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LÍNGUA PORTUGUESA

Compreensão e interpretação de textos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01


Ortografia oficial, incluindo as alterações promovidas pelo Novo Acordo Ortográfico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05
Flexão em gênero e número dos substantivos e adjetivos.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Acentuação gráfica, incluindo as alterações promovidas pelo Novo Acordo Ortográfico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 07
Emprego de crase. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09
Emprego de conectivos, pronomes e numerais e advérbios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Colocação pronominal.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
Concordância nominal e verbal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
Regência nominal e verbal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
Emprego de sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Sintaxe da oração (período simples: termos essenciais, integrantes e acessórios da oração) e do período (período composto por coorde-
nação e por subordinação). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
Processos de formação de palavras. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
Conjugação e emprego de verbos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Empregos dos sinais de pontuação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
LÍNGUA PORTUGUESA
Não se esqueça, além da prática da leitura aprimorar a
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS. compreensão do texto e ajudar a aprovação, ela também estimula
nossa imaginação, distrai, relaxa, informa, educa, atualiza, melhora
Interpretação de Texto nosso foco, cria perspectivas, nos torna reflexivos, pensantes, além
de melhorar nossa habilidade de fala, de escrita e de memória.
Interpretar um texto quer dizer dar sentido, inferir, chegar Um texto para ser compreendido deve apresentar ideias
a uma conclusão do que se lê. A interpretação é muito ligada ao seletas e organizadas, através dos parágrafos que é composto pela
subentendido. Sendo assim, ela trabalha com o que se pode deduzir ideia central, argumentação e/ou desenvolvimento e a conclusão
de um texto. do texto.
A interpretação implica a mobilização dos conhecimentos O primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é
prévios que cada pessoa possui antes da leitura de um determinado a identificação de sua ideia principal. A partir daí, localizam-se
texto, pressupõe que a aquisição do novo conteúdo lido estabeleça as ideias secundárias, ou fundamentações, as argumentações,
uma relação com a informação já possuída, o que leva ao ou explicações, que levem ao esclarecimento das questões
crescimento do conhecimento do leitor, e espera que haja uma apresentadas na prova.
apreciação pessoal e crítica sobre a análise do novo conteúdo lido, Compreendido tudo isso, interpretar significa extrair um
afetando de alguma forma o leitor. significado. Ou seja, a ideia está lá, às vezes escondida, e por isso
Sendo assim, podemos dizer que existem diferentes tipos de o candidato só precisa entendê-la – e não a complementar com
leitura: uma leitura prévia, uma leitura seletiva, uma leitura analítica algum valor individual. Portanto, apegue-se tão somente ao texto, e
e, por fim, uma leitura interpretativa. nunca extrapole a visão dele.
Questões
É muito importante que você:
- Assista os mais diferenciados jornais sobre a sua cidade, 01. (Prefeitura de São José do Rio Preto - SP -Auditor Fiscal
estado, país e mundo; Tributário Municipal – FCC – 2019)
- Se possível, procure por jornais escritos para saber de notícias
(e também da estrutura das palavras para dar opiniões); Custos da ciência
- Leia livros sobre diversos temas para sugar informações
ortográficas, gramaticais e interpretativas; Peça a um congressista dos Estados Unidos para destinar
- Procure estar sempre informado sobre os assuntos mais um milhão de dólares adicional à Fundação Nacional da Ciência
polêmicos; de seu país a fim de financiar pesquisas elementares, e ele,
- Procure debater ou conversar com diversas pessoas sobre compreensivelmente, perguntará se o dinheiro não seria mais
qualquer tema para presenciar opiniões diversas das suas. bem utilizado para financiar a capacitação de professores ou para
conceder uma necessária isenção de impostos a uma fábrica em seu
Dicas para interpretar um texto: distrito que vem enfrentando dificuldades.
Para destinar recursos limitados, precisamos responder a
- Leia lentamente o texto todo. perguntas do tipo “O que é mais importante?” e “O que é bom?”.
No primeiro contato com o texto, o mais importante é tentar E essas não são perguntas científicas. A ciência pode explicar o
compreender o sentido global do texto e identificar o seu objetivo. que existe no mundo, como as coisas funcionam e o que poderia
haver no futuro. Por definição, não tem pretensões de saber
- Releia o texto quantas vezes forem necessárias. o que deveria haver no futuro. Somente religiões e ideologias
Assim, será mais fácil identificar as ideias principais de cada procuram responder a essas perguntas.
parágrafo e compreender o desenvolvimento do texto. (Adaptado de: HARARI, Yuval Noah. Sapiens − Uma breve
história da humanidade. Trad. Janaína Marcoantonio. Porto
- Sublinhe as ideias mais importantes. Alegre: L&PM, 2018, p. 283)
Sublinhar apenas quando já se tiver uma boa noção da ideia
principal e das ideias secundárias do texto. No segundo parágrafo, o autor do texto

- Separe fatos de opiniões. A) lembra que os procedimentos científicos não se confundem


O leitor precisa separar o que é um fato (verdadeiro, objetivo com projeções de valor religioso ou ideológico.
e comprovável) do que é uma opinião (pessoal, tendenciosa e B) admite que a ideologia e a religião podem ser determinantes
mutável). para a metodologia de projetos científicos.
C) postula que os valores subjetivos de determinada cultura
- Retorne ao texto sempre que necessário. podem ser parâmetros para a boa pesquisa acadêmica.
Além disso, é importante entender com cuidado e atenção os D) mostra que as perguntas feitas pela ciência, sendo as
enunciados das questões. mesmas que fazem a religião e a ideologia, têm respostas distintas.
E) assegura que os achados de uma pesquisa científica não são
- Reescreva o conteúdo lido. necessariamente mais limitados que os da religião.
Para uma melhor compreensão, podem ser feitos resumos,
tópicos ou esquemas.

Além dessas dicas importantes, você também pode grifar


palavras novas, e procurar seu significado para aumentar seu
vocabulário, fazer atividades como caça-palavras, ou cruzadinhas
são uma distração, mas também um aprendizado.

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LÍNGUA PORTUGUESA
02. (Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ – Professor - Prefeitura 04. (Prefeitura de Campinas - SP – Instrutor Surdo – VUNESP
de Rio de Janeiro - RJ – 2019) – 2019)

Texto I: As línguas do passado eram como as de


hoje? (trecho)

Quando os linguistas afirmam que as línguas khoisan1, ou as


línguas indígenas americanas, são tão avançadas quanto as grandes
línguas europeias, eles estão se referindo ao sistema linguístico.
Todas as características fundamentais das línguas faladas no
mundo afora são as mesmas. Cada língua tem um conjunto de
sons distintivos que se combinam em palavras significativas. Cada
língua tem modos de denotar noções gramaticais como pessoa
(“eu, você, ela”), singular ou plural, presente ou passado etc. Cada
língua tem regras que governam o modo como as palavras devem
ser combinadas para formar enunciados completos.
T. JANSON (A história das línguas: uma introdução. Trad. de A charge apresenta
Marcos Bagno. São Paulo: Parábola, 2015, p. 23)
A) a distinção entre duas atitudes saudáveis.
1
Refere-se à família linguística africana cuja característica B) a diferença entre duas posturas opostas
destacada nos estudos de linguagem se vincula à presença de C) os resultados positivos de uma ação.
cliques D) a comparação entre dois comportamentos semelhantes.
E) o impacto de cada ato isolado sobre o ambiente.
O uso do pronome “cada” no texto pressupõe uma ideia de:
05. (Prefeitura de Campinas - SP – Agente Fiscal Tributário –
A) conjunto VUNESP – 2019)
B) tempo
C) dúvida Redes antissociais
D) localização
Para além do hábito, as redes sociais se transformaram em
03. (Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ – Professor - Prefeitura paixão. Toda paixão nos torna cegos, incapazes de ver o que nos
de Rio de Janeiro - RJ- 2019) cerca com bom senso, para não dizer lógica e racionalidade. Nesse
momento de nossa experiência com as redes sociais, convém
Texto I: As línguas do passado eram como as de prestar atenção no seu caráter antissocial e psicopatológico. Ele é
hoje? (trecho) cada vez mais evidente.
O que estava escondido, aquilo que ficava oculto nas
Quando os linguistas afirmam que as línguas khoisan1 , ou as microrrelações, no âmbito das casas e das famílias, digamos que a
línguas indígenas americanas, são tão avançadas quanto as grandes neurose particular de cada um, tornou-se público. O termo neurose
línguas europeias, eles estão se referindo ao sistema linguístico. tem um caráter genérico e serve para apontar algum sofrimento
Todas as características fundamentais das línguas faladas no psíquico. Há níveis de sofrimento e suportabilidade por parte das
mundo afora são as mesmas. Cada língua tem um conjunto de pessoas. Buscar apoio psicológico para amenizar neuroses faz parte
sons distintivos que se combinam em palavras significativas. Cada do histórico de todas as linhagens da medicina ao longo do tempo.
língua tem modos de denotar noções gramaticais como pessoa Ela encontra nas redes sociais o seu lugar, pois toda neurose é um
(“eu, você, ela”), singular ou plural, presente ou passado etc. Cada distúrbio que envolve algum aspecto relacional. As nossas neuroses
língua tem regras que governam o modo como as palavras devem têm, inevitavelmente, relação com o que somos em relação
ser combinadas para formar enunciados completos. a outros. Assim como é o outro que nos perturba na neurose, é
T. JANSON (A história das línguas: uma introdução. Trad. de também ele que pode nos curar. Contudo, há muita neurose não
Marcos Bagno. São Paulo: Parábola, 2015, p. 23) tratada e ela também procura seu lugar.
1
Refere-se à família linguística africana cuja característica A rede social poderia ter se tornado um lugar terapêutico para
destacada nos estudos de linguagem se vincula à presença de acolher as neuroses? Nesse sentido, poderia ser um lugar de apoio,
cliques um lugar que trouxesse alento e desenvolvimento emocional? Nas
redes sociais, trata-se de convívios em grupo. Poderíamos pensar
Na discussão proposta, o autor adota uma concepção de língua nelas no sentido potencial de terapias de grupo que fizessem bem
fundamentada na abordagem: a quem delas participa; no entanto, as redes sociais parecem mais
favorecer uma espécie de “enlouquecimento coletivo”. Nesse
A) prescritiva sentido, o caráter antissocial das redes precisa ser analisado.
B) estrutura (Cult, junho de
C) histórica 2019)
D) informal
Leia a charge.

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A partir da leitura do texto e da charge, é correto afirmar que

A) as pessoas têm buscado apoio psicológico nas redes sociais.


B) as relações pessoais e familiares se fortalecem nas redes sociais.
C) as redes sociais têm promovido certo enlouquecimento coletivo.
D) as redes sociais são lugares terapêuticos para acolher as neuroses.
E) as pessoas vivem confusas e desagregadas sem as redes sociais.

06. (TJ-MA – Oficial de Justiça – FCC -2019)

[Os nomes e os lugares]

É sempre perigoso usar termos geográficos no discurso histórico. É preciso ter muita cautela, pois a cartografia dá um ar de espúria
objetividade a termos que, com frequência, talvez geralmente, pertencem à política, ao reino dos programas, mais que à realidade.
Historiadores e diplomatas sabem com que frequência a ideologia e a política se fazem passar por fatos. Rios, representados nos mapas
por linhas claras, são transformados não apenas em fronteiras entre países, mas fronteiras “naturais”. Demarcações linguísticas justificam
fronteiras estatais.
A própria escolha dos nomes nos mapas costuma criar para os cartógrafos a necessidade de tomar decisões políticas. Como devem
chamar lugares ou características geográficas que já têm vários nomes, ou aqueles cujos nomes foram mudados oficialmente? Se for
oferecida uma lista alternativa, que nomes são indicados como principais? Se os nomes mudaram, por quanto tempo devem os nomes
antigos ser lembrados?
(HOBSBAWM, Eric. Tempos fraturados. Trad. Berilo Vargas. São Paulo: Companhia das Letras, 2013, p. 109)

Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento do primeiro parágrafo do texto em:

A) um ar de espúria objetividade = um aspecto de pretensa verdade.


B) reino dos programas = domínio das ciências.
C) se fazem passar por fatos = subestimam a potência do que é real.
D) sabem com que frequência = conhecem o quanto é raro.
E) demarcações linguísticas = atribulações da linguagem.

07. (TJ-MA – Técnico Judiciário – Técnico em Edificações – FCC -2019)

Como assistiremos a filmes daqui a 20 anos?

Com muitos cineastas trocando câmeras tradicionais por câmeras 360 (que capturam vistas de todos os ângulos), o momento atual do
cinema é comparável aos primeiros anos intensamente experimentais dos filmes no final do século 19 e início do século 20.
Uma série de tecnologias em rápido desenvolvimento oferece um potencial incrível para o futuro dos filmes – como a realidade
aumentada, a inteligência artificial e a capacidade cada vez maior de computadores de criar mundos digitais detalhados.
Como serão os filmes daqui a 20 anos? E como as histórias cinematográficas do futuro diferem das experiências disponíveis hoje? De
acordo com o guru da realidade virtual e artista Chris Milk, os filmes do futuro oferecerão experiências imersivas sob medida. Eles serão
capazes de “criar uma história em tempo real que é só para você, que satisfaça exclusivamente a você e o que você gosta ou não”, diz ele.
(Adaptado de: BUCKMASTER, Luke. Disponível em: www.bbc.com)

O pronome “Eles”, em destaque no 3° parágrafo, faz referência aos

A) artistas individualistas do futuro.


B) filmes da atualidade.
C) espectadores do futuro.
D) diretores hoje renomados.
E) filmes do futuro.

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08. (Prefeitura de Campinas - SP – Agente Administrativo – VUNESP – 2019)

De acordo com a fala da personagem no último quadrinho, o diálogo

A) contrapõe-se à tolerância.
B) decorre da tolerância.
C) depende da tolerância.
D) aumenta a tolerância.
E) abre espaço para a tolerância.

09. ( Prefeitura de Itapevi - SP – Orientador Social – VUNESP – 2019)

No contexto da tira, emprega-se a frase

A) “O mundo é uma máquina...”, em sentido próprio, para fazer referência ao atual estágio de evolução tecnológica em que se encontra
a humanidade.
B) “... é uma máquina de moer corações.”, em sentido figurado, para expressar a ideia de que, nas relações sociais, predominam o
respeito e o altruísmo.
C) “Como alguém tem coragem de operar...”, em sentido figurado, para condenar a apatia de algumas pessoas em um contexto de
transformações sociais.
D) “Certamente é gente...”, em sentido próprio, para negar que possam existir pessoas indiferentes ao fato de o mundo ser um
ambiente hostil.
E) “... gente que não tem coração.”, em sentido figurado, para se referir à insensibilidade de pessoas cujas ações tornam o mundo um
lugar opressivo.

GABARITO

1 A
2 A
3 B
4 D
5 C
6 A
7 E

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8 A O fonema z

9 E S e não Z

sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é substantivo, ou


ORTOGRAFIA OFICIAL, INCLUINDO AS ALTERAÇÕES
em gentílicos e títulos nobiliárquicos: freguês, freguesa, freguesia,
PROMOVIDAS PELO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO.
poetisa, baronesa, princesa.
sufixos gregos: ase, ese, ise e ose: catequese, metamorfose.
ORTOGRAFIA formas verbais pôr e querer: pôs, pus, quisera, quis, quiseste.
nomes derivados de verbos com radicais terminados em “d”:
A ortografia é a parte da Fonologia que trata da correta grafia aludir - alusão / decidir - decisão / empreender - empresa / difundir
das palavras. É ela quem ordena qual som devem ter as letras do al- – difusão.
fabeto. Os vocábulos de uma língua são grafados segundo acordos diminutivos cujos radicais terminam com “s”: Luís - Luisinho /
ortográficos. Rosa - Rosinha / lápis – lapisinho.
A maneira mais simples, prática e objetiva de aprender orto- após ditongos: coisa, pausa, pouso, causa.
grafia é realizar muitos exercícios, ver as palavras, familiarizando-se verbos derivados de nomes cujo radical termina com “s”: aná-
com elas. O conhecimento das regras é necessário, mas não basta, lis(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar – pesquisar.
pois há inúmeras exceções e, em alguns casos, há necessidade de
conhecimento de etimologia (origem da palavra). Z e não S

Regras ortográficas sufixos “ez” e “eza” das palavras derivadas de adjetivo: macio -
maciez / rico – riqueza / belo – beleza.
O fonema s sufixos “izar” (desde que o radical da palavra de origem não
termine com s): final - finalizar / concreto – concretizar.
S e não C/Ç consoante de ligação se o radical não terminar com “s”: pé +
inho - pezinho / café + al - cafezal
As palavras substantivadas derivadas de verbos com radicais
em nd, rg, rt, pel, corr e sent: pretender - pretensão / expandir - ex- Exceção: lápis + inho – lapisinho.
pansão / ascender - ascensão / inverter - inversão / aspergir - asper-
são / submergir - submersão / divertir - diversão / impelir - impulsi- O fonema j
vo / compelir - compulsório / repelir - repulsa / recorrer - recurso /
discorrer - discurso / sentir - sensível / consentir – consensual. G e não J

SS e não C e Ç palavras de origem grega ou árabe: tigela, girafa, gesso.


estrangeirismo, cuja letra G é originária: sargento, gim.
Os nomes derivados dos verbos cujos radicais terminem em terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com poucas exce-
gred, ced, prim ou com verbos terminados por tir ou -meter: agre- ções): imagem, vertigem, penugem, bege, foge.
dir - agressivo / imprimir - impressão / admitir - admissão / ceder
- cessão / exceder - excesso / percutir - percussão / regredir - regres- Exceção: pajem.
são / oprimir - opressão / comprometer - compromisso / submeter
– submissão. terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio: sortilégio, litígio, re-
lógio, refúgio.
*quando o prefixo termina com vogal que se junta com a pa- verbos terminados em ger/gir: emergir, eleger, fugir, mugir.
lavra iniciada por “s”. Exemplos: a + simétrico - assimétrico / re + depois da letra “r” com poucas exceções: emergir, surgir.
surgir – ressurgir. depois da letra “a”, desde que não seja radical terminado com
*no pretérito imperfeito simples do subjuntivo. Exemplos: fi- j: ágil, agente.
casse, falasse.
J e não G
C ou Ç e não S e SS
palavras de origem latinas: jeito, majestade, hoje.
vocábulos de origem árabe: cetim, açucena, açúcar. palavras de origem árabe, africana ou exótica: jiboia, manje-
vocábulos de origem tupi, africana ou exótica: cipó, Juçara, ca- rona.
çula, cachaça, cacique. palavras terminadas com aje: ultraje.
sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu, uço: barca-
ça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, caniço, esperança, carapu- O fonema ch
ça, dentuço.
nomes derivados do verbo ter: abster - abstenção / deter - de- X e não CH
tenção / ater - atenção / reter – retenção.
após ditongos: foice, coice, traição. palavras de origem tupi, africana ou exótica: abacaxi, xucro.
palavras derivadas de outras terminadas em -te, to(r): marte - palavras de origem inglesa e espanhola: xampu, lagartixa.
marciano / infrator - infração / absorto – absorção. depois de ditongo: frouxo, feixe.
depois de “en”: enxurrada, enxada, enxoval.

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Exceção: quando a palavra de origem não derive de outra ini- Uso do hífen que continua depois da Reforma Ortográfica:
ciada com ch - Cheio - (enchente) 1. Em palavras compostas por justaposição que formam uma
unidade semântica, ou seja, nos termos que se unem para forma-
CH e não X rem um novo significado: tio-avô, porto-alegrense, luso-brasileiro,
tenente-coronel, segunda- -feira, conta-gotas, guarda-chuva, arco-
palavras de origem estrangeira: chave, chumbo, chassi, mochi- -íris, primeiro-ministro, azul-escuro.
la, espadachim, chope, sanduíche, salsicha. 2. Em palavras compostas por espécies botânicas e zoológicas:
couve-flor, bem-te-vi, bem-me-quer, abóbora- -menina, erva-doce,
As letras “e” e “i” feijão-verde.
3. Nos compostos com elementos além, aquém, recém e sem:
Ditongos nasais são escritos com “e”: mãe, põem. Com “i”, só o além-mar, recém-nascido, sem-número, recém-casado.
ditongo interno cãibra. 4. No geral, as locuções não possuem hífen, mas algumas ex-
verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar são escritos ceções continuam por já estarem consagradas pelo uso: cor-de-ro-
com “e”: caçoe, perdoe, tumultue. Escrevemos com “i”, os verbos sa, arco-da-velha, mais-que-perfeito, pé-de-meia, água-de-colônia,
com infinitivo em -air, -oer e -uir: trai, dói, possui, contribui. queima-roupa, deus-dará.
5. Nos encadeamentos de vocábulos, como: ponte Rio-Niterói,
* Atenção para as palavras que mudam de sentido quando percurso Lisboa-Coimbra-Porto e nas combinações históricas ou
substituímos a grafia “e” pela grafia “i”: área (superfície), ária (me- ocasionais: Áustria-Hungria, Angola-Brasil, etc.
lodia) / delatar (denunciar), dilatar (expandir) / emergir (vir à tona), 6. Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e super- quan-
imergir (mergulhar) / peão (de estância, que anda a pé), pião (brin- do associados com outro termo que é iniciado por “r”: hiper-resis-
quedo). tente, inter-racial, super-racional, etc.
7. Nas formações com os prefixos ex-, vice-: ex-diretor, ex-presi-
* Dica: dente, vice-governador, vice-prefeito.
- Se o dicionário ainda deixar dúvida quanto à ortografia de 8. Nas formações com os prefixos pós-, pré- e pró-: pré-natal,
uma palavra, há a possibilidade de consultar o Vocabulário Ortográ- pré-escolar, pró-europeu, pós-graduação, etc.
fico da Língua Portuguesa (VOLP), elaborado pela Academia Brasi- 9. Na ênclise e mesóclise: amá-lo, deixá-lo, dá-se, abraça-o,
leira de Letras. É uma obra de referência até mesmo para a criação lança-o e amá-lo-ei, falar-lhe-ei, etc.
de dicionários, pois traz a grafia atualizada das palavras (sem o sig- 10. Nas formações em que o prefixo tem como segundo termo
nificado). Na Internet, o endereço é www.academia.org.br. uma palavra iniciada por “h”: sub-hepático, geo--história, neo-helê-
nico, extra-humano, semi-hospitalar, super-homem.
Informações importantes 11. Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo termina
- Formas variantes são formas duplas ou múltiplas, equivalen- com a mesma vogal do segundo elemento: micro-ondas, eletro-óti-
tes: aluguel/aluguer, relampejar/relampear/relampar/relampadar. ca, semi-interno, auto-observação, etc.
- Os símbolos das unidades de medida são escritos sem ponto,
com letra minúscula e sem “s” para indicar plural, sem espaço entre ** O hífen é suprimido quando para formar outros termos: rea-
o algarismo e o símbolo: 2kg, 20km, 120km/h. ver, inábil, desumano, lobisomem, reabilitar.
Exceção para litro (L): 2 L, 150 L.
- Na indicação de horas, minutos e segundos, não deve haver Lembrete da Zê!
espaço entre o algarismo e o símbolo: 14h, 22h30min, 14h23’34’’(= Ao separar palavras na translineação (mudança de linha), caso
quatorze horas, vinte e três minutos e trinta e quatro segundos). a última palavra a ser escrita seja formada por hífen, repita-o na
- O símbolo do real antecede o número sem espaço: R$1.000,00. próxima linha. Exemplo: escreverei anti-inflamatório e, ao final,
No cifrão deve ser utilizada apenas uma barra vertical ($). coube apenas “anti-”. Na próxima linha escreverei: “-inflamatório”
(hífen em ambas as linhas).
Fontes de pesquisa:
http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/ortografia Não se emprega o hífen:
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª 1. Nas formações em que o prefixo ou falso prefixo termina em
ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. vogal e o segundo termo inicia-se em “r” ou “s”. Nesse caso, passa-
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, The- -se a duplicar estas consoantes: antirreligioso, contrarregra, infras-
reza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010. som, microssistema, minissaia, microrradiografia, etc.
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / 2. Nas constituições em que o prefixo ou pseudoprefixo termi-
Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. na em vogal e o segundo termo inicia-se com vogal diferente: an-
tiaéreo, extraescolar, coeducação, autoestrada, autoaprendizagem,
Hífen hidroelétrico, plurianual, autoescola, infraestrutura, etc.
3. Nas formações, em geral, que contêm os prefixos “dês” e
O hífen é um sinal diacrítico (que distingue) usado para ligar os “in” e o segundo elemento perdeu o “h” inicial: desumano, inábil,
elementos de palavras compostas (como ex-presidente, por exem- desabilitar, etc.
plo) e para unir pronomes átonos a verbos (ofereceram-me; vê-lo- 4. Nas formações com o prefixo “co”, mesmo quando o segun-
-ei). Serve igualmente para fazer a translineação de palavras, isto é, do elemento começar com “o”: cooperação, coobrigação, coorde-
no fim de uma linha, separar uma palavra em duas partes (ca-/sa; nar, coocupante, coautor, coedição, coexistir, etc.
compa-/nheiro). 5. Em certas palavras que, com o uso, adquiriram noção de
composição: pontapé, girassol, paraquedas, paraquedista, etc.
6. Em alguns compostos com o advérbio “bem”: benfeito, ben-
querer, benquerido, etc.

6
LÍNGUA PORTUGUESA
- Os prefixos pós, pré e pró, em suas formas correspondentes 3-) (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - COPEVE/
átonas, aglutinam-se com o elemento seguinte, não havendo hífen: UFAL/2014)
pospor, predeterminar, predeterminado, pressuposto, propor.
- Escreveremos com hífen: anti-horário, anti-infeccioso, auto-
-observação, contra-ataque, semi-interno, sobre- -humano, super-
-realista, alto-mar.
- Escreveremos sem hífen: pôr do sol, antirreforma, antissépti-
co, antissocial, contrarreforma, minirrestaurante, ultrassom, antia-
derente, anteprojeto, anticaspa, antivírus, autoajuda, autoelogio,
autoestima, radiotáxi.

Fontes de pesquisa:
http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/ortografia
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª
ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.

QUESTÕES

1-) (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS – 2014) De


acordo com a nova ortografia, assinale o item em que todas as pa-
lavras estão corretas: Armandinho, personagem do cartunista Alexandre Beck, sabe
perfeitamente empregar os parônimos “cestas” “sestas” e “sextas”.
A) autoajuda – anti-inflamatório – extrajudicial. Quanto ao emprego de parônimos, dadas as frases abaixo,
B) supracitado – semi-novo – telesserviço. I. O cidadão se dirigia para sua _____________ eleitoral.
C) ultrassofisticado – hidro-elétrica – ultra-som. II. A zona eleitoral ficava ___________ 200 metros de um posto
D) contrarregra – autopista – semi-aberto. policial.
E) contrarrazão – infra-estrutura – coprodutor. III. O condutor do automóvel __________ a lei seca.
IV. Foi encontrada uma __________ soma de dinheiro no carro.
1-) Correção: V. O policial anunciou o __________ delito.
A) autoajuda – anti-inflamatório – extrajudicial = correta
B) supracitado – semi-novo – telesserviço = seminovo Assinale a alternativa cujos vocábulos preenchem corretamen-
C) ultrassofisticado – hidro-elétrica – ultra-som = hidroelétrica, te as lacunas das frases.
ultrassom
D) contrarregra – autopista – semi-aberto = semiaberto A) seção, acerca de, infligiu, vultosa, fragrante.
E) contrarrazão – infra-estrutura – coprodutor = infraestrutura B) seção, acerca de, infligiu, vultuosa, flagrante.
RESPOSTA: “A”. C) sessão, a cerca de, infringiu, vultosa, fragrante.
D) seção, a cerca de, infringiu, vultosa, flagrante.
2-) (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS – 2014) De E) sessão, a cerca de, infligiu, vultuosa, flagrante.
acordo com a nova ortografia, assinale o item em que todas as pa-
lavras estão corretas: 3-) Questão que envolve ortografia.
I. O cidadão se dirigia para sua SEÇÃO eleitoral. (setor)
A) autoajuda – anti-inflamatório – extrajudicial. II. A zona eleitoral ficava A CERCA DE 200 metros de um posto
B) supracitado – semi-novo – telesserviço. policial. (= aproximadamente)
C) ultrassofisticado – hidro-elétrica – ultra-som. III. O condutor do automóvel INFRINGIU a lei seca. (relacione
D) contrarregra – autopista – semi-aberto. com infrator)
E) contrarrazão – infra-estrutura – coprodutor. IV. Foi encontrada uma VULTOSA soma de dinheiro no carro.
(de grande vulto, volumoso)
2-) Correção: V. O policial anunciou o FLAGRANTE delito. (relacione com
A) autoajuda – anti-inflamatório – extrajudicial = correta “pego no flagra”)
B) supracitado – semi-novo – telesserviço = seminovo Seção / a cerca de / infringiu / vultosa / flagrante
C) ultrassofisticado – hidro-elétrica – ultra-som = hidroelétrica, RESPOSTA: “D”.
ultrassom
D) contrarregra – autopista – semi-aberto = semiaberto
E) contrarrazão – infra-estrutura – coprodutor = infraestrutura
RESPOSTA: “A”. ACENTUAÇÃO GRÁFICA, INCLUINDO AS ALTERAÇÕES
PROMOVIDAS PELO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO.

ACENTUAÇÃO

Quanto à acentuação, observamos que algumas palavras têm


acento gráfico e outras não; na pronúncia, ora se dá maior inten-
sidade sonora a uma sílaba, ora a outra. Por isso, vamos às regras!

