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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

CURSO DE PSICOLOGIA

LAERCIO COSTA
PAMELA NOCKO
PAULO HENRIQUE DELAMARE
THAYSSA JESUS
ZAQUEU BAZANI

TRANSTORNO DE HUMOR
PRIMEIRA VERIFICAÇÃO DE APRENDIZAGEM

RIO DE JANEIRO
2020
LAERCIO MELO DA COSTA (201902415434)
PAMELA NOCKO (201903152844)
PAULO HENRIQUE SIMÕES CORRÊA (201703139704)
ZAQUEU MONTEIRO BAZANI (201307196969)
THAYSSA JESUS DOS S. DE ALMEIDA (201402227061)

TRANSTORNO DE HUMOR
PRIMEIRA VERIFICAÇÃO DE APRENDIZAGEM

Trabalho sobre o tema Transtorno de Humor


para Primeira Verificação de Aprendizagem
(AV1) da disciplina de Psicofisiologia do curso
de Graduação de Psicologia.

Professora: Marta Relvas.

RIO DE JANEIRO
Campus Tom Jobim
2020
SUMÁRIO

1. RESUMO ................................................................................................................... 4

2. INTRODUÇÃO......................................................................................................... 4

3. CONCEPÇÕES DE AFETIVIDADE ..................................................................... 4

4. TRANSTORNOS DE HUMOR – VIVENDO ENTRE POLOS .......................... 6

5. NEUROBIOLOGIA DO TRANSTORNO ............................................................. 8

6. FORMAS DE TRATAMENTO .............................................................................. 9

7. APLICAÇÃO DOS CONTEÚDOS: CASO CLÍNICO ....................................... 10

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 11

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................. 11
RESUMO

O presente trabalho tem por objetivo apresentar as patologias voltadas para as alterações
da afetividade, mais especificamente, para as alterações do humor e suas possíveis formas de
tratamento. Para fins de referencial teórico foi feita uma exposição breve das concepções que
englobam a afetividade, detalhando os conceitos de humor e transtorno mental para então
esclarecer o tema principal, os Transtornos de humor e explicar suas causas e sintomas. Em
seguida, é falado sobre como é o processo envolvido na manifestação neuroquímica desse
transtorno e, logo após, são indicadas as diferentes formas de tratamento e, por fim, uma sucinta
apresentação um caso clínico.

Palavras-chave: Afetividade; humor, Transtornos de Humor, tratamento.

1. INTRODUÇÃO

Centenas de milhões de pessoas ao redor do mundo sofrem com algum tipo de transtorno
de humor, sendo, dentre elas, a depressão o mais comum. O outro lado do transtorno de humor
é o estado eufórico, polo oposto da depressão.
A grande maioria só recebe o diagnóstico após anos convivendo com essa patologia e,
normalmente, já na idade adulta. Apesar de, em certo grau, ser extremamente incapacitante,
muitos indivíduos apresentam grande resistência em procurar ajuda médica especializada e em
aderir ao tratamento. Nas últimas décadas houve um grande avanço científico em relação à
farmacologia empregada nesse tipo de transtorno, como uma maior familiarização das pessoas
a respeito do tema. Outra evolução diz respeito à questão neurológica do problema. O próprio
conceito de transtorno de humor sofreu modificações nesse espaço de tempo.
A seguir, serão apresentados estudos acadêmicos concernentes à definição histórica do
conceito de afetividade e humor, como suas características, tanto comportamentais quanto
neuroquímicas. E, é claro, seus tratamentos mais eficazes até então.

