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LOCKE, Jonh. Dois Tratados Sobre o Governo. Tradução de Julio Fischer.

São
Paulo: Martins Fontes, 1998. (Caps. 2, e 3, 10 ao 19).
Palavras chaves: Escravidão, paz, harmonia, propriedade, estado de guerra e
natureza.
No livro dois tratados sobre o governo o autor John Locke trata do estado de
natureza como de relativa paz e relativa harmonia; os homens são iguais e providos
das mesmas faculdades, subordinadas apenas a Deus; os mesmos possuem
liberdade natural, porém se invadir a propriedade, que significa vida, liberdade e
bens, a vítima da invasão pode castigar o invasor. Deste modo, o estado de guerra
acontece quando um atenta contra a propriedade de outro por meio de ação ou
palavra.
Locke ressalta que não é bom que os homens sejam por si só juízes das
suas próprias causas, pois sua autoestima os levaria a desordem e confusão,
também por serem homens de paixões. Logo, existe o tratado, isso é, todos
depositam suas forças em um só para governar para todos, criando assim o estado,
e logo em seguida as leis positivadas para garantir a propriedade dos indivíduos. O
autor aborda algumas formas de governos que são possíveis quando há a criação
de sociedade civis; estas formas seriam, a democracia perfeita em que a maioria
detém todo poder comunitário, isto é, utiliza para fazer leis para a comunidade;
oligarquia que trata do poder de fazer as leis, por fim, a monarquia em que um só
homem tem o poder de criar as leis. Qualquer lei positiva que for instituída dentro de
uma sociedade deve estabelecer em si o poder legislativo, supremo e sagrado de
uma comunidade e não poderá legislar sem o consentimento de seus
representantes. O poder legislativo é aquele que a função de elaborar as leis. O
poder executivo é responsável por acompanhar e fiscalizar a execução e eficácia
das leis por fim, o poder federativo é responsável pela segurança e defesa dos
interesses da comunidade fora dela, um poder de fazer guerra e paz, ligas e
alianças, a pessoas, comunidades que estão fora da comunidade civil. Há outros
três poderes que são: o paterno aquele que os pais têm sobres os filhos; o poder
político aquele poder que o homem detém do estado de natureza e abre mão em
favor da sociedade, por fim, o poder despótico, absoluto e arbitrário que o homem
tem sobre o outro de lhe tirar a vida quando bem entender. Existe também o direito
da conquista, quando à vida dos que tomaram parte da guerra e perderam, os que
ganharam passam a ter o poder absoluto sobre aqueles que se colocarem em
estado de guerra. Assim como a conquista pode ser chamada de usurpação, isto é,
o conquistador pode fazer o que bem entender com a vida do homem que se
colocou em estado de guerra; só há usurpação quando alguém toma posse de
coisas de outrem. Locke busca a distinção de dois termos: a dissolução (rompimento
de acordo) da sociedade e do governo. A da sociedade pode ocorrer quando a
invasão de força estranha, pois não é possível substituir nem sobreviver como um
único sozinho e independente. Há também a dissolução do governo por motivos
internos: 1º quando o poder legislativo é mudado sem a sociedade saber; 2º quando
o governante age contra ao encargo que recebe, e por fim, 3º quando o governante
abandona seu cargo, impedindo assim a execução das leis já existentes.
Por fim, o autor considera justa a penalidade mais severa ao legislador,
quando o mesmo for com desrespeito à lei emposta.

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