7
LÍNGUA PORTUGUESA
Regras básicas – Acentuação tônica Regras especiais:
Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” (ditongos abertos),
A acentuação tônica está relacionada à intensidade com que que antes eram acentuados, perderam o acento de acordo com a
são pronunciadas as sílabas das palavras. Aquela que se dá de for- nova regra, mas desde que estejam em palavras paroxítonas.
ma mais acentuada, conceitua-se como sílaba tônica. As demais, ** Alerta da Zê! Cuidado: Se os ditongos abertos estiverem em
como são pronunciadas com menos intensidade, são denominadas uma palavra oxítona (herói) ou monossílaba (céu) ainda são acen-
de átonas. tuados: dói, escarcéu.
De acordo com a tonicidade, as palavras são classificadas como:
Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a última Antes Agora
sílaba. Ex.: café – coração – Belém – atum – caju – papel
assembléia assembleia
Paroxítonas – São aquelas em que a sílaba tônica recai na pe- idéia ideia
núltima sílaba. Ex.: útil – tórax – táxi – leque – sapato – passível
geléia geleia
Proparoxítonas - São aquelas cuja sílaba tônica está na antepe-
núltima sílaba. Ex.: lâmpada – câmara – tímpano – médico – ônibus jibóia jiboia
apóia (verbo apoiar) apoia
Há vocábulos que possuem mais de uma sílaba, mas em nossa
língua existem aqueles com uma sílaba somente: são os chamados paranóico paranoico
monossílabos.
Acento Diferencial
Os acentos
Representam os acentos gráficos que, pelas regras de acentua-
acento agudo (´) – Colocado sobre as letras “a” e “i”, “u” e “e” ção, não se justificariam, mas são utilizados para diferenciar classes
do grupo “em” - indica que estas letras representam as vogais tô- gramaticais entre determinadas palavras e/ou tempos verbais. Por
nicas de palavras como pá, caí, público. Sobre as letras “e” e “o” exemplo:
indica, além da tonicidade, timbre aberto: herói – médico – céu (di- Pôr (verbo) X por (preposição) / pôde (pretérito perfeito de Indicativo
tongos abertos). do verbo “poder”) X pode (presente do Indicativo do mesmo verbo).
acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras “a”, “e” e “o” Se analisarmos o “pôr” - pela regra das monossílabas: termina-
indica, além da tonicidade, timbre fechado: tâmara – Atlântico – da em “o” seguida de “r” não deve ser acentuada, mas nesse caso,
pêsames – supôs . devido ao acento diferencial, acentua-se, para que saibamos se se
acento grave (`) – indica a fusão da preposição “a” com artigos trata de um verbo ou preposição.
e pronomes: à – às – àquelas – àqueles Os demais casos de acento diferencial não são mais utilizados:
trema ( ¨ ) – De acordo com a nova regra, foi totalmente aboli- para (verbo), para (preposição), pelo (substantivo), pelo (preposi-
do das palavras. Há uma exceção: é utilizado em palavras derivadas ção). Seus significados e classes gramaticais são definidos pelo con-
de nomes próprios estrangeiros: mülleriano (de Müller) texto.
til (~) – indica que as letras “a” e “o” representam vogais nasais: Polícia para o trânsito para realizar blitz. = o primeiro “para” é
oração – melão – órgão – ímã verbo; o segundo, preposição (com relação de finalidade).
** Quando, na frase, der para substituir o “por” por “colocar”,
Regras fundamentais estaremos trabalhando com um verbo, portanto: “pôr”; nos outros
casos, “por” preposição. Ex: Faço isso por você. / Posso pôr (colocar)
Palavras oxítonas: meus livros aqui?
Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em: “a”, “e”, “o”,
“em”, seguidas ou não do plural(s): Pará – café(s) – cipó(s) – Belém. Regra do Hiato:
Esta regra também é aplicada aos seguintes casos: Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, for a segunda
- Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”, seguidos vogal do hiato, acompanhado ou não de “s”, haverá acento. Ex.: saí-
ou não de “s”: pá – pé – dó – há da – faísca – baú – país – Luís
- Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos, seguidas Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato quando segui-
de lo, la, los, las: respeitá-lo, recebê-lo, compô-lo dos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z. Ra-ul, Lu-iz, sa-ir, ju-iz
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se estiverem
Paroxítonas: seguidas do dígrafo nh. Ex: ra-i-nha, ven-to-i-nha.
Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em: Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem prece-
- i, is: táxi – lápis – júri didas de vogal idêntica: xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba
- us, um, uns: vírus – álbuns – fórum
- l, n, r, x, ps: automóvel – elétron - cadáver – tórax – fórceps Observação importante:
- ã, ãs, ão, ãos: ímã – ímãs – órfão – órgãos
- ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos, formando hiato
“s”: água – pônei – mágoa – memória quando vierem depois de ditongo (nas paroxítonas):

** Dica: Memorize a palavra LINURXÃO. Para quê? Repare que Antes Agora
esta palavra apresenta as terminações das paroxítonas que são
bocaiúva bocaiuva
acentuadas: L, I N, U (aqui inclua UM = fórum), R, X, Ã, ÃO. Assim
ficará mais fácil a memorização! feiúra feiura
Sauípe Sauipe

8
LÍNGUA PORTUGUESA
O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi abolido: 2-) (SEFAZ/RS – AUDITOR FISCAL DA RECEITA FEDERAL – FUN-
DATEC/2014 - adaptada)
Antes Agora Analise as afirmações que são feitas sobre acentuação gráfica.
I. Caso o acento das palavras ‘trânsito’ e ‘específicos’ seja reti-
crêem creem rado, essas continuam sendo palavras da língua portuguesa.
lêem leem II. A regra que explica a acentuação das palavras ‘vários’ e ‘país’
não é a mesma.
vôo voo
III. Na palavra ‘daí’, há um ditongo decrescente.
enjôo enjoo IV. Acentua-se a palavra ‘vêm’ para diferenciá-la, em situação
de uso, quanto à flexão de número.
** Dica: Memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbos que,
no plural, dobram o “e”, mas que não recebem mais acento como Quais estão corretas?
antes: CRER, DAR, LER e VER.
Repare: A) Apenas I e III.
1-) O menino crê em você. / Os meninos creem em você. B) Apenas II e IV.
2-) Elza lê bem! / Todas leem bem! C) Apenas I, II e IV.
3-) Espero que ele dê o recado à sala. / Esperamos que os garo- D) Apenas II, III e IV.
tos deem o recado! E) I, II, III e IV.
4-) Rubens vê tudo! / Eles veem tudo!
Cuidado! Há o verbo vir: Ele vem à tarde! / Eles vêm à tarde! 2-)
As formas verbais que possuíam o acento tônico na raiz, com I. Caso o acento das palavras ‘trânsito’ e ‘específicos’ seja reti-
“u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de “e” ou “i” não serão rado, essas continuam sendo palavras da língua portuguesa = tere-
mais acentuadas: mos “transito” e “especifico” – serão verbos (correta)
II. A regra que explica a acentuação das palavras ‘vários’ e ‘país’
Antes Depois não é a mesma = vários é paroxítona terminada em ditongo; país é
a regra do hiato (correta)
apazigúe (apaziguar) apazigue III. Na palavra ‘daí’, há um ditongo decrescente = há um hiato,
averigúe (averiguar) averigue por isso a acentuação (da - í) = incorreta.
IV. Acentua-se a palavra ‘vêm’ para diferenciá-la, em situação
argúi (arguir) argui
de uso, quanto à flexão de número = “vêm” é utilizado para a tercei-
ra pessoa do plural (correta)
Acentuam-se os verbos pertencentes a terceira pessoa do plu-
RESPOSTA: “C”.
ral de: ele tem – eles têm / ele vem – eles vêm (verbo vir)

A regra prevalece também para os verbos conter, obter, reter, EMPREGO DE CRASE.
deter, abster: ele contém – eles contêm, ele obtém – eles obtêm, ele
retém – eles retêm, ele convém – eles convêm.
EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE
Fontes de pesquisa:
A crase se caracteriza como a fusão de duas vogais idênticas,
http://www.brasilescola.com/gramatica/acentuacao.htm
relacionadas ao emprego da preposição “a” com o artigo femini-
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª
no a(s), com o “a” inicial referente aos pronomes demonstrativos
ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
– aquela(s), aquele(s), aquilo e com o “a” pertencente ao pronome
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, The-
relativo a qual (as quais). Casos estes em que tal fusão encontra-se
reza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010.
demarcada pelo acento grave ( ` ): à(s), àquela, àquele, àquilo, à
qual, às quais.
QUESTÕES
O uso do acento indicativo de crase está condicionado aos
nossos conhecimentos acerca da regência verbal e nominal, mais
1-) (PREFEITURA DE SÃO PAULO/SP – AUDITOR FISCAL TRIBU-
precisamente ao termo regente e termo regido. Ou seja, o termo
TÁRIO MUNICIPAL – CETRO/2014 - adaptada) Assinale a alternativa
regente é o verbo - ou nome - que exige complemento regido pela
que contém duas palavras acentuadas conforme a mesma regra.
preposição “a”, e o termo regido é aquele que completa o sentido
do termo regente, admitindo a anteposição do artigo a(s).
(A) “Hambúrgueres” e “repórter”.
Refiro-me a (a) funcionária antiga, e não a (a)quela contratada
(B) “Inacreditáveis” e “repórter”.
recentemente.
(C) “Índice” e “dólares”.
Após a junção da preposição com o artigo (destacados entre
(D) “Inacreditáveis” e “atribuídos”.
parênteses), temos:
(E) “Atribuídos” e “índice”.
Refiro-me à funcionária antiga, e não àquela contratada recen-
temente.
1-)
(A) “Hambúrgueres” = proparoxítona / “repórter” = paroxítona
.O verbo referir, de acordo com sua transitividade, classifica-se
(B) “Inacreditáveis” = paroxítona / “repórter” = paroxítona
como transitivo indireto, pois sempre nos referimos a alguém ou a
(C) “Índice” = proparoxítona / “dólares” = proparoxítona
algo. Houve a fusão da preposição a + o artigo feminino (à) e com
(D) “Inacreditáveis” = paroxítona / “atribuídos” = regra do hiato
o artigo feminino a + o pronome demonstrativo aquela (àquela).
(E) “Atribuídos” = regra do hiato / “índice” = proparoxítona
RESPOSTA: “B”.

9
LÍNGUA PORTUGUESA
Observação importante: Alguns recursos servem de ajuda para * Constata-se o uso da crase se as locuções prepositivas à
que possamos confirmar a ocorrência ou não da crase. Eis alguns: moda de, à maneira de apresentarem-se implícitas, mesmo diante
a) Substitui-se a palavra feminina por uma masculina equiva- de nomes masculinos: Tenho compulsão por comprar sapatos à Luis
lente. Caso ocorra a combinação a + o(s), a crase está confirmada. XV. (à moda de Luís XV)
Os dados foram solicitados à diretora. * Não se efetiva o uso da crase diante da locução adverbial “a
Os dados foram solicitados ao diretor. distância”: Na praia de Copacabana, observamos a queima de fo-
gos a distância.
b) No caso de nomes próprios geográficos, substitui-se o verbo
da frase pelo verbo voltar. Caso resulte na expressão “voltar da”, há Entretanto, se o termo vier determinado, teremos uma locu-
a confirmação da crase. ção prepositiva, aí sim, ocorrerá crase: O pedestre foi arremessado
Faremos uma visita à Bahia. à distância de cem metros.
Faz dois dias que voltamos da Bahia. (crase confirmada)
- De modo a evitar o duplo sentido – a ambiguidade -, faz-se
Não me esqueço da viagem a Roma. necessário o emprego da crase.
Ao voltar de Roma, relembrarei os belos momentos jamais vi- Ensino à distância.
vidos. Ensino a distância.

Atenção: Nas situações em que o nome geográfico se apresen- * Em locuções adverbiais formadas por palavras repetidas, não
tar modificado por um adjunto adnominal, a crase está confirmada. há ocorrência da crase.
Atendo-me à bela Fortaleza, senti saudades de suas praias. Ela ficou frente a frente com o agressor.
Eu o seguirei passo a passo.
** Dica: Use a regrinha “Vou A volto DA, crase HÁ; vou A volto
DE, crase PRA QUÊ?” Exemplo: Vou a Campinas. = Volto de Campi- Casos em que não se admite o emprego da crase:
nas. (crase pra quê?)
Vou à praia. = Volto da praia. (crase há!) * Antes de vocábulos masculinos.
As produções escritas a lápis não serão corrigidas.
ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especificado, ocor- Esta caneta pertence a Pedro.
rerá crase. Veja:
Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. = mesmo que, pela * Antes de verbos no infinitivo.
regrinha acima, seja a do “VOLTO DE” Ele estava a cantar.
Irei à Salvador de Jorge Amado. Começou a chover.

* A letra “a” dos pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s) * Antes de numeral.


e aquilo receberão o acento grave se o termo regente exigir comple- O número de aprovados chegou a cem.
mento regido da preposição “a”. Faremos uma visita a dez países.
Entregamos a encomenda àquela menina.
(preposição + pronome demonstrativo) Observação:
- Nos casos em que o numeral indicar horas – funcionando
Iremos àquela reunião. como uma locução adverbial feminina – ocorrerá crase: Os passa-
(preposição + pronome demonstrativo) geiros partirão às dezenove horas.

Sua história é semelhante às que eu ouvia quando criança. - Diante de numerais ordinais femininos a crase está confirma-
(àquelas que eu ouvia quando criança) da, visto que estes não podem ser empregados sem o artigo: As
(preposição + pronome demonstrativo) saudações foram direcionadas à primeira aluna da classe.
* A letra “a” que acompanha locuções femininas (adverbiais,
prepositivas e conjuntivas) recebe o acento grave: - Não ocorrerá crase antes da palavra casa, quando essa não se
- locuções adverbiais: às vezes, à tarde, à noite, às pressas, à apresentar determinada: Chegamos todos exaustos a casa.
vontade... Entretanto, se vier acompanhada de um adjunto adnominal, a
- locuções prepositivas: à frente, à espera de, à procura de... crase estará confirmada: Chegamos todos exaustos à casa de Mar-
- locuções conjuntivas: à proporção que, à medida que. cela.

* Cuidado: quando as expressões acima não exercerem a fun- - não há crase antes da palavra “terra”, quando essa indicar
ção de locuções não ocorrerá crase. Repare: chão firme: Quando os navegantes regressaram a terra, já era noi-
Eu adoro a noite! te.
Adoro o quê? Adoro quem? O verbo “adoro” requer objeto di- Contudo, se o termo estiver precedido por um determinante
reto, no caso, a noite. Aqui, o “a” é artigo, não preposição. ou referir-se ao planeta Terra, ocorrerá crase.
Paulo viajou rumo à sua terra natal.
Casos passíveis de nota: O astronauta voltou à Terra.
*a crase é facultativa diante de nomes próprios femininos: En-
treguei o caderno a (à) Eliza. - não ocorre crase antes de pronomes que requerem o uso do
*também é facultativa diante de pronomes possessivos femini- artigo.
nos: O diretor fez referência a (à) sua empresa. Os livros foram entregues a mim.
*facultativa em locução prepositiva “até a”: A loja ficará aberta Dei a ela a merecida recompensa.
até as (às) dezoito horas.

10
LÍNGUA PORTUGUESA
Observação: Pelo fato de os pronomes de tratamento relativos 2-) A ministra de Direitos Humanos instituiu grupo de trabalho
à senhora, senhorita e madame admitirem artigo, o uso da crase para proceder a medidas (palavra no plural, generalizando) neces-
está confirmado no “a” que os antecede, no caso de o termo regen- sárias à (regência nominal pede preposição) exumação dos restos
te exigir a preposição. mortais do ex-presidente João Goulart, sepultado em São Borja
Todos os méritos foram conferidos à senhorita Patrícia. (RS), em 1976. Com a exumação de Jango, o governo visa esclarecer
se o ex-presidente morreu de causas naturais, ou seja, devido a uma
*não ocorre crase antes de nome feminino utilizado em senti- (artigo indefinido) parada cardíaca – que tem sido a versão conside-
do genérico ou indeterminado: rada oficial até hoje –, ou se sua morte se deve a (regência verbal)
Estamos sujeitos a críticas. envenenamento. A / à / a / a
Refiro-me a conversas paralelas. RESPOSTA: “A”.

Fontes de pesquisa: 3-) (SABESP/SP – ADVOGADO – FCC/2014)


http://www.portugues.com.br/gramatica/o-uso-crase-.html Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores fizeram uma
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª escavação arqueológica nas ruínas da antiga cidade de Tikal, na
ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. Guatemala.
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Cereja, The- O a empregado na frase acima, imediatamente depois de che-
reza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010. gar, deverá receber o sinal indicativo de crase caso o segmento gri-
fado seja substituído por:
QUESTÕES
(A) Uma tal ilação.
1-) (POLÍCIA CIVIL/SC – AGENTE DE POLÍCIA – ACAFE/2014) As- (B) Afirmações como essa.
sinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase (C) Comprovação dessa assertiva.
a seguir. (D) Emitir uma opinião desse tipo.
Quando________ três meses disse-me que iria _________ Gré- (E) Semelhante resultado.
cia para visitar ___ sua tia, vi-me na obrigação de ajudá-la _______
resgatar as milhas _________ quais tinha direito. 3-) (A) Uma tal ilação – chegar a uma (não há acento grave
antes de artigo)
A-) a - há - à - à - às (B) Afirmações como essa – chegar a afirmações (antes de pala-
B-) há - à - a - a – às vra no plural e o “a” no singular)
C-) há - a - há - à - as (C) Comprovação dessa assertiva – chegar à comprovação
D-) a - à - a - à - às (D) Emitir uma opinião desse tipo – chegar a emitir (verbo no
E-) a - a - à - há – as infinitivo)
(E) Semelhante resultado – chegar a semelhante (palavra mas-
1-) Quando HÁ (sentido de tempo) três meses disse-me que iria culina)
À (“vou a, volto da, crase há!”) Grécia para visitar A (artigo) sua tia, RESPOSTA: “C”.
vi-me na obrigação de ajudá-la A (ajudar “ela” a fazer algo) resgatar
as milhas ÀS quais tinha direito (tinha direito a quê? às milhas – re-
gência nominal). Teremos: há, à, a, a, às. FLEXÃO EM GÊNERO E NÚMERO DOS SUBSTANTIVOS
RESPOSTA: “B”. E ADJETIVOS. EMPREGO DE CONECTIVOS, PRONOMES
E NUMERAIS E ADVÉRBIOS. CONJUGAÇÃO E EMPRE-
2-) (EMPLASA/SP – ANALISTA JURÍDICO – DIREITO – VU- GO DE VERBOS.
NESP/2014)
A ministra de Direitos Humanos instituiu grupo de trabalho Classe Gramaticais
para proceder _____ medidas necessárias _____ exumação dos res-
tos mortais do ex-presidente João Goulart, sepultado em São Borja As palavras costumam ser divididas em classes, segundo suas
(RS), em 1976. Com a exumação de Jango, o governo visa esclarecer funções e formas. Palavras que se apresentam sempre com a mes-
se o ex-presidente morreu de causas naturais, ou seja, devido ____ ma forma chamam-se invariáveis; são variáveis, obviamente, as
uma parada cardíaca – que tem sido a versão considerada oficial até que apresentam flexão ou variação de forma.
hoje –, ou se sua morte se deve ______ envenenamento.
(http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,governo- Artigo
-cria-grupo-exumar--restos-mortais-de- jango,1094178,0.htm 07.
11.2013. Adaptado) É a palavra que antecede os substantivos, de forma determina-
da (o, a, os, as) ou indeterminada (um, uma, uns, umas).
Segundo a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas da
frase devem ser completadas, correta e respectivamente, por Classificação

(A) a ... à ... a ... a Definidos: Determinam o substantivo de modo particular.


(B) as ... à ... a ... à
(C) às ... a ... à ... a Exemplo
(D) à ... à ... à ... a Liguei para o advogado.
(E) a ... a ... a ... à
Indefinidos: Determinam o substantivo de modo geral.

11
LÍNGUA PORTUGUESA
Exemplo Adjetivo
Liguei para um advogado.
Palavra que modifica um substantivo, dando-lhe uma qualida-
Substantivo de.

É a palavra que nomeia o que existe, seja ele animado ou inani- Exemplo:
mado, real ou imaginário, concreto ou abstrato. Cadeira confortável

Classificação Locução adjetiva

Concreto Expressão formada de preposição mais substantivo com valor e


Dá nome ao ser de natureza independente, real ou imaginário. emprego de adjetivo. A preposição faz com que um substantivo se
junte a outro para qualificá-lo:
Abstrato menina (substantivo)de sorte (substantivo)
Nomeia ação, estado, qualidade, sensação ou sentimento e to- Menina de sorte= sortuda (qualifica o substantivo)
dos os seres que não tem existência independente de outros.
Flexão do adjetivo - gênero
Comum
Dá nome ao ser genericamente, como pertencente a uma de- Uniformes: Uma forma única para ambos os gêneros.
terminada classe.
Exemplos
Exemplos O livro comum – a receita comum
cavalo, menino, rio, cidade.
Biformes: Duas formas, para o masculino e outra para o femi-
Próprio nino.
Dá nome ao ser particularmente, dentro de uma espécie.
Exemplos
Exemplos homem mau – mulher má
Pedro, Terra, Pacífico, Belo Horizonte.
Flexão do adjetivo - número
Primitivo
É o que deriva uma série de palavras de mesma família etimo- Adjetivos simples: plural seguindo as mesmas regras dos subs-
lógica; não se origina de nenhum tantivos simples.
outro nome.
Exemplos
Exemplos menino gentil – meninos gentis
pedra, pobre.
Adjetivos compostos: plural com a flexão do último elemento.
Derivado Exemplo
Origina-se de um primitivo. líquido doce-amargo – líquidos doce-amargos

Exemplos Observações
pedrada, pobreza. Havendo a ideia de cor no adjetivo composto, far-se-á o plural
mediante a análise morfológica dos elementos do composto:
Simples
Apresenta apenas um radical. - se o último elemento do adjetivo composto for adjetivo, ha-
verá apenas a flexão desse último elemento.
Exemplos
pedra, tempo, roupa. Exemplo
tecido verde-claro – tecidos verde-claros
Composto
Apresenta mais de um radical. - se o último elemento do adjetivo composto for substantivo, o
adjetivo fica invariável.
Exemplos
pedra-sabão, guarda-chuva. Exemplo
terno amarelo-canário – ternos amarelo-canário
Coletivo
Embora no singular, expressa pluralidade. Exceção
– azul-marinho (invariável):
Exemplos carro azul-marinho – carros azul-marinho
enxame, cardume, frota

12
LÍNGUA PORTUGUESA
Flexão do adjetivo -grau

Há dois graus: comparativo (indica se o ser é superior, inferior ou igual na qualificação) superlativo (uma qualidade é levada ao seu
mais alto grau de intensidade).

Comparativo de superioridade Superlativo absoluto


Adjetivo
Analítico Sintético Analítico Sintético
Bom mais bom melhor muito bom ótimo
Mau mais mau pior muito mau péssimo
Grande mais grande maior muito grande máximo
Pequeno mais pequeno menor muito pequeno mínimo
Alto mais alto superior muito alto supremo
Baixo mais baixo inferior muito baixo ínfimo

Numeral

Palavra que exprime quantidade, ordem, fração e multiplicação, em relação ao substantivo.

Classificação

Numeral cardinal: indica quantidade.

Exemplos
duas casas
dez anos

Numeral ordinal: indica ordem.

Exemplos
segunda rua
quadragésimo lugar

Numeral fracionário: indica fração.

Exemplos

um quinto da população
dois terços de água

Numeral multiplicativo: indica multiplicação.

Exemplos
o dobro da bebida
o triplo da dose

Cardinal Ordinal Cardinal Ordinal


Um Primeiro Vinte Vigésimo
Dois Segundo Trinta Trigésimo
Três Terceiro Cinquenta Quinquagésimo
Quatro Quarto Sessenta Sexagésimo
Cinco Quinto Oitenta Octogésimo
Seis Sexto Cem Centésimo
Sete Sétimo Quinhentos Quingentésimo
Oito Oitavo Setecentos Setingentésimo
Nove Nono Novecentos Noningentésimo
Dez Décimo Mil Milésimo

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LÍNGUA PORTUGUESA
Pronome

Palavra que designa os seres ou a eles se refere, indicando-os apenas como pessoas do discurso, isto é:
– 1ª pessoa, o emissor da mensagem (eu, nós);
– 2ª pessoa, o receptor da mensagem (tu, você, vós, vocês);
– 3ª pessoa, o referente da mensagem, (ele, eles, ela, elas).

O pronome pode acompanhar um substantivo, ou substitui-lo.

Pessoais

Pronomes Pessoais
Pronomes do caso reto Pronomes do caso oblíquo
(função de sujeito) (função de complemento)
átonos (sem preposição) tônicos (com preposição)
eu me mim, comigo
singular tu te ti, contigo
ele/ela o, a, lhe, se si, ele, ela, consigo
nós nos nós, conosco
plural vós vos vós, convosco
eles/elas os, as, lhes, se si, eles, elas, consigo

Tratamento (trato familiar, cortes, cerimonioso)


Você – tratamento familiar
O Senhor, a Senhora – tratamento cerimonioso
Vossa Alteza (V. A.) – príncipes, duques
Vossa Eminência (V. Ema.) – cardeais
Vossa Excelência (V. Exa.) – altas autoridades
Vossa Magnificência – reitores de universidades
Vossa Majestade (V. M.) – reis
Vossa Majestade Imperial (V. M. I.) – imperadores
Vossa Santidade (V. S.) – papas
Vossa Senhoria (V. Sa.) – tratamento geral cerimonioso
Vossa Reverendíssima (V. Revma.) – sacerdotes
Vossa Excelência Reverendíssima – bispos e arcebispos

Esses pronomes, embora usados no tratamento com o interlocutor (2ª pessoa), levam o verbo para a 3ª pessoa.
Quando se referem a 3ª pessoa, apresentam-se com a forma: Sua Senhoria (S. Sa.), Sua Excelência (S. Exa.), Sua Santidade (S. S.) etc.

Possessivos

Exprimem posse:

1.ªpessoa: meu(s), minha(s)


Singular 2.ªpessoa: teu(s), tua(s)
3.ª pessoa: seu(s), sua(s)
1.ªpessoa: nosso(s),nossa(s)
Plural 2.ªpessoa: vosso(s),vossa(s)
3.ª pessoa: seu(s), sua(s)

Observação: Dele, dela, deles, delas são considerados possessivos também.

Demonstrativos

Indicam posição:
1.ª pessoa: este(s), esta(s), isto, estoutro(a)(s).
2.ª pessoa: esse(s), essa(s), isso, essoutro(a)(s).
3.ª pessoa: aquele(s), aquela(s), aquilo, aqueloutro(a)(s).

Também são considerados demonstrativos os pronomes:


- o, a, os, as
- mesmo(s), mesma(s)

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LÍNGUA PORTUGUESA
- próprio(s), própria(s) Passado
- tal, tais
- semelhante(s) Usamos o Passado em referência aos fatos que se passam
antes do momento em que falamos. São eles:
Relativos Perfeito (eu trabalhei), que indica uma ação concluída.
Imperfeito (eu trabalhava), se trata de uma ação anterior
Os pronomes relativos ligam orações, retomam uma palavra já ao momento em que se fala, mas que tem uma certa duração no
expressa antes e exercem função sintática na oração que eles intro- passado.
duzem. Mais-que-perfeito simples e composto, (eu trabalhara ou
São relativos os pronomes que, o qual (e suas variações), tinha trabalhado) que denota uma ação concluída antes de outra
quem, cujo (e suas variações), onde (advérbio relativo com o senti- que já era passada, passado anterior a outro.
do de em que), quanto.
Futuro
Indefinidos
Futuro do presente (eu trabalharei), refere-se ao momento
Vagamente, referem-se a 3ª pessoa: que falamos.
todo(s), toda(s), tudo Futuro do pretérito (eu trabalharia) refere-se a um momento
algum(ns), alguma(s), alguém, algo do passado.
nenhum(ns), nenhuma(s), ninguém, nada
outro(s), outra(s), outrem Modos verbais
muito(s), muita(s), muito
pouco(s), pouca(s), pouco Indicativo: Exprime o que realmente aconteceu.
mais, menos, bastante(s) Exemplo
certo(s), certa(s) Eu estudei bastante.
cada, qualquer, quaisquer
tanto(s), tanta(s) Subjuntivo: Exprime algo possível, provável.
os demais, as demais Exemplos
vários, várias Se eu estudasse bastante.
um, uma, uns, umas, que, quem
Imperativo: Exprime ordem, pedido, instrução.
Verbo Exemplo
Estude bastante.
Conjugação
São três: Formas nominais
1ª conjugação: AR (cantar)
2ª conjugação: ER (comer) As três formas (gerúndio, particípio e infinitivo), além de seu
3ª conjugação: IR (dormir) valor verbal, podem desempenhar função de substantivo.

Observação: O verbo pôr (bem como seus derivados: compor, Exemplos


depor etc.) é considerado verbo da 2.ª conjugação, pois, no portu- O andar do menino trazia alegria aos pais. (infinitivo com valor
guês arcaico, era poer. de substantivo).
Mulher sabida (particípio com valor de adjetivo, qualificando o
Número e pessoas substantivo mulher.
Recebemos uma proposta contendo o valor. (gerúndio com va-
Eu lor de adjetivo).
As formas têm duplo estado: são verbos (indicam processos:
Singular tu andar, saber, conter; tem voz ativa ou passiva), mas ao mesmo tem-
ele / ela / você po tem características e comportamentos dos nomes (flexão de gê-
nós nero e número).
Plural vós
Advérbio
eles / elas / vocês
O advérbio é uma palavra invariável que modifica o verbo, ad-
Tempos verbais
jetivo, outro advérbio ou toda uma oração.
Presente
Exemplos
Ele fala bem. (verbo)
O Presente pode indicar referência a fatos que se passam no
Ele fala muito bem. (advérbio)
momento em que falamos, uma verdade geral, sendo comum em
Ele é muito inteligente. (adjetivo)
expressões proverbiais, pode também indicar um hábito. É comum,
Realmente ele viajou. (oração)
empregarmos o presente ao invés do futuro para indicar a realiza-
ção próxima de uma ação.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Locução adverbial Classificação

O advérbio também pode ser formado por mais de um vocábu- Essenciais: guardam, o valor de preposição. São seguidas de
lo (normalmente expressa por preposição + substantivo), com valor pronome obliquo: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em,
e emprego de advérbio. entre, para, perante, por, sem, sob, sobre.
Acidentais: palavras essencialmente de outras classes gramati-
Exemplos cais que, acidentalmente, funcionam como preposição: como, con-
às pressas, por prazer, sem dúvida, de graça, com carinho etc. forme, durante, exceto, feito, mediante, segundo, etc.
Combinação e contração
Classificação As preposições a, de, per, em podem juntar-se com outras pa-
lavras. Então, teremos:
Tempo:hoje, amanhã, depois, já, ontem, sempre, nunca, ja-
mais, antes, cedo, tarde, etc. Combinação: sem alteração fônica.
Lugar: acima, além, aquém, atrás, dentro, perto, etc. Exemplos
Intensidade: muito, pouco, bastante, mais, menos, tão, meio, ao (a + o), aonde (a + onde)
completamente, demais etc.
Modo: bem, mal, assim, depressa, como, melhor, pior, calma- Contração: com alteração fônica.
mente, apressadamente, etc. Exemplos
Afirmação: sim, certamente, deveras, realmente, efetivamente à (a + a), àquele (a + aquele), do (de + o), donde (de + onde),
etc. no (em + o), naquele (em + aquele), pelo (per + o), coa (com + a).
Negação: não.
Dúvida: talvez, quiçá, provavelmente etc. Interjeição
Interrogativo: onde (aonde, donde), quando, como, por que
(nas interrogativas diretas e indiretas). Palavra que exprime nossos estados emotivos.

Graus do advérbio Exemplos


Alguns advérbios de modo, tempo, lugar e intensidade podem, ah! (admiração)
algumas vezes, assim como os adjetivos e substantivos, sofrer a fle- viva! (exaltação)
xão gradual. ufa! eh! (alivio)
coragem! (animação)
Comparativo: bravo! (aplauso)
De igualdade: O homem falava tão alto quanto o irmão. ai! (dor)
De superioridade: O homem falava mais alto (do) que o irmão. bis! (repetição)
De inferioridade: O homem falava menos alto (do) que o ir- psiu! (silencio)
mão. cuidado! atenção! (advertência)
vai! (desapontamento)
Superlativo: oxalá! tomara! (desejo)
Absoluto analítico: O homem falava muito alto. perdão! (desculpa)
Absoluto sintético: O homem falava altíssimo. adeus! (saudação)
arre! (desagrado, alivio)
Preposição claro! pudera! ótimo! (assentimento)
Locuções interjetivas
Serve de conectivo de subordinação entre palavras e orações.
Vem antes da palavra por ela subordinada a outra. Expressões formadas por mais de um vocábulo, com valor e
emprego de interjeição.
Exemplos
O carro de Ana é novo. (A preposição de subordina o substan- Exemplos
tivo Ana ao substantivo carro; carro é Ora bolas!
subordinante e Ana, palavra subordinada.) Valha-me Deus!
Raios te partam!
O antecedente da preposição pode ser: Nossa Senhora!
- Substantivo: relógio de ouro;
- Adjetivo: contente com a sorte; Conjunção
- Pronome: quem de nós?;
- Verbo: gosto de você. Conectivo de coordenação entre palavras e orações e o conec-
tivo de subordinação entre orações.
Locução prepositiva As locuções com valor e emprego de conjunção (para que, a
fim de que, à proporção que, logo que, depois que) são chamadas
Geralmente formada de advérbio + preposição, com valor e de locuções conjuntivas.
emprego de preposição: acima de, atrás de, através de, antes de,
depois de, de acordo com,devido a, para com, a fim de, etc. Classificação

Exemplo Conjunções coordenativas: Ligam termos oracionais ou ora-


O senhor ficou atrás de mim. ções de igual valor ou função no período.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Aditivas (adição): e, nem, e as correlações entre não só, não Pronomes demonstrativos: Aquilo lhe desagrada.
somente, não apenas, mas também, mas ainda, senão etc. Orações interrogativas: Quem lhe disse tal coisa?
Adversativas (posição contrária): mas, porém, contudo, toda- Orações optativas (que exprimem desejo), com sujeito
via, entretanto, no entanto, não obstante etc. anteposto ao verbo: Deus lhe pague, Senhor!
Alternativas (alternância): ou… ou, ora… ora, quer… quer, já… Orações exclamativas: Quanta honra nos dá sua visita!
já etc. Orações substantivas, adjetivas e adverbiais, desde que não
Conclusivas (conclusão): logo, portanto, por conseguinte, pois sejam reduzidas: Percebia que o observavam.
(posposto ao verbo). Verbo no gerúndio, regido de preposição em: Em se plantando,
Explicativas (explicação): que, porque, por quanto, pois (ante- tudo dá.
posto ao verbo). Verbo no infinitivo pessoal precedido de preposição: Seus
intentos são para nos prejudicarem.
Conjunções subordinativas: Ligam uma oração principal a uma
oração subordinada com o verbo flexionado. Ênclise

Classificação Na ênclise, o pronome é colocado depois do verbo.