2. CONCEPÇÕES DE AFETIVIDADE

Neste tópico será feita uma apresentação dos principais conceitos que dão base a este
trabalho a fim de fornecer contributos para um referencial teórico do assunto abordado. Vale
ressaltar que entre as diferentes escolas psiquiátricas ainda não há um consenso a respeito da
definição e demarcação desses conceitos. E por isso, na prática, esses termos são comumente
confundidos
A afetividade é uma função psíquica na qual seu conceito abrange várias modalidades
de vivências afetivas. Essas modalidades se dividem em cinco tipos básicos: afetos, emoções,
sentimentos, paixões e humor. Estes estados afetivos constituem a vida emocional do ser
humano e determina o modo como o indivíduo perceberá o mundo e a realidade, como também
sua relação com esses aspectos.
Afeto vem do latim afficere, que significa influenciar, afetar. De acordo com
Dalgalarrondo (2008, p. 157), os afetos podem ser definidos como a qualidade e o tônus
emocional que acompanham uma ideia, situação ou representação mental. Se por qualidade
entende-se algo agradável ou desagradável, fica claro, então, a forma como os afetos
influenciam nossa forma de pensar sobre determinadas situações, experiências e
representações. Um afeto é expresso através das emoções.
Uma emoção representa um estado psicológico e engloba diferentes componentes,
sendo esses: a experiência subjetiva, a excitação fisiológica, a reação comportamental e a
interpretação cognitiva. Em termos mais neurocientíficos, a emoção é uma reação neural,
complexa, intensa e momentânea. Ela `e provocada por excitações internas ou externas, sendo
conscientes ou não, que alteram algumas áreas do funcionamento psicológico e fisiológico,
preparando o indivíduo para a ação.
Embora a determinação das emoções básicas varie entre os autores, o psicólogo Paul
Ekman constatou em suas pesquisas a existência de sete emoções básicas inatas e universais. A
alegria, a raiva, a tristeza, o medo, o nojo, a surpresa e o desprezo. É a partir das emoções que
se manifestam os sentimentos e, mesmo que estes termos, muitas vezes sejam usados como se
fossem o mesmo conceito, são diferentes entre si.
Segundo Cheniaux, o sentimento se refere a “um estado afetivo menos intenso e mais
prolongado que as emoções, e sem as alterações fisiológicas encontradas nestas” (2015, p. 156).
É basicamente um fenômeno muito mais mental do que somático. E, assim como os afetos, os
sentimentos são vivenciados de modo agradável e desagradável. Ou seja, entre polos.
Ainda inserido na afetividade, um outro conceito que de forma recorrente se confunde
com o sentimento é a paixão. Esta pode ser caracterizada, de acordo com Piéron (1996), como
um estado afetivo tão intenso que exerce sobre o indivíduo uma ação que domina sua conduta
e pensamento, dirigindo seu juízo de valor e impedindo o exercício de uma lógica imparcial.
Para finalizar o tema da afetividade e introduzir o assunto principal desta presente tarefa,
será abordado o conceito de humor. De maneira mais ampla, o humor, também chamado de
estado de ânimo, pode ser considerado um somatório dos afetos, emoções e sentimentos
presentes na consciência do sujeito em um certo momento. Constitui um estado emocional
basal, não relacionado a um objeto específico e sendo em geral persistente e não reativo.
O humor é, como apresenta Dalgalarrondo, “uma disposição afetiva de fundo,
a lente afetiva que dá às vivências do sujeito, a cada momento, uma cor particular” (2008, p.
156). Esta tonalidade única parte de uma confluência somática e psíquica, que oscila entre os
polos de alegria, tristeza, irritabilidade, calma e ansiedade, de acordo com as circunstâncias.
Este estado de ânimo é, em boa parte, vivido corporalmente pela pessoa. Em outras
palavras, a pessoa com o humor alegre pode sentir seu corpo cheio de vigor enquanto, com o
humor triste, pode ter a sensação de seu corpo pesado e murcho. Dessa forma, o humor se
relaciona com as condições autônomas do organismo e com a função tímica, localizada no
diencéfalo.
As oscilações do estado emocional básico, em psicopatologia geral, definem-se como
distimia. Citando novamente Dalgalarrondo (2008, p.164), esse termo indica alterações tanto
no sentido da inibição como no sentido de exaltação. Essas variações são consideradas
compreensíveis se constituídas de motivos psicológicos e, se a resposta do sujeito for adequada
a esse motivo, como por exemplo, sentir profunda tristeza com a morte de algum ente querido.
Por outro lado, a distimia anômala é quando não se encontra nenhuma razão para justifica-la ou
quando a resposta a esse estímulo é desproporcional ou inadequada.
Por fim, existe uma diferença entre o sintoma distimia e o transtorno distimia, porém
esse assunto será abordado em seguida na seção 4 desse trabalho, que fala a respeito das
principais características dos transtornos de humor.

