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NAMORO

Sumário
1. Os cuidados para viver a castidade no NAMORO

2. Pergunte e responderemos “NAMORO”

3. Não é fácil começar nem terminar um NAMORO

4. TESTEMUNHO: Foram 40...anos

5. O que é viver um NAMORO saudável

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Os cuidados para
viver a castidade no NAMORO
O jovem e a jovem cristãos terão que lutar muito para não
permitir que o relacionamento sexual os envolva e abafe o
namoro. Jesus deixou-nos a receita da castidade: “vigiai e orai”
porque “a carne é fraca” (Mt 26,41). O namoro não existe para
que vocês conheçam os seus corpos… mas as suas almas.

Alguns querem se permitir um grau de intimidade “seguro”, isto é,


até que o “sinal vermelho seja aceso”; aí está um grave engano.
Quase sempre o sinal vermelho é ultrapassado, e muitas vezes
acontece o que não deve. Quantas namoradas grávidas… ou
marcadas!

Um namoro puro só será possível com a graça de Deus, com a


oração, com a vigilância e, sobretudo quando os dois querem se
preservar um para o outro. Será preciso então, evitar todas as
ocasiões que possam facilitar um relacionamento mais íntimo. O
provérbio diz que “a ocasião faz o ladrão”, e que, “quem brinca
com o perigo nele perecerá”. É você quem decide o que quer. Se
você sabe que naquele lugar, naquele carro, naquela casa, etc., a
tentação será maior do que as suas forças, então fuja destes
lugares; esta é uma fuga justa e heroica.

Além dos lugares, é preciso lembrar às moças: o homem se excita


principalmente pelos olhos. Então, cuidado com a roupa que você
usa; com os decotes, com o comprimento das saias… Não ponha
pólvora no sangue do seu namorado para não vê-lo excitado!

Outro ponto muito importante: o namoro não é o tempo de viver as


carícias matrimoniais, pois elas são o prelúdio do ato sexual, que
não deve ser realizado no namoro.
O que precisa haver entre os namorados é carinho, não as carícias
íntimas. Muitas vezes as namoradas não se dão conta disto. Para a
mulher a excitação se dá muito mais por palavras, gestos,
fantasias, romances; mas para o homem, basta uma roupa curta,
um decote, um cruzar de pernas aparentes, e muita adrenalina
será injetada no seu sangue… Não provoque seu namorado!

Os jovens que, por imprudência perderam a virgindade, e


reconheceram tarde demais que eram fracos, sabem que não é
exagero exigir que os namorados nunca fiquem sozinhos; que
sempre haja a presença de uma terceira pessoa; que sempre
namorem em um lugar claro e iluminado; que evitem qualquer
contato físico que possa causar excitação, seja em si, seja no
outro.
responderemos PERGUNTE e

NAMORO

Ficar é pecado?
Eu dei um “selinho” em
uma menina, pequei?
Pecar é fazer alguma coisa contra as leis santas de Deus;
ninguém é tão bom, santo, sábio e nos ama como Deus;
logo, suas leis são para nós uma garantia de felicidade,
embora nem sempre sejam fáceis de serem cumpridas.
Ficar é pecado se a intenção de estarem juntos for só
para viver uma curtição de abraços e beijos, e talvez algo
mais. O namoro não é tempo de sexo; neste caso é
pecado sim contra o sexto Mandamento que manda não
pecar contra a castidade. Se esse “selinho” que você deu
na menina for o exposto acima é a mesma coisa; um
comportamento fora da lei santa de Deus. É um
desrespeito a ela; ao corpo dela e ao seu também, que,
desde o Batismo são templos do Espírito Santo.
Podemos considerar o “ficar” como
um possível futuro namoro?
Antigamente as pessoas não
começavam assim?

Depende muito da intenção do ficar. Se for o início de um


conhecimento, uma amizade, pode dar certo sim e vir a ser
um namoro maduro. Mas, normalmente o que os jovens
chamam de “ficar”, é um relacionamento vazio e de alta
rotatividade, onde se muda de parceiro a cada noite.