Integrantes (iniciam oração subordinada substantiva): que, se, Verbo no início da oração, desde que não esteja no futuro do
como (= que). indicativo: Trago-te flores.
Temporais (tempo): quando, enquanto, logo que, mal, apenas, Verbo no imperativo afirmativo: Amigos, digam-me a verdade!
sempre que, assim que, desde que, antes que etc. Verbo no gerúndio, desde que não esteja precedido pela
Finais (finalidade): para que, a fim de que, que (= para que), preposição em: Saí, deixando-a aflita.
porque (= para que). Verbo no infinitivo impessoal regido da preposição a. Com
Proporcionais (proporcionalidade): à proporção que, à medida outras preposições é facultativo o emprego de ênclise ou próclise:
que, quanto mais ... mais, quanto menos ... menos. Apressei-me a convidá-los.
Causais (causa): porque, como, porquanto, visto que, já que,
uma vez que etc. Mesóclise
Condicionais (condição): se, caso, contanto que, desde que, sal-
vo se, sem que (= se não) etc. Na mesóclise, o pronome é colocado no meio do verbo.
Comparativas (comparação): como, que, do que, quanto, que
nem etc. É obrigatória somente com verbos no futuro do presente ou no
Conformativas (conformidade): como, conforme, segundo, con- futuro do pretérito que iniciam a oração.
soante etc. Dir-lhe-ei toda a verdade.
Consecutivas (consequência): que (precedido dos termos in- Far-me-ias um favor?
tensivos: tal, tão, tanto, de tal forma etc.), de forma que etc.
Concessivas (concessão): embora, conquanto, ainda que, mes- Se o verbo no futuro vier precedido de pronome reto ou de
mo que, posto que, por mais que, se bem que etc. qualquer outro fator de atração, ocorrerá a próclise.
Eu lhe direi toda a verdade.
Tu me farias um favor?
COLOCAÇÃO PRONOMINAL.
Colocação do pronome átono nas locuções verbais
A colocação do pronome átono está relacionada à harmonia
da frase. A tendência do português falado no Brasil é o uso do Verbo principal no infinitivo ou gerúndio: Se a locução verbal
pronome antes do verbo – próclise. No entanto, há casos em que a não vier precedida de um fator de próclise, o pronome átono deverá
norma culta prescreve o emprego do pronome no meio – mesóclise ficar depois do auxiliar ou depois do verbo principal.
– ou após o verbo – ênclise. Exemplos:
De acordo com a norma culta, no português escrito não se Devo-lhe dizer a verdade.
inicia um período com pronome oblíquo átono. Assim, se na Devo dizer-lhe a verdade.
linguagem falada diz-se “Me encontrei com ele”, já na linguagem
escrita, formal, usa-se “Encontrei-me’’ com ele. Havendo fator de próclise, o pronome átono deverá ficar antes
Sendo a próclise a tendência, é aconselhável que se fixem do auxiliar ou depois do principal.
bem as poucas regras de mesóclise e ênclise. Assim, sempre que Exemplos:
estas não forem obrigatórias, deve-se usar a próclise, a menos que Não lhe devo dizer a verdade.
prejudique a eufonia da frase. Não devo dizer-lhe a verdade.

Próclise Verbo principal no particípio: Se não houver fator de próclise,


o pronome átono ficará depois do auxiliar.
Na próclise, o pronome é colocado antes do verbo. Exemplo: Havia-lhe dito a verdade.

Palavra de sentido negativo: Não me falou a verdade. Se houver fator de próclise, o pronome átono ficará antes do
Advérbios sem pausa em relação ao verbo: Aqui te espero auxiliar.
pacientemente. Exemplo: Não lhe havia dito a verdade.
Havendo pausa indicada por vírgula, recomenda-se a ênclise:
Ontem, encontrei-o no ponto do ônibus. Haver de e ter de + infinitivo: Pronome átono deve ficar depois
Pronomes indefinidos: Ninguém o chamou aqui. do infinitivo.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Exemplos: C) Não se concebe que possa haver um especialista em cada
Hei de dizer-lhe a verdade. sala de aula. (concebe-se)
Tenho de dizer-lhe a verdade. D) Aí, ao menos um profissional preparado se encarrega de re-
ceber o aluno... (encarrega-se)
Observação E) ... que não se confunde com incapacidade, como felizmente
Não se deve omitir o hífen nas seguintes construções: já vamos aprendendo. (confunde-se)
Devo-lhe dizer tudo.
Estava-lhe dizendo tudo. 02. (Prefeitura de Caranaíba - MG - Agente Comunitário de
Havia-lhe dito tudo. Saúde - FCM - 2019)

QUESTÕES Dieta salvadora


A ciência descobre um micróbio adepto de um
01. (Prefeitura de Piracicaba - SP - Professor - Educação Infantil alimento abundante: o lixo plástico no mar.
- VUNESP - 2020)
O ser humano revelou-se capaz de dividir o átomo, derrotar o
Escola inclusiva câncer e produzir um “Dom Quixote”. Só não consegue dar um des-
tino razoável ao lixo que produz. E não se contenta em brindar os
É alvissareira a constatação de que 86% dos brasileiros concor- mares, rios e lagoas com seus próprios dejetos. Intoxica-os também
dam que há melhora nas escolas quando se incluem alunos com com garrafas plásticas, pneus, computadores, sofás e até carcaças
deficiência. de automóveis. Tudo que perde o uso é atirado num curso d’água,
Uma década atrás, quando o país aderiu à Convenção sobre subterrâneo ou a céu aberto, que se encaminha inevitavelmente
os Direitos das Pessoas com Deficiência e assumiu o dever de uma para o mar. O resultado está nas ilhas de lixo que se formam, da
educação inclusiva, era comum ouvir previsões negativas para tal Guanabara ao Pacífico.
perspectiva generosa. Apesar das dificuldades óbvias, ela se tornou De repente, uma boa notícia. Cientistas da Grécia, Suíça, Itália,
lei em 2015 e criou raízes no tecido social. China e dos Emirados Árabes descobriram em duas ilhas gregas um
A rede pública carece de profissionais satisfatoriamente qualifi- micróbio marinho que se alimenta do carbono contido no plástico
cados até para o mais básico, como o ensino de ciências; o que dizer jogado ao mar. Parece que, depois de algum tempo ao sol e atacado
então de alunos com gama tão variada de dificuldades. pelo sal, o plástico, seja mole, como o das sacolas, ou duro, como o
Os empecilhos vão desde o acesso físico à escola, como o en- das embalagens, fica quebradiço – no ponto para que os micróbios,
frentado por cadeirantes, a problemas de aprendizado criados por de guardanapo ao pescoço, o decomponham e façam a festa. Os
limitações sensoriais – surdez, por exemplo – e intelectuais. cientistas estão agora criando réplicas desses micróbios, para que
Bastaram alguns anos de convívio em sala, entretanto, para eles ajudem os micróbios nativos a devorar o lixo. Haja estômago.
minorar preconceitos. A maioria dos entrevistados (59%), hoje, dis- Em “A Guerra das Salamandras”, romance de 1936 do tcheco
corda de que crianças com deficiência devam aprender só na com- Karel Čapek (pronuncia-se tchá-pek), um explorador descobre na
panhia de colegas na mesma condição. costa de Sumatra uma raça de lagartos gigantes, hábeis em colher
Tal receptividade decerto não elimina o imperativo de contar pérolas e construir diques submarinos. Em troca das pérolas que as
com pessoal capacitado, em cada estabelecimento, para lidar com salamandras lhe entregam, ele lhes fornece facas para se defende-
necessidades específicas de cada aluno. O censo escolar indica 1,2 rem dos tubarões. O resto, você adivinhou: as salamandras se re-
milhão de alunos assim categorizados. Embora tenha triplicado o produzem, tornam-se milhões, ocupam os litorais, aprendem a falar
número de professores com alguma formação em educação espe- e inundam os continentes. São agora bilhões e tomam o mundo.
cial inclusiva, contam-se não muito mais que 100 mil deles no país. Não quero dizer que os micróbios comedores de lixo podem
Não se concebe que possa haver um especialista em cada sala de se tornar as salamandras de Čapek. É que, no livro, as salamandras
aula. aprendem a gerir o mundo melhor do que nós. Com os micróbios
As experiências mais bem-sucedidas criaram na escola uma es- no comando, nossos mares, pelo menos, estarão a salvo.
trutura para o atendimento inclusivo, as salas de recursos. Aí, ao Ruy Castro, jornalista, biógrafo e escritor brasileiro. Folha de S.
menos um profissional preparado se encarrega de receber o aluno Paulo. Caderno Opinião, p. A2, 20 mai. 2019.
e sua família para definir atividades e de auxiliar os docentes do
período regular nas técnicas pedagógicas. Os pronomes pessoais oblíquos átonos, em relação ao verbo,
Não faltam casos exemplares na rede oficial de ensino. Compe- possuem três posições: próclise (antes do verbo), mesóclise (no
te ao Estado disseminar essas iniciativas exitosas por seus estabele- meio do verbo) e ênclise (depois do verbo).
cimentos. Assim se combate a tendência ainda existente a segregar Avalie as afirmações sobre o emprego dos pronomes oblíquos
em salas especiais os estudantes com deficiência – que não se con- nos trechos a seguir.
funde com incapacidade, como felizmente já vamos aprendendo. I – A próclise se justifica pela presença da palavra negativa: “E
(Editorial. Folha de S.Paulo, 16.10.2019. Adaptado) não se contenta em brindar os mares, rios e lagoas com seus pró-
prios dejetos.”
Assinale a alternativa em que, com a mudança da posição do II – A ênclise ocorre por se tratar de oração iniciada por verbo:
pronome em relação ao verbo, conforme indicado nos parênteses, “Intoxica-os também com garrafas plásticas, pneus, computadores,
a redação permanece em conformidade com a norma-padrão de sofás e até carcaças de automóveis.”
colocação dos pronomes. III – A próclise é sempre empregada quando há locução verbal:
“Não quero dizer que os micróbios comedores de lixo podem se
A) ... há melhora nas escolas quando se incluem alunos com tornar as salamandras de Čapek.”
deficiência. (incluem-se) IV – O sujeito expresso exige o emprego da ênclise: “O ser hu-
B) ... em educação especial inclusiva, contam-se não muito mano revelou-se capaz de dividir o átomo, derrotar o câncer e pro-
mais que 100 mil deles no país. (se contam) duzir um ‘Dom Quixote’”.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Está correto apenas o que se afirma em 04. (Prefeitura de Cabo de Santo Agostinho - PE - Técnico em
Saneamento - IBFC - 2019)
A) I e II.
B) I e III. Vou-me embora pra Pasárgada,
C) II e IV. lá sou amigo do Rei”.
D) III e IV. (M.Bandeira)

03. (Prefeitura de Birigui - SP - Educador de Creche - VUNESP Quanto à regra de colocação pronominal utilizada, assinale a
- 2019) alternativa correta.

Certo discurso ambientalista tradicional recorrentemente bus- A) Ênclise: em orações iniciadas com verbos no presente ou
ca indícios de que o problema ambiental seja universal (e de fato pretérito afirmativo, o pronome oblíquo deve ser usado posposto
é), atemporal (nem tanto) e generalizado (o que é desejável). Algu- ao verbo.
ma ingenuidade conceitual poderia marcar o ambientalismo apo- B) Próclise: em orações iniciadas com verbos no presente ou
logético; haveria dilemas ambientais em todos os lugares, tempos, pretérito afirmativo, o pronome oblíquo deve ser usado posposto
culturas. É a bambificação(*) da natureza. Necessária, no entanto, ao verbo.
como condição de sobrevivência. Há quem tenha encontrado nor- C) Mesóclise: em orações iniciadas com verbos no presente ou
mas ambientais na Bíblia, no Direito grego, e até no Direito romano. pretérito afirmativo, o pronome oblíquo deve ser usado posposto
São Francisco de Assis, nessa linha, prosaica, seria o santo padroeiro ao verbo.
das causas ambientais; falava com plantas e animais. D) Próclise: em orações iniciadas com verbos no imperativo
A proteção do meio ambiente seria, nesse contexto, instintiva, afirmativo, o pronome oblíquo deve ser usado posposto ao verbo.
predeterminando objeto e objetivo. Por outro lado, e este é o meu
argumento, quando muito, e agora utilizo uma categoria freudiana, 05. (Prefeitura de Peruíbe - SP - Inspetor de Alunos - VUNESP
a pretensão de proteção ambiental seria pulsional, dado que resiste - 2019)
a uma pressão contínua, variável na intensidade. Assim, numa di-
mensão qualitativa, e não quantitativa, é que se deveria enfrentar Pelo fim das fronteiras
a questão, que também é cultural. E que culturalmente pode ser
abordada. Imigração é um fenômeno estranho. Do ponto de vista pura-
O problema, no entanto, é substancialmente econômico. O mente racional, ela é a solução para vários problemas globais. Mas,
dilema ambiental só se revela como tal quando o meio ambiente como o mundo é um lugar menos racional do que deveria, pessoas
passa a ser limite para o avanço da atividade econômica. É nesse que buscam refúgio em outros países costumam ser recebidas com
sentido que a chamada internalização da externalidade negativa desconfiança quando não com violência, o que diminui o valor da
exige justificativa para uma atuação contra-fática. imigração como remédio multiuso.
Uma nuvem de problematização supostamente filosófica tam- No plano econômico, a plena mobilidade da mão de obra se-
bém rondaria a discussão. Antropocêntricos acreditam que a prote- ria muito bem-vinda. Segundo algumas estimativas, ela faria o PIB
ção ambiental seria narcisística, centrada e referenciada no próprio mundial aumentar em até 50%. Mesmo que esses cálculos estejam
homem. Os geocêntricos piamente entendem que a natureza deva inflados, só uma fração de 10% já significaria um incremento da or-
ser protegida por próprios e intrínsecos fundamentos e característi- dem de US$ 10 trilhões (uns cinco Brasis).
cas. Posições se radicalizam. Uma das principais razões para o mundo ser mais pobre do
A linha de argumento do ambientalista ingênuo lembra-nos o que poderia é que enormes contingentes de humanos vivem sob
“salto do tigre” enunciado pelo filósofo da cultura Walter Benjamin, sistemas que os impedem de ser produtivos. Um estudo de 2016
em uma de suas teses sobre a filosofia da história. Qual um tigre de Clemens, Montenegro e Pritchett estimou que só tirar um tra-
mergulhamos no passado, e apenas apreendemos o que interessa balhador macho sem qualificação de seu país pobre de origem e
para nossa argumentação. É o que se faz, a todo tempo. transportá-lo para os EUA elevaria sua renda anual em US$ 14 mil.
(Arnaldo Sampaio de Moraes Godoy. Disponível em: https:// A imigração se torna ainda mais tentadora quando se considera
www.conjur.com.br/2011. Acesso em: 10.08.2019. Adaptado) que é a resposta perfeita para países desenvolvidos que enfrentam
o problema do envelhecimento populacional.
(*) Referência ao personagem Bambi, filhote de cervo conhe- Não obstante tantas virtudes, imigrantes podem ser maltrata-
cido como “Príncipe da Floresta”, em sua saga pela sobrevivência dos e até perseguidos quando cruzam a fronteira, especialmente
na natureza. se vêm em grandes números. Isso está acontecendo até no Brasil,
que não tinha histórico de xenofobia. Desconfio de que estão em
Assinale a alternativa que reescreve os trechos destacados em- operação aqui vieses da Idade da Pedra, tempo em que membros
pregando pronomes, de acordo com a norma-padrão de regência e de outras tribos eram muito mais uma ameaça do que uma solução.
colocação. De todo modo, caberia às autoridades incentivar a imigração,
Uma nuvem de problematização supostamente filosófica tam- tomando cuidado para evitar que a chegada dos estrangeiros dê
bém rondaria a discussão. / Alguma ingenuidade conceitual poderia pretexto para cenas de barbárie. Isso exigiria recebê-los com inte-
marcar o ambientalismo apologético. ligência, minimizando choques culturais e distribuindo as famílias
por regiões e cidades em que podem ser mais úteis. É tudo o que
A) ... lhe rondaria ... o poderia marcar não estamos fazendo.
B) ... rondá-la-ia ... poderia marcar ele (Hélio Schwartsman. Disponível em: https://www1.folha.uol.
C) ... rondaria-a ... podê-lo-ia marcar com.br/colunas/.28.08.2018. Adaptado)
D) ... rondaria-lhe ... poderia o marcar Considere as frases:
E) ... a rondaria ... poderia marcá-lo • países desenvolvidos que enfrentam o problema do envelhe-
cimento populacional. (4º parágrafo)

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LÍNGUA PORTUGUESA
• ... minimizando choques culturais e distribuindo as famílias família, talvez em um terreno que lhe pertencia no morro do aipim.
por regiões e cidades em que podem ser mais úteis. (6º parágrafo) Infelizmente, nunca concretizou este sonho, porém, nunca deixou
de zelar por tudo aquilo que lhe dizia respeito.[...]
A substituição das expressões em destaque por pronomes está Disponível em: <https://www.blumenau.sc.gov.br/secretarias/
de acordo com a norma-padrão de emprego e colocação em: fundacao-cultural/fcblu/memaoria-digital-ao-comemoraacaao-
-200-anos-dr-blumenau85>. Acesso em: 05 set. 2019. [adaptado]
A) enfrentam-no; distribuindo-lhes.
B) o enfrentam; lhes distribuindo. Sobre a colocação dos pronomes átonos nos excertos: “...talvez
C) o enfrentam; distribuindo-as. em um terreno que lhe pertencia no morro do aipim.” e “...zelar por
D) enfrentam-no; lhes distribuindo. tudo aquilo que lhe dizia respeito.”, podemos afirmar que ambas
E) lhe enfrentam; distribuindo-as. as próclises estão corretas, pois o verbo está precedido de palavras
que atraem o pronome para antes do verbo. Assinale a alternativa
06. (Prefeitura de Peruíbe - SP – Secretário de escola - VUNESP que identifica essas palavras atrativas dos excertos:
- 2019)
A) palavras de sentido negativo
Considere a frase a seguir. Como as crianças são naturalmente B) advérbios
agitadas, cabe aos adultos impor às crianças limites que garantam C) conjunções subordinativas
às crianças um desenvolvimento saudável. Para eliminar as repeti- D) pronomes demonstrativos
ções da frase, as expressões destacadas devem ser substituídas, em E) pronomes relativos
conformidade com a norma-padrão da língua, respectivamente, por
GABARITO
A) impor-nas ... lhes garantam
B) impor-lhes ... as garantam 1 D
C) impô-las ... lhes garantam
2 A
D) impô-las ... as garantam
E) impor-lhes ... lhes garantam 3 E
4 A
07. (Prefeitura de Blumenau - SC - Professor - Geografia – Ma-
tutino - FURB – 2019) 5 C
6 E
O tradicional desfile do aniversário de Blumenau, que completa 7 B
169 anos de fundação nesta segunda-feira, teve outra data especial
para comemorar: os 200 anos de nascimento do Doutor Hermann 8 E
Blumenau. __________ 15 mil pessoas que estiveram na Rua XV de
Novembro nesta manhã acompanhando o desfile, de acordo com
estimativa da Fundação Cultural, conheceram um pouco mais da CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL.
vida do fundador do município. [...] O desfile também apresentou
aspectos da colonização alemã no Vale do Itajaí. Dessa forma, as
bandeiras e moradores das 42 cidades do território original de Blu- CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL
menau, que foi fundado por Hermann, também estiveram repre-
Os concurseiros estão apreensivos.
sentadas na Rua XV de Novembro. [...]
Concurseiros apreensivos.
Disponível em: <https://www.nsctotal.com.br/noticias/desfile-
-em-blumenau-comemora-o-aniversario-da-cidade-e-os-200-anos-
No primeiro exemplo, o verbo estar encontra-se na terceira
-do-fundador>.Acesso em: 02 set. 2019.[adaptado]
pessoa do plural, concordando com o seu sujeito, os concurseiros.
No segundo exemplo, o adjetivo “apreensivos” está concordando
No mesmo excerto “Dessa forma, as bandeiras e moradores
em gênero (masculino) e número (plural) com o substantivo a que
das 42 cidades do território original de Blumenau, que foi fundado
se refere: concurseiros. Nesses dois exemplos, as flexões de pessoa,
por Hermann, também estiveram representadas na Rua XV de No-
número e gênero correspondem-se.
vembro.”, a palavra destacada pertence à classe gramatical: A correspondência de flexão entre dois termos é a concordân-
cia, que pode ser verbal ou nominal.
A) conjunção
B) pronome Concordância Verbal
C) preposição
D) advérbio É a flexão que se faz para que o verbo concorde com seu su-
E) substantivo jeito.
a) Sujeito Simples - Regra Geral
08. (Prefeitura de Blumenau - SC - Professor - Português – Ma- O sujeito, sendo simples, com ele concordará o verbo em nú-
tutino - FURB – 2019) mero e pessoa. Veja os exemplos:
A prova para ambos os cargos será aplicada às 13h.
Determinado, batalhador, estudioso, dedicado e inquieto. Mui- 3.ª p. Singular 3.ª p. Singular
tos são os adjetivos que encontramos nos livros de história para
definir Hermann Blumenau. Desde os primeiros anos da colônia, es- Os candidatos à vaga chegarão às 12h.
teve determinado a construir uma casa melhor para viver com sua 3.ª p. Plural 3.ª p. Plural

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LÍNGUA PORTUGUESA
Casos Particulares 85% dos entrevistados não aprovam a administração do pre-
feito.
1) Quando o sujeito é formado por uma expressão partitiva 1% do eleitorado aceita a mudança.
(parte de, uma porção de, o grosso de, metade de, a maioria de, a 1% dos alunos faltaram à prova.
maior parte de, grande parte de...) seguida de um substantivo ou
pronome no plural, o verbo pode ficar no singular ou no plural. Quando a expressão que indica porcentagem não é seguida de
A maioria dos jornalistas aprovou / aprovaram a ideia. substantivo, o verbo deve concordar com o número.
Metade dos candidatos não apresentou / apresentaram pro- 25% querem a mudança.
posta. 1% conhece o assunto.

Esse mesmo procedimento pode se aplicar aos casos dos cole- Se o número percentual estiver determinado por artigo ou pro-
tivos, quando especificados: Um bando de vândalos destruiu / des- nome adjetivo, a concordância far-se-á com eles:
truíram o monumento. Os 30% da produção de soja serão exportados.
Esses 2% da prova serão questionados.
Observação: nesses casos, o uso do verbo no singular enfatiza
a unidade do conjunto; já a forma plural confere destaque aos ele- 6) O pronome “que” não interfere na concordância; já o “quem”
mentos que formam esse conjunto. exige que o verbo fique na 3.ª pessoa do singular.
Fui eu que paguei a conta.
2) Quando o sujeito é formado por expressão que indica quan- Fomos nós que pintamos o muro.
tidade aproximada (cerca de, mais de, menos de, perto de...) segui- És tu que me fazes ver o sentido da vida.
da de numeral e substantivo, o verbo concorda com o substantivo. Sou eu quem faz a prova.
Cerca de mil pessoas participaram do concurso. Não serão eles quem será aprovado.
Perto de quinhentos alunos compareceram à solenidade.
Mais de um atleta estabeleceu novo recorde nas últimas Olim- 7) Com a expressão “um dos que”, o verbo deve assumir a for-
ma plural.
píadas.
Ademir da Guia foi um dos jogadores que mais encantaram os
poetas.
Observação: quando a expressão “mais de um” associar-se a
Este candidato é um dos que mais estudaram!
verbos que exprimem reciprocidade, o plural é obrigatório: Mais
de um colega se ofenderam na discussão. (ofenderam um ao outro)
Se a expressão for de sentido contrário – nenhum dos que, nem
um dos que -, não aceita o verbo no singular:
3) Quando se trata de nomes que só existem no plural, a con-
Nenhum dos que foram aprovados assumirá a vaga.
cordância deve ser feita levando-se em conta a ausência ou presen- Nem uma das que me escreveram mora aqui.
ça de artigo. Sem artigo, o verbo deve ficar no singular; com artigo
no plural, o verbo deve ficar o plural. *Quando “um dos que” vem entremeada de substantivo, o ver-
Os Estados Unidos possuem grandes universidades. bo pode:
Estados Unidos possui grandes universidades. a) ficar no singular – O Tietê é um dos rios que atravessa o Esta-
Alagoas impressiona pela beleza das praias. do de São Paulo. (já que não há outro rio que faça o mesmo).
As Minas Gerais são inesquecíveis. b) ir para o plural – O Tietê é um dos rios que estão poluídos
Minas Gerais produz queijo e poesia de primeira. (noção de que existem outros rios na mesma condição).
4) Quando o sujeito é um pronome interrogativo ou indefinido 8) Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o verbo fica
plural (quais, quantos, alguns, poucos, muitos, quaisquer, vários) na 3ª pessoa do singular ou plural.
seguido por “de nós” ou “de vós”, o verbo pode concordar com o Vossa Excelência está cansado?
primeiro pronome (na terceira pessoa do plural) ou com o pronome Vossas Excelências renunciarão?
pessoal.
Quais de nós são / somos capazes? 9) A concordância dos verbos bater, dar e soar faz-se de acordo
Alguns de vós sabiam / sabíeis do caso? com o numeral.
Vários de nós propuseram / propusemos sugestões inovadoras. Deu uma hora no relógio da sala.
Deram cinco horas no relógio da sala.
Observação: veja que a opção por uma ou outra forma indica Soam dezenove horas no relógio da praça.
a inclusão ou a exclusão do emissor. Quando alguém diz ou escreve Baterão doze horas daqui a pouco.
“Alguns de nós sabíamos de tudo e nada fizemos”, ele está se in-
cluindo no grupo dos omissos. Isso não ocorre ao dizer ou escrever Observação: caso o sujeito da oração seja a palavra relógio,
“Alguns de nós sabiam de tudo e nada fizeram”, frase que soa como sino, torre, etc., o verbo concordará com esse sujeito.
uma denúncia. O tradicional relógio da praça matriz dá nove horas.
Nos casos em que o interrogativo ou indefinido estiver no sin- Soa quinze horas o relógio da matriz.
gular, o verbo ficará no singular.
Qual de nós é capaz? 10) Verbos Impessoais: por não se referirem a nenhum sujeito,
Algum de vós fez isso. são usados sempre na 3.ª pessoa do singular. São verbos impes-
soais: Haver no sentido de existir; Fazer indicando tempo; Aqueles
5) Quando o sujeito é formado por uma expressão que indica que indicam fenômenos da natureza. Exemplos:
porcentagem seguida de substantivo, o verbo deve concordar com Havia muitas garotas na festa.
o substantivo. Faz dois meses que não vejo meu pai.
25% do orçamento do país será destinado à Educação. Chovia ontem à tarde.

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LÍNGUA PORTUGUESA
b) Sujeito Composto * Temos ideia de exclusão, por isso os verbos ficam no singular.

1) Quando o sujeito é composto e anteposto ao verbo, a con- 4) Com as expressões “um ou outro” e “nem um nem outro”, a
cordância se faz no plural: concordância costuma ser feita no singular.
Pai e filho conversavam longamente. Um ou outro compareceu à festa.
Sujeito Nem um nem outro saiu do colégio.

Pais e filhos devem conversar com frequência. Com “um e outro”, o verbo pode ficar no plural ou no singular:
Sujeito Um e outro farão/fará a prova.
2) Nos sujeitos compostos formados por pessoas gramaticais
diferentes, a concordância ocorre da seguinte maneira: a primeira 5) Quando os núcleos do sujeito são unidos por “com”, o verbo
pessoa do plural (nós) prevalece sobre a segunda pessoa (vós) que, fica no plural. Nesse caso, os núcleos recebem um mesmo grau de
por sua vez, prevalece sobre a terceira (eles). Veja: importância e a palavra “com” tem sentido muito próximo ao de
Teus irmãos, tu e eu tomaremos a decisão. “e”.
Primeira Pessoa do Plural (Nós) O pai com o filho montaram o brinquedo.
O governador com o secretariado traçaram os planos para o
Tu e teus irmãos tomareis a decisão. próximo semestre.
Segunda Pessoa do Plural (Vós) O professor com o aluno questionaram as regras.
Nesse mesmo caso, o verbo pode ficar no singular, se a ideia é
Pais e filhos precisam respeitar-se. enfatizar o primeiro elemento.
Terceira Pessoa do Plural (Eles) O pai com o filho montou o brinquedo.
O governador com o secretariado traçou os planos para o pró-
Observação: quando o sujeito é composto, formado por um ximo semestre.
elemento da segunda pessoa (tu) e um da terceira (ele), é possível O professor com o aluno questionou as regras.
empregar o verbo na terceira pessoa do plural (eles): “Tu e teus
irmãos tomarão a decisão.” – no lugar de “tomaríeis”. Observação: com o verbo no singular, não se pode falar em
sujeito composto. O sujeito é simples, uma vez que as expressões
3) No caso do sujeito composto posposto ao verbo, passa a “com o filho” e “com o secretariado” são adjuntos adverbiais de
existir uma nova possibilidade de concordância: em vez de concor- companhia. Na verdade, é como se houvesse uma inversão da or-
dar no plural com a totalidade do sujeito, o verbo pode estabelecer dem. Veja:
concordância com o núcleo do sujeito mais próximo. “O pai montou o brinquedo com o filho.”
Faltaram coragem e competência. “O governador traçou os planos para o próximo semestre com
Faltou coragem e competência. o secretariado.”
Compareceram todos os candidatos e o banca. “O professor questionou as regras com o aluno.”
Compareceu o banca e todos os candidatos.
*Casos em que se usa o verbo no singular:
4) Quando ocorre ideia de reciprocidade, a concordância é feita Café com leite é uma delícia!
no plural. Observe: O frango com quiabo foi receita da vovó.
Abraçaram-se vencedor e vencido.
Ofenderam-se o jogador e o árbitro. 6) Quando os núcleos do sujeito são unidos por expressões cor-
relativas como: “não só...mas ainda”, “não somente”..., “não ape-
Casos Particulares nas...mas também”, “tanto...quanto”, o verbo ficará no plural.
Não só a seca, mas também o pouco caso castigam o Nordeste.
1) Quando o sujeito composto é formado por núcleos sinôni- Tanto a mãe quanto o filho ficaram surpresos com a notícia.
mos ou quase sinônimos, o verbo fica no singular.
Descaso e desprezo marca seu comportamento. 7) Quando os elementos de um sujeito composto são resumi-
A coragem e o destemor fez dele um herói. dos por um aposto recapitulativo, a concordância é feita com esse
termo resumidor.
2) Quando o sujeito composto é formado por núcleos dispostos Filmes, novelas, boas conversas, nada o tirava da apatia.
em gradação, verbo no singular: Trabalho, diversão, descanso, tudo é muito importante na vida
Com você, meu amor, uma hora, um minuto, um segundo me das pessoas.
satisfaz.
Outros Casos
3) Quando os núcleos do sujeito composto são unidos por “ou”
ou “nem”, o verbo deverá ficar no plural, de acordo com o valor 1) O Verbo e a Palavra “SE”
semântico das conjunções: Dentre as diversas funções exercidas pelo “se”, há duas de par-
Drummond ou Bandeira representam a essência da poesia bra- ticular interesse para a concordância verbal:
sileira. a) quando é índice de indeterminação do sujeito;
Nem o professor nem o aluno acertaram a resposta. b) quando é partícula apassivadora.

