O documento discute a relação entre signos linguísticos e persuasão. Explica que os signos têm significante e significado e são arbitrários, mas ganham significados dentro de contextos. Também aborda como os signos refletem ideologias e podem ser usados de forma persuasiva em discursos para passar mensagens.
O documento discute a relação entre signos linguísticos e persuasão. Explica que os signos têm significante e significado e são arbitrários, mas ganham significados dentro de contextos. Também aborda como os signos refletem ideologias e podem ser usados de forma persuasiva em discursos para passar mensagens.
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O documento discute a relação entre signos linguísticos e persuasão. Explica que os signos têm significante e significado e são arbitrários, mas ganham significados dentro de contextos. Também aborda como os signos refletem ideologias e podem ser usados de forma persuasiva em discursos para passar mensagens.
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A persuasão de um texto (seja oral ou escrito) está diretamente
relacionado as competências lingüísticas de que ele resulta . Os recursos, como instrumentos da retórica, dão uma forma inovadora ou inusitada ao significante, atribuindo força extra ao significado
A NATUREZA DO SIGNO LINGUÍSTICO
Para se verificar a construção do discurso persuasivo é necessário
reconhecer a organização e a natureza dos signos lingüísticos. Afinal, é da inter-relação dos signos que se produz a frase, o período, o texto. É comum afirmar-se, segundo a orientação dada por Saussure, que todo signo possui dupla face: o significante e o significado; Significante, é um conceito, a imagem mental de determinado objeto, um aspecto abstrato que formamos em nossa cabeça, quando pensamos em algo.
Significado é uma imagem sonora que se forma em nossa mente
quando pensamos em algum conceito e nos permite ver e ouvir uma palavra mentalmente.
O signo é sempre arbitrário. Não há relação direta entre o significante e
o significado. O que rege a relação entre significante e significado é a convencionalidade; O signo é representativo, simbólico. Coisas não se confundem com palavras. As palavras não são as coisas que designam; Um dos aspectos compositivos básicos da palavra é seu caráter simbólico, visto que as palavras estão sempre em lugar das coisas e não nas coisas.
ARBITRÁRIO, PORÉM NECESSÁRIO
Emile Benveniste vê que a relação nome-objeto (palavra-coisa) não se
dá somente pela arbitrariedade, mas também pela necessidade. O contexto gera a necessidade de nomeação dos objetos. O signo pode indicar o rumo do discurso, inclusive o grau de persuasão. SIGNO E IDEOLOGIA
Mikhail Bakhtin, um grande estudioso, observou a diferença que o signo
pode fazer em um discurso para torná-lo mais eficiente.
De forma sucinta, a ideologia significa idéias e pensamentos em um
conjunto de indivíduos, portanto a ideologia não é nada sem o signo, pois as idéias e valores contidos nos discursos são necessários para ter o conhecimento do signo.
A relação entre o signo e ideologia, é fugir da realidade correta das
coisas dando referências distintas do que ele realmente significa.
No dicionário, as palavras são neutras, mas perdem a sua neutralidade
ao entrar em um contexto, pois ganham novos valores e conceitos. A forma de condução dos signos revela a forma de persuadir, bem como sua compreensão.
A TROCA DOS NOMES
A troca de nomes, é o nascimento do eufemismo.O eufemismo é um
recurso retórico que consiste em abrandar o significado de uma determinada sentença. Uma das preocupações do discurso persuasivo é o de provocar reações emocionais no receptor: o enunciador/ emissor apela para recursos afetivos visando conquistar a melhor adesão de seu público. Bertolt Brecht, - dramaturgo autor de peças clássicas como Galileu Galilei - dizia que uma das funções de quem trabalha com comunicação de massa seria nomear corretamente as coisas.
A estreita relação entre signo, ideologia e construção do discurso
persuasivo, nos mostra inúmeras possibilidades para compor a ordem persuasiva e de convencimento dos discursos.
O DISCURSO DOMINANTE
O discurso persuasivo usa signos colocando-os como expressos de
“uma verdade”, querem fazer com que passem por sinônimos de “toda a verdade”. Assim, se deduz que é também um discurso institucional, já que usa signos fechados, dos discursos de conhecimento. Tanto as macroinstituições (judiciário, igreja, escola...) ou microinstituições (família, classe escolar, amigos...) determinam signos que serão aceitos como uma verdade absoluta. Isso mostra que os signos derivam e indicam as instituições de onde tiveram origem.
As leis e a ética, são codificados em signos tão persuasivos que o que
dizem, passa a ser aceito como uma espécie de verdade absoluta. Compreende-se que o discurso persuasivo usa recursos retóricos com o objetivo fim de convencer ou alterar atitudes e comportamentos já estabelecidos. FONTES