Até onde ficar é pecado? Até onde o “ficar”


deixa de ser amizade e, passa a ter outras
intenções, que não seja o namoro?
Pelo que já foi exposto, podemos dizer que a imoralidade
começa, isto é, o pecado, quando começam as carícias
íntimas. Já foi dito que o namoro não é um passaporte
para o sexo ou as intimidades sexuais. Não se iluda de
que só um beijinho nos lábios, um afago a mais, e vocês
vão parar; a realidade é outra, quando você acende uma
pequena chama a tendência natural do fogo é se alastrar;
não se iluda e não se engane. O ficar deixa de ser namoro
quando a intenção é apenas o prazer sexual que a outra
pessoa lhe dá, sem o compromisso de respeitá-la, sem ter
um compromisso de fidelidade a ela.
Não é fácil começar
nem terminar um NAMORO
Sabemos que o ambiente molda, de certa forma, a pessoa; logo,
você deverá procurar alguém naquele ambiente que há os valores
que você preza. Se você é cristão, então, procure entre famílias
cristãs, ambientes cristãos, grupos de jovens, entre outros, a
pessoa que você procura.

O namoro começa com uma amizade, que pode ser um pré-


namoro que vai evoluindo. Não mergulhe de cabeça num namoro,
só porque você ficou “fisgado” pelo outro. Não vá com muita sede
ao pote, porque você pode quebrá-lo. Sinta primeiro, por
intermédio de uma pura amizade, quem é a pessoa que está à sua
frente. Talvez já nesse primeiro relacionamento amigo você saberá
que não é com essa pessoa que você deverá namorar. É o
primeiro filtro, cuja grande vantagem é não ter ainda qualquer
compromisso com o outro, a não ser de amigos.

Nem sempre será fácil para


você começar e terminar um
namoro. Especialmente hoje,
com a maior abertura do país,
logo as famílias são também
envolvidas, e isso faz o
relacionamento se tornar mais
compromissado. Se você não
explorar bem o aspecto
saudável da amizade, pode
ser que o seu namoro venha a
terminar rapidamente porque
você logo se decepcionou com
o outro.
Isso poderia ter sido evitado se, antes, vocês tivessem sido bons
amigos. Não são poucas as vezes em que o término de um
namoro envolve também os pais dos casais, e isso nem sempre é
fácil de ser harmonizado.

O namoro é o encontro de duas pessoas, naquilo que elas são e


não naquilo que elas possuem. Se você quiser conquistar um
rapaz só por causa da sua beleza ou do seu dinheiro, pode ser
que amanhã você não se satisfaça mais só com isso. Às vezes
uma pessoa simpática, bem-humorada e feliz supera muitos que
oferecem mais beleza e perfeição física que ela.

Infelizmente, a nossa sociedade troca a “cultura da alma” pela


“cultura do corpo”. A prova disso é que nunca as cidades
estiveram tão repletas de academias de ginástica, salões de
beleza, lojas de cosméticos, clínicas de cirurgias plásticas, entre
outros, como hoje. Investe-se ao máximo naquilo que é a
dimensão mais inferior do ser humano – embora importante – o
corpo. É claro que todas as moças querem namorar um rapaz
bonito, e também o mesmo vale para os jovens, mas nunca se
esqueça de que o mais importante é “invisível aos olhos”.
O que é visível desaparece um dia, inexoravelmente ficará velho
com o passar do tempo. Aquilo que você não vê: o caráter da
pessoa, a sua simpatia que se mostra sempre atrás de um
sorriso fácil e gratuito, o seu bom coração, a sua tolerância com
os erros dos outros, as suas boas atitudes, etc., isso tudo não
passará e o tempo não poderá destruir. É o que vale.
Se você comprar uma pedra preciosa só por causa do seu brilho,
talvez você compre uma “joia” falsa. É preciso que você conheça
a sua constituição e o seu peso. O povo diz muito bem que “nem
tudo que reluz é ouro”. Se você se frustra no plano físico, poderá
ainda se realizar nos planos superiores da vida: o sensível, o
racional e o espiritual. Mas, se você se frustrar nos níveis
superiores, não haverá compensação no nível físico, porque ele é
o inferior, o mais baixo.
A sua felicidade não está na cor da pele, no tipo do seu cabelo e na
altura do seu corpo, mas na grandeza da sua alma. Você já
reparou quantos belos e belas artistas terminam de maneira
trágica a vida? Nem a fama mundial, nem o dinheiro em
abundância, tampouco os mil “amores”, foram suficientes para
fazê-los felizes. Faltou cultivar o que é essencial; aquilo que é
invisível aos olhos. Tenho visto muitas garotas frustradas porque
não têm aquele corpinho de manequim ou aquele cabelo das
moças que fazem as propagandas dos “shampoos”; mas isso não
é o mais importante, porque acaba.