Em ambas as orações, as conjunções dão ideia de “adição”. Já Quando índice de indeterminação do sujeito, o “se” acompa-
em: nha os verbos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação, que
Juca ou Pedro será contratado. obrigatoriamente são conjugados na terceira pessoa do singular:
Roma ou Buenos Aires será a sede da próxima Olimpíada.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Precisa-se de funcionários. Cinco quilos de açúcar é mais do que preciso.
Confia-se em teses absurdas. Três metros de tecido é pouco para fazer seu vestido.
Quando pronome apassivador, o “se” acompanha verbos tran- Duas semanas de férias é muito para mim.
sitivos diretos (VTD) e transitivos diretos e indiretos (VTDI) na for-
mação da voz passiva sintética. Nesse caso, o verbo deve concordar d) Quando um dos elementos (sujeito ou predicativo) for pro-
com o sujeito da oração. Exemplos: nome pessoal do caso reto, com este concordará o verbo.
Construiu-se um posto de saúde. No meu setor, eu sou a única mulher.
Construíram-se novos postos de saúde. Aqui os adultos somos nós.
Aqui não se cometem equívocos
Alugam-se casas. Observação: sendo ambos os termos (sujeito e predicativo) re-
presentados por pronomes pessoais, o verbo concorda com o pro-
** Dica: Para saber se o “se” é partícula apassivadora ou índi- nome sujeito.
ce de indeterminação do sujeito, tente transformar a frase para a Eu não sou ela.
voz passiva. Se a frase construída for “compreensível”, estaremos Ela não é eu.
diante de uma partícula apassivadora; se não, o “se” será índice de
indeterminação. Veja: e) Quando o sujeito for uma expressão de sentido partitivo ou
Precisa-se de funcionários qualificados. coletivo e o predicativo estiver no plural, o verbo SER concordará
Tentemos a voz passiva: com o predicativo.
A grande maioria no protesto eram jovens.
Funcionários qualificados são precisados (ou precisos)? Não há O resto foram atitudes imaturas.
lógica. Portanto, o “se” destacado é índice de indeterminação do
sujeito. 3) O Verbo “Parecer”
Agora: O verbo parecer, quando é auxiliar em uma locução verbal (é
Vendem-se casas. seguido de infinitivo), admite duas concordâncias:
a) Ocorre variação do verbo PARECER e não se flexiona o infini-
Voz passiva: Casas são vendidas. Construção correta! Então, tivo: As crianças parecem gostar do desenho.
aqui, o “se” é partícula apassivadora. (Dá para eu passar para a voz
passiva. Repare em meu destaque. Percebeu semelhança? Agora é b) A variação do verbo parecer não ocorre e o infinitivo sofre
só memorizar!). flexão:
As crianças parece gostarem do desenho.
2) O Verbo “Ser” (essa frase equivale a: Parece gostarem do desenho as crianças)
A concordância verbal dá-se sempre entre o verbo e o sujeito
da oração. No caso do verbo ser, essa concordância pode ocorrer Atenção: Com orações desenvolvidas, o verbo PARECER fica no
também entre o verbo e o predicativo do sujeito. singular. Por Exemplo: As paredes parece que têm ouvidos. (Parece
que as paredes têm ouvidos = oração subordinada substantiva sub-
Quando o sujeito ou o predicativo for: jetiva).

a)Nome de pessoa ou pronome pessoal – o verbo SER concorda Concordância Nominal


com a pessoa gramatical:
Ele é forte, mas não é dois. A concordância nominal se baseia na relação entre nomes
Fernando Pessoa era vários poetas. (substantivo, pronome) e as palavras que a eles se ligam para carac-
A esperança dos pais são eles, os filhos. terizá-los (artigos, adjetivos, pronomes adjetivos, numerais adjeti-
vos e particípios). Lembre-se: normalmente, o substantivo funciona
b)nome de coisa e um estiver no singular e o outro no plural, como núcleo de um termo da oração, e o adjetivo, como adjunto
o verbo SER concordará, preferencialmente, com o que estiver no adnominal.
plural: A concordância do adjetivo ocorre de acordo com as seguintes
Os livros são minha paixão! regras gerais:
Minha paixão são os livros! 1) O adjetivo concorda em gênero e número quando se refere a
um único substantivo: As mãos trêmulas denunciavam o que sentia.
Quando o verbo SER indicar
2) Quando o adjetivo refere-se a vários substantivos, a concor-
a) horas e distâncias, concordará com a expressão numérica: dância pode variar. Podemos sistematizar essa flexão nos seguintes
É uma hora. casos:
São quatro horas. a) Adjetivo anteposto aos substantivos:
Daqui até a escola é um quilômetro / são dois quilômetros. - O adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo
mais próximo.
b) datas, concordará com a palavra dia(s), que pode estar ex- Encontramos caídas as roupas e os prendedores.
pressa ou subentendida: Encontramos caída a roupa e os prendedores.
Hoje é dia 26 de agosto. Encontramos caído o prendedor e a roupa.
Hoje são 26 de agosto.
- Caso os substantivos sejam nomes próprios ou de parentesco,
c) Quando o sujeito indicar peso, medida, quantidade e for o adjetivo deve sempre concordar no plural.
seguido de palavras ou expressões como pouco, muito, menos de, As adoráveis Fernanda e Cláudia vieram me visitar.
mais de, etc., o verbo SER fica no singular: Encontrei os divertidos primos e primas na festa.

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LÍNGUA PORTUGUESA
b) Adjetivo posposto aos substantivos: Casos Particulares
- O adjetivo concorda com o substantivo mais próximo ou com
todos eles (assumindo a forma masculina plural se houver substan- É proibido - É necessário - É bom - É preciso - É permitido
tivo feminino e masculino).
A indústria oferece localização e atendimento perfeito. a) Estas expressões, formadas por um verbo mais um adjetivo,
A indústria oferece atendimento e localização perfeita. ficam invariáveis se o substantivo a que se referem possuir sentido
A indústria oferece localização e atendimento perfeitos. genérico (não vier precedido de artigo).
A indústria oferece atendimento e localização perfeitos. É proibido entrada de crianças.
Em certos momentos, é necessário atenção.
Observação: os dois últimos exemplos apresentam maior cla- No verão, melancia é bom.
reza, pois indicam que o adjetivo efetivamente se refere aos dois É preciso cidadania.
substantivos. Nesses casos, o adjetivo foi flexionado no plural mas- Não é permitido saída pelas portas laterais.
culino, que é o gênero predominante quando há substantivos de
gêneros diferentes. b) Quando o sujeito destas expressões estiver determinado por
artigos, pronomes ou adjetivos, tanto o verbo como o adjetivo con-
- Se os substantivos possuírem o mesmo gênero, o adjetivo fica cordam com ele.
no singular ou plural. É proibida a entrada de crianças.
A beleza e a inteligência feminina(s). Esta salada é ótima.
O carro e o iate novo(s). A educação é necessária.
São precisas várias medidas na educação.
3) Expressões formadas pelo verbo SER + adjetivo:
a) O adjetivo fica no masculino singular, se o substantivo não Anexo - Obrigado - Mesmo - Próprio - Incluso - Quite
for acompanhado de nenhum modificador: Água é bom para saúde.
Estas palavras adjetivas concordam em gênero e número com o
b) O adjetivo concorda com o substantivo, se este for modifi- substantivo ou pronome a que se referem.
cado por um artigo ou qualquer outro determinativo: Esta água é Seguem anexas as documentações requeridas.
boa para saúde. A menina agradeceu: - Muito obrigada.
Muito obrigadas, disseram as senhoras.
4) O adjetivo concorda em gênero e número com os pronomes Seguem inclusos os papéis solicitados.
pessoais a que se refere: Juliana encontrou-as muito felizes. Estamos quites com nossos credores.

5) Nas expressões formadas por pronome indefinido neutro Bastante - Caro - Barato - Longe
(nada, algo, muito, tanto, etc.) + preposição DE + adjetivo, este úl-
timo geralmente é usado no masculino singular: Os jovens tinham Estas palavras são invariáveis quando funcionam como advér-
algo de misterioso. bios. Concordam com o nome a que se referem quando funcionam
como adjetivos, pronomes adjetivos, ou numerais.
6) A palavra “só”, quando equivale a “sozinho”, tem função ad- As jogadoras estavam bastante cansadas. (advérbio)
jetiva e concorda normalmente com o nome a que se refere: Há bastantes pessoas insatisfeitas com o trabalho. (pronome
Cristina saiu só. adjetivo)
Cristina e Débora saíram sós. Nunca pensei que o estudo fosse tão caro. (advérbio)
As casas estão caras. (adjetivo)
Observação: quando a palavra “só” equivale a “somente” ou Achei barato este casaco. (advérbio)
“apenas”, tem função adverbial, ficando, portanto, invariável: Eles Hoje as frutas estão baratas. (adjetivo)
só desejam ganhar presentes.
** Dica: Substitua o “só” por “apenas” ou “sozinho”. Se a frase Meio - Meia
ficar coerente com o primeiro, trata-se de advérbio, portanto, in-
variável; se houver coerência com o segundo, função de adjetivo, a) A palavra “meio”, quando empregada como adjetivo, con-
então varia: corda normalmente com o nome a que se refere: Pedi meia porção
Ela está só. (ela está sozinha) – adjetivo de polentas.
Ele está só descansando. (apenas descansando) - advérbio
** Mas cuidado! Se colocarmos uma vírgula depois de “só”, ha- b) Quando empregada como advérbio permanece invariável: A
verá, novamente, um adjetivo: candidata está meio nervosa.
Ele está só, descansando. (ele está sozinho e descansando)
** Dica! Dá para eu substituir por “um pouco”, assim saberei
7) Quando um único substantivo é modificado por dois ou mais que se trata de um advérbio, não de adjetivo: “A candidata está um
adjetivos no singular, podem ser usadas as construções: pouco nervosa”.
a) O substantivo permanece no singular e coloca-se o artigo an-
tes do último adjetivo: Admiro a cultura espanhola e a portuguesa. Alerta - Menos

b) O substantivo vai para o plural e omite-se o artigo antes do Essas palavras são advérbios, portanto, permanecem sempre
adjetivo: Admiro as culturas espanhola e portuguesa. invariáveis.
Os concurseiros estão sempre alerta.
Não queira menos matéria!

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LÍNGUA PORTUGUESA
* Tome nota! (E) Um estudo publicado recentemente mostra que a civilização
Não variam os substantivos que funcionam como adjetivos: maia... (Estudos como o que acabou de ser publicado).
Bomba – notícias bomba
Chave – elementos chave 3-)
Monstro – construções monstro (A) ... disse (disseram) (os pesquisadores)
Padrão – escola padrão (B) Segundo ele, a mudança climática contribuiu (contribuíram)
(as mudanças do clima)
Fontes de pesquisa: (C) No sistema havia (várias estações) = permanecerá no sin-
http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint49.php gular
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Cereja, The- (D) ... a civilização maia da América Central tinha (tinham) (os
reza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010. povos que habitavam a América Central)
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª (E) Um estudo publicado recentemente mostra (mostram) (Es-
ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. tudos como o que acabou de ser publicado).
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / RESPOSTA: “C”.
Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.

QUESTÕES REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL.

1-) (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E CO- Dá-se o nome de regência à relação de subordinação que ocor-
MÉRCIO EXTERIOR – ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES- re entre um verbo (regência verbal) ou um nome (regência nomi-
PE/2014) Em “Vossa Excelência deve estar satisfeita com os resul- nal) e seus complementos.
tados das negociações”, o adjetivo estará corretamente empregado
se dirigido a ministro de Estado do sexo masculino, pois o termo Regência Verbal = Termo Regente: VERBO
“satisfeita” deve concordar com a locução pronominal de tratamen- A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre os
to “Vossa Excelência”. verbos e os termos que os complementam (objetos diretos e obje-
( ) CERTO ( ) ERRADO tos indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais). Há verbos que
admitem mais de uma regência, o que corresponde à diversidade
1-) Se a pessoa, no caso o ministro, for do sexo feminino (minis- de significados que estes verbos podem adquirir dependendo do
tra), o adjetivo está correto; mas, se for do sexo masculino, o adje- contexto em que forem empregados.
tivo sofrerá flexão de gênero: satisfeito. O pronome de tratamento A mãe agrada o filho = agradar significa acariciar, contentar.
é apenas a maneira de como tratar a autoridade, não concordando A mãe agrada ao filho = agradar significa “causar agrado ou
com o gênero (o pronome de tratamento, apenas). prazer”, satisfazer.
RESPOSTA: “ERRADO”. Conclui-se que “agradar alguém” é diferente de “agradar a al-
guém”.
2-) (GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL – CADASTRO RESERVA
PARA O METRÔ/DF – ADMINISTRADOR - IADES/2014 - adaptada) Saiba que:
Se, no lugar dos verbos destacados no verso “Escolho os filmes que O conhecimento do uso adequado das preposições é um dos
eu não vejo no elevador”, fossem empregados, respectivamente, aspectos fundamentais do estudo da regência verbal (e também
Esquecer e gostar, a nova redação, de acordo com as regras sobre nominal). As preposições são capazes de modificar completamente
regência verbal e concordância nominal prescritas pela norma-pa- o sentido daquilo que está sendo dito.
drão, deveria ser Cheguei ao metrô.
Cheguei no metrô.
(A) Esqueço dos filmes que eu não gosto no elevador.
(B) Esqueço os filmes os quais não gosto no elevador. No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no segundo
(C) Esqueço dos filmes aos quais não gosto no elevador. caso, é o meio de transporte por mim utilizado.
(D) Esqueço dos filmes dos quais não gosto no elevador. A voluntária distribuía leite às crianças.
(E) Esqueço os filmes dos quais não gosto no elevador. A voluntária distribuía leite com as crianças.

2-) O verbo “esquecer” pede objeto direto; “gostar”, indireto Na primeira frase, o verbo “distribuir” foi empregado como
(com preposição): Esqueço os filmes dos quais não gosto. transitivo direto (objeto direto: leite) e indireto (objeto indireto: às
RESPOSTA: “E”. crianças); na segunda, como transitivo direto (objeto direto: crian-
ças; com as crianças: adjunto adverbial).
3-) (SABESP – TECNÓLOGO – FCC/2014) Considerada a substi- Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos de acor-
tuição do segmento grifado pelo que está entre parênteses ao final do com sua transitividade. Esta, porém, não é um fato absoluto: um
da transcrição, o verbo que deverá permanecer no singular está em: mesmo verbo pode atuar de diferentes formas em frases distintas.

(A) ... disse o pesquisador à Folha de S. Paulo. (os pesquisado- 1-) Verbos Intransitivos
res) Os verbos intransitivos não possuem complemento. É impor-
(B) Segundo ele, a mudança climática contribuiu para a ruína tante, no entanto, destacar alguns detalhes relativos aos adjuntos
dessa sociedade... (as mudanças do clima) adverbiais que costumam acompanhá-los.
(C) No sistema havia também uma estação... (várias estações) - Chegar, Ir
(D) ... a civilização maia da América Central tinha um método Normalmente vêm acompanhados de adjuntos adverbiais de
sustentável de gerenciamento da água. (os povos que habitavam a lugar. Na língua culta, as preposições usadas para indicar destino ou
América Central) direção são: a, para.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Fui ao teatro. Observação: o verbo responder, apesar de transitivo indireto
Adjunto Adverbial de Lugar quando exprime aquilo a que se responde, admite voz passiva ana-
lítica:
Ricardo foi para a Espanha. O questionário foi respondido corretamente.
Adjunto Adverbial de Lugar Todas as perguntas foram respondidas satisfatoriamente.
- Comparecer - Simpatizar e Antipatizar - Possuem seus complementos intro-
O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido por em ou a. duzidos pela preposição “com”.
Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o último Antipatizo com aquela apresentadora.
jogo. Simpatizo com os que condenam os políticos que governam
para uma minoria privilegiada.
2-) Verbos Transitivos Diretos
Os verbos transitivos diretos são complementados por objetos 4-) Verbos Transitivos Diretos e Indiretos
diretos. Isso significa que não exigem preposição para o estabeleci- Os verbos transitivos diretos e indiretos são acompanhados de
mento da relação de regência. Ao empregar esses verbos, lembre- um objeto direto e um indireto. Merecem destaque, nesse grupo:
-se de que os pronomes oblíquos o, a, os, as atuam como objetos agradecer, perdoar e pagar. São verbos que apresentam objeto di-
diretos. Esses pronomes podem assumir as formas lo, los, la, las reto relacionado a coisas e objeto indireto relacionado a pessoas.
(após formas verbais terminadas em -r, -s ou -z) ou no, na, nos, nas Agradeçoaos ouvintes a audiência.
(após formas verbais terminadas em sons nasais), enquanto lhe e Objeto IndiretoObjeto Direto
lhes são, quando complementos verbais, objetos indiretos.
São verbos transitivos diretos, dentre outros: abandonar, Pagueio débitoao cobrador.
abençoar, aborrecer, abraçar, acompanhar, acusar, admirar, ado- Objeto Direto Objeto Indireto
rar, alegrar, ameaçar, amolar, amparar, auxiliar, castigar, condenar,
conhecer, conservar, convidar, defender, eleger, estimar, humilhar, - O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito com par-
namorar, ouvir, prejudicar, prezar, proteger, respeitar, socorrer, su- ticular cuidado:
portar, ver, visitar. Agradeci o presente. / Agradeci-o.
Na língua culta, esses verbos funcionam exatamente como o Agradeço a você. / Agradeço-lhe.
verbo amar: Perdoei a ofensa. / Perdoei-a.
Amo aquele rapaz. / Amo-o. Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe.
Amo aquela moça. / Amo-a. Paguei minhas contas. / Paguei-as.
Amam aquele rapaz. / Amam-no. Paguei aos meus credores. / Paguei-lhes.
Ele deve amar aquela mulher. / Ele deve amá-la.
Informar
Observação: os pronomes lhe, lhes só acompanham esses ver- - Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto indireto
bos para indicar posse (caso em que atuam como adjuntos adno- ao se referir a pessoas, ou vice-versa.
minais): Informe os novos preços aos clientes.
Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto) Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os novos pre-
Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua carreira) ços)
Conheço-lhe o mau humor! (= conheço seu mau humor)
- Na utilização de pronomes como complementos, veja as cons-
3-) Verbos Transitivos Indiretos truções:
Os verbos transitivos indiretos são complementados por obje- Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos preços.
tos indiretos. Isso significa que esses verbos exigem uma preposi- Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou sobre eles)
ção para o estabelecimento da relação de regência. Os pronomes
pessoais do caso oblíquo de terceira pessoa que podem atuar como Observação: a mesma regência do verbo informar é usada para
objetos indiretos são o “lhe”, o “lhes”, para substituir pessoas. Não os seguintes: avisar, certificar, notificar, cientificar, prevenir.
se utilizam os pronomes o, os, a, as como complementos de verbos
transitivos indiretos. Com os objetos indiretos que não representam Comparar
pessoas, usam-se pronomes oblíquos tônicos de terceira pessoa Quando seguido de dois objetos, esse verbo admite as preposi-
(ele, ela) em lugar dos pronomes átonos lhe, lhes. ções “a” ou “com” para introduzir o complemento indireto: Compa-
Os verbos transitivos indiretos são os seguintes: rei seu comportamento ao (ou com o) de uma criança.
- Consistir - Tem complemento introduzido pela preposição
“em”: A modernidade verdadeira consiste em direitos iguais para Pedir
todos. Esse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente na forma
- Obedecer e Desobedecer - Possuem seus complementos intro- de oração subordinada substantiva) e indireto de pessoa.
duzidos pela preposição “a”:
Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais. Pedi-lhe favores.
Eles desobedeceram às leis do trânsito. Objeto Indireto Objeto Direto

- Responder - Tem complemento introduzido pela preposição Pedi-lheque se mantivesse em silêncio.


“a”. Esse verbo pede objeto indireto para indicar “a quem” ou “ao Objeto Indireto Oração Subordinada Substantiva Objetiva Di-
que” se responde. reta
Respondi ao meu patrão.
Respondemos às perguntas.
Respondeu-lhe à altura.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Saiba que: *No sentido de morar, residir, o verbo “assistir” é intransitivo,
- A construção “pedir para”, muito comum na linguagem coti- sendo acompanhado de adjunto adverbial de lugar introduzido pela
diana, deve ter emprego muito limitado na língua culta. No entanto, preposição “em”: Assistimos numa conturbada cidade.
é considerada correta quando a palavra licença estiver subentendi-
da. CHAMAR
Peço (licença) para ir entregar-lhe os catálogos em casa. - Chamar é transitivo direto no sentido de convocar, solicitar a
atenção ou a presença de.
Observe que, nesse caso, a preposição “para” introduz uma Por gentileza, vá chamar a polícia. / Por favor, vá chamá-la.
oração subordinada adverbial final reduzida de infinitivo (para ir Chamei você várias vezes. / Chamei-o várias vezes.
entregar-lhe os catálogos em casa).
- Chamar no sentido de denominar, apelidar pode apresentar
Preferir objeto direto e indireto, ao qual se refere predicativo preposicio-
Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto indireto in- nado ou não.
troduzido pela preposição “a”: A torcida chamou o jogador mercenário.
Prefiro qualquer coisa a abrir mão de meus ideais. A torcida chamou ao jogador mercenário.
Prefiro trem a ônibus. A torcida chamou o jogador de mercenário.
A torcida chamou ao jogador de mercenário.
Observação: na língua culta, o verbo “preferir” deve ser usado
sem termos intensificadores, tais como: muito, antes, mil vezes, um - Chamar com o sentido de ter por nome é pronominal: Como
milhão de vezes, mais. A ênfase já é dada pelo prefixo existente no você se chama? Eu me chamo Zenaide.
próprio verbo (pre).
CUSTAR
Mudança de Transitividade - Mudança de Significado - Custar é intransitivo no sentido de ter determinado valor ou
Há verbos que, de acordo com a mudança de transitividade, preço, sendo acompanhado de adjunto adverbial: Frutas e verduras
apresentam mudança de significado. O conhecimento das diferen- não deveriam custar muito.
tes regências desses verbos é um recurso linguístico muito impor-
tante, pois além de permitir a correta interpretação de passagens - No sentido de ser difícil, penoso, pode ser intransitivo ou tran-
escritas, oferece possibilidades expressivas a quem fala ou escreve. sitivo indireto, tendo como sujeito uma oração reduzida de infini-
Dentre os principais, estão: tivo.
Muito custa viver tão longe da família.
AGRADAR Verbo Intransitivo Oração Subordinada Substantiva Subjetiva
- Agradar é transitivo direto no sentido de fazer carinhos, acari- Reduzida de Infinitivo
ciar, fazer as vontades de.
Sempre agrada o filho quando. Custou-me (a mim) crer nisso.
Aquele comerciante agrada os clientes. ObjetoIndireto Oração Subordinada Substantiva Subjetiva Re-
- Agradar é transitivo indireto no sentido de causar agrado duzida de Infinitivo
a, satisfazer, ser agradável a. Rege complemento introduzido pela
preposição “a”. *A Gramática Normativa condena as construções que atribuem
O cantor não agradou aos presentes. ao verbo “custar” um sujeito representado por pessoa: Custei para
O cantor não lhes agradou. entender o problema. = Forma correta: Custou-me entender o pro-
*O antônimo “desagradar” é sempre transitivo indireto: O can- blema.
tor desagradou à plateia.
IMPLICAR
ASPIRAR - Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos:
- Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, inspirar (o ar), a) dar a entender, fazer supor, pressupor: Suas atitudes implica-
inalar: Aspirava o suave aroma. (Aspirava-o) vam um firme propósito.
- Aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar, ter como b) ter como consequência, trazer como consequência, acarre-
ambição: Aspirávamos a um emprego melhor. (Aspirávamos a ele) tar, provocar: Uma ação implica reação.
* Como o objeto direto do verbo “aspirar” não é pessoa, as for- - Como transitivo direto e indireto, significa comprometer, en-
mas pronominais átonas “lhe” e “lhes” não são utilizadas, mas, sim, volver: Implicaram aquele jornalista em questões econômicas.
as formas tônicas “a ele(s)”, “a ela(s)”. Veja o exemplo: Aspiravam a
uma existência melhor. (= Aspiravam a ela) * No sentido de antipatizar, ter implicância, é transitivo indire-
to e rege com preposição “com”: Implicava com quem não traba-
ASSISTIR lhasse arduamente.
- Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, prestar assis-
tência a, auxiliar. NAMORAR
As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos. - Sempre transitivo direto: Luísa namora Carlos há dois anos.
As empresas de saúde negam-se a assisti-los.
- Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, presenciar, es- OBEDECER - DESOBEDECER
tar presente, caber, pertencer. - Sempre transitivo indireto:
Assistimos ao documentário. Todos obedeceram às regras.
Não assisti às últimas sessões. Ninguém desobedece às leis.
Essa lei assiste ao inquilino.

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LÍNGUA PORTUGUESA
*Quando o objeto é “coisa”, não se utiliza “lhe” nem “lhes”: As SIMPATIZAR - ANTIPATIZAR
leis são essas, mas todos desobedecem a elas. - São transitivos indiretos e exigem a preposição “com”:
Não simpatizei com os jurados.
PROCEDER Simpatizei com os alunos.
- Proceder é intransitivo no sentido de ser decisivo, ter cabi-
mento, ter fundamento ou comportar-se, agir. Nessa segunda acep- Importante: A norma culta exige que os verbos e expressões
ção, vem sempre acompanhado de adjunto adverbial de modo. que dão ideia de movimento sejam usados com a preposição “a”:
As afirmações da testemunha procediam, não havia como re- Chegamos a São Paulo e fomos direto ao hotel.
futá-las. Cláudia desceu ao segundo andar.
Você procede muito mal. Hoje, com esta chuva, ninguém sairá à rua.

- Nos sentidos de ter origem, derivar-se (rege a preposição Regência Nominal


“de”) e fazer, executar (rege complemento introduzido pela prepo-
sição “a”) é transitivo indireto. É o nome da relação existente entre um nome (substantivo, ad-
O avião procede de Maceió. jetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse nome. Essa relação
Procedeu-se aos exames. é sempre intermediada por uma preposição. No estudo da regência
O delegado procederá ao inquérito. nominal, é preciso levar em conta que vários nomes apresentam
exatamente o mesmo regime dos verbos de que derivam. Conhe-
QUERER cer o regime de um verbo significa, nesses casos, conhecer o regi-
- Querer é transitivo direto no sentido de desejar, ter vontade me dos nomes cognatos. Observe o exemplo: Verbo obedecer e os
de, cobiçar. nomes correspondentes: todos regem complementos introduzidos
Querem melhor atendimento. pela preposição a. Veja:
Queremos um país melhor.
Obedecer a algo/ a alguém.
- Querer é transitivo indireto no sentido de ter afeição, estimar, Obediente a algo/ a alguém.
amar: Quero muito aos meus amigos.
Se uma oração completar o sentido de um nome, ou seja, exer-
VISAR cer a função de complemento nominal, ela será completiva nominal
- Como transitivo direto, apresenta os sentidos de mirar, fazer (subordinada substantiva).
pontaria e de pôr visto, rubricar.
O homem visou o alvo. Regência de Alguns Nomes
O gerente não quis visar o cheque.
Substantivos
- No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como objetivo
é transitivo indireto e rege a preposição “a”. Admiração a, por Devoção a, para, com, por Medo a, de
O ensino deve sempre visar ao progresso social. Aversão a, para, por Doutor em Obediência a
Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-estar públi-
Atentado a, contra Dúvida acerca de, em, sobre Ojeriza a,
co.
por
ESQUECER – LEMBRAR Bacharel em Horror a Proeminência sobre
- Lembrar algo – esquecer algo Capacidade de, para Impaciência com Respeito a, com, para
- Lembrar-se de algo – esquecer-se de algo (pronominal) com, por

No 1.º caso, os verbos são transitivos diretos, ou seja, exigem Adjetivos


complemento sem preposição: Ele esqueceu o livro. Acessível a Diferente de Necessário a
No 2.º caso, os verbos são pronominais (-se, -me, etc) e exigem Acostumado a, com Entendido em Nocivo a
complemento com a preposição “de”. São, portanto, transitivos in-
diretos: Afável com, para com Equivalente a Paralelo a
- Ele se esqueceu do caderno. Agradável a Escasso de Parco em, de
- Eu me esqueci da chave.
Alheio a, de Essencial a, para Passível de
- Eles se esqueceram da prova.
- Nós nos lembramos de tudo o que aconteceu. Análogo a Fácil de Preferível a
Ansioso de, para, por Fanático por Prejudicial a
Há uma construção em que a coisa esquecida ou lembrada pas-
sa a funcionar como sujeito e o verbo sofre leve alteração de senti- Apto a, para Favorável a Prestes a
do. É uma construção muito rara na língua contemporânea, porém, Ávido de Generoso com Propício a
é fácil encontrá-la em textos clássicos tanto brasileiros como portu- Benéfico a Grato a, por Próximo a
gueses. Machado de Assis, por exemplo, fez uso dessa construção
várias vezes. Capaz de, para Hábil em Relacionado com
Esqueceu-me a tragédia. (cair no esquecimento) Compatível com Habituado a Relativo a
Lembrou-me a festa. (vir à lembrança)
Contemporâneo a, de Idêntico a Satisfeito com, de, em, por
Não lhe lembram os bons momentos da infância? (= momentos
é sujeito) Contíguo a Impróprio para Semelhante a

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LÍNGUA PORTUGUESA

Contrário a Indeciso em Sensível a EMPREGO DE SINÔNIMOS, ANTÔNIMOS, HOMÔNI-


Curioso de, por Insensível a Sito em MOS E PARÔNIMOS.
Descontente com Liberal com Suspeito de
SIGNIFICADO DAS PALAVRAS
Desejoso de Natural de Vazio de
Semântica é o estudo da significação das palavras e das suas
Advérbios
mudanças de significação através do tempo ou em determinada
Longe de Perto de
época. A maior importância está em distinguir sinônimos e antôni-
mos (sinonímia / antonímia) e homônimos e parônimos (homoní-
Observação: os advérbios terminados em -mente tendem a se-
mia / paronímia).
guir o regime dos adjetivos de que são formados: paralela a; para-
lelamente a; relativa a; relativamente a.
Sinônimos
Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint61.php
São palavras de sentido igual ou aproximado: alfabeto - abece-
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Cereja, The-
dário; brado, grito - clamor; extinguir, apagar - abolir.
reza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform.– São Paulo: Saraiva, 2010.
Duas palavras são totalmente sinônimas quando são substi-
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª
tuíveis, uma pela outra, em qualquer contexto (cara e rosto, por
ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
exemplo); são parcialmente sinônimas quando, ocasionalmente,
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação /
podem ser substituídas, uma pela outra, em determinado enuncia-
Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
do (aguardar e esperar).
QUESTÕES
Observação: A contribuição greco-latina é responsável pela
existência de numerosos pares de sinônimos: adversário e antago-
1-) (PRODAM – AUXILIAR - MOTORISTA – FUNCAB/2014) As-
nista; translúcido e diáfano; semicírculo e hemiciclo; contraveneno
sinale a alternativa em que a frase segue a norma culta da língua
e antídoto; moral e ética; colóquio e diálogo; transformação e me-
quanto à regência verbal.
tamorfose; oposição e antítese.
A) Prefiro viajar de ônibus do que dirigir.
Antônimos
B) Eu esqueci do seu nome.
C) Você assistiu à cena toda?
São palavras que se opõem através de seu significado: ordem -
D) Ele chegou na oficina pela manhã.
anarquia; soberba - humildade; louvar - censurar; mal - bem.
E) Sempre obedeço as leis de trânsito.
Observação: A antonímia pode se originar de um prefixo de
1-)
sentido oposto ou negativo: bendizer e maldizer; simpático e antipá-
A) Prefiro viajar de ônibus do que dirigir. = prefiro viajar de ôni-
tico; progredir e regredir; concórdia e discórdia; ativo e inativo; espe-
bus a dirigir
rar e desesperar; comunista e anticomunista; simétrico e assimétrico.
B) Eu esqueci do seu nome. = Eu me esqueci do seu nome
C) Você assistiu à cena toda? = correta
Homônimos e Parônimos
D) Ele chegou na oficina pela manhã. = Ele chegou à oficina
pela manhã
- Homônimos = palavras que possuem a mesma grafia ou a
E) Sempre obedeço as leis de trânsito. = Sempre obedeço às
mesma pronúncia, mas significados diferentes. Podem ser
leis de trânsito
RESPOSTA: “C”.
a) Homógrafas: são palavras iguais na escrita e diferentes na
pronúncia:
2-) (POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO/SP – MÉDICO LE-
rego (subst.) e rego (verbo);
GISTA – VUNESP/2014 - adaptada) Leia o seguinte trecho para res-
colher (verbo) e colher (subst.);
ponder à questão.
jogo (subst.) e jogo (verbo);
A pesquisa encontrou um dado curioso: homens com baixos
denúncia (subst.) e denuncia (verbo);
níveis de testosterona tiveram uma resposta imunológica melhor a
providência (subst.) e providencia (verbo).
essa medida, similar _______________ .
A alternativa que completa, corretamente, o texto é:
b) Homófonas: são palavras iguais na pronúncia e diferentes
na escrita:
(A) das mulheres
acender (atear) e ascender (subir);
(B) às mulheres
concertar (harmonizar) e consertar (reparar);
(C) com das mulheres
cela (compartimento) e sela (arreio);
(D) à das mulheres
censo (recenseamento) e senso (juízo);
(E) ao das mulheres
paço (palácio) e passo (andar).
2-) Similar significa igual; sua regência equivale à da palavra
c) Homógrafas e homófonas simultaneamente (ou perfeitas):
“igual”: igual a quê? Similar a quem? Similar à (subentendido: res-
São palavras iguais na escrita e na pronúncia:
posta imunológica) das mulheres.
caminho (subst.) e caminho (verbo);
RESPOSTA: “D”.
cedo (verbo) e cedo (adv.);
livre (adj.) e livre (verbo).

