substancialmente influenciado pelo de-
isto envolve o processo de aprendizagem – é preciso aprender sempenho de diversos grupos, que interagem entre si, e por toda
para “saber ser”. Mas toda empresa que investe neste processo a hierarquia da empresa.
colhe excelentes resultados. As soluções dos problemas, lançamentos de novos produtos,
Cabe então à todos – profissionais, líderes e empresa - terem ações, decisões são resultados de esforços em conjunto, entre os
certas atitudes que são condições básicas para que o desenvolvi- empresários e suas equipes de trabalho.
mento de uma Equipe seja efetivo. Um grupo coeso torna-se mais determinado, criativo além
O profissional deve ter predisposição para a colaboração, da interação entre seus membros ser mais rápida e não necessi-
para a integração com os demais, para lidar com as diferenças tar de supervisão constante. Mas em contrapartida, por vezes, o
pessoais positivamente, para estabelecer relações de confiança e grupo reluta mais as novas ideias e é geralmente mais reivindi-
para o processo de desenvolvimento contínuo. cador.
Ao líder, necessário o desenvolvimento de sólidas competên-
cias que o façam alcançar resultados verdadeiramente produti- Para que o grupo realmente funcione satisfatoriamente, é
vos junto à sua equipe. Para tanto, o líder deve gostar e saber li- preciso que seus integrantes tenham:
dar com pessoas – conhecer, respeitar, envolver e motivar - ser - Certa independência.
um comunicador competente, saber estabelecer relações de con- - Sejam reconhecidos como tais.
fiança, ter um canal de comunicação aberto e bilateral – ouvir - E tenham objetivos em comum.
seus colaboradores, não fragmentar informações desnecessaria-
mente apenas para se “manter no controle”, não estimular a com- O trabalho em equipe é um trabalho de grupo com alto de-
petitividade, ensinar sua equipe a lidar com os erros e sempre sempenho, onde seu potencial geralmente é grande e precisa ser
reconhecer os acertos de seus colaboradores, enfim, cabe ao lí- bem administrado, pois necessita obter uma participação mais
der um alto nível de capacidade para gerenciar e liderar seres objetiva, alcançando altos estágios de desempenho, ou seja, ul-
humanos. trapassando os modos tradicionais.
Para isso a liderança deve possuir uma grande dose de pre-
disposição para aprender e, portanto, para saber ser. Deve haver Sendo assim é necessário que haja:
uma grande disposição para o aprendizado contínuo. - Desafios
Cabe à empresa proporcionar as condições necessárias para - Coesão
que estas atitudes se estabeleçam e se desenvolvam. A missão, as - Comprometimento
diretrizes, a estrutura organizacional, a maneira como são orga- - Responsabilidade
nizadas as funções e a cultura da empresa são determinantes - Estímulos
para que se crie um ambiente favorável ou desfavorável para o - Motivação
desenvolvimento de equipes. Isto significa que devem ser conhe-
cidos e compartilhados por todos, a missão, os objetivos e as me- As diversas habilidades de seus componentes devem ser usa-
tas da empresa, deve haver coerência entre o discurso e as prá- das da melhor forma possível, apesar da visão diferenciada que
ticas da empresa para que se estabeleça uma relação de confi- cada um. A falta de coordenação pode levar a conflitos, à duplici-
ança, envolvimento e comprometimento. dade de função e à ineficiência, ou seja, a organização precisa
O desenvolvimento de equipes envolve a habilidade para li- preparar-se para o trabalho em time.
dar com o complexo sistema do comportamento humano, mas Portanto é necessário identificar pontos que podem bloquear
sem isto dificilmente os resultados tão desejados são atingidos. ações criativas, trabalhos em equipe, e desmistificar a competiti-
Uma equipe é como um sistema/organismo vivo, composta vidade. Para isso torna-se importante uma comunicação ade-
de partes interdependentes. Se uma delas estiver “doente”, ou a quada e uma liderança eficaz.
interação entre elas estiver com problemas, o organismo como Trabalhar em equipe exige maturidade, pois significa escutar
um todo, sofre. pessoas, respeitar opiniões divergentes, concordar que as opini-
A liderança tem como uma de suas missões mais importan- ões de outros membros podem ser melhores que as nossas, etc.
tes, desenvolver na empresa o espírito de equipe. Um grupo de Dessa forma, é importante que estejamos seguros das nossas ha-
pessoas alinhadas em torno de um objetivo e uma visão comum. bilidades para conseguirmos controlar nossas emoções, aprovei-
Para ser capaz de realizar essa missão, o líder tem que se esfor- tando ao máximo da equipe, reconhecendo falhas e desenvol-
çar para que todos se sintam e ajam como órgãos interdependen- vendo habilidades.
tes de um todo. Segue abaixo alguns pontos que são importantes considerar
A maioria dos profissionais que exercem cargos de liderança na tentativa de dar resposta a esta questão.
ainda tem dificuldade de identificar e definir se os profissionais
trabalham em equipe, em time ou em grupo. Portanto, segue Conheça a si próprio- Autoconhecimento
abaixo características que diferem um grupo de uma equipe. Faz-se necessário em todas as dimensões do ser humano. A
busca do autoconhecimento é acompanhada de constante auto-
Grupo: União de pessoas em um mesmo ambiente de traba- análise, o que nos permite aprofundar as questões existenciais e
lho, mas que exercem funções diferenciadas e buscam resultados o conhecimento de nossas possibilidades e limitações.
individuais. O autoconhecimento deve resultar num melhor ajustamento,
Equipe: Formação de pessoas com habilidades diferentes, no desenvolvimento da maturidade e controle emocional, ou
para execução de um trabalho em conjunto em busca de um seja:
único resultado. - Na capacidade de entender os outros e de nos fazermos en-
tender pelos outros.
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- Na maior objetividade dos julgamentos, tanto pessoais Quebrar paradigmas: Estimular novas formas de pensar,
quanto dos outros. ou seja, novos modelos mentais, para oportunizar novas solu-
- Na aceitação de si e dos outros, admitindo que ninguém é ções e ou alternativas.
isento de falhas, mas que também encontraremos qualidades em Criatividade: Estimular a geração de ideias, novos produtos,
nós e em qualquer outro ser humano, se desejarmos realmente soluções de problemas, etc.
encontrá-las. Discordância civilizada: a equipe deve estar confortável
- No conhecimento de suas habilidades e defeitos, como e o para discutir posicionamentos divergentes com respeito bus-
que melhorar. cando um consenso.
Liderança situacional: modificá-la conforme as circunstân-
Trabalho em Equipe18 cias e a maturidade da equipe.
A continua e crescente complexidade dos desafios sócio-po- Feedback: Desenvolver o dar e o receber feedback em todos
litico-econômico e cultural deste início do Século XXI, manifes- os seus níveis hierárquicos.
tada pela flexibilização da natureza do mundo do trabalho, na es-
cassez do trabalho formal, no avanço tecnológico cada vez mais O excesso de trabalho em detrimento de outros papéis soci-
acelerado imposto pelo modelo econômico da Mundialização, ais que o ser humano possui pode levar o profissional e, também,
aumenta-se cada vez mais a necessidade do nível de excelência a organização a níveis de stress elevado, trazendo prejuízos pes-
das organizações e, portanto, das pessoas que as compõem. Para soais e, consequentemente, organizacionais. Um exemplo disso
tanto, faz-se necessário, cada vez mais, propiciar o desenvolvi- são as doenças ocupacionais cada vez mais crescentes, como: de-
mento das competências pessoais e profissionais dos profissio- pressão e fobias.
nais para dar conta dos desafios do trabalho, e para garantir re- Cabe a liderança o entendimento de que o ser humano é mo-
sultados eficazes que mantenham as organizações saudáveis e vido a desafios e ou necessidades, mais que estas são mutáveis e
competitivas, no mercado de trabalho. variáveis, para que possa despertar ações e ou comportamentos
Neste texto, enfatiza-se a Gestão de Pessoas e a necessidade que assegurem a sua diversidade.
imperiosa do Trabalho em Equipe, como alternativa para o de- O grupo enriquece a informação, reconstituindo e atuali-
senvolvimento pessoal, profissional e para a maximização dos zando-a permitindo que ser trabalhe com maior profundidade.
resultados empresariais. Para que ocorra a sinergia de um grupo é preciso saber compar-
tilhar conhecimentos, bem como existir envolvimentos.
Atitudes, Habilidades da Liderança na Equipe
A obtenção do sucesso está também relacionada às atitudes Esta sinergia emerge quando o grupo entende o(s) objetivo
e as habilidades da liderança designada para, juntamente com a (s) organizacional (is).
sua equipe, atingir os objetivos traçados pela organização.
Inicialmente, a liderança deve levar a sua equipe à obtenção Estágios no Desenvolvimento de Equipe
do sucesso. Para tanto, deverá: Formação
Integrar: Resgatar a vontade e motivação pelo trabalho, prin- Quando diversas pessoas passam a compor uma equipe, seus
cipalmente, considerando experiências traumáticas já vividas, papéis e interações ainda não estão estabelecidos. Esse estágio é
tais como: conflitos, corte de pessoal, etc., que podem levar os um período exploratório, muitas vezes marcado pela incerteza e
funcionários a se sentirem totalmente instáveis no trabalho. In- ansiedade. As pessoas não sabem o que esperar dos outros mem-
tegrá-lo ao novo contexto. Mantendo uma uniformidade. bros da equipe, de forma que frequentemente tornam-se caute-
losas e reservadas em suas interações. Adicionalmente, procu-
Desenvolver: Planejar e acompanhar o desenvolvimento do ram descobrir qual é o comportamento adequado, quais são as
trabalho a ser executado, motivando a equipe e promovendo o normas, o que é delas esperado e que papel elas gostariam de
autoconhecimento. desempenhar. Começam a se conhecer em suas mútuas opiniões
Adequar: Aproveitar e desenvolver as habilidades de cada e habilidades, bem como formam opiniões e habilidades, bem
funcionário, buscando a sinergia grupal. como formam opiniões a respeito dos outros, verificam o que
Buscar resultados: O êxito na execução das tarefas em tem em comum, quais são as diferenças. Nessa fase a produtivi-
equipe está diretamente ligado ao sucesso que a organização dade é baixa e as pessoas relacionam-se com cautela. O líder
visa alcançar tendo bem claro o seu propósito. pode guiar o time para a próxima fase compartilhando informa-
Identificar e respeitar: Desenvolver o ritmo de cada profis- ções relevantes, encorajando o diálogo aberto, providenciando
sional, pois as pessoas não são iguais. Cultivar o saber ouvir, pois estrutura, dando direção à equipe e desenvolvendo um clima de
cada profissional tem o seu ritmo e suas habilidades específicas. confiança e respeito19.
Cabe a liderança a identificação destas habilidades para aprovei-
tar o que cada profissional tem de melhor, e de propiciar o de- Tumulto
senvolvimento das habilidades faltantes. Nesse estágio, é provável que surjam conflitos à medida que
Coesão: Deve-se criar ambiente onde as metas e objetivos in- os seus membros tentam alcançar acordo quanto ao propósito,
dividuais possam se materializar. às metas e aos objetivos da equipe. Diferenças pronunciadas de
Abertura: Comunicação livre e aberta, estimulando e premi- opinião podem surgir na busca de obter consenso sobre como
ando novas ideias, levando-as à concretização; propiciando as- exatamente executarão as tarefas. A definição de quem fará o quê
sim a participação e comunicação aberta. – e quando, onde, porque e como – e que recompensa os mem-
Objetivar: Estabelecer perspectivas através da Administra- bros receberão por seu desempenho costuma ser extremamente
ção por objetivos, onde as funções e atribuições de trabalho tor- difícil e pode ameaçar a existência da equipe 20.
nem-se claras. Nessa fase, os estilos individuais entram em conflito. Podem
Respeitar: As características individuais, posicionamentos e se formar “panelinhas”. Pode ocorrer conflito com relação à lide-
limitações buscando a sinergia e o desenvolvimento da equipe. rança e à autoridade, na medida em que as pessoas competem
para impor suas preferências e tentam obter a posição de status

18AMARAL, V.L. Trabalho em equipe. Programa de Formação de Coor- 19 TORRES, Cresencio & FAIRBANKS, Deborah. Teambuilding. New
denadores do Colégio Sesi - Módulo II: Gestão de Pessoas, Trabalho em York: McGraw-Hill, 1996.
Equipe. 20 WAGNER III, John & HOLLENBECK, John. Comportamento Organizaci-

onal: criando vantagem competitive. São Paulo: Saraiva, 2000.


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APOSTILAS OPÇÃO
desejada21. A capacidade de adaptação e flexibilidade é discutida. danças do ambiente. A equipe e seus membros buscam constan-
Alguns membros aceitam mudanças no seu trabalho. Busca-se temente sua renovação e novas formas de aprendizagem (Carva-
uma forma de convivência. Se bem sucedida, essa fase cria uma lhal & Ferreira, 1999).
estrutura de papéis e normas que garante uma funcionalidade à
equipe. Ressalta-se a importância do trabalho em equipe como um
contínuo desafio e aprendizado tanto para as pessoas, quanto
Normalidade para as organizações.
Esse estágio é caracterizado por maior coesão entre os mem- O trabalho em equipe exige maturidade pessoal e organizaci-
bros da equipe. Após superar a fase de tumulto, os membros per- onal para lidar com situações de diversidade, e que por si só es-
cebem que tem interesses em comum. Aprendem a apreciar as timulam a novas formas de pensamento e ou novas alternativas
diferenças, resolver problemas juntos e conviver de forma mais de ação.
harmoniosa. Renegociam seus papéis e o processo para realizar Enfatiza-se que o trabalho em equipe e a atuação de uma li-
as tarefas. Surge um compromisso com a equipe, com o desen- derança inspiradora, estimula o desenvolvimento e o autoconhe-
volvimento de relações funcionais e comportamento interdepen- cimento de seus membros, como também, maximiza o potencial
dente. Há um aumento da confiança, ingrediente essencial para das pessoas de maneira sistêmica e interdependente em prol dos
a dinâmica de equipe, e um fortalecimento do sentimento de per- resultados empresariais.
tencimento, de “fazer parte” 22. Alcança-se um consenso sobre o Quando o ser humano é satisfeito em suas necessidades e
propósito da equipe, o que contribui para desenvolver um sen- respeitado em sua subjetividade, seja na dimensão individual
tido de identidade entre seus membros e fornece o fundamento seja na dimensão de grupo, estes fatores contribuem para o au-
para o desenvolvimento de regras, normas e procedimentos adi- mento de seu “índice de felicidade”24 e ,consequentemente, para
cionais para coordenar as interações e facilitar o atingimentos de potenciar e garantir os resultados organizacionais.
metas.
Questões
Desempenho
Os indivíduos aprenderam a trabalhar juntos como uma 01. (EBSERH - Assistente Administrativo – IADES/2014).
equipe funcional. Existe um senso de identidade e os membros Toda equipe é um grupo, mas um grupo pode nunca chegar a ser
estão comprometidos com a equipe e seus objetivos. A liderança uma equipe. Uma equipe de trabalho caracteriza-se por apresen-
é participativa e compartilhada. A comunicação é aberta, sem tar
medo de rejeição23. Nessa fase, a equipe é capaz de lidar com ta- (A) metas de desempenho individuais.
refas complexas e solucionar os problemas entre os membros de (B) competitividade e individualismo.
forma criativa. Os principais desafios desse estágio estão ligados (C) compartilhamento de informações, mas não de trabalho.
a um trabalho continuado sobre os relacionamentos e o desem- (D) habilidades aleatórias e variadas.
penho, com um forte comprometimento com o progresso e a au- (E) sinergia positiva.
torrenovação. Os membros devem ser capazes de se adaptar bem
às oportunidades e às exigências que mudam com o passar do 02. (DPE-TO - Oficial de Diligência - COPESE – UFT/2012).
tempo. Com relação às diferentes possibilidades e formas de trabalho
em equipe é possível afirmar, EXCETO:
Acomodação (A) Equipes por fluxo de trabalho ou células favorecem os
A visão já não motiva com a mesma intensidade os membros processos de melhoria da qualidade, aumento da produtividade
da equipe, havendo enfraquecimento do propósito. Há barreiras permitindo estabelecer sua efetiva contribuição para os resulta-
de comunicação entre os membros e uma perda de interesse so- dos.
bre o que ocorre com os “outros”. As diferenças individuais e per- (B) As equipes funcionais compõem-se de pessoas que exe-
cepções diferentes não são utilizadas adequadamente, transfor- cutam tarefas similares, numa mesma unidade organizacional.
mando-se em causa de conflitos. Surgem reações contrárias à li- (C) As equipes autogeridas são forças-tarefas criadas para le-
derança compartilhada e alguns membros da equipe se omitem var a cabo uma atribuição, sem características de continuidade,
diante de certas situações. Existem choques frequentes entre as podendo envolver pessoas de diferentes áreas que dedicam
lideranças. Não há preocupação de rever periodicamente os pro- parte de seu tempo produtivo a esse fim.
cedimentos de trabalho. A equipe perde sua eficácia e seus mem- (D) As equipes em rede ou virtuais são comuns em organiza-
bros têm dificuldade em mudar os seus padrões. Os membros da ções com sede em diferentes lugares e que utilizam recursos de
equipe estão acomodados e não há a preocupação de se recicla- tecnologia da informação para que seus membros mantenham-
rem. A equipe tende a se tornar obsoleta (Carvalhal & Ferreira, se em contato entre si.
1999).
Respostas
Transformação
Há uma mudança do propósito: os membros da equipe ques- 01. Resposta: E.
tionam e rediscutem a visão e objetivos. Reveem os seus proces- Quando falamos em empresas que se recriam para se manter
sos de comunicação, com fins de eliminar barreiras e ampliar a competitivas, falamos de pessoas competentes, que trabalham
rede de informações. Os processos de trabalho são questionados, de forma sinérgica para um objetivo comum – falamos de equi-
rediscutidos e reformulados. A equipe busca novos membros pes.
com outros talentos, habilidades, estilos e compartilha essas di- Hoje em dia, cerca de 80% das empresas que figuram na lista
ferenças, visando ampliar as possibilidades de criar e inovar. Os das 500 maiores companhias, da revista Fortune, possuem mais
componentes da equipe buscam e experimentam novos padrões da metade de seus funcionários trabalhando em equipes. E 68%
e olham além da estrutura e do contexto para se adaptar às mu- das pequenas indústrias norte-americanas usam equipes em
suas áreas de produção".

21 SCHERMERHORN, Jr., John, HUNT, James & OSBORN, Richard. Funda- 23 TORRES, Cresencio & FAIRBANKS, Deborah. Teambuilding. New
mentos de Comportamento Organizacional. 2a. edição. Porto Alegre: York: McGraw-Hill, 1996.
Bookman, 1999. 24 Grifo da autora, que considera o índice de felicidade como o nível de
22 TORRES, Cresencio & FAIRBANKS, Deborah. Teambuilding. New satisfação e ou motivação, onde o ser humano sente-se feliz e realizado
York: McGraw-Hill, 1996. em todas as suas dimensões e papéis humanos.
Conhecimentos Específicos 24

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APOSTILAS OPÇÃO
Uma equipe não é um grupo qualquer. Podemos entender possível na realização das funções que a essa pessoa foram atri-
que a equipe é um grupo em que todos os integrantes conhecem buídas, isto é, o dever de desempenhar a tarefa ou atividade para
e concordam com seus objetivos e estão comprometidos em al- a qual a pessoa foi designada. O grau de autoridade é proporcio-
cançá-los. nal ao grau de responsabilidade assumida pela pessoa.
Para os autores neoclássicos, a responsabilidade provém da
Para conseguir o bom funcionamento em equipe, algumas ca- relação superior-subordinado e do fato de alguém ter autoridade
racterísticas são essenciais: para exigir determinadas tarefas de outras pessoas. É a relação
- A comunicação entre os membros deve ser clara, objetiva e contratual pela qual o subordinado concorda em executar servi-
verdadeira; ços em troca de retribuições ou compensação monetária. A auto-
- As opiniões divergentes são estimuladas e respeitadas; ridade emana do superior para o subordinado, enquanto a res-
- A confiança é grande, assumem-se riscos; ponsabilidade é a obrigação exigida do subordinado para que
- Respeito, mente aberta e cooperação são valorizados; este realize tais deveres.
- A equipe investe constantemente em seu próprio cresci-
mento; COORDENAÇÃO26 – Fayol incluiu a coordenação como um
- O entrosamento é tão grande que os levam à Sinergia. dos elementos da Administração, enquanto outros autores clás-
sicos a incluem nos princípios de Administração.
02. Resposta: C. Para Fayol, a coordenação é a reunião, a unificação e a con-
Com característica de continuidade fluência de toda a atividade e esforço, enquanto para Gulick, se a
subdivisão do trabalho é indispensável, a coordenação é obriga-
tória.
V - Responsabilidade, coordena- Para Mooney, a "coordenação é a distribuição ordenada do
ção, autoridade, poder e delegação esforço do grupo, a fim de obter unidade de ação na consecução
de um fio comum".
A coordenação deve ser baseada em uma real união de inte-
resses. A coordenação indica que há um alvo ou objetivo a alcan-
Responsabilidade, coordenação, autoridade, poder e de- çar e que deve guiar os atos de todos. A pressuposição básica era
legação 25 de que quanto maior a organização e quanto maior a divisão do
trabalho, tanto maior será a necessidade de coordenação, para
AUTORIDADE – Direito de decidir, de dirigir outros na exe- assegurar a eficiência da organização como um todo.
cução das tarefas necessárias à prossecução dos objetivos. Em
toda organização formal existe uma hierarquia que divide a or- DELEGAÇÃO – Processo de atribuir a alguém a responsabili-
ganização em camadas ou níveis de autoridade. dade do exercício de uma atividade e a correspondente autori-
Na medida em que se sobe na escala hierárquica, aumenta o dade para o efeito. Segundo Chiavenato, delegação é “o processo
volume de autoridade do administrador. Ao mesmo tempo em de transferir autoridade e responsabilidade para posições inferio-
que diminui a necessidade de conhecimento técnico--operacio- res na hierarquia”. A delegação cria a crescente responsabilidade
nal. pela execução da tarefa delegada.
Para a Administração Clássica, a autoridade é conceituada
como um poder formal, ou seja, o direito de dar ordens, de co- O processo de delegação compõe-se de três fases:
mandar outros, para que executem ou deixem de executar algo, Distribuição de tarefas pelo dirigente aos seus subordinados.
da maneira considerada pelo possuidor dessa autoridade como Permissão para praticar os atos necessários ao desempenho
adequada para a realização dos objetivos da empresa ou do ór- das tarefas (Autoridade)
gão. Fayol dizia que a “autoridade é o direito de dar ordens e o Criação da obrigação dos subordinados perante o dirigente
poder de exigir obediência”. A autoridade formal é um poder de executarem satisfatoriamente as tarefas (Responsabilidade)
concedido pela organização ao indivíduo que nela ocupa uma de- A delegação é feita através de um documento formal apropri-
terminada posição. ado (portaria, aviso, determinação etc.) que deverá indicar com
Para os Neoclássicos, autoridade é o direito formal, legítimo precisão a autoridade delegante, a autoridade delegada, as atri-
de tomar decisões, transmitir ordens e alocar recursos para al- buições objeto da delegação e, se for o caso, a sua vigência.
cançar objetivos desejados da organização. Na delegação, a autoridade continua responsável pela tarefa
cometida ao seu subordinado. A delegação tem caráter transitó-
A autoridade se distingue por três características: rio e é quase sempre pessoal nominal.
1 - Autoridade é alocada em posições da organização e não
em pessoas. Os administradores têm autoridade devido às posi- A delegação de autoridade, também é conhecida como empo-
ções que ocupam. Outros administradores nas mesmas posições werment (“descentralização de poderes", ou seja, maior partici-
têm a mesma autoridade. pação dos trabalhadores nas atividades da empresa ao lhes ser
2 - Autoridade é aceita pelos subordinados. Os subordinados dada maior autonomia de decisão e responsabilidades).
aceitam a autoridade dos superiores porque acreditam que eles Esta delegação de autoridade possui diversas técnicas que
têm o direito legítimo, transmitido pela organização, de dar or- podem ser utilizadas para maximizar o seu alcance.
dens e esperar o seu cumprimento.
3 - A autoridade flui para baixo através da hierarquia verti- Técnicas de delegação
calizada. A autoridade flui do topo até a base da organização, e as
posições do topo têm mais autoridade do que as posições da Delegar a tarefa inteira – O gerente deve delegar a tarefa
base. inteira a uma pessoa ao invés de subdividí-la entre várias pes-
soas. Isso dá a cada indivíduo a responsabilidade completa e au-
RESPONSABILIDADE – A responsabilidade é o outro lado da menta sua inciativa enquanto proporciona ao gerente melhor
moeda. Significa a obrigação de se empenhar da melhor forma controle sobre os resultados.