3. TRANSTORNOS DE HUMOR – VIVENDO ENTRE POLOS

A palavra transtorno significa qualquer perturbação que altera a saúde de alguém, sendo
ela física, mental ou psicológica. Os transtornos mentais são alterações do funcionamento da
mente que prejudicam o desempenho da pessoa em todos os aspectos da sua condição humana.
Seguindo o sistema de Jaspers (1913), existem três formas para classificar os transtornos
mentais, sendo elas as doenças somáticas conhecidas que trazem consigo um transtorno
psíquico, as psicoses endógenas (três tipos e cuja causa corporal ainda é desconhecida) e as
psicopatias. O transtorno de humor se enquadra no tipo 2 da classificação apresentada.
Os transtornos afetivos, forma como os transtornos de humor também pode ser
chamado, são patologias caracterizadas por perturbações do estado afetivo, humor. Como foi
visto, à essas perturbações também se dá o nome de distimia e que este termo se difere de
transtorno de distimia. Este, no caso, é um transtorno de depressão leve e crônica. Dessa forma,
Dalgalarrondo (2008, p.166) a distimia varia entre dois polos, podendo ser hipotímica ou
melancólica, caracterizando a tristeza patológica, também chama de depressão e no outro polo,
pode ser hipertímica ou eufórica, que é a exaltação patológica do humor e assim, as bases
afetivas dos quadros maníacos. A classificação dos diferentes transtornos afetivos (de humor)
é dada pela quantidade e grau dos episódios de mania e/ou depressão que o indivíduo apresenta.
As síndromes maníacas, como falado anteriormente, são momentos de exaltação do
humor e para além das alterações propriamente do humor (euforia, elação), o ritmo psíquico se
acelera e na esfera ideativa verifica-se um pensamento predominantemente superficial e
impreciso. Em geral, todas as funções psíquicas sofrem aceleração, podendo o indivíduo
apresentar alguns dos sinais e sintomas que citaremos: muita extroversão, autoestima
exacerbada, aceleração do pensamento e da linguagem, hiperatividade, irritabilidade, pressão
para falar, entre outros.
Umas das subdivisões das síndromes maníacas é a hipomania, ela é uma forma atenuada
de episódio maníaco. Nesse estado o indivíduo e seu meio não são seriamente prejudicados, ela
não produz disfunção social importante, e não há sintomas claramente psicóticos, sendo por
isso que, muitas vezes passa despercebida, não recebendo atenção médica. A pessoa acometida
pode apresentar características brandas como estar mais disposto que o normal ou falar demais.
Entretanto, na psicose maníaca o paciente pode apresentar sintomas (delírios e
alucinações) que podem ser parecidos com a esquizofrenia. E que, diferentemente da
hipomania, as alterações da psicose maníaca podem trazer prejuízos sociais e também
profissionais para a pessoa acometida. Para ser considerado um episódio maníaco, o período de
humor anormal deve durar, no mínimo, uma semana.
No começo há uma sensação de bem-estar relatada pelos indivíduos, mas que logo se
transforma em ansiedade e angústia, devido a extrema agitação motora e mental. É possível
haver momentos de agressividade e mal humor, decorrente de episódios (hipo) maníacos,
principalmente em crianças que sofrem de patologias onde a mania se faz presente.
No polo exatamente oposto às síndromes maníacas estão os episódios depressivos.
Esses episódios se diferenciam em: leves, moderados ou graves. Há um rebaixamento do
humor, ao contrário dos episódios maníacos, onde o humor se eleva. A desregulação da fome,
perda de interesse por atividades antes prazerosas, falta de energia e culpabilidade são
marcantes nesses quadros de depressão. Como no polo oposto, o da mania, a capacidade de
concentração cai. É também marcante o excesso de sono, por parte dos patológicos, e a queda
brusca da autoconfiança e autoestima. A esmagadora maioria apresenta dificuldade
psicomotora e redução da libido. Aqui, há um risco considerável de suicídio e automutilação.
Segundo dados do ano passado, cerca de trinta e oito por cento dos que tentam tirar a vida
possuem transtorno de humor. Um episódio depressivo que não ultrapassou os limites da
funcionalidade e chamado de distimia. Um indivíduo pode desenvolver depressão psicótica, na
qual também há delírios e alucinações, levando o mesmo a pensamentos drásticos, como
acreditar que está morrendo.
Um quadro de mania, concomitante as suas causas neurológicas, pode se iniciar por
abuso de drogas estimulantes (cafeína, cocaína, metanfetamina). Um episódio maníaco (no
transtorno bipolar), por exemplo, pode ser induzido pela combinação de um estabilizador de
humor com um antidepressivo (fazendo o paciente variar de um polo ao outro). Em todos os
casos, é fundamental o acompanhamento de um psiquiatra e ajustes regulares medicamentosos.
No outro polo, o episódio depressivo geralmente tem início após eventos que desencadeiam
situações estressantes ao organismo. A depressão pode ser agravada por drogas depressoras
(álcool, maconha, sedativos, anestésicos). Em suma, o transtorno de humor é caracterizado por
variações de humor intensas e prolongadas que causam sintomas visíveis e comprometedores
para a vida do indivíduo.