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LÍNGUA PORTUGUESA
- Parônimos = palavras com sentidos diferentes, porém de O elefante é um mamífero.
formas relativamente próximas. São palavras parecidas na escrita As estrelas deixam o céu mais bonito!
e na pronúncia: cesta (receptáculo de vime; cesta de basquete/es-
porte) e sesta (descanso após o almoço), eminente (ilustre) e imi- Conotação
nente (que está para ocorrer), osso (substantivo) e ouço (verbo),
sede (substantivo e/ou verbo “ser” no imperativo) e cede (verbo), Uma palavra é usada no sentido conotativo quando apresenta
comprimento (medida) e cumprimento (saudação), autuar (proces- diferentes significados, sujeitos a diferentes interpretações, depen-
sar) e atuar (agir), infligir (aplicar pena) e infringir (violar), deferir dendo do contexto em que esteja inserida, referindo-se a sentidos,
(atender a) e diferir (divergir), suar (transpirar) e soar (emitir som), associações e ideias que vão além do sentido original da palavra, am-
aprender (conhecer) e apreender (assimilar; apropriar-se de), tráfi- pliando sua significação mediante a circunstância em que a mesma
co (comércio ilegal) e tráfego (relativo a movimento, trânsito), man- é utilizada, assumindo um sentido figurado e simbólico. Como no
dato (procuração) e mandado (ordem), emergir (subir à superfície) exemplo da palavra “pau”: em seu sentido conotativo ela pode sig-
e imergir (mergulhar, afundar). nificar castigo (dar-lhe um pau), reprovação (tomei pau no concurso).
A conotação tem como finalidade provocar sentimentos no re-
Hiperonímia e Hiponímia ceptor da mensagem, através da expressividade e afetividade que
transmite. É utilizada principalmente numa linguagem poética e na
Hipônimos e hiperônimos são palavras que pertencem a um literatura, mas também ocorre em conversas cotidianas, em letras
mesmo campo semântico (de sentido), sendo o hipônimo uma pa- de música, em anúncios publicitários, entre outros. Exemplos:
lavra de sentido mais específico; o hiperônimo, mais abrangente. Você é o meu sol!
O hiperônimo impõe as suas propriedades ao hipônimo, crian- Minha vida é um mar de tristezas.
do, assim, uma relação de dependência semântica. Por exemplo: Você tem um coração de pedra!
Veículos está numa relação de hiperonímia com carros, já que veí-
culos é uma palavra de significado genérico, incluindo motos, ôni- * Dica: Procure associar Denotação com Dicionário: trata-se
bus, caminhões. Veículos é um hiperônimo de carros. de definição literal, quando o termo é utilizado com o sentido que
Um hiperônimo pode substituir seus hipônimos em quaisquer consta no dicionário.
contextos, mas o oposto não é possível. A utilização correta dos hi-
perônimos, ao redigir um texto, evita a repetição desnecessária de Fontes de pesquisa:
termos. http://www.normaculta.com.br/conotacao-e-denotacao/
Fontes de pesquisa: SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª
http://www.coladaweb.com/portugues/sinonimos,-antoni- ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
mos,-homonimos-e-paronimos Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, The-
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª reza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010.
ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, The- Polissemia
reza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Polissemia é a propriedade de uma palavra adquirir multiplici-
Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. dade de sentidos, que só se explicam dentro de um contexto. Tra-
XIMENES, Sérgio. Minidicionário Ediouro da Lìngua Portuguesa ta-se, realmente, de uma única palavra, mas que abarca um grande
– 2ªed. reform. – São Paulo: Ediouro, 2000. número de significados dentro de seu próprio campo semântico.
Reportando-nos ao conceito de Polissemia, logo percebemos
Denotação e Conotação que o prefixo “poli” significa multiplicidade de algo. Possibilidades
de várias interpretações levando-se em consideração as situações
Exemplos de variação no significado das palavras: de aplicabilidade. Há uma infinidade de exemplos em que podemos
verificar a ocorrência da polissemia:
Os domadores conseguiram enjaular a fera. (sentido literal) O rapaz é um tremendo gato.
Ele ficou uma fera quando soube da notícia. (sentido figurado) O gato do vizinho é peralta.
Aquela aluna é fera na matemática. (sentido figurado) Precisei fazer um gato para que a energia voltasse.
As variações nos significados das palavras ocasionam o senti- Pedro costuma fazer alguns “bicos” para garantir sua sobrevi-
do denotativo (denotação) e o sentido conotativo (conotação) das vência
palavras. O passarinho foi atingido no bico.

Denotação Nas expressões polissêmicas rede de deitar, rede de compu-


tadores e rede elétrica, por exemplo, temos em comum a palavra
Uma palavra é usada no sentido denotativo quando apresenta “rede”, que dá às expressões o sentido de “entrelaçamento”. Outro
seu significado original, independentemente do contexto em que exemplo é a palavra “xadrez”, que pode ser utilizada representando
aparece. Refere-se ao seu significado mais objetivo e comum, aque- “tecido”, “prisão” ou “jogo” – o sentido comum entre todas as ex-
le imediatamente reconhecido e muitas vezes associado ao primei- pressões é o formato quadriculado que têm.
ro significado que aparece nos dicionários, sendo o significado mais
literal da palavra. Polissemia e homonímia
A denotação tem como finalidade informar o receptor da men-
sagem de forma clara e objetiva, assumindo um caráter prático. É A confusão entre polissemia e homonímia é bastante comum.
utilizada em textos informativos, como jornais, regulamentos, ma- Quando a mesma palavra apresenta vários significados, estamos
nuais de instrução, bulas de medicamentos, textos científicos, entre na presença da polissemia. Por outro lado, quando duas ou mais
outros. A palavra “pau”, por exemplo, em seu sentido denotativo é palavras com origens e significados distintos têm a mesma grafia e
apenas um pedaço de madeira. Outros exemplos: fonologia, temos uma homonímia.

30
LÍNGUA PORTUGUESA
A palavra “manga” é um caso de homonímia. Ela pode significar
uma fruta ou uma parte de uma camisa. Não é polissemia porque SINTAXE DA ORAÇÃO (PERÍODO SIMPLES: TERMOS ES-
os diferentes significados para a palavra “manga” têm origens dife- SENCIAIS, INTEGRANTES E ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO)
rentes. “Letra” é uma palavra polissêmica: pode significar o elemen- E DO PERÍODO (PERÍODO COMPOSTO POR COORDE-
to básico do alfabeto, o texto de uma canção ou a caligrafia de um NAÇÃO E POR SUBORDINAÇÃO).
determinado indivíduo. Neste caso, os diferentes significados estão
interligados porque remetem para o mesmo conceito, o da escrita.
SINTAXE: ANÁLISE SINTÁTICA, FRASE, ORAÇÃO
Polissemia e ambiguidade E PERÍODO

Polissemia e ambiguidade têm um grande impacto na inter- Frase


pretação. Na língua portuguesa, um enunciado pode ser ambíguo,
ou seja, apresentar mais de uma interpretação. Esta ambiguidade É todo enunciado capaz de transmitir a outrem tudo aquilo que
pode ocorrer devido à colocação específica de uma palavra (por pensamos, queremos ou sentimos.
exemplo, um advérbio) em uma frase. Vejamos a seguinte frase:
Pessoas que têm uma alimentação equilibrada frequentemente Exemplos
são felizes. Caía uma chuva.
Neste caso podem existir duas interpretações diferentes: Dia lindo.
As pessoas têm alimentação equilibrada porque são felizes ou
são felizes porque têm uma alimentação equilibrada. Oração

De igual forma, quando uma palavra é polissêmica, ela pode in- É a frase que apresenta estrutura sintática (normalmente, su-
duzir uma pessoa a fazer mais do que uma interpretação. Para fazer jeito e predicado, ou só o predicado).
a interpretação correta é muito importante saber qual o contexto
em que a frase é proferida. Exemplos
Muitas vezes, a disposição das palavras na construção do enun- Ninguém segura este menino. (Ninguém: sujeito; segura este
ciado pode gerar ambiguidade ou, até mesmo, comicidade. Repare menino: predicado)
na figura abaixo: Havia muitos suspeitos. (Oração sem sujeito; havia muitos sus-
peitos: predicado)

Termos da oração

Termos sujeito
1.
essenciais predicado

objeto direto
objeto indi-
complemento reto
verbal
Termos inte-
2. complemento
grantes
(http://www.humorbabaca.com/fotos/diversas/corto-cabelo- nominal
-e-pinto. Acesso em 15/9/2014). agente da passiva
Poderíamos corrigir o cartaz de inúmeras maneiras, mas duas
seriam:
Corte e coloração capilar Adjunto adnominal
ou Termos
3. adjunto adverbial
Faço corte e pintura capilar acessórios
aposto
Fontes de pesquisa: 4. Vocativo
http://www.brasilescola.com/gramatica/polissemia.htm
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, The- Diz-se que sujeito e predicado são termos “essenciais”, mas
reza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010. note que o termo que realmente é o núcleo da oração é o verbo:
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª Chove. (Não há referência a sujeito.)
ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. Cansei. (O sujeito e eu, implícito na forma verbal.)
Os termos “acessórios” são assim chamados por serem supos-
tamente dispensáveis, o que nem sempre é verdade.

Sujeito e predicado

Sujeito é o termo da oração com o qual, normalmente, o verbo


concorda.

31
LÍNGUA PORTUGUESA
Exemplos Predicado nominal
A notícia corria rápida como pólvora. (Corria está no singular
concordando com a notícia.) O núcleo, em torno do qual as demais palavras do predicado
As notícias corriam rápidas como pólvora. (Corriam, no plural, gravitam e que contém o que de mais importante se comunica a
concordando com as notícias.) respeito do sujeito, e um nome (isto é, um substantivo ou adjetivo,
ou palavra de natureza substantiva). O verbo e de ligação (liga o nú-
O núcleo do sujeito é a palavra principal do sujeito, que encerra cleo ao sujeito) e indica estado (ser, estar, continuar, ficar, perma-
a essência de sua significação. Em torno dela, como que gravitam necer; também andar, com o sentido de estar; virar, com o sentido
as demais. de transformar-se em; e viver, com o sentido de estar sempre).
Exemplo: Os teus lírios brancos embelezam os campos. (Lí- Exemplo:
rios é o núcleo do sujeito.) Os príncipes viraram sapos muito feios. (verbo de ligação mais
núcleo substantivo: sapos)
Podem exercer a função de núcleo do sujeito o substantivo e
palavras de natureza substantiva. Veja: Verbos de ligação
O medo salvou-lhe a vida. (substantivo)
Os medrosos fugiram. (Adjetivo exercendo papel de substanti- São aqueles que, sem possuírem significação precisa, ligam um
vo: adjetivo substantivado.) sujeito a um predicativo. São verbos de ligação: ser, estar, ficar, pa-
recer, permanecer, continuar, tornar-se etc.
A definição mais adequada para sujeito é: sujeito é o termo da Exemplo: A rua estava calma.
oração com o qual o verbo normalmente concorda.
Predicativo do sujeito
Sujeito simples: tem um só núcleo. É o termo da oração que, no predicado, expressa qualificação
Exemplo: As flores morreram. ou classificação do sujeito.
Exemplo: Você será engenheiro.
Sujeito composto: tem mais de um núcleo.
Exemplo: O rapaz e a moça foram encostados ao muro. - O predicativo do sujeito, além de vir com verbos de liga-
ção, pode também ocorrer com verbos intransitivos ou com ver-
Sujeito elíptico (ou oculto): não expresso e que pode ser de- bos transitivos.
terminado pela desinência verbal ou pelo contexto.
Exemplo: Viajarei amanhã. (sujeito oculto: eu) Predicado verbal
Sujeito indeterminado: é aquele que existe, mas não podemos
Ocorre quando o núcleo é um verbo. Logo, não apresenta pre-
ou não queremos identificá-lo com precisão.
dicativo. E formado por verbos transitivos ou intransitivos.
Ocorre:
Exemplo: A população da vila assistia ao embarque. (Núcleo
- quando o verbo está na 3ª pessoa do plural, sem referência a
do sujeito: população; núcleo do predicado: assistia, verbo transi-
nenhum substantivo anteriormente expresso.
tivo indireto)
Exemplo: Batem à porta.

- com verbos intransitivo (VI), transitivo indireto (VTI) ou de li- Verbos intransitivos
gação (VL) acompanhados da partícula SE, chamada de índice de
indeterminação do sujeito (IIS). São verbos que não exigem complemento algum; como a ação
Exemplos: verbal não passa, não transita para nenhum complemento, rece-
Vive-se bem. (VI) bem o nome de verbos intransitivos. Podem formar predicado sozi-
Precisa-se de pedreiros. (VTI) nhos ou com adjuntos adverbiais.
Falava-se baixo. (VI) Exemplo: Os visitantes retornaram ontem à noite.
Era-se feliz naquela época. (VL)
Verbos transitivos
Orações sem sujeito
São orações cujos verbos são impessoais, com sujeito inexis- São verbos que, ao declarar alguma coisa a respeito do sujei-
tente. to, exigem um complemento para a perfeita compreensão do que
se quer dizer. Tais verbos se denominam transitivos e a pessoa ou
Ocorrem nos seguintes casos: coisa para onde se dirige a atividade transitiva do verbo se denomi-
- com verbos que se referem a fenômenos meteorológicos. na objeto. Dividem-se em: diretos, indiretos e diretos e indiretos.
Exemplo: Chovia. Ventava durante a noite.
Verbos transitivos diretos: Exigem um objeto direto.
- haver no sentido de existir ou quando se refere a tempo de- Exemplo: Espero-o no aeroporto.
corrido.
Exemplo: Há duas semanas não o vejo. (= Faz duas semanas) Verbos transitivos indiretos: Exigem um objeto indireto.
Exemplo: Gosto de flores.
- fazer referindo-se a fenômenos meteorológicos ou a tempo
decorrido. Verbos transitivos diretos e indiretos: Exigem um objeto direto
Exemplo: Fazia 40° à sombra. e um objeto indireto.
Exemplo: Os ministros informaram a nova política econômi-
- ser nas indicações de horas, datas e distâncias. ca aos trabalhadores. (VTDI)
ExemplO: São duas horas.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Complementos verbais Os meus três grandes amigos [amigos: nome substantivo] vie-
ram me fazer uma visita [visita: nome substantivo] agradável on-
Os complementos verbais são representados pelo objeto direto tem à noite.
(OD) e pelo objeto indireto (OI). São adjuntos adnominais os (artigo definido), meus (pronome
possessivo adjetivo), três (numeral), grandes (adjetivo), que estão
Objeto indireto gravitando em torno do núcleo do sujeito, o substantivo amigos;
o mesmo acontece com uma (artigo indefinido) e agradável (adje-
É o complemento verbal que se liga ao verbo pela preposição tivo), que determinam e qualificam o núcleo do objeto direto, o
por ele exigida. Nesse caso o verbo pode ser transitivo indireto ou substantivo visita.
transitivo direto e indireto. Normalmente, as preposições que ligam
o objeto indireto ao verbo são a, de, em, com, por, contra, para etc. O adjunto adnominal prende-se diretamente ao substantivo,
Exemplo: Acredito em você. ao passo que o predicativo se refere ao substantivo por meio de
um verbo.
Objeto direto
Complemento verbal que se liga ao verbo sem preposição obri- Complemento nominal
gatória. Nesse caso o verbo pode ser transitivo direto ou transitivo
direto e indireto. É o termo que completa o sentido de substantivos, adjetivos e
Exemplo: Comunicaram o fato aos leitores. advérbios porque estes não têm sentido completo.
- Objeto – recebe a atividade transitiva de um verbo.
Objeto direto preposicionado - Complemento nominal – recebe a atividade transitiva de um
nome.
É aquele que, contrariando sua própria definição e característi- O complemento nominal é sempre ligado ao nome por prepo-
ca, aparece regido de preposição (geralmente preposição a). sição, tal como o objeto indireto.
O pai dizia aos filhos que adorava a ambos. Exemplo: Tenho necessidade de dinheiro.

Objeto pleonástico Adjunto adverbial


É a repetição do objeto (direto ou indireto) por meio de um
pronome. Essa repetição assume valor enfático (reforço) da noção É o termo da oração que modifica o verbo ou um adjetivo ou
contida no objeto direto ou no objeto indireto. o próprio advérbio, expressando uma circunstância: lugar, tempo,
Exemplos fim, meio, modo, companhia, exclusão, inclusão, negação, afirma-
Ao colega, já lhe perdoei. (objeto indireto pleonástico) ção, duvida, concessão, condição etc.
Ao filme, assistimos a ele emocionados. (objeto indireto pleo-
nástico) Período

Predicado verbo-nominal Enunciado formado de uma ou mais orações, finalizado por:


ponto final ( . ), reticencias (...), ponto de exclamação (!) ou ponto
Esse predicado tem dois núcleos (um verbo e um nome), é for- de interrogação (?). De acordo com o número de orações, classifi-
mado por predicativo com verbo transitivo ou intransitivo. ca-se em:
Exemplos: Apresenta apenas uma oração que é chamada absoluta.
A multidão assistia ao jogo emocionada. (predicativo do sujei- O período é simples quando só traz uma oração, chamada
to com verbo transitivo indireto) absoluta; o período é composto quando traz mais de uma oração.
A riqueza tornou-o orgulhoso. (predicativo do objeto com ver- Exemplo: Comeu toda a refeição. (Período simples, oração absolu-
bo transitivo direto) ta.); Quero que você leia. (Período composto.)
Uma maneira fácil de saber quantas orações há num período
Predicativo do sujeito é contar os verbos ou locuções verbais. Num período haverá tan-
tas orações quantos forem os verbos ou as locuções verbais nele
O predicativo do sujeito, além de vir com verbos de ligação, existentes.
pode também ocorrer com verbos intransitivos ou transitivos. Nes- Há três tipos de período composto: por coordenação, por su-
se caso, o predicado é verbo-nominal. bordinação e por coordenação e subordinação ao mesmo tempo
Exemplo: A criança brincava alegre no parque. (também chamada de misto).
Predicativo do objeto Período Composto por Coordenação
Exprime qualidade, estado ou classificação que se referem ao
objeto (direto ou indireto). As três orações que formam esse período têm sentido próprio
e não mantêm entre si nenhuma dependência sintática: são inde-
Exemplo de predicativo do objeto direto: pendentes. Há entre elas uma relação de sentido, mas uma não de-
O juiz declarou o réu culpado. pende da outra sintaticamente.
Exemplo de predicativo do objeto indireto:
As orações independentes de um período são chamadas de
Gosto de você alegre.
orações coordenadas (OC), e o período formado só de orações
coordenadas é chamado de período composto por coordenação.
Adjunto adnominal
As orações coordenadas podem ser assindéticas e sindéticas.
As orações são coordenadas assindéticas (OCA) quando não
É o termo acessório que vem junto ao nome (substantivo), res-
vêm introduzidas por conjunção. Exemplo:
tringindo-o, qualificando-o, determinando-o (adjunto: “que vem
junto a”; adnominal: “junto ao nome”). Observe:

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LÍNGUA PORTUGUESA
Os jogadores correram, / chutaram, / driblaram. - Conformativas: Expressam a conformidade de um fato com
OCA OCA OCA outro. Conjunções: conforme, como (=conforme), segundo.
- Temporais: Acrescentam uma circunstância de tempo ao que
- As orações são coordenadas sindéticas (OCS) quando vêm in- foi expresso na oração principal. Conjunções: quando, assim que,
troduzidas por conjunção coordenativa. Exemplo: logo que, enquanto, sempre que, depois que, mal (=assim que).
A mulher saiu do prédio / e entrou no táxi. - Finais: Expressam a finalidade ou o objetivo do que foi enun-
OCA OCS ciado na oração principal. Conjunções: para que, a fim de que, por-
que (=para que), que.
As orações coordenadas sindéticas se classificam de acordo - Consecutivas: Expressam a consequência do que foi enuncia-
com o sentido expresso pelas conjunções coordenativas que as in- do na oração principal. Conjunções: porque, que, como (= porque),
troduzem. Pode ser: pois que, visto que.
- Comparativas: Expressam ideia de comparação com referên-
- Orações coordenadas sindéticas aditivas: e, nem, não só... cia à oração principal. Conjunções: como, assim como, tal como,
mas também, não só... mas ainda. (tão)... como, tanto como, tal qual, que (combinado com menos ou
A 2ª oração vem introduzida por uma conjunção que expressa mais).
ideia de acréscimo ou adição com referência à oração anterior, ou - Proporcionais: Expressam uma ideia que se relaciona pro-
seja, por uma conjunção coordenativa aditiva. porcionalmente ao que foi enunciado na principal. Conjunções: à
medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais, quanto
- Orações coordenadas sindéticas adversativas: mas, porém, menos.
todavia, contudo, entretanto, no entanto.
A 2ª oração vem introduzida por uma conjunção que expressa Orações Subordinadas Substantivas
ideia de oposição à oração anterior, ou seja, por uma conjunção
coordenativa adversativa. São aquelas que, num período, exercem funções sintáticas pró-
prias de substantivos, geralmente são introduzidas pelas conjun-
- Orações coordenadas sindéticas conclusivas: portanto, por ções integrantes que e se.
isso, pois, logo.
A 2ª oração vem introduzida por uma conjunção que expres- - Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta: É aquela
sa ideia de conclusão de um fato enunciado na oração anterior, ou que exerce a função de objeto direto do verbo da oração principal.
seja, por uma conjunção coordenativa conclusiva. Observe: O filho quer a sua ajuda. (objeto direto)
- Orações coordenadas sindéticas alternativas: ou, ou... ou, - Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta: É aquela
ora... ora, seja... seja, quer... quer. que exerce a função de objeto indireto do verbo da oração princi-
A 2ª oração vem introduzida por uma conjunção que estabele- pal. Observe: Preciso de sua ajuda. (objeto indireto)
ce uma relação de alternância ou escolha com referência à oração
- Oração Subordinada Substantiva Subjetiva: É aquela que
anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa alternativa.
exerce a função de sujeito do verbo da oração principal. Observe: É
importante sua ajuda. (sujeito)
- Orações coordenadas sindéticas explicativas: que, porque,
- Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal: É
pois, porquanto.
aquela que exerce a função de complemento nominal de um ter-
A 2ª oração é introduzida por uma conjunção que expressa
mo da oração principal. Observe: Estamos certos de sua inocência.
ideia de explicação, de justificativa em relação à oração anterior, ou
(complemento nominal)
seja, por uma conjunção coordenativa explicativa.
- Oração Subordinada Substantiva Predicativa: É aquela que
Período Composto por Subordinação exerce a função de predicativo do sujeito da oração principal, vindo
sempre depois do verbo ser. Observe: O principal é sua felicidade.
Nesse período, a segunda oração exerce uma função sintática (predicativo)
em relação à primeira, sendo subordinada a ela. Quando um perío- - Oração Subordinada Substantiva Apositiva: É aquela que
do é formado de pelo menos um conjunto de duas orações em que exerce a função de aposto de um termo da oração principal. Obser-
uma delas (a subordinada) depende sintaticamente da outra (prin- ve: Ela tinha um objetivo: a felicidade de todos. (aposto)
cipal), ele é classificado como período composto por subordinação.
As orações subordinadas são classificadas de acordo com a função Orações Subordinadas Adjetivas
que exercem.
Exercem a função de adjunto adnominal de algum termo da
Orações Subordinadas Adverbiais oração principal.
As orações subordinadas adjetivas são sempre introduzidas por
Exercem a função de adjunto adverbial da oração principal um pronome relativo (que, qual, cujo, quem, etc.) e são classifica-
(OP). São classificadas de acordo com a conjunção subordinativa das em:
que as introduz:
- Causais: Expressam a causa do fato enunciado na oração prin- - Subordinadas Adjetivas Restritivas: São restritivas quando
cipal. Conjunções: porque, que, como (= porque), pois que, visto restringem ou especificam o sentido da palavra a que se referem.
que. - Subordinadas Adjetivas Explicativas: São explicativas quan-
- Condicionais: Expressam hipóteses ou condição para a ocor- do apenas acrescentam uma qualidade à palavra a que se referem,
rência do que foi enunciado na principal. Conjunções: se, contanto esclarecendo um pouco mais seu sentido, mas sem restringi-lo ou
que, a menos que, a não ser que, desde que. especificá-lo.
- Concessivas: Expressam ideia ou fato contrário ao da oração
principal, sem, no entanto, impedir sua realização. Conjunções: em-
bora, ainda que, apesar de, se bem que, por mais que, mesmo que.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Orações Reduzidas Verbais
Indicam flexões de modo, tempo, pessoa e número nos verbos
São caracterizadas por possuírem o verbo nas formas de gerún- Exemplos
dio, particípio ou infinitivo. Ao contrário das demais orações subor- vendêSSEmos, entregáRAmos. (modo e tempo)
dinadas, as orações reduzidas não são ligadas através dos conecti- vendesteS, entregásseIS. (pessoa e número)
vos. Há três tipos de orações reduzidas:
Indica, nos verbos, a conjugação a que pertencem.
- Orações reduzidas de infinitivo: Exemplos
Infinitivo: terminações –ar, -er, -ir. 1ª conjugação: – A – cantAr
2ª conjugação: – E – fazEr
Reduzida: Meu desejo era ganhar na loteria. 3ª conjugação: – I – sumIr
Desenvolvida: Meu desejo era que eu ganhasse na loteria.
(Oração Subordinada Substantiva Predicativa) Observação
Nos substantivos ocorre vogal temática quando ela não indica
- Orações Reduzidas de Particípio: oposição masculino/feminino.
Particípio: terminações –ado, -ido. Exemplos
livrO, dentE, paletó.
Reduzida: A mulher sequestrada foi resgatada.
Desenvolvida: A mulher que sequestraram foi resgatada. Tema: União do radical e a vogal temática.
(Oração Subordinada Adjetiva Restritiva) Exemplos
CANTAr, CORREr, CONSUMIr.
- Orações Reduzidas de Gerúndio:
Gerúndio: terminação –ndo. Vogal e consoante de ligação: São os elementos que se
interpõem aos vocábulos por necessidade de eufonia.
Reduzida: Respeitando as regras, não terão problemas. Exemplos
Desenvolvida: Desde que respeitem as regras, não terão pro- chaLeira, cafeZal.
blemas. (Oração Subordinada Adverbial Condicional)
Afixos
PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS Os afixos são elementos que se acrescentam antes ou depois do
radical de uma palavra para a formação de outra palavra. Dividem-
Estrutura e Formação das Palavras se em:

As palavras são formadas por estruturas menores, com Prefixo: Partícula que se coloca antes do radical.
significados próprios. Para isso, há vários processos que contribuem Exemplos
para a formação das palavras. DISpor, EMpobrecer, DESorganizar.

Estrutura das palavras Sufixo


Afixo que se coloca depois do radical.
As palavras podem ser subdivididas em estruturas significativas Exemplos
menores - os morfemas, também chamados de elementos mórficos: contentaMENTO, reallDADE, enaltECER.
- radical e raiz;
- vogal temática; Processos de formação das palavras
- tema;
- desinências; Composição
- afixos; Formação de uma palavra nova por meio da junção de dois ou
- vogais e consoantes de ligação. mais vocábulos primitivos. Temos:

Radical : Elemento que contém a base de significação do Justaposição: Formação de palavra composta sem alteração na
vocábulo. estrutura fonética das primitivas.
Exemplos Exemplos
VENDer, PARTir, ALUNo, MAR. passa + tempo = passatempo
gira + sol = girassol
Desinências: Elementos que indicam as flexões dos vocábulos.
Aglutinação: Formação de palavra composta com alteração da
Dividem-se em: estrutura fonética das primitivas.
Exemplos
Nominais em + boa + hora = embora
Indicam flexões de gênero e número nos substantivos. vossa + merce = você
Exemplos
pequenO, pequenA, alunO, aluna. Derivação
pequenoS, pequenaS, alunoS, alunas.
Formação de uma nova palavra a partir de uma primitiva.
Temos:

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LÍNGUA PORTUGUESA
Prefixação: Formação de palavra derivada com acréscimo de inter – no meio de: intervocálico, intercalado.
um prefixo ao radical da primitiva. intra – movimento para dentro: intravenoso, intrometer.
Exemplos justa – perto de: justapor.
CONter, INapto, DESleal. multi – pluralidade: multiforme.
ob, o – oposição: obstar, opor, obstáculo.
Sufixação: Formação de palavra nova com acréscimo de um pene – quase: penúltimo, península.
sufixo ao radical da primitiva. per – movimento através de, acabamento de ação; ideia
Exemplos pejorativa: percorrer.
cafezAL, meninINHa, loucaMENTE. post, pos – posteridade: postergar, pospor.
pre – anterioridade: predizer, preclaro.
Parassíntese: Formação de palavra derivada com acréscimo de preter – anterioridade, para além: preterir, preternatural.
um prefixo e um sufixo ao radical da primitiva ao mesmo tempo. pro – movimento para diante, a favor de, em vez de: prosseguir,
Exemplos procurador, pronome.
EMtardECER, DESanimADO, ENgravidAR. re – movimento para trás, ação reflexiva, intensidade,
repetição: regressar, revirar.
Derivação imprópria: Alteração da função de uma palavra retro – movimento para trás: retroceder.
primitiva. satis – bastante: satisdar.
Exemplo sub, sob, so, sus – inferioridade: subdelegado, sobraçar, sopé.
Todos ficaram encantados com seu andar: verbo usado com subter – por baixo: subterfúgio.
valor de substantivo. super, supra – posição superior, excesso: super-
homem, superpovoado.
Derivação regressiva: Ocorre a alteração da estrutura fonética trans, tras, tra, tres – para além de, excesso: transpor.
de uma palavra primitiva para a formação de uma derivada. Em tris, três, tri – três vezes: trisavô, tresdobro.
geral de um verbo para substantivo ou vice-versa. ultra – para além de, intensidade: ultrapassar, ultrabelo.
uni – um: unânime, unicelular.
Exemplos
combater – o combate
Grego: Os principais prefixos de origem grega são:
chorar – o choro
a, an – privação, negação: ápode, anarquia.
ana – inversão, parecença: anagrama, analogia.
Prefixos
anfi – duplicidade, de um e de outro lado: anfíbio, anfiteatro.
anti – oposição: antipatia, antagonista.
Os prefixos existentes em Língua Portuguesa são divididos em:
apo – afastamento: apólogo, apogeu.
vernáculos, latinos e gregos. arqui, arque, arce, arc – superioridade: arcebispo, arcanjo.
caco – mau: cacofonia.
Vernáculos: Prefixos latinos que sofreram modificações ou cata – de cima para baixo: cataclismo, catalepsia.
foram aportuguesados: a, além, ante, aquém, bem, des, em, entre, deca – dez: decâmetro.
mal, menos, sem, sob, sobre, soto. dia – através de, divisão: diáfano, diálogo.
Nota-se o emprego desses prefixos em palavras como: dis – dualidade, mau: dissílabo, dispepsia.
abordar, além-mar, bem-aventurado, desleal, engarrafar, maldição, en – sobre, dentro: encéfalo, energia.
menosprezar, sem-cerimônia, sopé, sobpor, sobre-humano, etc. endo – para dentro: endocarpo.
epi – por cima: epiderme, epígrafe.
Latinos: Prefixos que conservam até hoje a sua forma latina eu – bom: eufonia, eugênia, eupepsia.
original: hecto – cem: hectômetro.
a, ab, abs – afastamento: aversão, abjurar. hemi – metade: hemistíquio, hemisfério.
a, ad – aproximação, direção: amontoar. hiper – superioridade: hipertensão, hipérbole.
ambi – dualidade: ambidestro. hipo – inferioridade: hipoglosso, hipótese, hipotermia.
bis, bin, bi – repetição, dualidade: bisneto, binário. homo – semelhança, identidade: homônimo.
centum – cem: centúnviro, centuplicar, centígrado. meta – união, mudança, além de: metacarpo, metáfase.
circum, circun, circu – em volta de: circumpolar, circunstante. míria – dez mil: miriâmetro.
cis – aquem de: cisalpino, cisgangético. mono – um: monóculo, monoculista.
com, con, co – companhia, neo – novo, moderno: neologismo, neolatino.
concomitância: combater, contemporâneo. para – aproximação, oposição: paráfrase, paradoxo.
contra – oposição, posição inferior: contradizer. penta – cinco: pentágono.
de – movimento de cima para baixo, origem, peri – em volta de: perímetro.
afastamento: decrescer, deportar. poli – muitos: polígono, polimorfo.
des – negação, separação, ação contrária: desleal, desviar. pro – antes de: prótese, prólogo, profeta.
dis, di – movimento para diversas partes, ideia contrária: distrair,
dimanar. Sufixos
entre – situação intermediaria,
reciprocidade: entrelinha, entrevista. Os sufixos podem ser: nominais, verbais e adverbial.
ex, es, e – movimento de dentro para fora, intensidade,
privação, situação cessante: exportar, espalmar, ex-professor. Nominais
extra – fora de, além de, intensidade: extravasar, extraordinário. Coletivos: -aria, -ada, -edo, -al, -agem, -atro, -alha, -ama.
im, in, i – movimento para dentro; ideia Aumentativos e diminutivos: -ão, -rão, -zão, -arrão, -aço, -astro,
contraria: importar, ingrato. -az.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Agentes: -dor, -nte, -ário, -eiro, -ista. Ir ao supermercado;
Lugar: -ário, -douro, -eiro, -ório. Pegar as crianças na escola;
Estado: -eza, -idade, -ice, -ência, -ura, -ado, -ato. Caminhada na praia;
Pátrios: -ense, -ista, -ano, -eiro, -ino, -io, -eno, -enho, -aico. Reunião com amigos.
Origem, procedência: -estre, -este, -esco.
Dois pontos (:)
Verbais
Comuns: -ar, -er, -ir. 1- Antes de uma citação
Frequentativos: -açar, -ejar, -escer, -tear, -itar. Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto:
Incoativos: -escer, -ejar, -itar.
Diminutivos: -inhar, -itar, -icar, -iscar. 2- Antes de um aposto
Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à tarde e
Adverbial = há apenas um calor à noite.
MENTE: mecanicamente, felizmente etc.
3- Antes de uma explicação ou esclarecimento
Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, vivendo a ro-
EMPREGOS DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO. tina de sempre.