25Disponível em: http://pt.slideshare.net/parrati/aula-4-principios-de- Disponível em: http://fagv.com.br/noticias/delegacao-de-autoridade-


autoridade-e-responsabilidadepptm o-que-e-e-como-funciona/
Disponível em: http://www.drb-assessoria.com.br/Organizacaodotra-
balho.pdf 26 CHIAVENATO, Idalberto. Teoria Geral da Administração. 2008.
Conhecimentos Específicos 25

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APOSTILAS OPÇÃO
Para o empresário: existe sobrecarga de trabalho que exige
Delegar à pessoa certa – Nem todas as pessoas têm as mes- dele atuação nas mais diferentes áreas. Comumente sente-se só.
mas capacidades e motivações. O gerente deve conciliar o talento Trabalhando tenso, estará predisposto ao stress e as suas conse-
da pessoa com a tarefa para que a delegação seja eficaz. Deve quências negativas.
identificar os subordinados que são independentes em suas de- Para o funcionário: baixo desenvolvimento profissional e en-
cisões e que demonstram desejo de assumir responsabilidades. volvimento com coisas da empresa. Não existindo motivação e
ocorrendo desejo de participação não correspondido, os melho-
Delegar responsabilidade e autoridade – Designar apenas res elementos não permanecem.
tarefas não constitui uma delegação completa. O indivíduo deve Deve ser lembrado, que vários livros sobre a matéria não faz
ter responsabilidade para realizar a tarefa e a autoridade para distinção entre descentralização e delegação, acrescentando al-
desempenhar a tarefa da maneira que julgar melhor. guns que a delegação é o instrumento da descentralização.

Proporcionar informação adequada – A delegação bem- Entretanto, deve-se salientar que há possibilidade de proble-
sucedida inclui informação sobre o quê, por que, quando, onde, mas no processo de delegação, tais como:
quem e como. O subordinado deve compreender a tarefa e os re- -Probabilidade de perda de controlo se o feedback não for
sultados esperados, as provisões e os recursos necessários e apropriado;
para quem e quando os resultados deverão ser apresentados. -Eventualidade de fracasso se o grau de responsabilidade e
autoridade não for perfeitamente definido e entendido;
Manter retroação – Retroação significa linhas abertas de co- -Pode ser desastrosa se a pessoa em quem se delega não pos-
municação com o subordinado para responder questões e pro- sui capacidade, aptidões nem experiência necessárias para a fun-
porcionar orientação, mas sem exercer controle. A retroação dá ção ou tarefa;
ao subordinado a pista certa, e as linhas abertas de comunicação -Problemática, se for atribuída responsabilidade mas insufi-
aumentam a autoconfiança. ciente autoridade para desempenhar o cargo.

Avaliar e recompensar o desempenho – Quando a tarefa é Deve-se considerar que a delegação faz-se sempre com uma
executada, o gerente deve avaliar os resultados e não os méto- finalidade. Assim, sempre que se delega, deve dar-se liberdade
dos. Quando os resultados não alcançam as expectativas, o ge- de atuação, isto é, deixar que a pessoa em quem se delega se es-
rente deve montar os erros e as consequências. Quando alcan- force por desempenhar bem a função, e evitar excesso de pater-
çam ou ultrapassam as expectativas, o gerente deve recompen- nalismo e onipresença em todos os momentos de dificuldade, a
sar o trabalho bem feito com orgulho, recompensas financeiras e fim de que haja um desenvolvimento maior por parte do funcio-
delegação de novas atividades. nário.
Saber como delegar autoridade em uma empresa é muito im- Quanto maior a quantidade de níveis hierárquicos, maior a
portante para que haja uma distribuição de tarefas e responsa- necessidade de delegar autoridades. Porém, muitas empresas
bilidades, fazendo com que cada vez mais funcionários tenham nos dias de hoje, procuram enxugar seus níveis hierárquicos, eli-
embasamento para tomar decisões e definir estratégias em suas minando burocracias e perda de tempo nas tomadas de decisão.
funções E a delegação de autoridades pode ajudar muito neste processo.
Além de ser um importante aliado na gestão e liderança de equi-
Razões para que os gestores procedam à delegação de poderes: pes de trabalho.

-Maior rapidez na tomada de decisões – Uma vez que evita PODER


que os gestores de determinado nível tenham que colocar o pro- Poder é o direito de deliberar, agir, mandar e, dependendo
blema ao gestor (ou gestores) de nível superior e aguardem a de- do contexto, exercer sua autoridade, soberania, a posse de um
cisão. domínio, da influência ou da força.
Poder é um termo que se originou a partir do latim possum,
-Permite o treino e desenvolvimento pessoal - Os gesto- que significa “ser capaz de”, e é uma palavra que pode ser apli-
res nunca aprenderiam a desempenhar determinadas funções se cada em diversas definições e áreas.
não lhes fosse dada a oportunidade de o fazerem na prática (a Segundo a sociologia, poder é a habilidade de impor a sua
gestão, como a natação, não se aprende só com aulas teóricas, vontade sobre os outros, e existem diversos tipos de poder: o po-
mas praticando). der social, o poder econômico, o poder militar, o poder político,
entre outros.
-Aumenta o nível de motivação - Na medida em que as pes-
soas em quem se delega, de modo geral, atribuem à delegação Para melhor compreensão da manifestação do poderem
um significado de confiança nas suas capacidades, o que se tra- uma empresa, iremos também abordar os conceitos de Cen-
duz em realização profissional e as leva a esforçar-se por corres- tralização, Descentralização e amplitude de controle.
ponderem à confiança depositada.
Centralização, Descentralização e Amplitude de Con-
-Conduz a melhores decisões e a trabalho melhor execu- trole
tado - Pois muitas vezes a pessoa que está mais perto da tarefa é
a que melhor conhece a melhor forma de a executar. Resultados de pesquisas, nas grandes empresas, têm de-
monstrado, de forma inequívoca, que uma administração eficaz
-Permite desempenhar tarefas e funções mais comple- se fundamenta na centralização das decisões finalísticas, com-
xas - Pensemos por exemplo na preparação da viagem do ho- preendendo não só a formulação de políticas e as definições es-
mem à Lua para constatar da sua impossibilidade se os respon- tratégicas, mas também uma acentuada descentralização das
sáveis por essa complexa tarefa não procedessem à delegação responsabilidades pelas decisões sobre meios, instrumentais,
em elevado grau. envolvendo a tradução das políticas em objetivos, metas e ativi-
dades.
A falta de delegação acarreta algumas situações: No processo de descentralização, deve haver uma dosagem
Para a empresa: o ritmo dos negócios é aquele imposto por adequada, pois não podemos ter uma empresa totalmente cen-
seu proprietário. A administração torna-se morosa e depen- tralizada nem completamente descentralizada, competindo aos
dente. A participação dos funcionários é baixa.
Conhecimentos Específicos 26

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APOSTILAS OPÇÃO
dirigentes encontrar o ponto de equilíbrio na definição e imple- mação dos homens que o praticam. A política de descentraliza-
mentação da política organizacional, segundo as pressões dos ção e frequentemente revista, devendo ser dinâmica, não po-
ambientes internos e externos à empresa. dendo ser reduzida a formulários e/ou instruções imutáveis.
Não se pode classificar todas as formas de centralização
como eficazes ou ineficazes. O mesmo se aplica à descentraliza- A descentralização normalmente ocorre nas seguintes
ção. Cada forma tem suas vantagens e desvantagens. Se uma or- situações:
ganização é muito grande e diversificada, tem limitações de es- A carga de trabalho de alta administração está volumosa
pecialização geralmente levam à descentralização da autoridade e/ou demasiadamente complexa.
para chefes de setores diferentes. Se a velocidade e adaptação às Pela maior ênfase que a empresa quer dar à relação produto-
mudanças são características da empresa, a tendência é para a mercado.
descentralização. A dispersão geográfica também favorece a des- Para encorajar o desenvolvimento gerencial de seus executi-
centralização da autoridade. Por outro lado, algumas organiza- vos lotados na média e baixa administração.
ções têm sistemas de comunicações excelentes e rápidas e outras Para proporcionar maior participação e motivação
não têm à disposição pessoal adequado, tendem a favorecer a O grande volume de trabalho de alta administração provoca
centralização da autoridade. morosidade no processo decisório.

Centralização Para que o processo de descentralização seja efetivado


Uma empresa é centralizada, quando a maioria das decisões algumas questões devem ser observadas, tais como:
são tomadas pelas chefias posicionadas nos seus níveis hierár- Nível de treinamento e preparo da chefia;
quicos superiores, ocorrendo uma redução dos centros decisó- Grau de confiança dos chefes sobre os subordinados;
rios. Capacidade do subordinado de lidar com as suas responsabi-
A centralização ocorre normalmente nas seguintes situ- lidades;
ações básicas: A forma de atuação das unidades organizacionais de assesso-
Para manter maior nível de integração da empresa; ria.
Para manter uniformidade de decisões e ações;
Para melhor administrar as urgências; Algumas vantagens da descentralização:
Quando o empresário não quer um segundo homem que lhe Rapidez nas decisões pela proximidade do lugar onde sur-
faça sombra; gem os problemas.
Quando a estrutura organizacional da empresa não possibi- Aumento do moral e da experiência dos jovens executivos.
lita a descentralização. Diminuição da esfera de controle do principal executivo.
Para aumentar o nível de controle das atividades da empresa. Tendência a maior número de ideias inovadoras.
Possibilidade de maior participação e motivação.
Existem decisões que são centralizadas na grande maio- Maior tempo à alta administração para outras atividades.
ria das empresas, destacando-se: Maior desenvolvimento da capacitação gerencial e profissio-
Decisões sobre diretrizes que a empresa traçará para atingir nal.
suas metas, gerando uma política de uniformidade de ação para
toda instituição. Algumas desvantagens da descentralização:
Decisões que envolvam custos muito altos, não só em termos Inadequada utilização dos especialistas centrais.
financeiros, como também em termos de conceito da empresa, Maior necessidade de controle e de coordenação.
seu posicionamento no mercado etc. Maior dificuldade de normatização e de padronização.
Principais vantagens da centralização: Pouca flexibilidade da organização frente a situações excep-
Menor número de níveis hierárquicos cionais.
Melhor uso dos recursos humanos, materiais, equipamentos Necessidade de contar com dirigentes treinados para a des-
e financeiros centralização.
Melhor possibilidade de interação no processo de planeja- O custo das comunicações tende a aumentar.
mento, controle e avaliação Maior dificuldade de coordenação de atividades que envol-
Maior uniformidade em termos de processos técnicos e ad- vem alto nível de interdependência.
ministrativos
Decisões estratégicas mais rápidas Pode-se dizer que a descentralização deve ser considerada
Maior segurança nas informações como os demais problemas organizacionais, em termos de con-
É bom lembrar que organizações que têm sistemas de comu- veniência administrativa. Sempre que uma decisão puder ser
nicações excelentes e rápidos tendem a favorecer a centralização mais bem tomada ao nível operativo, com maior rapidez e favo-
da autoridade. Em situações nas quais não há disponibilidade de recendo o completo exame dos vários fatores em causa, pode-se
pessoal adequado, a organização tende para a autoridade centra- proceder logo a uma descentralização da função respectiva.
lizada. A descentralização está intimamente associada à ideia de se
alterar o regimento interno da organização e os documentos de-
Descentralização correntes, para que a decisão relativa aos assuntos descentrali-
A descentralização administrativa existe quando a maioria zados passe a ser competência dos níveis inferiores.
das decisões processa-se nos níveis hierárquicos inferiores, ou A descentralização tem caráter permanente e é impessoal,
seja, a descentralização coloca os centros decisórios o mais pró- onde a autoridade passa para o nível subordinado as atribuições
ximo possível dos órgãos de execução. e responsabilidades.
A descentralização remota à década de 20, quando a GMC
conseguiu grande sucesso em seu complexo industrial, graças à Amplitude de controle
aplicação dessa filosofia, que se apresentaram mais fortemente Amplitude de controle, também denominada amplitude ad-
nas grandes instituições a partir da Segunda guerra mundial. ministrativa ou amplitude de supervisão, refere-se ao número de
A descentralização é um estado de espírito, criado pela admi- subordinados que um chefe pode subordinar pessoalmente, de
nistração estratégica que formula os limite dentro dos quais se maneira efetiva e adequada.
desenvolve e que assegura as comunicações necessárias e a for- A quantidade de subordinados que um administrador pode
dirigir eficientemente, irá depender de diversas considerações

Conhecimentos Específicos 27

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APOSTILAS OPÇÃO
básicas, aplicáveis ao trabalho a ser feito, à qualidade da admi- 02. (IF-MT Professor – Administração - IF-MT – 2014) As-
nistração, à intensidade de supervisão exercida e a capacidade sinale a afirmativa que NÃO se refere à vantagem da Centraliza-
dos subordinados. ção.
Vários autores defendem que o número ideal de subordina- (A) As decisões são mais sólidas com os objetivos empresari-
dos para as autoridades superiores e de três ou quatro e nos ní- ais em nível global.
veis inferiores da organização, onde o que se delega e autoridade (B) Maior participação no processo decisório promove moti-
para o desempenho de tarefas específicas e não para supervisão vação e moral elevado entre os administradores médios.
de outros, o número pode ser de oito a doze. Na pratica as orga- (C) A centralização elimina esforços duplicados de vários to-
nizações raramente obedecem a esses números. madores de decisão e reduz custos operacionais.
O estabelecimento do número ideal depende de um ade- (D) Os tomadores de decisão em nível estratégico tem pouco
quado diagnóstico organizacional, influindo diretamente na so- contato com as pessoas e situações envolvidas.
lução de problemas. Entre os fatores que influenciam a ampli-
tude prática de controle na empresas, podemos citar: Respostas
- os deveres e as habilidades pessoais do chefe em lidar com
pessoas; 01. Resposta: D
- o nível de capacitação profissional do chefe e dos subordi- A alternativa D é uma vantagem da centralização das ativida-
nados; des.
- o nível de mutação da empresa perante o ambiente e sua
estabilidade interna; 02. Resposta: B
- o grau de delegação de autoridade existente; A centralização não promove maior participação no processo
- o grau de interdependência entre as unidades organizacio- decisório.
nais;
- o nível de clareza, comunicação e aceitação dos objetivos e
- o nível de definição, simplicidade e repetitividade das ativi- VI - Qualidade na prestação de
dades dos subordinados.
À medida que uma pessoa sobe numa estrutura organizacio- Serviços
nal, sua amplitude de controle torna-se menor. Ocorre também
que, no mesmo nível hierárquico haverá considerável variação Gestão de Serviços com qualidade27
na amplitude de controle. De qualquer forma, existe relação en-
tre amplitude de controle e níveis hierárquicos e vice-versa. DEFINIÇÕES de gestão de serviços:
Uma amplitude de controle inadequada para a empresa pode
causar determinados problemas, tais como: AMERICAN MARKETING ASSOCIATION, 1960: “Serviços: ati-
vidades, benefícios ou satisfações que são colocadas à venda ou
1- número de subordinados maior que a amplitude ad- proporcionados em conexão com a venda de bens.”
ministrativa.
Neste caso, podem ocorrer os seguintes problemas: FREE, 1987: “O atendimento das expectativas do cliente du-
- desmotivação; rante uma venda e na atividade pós-venda, através da realização
- ineficiência de comunicações; de uma série de funções que se equiparam ou que superam a con-
- decisões demoradas e mal estruturadas e corrência de forma a prover um lucro incremental para o forne-
- queda do nível de qualidade de trabalho. cedor.”
2- Número de subordinados menor que a amplitude ad-
ministrativa. RAMASWAMI (1996) Serviço pode ser entendido como “as
- capacidade ociosa do chefe; transações de negócios que acontecem entre um provedor (pres-
- custos administrativos maiores; tador de serviço) e uma receptor (cliente) a fim de produzir um
- falta de delegação; resultado que satisfaça o cliente”.
- desmotivação e
- pouco desenvolvimento dos subordinados. ZEITHAML E BITNER (2003) “Serviços são ações, processos
e atuações” VARGO E LUSCH (2004) Serviço é “a aplicação de
Questões competências especializadas (habilidades e conhecimento), por
meio de ações, processos e atuações para benefício de uma outra
01 (TRT-14ª Região - Analista Judiciário – IESES – 2014). entidade ou de si próprio (autosserviço)”
São consideradas desvantagens da centralização das decisões,
EXCETO: Percebemos, então, que o serviço é entendido como uma ati-
(A) As linhas de comunicação mais distanciadas provocam vidade terciária, que unicamente pode adicionar benefícios a um
demoras e maior custo operacional. produto manufaturado. Algumas destas definições mencionam a
(B) Cresce a possibilidade de distorções e erros pessoais no importância do cliente como parte essencial na produção e con-
processo. sumo do serviço, assim como as características e os benefícios
(C) Tomadores de decisão situados no topo raramente têm intangíveis dos mesmos.
contato com as pessoas e situações envolvidas.
(D) As decisões são tomadas por administradores que pos- Serviços de qualidade, o que é?
suem uma visão global. (CAMPOS, 2004) “Um produto ou serviço de qualidade é
(E) As decisões são tomadas por administradores que estão aquele que atende perfeitamente, de forma confiável, de forma
distanciados dos fatos. acessível, de forma segura e no tempo certo às necessidades do
cliente”.

27MALDONADO, M. U. Um Estudo sobre a Evolução e as Tendências da


Gestão de Serviços. XXIX ENEGEP.