4. NEUROBIOLOGIA DO TRANSTORNO

Assim como em muitos outros transtornos mentais, as disfunções do humor refletem a


função alterada de muitas partes do encéfalo ao mesmo tempo. Para compreender melhor como
funciona, vamos examinar brevemente neurobiologia dos transtornos do humor.
A primeira indicação de que a depressão pode resultar de um problema com os sistemas
modulatórios difusos centrais surgiu na década de 1960, se chama a hipótese monoaminérgica.
Essa hipótese traz que a depressão é consequência de um defeito em um desses sistemas
modulatórios difusos, ou seja, como a depressão é causada pelas drogas usadas para alguns
tratamentos, gerando o aumento da atividade nas sinapses noradrenérgicas e serotoninérgicas
centrais. Outra hipótese, falada a seguir é a diátese-estresse
O termo clínico para a predisposição a uma certa doença é diátese. Pesquisadores
também têm estabelecido, no entanto, que o abuso ou a negligência no início da infância, além
dos estresses da vida, são importantes fatores de risco no desenvolvimento dos transtornos do
humor em adultos.
A depressão apresenta fatores neurobiológicos. A desregulação dos neurotransmissores
responsáveis pela liberação dos hormônios essenciais ao bem-estar individual é uma das causas
da depressão. Esses hormônios são: serotonina, dopamina, oxitocina, adrenalina e
norepinefrina.
Os fatores psicossociais também explicam o desenvolvimento da doença. Estresses
cotidianos ou aleatórios que contribuem para o esgotamento emocional podem auxiliar numa
piora do quadro. No transtorno bipolar ocorre a desregulação de hormônios como a
norepinefrina e a serotonina, que são responsáveis pela regulação da dor, do sono e do humor,
Ha também indícios de que ambos os estados de humor podem possuir fatores genéticos e
hereditários.
O sistema límbico é o principal responsável em diferenciar o que nos agrada ou não.
Localizado no diencéfalo, o sistema límbico tem como componentes áreas corticais e
subcorticais. Essas áreas são: amigdala cerebral, hipocampo, hipotálamo, tálamo, área pré-
frontal, giro do cíngulo, septo, tronco encefálico, giro subcaloso e outros. Devido a esse
grupamento de componentes, o sistema límbico atua através do sistema nervoso periférico
autônomo na interpretação de estímulos internos e externos, promovendo respostas
comportamentais positivas e negativas.
A interpretação do sistema límbico aos estímulos recebidos vem da liberação hormonal
pelos neurotransmissores encontrados em seus componentes. Quando há uma desregulação na
liberação de hormônios devido a fatores diversos, saímos do estado de equilíbrio na qual nosso
corpo nos mantém (por meio do processo de homeostase). Sem a realização da homeostase,
transtornos podem ocorrer pelo excesso ou falta de hormônios no organismo. Um exemplo é o
transtorno de humor.

5. FORMAS DE TRATAMENTO

Atualmente, há certa orientação para o tratamento individual do paciente com transtorno