PONTUAÇÃO 4- Em frases de estilo direto


Maria perguntou:
Os sinais de pontuação são marcações gráficas que servem - Por que você não toma uma decisão?
para compor a coesão e a coerência textual, além de ressaltar es-
pecificidades semânticas e pragmáticas. Um texto escrito adquire Ponto de Exclamação (!)
diferentes significados quando pontuado de formas diversificadas.
O uso da pontuação depende, em certos momentos, da intenção do 1- Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera, susto, sú-
autor do discurso. Assim, os sinais de pontuação estão diretamente plica, etc.
relacionados ao contexto e ao interlocutor. Sim! Claro que eu quero me casar com você!

Principais funções dos sinais de pontuação 2- Depois de interjeições ou vocativos


Ai! Que susto!
Ponto (.) João! Há quanto tempo!

1- Indica o término do discurso ou de parte dele, encerrando Ponto de Interrogação (?)


o período.
Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres.
2- Usa-se nas abreviaturas: pág. (página), Cia. (Companhia). Se “- Então? Que é isso? Desertaram ambos?” (Artur Azevedo)
a palavra abreviada aparecer em final de período, este não receberá
outro ponto; neste caso, o ponto de abreviatura marca, também, o Reticências (...)
fim de período. Exemplo: Estudei português, matemática, constitu-
cional, etc. (e não “etc..”) 1- Indica que palavras foram suprimidas: Comprei lápis, cane-
tas, cadernos...
3- Nos títulos e cabeçalhos é opcional o emprego do ponto,
assim como após o nome do autor de uma citação: 2- Indica interrupção violenta da frase.
Haverá eleições em outubro “- Não... quero dizer... é verdad... Ah!”
O culto do vernáculo faz parte do brio cívico. (Napoleão Men-
des de Almeida) (ou: Almeida.) 3- Indica interrupções de hesitação ou dúvida: Este mal... pega
doutor?
4- Os números que identificam o ano não utilizam ponto nem
devem ter espaço a separá-los, bem como os números de CEP: 4- Indica que o sentido vai além do que foi dito: Deixa, depois,
1975, 2014, 2006, 17600-250. o coração falar...

Ponto e Vírgula ( ; ) Vírgula (,)

1- Separa várias partes do discurso, que têm a mesma impor- Não se usa vírgula
tância: “Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos dão pelo pão
a fazenda; os de espíritos generosos dão pelo pão a vida; os de ne- * separando termos que, do ponto de vista sintático, ligam-se
nhum espírito dão pelo pão a alma...” (VIEIRA) diretamente entre si:
- entre sujeito e predicado:
2- Separa partes de frases que já estão separadas por vírgulas: Todos os alunos da sala foram advertidos.
Alguns quiseram verão, praia e calor; outros, montanhas, frio e co- Sujeito predicado
bertor. - entre o verbo e seus objetos:
O trabalho custou sacrifício aos realizadores.
3- Separa itens de uma enumeração, exposição de motivos, de- V.T.D.I. O.D. O.I.
creto de lei, etc.

37
LÍNGUA PORTUGUESA
Usa-se a vírgula: QUESTÕES

- Para marcar intercalação: 1-) (SAAE/SP - FISCAL LEITURISTA - VUNESP - 2014)


a) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua abundância,
vem caindo de preço.
b) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão produ-
zindo, todavia, altas quantidades de alimentos.
c) das expressões explicativas ou corretivas: As indústrias não
querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não querem abrir mão
dos lucros altos.

- Para marcar inversão:


a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração): Depois
das sete horas, todo o comércio está de portas fechadas.
b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos pesquisa-
dores, não lhes destinaram verba alguma.
c) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de maio de
1982.

- Para separar entre si elementos coordenados (dispostos em


enumeração):
Era um garoto de 15 anos, alto, magro.
A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais.
(SAAE/SP - FISCAL LEITURISTA - VUNESP - 2014) Segundo a nor-
- Para marcar elipse (omissão) do verbo: ma-padrão da língua portuguesa, a pontuação está correta em:
Nós queremos comer pizza; e vocês, churrasco.
A) Hagar disse, que não iria.
- Para isolar: B) Naquela noite os Stevensens prometeram servir, bifes e la-
- o aposto: São Paulo, considerada a metrópole brasileira, pos- gostas, aos vizinhos.
sui um trânsito caótico. C) Chegou, o convite dos Stevensens, bife e lagostas: para Ha-
- o vocativo: Ora, Thiago, não diga bobagem. gar e Helga
D) “Eles são chatos e, nunca param de falar”, disse, Hagar à
Observações: Helga.
- Considerando-se que “etc.” é abreviatura da expressão latina E) Helga chegou com o recado: fomos convidados, pelos Ste-
et cetera, que significa “e outras coisas”, seria dispensável o empre- vensens, para jantar bifes e lagostas.
go da vírgula antes dele. Porém, o acordo ortográfico em vigor no
Brasil exige que empreguemos etc. precedido de vírgula: Falamos 1-) Correções realizadas:
de política, futebol, lazer, etc. A) Hagar disse que não iria. = não há vírgula entre verbo e seu
complemento (objeto)
- As perguntas que denotam surpresa podem ter combinados o B) Naquela noite os Stevensens prometeram servir bifes e la-
ponto de interrogação e o de exclamação: Você falou isso para ela?! gostas aos vizinhos. = não há vírgula entre verbo e seu complemen-
to (objeto)
- Temos, ainda, sinais distintivos: C) Chegou o convite dos Stevensens: bife e lagostas para Hagar
1-) a barra ( / ) = usada em datas (25/12/2014), separação de e Helga.
siglas (IOF/UPC); D) “Eles são chatos e nunca param de falar”, disse Hagar à Hel-
2-) os colchetes ([ ]) = usados em transcrições feitas pelo nar- ga.
rador ([vide pág. 5]), usado como primeira opção aos parênteses, E) Helga chegou com o recado: fomos convidados, pelos Ste-
principalmente na matemática; vensens, para jantar bifes e lagostas.
3-) o asterisco ( * ) = usado para remeter o leitor a uma nota RESPOSTA: “E”.
de rodapé ou no fim do livro, para substituir um nome que não se
quer mencionar. 2-) (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – MÉDICO DO TRABALHO –
CESPE/2014 - adaptada)
Fontes de pesquisa: A correção gramatical do trecho “Entre as bebidas alcoólicas,
http://www.infoescola.com/portugues/pontuacao/ cervejas e vinhos são as mais comuns em todo o mundo” seria pre-
http://www.brasilescola.com/gramatica/uso-da-virgula.htm judicada, caso se inserisse uma vírgula logo após a palavra “vinhos”.
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Cereja, The- ( ) CERTO ( ) ERRADO
reza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª 2-) Não se deve colocar vírgula entre sujeito e predicado, a não
ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. ser que se trate de um aposto (1), predicativo do sujeito (2), ou
algum termo que requeira estar separado entre pontuações. Exem-
plos:
O Rio de Janeiro, cidade maravilhosa (1), está em festa!
Os meninos, ansiosos (2), chegaram!
RESPOSTA: “CERTO”.

38
LÍNGUA PORTUGUESA
3-) (PRODAM/AM – ASSISTENTE – FUNCAB/2014) Em apenas ______________________________
uma das opções a vírgula foi corretamente empregada. Assinale-a.
______________________________
A) No dia seguinte, estavam todos cansados.
B) Romperam a fita da vitória, os dois atletas. ______________________________
C) Os seus hábitos estranhos, deixavam as pessoas perplexas.
D) A luta em defesa dos mais fracos, é necessária e fundamen- ________________________________________________
tal.
E) As florestas nativas do Brasil, sobrevivem em pequena parte ________________________________________________
do território.
________________________________________________
3-) A) No dia seguinte, estavam todos cansados. = correta
B) Romperam a fita da vitória, os dois atletas = não se separa
________________________________________________
sujeito do predicado (o sujeito está no final).
C) Os seus hábitos estranhos, deixavam as pessoas perplexas =
não se separa sujeito do predicado. ________________________________________________
D) A luta em defesa dos mais fracos, é necessária e fundamen-
tal = não se separa sujeito do predicado. ________________________________________________
E) As florestas nativas do Brasil, sobrevivem em pequena parte
do território. = não se separa sujeito do predicado ________________________________________________
RESPOSTA: “A”.
________________________________________________

______________________________ ________________________________________________

______________________________ ________________________________________________

______________________________ ________________________________________________

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39
LÍNGUA PORTUGUESA
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40
MATEMÁTICA
Análise e interpretação de gráficos e tabelas envolvendo dados numéricos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
Sistema legal de unidades de medida de massa e comprimento no Brasil.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05
Operações básicas com números inteiros, fracionários e decimais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 07
Geometria: perímetro, área e volume das principais figuras geométricas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
Regra de três simples e composta. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
Razão. Proporção.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
Porcentagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
Juros simples. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
Equações: 1º grau, 2º grau e sistemas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
Relações métricas e trigonométricas no triângulo retângulo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
MATEMÁTICA
Os gráficos e as tabelas se prestam, portanto, a objetivos distin-
ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE GRÁFICOS E TABELAS tos, de modo que a utilização de uma forma de apresentação não
ENVOLVENDO DADOS NUMÉRICOS. exclui a outra.
Para a confecção de um gráfico, algumas regras gerais devem
TABELAS E GRÁFICOS ser observadas:
Os gráficos, geralmente, são construídos num sistema de eixos
Tabelas chamado sistema cartesiano ortogonal. A variável independente é lo-
calizada no eixo horizontal (abscissas), enquanto a variável dependente
A tabela é a forma não discursiva de apresentar informações, é colocada no eixo vertical (ordenadas). No eixo vertical, o início da
das quais o dado numérico se destaca como informação central. escala deverá ser sempre zero, ponto de encontro dos eixos.
Sua finalidade é apresentar os dados de modo ordenado, simples Iguais intervalos para as medidas deverão corresponder a iguais
e de fácil interpretação, fornecendo o máximo de informação num intervalos para as escalas. Exemplo: Se ao intervalo 10-15 kg corres-
mínimo de espaço. ponde 2 cm na escala, ao intervalo 40-45 kg também deverá corres-
ponder 2 cm, enquanto ao intervalo 40-50 kg corresponderá 4 cm.
Elementos da tabela O gráfico deverá possuir título, fonte, notas e legenda, ou
seja, toda a informação necessária à sua compreensão, sem auxílio
Uma tabela estatística é composta de elementos essenciais e ele- do texto.
mentos complementares. Os elementos essenciais são: O gráfico deverá possuir formato aproximadamente quadra-
Título: é a indicação que precede a tabela contendo a desig- do para evitar que problemas de escala interfiram na sua correta
nação do fato observado, o local e a época em que foi estudado. interpretação.
Corpo: é o conjunto de linhas e colunas onde estão inseridos
os dados. Tipos de Gráficos
Cabeçalho: é a parte superior da tabela que indica o conteú-
do das colunas. Estereogramas: são gráficos onde as grandezas são represen-
Coluna indicadora: é a parte da tabela que indica o conteúdo tadas por volumes. Geralmente são construídos num sistema de
das linhas. eixos bidimensional, mas podem ser construídos num sistema tridi-
mensional para ilustrar a relação entre três variáveis.
Os elementos complementares são:
Fonte: entidade que fornece os dados ou elabora a tabela.
Notas: informações de natureza geral, destinadas a esclare-
cer o conteúdo das tabelas.
Chamadas: informações específicas destinadas a esclarecer
ou conceituar dados numa parte da tabela. Deverão estar indica-
das no corpo da tabela, em números arábicos entre parênteses, à
esquerda nas casas e à direita na coluna indicadora. Os elementos
complementares devem situar-se no rodapé da tabela, na mesma
ordem em que foram descritos.

Cartogramas: são representações em cartas geográficas (mapas).

Gráficos

Outro modo de apresentar dados estatísticos é sob uma forma


ilustrada, comumente chamada de gráfico. Os gráficos constituem-
-se numa das mais eficientes formas de apresentação de dados.
Um gráfico é, essencialmente, uma figura construída a partir de
uma tabela; mas, enquanto a tabela fornece uma ideia mais precisa
e possibilita uma inspeção mais rigorosa aos dados, o gráfico é mais
indicado para situações que visem proporcionar uma impressão
mais rápida e maior facilidade de compreensão do comportamento
do fenômeno em estudo.

1
MATEMÁTICA
Pictogramas ou gráficos pict ricos: são gráficos puramente c) Gráfico de linhas ou curvas: neste gráfico os pontos são dispos-
ilustrativos, construídos de modo a ter grande apelo visual, dirigi- tos no plano de acordo com suas coordenadas, e a seguir são ligados
dos a um público muito grande e heterogêneo. Não devem ser uti- por segmentos de reta. É muito utilizado em séries históricas e em sé-
lizados em situações que exijam maior precisão. ries mistas quando um dos fatores de variação é o tempo, como instru-
mento de comparação.

Diagramas: são gráficos geométricos de duas dimensões, de


fácil elaboração e grande utilização. Podem ser ainda subdivididos d) Gráfico em setores: é recomendado para situações em que
em: gráficos de colunas, de barras, de linhas ou curvas e de setores. se deseja evidenciar o quanto cada informação representa do total.
a) Gráfico de colunas: neste gráfico as grandezas são compa- A figura consiste num círculo onde o total (100%) representa 360°,
radas através de retângulos de mesma largura, dispostos vertical- subdividido em tantas partes quanto for necessário à representa-
mente e com alturas proporcionais às grandezas. A distância entre ção. Essa divisão se faz por meio de uma regra de três simples. Com
os retângulos deve ser, no mínimo, igual a 1/2 e, no máximo, 2/3 da
o auxílio de um transferidor efetuasse a marcação dos ângulos cor-
largura da base dos mesmos.
respondentes a cada divisão.

Exemplo: (Pref. Fortaleza CE – Pedagogia – Pref. Fortaleza)


“Estar alfabetizado, neste final de século, supõe saber ler e inter-
b) Gráfico de barras: segue as mesmas instruções que o gráfico pretar dados apresentados de maneira organizada e construir re-
de colunas, tendo a única diferença que os retângulos são dispostos presentações, para formular e resolver problemas que impliquem
horizontalmente. É usado quando as inscrições dos retângulos fo- o recolhimento de dados e a análise de informações. Essa caracte-
rem maiores que a base dos mesmos. rística da vida contemporânea traz ao currículo de Matemática uma
demanda em abordar elementos da estatística, da combinatória e
da probabilidade, desde os ciclos iniciais” (BRASIL, 1997).
Observe os gráficos e analise as informações.

2
MATEMÁTICA

A partir das informações contidas nos gráficos, é correto afirmar que:

(A) nos dias 03 e 14 choveu a mesma quantidade em Fortaleza e Florianópolis.


(B) a quantidade de chuva acumulada no mês de março foi maior em Fortaleza.
(C) Fortaleza teve mais dias em que choveu do que Florianópolis.
(D) choveu a mesma quantidade em Fortaleza e Florianópolis.

Resolução:
A única alternativa que contém a informação correta com os gráficos é a C.
Resposta: C.

Média Aritmética

Ela se divide em:

- Simples: é a soma de todos os seus elementos, dividida pelo número de elementos n.


Para o cálculo:
Se x for a média aritmética dos elementos do conjunto numérico A = x1; x2; x3; ...; xn , então, por definição:

3
MATEMÁTICA
Exemplo: (C mara Municipal de São José dos Campos SP – (A) 7,0
Analista Técnico Legislativo – Designer Gráfico – VUNESP) Na festa (B) 8,0
de seu aniversário em 2014, todos os sete filhos de João estavam (C) 7,8
presentes. A idade de João nessa ocasião representava 2 vezes a (D) 8,4
média aritmética da idade de seus filhos, e a razão entre a soma das (E) 7,2
idades deles e a idade de João valia
Resolução:
(A) 1,5. Na média ponderada multiplicamos o peso da prova pela sua
(B) 2,0. nota e dividimos pela soma de todos os pesos, assim temos:
(C) 2,5.
(D) 3,0. 8.1 + 6,5.2 + 9.3 8 + 13 + 27 48
(E) 3,5. 𝑀𝑃 = = = = 8,0
1+2+3 6 6
Resolução:
Foi dado que: J = 2.M Resposta: B.

Média geométrica
𝑎+𝑏+⋯+𝑔
𝐽= 7
= 2. 𝑀 (I) É definida, para números positivos, como a raiz n-ésima do pro-
duto de n elementos de um conjunto de dados.

𝑎+𝑏+⋯+𝑔
=?
𝐽
Foi pedido:

Na equação ( I ), temos que: Aplicações

Como o próprio nome indica, a média geométrica sugere inter-


𝑎+𝑏+⋯+𝑔 pretações geométricas. Podemos calcular, por exemplo, o lado de
7= um quadrado que possui a mesma área de um retângulo, usando a
𝐽 definição de média geométrica.
Exemplo: A média geométrica entre os números 12, 64, 126 e
345, é dada por:
G = R4[12 64 126 345] = 76,013
7 𝑎+𝑏+⋯+𝑔
= Média harm nica
2 𝑀
Corresponde a quantidade de números de um conjunto dividi-
dos pela soma do inverso de seus termos. Embora pareça compli-
𝑎 + 𝑏 + ⋯+ 𝑔 cado, sua formulação mostra que também é muito simples de ser
= 3,5 calculada:
𝑀
Resposta: E.
- Ponderada: é a soma dos produtos de cada elemento multi-
plicado pelo respectivo peso, dividida pela soma dos pesos.
Para o cálculo

Exemplo: Na figura abaixo os segmentos AB e DA são tangen-


tes à circunferência determinada pelos pontos B, C e D. Sabendo-se
que os segmentos AB e CD são paralelos, pode-se afirmar que o
lado BC é:
A palavra média, sem especificações (aritmética ou pondera-
da), deve ser entendida como média aritmética.

Exemplo: (C MARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO


SP – Programador de Computador – FIP) A média semestral de um
curso é dada pela média ponderada de três provas com peso igual a
1 na primeira prova, peso 2 na segunda prova e peso 3 na terceira.
Qual a média de um aluno que tirou 8,0 na primeira, 6,5 na segunda
e 9,0 na terceira?

4
MATEMÁTICA
(A) a média aritmética entre AB e CD.
(B) a média geométrica entre AB e CD.
(C) a média harmônica entre AB e CD.
(D) o inverso da média aritmética entre AB e CD.
(E) o inverso da média harmônica entre AB e CD.

Resolução:
Sendo AB paralela a CD, se traçarmos uma reta perpendicular a AB, esta será perpendicular a CD também.
Traçamos então uma reta perpendicular a AB, passando por B e outra perpendicular a AB passando por D:

Sendo BE perpendicular a AB temos que BE irá passar pelo centro da circunferência, ou seja, podemos concluir que o ponto E é ponto
médio de CD.
Agora que ED é metade de CD, podemos dizer que o comprimento AF vale AB-CD/2.
Aplicamos Pitágoras no triângulo ADF:

(1)

Aplicamos agora no triângulo ECB:

(2)

Agora diminuímos a equação (1) da equação (2):

Note, no desenho, que os segmentos AD e AB possuem o mesmo comprimento, pois são tangentes à circunferência. Vamos então
substituir na expressão acima AD = AB:

Ou seja, BC é a média geométrica entre AB e CD.


Resposta: B.

SISTEMA LEGAL DE UNIDADES DE MEDIDA DE MASSA E COMPRIMENTO NO BRASIL.

SISTEMA MÉTRICO DECIMAL

O sistema métrico decimal é parte integrante do Sistema de Medidas. É adotado no Brasil tendo como unidade fundamental de me-
dida o metro.
O Sistema de Medidas é um conjunto de medidas usado em quase todo o mundo, visando padronizar as formas de medição.

5
MATEMÁTICA
Medidas de comprimento

Os múltiplos do metro são usados para realizar medição em grandes distâncias, enquanto os submúltiplos para realizar medição em
pequenas distâncias.

Para transformar basta seguir a tabela seguinte (esta transformação vale para todas as medidas):

Medidas de super cie e área

As unidades de área do sistema métrico correspondem às unidades de comprimento da tabela anterior.


São elas: quilômetro quadrado (km2), hectômetro quadrado (hm2), etc. As mais usadas, na prática, são o quilômetro quadrado, o me-
tro quadrado e o hectômetro quadrado, este muito importante nas atividades rurais com o nome de hectare (ha): 1 hm2 = 1 ha.
No caso das unidades de área, o padrão muda: uma unidade é 100 vezes a menor seguinte e não 10 vezes, como nos comprimentos.
Entretanto, consideramos que o sistema continua decimal, porque 100 = 102. A nomenclatura é a mesma das unidades de comprimento
acrescidas de quadrado.

Vejamos as relações entre algumas essas unidades que não fazem parte do sistema métrico e as do sistema métrico decimal (valores
aproximados):
1 polegada = 25 milímetros
1 milha= 1 609 metros
1 légua= 5 555 metros
1 pé= 30 centímetros

Medidas de Volume e Capacidade

Na prática, são muitos usados o metro cúbico(m3) e o centímetro cúbico(cm3).


Nas unidades de volume, há um novo padrão: cada unidade vale 1000 vezes a unidade menor seguinte. Como 1000 = 103, o sistema
continua sendo decimal. Acrescentamos a nomenclatura cúbico.
A noção de capacidade relaciona-se com a de volume. A unidade fundamental para medir capacidade é o litro (l); 1l equivale a 1 dm3.

Medidas de Massa

O sistema métrico decimal inclui ainda unidades de medidas de massa. A unidade fundamental é o grama(g). Assim as denominamos:
Kg – Quilograma; hg – hectograma; dag – decagrama; g – grama; dg – decigrama; cg – centigrama; mg – miligrama
Dessas unidades, só têm uso prático o quilograma, o grama e o miligrama. No dia-a-dia, usa-se ainda a tonelada (t). Medidas Especiais:
1 Tonelada(t) = 1000 Kg
1 Arroba = 15 Kg
1 Quilate = 0,2 g
Em resumo temos:

6
MATEMÁTICA

Relações importantes

1 kg = 1l = 1 dm3
1 hm2 = 1 ha = 10.000m2
1 m3 = 1000 l

Exemplos:
01. (CLIN RJ - Gari e Operador de Roçadeira - COSEAC) Uma peça de um determinado tecido tem 30 metros, e para se confeccionar
uma camisa desse tecido são necessários 15 decímetros. Com duas peças desse tecido é possível serem confeccionadas:

(A) 10 camisas
(B) 20 camisas
(C) 40 camisas
(D) 80 camisas

02. (CLIN RJ - Gari e Operador de Roçadeira - COSEAC) Um veículo tem capacidade para transportar duas toneladas de carga. Se a
carga a ser transportada é de caixas que pesam 4 quilogramas cada uma, o veículo tem capacidade de transportar no máximo:
(A) 50 caixas
(B) 100 caixas
(C) 500 caixas
(D) 1000 caixas

Resolução:
01. Resposta: C.
Como eu quero 2 peças desse tecido e 1 peça possui 30 metros logo:
30 . 2 = 60 m. Temos que trabalhar com todas na mesma unidade: 1 m é 10dm assim temos 60m . 10 = 600 dm, como cada camisa
gasta um total de 15 dm, temos então:
600/15 = 40 camisas.

02. Resposta: C.
Uma tonelada(ton) é 1000 kg, logo 2 ton. 1000kg= 2000 kg
Cada caixa pesa 4kg
2000 kg/ 4kg = 500 caixas.

OPERAÇÕES BÁSICAS COM NÚMEROS INTEIROS, FRACIONÁRIOS E DECIMAIS.

Números Naturais

Os números naturais são o modelo matemático necessário para efetuar uma contagem.
Começando por zero e acrescentando sempre uma unidade, obtemos os elementos dos números naturais:

7
MATEMÁTICA

ℕ = 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, … . Número Nomenclatura
1.º primeiro
A construção dos Números Naturais 2.º segundo
3.º terceiro
- Todo número natural dado tem um sucessor (número que
vem depois do número dado), considerando também o zero. 4.º quarto
5.º quinto
Exemplos: Seja m um número natural. 6.º sexto
a) O sucessor de m é m+1.
b) O sucessor de 0 é 1. 7.º sétimo
c) O sucessor de 1 é 2. 8.º oitavo
d) O sucessor de 19 é 20. 9.º nono

- Se um número natural é sucessor de outro, então os dois nú- 10.º décimo


meros juntos são chamados números consecutivos. décimo primeiro ou
11.º
undécimo
Exemplos: décimo segundo ou
a) 1 e 2 são números consecutivos. 12.º
duodécimo
b) 5 e 6 são números consecutivos.
c) 50 e 51 são números consecutivos. 13.º décimo terceiro
14.º décimo quarto
- Vários números formam uma coleção de números naturais 15.º décimo quinto
consecutivos se o segundo é sucessor do primeiro, o terceiro é su-
16.º décimo sexto
cessor do segundo, o quarto é sucessor do terceiro e assim suces-
sivamente. 17.º décimo sétimo
18.º décimo oitavo
Exemplos:
19.º décimo nono
a) 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 são consecutivos.
b) 5, 6 e 7 são consecutivos. 20.º vigésimo
c) 50, 51, 52 e 53 são consecutivos. 21.º vigésimo primeiro
22.º vigésimo segundo
- Todo número natural dado N, exceto o zero, tem um anteces-
sor (número que vem antes do número dado). 23.º vigésimo terceiro
24.º vigésimo quarto
Exemplos: Se m é um número natural finito diferente de zero.
25.º vigésimo quinto
a) O antecessor do número m é m-1.
b) O antecessor de 2 é 1. 26.º vigésimo sexto
c) O antecessor de 56 é 55. 27.º vigésimo sétimo
d) O antecessor de 10 é 9.
28.º vigésimo oitavo
Subconjuntos de ℕ! 29.º vigésimo nono
Vale lembrar que um asterisco, colocado junto à letra que 30.º trigésimo
simboliza um conjunto, significa que o zero foi excluído de tal con-
40.º quadragésimo
junto.
50.º quinquagésimo
ℕ∗ = {1, 2, 3, 4, 5, … . } 60.º sexagésimo
septuagésimo ou se-
70.º
tuagésimo
NÚMEROS ORDINAIS
80.º octogésimo
Os números ordinais são tipos de numerais utilizados para in- 90.º nonagésimo
dicar uma ordem ou hierarquia numa dada sequência. Ou seja, eles
100.º centésimo
indicam a posição ou lugar que algo ou alguém ocupa numa série
ou conjunto. 200.º ducentésimo
São muito utilizados em competições esportivas, para indicar trecentésimo ou tri-
andares de edifícios, tópicos de uma lista, as partes de algo, arti- 300.º
centésimo
gos de lei, decretos, capítulos de obra, indicação de séculos, dentre
400.º quadringentésimo
outros.
500.º quingentésimo
Lista de Números Ordinais
sexcentésimo ou
Segue abaixo uma lista dos números ordinais e os termos es- 600.º
seiscentésimo
critos por extenso.

8
MATEMÁTICA

Número Nomenclatura
septingentésimo ou
700.º
setingentésimo
octingentésimo ou
800.º
octogentésimo Ao conjunto formado pelos números Irracionais e pelos nú-
noningentésimo ou meros Racionais chamamos de conjunto dos números Reais. Ao
900.º unirmos o conjunto dos números Irracionais com o conjunto dos
nongentésimo
números Racionais, formando o conjunto dos números Reais, todas
1.000.º milésimo as distâncias representadas por eles sobre uma reta preenchem-na
10.000.º décimo milésimo por completo; isto é, ocupam todos os seus pontos.
100.000.º centésimo milésimo Por isso, essa reta é denominada reta Real.
1.000.000.º milionésimo
1.000.000.000.º bilionésimo
1.000.000.000.000.º trilionésimo
1.000.000.000.000.000.º quatrilionésimo
1.000.000.000.000.000.000.º quintilionésimo
1.000.000.000.000.000.000.000.º Sextilionésimo
1.000.000.000.000.000.000.000.000
Septilionésimo

1.000.000.000.000.000.000.000.000
Octilionésimo
.000.º
1.000.000.000.000.000.000.000.000.
Nonilionésimo
000.000.º
1.000.000.000.000.000.000.000.000.
Decilionésimo
000.000.000.º

Fonte: https://www.todamateria.com.br/numeros-ordinais/

NÚMEROS REAIS

O conjunto dos números reais R é uma expansão do conjunto


dos números racionais que engloba não só os inteiros e os fracio-
nários, positivos e negativos, mas também todos os números irra-
cionais. Podemos concluir que na representação dos números Reais so-
Os números reais são números usados para representar uma bre uma reta, dados uma origem e uma unidade, a cada ponto da
quantidade contínua (incluindo o zero e os negativos). Pode-se reta corresponde um número Real e a cada número Real correspon-
pensar num número real como uma fração decimal possivelmente de um ponto na reta.
infinita, como 3,141592(...). Os números reais têm uma correspon-
dência biunívoca com os pontos de uma reta.
Denomina-se corpo dos números reais a coleção dos elemen-
tos pertencentes à conclusão dos racionais, formado pelo corpo de
frações associado aos inteiros (números racionais) e a norma asso-
ciada ao infinito.
Existem também outras conclusões dos racionais, uma para
cada número primo p, chamadas números p-ádicos. O corpo dos
números p-ádicos é formado pelos racionais e a norma associada Ordenaç o dos n meros eais
a p!
A representação dos números Reais permite definir uma rela-
Propriedade ção de ordem entre eles. Os números Reais positivos são maiores
que zero e os negativos, menores. Expressamos a relação de ordem
O conjunto dos números reais com as operações binárias de da seguinte maneira: Dados dois números Reais a e b,
soma e produto e com a relação natural de ordem formam um cor- a b b–a 0
po ordenado. Além das propriedades de um corpo ordenado, R tem
a seguinte propriedade: Se R for dividido em dois conjuntos (uma Exemplo: -15 5 – (-15) 0
partição) A e B, de modo que todo elemento de A é menor que todo 5 + 15 0
elemento de B, então existe um elemento x que separa os dois con-
juntos, ou seja, x é maior ou igual a todo elemento de A e menor ou Propriedades da relaç o de ordem
igual a todo elemento de B. - Reflexiva: a a
- Transitiva: a b e b c a c

9
MATEMÁTICA
- Anti-simétrica: a b e b a a = b Para colocar em prática o que foi exposto, vamos fazer as qua-
- Ordem total: a < b ou b < a ou a = b tro operações indicadas: adição, subtração, multiplicação e divisão
com dois números Irracionais.
xpress o aproximada dos n meros eais

Valor Absoluto

Como vimos, o erropode ser:


- Por excesso: neste caso, consideramos o erro positivo.
- Por falta: neste caso, consideramos o erro negativo.

Quando o erro é dado sem sinal, diz-se que está dado em valor
absoluto. O valor absoluto de um número a é designado por |a| e
coincide com o número positivo, se for positivo, e com seu oposto,
se for negativo.

Exemplo: Um livro nos custou 8,50 reais. Pagamos com uma


nota de 10 reais. Se nos devolve 1,60 real de troco, o vendedor co-
Os números Irracionais possuem infinitos algarismos decimais meteu um erro de +10 centavos. Ao contrário, se nos devolve 1,40
não-periódicos. As operações com esta classe de números sempre real, o erro cometido é de 10 centavos.
produzem erros quando não se utilizam todos os algarismos deci-
mais. Por outro lado, é impossível utilizar todos eles nos cálculos. Operações com números naturais
Por isso, somos obrigados a usar aproximações, isto é, cortamos o
decimal em algum lugar e desprezamos os algarismos restantes. Os Adição
algarismos escolhidos serão uma aproximação do número Real. Ob-
serve como tomamos a aproximação do número nas tabelas. Seu objetivo é reunir em um só os valores de vários números.
Os números cujos valores devem ser reunidos são denominados
Aproximação por parcelas.
Falta Excesso
Propriedades
Erro menor que
Comutativa
1 unidade 1 3 2 4
1 décimo 1,4 3,1 1, 3,2 Se a e b são dois números naturais, então, a ordem em que fo-
rem colocados ao se efetuar a adição não altera o resultado. Assim:
1 centésimo 1,41 3,14 1,42 3,1
a+b=b+a
1 milésimo 1,414 3,141 1,41 3,142
1 décimo de milé- Associativa
1,4142 3,141 1,4134 3,1416
simo
Se a, b e c são três números naturais, o agrupamento que fizer-
Operações com n meros eais mos deles não alterará o resultado da soma:
[a+b]+c=a+[b+c]
Operando com as aproximações, obtemos uma sucessão de in-
tervalos fixos que determinam um número Real. É assim que vamos Subtração
trabalhar as operações adição, subtração, multiplicação e divisão.
Relacionamos, em seguida, uma série de recomendações úteis para Se conhecemos a soma de dois números naturais e também
operar com números Reais: um desses números podemos achar o outro? A resposta nos leva à
- Vamos tomar a aproximação por falta. subtração de números naturais.
- Se quisermos ter uma ideia do erro cometido, escolhemos o b+c=a, portanto, c=a-b
mesmo número de casas decimais em ambos os números. a é o minuendo; b o subtraendo
- Se utilizamos uma calculadora, devemos usar a aproximação No entanto, devemos considerar que a subtração de números
máxima admitida pela máquina (o maior número de casas deci- naturais nem sempre é possível. Quando o subtraendo é maior que
mais). o minuendo, não temos solução no conjunto dos naturais.
- Quando operamos com números Reais, devemos fazer cons- 5-7∉N
tar o erro de aproximação ou o número de casas decimais.
- É importante adquirirmos a idéia de aproximação em função Multiplicação
da necessidade. Por exemplo, para desenhar o projeto de uma casa,
basta tomar medidas com um erro de centésimo. Podemos interpretar a multiplicação como uma soma de par-
- Em geral, para obter uma aproximação de n casas decimais, celas iguais.
devemos trabalhar com números Reais aproximados, isto é, com n bxa=a+a+a+a..
+ 1 casas decimais.