Conhecimentos Específicos 28

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APOSTILAS OPÇÃO
Nesse esforço citado vemos um compromisso com a quali- -As atividades na retaguarda (ou back office) geralmente
dade do serviço que é ofertado. têm baixo contato com o cliente, pouca incerteza e pouca varia-
bilidade. As atividades de retaguarda servem de suporte para as
Características dos serviços: atividades do serviço que ocorrem na linha de frente. Estas ativi-
dades assemelham-se mais a processos de manufatura pela
A intangibilidade pode ser verificada pelo fato dos serviços maior facilidade de controle e padronização.
serem experiências que o cliente vivencia na hora da prestação
do serviço. Esta característica dificulta as operações do sistema O sistema de operações deve contar com mecanismos de
porque o produto oferecido pela organização não é físico. O cli- prevenção de erros ou falhas humanas na execução do ser-
ente possui apenas lembranças ou resultados, como um cabelo viço, em especial na linha frente, onde a interação com o cliente
bem cortado ou um maior conhecimento no caso dos serviços. Já eleva a probabilidade de cometimento de erros.
com produtos/bens, o cliente possui objetos que podem ser usa- As falhas no prestador de serviço ocorrem de três formas di-
dos, revendidos ou dados para outros ferentes.
A simultaneidade, refere-se ao fato da produção e do con- 1) falha de tarefa, ocorre quando o serviço não atende as
sumo do serviço, em geral, serem simultâneos. Além disso, a par- expectativas e necessidades do cliente, incluindo problemas
ticipação do cliente neste tipo de produção é necessário para que como a entrega de um serviço errado, de forma incorreta, com
ocorra a prestação do mesmo, muitas vezes a partir dos termos demoras, etc.
de quando e como deve realizar-se. Esta característica também 2) falhas no relacionamento com o cliente, ocorre no con-
salienta que as decisões do sistema de operações devem consi- tato prestador-cliente, incluindo problemas como falta de corte-
derar aspectos como localização, o tempo que o cliente está dis- sia, profissionalismo e etc.
posto a esperar e a necessidade de exercer o controle das opera- 3) falhas com elementos tangíveis, que compõem proble-
ções de forma descentralizada para facilitar o processo. mas de limpeza das instalações, controle de temperatura, ilumi-
Os serviços são não-estocáveis (como consequência da ca- nação e Ruídos entre outros.
racterística anterior); ou seja, a presença do cliente como parte Existem também as falhas advindas dos clientes, as quais po-
fundamental do processo de prestação de serviço faz com que o dem ocorrer tanto na preparação, no encontro com o prestador
serviço não possa ser estocado. Neste sentido, a capacidade oci- e na finalização do serviço. Em relação a falhas na preparação do
osa do sistema de operações de serviço não pode ser eficiente- serviço, a área de operações deve criar mecanismos de preven-
mente realocada, em relação a operações de manufatura. ção de falhas relacionadas com o cliente por meio de comunica-
Existe característica da heterogeneidade, considerada por ções prévias informando sobre os elementos necessários do cli-
alguns autores como Gronroos (1993), que tem sido relacionada ente para a efetiva prestação do serviço. Para prevenir falhas du-
com a alta variabilidade existente entre a prestação/produção de rante a prestação de serviço, a empresa deve comunicar periodi-
um serviço e a prestação do seguinte, considerando que a simul- camente aos clientes sobre as etapas do processo e sobre outros
taneidade, produto da presença do cliente, obriga o sistema de requerimentos do mesmo. Em relação as falhas na finalização do
operações de serviços a customizar o serviço para cada cliente. serviço, os feedbacks dos clientes são perdidos e mal codificados;
Pode-se citar ainda a relação com os clientes – Geralmente sendo assim, a empresa deve assegurar que ao final do serviço o
os serviços envolvem uma relação contínua com os clientes. Ge- pessoal de linha de frente obtenha o feedback da forma menos
ralmente envolvem uma relação impessoal e breve, embora a ambígua possível, evitando ruídos no fluxo de comunicação.
força e a duração das relações estejam crescendo. Tanto nas falhas produzidas pelos prestadores quando nas
Além disso, há o esforço do cliente - O cliente pode estar a falhas dos clientes, observa-se que a comunicação possui um pa-
par da produção dos serviços. Já no caso de produtos ou bens, o pel importante, facilitando a transmissão de mensagens verbais
envolvimento do cliente pode ser limitado a comprar o produto e não-verbais, além de reduzir a possibilidade de falhas no pro-
final e usá-lo. cesso e no resultado. E ainda, a empresa pode se aproveitar dos
Por fim, temos a uniformidade: Devido à inseparabilidade e mecanismos de prevenção de falhas para elevar a imagem da
ao alto envolvimento, cada serviço pode ser único, com uma pos- mesma ao apresentar por adiantado os requerimentos necessá-
sível variação de qualidade. rios do cliente, como por exemplo, entregando ao cliente um grau
mais elevado de confiabilidade do serviço.
As características descritas anteriormente precisam ser leva-
das em consideração para se chegar a um entendimento pleno A classificação dos Serviços
da qualidade de serviços, já que envolvem o desempenho dos
prestadores de serviços. A classificação dos serviços depende de vários fatores que
afetam o sistema de operações do serviço, como:
Segundo Gianesi e Correa (1994), o sistema de operações de a) ênfase dada as pessoas ou a equipamentos no processo;
serviço está separado em: linha de frente (palco ou front-office) b) grau de contato com o cliente;
e retaguarda (back-office), ambos separados pela chamada “li- c) grau de participação do cliente no processo;
nha de visibilidade” que representa as atividades que são visíveis d) grau de personalização do serviço;
para o cliente e as que não são. e) grau de julgamento pessoal dos funcionários; e
f) grau de tangibilidade do serviço.
-As atividades no palco ou linha de frente (front-office)
têm alto contato com o cliente, alto grau de incerteza e variabili- Estas características apontam para três categorias de servi-
dade e são de difícil controle. Na linha de frente ocorrem as inte- ços:
rações entre os clientes e a empresa, podendo ser de tipo pessoal -Serviços profissionais são considerados de alto contato
ou não-pessoal. O contato pessoal pode ser “face-a-face”, como (presença física) com cliente. Nos serviços profissionais, o cli-
por exemplo na recepção da empresa, chamado direto, ou pode ente busca no prestador de serviço uma capacitação que não dis-
ser indireto (como por exemplo, no atendimento por telefone). O põe, como no caso dos serviços jurídicos e médicos. O número de
contato não-pessoal se dá quando o cliente interage com equipa- clientes que este sistema de operações processa é pequeno e o
mentos ou ambientes físicos, como nos caixas automáticos dos serviço é personalizado.
bancos de varejo. -Loja de serviços é o sistema de operações intermediário en-
tre os serviços de alto grau de contato com o cliente, os profissi-
onais, e os serviços de massa. Nesta classificação, encontram-se

Conhecimentos Específicos 29

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os serviços de alimentação e hotelaria, onde o valor do serviço é (D) agronegócios.
agregado tanto no front-office quanto no back-room. (E) indústria.
-Serviços de massa são serviços pouco personalizados, com
baixo grau de contato com o cliente, e as operações são realiza- 02. (UNIFESP – Administrador - CAIP-IMES/2013) São ca-
das praticamente no back-room. Nestes tipos de serviços, exis- racterísticas dos serviços, que afetam enormemente a elabora-
tem um alto grau de padronização, uma vantagem para se apro- ção de programas de marketing, exceto:
ximar de um sistema de operações de manufatura. (A) Imperecibilidade.
(B) lntangibilidade.
Vale ressaltar que estas três categorias não são delimitadas (C) Variabilidade.
claramente, existindo serviços que podem ser encaixados em (D) lnseparabilidade.
mais de uma, produzindo uma dificuldade para determinar em
alguns casos para que tipo de serviço uma determinada operação 03. (IFC/SC - Assistente Administrativo – IFC/2012) O se-
deve ser projetada. tor de serviços é um dos que mais cresce. A prestação de serviços
pode ser identificada pelo conjunto de características:
Tendências da Gestão de Serviços (A) Perecibilidade, intangibilidade, inseparabilidade, rela-
ções com os clientes, esforço do cliente e uniformidade.
A gestão dos serviços tem evoluído principalmente nos últi- (B) Tangibilidade, alta lucratividade, estocagem, relações
mos cinquenta anos, e a importância do setor de serviços nas com os clientes, perecibilidade e uniformidade.
economias do mundo fazem com que esta tendência de cresci- (C) Tangibilidade, separabilidade, perecibilidade, estocagem,
mento acentue-se nos próximos anos. movimentação e inseparabilidade.
(D) Alta lucratividade, separabilidade, uniformidade, tangi-
Entre as tendências observadas e posicionadas como relevan- bilidade, não perecibilidade e esforço do cliente.
tes, destacam-se: (E) Relações com os clientes, alta lucratividade, inseparabili-
- A gestão da inovação em serviços:. A Criação de Conheci- dade, movimentação, esforço do cliente e uniformidade.
mento é a principal fonte de inovação nas empresas da atuali-
dade, considerando que o conhecimento embutido em atores - 04. (Prefeitura de Balneário Camboriú – SC - Assistente
prestadores de serviço - é um fator chave na gestão da intangibi- Administrativo – FEPESE/2013) Entende-se por serviços:
lidade do serviço. A inovação também se produz quando a Gestão (A) Produto da atividade técnica que, sem assumir a forma
do Conhecimento é aplicada no desenvolvimento de novos ser- de um bem material, não satisfaz uma necessidade.
viços e também de produtos que são aplicados aos serviços me- (B) Produto da atividade humana que, sem assumir a forma
lhorando continuamente seu desempenho e atendendo melhor de um bem material, não satisfaz uma necessidade.
às expectativas dos clientes. (C) Produto da atividade política que, sem assumir a forma
de um bem material, não satisfaz uma necessidade.
- Melhoramento de eficiência por meio de melhores tec- (D) Produto da atividade social que, sem assumir a forma de
nologias: um bem material, não satisfaz uma necessidade.
(E) Produto da atividade humana que, sem assumir a forma
-O serviço como uma experiência: Atualmente, os clientes de um bem material, satisfaz uma necessidade.
procuram serviços que atendam necessidades além daquelas re-
lacionadas com o próprio serviço. Esta tendência se relaciona ao 05. (METRÔ/DF - Operador Metro ferroviário Junior – IA-
fato de que os clientes também querem levar experiências agra- DES/2014) Com relação à qualidade na prestação de serviços,
dáveis e memoráveis dos serviços além da sua função básica. sugere-se que
Entre exemplos deste tipo de serviço, pode-se citar parques (A) sejam criadas expectativas nos clientes sobre os serviços
temáticos ou cafeterias ambientalizadas, onde os fornecedores fornecidos, para que depois sejam cumpridas ou não.
destes serviços começam a perceber que existem vantagens (B) seja mensurado o grau de satisfação dos clientes, não
competitivas ao oferecerem experiências junto com as funções sendo necessário medir o dos funcionários.
básicas dos seus serviços. (C) os funcionários se adaptem ao tratamento ao cliente, para
cada nível de formalidade.
- O serviço como um sistema de redes de criação de va- (D) seja criado um processo de solução de problemas no qual
lor: O serviço é considerado como um sistema composto de pes- cada funcionário saiba de uma etapa única do processo.
soas, tecnologias e organizações. Essas organizações criam redes (E) os funcionários não se familiarizem com a estrutura or-
de colaboração, criando valor sobre as operações de serviço. ganizacional, mas conheçam os serviços prestados.
Uma das tendências mais desenvolvidas foi denominada de ter-
ceirização - termo inglês outsourcing formado pelas palavras 06. (Prefeitura de Bela Vista de Minas - Contínuo – FUN-
out e source, ou seja, fonte externa. DEP/2014) Sobre a qualidade na prestação de serviços públi-
Segundo Souza et. al. (2008), a terceirização de serviços por cos, é INCORRETO afirmar que:
toda a cadeia de valor está vinculada à efetivação de parcerias (A) um serviço de qualidade é aquele que atende perfeita-
sólidas, legítimas sem abdicação de responsabilidades e priori- mente de forma confiável, acessível, segura e no tempo certo as
zando o equilíbrio de forças. Isso implica novas abordagens co- necessidades do cliente.
laborativas, envolvendo processos, as tecnologias disponíveis, os (B) o cliente não determina a qualidade de um serviço ao exa-
agentes e as novas relações de trabalho. minar se o funcionamento efetivo deste atende às suas necessi-
dades.
Questões (C) o cliente interno ou externo não compra simplesmente
um serviço; ele compra o benefício que espera obter dele.
01. (Câmara Municipal de Jaboticabal/SP - Agente de Ad- (D) o valor para o cliente é o benefício percebido de um ser-
ministração – VUNESP/2015) Dos produtos a seguir, aquele viço para determinar se ele vai comprar ou não esse serviço.
que possui como uma de suas principais características a intan-
gibilidade é: 07. (SEAP/DF - Técnico – IADES/2014) Com relação à qua-
(A) logística. lidade em serviços, é correto afirmar que significa entregar
(B) serviços.
(C) construção civil.
Conhecimentos Específicos 30

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(A) serviços de qualidade, atendendo perfeitamente, de Questão muito simples. Os serviços são realizados por pes-
forma confiável, acessível, segura e no tempo certo, o que os cli- soas, por profissionais qualificados para tal serviço, logo, trata-
entes esperam. se de uma atividade humana que, sem assumir a forma de um
(B) serviços bons, independentemente do que os clientes es- bem material, satisfaz uma necessidade dos clientes. Facilmente
peram. já é possível excluir assertivas que afirmam que não satisfazem
(C) um conjunto de características nos serviços, que atendam uma necessidade, não faria sentido se não satisfizesse.
parcialmente as expectativas dos clientes.
(D) um serviço que atenda as expectativas da empresa e dos 05. Resposta: C
consumidores, de maneira a encontrar o equilíbrio entre esses a) Errada. As expectativas dos clientes devem ser cumpridas
pontos. pela empresa.
(E) serviços que consigam aliar custos baixos a atendimento b) Errada. A satisfação dos funcionários também devem ser
parcial das expectativas dos clientes. medidas e levadas em consideração.
c) Certa. A empresa (direção, gerentes, funcionários e etc)
08. (Prefeitura de Palmas/TO - Técnico Administrativo deve adaptar-se ao cliente, para cada nível de formalidade (rela-
Educacional - COPESE – UFT/2013) Assinale a alternativa que cionamento, atendimento pós-venda e etc).
NÃO corresponde a uma característica de gestão da qualidade no d) Errada. O conhecimento amplo das etapas de produção de
ambiente de serviços: cada funcionário é uma das premissas da gestão da qualidade.
(A) A produção e o serviço são simultâneos e não há como e) Errada. Os funcionários devem familiarizar-se com a es-
definir onde termina um e inicia o outro. trutura organizacional da empresa.
(B) Os serviços podem ser patenteados. Bons estudos.
(C) Difícil ter um modelo uniforme de execução.
(D) Resulta mais do desempenho dos recursos humanos. 06. Resposta: B
Obviamente o cliente consegue determinar se existe quali-
09. (CAU/BR - Assistente Administrativo – IADES/2013) dade ou não de um dado serviço ao examinar se o funcionamento
Considerando um ambiente de prestação de serviços e com rela- efetivo deste (se o resultado obtido) atende às suas necessida-
ção ao enfoque na gestão da qualidade, é correto afirmar que des. A partir do momento que não atendeu as suas necessidades,
(A) a produção e o consumo do serviço são simultâneos. segundo o prometido, o cliente julgará estar insatisfeito. As de-
(B) o esforço pela qualidade aparece no produto. mais assertivas estão corretíssimas.
(C) as condições são favoráveis à padronização.
(D) o cliente tende a não influenciar o processo produtivo 07. Resposta: A
(E) o cliente atua no final do processo produtivo A Alternativa revela que a assertiva é pura cópia do entendi-
mento de um teórico, pois Campos (2004) sintetiza o conceito de
10. (MPE/GO - Assistente Administrativo – IADES/2013) qualidade nos seguintes termos: “um produto ou serviço de qua-
A respeito da melhoria contínua na prestação de serviços, assi- lidade é aquele que atende perfeitamente, de forma confiável, de
nale a alternativa correta. forma acessível, de forma segura e no tempo certo às necessida-
(A) A produtividade pode ser melhorada com um gasto de di- des do cliente”. Isso significa para o mesmo: um projeto perfeito;
nheiro em infraestrutura. Entretanto, deve-se criar um método sem defeitos; baixo custo; segurança do cliente, entrega no prazo
de trabalho para utilizá-la de forma mais produtiva. certo, no local certo e na quantidade certa. Observe que a ques-
(B) A melhoria contínua de processo é um método de alto tão visou derrubar mesmo os candidatos, pois tendo o termo
custo para criar ou melhorar métodos de trabalho. “perfeitamente” na assertiva, muitos candidatos já eliminam por
(C) A administração deve reconhecer que o investimento em considerar uma resposta extremista e radical demais. Entre-
uma boa estrutura deve ser prioritário frente à necessidade de tanto, ela se baseou em um fundamento teórico e não pode ser
maximizar o potencial de trabalhadores flexíveis e motivados. questionado isso. Portanto, essa é a assertiva mais correta e é
(D) A melhoria do processo é de responsabilidade do alto es- importante que você candidato fique atento a algumas definições
calão gerencial. clássicas, pois muitas vezes elas são usadas de maneira literal
(E) O envolvimento de equipes, no processo de melhoria con- nas questões e você pode facilmente reconhecer a assertiva cor-
tínua, deve ser evitado, pois existe a necessidade de uma avalia- reta a partir disso. A questão anterior, inclusive, trouxe essa
ção mais individualizada. mesma definição em sua assertiva “a” em que julgamos também
como correta. Ou seja, fique atento, pois as bancas gostam de
Respostas usar afirmações desse tipo que enganam muitos candidatos.

01. Resposta: B 08. Resposta: B


Como vimos, a intangibilidade essa é uma das características Os serviços, devido a sua característica de intangibilidade,
dos serviços. Pode ser verificada pelo fato dos serviços serem ex- não podem ser estocados, nem patenteados, não podem ser dis-
periências que o cliente vivencia na hora da prestação do serviço. postos ou deslocados rapidamente e são difíceis de ser precifica-
Esta característica dificulta as operações do sistema porque o dos.
produto oferecido pela organização não é físico.
09. Resposta: A
02. Resposta: A Este é um ponto bem explorado em serviços por parte das
Perecibilidade = aquilo que acaba, que não pode ser esto- bancas. Veja que já havia uma assertiva afirmando na questão
cado, como é o caso dos serviços. A imperecibilidade não é carac- anterior que “a produção e o serviço são simultâneos e não há
terística dos serviços, pois eles são perecíveis. Deste modo, a como definir onde termina um e inicia o outro”. É exatamente
única incorreta é a letra A. isso!! Guarde que na prestação de serviço quando essa está em
sua fase de produção ela já passa a ser consumida.
03. Resposta: A
Este é o conjunto de características que foi tratado anterior- 10. Resposta: A
mente. Esta é uma questão que exige atenção por parte do can- (A) Correta.
didato para não confundir com outra alternativa. (B) “A melhoria contínua de processo é um método de alto
custo para criar ou melhorar métodos de trabalho”. Este é o erro,
04. Resposta: E
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pois não deve ser visto como alto custo melhorias que são necessá- A qualidade deveria ser garantida por toda a cadeia de pro-
rias e que podem ser realizadas com pequenos ajustes contínuos. dução, desde o projeto até o mercado. Todos os departamentos
(C) “A administração deve reconhecer que o investimento em eram responsáveis por construir a qualidade, por meio de pro-
uma boa estrutura deve ser prioritário frente à necessidade gramas e sistemas.
de maximizar o potencial de trabalhadores flexíveis e moti-
vados”. Maximizar o potencial dos trabalhos não deve ser visto Quarta etapa:
como inferior à boa estrutura na gestão de serviços Adequação às necessidades latentes
(D) “A melhoria do processo é de responsabilidade do alto O foco da qualidade reside na concepção de produtos ou ser-
escalão gerencial”. É responsabilidade de todos na organização, viços que venham satisfazer aquelas necessidades dos clientes,
todos devem estar envolvidos, precisa ser algo participativo e as quais eles ainda não têm plena consciência.
que todos entendam o porquê. Gestão estratégica da qualidade
(E) “O envolvimento de equipes, no processo de melhoria Considera as necessidades do mercado e do consumidor. To-
contínua, deve ser evitado, pois existe a necessidade de uma das as pessoas da empresa, com a gerência exercendo forte lide-
avaliação mais individualizada”. Absurdo evitar o envolvimento rança, são responsáveis pela qualidade. O gerenciamento da qua-
de equipes. lidade é realizado por meio do planejamento estratégico, com o
estabelecimento de objetivos e metas, para mobilizar toda a or-
ganização.
VII - Noções de atendimento Assim, como a qualidade evoluiu para gestão da qualidade, o
ao público atendimento ao cliente passou a fazer parte da estratégia das or-
ganizações. As empresas passaram a adotar estratégias e ações
como a criação de um canal de relacionamento entre a empresa
(executivos, gerentes) e o cliente, para que haja uma interação e
Ao longo da história, a indústria considerou a conformidade consiga decifrar por menores que sejam, quais os principais in-
com as especificações técnicas como parâmetro único para a ob- teresses daqueles que utilizam os produtos ou serviços da em-
tenção da qualidade. Podemos traçar um paralelo com a Admi- presa. Outras estratégias também utilizadas são as pesquisas de
nistração Científica, que enfatizava as tarefas e a padronização. opinião que buscam respostas ou indagações vindas do consu-
Com o tempo,por meio da evolução das Teorias da Adminis- midor final. Algumas organizações criaram funções específicas
tração (da Clássica à Contingencial), a ênfase nas tarefas passou para o sistema de ouvidoria, funcionários são contratados, trei-
para ênfase nas circunstâncias das situações, e a qualidade é nados para atender/receber críticas, sugestões e reclamações
vista também do ponto de vista do cliente, nas características dos usuários.
que têm satisfazem o cliente e que apresentam um bom desem- O atendimento ao cliente tornou-se um dos pontos mais im-
penho. portantes na atuação de uma empresa no mercado, na busca pela
satisfação, criação de valor e retenção.
Para com Martins e Neto28, A conceituação de qualidade e da
gestão da qualidade evoluíram, em quatro etapas: Atender significa:
- Acolher com atenção, ouvir atentamente;
- Primeira etapa: - Tomar em consideração, deferir;
Adequação ao uso - Atentar, ter a atenção despertada para; Receber.
A qualidade referia-se à conformidade com as especificações
técnicas. Acreditava-se que o projeto do produto atendia às ne- Por isso, chamamos de atendimento acolher, receber, ouvir o
cessidades dos clientes cliente, de forma com que seus desejos sejam resolvidos. Atendi-
Inspeção mento é dispor de todos os recursos que se fizerem necessários,
A qualidade referia-se à uniformidade do produto. O depar- para atender ao desejo e necessidade do cliente. Esse cliente
tamento de inspeção inspecionava a qualidade por meio de ins- pode ser interno, ou, externo, e caracteriza-se por ser o público-
trumentos de medição. alvo em questão.
Os clientes internos são aqueles de dentro da organização.
Segunda etapa: Ou seja, são os colegas de trabalho, os executivos. São as pessoas
Adequação ao uso que atuam internamente na empresa. Já os clientes externos, são
A qualidade era garantida por meio do projeto que assegu- os clientes que adquirem produtos ou serviços da empresa.
rasse a satisfação das necessidades de fato dos clientes e não Em um cenário onde as empresas disputam pela preferência
aquilo que os projetistas pensavam ser. Entretanto, a adequação de um mesmo cliente, a qualidade no atendimento tornou-se fun-
ao uso era obtida basicamente por inspeção, o que elevava o damental, sendo algo diferencial. E é por isso que os clientes se
custo da qualidade. tornaram mais exigentes e conscientes dos padrões de atendi-
Controle estatístico da qualidade mento.
A qualidade também estava relacionada à uniformidade do O comprometimento e profissionalismo são importantes
produto, porém com menos inspeção. Os departamentos de pro- para um bom atendimento. Atualmente, mais importante do que
dução e engenharia eram responsáveis pela qualidade e utiliza- se ter um cliente, é o relacionamento que se cria com ele. E isso,
vam instrumentos e técnicas estatísticas para controlar a quali- é alcançado através do atendimento. Os clientes quando procu-
dade. ram um atendimento eles possuem expectativas. Sendo assim, o
ideal para construir um relacionamento duradouro, não é apenas
Terceira etapa: atender as expectativas, e sim, superá-las. Aqueles clientes que
Adequação ao custo têm suas expectativas superadas acabam se tornando fiéis e isso
Focava a qualidade da conformidade, baseando-se nas reais leva a retenção dos clientes.
necessidades dos clientes. Era necessário obter alta qualidade O início do processo de atendimento que busca satisfação dos
combinada com baixos custos. clientes ocorre com o mapeamento das necessidades do cliente.
Garantia de qualidade Isso é possível através de uma comunicação clara e objetiva. A