do humor. Contudo, o que se observa é que resultados melhores são obtidos quando se pode
contar com o auxílio da família e pessoas próximas. A cooperação dos familiares é útil não
apenas em relação ao episódio atual, como também na redução dos índices de recaída. Deve-se
ter em mente que os transtornos do humor são permanentes. O tratamento de manutenção de
um estado normal do paciente `e, importante para prevenir recaídas. Essa manutenção pode
obter êxito por meio de um planejamento terapêutico adequado, priorizando a segurança do
paciente.
O tratamento da depressão deve ser feito com o embasamento do diagnostico
pluridimensional, o que, em termos de transtorno do humor, atinge a sua expressão e
importância máximas. Ao lado da experiência clínica pessoal, alguns fatores podem ajudar na
escolha do tratamento antidepressivo mais indicado para o caso diagnosticado, sendo eles:
características propedêuticas do episódio (como duração e padrão dos sintomas); estresse
(casual, desencadeante, precipitante, agravante); dependência ou abuso de substâncias
alcoólicas; tendências e comportamentos suicidas; histórico familiar; antidepressivos e
psicoterapia.
Além do tratamento farmacológico, com estabilizadores de humor (sob a devida
prescrição médica) como carbonato de Lítio, Lamotrigina, ácido valpróico e Olanzapina.,
antidepressivos e antipsicóticos atípicos (no caso de o paciente apresentar sintomas psicóticos),
a psicoterapia, aliada a esses fármacos, apresentar bons resultados. Mais especificamente a
terapia cognitivo-comportamental (TCC). Segundo Knapp e Isolan, “é uma terapia breve e
estruturada, orientada para a solução de problemas, que envolve a colaboração ativa entre o
paciente e o terapeuta para atingir objetivos estabelecidos” (2005). Atividades físicas e uma
dieta balanceada e saudável também contribuem para o bem-estar dos acometidos pelos
transtornos de humor.

6. APLICAÇÃO DOS CONTEÚDOS: CASO CLÍNICO

Wang é uma estudante universitária de 19 anos na China. Foi encaminhada ao


ambulatório do hospital por seu médico de família devido à insônia e choro excessivo. Suas
notas na faculdade estavam piorando. Teve um bom desempenho quando começou os estudos
um ano antes. Porém, nos últimos seis meses, estava bastante irritada com o comportamento do
irmão mais novo. Quando ela ia para casa nos finais de semana ele a proibia de tocar qualquer
objeto da casa e ficava extremamente excitado quando ela mudava algo de lugar. Seus pais
estavam muito preocupados com o transtorno do filho e passavam por dificuldades financeiras.
A tristeza de Wang parecia sempre aumentar e, quando voltava de um final de semana na casa
dos pais, passava muito tempo chorando. Uma de suas amigas, que a encontrou nesse estado,
descreveu-a como lavada em lágrimas. Wang começou a ter dificuldades para dormir à noite.
Durante três meses ela tinha se sentido deprimida, infeliz e muito sozinha. Pela descrição até o
momento, poderia facilmente se diagnosticar o caso como um quadro depressivo, precipitado
pelos problemas em sua casa, as dificuldades com seu irmão. Porém, um único indício levou ao
diagnóstico de Transtorno Bipolar: dois anos antes, Wang teve um episódio de 3 semanas de
leve exaltação, atividade aumentada, loquacidade e necessidade de sono diminuída. Isso
ocorreu logo após um de seus ensaios de inglês ter sido escolhido para uma exibição especial.
Esse caso ilustra o quanto é difícil diferenciar o Transtorno Bipolar da Depressão em alguns
casos. Seu episódio depressivo era muito mais significativo do que seu episódio hipomaníaco.
Vê-se, então, a importância da escuta e das entrevistas iniciais para um diagnóstico
apropriado.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Percebe-se que a polarização emocional é um sintoma de doenças psíquicas endógenas


devido a alteração do fluxo, pois a homeostase não é alcançada, porque esse organismo logo
após sofrer uma doença com medicamentos, uso de drogas, percebemos que com o tratamento
pluridimensional e os com uso de fármacos, os determinantes sociais da saúde como ambiente
de trabalho estressante, o transito, as relações familiares e a integralidade no cuidado como
forma de prevenção são diferencias no resultado final para que se cumpra com os objetivos
estabelecidos.

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CHENIAUX JUNIOR, Elie. Manual de psicopatologia - 5. ed. - Rio de Janeiro: Guanabara


Koogan, 2015

DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. - 2. ed.


- Porto Alegre: Artmed, 2008.

TRIPICCHIO, Adalberto. Revisão: Alterações da Afetividade – parte I. RedePsi- Psicologia,


2008. Disponível em: <https://www.redepsi.com.br/2008/01/23/revis-o-altera-es-da-
afetividade-parte-i/>. Acesso em: 19 de mar. De 2020.

TRANSTORNOS afetivos segundo a Classificação Internacional de Doenças. TMS Brasil,


2020. Disponível em: <http://tmsbrasil.com.br/interesses/depressao/transtornos-afetivos-
segundo-a-classificacao-internacional-de-doencas/>. Acesso em: 9 de abril de 2020.

BEAR, Mark F. Neurociências: desvendando o sistema nervoso. – 3. ed. – Porto Alegre:


Artmed, 2008.

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