10
MATEMÁTICA
Propriedades 16 + 7
23
Comutativa
Exemplo 2
Se a e b são dois números naturais, a ordem com que forem
multiplicados não altera o produto: 40 – 9 x 4 + 23
axb= bxa 40 – 36 + 23
4 + 23
Associativa 27

Se a, b e c são números naturais, podemos substituir dois ou Divisibilidade


mais fatores pelo produto efetuado sem alterar o resultado:
[axb]xc=ax[bxc] Em algumas situações precisamos apenas saber se um número
natural é divisível por outro número natural, sem a necessidade de
Divisão obter o resultado da divisão. Neste caso utilizamos as regras conhe-
cidas como critérios de divisibilidade. Apresentamos as regras de
Operação inversa à multiplicação. divisibilidade por 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10.
D=dxq
Onde,D é o dividendo d é o divisor e q o quociente Critérios de divisibilidade

Problemas com as quatro operações Divisibilidade por 2

1) Paula, Ana e Marta são irmãs e todas elas ganham mesadas Um número é divisível por 2 se ele é par, ou seja, termina em
do pai, só que cada uma ganha um valor diferente. Paula ganha R$ 0, 2, 4, 6 ou 8.
70,00 por mês, Ana ganha R$ 60,00 e Maria R$ 50,00. Qual o total Exemplos: O número 5634 é divisível por 2, pois o seu último
que o pai das meninas precisa separar no mês para pagar as mesa- algarismo é 4, mas 135 não é divisível por 2, pois é um número ter-
das? minado com o algarismo 5 que não é par.

Soluç o Divisibilidade por 3


O total é a soma da mesada de cada uma: 70+60+50=180
O pai das meninas precisa separar no mês para pagar as mesa- Um número é divisível por 3 se a soma de seus algarismos é
das R$180,00. divisível por 3.
Exemplos: 18 é divisível por 3, pois 1+8=9 que é divisível por 3,
1) Na fruteira de seu Manoel, das 520 laranjas que havia 576 é divisível por 3 pois: 5+7+6=18 que é divisível por 3, mas 134
para venda, 60 estavam estragadas e foram separadas das demais. não é divisível por 3, pois 1+3+4=8 que não é divisível por 3.
Quantas laranjas ficaram?
Divisibilidade por 4
Soluç o
520-60=460 laranjas Um número é divisível por 4 se o número formado pelos seus
Ficaram 460 laranjas dois últimos algarismos é divisível por 4.
2) O professor de matemática de uma turma de 36 alunos Exemplos: 4312 é divisível por 4, pois 12 é divisível por 4, mas
decidiu dividir a turma em grupos, sendo que cada grupo teria 4 1635 não é divisível por 4 pois 35 não é divisível por 4.
integrantes. Quantos grupos serão formados?
Divisibilidade por 5
Soluç o
36:4=9 Um número é divisível por 5 se o seu último algarismo é 0
Serão formados 9 grupos (zero) ou 5.
Exemplos: 75 é divisível por 5, pois termina com o algarismo 5,
Expressões mas 107 não é divisível por 5 pois o seu último algarismo não é 0
(zero) nem 5.
Nas expressões numéricas aparecem adições, subtrações, mul-
tiplicações e divisões. Todas as operações podem acontecer em Divisibilidade por 6
uma única expressão. Para resolver as expressões numéricas utili-
zamos alguns procedimentos: Um número é divisível por 6 se é par e a soma de seus algaris-
mos é divisível por 3.
Se em uma expressão numérica aparecer as quatro operações, Exemplos: 756 é divisível por 6, pois 756 é par e a soma de seus
devemos resolver a multiplicação ou a divisão primeiramente, na algarismos: 7+5+6=18 é divisível por 3, 527 não é divisível por 6,
ordem em que elas aparecerem e somente depois a adição e a sub- pois não é par e 872 é par mas não é divisível por 6 pois a soma de
tração, também na ordem em que aparecerem. seus algarismos: 8+7+2=17 não é divisível por 3.

Exemplo 1

10 + 12 – 6 + 7
22 – 6 + 7

11
MATEMÁTICA
Divisibilidade por 7 Divisibilidade por 13

Um número é divisível por 7 se o dobro do último algarismo, Um número é divisível por 13 se o quádruplo (4 vezes) do últi-
subtraído do número sem o último algarismo, resultar um número mo algarismo, somado ao número sem o último algarismo, resultar
divisível por 7. Se o número obtido ainda for grande, repete-se o um número divisível por 13. Se o número obtido ainda for grande,
processo até que se possa verificar a divisão por 7. repete-se o processo até que se possa verificar a divisão por 13.
Este critério é semelhante àquele dado antes para a divisibilidade
Exemplo: 165928 é divisível por 7, pois: por 7, apenas que no presente caso utilizamos a soma ao invés de
8x2=16 subtração.
16592-16=16576
Repete-se o processo com este último número. Exemplo: 16562 é divisível por 13? Vamos verificar.
6x2=12 2x4=8
1657-12=1645 1656+8=1664
Repete-se o processo com este último número. Repete-se o processo com este último número.
5x2=10 4x4=16
164-10=154 166+16=182
Repete-se o processo com este último número. Repete-se o processo com este último número.
4x2=8 2x4=8
15-8=7 18+8=26
A diferença é divisível por 7, logo o número dado inicialmente Como a última soma é divisível por 13, então o número dado
também é divisível por 7. inicialmente também é divisível por 13.

Divisibilidade por 8

Um número é divisível por 8 se o número formado pelos seus GEOMETRIA: PERÍMETRO, ÁREA E VOLUME DAS PRIN-
três últimos algarismos é divisível por 8. CIPAIS FIGURAS GEOMÉTRICAS.
Exemplos: 45128 é divisível por 8, pois 128 dividido por 8 for-
nece 16, mas 45321 não é divisível por 8 pois 321 não é divisível A geometria plana, também chamada geometria elementar ou
por 8. Euclidiana, teve início na Grécia antiga. Esse estudo analisava as di-
ferentes formas de objetos.
Divisibilidade por 9 Na geometria plana as figuras geométricas mais conhecidas
são os triângulos, quadriláteros (quadrado, retângulo, trapézio, pa-
Um número é divisível por 9 se a soma dos seus algarismos é ralelogramo), círculo e circunferência, e, alguns polígonos que rece-
um número divisível por 9. bem nomes especiais de acordo com o n° de lados.
Exemplos: 1935 é divisível por 9, pois: 1+9+3+5=18 que é divisí-
vel por 9, mas 5381 não é divisível por 9 pois: 5+3+8+1=17 que não Retas paralelas
é divisível por 9.
Duas retas são paralela se e somente se a intersecção entre
Divisibilidade por 10 elas é o conjunto vazio, ou seja não existe ponto comum entre elas.
Por um ponto passa uma única reta paralela a uma outra reta dada.
Um número é divisível por 10 se termina com o algarismo 0
(zero). Retas perpendiculares
Exemplos: 5420 é divisível por 10, pois termina em 0 (zero),
mas 6342 não termina em 0 (zero). Duas retas são perpendiculares se o ângulo formado entre elas
Divisibilidade por 11 for de 90 graus (ângulo reto).

Um número é divisível por 11 se a soma dos algarismos de or- Ângulo


dem par Sp menos a soma dos algarismos de ordem ímpar Si é um
número divisível por 11. Como um caso particular, se Sp-Si=0 ou se Um ângulo é uma figura formada por duas semirretas de mes-
Si-Sp=0, então o número é divisível por 11. ma origem.

Exemplos:

a)1º 3º 5º Algarismos de posição ímpar (Soma dos algarismos


de posição ímpar: 4 + 8 + 3 = 15.)
43813
2º 4º Algarismos de posição par (Soma dos algarismos de posi-
ção par:3 + 1 = 4)

15 – 4 = 11 diferença divisível por 11. Logo 43813 é divisível


por 11.

12
MATEMÁTICA
→ →
Os lados são as semirretas OA e OB , ambas de origem em O e ngulos complementares e suplementares
infinitas. O ponto O é o vértice do ângulo AÔB.
O instrumento usado para medir ângulo é o transferidor, que Dois ângulos são complementares quando a soma de suas me-
tem como unidade o grau. didas é 90 º.
Um ângulo cuja medida é: Sabendo que a medida de um ângulo agudo, em graus, é x, a
- igual a 90º é um ângulo reto medida do complemento desse ângulo é dada por ( 90 – x).
- maior que 90º e menor que 180º é um ângulo obtuso
- menor que 90º e maior que 0º é um ângulo agudo
- igual a 180º é um ângulo raso ou de meia volta

Os ângulos a e b são complementares (b é o complemento de


a, e a é o complemento de b.)
Dois ângulos são suplementares quando a soma de suas me-
didas é 180º.
Sabendo que y é a medida de um ângulo, em graus, então a
medida do suplemento desse ângulo é dada por ( 180 – y).

ngulos congruentes

Dois ângulos cujas medidas são iguais são congruentes

Os ângulos a e b são suplementares. O ângulo a é agudo e o


ângulo b é obtuso.

ngulos Opostos pelo vértice (OPV)

Dois ângulos são opv quando os lados de um deles são semirre-


tas opostas aos lados do outro. ngulos opv são congruentes.

Os ângulos ABC e DÊF têm mesma medida, logo são congruentes.

Bissetriz de um ngulo

Bissetriz de um ângulo é a semirreta que divide o ângulo em dois


ângulos de mesma medida, isto é, em dois ângulos congruentes.

Os ângulos AÔB e CÔD são opv.

Problemas

1. As medidas dos ângulos de um triângulo são, respectivamen-


te, x, 3x e 5x. Calcule o valor de x.

2. Determine o valor de x nos casos:

13
MATEMÁTICA
3. Determine o valor de nos casos: Polígonos

Polígonos são figuras fechadas formadas por segmentos de


reta, sendo caracterizados pelos seguintes elementos: ângulos, vér-
tices, diagonais e lados. De acordo com o número de lados a figura
é nomeada.

lassificaç o dos pol gonos


4.Os ângulos e são opostos pelo vértice. O primeiro é ex- Lados/Nomes
presso em graus por 9x – 2 e o segundo por 4x +8. Determine esses 3: Triângulo
ângulos. 4: Quadrilátero
5: Pentágono
5. Se OP é bissetriz de AÔB, determine x e y nos casos: 6: Hexágono
7: Heptágono
8: Octógono
9: Eneágono
10: Decágono
11: Undecágono
12: Dodecágono

Pol gonos convexos e n o convexos


6. Calcule o complemento dos seguintes ângulos:
a) 25º Se os ângulos do polígono forem menores que 180º ele será convexo.
b) 47º

7. Calcule o suplemento dos seguintes ângulos:


a) 72º
b) 141º

8. Dar a medida do ângulo que vale o dobro do seu comple-


mento.
Caso tenha um ângulo com medida maior que 180º ele será
9. Calcular o ângulo que vale o quádruplo de seu complemen-
classificado como não convexo ou côncavo.
to.

10. Qual é o ângulo que somado ao triplo de seu complemento


dá 210º?

Respostas

1. x = 20

2. a) 25 ngulos de um pol gono


b) 30
A soma dos ângulos internos de qualquer polígono depende
3. a) 60 do número de lados (n), sendo usada a seguinte expressão para o
b) 120 cálculo: S = (n – 2).180, onde n o número de lados.
c) 120 A soma dos ângulos externos de qualquer polígono sempre
será 360º, baseando-se no seguinte princípio: quanto maior o nú-
4. α = 16 β = 16 mero de lados do polígono mais ele se assemelha a uma circunfe-
rência (possui giro completo igual a 360º).
5. a) x = 15
b) x = 10 y = 50

6. a) 65º
b) 43º

7. a) 108º
b) 39º

8. 60º

9. 72º
Icoságono (20 lados): note a semelhança com a circunferência.
10. 30º

14
MATEMÁTICA
Pol gono regular e irregular 2. Quantos lados tem o polígono regular cujo o angulo exter-
no mede 24° ?
Todo polígono regular possui os lados e os ângulos com medi- Resolução:
das iguais. Alguns exemplos de polígonos regulares. Ae = 360º / n
24º = 360º / n
n = 360º / 24º
n = 15

3. Qual é o polígono em que a soma das medidas dos ângulos


internos é o quádruplo da soma das medidas dos ângulos externos?
Resolução: Si = 4 · Se
(n – 2) · 180º = 4 · 360º (: 180º)
n–2=4·2
n–2=8
n = 10 é um decágono

4. Os números que exprimem o número de lados de três po-


lígonos são n – 3, n e n + 3. Determine o número de lados desses
polígonos, sabendo que a soma de todos os seus ângulos internos
vale 3 240°.
Resolução: Pelas condições do problema, temos:
S1 = ( n – 3 – 2) · 180 = (n – 5) · 180
S2 = (n – 2) · 180
Polígonos regulares S3 = (n + 3 – 2) · 180 = (n + 1) · 180
S1 + S2 + S3 = 3 240
Um polígono irregular é aquele que não possui os ângulos com (n – 5) · 180 + (n – 2) · 180 + (n + 1) · 180 = 3 240
medidas iguais e os lados não possuem o mesmo tamanho. [n – 5 + n – 2 + n + 1] · 180 = 3 240
3 n – 6 = 18
3 n = 24 n = 8 , então teremos:
n – 3 = 8 – 3 = 5 lados
n = 8 lados
n + 3 = 8 + 3 = 11 lados Resp: 5 lados, 8 lados e 11 lados

5. Qual é a soma das medidas dos ângulos internos do polígo-


no que tem um número de diagonais igual ao quádruplo do número
Polígonos irregulares de lados?

iagonais de um pol gono esoluç o

Diagonal de um polígono é o segmento de reta que liga um


vértice ao outro, passando pelo interior da figura. O número de dia-
gonais de um polígono depende do número de lados (n) e pode ser
calculado pela expressão:

Problemas

1. Em um polígono temos que Soma dos ângulos internos + n = 11


Soma dos ângulos externos= 1080°. Qual é esse polígono ? Si = (n – 2) · 180º
Resolução: Si = (11 – 2) · 180º
Si = (n - 2) . 180º Si = 9 · 180º
Se = 360º Si = 1 620º
Si + Se = 1080º
(n - 2) . 180º + 360º = 1080º esposta
(n - 2) . 180º = 720º
n-2=4 A soma das medidas dos ângulos internos vale 1 620º
n=6

15
MATEMÁTICA
Triângulos

Triângulo é um polígono de três lados.

4. Paralelogramo: Lados opostos congruentes, ângulos opos-


Os pontos A, B, C são os vértices tos congruentes.
C B, ACB e CBC são os ângulos internos do triângulo
Os segmentos AB , AC e BC são os lados do triângulo.
A soma dos ângulos internos de um triângulo é sempre 180º.
Classificação dos tri ngulos

Quanto aos lados:


- Equilátero: Os três lados têm a mesma medida.
- Isósceles: Dois lados têm a mesma medida.
- Escaleno: Os três lados têm medidas diferentes.

Quanto aos ângulos:


- Acutângulo: Os três ângulos internos são agudos Trapézios ( um par de lados paralelo) :
- Retângulo: Um dos ângulos é reto.
- Obtusângulo: Um dos ângulos é obtuso. 1. Trapézio retângulo: Um par de lados paralelos, dois ângu-
los retos.
Quadriláteros
2. Trapézio isósceles: Um par de lados paralelos, lados trans-
A soma dos ângulos internos de um quadrilátero é 360º. versos iguais, dois ângulos agudos iguais, dois ângulos obtusos
Os quadriláteros classificam-se em paralelogramos e trapézios. iguais
Paralelogramos (dois pares de lados paralelos) :
3. Trapézio escaleno: Um par de lados paralelos, quatro lados
1. Quadrado: quatro lados congruentes, quatro ângulos retos, diferentes, quatro ângulos diferentes.
duas diagonais congruentes e perpendiculares.

2. Retângulo: Lados opostos congruentes, quatro ângulos re- Problemas


tos, duas diagonais congruentes
1. No paralelogramo abaixo, determine as medidas de x e y.

3. Losango: Quatro lados congruentes, ângulos opostos con- 2. As medidas dos ângulos internos de um quadrilátero são: x
gruentes, duas diagonais perpendiculares. + 17° ; x +37° ; x + 45° e x + 13°. Determine as medidas desses ân-
gulos.

16
MATEMÁTICA
3. Meu irmão e eu compramos um sítio na forma de um lo- 2. Retângulo : A = b . h (b é a base e h é a altura)
sango com o lado medindo 500 m. Dividimos o sítio na direção das
diagonais, uma medindo 600 m e a outra 800 m. Dessa forma o sítio
ficou dividido em quatro partes iguais. Quantos metros de arame
farpado são necessários para cercar uma dessas partes desse terre-
no com três fios de arame?
4. Com um arame de 36 m de comprimento construímos um
triângulo equilátero e com o mesmo arame construímos depois um
quadrado. Determine a razão entre a medida do lado do triângulo
e o lado do quadrado.
b.h
Respostas:
3. a) Triângulo : A = 2 (b é a medida da base e h é a altura)
1. 9y + 16° = 7y + 40°
9y = 7y + 40° - 16°
9y = 7y + 24°
9y - 7y = 24°
2y = 24°
y = 24º /2
y = 12°
Então:
x + (7 . 12° + 40°) = 180°
x = 180º - 124° b) Triângulo Equilátero
x = 56° a2 3
2. x + 17° + x + 37° + x + 45° + x + 13° = 360° A= 4 ( a é a medida do lado)
4x + 112° = 360°
4x = 360° - 112° Lembrar que o triângulo equilátero tem os três lados de mes-
x = 248° / 4 ma medida.
x = 62°
Então, os ângulos são:
x + 17° = 79°
x + 37° = 99°
x + 45° = 107º
x + 13° = 75°

3. 300 + 400 + 500 = 1200 metros


1200 . 3 = 3600 metros de arame
c) Triângulo qualquer em que sabemos as medidas dos três
4. Lado do triângulo equilátero – 12 metros lados e não conhecemos a altura: A = p( p − a)( p − b)( p − c) (p é o
Lado do quadrado – 9 metros semi perímetro, ou seja, a metade do perímetro; a, b c são as medi-
das dos lados do triângulo).

= = a+b+c
p= 2
Área de Perímetro de figuras planas

Perímetro é a soma de todos os lados de qualquer figura plana.


o contorno da figura

Área é a medida da superfície da figura plana. Para calcular a


área de uma figura precisamos saber a sua fórmula. As fórmulas das
figuras planas mais usadas são:
2
1. Quadrado : A= l . l ou A = l ( l é a medida do lado )
Problemas
2
1. Determine a área das figuras em cm :

17
MATEMÁTICA

2. A = 4 3 cm
2

P = 12 cm

3. Altura do painel menor = 3x


Altura do painel maior = 5x
a) 3x + 5x = 4
8x = 4
X = 0,50 metros b.h
Altura do painel maior = 5x = 2,5 m
Área do triângulo maior: A = 2 = = 1,25 m
Se em cada m cabem 200 lâmpadas, então em 1,25 m ca-
bem 1,25 . 200 = 250 lâmpadas. Resposta Alternativa B

TEOREMA DE PITÁGORAS

Em todo triângulo retângulo, o maior lado é chamado de


hipotenusa e os outros dois lados são os catetos. Deste triângulo
tiramos a seguinte relação:
b)

2. Encontre o perímetro e a área de um triângulo equilátero


com cada lado medindo 4 centímetros

3. (Concurso Escrevente Tec. Judiciário TJ SP)


A figura compara as alturas, medidas em metros, de dois pai-
néis decorativos triangulares, fixados em uma parede, que simulam “Em todo triângulo retângulo o quadrado da hipotenusa é igual
árvores de Natal. Sabendo-se que a soma das medidas das alturas à soma dos quadrados dos catetos”.
dos dois painéis é igual a 4 m, e que em cada painel foram insta-
a2 = b2 + c2
ladas 200 lampadazinhas coloridas por metro quadrado, pode-se
concluir que o número de lâmpadas instaladas no painel de maior
Exemplo:
altura foi igual a:
Um barco partiu de um ponto A e navegou 10 milhas para o
oeste chegando a um ponto B, depois 5 milhas para o sul chegando
a um ponto C, depois 13 milhas para o leste chagando a um ponto D
e finalmente 9 milhas para o norte chegando a um ponto E. Onde o
barco parou relativamente ao ponto de partida?
(A) 3 milhas a sudoeste.
(B) 3 milhas a sudeste.
(C) 4 milhas ao sul.
(D) 5 milhas ao norte.
(E) 5 milhas a nordeste.

Solução:

(A) 200.
(B) 250.
(C) 275.
(D) 300.
(E) 325.

Respostas
2
1. a) 48 cm x 2 = 32 + 42
2 x2 = 9 + 16
b) 38,5 cm x2 = 25

Resposta: E.

18
MATEMÁTICA
TEOREMA DE TALES

O Teorema de Tales é uma teoria aplicada na geometria acerca do conceito relacionado entre retas paralelas e transversais.
““Feixes de retas paralelas cortadas ou intersectadas por segmentos transversais formam segmentos “de retas proporcionalmente
correspondentes”.

Teorema da bissetriz interna: A bissetriz de um ngulo interno de um triângulo divide o lado oposto em segmentos proporcionais aos
respectivos lados adjacentes.

Teorema da bissetriz externa: A bissetriz de um ângulo externo intercepta a reta suporte que contém o lado oposto, dividindo-o em
segmentos proporcionais aos lados adjacentes.

Exemplo:
(PUC-RJ) Considere um triângulo ABC retângulo em A, onde = 21 e = 20. é a bissetriz do ângulo AC. Quanto mede ?
(A) 42/5
(B) 21/10
(C) 20/21
(D) 9
(E) 8

Resolução:
Do enunciado temos um triângulo retângulo em A, o vértice A é do ângulo reto. B e C pode ser em qualquer posição. E primeiro temos
que determinar a hipotenusa.

19
MATEMÁTICA
Teorema de Pitágoras: 149,8% – 100% = 49,8%
y2 = 212 + 202 Aproximando o valor, teremos 50%
y2 = 441 + 400 Resposta: E.
y2 = 841
02. (PRODAM AM – Auxiliar de Motorista – FUNCAB) Numa
y = 29 transportadora, 15 caminhões de mesma capacidade transportam
Pelo teorema da bissetriz interna: toda a carga de um galpão em quatro horas. Se três deles quebras-
Resposta: A. sem, em quanto tempo os outros caminhões fariam o mesmo tra-
balho?
(A) 3 h 12 min
(B) 5 h
REGRA DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTA. (C) 5 h 30 min
(D) 6 h
REGRA DE TRÊS (E) 6 h 15 min

Os problemas que envolvem duas grandezas diretamente ou Resolução:


inversamente proporcionais podem ser resolvidos através de um Vamos utilizar uma Regra de Três Simples Inversa, pois, quanto
processo prático, chamado REGRA DE TRÊS SIMPLES. menos caminhões tivermos, mais horas demorará para transportar
- Duas grandezas são DIRETAMENTE PROPOCIONAIS quando a carga:
ao aumentarmos/diminuirmos uma a outra também aumenta/di- Caminhões horas
minui. 15 ---------------- 4
- Duas grandezas são INVERSAMENTE PROPORCIONAIS quando (15 – 3) ------------- x
ao aumentarmos uma a outra diminui e vice-versa. 12.x = 4 . 15
x = 60 / 12
Exemplos: x=5h
01. (PM SP – Oficial Administrativo – VUNESP) Em 3 de maio Resposta: B.
de 2014, o jornal Folha de S. Paulo publicou a seguinte informação
sobre o número de casos de dengue na cidade de Campinas. REGRA DE TRÊS COMPOSTA

Chamamos de REGRA DE TRÊS COMPOSTA, problemas que


envolvem mais de duas grandezas, diretamente ou inversamente
proporcionais.

Exemplos:
01. (C MARA DE SÃO PAULO SP – TÉCNICO ADMINISTRATI-
VO – FCC) O trabalho de varrição de 6.000 m de calçada é feita em
um dia de trabalho por 18 varredores trabalhando 5 horas por dia.
Mantendo-se as mesmas proporções, 15 varredores varrerão 7.500
m de calçadas, em um dia, trabalhando por dia, o tempo de

(A) 8 horas e 15 minutos.


(B) 9 horas.
(C) 7 horas e 45 minutos.
(D) 7 horas e 30 minutos.
(E) 5 horas e 30 minutos.

De acordo com essas informações, o número de casos regis- Resolução:


trados na cidade de Campinas, até 28 de abril de 2014, teve um Comparando- se cada grandeza com aquela onde esta o x.
aumento em relação ao número de casos registrados em 2007, M varredores horas
aproximadamente, de 6000--------------18--------------5
7500--------------15--------------- x
(A) 70%. Quanto mais a área, mais horas (diretamente proporcionais)
(B) 65%. Quanto menos trabalhadores, mais horas (inversamente pro-
(C) 60%. porcionais)
(D) 55%.
(E) 50%. 5 6000 15
= �
𝑥 7500 18
Resolução:
Utilizaremos uma regra de três simples: 6000 15 x=5 7500 18
ano % 90000x=675000
11442------- 100 x=7,5 horas
17136------- x Como 0,5 h equivale a 30 minutos, logo o tempo será de 7 ho-
11442.x = 17136 . 100 x = 1713600 / 11442 = 149,8% (aproxi- ras e 30 minutos.
mado) Resposta: D.

20
MATEMÁTICA
02. (PREF. CORBÉLIA PR – CONTADOR – FAUEL) Uma equipe Razões Especiais
constituída por 20 operários, trabalhando 8 horas por dia durante
60 dias, realiza o calçamento de uma área igual a 4800 m . Se essa São aquelas que recebem um nome especial. Vejamos algu-
equipe fosse constituída por 15 operários, trabalhando 10 horas mas:
por dia, durante 80 dias, faria o calçamento de uma área igual a: Velocidade: é razão entre a distância percorrida e o tempo gas-
to para percorrê-la.
(A) 4500 m
(B) 5000 m
(C) 5200 m
(D) 6000 m
(E) 6200 m
Densidade: é a razão entre a massa de um corpo e o seu volu-
me ocupado por esse corpo.
Resolução:
Operários horas dias área
20-----------------8-------------60-------4800
15----------------10------------80--------x
Todas as grandezas são diretamente proporcionais, logo:
PROPORÇÃO
4800 20 8 60
= � �
𝑥 15 10 80 É uma igualdade entre duas frações ou duas razões.
20 60 x=4 00 1 10 0
9600x= 7600000
x=6000m
Resposta: D.

Lemos: a esta para b, assim como c está para d.


RAZÃO. PROPORÇÃO. Ainda temos:

RAZÃO

É uma fração, sendo a e b dois números a sua razão, chama-se


razão de a para b:a b ou a:b , assim representados, sendo b 0.
Temos que:

Propriedades da Proporção
- Propriedade Fundamental: o produto dos meios é igual ao
Exemplo: produto dos extremos:
(SEPLAN GO – Perito Criminal – FUNIVERSA) Em uma ação a.d=b.c
policial, foram apreendidos 1 traficante e 150 kg de um produto
parecido com maconha. Na análise laboratorial, o perito constatou - A soma/diferença dos dois primeiros termos está para o pri-
que o produto apreendido não era maconha pura, isto é, era uma meiro (ou para o segundo termo), assim como a soma/diferença
mistura da Cannabis sativa com outras ervas. Interrogado, o trafi- dos dois últimos está para o terceiro (ou para o quarto termo).
cante revelou que, na produção de 5 kg desse produto, ele usava - A soma/diferença dos antecedentes está para a soma/dife-
apenas 2 kg da Cannabis sativa; o restante era composto por várias rença dos consequentes, assim como cada antecedente está para
“outras ervas”. Nesse caso, é correto afirmar que, para fabricar todo o seu consequente.
o produto apreendido, o traficante usou
Exemplo:
(A) 50 kg de Cannabis sativa e 100 kg de outras ervas. (MP SP – Auxiliar de Promotoria I – Administrativo – VUNESP)
(B) 55 kg de Cannabis sativa e 95 kg de outras ervas. A medida do comprimento de um salão retangular está para a me-
(C) 60 kg de Cannabis sativa e 90 kg de outras ervas. dida de sua largura assim como 4 está para 3. No piso desse salão,
(D) 65 kg de Cannabis sativa e 85 kg de outras ervas. foram colocados somente ladrilhos quadrados inteiros, revestindo-
(E) 70 kg de Cannabis sativa e 80 kg de outras ervas. -o totalmente. Se cada fileira de ladrilhos, no sentido do compri-
mento do piso, recebeu 28 ladrilhos, então o número mínimo de
Resolução: ladrilhos necessários para revestir totalmente esse piso foi igual a
O enunciado fornece que a cada 5kg do produto temos que 2kg
da Cannabis sativa e os demais outras ervas. Podemos escrever em (A) 588.
forma de razão , logo : (B) 350.
(C) 454.
Resposta: C. (D) 476.
(E) 382.

21
MATEMÁTICA
Resolução: 2) Divisão em n partes direta e inversamente proporcionais:
que fica 4L = 3C para decompor um número M em n partes x1, x2, ..., xn diretamente
Fazendo C = 28 e substituindo na proporção, temos: proporcionais a p1, p2, ..., pn e inversamente proporcionais a q1, q2,
4L = 28 . 3 ..., qn, basta decompor este número M em n partes x1, x2, ..., xn dire-
L = 84 / 4 tamente proporcionais a p1/q1, p2/q2, ..., pn/qn.
L = 21 ladrilhos A montagem do sistema com n equações e n incógnitas exige
que x1 + x2 + ... + xn = M:
Assim, o total de ladrilhos foi de 28. 21 = 588
Resposta: A. Exemplos:
01. (Pref. Paulistana PI – Professor de Matemática – IMA)
DIVISÃO PROPORCIONAL Uma herança de R$ 750.000,00 deve ser repartida entre três her-
deiros, em partes proporcionais a suas idades que são de 5, 8 e 12
Quando realizamos uma divisão diretamente proporcional anos. O mais velho receberá o valor de:
estamos dividindo um número de maneira proporcional a uma se-
quência de outros números. A divisão pode ser de diferentes tipos, (A) R$ 420.000,00
vejamos: (B) R$ 250.000,00
(C) R$ 360.000,00
Divisão Diretamente Proporcional (D) R$ 400.000,00
(E) R$ 350.000,00
1) Divisão em duas partes diretamente proporcionais: para
decompor um número M em duas partes A e B diretamente propor- Resolução:
cionais a p e q, montamos um sistema com duas equações e duas 5x + 8x + 12x = 750.000
incógnitas, de modo que a soma das partes seja A + B = M: 25x = 750.000
x = 30.000
O mais velho receberá: 12⋅30000=360000
O valor de K é que proporciona a solução pois: A = K.p e B = K.q
Resposta: C.
2) Divisão em várias partes diretamente proporcionais: para
02. (TRF 3 – Técnico Judiciário – FCC) Quatro funcionários di-
decompor um número M em partes x1, x2, ..., xn diretamente pro-
vidirão, em partes diretamente proporcionais aos anos dedicados
porcionais a p1, p2, ..., pn, deve-se montar um sistema com n equa-
para a empresa, um bônus de R$36.000,00. Sabe-se que dentre
ções e n incógnitas, sendo as somas x1 + x2 + ... + xn= M e p1 + p2 + ...
esses quatro funcionários um deles já possui 2 anos trabalhados,
+ pn = P:
outro possui 7 anos trabalhados, outro possui 6 anos trabalhados e
o outro terá direito, nessa divisão, à quantia de R$6.000,00. Dessa
maneira, o número de anos dedicados para a empresa, desse últi-
Divisão Inversamente Proporcional mo funcionário citado, é igual a
1) Divisão em duas partes inversamente proporcionais: para (A) 5.
decompor um número M em duas partes A e B inversamente pro- (B) 7.
porcionais a p e q, deve-se decompor este número M em duas par- (C) 2.
tes A e B diretamente proporcionais a 1/p e 1/q, que são, respecti- (D) 3.
vamente, os inversos de p e q. Assim basta montar o sistema com (E) 4.
duas equações e duas incógnitas tal que A + B = M:
Resolução:
O valor de K proporciona a solução pois: A = p e B = q. 2x + 7x + 6x + 6000 = 36000
2) Divisão em várias partes inversamente proporcionais: para 15x = 30000
decompor um número M em n partes x1, x2, ..., xn inversamente pro- x = 2000
porcionais a p1, p2, ..., pn, basta decompor este número M em n
partes x1, x2, ..., xn diretamente proporcionais a 1/p1, 1/p2, ..., 1/pn. A
Como o último recebeu R$ 6.000,00, significa que ele se dedi-
montagem do sistema com n equações e n incógnitas, assume que
cou 3 anos a empresa, pois 2000.3 = 6000
x1 + x2 + ... + xn= M:
Resposta: D.
Divisão em partes direta e inversamente
03. (C mara de São Paulo SP – Técnico Administrativo – FCC)
proporcionais
Uma prefeitura destinou a quantia de 54 milhões de reais para a
construção de três escolas de educação infantil. A área a ser cons-
1) Divisão em duas partes direta e inversamente proporcio-
nais: para decompor um número M em duas partes A e B direta- truída em cada escola é, respectivamente, 1.500 m , 1.200 m e 900
mente proporcionais a, c e d e inversamente proporcionais a p e q, m e a quantia destinada à cada escola é diretamente proporcional
deve-se decompor este número M em duas partes A e B diretamen- a área a ser construída.
te proporcionais a c/q e d/q, basta montar um sistema com duas Sendo assim, a quantia destinada à construção da escola com
equações e duas incógnitas de forma que A + B = M 1.500 m é, em reais, igual a
O valor de K proporciona a solução pois: A = .c p e B = .d q.
(A) 22,5 milhões.
(B) 13,5 milhões.
(C) 15 milhões.
(D) 27 milhões.
(E) 21,75 milhões.