28Martins e Neto. Indicadores de desempenho para a gestão da quali-


dade total: uma proposta de sistematização. http://www.dep.ufs-
car.br/admin/upload/ARTIGO_1148385976.PDF.
Conhecimentos Específicos 32

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comunicação deve dirigir-se para o oferecimento de soluções e pessoas de modo a obterem conhecimentos, habilidades, atitu-
respostas na qual o cliente busca. Isso não significa falar muito, e des específicas de acordo com o ramo de atividade e os produtos
sim ser um excelente ouvinte, estar atento aquilo que o cliente que serão comercializados pela empresa.
fala. O treinamento pode ensinar, corrigir, melhorar, adequar o
Um relacionamento entre uma empresa e um cliente é cons- comportamento das pessoas em relação as mudanças ou mesmo
truído por meio de bons atendimentos. Analisar o comporta- exigências de um mercado extremamente disputado e concor-
mento e os interesses do cliente pode ajudar na estratégia de rido.
retê-lo, criando relacionamentos consistentes, com qualidade e É preciso responder ao cliente com entusiasmo e uma sauda-
fidelização. ção positiva. Ainda que o cliente possa perder a paciência, como
A atenção, cortesia e interesse são três pontos iniciais para profissional eu preciso manter minha conduta e postura condi-
se atentar na preparação para um bom atendimento. Ninguém zente com ao esperado pela empresa. Se por ventura o cliente
procurar uma empresa que oferece produtos ou serviços, sem estiver insatisfeito com algo e demonstrar isso em suas palavras,
ter uma necessidade por alguma coisa. Toda a atenção deve ser tenha calma, e lembre-se de que o cliente teve esse comporta-
concentrada em ouvir e atender prontamente o cliente sem des- mento para com a empresa não como algo pessoal contra você.
viar-se para outras atividades naquele momento. O cliente pode Tenha sempre bom senso e compreensão.
interpretar como carência de profissionalismo o desvio do aten-
dimento para outros interesses. O atendimento de sucesso ocorrerá se além de priorizar
Utilize um tom de voz agradável ao dirigir-se a um cliente. e estiver preparado para:
Tenha percepção as limitações, faixa etária da idade do cliente
utilizando o tratamento adequado para o senhores e senhoras. A recepção
As pessoas não gostam de ser interrompidas quando falam, e se Ouvir as necessidades do cliente
duas pessoas falam ao mesmo tempo o processo de comunicação Fazer perguntas de esclarecimento
e entendimento fica comprometido. Orientar o cliente
Seja leal ao cumprimento dos prazos, não prometa prazos em Demonstrar interesse e empatia
que sua empresa não será capaz de cumprir. Envolva outros se- Dar uma solução ao atendimento
tores ao processo de atendimento para que possa responder Fazer o fechamento
mais prontamente as questões que possam surgir. Resolver pendências quando houver.
Nas reações e percepções do cliente é possível identificar sua
aprovação ou reprovação em relação as negociações ou atendi- Não podemos prever que o cliente entenda toda a linguagem
mento, busque oportunidades para agir. Utilize um tom de voz que utilizamos em uma empresa. Coloque-se no lugar do cliente
suficiente para que o cliente possa escutar e também para que a e assim busque utilizar termos claros e explicar de acordo com a
conversa no atendimento seja sigilosa e tratada de forma exclu- maturidade detalhes importantes no processo de compreensão.
siva e individual, nem todos os clientes querem expor para ou- Nunca discuta com um cliente, a discussão não tem o objetivo
tras pessoas aquilo que pretendem comprar ou gastar. discutir possibilidades, caminhos, decisões e oferecer soluções,
Seja sempre objetivo ao realizar um atendimento, busque ra- mas sim de criar uma disputa ou provar que alguém está certo e
pidamente soluções para as necessidades do cliente que se en- o outro errado, obter razão.
contra em atendimento. Preza sempre por qualidades como: cla-
reza, atenção, presteza, orientação, qualidade e comunicabili- Os Princípios para o bom atendimento na gestão da qua-
dade. lidade:
Os colaboradores de uma organização devem buscar conhe-
cimento dos negócios da empresa, das decisões que ela toma, da 1. Foco no Cliente
situação que ela se encontra. A falta de informação, de uma co- As empresas privadas buscam reduzir os custos dos produ-
municação entre empresários e funcionários acaba gerando des- tos, aumentar os lucros, mas não podem perder de vista a quali-
motivação, falta de comprometimento e dificuldades para se ar- dade e satisfação dos clientes.
gumentar e demonstrar confiança aos clientes no momento do 2. O serviço ou produto deve atender a uma real necessidade
atendimento. Torna-se fundamental comunicar a missão da em- do usuário
presa, seus valores, metas e objetivos ao público interno, pois Um serviço ou produto deve ser exatamente como o usuário
quanto maior for seu envolvimento com a organização, maior espera, deseja ou necessita que ele seja.
será o seu comprometimento. 3. Manutenção da qualidade
A Comunicação Interna compreende os procedimentos co- O padrão de qualidade mantido ao longo do tempo é que leva
municacionais que ocorrem na Organização. Segundo Scroferne- à conquista da confiabilidade.
ker. “Visa proporcionar meios de promover maior integração A atuação com base nesses princípios deve ser orientada por
dentro da organização mediante o diálogo, a troca de informa- algumas ações que imprimem qualidade ao atendimento, tais
ções, experiências e a participação de todos os níveis”. como:
O atendimento é uma das coisas mais importantes em uma
organização. Da mesma forma que um bom atendimento pode Identificar as necessidades dos usuários;
cativar, conquistar, reter um cliente; um mal atendimento pode Cuidar da comunicação (verbal e escrita);
facilmente trazer prejuízos e colocar uma empresa em uma situ- Evitar informações conflitantes;
ação difícil. A satisfação do cliente deve ser uma das grandes pri- Atenuar a burocracia;
oridades de uma empresa que busca competitividade e perma- Cumprir prazos e horários;
nência no mercado. Desenvolver produtos e/ou serviços de qualidade;
As empresas devem estabelecer princípios, normas e a ma- Divulgar os diferenciais da organização;
neira adequada de transmitir essas informações aos colaborado- Imprimir qualidade à relação atendente/usuário;
res é por meio de constante treinamento. Fazer uso da empatia;
É comum visitarmos empresas e compararmos o atendi- Analisar as reclamações;
mento. Quando o atendimento é eficiente, rápido, objetivo, e o Acatar as boas sugestões.
nível de comunicação adequado, podemos perceber que a em-
presa adota estratégias e há uma preocupação em qualificar as Essas ações estão relacionadas a indicadores que podem ser
percebidos e avaliados de forma positiva pelos usuários, entre
eles: competência, presteza, cortesia, paciência, respeito.
Conhecimentos Específicos 33

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Por outro lado, arrogância, desonestidade, impaciência, des- médico, bancário, assistência técnica, os clientes possuem expec-
respeito, imposição de normas ou exibição de poder tornam o tativas. Quando um cliente é bem atendido, dá-se início a criação
atendente intolerável, na percepção dos usuários. de um relacionamento, os clientes que têm suas expectativas su-
Atender o cliente significa identificar as suas necessidades e peradas acabam se tornando fiéis e isso leva a retenção dos cli-
solucioná-las, ao passo que atender ao telefone significa não entes.
deixá-lo tocar por muito tempo, receber a ligação e transferi-la
ao setor correspondente. Observe que a diferença é bastante Dentro do processo de Comunicação existem alguns fatores
grande. Eu diria mais: profissional de qualquer área ou formação que são imprescindíveis de serem citados como Elementos da
tem capacidade de atender ao telefone, visto que é um procedi- Comunicação: Emissor e Receptor, Canais de Comunicação, Men-
mento técnico, enquanto que para atender o cliente é necessário sagens, Códigos e Interpretação, Obstáculos à Comunicação, a
capacidades humanas e analíticas, é necessário entender o com- Voz e suas Funções.
portamento das pessoas, ou seja, entender de gente, além de ter De acordo com Philip Kotler, o processo de comunicação pos-
visão sistêmica do negócio e dos seus processos. Os profissionais sui nove variáveis. O emissor e o receptor representam as partes
mais bem preparados para esse fim são os que frequentam os envolvidas na comunicação (quem emite e quem recebe a men-
bancos escolares, especialmente os que se dedicam à formação sagem). A mensagem e o meio representam as principais ferra-
secretarial. mentas de comunicação: o que se diz e de que forma o receptor
Como o telefone é altamente utilizado nas organizações, o se- tem acesso à informação. A Codificação, a decodificação, a res-
cretário envolve-se bastante com o atendimento de clientes que posta e o feedback (retorno) são os elementos que dizem res-
contatam com a empresa por meio desse aparelho. Muitas são as peito ao processo de comunicação em si. E o ruído corresponde
ligações recebidas e outras tantas ligações são realizadas. Muitos a todos os fatores que possam interferir na mensagem que se
secretários chegam a ter pânico do telefone porque ele não para pretende transmitir.
de tocar e porque ele atrapalha a realização de outras atividades, A comunicação pode ser considerada o processo social bá-
que erroneamente são consideradas mais importantes. sico, primário, porque é ela que torna possível à própria vida em
Será que existe algo mais importante do que o cliente que se sociedade. Vida em sociedade significa intercâmbio.
encontra do outro lado da linha, aguardando pelo atendimento? E todo intercâmbio entre os seres humanos só se realiza por
É claro que não existe. Ocorre que nem sempre se tem a consci- meio da comunicação. A comunicação preside, rege todas as re-
ência de que é o cliente que será atendido e não o telefone. Não lações humanas.
se tem a consciência que cada ligação recebida significa uma O que é produzido e vendido pela comunicação? Uma merca-
oportunidade de negociar, de vender, de divulgar a empresa, de doria cada vez mais valiosa, apesar de imaterial: informação, ou
manter laços amistosos com o cliente. seja, notícias, dados, ideias, conhecimento, ficção, cultura, arte,
É comum os atendentes chegarem no final do expediente etc.
com o sentimento que nada ou pouco de importante realizaram, É uma dessas coisas que todo mundo sabe o que é, mas nin-
apesar de terem resolvido uma série de problemas, fornecido guém consegue definir com precisão.
inúmeras informações, participado de várias negociações e ven- Ato de comunicar algo ou de comunicar-se (com alguém). O
das, tudo isso a partir das demandas recebidas de clientes por verbo vem do latim communicare, que significa participar, fazer,
meio do telefone. A expressão: “eu não fiz nada hoje apenas saber, tornar comum. Quando eu comunico alguma coisa a al-
atendi o telefone” é corriqueira e não corresponde à realidade, guém essa coisa se torna comum a ambos. Quando se publica
até mesmo desvaloriza a profissão secretarial. Qual empresa irá uma notícia ela passa a fazer parte da comunidade. Comunicação,
manter em seu quadro de pessoal funcionários que nada fazem? comunhão, comunidade são palavras que têm a mesma raiz e es-
O cliente sempre espera um tratamento individualizado, con- tão relacionadas à mesma ideia de algo compartilhado.
siderando que cada situação de atendimento é única, e deve levar
em conta as pessoas envolvidas e suas necessidades, além do Elementos básicos da comunicação
contexto da situação. Como as pessoas são diferentes, agem de Emissor – É o responsável pela transmissão uma mensagem.
maneira diferenciada, a condução do atendimento também ne- Mensagem – qualquer coisa que o emissor envie com a fina-
cessita ser personalizada, apropriada para cada perfil de cliente lidade de passar informações
e situação. Receptor – qualquer ser capaz de receber e interpretar essa
Assim, o cliente poderá se apresentar: bem-humorado, tí- mensagem.
mido, apressado, paciente, inseguro, nervoso, entre outras carac- Mensagem – trata-se do conteúdo que será transmitido, as
terísticas. O mais importante é que o secretário identifique no informações que serão transmitidas ao (s) receptor (es).
início da interação como o cliente se encontra para que possa di- Ruído – são elementos que interferem na compreensão da
rigir de maneira assertiva o atendimento. mensagem que está sendo transmitida, podem ser ocasionados
pelo ambiente interno ou externo. Pode ser tanto barulhos de
A chave para o sucesso da bom atendimento depende muito uma maneira geral, uma palavra escrita incorretamente, uma
da boa comunicação. dor de cabeça por parte do emissor como do receptor, uma dis-
tração, um problema pessoal, gírias, neologismos, estrangeiris-
Quando o processo comunicacional das empresas é bem de- mos, etc., podem interferir no perfeito entendimento da comuni-
finido, aumenta-se a eficiência, a satisfação e a qualidade de to- cação.
das as relações interpessoais. Retroalimentação ou Feedback – é o processo onde ocorre
No cenário atual, as empresas disputam pela preferência de a confirmação do entendimento ou compreensão do que foi
um mesmo cliente, por isso a qualidade no atendimento tornou- transmitido na comunicação.
se fundamental, sendo algo diferencial. E é por isso que os clien-
tes se tornaram mais exigentes e conscientes dos padrões de Toda comunicação contém os elementos acima. Se falta o
atendimento. A qualidade do atendimento tem o poder de tornar emissor ou o receptor, pode-se pelo menos questionar se esta-
um cliente fiel a uma empresa. mos diante de um legítimo processo de comunicação.
Mas será que tudo à nossa volta é Comunicação? Quando sa-
O comprometimento e profissionalismo são importantes ímos de casa para trabalhar nos deparamos com a sinalização do
para um atendimento de qualidade. A fidelização de clientes trânsito, as propagandas de lojas, cartazes informativos, placas
prega que mais importante do que se ter um cliente, é o relacio- nas ruas, o som do rádio, se formos analisar minunciosamente
namento que se cria com ele. E isso, é alcançado através do bom podemos concluir que todos os elementos ao nosso redor se con-
atendimento. Ao procurarem o atendimento, seja atendimento figuram no de ato de comunicar.
Conhecimentos Específicos 34

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Porém, vamos analisar mais de perto e buscar entender por meios de comunicação em circunstância imediata, com a inten-
completo esse processo. ção de se complementarem.
Exemplo: um menino perdido na floresta. De repente ele vê É possível dividir os caminhos comunicacionais em três di-
o céu escurecer, relâmpagos, trovões, e conclui que vai cair um mensões, uma virtual, indireta e de surgimento recente através
toró na sua cabeça. Essa mudança meteorológica a que ele assiste de meios de comunicação como e-mails, chats, e intranet; cami-
é uma situação de comunicação? Se for, quem seria o emissor? A nho comunicacionais que passam pelo ambiente hierárquico,
natureza? Não! A natureza não tem um propósito, para a racio- formal e burocrático utilizando-se como meios reuniões, qua-
nalidade do homem, de ter o propósito de passar uma informa- dros de aviso, memorandos e telefone e um caminho comunica-
ção. Agora suponhamos que o menino chega diante de um vale e cional através da dimensão simbólica, autêntica e velada da co-
vê fumaça de uma chaminé ao longe, concluindo que está salvo: municação informal, dos comportamentos contraditórios e da
também não se trata de comunicação, pelo mesmo motivo. sexualidade no trabalho. Cada um desses caminhos e meios de
Pessoas cozinhando o almoço na sua casa não podem ser con- comunicação tem suas características, vantagens e desvantagens
sideradas emissores e alguma mensagem endereçada ao garoto e por consequência podem ser fontes de problemas.
perdido. Suponhamos agora que o menino faça uma fogueira Os colaboradores de uma organização devem buscar conhe-
para sinalizar sua presença. Isso é comunicação? Neste caso te- cimento dos negócios da empresa, das decisões que ela toma, da
mos o emissor e a mensagem, mas falta ainda o receptor. De- situação que ela se encontra. A falta de informação, de uma co-
pende, pois, de que a fumaça seja vista e interpretada como pe- municação entre a gerência e funcionários acaba gerando des-
dido de socorro, porque se um helicóptero da polícia sobrevoar motivação, falta de comprometimento e dificuldades para se ar-
o local e seus ocupantes acharem que se trata apenas de mais um gumentar e demonstrar confiança aos clientes no momento do
foco de incêndio, não se efetivou a comunicação. atendimento. É fundamental comunicar a missão da organização,
O exemplo anterior é o contrário de placas que limitam a ve- seus valores, metas e objetivos ao público interno, pois quanto
locidade, por exemplo, que indicam curvas à direita ou à es- maior for seu envolvimento com a organização, maior será o seu
querda e alertam para a proximidade de um posto de pedágio – comprometimento.
exemplos claros de comunicação visual.
É difícil saber se o comportamento humano é intencional ou Questões
não, mesmo que, segundo a psicanálise, existem as intenções in-
conscientes. Por isso é preciso classificar tudo o que o homem faz 01. (Banco do Brasil – Escriturário – CESPE- - 2008) No
em sociedade. Até mesmo o silêncio, é comunicação. Pode signi- ambiente de trabalho, mesmo que se esteja no meio de uma con-
ficar concordância, indiferença, desprezo, etc. versação que demore mais que o necessário, deve-se evitar res-
Quanto à comunicação, tanto interna quanto externa das or- ponder antes que o interlocutor tenha concluído o seu pensa-
ganizações, é uma ferramenta de extrema importância para qual- mento.
quer organização e determinante no que se refere ao sucesso, in- ( ) Certo
dependente do porte e da área de atuação. É uma ferramenta es- ( ) Errado
tratégica, pois muitos erros podem ser atribuídos às falhas de co-
municação. Portanto, um sistema de comunicação eficaz é funda- 02. (Banco do Brasil – Escriturário - FCC- 2013) O escritu-
mental para as organizações que buscam o crescimento e cultura rário Afonso, recém contratado pelo Banco JKL, zeloso pelo bom
organizacional. desempenho de suas funções, elaborou uma pequena lista de su-
A comunicação é um processo bastante complexo, ainda mais gestões que melhorariam o atendimento aos clientes. Uma su-
quando é explorada sob a perspectiva organizacional, pois o nú- gestão, dentre outras, que traz melhorias ao atendimento é
mero de variáveis interferentes multiplica-se e algumas ganham (A) o redimensionamento da central de atendimento, possi-
uma maior relevância como a cultura da organização e a relação bilitando aumento da capacidade de atendimento.
entre o emissor e o receptor ou entre o emissor e os diversos re- (B) a prestação do serviço de liquidação de ordens de paga-
ceptores. mento somente nos balcões da agência.
Na era da informação, a rapidez e o valor das informações faz (C) a reestruturação do site do banco com bloqueio de aten-
com que as organizações se vejam no imperativo de reestrutura- dimento via chat.
rem sua comunicação (seja ela interna ou social) adotando um (D) a redução de pessoal e dos guichês para atendimento
padrão moderno aproximando suas ações e o discurso empresa- preferencial a idosos, gestantes e portadores de deficiências.
rial, em busca de um patrimônio de caráter simbólico constituído (E) a alteração do mobiliário interno da agência visando à
pela imagem, reputação, credibilidade, legitimidade e aceitação. atualização da imagem institucional.
Diante dessa conjuntura que envolve a comunicação organi-
zacional emergem os problemas de comunicação. Os problemas 03 Um dos aspectos que pode comprometer o atendimento
de comunicação surgem por uma situação de fala distorcida onde correto e o desempenho ideal da atendente via email é principal-
os participantes do ato comunicativo encontram-se em posições mente sua:
desiguais de poder e conhecimento de informações, onde no âm- (A) aparência informal.
bito prático encontrar-se-á a complacência a ideias errôneas e (B) redação incorreta.
falsas opiniões. (C) seu sotaque.
O principal problema da comunicação organizacional a so- (D) má dicção.
brecarga de input de informação, podendo este estar relacionado (E) postura corporal inadequada
a má seleção de informações por parte do indivíduo ou a uma
cultura organizacional valorizadora de grande quantidade de in- Respostas
formações.
Ainda sobre os problemas de comunicação, Freud baseado 01. Resposta: Certo.
na teoria psicanalítica, demonstra que, através de mecanismos É importante deixar a pessoa atendida terminar seu discurso
inconscientes (como condensação e deslocamento), os desejos antes de interromper.
do indivíduo são transmitidos no ato comunicativo através dos
lapsos, tiradas espirituosas, chistes, piadas, esquecimentos e tro- 02. Resposta: A
cas (de nome, horário, etc.). Um outro foco sobre os problemas Na alternativa B, transferir todo serviço para um único local
comunicacionais que surgem no interior das organizações deve- pode sobrecarrega-lo piorando a qualidade do atendimento.
se a má utilização dos caminhos de comunicação. Uma organiza- Na alternativa C, um bloqueio no sistema em chat apenas re-
ção de grande porte utiliza-se essencialmente pelo menos de 10 duziria a qualidade do atendimento.
Conhecimentos Específicos 35