A vida é curta – mesmo que você jovem não perceba – por isso,
não podemos gastá-la com aquilo que acaba com o tempo. Os
homens de todos os tempos sempre quiseram construir obras que
vencessem os séculos. Ainda hoje você pode ver as pirâmides de 4
mil anos do Egito, o Coliseu romano de 2 mil anos, e tantas obras
fantásticas. Mas a obra mais linda e mais duradoura é aquela que
se constrói na alma, porque esta é imortal. Portanto, ao escolher o
(a) namorado (a), não se prenda às aparências físicas, mas desça
até as profundezas da sua alma. Busque lá os seus valores.
A pessoa
certa é a
que está ao
seu lado
nos
momentos
incertos
Pablo Neruda
O começo do nosso
NAMORO
Casamento é o namoro que deu certo!
Quando parti para a Academia, em 1968 com dezoito anos,
que conheci a Maria Zila, em Lorena; ela também tinha dezoito
anos. Na verdade, eu comecei um namorico, que não foi para
frente, com uma amiga dela. Não me queria. Mas a amiga
Maria Zila me queria. Começamos a conversar durante as
férias que passei em Lorena. Ficamos amigos, mas logo eu fui
percebendo que ela gostava de mim e eu dela. Nos
encontrávamos à noite na praça principal da cidade, pois lá era
o lugar dos namorados.

Era o mês de dezembro, dia 21, e houve um baile bonito, de


formatura do curso ginasial da irmã dela, Maria Inês; fomos ao
baile. Tocava um belo conjunto musical, o “La Fayete”, que eu
gostava muito. Então, a Maria Zila estava lá, muito bonita, um
vestido branco lindo, o cabelo negro bem penteado; e sorria
com uma beleza ímpar, que me dominou. Foi como disse o
profeta Jeremias: “Tu me seduziste, e eu me deixei seduzir” (Jer
20,8). Eu entendia muito pouco de mulheres; ela me fascinou.

Eu a tirei para dançar; ela dançava bem, as músicas eram


românticas e lentas como naqueles tempos, hoje não existe
mais isso. Era tudo o que faltava para começar o namoro.

Foram 40...
Quando a música parou, eu continuei segurando na mão dela,
e não soltei, até nos sentarmos. Ela me perguntou: “O que é
isso?”. Eu respondi: “Quero te namorar, você aceita?”. Ela
apenas balançou a cabeça aprovando. Dançamos a noite
inteira. Foi o baile mais lindo que já fui; depois houve muitos
outros onde então eu só dançava com ela. É por isso que eu
sempre digo aos jovens que “o casamento é um namoro que
deu certo”. É aí que tudo começa; se começar mal, o alicerce
da família fica comprometido e a casa pode ruir mais tarde.

Na noite do dia seguinte fui a casa dela para conversar; saímos


juntos para a Praça; e ela contou-me que chegou do baile na
noite anterior, trocou de roupa e foi ajudar o pai, que tinha um
açougue. Passou a noite toda com os irmãos preparando
carnes para a venda do Natal. Achei aquilo um tanto estranho,
mas ao mesmo tempo fiquei admirado dela ter me contado
com tanta naturalidade, algo para mim inusitado… uma jovem
num açougue! Era uma família de seis filhos, o pai doente
lutava com muita dificuldade. Mas logo pude ver que era uma
família honrada. A mãe, D. Nedy, uma mulher muito religiosa, e
o pai não viveu muito, faleceu cedo, aos 57 anos com uma
bronquite muito forte. Estávamos noivos quando ele morreu.