22
MATEMÁTICA
Resolução:
1500x + 1200x + 900x = 54000000 PORCENTAGEM.
3600x = 54000000
x = 15000 São chamadas de razões centesimais ou taxas percentuais ou
Escola de 1500 m : 1500.15000 = 22500000 = 22,5 milhões. simplesmente de porcentagem, as razões de denominador 100, ou
Resposta: A. seja, que representam a centésima parte de uma grandeza. Costu-
mam ser indicadas pelo numerador seguido do símbolo %. (Lê-se:
04. (SABESP – Atendente a Clientes 01 – FCC) Uma empresa “por cento”).
quer doar a três funcionários um bônus de R$ 45.750,00. Será feita
uma divisão proporcional ao tempo de serviço de cada um deles. Sr.
Fortes trabalhou durante 12 anos e 8 meses. Sra. Lourdes trabalhou
durante 9 anos e 7 meses e Srta. Matilde trabalhou durante 3 anos
e 2 meses. O valor, em reais, que a Srta. Matilde recebeu a menos Exemplo: (C mara Municipal de São José dos Campos SP –
que o Sr. Fortes é Analista Técnico Legislativo – Designer Gráfico – VUNESP) O depar-
tamento de Contabilidade de uma empresa tem 20 funcionários,
(A) 17.100,00. sendo que 15% deles são estagiários. O departamento de Recursos
(B) 5.700,00. Humanos tem 10 funcionários, sendo 20% estagiários. Em relação
(C) 22.800,00. ao total de funcionários desses dois departamentos, a fração de es-
(D) 17.250,00. tagiários é igual a
(E) 15.000,00. (A) 1/5.
(B) 1/6.
Resolução: (C) 2/5.
* Fortes: 12 anos e 8 meses = 12.12 + 8 = 144 + 8 = 152 meses (D) 2/9.
* Lourdes: 9 anos e 7 meses = 9.12 + 7 = 108 + 7 = 115 meses (E) 3/5.
* Matilde: 3 anos e 2 meses = 3.12 + 2 = 36 + 2 = 38 meses
* TOTAL: 152 + 115 + 38 = 305 meses Resolução:
* Vamos chamar a quantidade que cada um vai receber de F,
L e M. * Dep. Contabilidade:
15
. 20 =
30
= 3  3 (estagiários)
100 10
Agora, vamos calcular o valor que M e F receberam: 20 200
* Dep. R.H.: 100
. 10 = 100 = 2  2 (estagiários)
M = 38 . 150 = R$ 5 700,00
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜𝑠 𝑒𝑠𝑡𝑎𝑔𝑖á𝑟𝑖𝑜𝑠 5 1
F = 152 . 150 = R$ 22 800,00 ∗ 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = = =
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑓𝑢𝑛𝑐𝑖𝑜𝑛á𝑟𝑖𝑜𝑠 30 6
Por fim, a diferença é:22 800 – 5700 = R$ 17 100,00
Resposta: A.
Resposta: B.
0 . (SESP MT – Perito Oficial Criminal - Engenharia Civil Enge-
nharia Elétrica Física Matemática – FUNCAB 2014) Maria, Júlia e Lucro e Prejuízo em porcentagem
Carla dividirão R$ 72.000,00 em partes inversamente proporcionais
às suas idades. Sabendo que Maria tem 8 anos, Júlia,12 e Carla, É a diferença entre o preço de venda e o preço de custo. Se
24, determine quanto receberá quem ficar com a maior parte da a diferença for POSITIVA, temos o LUCRO (L), caso seja NEGATIVA,
divisão. temos PREJUÍ O (P).
Logo: Lucro (L) = Preço de Venda (V) – Preço de Custo (C).
(A) R$ 36.000,00
(B) R$ 60.000,00
(C) R$ 48.000,00
(D) R$ 24.000,00
(E) R$ 30.000,00

Resolução:
Resposta: A.

A maior parte ficará para a mais nova (grandeza inversamente


proporcional).
Assim:
Exemplo: (C mara de São Paulo SP – Técnico Administrativo
8.M = 288 000 – FCC) O preço de venda de um produto, descontado um imposto
M = 288 000 / 8 de 16% que incide sobre esse mesmo preço, supera o preço de com-
M = R$ 36 000,00 pra em 40%, os quais constituem o lucro líquido do vendedor. Em
M + J + C = 72000 quantos por cento, aproximadamente, o preço de venda é superior
ao de compra?

23
MATEMÁTICA
(A) 67%.
(B) 61%.
(C) 65%.
(D) 63%.
(E) 69%.

Resolução:
Preço de venda: V
Preço de compra: C
V – 0,16V = 1,4C
0,84V = 1,4C
𝑉 1,4
= = 1,67
𝐶 0,84
O preço de venda é 67% superior ao preço de compra.
Resposta: A.

Aumento e Desconto em porcentagem


- Aumentar um valor V em p%, equivale a multiplicá-lo por ().V .

Logo:
VA =().V

- Diminuir um valor V em p%, equivale a multiplicá-lo por ().V.


Logo:
V D =().V

Fator de multiplicação

É o valor final de () ou (), é o que chamamos de fator de multiplicação, muito útil para resolução de cálculos de porcentagem. O mes-
mo pode ser um acréscimo ou decréscimo no valor do produto.

Aumentos e Descontos sucessivos em porcentagem

São valores que aumentam ou diminuem sucessivamente. Para efetuar os respectivos descontos ou aumentos, fazemos uso dos fato-
res de multiplicação. Basta multiplicarmos o Valor pelo fator de multiplicação (acréscimo e/ou decréscimo).
Exemplo: Certo produto industrial que custava R$ 5.000,00 sofreu um acréscimo de 30% e, em seguida, um desconto de 20%. Qual o
preço desse produto após esse acréscimo e desconto?
Resolução:
VA =5000 .(1,3) = 6500 e
VD = 6500 .(0,80) = 5200, podemos, para agilizar os cálculos, juntar tudo em uma única equação:
5000 . 1,3 . 0,8 = 5200
Logo o preço do produto após o acréscimo e desconto é de R$ 5.200,00

JUROS SIMPLES.

JUROS SIMPLES E COMPOSTOS

Juros simples (ou capitalização simples) os juros são determinados tomando como base de cálculo o capital da operação, e o total do
juro é devido ao credor (aquele que empresta) no final da operação. Devemos ter em mente:
- Os juros são representados pela letra J .
- O dinheiro que se deposita ou se empresta chamamos de capital e é representado pela letra capital ou P principal ou VP ou PV
valor presente .

24
MATEMÁTICA
- O tempo de depósito ou de empréstimo é representado pela letra t ou n.*
- A taxa de juros é a razão centesimal que incide sobre um capital durante certo tempo. É representado pela letra i e utilizada para
calcular juros.
Varia de acordo com a bibliografia estudada.

ATENÇÃO: Devemos sempre relacionar a taxa e o tempo na mesma unidade para efetuarmos os cálculos.

Usamos a seguinte fórmula:

Em juros simples:
- O capital cresce linearmente com o tempo;
- O capital cresce a uma progressão aritmética de razão: J=C.i
- A taxa i e o tempo t devem ser expressos na mesma unidade.
- Devemos expressar a taxa i na forma decimal.
- Montante (M) ou FV (valor futuro) é a soma do capital com os juros, ou seja:
M=C+J
M = C.(1+i.t)

Exemplo: (PRODAM AM – Assistente – FUNCAB) Qual é o capital que, investido no sistema de juros simples e à taxa mensal de 2,5 %,
produzirá um montante de R$ 3.900,00 em oito meses?

(A) R$ 1.650,00
(B) R$ 2.225,00
(C) R$ 3.250,00
(D) R$ 3.460,00
(E) R$ 3.500,00

Resolução:
Montante = Capital + juros, ou seja: j = M – C , que fica: j = 3900 – C( I )
Agora, é só substituir ( I ) na fórmula do juros simples:

𝐶.𝑖.𝑡
𝑗 𝑗== 100
𝐶.𝑖.𝑡
100

𝐶.2,5.8
3900
3900−−𝐶𝐶==
𝐶.2,5.8
100
100
390000 – 100.C = 2,5 . 8 . C
– 100.C – 20.C = – 390000 . (– 1)
120.C = 390000
C = 390000 / 120
C = R$ 3250,00
Resposta: C.

Juros compostos (capitalização composta): a taxa de juros incide sobre o capital de cada período. Também conhecido como “juros
sobre juros”.
Usamos a seguinte fórmula:

25
MATEMÁTICA
O (1+i)t ou (1+i)n é chamado de fator de acumulação de capital.

ATENÇÃO: as unidades de tempo referentes à taxa de juros (i) e do período (t), tem de ser necessariamente iguais.

O crescimento do principal (capital) em:


- juros simples é LINEAR, CONSTANTE;
- juros compostos é EXPONENCIAL, GEOMÉTRICO e, portanto tem um crescimento muito mais “rápido”;

Observe no gráfico que:


- O montante após 1º tempo é igual tanto para o regime de juros simples como para juros compostos;
- Antes do 1º tempo o montante seria maior no regime de juros simples;
- Depois do 1º tempo o montante seria maior no regime de juros compostos.

Exemplo: (Pref. Guarujá SP – SEDUC – Professor de Matemática – CAIPIMES) Um capital foi aplicado por um período de 3 anos, com
taxa de juros compostos de 10% ao ano. É correto afirmar que essa aplicação rendeu juros que corresponderam a, exatamente:

(A) 30% do capital aplicado.


(B) 31,20% do capital aplicado.
(C) 32% do capital aplicado.
(D) 33,10% do capital aplicado.

Resolução:
10% = 0,1
M=C .(1+i)t
M=C .(1+0,1)3
M=C .(1,1)3
M=1,331.C
Como, M = C + j , ou seja , j = M – C , temos:
j = 1,331.C – C = 0,331 . C
0,331 = 33,10 / 100 = 33,10%
Resposta: D.

Juros Compostos utilizando Logaritmos

Algumas questões que envolvem juros compostos, precisam de conceitos de logaritmos, principalmente aquelas as quais precisamos
achar o tempo/prazo. Normalmente as questões informam os valores do logaritmo, então não é necessário decorar os valores da tabela.

Exemplo: (FGV-SP) Uma aplicação financeira rende juros de 10% ao ano, compostos anualmente. Utilizando para cálculos a aproxima-
ção de , pode-se estimar que uma aplicação de R$ 1.000,00 seria resgatada no montante de R$ 1.000.000,00 após:

(A) Mais de um século.


(B) 1 século
(C) 4/5 de século
(D) 2/3 de século
(E) de século

26
MATEMÁTICA
Resolução: Método da adição
A fórmula de juros compostos é M = C(1 + i)t e do enunciado
temos que M = 1.000.000, C = 1.000, i = 10% = 0,1: Esse método consiste em adicionar as duas equações de tal
forma que a soma de uma das incógnitas seja zero. Para que isso
1.000.000 𝑡
aconteça será preciso que multipliquemos algumas vezes as duas
= 1,1 equações ou apenas uma equação por números inteiros para que a
1.000 soma de uma das incógnitas seja zero.
1.000.000 = 1.000(1 + 0,1)t (agora para calcular t temos que
usar logaritmo no dois lados da equação para pode utilizar a pro-
priedade , o expoente m passa multiplicando) Dado o sistema :
log(1,1)t=log 1.000
t.log1,1=log103 (lembrando que 1000 = 103 e que o logaritmo
é de base 10) Para adicionarmos as duas equações e a soma de uma das in-
t.0,04 = 3 cógnitas de zero, teremos que multiplicar a primeira equação por
– 3.
3 3 3
t= = = . 102
0,04 4.10−2 4

t =anos, portanto, de século.


Resposta: E.

EQUAÇÕES: 1 GRAU, 2 GRAU E SISTEMAS.


Teremos:
SISTEMA DO 1º GRAU

Um sistema de equação de 1º grau com duas incógnitas é for- Adicionando as duas equações:
mado por: duas equações de 1º grau com duas incógnitas diferen-
tes em cada equação. Veja um exemplo:

Para descobrirmos o valor de x basta escolher uma das duas


equações e substituir o valor de y encontrado:
x + y = 20 x + 12 = 20 x = 20 – 12 x=8
Resolução de sistemas Portanto, a solução desse sistema é: S = (8, 12).

Existem dois métodos de resolução dos sistemas. Vejamos: Exemplos:


01. (SABESP – APRENDI – FCC) Em uma gincana entre as três
Método da substituição: consiste em escolher uma das duas equipes de uma escola (amarela, vermelha e branca), foram arreca-
equações, isolar uma das incógnitas e substituir na outra equação, dados 1 040 quilogramas de alimentos. A equipe amarela arrecadou
veja como: 50 quilogramas a mais que a equipe vermelha e esta arrecadou 30
quilogramas a menos que a equipe branca. A quantidade de alimen-
tos arrecadada pela equipe vencedora foi, em quilogramas, igual a
Dado o sistema , enumeramos as equações.
(A) 310
(B) 320
(C) 330
(D) 350
(E) 370

Resolução:
Amarela: x
Vermelha: y
Escolhemos a equação 1 (pelo valor da incógnita de x ser 1) e Branca: z
isolamos x. Teremos: x = 20 – y e substituímos na equação 2. x = y + 50
3 (20 – y) + 4y = 72, com isso teremos apenas 1 incógnita. Re- y = z - 30
solvendo: z = y + 30
60 – 3y + 4y = 72 -3y + 4y = 72 -60 y = 12
Para descobrir o valor de x basta substituir 12 na equação x = Substituindo a II e a III equação na I:
20 – y. Logo: y+50+y+y+30=1040
x = 20 – y x = 20 – 12 x = 8 3y=1040-80
Portanto, a solução do sistema é S = (8, 12) y = 320
y = 320

27
MATEMÁTICA
Substituindo na equação II Resolução de uma equação
x = 320 + 50 = 370
z=320+30=350 Colocamos no primeiro membro os termos que apresentam
A equipe que mais arrecadou foi a amarela com 370kg variável, e no segundo membro os termos que não apresentam va-
Resposta: E. riável. Os termos que mudam de membro têm os sinais trocados.
5x – 8 = 12 + x
02. (SABESP – ANALISTA DE GESTÃO I -CONTABILIDADE – FCC) 5x – x = 12 + 8
Em um campeonato de futebol, as equipes recebem, em cada jogo, 4x = 20
três pontos por vitória, um ponto em caso de empate e nenhum X = 20/4
ponto se forem derrotadas. Após disputar 30 partidas, uma das X=5
equipes desse campeonato havia perdido apenas dois jogos e acu-
mulado 58 pontos. O número de vitórias que essa equipe conquis- Ao substituirmos o valor encontrado de x na equação obtemos
tou, nessas 30 partidas, é igual a o seguinte:
5x – 8 = 12 + x
(A) 12 5.5 – 8 = 12 + 5
(B) 14 25 – 8 = 17
(C) 16 17 = 17 ( V)
(D) 13
(E) 15 Quando se passa de um membro para o outro se usa a ope-
ração inversa, ou seja, o que está multiplicando passa dividindo e
Resolução: o que está dividindo passa multiplicando. O que está adicionando
Vitórias: x passa subtraindo e o que está subtraindo passa adicionando.
Empate: y
Derrotas: 2 Exemplo: (PRODAM AM – Auxiliar de Motorista – FUNCAB)
Um grupo formado por 16 motoristas organizou um churrasco para
Pelo método da adição temos:
suas famílias. Na semana do evento, seis deles desistiram de parti-
cipar. Para manter o churrasco, cada um dos motoristas restantes
𝑥 + 𝑦 + 2 = 30. (−1) pagou R$ 57,00 a mais.
� O valor total pago por eles, pelo churrasco, foi:
3𝑥 + 𝑦 = 58
−𝑥 − 𝑦 = −28 (A) R$ 570,00
� (B) R$ 980,50
3𝑥 + 𝑦 = 58 (C) R$ 1.350,00
(D) R$ 1.480,00
2x = 30 (E) R$ 1.520,00
x = 15
Resposta: E. Resolução:
Vamos chamar de ( x ) o valor para cada motorista. Assim:
EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES
16 . x = Total
Total = 10 . (x + 57) (pois 6 desistiram)
Equação é toda sentença matemática aberta que exprime uma
Combinando as duas equações, temos:
relação de igualdade e uma incógnita ou variável (x, y, z,...).
16.x = 10.x + 570
16.x – 10.x = 570
EQUAÇÃO DO 1º GRAU
6.x = 570
x = 570 / 6
As equações do primeiro grau são aquelas que podem ser re-
presentadas sob a forma ax + b = 0, em que a e b são constantes x = 95
reais, com a diferente de 0, e x é a variável. A resolução desse tipo O valor total é: 16 . 95 = R$ 1520,00.
de equação é fundamentada nas propriedades da igualdade descri- Resposta: E.
tas a seguir.
Adicionando um mesmo número a ambos os membros de uma INEQUAÇÃO DO 1º GRAU
equação, ou subtraindo um mesmo número de ambos os membros,
a igualdade se mantém. Uma inequação do 1° grau na incógnita x é qualquer expressão
Dividindo ou multiplicando ambos os membros de uma equa- do 1° grau que pode ser escrita numa das seguintes formas:
ção por um mesmo número não-nulo, a igualdade se mantém. ax + b > 0;
ax + b < 0;
Membros de uma equação ax + b 0
ax + b 0.
Numa equação a expressão situada à esquerda da igualdade é
chamada de 1º membro da equação, e a expressão situada à direita Onde a, b são números reais com a 0.
da igualdade, de 2º membro da equação.
Resolvendo uma inequação de 1 grau

Uma maneira simples de resolver uma equação do 1° grau é


isolarmos a incógnita x em um dos membros da igualdade. O méto-
do é bem parecido com o das equações. Ex.:

28
MATEMÁTICA
Resolva a inequação -2x + 7 > 0. SISTEMA DO 2º GRAU
Solução:
-2x > -7 Utilizamos o mesmo princípio da resolução dos sistemas de
Multiplicando por (-1) 1º grau, por adição, substituições, etc. A diferença é que teremos
2x < 7 como solução um sistema de pares ordenados.
x < 7/2
Portanto a solução da inequação é x < 7/2. Sequência prática
- Estabelecer o sistema de equações que traduzam o problema
Toda vez que “x” tiver valor negativo, devemos multiplicar por para a linguagem matemática;
(-1), isso faz com que o símbolo da desigualdade tenha o seu sen- - Resolver o sistema de equações;
tido invertido. - Interpretar as raízes encontradas, verificando se são compatí-
veis com os dados do problema.
Pode-se resolver qualquer inequação do 1° grau por meio do
estudo do sinal de uma função do 1° grau, com o seguinte proce- Exemplos:
dimento: 01. (CPTM - Médico do trabalho – Ma i ama) Sabe-se que o
1. Iguala-se a expressão ax + b a zero; produto da idade de Miguel pela idade de Lucas é 500. Miguel é
2. Localiza-se a raiz no eixo x; 5 anos mais velho que Lucas. Qual a soma das idades de Miguel e
3. Estuda-se o sinal conforme o caso. Lucas?

Pegando o exemplo anterior temos: (A) 40.


-2x + 7 > 0 (B) 55.
-2x + 7 = 0 (C) 65.
x = 7/2 (D) 50.
(E) 45.

Resolução:
Sendo Miguel M e Lucas L:
M.L = 500 (I)
M = L + 5 (II)
substituindo II em I, temos:
(L + 5).L = 500
L2 + 5L – 500 = 0, a = 1, b = 5 e c = - 500
= b2 – 4ac
= 52 – 4.1.(- 500)
= 25 + 2000
Exemplo: (SEE AC – Professor de Ciências da Natureza Mate-
= 2025
mática e suas Tecnologias – FUNCAB) Determine os valores de que
satisfazem a seguinte inequação: −𝑏± ∆
𝐿 = −𝑏±
−𝑏±∆ ∆
𝐿=𝐿 = 2𝑎
3𝑥 𝑥 2𝑎 2𝑎
+2 ≤ −3
2 2
−5± 2025 −5±45
−𝑏± ∆ 𝐿 = −5±−5± 2025
2025 = −5±45
−5±45
(A) x > 2 𝐿= 2𝑎
𝐿= = 2.12.140= = 2 2
𝐿−5+45
2.1 2 −5−45 −50
(B) x - 5 𝐿 = −5+45
−5+45= 40 =
40 20 ou 𝐿 = =
−5−45
−5−45 −50
−50 = −25
(C) x > - 5 𝐿=𝐿 = 2 2 = =2 = 2
=
2020ouou
𝐿 𝐿
= = 2 = =2 = =
2 2
−25
−25
2 2 2 2
(D) x < 2 −5± 2025 −5±45
(E) x 2 𝐿= 2.1
= 2
ou
−5+45 40 −5−45 −50
Resolução: 𝐿 = 2 = 2 = 20 ou 𝐿 = 2
= 2 = −25
3𝑥 3𝑥
3𝑥 𝑥 𝑥𝑥 esta não convém pois L (idade) tem que ser positivo.
+ 2++
≤ −3
2 22 222≤≤22−−33 Então L = 20
M.20 = 500
m = 500 : 20 = 25
3𝑥 3𝑥
3𝑥𝑥 𝑥𝑥 M + L = 25 + 20 = 45
− −−≤ −3 −
−32−−22
2 222 22≤≤−3 Resposta: E.

02. (TJ- FAURGS) Se a soma de dois números é igual a 10 e o seu


2𝑥 2𝑥
2𝑥 produto é igual a 20, a soma de seus quadrados é igual a:
≤ −5
2 22 ≤≤−5−5
(A) 30
𝑥 ≤𝑥𝑥−5
≤≤−5
−5 (B) 40
(C) 50
Resposta: B. (D) 60
(E) 80

29
MATEMÁTICA
Resolução:
𝑥 + 𝑦 = 10

𝑥. 𝑦 = 20
Eu quero saber a soma de seus quadrados x2 + y2
Vamos elevar o x + y ao quadrado:
(x + y)2 = (10)2
x2 + 2xy + y2 = 100 , como x . y=20 substituímos o valor :
x2 + 2.20 + y2 = 100
x2 + 40 + y2 = 100
x2 + y2 = 100 – 40
x2 + y2 = 60
Resposta: D.

EQUAÇÃO DO 2º GRAU

As equações do segundo grau são aquelas que podem ser representadas sob a forma ax + bx +c = 0, em que a, b e c são constantes
reais, com a diferente de 0, e x é a variável.

Equação completa e incompleta

1) Quando b 0 e c 0, a equação do 2º grau se diz completa.


Ex.: x2 - 7x + 11 = 0= 0 é uma equação completa (a = 1, b = – 7, c = 11).
2) Quando b = 0 ou c = 0 ou b = c = 0, a equação do 2º grau se diz incompleta.
Exs.:
x - 81 = 0 é uma equação incompleta (b=0).
x +6x = 0 é uma equação incompleta (c = 0).
2x = 0 é uma equação incompleta (b = c = 0).

Resolução da equação

1 ) A equação é da forma ax2 + bx = 0 (incompleta)


x2 – 16x = 0 - colocamos x em evidência
x . (x – 16) = 0,
x=0
x – 16 = 0
x = 16
Logo, S = 0, 16 e os números 0 e 16 são as raízes da equação.

2º) A equação é da forma ax2 + c = 0 (incompleta)


x2 – 49= 0 - Fatoramos o primeiro membro, que é uma diferença de dois quadrados.
(x + 7) . (x – 7) = 0,
x+7=0 x–7=0
x=–7 x=7
ou
x2 – 49 = 0
x2 = 49
x2 = 49
x = 7, (aplicando a segunda propriedade).
Logo, S = –7, 7 .

3 ) A equação é da forma ax + bx + c = 0 (completa)


Para resolvê-la usaremos a formula de Bháskara.

Conforme o valor do discriminante existem três possibilidades quanto á natureza da equação dada.

30
MATEMÁTICA
Quando ocorre a última possibilidade é costume dizer-se que não existem raízes reais, pois, de fato, elas não são reais já que não
existe, no conjunto dos números reais, a quando a < 0.

Relações entre raízes e coeficientes

Exemplo: (C MARA DE CANITAR SP – RECEPCIONISTA – INDEC) Qual a equação do 2º grau cujas raízes são 1 e 3/2?

(A) x -3x+4=0
(B) -3x -5x+1=0
(C) 3x +5x+2=0
(D) 2x -5x+3=0

Resolução:
Como as raízes foram dadas, para saber qual a equação:
x - Sx +P=0, usando o método da soma e produto; S= duas raízes somadas resultam no valor numérico de b; e P= duas raízes multi-
plicadas resultam no valor de c.
Resposta: D.

INEQUAÇÃO DO 2º GRAU

Chamamos de inequação da 2º toda desigualdade pode ser representada da seguinte forma:


ax2 + bx + c 0 ,
ax2 + bx + c 0 ,
ax2 + bx + c 0
ax2 + bx + c 0
Onde a, b e c são números reais com a 0.

Resolução da inequação

Para resolvermos uma inequação do 2o grau, utilizamos o estudo do sinal. As inequações são representadas pelas desigualdades: > ,
,<, .
Ex.: x2 -3x + 2 > 0
Resolução:
x2 -3x + 2 > 0
x ‘ =1, x ‘’ = 2

Como desejamos os valores para os quais a função é maior que zero devemos fazer um esboço do gráfico e ver para quais valores de
x isso ocorre.

Vemos, que as regiões que tornam positivas a função são: x<1 e x>2. Resposta: x R x<1 ou x>2

Exemplo: (VUNESP) O conjunto solução da inequação 9x2 – 6x + 1 0, no universo dos números reais é:

31
MATEMÁTICA
Para estudo de Trigonometria, são definidos no triângulo re-
(A) ∅ tângulo, três razões chamadas trigonométricas: seno, cosseno e
(B) R tangente.
1
(C) 3
1 -
(D) 𝑥 ∈ 𝑅|𝑥 ≥ 3
1
(E) 𝑥 ∈ 𝑅|𝑥 ≠
3 -
Resolução:
Resolvendo por Bháskara: -
∆= 𝑏 2 − 4𝑎𝑐
∆= −6 2 − 4.9.1
∆= 36 − 36 = 0
−𝑏± ∆
𝑥= 2𝑎
− −6 ± 0
𝑥= 2.9
6±0 6 1
𝑥= 18
= 18
= 3 (delta igual a zero, duas raízes iguais)
(delta igual a zero, duas raízes iguais)

Fazendo o gráfico, a > 0 parábola voltada para cima: No triângulo acima, temos:

Como podemos notar, e .


1
S= Em todo triângulo a soma dos ângulos internos é igual a 180°.
3 No triângulo retângulo um ângulo mede 90°, então:
Resposta: C. 90° + + = 180°
+ = 180° - 90°
+ = 90°
RELAÇÕES MÉTRICAS E TRIGONOMÉTRICAS NO TRI-
ÂNGULO RETÂNGULO. Quando a soma de dois ângulos é igual a 90°, eles são chama-
dos de ngulos Complementares. E, neste caso, sempre o seno de
TRIGONOMETRIA NO TRIÂNGULO RETÂNGULO um será igual ao cosseno do outro.

Em todo triângulo retângulo os lados recebem nomes espe- Valores Notáveis


ciais. O maior lado (oposto do ângulo de 90°) é chamado de Hipo-
tenusa e os outros dois lados menores (opostos aos dois ângulos
agudos) são chamados de Catetos.
Observe a figura:

32
MATEMÁTICA
Relações Fundamentais da Trigonometria 03- (FUVEST) A uma distância de 40 m, uma torre é vista sob
um ângulo , como mostra a figura

I)

II)

III)

VI)

V) Sabendo que sen20° = 0,342 e cos20° = 0,940, a altura da torre,


em metros, será aproximadamente:

Nestas relações, além do senx e cosx, temos: tg (tangente), a) 14,552


cotg (cotangente), sec (secante) e cossec (cossecante). b) 14,391
c) 12,552
QUESTÕES d) 12,391
e) 16,552
01- Um avião levanta voo formando um ângulo de 30° com a
horizontal. Sua altura, em metros, após ter percorridos 600 m será: 04- (U. Estácio de Sá) Simplificando a expressão , encontramos:

a) 100 a) – 2
b) 200 b) – 1
c) 300 c) 2
d) 400 d) 1
e) 500 e) 5

02- (UDESC) Sobre um plano inclinado deverá ser construída


uma escadaria. 05- Qual das afirmativas abaixo é falsa:
a) sen3x + cos3x = 1
b)
c) sen2x + cos2x = 1
d)
e) senx + cosx = 1

RESOLUÇÕES

Sabendo-se que cada degrau da escada deverá ter um altura de 01- Alternativa c
20 cm e que a base do plano inclinado medem 280 3 cm, conforme Solução: do enunciado temos a seguinte figura.
mostra a figura acima, então, a escada deverá ter:

a) 10 degraus
b) 28 degraus
c) 14 degraus
d) 54 degraus
e) 16 degraus

600 m é a hipotenusa e h é o cateto oposto ao ângulo dado,


então temos que usar o seno.

 2h = 600  h = 600 : 2 = 300 m

33
MATEMÁTICA
02- Alternativa c ______________________________
Solução: para saber o número de degraus temos que calcular
a altura do triângulo e dividir por 20 (altura de cada degrau). ______________________________
No triângulo ABC, e são catetos, a relação entre os dois
catetos é a tangente. ______________________________

________________________________________________

________________________________________________
 3. = 280  3. = 280.3  = 280 cm
________________________________________________
Número de degraus = 280 : 20 = 14
________________________________________________
03- Alternativa a
Solução: observando a figura, nós temos um triângulo retângu- ________________________________________________
lo, vamos chamar os vértices de A, B e C.
________________________________________________

________________________________________________

________________________________________________

________________________________________________

________________________________________________

________________________________________________

Como podemos ver h e 40 m são catetos, a relação a ser usada ________________________________________________


é a tangente. Porém no enunciado foram dados o sen e o cos. Então,
para calcular a tangente, temos que usar a relação fundamental: ________________________________________________

  tg = 0,3638 ________________________________________________

________________________________________________
  h = 40.0,363  h = 14,552 m
________________________________________________
04- Alternativa d
Solução: temos que usar as relações fundamentais. ________________________________________________

________________________________________________

_______________________________________________

_______________________________________________

________________________________________________
Sendo 17° + 73° = 90° (ângulos complementares), lembrando
que quando dois ângulos são complementares o seno de um deles ________________________________________________
é igual ao cosseno do outro, resulta que sen73° = cos17°. Então:
________________________________________________

________________________________________________
05- Alternativa e
________________________________________________
Solução: teórico.
________________________________________________

________________________________________________

________________________________________________

34

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