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Na alternativa D, a redução de pessoas para o atendimento
também implicaria em uma redução da qualidade do atendi- Os Princípios Arquivísticos constituem o marco principal da
mento. diferença entre a arquivística e as outras ciências documentá-
Na alternativa E, a troca do mobiliário pode trazer outros ti- rias. São eles:
pos de benefício, mas não na qualidade do atendimento.
Princípio da Proveniência
03 Resposta: B Fixa a identidade do documento, relativamente a seu produ-
Na alternativa B é levantado um fator escrito na comunica- tor. Por este princípio, os arquivos devem ser organizados em
ção, ou seja, uma boa redação é fundamental para o atendimento obediência à competência e às atividades da instituição ou pes-
via email. Nas alternativas A e E, os fatores apresentados são li- soa legitimamente responsável pela produção, acumulação ou
gados ao atendimento pessoal. No caso das alternativas C e D os guarda dos documentos. Arquivos originários de uma instituição
fatores são ligados principalmente ao atendimento por telefone. ou de uma pessoa devem manter a respectiva individualidade,
dentro de seu contexto orgânico de produção, não devendo ser
mesclados a outros de origem distinta.
VIII Noções de documentação e Princípio da Organicidade
arquivo As relações administrativas orgânicas se refletem nos con-
juntos documentais. A organicidade é a qualidade segundo a qual
Arquivologia os arquivos espelham a estrutura, funções e atividades da enti-
dade produtora/acumuladora em suas relações internas e exter-
O Arquivo é um conjunto de documentos criados ou recebi- nas.
dos por uma organização, firma ou indivíduo. Esses documentos
são fontes das informações utilizadas para a execução de tare- Princípio da Unicidade
fas/atividades. São documentos reunidos por acumulação ao Não obstante, forma, gênero, tipo ou suporte, os documentos
longo das atividades e isso ocorre independentemente do su- de arquivo conservam seu caráter único, em função do contexto
porte ou da natureza, sejam em atividades que envolvem pessoas em que foram produzidos.
físicas ou empresas em geral.
Um documento é qualquer meio que comprove a existência Princípio da Indivisibilidade ou integridade
de um fato, a exatidão ou a verdade de uma afirmação. É uma Os fundos de arquivo devem ser preservados sem dispersão,
unidade de registro de informação independente do suporte uti- mutilação, alienação, destruição não autorizada ou adição inde-
lizado. Juridicamente, os documentos podem ser considerados vida.
como atos, cartas ou escritos que carregam um valor probatório.
Os documentos preservados pelo arquivo podem ser classifica- Princípio da Cumulatividade
dos por diferentes tipos em vários suportes. O arquivo é uma formação progressiva, natural e orgânica.
Os arquivos são mantidos por entidades públicas federais,
estaduais e municipais, assim como institucionais comerciais. O nível de importância dos arquivos está relacionado com a
A ciência que estuda as funções, os princípios, as técnicas do maneira como são geridos. Para que os arquivos alcancem um
arquivo são chamadas de arquivologia. O profissional que exerce nível de importância ainda maior, é necessário que sejam geridos
atividade ligada a arquivologia pode ser chamado de arquivista. da forma correta, a fim de evitar o acúmulo de massas documen-
A arquivologia busca gerenciar informações que possam ser re- tais desnecessárias, de agilizarem ações dentro de uma institui-
gistradas em documentos de arquivos. É muito comum utilizar- ção, enfim, que cumpram a sua função, seja desde o valor proba-
se de principais, técnicas, normas e outros procedimentos no tório até o cultural.
processo de identificação, organização, desenvolvimento, pro- A gestão de documentos é o conjunto de procedimentos e
cessamentos, análise, coleta, utilização, publicação, forneci- operações técnicas referentes à sua produção, tramitação, uso,
mento, circulação, recuperação e armazenamento das informa- avaliação e arquivamento em fase corrente e intermediária, vi-
ções. sando a sua eliminação ou recolhimento para a guarda perma-
Algumas atribuições do profissional arquivista são: geren- nente.
ciar as informações, realizar atividades de conservação, preser- Protocolo é a denominação geralmente atribuída a setores
vação, gestão documental, disseminação da informação que se encarregados do recebimento, registro, distribuição e movimen-
encontra nos documentos, atuar em prol da preservação do pa- tação dos documentos em curso; denominação atribuída ao pró-
trimônio documental de uma pessoa física ou pessoa jurídica. prio número de registro dado ao documento; Livro de registro
Sendo assim pode atuar tanto em instituições públicas como pri- de documentos recebidos e/ou expedidos.
vadas, cuidando de arquivos públicos ou privados, centros de do- Algumas rotinas devem ser adotadas no registro documental,
cumentação, instituições culturais entre outras. Outras ativida- afim de que não se perca o controle, bem como surjam proble-
des realizadas pelo profissional arquivista é a elaboração de ins- mas que facilmente poderiam ser evitados. Um exemplo é como
trumentos de pesquisa e recuperação da informação, conside- ocorre o preenchimento do campo Assunto, na maioria das vezes
rando a teoria das três idades dos arquivos: corrente, interme- é feito de forma errônea, ainda que seja um campo extrema-
diária e permanente. mente importante.
O documento arquivístico pode ser produzido ou recebido
durante uma atividade realizada por uma pessoa ou por uma or-
ganização, deve possuir conteúdo, contexto e estrutura de modo
que sirva como prova da atividade. É uma informação registrada,
independente da forma ou do suporte.
A totalidade dos documentos conservados em um arquivo re-
cebe o nome de acervo. O acesso é a disponibilidade de um ar-
quivo para consulta. As embalagens destinadas à proteção dos
documentos e a facilitar o seu manuseio, são chamadas de acon-
dicionamento. O conjunto de operações de acondicionamento e
armazenamento de documentos é o arquivamento.

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APOSTILAS OPÇÃO
Teoria das três idades.29 Localização Física
Os documentos de primeira idade estão geralmente localiza-
No âmbito da disciplina arquivística, são estabelecidas eta- dos próximos aos seus setores empresariais produtores e são co-
pas para o efetivo gerenciamento dos documentos. O ciclo de nhecidos também, pela terminologia arquivística, como arquivos
vida dos documentos arquivísticos é tratado pela teoria das três ativos. Tais documentos possuem valor administrativo para a
idades. Seu objetivo é classificar os estágios ou fases pelas quais empresa, valor este chamado de primário. Dentre as atividades
passam os documentos dentro da instituição (corrente, interme- realizadas no âmbito da fase corrente, podem ser destacadas as
diária e permanente). Este é, com certeza, um dos assuntos mais de protocolo, arquivamento, consulta, expedição e empréstimo
presentes em provas de concursos públicos em matérias sobre de documentos.
Noções de Arquivologia.
A “Teoria das três idades”, ou o ciclo de vida dos documentos Acesso aos documentos
(administrativos), ou os estágios de evolução dos arquivos” – a No caso dos arquivos correntes há acesso restrito ao órgão
nomenclatura muda, mas o tema é um só. produtor (gerador). Quem responde pelos documentos são os
São 3 (três) as idades, ou 3 os ciclos, ou 3 os estágios: cor- setores de origem.
rente, intermediário e permanente (assim definidos em 1973,
por Jean Jacques Valette). Para se lembrar das atividades dos arquivos correntes, te-
Para tanto, iremos citar algumas definições de Valette por se- mos um bom mnemônico para você candidata, com relação
rem objetivas e de fácil compreensão: aos arquivos correntes.
A palavra de ordem é CEPAE.
01. Arquivo de Primeira Idade ou Corrente: “constituído
de documentos em curso ou consultados frequentemente, Observe abaixo e relembre os conceitos dessa “sigla”:
conservados nos escritórios ou em repartições que os rece-
beram e os produziram ou em dependência próximas de fá-
cil acesso.
02. Arquivo de Segunda Idade ou Intermediário: “consti-
tuído de documentos que deixaram de ser frequentemente
consultados, mas cujos órgãos que os receberam e os produ-
ziram pode ainda solicitá-los para tratar de assuntos idênti-
cos ou retomar um problema novamente focalizado. Não há
necessidade de serem conservados próximos aos escritó-
rios”.
03. Arquivo de Terceira idade ou Permanente: “constitu-
ído de documentos que perderam todo valor de natureza
administrativa e que se conservam em razão de seu valor
histórico ou documental e que constituem os meios de co-
nhecer o passado e a sua evolução. Estes são os arquivos his-
tóricos propriamente ditos, pois é nessa fase que os docu- Arquivos Intermediários31
mentos são arquivados de forma definitiva”.
Esquema mnemônico para você não esquecer das 3 (três Quanto aos arquivos intermediários, pode-se afirmar que
idades): eles poderão ser consultados e utilizados de modo esporádico
Corrente → corre → tramita (consulta frequente) por seus produtores, pois já cumpriram os seus principais obje-
Intermediário → transitoriedade (consulta não frequente) tivos na idade corrente junto à Administração.
Permanente → preservados sempre (matéria-prima da histó-
ria) Localização Física
Válido ressaltar que as 3 idades são complementares, cada uma Dessa forma, os documentos que já não são mais necessários
corresponde à uma forma diferente de conservar e tratar os do- nos departamentos empresariais devem ser transferidos para
cumentos e consequentemente, uma organização adequada. um arquivo central ou um arquivo geral, que possua esse caráter
de guarda intermediária, a fim de serem cumpridos prazos pre-
O que define, de forma decisiva, a fase na qual o documento caucionais (discricionários) antes da destinação final deles (ou
arquivístico está alocado é, por um lado a frequência de uso dos seja, a eliminação ou recolhimento para guarda permanente).
documentos pela entidade produtora ou acumuladora e, por ou- Apesar de estarem longe dos setores organizacionais produto-
tro, a identificação dos valores administrativo (primário) e his- res, tais documentos ainda pertencem a eles. Esses arquivos são
tórico (secundário) presentes ou não os documentos. também conhecidos como semiativos e, juntamente com os ar-
quivos correntes, são também possuidores de valor primário.
Arquivos correntes30
Os arquivos correntes são assim considerados porque geral- Acesso aos documentos
mente estão em tramitação, mas é importante enfatizar que em
muitos casos, mesmo sem movimentação os documentos podem O acesso ao documento pelo público somente apenas quando
ser assim considerados. O critério que define tal status para tais a sua fonte geradora autorizar. Os documentos ainda pertencem
arquivos é relacionado à frequência de sua utilização ou con- ao setor de origem. A função destes arquivos é apenas a de guar-
sulta. dar o documento para o referido setor.

29 SANTOS, J.T; REIS, L. Arquivologia Facilitada. Teoria e mais de 500 31SANTOS, J.T; REIS, L. Arquivologia Facilitada. Teoria e mais de 500
questões comentadas. 2ª edição – Campus Concursos. Rio de Janeiro: El- questões comentadas. 2ª edição – Campus Concursos. Rio de Janeiro: El-
sevier, 2013. Recurso eletrônico. sevier, 2013. Recurso eletrônico.
30 SANTOS, J.T; REIS, L. Arquivologia Facilitada. Teoria e mais de 500

questões comentadas. 2ª edição – Campus Concursos. Rio de Janeiro: El-


sevier, 2013. Recurso eletrônico.
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Arquivos Permanentes

Os arquivos permanentes, por sua vez, são aqueles que deve- Dicas Mnemônicas:
rão ser arquivados, são aqueles que deverão ser arquivados de- Arquivo corrente – valor primário
finitivamente e que, portanto, não podem ser eliminados jamais. Arquivo intermediário – valor primário
Esses documentos devem ser preservados por apresentarem um Arquivo permanente – valor secundário
valor histórico-cultural (secundário), ou seja, não mais possuem
o valor primário. Um mnemônico que você pode trabalhar para não esquecer
São classificados como permanentes, por exemplo, os docu- sobre o arquivo permanente: As pessoas de mais idade ainda têm
mentos que revelam a origem, a constituição e a evolução da ins- o costume de dizer, ao ir dormir: “vou me recolher”, pois as suas
tituição, normas, regulamentos e outros que se caracterizam atividades naquele dia já se encerraram. Por isso, associem o ar-
como históricos para a instituição. quivo permanente (a última idade deste contexto, a da documen-
Localização Física tação mais antiga) sempre ao termo recolhimento.
Os documentos transferidos para os arquivos intermediários
Os pesquisadores são o seu principal público. Por essa razão, ou recolhidos para os arquivos permanentes continuam tendo
devem estar localizados junto aos centros culturais ou próximos valor. Se deixassem de tê-lo, seriam eliminados. Portanto, tais
às universidades, com salas de consultas, a fim de receber os usu- procedimentos são realizados por causa da “frequência de uso
ários em locais bem acessíveis e em um ambiente mais ade- dos documentos” e não em função do seu valor.
quado.
Ao contrário das idades corrente e intermediária, tais arqui- Prazo de guarda dos documentos nos arquivos33
vos são abertos ao público, isto é, não há restrições quanto à pos- Arquivos Anos
sibilidade de pesquisa por terceiros. Esta idade é também cha- Correntes (setoriais) 1 ano
mada de inativa, tendo como principais atividades a reunião da
Gerais ou centrais (continua- 5 a 10 anos
documentação histórica, o – arranjo – isto é, a classificação des-
ção da idade corrente)
ses arquivos -, a conservação e a descrição dos documentos.
Intermediários 20 anos
Acesso aos documentos
Permanentes (tempo de exis- 25 ou 30 anos, a contar data
tência do documento, e não de sua produção ou do fim de
Neste caso, portanto o acesso é liberado ao público (não há
de sua guarda) trâmite
restrições). Os documentos passam a fazer parte do acervo dos
Fonte: Bellotto, 200434.
arquivos permanentes, não pertencendo mais ao setor de origem
do mesmo, devido ao seu valor secundário.
Os documentos de arquivo são acumulados nos respectivos
Quando determinado conjunto de documentos é colocado em
setores (órgãos produtores) com uma frequência constante. No-
um arquivo permanente, mas ainda não pertence ao seu acervo,
vos documentos são produzidos/ recebidos quase que diaria-
é denominado de “arquivo em depósito”. Isso pode ocorrer
mente.
quando, em uma empresa, não existe um arquivo intermediário
Depois de um certo tempo (em torno de 1 ano), os arquivos
para guardar os documentos que, embora sejam pouco consulta-
correntes (setoriais) não têm mais espaço para guardar um nú-
dos, ainda possuem valor primário para a administração. Dessa
mero maior de documentos.
forma, a fim de liberar espaço nos arquivos correntes, esses do-
Assim sendo, aqueles menos consultados são mandados para
cumentos vão para o arquivo permanente de um determinado
um arquivo central do respectivo órgão produtor, onde perma-
organismo, embora continuem pertencendo ao setor de origem,
necem por tempo aproximado de 5 a 10 anos.
até cessar totalmente o seu valor administrativo.
Após este tempo, os documentos são transferidos para os ar-
quivos intermediários, neles ficando por cerca de 20 anos, no
Transferência e recolhimento32
aguardo do destino que os cercam. Se não tiverem valor secun-
dário, serão eliminados; caso contrário, serão recolhidos aos ar-
- Quando um documento passa do arquivo corrente para o
quivos permanentes, a fim de serem guardados para sempre. Ge-
intermediário, dizemos que houve uma transferência de docu-
ralmente, os documentos recolhidos nesses arquivos nasceram
mentos.
há 25 ou 30 anos.
- Quando um documento passa do arquivo intermediário
para o permanente, dizemos que houve um recolhimento de do-
Valor primário e valor secundário dos documentos35
cumentos.
- Valor primário (ou imediato, ou administrativo) – uso dos
Observações:
documentos pelo órgão de origem (produtor), baseando-se nos
a) em certos casos, determinados documentos podem passar
fins de sua criação.
(ser recolhidos) do arquivo corrente direto ao permanente (obe-
decendo a Tabela de Temporalidade da instituição), sem passar
- Valor secundário (ou permanente, ou de arquivo, ou medi-
pelo arquivo intermediário. Quando isso ocorrer, também dize-
ato) – uso dos documentos pelo órgão produtor e por terceiros,
mos que houve um recolhimento de documentos;
baseando-se em fins diversos daqueles para os quais eles foram
b) um documento de valor permanente pode voltar a ser
gerados. O documento é utilizado como fonte de pesquisa e in-
corrente. Por exemplo, um processo “engavetado” há muito
formação.
tempo pode ser desarquivado (certo assunto nele registrado
volta a ser objeto de debate, após anos de esquecimento), tor-
nando-se novamente muito consultado pela administração por
algum período.

32 SANTOS, J.T; REIS, L. Arquivologia Facilitada. Teoria e mais de 500 34 Heloisa Liberalli Bellotto, Arquivos permanentes. Tratamento docu-
questões comentadas. 2ª edição – Campus Concursos. Rio de Janeiro: El- mental. Segunda edição revista e ampliada. Rio de Janeiro: FGV, 2004,
sevier, 2013. Recurso eletrônico. 320pp. ISBN 85- 225-0474-1.
33 SANTOS, J.T; REIS, L. Arquivologia Facilitada. Teoria e mais de 500 35 SANTOS, J.T; REIS, L. Arquivologia Facilitada. Teoria e mais de 500

questões comentadas. 2ª edição – Campus Concursos. Rio de Janeiro: El- questões comentadas. 2ª edição – Campus Concursos. Rio de Janeiro: El-
sevier, 2013. Recurso eletrônico. sevier, 2013. Recurso eletrônico.
Conhecimentos Específicos 38

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APOSTILAS OPÇÃO
Os documentos relacionados à origem e aos objetivos da ins- Pastas Suspensas
tituição possuem valor secundário e, na terceira fase do ciclo vi- Indicada para o arquivamento de documentos em tamanhos:
tal, são de guarda permanente. oficio ou A4. Os documentos são arquivados na posição vertical
dentro da pasta, e a pasta é colocada em estantes. Possuem eti-
Dica Importante: As bancas organizadoras dos vários quetas laterais para identificação da documentação ou da pasta.
concursos públicos costumam elaborar questões mencio- É muito utilizado em arquivo corrente.
nando os termos “valor primário e/ou secundário” dos do-
cumentos. Já sabemos que os documentos que estão nos ar- Pastas Intercaladoras
quivos correntes e intermediários possuem valor primário Essas pastas não utilizam varões nem visores, e destina-se à
e os que estão nos arquivos permanentes possuem valor se- guarda de pequenos volumes de papéis.
cundário. Portanto, candidata, caso caia valor primário – No dia-a-dia dos escritórios, no entanto, vários documentos
pensem imediatamente nas duas primeiras idades. Se cair são constituídos por grande quantidade de papéis, e as peças que
valor secundário – associem no ato aos arquivos de 3ª idade os constituem necessitam ser mantidas na ordem em que foram
(conforme o quadro de Dicas Mnemônicas logo acima). produzidas ou acumuladas, para não perderem o sentido, como
nos casos dos dossiês, por exemplo.
Corrente Intermediário Permanente
1ª idade 2ª idade 3ª idade Pasta AZ
Ideal para o arquivamento de documentos em tamanhos ofi-
Setorial Pré-arquivo Histórico
cio ou A4. Os documentos são arquivados na posição vertical.
Administrativo Records centers De custódia Possibilita a colocação de guias indicando nome ou nº do docu-
Ativo Semiativo Passivo mento ou pasta. É muito utilizado em arquivo corrente.
Vivo Limbo Morto
Pasta Sanfonada
De movimento Purgatório Estático
Confeccionada em diversos tamanhos. Possuem divisórias e
Em curso Transitório Final guias para indicar o assunto. É ideal para o arquivamento de do-
cumentos utilizados em atividades externas, pois há maior mo-
Os coordenadores dos depósitos de guarda intermediá- bilidade do usuário para o arquivamento de documentos em ta-
ria devem36: manho oficio ou A4.

