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CRISMA 2022 – PARÓQUIA SÃO JOSÉ -SETOR PEDREIRA – DIOCESE SANTO AMARO

AS VIRTUDES: VIRTUDES CARDEAIS E VIRTUDES TEOLOGAIS

O Catecismo da Igreja Católica nos ensina que Virtude é uma disposição habitual e firme para
fazer o bem, que permite à pessoa não só praticar atos bons, mas dar o melhor de si. Com todas
as suas forças sensíveis e espirituais, a pessoa virtuosa tende ao bem, procura-o e escolhe-o na
prática.

As virtudes humanas são atitudes firmes, disposições estáveis, perfeições habituais da inteligência
e da vontade que regulam nossos atos, ordenando nossas paixões e guiando-nos segundo a
razão e a fé. Estas propiciam facilidade, domínio e alegria para levar uma vida normalmente boa.
A pessoa virtuosa é aquela que pratica livremente o bem.

"O objetivo da vida virtuosa é tornar-se semelhante a Deus", diz-nos São Gregório de Nissa.

Virtudes Cardeais: PRUDÊNCIA, JUSTIÇA, FORTALEZA E TEMPERANÇA.

Prudência: É a virtude que leva a discernir o bem e os meios para realizá-lo. Ela conduz as outras
virtudes indicando-lhes a regra e a medida. Ela guia imediatamente o juízo da consciência. O
homem prudente decide e ordena sua conduta seguindo este juízo. Graças a esta virtude,
aplicamos sem erro os princípios morais aos casos particulares e superamos as dúvidas sobre o
bem a praticar e o mal a evitar. A prudência é a regra certa da ação (cf. 1Pd 4,7 e CIC, § 1806).

Justiça: É a virtude moral que consiste na vontade constante e firme de dar a Deus e ao próximo
o que lhes é devido. A justiça para com Deus chama-se "virtude da religião". para com os homens,
ela nos conduz a respeitar os direitos de cada um e a estabelecer nas relações humanas
harmonia, promovendo a equidade em favor das pessoas e do bem comum. (cf. Lv 19,15; Cl 4,1 e
CIC, § 1807).

Fortaleza: É a virtude moral que dá segurança nas dificuldades, firmeza e constância na prática
do bem. Firma a resolução de resistir às tentações e superar os obstáculos na vida moral. Ela
torna o homem capaz de vencer os medos, suportar as provações e perseguições, e, até mesmo a
aceitar a renúncia e o sacrifício de sua própria vida para defender uma causa justa. (cf. Sl 118,4;
Jo 16,33 e CIC, §1807).

Temperança: É a virtude moral que modera, no homem, a atração pelos prazeres e procura o
equilíbrio no uso dos bens criados. Assegura o domínio da vontade sobre os instintos e mantém
os desejos sob os limites da honestidade, orientando seus apetites sensíveis para o bem e
guardando uma santa discrição. A pessoa temperante "não se deixa levar pelas paixões do
coração" (cf. Eclo 5,2 e CIC, § 1808).

As virtudes morais crescem pela educação, pelos atos deliberados e pela perseverança no
esforço. A graça divina as purifica e as eleva. Cada um deve sempre pedir esta graça a Deus,
recorrer aos sacramentos, cooperar com o Espírito Santo, seguir seus apelos de amar o bem e
evitar o mal.

Virtudes Teologais: FÉ, ESPERANÇA E CARIDADE.

Fé: É a virtude teologal pela qual nós cremos em Deus e em tudo o que Ele nos revelou e que a
CRISMA
Santa 2022
Igreja nos– propõe
PARÓQUIA SÃO
crer. ElaJOSÉ -SETOR
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entrega SANTO
total a Deus. OAMARO
dom da fé permanece

naquele que não pecou contra ela. Mas a fé sem obras é morta (Tg 2,26): pois somente a fé sem a
esperança e o amor, não une plenamente o fiel a Cristo e faz dele um membro vivo de seu Corpo.
A fé viva "age pela caridade" (Gl 5,6). O cristão, além de guardar e viver na fé deve, também,
professá-la, testemunhá-la com firmeza e difundi-la. (Mt 10,32-33 e CIC, § 1816).

Esperança: É a virtude teologal pela qual nós desejamos e aguardamos de Deus com firme
confiança, a vida eterna e as graças para merecê-la (Hb 10,23; Tt 3,6-7; 1Ts 4,13-18). A
esperança cristã se manifesta nas bem-aventuranças anunciadas por Jesus. As bem-
aventuranças purificam as esperanças do homem, ordenando-as ao reino dos Céus vence o
desânimo, o esmorecimento, o egoísmo e conduz a caridade trazendo alegria mesmo na
tribulação (Rm 12,12). Traçam o caminho através das provações reservadas aos discípulos de
Jesus. Mas pelos méritos de Jesus Cristo e de sua Paixão, Deus nos guarda na "esperança que
não decepciona" (Rm 5,5; Hb 6; 19-20; 1Ts 5,8). A esperança se exprime e se alimenta na oração,
especialmente no "Pai-Nosso", que é o resumo de tudo que a esperança nos faz desejar. (cf. CIC,
§ 1821). Podemos esperar, pois, a glória de céu prometida por Deus aos que o amam e fazem sua
vontade.