Logo no começo do namoro ela me contava coisas


impressionantes. Dizia-me que seu pai criava alguns porcos
para o açougue, num sitio perto da casa deles; e contava-me
que diariamente ela ia lá tratar dos porcos, levando a lavagem
na bicicleta, sendo ainda pequena. Fazia isso para ajudar o pai
doente. Eu ficava assustado com aquelas histórias que ela
narrava-me, e me perguntava se era mesmo com ela que eu
devia namorar. Mas, por outro lado, aquilo despertava em mim
uma certa admiração que me atraia mais para ela. Era
espontânea, corajosa, não tinha vergonha de sua realidade
pobre; chocava-me e me atraia. Eu sentia o seu valor.
O tempo de nosso namoro e noivado foi de quatro anos. Foi
durante o tempo que eu estava na Academia Militar. Mas como
agora eu estava em Resende, mais perto de Lorena, eu podia
vir para casa todo final de semana e isso foi muito bom para o
nosso relacionamento. O final de semana parece que voava; eu
ficava com ela quase o tempo todo. Quando se ama de
verdade uma pessoa, e se está apaixonado por ela, nada mais
interessa, a não ser ela. O amor exige a comunhão. É o
coração, que tem razões que a própria razão desconhece. A
Zila me conquistou, seu jeito sempre alegre, espontâneo,
resolvida, lúcida, religiosa, preenchia algo que faltava dentro de
mim.

Mas tinha uma coisa nela que me preocupava, não gostava de


estudar, e eu gostava demais. Ela já tinha sido reprovada dois
anos seguidos na sétima série, e estava naquele dezembro
com três “exames de segunda época” (recuperação em
matemática, português e história). Embora eu estivesse caído
por ela, a fiz entender com jeito, que se ela não estudasse o
nosso relacionamento poderia ficar prejudicado. Ofereci-me
para dar aulas particulares a ela, em português e matemática,
pois estava de férias, e ela estudaria história sozinha nos livros.
Aceitou de imediato. As aulas eram um misto de namoro e de
aula, mas ela aprendia. Resumindo: passou nas três disciplinas
e foi para a oitava série. E nesta série não brincou mais, foi
aprovada no final do ano e recebeu o diploma do curso
ginasial. Houve outro baile bonito como aquele do início do
namoro. Tenho uma foto desse baile.
Com isso nós já
tínhamos um ano de
namoro, e eu
continuava na
Academia, agora
indo para o segundo
ano. Ela, para ajudar
nas despesas da
família começou a
trabalhar como
secretária no Colégio
São Joaquim. Aquilo
que duas pessoas
que se amam mais
querem é estar
juntas o tempo todo.
A separação é um
sofrimento. Quando
eu não podia vir para
Lorena nos finais de
semana, por algum
motivo, ela ia me
visitar na Academia.
Ali, nos finais de
semana passavam
bons filmes no
cinema da AMAN
para quem não
viajava.
Lembro-me que num desses finais de semana assistimos um
filme que a Zila gostou demais: “Ao mestre com carinho”, com
Sidney Poitier. Realmente um grande filme sobre um grande
professor, que sabia conquistar seus alunos. O filme mexeu
comigo. Sinto que não foi à toa; nada acontece na vida da
gente sem que Deus saiba. É pelos acontecimentos que Ele nos
guia. Temos de ficar muito atentos a isso todo o tempo. Não

...anos
podemos perder os sinais de Deus para nós no dia a dia.
O QUE É VIVER UM

NAMORO
“SAUDÁVEL”
19, 20 e 21 DE MARÇO

3 AULAS
COM UMA DAS MAIORES REFERÊNCIA
NO BRASIL SOBRE O ASSUNTO:

FELIPEAQUINO.COM

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