- atender às solicitações feitas pelos órgãos produtores; Pasta Americana


- aplicar as tabelas de temporalidade, a fim de selecionar os Confeccionada em diversos tamanhos. Pasta estilo caso poli-
documentos para eliminação ou recolhimento; cial que possui aba para identificações. É ideal para o arquiva-
- administrar as transferências de novos documentos para o mento de documentos utilizados em atividades externas, pois há
seu arquivo, assim como o recolhimento de documentos de valor maior mobilidade do usuário para o arquivamento de documen-
secundário para o arquivo definitivo. tos em tamanho oficio ou A4.
A criação dos limbos deve-se, principalmente, à economia de
espaço, pessoal, equipamento e tempo. Com o propósito de se Fichário
evitar a multiplicação de depósitos e manter a política arquivís-
tica obedecendo a um padrão predeterminado, o arquivo inter- O fichário se classifica como arquivo permanente. O fichário
mediário deverá ser subordinado ao arquivo permanente. é um móvel de aço próprio para fichas, que pode ter uma, duas,
três ou quatro gavetas ou estar conjugado com gavetas para fi-
Modelos de arquivos chas e documentos.
No fichário horizontal, as fichas são guardadas em posição
Baseados nas primeiras definições podemos dizer que exis- horizontal, uma sobre as outras – modelo KARDEX. As fichas são
tem vários tipos de Arquivos, tudo depende dos objetivos e com- fixados por meio de bastões metálicos presos às gavetas. Dessa
petências das entidades que os produzem. Os Arquivos podem disposição das hastes resulta que a primeira ficha presa, a partir
ser classificados: Segundo as entidades criador-mantenedoras: do fundo, ficará inteiramente visível, deixando que da imediata-
mente inferior apareça uma faixa correspondente à dimensão da
- Públicos (federal, estadual, municipal) barra, e assim sucessivamente, lembrando o aspecto de uma es-
- Privados - Institucionais (empresas, escolas, igrejas, socie- teira. As faixas que aparecem funcionam como verdadeiras pro-
dades, clubes, associações). - Pessoais (fotos de família, cartas, jeções, nas quais são feitas anotações.
originais de trabalhos, etc.). O fichário vertical é aquele em que as fichas são guardadas
em posição vertical, uma atrás das outras, geralmente separadas
Temos também os Arquivos que guardam e organizam docu- por guias. É o modelo mais usado por ser mais econômico. As ga-
mentos cujas informações são registradas em suportes diferen- vetas ou bandejas podem comportar um grande número de fi-
tes do papel: discos, filmes, fitas e são chamados de Especiais. Es- chas.
tes podem fazer parte de um Arquivo mais completo. Existem
aqueles que guardam documentos gerados por atividades muito Cadastro: recebimento e registro
especializadas como os Arquivos Médicos, de Imprensa, de En-
genharia, Literários e que muitas vezes precisam ser organiza- Receber as correspondências, separando as de caráter oficial
dos com técnicas e com materiais específicos. São conhecidos de caráter particular, distribuindo as de caráter particular a seus
como Arquivos Especializados. destinatários.
Os tipos de pastas existentes são: pastas suspensas (frontais Após essa etapa, os documentos devem seguir seu curso, a
ou laterais), pastas intercaladoras, pastas A/Z ou outras. fim de cumprirem suas funções. Para que isto ocorra, devem ser
distribuídos e classificados da forma correta, ou seja, chegar ao
seu destinatário Para isto recomenda-se:

36SANTOS, J.T; REIS, L. Arquivologia Facilitada. Teoria e mais de 500


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APOSTILAS OPÇÃO
do formulário Cadastro de Entidade Custodiadora de Acervos Ar-
- Separar as correspondências de caráter ostensivo das de ca- quivísticos e o envio do mesmo para o e-mail: conarq@arquivo-
ráter sigiloso, encaminhado as de caráter sigiloso aos seus res- nacional.gov.br.
pectivos destinatários;
- Tomar conhecimento das correspondências de caráter os- Plano de Classificação
tensivos por meio da leitura, requisitando a existência de ante-
cedentes, se existirem; O Plano de Classificação de Documentos de Arquivo é um dos
- Classificar o documento de acordo com o método da insti- instrumentos eficazes de gestão documental. Este instrumento
tuição; carimbando-o em seguida; garante a simplificação e a racionalização dos procedimentos de
- Elaborar um resumo e encaminhar os documentos ao pro- gestão, imprimindo maior agilidade e precisão na recuperação
tocolo. dos documentos e das informações, autorizando a eliminação
- Preparar a ficha de protocolo, em duas vias, anexando a se- criteriosa de documentos desprovidos de valor que justifique a
gunda via da ficha ao documento; sua guarda e a preservação dos documentos de guarda perma-
- Rearquivar as fichas de procedência e assunto, agora com nente.
os dados das fichas de protocolo; O Plano de Classificação de Documentos de Arquivo resulta
- Arquivar as fichas de protocolo. da atividade de classificação que recupera o contexto de produ-
- A tramitação de um documento dentro de uma instituição ção dos documentos de arquivo agrupando-os de acordo com o
depende diretamente se as etapas anteriores foram feitas da órgão produtor, a função, a subfunção e a atividade responsável
forma correta. Se feitas, fica mais fácil, com o auxílio do proto- por sua produção ou acumulação.
colo, saber sua exata localização, seus dados principais, como
data de entrada, setores por que já passou, enfim, acompanhar o A classificação parte de um processo intelectual de identifi-
desenrolar de suas funções dentro da instituição. Isso reduz o cação e de reagrupamento sistemático de temas semelhantes, se-
tempo de algumas ações dentro da instituição, acelerando assim, gundo suas características comuns, podendo, em seguida, serem
processos que anteriormente encontravam dificuldades, como a diferenciados, desde que a quantidade assim o exija. Essa função
não localização de documentos, não se podendo assim, usá-los consiste em um conjunto de convenções, de métodos e regras de
no sentido de valor probatório, por exemplo. procedimentos logicamente estruturados que permite a classifi-
cação dos documentos em grupos ou em categorias, quaisquer
Após cumprirem suas respectivas funções, os documentos que sejam os suportes e a idade desses documentos.
devem ter seu destino decidido, seja este a sua eliminação ou re- O Plano de Classificação de Documentos de Arquivo apre-
colhimento. É nesta etapa que a expedição de documentos torna- senta os documentos hierarquicamente organizados de acordo
se importante, pois por meio dela, fica mais fácil fazer uma ava- com a função, subfunção e atividade (classificação funcional), ou
liação do documento, podendo-se assim decidir de uma forma de acordo com o grupo, subgrupo e atividade (classificação es-
mais confiável, o destino do documento. Dentre as recomenda- trutural), responsáveis por sua produção ou acumulação. Para
ções com relação à expedição de documentos, destacam-se: recuperar com maior facilidade esse contexto da produção docu-
mental, atribuímos códigos numéricos aos tipos/séries docu-
- Receber a correspondência, verificando a falta de anexos e mentais.
completando dados; A ausência de normas, métodos e procedimentos de trabalho
- Separar as cópias, expedindo o original; provocam o acúmulo desordenado de documentos, transfor-
- Encaminhar as cópias ao Arquivo. mando os arquivos em meros depósitos de papéis, dificultando o
acesso aos documentos e a recuperação de informações necessá-
É válido ressaltar que as rotinas acima descritas não valem rias para a tomada de decisões no âmbito das instituições públi-
como regras, visto que cada instituição possui suas tipologias do- cas e privadas. Diante dessa realidade, a elaboração do Plano de
cumentais, seus métodos de classificação, enfim, surgem situa- Classificação assume uma importância relevante como ferra-
ções diversas. Servem apenas como exemplos para a elaboração menta de gestão documental, exigindo, para sua elaboração, pro-
de rotinas em cada instituição. fundo conhecimento da estrutura e funcionamento do orga-
nismo produtor e o comprometimento dos profissionais de todas
Cadastro Nacional de Entidades Custodiadoras de Acer- as suas áreas de atuação.
vos Arquivísticos
Objetivos e benefícios da classificação
O Cadastro Nacional de Entidades Custodiadoras de Acervos - Organização lógica e correto arquivamento de documentos;
Arquivísticos foi instituído pela Resolução nº 28 do CONARQ, - Recuperação da informação ou do documento;
com o objetivo de fornecer o código previsto na Norma Brasileira - Recuperação do contexto original de produção dos docu-
de Descrição Arquivística - NOBRADE, denominado Código de mentos;
Entidade Custodiadora de Acervos Arquivísticos - CODEARQ, - Visibilidade às funções, subfunções e atividades do orga-
tornando possível a identificação de cada entidade custodiadora nismo produtor;
de acervos arquivísticos no Brasil. - Padronização da denominação das funções, atividades e ti-
Após o cadastramento e fornecimento do CODEARQ, as enti- pos/séries documentais;
dades custodiadoras de acervos arquivísticos terão disponíveis - Controle do trâmite;
no site do CONARQ, informações básicas sobre sua instituição, - Atribuição de códigos numéricos;
como: missão institucional, acervos, endereço, horário de funci- - Subsídios para o trabalho de avaliação e aplicação da Tabela
onamento e formas de contato. de Temporalidade
O CODEARQ somente será fornecido às entidades custodia-
doras que permitam acesso a seu acervo, mesmo que com algu- A tabela de temporalidade deverá contemplar as atividades
mas restrições. meio e atividades-fim de cada órgão público. Desta forma, caberá
A solicitação do código de identificação pela entidade custo- aos mesmos definir a temporalidade e destinação dos documen-
diadora e, quando for o caso, da unidade administrativa a ela su- tos relativos às suas atividades específicas, complementando a
bordinada ou da subunidade custodiadora, deverá ser encami- tabela básica. Posteriormente, esta deverá ser encaminhada à
nhada à Coordenação do CONARQ, por meio do preenchimento instituição arquivística pública para aprovação e divulgação, por
meio de ato legal que lhe confira legitimidade.

Conhecimentos Específicos 40

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APOSTILAS OPÇÃO
Organização de arquivos e técnicas de arquivamento
A tabela de temporalidade é um instrumento arquivístico re-
Método alfabético sultante de avaliação, que tem por objetivos definir prazos de
É o sistema mais simples, fácil, lógico e prático, porque obe- guarda e destinação de documentos, com vista a garantir o
decendo à ordem alfabética pode-se logo imaginar que não apre- acesso à informação a todos que dela necessitem. Sua estrutura
sentará grandes dificuldades nem para a execução do trabalho básica deve necessariamente contemplar os conjuntos docu-
de arquivamento, nem para a procura do documento desejado, mentais produzidos e recebidos por uma instituição no exercício
pois a consulta é direta. de suas atividades, os prazos de guarda nas fases corrente e in-
termediária, a destinação final – eliminação ou guarda perma-
Método numérico simples nente, além de um campo para observações necessárias à sua
Consiste em numerar as pastas em ordem da entrada do cor- compreensão e aplicação.
respondente ou assunto, sem nenhuma consideração à ordem al-
fabética dos mesmos, dispensando assim qualquer planejamento Apresentam-se a seguir diretrizes para a correta utilização
anterior do arquivo. Para o bom êxito deste método, devemos or- do instrumento:
ganizar dois índices em fichas; numas fichas serão arquivadas al-
fabeticamente, para que se saiba que numero recebeu o corres- 1. Assunto: Neste campo são apresentados os conjuntos do-
pondente ou assunto desejado, e no outro são arquivadas nume- cumentais produzidos e recebidos, hierarquicamente distribuí-
ricamente, de acordo com o número que recebeu o cliente ou o dos de acordo com as funções e atividades desempenhadas pela
assunto, ao entrar para o arquivo. Este último índice pode ser instituição. Para possibilitar melhor identificação do conteúdo
considerado tombo (registro) de pastas ocupadas e, graças a ele, da informação, foram empregadas funções, atividades, espécies
sabemos qual é o último número preenchido e assim destinare- e tipos documentais, genericamente denominados assuntos,
mos o número seguinte a qualquer novo cliente que seja regis- agrupados segundo um código de classificação, cujos conjuntos
trado. constituem o referencial para o arquivamento dos documentos.
Como instrumento auxiliar, pode ser utilizado o índice, que
Método alfabético numérico contém os conjuntos documentais ordenados alfabeticamente
Como se pode deduzir pelo seu nome, é um método que pro- para agilizar a sua localização na tabela.
curou reunir as vantagens dos métodos alfabéticos simples e nu-
mérico simples, tendo alcançado seu objetivo, pois desta combi- 2. Prazos de guarda: Referem-se ao tempo necessário para
nação resultou um método que apresenta ao mesmo tempo a arquivamento dos documentos nas fases corrente e intermediá-
simplicidade de um e a exatidão e rapidez, no arquivamento, do ria, visando atender exclusivamente às necessidades da adminis-
outro. É conhecido também pelo nome de numeralfa e alfanumé- tração que os gerou, mencionado, preferencialmente, em anos.
rico. Excepcionalmente, pode ser expresso a partir de uma ação con-
creta que deverá necessariamente ocorrer em relação a um de-
Método geográfico terminado conjunto documental. Entretanto, deve ser objetivo e
Este método é muito aconselhável quando desejamos orde- direto na definição da ação – exemplos: até aprovação das con-
nar a documentação de acordo com a divisão geográfica, isto é, tas; até homologação da aposentadoria; e até quitação da dívida.
de acordo com os países, estados, cidades, municípios etc. Nos O prazo estabelecido para a fase corrente relaciona-se ao perí-
departamentos de vendas, por exemplo, é de especial utilidade odo em que o documento é frequentemente consultado, exigindo
para agrupar os correspondentes de acordo com as praças onde sua permanência junto às unidades organizacionais. A fase inter-
operam ou residem. mediária relaciona-se ao período em que o documento ainda é
necessário à administração, porém com menor frequência de
Método específico ou por assunto uso, podendo ser transferido para depósito em outro local, em-
bora à disposição desta.
Indiscutivelmente, o método específico, representado por A realidade arquivística no Brasil aponta para variadas for-
palavras dispostas alfabeticamente, é um dos mais difíceis pro- mas de concentração dos arquivos, seja ao nível da administra-
cessos de arquivamento, pois, consistindo em agrupar as pastas ção (fases corrente e intermediária), seja no âmbito dos arquivos
por assunto, apresenta a dificuldade de se escolher o melhor públicos (permanentes ou históricos). Assim, a distribuição
termo ou expressão que defina o assunto. Temos o vocabulário dos prazos de guarda nas fases corrente e intermediária foi
todo da língua à nossa disposição e justamente o fato de ser tão definida a partir das seguintes variáveis:
amplo o campo da escolha nos dificulta a seleção acertada, além
do que entra muito o ponto de vista pessoal do arquivista, nesta I – Órgãos que possuem arquivo central e contam com servi-
seleção. ços de arquivamento intermediário:
Para os órgãos federais, estaduais e municipais que se enqua-
Método decimal dram nesta variável, há necessidade de redistribuição dos pra-
Este método foi inspirado no Sistema Decimal de Melvil De- zos, considerando-se as características de cada fase, desde que o
wey. Dewey organizou um sistema de classificação para bibliote- prazo total de guarda não seja alterado, de forma a contemplar
cas, muito interessante, o qual conseguiu um grande sucesso; os seguintes setores arquivísticos:
fora publicado em 1876. - arquivo setorial (fase corrente, que corresponde ao arquivo
Dividiu ele os conhecimentos humanos em dez classes, as da unidade organizacional);
quais, por sua vez, se subdividiram em outras dez, e assim por - arquivo central (fase intermediária I, que corresponde ao
diante, sendo infinita essa possibilidade de subdivisão, graças à setor de arquivo geral/central da instituição);
sua base decimal. - Arquivo intermediário (fase intermediária II, que corres-
ponde ao depósito de arquivamento intermediário, geralmente
Método simplificado subordinado à instituição arquivística pública nas esferas fede-
Este a rigor não deveria ser considerado propriamente um ral, estadual e municipal).
método, pois, na realidade, nada mais é do que a utilização de
vários métodos ao mesmo tempo, com a finalidade de reunir II – Órgãos que possuem arquivo central e não contam com
num só móvel as vantagens de todos eles. serviços de arquivamento intermediário: Nos órgãos situados
nesta variável, as unidades organizacionais são responsáveis
Tabela de temporalidade de documentos de arquivo pelo arquivamento corrente e o arquivo central funciona como
Conhecimentos Específicos 41

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arquivo intermediário, obedecendo aos prazos previstos para rio para o arquivamento dos documentos nas fases corrente e in-
esta fase e efetuando o recolhimento ao arquivo permanente. termediária, visando atender exclusivamente às necessidades da
III – Órgãos que não possuem arquivo central e contam com administração que os gerou, baseado em estimativas de uso.
serviços de arquivamento intermediário: Nesta variável, as uni- Nesse sentido, nenhum documento deverá ser conservado por
dades organizacionais também funcionam como arquivo cor- tempo maior que o necessário.
rente, transferindo os documentos – após cessado o prazo pre- A aplicação dos critérios de avaliação é feita com base na te-
visto para esta fase – para o arquivo intermediário, que promo- oria das três idades e efetiva-se, primeiramente, nos arquivos
verá o recolhimento ao arquivo permanente. correntes, a fim de se distinguirem os documentos de valor even-
IV – Órgãos que não possuem arquivo central nem contam tual (de eliminação sumária) daqueles de valor probatório e/ou
com serviços de arquivamento intermediário: informativo. Deve-se evitar a transferência para os arquivos in-
Quanto aos órgãos situados nesta variável, as unidades orga- termediários de documentos que não tenham sido anterior-
nizacionais são igualmente responsáveis pelo arquivamento cor- mente avaliados, pois as atividades de avaliação e seleção nesses
rente, ficando a guarda intermediária a cargo das mesmas ou do arquivos são extremamente onerosas do ponto de vista técnico e
arquivo público, o qual deverá assumir tais funções. gerencial.
A complexidade e a abrangência de conhecimentos exigidos
3. Destinação final: Neste campo é registrada a destinação es- pelo processo de avaliação, que implica no estabelecimento de
tabelecida que pode ser a eliminação, quando o documento não critérios de valor, requerem a participação de pessoas ligadas a
apresenta valor secundário (probatório ou informativo) ou a diversas áreas profissionais do órgão ou entidade, conforme le-
guarda permanente, quando as informações contidas no docu- gislação vigente.
mento são consideradas importantes para fins de prova, infor- O sistema de gestão arquivística de documentos, particular-
mação e pesquisa. mente no caso de um SIGAD, deve identificar a temporalidade e
A guarda permanente será sempre nas instituições arquivís- a destinação prevista para o documento no momento da captura
ticas públicas (Arquivo Nacional e arquivos públicos estaduais, e do registro, de acordo com os prazos e as ações previstas na
do Distrito Federal e municipais), responsáveis pela preservação tabela de temporalidade e destinação do órgão ou entidade.
dos documentos e pelo acesso às informações neles contidas. Ou- Essa informação deve ser registrada em um metadado asso-
tras instituições poderão manter seus arquivos permanentes, se- ciado ao documento. O sistema de gestão arquivística de docu-
guindo orientação técnica dos arquivos públicos, garantindo o mentos deve também ter capacidade de identificar os documen-
intercâmbio de informações sobre os respectivos acervos. tos que já cumpriram sua temporalidade para implementar a
destinação prevista. No caso de um SIGAD, esse sistema deverá
4. Observações: Neste campo são registradas informações ser capaz de listar os documentos que tenham cumprido o prazo
complementares e justificativas, necessárias à correta aplicação previsto na tabela de temporalidade e destinação.
da tabela. Incluem-se, ainda, orientações quanto à alteração do As determinações sobre a destinação devem ser aplicadas
suporte da informação e aspectos elucidativos quanto à destina- aos documentos de forma sistemática no curso rotineiro das ati-
ção dos documentos, segundo a particularidade dos conjuntos vidades do órgão ou entidade. Essas mesmas determinações não
documentais avaliados. poderão ser implementadas em documentos que estejam com
A necessidade de comunicação é tão antiga como a formação pendências, sob litígio ou investigação. O sistema de gestão ar-
da sociedade humana, o homem, talvez na ânsia de se perpetuar, quivística de documentos deve prever as seguintes ações:
teve sempre a preocupação de registrar suas observações, seu
pensamento, para deixar como legado às gerações futuras. - Retenção dos documentos, por um determinado período, no
Assim começou a escrita. Na sua essência. Isto nada mais é do arquivo corrente do órgão ou entidade que os gerou.
que registrar e guardar. Por sua vez, no seu sentido mais simples, - Eliminação física;
guardar é arquivar. - Transferência;
Por muito tempo reinou uma completa confusão sobre o ver- - Recolhimento para instituição arquivística pública.
dadeiro sentido da biblioteca, museu e arquivo. Indiscutivel-
mente, por anos e anos, estas instituições tiveram mais ou menos O arquivamento de registros informatizados ocorre por meio
o mesmo objetivo. Eram elas depósitos de tudo o que se produ- de programas ou sistemas informatizados geralmente não usam
zira a mente humana, isto é, do resultado do trabalho intelectual papéis, e podem usar as formas de classificação por método nu-
e espiritual do homem. mérico, por assunto ou mesmo o método alfabético. Porém, é
O arquivo, quando bem organizado, transmite ordens, evita sempre importante o sistema conter campos de busca de dados
repetição desnecessária de experiências, diminui a duplicidade e opção de cópia de segurança (backup) ou de impressão, a fim
de documentos, revela o que está por ser feito, o que já foi feito e de impedir a perda de dados ou arquivos.
os resultados obtidos. Constitui fonte de pesquisa para todos os De acordo com o Conselho Nacional de Arquivos (CO-
ramos administrativos e auxilia o administrador a tomada de de- NARQ)37, os procedimentos e operações técnicas do sistema de
cisões. gestão arquivística de documentos digitais e convencionais:

Avaliação, Temporalidade e Destinação Captura


A avaliação é uma atividade vital em um programa de gestão A captura consiste em declarar um documento como sendo
arquivística de documentos, pois permite racionalizar o acúmulo um documento arquivístico por meio das ações de:
dos documentos nas fases corrente e intermediária, facilitando a - registro;
constituição dos arquivos permanentes. A avaliação é o processo - classificação;
de análise dos documentos arquivísticos, visando estabelecer - indexação;
prazos de guarda e a destinação, de acordo com os valores pri- - atribuição de outros metadados;
mário e secundário que lhes são atribuídos. - arquivamento.
Os prazos de guarda e as ações de destinação deverão estar Os objetivos da captura são:
formalizados na tabela de temporalidade e destinação do órgão - identificar o documento como documento arquivístico;
ou entidade. Os prazos de guarda referem-se ao tempo necessá- - demonstrar a relação orgânica dos documentos.