Caridade: é a virtude teologal pela qual amamos a Deus sobre todas as coisas e ao nosso
próximo como a nós mesmos. A caridade é o novo mandamento de Jesus. Ele manifesta o amor
que recebeu do Pai amando os seus até o fim" (Jo 13,1). E ainda: "Este é o meu preceito: Amai-
vos uns aos outros como eu também vos amei" (Jo 15,12). Os seus discípulos imitam o seu amor,
amando-se uns aos outros. Assim como Cristo nos amou quando ainda éramos "inimigos" (Rm
5,10), também nós devemos amar nossos inimigos (Mt 5,44); O Senhor quer que nos tornemos o
próximo do mais afastado (Lc 10,27-37), que amemos como Ele (Mt 25, 40-45) as crianças e os
pobres (Mc 9,37).

A caridade tem como "frutos" a alegria, a paz e a misericórdia; exige a beneficência e a correção
fraterna; é benevolência; suscita a reciprocidade; é desinteressada e liberal; é amizade e
comunhão. A caridade é a primeira das virtudes teologais: " Permanecem fé, esperança e
caridade, estas três coisas". A caridade é superior a todas as virtudes (1Cor 13,1-3.13), pois eleva
a capacidade humana de amar à perfeição sobrenatural do amor divino. (CIC, § 1829).

http://veracatolico.blogspot.com/2013/03/as-virtudes-virtudes-cardeais-e.html

Amor verdadeiro e Castidade

Tanto o amor virginal como o amor conjugal que são, como diremos mais adiante, as duas formas
pelas quais se realiza a vocação da pessoa ao amor, requerem para o seu desenvolvimento o
empenho em viver a castidade, para cada um conforme o próprio estado.

A sexualidade como diz o Catecismo da Igreja Católica torna-se pessoal e verdadeiramente


humana quando integrada na relação de pessoa a pessoa, no dom mútuo, por inteiro e
temporalmente ilimitado, do homem e da mulher.

É óbvio que o crescimento no amor, enquanto implica o dom sincero de si, é ajudado pela
disciplina dos sentimentos, das paixões e dos afetos que nos faz chegar ao autodomínio.
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concretamente, da castidade falta-lhe aquele autodomínio que a torna capaz de se dar.

A castidade é a energia espiritual que liberta o amor do egoísmo e da agressividade. Na medida


em que, no ser humano, a castidade enfraquece, nessa mesma medida o seu amor se torna
progressivamente egoísta, isto é, a satisfação de um desejo de prazer e já não dom de si.

A castidade como dom de si

A castidade é a afirmação cheia de alegria de quem sabe viver o dom de si, livre de toda a
escravidão egoísta. Isto supõe que a pessoa tenha aprendido a reparar nos outros, a relacionar-se
com eles respeitando a sua dignidade na diversidade.

A pessoa casta não é centrada em si mesma, nem tem um relacionamento egoísta com as outras
pessoas. A castidade torna harmônica a personalidade, fá-la amadurecer e enche-a de paz
interior. Esta pureza de mente e de corpo ajuda a desenvolver o verdadeiro respeito de si mesmo
e ao mesmo tempo torna capaz de respeitar os outros, porque faz ver neles pessoas dignas de
veneração enquanto criadas à imagem de Deus e, pela graça, filhos de Deus, novas criaturas em
Cristo que vos chamou das trevas à sua luz admirável (1 Ped 2, 9).

O domínio de si

A castidade supõe uma aprendizagem do domínio de si, que é uma pedagogia da liberdade
humana. A alternativa é clara: ou o homem comanda as suas paixões e alcança a paz, ou se deixa
comandar por elas e torna-se infeliz.

Todas as pessoas sabem, até por experiência, que a castidade exige que se evitem certos
pensamentos, palavras e ações pecaminosas, como S. Paulo teve o cuidado de esclarecer e
recordar. Por isso se requere uma capacidade e uma atitude de domínio de si que são sinal de
liberdade interior, de responsabilidade para consigo mesmo e para com os outros e, ao mesmo
tempo, testemunham uma consciência de fé; este domínio de si comporta tanto o evitar as
ocasiões de provocação e de incentivo ao pecado, como o saber superar os impulsos instintivos
da própria natureza.

Quando a família realiza uma obra de válido apoio educativo e encoraja o exercício de todas as
virtudes, a educação para a castidade é facilitada e liberta de conflitos interiores, mesmo que em
certos momentos os jovens possam observar situações de particular delicadeza.

Para alguns, que se encontram em ambientes onde se ofende e se deprecia a castidade, viver de
modo casto pode exigir uma luta dura, às vezes heróica. De qualquer maneira, com a graça de
Cristo, que brota do seu amor esponsal pela Igreja, todos podem viver castamente mesmo que se
encontrem em ambientes pouco favoráveis.

O próprio fato de todos serem chamados à santidade, como recorda o Concílio Vaticano II, torna
mais fácil de compreender que, tanto no celibato quanto no matrimônio, possam existir e até, de
fato acontecem a todos, de um modo ou de outro, por períodos mais breves ou de mais longa
duração, situações em que são indispensáveis atos heróicos de virtude. Também a vida
matrimonial implica, por isso, um caminho alegre e exigente de santidade.
CRISMA
Fonte: 2022 – PARÓQUIA SÃO JOSÉ -SETOR PEDREIRA – DIOCESE SANTO AMARO
Vaticano

https://formacao.cancaonova.com/diversos/amor-verdadeiro-e-castidade/

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