37 http://www.uel.br/cch/cdph/arqtxt/downloads_e_ARQ.pdf
Conhecimentos Específicos 42

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Tradicionalmente, nos sistemas de gestão arquivística de do- - número identificador atribuído pelo sistema;
cumentos em papel, a captura é feita no momento em que o do- - data e hora do registro;
cumento é registrado, classificado e/ou identificado. Em um Sis- - título ou descrição abreviada;
tema Informatizado de Gestão Arquivística de Documentos (SI-
GAD), o documento tanto pode ser produzido diretamente den- O registro pode incluir informações descritivas mais detalha-
tro do sistema e então capturado automaticamente no momento das sobre o documento e sobre outros documentos a ele relacio-
do registro, como pode ser produzido fora do sistema e captu- nados, tais como:
rado e registrado posteriormente.
Além do código de classificação, descritores, número de pro- - data de produção;
tocolo e número de registro, a captura pode prever a introdução - data e hora da transmissão e recebimento;
de outros metadados tais como: data e hora da criação, da trans- - destinatário (com identificação do cargo);
missão e do recebimento do documento; nome do autor, do ori- - espécie documental;
ginador, do digitador e do destinatário, entre outros. - classificação de acordo com o código de classificação;
Esses metadados podem ser registrados em vários níveis de - associações a documentos diferentes que podem estar rela-
detalhe, dependendo das necessidades geradas pelos procedi- cionados pelo fato de registrarem a mesma atividade ou se refe-
mentos do órgão ou entidade e do seu contexto jurídico adminis- rirem à mesma pessoa ou situação;
trativo. Os metadados são essenciais para identificar o docu- - software e versão sob a qual o documento foi produzido ou
mento arquivístico de um modo inequívoco e mostrar sua rela- no qual foi capturado;
ção com os outros documentos. - máscaras de formatação (template) necessárias para apre-
A captura tem como pré-requisito a definição de: quais docu- sentar o documento;
mentos (produzidos e recebidos) serão capturados pelo sistema - restrição de acesso;
de gestão arquivística de documentos; quem deve ter acesso a - descritor;
esses documentos e em quais níveis; por quanto tempo serão re- - prazos de guarda.
tidos.
As decisões sobre captura e retenção devem ser considera- Classificação
das no momento da concepção do sistema de gestão arquivística
de documentos. A decisão sobre quais documentos devem ser Classificação é o ato ou efeito de analisar e identificar o con-
capturados e por quanto tempo devem ser mantidos deve Mo- teúdo dos documentos arquivísticos e de selecionar a classe sob
delo de requisitos para sistemas informatizados de gestão arqui- a qual serão recuperados. Essa classificação é feita a partir de um
vística de documentos - julho/2006 Câmara Técnica de Docu- plano de classificação elaborado pelo órgão ou entidade que po-
mentos Eletrônicos / CONARQ levar em conta a análise dos se- derá incluir, ou não, a atribuição de um código aos documentos.
guintes fatores: legislação vigente, exigências quanto à transpa- A classificação determina o agrupamento de documentos em
rência e ao exercício das atividades do órgão ou entidade, bem unidades menores (processos e dossiês) e o agrupamento destas
como grau de risco que correm caso não capturem documentos em unidades maiores, formando o arquivo do órgão ou entidade.
arquivísticos. Para tanto, deve tomar por base o conteúdo do documento, que
reflete a atividade que o gerou e determina o uso da informação
Documentos que exigem captura são aqueles que: nele contida. A classificação também define a organização física
- responsabilizam uma organização ou indivíduo por uma dos documentos, constituindo-se em referencial básico para sua
ação; recuperação.
- documentam uma obrigação ou responsabilidade;
- estão relacionados à prestação de contas do órgão ou enti- Os objetivos da classificação são:
dade.
- Estabelecer a relação orgânica dos documentos arquivísti-
Registro cos;
O registro consiste em formalizar a captura do documento - Assegurar que os documentos sejam identificados de forma
arquivístico dentro do sistema de gestão arquivística por meio consistente ao longo do tempo;
da atribuição de um número identificador e de uma descrição in- - Nome da pessoa física ou jurídica (órgão ou entidade) com
formativa. Em um SIGAD, essa descrição informativa é a atribui- autoridade e capacidade para emitir o documento ou em cujo
ção de metadados. O registro tem por objetivo demonstrar que o nome ou sob cujo comando o documento é emitido.
documento foi produzido ou recebido e capturado pelo sistema - Nome da pessoa física ou jurídica que tem autoridade e ca-
de gestão arquivística de documentos, bem como facilitar sua re- pacidade para elaborar o conteúdo do documento.
cuperação. - Nome da pessoa física ou jurídica designada no endereço
Na Administração Pública, em determinados casos, docu- eletrônico no qual o documento é gerado ou enviado.
mentos formarão processos, os quais deverão ser autuados por
uma unidade protocolizadora. Um processo é o documento ou o A classificação deve se basear no plano de classificação e en-
conjunto de documentos que exige um estudo mais detalhado ou volve os seguintes passos:
procedimentos como despachos, pareceres técnicos, anexos ou
ainda instruções para pagamento de despesas. No procedimento - Identificar a ação que o documento registra;
de autuação, a unidade protocolizadora faz o registro do pro- - Localizar a ação ou atividade no plano de classificação;
cesso, atribuindo-lhe um número único. Esse número é formado - Comparar a atividade com a estrutura organizacional para
a partir de parâmetros estabelecidos por normas que garantam verificar se é apropriada à unidade que gerou o documento;
a sua unicidade e integridade. Aplicar a classificação ao documento.
Existe legislação específica para utilização dos serviços de Indexação
protocolo nas diversas esferas e âmbitos da Administração Pú-
blica, que regulamenta o registro, a autuação e outros procedi- A indexação é a atribuição de termos à descrição do docu-
mentos relativos aos processos e outros documentos oficiais. A mento, utilizando vocabulário controlado e/ou lista de descrito-
legislação pertinente ao órgão ou entidade deve ser seguida pelo res, tesauro e o próprio plano de classificação. A seleção dos ter-
programa de gestão arquivística de documentos. mos para indexação normalmente é feita com base em:
- Tipologia documental;
O registro inclui os seguintes metadados obrigatórios: - Título ou cabeçalho do documento;
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APOSTILAS OPÇÃO
- Assunto do documento; Recolhimento
- Datas associadas com as transações registradas no docu-
mento; Recolhimento é a entrada de documentos em arquivos per-
- Nome de clientes, órgãos ou entidades envolvidas; manentes de acordo com a jurisdição arquivística a que perten-
- Documentação anexada. cem. Os documentos a serem recolhidos devem ser acompanha-
dos de instrumentos que permitam sua identificação e controle,
O objetivo da indexação é ampliar as possibilidades de busca segundo a legislação vigente.
e facilitar a recuperação dos documentos, podendo ser feita de Os procedimentos de transferência e recolhimento de arqui-
forma manual ou automática. vos digitais para instituição arquivística que implicam na trans-
posição desses documentos de um SIGAD para outro sistema in-
Atribuição de restrição de acesso formatizado deverão adotar algumas providências no que diz
respeito a:
Os documentos também devem ser analisados com relação
às precauções de segurança, ou seja, se são considerados osten- - Compatibilidade de suporte e formato, de acordo com as
sivos ou sigilosos. No caso dos documentos sigilosos, a legislação normas previstas pela instituição arquivística recebedora;
estabelece diferentes graus a serem atribuídos a cada docu- - Documentação técnica necessária para interpretar o docu-
mento. Os documentos que dizem respeito à segurança da socie- mento digital (processamento e estrutura dos dados);
dade e do Estado, bem como aqueles necessários ao resguardo - Instrumento descritivo que inclua os metadados atribuídos
da inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da aos documentos digitais e informações que possibilitem a pre-
imagem das pessoas estarão sujeitos às restrições de acesso, sunção de autenticidade dos documentos recolhidos à institui-
conforme legislação em vigor. ção arquivística;
A atribuição de restrições deve ser feita no momento da cap- - Informações sobre as migrações realizadas no órgão produ-
tura, com base no esquema de classificação de segurança e sigilo tor.
elaborado pelo órgão ou entidade e envolve os seguintes passos:
identificar a ação ou atividade que o documento registra; identi- Pesquisa, localização e apresentação dos documentos
ficar a unidade administrativa à qual o documento pertence; ve-
rificar a precaução de segurança e o grau de sigilo; O sistema de gestão arquivística de documentos deve prever
funções de recuperação e acesso aos documentos arquivísticos e
Eliminação às informações neles contidas, de forma a satisfazer a condução
das atividades e os requisitos relativos à transparência do órgão
Eliminar significa destruir os documentos que, na avaliação, ou entidade. A recuperação inclui a pesquisa, a localização e a
foram considerados sem valor para a guarda permanente. A eli- apresentação dos documentos.
minação deve ser precedida da elaboração de listagem, do edital Em um SIGAD a apresentação dos documentos consiste em
de ciência de eliminação e do termo de eliminação, segundo a le- exibi-los em tela ou em imprimi-los; pode também implicar na
gislação vigente e deve obedecer aos seguintes princípios: leitura de dados de áudio ou de vídeo. No âmbito do sistema de
gestão arquivística de documentos, a pesquisa é feita por meio
- A eliminação deverá sempre ser autorizada pela autoridade de instrumentos de busca tais como guias, inventários, catálogos,
arquivística na sua esfera de competência; repertórios e índices.
- Os documentos arquivísticos que estiverem pendentes, sob Já em um SIGAD a pesquisa é feita por meio de parâmetros
litígio ou investigação, não poderão ser destruídos; pré- definidos, selecionados dentre as informações coletadas no
- A eliminação deverá ser realizada de forma a impossibilitar momento do registro do documento e dentre os metadados a ele
a recuperação posterior de qualquer informação confidencial associados. Todos os recursos de pesquisa, localização e apre-
contida nos documentos eliminados, como por exemplo dados sentação de documentos têm que ser submetidos a controles de
de identificação pessoal ou assinatura. acesso e segurança, os quais serão especificados a seguir.
- Todas as cópias dos documentos eliminados, incluindo có-
pias de segurança e cópias de preservação, independente do su- Segurança: controle de acesso, trilhas de auditoria e cópias de
porte, deverão ser destruídas. segurança
O sistema de gestão arquivística de documentos deve prever
Transferência controles de acesso e procedimentos de segurança que garantam
a integridade dos documentos. Dentre esses procedimento,
Transferência é a passagem de documentos do arquivo cor- pode-se destacar o uso de controles técnicos e programáticos, di-
rente para o arquivo intermediário, onde aguardarão o cumpri- ferenciando tipos de documentos, perfis de usuários e caracte-
mento dos prazos de guarda e a destinação final. Ao serem trans- rística de acesso aos dados, manutenção de trilhas de auditoria e
feridos, os documentos deverão ser acompanhados de listagem de rotinas de cópias de segurança.
de transferência. A transferência pode ser realizada de diferen- Além disso, também devem ser levadas em conta exigências
tes formas, como se segue abaixo: e procedimentos de segurança da infra-estrutura das instala-
- Transferência para uma área de armazenamento apropri- ções. Controle de acesso O sistema de gestão arquivística de do-
ada sob controle do órgão ou entidade que produziu o docu- cumentos precisa limitar ou autorizar o acesso a documentos,
mento; por usuário e/ou grupos de usuários. O controle de acesso deve
- Transferência para uma instituição arquivística, que ficará garantir, no mínimo, as seguintes funções:
responsável pela custódia do documento. - Restrição de acesso aos documentos;
- Exibição dos documentos, criptografados ou não, e dos me-
Quando os documentos transferidos ficam sob a custódia de tadados somente aos usuários autorizados;
um órgão ou entidade diferente da que os produziu, a organiza- - Uso e intervenção nos documentos somente pelos usuários
ção responsável pela custódia tem a obrigação de mantê-los e ge- autorizados.
renciá-los de forma adequada, garantindo sua destinação final,
preservação e acesso. Todas essas obrigações devem estar for- Os documentos também devem ser analisados com relação
malizadas em um contrato firmado entre o órgão ou entidade às precauções de segurança, ou seja, se são considerados osten-
que produziu os documentos e o responsável pela sua custódia. sivos ou sigilosos. No caso dos documentos sigilosos, a legislação

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APOSTILAS OPÇÃO
estabelece diferentes graus a serem atribuídos a cada docu- Cópias de segurança
mento e as autoridades competentes para fazê-lo.
Um sistema de gestão arquivística de documentos deve ga- O sistema de gestão arquivística de documentos deve prever
rantir que os usuários não autorizados não tenham acesso aos controles para proporcionar a salvaguarda regular dos docu-
documentos classificados, isto é, submetidos às categorias de si- mentos arquivísticos e dos seus metadados. Devem também po-
gilo previstas em lei, bem como aqueles que são originalmente der recuperá-los rapidamente em caso de perda devido a sinis-
sigilosos. O acesso aos metadados dos documentos sigilosos de- tros, falhas no sistema, contingência, quebra de segurança ou de-
pende de regulamentação interna do órgão ou entidade. gradação do suporte. Esses mecanismos devem seguir a política
O monitoramento e mapeamento das permissões de acesso de segurança da informação do órgão ou entidade.
são um processo contínuo em todos os sistemas de gestão arqui- No caso dos sistemas de gestão arquivística de documentos
vística de documentos. convencionais pode-se prever a reprodução de documentos para
outros suportes como medida de segurança, como, por exemplo,
Uso e rastreamento por processo de microfilmagem ou digitalização. No caso dos sis-
O uso dos documentos pelos usuários deve ser registrado temas de gestão arquivística de documentos digitais, o SIGAD
pelo sistema nos seus respectivos metadados. A gestão desse uso deve prover meios de realização de cópias de segurança
inclui: (backup). Este processo consiste na realização de cópias perió-
- Identificação da permissão de acesso dos usuários, isto é, o dicas das informações com o propósito de restauração posterior
que ele pode acessar; das mesmas em caso de perda devido a falhas de software,
- Identificação da precaução de segurança e da categoria de hardware ou mesmo acidente.
sigilo dos documentos; O processo reverso ao backup é o de restauração (restore),
- Garantia de que somente os indivíduos autorizados tenham que consiste em recuperar as informações para o ambiente de
acesso a documentos classificados e aos originalmente sigilosos; produção do SIGAD em um estado consistente. Como o objetivo
- Registro de todos os acessos, tentativas de acesso e usos dos é restaurar o sistema em caso de falhas, as informações não são
documentos (visualização, impressão, transmissão e cópia para armazenadas por períodos muito longos (normalmente até um
a área de transferência) com identificação de usuário, data, hora ano).
e, se possível, a estação de trabalho; Dessa forma o procedimento de cópias de segurança não
- Revisão periódica das classificações de acesso a fim de ga- pode ser confundido com uma estratégia de preservação a longo
rantir sua atualização. prazo. Segurança da infraestrutura A natureza das medidas de
segurança da infraestrutura de instalações do acervo digital diz
O rastreamento dos documentos em trilhas de auditoria é respeito a requisitos operacionais e não é muito diferente da-
uma medida de segurança que tem por objetivo verificar a ocor- quela do acervo analógico ou convencional.
rência de acesso e uso indevidos aos documentos. O grau de con- O controle para verificar se essas condições estão sendo
trole de acesso e o detalhamento do registro na trilha de audito- atendidas deverá ser contínuo; equipamentos contra incêndio
ria dependem da natureza do órgão ou entidade e dos documen- têm que ser providos em toda área de instalação e estarem de
tos produzidos. acordo com as normas de segurança estabelecidas; a substitui-
ção dos equipamentos contra incêndio tem que seguir uma ro-
Trilhas de auditoria tina de verificação e ocorrer antes do final da vida útil prevista
para os mesmos; o órgão ou entidade tem que prever instalações
A trilha de auditoria deve registrar o movimento e o uso dos adequadas de pára-raios, com procedimentos de manutenção
documentos arquivísticos dentro de um SIGAD (captura, regis- periódica, seguindo a legislação e normas técnicas já estabeleci-
tro, classificação, indexação, arquivamento, armazenamento, re- das; a área reservada à instalação do SIGAD deverá ser compar-
cuperação da informação, acesso e uso, preservação e destina- timentada, com o objetivo de controlar o acesso às informações;
ção), informando quem operou, a data e hora e as ações tomadas. as salas de computadores servidores são de uso exclusivo de pes-
A trilha de auditoria tem o objetivo de fornecer informações soal autorizado e devem ter controle eletrônico de acesso; para
sobre o cumprimento das políticas e regras da gestão arquivís- acesso a áreas de segurança, identificações e credenciais de au-
tica de documentos do órgão ou entidade e serve para: tenticação têm que estar de acordo com as atribuições individu-
ais e com as regras de segurança do órgão ou entidade.
- Identificar os autores de cada operação sofrida pelos docu-
mentos; Armazenamento
- Prevenir a perda de documentos;
- Monitorar todas as operações realizadas no sigad. As considerações e as ações relativas ao armazenamento dos
- Garantir a segurança e a integridade do SIGAD. documentos arquivísticos convencionais e digitais permeiam
todo o seu ciclo de vida. Esse armazenamento deve garantir a au-
No caso de procedimentos que tenham prazos a serem cum- tenticidade e o acesso aos documentos pelo tempo estipulado na
pridos pelo órgão ou entidade, deve-se implementar ações de tabela de temporalidade e destinação.
rastreamento de forma a: determinar os passos a serem dados As condições de armazenamento devem levar em conta o vo-
em resposta às atividades ou ações registradas em um docu- lume e as propriedades físicas dos documentos. Devem ser pro-
mento; atribuir responsabilidade por uma ação a uma pessoa; jetadas considerando também a proteção contra acesso não au-
registrar a data em que uma ação deve ser executada e a data em torizado e perdas por destruição, furto e sinistro. No caso dos do-
que ocorreu. A movimentação dos documentos arquivísticos cumentos arquivísticos digitais, os órgãos e entidades devem
deve ser registrada de forma a garantir que possam ser sempre dispor de políticas e diretrizes para conversão ou migração des-
localizados. ses documentos de maneira a garantir sua autenticidade, acessi-
As trilhas de auditoria devem registrar o número identifica- bilidade e utilização.
dor atribuído pelo sistema, o título, a pessoa ou unidade que teve Segurança dos documentos: as instalações de armazena-
acesso ao documento e a hora e a data da movimentação. O sis- mento (depósitos, arquivos, computadores) deverão prever limi-
tema deve rastrear o fluxo, a transferência entre pessoas, o re- tação de acesso aos documentos, como, por exemplo, controle
torno do documento ao “originador” (home location) ou ao ar- das áreas de armazenamento e sistemas de detecção de entradas
mazenamento, assim como a destinação ou o recolhimento a não autorizadas. O depósito deve estar localizado em área que
qualquer órgão ou entidade externo, incluindo instituições ar- não seja de risco.
quivísticas.
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No caso de documentos digitais, devem ser previstos proce- – as entidades mantenedoras;
dimentos que previnam a perda de documentos por falha do SI- – os estágios de sua evolução;
GAD; características físicas do suporte e do ambiente: fatores – a extensão de sua atuação;
como tipo de suporte, peso, grau de contaminação do documento – a natureza dos documentos
e do ambiente, temperatura e umidade influenciarão na adequa-
ção das condições de armazenamento. Os estágios de evolução dos arquivos (as 3 idades ou os 3 ci-
Nesse sentido, deverão ser adotados procedimentos - como clos vitais) já foram objeto de análise minuciosa no capítulo an-
o controle e verificação do tempo de vida útil e da estabilidade terior
dos suportes - para prevenir quaisquer danos aos documentos. É
importante que os meios de acondicionamento sejam robustos e Quanto à entidade produtora, os arquivos são classificados em:
adequados ao formato e à quantidade de documentos. As áreas
de depósito devem ter amplitude adequada, estabilidade de tem- Arquivos Públicos: são aqueles criados e mantidos por en-
peratura e de níveis de umidade, proteção contra sinistro, conta- tidades de caráter público, seja na esfera federal, estadual ou mu-
minação (tal como isótopos radioativos, toxinas e mofo) e infes- nicipal, em decorrência e suas funções administrativas, legislati-
tação de insetos ou microorganismos. vas e judiciárias. Por exemplo: Arquivo do Supremo Tribunal Fe-
No caso dos documentos convencionais, as opções envolve- deral, Arquivo da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro, Arquivo
rão acondicionamento (pastas suspensas, caixas entre outros) e do Senado Federal, Arquivo da Secretaria de Administração do
localização dos depósitos (próximos ou distantes da área de tra- Estado da Bahia, entre outros da mesma categoria.
balho). Já em relação aos documentos digitais, as opções podem
envolver armazenamento on-line (disco rígido, disk arrays, entre Arquivos Privados: são aqueles criados e mantidos por ins-
outros) ou off-line, nas chamadas “mídias” de armazenamento tituições de caráter particular. Por exemplo: Arquivo do banco
(disco óptico, fita magnética e outros), guardadas em depósitos; Itaú, arquivo da Rede Globo de Televisão, entre outros da mesma
custo relativo das opções de armazenamento dos documentos: categoria.
além do custo dos dispositivos de armazenamento, deve ser con- Observe que o conceito de entidade arquivística está atre-
siderado o dos equipamentos para sua manipulação e dos sof- lado à natureza jurídica da entidade que gera os documentos:
twares de controle. instituição de direito público ou de direito privado.
Os documentos digitais são armazenados em dispositivos de
armazenamento eletrônicos, magnéticos e ópticos. É interes- Pelo fato de serem considerados arquivos públicos, esses do-
sante notar que do ponto de vista tecnológico, distinguem-se três cumentos são acessíveis aos cidadãos.
tipos de memória, em ordem decrescente de preço e velocidade Desse modo, todos têm direito a receber dos órgãos públicos
de acesso: informações de seu interesse particular ou de interesse geral ou
coletivo, contidas em documentos de arquivo que serão presta-
- Memória primária; das no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas
- Memória secundária; aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade
- Memória terciária. e do Estado, bem como à inviolabilidade da intimidade, da vida
privada, da honra e da imagem das pessoas.
A memória primária é de funcionamento essencial, necessá-
ria a qualquer sistema computacional. É nela que os softwares e De acordo com o artigo 7º da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de
os dados são armazenados durante a execução. Representantes 1991, que dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos
típicas dessa classe são as memórias RAM (Random Access Me- e privados (que será objeto de análise em outro capítulo): “Os
mory). São memórias extremamente rápidas. Seu conteúdo é de arquivos públicos são os conjuntos de documentos produzidos e
natureza dinâmica, volátil, permanecendo válido apenas durante recebidos, no exercício de suas atividades, por órgãos públicos
a execução dos softwares, e não sobrevivendo a paradas do com- de âmbito federal, estadual, do Distrito Federal e municipal, em
putador. A memória secundária apresenta volume maior de ar- decorrência de suas funções administrativas, legislativas e judi-
mazenamento que a primária, sendo por outro lado mais lenta. ciárias.” O parágrafo 1o da referida Lei complementa: “são tam-
Não é volátil. São exemplos os discos rígidos magnéticos (hard bém públicos os conjuntos de documentos produzidos e recebi-
disk – HD), que podem ser usados isolados ou combinados em dos por instituições de caráter público, por entidades privadas
disk arrays. encarregadas da gestão de serviços públicos no exercício de suas
Diversas tecnologias permitem através do uso de disk arrays, atividades”.
obter maior desempenho e confiabilidade do que seria conse-
guido com discos isolados. A memória terciária compreende fitas Exemplos de arquivos públicos:
magnéticas, discos ópticos e outros. Usos típicos incluem arma-
zenamento do acervo digital e cópias de segurança. Outra no- - Arquivo Nacional (Federal).
menclatura corrente para essa classe de memória é "mídias de - Arquivo Público do Distrito Federal, entre outros.
armazenamento". A memória terciária tem característica não vo-
látil na preservação de dados. Seu preço unitário é tão pequeno Em consonância com o artigo 11 da Lei citada anteriormente
que requisitos de confiabilidade devem prevalecer. Em caso de “consideram-se arquivos privados os conjuntos de documentos
desastre, o prejuízo da perda de dados é superior ao preço das produzidos ou recebidos por pessoas físicas ou jurídicas, em de-
mídias que fisicamente os contêm. As memórias secundária e corrência de suas atividades”.
terciária são adequadas para armazenamento. Exemplos de arquivos privados:
- Arquivos pessoais.
Características dos Documentos38 - Arquivos institucionais (de igrejas, instituições de ensino
etc.).
Os arquivos possuem inúmeras características. Espelhando- - Arquivos comerciais (de empresas), entre outros.
se nelas, com base na obra da professora Marilena Leite Paes, po-
demos classificá-los de acordo com:

38SANTOS, J.T; REIS, L. Arquivologia Facilitada. Teoria e mais de 500


questões comentadas. 2ª edição – Campus Concursos. Rio de Janeiro: El-
sevier, 2013. Recurso eletrônico.
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APOSTILAS OPÇÃO
Natureza dos documentos São todos que possuem suas informações representadas por
um filme. Lembre-se do cinema antigo, em que não havia ainda a
• Arquivos especiais – custodiam documentos de formas físi- tecnologia sonora inserida nos filmes daquela época. Há institui-
cas distintas, que merecem tratamento especial no seu armaze- ções arquivísticas dedicadas apenas ao tratamento de tal tipo de
namento, acondicionamento, registro, controle, conservação, en- documento.
tre outros procedimentos técnicos.
Exemplos: slides (diapositivos), filmes, fotografias, discos, - Sonoros – documentos com registros fonográficos. Exem-
mapas, cd-rom etc.; plos: discos, fitas audiomagnéticas.
- Especializados – custodiam documentos procedentes da ex- Aqueles cuja informação esteja em forma de som. Um ar-
periência do homem em um campo específico, não importando a quivo de fitas K7, de discos de vinil, de CDs musicais, por exem-
forma física apresentada por eles. Tais arquivos são conhecidos, plo, são arquivos sonoros.
indevidamente, como “arquivos técnicos”.
Exemplos: de engenharia, contábeis, de imprensa, médicos - Micrográficos – documentos ligados à microfilmagem de
ou hospitalares, etc. documentos (assunto a ser tratado em outro capítulo). Exem-
plos: rolos, microfichas, jaquetas, cartões-janela.
Classificação dos documentos São arquivos em suporte fílmico resultantes da microrrepro-
dução de documentos. Eles se apresentam como microformas,
Assim como os arquivos, os documentos também possuem tais como os microfilmes e as microfichas. A microfilmagem, por
características diferenciadas. Baseando-se nelas, podemos clas- exemplo, é a técnica de reprodução de documentos aplicada para
sificá-los de acordo com: a geração desse tipo documental
- o gênero;
- a espécie; - Informático – documentos ligados ao computador. Exem-
- a natureza do assunto. plos: disquetes, discos rígidos, discos ópticos.
São documentos que necessitam do computador para que se-
Sobre o Gênero jam lidos. Essa leitura se dá através de um software, que tem a
capacidade de decifrar as informações em linguagem de má-
O gênero dos documentos está ligado à maneira de repre- quina (bits e bytes) contidas num hardware e traduzi-las para a
sentá-los, de acordo com os seus diversos suportes. São eles: linguagem humana. Esse hardware (ou suporte) que comporta
as informações pode ser um HD (disco rígido), um CD-ROM, um
- Textuais – manuscritos, datilografados ou impressos. CD-R, um CD-RW etc.
São documentos cuja informação esteja em modo escrito ou Eles são também denominados documentos digitais, uma vez
textual. Os documentos textuais se apresentam, basicamente, que são constituídos por dígitos binários (Zeros e Uns – 0 e 1).
manuscritos, datilografados ou impressos. Esses tipos de docu- Ex.: um arquivo do processador de texto MSWord, da planilha
mentos constituem a grande parte dos acervos arquivísticos ad- MSExcel, um arquivo de áudio do formato MP3 etc.). Na litera-
ministrativos, principalmente no âmbito da Administração Pú- tura arquivística, alguns autores também os denominam “docu-
blica. mentos eletrônicos”.
Figuram como exemplos contratos, atas, relatórios, certidões
etc. devidamente redigidos e apresentados em texto. - Audiovisuais – são documentos que têm suas informações
em forma de som e imagem em movimento. Observe que a jun-
- Cartográficos – documentos em formatos e dimensões va- ção da ideia de documentos sonoros com a de documentos filmo-
riáveis, ligados às áreas de geografia, engenharia e arquitetura. gráficos resulta na classificação dos documentos audiovisuais.
Exemplos: mapas, plantas, perfis e fotografias aéreas (utilizadas Ex.: programas televisivos em geral.
na elaboração de mapas). Nesse sentido, pode-se exemplificar esse tipo documental ci-
Aqueles que representam, de forma reduzida, uma área tando os arquivos de emissoras de televisão, a título de ilustra-
maior. Apresentam-se em formatos e dimensões variáveis, con- ção, os quais são constituídos por fitas de vídeo VHS, DVDs etc.,
tendo representações geográficas, arquitetônicas ou de enge- decorrentes da acumulação de registros próprios de sua produ-
nharia (mapas, plantas, perfis, layouts etc.). Essa denominação ção televisiva
para tais tipos de documentos deve-se à Cartografia, ciência que
se dedica, inclusive, ao estudo de áreas e confecção de mapas.
Estas categorias classificatórias podem ocorrer simulta-
neamente em alguns casos quando, em um determinado do-
- Iconográficos – documentos com imagens estáticas. Exem-
cumento, existirem características peculiares tanto a um gê-
plos: fotografias (negativos, ampliações etc.), desenhos, gravu-
nero quanto a outro. A história a seguir apresenta tal situa-
ras, litogravuras (litografias), cartazes, cartões-postais, estam-
pas, diapositivos (slides), partituras. ção, de modo a facilitar esse entendimento teórico.
São os que têm suas informações em forma de imagem está-
tica. Recebem essa denominação porque apresentam ícones, fi- Sobre a Espécie39
guras e imagens que não estejam em movimento. Como exem-
plos podem-se citar as fotografias (que mais especificamente po- A espécie dos documentos está ligada ao seu aspecto formal.
dem ser chamadas de documentos fotográficos), negativos, dia- Existem vários atos que dão origem às espécies, além da maneira
positivos, slides, desenhos e demais gravuras, em modo estático. de se registrar as informações nos documentos (como estão dis-
O arquivo fotográfico de um Jornal, a título de ilustração, é con- postas). De acordo com Heloísa Bellotto, são eles:
siderado um arquivo iconográfico.

- Filmográficos – documentos com imagens em movimento.


Exemplos: filmes, fitas videomagnéticas.

39SANTOS, J.T; REIS, L. Arquivologia Facilitada. Teoria e mais de 500


questões comentadas. 2ª edição – Campus Concursos. Rio de Janeiro: El-
sevier, 2013. Recurso eletrônico.
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APOSTILAS OPÇÃO
- Atos normativos – ditam regras e normas expedidas por au- ESPÉCIE TIPO
toridades administrativas (de cumprimento obrigatório). Exem-
Contrato Contrato de Aluguel
plos: leis, decretos, medidas provisórias, regulamentos, porta-
rias. Relatório Relatório de Viagem
São expedidos por autoridades administrativas, com a finali- Termo Termo de Posse
dade de dispor e deliberar sobre matérias específicas. Como
exemplos podem ser citados medidas provisórias, decretos, es-
tatutos, regimentos, regulamentos, resoluções, portarias, instru-
Sobre a Natureza do assunto40
ções normativas, acórdãos e leis
Quanto à natureza do assunto, os documentos podem ser ca-
- Atos enunciativos – emitem uma opinião, esclarecendo so-
racterizados como:
bre certo assunto. São aqueles de caráter opinativo, que esclare-
cem os assuntos, visando a fundamentar uma solução. Exemplos:
- Ostensivos ou Ordinários – Qualquer pessoa pode consul-
pareceres, votos, relatórios.
tar o documento (a sua divulgação não prejudica a instituição).
- Sigilosos – Tais documentos são limitados a um número
- Atos de assentamento – formados por registros, firmando
restrito de pessoas. Por essa razão, devem ser adotadas medidas
fatos ou ocorrências. São os configurados por registros, consubs-
especiais de salvaguarda (segurança, proteção) na sua custódia
tanciando assentamento sobre fatos ou ocorrências. Exemplos:
e disseminação.
apostilas, atas, termos Exemplos: atas, autos de infração, ter-
mos.
Quanto ao grau de sigilo, os documentos públicos podem ser:
- Ultrassecreto, secreto e reservado (não existe mais o grau
- Atos comprobatórios – comprovam assentamentos, deci-
confidencial).
sões, apontamentos. São documentos que comprovam assenta-
mentos, decisões etc. Como o próprio nome sugere, são direcio-
Prazos máximos de classificação (restrição) de acesso à in-
nados a certificar ou atestar determinadas situações. Temos
formação:
como exemplo: traslados, certidões, atestados, cópias autênticas
ou idênticas. Exemplos: certidões, atestados, traslados, cópias
- no grau ULTRASSECRETO – 25 anos;
autenticadas.
- no grau SECRETO – 15 anos;
- no grau RESERVADO – 5 anos.
- Atos de ajuste – representam acordos firmados (entre duas
ou mais partes). São representados pelos documentos pactuais.
Observação importante41:
São representados por acordos em que a Administração Pública
Federal, Estadual ou Municipal é parte. Exemplos desta espécie
De acordo com o Decreto Federal no 7.724, de 16 de maio de
de documentos: tratados, convênios, contratos, termos aditivos
2012 (que regulamenta a Lei Federal no 12.527, de 18 de novem-
Exemplos: convênios, contratos, ajustes.
bro de 2011 – inerente à Lei de Acesso à Informação Pública), diz
- Atos de correspondência – são criados com o propósito de
o artigo 47, inciso IV: Compete à Comissão Mista de Reavaliação
os atos normativos serem executados. Objetivam a execução dos
de Informações “prorrogar por uma única vez, e por período
atos normativos em sentido amplo. Temos como exemplos: avi-
determinado não superior a vinte e cinco anos, o prazo de sigilo
sos, cartas, ofícios, memorando, mensagem, edital, intimação,
de informação classificada no grau ultrassecreto, enquanto seu
notificação, telegrama, telex, telefax, alvará e circular Exemplos:
acesso ou divulgação puder ocasionar ameaça externa à sobera-
editais, avisos, memorandos, telegramas, notificações, ofícios,
nia nacional, à integridade do território nacional ou grave risco
cartas.
às relações internacionais do País, limitado ao máximo de cin-
quenta anos o prazo total da classificação.”
Figura: Espécie dos Arquivos.
Portanto, somente no maior grau de sigilo – o “ultrassecreto”
–, pode ocorrer a prorrogação (uma vez, por igual período). Nos
demais graus de sigilo (secreto e reservado) não existe a possi-
bilidade de prorrogação do prazo de restrição do documento.

Questões

1. (GDF – Analista de Atividades Culturais – Arquivologia


– IADES/2014) com relação ao campo teórico da arquivologia,
assinale a alternativa correta.
(A) A arquivologia estuda as funçõ es dos serviços ou insti-
Fonte: Santos e Reis, 2013. tuiçõ es de arquivo e os princı́pios e as té cnicas a serem observa-
Deve-se destacar aqui que espécie documental é diferente de dos no tratamento e na disponibilidade dos acervos arquivı́sti-
tipo documental. cos.
De acordo com Bellotto, enquanto a espécie documental é a (B) As trê s idades documentais podem ser denominadas de
configuração que assume um documento de acordo com a dispo- corrente, semiativa e informativa.
sição e a natureza das informações nele contidas, o tipo docu- (C) O ramo da arquivologia que estuda acervos de documen-
mental é a configuração que assume a espécie documental de tos ancestrais é adjetivado de arqueoló gico.
acordo com a atividade que a gerou. Observe-se o exemplo a se- (D) A arquivı́stica é a té cnica e a arquivologia, a ciê ncia, se-
guir, que tem a finalidade de distinguir tais categorias teóricas: gundo a visã o difundida pelo Arquivo Nacional.
(E) O triplo objeto da arquivologia é o fundo arquivístico, o
arquivista e a instituição arquivística.

40SANTOS, J.T; REIS, L. Arquivologia Facilitada. Teoria e mais de 500 41SANTOS, J.T; REIS, L. Arquivologia Facilitada. Teoria e mais de 500
questões comentadas. 2ª edição – Campus Concursos. Rio de Janeiro: El- questões comentadas. 2ª edição – Campus Concursos. Rio de Janeiro: El-
sevier, 2013. Recurso eletrônico. sevier, 2013. Recurso eletrônico.
Conhecimentos Específicos 48

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APOSTILAS OPÇÃO
O gerenciamento da informação, o desenvolvimento das teo-
2. (GDF – Analista de Atividades Culturais – Arquivologia rias, e as práticas de gestão foram extremamente importantes,
– IADES/2014) O termo que melhor caracteriza o que são as intensamente revolucionárias e fundamentais para o desenvol-
massas documentais acumuladas é o arquivo vimento da arquivologia. Esse gerenciamento da informação
(A) corrente. conta ainda com desenvolvimento de projetos, planejamentos,
(B) intermediá rio. estudos e técnicas de organização sistemática e implantação de
(C) permanente. instituições e sistemas arquivísticas. Embora existam muitas téc-
(D) inativo. nicas, ferramentas, estudos que buscam a conservação de arqui-
(E) morto. vos, um grande desafio encontrado nesta área é que muitas em-
presas/organizações não tem uma preocupação específica pelos
3. (CESPE – 2010 – ABIN) Julgue os itens a seguir, relativos seus arquivos. Quando ocorre esse desinteresse consequente-
à gestão de documentos. São atividades características do ar- mente o profissional também é desconhecido pela organização e
as atividades que esse profissional qualificado realizaria em prol
quivo permanente: arranjo, descrição, publicação, conservação e
referência. do gerenciamento das informações passam a ser exercidas por
(A) Certo profissionais de outras áreas não capacitados a atuar como ar-
(B) Errado quivista. Uma consequência do posicionamento de algumas or-
ganizações é justamente a qualidade e resultado dos serviços.
4. A preservação de Documentos é importante, para:
(A) Para o documento se tornar cada vez mais importante 2. RESPOSTA: “E”
(B) Para a informação que consta naquele documento não se O “arquivo morto” é conhecido como um local onde se guar-
perder dam os documentos antigos ou fora de uso. Pode também ser co-
(C) Para a multiplicação das informações nhecido como ”arquivo inativo” ou “massa documental acumu-
(D) Para microfilmá-las lada”.

5. (TJ/AC – ANALISTA DE SUPORTE – CESPE/2012) No Sis- 3. Resposta: “A”


tema de Gestão de Segurança da Informação (SGSI), devem-se Classificam-se em quatro grupos distintos as atividades do
arquivo permanente:
identificar os riscos, buscando-se definir os ativos e seus propri-
etários, as ameaças, as vulnerabilidades que possam ser explora- Arranjo: reunião e ordenação adequada dos documentos.
das e os impactos que os ataques podem gerar. Descrição e publicação: acesso aos documentos para con-
Certo ( ) Errado ( ) sulta e divulgação do acervo.
Conservação: medidas de proteção aos documentos e, conse-
6. (TJ/AC – ANALISTA DE SUPORTE – CESPE/2012) Em quentemente, do local de guarda, visando impedir sua destrui-
consonância com as normas NBR ISO/IEC 27.001:2006 e ção.
27.002:2005, a segurança da informação envolve preservação da Referência: política de acesso e uso dos documentos.
confidencialidade, da integridade e da disponibilidade da infor-
mação e é caracterizada adicionalmente por outras proprieda- 4. Resposta: “B”
des, como autenticidade, responsabilidade e confiabilidade. A preservação dos documentos é importante para que o do-
Certo ( ) Errado ( ) cumento esteja sempre em perfeito estado para ser consultado e
as informações perpetuadas.
7. (Fundação Universidade de Brasília - UnB –
Cespe/2009) O protocolo, como um dos componentes da gestão 5. Resposta: “CERTO”
de documentos, é responsável pelas atividades de registro, de No Sistema de Gestão de Segurança da Informação, para ga-
controle da tramitação, de distribuição, expedição e abertura de rantir a segurança das informações deve ser feita uma Análise de
processos. Risco que identifique todos os riscos que ameacem as informa-
Certo ( ) Errado ( ) ções, apontando soluções que eliminem, minimizem ou transfi-
ram os riscos. As ameaças são ações de origem humana, que
8. (STM/ UnB – Cespe/2011) Julgue os itens que se seguem, quando são exploradas podem gerar vulnerabilidade e produzir
referentes a noções básicas de conservação e preservação de do- ataques, que por sua vez, causam incidentes que comprometem
cumentos. as informações, provocando perda de confidencialidade, dispo-
nibilidade e integridade. As ameaças são todas as situações que
A luz, o ar seco, a umidade, o mofo, a poeira e os gases são, colocam em risco a Segurança da Informação. Uma ameaça pode
a médio e longo prazo, altamente prejudiciais à conservação do ser qualquer ação, acontecimento ou entidade que age sobre um
acervo documental. ativo ou pessoa, através de uma vulnerabilidade e consequente-
mente gera um determinado impacto. As ameaças atuam sobre
Certo ( ) Errado ( ) os ativos e são classificadas com as mesmas categorias: ameaças
físicas (normalmente decorrentes de fenômenos naturais), tec-
Respostas nológicas (normalmente são ataques propositados causados por
agentes humanos como hackers, invasores, criadores e dissemi-
1. RESPOSTA: “A” nadores de vírus, mas também por defeitos técnicos, falhas de
A ciência que estuda as funções, os princípios, as técnicas do hardware e software) e humanas (são consideradas as mais pe-
arquivo são chamadas de arquivologia. O profissional que exerce rigosas, podendo ser casos de roubos e fraudes causados por la-
atividade ligada a arquivologia pode ser chamado de arquivista. drões e espiões).
A arquivologia busca gerenciar informações que possam ser re-
gistradas em documentos de arquivos. É muito comum utilizar- 6. Resposta: “CERTO”
se princípios, técnicas, normas e outros procedimentos no pro- Podemos entender como informação todo o conteúdo ou
cesso de identificação, organização, desenvolvimento, processa- dado valioso para um indivíduo/organização, que consiste em
mento, análise, coleta, utilização, publicação, fornecimento, cir- qualquer conteúdo com capacidade de armazenamento ou trans-
ferência, que serve a determinado propósito e que é de utilidade
culação, recuperação e armazenamento das informações.
do ser humano. A segurança da informação diz respeito à prote-
ção de determinados dados, com a intenção de preservar seus
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APOSTILAS OPÇÃO
respectivos valores para uma organização (empresa) ou um in- ______________________________________________________
divíduo. Envolve preservação da confidencialidade, da integri- ______________________________________________________
dade e da disponibilidade da informação e é caracterizada adici- ______________________________________________________
onalmente por outras propriedades, como autenticidade, res- ______________________________________________________
ponsabilidade e confiabilidade. ______________________________________________________
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7. Resposta: “CERTO” ______________________________________________________
“Autuação”, uma das atividades do protocolo, é a abertura ou ______________________________________________________
formação de processos. O registro, o controle do fluxo documen- ______________________________________________________
tal, a distribuição e a expedição de documentos também são con- ______________________________________________________
sideradas atividades do protocolo. Vale ressaltar que a expedi- ______________________________________________________
ção é a saída de documentos de uma instituição para outras ins-
______________________________________________________
tituições públicas ou privadas (pessoas jurídicas), ou para o ci-
______________________________________________________
dadão comum (pessoa física).
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8. Resposta: “CERTO”. ______________________________________________________
A luz causa danos às fibras do papel. O ar seco e a umidade ______________________________________________________
enfraquecem o papel. A umidade provoca mofo. Os poluentes são ______________________________________________________
os principais agentes de deterioração dos acervos. ______________________________________________________
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Anotações ______________________________________________________
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